#23 SGS junho 2008 # ano 8
global
especial
grande distribuição
testemunhos de actividades conjuntas
Galp Energia
parceria para a segurança nos transportes e postos de abastecimento
revista do grupo
sgs portugal
EDITORIAL
N
uma época em que se aposta na Inovação para relançar a economia, a SGS Global apresenta nesta edição um dos sectores que mais tem inovado nas últimas 2 décadas. A Grande Distribuição, tal como a conhecemos hoje, surgiu em 1987 quando foi inaugurado o primeiro hipermercado em Portugal, mais propriamente em Matosinhos.
Nestes últimos 21 anos assistimos a uma verdadeira revolução no sector da distribuição, com o aparecimento de inúmeras cadeias de distribuição que aumentaram substancialmente o nível de competitividade. A Inovação foi, indiscutivelmente, a ferramenta que todos usaram para se diferenciarem no pricing, na comunicação, na imagem e, claro, na qualidade dos produtos e no atendimento aos seus clientes. Neste último ponto, o Grupo SGS Portugal tem sido indiscutivelmente um parceiro de referência. Outra parceria que se tem revelado um sucesso é a da Galp Energia com a SGS, a nível nacional, para as Verificações de Segurança, tanto nos postos revendedores como no transporte de combustíveis.
qualidade e inovação
na grande distribuição
Ainda na senda da Inovação, apresentamos neste número dois excelentes exemplos de empresas que sabem potencializar esta ferramenta para o seu desenvolvimento e crescimento económico – Brisa e Imperial e que integram o grupo das primeiras em Portugal a serem reconhecidas através da Certificação do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação.
Nestes últimos 21 anos assistimos a uma verdadeira revolução no sector da distribuição... A Inovação foi a ferramenta que todos os operadores usaram para se diferenciarem perante os clientes. > Paulo Gomes Director do Departamento de Comunicação e Imagem do Grupo SGS Portugal
Mas a Inovação não fica por aqui. A OIKOS resolveu demonstrar a responsabilidade e a transparência de todas as suas actividades, apresentando publicamente o primeiro Relatório de Sustentabilidade de uma ONG em Portugal, o qual foi verificado pela SGS ICS. Há 130 anos que a Inovação está no código genético da SGS.
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grande entrevista Alexandre Fernandes, director-geral da adene
redução de 30% no consumo total de energia nos edifícios, um contributo fundamental para a eficiência energética subjacente às medidas de mitigação das alterações climáticas, como deixa bem claro, em entrevista à SGS Global, Alexandre Fernandes, director-geral da ADENE - Agência Nacional de Energia.
Certificação favorece
redução de 30% no consumo energético
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o informar os interessados sobre a qualidade do ar interior e sobre o sistema energético dos edifícios, o Certificado Energético pesa no processo de decisão de compra e funciona como um instrumento comparativo, como factor de transparência e de concorrência no mercado, rumo às melhores classificações. No final do processo, o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) poderá significar uma 2 SGS Portugal
O SCE surge como uma ferramenta básica da política de eficiência energética. Quais as repercussões para os diferentes stakeholders do mercado (promotores, proprietários, técnicos, engenheiros/arquitectos)? A certificação energética permite aos utentes comprovarem a correcta aplicação da regulamentação térmica e da qualidade do ar interior em vigor para o edifício e para os seus sistemas energéticos, bem como avaliarem o desempenho energético em condições nominais de utilização, no caso dos novos edifícios, ou, no caso de edifícios existentes, em condições reais ou aferidos para padrões de utilização típicos. Desta forma, os consumos energéticos nos edifícios, em condições nominais de utilização, são um factor de comparação credível aquando da compra ou do aluguer de um imóvel, permitindo aos potenciais compradores ou arrendatários aferirem a qualidade do imóvel no que respeita ao desempenho energético e à qualidade do ar interior. Interessa aos promotores imobiliários terem a curto ou médio prazo, nos seus produtos, as melhores classificações energéticas, porque serão factores decisivos no processo de selecção dos potenciais clientes. Em edifícios existentes a certificação energética destina-se a proporcionar ao proprietário informações sobre medidas de melhoria do desempe-
nho energético, com viabilidade económica, que pode implementar para reduzir as suas despesas energéticas e, simultaneamente, melhorar a eficiência energética do seu edifício. Uma das consequências expectáveis é o aumento da relação custo/benefício. Que repercussões poderá ter o aumento no valor dos imóveis no desenvolvimento do imobiliário em Portugal? O custo de construção dos novos imóveis poderá eventualmente aumentar entre um a três por cento, devido à introdução dos sistemas de energias renováveis mas trata-se de um investimento facilmente recuperável, pelo que a aplicação da nova regulamentação não implica necessariamente um sobrecusto na construção. É uma legislação a aplicar, inicialmente, apenas a novos projectos? Relativamente ao parque existente, como é que se vai aplicar a legislação? A entrada em vigor do Sistema de Certificação Energética e da QAI nos Edifícios (SCE) decorre de acordo com a calendarização definida na Portaria 461/2007, de 5 de Junho. Esta define que ficam abrangidos pelo sistema três tipos de edifícios. Por um lado, os novos edifícios destinados à habitação com área útil superior a 1.000 m2 e os edifícios de serviços, novos ou que sejam objecto de grandes obras de remodelação, cuja área útil seja superior a 500 ou 1000 m2, consoante as tipologias, e cujos pedidos de licenciamento ou autorização de edificação sejam apresentados à entidade competente a partir de 1 de Julho de 2007. Em segundo lugar, todos os edifícios novos, independentemente da sua área ou fim, cujos pedidos de licenciamento ou autorização de edificação sejam apresentados à entidade competente a partir de 1 de Julho de 2008; e, finalmente, todos os edifícios, incluindo os existentes, de habitação e serviços, aquando da celebração de contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento, casos em que o proprietário deve apresentar ao potencial comprador, locatário ou arrendatário o certificado emitido no âmbito do SCE e edifícios de serviços sujeitos periodicamente a auditorias em cada 6 anos (energia) ou 2, 3 ou 6 anos (qualidade do ar), conforme especificado no RSECE, a partir de 1 de Janeiro de 2009. O papel da ADENE é fundamental no processo, dado ser a entidade responsável pela gestão. Qual o ponto de situação e o que é que poderemos esperar nos próximos meses? A certificação energética dos edifícios novos começou em Julho de 2007 e já foram emitidos aproximadamente 1500 certificados energéticos por 170 peritos qualificados. Os próximos passos deverão permitir um aumento do número e da qualidade dos cursos de formação para peritos
qualificados e o desenvolvimento metodológico em três planos: certificação energética dos edifícios existentes, auditorias periódicas à qualidade do ar interior em edifícios de serviços, e as inspecções periódicas a caldeiras e sistemas de ar condicionado. Quando é que poderemos esperar que todos os edifícios estejam conformes com a regulamentação? 2009 é uma data razoável? Todos os novos edifícios que tenham sido alvo de processos de licenciamento de construção após 3 de Julho de 2006 deverão cumprir com a nova regulamentação térmica e energética e, a partir de Janeiro de 2009, todos os grandes edifícios de serviços existentes estarão sujeitos a auditorias energéticas periódicas, existindo limites para os consumos nominais específicos aferidos nessas auditorias. Os edifícios de habitação e os pequenos edifícios de serviços existentes não ficam sujeitos a qualquer requisito de limitação de consumo de energia. Quais têm sido as principais dificuldades? Como é natural, a implementação de nova regulamentação encontra, na maioria dos casos, alguma inércia inicial por desconhecimento dos principais intervenientes no sistema. É neste sentido que a ADENE tem promovido sessões de esclarecimento do SCE junto das câmaras municipais, que possuem um papel determinante na verificação da legislação aplicável e, também, junto dos diferentes stakeholders do mercado (promotores imobiliários, construtores, instaladores, arquitectos, projectistas, etc.), contando à data com aproximadamente 2500 participantes. Que impacto poderá ter, em velocidade cruzeiro, a certificação de edifícios no consumo de energia? Com a entrada em vigor do SCE é introduzido no contexto nacional um conjunto de medidas que permite melhorar a qualidade da construção no que respeita ao desempenho energético, reflectindo-se numa potencial redução de aproximadamente 30% nos consumos de energia dos edifícios.
A informação preciosa dos certificados energéticos Os certificados energéticos contêm a etiqueta da classe (de A+ a G), as emissões de CO2, a desagregação das necessidades de energia (aquecimento, arrefecimento e águas quentes), as necessidades de energia em kWh/m2 e kgep/m2, as propostas de medidas (redução estimada de energia, investimento estimado, pay-back simples) e a nova classe energética caso sejam implementadas as medidas. As vantagens multiplicam-se: a fácil leitura, o potencial de melhoria, e a quantificação do retorno do investimento favorecem a diversificação das fontes de energia, aproveitando o potencial das energias renováveis, nomeadamente a geotérmica, a solar e a eólica, onde as respostas técnicas, em termos de micro-redes, são satisfatórias. Em suma, os certificados sintetizam o conhecimento da classificação energética das nossas casas e edifícios de serviços, a sua desagregação energética em termos de necessidade de produção de calor, frio ou águas quentes sanitárias e as medidas que podem ser implementadas para melhoria do desempenho energético dos referidos edifícios Os certificados energéticos são válidos por um período de dez anos e a sua emissão rondará, em média, os três euros por metro quadrado.
"Com a entrada em vigor do SCE é introduzido um conjunto de medidas que permite melhorar a qualidade da construção no que respeita ao desempenho energético, reflectindo-se numa potencial redução de aproximadamente 30% nos consumos de energia dos edifícios." SGS Portugal 3
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grande entrevista Alexandre Fernandes, director-geral da adene
Certificação energética dos edifícios é alicerce
da sustentabilidade ambiental A nova regulamentação da certificação energética e da qualidade do ar interior dos edifícios visa mitigar o insustentável peso do consumo de energia, incentivando a reabilitação urbana, a diversificação para fontes renováveis e, sobretudo, a rentabilização dos imóveis numa sociedade que se quer carbon free.
Julho 2006 Início da aplicação dos novos regulamentos (RCCTE e RSECE)
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Julho 2007 Início da aplicação do SCE a novos edifícios (>1000m2)
Janeiro 2009
Início da aplicação do SCE a novos edifícios (<1000m2)
Início da aplicação do SCE a todos os restantes edifícios
Calendário do Sistema de Certificação
consumo de energia afecto aos edifícios tem, em média, duplicado a cada 20 anos e representa, actualmente, 30% da despesa total de energia. E se tivermos por referencial o consumo de electricidade, a quota dos edifícios sobe acima dos 60%. Estes níveis de consumo energético dos edifícios são preocupantes. Antecipando os impactos potenciais do processo de alterações climáticas com um paradigma energético ainda muito dependente de fontes primárias não renováveis, a União Europeia tem uma estratégia clara de investimento nas energias renováveis como pilares da diversificação energética, catalisadora de medidas de mitigação do aquecimento global. O objectivo é o de estabelecer os contornos de um novo paradigma energético, alternativo aos combustíveis fósseis. Por isso, em Portugal é enorme a esperança depositada no Sistema de Certificação Energética (SCE). À semelhança dos modelos adoptados pelos congéneres europeus, a responsabilidade pela implementação do SCE é tripartida, cabendo à Agência Nacional do Ambiente a supervisão, à Agência Nacional de Energia (ADENE) a gestão e aos peritos qualificados a certificação. 4 SGS Portugal
Julho 2008
Os três diplomas que regulamentam o sistema energético e a qualidade do ar dos edifícios (RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (DL 80/2006), RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (DL 79/2006), SCE Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (DL 78/ 2006) e respectivas portarias, a 461/2007, de 5 Junho – Calendarização da aplicação do SCE aos edifícios, e a 835/2007, de 7 Agosto – Taxas de Registo SCE) integram o Plano de Eficiência Energética que estabelece, para 2020, uma meta ambiciosa: 20% de edifícios sustentáveis, num universo de 3 milhões, com mais de 5 milhões de fogos habitacionais. Uma meta possível com uma abordagem holística, que começa logo no planeamento e que atende ao ciclo de vida do edifício, de forma a maximizar o potencial tecnológico e de inovação em qualquer tipo e utilização do edifício. A ADENE lançou, em Julho de 2007, uma campanha de comunicação junto do sector profissional, nomeadamente autarquias, construtoras e promotores imobiliários. E, em Novembro, já tinham sido emitidos mais de 700 Certificados Registados, em 14 municípios, o que evidencia uma adesão significativa.
Em 2008, a campanha incide sobre o grande público, sob o lema 'Um dia todos os edifícios serão verdes'. A partir de Janeiro de 2009, e considerando que o custo do processo de certificação poderá oscilar entre os 300 e os 500 euros, o mercado da certificação energética pode vir a movimentar anualmente entre 90 a 150 milhões de euros. As vantagens dos edifícios verdes Com um plano de implementação em três fases, o SCE foi pensado com a ambição de um dia todos os edifícios serem verdes, especialmente porque as obras que os proprietários terão de fazer para responder às novas regras poderão ser acompanhadas por intervenções mais profundas ao nível da própria estrutura dos edifícios e potenciar um novo élan na reabilitação urbana. A falta de qualidade do ar interior, deficiências de isolamento térmico e corrosão acentuada e precoce são pontos fracos recorrentes na avaliação dos edifícios, sejam de habitação ou de serviços. Daí que a nova regulamentação envolva, desde logo, a confiança de que nos edifícios novos a mudança será mais fácil, introduzindo desde a fase da concepção a variável da optimização energética. Já no que se refere ao parque imobiliário existente, a melhoria do desempenho energético será mais difícil, não só por erros de construção mas, sobretudo, pelo aumento exponencial da factura energética como resposta às crescentes necessidades de conforto. Ao identificar as deficiências dos edifícios no que concerne ao desempenho energético, o certificado sugere medidas de correcção, ajudando os proprietários a compreenderem o tipo de obras necessárias e abrindo uma oportunidade para rentabilizar estes activos. Em Janeiro de 2008, a ADENE tinha em curso cerca de 4 mil processos de licenciamento, em mais de metade das câmaras municipais do país (82% são edifícios de habitação, 15% de serviços e 3% mistos), tendo 1200 Declarações de Conformidade Regulamentar registadas em 32 municípios, das quais 55% são classe A. Subjacente ao êxito dos objectivos delineados está a acção dos peritos qualificados, sendo a formação um vector fundamental para garantir a qualidade técnica de mais de 2000 peritos até ao final da década. :: Sabia que... • A SGS é reconhecida pela ADENE para serviços de fiscalização no âmbito do SCE? • As Acções de Formação da SGS Training são reconhecidas pela ADENE no âmbito do protocolo do SCE - Qualificação de peritos para o RCCTE, Qualificação de peritos para o RSECE Energia, e Qualificação de peritos para o RSECE QAI?
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especial
grande Distribuição
serviços SGS Num sector desafiado pelo imperativo da eficiência, ávido de inovação nos formatos que contempla e no leque de produtos e serviços que disponibiliza, por forma a ser capaz de satisfazer um cliente cada vez mais exigente com a qualidade e com o preço, a implementação de práticas e processos orientados para a melhoria contínua que assegurem não só a qualidade, a higiene e a segurança como, inclusive, a redução de custos e o aumento da produtividade, entre outras mais-valias, torna-se imperativa para assegurar a competitividade. No essencial, são também estas as razões que estão na origem da parceria entre os principais operadores do sector da Distribuição e a SGS Portugal e, nalguns casos, nos inúmeros países onde o Grupo detém escritórios. Do controlo da qualidade e verificações às mercadorias fabricadas e importadas de países como a China, o Vietname ou a Índia, desde os têxteis às categorias de bazar ligeiro e pesado, passando pela realização de análises
e de ensaios a amostras alimentares e não alimentares nos laboratórios, às auditorias (Mistério, verificação da conformidade com os requisitos regulamentares, normativos internacionais, de clientes, etc.) até à certificação de Sistemas de Gestão e Serviços, a SGS é parceira de confiança dos principais grupos de Distribuição a operarem no país. A preocupação com a segurança alimentar é prioritária para os operadores da grande Distribuição que se posicionam neste segmento. Além das regulares análises em laboratório e das auditorias de acordo com os normativos em vigor aplicáveis (como o HACCP, por exemplo), um optou mesmo por certificar o serviço que presta num dos seus departamentos mais sensíveis para o consumidor: os frescos. Depois da implementação de Sistemas de Gestão, alguns operadores estão também a esta-
belecer parcerias que visam assegurar a qualidade e a segurança em toda a fileira de determindos produtos que comercializam nos seus pontos de venda. E mais uma vez contam com o apoio da SGS para a certificação e para a verificação da conformidade com os requisitos estipulados nos cadernos de encargos ou especificações técnicas. Para além de tudo o mais, e como conclui José António Rousseau, professor universitário especialista em Distribuição na entrevista que concedeu à SGS Global, hoje em dia para ser competitivo e concorrencial neste sector “já não basta reduzir custos. Há que transformar, porque só no seio de uma reengenharia de processos é possível acrescentar valor e ganhar vantagens competitivas”.
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certificação
tende a evoluir para uma obrigação Num contexto marcado por custos crescentes, a missão dos distribuidores – oferecer os melhores produtos aos melhores preços – obriga a uma reengenharia de processos, em que a certificação representa uma mais-valia e se assume como factor de diferenciação. Centralizar, concentrar e internacionalizar são processos fundamentais na evolução deste sector.
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osé António Rousseau, professor universitário e director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), acaba de lançar uma versão actualizada da sua obra Manual da Distribuição, cuja primeira edição foi publicada em 1998. A SGS Global aproveitou a oportunidade para conversar com o autor e especialista em Distribuição sobre as tendências de evolução de um dos sectores mais competitivos da economia.
> José António RousseaU Autor da obra 'Manual da Distribuição'
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Quais são, actualmente, os factores críticos de sucesso para os operadores do sector em Portugal? Actualmente, o crescimento dos custos supera o crescimento dos preços de venda, o que, a médio prazo, pode estrangular as empresas de Distribuição. Ora, isto coloca um desafio às empresas de Distribuição, cuja missão é oferecerem melhores produtos e serviços a preços mais baixos, satisfazendo as necessidades dos consumidores. E que impacto tem esse imperativo de eficiência num sector tão concorrencial? A Distribuição é um mercado intrinsecamente competitivo, o que, atendendo às dificuldades acrescidas de redução do poder de compra, transferência de despesas para outro tipo de produtos e serviços, como o lazer e as telecomunicações, obriga as empresas do sector a reduzirem custos, eliminando ‘gorduras’ e custos supérfluos. Que tipo de custos? Sobretudo, no plano da logística. Este é, aliás, um dos factores determinantes no futuro da
Distribuição, ou seja a centralização da gestão, mormente em termos de compras e de aprovisionamento. Essa tendência não coloca uma maior pressão no relacionamento com os produtores? Nos últimos 10 anos, as relações entre produtores e distribuidores têm-se caracterizado pela serenidade. No âmbito de uma revolução ética e cultural – ECR (que eu prefiro designar como Ethical and Cultural Revolution), ambos têm sabido moldar uma parceria que contribuiu decisivamente para a mudança de mentalidades e da própria práxis negocial. Hoje, produtores e distribuidores já não estão de costas voltadas e trabalham em conjunto para satisfazerem o cliente, melhorando os custos, logo os preços. É, então, uma estratégia win-win? Diria mesmo que passámos de uma situação winner-looser para uma win-win-win, na medida em que o consumidor deve beneficiar desse trabalho em parceria. Mas hoje o consumidor é mais exigente... Os consumidores são naturalmente infiéis. Hoje, o que norteia o comportamento dos consumidores não são quaisquer das variáveis-chave do marketing mix, mas os momentos e as circunstâncias de consumo. Esses é que determinam as escolhas – o mesmo cliente pode comprar produtos básicos no discount e, noutra ocasião, comprar a mesma família de produtos num gourmet, se entender que determinada ocasião o justifica. Esta situação reflecte-se em profundas mudanças na oferta. Que mudanças? Veja-se a filosofia discount, que, sendo transversal a todas as actividades, obriga as empresas de distribuição a estarem muito atentas a custos
desnecessários, tendo de adquirir as competências para alterar processos. Já não basta reduzir custos. Há que transformar, porque só no seio de uma reengenharia de processos é possível acrescentar valor e ganhar vantagens competitivas. A certificação pode ser uma via para essa transformação? Certamente, na medida em que impõe mudanças, práticas de diagnóstico, visando a correcção e a melhoria, em permanência, dos processos. Quais as áreas centrais da certificação neste sector? A certificação de produto na área alimentar e a certificação ambiental têm progredido, funcionando como elementos diferenciadores. No primeiro caso visa a qualidade e a segurança alimentar. Por sua vez, a certificação ambiental tem subjacente a lógica de sobrevivência. Assim, por mimetismo ou em busca da diferenciação, a certificação tende a evoluir de opção para quase que uma obrigação dos operadores. Essa transformação, por assim dizer, exige um forte investimento em formação? A Distribuição é um sector de mão-de-obra intensiva e julgo que tal não se deverá alterar substancialmente. Por outro lado, o índice de rotação é elevado, dificultando a manutenção de níveis elevados de serviço, pelo que a formação é um factor fundamental. Para além do que a legislação impõe – um mínimo de 35 horas anuais para cada um dos trabalhadores –, as horas de formação vão-se sucedendo a um ritmo cada vez mais elevado. Perante a necessidade de aumentar a eficiência, como perspectiva o crescimento do sector? Tendo por universo os associados da APED, o volume de negócios cresceu 8,4% em 2007, especialmente devido à abertura de novos espaços de venda, e emprega cerca de 75 mil pessoas. Há uma margem considerável de crescimento em quase todos os formatos, mesmo nas zonas mais densamente povoadas, como são os casos de Lisboa e do Porto.
