revista do Grupo SGS Portugal # Julho 2005 • ano 5 • nº 15 Inovação no Tecmaia Das palavras aos actos Web HACCP Segurança alimentar à distância de um clique! Antecipar o futuro com o Mobile Reporter Importar da China… com segurança garantida pela SGS! Mercado de CO2 Ameaça ou oportunidade?
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Ciência e Tecnologia em Portugal
Impulsiona competitividade
> PAULO GOMES responsável do Departamento de Comunicação & Imagem
O nosso melhor recurso são as pessoas. As pessoas que são capazes de arriscar, que não desistem e enfrentam as dificuldades com originalidade e com trabalho.
Inovação tecnológica aumenta produtividade A SGS Global regressa com mais uma edição positiva. Com uma atenção especial para a ciência e tecnologia, apresentamos alguns exemplos do que melhor se faz no mundo, mais propriamente em Portugal. É verdade! Portugal é pioneiro em diversas áreas, como a computação móvel ou os geradores de azoto e oxigénio de alta pureza, que aqui apresentamos. Invenções improváveis, atitude positiva e espírito empreendedor! Parecem ser estes os ingredientes para o sucesso destas empresas, que nos inspiram para irmos mais além. Além da crise, além do pessimismo e além fronteiras. O nosso melhor recurso são as pessoas. As pessoas que são capazes de arriscar, que não desistem e que enfrentam as dificuldades com originalidade e com trabalho. São estas pessoas que estão na origem de vinhos portugueses galardoados internacionalmente, de empresas inovadoras de base tecnológica, que sobem ao topo do Everest e enviam satélites para o espaço. Porque razão está Portugal nesta situação económica se conseguimos fazer do melhor que há no mundo? Se conseguíssemos canalizar as nossas energias e os nossos recursos neste sentido, talvez a crise fosse apenas uma má memória... É urgente uma cultura da inovação e da competência num esforço conjunto, nacional e transversal que permita aos portugueses revelar todo o seu potencial. Mas, para tal, precisamos de todos, desde o ‘chão da fábrica’ até ao ‘conselho de administração’. A actual situação económica de Portugal inspira cuidados para muitos de nós, mas não podemos ser vencidos pelo desânimo. De facto, é nestas alturas mais difíceis que temos que reforçar o nosso investimento em áreas estratégicas como a Investigação & Desenvolvimento, apostando nas novas tecnologias como forma de reduzir custos e gerar valor acrescentado.
> FICHA TÉCNICA Propriedade SGS Portugal – Av. José Gomes Ferreira, 11, 5° Piso, 1495-139 Algés, Miraflores (www.pt.sgs.com) Tel 214 127 200 Fax 214 127 290 Direcção Paulo Gomes Redacção, Design e Produção Gráfica Editando, Edição e Comunicação (www.editando.pt) Fotografia Bruno Barata, Photos.Com, SGS Image Bank Impressão IDG-Imagem Digital Gráfica, Lda Distribuição Gratuita
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Ciência e tecnologia aplicada nas empresas um momento em que se ouve falar da perda de competitividade nacional, da baixa produtividade das nossas empresas e do seu relativo atraso tecnológico, o Presidente da República, Jorge Sampaio, deu a conhecer a uma Nação deprimida empresas de sucesso, que estão a ‘dar cartas’ nas suas áreas de intervenção. No seu mais recente périplo pelo país, realizado no âmbito das Jornadas sobre Inovação e Competitividade, Jorge Sampaio visitou empresas como a Unicer, a Enabler, a Ferpinta, a Arsopi, o INESC Porto, a Aleluia, a Pombo Indústrias Metalomecânicas e a Novagrés. Oriundas de sectores de actividade tão distintos como o cervejeiro, as novas tecnologias ou o metalúrgico, estas entidades têm em comum o facto de apostarem efectivamente na inovação e no desenvolvimento tecnológico.
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Mostrar para convencer que o que é nacional é bom! Seguindo o exemplo dado pelo Presidente da República, a Revista SGS Global apresenta nas próximas páginas o que de melhor se faz no país em áreas como a investigação médica e científica, a indústria de transformação de veículos, a computação móvel ou a prestação de serviços de saúde. A nossa selecção foi feita aleatoriamente e as histórias que se seguem são apenas uma pequena mostra do elevado potencial das empresas portuguesas. Um potencial que, efectivamente, Jorge Sampaio tem vindo a evidenciar com o apoio de um grupo significativo de empresários, designadamente dos que uniram esforços em torno da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação. Esta entidade, que conta com o alto patrocínio de Jorge Sampaio e que é presidida por Murteira Nabo, actual presidente da GalpEnergia, lançou este ano uma iniciativa que visa distinguir pequenas e médias empresas portuguesas que apostem na
inovação, na ciência e na tecnologia para gerarem postos de trabalho, para ganharem mercado e para apresentarem resultados positivos para as partes interessadas. Intitulada Prémio Inovação COTEC, esta iniciativa distinguiu em 2005 a empresa ChipIdea, empresa que desenvolve semi-condutores analógicos e digitais e que integra o Parque Tecnológico da Maia, um dos exemplos em que a SGS Global pegou nesta edição para demonstrar que em Portugal existem focos de inovação relevantes para o desenvolvimento económico e social do país. Outras empresas que mereceram menções honrosas da COTEC foram a Critical Software e a YDreams. A primeira, sediada em Coimbra, desenvolve software para sectores de grande complexidade técnica, como as indústrias aeroespaciais e da defesa. A segunda, desenvolve sistemas de informação geográfica com tecnologias multimédia, que depois são aplicados em jogos para telemóveis, realidade virtual e mapas tridimensionais. Com sede no campus universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade nova de Lisboa (Costa da Caparica), a empresa é um dos líderes mundiais em jogos multi-utilizadores para telemóveis.
SGS atenta à inovação e aos resultados que daí advêm A SGS Portugal, que faz parte de um grupo mundial pioneiro e líder em vários sectores de actividade, não pode, pois, dissociar-se deste movimento, motivo pelo qual chamou para tema de capa da sua revista a ciência e a tecnologia, e motivo pelo qual nos próximos números vai continuar a acompanhar o que de bom é feito pelas empresas portuguesas, designadamente em conjunto com as universidades, entidades com quem vem colaborando assiduamente (Universidade de Aveiro, de Évora e dos Açores).
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Na entrevista que concedeu à Revista SGS Global, o CEO do Parque Tecnológico da Maia (Tecmaia), António Tavares, fala dos projectos do empreendimento e explica porque é que a aposta na inovação é a fórmula certa para colocar Portugal no caminho das melhores práticas e da rentabilidade.
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Inovação no Tecmaia Das palavras aos actos Que balanço é possível fazer da actividade já desenvolvida pelo Tecmaia? O Tecmaia é um parque de ciência e tecnologia que acolhe empresas inovadoras e de base tecnológica, quer da indústria quer dos serviços, num ambiente qualificado. Numa primeira fase, o projecto, que nasceu da deslocalização da TISEP, apostou na remodelação dos edifícios fabris, com vista a alojar um primeiro núcleo de empresas e de unidades de investigação. Concluída esta fase com sucesso, o Tecmaia entrou numa segunda fase que passa pela expansão das infra-estruturas existentes e pela requalificação dos espaços envolventes. Isso significa que o Tecmaia já esgotou a capacidade de acolhimento? Nesta primeira fase, sim. Temos 39 empresas instaladas e não temos capacidade para receber mais nenhuma, excepto se alguma unidade do núcleo base se transferir para fora do parque.
Que empresas estão instaladas no Parque Tecnológico da Maia? No Tecmaia encontram-se empresas como a ChipIdea Microeletrónica, a Multiwave Networks, a Mog, a Accenture, entre muitas outras que nasceram neste espaço e têm sido distinguidas consecutivamente pelo seu trabalho inovador. São, sobretudo, empresas que desenvolvem competências no domínio da gestão integrada de conteúdos multimédia, tecnologias de produção audiovisual, sistemas e tecnologias de informação web design, assistência técnica GSM, energia, consultoria estratégica, engenharia e design de circuitos integrados, I&D em fibra óptica de alto débito, automação e electrónica, I&D em indústria automóvel, I&D em viticultura e enologia. Que sectores de actividade gostaria de reforçar depois de consolidada a segunda fase deste projecto? Gostaríamos muito de reforçar a área da saúde e da biotecnologia. Seria também interessante optimizar a oferta
no domínio da indústria automóvel, onde já nos destacamos, e continuarmos a apostar na informática, um sector em constante evolução.
Crescer em harmonia Quais são os desafios desta segunda fase? O grande desafio do Tecmaia para o período 2005-2010 prende-se com a expansão do parque ao nível das infra-estruturas. Está para breve o lançamento do concurso público que levará à criação de um edifício central no parque, com vista a albergar um grande auditório, salas de reuniões para congressos e exposições, restaurante, instalações de apoio desportivo, bem como os serviços administrativos do Tecmaia. A par deste edifício, serão construídos outros que irão contemplar a instalação de novas empresas, aumentando para cinco vezes mais a actual capacidade do parque. Importa salientar que neste projecto de ampliação e modernização do Tecmaia, procurámos harmonizar a questão urbanística com a ambiental, não excedendo o que está legalmente estabelecido. O programa de requalificação prevê a valorização dos espaços verdes e a ampliação das infra-estruturas dedicadas à actividade desportiva e ao lazer, duas vertentes que privilegiamos desde o início, pois o
“O grande desafio do Tecmaia para o período 2005-2010 é a expansão das infra-estruturas”
Tecmaia procura oferecer excelentes condições de trabalho aliadas a um ambiente desportivo e de lazer também de qualidade. Em Portugal são poucos os exemplos de parques de ciência e tecnologia. Não seria positivo investir em mais projectos semelhantes ao Tecmaia? Na Europa, a Finlândia, por exemplo, lidera este movimento de uma forma muito expressiva. A China e outros países mais desenvolvidos estão igualmente empenhadíssimos em investir na criação de parques de ciência, tecnologia e ambiente. Portugal tem de estar atento a casos de sucesso desta natureza e definir estratégias neste domínio. Encontramo-nos ainda numa fase embrionária mas já existem
Parque de Ciência e Tecnologia da Maia
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História bem sucedida de um parque tecnológico
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O Tecmaia - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, S.A. é uma sociedade anónima, de direito privado, constituída em 1999, numa parceria da Câmara Municipal da Maia com o ICEP, o IAPMEI, a PME Investimentos, a PME Capital, a PRIMUS e a ANJE. Posteriormente, o corpo accionista foi reforçado com a entrada da Agência Portuguesa de Investimentos e o Instituto Superior da Maia, entre outros.
Concebido a partir da solução encontrada para viabilizar as antigas instalações industriais da Texas Instruments/ Samsung, o Tecmaia foi acolhido por todas as partes envolvidas como um projecto de futuro, capaz de dinamizar a actividade empresarial do concelho e arredores. Por isso, no final da década de 90, foi aceite o repto e o parque avançou por fases mas sempre com determinação por parte dos seus responsáveis, que sempre acreditaram ser possível concretizar pequenas ideias e gerar resultados significativos a nível empresarial. Depois da recuperação dos seis edifícios existentes, instalaram-se as primeiras empresas e criou-se um núcleo de serviços base. Hoje, o Tecmaia emprega 350 pessoas altamente qualificadas e alberga quase quatro dezenas de empresas de diferentes domínios. Concluída a segunda fase do projecto (2010), o Tecmaia disporá de uma capacidade de alojamento empresarial cinco vezes superior à actual.
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“A aposta tem de passar pela criação de valor acrescentado, de empresas de base tecnológica que transformem ideias e projectos do meio científico e académico em resultados concretos” alguns parques do género distribuídos um pouco por todo o país e que fazem a diferença nas regiões onde estão instalados. Não há dúvida que estes parques estimulam o fluxo do conhecimento e das tecnologias entre as universidades e as empresas; criam emprego qualificado, contribuem para uma menor desertificação e estimulam a criação de massa crítica favorável a uma cultura de empreendedorismo no país. Portugal vive momentos de grande apatia no domínio do empreendedorismo. Como alterar esta situação? Portugal tem condições para ser um país inovador mas para isso tem que mudar mentalidades e atitudes e desvincular-se de vez da ladainha que insiste em dizer que tudo está mal. Temos de percorrer o caminho das melhores práticas, da tecnologia, da inovação, porque temos recursos humanos e matéria-prima suficientes para nos distinguirmos. É fundamental romper com esta mentalidade e acreditar que somos capazes. Projectos como o do Tecmaia confirmam exactamente esta postura, que é possível acreditar e vencer. Como alguém disse, e bem, “há vida para além do défice”.