Sempre preços baixos E quais as tendências relativamente aos diferentes formatos? A teoria da Roda da Distribuição justifica uma constante evolução no sentido de custos e preços mais baixos e assim passámos do conceito da mercearia para o hard discount, depois do supermercado e do hipermercado. A tendência é para emergir um novo conceito, qual simbiose dos que existem, sempre na mira de preços mais baixos. As Marcas Próprias dos Distribuidores podem impulsionar a actividade? A função das Marcas Próprias é a de oferecerem
produtos de qualidade idêntica à dos congéneres industriais a preços mais baixos e, actualmente, a quota das marcas dos distribuidores é de 16%, ainda aquém da média europeia (25%), para não falar do mercado britânico, muito dinâmico nessa esfera com 54%. E não poderá haver uma ‘canibalização’ do mercado? É, acima de tudo, uma oportunidade. Repare que as lojas de discount já evoluíram e colocam nas suas prateleiras marcas líderes. Por outro lado, o crescimento das marcas dos distribuidores representa uma alavanca de desenvolvimento para muitas PME, com parte delas a dedicarem-se exclusivamente à produção para os distribuidores. Face às recentes movimentações do mercado, há condições para o reforço da concentração? Sendo essa uma tendência generalizada, a Distribuição não é excepção. Segundo os dados da AC Nielsen, encontramos três níveis de concentração na Europa: elevada, típica dos países do Norte, como a Noruega ou a Suécia, com 85-90% da actividade concentrada em 4/5 empresas; a média, no Centro, e a baixa, no Sul da Europa. Em Portugal, a Distribuição é um sector medianamente concentrado, sobretudo, se o compararmos com o industrial, com cerca de 54%, havendo condições para um reforço dessa concentração, que considero, aliás, a segunda grande tendência do sector, especialmente se analisarmos a dimensão crítica do mercado. Comparadas com as suas congéneres europeias, as maiores empresas portuguesas têm uma dimensão reduzida. Quais são as oportunidades de crescer fora de portas? A internacionalização é precisamente a terceira tendência que marca o futuro da cadeia de valor. As distribuidoras portuguesas têm de reunir condições para acelerarem esse processo. Como antecipa a evolução do sector nos próximos 5 anos? Em primeiro lugar, considero que haverá uma grande pressão sobre os preços, que continuará a ser a variável mais importante. Depois, a consolidação do formato grande superfície especializada, até porque o grande sinal dessa tendência é o facto de 75% dos associados da APED serem do sector não alimentar. Uma terceira tendência prende-se com o binómio franchise/centros comerciais, quais irmãos siameses, onde se verifica um importante ascendente das marcas nacionais, independentemente das estrangeiras serem mais poderosas. Outro aspecto que sobressairá é o que envolve uma simbiose de conceitos comerciais, algo misto entre o hipermercado e o centro comercial, ao mesmo tempo que, impulsionada pelo comércio electrónico B2B e B2C, a desmaterialização
do ponto de venda será uma realidade, o que se enquadra com a acentuada segmentação dos consumidores, nomeadamente com a especial atenção aos mais velhos, e que obriga a uma evolução dos formatos para as necessidades desse grupo de consumidores. Ainda no âmbito da segmentação, aponto um último factor, na senda dos ‘prosumidores’, de Alvin Toffler, ou dos ‘objectos nómadas’, de Jacques Attali, já que a história do futuro será marcada pela interacção, pela partilha e pela participação dos indivíduos na produção dos produtos e dos serviços que consomem.
"A certificação de produto na área alimentar e a do ambiente têm progredido, funcionando como elemento diferenciador. No primeiro caso visa a qualidade e a segurança alimentar, sendo que a certificação ambiental tem subjacente a lógica de sobrevivência."
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Grupo Auchan
Na vanguarda da gestão sustentável A primeira empresa de distribuição em Portugal a obter a Certificação do Serviço no Departamento de Produtos Frescos das suas lojas tornou-se também a primeira no país e a segunda a nível mundial a obter a certificação da Responsabilidade Social de acordo com a norma SA8000.
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onfiança, Partilha e Progresso são os vértices do triângulo de valores do Grupo Auchan. O estatuto de primeira empresa com a Certificação do Serviço SGS ICS no Departamento de Produtos Frescos (DPF) nas suas lojas evidencia um pioneirismo e uma inovação que deixam orgulhoso José Castro, director da Qualidade da empresa. Isto porque, para o
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responsável da Qualidade, a certificação é fulcral no reforço da relação de confiança, proximidade e fidelização com os clientes. Além de contribuir para a “satisfação dos clientes, a certificação proporciona a credibilização dos serviços, a motivação dos colaboradores e a implementação de boas práticas nas nossas lojas”, salienta. Das 19 lojas do Grupo Auchan em Portugal, cinco já detêm a Certificação do Serviço SGS
ICS nos respectivos DPF. A primeira loja a obter esta certificação foi a de Almada, em 2003. Seguiram-se as lojas da Maia, Alfragide, Gondomar e Setúbal. A sexta loja, cuja certificação avançará ainda em 2008, está em fase final de selecção e, “possivelmente, será no Norte”. A escolha vai depender da análise cuidada dos resultados obtidos pelas lojas candidatas na avaliação aos vários critérios, entre os quais se evidenciam indicadores de qualidade, in-
dicadores de gestão de recursos humanos (formação, por exemplo) e indicadores de desempenho comercial e financeiro. Inclusive, porque todo o processo exige disponibilidade de recursos humanos e financeiros. O retorno positivo deste investimento é evidenciado pelos impactos da certificação nos indicadores de fidelização e satisfação dos clientes das lojas. Mas José Castro salienta, sobretudo, a importância das mais-valias obtidas a nível interno, como a “mudança de mentalidade dos colaboradores, desde logo pela maior exigência em termos de cumprimento de prazos e métodos de trabalho. Por exemplo, se o serviço recebe uma reclamação, tem um prazo estipulado para dar resposta; tudo fica documentado e registado, registos esses que serão verificados aquando das auditorias”. E acrescenta: “A certificação não é o fim mas sim um processo de melhoria contínua, uma vez que mais importante do que alcançarmos o estatuto de empresa certificada é termos a capacidade de o manter”. Além das auditorias anuais, as áreas de serviço certificadas são submetidas periodicamente a ’Auditorias Mistério’ da SGS ICS. O aumento da motivação dos colaboradores, em particular de outras áreas que envolvem o atendimento ao cliente (“e que manifestam a intenção de também obterem a certificação”) é outro dos impactos positivos da certificação. A emergência de boas práticas, “mesmo em lojas que ainda não estão certificadas”, é outro, sublinha o gestor, exemplificando com o Serviço de Reclamações, que, actualmente, está uniformizado em todas as lojas do Grupo Auchan. A Certificação do Serviço SGS ICS no DPF das lojas faz parte de um programa bem mais vasto e abrangente na área alimentar que inclui a certificação dos produtos de Marca Própria, a acreditação de fornecedores e a sustentabilidade da produção agrícola – hoje há mais de 90 produtos ‘Vida Auchan’ cuja preocupação fundamental é o respeito pelo ambiente, através do controlo da utilização de químicos na produção. Além de auditorias regulares, a acreditação e referenciação dos fornecedores de produtos alimentares envolve também a realização periódica de testes e de análises em laboratórios especializados independentes, entre os quais se destacam os da SGS. A amplitude e a profundidade do investimento do Grupo Auchan em todas as áreas relaciona-
das com a garantia da Higiene e da Segurança Alimentar, da Qualidade e da Responsabilidade Social justificam a continuação e o reforço da parceria com o Grupo SGS. “Sobretudo, em todas as áreas relacionadas com testes, ensaios e análises a produtos e com a verificação da conformidade”, conclui José Castro.
Liderança na Responsabilidade Social do sector da Distribuição Além de pioneiro na Certificação do Serviço, o Grupo Auchan é também a primeira empresa do sector da Distribuição no nosso país, e a segunda em todo o mundo, a obter a certificada por conformidade com a norma SA8000. Jorge Filipe, director de Recursos Humanos do Grupo Auchan em Portugal e representante da gestão de topo para a Responsabilidade Social, justifica o investimento pela “cultura de solidariedade interna e externa” que tem caracterizado o Grupo desde a sua fundação. Essa consciência de integrar “a sustentabilidade nas actividades” determinou a definição da estratégia empresarial orientada para “contribuir para o Desenvolvimento Sustentável (DS)”. Por isso, há quatro anos, “integrámos a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) no modelo de gestão da Empresa, decidindo implementar, em Portugal, um Sistema de Gestão da Responsabilidade Social”, esclarece Jorge Filipe. Cobrindo os três pilares do Desenvolvimento Sustentável – económico, social e ambiental – a implementação do Sistema envolveu a definição de um representante da gestão de topo para a Responsabilidade Social, a criação de um Grupo de Monitorização, bem como a criação de Representantes dos Colaboradores em cada loja Jumbo/Pão-de-Açúcar. Além destas estruturas, foi desenvolvido um módulo de formação para que todos “assimilassem os princípios de RSE” e criado um Código de Conduta, que formaliza “os princípios de RSE de forma consistente e consolidada entre todos os Colaboradores da Empresa”. Em termos de conteúdo, o Código reforça “o nosso compromisso social e estabelece as linhas mestras de actuação”, funcionando como “orientador na tomada de decisão e na forma como desempenhamos as nossas funções e nos relacionamos com os demais parceiros”. Parceiros esses que reagiram de forma muito positiva à nova política, através
> José castro Director da Qualidade do Grupo Auchan
A redução do número de acidentes de trabalho, do consumo energético e os ganhos de produtividade decorrentes de um desempenho orientado por objectivos são exemplos do retorno obtido com a certificação em responsabilidade social.
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“Prestar contas a todos os stakeholders é o maior incentivo que poderemos ter para fazer mais rápido e melhor”
> Jorge Filipe Director de Recursos Humanos do Grupo Auchan
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da assinatura do Código de Ética Comercial, cujo objectivo é “garantir ao cliente que os produtos são fabricados em condições”. As auditorias internas, sendo “uma ferramenta de auto-controlo, permitem identificar eventuais não conformidades” e, acima de tudo, corrigi-las, traduzindo um “ciclo que garante a melhoria contínua”. Cerca de 98% dos fornecedores Auchan assinaram o Código de Ética, tendo sido realizadas 19 auditorias a fornecedores nacionais e 350 a fornecedores de países asiáticos, como o Vietname, Taiwan e a China. Jorge Filipe faz questão de sublinhar que “a perspectiva não é a de ser um órgão de fiscalização, mas sim a de actuar como parceiro e numa lógica de melhoria contínua. O que nos importa é que, se forem detectadas não conformidades, sejam de imediato desenvolvidos e implementados planos de correcção; e não propriamente deixar de ter o fornecedor em causa”. Avaliando o impacto da certificação, o responsável do Grupo Auchan admite uma “maior notoriedade”, mas realça a “proximidade com os representantes dos trabalhadores, entidades oficiais, organismos públicos, escolas e universidades”. Assim, apesar de o Grupo não ter colocado especial ênfase na comunicação destas boas práticas, Jorge Filipe salienta que “cada um dos stakeholders se apercebe das nossas preocupações sociais e ambientais, como é o caso das Instituições Privadas de Solidariedade Social de ajuda a crianças que apoiamos em todas as regiões onde o Jumbo e o Pão de Açúcar estão presentes, dos produtores/fornecedores locais ou até mesmo os sindicatos, entidades com as quais estabelecemos uma parceria de formação em Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho”. O reconhecimento externo é evidenciado pela inclusão, em quatro anos sucessivos, no top-10 das melhores empresas do Prémio da Cidadania das Empresas e das Organizações, organizado pela PricewaterhouseCoopers e
pela AESE - Escola de Direcção e Negócios, ou pelo convite a participar no projecto ‘Diálogo Social e Igualdade nas Empresas – CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego)’, do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, que visa promover a igualdade de género, a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal e a protecção da maternidade e da paternidade em contexto empresarial. Na verdade, o “prestar contas a todos os stakeholders é o maior incentivo que poderemos ter para fazer mais rápido e melhor”, especialmente tendo a “oportunidade de ter a trabalhar connosco uma entidade externa independente e reconhecida internacionalmente como é o caso da SGS ICS, na certificação de Sistemas de Gestão da Responsabilidade Social”, nota Jorge Filipe. Por isso, Jorge Filipe exemplifica o retorno potencial nas três vertentes do DS: "uma redução de 20% nos acidentes de trabalho, que permitiu aumentar o nível de confiança dos colaboradores, diminuir o absentismo e os custos com os seguros de acidentes de trabalho (área social); a redução dos consumos energéticos e o aumento da valorização de resíduos, havendo actualmente duas lojas que conseguem transformar os resíduos em proveitos (área ambiental); e, finalmente, a autonomia e a responsabilização dos colaboradores, que favorecem a maior motivação e, consequentemente, a maior produtividade (área económica)."
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Caetano & Mont'Alverne A diferenciação pela qualidade desconhecimento do público sobre as normas legais de higiene e de segurança alimentar". Actualmente, são vários os serviços que a SGS presta ao Grupo açoreano. "Para além das auditorias higio-sanitárias realizadas em todas as nossas superfícies na área da distribuição alimentar, a SGS efectua também as análises laboratoriais, quer aos produtos que comercializamos quer às zaragatoas a superfícies de trabalho e utensílios", afirma Patrícia Brum. A responsável pela Qualidade sublinha também a importância das acções de formação, "específica e continuada", na área da higiene e da segurança alimentar dada aos colaboradores do Grupo, que têm sido uma peça fundamental para a melhoria do desempenho profissional destes na realização das suas tarefas. "Com o seu know-how e experiência, a SGS veio completar o trabalho que este Departamento tem vindo a realizar. Enquanto entidade independente, a SGS confere-nos uma maior credibilidade perante os clientes", refere Patrícia Brum. Uma credibilidade tanto mais importante face às crescentes exigências colocadas pelos consumidores, sobretudo no que à saúde, qualidade e segurança alimentar dizem respeito. "É nosso objectivo consolidar a posição que temos no mercado açoreano e a diferenciação, quer pela qualidade quer pelo serviço personalizado, que os clientes encontram nas nossas lojas SOL*MAR, que continuará a ser o nosso factor crítico de sucesso, já que não conseguimos ser tão competitivos no factor preço quanto os nossos concorrentes", conclui Paulo Machado.
> Paulo machado Administrador do Grupo Caetano e Mont'Alverne caetano & mont'alverne
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Grupo Caetano & Mont'Alverne detém 9 superfícies comerciais de distribuição alimentar na Ilha de S. Miguel, nos Açores, das quais 6 estão localizadas em Ponta Delgada, 2 em Vila Franca do Campo e 1 na cidade da Ribeira Grande. "O mercado dos Açores encontra-se distribuído por dois grandes operadores, a Insco e a Caetano & Mont'Alverne. A Caetano opera apenas na Ilha de S. Miguel, enquanto que a Insco opera quer no Grupo Oriental quer no Grupo Central. O mercado da distribuição nos Açores tem hoje uma dimensão interessante, com um valor anual de cerca de 300 milhões de euros, sendo a ilha de S. Miguel responsável pela principal fatia", explica Paulo Machado, administrador do Grupo açoreano que explora a insígnia SOL*MAR. O sucesso e o reconhecimento que a marca hoje detém no mercado devese a uma estratégia assente na "diferenciação pela qualidade e na oferta de um cabaz de produtos bastante alargado aos nossos clientes", justifica Paulo Machado. Pioneira no mercado, a Caetano & Mont'Alverne preocupou-se desde muito cedo com a garantia da qualidade dos produtos distribuídos nas lojas do Grupo, uma missão que conta há 8 anos com o apoio da SGS. "A parceria iniciou-se no ano 2000 e teve como ponto de partida a prestação de serviços visando o sistema HACCP em todas as nossas superfícies comerciais", recorda Patrícia Brum. "Na altura", continua a directora da Qualidade do Grupo, "havia pouca informação disponível e um relativo
caetano & mont'alverne
O atendimento personalizado e a aposta na qualidade e na segurança alimentar constituem os factores críticos do sucesso dos hipermercados SOL*MAR nos Açores. Uma estratégia que o grupo Caetano & Mont'Alverne tenciona reforçar.
> Patrícia brum Responsável pela Qualidade
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E. Leclerc Compromisso para o futuro em breve chegarão às prateleiras dos hipermercados E. Leclerc os primeiros Produtos Fileira desenvolvidos em Portugal pela insígnia francesa. Uma nova aposta que conta com o apoio da SGS.
> Emmanuel Lelièvre Administrador da loja E. Leclerc da Bobadela
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ctualmente são já 19 as lojas E.Leclerc em Portugal, mas até ao final de 2008 deverão ser inauguradas outras 5. Este ritmo de expansão acelerado é comparável à vontade do Grupo em reforçar a sua oferta e em melhorar os seus serviços, antecipando, assim, as crescentes exigências dos seus clientes. "É notória a evolução que o mercado português sofreu nos últimos 5 a 10 anos. As exigências, quer em termos legais quer aquelas que os nossos clientes apresentam, são idênticas às de qualquer outro país europeu", conta Emmanuel Lelièvre, administrador da loja E. Leclerc da Bobadela. A pronúncia denuncia a origem francesa do Grupo, que iniciou em 1992 a sua internacionalização, tendo entrado em Portugal há 13 anos. Hoje, o mercado português tem um peso considerável nas contas do Grupo, sendo inclusive o primeiro mercado internacional a deter uma central de compras organizada. A parceria com a SGS revela-se, cada vez mais, uma peça fundamental na prossecução de uma estratégia assente na qualidade e na inovação. "Iniciámos a parceria ao nível do HACCP (Análise de Perigo e dos Pontos Críticos de Controlo) da zona de frescos de toda a rede de hipermercados E. Leclerc. Um compromisso motivado tanto pelas imposições legais como pela forte aposta que estamos a fazer ao nível dos frescos", explica Emmanuel Lelièvre. Sinal dos tempos, pois, se por um lado, aumentam as exigências em termos de saúde, segurança e qualidade alimentar, por outro, cresce o protagonismo dos produtos frescos nas grandes superfícies. Em resposta às novas tendências, o E. Leclerc prepara-se para lançar em Portugal os ‘Produtos Fileira’ com o apoio da SGS. O objectivo
é o de preservar e valorizar a qualidade dos produtos, cujas características específicas de produção são controladas, monitorizadas e verificadas pela SGS, enquanto organismo independente de controlo seleccionado. "Queremos explorar toda a família de frescos: frutas, legumes, peixe, carne, queijo e charcutaria. Neste momento, estamos a trabalhar na definição dos cadernos de encargos e será a SGS a entidade que nos irá acompanhar ao longo de todo o processo de selecção e de auditoria dos produtores/fornecedores. O projecto está praticamente a arrancar, pelo que em breve contamos ter os primeiros ‘Produtos Fileira’ à disposição dos nossos clientes. Aliás, esta é uma aposta semelhante àquela que existe no mercado francês, mas o nosso objectivo é o de estabelecermos ligações privilegiadas e de longo prazo com produtores e com fornecedores nacionais", adianta o administrador do E.Leclerc da Bobadela. Outra das fortes apostas da insígnia francesa em Portugal é a melhoria do serviço ao cliente. Assim, em breve, deverá arrancar o projecto de Auditorias Mistério, com o qual o Grupo pretende avaliar objectivamente o atendimento ao cliente, por forma a melhorar a sua prestação nesta vertente. "Queremos oferecer um melhor serviço aos nossos clientes. Este é um posicionamento estratégico do Grupo", sublinha Emmanuel Lelièvre. Na sequência desta preocupação, o E.Leclerc iniciou também um projecto de formação dos colaboradores da secção Talho, o qual deverá abranger perto de uma centena de funcionários. Ambas as acções, Auditorias Mistério e de formação, estão a ser desenvolvidas com o apoio da SGS. "É uma parceria que está a evoluir rapidamente para novas áreas, o que revela, da parte da SGS, uma capacidade de resposta adequada às nossas crescentes necessidades", conclui o mesmo responsável.
Uma marca com assinatura Há três anos o grupo E.Leclerc estendeu a política de Marcas Próprias ao mercado ibérico, estratégia que levou à criação da empresa Scamark Ibérica, entidade responsável pela concepção e desenvolvimento da marca ‘Guia’. Esta marca segue os princípios impostos pela casa mãe: uma criteriosa selecção dos fornecedores, um rigoroso controlo da qualidade e dos preços baixos. Desde o início que a SGS apoia este processo de selecção e validação dos fornecedores ibéricos, tendo inclusive auxiliado na adaptação da check-list fornecida pela casa mãe à realidade nacional. Hoje, este processo está mais facilitado e é muito mais rápido. A SGS intervém ainda no controlo físico-químico e microbiológico dos produtos e na validação da rotulagem dos mesmos.