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A aliança do conhecimento com o espírito empreendedor terá de ser uma realidade em Portugal, caso contrário corremos o risco de perder o comboio do desenvolvimento tecnológico? Sem dúvida! A vantagem competitiva de Portugal já não é a mão-de-obra barata. A aposta tem de passar pela criação de valor acrescentado, de empresas de base tecnológica que transformem ideias e projectos do meio científico e académico em resultados concretos com viabilidade de concretização
Arquivo Editando
Mudar atitudes para vencer
e de rentabilização no mercado interno e no mercado externo. A ideia do choque tecnológico tem de ser cada vez mais real e não virtual. Embora o Estado tenha um papel determinante nesta mudança de atitude, é fundamental que os portugueses actuem pró-activamente, que não estejam sempre à espera da participação do Governo. É evidente que faltam instrumentos, desde o capital de risco a uma postura mais arrojada também por parte da banca, que na maioria dos casos não está preparada para apoiar projectos empresariais. Portanto, a mudança de atitude tem de acontecer a diferentes níveis, por forma a que a nossa economia cresça sustentadamente. Acredita, então, que Portugal vai, num futuro breve, percorrer um melhor caminho ao nível do seu desenvolvimento? Os ciclos económicos de grande euforia seguidos de um período de maior depressão são normais, não há que dramatizar. O Tecmaia, e outros parques espalhados pelo país, são exemplos de que as empresas actuam imbuídas das melhores práticas com vista a atingirem resultados, ou seja, a gerarem trabalho rentável para todas as partes envolvidas. Nós acreditamos que é possível vencer e, por isso mesmo, investimos seriamente neste modelo e na sua divulgação. Estão programadas diversas acções, entre as quais destaco a organização do 3º Encontro Ibérico de Parques de Ciência e Tecnologia que decorreu neste mês de Julho. A curto prazo estamos também a ponderar a possibilidade de recebermos no parque alunos das escolas do ensino básico e do primeiro ciclo do concelho da Maia para melhor promovermos o que fazemos.
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Instituto Português de Viticultura e Enologia
Ciência ao serviço da viticultura O Instituto Português de Viticultura e Enologia é o responsável pela descoberta da identificação genética das castas portuguesas de videira. Com uma base científica e técnica, este organismo inovador está instalado no Tecmaia. oi no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia que o IPVE - Instituto Português de Viticultura e Enologia encontrou o ambiente perfeito para desenvolver a sua actividade. “Fomos os segundos a aderir a esta plataforma empresarial de excelência e estamos muito satisfeitos. Somos uma instituição científica e técnica e, portanto, o IPVE só poderia funcionar integrado numa estrutura com estas características. À disponibilização de uma vasta gama de serviços acresce um ambiente altamente qualificado e a vivência salutar entre todas as empresas do parque, cooperando umas com as outras sempre que necessário. No meu entender, o Tecmaia é um espaço de excelência que deveria ser ‘clonado’ para que assistíssemos a uma multiplicação de bons exemplos em Portugal”, sublinha o presidente do IPVE, Ferreira Monteiro. Fazer investigação, desenvolvimento e formação na área da viticultura e enologia em Portugal é a principal missão do IPVE, uma associação privada sem fins lucrativos, que começou a funcionar em pleno na transição do século. Desde então, esta instituição já trabalhou em vários projectos na área da investigação, sendo a análise genética (DNA) da videira o mais prestigiante. Este estudo, realizado pelo IPVE em parceria com outros laboratórios internacionais, permitiu, pela primeira vez, determinar com exactidão a caracterização genética das castas. Anteriormente, explica Ferreira Monteiro, “o método de identificação era muito subjectivo, resultando normalmente da avaliação efectuada por pessoas do sector que determinavam a casta da videira baseada nas características fenotípicas, como por exemplo através das medições da folha. No entanto, este método podia induzir em erro, porque uma mesma variedade de videira, plantada num terreno pobre e num rico, tem um aspecto diferente, sendo que em termos de DNA o resultado é exactamente o mesmo”. Em Portugal, pensa-se que haverá mais de 400 castas diferentes, mas este número só poderá ser precisado quando estiver concluído o dendograma das castas de videira portuguesas, interrompido por inexistência de recursos financeiros para este projecto.
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> Ferreira Monteiro, presidente
Outro passo importante protagonizado pelo IPVE, conjuntamente com os parceiros internacionais, foi “estabelecer um método que deverá ser utilizado a nível mundial para a análise genética da videira”. Com a implementação desta norma, o trabalho das instituições de controlo da qualidade, por exemplo, está muito mais facilitado.
Urgente: incentivos à investigação Na área da enologia, a associação assume também um papel determinante junto das empresas que operam no sector vitivinícola. O IPVE está apto a realizar provas técnicas para avaliar a qualidade organoléptica dos vinhos portugueses por iniciativa do seu painel de peritos ou de acordo com protocolos estabelecidos com o meio empresarial. O Instituto organiza, ainda, diversos cursos de formação na área vitivinícola, especialmente de iniciação à prova de vinhos (espumante, vinho do Porto e outros), de análise sensorial e mesmo de defeito dos vinhos, dirigidos a particulares ou a pessoas com alguma formação neste domínio. A quantidade de investigação a realizar no futuro do IPVE está dependente, segundo o seu presidente, das candidaturas a programas internacionais, uma vez que “em Portugal a investigação não é incentivada, especialmente as parcerias entre os centros de investigação e as empresas, e a candidatura aos parcos recursos financeiros disponíveis está associada a um processo fortemente burocratizado que desmotiva qualquer entidade”. A Ferreira Monteiro vale-lhe, no entanto, o grande amor que dedica à vertente técnico-científica do seu trabalho. É este, sem dúvida, o grande motor do trabalho desenvolvido pelo Instituto.
Engenharia com sabedoria Chama-se Sysadvance e é a única empresa no mercado ibérico a apostar no fabrico de unidades de Pressure Swing Adsorption para a produção de oxigénio e de azoto a partir do ar. Uma ousadia que se revelou muito oportuna. No caso da Sysadvance não contam os anos de experiência mas sim a atitude empreendedora de José Vale Machado e de Pedro Taveira que acreditaram numa boa ideia para criar uma empresa com resultados. Em pouco tempo, esta PME, orgulhosamente portuguesa, demonstrou ter ‘oxigénio’ suficiente para dinamizar uma área de negócio ainda por explorar no mercado ibérico. Com acesso privilegiado a uma reserva de capital intelectual altamente qualificado, um espírito inovador aguerrido, uma aposta forte em tecnologias de ponta e uma orientação claramente estudada para transformar as dificuldades em oportunidades, a Sysadvance conjugou os ingredientes certos para alcançar uma receita de sucesso. E conseguiu-o! A instalação do primeiro gerador de azoto Nitrogen da Sysadvance numa empresa portuguesa de extrusão de alumínio, em Abril de 2004, marcou o início de uma história feliz. Feitas as contas, em pouco mais de um ano de laboração contínua, a empresa colocou mais de duas dezenas de geradores de azoto em unidades fabris nacionais, espanholas e brasileiras. O negócio poderia ser ainda mais expressivo, “caso não fosse o desânimo empresarial que se vive em Portugal”, comenta José Vale Machado, director geral da Sysadvance. Felizmente, o mesmo não acontece em Espanha e noutros mercados apetecíveis à jovem empresa, instalada no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia. Face a algumas expectativas positivas, não será difícil à Sysadvance começar a exportar para a Polónia, República Checa, Holanda, Dinamarca e Grécia até ao final do presente ano. E se tudo correr como planeado, em 2006, diz o director geral, esta marca portuguesa chegará também ao Extremo Oriente.
Fazer a diferença A linha de geradores de azoto e oxigénio de alta pureza a partir de ar comprimido criados pela Sysadvance está a dar
os primeiros passos, mas já desperta atenções exteriores. É que o revolucionário modelo proposto por esta equipa de jovens empreendedores, desenvolvido com base em tecnologia Pressure Swing Adsorption (PSA), foi especificamente concebido para eliminar todas as desvantagens associadas aos custos de aquisição e operação dos tradicionais sistemas de cilindros de azoto de alta pressão ou tanques criogénicos, constituindo assim uma fonte de azoto permanente, com consumos energéticos e necessidades de manutenção mínimos. Os geradores Nitrogen da Sysadvance incorporam, ainda, a mais recente tecnologia de Carbon Moleculas Sieves, outro factor determinante para o sucesso do produto. A indústria metalomecânica portuguesa reconheceu, em primeiro lugar, as mais-valias deste sistema inovador, sendo que entretanto outras se lhe juntaram, porque o azoto em estado gasoso é utilizado hoje em dia em diferentes áreas de actividade, sobretudo na indústria alimentar (sumos, lacticínios e águas, cafés, azeite, vinhos, óleos alimentares, moagens e câmaras frigoríficas); electrónica (solda a laser e tratamento térmico); farmacêutica (embalagem e processo); fundição (nitração e inertização); química (inertização de reservatórios, solventes, combustíveis, polímeros e tintas); transportes & automóvel (inflação de pneus e testes de estanquicidade de circuitos) e noutros domínios, como pest-control, cablagem de cobre e moldes. José Vale Machado quer continuar a apostar na valorização da empresa e, para isso, está a prepará-la cautelosamente para implementar e certificar em breve um sistema de gestão da qualidade. No currículo da Sysadvance constam alguns prémios conquistados em Portugal e mesmo além-fronteiras, que confirmam o potencial destas pequenas empresas de base tecnológica e enfatizam, mais uma vez, que o que é nacional, é bom!
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> José Vale Machado, director-geral
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A Sysadvance conjugou os ingredientes certos para alcançar uma receita de sucesso, motivo pelo qual iniciará em breve exportação para a Polónia, República Checa, Holanda Dinamarca e Grácia.
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Na vanguarda da ciência com a AIBILI A AIBILI tem-se destacado em I&D na área oftalmológica. O seu contributo para a investigação e pesquisa de novos medicamentos e para o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à medicina é reconhecido internacionalmente. m todo o mundo a visão de milhões de pessoas é afectada por doenças como a retinopatia diabética, cataratas, degenerescência macular relacionada com a idade ou glaucoma. Os últimos estudos apontam para que nos próximos anos haja um crescimento da taxa de incidência destas doenças na população mundial. Em Portugal, há um organismo que tem contribuído de
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forma decisiva para o ‘combate’ a estas patologias, participando na investigação e pesquisa de novos medicamentos e no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à medicina. A AIBILI - Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem, foi criada em 1989 com o intuito de apoiar a transferência da investigação básica realizada na Universidade de Coimbra, mais concretamente no IBILI – Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem, para a prática clínica e para o mercado de saúde. O modelo foi importado dos EUA pelo mentor do projecto, o oftalmologista José Cunha-Vaz, e financiado pelo PEDIP, sendo o único instituto de novas tecnologias na área da saúde apoiado por este programa. Hoje, a AIBILI evoluiu, cresceu e ultrapassou largamente o campo de competências que esteve na génese da sua criação, tornando-se uma organização de investigação por contrato especializada. A actividade principal é desenvolvida em torno de três grandes unidades: Centro de Ensaios Clínicos (CEC), Centro de Estudos de Biodisponibilidade (CEB) e Centro de Novas Tecnologias para a Medicina (CNTM).
Ponte entre a indústria farmacêutica e os serviços de saúde, o CEC participa em ensaios clínicos, na área da oftalmologia, promovidos pelos grandes grupos farmacêuticos que constituem uma parte fundamental da investigação e desenvolvimento de novos medicamentos. “São ensaios realizados a nível internacional, em vários centros, sob rigorosas medidas de monitorização, controlo e qualidade, de modo a garantir a fiabilidade dos resultados”, explica Cecília Martinho, directora da instituição. Exigências que levaram a AIBILI a adoptar e a implementar os princípios
Prioridade à inovação
AIBILI em números Fundação Área (m2) Projectos com a indústria Investigadores Pessoal técnico Administração
uma vez, a aposta na implementação de rigorosas medidas de monitorização e qualidade, bem como a certificação, pelo Infarmed, em Boas Práticas de Laboratório, de acordo com os princípios da OCDE para a realização de Estudos de Biodisponibilidade e Bioequivalência e de Estudos de Farmacocinética, que validam o resultado do trabalho desenvolvido. O compromisso com o rigor e a qualidade do trabalho desenvolvido pela AIBILI levaram à implementação, e posterior certificação, da norma NP EN ISO 9001:2000, que abrange todas as unidades do Instituto.
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de Boas Práticas Clínicas (BPC) da ICH Harmonised Tripartite Guideline na realização de ensaios clínicos, que são reconhecidos internacionalmente e que colocam a instituição portuguesa ao mesmo nível das suas congéneres de renome mundial. Foram as necessidades da indústria farmacêutica nacional que ditaram a criação do Centro de Estudos de Biodisponibilidade, a mais recente unidade da AIBILI. Desde 1999, que aqui são realizados os estudos laboratoriais necessários ao lançamento de um novo medicamento ou de um genérico no mercado, vertente que conheceu um crescimento exponencial com o incentivo dado pelo Governo à promoção de medicamentos genéricos em Portugal. Mais
O Centro de Novas Tecnologias para a Medicina é o ‘coração’ da I&D na AIBILI, onde são desenvolvidos projectos de investigação de âmbito nacional e internacional. O trabalho aqui realizado dá origem à publicação, em revistas da especialidade, de dezenas de artigos, bem como à criação de inovadoras técnicas aplicadas à especialidade de oftalmologia, com especial destaque para a área de imagiologia. “Muitos dos nossos projectos são desenvolvidos em conjunto com outros institutos internacionais. O conhecimento e a investigação de novas soluções só fazem sentido quando são partilhados”, defende Cecília Martinho. A AIBILI é uma das promotoras do EVI.CT.SE - European Vision Institute. Clinical Trials. Sites of Excellence, uma rede europeia de institutos, cujo funcionamento se rege pelos princípios de Boas Práticas Clínicas da ICH Harmonised Tripartite Guideline. Por sua vez, esta rede de excelência está integrada no European Vision Institute (EVI), do qual a AIBILI é um dos sócios fundadores. Criado em 2003, o EVI tem como missão apoiar a implementação de projectos e estratégias que conduzam à descoberta de novas soluções para o tratamento de doenças do foro oftalmológico, congregando os esforços e os recursos, dos principais institutos europeus.
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> Rita Fernandes, auditora da Qualidade e Cecília Martinho, directora da AIBILI e gestora da Qualidade
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“O conhecimento e a investigação de novas soluções só fazem sentido quando são partilhados”
Imagens Médicas Integradas Tecnologia específica aumenta excelência dos serviços O aumento da esperança de vida da população reflecte-se na maior procura de cuidados médicos. Para as entidades que, como o IMI, prestam serviços na área da saúde, a qualidade é uma preocupação latente. > Fernando Torrinha, director clínico
arantir a satisfação do utente, bem como a prestação de serviços de imagiologia de elevado rigor médico e científico, é o objectivo prosseguido pelo IMI Imagens Médicas Integradas. Para esta sociedade de médicos radiologistas e neurorradiologistas, a qualidade traduz-se na prestação de um serviço de excelência, que assenta em algumas premissas. Desde logo, na inovação tecnológica, através do acompanhamento da evolução técnica e científica na área da saúde, em particular nas áreas da radiologia e da neurorradiologia. Os avanços da ciência são acompanhados por um corpo clínico e técnico especializado. O factor humano é outro dos pontos fortes da sociedade. Minimizar o desconforto causado pela realização dos exames médicos, através de um atendimento personalizado, é uma das políticas seguidas, motivo pelo qual se realizam contínua e sistematicamente acções de formação interna, que abrangem todos os funcionários. Com quatro unidades, uma delas inaugurada recentemente, o IMI disponibiliza um vasto conjunto de serviços, entre os quais: raiosX, ecografia, mamografia, tomografia axial computorizada (TAC), ressonância magnética, densitometria
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Imagens relaxantes e música ambiente. Atenções que se traduzem na prestação de um serviço com qualidade.
óssea, entre outros. “Desde o início da nossa actividade que seguimos uma filosofia de ‘serviço integrado’, que permite ao doente usufruir, com uma única deslocação, dos vários exames disponíveis”, explica Fernando Torrinha, director clínico do IMI. “A nossa unidade mais recente segue esta filosofia de forma rigorosa, facto que faz dela uma referência a nível nacional”, sublinha o mesmo responsável. Apostar no crescimento sustentado da sociedade, na inovação e na melhoria das técnicas, dos profissionais de saúde e dos serviços, tem sido uma preocupação constante ao longo dos 18 anos de actividade. “O ano passado recebemos nas nossas clínicas cerca de 120 mil utentes. No total das quatro unidades, estamos com uma média diária de 600 pessoas/dia”, refere Fernando Torrinha, que sublinha o seguinte: “Só o facto de acompanharmos a evolução científica e de investirmos na aquisição da tecnologia mais recente, bem como a existência de uma equipa médica competente e especializada, nos permite responder, com sucesso, à procura crescente com que nos deparamos”.
Certificação e expansão A certificação da qualidade é o mais recente desafio do IMI. A adopção e implementação da norma NP EN ISO 9001:2000 nas várias unidades da sociedade é fruto da aposta na excelência dos serviços. “Esperamos, com este projecto de implementação e de certificação, valorizar a nossa organização e melhorar a prestação dos nossos serviços. Acreditamos que esta será, no futuro, uma exigência do próprio mercado, pois, apesar de não ser esse o objectivo último, a certificação vem reforçar a política de diferenciação por nós seguida”. As quatro unidades do IMI funcionam na região de Lisboa. A expansão da actividade da sociedade para todo o território nacional não está posta de parte mas a acontecer terá que ser em parceria. “Este é um mercado que está em evolução e que conta com muitos intervenientes, desde o Estado, aos grupos financeiros (banca e seguros), passando pelos grupos de média dimensão, como o IMI. Estamos a avaliar a criação de sinergias e de parcerias, sendo que só nessa lógica a expansão geográfica do IMI fará sentido”, sustenta Fernando Torrinha.
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Soluções inovadoras da MobiComp A MobiComp - Computação Móvel, S.A. é uma empresa vocacionada para desenvolver produtos e soluções inovadoras de mobilidade computacional e dispositivos sem fios. Uma arte em franca ascensão. empresa disponibiliza produtos standard e soluções desenhadas à medida dos seus clientes, complementadas por um serviço de apoio e manutenção. Este tipo de soluções engloba o desenvolvimento de portais móveis, bem como aplicações específicas para telemóveis e PDA’s. No portfólio da MobiComp constam diferentes linhas de produtos, sendo o MobileKeeper (cópia de segurança móvel) a estrela do momento e o Mobile Banking (banca móvel) outra das soluções bem sucedida. Através deste serviço de acesso ao banco, os clientes podem, em qualquer altura e a partir de qualquer lugar, aceder a um vasto conjunto de operações bancárias. Premiada várias vezes, a MobiComp, líder em Portugal na área da computação móvel e desenvolvimento de soluções sem fios, opera num nicho de mercado composto por quatro sectores de actividade considerados estratégicos: telecomunicações móveis e media; banca e serviços financeiros;
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contactos estão avançados com Inglaterra, França, Itália, países do Benelux e Emirados Árabes Unidos. A Ásia, o Médio Oriente e o mercado americano são outras opções a considerar e, em vários casos, estamos muito satisfeitos com a evolução de todo o processo. Nesta fase, interessa-nos consolidar o mercado europeu mas estamos a trabalhar para ir mais longe, porque temos produtos e capacidade para apresentar ao mercado, tanto nacional como internacional, soluções diferenciadoras e geradoras de valor acrescentado para os potenciais clientes”. Esta ascensão meteórica, mas consolidada, da MobiComp é o reflexo da combinação de vários factores de sucesso bem identificados na política estratégica da empresa. Primeiro, a aposta numa área de vanguarda com um vastíssimo mercado para explorar; segundo, o privilégio dado desde sempre ao capital intelectual enquanto maior activo da empresa, por forma a desenvolver soluções inovadoras no domínio da
comércio a retalho e serviços básicos. Na sua carteira de clientes constam empresas de referência nestes sectores, nomeadamente a TMN, o BCP, o BPI, a Lusomundo, a Sonae e a GalpEnergia/M24, entre muitas outras.
Aposta no mercado externo Fundada em 2000, a MobiComp, empresa certificada no âmbito da norma ISO 9001:2000, continua a privilegiar o mercado nacional mas a projecção no mercado externo assume já um papel significativo. Tem, por isso, uma delegação na capital espanhola e actua também noutros países. O plano de expansão no mercado internacional, como explica Carlos Oliveira, CEO da empresa, está a ser reforçado quase diariamente. A empresa conta com um conjunto de parceiros e uma rede de agentes em diferentes pontos do mundo. “Os
> Carlos Oliveira, CEO
mobilidade computacional; e, terceiro, saber adoptar desde o início uma postura pró-activa orientada especificamente para o cliente. “Mais do que satisfazer as necessidades evidenciadas pelos clientes, a equipa de investigação e desenvolvimento da MobiComp procura antecipar as tendências do mercado, criando novas oportunidades de negócio”, esclarece o CEO da empresa. O enfoque colocado na inovação é extremamente elevado na MobiComp. Carlos Oliveira garante mesmo que “a inovação é parte intrínseca do ADN da empresa, é a base de uma estratégia empresarial de sucesso. Toda a nossa liderança no mercado é sustentada com a apresentação de produtos inovadores, com qualidade e com valor acrescentado para o cliente, que resultam de um longo processo de investigação e de desenvolvimento”, conclui.
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> CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PORTUGAL
Auto Ribeiro Uma equipa com qualidade Na indústria da transformação de veículos em Portugal, a Auto Ribeiro é líder. Esta empresa, fundada em 1976, especializou-se na transformação de viaturas, construção de carroçarias e no fabrico de equipamentos e acessórios. o longo de praticamente três décadas de actividade, a ambulância assume o protagonismo. “Em média, transformamos e equipamos cerca de 400 ambulâncias por ano. Por exemplo, 2004 foi um ano excepcional para a nossa empresa por causa do Euro. Chegámos às 800 transformações no geral, a uma média de três por dia, mas 2005 perspectiva-se diferente. Penso que retomaremos a normalidade, que no total atingirá as 600 transformações, entre ambulâncias e outros veículos”, explica António Ribeiro, fundador e sócio maioritário da empresa. A par das ambulâncias (de socorro, de transporte de doentes ou de transporte em cadeiras de rodas), esta empresa de Gaia está preparada para transformar e equipar mini-bus, viaturas de transporte de valores e veículos celulares. Para se diferenciar e oferecer um serviço mais completo ao cliente, a Auto Ribeiro tem vindo a desenvolver competências na área do desenvolvimento de produto. A inovação, associada à funcionalidade e à qualidade das soluções propostas, têm contribuído para a consolidação da empresa também nesta vertente de concepção e fabrico de equipamentos e acessórios para instalação nos veículos que transforma.
ideias, sempre a pensar na melhoria do que já existe e na criação de novos componentes que satisfaçam e conquistem a confiança do cliente. “Neste sector estamos um pouco limitados pelas normas europeias. Tentamos, no entanto e dentro do possível, conceber equipamentos que acrescentem valor e que sejam capazes de ultrapassar obstáculos. E isso tem acontecido, especialmente no domínio dos equipamentos específicos para ambulâncias. Importa também salientar que todos os produtos que fabricamos e comercializamos estão certificados e registados no Infarmed”, esclarece Barbosa da Silva, director da Qualidade. Conquistado o mercado português (norte, centro, sul e ilhas), a Auto Ribeiro encetou o desafio da internacionalização com Angola e, em 1998, iniciou a exportação de viaturas de transporte de valores e ambulâncias para Espanha. Três anos depois, chegaram as primeiras encomendas de ambulâncias para França e, actualmente, o Brasil e a Síria demonstram também interesse em beneficiar do know-how da empresa portuguesa. A Auto Ribeiro conseguiu, ao longo dos anos, criar uma unidade competitiva. Investiu na implementação de um sistema de gestão da qualidade, que está certificado de acordo com a norma ISO 9001:2000, apostou em novas instalações e está todos os dias atenta aos avanços tecnológicos. Brevemente, ficará concluída uma nova linha de produção de equipamentos e está já em vista a aquisição de novos terrenos para expandir a unidade fabril. O repto da internacionalização trouxe também a responsabilidade de continuar a diferenciar-se num mercado cada vez mais competitivo. António Ribeiro não está preocupado porque, afinal, esse desígnio sempre comandou a empresa!
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Inovar à medida Presentemente, a Auto Ribeiro fabrica e comercializa cadeiras ortopédicas, macas, carrinhos para macas, charriot e carrinho para maca (monobloco). Alguns destes produtos foram especialmente concebidos para responder a necessidades dos clientes. Na Auto Ribeiro há um Gabinete de Estudos e Projectos, que funciona quase como um laboratório, onde se fazem experiências e se testam novas
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> Barbosa da Silva, director da Qualidade e António Ribeiro, sócio-fundador
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Web HACCP Segurança alimentar à distância de um clique!