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Grupo GCT Rigor e segurança alimentar garantidos pela SGS
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SGS é responsável pelas auditorias de Segurança Alimentar a todos os cash&carry, em especial no que respeita ao cumprimento dos requisitos do sistema HACCP implementado em cada uma das 20 unidades ELOS. Para além das auditorias, faz o controlo analítico dos produtos de Marca Própria ELOS, no segmento da higiene e limpeza. Nesta área são verificados todos os requisitos legalmente exigidos e os que o Grupo GCT definiu com o objectivo de acrescentar valor para o consumidor em termos de qualidade. Ao nível dos entrepostos logísticos não se descura a Qualidade, sendo que a SGS ICS, Organismo de Certificação do Grupo SGS, é responsável pela Certificação da Qualidade de acordo com a norma ISO 9001 da empresa do Grupo GCT responsável por estas infra-estruturas, a GPT – Gestão de Plataformas e Transportes, S.A.. “Um dos objectivos mais importantes do Grupo GCT é o de melhorar continuamente os serviços que presta, quer aos seus clientes quer internamente entre as diferentes áreas do Grupo. Neste sentido, as empresas que a GCT contrata para avaliarem os seus serviços têm que dar garantias de que o fazem de uma forma rigorosa e independente. É nossa convicção que a SGS, pelo
seu currículo e experiência na área, oferece essa garantia. Este factor de fiabilidade na informação recebida torna-se ainda mais importante no caso da Marca Própria, pois para além de ser um espelho do nível de serviço que oferecemos, é uma área na qual o Grupo GCT prima e se esforça por atingir níveis de qualidade elevados”, explica Joaquim Dias, director da Qualidade do Grupo GCT. As auditorias no âmbito da Segurança Alimentar são feitas com base em check-lists criadas conjuntamente pela SGS e pela Direcção da Qualidade da GCT, e que vão mais além dos normativos legais aplicáveis que também lhe estão subjacentes. “O trabalho conjunto permite aproveitar o melhor das duas partes: a experiência da SGS neste tipo de auditorias e o conhecimento e a experiência da GCT neste tipo de operações. O resultado é uma auditoria rigorosa e devidamente direccionada para a realidade da operação. Se este trabalho conjunto não existisse, corríamos o risco de obter informações desnecessárias e pouco valiosas para procedermos a correcções e melhorias. No caso das Marcas Próprias, o controlo analítico tem em conta dois factores fundamentais: a legislação e as normas aplicáveis ao produto, bem como os níveis de qualidade contratados com o fornecedor/produtor. Nestes casos, a GCT dispõe de cadernos de encargos com a descrição
GCT
O maior grupo de Distribuição por Grosso do país confia à SGS as auditorias de segurança alimentar em todas as unidades ELOS Cash & Carry e nos centros de operações logística que tem espalhados pelo país.
> joaquim dias Director da Qualidade do Grupo GCT
pormenorizada de cada produto, onde estão contemplados todos os parâmetros e características a que cada um tem de obedecer. É com base na informação contida nestes cadernos e na legislação que são determinados os parâmetros que devem ser analisados e quais os limites que são admissíveis”, sustenta Joaquim Dias. A regularidade e a periodicidades das diferentes auditorias e controlos analíticos são planeadas casuisticamente em função dos resultados obtidos. Além da eventual alteração aos planos previamente estabelecidos, os resultados das auditorias podem também conduzir a alterações nos parâmetros e critérios que integram as check-lists em que se baseiam as auditorias. Como conclui o director desta área, “a Qualidade no Grupo GCT é encarada como um processo dinâmico e de melhoria contínua”.
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Jerónimo Martins Certificar a Diferença
jerónimo martins
“Marcámos a diferença. Depois, certificámo-la” é um lema essencial na estratégia de negócio do Grupo Jerónimo Martins. A certificação da Segurança Alimentar e do processo de Desenvolvimento de Marcas Próprias reforça a competitividade das marcas Pingo Doce e Recheio.
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través das suas insígnias Pingo Doce e Recheio, o Grupo Jerónimo Martins tornou-se o primeiro grupo do sector da Distribuição, a nível mundial, a obter a certificação do processo de Desenvolvimento de Marcas Próprias e Acompanhamento do Produto e do Fornecedor após Lançamento. O processo, desenvolvido em parceria com a SGS ICS, traduz o compromisso da empresa em adoptar os mais elevados padrões de qualidade nos seus produtos Marca Própria, à luz dos valores intrínsecos à estratégia do Grupo – Inovação, Rigor e Transparência. Pedro Soares dos Santos, administrador executivo responsável pelas Operações da Distribuição Alimentar do Grupo Jerónimo Martins, sintetiza o pioneirismo do Grupo, que “desde os anos 90 está na vanguarda dos produtos Marca Própria. Fomos a primeira empresa a lançar a Marca Própria em Portugal, a primeira empresa a introduzi-la nos perecíveis e agora a primeira, a nível mundial, a certificar o seu Processo de Desenvolvimento”. Além de inovadora a nível mundial, e de demonstrar o empenho do Grupo na excelência dos produtos que ostentam a sua marca, a certificação do Processo de Desenvolvimento de Produtos Marca Própria representa uma mais-valia signifi-
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cativa no segmento de mercado 'Marca Própria', cada vez mais concorrencial. Entre 2006 e 2007, a quota de Marca Própria do Pingo Doce cresceu 35,9%, representando já cerca de 40% das vendas, sem contar com os produtos perecíveis. Segundo os responsáveis deste Grupo português, o crescimento significativo das vendas e do peso no volume total de facturação assenta na excelente relação qualidade-preço, reflectindo um claro benefício para os consumidores. A aposta no desenvolvimento de produtos de Marca Própria ilustra como é possível aceder a produtos de qualidade sem pagar o valor da marca que lhes está associado. Pedro Soares dos Santos sublinha que “a certificação atesta a política de excelência na qualidade dos produtos Marca Própria”, alicerçada em “processos e responsabilidades organizados e sistematizados”, que permitem “o lançamento de produtos inovadores e de grande qualidade, mas também o eficaz controlo do portefólio dos produtos existentes”. Assim, a Certificação do Processo de Desenvolvimento dos Produtos Marca Própria assegura o controlo de todas as etapas, desde a procura dos fornecedores no mercado, até à disponibilização do produto nas lojas, garantindo a alta qualidade do produto final. A certificação abrange o processo de desenvolvimento das marcas Pingo Doce, MasterChef, Ac-
tivPet, UltraPro, B-Sensy, Skino e Essentya e um conjunto de 280 fornecedores, 70% dos quais são empresas nacionais. Destas parcerias surgiram produtos inovadores como o BabyFood, o leite e os iogurtes para redução do colesterol, as sobremesas de soja ou, ainda, os amaciadores de roupa concentrados, entre muitos outros. O investimento do Grupo na certificação visa a consolidação da confiança e a satisfação dos clientes, como comprovam estudos realizados ao longo de 2007, que concluem que 92% dos consumidores confiam nos Produtos Marca Própria do Pingo Doce, considerando-os 'Bons' ou 'Muito Bons'. HACCP nos cash & carry Por sua vez, em 2006, o Recheio, que opera e lidera o mercado de distribuição grossista em Portugal, do Grupo Jerónimo Martins, avançou com o processo de certificação em Segurança Alimentar nas então 19 lojas e nas duas plataformas de Food Service, localizadas nos mercados abastecedores de Lisboa (MARL) e Porto (MAP). Hoje são 25 as lojas certificadas pela SGS ICS, às quais acrescem duas plataformas logísticas. Assente no sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points), que identifica os perigos para a saúde pública e sugere medidas adequadas à sua mitigação, o processo de certificação garantiu o envolvimento de todos os colaboradores nas melhores práticas de segurança alimentar e os mais elevados padrões de serviço aos Clientes, correspondendo a uma abordagem sistemática que cobre todos os aspectos da segurança de todos os alimentos, desde as matérias-primas até à utilização do produto final.
intermarché
Grupo Os Mosqueteiros segurança alimentar é prioridade
A actuação responsável e o compromisso com a satisfação dos clientes convergem na busca da segurança alimentar como um dos eixos estratégicos do êxito do Grupo Mosqueteiros.
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undado em 1969, o grupo francês Os Mosqueteiros actua em Portugal desde 1991, onde dispõe de 286 pontos de venda distribuídos por 6 insígnias distintas: 2 na distribuição alimentar, Intermarché (144 lojas) e Écomarché (69), e as outras na bricolage e decoração, Bricomarché (28), na reparação e manutenção automóvel, Stationmarché (25) e vestuário, Vêti (18). Em termos de dimensão e posicionamento no mercado, a empresa mantém operações em 8 países (Bélgica, Espanha, Polónia, Roménia, Sérvia e Bósnia-Herzegovina, além de França e Portugal), surgindo como o 5.º maior retalhista europeu e o 14.º a nível mundial. Em 2007, a empresa facturou 32,7 mil milhões de euros, mais 3,8% face a 2006. Um traço distintivo da estratégia empresarial do Grupo no sector da distribuição resulta do “sistema organizativo único, na medida em que é dirigido directamente pelos seus próprios membros”, enfatiza Flávia Gaspar, coordenadora da Qualidade, Segurança e Ambiente do Grupo Mosqueteiros. Assim, o Grupo é composto por vários empresários independentes - designados por aderentes que “são donos e responsáveis, na íntegra, pela gestão de cada ponto de venda”. Este desenho organizacional é um trunfo no desafio permanente de “servir da melhor forma o consumidor, oferecendo-lhe qualidade
ao melhor preço”, sublinha Flávia Gaspar, enfatizando o lema do Grupo, sempre presente “em todas as áreas de actuação, porque a manutenção dessa política é um compromisso para com os consumidores”. Focados neste compromisso, os gestores de Os Mosqueteiros detêm uma parceria com a SGS que visa “a confiança nos negócios que realizamos, dentro e fora da União Europeia, com garantias acrescidas acerca da segurança e da qualidade dos produtos que comercializamos com as nossas marcas e dos que importamos de outros países”, esclarece a directora da Qualidade.
Inspecções na origem destacam-se Esta parceria coincide praticamente com o arranque da actividade do Grupo em Portugal, nomeadamente no que respeita aos “ensaios/ testes aos produtos comercializados ou em vias de comercialização”. Aliás, trata-se de uma parceria desenvolvida em todos os países em que os Mosqueteiros estão presentes. As mais-valias subjacentes aos serviços da SGS são notórias, especialmente porque “os processos de importação de outros continentes implicam sempre um grau de incerteza e de risco, inclusive pelas distâncias físicas, diferenças culturais, exigências distintas nos países de origem e destinatários”, sintetiza Flávia Gaspar. O contributo da SGS “é crucial, porque nos assegura a segurança e a qualidade dos produtos alimentares e não alimentares que importamos
(se cumprem as especificações contratadas). No Grupo sempre houve a prática de recorrer ao apoio de entidades de inspecção e ensaio de renome e reconhecimento internacionais, como é o caso da SGS, que inclusive está presente nos vários países onde surgem as oportunidades de negócio. A sua intervenção contribui para conferir confiança e tranquilidade aos negócios realizados”, salienta aquela responsável. Estas práticas em prol da segurança resultam da “actuação responsável enquanto distribuidores e importadores e têm por objectivo assegurar a satisfação dos nossos clientes relativamente aos produtos que adquirem nos nossos estabelecimentos”. Flávia Gaspar considera que estes dois factores são decisivos para “o sucesso e perenidade do Grupo”, especialmente atendendo à evolução recente do sector da Distribuição. Na realidade, nos últimos anos “os consumidores tornaram-se mais exigentes, mais conhecedores dos seus direitos e da oferta disponível e demonstram uma grande preferência por produtos de qualidade aos melhores preços”. O que se traduz num “mercado extremamente dinâmico, com bastante concorrência e desafios diários”. Naturalmente que “cada vez mais, os clientes aferem a qualidade dos estabelecimentos em que realizam as suas compras pela qualidade dos produtos que compram”, tornando o trabalho realizado com a SGS fundamental para “obter garantias sobre esse aspecto, de crescente relevância para os nossos clientes”, conclui Flávia Gaspar.
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sonae distribuição
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SONAE Distribuição A Sonae Distribuição é hoje uma referência no mercado da distribuição a retalho, após ter iniciado uma revolução nos hábitos de consumo e no panorama comercial português com a implementação, em 1985, do primeiro hipermercado em Portugal.
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empresa opera um conjunto de insígnias de base alimentar - Continente (hipermercados), Modelo (mini-hipermercados), e Modelo Bonjour (supermercados) - e vários formatos de retalho especializado - Sport Zone (equipamento e vestuário desportivo), Worten (electrodomésticos e electrónica de consumo), Vobis (equipamento informático), Modalfa (vestuário e calçado para toda a família), MaxMat e MaxGarden (construção, bricolage e jardim), Zippy (vestuário e calçado para bebé e criança), Star (agências de viagens), Worten Mobile (telecomunicações móveis) e Área Saúde (parafarmácias). Ao longo dos últimos anos, a Sonae Distribui-
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ção tem vindo a apostar no reforço da imagem de cada uma das suas insígnias, através da motivação e da formação dos seus colaboradores, e no estabelecimento de parcerias sustentáveis com os seus fornecedores. Ao nível do retalho alimentar a estratégia de preços competitivos aliada à variedade, atendimento e qualidade valeram-lhe ainda a confiança dos consumidores. Pelo 6º ano consecutivo a marca Continente foi eleita a ‘Marca de Confiança dos Portugueses’ no sector de Distribuição a retalho. Nos últimos anos a SGS tem vindo a intensificar a sua parceria com a Sonae Distribuição, através da prestação de um vasto conjunto de serviços às áreas Alimentar, Bazar Pesado, Bazar Ligeiro, Têxtil e Puericultura, as quais abrangem as principais insígnias da empresa.
"Na área Textil da Sonae Distribuição, a SGS tem um papel importante no âmbito do controlo das compras que são efectuados fora de Portugal e da Comunidade Europeia, muito particularmente na prestação de serviços ao nível dos testes laboratoriais prévios aos produtos e ao nível das inspecções nas próprias fábricas onde os produtos são produzidos", afirma Lúcia Graça, directora da Qualidade Têxtil. Este tipo de produtos – têxteis, calçado e puericultura – é comercializado em todos os hipermercados e em todas as lojas de retalho especializado das insígnias Modalfa e Zippy, contribuindo para cerca de “15% do negócio da Distribuição”. Para Lúcia Graça, a principal vantagem da implementação de “práticas de controlo na origem traduz-se numa maior segurança e numa participação que se pretende que seja cada vez mais pró-activa junto dos fornecedores”, porque, apesar da distância física com as fábricas, “comunicamos diariamente com os fornecedores e estabelecemos as fases de controlo encomenda a encomenda, sempre com o envolvimento da SGS no processo. A SGS executa as nossas instruções localmente em cada fábrica como legítima representante da Sonae Distribuição”. Este processo resulta porque “nós, os fornecedores, e a SGS estamos em interacção permanente, fazendo cada um o seu papel”, diz Lúcia Graça. Assim, numa primeira fase, a empresa inicia “o controlo laboratorial das matérias-primas”, o que lhe “permite avaliar a qualidade intrínseca de todos os materiais e componentes do processo e tomar medidas imediatas caso seja detectado algum problema”, explica Lúcia Graça. Desta forma, “reduzimos a probabilidade de acrescentar valor a um produto que viria a ser recusado à posteriori, após a sua chegada aos nossos armazéns em Portugal”, ou seja, “não autorizamos o arranque da produção caso as matérias-primas incorporadas no produto não cumpram o Caderno de Encargos estabelecido”. Quando as matérias-primas são aprovadas, “o fornecedor é autorizado a iniciar a produção, após o que se impõe a inspecção ao produto acabado e embalado dentro da própria fabrica”, da mesma forma que “a supervisão do carregamento também é feita quando a consideramos necessário”, conclui a responsável pela Qualidade Têxtil da Sonae Distribuição. Os efeitos destas práticas são evidentes, porque “garantem uma maior segurança nos produtos que comercializamos e, indiscutivelmente, uma qualidade superior do produto que apresentamos nas lojas”. Um segundo factor positivo prende-se com o “cumprimento da legislação e a salvaguarda dos direitos do consumidor”, já que “todos os produtos são testados a vários níveis, nomeada-
mente as respectivas composições, para garantir o cumprimento da legislação. Veja-se o exemplo da Puericultura, área em que há uma grande preocupação com a garantia da segurança dos produtos, em que não há produto que saia da fábrica sem que tenha sido submetido a testes para verificar a sua conformidade com a respectiva norma de segurança que lhe é aplicável", sustenta a directora do Grupo Sonae. Finalmente, o terceiro contributo positivo traduz-se na redução “significativa da quantidade de mercadorias com problemas”, evitando prejuízos a nível das vendas e ao longo da cadeia de valor. Atendendo à evolução natural do processo, a responsável pela qualidade da unidade têxtil admite que “os serviços de auditoria e certificação sejam outra possibilidade” de reforço da parceria com a SGS.
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Sonae Têxtil
> lúcia graça Directora da Qualidade Têxtil da Sonae Distribuição
Bazar Pesado "Esta área abrange toda a gama de electrodomésticos e de electrónica de consumo e entretenimento. No fundo, estamos a falar dos produtos que são comercializados nas loja Worten, Vobis, Worten Mobile e, em alguns casos, também no Continente e no Modelo", explica Eduardo Carriço, da Direcção Técnica e da Qualidade do Bazar Pesado, a qual presta apoio de back office e front office a cerca de 180 lojas do Grupo, entre as quais as 121 lojas Worten, cadeia líder no mercado português no seu segmento. "A parceria com a SGS tem incidido, sobretudo, no apoio às Marcas Próprias, isto é, aquelas onde a Sonae Distribuição tem uma responsabilidade directa. Embora não sejamos o fabricante do artigo, somos os responsáveis pela sua colocação no mercado", refere Eduardo Carriço. Entre as Marcas Próprias incluem-se, entre outras, a Worten, a Becken, a Mitsai, a Kunft e a Highscreen. A Sonae Distribuição não concebe o produto, antes aproveita a concepção do fabricante, mas até à colocação do produto no mercado português é preciso que este passe por um rigoroso processo de controlo da qualidade e da segurança. "Para além dos testes efectuados pelo fabricante, realizamos as nossas próprias análises, que são motivadas pela necessidade de garantir escrupulosamente o cumprimento das directivas europeias mas, sobretudo, para garantir a fiabilidade e a satisfação dos nossos clientes durante o período de vida do artigo. Uma vez acordadas as especificações com o fabricante, este dá início à produção. E é nesta fase que o apoio do Grupo SGS se tem revelado crucial", sustenta o responsável pela Qualidade. Com grande parte dos fornecedores localizados nos países asiáticos, é preciso garantir que os produtos são fabricados segundo as especificações
> eduardo carriço Direcção Técnica e da Qualidade do Bazar Pesado da Sonae Distribuição
Nos últimos anos a SGS tem vindo a intensificar a sua parceria com a Sonae Distribuição, através da prestação de um vasto conjunto de serviços às áreas Alimentar, Bazar Pesado, Bazar Ligeiro, Têxtil e Puericultura, as quais abrangem as principais insígnias da empresa.
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A SGS é imprescindível, “não só na análise de risco como na verificação e auditoria no embarque” dos artigos importados - factor particularmente sensível no âmbito da aplicação do programa comunitário REACH. > Liliane coutinho Directora da Qualidade Bazar Ligeiro da Modelo Continente
previamente acordadas e que não existem falhas durante todo o processo. A dimensão e a presença internacional do Grupo SGS, aliada à sua experiência e know-how, permitem diminuir os riscos impostos pela distância. "É a SGS que efectua as inspecções quer durante o processo de fabrico (during production inspection) quer no final do mesmo (final random inspection), garantindo que não houve falhas e que o produto cumpre todas as especificações", sublinha Eduardo Carriço. Segundo este responsável, o facto do fabricante saber que vai haver inspecções obriga-o, desde logo, a um maior controlo da sua linha de produção. Concluído o processo de fabrico, é preciso fazer chegar os bens a Portugal. "Esta é outra etapa crítica do processo, uma vez que é preciso garantir não só que a mercadoria que foi comprada é de facto embarcada, como é preciso assegurar as boas condições de transporte. Mais uma vez recorremos à nossa parceria com a SGS, entidade que efectua a verificação e a supervisão física das mercadorias antes do embarque", explica Eduardo Carriço. O responsável pela Qualidade sustenta que o envolvimento crescente da SGS no apoio ao desenvolvimento das Marcas Próprias tem tido reflexos muito positivos. "O custo adicional na verificação dos produtos à saída é largamente compensado a médio e longo prazos, sobretudo ao nível da qualidade dos produtos de Marca Própria. Diminuindo as falhas, aumenta a satisfação dos clientes e a sua confiança na nossa marca", defende Eduardo Carriço. Em virtude dos resultados, desde finais do ano passado que a parceria com a SGS tem vindo a ganhar uma nova dimensão. "Tem havido um maior envolvimento da SGS na fase inicial do processo. Alguns testes iniciais são já realizados pelos laboratórios da SGS nos países asiáticos. É uma nova forma de relacionamento que estamos ainda 18 SGS Portugal
a iniciar, mas que vem imprimir uma maior rapidez e fiabilidade a todo o processo e que esperamos aprofundar ao longo deste ano", adianta Eduardo Carriço.