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O Web HACCP facilita o apoio ao sistema de gestão da segurança alimentar, que se torna mais rápido e mais económico. SGS desenvolveu o Web HACCP, um serviço inovador que alia os benefícios decorrentes do uso das tecnologias de informação às mais-valias do apoio presencial dos seus técnicos e auditores. O facto de assentar numa plataforma tecnológica acessível através de qualquer computador ligado à Internet, torna o Web HACCP (vocacionado para os sectores da hotelaria e restauração) particularmente útil “para as cadeias de restauração pública que possuem diversas unidades espalhadas pelo país. Normalmente estas cadeias têm um responsável pela segurança alimentar em cada unidade e um coordenador a nível nacional. Com este serviço, a par das informações disponibilizadas ao responsável de cada unidade, o coordenador responsável pela gestão da segurança alimentar na cadeia tem acesso on-line aos resultados de todas as
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acções de formação, auditorias, análises laboratoriais, visitas de acompanhamento, procedimentos efectuados pelos colaboradores de cada uma das unidades, entre outras possibilidades. Assim, pode avaliar a evolução em cada unidade e comparar com as restantes, elaborar análises comparativas e fazer benchmarking. Tem também a vantagem de permitir que o sistema HACCP seja implementado de forma homogénea em todas as unidades da cadeia, quer a empresa opte por fazê-lo em simultâneo ou de forma faseada”, salienta Anabela Gonçalves, directora da Divisão de Consumer Testing Services (CTS) da SGS Portugal. A partir do momento em que o serviço é contratado, o cliente tem de imediato acesso ao site que contém toda a documentação legal, os procedimentos e os formulários de registo necessários ao cumprimento dos requisitos do sistema HACCP, e é estipulado um plano de acompanhamento nas unidades abrangidas. Este plano inclui acções de formação, auditorias, apoio técnico, bem como a realização periódica de análises de risco, de perigos e análises laboratoriais às matérias-primas e aos alimentos confeccionados.
Apoio permanente dos técnicos da SGS A intervenção da SGS começa com o diagnóstico ao estado inicial de cada unidade em matéria de segurança alimentar, ao qual se segue uma acção de formação sobre o sistema
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segurança alimentar
> WEB HACCP
Os clientes têm ao seu dispor um e-mail directo para esclarecimento de dúvidas cuja resposta é dada em 24 horas
HACCP, a utilização da documentação e as boas práticas de manutenção, entre outras. Esta acção abrange todos os colaboradores de cada unidade de restauração da cadeia. No prazo estipulado, um técnico da SGS visita novamente a unidade com o objectivo de ajudar no acompanhamento do sistema. “Estas visitas são um misto de auditoria e de apoio técnico, pois, para além de ser feita a auditoria para avaliar como está a decorrer o processo, são corrigidos procedimentos, sugeridas acções de melhoria e tudo o mais que seja necessário para ajudar os colaboradores a implementarem o sistema de gestão da segurança alimentar na respectiva unidade”, esclarece Anabela Gonçalves. “À medida que o sistema vai sendo implementado e os colaboradores vão estando mais familiarizados com os procedimentos e com as rotinas ne-
O Web HACCP Plano de acompanhamento do sistema HACCP nas unidades abrangidas; Acções de formação, auditorias, apoio técnico, bem como a realização periódica de análises de risco, de perigos e análises laboratoriais às matérias-primas e aos alimentos confeccionados; Acesso on-line aos resultados de todas as acções de formação, auditorias, análises laboratoriais, visitas de acompanhamento e procedimentos efectuados pelos colaboradores de cada uma das unidades;
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Selo de conformidade SGS.
Com o Web HACCP, o cliente tem de imediato acesso ao site que contém toda a documentação legal, os procedimentos e os formulários de registo necessários ao cumprimento dos requisitos do sistema” Quem o diz... Anabela Gonçalves, directora da divisão de Consumer Testing Services
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cessárias, as visitas dos técnicos da SGS tornam-se mais espaçadas no tempo. A partir de certa altura, a SGS começará também a enviar para cada unidade tarefas específicas que o gerente terá de efectuar num determinado prazo e reportar a sua execução ou a razão da sua não execução. São tarefas simples de manutenção do sistema mas que ajudam a criar rotinas de segurança”, acrescenta a directora da SGS. Quando o sistema está implementado e as auditorias demonstram que a unidade cumpre no mínimo 80% dos requisitos exigidos, e caso não tenham sido detectados patogénicos nas análises efectuadas, é-lhe atribuído o selo de conformidade SGS. “O selo de conformidade SGS é uma importante mais-valia para os nossos clientes, porque lhes permite evidenciar junto dos consumidores que aquele restaurante não só tem o cuidado de implementar o sistema HACCP, como tem uma performance que o distingue. O selo SGS também é importante para o sector da hotelaria, porque cada vez há mais operadores turísticos a exigirem aos hotéis com que trabalham que apresentem garantias no domínio da segurança alimentar”, conclui Anabela Gonçalves. Importa ainda referir que os clientes do Web HACCP têm ao seu dispor um e-mail directo, disponibilizado imediatamente após a contratação do serviço, para esclarecimento de dúvidas, cuja resposta é dada em 24 horas.
Grupo Portugália O primeiro a aderir ao Web HACCP orque já tem uma unidade com não hesitámos”, sustenta Rita Rei, a certificação HACCP e porque responsável da Qualidade do Grupo aplica as boas práticas da seguPortugália. E acrescenta: “Começámos rança alimentar em todos os seus com três unidades mas, se tudo correr restaurantes, foi sem hesitações que o como esperamos, a curto prazo será Grupo Portugália aderiu ao novo serviço aplicado em mais unidades. Com este de apoio ao sistema HACCP recentemente serviço torna-se mais fácil dar o apoio lançado pela SGS. necessário e controlar melhor a gestão O serviço Web HACCP abrange três da segurança alimentar nos diversos unidades de restauração do Grupo, duas restaurantes. A informação circula de cervejarias Portugália (em Faro e no Centro forma muito mais rápida (em 24 horas Comercial Vasco da Gama, em Lisboa) a SGS envia-nos os resultados das e um restaurante Il Mercato di Pasta (no análises, das auditorias, que, inclusive, Centro Comercial Colombo, em Lisboa), são validadas com fotografias, o que mas a implementação decorre como ajuda imenso as equipas nos restaurantes previsto e o entusiasmo é grande. a perceberem o que está errado e como “Trabalhamos com o Grupo SGS há cerca deve ser feito) e não existe tanto papel, de cinco anos em diversas áreas, como porque toda a documentação está as auditorias higio-sanitárias, as análises disponível para consulta e registo onmicro-biológicas, zaragatoas aos equi- > Rita Rei, responsável da Qualidade line. Com os elementos que recebo das pamentos e utensílios usados nos restrês unidades posso comparar resultados, taurantes e serviço de ‘cliente mistério’ ver como o sistema está a evoluir em ao nível do cartão, sugestões e reclamações. Foi também cada uma, e, além disso, a SGS disponibiliza um e-mail a SGS que certificou o sistema HACCP na Cervejaria para esclarecimento de dúvidas que me dá resposta em 24 Portugália do Cais do Sodré. Temos uma boa experiência horas. É um projecto inovador, com uma gama de serviços de trabalho e grande confiança nos seus técnicos, nas suas muito alargada, que vem ao encontro das nossas necessidades, metodologias e processos, nos serviços que nos prestam. simplificando e desburocratizando completamente o sistema Por isso, quando nos apresentaram o serviço Web HACCP, HACCP”.
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Antecipar o futuro com o Mobile Reporter
O SGS Mobile Reporter, a nova solução utilizada nas auditorias de controlo regular de higiene, representa mais um passo na garantia da qualidade e da segurança alimentar.
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ioneiro no mercado nacional e internacional, o SGS Mobile Reporter, a nova metodologia utilizada na realização de auditorias de controlo regular de higiene alimentar que a SGS tem vindo a desenvolver em Portugal, está a conquistar clientes. A adopção da mais recente tecnologia na recolha de informação e posterior tratamento dos dados representa uma mais-valia para as diferentes unidades e estabelecimentos que manuseiam e comercializam produtos alimentares. O processo é relativamente simples e as suas potencialidades são imensas. As auditorias de controlo regular de higiene verificam e avaliam, ponto a ponto, as boas práticas de higiene e manipulação dos bens alimentícios e a sua conformidade com a legislação em vigor. Na metodologia tradicional, o auditor recorre, durante a visita, ao uso de uma check-list em papel. Concluída a auditoria, “as não conformidades detectadas e as respectivas medidas correctivas são passadas para uma máscara de check-list em formato informático,
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por exemplo o word/excel, sendo o relatório posteriormente enviado por correio para o cliente”, explica Natacha Simões, responsável técnica do Departamento de Agrocontrolo da SGS. A solução protagonizada pelo SGS Mobile Reporter assenta na utilização de PDA’s (Personal Digital Assistant) ou Palm Tops durante a realização da auditoria, em substituição dos habituais “papel e caneta”. O auditor segue, à semelhança do que já fazia anteriormente, uma check-list mas agora esta encontra-se num formato electrónico. As vantagens introduzidas por este novo sistema de recolha automática de informação são significativas, destacando-se a redução do tempo de entrega do relatório ao cliente, que passa a estar disponível de forma quase imediata após a conclusão da auditoria, bastando para isso que o auditor tenha acesso a um ponto de Internet onde possa ‘descarregar’ os dados recolhidos. Recorde-se que seguindo a metodologia tradicional, o cliente tem que esperar vários dias pelo
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“Reduzido o compasso de espera, mais rapidamente são detectadas as não conformidades e implementadas as acções correctivas”
> Natacha Simões, responsável técnica do Departamento de Agrocontrolo
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resultado da fiscalização, que lhe chega, normalmente, por correio. “Reduzido o compasso de espera, mais rapidamente são detectadas as não conformidades e implementadas as acções correctivas pelos respectivos responsáveis, facto por demais importante uma vez que está em causa a segurança do consumidor final”, sublinha Natacha Simões.
Solução inteligente A utilização de PDA’s permite o tratamento automático dos dados recolhidos, sendo vasto o leque de possibilidades de visualização da informação, o que faz do SGS Mobile Reporter uma verdadeira ferramenta de gestão. “Estão
pré-definidos vários meios de tratamento de dados, denominados ‘filtros’, que permitem ao utilizador consultar só os itens não conformes ou itens conformes, os pontos críticos, ou outros”, esclarece a responsável técnica do Departamento de Agrocontrolo da SGS. Pela sua grande capacidade de arquivo, o Mobile Reporter permite, também, a visualização dos relatórios anteriores e a realização de análises evolutivas dos resultados, seja por unidade, por secção ou mesmo por item, potenciando assim uma gestão mais centralizada de todas as unidades e facilitando a realização de benchmarking. O sistema apresenta, inclusive, gráficos de gestão bem como gráficos de distribuição de percentagens das várias auditorias. Outra das vantagens é a inclusão de fotografias no relatório, que a metodologia tradicional já permitia mas que o uso de PDA’s veio agora facilitar e agilizar. Esta situação permite enviar just in time para o cliente e directamente incluídas no relatório, “evidências reais das não conformidades”, por forma a evitar “situações dúbias”. Esta nova metodologia inclui ainda “o ajuste das check-list’s utilizadas, a inserção de notas pré-definidas e a ponderação de perguntas de acordo com o valor crítico
Maior rapidez de actuação no Carrefour “Hoje temos um acesso mais rápido aos resultados de uma auditoria de controlo regular de higiene. O tempo de espera diminuiu em mais de 60%, o que nos permite actuar de forma quase imediata”, afirma Nuno Passadinhas, responsável pela Fileira Qualidade do Carrefour. Há seis meses que este grupo da grande distribuição adoptou a metodologia SGS Mobile Reporter nas auditorias que são realizadas em todas as suas sete unidades localizadas em Portugal (Aveiro, Braga, Loures, Montijo, Oeiras, Telheiras e Vila Nova de Gaia). Apesar de recente, os resultados obtidos com esta implementação são já relevantes. Não só a informação está disponível mais cedo, como a introdução electrónica dos dados permite uma efectiva gestão da informação. Basta lembrar que uma auditoria a uma grande superfície de
distribuição obriga à verificação de doze chek-lists, cada uma delas com várias dezenas de questões, para se ter uma ideia aproximada da quantidade de dados que é necessário processar. “Anteriormente, era necessário analisar quadro a quadro, secção a secção, para podermos ter uma noção clara da evolução de cada uma das nossas lojas. Agora, esta informação é processada automaticamente e estruturada de acordo com as nossas necessidades, facilitando, por exemplo, a realização de acções de benchemarking entre as várias unidades”, sublinha o mesmo responsável. A adopção do SGS Mobile Reporter teve impactos visíveis no dia-a-dia”de cada uma das lojas. “Não mudámos os procedimentos mas muitos deles foram aprimorados. O uso de fotografias, para visualização das não conformidades, por exemplo, revelou-se de extrema utilidade”, sublinha
dos vários itens analisados, a realização de up-loads e downloads de informação com base de dados centralizada e a inserção de documentos passíveis de serem consultados durante a auditoria, como sejam os códigos de boas práticas e os documentos legislativos”, salienta Natacha Simões.