Bazar ligeiro Este reforço da parceria com a SGS também se aplica ao Bazar Ligeiro da Modelo-Continente. Numa Direcção Comercial com uma elevada amplitude de produtos, a segmentação do cliente é uma realidade, quer em termos de relação qualidade-preço quer em termos de estilos de vida e de design. A evolução do negócio, a par de um aumento do nível da exigência dos clientes, determinou uma estratégia orientada para o desenvolvimento de diferentes Marcas Próprias e o recurso a fornecedores de dimensão e de origens muito diversas. Como confessa Liliane Coutinho, directora da Qualidade, o desdobramento de marcas e de produtos para responder a diferentes perfis de clientes e distintas necessidades sazonais obriga “a uma preocupação com o conteúdo de cada produto, de cada marca”, de forma a que o cliente fique satisfeito com a opção por um produto e não outro. Aqui, os serviços prestados pela SGS são fundamentais, especialmente pelo elevado peso das importações, mormente de países asiáticos como a China, a Índia, Taiwan, Bangladesh ou Paquistão. “O Bazar ligeiro representa cerca de 40% do número de referências de uma loja Continente e contribui para cerca de 15% do volume de vendas”, sublinha Liliane Coutinho. A essa multiplicidade de artigos, grande parte importados, muito diferenciados, acresce outra característica determinante para a gestão: os ‘picos’ sazonais e promocionais. Por exemplo, os brinquedos são alvo de uma campanha longa – 6 semanas – no Natal, ou campanhas como a do Regresso às Aulas, as feiras
da Livraria ou as do Mundo da Neo (utilidades domésticas, decoração, etc.) com prazos de duração muito mais curtos. Esta “grande diversidade implica que tenhamos um parceiro de confiança”, defende Liliane Coutinho, para quem a SGS é imprescindível, “não só na análise de risco como na verificação e auditoria no embarque” dos artigos importados – um factor particularmente sensível no âmbito da aplicação do programa comunitário REACH (Ver pág. 26), que visa controlar a utilização de substâncias químicas nos bens de consumo. Esta é, pois, uma relação de parceria que assenta na simbiose de competências, na medida em que a “SGS nos apoia no acompanhamento dos processos, seleccionando fornecedores credíveis, porque se trata de uma empresa mais focalizada em questões associadas à importação do que nós, que somos, acima de tudo, retalhistas”. Face aos requisitos exigidos pela legislação comunitária, a SGS já avaliou um conjunto de artigos críticos, como brinquedos, pilhas, lápis de cera, canetas, velas aromáticas, cujo teor de substâncias químicas tem de ser controlado e verificado, o que se torna decisivo para “as nossas opções de compra, na definição do tipo de restrições que colocamos aos fornecedores e na elaboração dos dossiês técnicos”. Estas etapas associadas à importação são indissociáveis do trabalho de desenvolvimento de produto, que é uma prioridade máxima para Liliane Coutinho. Hoje, “definimos as tendências e o design de todas as marcas exclusivas que são colocadas nas lojas” e “concebemos fichas com as especificações técnicas para a aquisição de produtos, em Portugal ou no exterior”. Noutra vertente – o desenvolvimento de marcas – assume particular destaque, desde 2003, a ‘Kasa Modelo’ que emerge a partir de um trabalho de “segmentação dos clientes por estilos de vida: os neotradicionais, os contemporâneos e o ecothinkers – preocupação ambiental, obrigando a diversificar os artigos por 3 colecções, desdobradas pelas épocas do ano. “Quando apresento um padrão com a qualidade X, não posso oferecer X-2”, defende Liliane Coutinho, para evidenciar o contributo da SGS no apoio à decisão de compra, especialmente num contexto em que “as reclamações dos clientes são cada vez mais”, porque as pessoas “esperam mais pelo mesmo preço”. E se em Portugal a empresa tem as competências para realizar análises periódicas a todos os artigos, no estrangeiro esse desempenho é assegurado pela SGS e pela Direcção de Comércio Internacional da Sonae Distribuição.
Consumer Testing Services A Direcção Consumer Testing Services é a área do Grupo SGS responsável pelo Controlo da Qualidade de Produtos de Consumo.
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om uma rede mundial de laboratórios acreditados, a Direcção CTS apoia as cadeias de Distribuição com uma gama completa de serviços de inspecção, análises a produtos e avaliação de processos em qualquer mercado mundial. Os fluxos internacionais de mercadorias exigem um atento acompanhamento ao longo de todo o processo de produção, transporte e comercialização, algo que nem todos os agentes e operadores têm capacidade para fazer. A SGS não só está representada em todo o mundo como detém uma capacidade e know-how inigualáveis em matéria de avaliação de fornecedores e inspecções internacionais de mercadorias no país de origem. Com estes serviços, as cadeias de Distribuição conseguem assegurar que os seus fornecedores cumprem os cadernos de encargos e os padrões de qualidade contratados e, assim, reduzirem os riscos aquando da comercialização dos produtos nos respectivos pontos de venda. A Segurança Alimentar assume particular importância entre os diferentes serviços prestados pela SGS à Grande Distribuição, na medida em que abrange uma das áreas mais sensíveis e mais fiscalizada neste Sector. A Direcção CTS estabelece verdadeiras parcerias com os seus clientes, criando relações de confiança e apresentando soluções para os crescentes desafios nesta área.
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A Direcção CTS abrange os seguintes segmentos Softlines Têxteis, ornamentos, acessórios, têxteis-lar, calçado, malas, produtos em látex e couro. Hardlines Hardware, DIY, peças automóveis, mobília, artigos de desporto, materiais de construção, brinquedos, produtos juvenis, entre outros. Eléctricos e Electrónicos Audio, vídeo, automóvel, iluminação, acessórios auto, produtos industriais e domésticos, IT, telecomunicações e componentes. Food Produtos de origem animal, de origem vegetal, bebidas, pastelaria e refeições.
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Galp Energia e SGS Portugal
Uma parceria na verificação dos equipamentos na Distribuição a Retalho de combustíveis Hoje em dia a Galp Energia dispõe de uma base de dados com informação rigorosa e actualizada relativa ao parque de equipamentos sob pressão e aos postos da sua rede de distribuição a retalho de combustíveis em todo o país.
I > rodolfo garcia Coordenador do projecto da GALP Energia
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nicialmente, como explica Rodolfo Garcia, coordenador do projecto por parte da petrolífera, o objectivo da Galp Energia era muito específico: o de aferir, no universo de reservatórios de ar comprimido associados aos compressores dos postos de abastecimento da rede da Galp Energia, quais os equipamentos susceptíveis de registo e licenciamento e, consequentemente, proceder à respectiva regularização. Porém, perante a previsível dimensão da empreitada e a reconhecida competência da SGS como organismo de inspecção e de verificação da conformidade, a Galp Energia decidiu aproveitar os recursos envolvidos e incluir a realização de auditorias para avaliação da conformidade da actividade principal dos postos de abastecimento com o quadro legal que lhe é aplicável. Por outras palavras, o fornecedor deste serviço teria de atender não apenas ao enquadramento legal dos equipamentos sob pressão (ar comprimido) mas também aos regulamentos relativos
às licenças de exploração dos postos, autorizações de utilização de recursos hídricos, ao controlo metrológico de CMACS e de balanças de ar, ao Regulamento do Ruído, à Directiva ATEX e mesmo à regulamentação indexada aos COV’s, entre outros. Com uma agravante: o prazo, uma vez que “estávamos no início de 2007 e tudo teria de estar concluído até ao final do ano”. A escolha da SGS para a concretização do projecto deve-se às reconhecidas competências técnicas, experiência e know-how dos seus técnicos nas áreas em causa, assim como à credibilidade que tem no mercado enquanto organismo de inspecção independente. E o balanço, de acordo com Rodolfo Garcia, não podia ser mais positivo. “O grande desafio apresentado à SGS foi o de conseguir concretizar o projecto num período de tempo realmente muito curto: de Abril a Dezembro de 2007. E, embora não fosse fácil, felizmente, a SGS conseguiu concretizá-lo”, reconhece o responsável da Galp, que acrescenta: “A SGS
teve, inclusive, de se encarregar da componente logística relativa à substituição de válvulas e de manómetros em alguns postos, que tiveram de ser devidamente calibrados antes de instalados. Foi responsável pelo planeamento e coordenação de todas as equipas de manutenção (pertencentes a empresas prestadoras deste tipo de serviços que colaboram regularmente com a Galp Energia), sendo que nada foi deixado ao acaso e que não se verificaram correcções ao planeamento inicial. Podemos, por isso, dizer que foi um trabalho chave-na-mão: a Galp Energia disponibilizou os recursos (empresas prestadoras de serviços que colaboraram no projecto na segunda fase) e a SGS coordenou-os muito bem. Considero, pois, que foi um enorme sucesso.”
Os bons resultados do projecto são extremamente importantes. Hoje em dia a Galp Energia dispõe de uma base de dados com informação rigorosa e actualizada sobre todos os equipamentos sob pressão e os postos de abastecimento da sua rede de distribuição a retalho de combustíveis em todo o país, sabendo a cada momento quais os postos de abastecimento que cumprem na íntegra toda a legislação, aqueles em que é necessário implementar medidas correctivas ou aqueles em que é necessário investir na aquisição de novos equipamentos; quais os equipamentos sob pressão conformes, quais os que não estão, porquê, o que é necessário corrigir, qual o montante do investimento a realizar, entre muitos outros dados disponíveis.
“Os resultados das auditorias realizadas permitem-nos aferir com rigor quais as não-conformidades que temos de corrigir em tempo útil para que as licenças relativas à actividade principal dos postos de abastecimento possam ser renovadas com êxito. Relativamente aos equipamentos sob pressão, todo o projecto ficou concluído em Dezembro. Com base nos relatórios elaborados pela SGS, vamos proceder às correcções de não-conformidades que se verificaram, por forma a que o licenciamento e o registo desses equipamentos seja realizado com sucesso. Tudo terá de estar pronto em Janeiro de 2009, como determina a legislação”, conclui Rodolfo Garcia.
A visão da SGS “A coordenação e gestão da logística foi determinante para o sucesso do projecto no prazo estabelecido”, sustenta José Fabião, director técnico da Direcção Industrial da SGS e supervisor do projecto. Para a Direcção Industrial da SGS Portugal a dimensão deste projecto da Galp Energia foi o principal desafio. “O desafio não esteve no modus operandi – pois a SGS detém um vasto know-how neste tipo específico de projectos e aplicado a este tipo específico de instalações, knowhow esse que resulta quer das competências, experiências e relacionamento institucional que os quadros envolvidos detêm junto das entidades reguladoras quer dos projectos idênticos que a empresa tem vindo a desenvolver –, mas sim na dimensão e no prazo de execução. Só na primeira fase foram vistos 800 postos/posições em todo o país e, destes, cerca de 70% passaram para a segunda fase”, recorda José Fabião, director técnico da Direcção. A missão da SGS foi estruturada em três frentes: a análise do enquadramento legal aplicável aos vários equipamentos em cada posto; a inspecção dos equipamentos e das condições gerais de cada um dos 800 postos que fazem parte do universo da Galp Energia no território continental; e, ainda, a representação da Galp Energia junto das entidades potencialmente envolvidas, como as Direcções Regionais de Economia e outras (SNB, Municípios, DGA) para resolver todos os aspectos administrativos necessários. Na prática, o projecto foi desenvolvido no prazo de sensivelmente nove meses e em duas fases: a fase de diagnóstico e planeamento (de Abril
a Junho de 2007), altura em que dois técnicos da equipa da SGS recolheram toda a informação relevante sobre a qual iria posteriormente desenvolver-se o projecto; a segunda fase, que decorreu de Julho a Dezembro, de execução e entrega de resultados, que correspondeu ao trabalho de campo nuclear. A segunda fase abarcou cerca de 70% da rede de postos de abastecimento. Nesta altura, e como explica José Fabião, “foram validados dados que eventualmente possam ter ficado pendentes na primeira visita e realizados os ensaios práticos (ensaios não-destrutivos, provas de resistência, entre outros). Fizeram-se também auditorias destinadas a determinar a conformidade de cada posto com o quadro legal em vigor e a averiguar o investimento a realizar para a correcção das não-conformidades detectadas. A segunda fase exigiu uma maior supervisão e coordenação por parte dos inspectores da SGS, na medida em que estiveram a gerir equipas de manutenção de outras empresas. Mas o facto de ter sido a SGS a gerir as deslocações e intervenções das equipas de manutenção foi determinante para o cumprimento dos prazos e para o sucesso das operações, na medida em que nos permitiu antecipar dificuldades de planeamento e de logística e até resolver questões acessórias ao próprio projecto (por exemplo, toda logística inerente ao alojamento das dife-
> José Fabião Director Técnico da Direcção Industrial da SGS
rentes equipas em diferentes pontos do país). Realmente, foi neste domínio, pela dimensão e pelas quantidades envolvidas, que o projecto revelou os seus maiores desafios”, reitera José Fabião. Entre outros aspectos que concorreram para o sucesso do projecto, o director técnico da Direcção Industrial da SGS Portugal destaca dois: a transparência e a clareza na comunicação entre as duas empresas, que permitiram identificar e balizar adequadamente os níveis de intervenção e os objectivos a atingir; e a formação específica ministrada pela SGS e pela Galp Energia aos inspectores da SGS num contexto real (novos postos de abastecimento da marca em Modivas) numa fase de planeamento inicial.
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segurança no transporte de combustíveis (ARL e GPL) Cerca de 350 veículos carregados com combustíveis líquidos e com gás da Galp Energia circulam diariamente nas estradas portuguesas. A segurança das viaturas e das operações de carga e descarga nos postos de abastecimento, dos distribuidores/revendedores ou dos clientes finais é periodicamente inspeccionada pela SGS. Porque para a Galp Energia, a segurança nunca é demais.
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om carácter permanente 7 empresas asseguram o transporte especializado de combustíveis líquidos (ARL) e Gás (GPL), embalado e a granel, da Galp Energia entre os locais de enchimento (refinarias e parques de carga) e os locais de entrega/clientes. No caso dos combustíveis líquidos, e para além dos postos de abastecimento da sua rede de distribuição a retalho, a Galp Energia tem como clientes distribuidores, empresas industriais, de transportes, de construção civil, de distribuição, de navegação, estaleiros, urbanizações/condomínios, entre outras. No GPL, há os clientes do gás embalado – assente numa rede de 285 revendedores de 1ª linha – e clientes de gás a granel, entre os quais se contam urbanizações/ condomínios, equipamentos colectivos públicos e privados (ex. piscinas) pequenos consumidores e clientes industriais, entre outros. Tradicionalmente, as inspecções aos veículos à quantidade e à qualidade dos combustíveis transportados e as auditorias aos procedimentos dos motoristas eram realizadas por equipas da Galp Energia. Em 2007 a petrolífera optou por recorrer ao outsourcing deste serviço. A altera24 SGS Portugal
ção da estratégia prendeu-se fundamentalmente com duas ordens de razões: por um lado era necessário flexibilizar a tarefa e racionalizar custos; por outro era necessário garantir a cada momento um melhor nível de serviço ao cliente. “Os objectivos são sempre os mesmos: garantir a qualidade e a segurança da prestação do serviço de transporte e assegurar que todo o circuito de avaliação/inspecção é realizado de forma correcta e isenta”, sustenta Almeida Santos, coordenador do projecto para a área do Gás (GPL) da Galp Energia. Por outro lado, sustenta Jorge Gonçalves, coordenador para a área dos combustíveis líquidos (ARL), “procuramos incrementar a flexibilidade na organização e planeamento das auditorias/inspecções, criando diferentes padrões de actuação, contribuindo assim para a maximização da eficácia das mesmas e prestando um melhor serviço ao cliente.” Numa primeira fase experimental, que durou 6 meses, foram seleccionadas duas empresas, uma para actuar na região Norte do país e a outra para a região Sul. Terminado esse período, a SGS ficou encarregue das auditorias em todo o território continental. “A SGS foi a empresa que demonstrou maior
empenho e melhor adequação às necessidades e à realidade da Galp Energia. Foi a que apresentou melhores valências para a continuação do trabalho em todo o território continental”, reiteram ambos os responsáveis da empresa. E o passar dos meses tem demonstrado uma evolução bastante positiva. “Estamos a aprofundar a relação que temos com a SGS, a tentar melhorar alguns procedimentos, metodologias e até tecnologias em uso de parte a parte. A comunicação é muito boa e as reuniões periódicas permitem-nos detectar e corrigir pormenores que podem ser melhorados. A SGS já reforçou o número de auditores, por forma a conseguir uma maior cobertura geográfica e uma maior flexibilidade na gestão das auditorias/inspecções; por vezes os relatórios enviados vêm acompanhados de fotografias, o que é um valor acrescentado. No dia em que o sistema de localização e comunicação por satélite estiver implementado, a coordenação será muito mais eficiente. Por isso, nesta fase, a intenção é a de consolidar a parceria e introduzir algumas melhorias. Quando estiver consolidado, analisaremos a possibilidade de avançarmos com este serviço da SGS para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e até para Espanha”, acrescentam.
Factores críticos do sucesso A par da formação da SGS, todos os auditores receberam formação teórica e prática de técnicos da Galp Energia antes de avançarem com as inspecções e auditorias em campo. Apesar dos muitos pontos em comum no que respeita às exigências
de segurança e de controlo do risco, do ponto de vista operacional há diferenças acentuadas entre uma operação de descarga de combustível líquido e uma descarga de paletes com garrafas de gás, por exemplo. E essas diferenças reflectem-se necessariamente nos cuidados exigidos pelos procedimentos que os motoristas de ambos os veículos têm de cumprir, nas inspecções às viaturas e nos modos de acondicionamento da carga no momento da descarga, entre outros. Durante as acções de formação os auditores tiveram oportunidade de assistir a operações de carga e de descarga dos dois tipos de produto (ARL e GPL), pois para a Galp Energia era determinante que os membros da equipa de auditorias da SGS conhecessem bem os vários processos e os aspectos técnicos que envolvem as operações e as viaturas. “O elevado grau de preparação e conhecimentos por parte dos auditores antes de irem para o terreno era determinante para que o serviço fosse consistente. Desde logo para evitar eventuais situações de conflito com os motoristas e, depois, porque há que ter muito cuidado e isenção na forma como avaliamos os transportadores que prestam serviços à Galp Energia. Todos os fornecedores respeitam e implementam os procedimentos definidos em cadernos de encargos específicos e rigorosíssimos, pelo que o resultado de um conjunto de inspecções mal feitas poderia ter consequências graves para o fornecedor em causa. Logo, todo o cuidado e a preparação são poucos. Por outro lado, o nosso principal objectivo nestas avaliações é o de corrigir o que é necessário, pelo que os transportadores estão a par dos resultados de cada auditoria e recebem os relatórios de avaliação periodicamente”, explica Jorge Gonçalves. “Acresce, ainda, que há questões muito importantes a ter em conta e que vão para lá da observância dos itens de uma check-list. Como é que se
> Almeida Santos Coordenador do projecto para a área do GPL, e Jorge Gonçalves Coordenador para a área dos ARL, ambos da GALP Energia
audita a atitude/comportamento de um motorista nas relações interpessoais com os clientes? Este é um aspecto muito importante que também interessa à Galp Energia conhecer. Com isto, o que queremos dizer é que há de facto aspectos a que os auditores têm de ser sensíveis e que vão para além da verificação unidimensional do cumprimento dos procedimentos que estão enumerados na check-list e, por isso mesmo, as acções de formação no terreno são importantes”, acrescenta, por sua vez, Almeida Santos.
No seu conjunto, as inspecções aos veículos, as auditorias aos motoristas e as inspecções às quantidades e à qualidade dos produtos visam, sobretudo, garantir maior segurança, vertente que a Galp Energia não descura em circunstância alguma. Inclusive, e como fazem questão de sublinhar os coordenadores de ambos os projectos, tanto os requisitos dos cadernos de encargos a cumprir pelos transportadores como os incluídos nas check-lists dos auditores são mais rigorosos e exigentes do que os previstos na legislação aplicável.
servir bem o cliente Desde o segundo semestre de 2007, a SGS é o organismo de inspecção encarregue de realizar auditorias às operações de descarga dos veículos que transportam combustíveis e gás da Galp Energia em todo o país. Todos os condutores que fazem este tipo de transporte têm formação específica para poderem realizar as operações de descarga nos vários postos de abastecimento da Galp Energia e nos clientes da empresa. Essa formação é ministrada pelas próprias empresas de transporte fornecedoras da Galp Energia e pela própria Galp Energia > cátia barbosa Coordenadora do projecto na e tem por objectivo ensinar os motoristas Direcção Automotive da SGS a cumprirem as regras de segurança, por forma a que não ponham em risco as suas vidas e as de terceiros, bem como as instalações onde se encontram no momento das operações. De acordo com Cátia Barbosa, da Direcção Automotive da SGS e coordenadora do projecto, a missão da SGS começa quando os veículos saem das instalações de carregamento, nomeadamente de Sines, Aveiras, Mitrena, Boa Nova e Perafita. “Diariamente, em função das escalas de serviço de todas as viaturas (ARL e GPL), contactamos os auditores afectos às zonas onde os veículos vão realizar a descarga. Quando o veículo chega é iniciada a auditoria aos procedimentos do motorista, seguindo-se depois a inspecção à viatura e a verificação da quantidade e da qualidade”, explica Cátia Barbosa. No que respeita à evolução da parceria, também da parte da SGS a avaliação é positiva, embora, como salienta Pedro Coelho, director da Direcção, o objectivo seja sempre o de melhorar em conjunto. “A nossa postura para com os clientes é sempre de parceria. Prestamos o serviço de acordo com as especificações mas sempre que damos conta de alguma situação que pode ser melhorada reportamos ao cliente, que avalia a sua pertinência e a oportunidade da sua implementação. Mas, sobretudo, trabalhamos sempre na perspectiva de entreajuda”, sustenta. O reforço da equipa de auditores, que passou para um total de 12 no início do ano, é um bom exemplo de maior adequação e flexibilidade. Assim como a procura de soluções/tecnologias que aumentem a eficiência na realização das auditorias e no envio dos relatórios para o cliente. Contudo, e como avança Cátia Barbosa, de acordo com o feedback recebido, nota-se uma evolução positiva desde que o projecto começou. “Verifica-se uma preocupação dos motoristas em cumprir os procedimentos de segurança das descargas”. “É um serviço muito interessante, relativamente recente no portfólio da Direcção Automotive, mas que veio alargar substancialmente o know-how da equipa”, conclui Pedro Coelho.
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REACH - Regular o uso de substâncias químicas é essencial para um futuro mais seguro
A 1 de Junho teve início o processo de pré-registo de substâncias químicas no seio da União Europeia, cuja finalidade é exigir das empresas a capacidade de controlar e gerir o risco associado à utilização de substâncias químicas.
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A Agência Europeia das Substâncias Químicas será responsável pela gestão dos processos de registo, avaliação, autorização e restrição de substâncias químicas da União Europeia (UE). O processo de regulação, denominado REACH (do inglês registration, evaluation, authorisation and restriction), visa fornecer informações adicionais sobre substâncias químicas, para assegurar que são utilizadas de modo seguro, ao mesmo tempo que se pretende salvaguardar a competitividade da indústria europeia. Isto com o fim último de salvaguardar o Ambiente e a Saúde de todos. No primeiro ano de existência, a Agência orientou os seus esforços para a organização da sua estrutura, nome-
Em entrevista à SGS Global, Celine Raffard, REACH global project manager do grupo SGS, sublinha as vantagens da aplicação desta nova regulamentação, enquanto factor fundamental para “alcançarmos um futuro mais seguro”. A nova regulamentação europeia para o sector químico, REACH, completa um ano de vigência em Junho. O que foi feito até agora? O primeiro ano do REACH tem sido dedicado ao estabelecimento da Agência Europeia para as Substâncias Químicas (ECHA, em inglês), com sede em Helsínquia – montar toda a estrutura, desde seleccionar o director executivo ao recrutamento de pessoal, e à organização do Comité de Avaliação de Riscos e do Comité de Estados-Membros, de maneira a que, a partir de agora, tenhamos capacidade para gerir todos os dossiês que se enquadram na aplicação do REACH. Outra das nossas tarefas foi ainda a edição e a publicação de alguns documentos de orientação técnica, para auxiliar a indústria no enorme desafio que arrancou a 1 de Junho, com a fase de pré-registo. Quais são os princípios e objectivos fundamentais desta nova regulação? Todo o processo REACH decorre da aplicação do Princípio da Precaução, pelo que procura
adamente para o recrutamento de técnicos qualificados. Superada esta fase, que era essencial, em 1 de Junho de 2008 teve início a fase de pré-registo. Para este ano, o organismo regulador tem dois desafios-mor: concluir as acções preparatórias para a entrada em funcionamento dos títulos do Regulamento REACH (nomeadamente, o pré-registo, o registo – incluindo o registo de substâncias de integração não progressiva –, a avaliação e a autorização); e demonstrar que as operações funcionam de forma eficiente. O objectivo é chegar ao final do ano com uma lista de substâncias pré-registadas que permita uma partilha eficiente dos dados.
transferir a responsabilidade pela gestão do risco associada às substâncias químicas das autoridades para a indústria. Para alcançar estes objectivos as empresas que produzem, importam, processam ou fornecem substâncias químicas têm de inventariar os riscos desses produtos. As nossas previsões apontam para que cerca de 30 mil substâncias actualmente em uso possam ser registadas na ECHA num horizonte de 10 anos, ou seja, até Junho de 2018. Além deste registo, há um conjunto específico de Substâncias de Preocupação Muito Elevada (SVHC, em inglês) que terá de ser submetido a um processo de autorização formal. Esta autorização visa garantir que essas substâncias são
1/6/2007
Entrada em vigor (Vedada a entrada de novas substâncias)
De 1/6/2008 a 1/12/2008 30/11/2010 31/05/2013
controladas e gradualmente substituídas por substâncias ou tecnologias mais seguras, devendo ser apenas utilizadas quando permitem um benefício global para a sociedade. Estas substâncias serão publicadas no Anexo XIV do Regulamento da ECHA, até Junho de 2009. A partir dessa altura, a indústria passa a depender de autorização para o respectivo uso continuado, pelo que se a autorização não for deferida, a substância em causa não pode ser utilizada. Acresce que as autoridades europeias podem impor restrições no fabrico, utilização ou colocação no mercado de substâncias que provoquem um risco inaceitável para a saúde humana ou o ambiente.
Pré-registo >1000 toneladas • CMR (>1 tonelada) • Muito tóxicas para organismos aquáticos (R50/53) (>100 toneladas) 100-1000 toneladas 1-100 toneladas
31/05/2018 Calendário de implementação do REACH
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Atendendo aos timings, quais são os maiores desafios do REACH? O apertado calendário para o pré-registo das substâncias existentes, que obriga a uma identificação das substâncias, é um verdadeiro desafio. Também a identificação das substâncias SVHC, especialmente para os produtos de consumo importados fora da União Europeia, representa outro grande desafio.
áreas de intervenção da SGS A SGS tem um leque de produtos e serviços dimensionados à luz das exigências do REACH, podendo ser sistematizados em dez áreas
1.
6.
Realização de Seminários e programas de Formação personalizados, focalizados em orientações práticas relacionadas com a nova regulamentação.
Fichas de Segurança, para as quais é necessário assegurar a sua conformidade com as novas exigências deste novo regulamento.
2.
7.
Serviços de Consultoria, em que a SGS tem condições para avaliar a situação específica da empresa e definir uma estratégia adaptada ao REACH, desde o inventário de produtos à cadeia de fornecedores e à facilitação da comunicação, análise de desfasamentos de dados e propostas de estratégias de análise, e a elaboração de um plano de acção para o REACH.
3.
Processo de Pré-Registo, em que a SGS pode desempenhar todas as tarefas administrativas necessárias.
4.
Testes de Laboratório, no sentido de minimizar custos e orientar eventuais testes adicionais que garantam a adequação às exigências regulamentares. A SGS tem laboratórios para testes toxicológicos, na Índia e nos EUA, e para testes ecotoxicológicos, na Alemanha e em França, tal como é exigido pelo REACH, podendo ainda executar testes físico-químicos.
5.
Identificação de SVHC (substâncias que serão obrigadas a uma autorização formal, dado o risco/preocupação particularmente elevado).
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A criação de um Substance Information Exchange Forum (SIEF), depois do pré-registo, em que participarão as empresas, poderá contar com o contributo da SGS, que se disponibiliza para representar os seus clientes industriais.
8.
DossiÊS de Registo, desde a compilação e identificação de todos os dados, redacção dos dossiês técnicos, relatório de avaliação da segurança química, se necessário, avaliação de risco e de exposição, até à submissão do dossiê de registo.
9.
Gestão de consórcios, fruto da parceria com uma das mais prestigiadas sociedades de advogados, permitindo à SGS gerir o processo desde a criação do consórcio até à entrega do dossiê à Agência Europeia para as Substâncias Químicas (ECHA).
10.
Auditorias de risco químico. O MARCH (Management and Audit of Risk of Chemicals) foi desenvolvido pela SGS para possibilitar a análise de compatibilidade com o REACH e também a monitorização do cumprimento dos requisitos no seio da cadeia de valor.
Quantos países já adoptaram este regime? A regulamentação REACH aplica-se a todos os membros da União Europeia e, a partir de 1 de Junho, a outros países como a Noruega, Islândia e Liechtenstein, que integram o Espaço Económico Europeu. E relativamente ao universo de empresas? O impacto da regulação é mundial e envolve não apenas os importadores e os produtores localizados na UE, como toda a cadeia de valor, a montante e a jusante. Assim, o REACH afecta a maioria das indústrias, desde a química à petroquímica, do sector petrolífero à química fina, ao automóvel, até aos segmentos dos bens de consumo, como brinquedos, têxteis, electrodomésticos ou electrónica. Em contrapartida, ficam isentos desta regulação alguns produtos, como os resíduos, as substâncias radioactivas, os bens alimentares e os bens intermediários isolados. Neste domínio, a SGS está a trabalhar com que países? Na maioria dos países europeus, mas também na Ásia, basicamente na China, Índia, Coreia e Japão, e nos Estados Unidos. A finalidade do REACH é proteger o Ambiente e a Saúde humana. Em termos práticos, qual é o contributo da SGS? REACH significa 'Registration, Evaluation, Authorisation and restriction of Chemicals' e visa reduzir o risco de danos provocados por substâncias químicas no Ambiente e na Saúde. Um dos princípios-chave é deixar a indústria provar que as substâncias são seguras e que são capazes de controlar os respectivos riscos. A SGS contribui ao ajudar as empresas a cumprirem a regulamentação. Como parceiros, ambicionamos alcançar (REACH) um futuro mais seguro.
:: Contacto Paula Costa Directora de Ambiente e Segurança Grupo SGS Portugal Tel: 707 200 747 pt.informations@sgs.com www.reach.sgs.com
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OIKOS
Publica Relatório de Sustentabilidade Verificado pela SGS ICS
A OIKOS é a primeira Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesa, e uma das pioneiras a nível mundial, a publicar um Relatório de Sustentabilidade verificado e validado. Um instrumento que pretende partilhar com o Terceiro Sector e que quer ver servir de interface com os sectores público e privado.
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A
necessidade de repensar o seu modelo de gestão e posicionamento enquanto ONGD com intervenção transnacional levou a OIKOS a enveredar por um processo de introspecção interno, de empowerment e de partilha com os diferentes stakeholders totalmente inovador e pioneiro entre as organizações do chamado Terceiro Sector ou da Economia Social. “A actividade da OIKOS deve criar valor, para além dos seus beneficiários finais, para os seus stakeholders identificados, potenciando assim a sua própria sustentabilidade e contribuindo para o desenvolvimento das restantes organizações do Terceiro Sector”, explica João Carvalho, director de Desenvolvimento da OIKOS. Simultaneamente, e perante os desafios que o contexto mundial actual coloca às organizações (empresas privadas e públicas, instituições públicas, privadas, ONG, cooperativas, fundações, associações, etc.) e aos indivíduos enquanto actores/agentes e objectos da mudança, “a postura de uma ONG não pode assentar numa lógica de confronto ou de crítica, mas sim numa lógica de facilitação e de parceria. A complexidade dos problemas exige uma multiplicidade de soluções e, consequentemente, a actividade de uma ONG não pode ficar confinada a uma única perspectiva, tornando-se tridimensional. Por outro lado, e mais do que nunca, levanta-se a questão da legitimidade, da capacidade para gerir os recursos (económicos, humanos, ambientais, culturais, ...) da sua responsabilidade (correlacionada com o seu desempenho) e, sobretudo, de prestar contas (accountability) a todas as partes interessadas relativamente à forma como esses recursos são geridos”, sintetiza o director de Desenvolvimento da Instituição. As reacções positivas à publicação do Relatório de Sustentabilidade da OIKOS, devidamente verificado e validado pela SGS ICS, não se fizeram
> João Fernandes e joão carvalho Director-Geral Executivo e Director de Desenvolvimento da Oikos, respectivamente
esperar, designadamente por parte das instituições portuguesas e comunitárias que financiam os projectos, como o IPAD – Instituto de Apoio ao Desenvolvimento e a DG ECHO - Direcção Geral de Assuntos Humanitários, e até mesmo por parte de outras ONG de dimensão e actuação a nível global, como é o caso da Oxfam International, parceira da OIKOS em alguns projectos. O passo dado pela OIKOS é encarado pelas organizações congéneres internacionais como extremamente corajoso, como enfatiza João José Fernandes, director-geral executivo. São ONG que têm já uma enorme experiência em accountablity centrada na dimensão de projectos, beneficiários e financiamentos, mas não de uma forma integrada, na dimensão organizacional, como conseguimos aqui na OIKOS, e querem beneficiar da nossa experiência, o que nos deixa muito satisfeitos. No nosso país não há tradição desta cultura de comparação, de partilha do conhecimento, das organizações prestarem contas a terceiros e de se sujeitarem à sua avaliação, mas são todos estes factores que tornam um sector, qualquer sector, competitivo. As organizações/empresas só são competitivas se o sector onde actuam também for. Por isso, o nosso Relatório de Sustentabilidade, o produto tangível que
resulta deste processo organizacional e de melhoria contínua, o suporte da nossa forma de estar e de actuar, está disponível na internet (www. oikos.pt) para quem quiser conhecer e aprender com a nossa experiência. Para nós, o desafio mais importante é, sem dúvida, o de conseguir transformar o Relatório num instrumento que fortaleça o Terceiro Sector e sirva de interface com os sectores público e privado.” E da agenda constam já encontros com responsáveis de instituições públicas e privadas e outras ONG como a FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, a Comissão para a Igualdade do Género e de Oportunidades, a Quercus e os Médicos do Mundo, entre outros. No Relatório de Responsabilidade OIKOS (ano
zero 2006-07), a par das responsabilidades já assumidas, da demonstração de resultados mensuráveis das suas acções e do valor acrescentado que incorporou a cada projecto e no global, entre muitas outras informações, estão também os compromissos que a ONG assume perante os stakeholders em relação ao futuro próximo, tanto ao nível de governance, como da cadeia de valor responsável e da responsabilidade ambiental e social. “Entre outras, é importante que saibamos responder a questões como ‘Que benefício é que a nossa actuação cria aos stakeholders e à sociedade?. O objectivo deste Relatório é partilhar as respostas”, conclui o director-geral executivo da OIKOS.
verificação de relatórios de sustentabilidade Tanto em Portugal como no resto do mundo, a SGS ICS regista crescente procura do seu serviço de Verificação de Relatórios. É que são cada vez mais as organizações de diferentes sectores de actividade e até de intervenção na comunidade que percebem os benefícios decorrentes quer da elaboração dos relatórios ambientais e sociais quer da sua validação por uma entidade terceira. O ambiente económico e social, designadamente o crescente poder e influência dos consumidores e dos restantes stakeholders (investidores/accionistas, fornecedores, clientes, comunidade, meios de comunicação social, etc.) estão a pressionar as organizações para medirem, avaliarem e divulgarem o impacto global da sua actuação e das suas políticas. Paralelamente a essa exigência de maior transparência na forma de actuar, é também notório o aumento da pressão no sentido de que a informação constante dos relatórios emitidos pelas empresas seja verificada e validada por entidades terceiras competentes para o efeito. Contudo, a elaboração, a verificação e a validação também têm de obedecer a certas regras. As mais usadas a nível mundial são as directrizes internacionais Global Reporting Initiative (GRI) ou a AA1000. O serviço de Verificação de Relatórios da SGS ICS está estruturado em quatro níveis, por forma a corresponder às diferentes necessidades dos clientes. O nível 1 é o mais adequado para as organizações que estão a emitir os primeiros relatórios, enquanto o nível 4 visa já responder às necessidades de clientes cujos relatórios ambientais/sociais fazem parte integrante de ciclos de melhoria contínua mais abrangentes. Os níveis intermédios destinam-se a empresas/organizações com experiência na elaboração deste tipo de relatórios e que além da verificação pretendem outros relatórios adicionais relativos à eficácia do Sistema de Gestão. Os relatórios detalhados são confrontados com os padrões das GRI e da AA1000.
A OIKOS - Cooperação e Desenvolvimento é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente como Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD). Constituída em 1988, desde 1992 que é reconhecida pelo Estado Português como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública e desde 2002 que integra o Conselho Económico e Social das Nações Unidas com o estatuto consultivo. A actividade da OIKOS desenvolve-se nas áreas da emergência/acção humanitária, desenvolvimento/vida sustentável e mobilização/cidadania global em Portugal, Angola, Moçambique, Indonésia e em vários países da América Latina e da Ásia. Toda a intervenção da OIKOS é estruturada através de programas e de projectos desenvolvidos no quadro de parcerias com entidades públicas ou privadas: colaboradores, promotores, financiadores, doadores, parceiros locais, prestadores de serviços, entidades auditoras, beneficiários e grupos-alvo. Alguns números a reter 383.770 Média anual de beneficiários/dia 106,27% Performance da intervenção da OIKOS nos países em desenvolvimento 93 Euros por ano Permitem obter os recursos necessários para a redução da vulnerabilidade e da capacitação de uma família beneficiária da nossa actividade
:: Contacto Leonor Centeno Sustainability Report Assurance Coordinator SGS ICS Tel: 707 200 747 pt.informations@sgs.com
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certificações sgs ics brisa brisa
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Inovação suporta e promove progresso do Grupo
Brisa
“A certificação do SGIDI constitui uma garantia de que a Brisa possui uma metodologia de inovação orientada para a criação de novos negócios ou processos que potenciam a criação de valor para a empresa”, sustenta Jorge Sales Gomes, director da Direcção de Inovação e Tecnologia da Brisa. De que falamos quando falamos em Inovação na Brisa? Para a Brisa, a inovação é a criação de valor em contexto de mudança. O desenvolvimento das actividades da Brisa é norteado pela aplicação incessante das boas práticas da inovação, pelo cumprimento dos requisitos legais e regulamentares e pela satisfação dos clientes, dos accionistas, dos colaboradores e dos fornecedores. O modelo de inovação da Brisa é fortemente apoiado em tecnologia e assenta no conceito chave de Rede de Inovação. Conceito este que é materializado através da colaboração de numerosas entidades, desde instituições do ensino superior, institutos de investigação científica, a agências e a institutos públicos. Aliás, o conceito de inovação em rede é precisamente um dos pontos destacados pela norma NP 4457. A inovação é encarada pela Brisa como uma actividade que visa suportar e promover o progresso da organiza32 SGS Portugal
ção, nomeadamente a expansão crescente das operações do Grupo para novos mercados, doméstico e internacional, que obriga a uma cada vez maior optimização dos processos da empresa. Porque é que a Brisa optou por implementar o Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI) segundo o referencial NP 4457? Tendo um Sistema de Gestão da Inovação montado desde 2002, a Brisa encarou o projecto de certificação do Sistema segundo o novo referencial NP 4457 como um passo lógico. Sobretudo, como uma excelente oportunidade de melhoria, ao mesmo tempo que se assegura o cumprimento da política de inovação e se optimizam os processos de gestão da IDI, para além de ser um factor diferenciador da empresa no mercado, entre outras mais-valias. Esta certificação constitui uma garantia de que a Brisa possui uma metodologia de inovação orientada para a
> jorge sales gomes Director da Direcção de Inovação e Tecnologia da Brisa
criação de novos negócios ou processos que potenciem a criação de valor para a empresa. Os requisitos da Norma diferenciavam-se muito da política de IDI que a empresa já seguia? Foi necessário repensar processos/sistemas? Não, em grande parte tratou-se de uma adaptação do Sistema existente. Mas, por outro lado, o referencial ajudou a colocar na agenda e a repensar alguns processos, nomeadamente os que estão relacionados com a expansão das operações da Brisa para novos mercados e os que dizem respeito a aspectos tão importantes como a propriedade intelectual, a transferência de tecnologia, a vigilância tecnológica, as parcerias, entre outros assuntos. Como decorreu o processo de implementação dos requisitos da Norma? O processo de ajustamento do Sistema de Gestão da Inovação da empresa ao novo referencial NP 4457 iniciou-se após a apresentação pública das novas normas na sessão da Associação Empresarial para a Inovação (COTEC) de Fevereiro de 2007. Foi um projecto realizado a um ritmo elevado e que contou com a participação empenhada das várias áreas da empresa. O envolvimento da Administração de topo foi total e decisivo, mostrando que as questões da inovação são, desde há muito, uma constante na estratégia da Brisa. Quais as áreas/departamentos da empresa que participaram e porquê? A Direcção de Inovação e Tecnologia (DIT) coordenou todo o processo, mas contou com o apoio e a colaboração fundamentais da Direcção de Organização e Qualidade, responsável pelo Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), e da Direcção de Planeamento Estratégico, que esteve focada na componente organizacional da Inovação, bem como de todas as outras áreas
transversais e habitualmente envolvidas em processos semelhantes, como os Recursos Humanos, as Compras e a Auditoria Interna. Qual foi a reacção das pessoas que trabalham nesses Departamentos? A resposta dos colaboradores foi excelente; a motivação e o empenho de todos foram essenciais para o sucesso do projecto. Todos estiveram envolvidos desde o início, quer no desenho dos processos quer através das acções de sensibilização, na definição de indicadores, na participação em auditorias, entre outras actividades. O Sistema vai ser estendido a outras áreas da empresa? Foi definido, numa primeira fase, cingir o âmbito da certificação ao desenvolvimento de produtos e sistemas de base tecnológica, incluindo, no entanto, todas as componentes da inovação (produto, processo, organizacional e marketing), um pouco à semelhança de outros projectos de IDI onde se procura efectuar um piloto ou demonstrador. Mas o objectivo da Brisa é o de, num futuro próximo, estender a certificação a outras áreas da empresa, nomeadamente às que estão ligadas à inovação do tipo organizacional. Qual o balanço que faz neste momento? O balanço é claramente positivo. Estamos agora numa fase de melhoria e de avaliação do grau de extensão do âmbito do SGIDI. Como todos os Sistemas de Gestão, também este é um instrumento dinâmico e, por isso, será constantemente melhorado e adaptado à envolvente, sempre alinhado com a premissa da criação de valor para a organização. Porque é que a Brisa seleccionou a SGS ICS como entidade certificadora do seu SGIDI? Porque é uma das organizações acreditadas pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) para certificar SGIDI segundo o referencial NP 4457, mas, fundamentalmente, por ser a entidade que tem certificado os restantes Sistemas de Gestão do Grupo, designadamente o SGQ, pelo que conhece bem a realidade da Brisa. E como avalia o trabalho desenvolvido pela SGS neste processo? De uma forma claramente positiva. Destaco o bom acompanhamento, a agilidade na resposta às dúvidas que surgem habitualmente nestes processos, ainda para mais quando se trata de um referencial novo, e o alto conhecimento demonstrado pela equipa auditora. Considero que as duas empresas aprenderam bastante com este processo que implementámos em conjunto.