Departamento da Qualidade de um grupo com várias unidades tenha acesso a todos os dados, enquanto que os responsáveis de loja apenas acedem à informação da própria secção”, esclarece Natacha Simões. Ao longo dos últimos meses o número de empresas que apostam na adopção desta ferramenta de ponta tem vindo a crescer.
Vantagens SGS Mobile Reporter
Máxima confidencialidade
Em comum têm o facto de manusearem bens alimentares, mas a sua actividade e dimensão são muito variados. O que tem obrigado à introdução de algumas modificações no software. “Este é um projecto piloto, sendo por isso natural que haja alguma adaptação às diferentes necessidades apresentadas pelos nossos clientes. É um trabalho que temos vindo a fazer em parceria, com resultados muito positivos”, conclui a responsável técnica do Departamento de Agrocontrolo da SGS.
Confidencialidade da informação;
Acessibilidade imediata aos relatórios;
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Maior facilidade de consulta;
Opções variadas de apresentação e tratamento de dados, incluindo benchmarking;
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Visualização das não conformidades através de fotografias inseridas nos relatórios.
José Carrasco. Na opinião do director animador de Fila de Produtos Frescos e Transformados do Carrefour, é possível agir mais rapidamente e com menor margem de erro, respondendo de forma optimizada às exigências que são colocadas pelo cliente. “O consumidor exige-nos constantemente qualidade e segurança e nós temos obrigação ética, moral e comercial de lhas garantir. Para isso, recorremos a várias ferramentas, entre as quais se destaca o SGS Mobile Reporter, que apesar do pouco tempo de implementação que conta aqui no Carrefour se tem revelado muitíssimo útil”, enfatiza José Carrasco. O facilidade de utilização tem-se revelado um factor importante na adaptação a esta nova ferramenta. “Para além da própria tecnologia que a sustenta ser muito user friendly, temos tido o apoio e a formação > José Carrasco, director animador de Fila de dos técnicos da SGS, que nos permitem explorar, em pleno, as Produtos Frescos e Transformados, e Nuno potencialidades desta nova ferramenta”, conclui Nuno Passadinhas. Passadinhas, responsável Fileira Qualidade
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Uma peça fundamental neste processo é o portal SGS WEB REPORTER, acessível através do endereço “https://sgs.mobilereporter.com”. O uso da Internet não só agiliza o acesso à informação como permite que a mesma seja consultada fora do gabinete de trabalho. A confidencialidade é assegurada através da atribuição de passwords, às quais são atribuídos diferentes níveis de acesso à informação. “Por exemplo, é possível que o responsável do
QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
certificação
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Indústria farmacêutica SGS ICS Portugal é pioneira na certificação de sistemas integrados afiliada portuguesa do Grupo SGS é pioneira na certificação de sistemas integrados de gestão da qualidade, ambiente e segurança na indústria farmacêutica a nível mundial. A SGS ICS tem certificadas mais de 850 empresas da indústria farmacêutica em todo o mundo, com destaque para países como o Reino Unido, a Síria, a França, a Suíça, a China, o Brasil, a Alemanha, os EUA e a Irlanda. A afiliada portuguesa é, até ao momento, pioneira a nível de todo o Grupo na certificação de sistemas integrados de gestão da qualidade, ambiente e segurança em empresas farmacêuticas. “Das seis empresas farmacêuticas que a SGS ICS certificou em Portugal, três têm os sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança integrados, o que a coloca como a empresa do Grupo que, a nível internacional, mais certificações desta natureza atribuiu neste sector de actividade. Esta situação não é de estranhar, uma vez que Portugal é um exemplo de inovação e pioneirismo em muitos domínios e porque os sistemas de gestão integrados são uma ferramenta cada vez mais indispensável à competitividade das organizações de qualquer sector de actividade e dimensão. Neste caso, estamos perante empresas de uma indústria com patamares de exigência muito elevados ao nível da produção, da produtividade e da rentabilidade, o que implica uma boa performance da gestão. Acresce, ainda, que a indústria farmacêutica, por razões óbvias, tem normalmente grandes preocupações com o ambiente e com a segurança dos colaboradores, nomeadamente no que respeita ao manuseamento das substâncias”, sublinha Maria João Nascimento, directora executiva da SGS ICS em Portugal.
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Vantagens da certificação Melhorar a organização interna, aumentar a produtividade, via melhoria da eficiência e da eficácia dos diferentes processos, reduzir as não conformidades e desperdícios, aumentar a comunicação entre os vários departamentos, proporcionar a formação adequada a cada colaborador e facilitar as trocas comerciais, pelo reconhecimento nacional e internacional da certificação, são algumas das vantagens salientadas pelas empresas que implementam e certificam os respectivos sistemas de gestão da qualidade (NP EN ISO 9001:2000). No que respeita ao ambiente, os benefícios decorrentes das medidas implementadas ao abrigo da norma NP EN ISO
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14001(sistemas de gestão ambiental), são evidentes na redução do consumo de energia e materiais, na redução de desperdícios e dos custos da gestão dos resíduos, na capacidade de monitorizar os impactos ambientais da actividade e, consequentemente, de reduzir os riscos de incidentes ambientais, e, ainda, mas nem por isso menos relevante, na redução dos custos com os seguros. A par da garantia de que cumprem a legislação aplicável, a generalidade das empresas que implementam e certificam sistemas de gestão da saúde e segurança no trabalho (OSHAS 18001) salientam como principais benefícios, a redução dos riscos de acidentes de trabalho e dos prejuízos daí decorrentes, a redução dos riscos de doenças profissionais,
> Maria João Nascimento, directora executiva da SGS ICS
a redução de eventuais indemnizações, e a redução dos encargos com prémios de seguros. De uma forma ou de outra, todas estas mais-valias são apontadas pelas empresas da indústria farmacêutica certificadas pela SGS ICS de acordo com os três referenciais normativos como extremamente relevantes. O mesmo se passa, aliás, com a maior parte das razões que levam as empresas a implementarem e a certificarem algum ou mesmo os três sistemas de gestão. “Todas as empresas têm que ser bem geridas para serem competitivas e a ISO 9001 é uma norma de gestão adequada a qualquer tipo de empresa, independentemente do sector onde se posiciona. As variações, as diferenças, verificam-se ao nível dos processos internos de cada empresa e dos métodos e abordagens a que recorre para optimização desses mesmos processos. Quando avançamos para a área ambiental e para a segurança, as motivações para a certificação já se tornam mais específicas, dependendo do tipo de actividade, dos objectivos a atingir e até da cultura de cada empresa”, explica Maria João Nascimento.
Importância da certificação SGS Para as multinacionais que detêm filiais em Portugal e noutros países, há ainda um aspecto importante a ter em conta: negoceiam contratos internacionais com a SGS, o que lhes garante a uniformidade dos padrões de exigência requeridos a todas as suas afiliadas aquando da implementação e certificação dos sistemas de gestão. “A SGS ICS tem uma larga experiência de certificação na área da indústria farmacêutica a nível mundial (havendo mesmo países onde está fortemente especializada) e detém inúmeros contratos internacionais com multinacionais do sector, que são executados pelas diversas afiliadas do Grupo onde a casa-mãe está instalada. Para os clientes com operações a nível global, é uma enorme vantagem saberem que, independentemente da localização da afiliada da SGS (seja na China, na Austrália, nos EUA ou aqui em Portugal), a qualidade do serviço prestado é sempre a mesma. As afiliadas do Grupo SGS a nível mundial obedecem exactamente aos mesmos níveis de exigência, têm as mesmas metodologias de trabalho, os mesmos critérios de independência, os mesmos requisitos no que respeita ao profissionalismo e às qualificações dos seus colaboradores, etc. Como acontece para qualquer sector de actividade, os auditores de sistemas de gestão da SGS que fazem as auditorias às empresas da indústria farmacêutica conhecem profundamente a actividade de fabricação das formas farmacêuticas sólidas e orais, conhecem as normas de Boas Práticas que regem a respectiva produção e usam a mesma nomenclatura. Se assim não fosse, não aportariam qualquer mais-valia ao serviço prestado”, conclui Maria João Nascimento.
Alexandre Gandum
“A indústria farmacêutica, por razões óbvias, tem normalmente grandes preocupações com o ambiente e com a segurança dos colaboradores”
As empresas dizem… Contactadas pela SGS Global, algumas das empresas farmacêuticas certificadas pela SGS ICS apontam vantagens e caminhos a seguir.
Hidrofer Para fazer bem, sempre! A Hidrofer - Fábrica de Algodão Hidrófilo, Lda. é a única, de entre as farmacêuticas certificadas pela SGS ICS em Portugal, que não produz formas farmacêuticas sólidas e orais, mas sim algodão enrolado, bolas e discos desmaquilhantes, rolos dentários, cotonetes e compressas. A decisão de implementar primeiro o sistema de gestão ambiental de acordo com a norma 14001:1999 (certificado em 2003) prendeuse fundamentalmente com a postura dos seus accionistas e com a cultura que estes têm vindo a implementar na empresa desde que foi fundada, em 1975. “Faz parte da nossa forma de estar como empresários, de cumprir, de evoluir, de fazer bem e cada vez melhor, se possível. Investimos em tecnologias e na qualidade dos nossos produtos, inclusive temos um laboratório próprio, para garantirmos a satisfação dos nossos clientes. E, em relação aos recursos humanos, procuramos permanentemente a melhor forma de lhes proporcionar as melhores condições de bem-estar, para que possam ter um bom desempenho profissional e >> pessoal.
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QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
“A SGS ICS tem uma larga experiência de certificação na área da indústria farmacêutica a nível mundial e detém inúmeros contratos internacionais com multinacionais do sector” << A opção pela implementação do sistema de gestão Entretanto, a OM Portuguesa já está também a implementar ambiental está directamente relacionada com a necessidade de evoluir e de minimizar qualquer impacto ambiental. Em 2003 avançámos para o sistema de gestão da qualidade, de acordo com a ISO 9001:2000, e, então, decidimo-nos pela integração dos sistemas, tendo também sido incluídas a ISO 13485:2000 (relativa a dispositivos médicos) e a certificação de produtos (algodão em todas as variantes que produzimos). Consideramos que é o meio mais eficaz para a prossecução da melhoria contínua que tanto almejamos”, explica um responsável da Hidrofer. >
Labesfal Qualidade envolve tudo e todos 24 SGS Portugal
A Labesfal - Laboratórios Almiro SA, do grupo Fresenius Kabi, também optou pela integração dos três sistemas de gestão e pela respectiva certificação. “A Labesfal, enquanto empresa farmacêutica, tinha já implementado um sistema de garantia da qualidade que lhe permitia assegurar o cumprimento das Boas Práticas de Fabrico. A aposta na integração e na certificação surgiu para alargar o âmbito desse sistema à gestão da qualidade, ao ambiente e à saúde e segurança no trabalho. Para a Labesfal, era importante que a qualidade não fosse entendida apenas como qualidade do produto. Com o processo de certificação, essa noção foi ultrapassada e, neste momento, todos os colaboradores têm consciência de que a qualidade envolve todos os processos e todas as pessoas”, salienta Cristina Fernandes, directora da Qualidade da Labesfal. >
OM Portuguesa Harmonizar modelos de gestão A OM Portuguesa - Laboratório de Especialidades Farmacêuticas SA, filial do Grupo suíço OM Pharma, começou por implementar e certificar o sistema de gestão da qualidade (em 2000) e, na perspectiva de consolidar uma metodologia para a gestão da qualidade total, avançou em 2001, para a implementação de um sistema de gestão dinâmico orientado por processos. Este veio a ser validado aquando da auditoria de renovação, em 2004, que atribuiu à empresa a certificação ISO 9001:2000.