Com a sua constituição e actividade, a Brisa evidencia, sobretudo, uma história de sucesso empresarial. Em 36 anos assistimos à sua fundação, desenvolvimento e conquista de mercado. Hoje é o maior operador português de auto-estradas, com quatro concessões compostas por 17 auto-estradas, e uma referência do sector a nível europeu. Sendo uma das maiores empresas portuguesas cotadas em Bolsa, com uma capitalização bolsista na ordem dos 6 mil milhões de euros, a Brisa integra o PSI 20, o principal índice bolsista português, o índice Euronext 100, que reúne as maiores empresas de França, Holanda, Bélgica e Portugal e o índice FTSE4Good.
Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A.
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certificações sgs ics imperial
Imperial com inovação certificada
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“O SGIDI tem a grande vantagem de conduzir a uma maior disciplina e à sistematização de metodologias”, sustenta Manuela Tavares de Sousa, administradora da Imperial, maior operador português no mercado de chocolates.
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e que modo é que a Inovação é entendida e concretizada na Imperial? Com a crescente competitividade e globalização dos mercados, as empresas têm de estar permanentemente a inventar e a implementar estratégias inovadoras, proporcionando experiências diferenciadoras aos seus consumidores. A inovação e a qualidade dos produtos, associadas à notoriedade das marcas, são ferramentas decisivas para o sucesso da organização. Sendo o chocolate um produto que aporta benefícios funcionais e, sobretudo, prazer e bem-estar, o modelo de inovação da Imperial centra-se no conhecimento do estilo de vida dos consumidores, na adaptação dos produtos à sua mobilidade e conveniência e em dar resposta às preocupações crescentes com uma alimentação equilibrada. Porque é que a Imperial optou por implementar o Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI) segundo o referencial NP 4457?
A velocidade a que ocorrem as grandes alterações no ambiente comercial e de marketing cria enormes desafios para as empresas. A inovação é um factor gerador de vantagens competitivas fulcrais para o crescimento económico e para o desenvolvimento social da empresa. E nessa medida, a implementação do Sistema assume cada vez maior relevância como ferramenta de gestão para melhorar a eficácia da organização. Implementar os requisitos da NP 4457 implicou alterações profundas na política de inovação e de desenvolvimento que a Imperial seguia? A Imperial é uma empresa que sempre assumiu uma cultura de inovação, sendo que a implementação do SGIDI contribuiu para conduzir a uma maior disciplina e à sistematização de metodologias, o que, aliado à atitude criativa existente, permite-nos manter um posicionamento diferenciado no mercado com elevada qualidade e valor. Como decorreu todo o processo de implementação dos requisitos da Norma? Foi necessário repensar processos/sistemas?
imperial
“A Imperial sempre assumiu uma cultura de inovação, o que aliado à atitude criativa existente, nos permite ter um posicionamento diferenciado.” Tivemos de redefinir a estrutura organizacional que existia para a adequar às directrizes da política e objectivos do SGIDI. Seguiu-se a definição dos processos relevantes para a gestão da inovação e a definição de métodos de trabalho, materializados em procedimentos que abrangeram a gestão de ideias e a avaliação de oportunidades, a gestão do conhecimento, a gestão de interfaces, a gestão de produto e a gestão de projecto. A verificação da existência e da disponibilidade dos meios humanos e materiais, a definição das responsabilidades e das competências necessárias e a avaliação da adequabilidade e eficácia do SGIDI, concretizaram o ciclo de implementação que foi traçado. Que áreas da empresa participaram e porquê? Todas as áreas funcionais dentro da empresa têm um papel activo na procura de vantagens competitivas, privilegiando a inovação e a diferenciação e a optimização de processos e serviços. São estas competências que têm permitido à empresa estabelecer relações de benefício mútuo com os clientes e criar relações emocionais fortes com os consumidores. Desta forma, a implementação do SGIDI foi transversal a toda a empresa. E como reagiram os colaboradores? A reacção dos colaboradores da Imperial foi muito positiva, pois sabem que esta certificação confere claramente uma melhoria nos métodos de trabalho, permite melhorar a disseminação do conhecimento e gerar maior eficácia no nosso processo de inovação. Que balanço faz do trabalho desenvolvido e dos objectivos já concretizados? O balanço, até ao momento, é bastante positivo, na medida em que já se vislumbram impactos relevantes no processo de gestão existente. Como já referi, foram introduzidos novos processos essenciais para a gestão da inovação e novos métodos de trabalho, materializados em novos procedimentos.
Mas, já há resultados concretos que possa avançar? Ainda é cedo para falar de resultados concretos dada a juventude do Sistema. No entanto, já há claros indícios de que o seu funcionamento vai ao encontro dos objectivos traçados e esperados. A existência de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) certificado contribuiu para que o processo de implementação do SGIDI decorresse mais facilmente? Revelou-se, de facto, uma mais-valia importante, inclusive o SGIDI foi integrado no SGQ. Foi, desde início, perceptível por toda a organização que a integração dos dois Sistemas potenciaria os factores Qualidade e Inovação, elementos-chave para a geração de vantagens competitivas e, consequentemente, para o seu crescimento económico e social. Apenas houve necessidade de rever alguns procedimentos que se identificaram comuns aos dois Sistemas, e a consequente definição de processos relevantes para a gestão da inovação que se traduziram na elaboração de novos procedimentos de trabalho. Porque é que a Imperial seleccionou a SGS ICS como entidade certificadora? Porque é uma entidade acreditada para a certificação de Sistemas de Gestão, designadamente da IDI. Além disso, a SGS ICS já prestou serviços de certificação à Imperial anteriormente, contribuindo, por isso, para ajudar a promover melhorias no desempenho da organização. A certificação do SGIDI veio reforçar uma relação de longo prazo, que tem sido mutuamente benéfica. Como avalia o trabalho desenvolvido pela SGS ICS nesse processo? No âmbito da certificação do SGIDI, o envolvimento da SGS ICS foi crucial, tendo-se revelado uma mais-valia para a boa evolução de todo o processo.
> mauela tavares de sousa Administradora da Imperial
A Imperial, o maior fabricante português no mercado de chocolates, é detentora de um portefólio de marcas de reconhecida notoriedade e com uma forte imagem de qualidade: Jubileu, Regina, Pintarolas, Allegro, Pantagruel, Fantasias, entre outras. Sedeada em Vila do Conde, a empresa do Grupo RAR é o único fabricante português do sector de chocolates que está presente em todos os canais de Distribuição e em todos os segmentos do mercado. É, também, a única fábrica de chocolates nacional que tem já um percurso internacional, comercializando as suas marcas em mais de 20 países. A melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade há muito que é uma opção estratégica da empresa. Desde 2002 que a Imperial é certificada segundo a norma ISO 9001. Desde Novembro de 2007, ostenta também a marca SGS ICS de empresa certificada em conformidade com o referencial NP 4457. Investigação, Desenvolvimento e Inovação.
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certificações sgs ics funae
FUNAE
com certificação sgs ics
“A certificação de uma instituição significa a existência de procedimentos claros e transparentes, maior eficiência interna e prazos de resposta curtos. A implementação (e a certificação) dum sistema de gestão da qualidade é essencial para assegurar a competitividade ”, sublinha Miquelina Menezes, presidente do Conselho de administração do fundo de energia de moçambique (FUNAE).
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FUNAE é a primeira instituição pública moçambicana a obter a certificação do respectivo Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) por conformidade com a norma ISO 9001. O certificado, atribuído pela SGS ICS em Janeiro último, abrange os serviços de “promoção, concepção, financiamento e implementação de projectos na área de energia, privilegiando as energias novas e renováveis”. O FUNAE é um organismo público que tem por missão, fundamentalmente, promover um maior acesso das populações à energia, de forma sustentável e racional que contribua para o desenvolvimento económico e social do país. Os projectos em curso situam-se em diferentes áreas, cobrindo a distribuição de combustíveis, a criação de redes de electricidade, a implementação de sistemas fotovoltaicos, a promoção da biomassa, a construção de mini-hídricas e, ainda, relativos ao uso produtivo da energia. Na prática, a actuação do FUNAE envolve a identificação das necessidades energéticas que são prioritárias para o desenvolvimento sócio-económico, fixação e bem-estar das populações de cada província; a identificação das oportunidades e dos desafios inerentes à identificação e financiamento de projectos a nível distrital; a análise da viabilidade dos projectos, designadamente da capacidade de gestão dos promotores e das respectivas necessidades de financiamento e apoio técnico.
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de formação, sensibilização e trabalho, mas valeu a pena, pois o resultado é extremamente positivo”, reitera. A par do aumento da eficiência da organização a nível interno, Miquelina Menezes salienta a efectiva melhoria da comunicação entre o FUNAE e os clientes como uma das principais mais-valias resultantes do SGQ. “Actualmente temos a preocupação de saber o que os nossos clientes pensam acerca dos serviços que prestamos, através de inquéritos de avaliação, e isso permite-nos corrigir rapidamente anomalias que se possam verificar no desenvolvimento dos projectos. Mas o mais importante é ainda o conseguirmos assegurar que os processos internos não são morosos e que tudo o que depende do FUNAE é tratado de forma eficiente e rápida”. É, por isso, com confiança acrescida que a Administração do FUNAE encara o futuro, sobretudo o futuro mais imediato. Em 2008 a Instituição vai começar a trabalhar numa nova área, a dos projectos de construção e/ou reabilitação de centrais hidroeléctricas de pequena dimensão (mini-hídricas) e, apesar dos desafios que tem pela frente, o optimismo é grande. “É uma estreia em projectos desta natureza mas acreditamos no sucesso do empreendimento. No quadro de pessoal do FUNAE há técnicos muito competentes nesta área, contamos com parceiros e com alguma assistência técnica externa, pelo que certamente seremos capazes de enfrentar os desafios que temos pela frente”, conclui Miquelina Menezes.
FUNAE FUNDO DE ENERGIA
funae
Grande parte dos projectos são desenvolvidos em parceria com o sector privado, com associações, organizações não-governamentais, instituições de crédito e até comunidades locais, pelo que a eficiência da organização, a sua capacidade e a rapidez de resposta são factores determinantes para o sucesso dos empreendimentos. “Há muito que a Administração do FUNAE tem consciência de que a definição e a implementação de processos e de procedimentos padronizados e sistematizados traz mais-valias significativas para a Instituição, na medida em que melhora a organização do trabalho interno e, consequentemente, a capacidade de resposta aos clientes. E foi por isso que decidiu implementar o SGQ”, explica Miquelina Menezes, presidente do Conselho de Administração do Fundo. A implementação do SGQ em todas as áreas de actividade do FUNAE iniciou-se em Janeiro de 2007 e envolveu os 30 colaboradores permanentes da Instituição. A resistência à mudança que se viveu na fase inicial foi rapidamente ultrapassada graças à intervenção dos consultores e das diferentes acções de sensibilização e formação realizadas. O papel dos consultores externos revelou-se também extremamente importante no aperfeiçoamento do manual de procedimentos, na realização de auditorias e nas respectivas correcções de não-conformidades. “A introdução de qualquer nova metodologia de trabalho numa organização gera sempre alguma resistência. Leva algum tempo até que os trabalhadores tomem consciência e se convençam de que a ferramenta introduzida vai melhorar os seus desempenhos. Contudo, os colaboradores que mais resistiram provavelmente são os que hoje em dia mais sentem que o SGQ veio melhorar a forma como trabalham e que se tornou uma ferramenta indispensável para a realização do seu trabalho”, lembra a presidente do Conselho de Administração. A realidade é que todos os trabalhadores estiveram profundamente envolvidos na implementação do Sistema, tendo participado activamente na definição e elaboração dos diferentes processos e procedimentos afectos aos serviços. Inclusive, Miquelina Menezes conta que as reuniões eram diárias, no final da jornada de trabalho, por forma a que todos pudessem participar e, sobretudo, por forma a que todos tivessem plena consciência do significado, da importância e da necessidade da certificação. “Foram inúmeras as horas
O FUNAE - Fundo Nacional de Energia, criado pelo Decreto 24/97, é um Instituto Público tutelado pelo Ministro da Energia. Enquanto tal, está dotado de personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira e é gerido por um Conselho de Administração. O FUNAE opera a nível nacional com o objectivo de financiar e de prestar garantias financeiras a projectos que contribuam para: • O desenvolvimento, a produção e o aproveitamento de formas de energia que permitam a expansão de serviços de energia de baixo custo às zonas rurais e urbanas; • A promoção da conservação e gestão racional e sustentável dos recursos energéticos; • O acesso a serviços de energia e a sua sustentabilidade; • O acesso a soluções de energia com baixo custo, com forte impacto no desenvolvimento sócio-económico das comunidades e no equilíbrio ambiental; • O desenvolvimento de parcerias: continuar a desenvolver e a consolidar a Responsabilidade Social Empresarial assim como as parcerias com o sector privado, instituições públicas, organizações sociais e comunitárias, instituições de microfinanças, e outras, para atingir o mercado e os grupos-alvo; • Capacitar os recursos humanos e a instituição para uma intervenção de maior abrangência, eficácia e eficiência. O FUNAE promove e desenvolve projectos de energia, com maior enfoque em projectos relativos a energias alternativas e/ou renováveis que aumentem a oferta energética em condições mais acessíveis às populações das zonas rurais.
> miquelina menezes Presidente do Conselho de Administração do FUNAE
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sgs na primeira pessoa cristina silva e rui martins
Uma jovem equipa empreendedora Dois jove ns dinâmicos. Dois arquipélagos com e norme pote ncial. Uma só e mpresa. Conheça os desafios dos responsáve is da SGS Portugal nas ilhas dos Açores e da Made ira.
Madeira
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à frente da Madeira A certificação de sistemas e serviços é uma das actividades a desenvolver pela delegação madeirense da SGS. Contudo, a grande aposta de Cristina Silva, a nova coordenadora do grupo na Ilha, vai para a prestação de serviços nas áreas Alimentar, Ambiente e Energia.
> cristina Silva Coordenadora da Delegação da SGS na Madeira
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ristina Silva, 29 anos, assumiu as funções de coordenadora da Delegação da SGS na Madeira em Dezembro do ano passado. É natural da Ilha mas estudou no continente. Inclusive, faz parte do pequeno grupo que ‘inaugurou’ a licenciatura em Engenharia Biológica no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Licenciou-se em Novembro de 2003 e iniciou o seu trabalho na SGS Madeira no início de 2004. “Iniciei a minha carreira na SGS com um estágio profissional com a duração de seis meses na área do Ambiente. Esse estágio permitiu-me participar nos projectos que a Direcção de Ambiente estava a desenvolver na Madeira nessa altura. Da Direcção de Ambiente passei para a área de Sistemas de Gestão da Qualidade, onde permaneci até Dezembro último, quando aceitei este enorme desafio, que é o de ser coordenadora do grupo na Madeira”, explica Cristina Silva. Interrogada sobre a estratégia de desenvolvimento da filial, Cristina Silva não hesita: “A área alimentar é, conjuntamente com a certificação de sistemas e serviços, a grande aposta para 2008. No início do ano a equipa foi reforçada com dois novos colaboradores e o objectivo é o de aumentar exponencialmente a nossa quota nos sectores da restauração e da hotelaria, onde o potencial de crescimento é imenso, pois a Ilha da Madeira tem mais de 1500 restaurantes. E estamos convencidos de que o crescimento não passará apenas por esta área de actividade. Como é do conhecimento geral, o Turismo é a principal fonte de receitas da Ilha e a SGS tem uma gama de serviços extremamente importante para o sector da hotelaria, não apenas nas áreas da certificação e da segurança alimentar mas também na vertente ambiental, da qualidade do ar interior e da certificação energética, por exemplo”, sustenta a responsável pela filial. Formação: uma área em expansão A par da prestação de serviços nas áreas de Ambiente, Segurança e Energia, Industrial, Certificação de Sistemas e Serviços, a Delegação da SGS na Madeira está cada vez mais empenhada em desenvolver a actividade de Formação inter e intra empresas. Já organizou formações nas áreas da Qualidade, Higiene e Segurança no Trabalho, Ambiente e Segurança Alimentar e estão, entretanto, previstos workshops relacionados com a Qualidade do Ar Interior e a certificação energética de edifícios, um dos quais concebido especialmente para o sector hoteleiro. Entre outras iniciativas planeadas para o ano em curso, Cristina Silva destaca o seminário que a SGS promoveu em Junho em parceria com a ACIF - Associação Comercial e Industrial do Funchal, entidade com que tem um protocolo de parceria. O principal objectivo deste evento é o de divulgar e de promover os serviços e as áreas de negócio da SGS, com especial incidência para as áreas prioritárias.
entusiasmo na liderança
da delegação dos açores Consolidar a presença da SGS nos Açores é a principal missão de Rui Martins, coordenador da Delegação Açores desde Junho de 2007. A estratégia passa pelo reforço da aposta nas actividades de certificação de sistemas e serviços, mercado onde a SGS ICS já é líder, e na formação, em particular nas áreas afectas à Segurança Alimentar, Qualidade e Ambiente. Em termos de áreas de negócio, e sem descurar as restantes, Rui Martins acredita que é no Ambiente, na Segurança e na Energia que está o futuro.
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e antes pouco tempo lhe sobrava, desde que assumiu a coordenação da Delegação da SGS nos Açores, em Junho de 2007, Rui Martins, 33 anos, não tem ‘mãos a medir’. É que, além de coordenador da Delegação, com todas as tarefas de gestão inerentes ao cargo, continua a desempenhar as funções de responsável técnico ao nível da prestação de serviços de Segurança Alimentar, precisamente a que maior peso detém na carteira de clientes da Delegação nos Açores. E é com grande entusiasmo, muito orgulho e um brilho especial no olhar que descreve o seu trabalho, a empresa, os colegas da equipa SGS nos Açores e, sobretudo, os projectos que quer ver concretizados no futuro próximo. Rui Martins é licenciado em Biologia pela Universidade dos Açores, tendo realizado nesta mesma Universidade uma Pós-Graduação em Gestão Ambiental. É actualmente Vice-Presidente do Conselho Regional dos Açores da Ordem dos Biólogos. Em 2001, a SGS ofereceu-lhe a oportunidade de construir uma carreira e ele não a desperdiçou: entrou como consultor em Segurança Alimentar, numa altura em que concluía ainda a sua tese de licenciatura, e é em Segurança Alimentar que tem procurado especializar-se, quer através da experiência adquirida quer pelos conhecimentos proporcionados pelos cursos de formação realizados (o mais recente dos quais é o de Lead Auditor ISO 22000). Para além do domínio da Segurança Alimentar tem a seu cargo directo a gestão e a organização de acções de formação da Direcção de Formação da SGS Portugal (SGS Training). Porém, e como faz questão de salientar, representar a SGS nos Açores obriga a grande polivalência e multidisciplinaridade por parte de todos os membros da equipa, tarefa que é facilitada pelo forte investimento da empresa na formação dos colaboradores. “A Delegação dos Açores presta serviços em todas as áreas de negócio onde a SGS se posiciona. Inclusive, a SGS ICS é o organismo de certificação líder na Região Autónoma dos Açores”, sustenta. Não é por isso de estranhar que a certificação seja a linha de serviço onde Rui Martins vai continuar a apostar fortemente, designadamente no sector do Turismo, segmento onde os Açores se destacaram ao albergarem o primeiro hotel a obter a tripla certificação (Qualidade, Ambiente e Segurança) em todo o país. É também nos Açores que está o primeiro restaurante a obter a Certificação do Serviço atribuída pela SGS ICS. A equipa foi reforçada recentemente com mais um elemento, para poder apoiar de forma mais directa todos os clientes e potenciais clientes. Em termos de áreas de negócio, o Ambiente, a Segurança e a Energia também vão continuar a desempenhar um papel estratégico no crescimento da actividade da Delegação. A terminar, destaque ainda para a forte aposta que Rui Martins está a fazer na promoção e na dinamização da prestação de serviços de Formação. “É uma área de negócio onde vamos investir bastante. Queremos ser uma entidade formadora de referência junto do tecido empresarial dos Açores. Prevemos até final do ano concluir uma campanha de divulgação da nossa actividade de prestação de serviços de Formação junto das 100 maiores empresas dos Açores, que, simultaneamente, também servirá o objectivo de ‘relembrar’ que estamos cá e que temos serviços fantásticos de apoio para todas as empresas dos Açores, muitos dos quais inovadores’’, conclui o coordenador da Delegação Açores da SGS Portugal.
Açores
> rui martins Coordenador da Delegação da SGS nos Açores
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parceiros ProjEstQ universidade fernando pessoa
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Universidade Fernando Pessoa investe
na educação corporativa Aproveitar os pontos fortes dos universos académico e empresarial para desenvolver projectos de formação inovadores guiados por altos padrões de qualidade, é um dos objectivos prioritários da UFP, entidade com quem a SGS Portugal mantém uma parceria activa.
Reconhecida de interesse público pelo Decreto-Lei nº 107/96, de 31 de Julho, a Universidade Fernando Pessoa é o resultado dum projecto inovador de ensino superior, iniciado nos anos de 1980, através do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Empresa e do Instituto Erasmus de Ensino Superior, que lhe serviram de base estruturante. Para saber mais: www.ufp.pt Praça 9 de Abril, 349, 4249-004 Porto
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iguel Trigo, coordenador do ProjEst-Q, confirma, em entrevista à Revista à SGS Global, as potencialidades dos conceitos da inteligência competitiva e da universidade corporativa como pedras-de-toque para parcerias proveitosas entre academia e empresas. Como surgiu o conceito e em que consiste a ‘Inteligência Competitiva’ (IC)? A IC nasce como uma resposta cultural e operacional ao fenómeno da globalização, bem como às transformações e aumento exponencial do volume de informação que o mesmo provocou. Assim, podemos definir a IC como um sistema operacional de recolha, tratamento, análise, decomposição e encaminhamento da informação sobre as actividades dos concorrentes, as tecnologias emergentes e as tendências gerais dos negócios. O timing é uma variável-chave... Sem dúvida. A IC deve fornecer a informação certa no momento certo e de forma certa à pessoa certa para que, finalmente, esta última possa tomar a decisão certa. No contexto da estratégia da Universidade Fernando Pessoa (UFP), como e quando surgiu a oportunidade de implementar o ProjEst-Q? Desde que foi fundada, em 1988, a UFP tem procurado estar na vanguarda, ambicionando ser uma universidade altamente profissional e defensora de uma cultura de qualidade e de exe-
cução, em que a investigação é útil e de grande qualidade, em que o corpo docente é altamente qualificado na sua área de investigação, onde os alunos são estimulados no seu desenvolvimento pessoal, adquirindo conhecimentos inovadores, que os dotam das competências fundamentais e aumentam o seu grau de empregabilidade. Numa atitude pró-activa face aos novos paradigmas de competitividade gerados pela sociedade do conhecimento, a UFP decidiu, em Março de 2006, criar o ProjEst-Q, que, através da implementação de procedimentos de gestão estratégica, se responsabiliza por definir sistemas eficientes do uso do conhecimento resultante do trabalho de inteligência competitiva. Qual o contributo deste projecto para os objectivos globais da instituição? O ProjEst-Q procura encontrar as melhores práticas, definir as melhores estratégias, escolher e preparar as melhores pessoas, introduzir processos de melhoria contínua nos serviços, inovar criando novas ofertas, ajudando a UFP a cumprir o seu objectivo de estar na vanguarda, quer na investigação, no ensino/aprendizagem e nas suas práticas de gestão. Foram definidas áreas de actuação prioritárias? O ProjEst-Q tem como missão aumentar a competitividade da Universidade Fernando Pessoa, concebendo e desenvolvendo novos projectos que sustentem o seu crescimento contínuo pro-
“a SGS e a UFP decidiram iniciar uma parceria que aproveitasse o melhor de cada uma das instituições com o objectivo de desenvolverem projectos de formação inovadores”
> miguel trigo Coordenador do ProjEst-Q
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jectado no futuro. Por isso, acreditamos que tal será alcançado através do reforço da nossa qualidade universitária e organizacional. Em termos da qualidade universitária, o foco estará em projectos que antecipem, nas práticas e no conteúdo do ensino, as necessidades do aluno, que ao terminar um período formativo, deve ser um profissional mais eficiente e apto a desenvolver práticas inovadoras que potenciem o seu trabalho. Que tipo de projectos já foram realizados? No seio do ProjEst-Q tentamos desenvolver uma investigação aplicada à nossa própria realidade. Praticando o que ensinamos, creio que podemos formar os futuros quadros que, no contexto empresarial, serão profissionais mais competentes e ajudarão a aumentar a competitividade da empresa. Esta postura permitiu-nos durante o ano de 2007 assinar três protocolos com entidades empresariais (CEVAL, Unimed/Medinorte e Cooprofar) com vista à criação das suas universidades corporativas. Com este projecto a UFP pretende ajudar as instituições parceiras a desenvolver programas sólidos de educação corporativa. Apesar de muitas das análises SWOT que podemos encontrar, em bibliografia especializada, apontarem as universidades corporativas como uma das principais ameaças ao ensino superior tradicional, decidimos encarálas como uma oportunidade por acreditarmos que, caso consigamos prestar às empresas e a outras instituições (públicas ou privadas) os serviços de que efectivamente necessitam, estaremos a abrir novas portas à UFP. Em concreto, implementámos projectos como a 'Universidade XL 2007 – Universidade de Verão', 'Pessoa: Ciência Viva / Ciência no Verão 2007', 'Ciência Trocada Por Miúdos', 'CSI - Curso Sintético de Investigação Criminal' e 'Clube de Antigos Alunos'. Em parceria com a SGS, lançámos a Pós-Graduação em Sistemas Integrados de Gestão (Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social). Qual tem sido a receptividade? Numa palavra, excelente. E há outros projectos em curso? Claro. Temos em curso um Estudo de Comunicação Interna, um Modelo de Gestão do Desempenho por Competências, uma nova edição, para 2008, do 'Pessoa: Ciência Viva', da Universidade XL 2007 – Universidade de Verão, a terceira edição do CSI - Curso Sintético de Investigação Criminal, um novo CSI sobre Catástrofes, e a remodelação do Site Institucional da UFP. A realidade mostra, amiúde, um relativo afastamento entre o meio académico e as empresas. Como é que os vossos projectos
podem impulsionar um novo relacionamento entre as universidades e as empresas? As instituições do ensino superior necessitam de demonstrar à sociedade que possuem competências para serem parceiros fundamentais na construção da sociedade do conhecimento. Por isso, cabe às universidades desempenhar um papel activo nesse processo, promovendo a investigação fundamental e, cada vez mais, a investigação aplicada. É também fundamental que as metodologias e as pedagogias de ensino/aprendizagem sejam inovadoras e continuamente actualizadas, privilegiando a aquisição de competências que permitem aos alunos uma sintonia com as práticas profissionais. Conseguindo estar à altura deste desafio, acreditamos que podemos ajudar a combater o tal ‘divórcio’ entre a universidade e as empresas, demonstrando as capacidades que as instituições de ensino superior detêm para produzir conhecimento útil para o dia-a-dia das empresas. Se o potencial das TIC é enorme do ponto de vista das ferramentas de aprendizagem e
inovação organizacional, há sempre um certo gap de implementação face à obtenção de resultados sustentados. Que balanço faz do percurso já feito no âmbito do ProjEst-Q e que ajustamentos podem ser necessários no futuro próximo? No que concerne à UFP, a utilização das TIC é uma realidade já muito antiga, pois desde os anos 90 que as utilizamos como ferramenta administrativa, produzindo softwares próprios de gestão académica, e como ferramenta de aprendizagem. Acreditamos nas TIC como ferramentas essenciais para optimizar o trabalho desenvolvido pelas pessoas, numa lógica de facilitadoras das tarefas diárias, aumentando a fiabilidade e a rapidez do trabalho desenvolvido, e ampliando o acesso ao conhecimento. Neste sentido, facilmente se compreende que o grau de utilização das TIC na Universidade Fernando Pessoa seja grande e que o ProjEst-Q, procure, obviamente, encontrar soluções inovadoras e de ponta para a sua utilização. Quais são os objectivos da parceria com a SGS? Assistimos, de forma cada vez mais acentuada, a casos práticos que sustentam que a existência de parcerias entre os mundos académico e empresarial são um dos contributos para o progresso das sociedades. Assim, apostados activamente no progresso da sociedade portuguesa, a SGS Portugal e a Universidade Fernando Pessoa decidiram iniciar uma parceria que aproveitasse o melhor de cada uma das instituições com o objectivo de desenvolverem projectos de formação inovadores guiados por altos padrões de qualidade. Foi neste contexto que surgiram as duas primeiras ofertas formativas UFP/SGS. Apoiadas num corpo de formadores de elevada qualidade, que junta o conhecimento teórico à voz experiente de quem conhece as necessidades do ‘terreno’, as formações proporcionam o acesso ao conhecimento de ponta que permite, aos quadros empresariais que as frequentam, criarem vantagens competitivas para si e para as suas organizações.
Os Benefícios da Universidade Corporativa
CEVAL, Unimed/Medinorte e Cooprofar são as instituições que aderiram ao conceito da Universidade Corporativa, que propicia a concentração no negócio, usando um modelo de educação associado com a cultura da organização, integrando as diferentes necessidades de competências com um modelo coerente de aprendizagem na organização. Um estudo efectuado com 30 empresas americanas conclui que o contributo das universidades corporativas para as empresas-mãe foi a melhoria no desempenho das funções (37%), a comunicação eficaz da missão, visão e valores (31%), o desenvolvimento de um programa em liderança, de classe mundial (24%), o estabelecimento de processos sistematizados de educação (18%) e ser um agente de mudança dentro das instituições (13%).
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sgs no mundo rússia
SGS Rússia
Inaugura maior laboratório de análises e ensaios da Federação Russa
m Teymur Abasov, CEO da SGS para a Europa de Leste e Médio Oriente e delegado da afiliada russa, mostra-se bastante optimista em relação ao futuro da SGS Vostok Limited. A empresa está sedeada em Moscovo e emprega cerca de 2000 pessoas distribuídas pela sede, delegações e laboratórios espalhados pela Federação Russa. Em 27 anos de actividade no mercado russo, a SGS construiu uma rede de 50 filiais, delegações e escritórios que cobrem toda a Federação, da Europa à Sibéria e ao Extremo Oriente.
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A afiliada da SGS inaugurou em 2007 o maior laboratório de análises e ensaios geoquímicos e metalúrgicos da Rússia, e o primeiro laboratório independente para realizar análises a refinados de petróleo através da metodologia ASTM, implementada directamente no cais de embarque de combustíveis do Porto de Murmansk. Na entrevista que concedeu à SGS Global, Teymur Abasov fala sobre os projectos ambiciosos da congénere russa. Quais são as principais áreas de actividade da SGS Vostok Limited? A SGS Vostok Limited, a subsidiária russa da Societé de Surveillance S.A., está sedeada em Moscovo e emprega cerca de 2000 pessoas na sede, nas delegações e nos laboratórios espalhados pela Federação Russa. Em 27 anos de actividade no mercado russo, a SGS construiu uma rede de 50 filiais, delegações e escritórios que cobrem toda a Federação Russa, da Europa à Sibéria e ao Extremo Oriente. As unidades técnicas da firma
incluem 21 laboratórios fixos em 16 cidades russas e um conjunto de laboratórios móveis, que circulam pelo território para responderem às solicitações dos clientes. Estes laboratórios móveis realizam análises e ensaios a produtos minerais, petróleo, produtos agrícolas, máquinas e equipamentos e produtos de consumo. Enquanto membro do Grupo, a SGS Vostok Limited oferece uma proposta única de soluções locais e de serviços globais para os diferentes sectores da economia. O seu core business, no entanto, tem estado centrado em quatro áreas de actividade: inspecções, ensaios, certificações e bolsa de técnicos especializados. Que performance económica e financeira apresentou a empresa no último exercício? Em 2007 a Europa de Leste (incluindo outros países da Comunidade de Estados Independentes, a Turquia e os países do Báltico) e o Médio Oriente parecem ter sido as regiões com melhor performance, a par da Europa Ocidental, da África e
da China & Hong Kong. Tão bons resultados são consequência dos investimentos realizados anteriormente e, tendencialmente, do crescimento macroeconómico. No que respeita à empresa, em 2007 a nossa prioridade em matéria de investimento foi o desenvolvimento e a expansão geográfica da nossa rede de laboratórios. Em Chita (na Sibéria) inaugurámos um novo laboratório geoquímico e metalúrgico, o maior do seu género na Rússia, capaz de realizar determinações por copelação para ensaios através do desenvolvimento de diagramas de fluxo e geometalurgia em metais-base como o ferro e o ouro e a materiais em ouro, em conformidade com métodos internacionais. Em Novembro último começou também a trabalhar o nosso novo laboratório de análises a refinados de petróleo, localizado em Murmansk, o que permitiu que, pela primeira vez na Rússia, fossem realizadas análises à gasolina que é exportada, de acordo com a metodologia ASTM, utilizada directamente no cais de embarque. Fomos também responsáveis pela construção da primeira unidade laboratorial independente em Temryuk (Mar de Azov), criada para testar a graduação de produtos químicos e de gases do petróleo liquefeito. Quais são os desafios mais importantes para 2008? Vamos certamente continuar a investir nas capacidades técnicas da SGS Vostok Limited e na qualificação dos nossos colaboradores, por forma a melhorarmos continuamente a satisfação das necessidades dos nossos clientes, através da oferta de serviços tradicionais e dos que apresentam maior valor acrescentado. Em que áreas de negócio perspectiva maiores índices de crescimento? A SGS iniciou a sua actividade na Rússia em Janeiro de 1981, com inspecções às várias matérias-primas. Obviamente que o nosso portefólio actual é muito mais diversificado. De acordo com as nossas análises estatísticas, as inspecções aos processos de fabrico, aos equipamentos e aos bens de consumo são os serviços que deverão crescer mais significativamente no futuro próximo. Na área Industrial, consideramos que a verificação de orçamentos e a supervisão técnica de obras também têm boas perspectivas. O sector da construção civil regista, de resto, um dinamismo impressionante na Rússia mas a qualidade da construção nem sempre é a melhor. A falta de fiscalização leva também a atitudes negligentes por parte dos empreiteiros e dos respectivos fornecedores, o que significa que os riscos relacionados com a ausência de segurança e de qualidade da obra têm estado a aumentar. Nesta área, a nossa missão é a de verificar, por conta do dono da obra (investidor), a conformidade da execução da obra com o projecto aprovado, designadamente no que respeita ao cumprimento dos prazos e dos custos orçamentados, e verificar a conformidade da execução com as especificações técnicas aprovadas e com as normas e requisitos legais vigentes no sector e no país. No Oil, Gas and Chemicals, a SGS Vostok tem actuado, sobretudo, nas inspecções à qualidade e à quantidade do petróleo na fase de downstream mas é nossa intenção lançar em breve novos serviços na fase de upstream da produção petrolífera. E a área da Certificação de Sistemas? Enquanto Organismo de Certificação acreditado, a SGS Vostok tem não só prestado serviços de Certificação de Sistemas por conformidade com normas nacionais e internacionais (ISO, OHSAS), como tem participado activamente em comités sectoriais e institucionais de desenvolvimento de normas. É uma actividade que ainda está no princípio, sendo que neste momento estão a ocorrer muitas mudanças legislativas na Rússia no campo da regulamentação técnica. De acordo com a nova lei, paulatinamente o Estado vai deixar de ter o papel principal na normalização, que gradualmente passará para um sistema de auto-regulamentação. Nesse sentido, já começámos a cooperar com um vasto número de organizações sectoriais com o objectivo de as apoiar no desenvolvimento de normas de primeira qualidade para as respectivas indústrias. Além disso, tendo em conta o crescimento e a expansão do franchising no canal Horeca, no comércio e noutros sectores de actividade, o desenvolvimento de normas para o sector dos serviços e de procedimentos de verificação da conformidade adquire cada vez maior importância.
A não perder... Oito mil quilómetros, sensivelmente, separam os extremos fronteiriços da Federação Russa, o que faz com que os cerca de 142 milhões de habitantes residentes nos diferentes países que integram a Comunidade de Estados Independentes (CEI) vivam espalhados por 11 fusos horários diferentes.
:: Maravilhas naturais A extensão e imensidão do território fazem com que contenha uma enorme diversidade geográfica, assim como de fauna e flora. Das montanhas no Cáucaso às estepes na Sibéria, dos vulcões e das termas na Península de Kamchatka aos 200 belíssimos Parques Nacionais nos Urais do Sul, as cidades no Pacífico,... a escolha será certamente difícil. :: Investimento e oportunidades de negócio É em solo russo que estão as maiores reservas de gás natural, as segundas maiores de carvão e, ainda, as oitavas maiores jazidas de petróleo do planeta. Como tal, não é nenhuma surpresa que lidere as exportações mundiais de gás natural e seja o segundo maior exportador de petróleo. Em conjunto, o gás natural, o petróleo, os metais e as madeiras representam mais de 80% das exportações. O volume de investimento estrangeiro no primeiro semestre de 2007 duplicou face ao período homólogo do ano anterior, tendo atingido os US$ 60,3 bilhões.
:: Arte e cultura Se for a Moscovo tente não perder uma visita ao Teatro Bolshoi, ao Kremlin e ao interior das Igrejas Ortodoxas, à estação donde parte o Transsiberiano (se partir nele, melhor ainda), ao Mausoléu de Lenine e à Catedral de S. Basílio, ambos na Praça Vermelha, ao Parque Gorki, à Universidade, aos diferentes Museus e às famosas estações do Metropolitano que acabam por ser uma mostra do esplendor, da riqueza e da diversidade arquitectónica deste imenso país. :: Saiba mais em www.russia.com www.russia-travel.com
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NORMAS em destaque
SEVESO III
Os desafios da avaliação de uma terceira parte aos Sistemas de Gestão da Segurança e Prevenção de Acidentes Graves
Em 2003, através da Directiva 2003/105/CE, decidiu a Comissão rever a Directiva 96/82/CE do Conselho relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvem substâncias perigosas, conhecida como a Directiva Seveso III.
A presente revisão da Directiva Seveso teve por base os seguintes eventos e pressupostos: 1 - Derrame de cianetos que poluiu o Danúbio na baía de Maré, na Roménia, em Janeiro de 2000, que obrigou ao alargamento do âmbito de aplicação da Directiva de forma a cobrir os riscos decorrentes das actividades de armazenamento e processamento no sector mineiro. 2 - O acidente com artigos pirotécnicos, ocorrido em Enschede, nos Países Baixos, em Maio de 2000, demonstrou o risco de acidente grave decorrente do armazenamento e fabrico de substâncias pirotécnicas e explosivas. Por conseguinte, a definição dessas substâncias na Directiva foi esclarecida e simplificada. 3 - A explosão ocorrida numa fábrica de adubos em Toulouse, em Setembro de 2001, realçou o risco de acidente decorrente do armazenamento de nitrato de amónio e de adubos à base de nitrato de amónio, em especial de resíduos do processo de fabrico ou de matérias devolvidas ao fabricante (as chamadas off-specs). Por essa razão, as categorias existentes de nitrato de amónio e de adubos à base de nitrato de amónio foram revistas. 4 - Os estudos realizados pela Comissão em estreita cooperação com os Estados-Membros apoiaram o alargamento da lista dos carcinogéneos com quantidades limiar adequadas, bem como a redução significativa das quantidades limiar fixadas para as substâncias perigosas para o ambiente inscritas na anterior Directiva. A transposição da Directiva para o Direito Interno foi 44 SGS Portugal
efectuada pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, que para além de transpor a Directiva Seveso III, introduz ainda a necessidade de efectuar auditorias, por Verificadores Qualificados pela Agência Portuguesa de Ambiente, ao Sistema de Gestão da Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves dos estabelecimentos de Nível Superior de Perigosidade. O Sistema de Gestão da Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG) O Sistema de Gestão da Segurança encontra-se estabelecido em linhas gerais no próprio Decreto-Lei, estando detalhados os requisitos do SGSPAG em documentos adicionais publicados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), nomeadamente o documento publicado em Março de 2008 - Requisitos do Sistema de Gestão da Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves. No entanto, foi publicado logo em Julho de 2007, um documento que estabelece Linhas de Orientação - Desenvolvimento de uma Política de Prevenção de Acidentes Graves e de um Sistema de Gestão da Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves. Este documento, não sendo o que contém os requisitos do SGSPAG, é importante para implementar o Sistema de Gestão, cabendo a quem avalia, aos Verificadores, utilizar o documento publicado em 2008. O SGSPAG é um Sistema de Gestão que contém os mesmos princípios dos restantes Sistemas de Gestão clás-
sicos, nomeadamente os contidos nos referenciais ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001. O SGSPAG é muito equivalente ao referencial OHSAS 18001, não tendo, no entanto, reflectido nos seus requisitos o texto da nova versão do referencial publicado em Julho de 2007. Em traços gerais, o SGSPAG é suportado pelos seguintes princípios: 1: Política – A organização deve definir a sua política de segurança e prevenção de acidentes graves (PAG). 2: Comprometimento – A organização deve assegurar que está comprometida com a aplicação da sua política de PAG. 3: Planeamento – A organização deve definir um plano que dê resposta aos compromissos da sua política de PAG, nomeadamente na identificação de cenários de acidentes graves relacionados com as substâncias perigosas presentes no estabelecimento, bem como nos efeitos desses cenários. 4: Implementação – Para uma implementação efectiva, a organização deve desenvolver as capacidades e mecanismos de suporte necessários para atingir a sua política e objectivos de PAG. 5: Medição e Avaliação – A organização deve medir, monitorar e avaliar os seus resultados e o seu desempenho relativamente à PAG. 6: Rever e Melhorar – A organização deve rever e melhorar continuamente o seu Sistema de Gestão de PAG. Avaliação do SGSPAG: o papel do Verificador O sistema de qualificação, construído pela APA, tem como pressuposto a qualificação de pessoas colectivas ou pessoas singulares que, após um processo de selecção e avaliação, foram qualificadas para a avaliação do SGSPAG. A SGS ICS entendeu implementar este esquema de avaliação com base nos mesmos princípios de todos os restantes esquemas de avaliação de Sistemas de Gestão, a ISO 17021. Assim, e embora a qualificação seja detida por pessoas em nome individual, a qualificação estará sempre associada à SGS, cabendo a decisão final de aprovação do relatório do Verificador à Direcção de Certificação da SGS ICS. Neste primeiro ano de 2008 serão muitos os desafios, destacando-se desde logo a ausência de uniformidade de critérios para a determinação dos tempos de avaliação dos SGSPAG e a não existência de linhas de orientação que definam que constatações poderão ser impeditivas de emitir um relatório de avaliação que aprove o SGSPAG. Para colmatar este último desafio, a SGS ICS promoveu a realização de dois workshops, nos quais foram esclarecidos os assuntos que, no entender da SGS ICS, poderão ser impeditivos de um relatório que aprove o SGSPAG.