práticas de gestão ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2004, integradas no sistema de gestão, tendo em vista a respectiva certificação em 2006. A implementação e a certificação dos sistemas de gestão foi decidida ao nível do Grupo em meados da década de 90 e hoje os resultados são extremamente positivos, como salienta Rosário Manilha, do Departamento da Qualidade da OM Portuguesa. “A principal mais-valia foi a harmonização global em termos de Grupo. Hoje em dia temos uma cultura OM, com uma missão, uma visão e com valores estabelecidos. Somos uma filial da OM Pharma integrada mas com personalidade própria. Conseguimos também uma melhor integração da comunicação ao nível do Grupo e cada vez há mais harmonização em termos de modelo de gestão. É claro que são processos que levam tempo a ser optimizados e ainda estamos numa fase de consolidação do modelo de gestão implementado. Mas estes factores são claramente determinantes para a melhoria do nosso desempenho”, sustenta aquela responsável. >
West Pharma Eficácia do modelo de gestão Para a West Pharma, fabricante de formas farmacêuticas sólidas de administração oral e filial do Grupo Tecnimede, a principal motivação foi ver reconhecida, por uma entidade externa ao sistema de regulamentação do medicamento, a eficácia do sistema de gestão da qualidade implementado, primeiro de acordo com a norma ISO 9002:1995 e, em 2003, após a adequação ao modelo de gestão por processos, de acordo com a ISO 9001:2000. “A norma NP EN ISO 9001:2000 comporta um conjunto de elementos que, quando postos em prática, permitem uma melhoria efectiva da organização e do planeamento das diferentes actividades associadas a cada um dos processos, evitando acções desnecessárias, bem como a re-ocorrência de eventuais não conformidades, aumentando de forma significativa a produtividade e a competitividade da empresa”, explica Manuel Leandro, da Unidade de Garantia da Qualidade. >
COMÉRCIO INTERNACIONAL
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Importar…
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com segurança garantida pela SGS!
Os serviços disponibilizados pela Divisão de Consumer Testing Services (CTS) e pela Divisão de Logística da SGS permitem aos importadores e retalhistas de produtos alimentares e não alimentares importar com toda a segurança.
mportar dos países do Extremo Oriente e de outros destinos longínquos requer atenção e, para as empresas que não dominam a língua, os costumes, as formas de negociação ou os métodos de produção locais, pode tornar-se um verdadeiro quebra-cabeças e um negócio de risco elevado. Fazendo jus às suas origens – assegurar serviços de inspecção e de superintendência no comércio e transporte de produtos – o Grupo SGS disponibiliza, através das suas Divisões de CTS e de Logística, serviços de inspecção, testes, garantia da qualidade e consultoria de produto, bem como de entrepostagem aduaneira e distribuição, capazes de assegurarem aos importadores e aos retalhistas que as suas encomendas são produzidas e entregues de acordo com os parâmetros que estabelecem e com as condições negociais definidas com os seus fornecedores de qualquer país do mundo. Isto porque, enquanto organização líder mundial no domínio da inspecção, verificação e análise, a SGS está presente em mais de 140 países com uma rede de mais de 1000 escritórios e laboratórios e cerca de 42.000 funcionários. Por exemplo, na China, conta com laboratórios e escritórios em todas as províncias junto dos principais centros industriais, o que lhe permite dar resposta eficiente às necessidades dos seus clientes com custos mais competitivos do que os de quaisquer outras organizações congéneres também posicionadas no gigante asiático. Os entrepostos aduaneiros na Maia e em Camarate, por sua vez, garantem uma cobertura nacional no apoio à recepção das mercadorias e à tramitação legal de toda a entrepostagem aduaneira e ao desalfandegamento. Em Portugal, os serviços de inspecção e verificação sempre
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tiveram maior procura para apoio às exportações. Contudo, “há sensivelmente dois anos, a tendência inverteu-se e, actualmente, a maior parte dos clientes em Portugal são traders com muito maior volume de importações do que exportações, pelo que grande parte das inspecções são realizadas pelas filiais e escritórios da SGS nos países de origem das mercadorias, com especial incidência na China e noutros países do Extremo Oriente”, explica Joaquim Loureiro, coordenador do Departamento de Inspecções Non-Food da Divisão CTS da SGS Portugal.
Segurança máxima para o cliente A par de testes e análises laboratoriais a amostras com que podem ser complementados os diferentes tipos de inspecções a realizar (inicial, durante a produção, final, pré-embarque), e que visam garantir ao importador que a encomenda que vai receber corresponde ao que efectivamente contratou Organização do serviço de apoio à gestão de importações da SGS
Divisão Consumer Testing Services Hard line: cerâmicas, mobiliário, vidro, brinquedos,… Soft line: têxteis, calçado, têxteis para o lar,… Electric & electronics: electrodomésticos, aparelhagens, telemóveis, calculadoras,… Divisão de Logística Entrepostagem Aduaneira
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produção e à fase de envio dos produtos encomendados. Após cada intervenção junto do fornecedor, a SGS envia de imediato ao cliente o relatório correspondente (reporting), seja relativo ao resultado de análises a amostras ou à inspecção efectuada, e devidamente suportado com toda a documentação necessária, “inclusive com fotografias, para que o cliente tenha a noção exacta do estado da mercadoria”, acrescenta Joaquim Loureiro. Apesar de perfeitamente definidos, os > Isabel Delgado, directora > Joaquim Loureiro, Departamento serviços da SGS funcionam com grande da Divisão de Logística Non-Food da Divisão de CTS flexibilidade e adaptabilidade às necessidades com o fornecedor chinês, os serviços prestados pela SGS dos clientes, o que significa que tanto podem ser contratados proporcionam aos clientes uma vantagem adicional para a importação de encomendas de grande dimensão extremamente importante do ponto de vista negocial, como como de pequeno volume, e que estão disponíveis quer esclarece Joaquim Loureiro. “Se o cliente quiser, estipula individualmente quer cumulativamente e, ainda, combinados na carta de crédito e na nota de encomenda que o banco com programas de garantia da qualidade, dependendo dos só pode processar o pagamento da encomenda após a riscos envolvidos, da importância e da complexidade das apresentação, por parte do fornecedor, do Certificado de transacções em causa. Inspecção SGS. E o Certificado de Inspecção SGS, Chegada a encomenda a Portugal, entra em campo a documento autenticado, só é emitido se a encomenda Divisão de Logística. “A SGS pode fazer a verificação de cumprir o caderno de encargos ou, caso não cumpra todas toda a documentação, por forma a garantir que os produtos as especificações, se o cliente autorizar a sua emissão por cumprem todos os requisitos legais para poderem ser considerar que a não conformidade detectada não é impeditiva comercializados, nomeadamente no que respeita à da conclusão do negócio. Quando o pagamento depende embalagem e à rotulagem”, explica Isabel Delgado, direcda emissão do Certificado SGS, os fornecedores têm mais tora da Divisão. Os entrepostos aduaneiros da SGS estão cuidado, pois sabem que se não produzirem em conformidade preparados para receber cargas de todo o mundo, e os com as especificações do produto contratadas, correm o técnicos têm a experiência necessária para uma expedita risco de não receberem e terem de ficar com a mercadoria”. tramitação de toda a documentação legal. “Se o cliente De salientar, igualmente, o acompanhamento prestado desejar, podemos armazenar a mercadoria no entreposto, pelos técnicos da SGS, no respectivo país, em todas as até este ter disponibilidade para a receber. De facto, é fases de intervenção contratadas, que pode ir desde a possível fazer uma encomenda global, e receber a mercadoria selecção de fornecedores (outsourcing) até à preparação por fases, conforme as quantidades necessárias”, acrescenta das especificações do produto, às inspecções durante a a mesma responsável. Bruno Barata
comércio internacional
> COMÉRCIO INTERNACIONAL
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Apoio disponibilizado ao Importador Serviços
Consultoria de produto Acompanhamento na prospecção de mercado Avaliação fabril Inspecção antes do início da produção Inspecção no início da produção Inspecção durante a produção Testes laboratoriais a amostras tipo e/ou de produção para verificar a segurança e performance Inspecção aleatória final Supervisão da contentorização Certificado SGS Entrepostagem Aduaneira Armazenamento e gestão de stocks
Vantagens do Serviço
Diminuição dos riscos de não conformidade com as especificações e as amostras, de importação de produtos de risco ou perigosos; de não conformidade com regulamentos obrigatórios; de recebimento de embalagens, sortimentos ou marcas incorrectas; de atrasos na produção/embarque, com os custos e prejuízos consideráveis que tal pode implicar para o importador.
Documentação base para as Inspecções Caderno de encargos com as especificações, desenhos e tabelas de medidas relativas ao produto; Amostra de referência (quando aplicável).
inspecções
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ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS
SGS Portugal inspecciona postos de combustíveis A lei impôs e a SGS ajuda a cumprir de forma inovadora, com um pacote de serviços abrangente, das inspecções às instalações de armazenamento e postos de abastecimento de combustíveis.
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Valorizar o serviço com um pacote global O Grupo SGS concebeu um pacote global de serviços que visa, por um lado, responder às imposições legislativas e, por outro, apoiar os clientes na diversidade das suas actividades e na consequente melhoria do seu desempenho. “A SGS está a propor às petrolíferas detentoras das redes de postos de abastecimento de combustíveis um pacote completo para valorizar a marca junto dos utentes. De facto, a gasolineira poderá adjudicar apenas os serviços correspondentes à segurança, que é a valência obrigatória nesta matéria, mas a SGS propõe-lhe uma solução mais abrangente, que analisa a qualidade do serviço, a segurança alimentar nas áreas de serviço que disponham de lojas de conveniência, cafetaria ou restaurantes, e a qualidade ambiental dos espaços ocupados”, sublinha José Fabião, director técnico da Divisão Industrial da SGS Portugal. Este pacote de serviços, criado especificamente pela SGS Portugal, está repartido em quatro áreas distintas: qualidade, segurança, segurança alimentar e ambiente. Na primeira, a SGS avalia, do ponto de vista da satisfação, o serviço prestado aos utentes dos postos de abastecimento de combustíveis e controla, segundo as mais avançadas técnicas analíticas, a qualidade dos produtos derivados do petróleo. Na segurança, que é a vertente-chave do pacote e a que está sujeita
às disposições previstas na legislação, a SGS avalia a conformidade de projectos de novas instalações, inspecciona as condições actuais dos postos e outras instalações de armazenagem e desenvolve trabalho de descodificação de situações pendentes como é o caso de alvarás, alterações de produtos, alterações de capacidades, entre outros. Assim, é possível garantir ao cliente a conformidade legal das suas posições, numa filosofia de upstream. Para a concretização desses propósitos a SGS socorre-se das suas competências enquanto OI (organismo de inspecção) na área dos equipamentos sob pressão e, também, de OVM (organismo de verificação metrológica) abordando sob estas valências outros equipamentos presentes nos postos enquadrados por regulamentos específicos que importa cumprir. A proposta da SGS estende-se ainda à segurança alimentar e à gestão ambiental. No serviço de controlo de higiene aplicável a todos os postos de abastecimento de combustível que laborem também na área de cafetaria e restauração, a SGS controlará a higiene das instalações e dos operadores do serviço, bem como a qualidade microbiológica dos alimentos manipulados ou preparados no local. O transporte e a recepção dos produtos, a sua respectiva armazenagem e o acondicionamento dos lixos são outros pontos a ter em atenção. No domínio da gestão ambiental, são analisados os sistemas de tratamento de águas residuais contaminadas com hidrocarbonetos, os sistemas de recuperação de vapores provenientes de enchimento dos reservatórios de armaze-namento de gasolina, as caleiras e grelhas, controlo de solos, entre outros aspectos de índole ambiental. Desta forma, a SGS apresenta um conjunto de serviços capaz de fazer a diferença na optimização do desempenho das empresas, de permitir cumprir a legislação em vigor, de aumentar significativamente o retorno dos investimentos e de potenciar o valor da marca.
A DGGE elegeu o Grupo SGS Portugal para executar as operações de inspecção aos locais de armazenamento e postos de abastecimento de combustíveis.
Bruno Barata
Grupo SGS Portugal foi recentemente reconhecido pela Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGGE) como entidade idónea, com competência técnica e capacidade em meios humanos, materiais e financeiros para desempenhar funções como entidade inspectora das instalações de armazenagem de combustíveis derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis, a que se refere o Decreto-Lei nº267/2002, de 26 de Novembro. De acordo com a legislação em vigor, os municípios são actualmente as entidades competentes em matéria de licenciamento e fiscalização das referidas instalações não localizadas nas redes viárias regional e nacional. Contudo, a realização das inspecções periódicas obrigatórias às instalações de armazenamento de derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis fica a cargo de entidades independentes, acreditadas no âmbito do Sistema Português da Qualidade e aprovadas pela DGGE. A Direcção-Geral de Geologia e Energia, a quem compete legalmente esta função, elegeu, com base em critérios muito rigorosos, o Grupo SGS Portugal para executar as operações de inspecção aos locais de armazenamento e postos de abastecimento de combustíveis implantados no país, ilhas incluídas.
MERCADO DO CARBONO
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Mercado de CO2 Ameaça ou oportunidade? Em vésperas da entrada em funcionamento do mercado de emissões de CO2 em Portugal, a questão que dá título a este artigo é colocada por um número crescente de empresas.
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Photos.Com
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partir do mês de Agosto, as 244 instalações portuguesas abrangidas pelo Mercado Europeu do Carbono podem começar a comercializar as suas licenças. A data do arranque do mercado de emissões do carbono em Portugal foi anunciada por João Gonçalves, presidente do Instituto do Ambiente, durante uma conferência organizada pelo jornal Diário Económico e pela FomentInvest para debater o mercado de emissões de CO2 e as alternativas à disposição das empresas para reduzirem as suas emissões de gases poluentes. Desde Janeiro de 2005 que o Mercado Europeu de Carbono está em funcionamento, antecipando um mecanismo previsto no Protocolo de Quioto. Numa primeira fase, estão abrangidas cerca de cinco mil empresas (entre elas as 244 nacionais), de um universo total de 12 mil empresas, que são responsáveis por mais de 40% das emissões europeias de gases com efeitos de estufa. Planear e antecipar a adopção de algumas medidas é a melhor estratégia que as empresas nacionais podem adoptar. Na opinião de Gareth Hughes, co-fundador da Climate Change Capital, e um dos conferencistas presentes, as empresas e os países que privilegiem uma estratégia de baixas emissões “serão mais fortes no futuro”.
A
Para sustentar esta tese, Hughes referiu que nos primeiros seis meses do ano a evolução do preço das licenças de CO2 foi ascendente, acompanhando, por exemplo, a subida do preço do petróleo. Debruçando-se sobre a situação actual em Portugal, o co-fundador da Climate Change Capital afirmou existir um hiato entre as metas traçadas no Protocolo de Quioto e os valores registados actualmente, “que têm tendência para aumentar”. De facto, Portugal está entre os países europeus que mais dificuldades têm em cumprir as metas que lhe foram impostas. Em 2003, as emissões de gases com efeito de estufa ficaram 36% acima do valor de 1990, quando a meta imposta por Quioto apenas permite um aumento de 27% para o período entre 2010 e 2012. Para além de ser um sinal da necessidade de implementação de medidas urgentes nos vários sectores de actividade, os números revelam que se não forem feitos esforços no sentido de diminuir as emissões poluentes, as empresas portuguesas serão potenciais compradoras de licenças de CO2, sob pena de terem que pagar pesadas sanções. “Não nos podemos iludir, o mercado do carbono está para ficar, as restrições de carbono estão para ficar e vão ser crescentemente activas”, sublinhou Pedro Barata, sócio-gerente da Ecoprogresso.
mercado do carbono
> MERCADO DO CARBONO
SGS activa no mercado do carbono com proposta concreta para as empresas Em resposta a este novo desafio, a SGS desenvolveu um programa relativo às alterações climáticas, constituído por serviços de verificação e validação. “O SGS Climate Change Programme é dirigido tanto a entidades privadas como a autoridades nacionais, e tem por objectivo validar projectos e verificar emissões de gases poluentes e de taxas de redução de emissões”, explicou Susana Viseu. De acordo com a gestora comercial da Divisão Environment, Safety & Quality Services da SGS, o serviço pode ser utilizado pelos projectos de mecanismo de desenvolvimento limpo, os quais precisam de demonstrar que permitem uma “efectiva, real e mensurável redução de emissões”, o que obriga “à validação do projecto e à verificação das emissões por entidades acreditadas, designadas por Operational Entities”, referiu Susana Viseu. Também as 12 mil empresas abrangidas pelo Mercado Europeu do Carbono são obrigadas, desde 1 de Janeiro deste ano, a recorrer a um verificador independente, acreditado, para validar os seus relatórios anuais de emissões. Mais uma vez, a SGS demonstrou estar preparada, sendo líder mundial nos serviços de validação e verificação de emissões. A par dos serviços directos de verificação das actividades das empresas, o Protocolo de Quioto faz um apelo à construção de edifícios sustentáveis, à realização de auditorias energéticas, à implementação de projectos de co-geração e de energias renováveis e à elaboração de relatórios de sustentabilidade, áreas onde a SGS já vinha a apostar há algum tempo, desenvolvendo um conjunto muito especializado de competências.
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Investimentos no outro lado do Atlântico Para além do comércio internacional de licenças/emissões, o Procolo de Quioto prevê mais dois instrumentos que podem ser utilizados pelas empresas e governos para atingirem as metas de redução de gases de estufa. São eles os mecanismos de desenvolvimento limpo e de implementação conjunta. Através dos quais as empresas dos países mais industrializados podem investir em projectos de redução de emissões em países em vias de desenvolvimento (no caso dos primeiros) ou em países em economias de transição (nos segundos), contabilizando nos seus Estados de origem a redução registada. Estes mecanismos são possíveis porque o efeito negativo da emissão de gases poluentes é sentido à escala mundial. O Brasil pode ser um mercado privilegiado para aquisição de créditos de carbono, através da implementação de projectos sustentáveis. Países como o Brasil, a Índia ou o Chile estão já a preparar projectos relacionados com energias renováveis, reflorestação ou aproveitamento de resíduos que depois ‘abrem’ aos investidores estrangeiros e cujo retorno assume a forma de créditos de carbono. Apesar do volume de projectos negociado anualmente ter tendência para subir, a oferta é ainda muito reduzida. Para esta situação contribui o facto dos países africanos, potenciais fornecedores deste tipo de projectos, estarem, ainda, à margem do processo (excepção feita à África do Sul e a Marrocos). Angola figura como um dos mercados potenciais para a implementação de projectos ‘limpos’, pese embora o facto do país ainda não ter ratificado o Protocolo de Quioto.
Novo mercado impulsiona serviços Para as empresas, esta nova realidade acarreta outros desafios, aumentando a necessidade de novos produtos, sobretudo na área financeira e de consultoria. Segundo Paulo Martins, administrador do Banco Espírito Santo Investimento, o mercado de CO 2 cria inúmeras oportunidades, uma vez que “existem actualmente muitos intervenientes e interesses, alcançando uma dimensão que proporcionará o aparecimento de produtos e serviços específicos”. Centrando a sua apresentação nas oportunidades próprias da banca de investimento, Paulo Martins referiu a existência de três aspectos, “que têm que ser acompanhados”. O primeiro é o de que este mercado representa uma nova ‘commodity’, à qual as empresas estão expostas, o que implicará a disponibilização dos produtos e serviços normalmente oferecidos pela banca de investimento a esta classe de activos, como sejam o “Trading, as Derivates e os Researchs”. Depois, verifica-se o nascimento de novos modelos de negócios assentes no “Seed Capital, no Asset Management ou no Fund Raising”.
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Por fim, o tipo e a quantidade de alterações que este novo mercado provoca na indústria actual e que estão directamente relacionadas com a área de Fusões & Aquisições, Consultoria, Fund Raising e Gestão do Risco. Também para a advocacia se abre uma nova área de actividade, sendo “importante testar a capacidade de adaptação do direito a esta nova realidade”, sublinhou Nelson Raposo Bernardo, advogado da Raposo Bernardo & Associados. Este advogado apontou cinco áreas dos serviços jurídicos em que os causídicos têm um papel preponderante: “Desde a caracterização dos títulos transaccionáveis e a sua regulação, passando pela criação de um sistema de dados e pela regulamentação dos instrumentos financeiros associados, até à captação de investidores e assessoria no desenvolvimento de projectos de mecanismos de desenvolvimento limpo”. Independentemente da componente económica e financeira associada ao mercado, esta problemática “toca a todos, enquanto cidadãos, investidores ou empresas. Há uma forte componente de responsabilidade social e ambiental em tudo o que diz respeito à limitação de emissões de carbono”, concluiu Pedro Barata, sócio-gerente da Ecoprogresso.
“Há uma forte componente de responsabilidade social e ambiental em tudo o que diz respeito à limitação de emissões de carbono”
Fundo Português do Carbono No final do evento, a Fomentinvest e seis bancos portugueses (CGD, Millennium BCP, BES Investimento, Banif Investimento, BPN) assinaram um protocolo que visa a criação do primeiro Fundo Português de Carbono, o qual deverá estar em funcionamento até ao final do ano. Este fundo de investimento irá operar nos mercados de compra e venda de licenças de emissão de dióxido DR
de carbono e em projectos de mecanismos de desenvolvimento limpos. No conjunto das duas áreas, o Fundo Português do Carbono deverá transaccionar por ano 5 milhões de toneladas de créditos de emissão de CO2, o que, a preços actuais (20 dólares por tonelada), pode gerar um volume de negócios na ordem dos 100 milhões de euros.
Susana Viseu, da SGS, e João Gonçalves, presidente do Instituto do Ambiente
Ângelo Correia, presidente da Comissão Executiva da FomentInvest
colaboradores
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HÁ MAIS DE 20 ANOS NA SGS
Vinte anos de casa num grupo sempre em crescimento Parabéns! Bem merecidos, pois nem todas as empresas se podem orgulhar de contar durante tanto tempo nos seus quadros com colaboradores activos e empenhados, prontos para no presente enfrentarem o futuro e os desafios da competitividade! rabalhar vinte anos numa empresa é notável a todos os níveis. Significa que enquanto a empresa progride ao longo do tempo, os seus colaboradores se integram e evoluem com ela. Na SGS Portugal, instalada no nosso país desde 1922, trabalham presentemente 15 colaboradores que ingressaram na empresa há, pelo menos 20 anos. O mais antigo, Ana Maria Dias Santos, da Divisão Oil Gas & Quemicals, entrou para a SGS Portugal há 33 anos. Deste relevante grupo de ‘fiéis’ à empresa fazem parte, também, Maria Fernanda Delgada José, da Divisão Agriculture (32 anos na empresa); Rogério Duarte José, inspector da Divisão Oil Gas & Quemicals (26 anos na SGS); Maria Isabel Delgado, directora da Divisão de Logística (25 anos na SGS); João Marques, administrador responsável pelo pelouro financeiro (25 anos na SGS), Lídia Serra, administrativa da Divisão Industrial (25 anos na SGS); Áurea Santos Simplício, administrativa da Divisão Agriculture (24 anos na SGS); Rosa Campos, secretária da Administração (24 anos na SGS); Paula Almeida Pinheiro, responsável pelas compras (23 anos na SGS); Alcides Silva, director da Divisão Recursos Naturais (22 anos na SGS); Cristina Alenquer, administrativa da SGS ICS Portugal (22 anos na SGS); Maria José Mestre, dos Serviços Gerais (22 anos na SGS); Paulo Alexandre, director da Divisão de Tecnologias de Informação (22 anos na SGS); Carmen Silva Lino, administrativa no Departamento Financeiro (21 anos na
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SGS) e Maria Gabriela Silva Duarte, administrativa na Divisão Industrial (20 anos de SGS). A todos eles, com esta pequena atenção, a SGS agradece o esforço, o empenho e a contribuição para o crescimento da empresa em Portugal. A todos dá também os parabéns por fazerem parte de um grupo de profissionais que sabe elevar bem alto os interesses do todo em função do bem-estar das partes, pois para os responsáveis máximos da empresa “as pessoas são, efectivamente, o recurso mais valioso da nossa empresa”, sublinha a Administração da SGS Portugal.
Percursos vários mas sempre consistentes Cada um destes colaboradores já passou por diversas funções e, infelizmente o espaço disponível não chega para descrever o interessante percurso individual percorrido. Contudo, e depois de uma breve conversa com este grupo alargado, pode assegurar-se que todos eles sem excepção classificam como muito positiva a sua integração e a sua vivência profissional dentro da SGS Portugal. Porquê? Porque to-
“O crescimento registado e o aumento de áreas de negócio e de colaboradores não desvirtuou o relacionamento entre colegas, que na SGS Portugal é muito próximo e solidário”
A aposta na formação foi reforçada com a entrada em funções da actual Administração, transformando-se num factor de motivação para todos os colaboradores. dos eles sentem que evoluíram e que passaram por diversas áreas da empresa sempre com desafios estimulantes pela frente. Mais importante ainda, reconhecem que a empresa sempre apostou nos seus colaboradores e na sua formação. De resto, a aposta na formação é algo que sentem reforçado desde que a actual Administração tomou posse e que, por isso, todos em conjunto fazem questão de evidenciar. Assim como enfatizam o facto de o crescimento registado e o aumento das áreas de negócio e dos colaboradores não ter desvirtuado o relacionamento entre colegas, que consideram muito próximo e solidário dentro da empresa a que pertencem.
Fazer parte do futuro Embora os anos já sejam muitos e alguns dos colaboradores anteriormente mencionados estejam prestes a chegar à merecida idade da reforma, a generalidade dos ‘entrevistados’ tem para o futuro um grande objectivo: continuar a fazer parte do Grupo SGS, acompanhando o seu incremento junto do tecido empresarial português e a diversificação
activa e dinâmica das diferentes áreas de negócio. Isto significa que o facto do Grupo SGS continuar a crescer em Portugal, de desenvolver novas e atraentes competências e de se saber diferenciar no mercado onde actua, designadamente através da qualidade do serviço prestado, faz dele uma entidade onde trabalhar continua a ser um desafio permanente e gratificante, mesmo para quem já conhece a casa de ponta-a-ponta! A capacidade de adaptação ao mercado, e as oportunidades dadas aos colaboradores ao longo da sua vida profissional, é efectivamente motivo de orgulho para todo este grupo. Um dos elementos ouvidos pela SGS Global proferiu, inclusive, uma frase que é elucidativa: “Uso na lapela do casaco o logotipo da SGS, o que reflecte bem a minha admiração por esta empresa. Ainda faço parte das pessoas que ‘vestem a camisola’ e assim vou continuar porque estou muito satisfeito”. É com esta ideia de futuro e de admiração que concluímos um trabalho que, como se compreende, assume um lugar especial na edição que agora se dá a conhecer da SGS Global!
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eventos e notícias
SGS aposta na Qualidade do Ensino Privado
Formação para a construção civil
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A SGS Training e a AATAE - Associação de Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia celebraram um protocolo de parceria na área da formação em Segurança na Construção Civil. O acordo pretende promover actividades de formação profissional para os associados da AATAE, com vista a incentivar o percurso formativo e o aumento do nível de qualificação profissional dos técnicos do sector. Graças a este protocolo, os técnicos de arquitectura e engenharia associados da AATAE vão poder beneficiar de condições especiais no acesso ao curso de formação em Coordenação de Segurança na Construção Civil ministrado pela SGS Training, a empresa do Grupo SGS Portugal acreditada pelo IQF - Instituto para a Qualidade na Formação (antigo INOFOR) como entidade formadora. O curso terá a duração de 150 horas, em horário pós-laboral durante a semana e ao sábado. Aos formandos que concluírem o curso com sucesso será atribuído um certificado profissional com a qualificação de Coordenador de Grau 2. De salientar que o curso tem uma forte componente prática desenvolvida em contexto de formação, através de exercícios e visitas de estudo, bem como em contexto real de trabalho, designadamente pela realização de um projecto final de curso.
Foram certificadas, recentemente, duas instituições de ensino privado, de acordo coma norma de Sistemas de Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2000. A Torre dos Pequeninos, estabelecimento de ensino particular especialmente vocacionado para a infância (creche, jardim de infância e 1º ciclo), é a primeira instituição de ensino pré-escolar a obter esta certificação em Portugal. Com um projecto educativo inovador orien-tado pelos valores do Respeito, Exigência, Liberdade e Tolerância e pelo envolvimento e responsabilização activa dos pais, da família e dos restantes educadores, a Torre dos Peque-ninos sempre definiu elevados padrões de exigência e de rigor na sua gestão. O Externato Vila Meã, Sociedade de Ensino Central Vilameanense, S.A., obteve um dos primeiros certificados da Qualidade atribuídos a uma escola do ensino básico e secundário. Com o âmbito de prestação de serviços de educação para o 2º e 3º ciclos do ensino básico e para o ensino secundário, esta certificação insere-se num projecto de escola que pretende ser de excelência, uma escola que promove a liberdade, o respeito, a iniciativa e a criatividade como caminhos para a formação dos jovens.
> Torre dos Pequeninos
Parceria com Rangel facilita comércio internacional A SGS Portugal e a Rangel assinaram no início de Julho um protocolo comercial que visa apoiar e facilitar o comércio internacional. Intitulado Supply Chain Partners, este pacote integra serviços como a consultoria de produto, trânsitos, entrepostagem aduaneira e distribuição porta-a-porta. Outro aspecto importante deste pacote de serviços é o facto de assegurar aos clientes uma cobertura global, pois a SGS detém mais de mil escritórios e laboratórios em todo o mundo.
> Externato Vila Meã
Resultados do primeiro semestre
Volume de negócios da SGS atinge mil milhões de euros O volume de negócios do Grupo aumentou para 1 557 milhões de francos suíços (cerca de mil milhões de euros), montante que representa um crescimento de 13,5% face ao período homólogo de 2004 e que reflecte um incremento da actividade em todas as áreas de negócio e em praticamente todas as regiões do mundo onde detém afiliadas.
Resultados do Grupo SGS (internacional) Primeiro Semestre Milhões Proveitos
CHF
Euros
Euros
Jun_05
Jun_04
Jun_05
Var (%)
1390
1557
895
1.002
12,0%
EBITDA
230
294
148
189
27,7%
Resultado Operacional
177
229
114
147
28,9%
12,7%
14,7%
12,7%
14,7%
Margem Operacional Resultado Antes Impostos
173
233
111
150
35,1%
Resultado Líquido
124
170
80
109
36,3%
35.460
40.223
Nº Médio Trabalhadores
Grupo SGS, líder em serviços de inspecção, verificação e certificação a nível mundial, anunciou quarta-feira 13 de Julho os resultados relativos ao primeiro semestre de 2005. Os resultados líquidos da SGS cresceram 38%, tendo passado de 124 milhões de francos suíços em 2004 ( cerca de 79 milhões de euros) para 170 milhões de francos suíços (cerca de 109 milhões de euros) em Junho de 2005. Estes resultados, que foram também impulsionados pelo aumento dos preços das transacções do petróleo e dos produtos nos mercados internacionais, ultrapassaram as melhores expectativas dos analistas. Os resultados financeiros líquidos cifraram-se em 4 milhões de francos suíços (cerca de 2,5 milhões de euros), reflectindo a baixa contínua do rendimento e das taxas de câmbio a nível global. O cash flow operacional do Grupo a 30 de Junho situavase nos 141 milhões de francos suíços (90 milhões de euros). Este valor foi usado para financiar investimentos líquidos em activos fixos, pagamento de dividendos e aquisições. A par do crescimento das receitas, também as margens operacionais melhoraram em todas as áreas de negócio do
O
CHF Jun_04
Grupo, conseguindo mesmo realizar ganhos significativos nas divisões de Consumer Testing Services, Certificação de Sistemas e Serviços, Agricultura, Ciências da Vida e Ambiente.
ÁREAS DE NEGÓCIO COM MAIOR CRESCIMENTO A área de negócios com maior crescimento foi a de Consumer Testing Services, cujas receitas ultrapassaram os 214,2 milhões de francos suíços, mais 29,3% que no mesmo período de 2004, em grande parte devido ao crescimento orgânico (mais de 26%) no mercado asiático (China, Coreia, Índia e Taiwan, entre outros). A prestação de serviços na área das Ciências da Vida cresceu 21,8%, confirmando a ambição do grupo em tornar-se um prestador de serviços multi-geográfico para as indústrias farmacêutica, de biotecnologia e de genéricos e para o mercado dos diagnósticos In vitro. O volume de negócios desta área de actividade atingiu os 62 milhões de francos suíços. Seguiram-se os serviços na área dos minérios (mais 19,1%), na agricultura (mais 10,9%) e no sector do petróleo, gás e químicos, com um crescimento da ordem dos 8,9%.
eventos e notícias 36 SGS Portugal
N A V E G A R
Tecparques - Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia www.tecparques.pt Tecmaia Parque de Ciência e Tecnologia da Maia www.tecmaia.pt Cotec Portugal Associação Empresarial para Inovação www.cotec.pt AIBILI – Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem www.aibili.pt Direcção Geral de Geologia e Energia www.dge.pt SGS Mobile Reporter https://sgs.mobile-reporter.com SGS Climate Change Programme www.climatechange.sgs.com Protocolo de Quioto http://unfccc.int
Qualidade na Construção Civil A NPF - Pesquisa e Formação apresenta a Conferência “Qualidade na Construção Civil”, que conta com prestigiados especialistas nacionais, do sector da construção, bem como da certificação. A SGS será representada por João Lima, director executivo da Divisão Industrial, cuja intervenção versará sobre Sistemas de Suporte às Actividade de Garantia da Qualidade, enquadrado no Desenvolvimento e Aplicação do Plano de Qualidade em Obra para Assegurar e Controlar a Qualidade na Obra. A realizar-se no dia 20 de Setembro, no Hotel Le Meridien Park Atlantic Hotel, em Lisboa, este evento vai debater os aspectos relacionados com a crescente adopção das normas da qualidade e da certificação como um factor de diferenciação no sector da construção. NPF-Pesquisa e Formação Tel: 21 000 09 66 • Fax: 21 000 09 70 Beloura Office Park, Edificio 7- 2º • 2710-693 Sintra www.npf.pt
Acção pioneira de Qualidade no Turismo
SERVIÇO CERTIFICADO DO PARQUE DE CAMPISMO RIO ALTO DA ORBITUR A Certificação do Serviço recentemente atribuída pela SGS ICS ao Parque de Campismo Rio Alto, na Póvoa de Varzim, faz da Orbitur uma empresa pioneira em todo o mundo, uma vez que este reconhecimento é o primeiro atribuído a um empreendimento desta natureza. Os serviços abrangidos pela Certificação agora obtida são o atendimento, a restauração, a actividade desenvolvida pelo minimercado, as práticas de actividade de campismo em tenda, caravana, autocaravana ou de alojamento de carácter complementar, e a prática de desportos ao ar livre. A política da Qualidade adoptada enquadra-se no âmbito de uma estratégia de crescimento e expansão da Orbitur, entidade proprietária e gestora do parque do Rio Alto. Segundo Beatriz Santos, administradora da Orbitur “Esta certificação evidencia a aposta que temos vindo a fazer na excelência dos nossos serviços. Pretendemos diferenciar os nossos parques de campismo, conferindo-lhes o nível de qualidade mais elevado do mercado. A escolha da SGS ICS foi também determinante neste aspecto, dado o prestígio internacional das suas marcas de Certificação”. Única no mundo, esta certificação confere à Orbitur um estatuto de qualidade acrescida e de reconhecimento internacional. Espanha será, por isso, o primeiro passo de uma internacionalização na qual se pretende expandir o modelo de sucesso implementado em Portugal.
Novo Director da Divisão Automotive da SGS Portugal Pedro Coelho assumiu recentemente a função de Director de Divisão Automotive da SGS Portugal. Formado em Engenharia de Produção Mecânica, Pedro Coelho faz parte integrante dos recursos humanos desta multinacional desde 1999. No último ano e meio, desempenhou a função de Coordenador da Qualidade no Departamento de Sinistros Auto. Agora, Pedro Coelho assume a responsabilidade de desenvolver novos serviços e dinamizar as actividades de toda a Divisão Automotive, que fornece serviços e soluções de verificação e inspecção em toda a cadeia de valor do Automóvel. Este serviços são direccionados para os construtores, distribuidores, particulares, instituições financeiras e seguradoras, retalhistas e Governos.
Troféu Call Center’2005 A IFE - International Faculty For Executives, em parceria com a SGS Portugal, tem o prazer de apresentar a 5ª edição do Troféu Call Center, organizado no âmbito do Salão Profissional Expo Call Center & CRM Solutions, que este ano terá lugar nos dias 2, 3 e 4 de Novembro, na Culturgest, em Lisboa. O Troféu Call Center é uma iniciativa que visa galardoar anualmente aqueles que mais se destacam no serviço de atendimento ao cliente, garantindo aos vencedores notoriedade, distinção e reconhecimento. Para mais informações, por favor contactar: IFE -International Faculty For Executives Rua Luciano Cordeiro, 123, 5º Esqº • 1050-139 Lisboa Tel.: 210033800 • Fax.: 210033888 E-mail: ife.pt@ifexecutivescom • www.ife-po.com