Estão entre os requisitos mais importantes, e cuja ausência de cumprimento impede a avaliação positiva do SGSPAG, as cláusulas: 4.3 Identificação e avaliação dos riscos de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas; 4.7 Gestão das modificações; 4.6 Controlo operacional. Considera a SGS ICS que a não implementação dos requisitos contidos nestas cláusulas pode: 1 - Não garantir a correcta identificação e cenarização dos acidentes com as substâncias perigosas presentes no estabelecimento, seja por via de alterações introduzidas nos meios presentes na instalação, seja por introdução de novas substâncias e/ou aumentos de quantidades; 2 – Implicar a consequente ausência de medidas de controlo operacional adequadas. Conclusões O esquema criado introduz o conceito de avaliação realizada não apenas com recurso às entidades de inspecção do próprio estado, mas também por entidades que garantirão uma avaliação independente e qualificada, e que deve ser utilizada pelas organizações para melhorarem o desempenho do seu Sistema de Prevenção de Acidentes Graves. Cabe uma vez mais à SGS ICS realizar a avaliação destes Sistemas de um modo profissional, independente e competente, conferindo deste modo uma maior confiança aos Sistemas de Gestão presentes nas organizações nacionais onde o potencial de um acidente grave é de maior magnitude.
> Luís Barrinha Director de Certificação de Ambiente e Segurança SGS ICS SGS Portugal 45
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projecto ideIafix
As Ideiafix vencedoras IDEiAFIX passo a passo
O que é o Ideiafix? É o programa da SGS Portugal que tem por objectivo incentivar a apresentação de ideias inovadoras, fortalecer o espírito empresarial e premiar os colaboradores que as apresentam. Quem pode concorrer? Todos os colaboradores (quadros, estagiários e freelancers) do Grupo SGS Portugal, com excepção dos membros da Comissão de Avaliação, da Administração e os Directores. As ideias podem ser apresentadas individualmente ou em grupo. Que tipo de ideias? São consideradas 2 categorias de ideias: • as relacionadas com o Desenvolvimento do Negócio (Business Development); • as relacionadas com a Eficiência Interna da Organização. Quais os critérios que as ideias apresentadas a concurso devem reunir? As ideias devem reunir as seguintes características: • Aplicabilidade – devem ser possíveis de concretizar, tendo em consideração os recursos necessários para atingir o objectivo pretendido. • Simplicidade – devem ser fáceis de compreender e fáceis de implementar por parte da organização. • Inovação – devem ser originais e conter aspectos de diferenciação. • Oportunidade – devem poder enquadrar-se e ser coerentes com a actual estratégia, organização, cultura e políticas do Grupo SGS Portugal. • Criação de valor – devem ser susceptíveis de dar origem à criação de valor quantificável para a organização. Como e quem faz a avaliação das ideias? As ideias são avaliadas por votação, após a sua implementação, e por uma Comissão constituída por um elemento da Administração, um elemento do grupo de Directores e três colaboradores nomeados pelos seus pares. Quem é que as implementa? Os próprios colaboradores que apresentam as ideias, com o devido suporte da empresa. Todas as ideias são premiadas? São premiadas monetariamente as três melhores ideias de cada uma das categorias consideradas. Qual a duração do Programa IdeiaFix? Cada edição do programa dura um ano, a começar em Janeiro e a terminar em Dezembro. Como concorrer? Basta preencher o formulário electrónico disponível na intranet, onde também se encontra mais informação relacionada com o tema.
As ideias vencedoras do concurso Ideiafix já deram origem à criação de novos serviços na sgs. 46 SGS Portugal
:: Controlo Temporário de Eventos Gastronómicos A ideia vencedora do concurso Ideiafix deu origem à criação de um novo serviço já devidamente integrado no portefólio da Direcção CTS – Consumer Testing Services da SGS Portugal. “Num país onde a gastronomia é um dos principais valores culturais, e para o qual contribuem diversas actividades de serviços, torna-se imprescindível dotar os inúmeros eventos temporários que decorrem no espaço nacional, sob a forma de feiras, festivais, concursos e demais eventos gastronómicos, de condições que garantam a qualidade dos serviços prestados e que reflictam as actuais exigências ao nível da higiene e da segurança alimentar, as quais estão devidamente regulamentadas. E quem, ou antes, que entidade está melhor posicionada para o fazer do que a SGS?”, pergunta Rui Martins, coordenador da Delegação da SGS nos Açores, autor da ideia e primeiro classificado na categoria Business Development. Em linhas gerais, o serviço de Controlo Temporário de Eventos Gastronómicos consiste na realização de auditorias para avaliação das condições higio-sanitárias em que são realizados este tipo de eventos, avaliação essa que verifica a sua conformidade com a especificação técnica criada para este serviço e que contempla não só os requisitos legais existentes como também outros referenciais, e que reflecte a experiência adquirida pela SGS noutros domínios ao nível da higiene e da segurança alimentar. Os potenciais clientes do novo serviço são os promotores deste tipo de iniciativas (municípios, autarquias, associações, colectividades e outras entidades), que assim poderão beneficiar do valor acrescentado de garantir que uma entidade terceira idónea assegura o controlo das condições de higiene e de segurança alimentar dos eventos, algo cada vez mais privilegiado nas preocupações dos consumidores. Além disso, acrescenta Rui Martins, “tem outro importante benefício que é o de terem acesso a todas as não conformidades (que podem constituir incumprimentos legais ou não) e assim poderem corrigir/implementar acções correctivas e ou de melhoria. Relativamente à SGS, este novo serviço vem alar-
gar o portefólio da Direcção CTS e, consequentemente, da SGS Portugal. Por outro lado, dota a empresa de um serviço que lhe permite apoiar os seus clientes em áreas que cada vez despertam mais a atenção dos consumidores e também dos organismos de controlo/fiscalização”, conclui Rui Martins.
:: Ticket Management Paulo Alexandre, director de Tecnologias de Informação, e Ricardo Silva, técnico de Tecnologias de Informação, são os autores da ideia vencedora na categoria Eficiência Interna. Em conjunto conceberam um sistema de ticket management que permitiu a criação de uma interface única para a troca de correspondência via e-mail com todos os contactos, quer com os clientes quer internamente. Como está acessível a todos os elementos das equipas onde está já integrado (DTI, Automotive, Procurement, GIS, Logistics, Training e Certificação), evita que a ausência de alguém na Direcção signifique uma não resposta ao cliente ou a outro colega. “O sistema permite gerir normalmente caixas de correio partilhadas, trocar correspondência, fazer o follow up e dar resposta ao cliente de uma forma estruturada. Possibilita também a gestão da troca de informação entre as várias Direcções do Grupo SGS Portugal, permitindo, assim, responder ao cliente de uma forma rápida, controlada e com total rastreabilidade. Por exemplo, podemos saber a todo o momento com quem está o pedido de Informação do cliente, há quanto tempo foi pedida, quem pediu e quem tratou”, explica Paulo Alexandre. O sistema foi pensado e é particularmente útil para as áreas de negócio ou de suporte que têm de gerir os pedidos/incidentes dos seus clientes (internos e externos), para as que necessitam de garantir a rastreabilidade/histórico dos contactos (quem disse o quê, quando e quanto tempo demorou) e, ainda, áreas com necessidade de avaliar a produtividade/volume de trabalho que chega pelos canais exteriores. “O sistema implementado torna uma área muito mais eficiente e mais independente de alguém; torna mais ágil e central a comunicação dentro da empresa e melhora a nossa forma de trabalhar”, sustenta, por sua vez, Ricardo Silva.
:: Controlo de serviços de limpeza e higienização A ideia de Ana Sá, directora Técnica do SGS LAB, e de Teresa Branco, gestora de serviços CTS Food, foi classificada em 2º lugar na categoria
Business Development. Este novo serviço “consiste em avaliar os serviços de limpeza e higienização de instalações de edifícios empresariais, hospitais, centros comerciais e gestão de reclamações on-line. Esta ideia surgiu no seguimento de um levantamento de necessidades por parte de um cliente (instituição bancária) que recorre à subcontratação de empresas de limpeza e higienização de edifícios para todas as suas sucursais”, explica Ana Sá. “Trata-se de um serviço que já era prestado à indústria alimentar e que agora foi adaptado ao sector terciário (não-alimentar). As empresas de serviços recorrem cada vez com maior frequência à subcontratação de empresas especializadas em limpeza mas não detêm capacidade técnica para avaliar o serviço em causa”, acrescenta Teresa Branco. De acordo com estas duas responsáveis, este novo serviço irá, pois, potenciar o crescimento de três áreas de negócio da Direcção CTS – o Agro, o Laboratório e as Auditorias Mistério – e optimizar os recursos existentes, proporcionando ao mesmo tempo o aumento e a diversificação da oferta aos clientes.
:: Meat Trading Safety Practices Matilde Figueiredo, anterior responsável operacional OIC, e Teresa Branco, gestora de serviços
CTS Food, são as autoras da ideia classificada em 3º lugar na categoria Business Development: Meat Trading Services. A ideia também já deu origem a um novo serviço, que consiste, numa primeira fase, na implementação dos princípios definidos no Manual 'Meat Trading Safety Practices' (MTSP). Este Manual foi desenvolvido pela SGS para dar resposta às necessidades do sector tendo em consideração as Boas Práticas, os princípios HACCP e a legislação em vigor. Contém igualmente a definição e a formalização de procedimentos, instruções de trabalho e registos. A segunda fase corresponde à definição de um plano de controlo, de inspecção e de ensaio ao longo da cadeia para verificar/acompanhar a implementação do MTSP a que estará associado uma Marca de Performance. Na prática, esse plano engloba auditorias/inspecções ao fornecedor de carne; no transporte internacional; no entreposto frigorífico; no transporte nacional e na distribuição e, ainda, nos ensaios laboratoriais de controlo microbiológico da carne. Os potenciais clientes deste novo serviço são os traders de carne e todos os serviços que estes prestam. O MTSP vem dar resposta à necessidade de garantir a segurança dos géneros alimentícios ao longo de toda a cadeia alimentar, desde a produção primária até à interface com o consumidor.
comissão de Avaliação
Presidente da Comissão de Avaliação do Ideiafix 2007 Joaquim Loureiro, Coordenador de Operações CTS Non-food Presidente da Comissão de Avaliação do Ideiafix 2008 Pedro Coelho, Director da Direcção Automotive
Alguns números de 2007 Taxa de participação: 17% Nº de ideias a concurso: 21 Aprovadas: 52% Aprovadas mas não oportunas: 5% Não aprovadas: 43%
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BREVES eventos e notícias
SGS lança Seminários Gratuitos On-line A SGS acaba de lançar uma nova ferramenta de formação e de comunicação para os seus clientes, a WEBMINARS. Através de uma plataforma on-line, esta ferramenta permite a realização de seminários gratuitos on-line, em formato de fórum, onde os participantes podem gerir a sua inscrição, assistir aos eventos comodamente a partir do seu local de trabalho ou de casa e colocar todas as dúvidas ao orador. Periodicamente, um especialista de renome internacional é convidado para fazer uma apresentação ao vivo. O primeiro WEBMINAR que se realizou em Portugal foi sobre os novos requisitos da norma de segurança alimentar do Reino unido, o BRC Global Standard for Food Safety, Versão 5.
Seminário 'Verificação CELE' No âmbito da 11.ª Edição do Curso de Pós-Graduação em Gestão Ambiental e Auditorias Ambientais do Núcleo de Ambiente, Segurança, Saúde e Qualidade (NASSQ) do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), realizou-se o Seminário 'Verificação CELE', no dia 23 de Fevereiro. O evento contou com a participação de Luís Barrinha, director de Certificação de Ambiente e Segurança da SGS ICS, que apresentou o Programa Internacional de Alterações Climáticas da SGS, sublinhando que a actividade de Verificação deve credibilizar os sistemas de recolha e tratamento dos dados de Gases com Efeito de Estufa. Todos os anos a SGS ICS é convidada a prestar o seu testemunho sobre o funcionamento do Comércio Europeu de Licenças de Emissão.
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Reunião anual Automotive da SGS Portugal No passado dia 1 de Março realizou-se no Caramulo, a Reunião Anual Automotive da SGS Portugal, que juntou mais de 90 colaboradores desta Direcção. Após uma visita ao Museu do Caramulo e à sua colecção de Automóveis, Motociclos e Velocípedes, o director Pedro Coelho apresentou os resultados de 2007 da Direcção e os objectivos definidos para 2008. O principal objectivo deste evento anual é o team building entre os peritos, os averiguadores e os inspectores, bem como entre os coordenadores e a equipa administrativa.
Incentivos do QREN para a Certificação A Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão realizou um Seminário intitulado 'Incentivos do QREN para a Certificação', no dia 4 de Março, na Fundação Cupertino de Miranda. Com mais de 60 participantes de empresas e outras organizações da região, o seminário contou com a intervenção de Luís Neves, director de Certificação da SGS ICS, entre outros oradores. O principal objectivo do evento foi o de sensibilizar as organizações para a Qualidade como forma de operacionalizar uma verdadeira Responsabilidade da Gestão, assim como informar sobre os meios disponibilizados pelo QREN para a área da Certificação.
'Produção Biológica nos Açores, Novos desafios para a Agricultura, Pecuária e Indústria' Dando resposta às dúvidas e questões dos operadores no contexto do novo regulamento Reg. (CE) N.º 834/2007, a SGS realizou um seminário intitulado 'Produção Biológica nos Açores, Novos desafios para a Agricultura, Pecuária e Indústria', no dia 24 de Maio, no Parque de Leilões da Associação Agrícola de S. Miguel Campo de Santana. Os especialistas convidados e a SGS esclareceram os participantes sobre os novos desafios desta actividade, ao nível do Controlo e da Gestão dos Processos, bem como ao nível da Certificação do Modo de Produção Biológica.
SGS na Feira Agrícola de Alcobaça Realizou-se, entre os dias 7 e 9 de Março, mais uma edição da Feira Agrícola de Alcobaça, organizada pela Associação dos Agricultores da Região de Alcobaça (AARA), pela Associação dos Produtores Florestais da Região de Alcobaça (APFRA) e pela Câmara Municipal de Alcobaça. O evento visa divulgar o sector agro-pecuário, tanto através da exposição de produtos e apresentação de serviços pelos fornecedores, como pela disponibilização de informação geral e técnica em actividades relacionadas. A SGS esteve presente nesta Feira e apresentou os seus serviços como Organismo de Controlo reconhecido para o Modo de Produção Integrada.
2º Congresso Nacional da Pré-fabricação em Betão A ANIPB - Associação Nacional dos Industriais de Pré-fabricação em Betão, apresentou o '2º Congresso Nacional da Pré-fabricação em betão' nos dias 6 e 7 de Março, no Centro de Congressos do LNEC. O encontro teve o objectivo de voltar a juntar e a promover a troca de experiências entre os diversos intervenientes na pré-fabricação. Os cerca de 200 participantes tiveram a oportunidade de ouvir especialistas internacionais e nacionais, nomeadamente Leonor Centeno, gestora de produto da SGS ICS, que apresentou o esquema de Marcação CE no âmbito da Directiva dos Produtos de Construção.
Sabe o que é o REACH? Com o objectivo de responder a esta questão, a SGS organizou duas sessões de esclarecimento e de participação livre, em Lisboa e no Porto, nos dias 1 e 3 de Abril, respectivamente. Coube a Paula Costa, directora de Ambiente e Segurança da SGS, apresentar o novo regulamento relativo às substâncias químicas aos quase 200 participantes. As duas sessões permitiram aos operadores entender o que é o REACH e quais as implicações para as suas empresas e para as suas actividades.
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BREVES eventos e notícias
Encontro Europeu Non-Destructive Testing da SGS
'certificação enquanto responsabilidade das empresas'
Lisboa foi a cidade europeia escolhida para receber mais um Encontro Europeu da Área Non-Destructive Testing dos Serviços Industriais da SGS. Durante os dias 27 e 28 de Fevereiro, especialistas de diversos países (Espanha, França, Holanda, Suíça e um convidado dos EUA) discutiram os pontos principais da sua actividade em 2007, relativamente a projectos, tecnologia e inovação, segurança e apostas futuras para novos serviços. Estes encontros periódicos são essenciais à partilha de conhecimentos e boas práticas entre as afiliadas do Grupo SGS, que nos Serviços Industrias, bem como em todas as áreas de negócio, primam pela cooperação e desenvolvimentos de estratégias conjuntas para a construção de vantagens competitivas.
A SGS realizou o Seminário 'Certificação enquanto Responsabilidade das Organizações' no dia 4 de Junho, no Tivoli Madeira, com a importante colaboração da Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF). Desde o Sector dos Serviços, Alimentar ou Industrial, as organizações devem e podem destacar-se no mercado, ao mesmo tempo que encontram sistemas que melhoram o seu desempenho, optimizam os seus recursos e comunicam a sua Responsabilidade Social. Foi neste âmbito que o Grupo SGS Portugal apresentou soluções que permitem às empresas responder de forma competitiva aos desafios no âmbito da Qualidade, do Ambiente e da Segurança. Esta foi uma oportunidade para os participantes conhecerem os programas e incentivos às actividades empresariais na Madeira.
Certificação da Sustentabilidade de Edifícios
Pós-Graduação em Consultoria e Auditoria Alimentar
O Auditório da Universidade Fernando Pessoa acolheu, no dia 11 de Abril, uma palestra sobre a Certificação da Sustentabilidade de Edifícios, onde foi apresentado o sistema DomusNatura, da SGS. Após a introdução de alguns Princípios de Sustentabilidade por Patrícia Monteiro, do Departamento de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal, coube a Cláudia Rocha, responsável do Departamento de Construção e Edifícios do Grupo SGS Portugal, apresentar a Certificação DomusNatura, o único sistema que consegue operacionalizar verdadeiramente o conceito de Sustentabilidade para as especificidades do sector da construção e promoção imobiliária em todas as suas vertentes: Social, Ambiental e Económica. A sessão contou também com a participação de Marta Andrade Maia, assessora de Marketing da RAR Imobiliária, que apresentou o testemunho desta empresa detentora do primeiro empreendimento a caminho da Certificação da Sustentabilidade - o Edifício do Parque da RAR Imobiliária, premiado como Melhor Projecto Imobiliário 2007.
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A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC) e a SGS Portugal desenvolveram, em parceria, uma nova pós-graduação em Consultoria e Auditoria Alimentar. Uma das grandes mais-valias desta pós-graduação consiste na obtenção, não apenas do certificado de pós-graduação em Consultoria e Auditoria Alimentar emitido pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo mas também do certificado de Auditor ISO 2200: 2005. Este último obtém-se após frequência com aproveitamento do módulo adicional para a Formação de Auditores ISO 2200: 2005 certificada pelo International Register of Certificated Auditor (IRCA). Para mais informações, contactar Paulo Fernandes (paulof@estg.ipvc.pt; Tel: 259 819700), Joana Santos Guerreiro (joana@estg.ipvc.pt; Tel: 259 819700) ou Mafalda Jesus (mafalda.jesus@sgs.com; Tel: 229 994 500).
e ainda... SGS LAB com extensão da Acreditação para Amostragem O SGS LAB é um dos primeiros laboratórios em Portugal a possuir a acreditação do Instituto Português de Acreditação (IPAC) para recolha de produtos alimentares, recolha de zaragatoas e placas de contacto. Como explica Ana Sá, directora Técnica do SGS LAB, “este processo, para além do investimento na melhoria do transporte de frio, inclui uma bolsa de técnicos especializados e estabelece um rigoroso controlo das temperaturas dos produtos alimentares durante o processo de transporte para o laboratório, bem como a higienização de todos os instrumentos/equipamentos utilizados”. O SGS LAB foi inaugurado em 1989, na altura com o nome de Laboratório Agro-Alimentar, e oferece serviços de análises físico-químicas e microbiológicas a alimentos, águas, detergentes e produtos de higiene pessoal.
ISO 9001: 2008 A Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA) convidou a SGS para participar no seminário 'A nova ISO 9001', que se realizou no dia 6 de Março. Durante o evento Luís Neves, director de Certificação da SGS ICS, apresentou as orientações para a Preparação do Plano de Transição das organizações já certificadas, um processo que não prevê alterações de fundo para os Sistemas de Gestão de Qualidade para as Organizações. O tema suscitou grande interesse por parte dos gestores, facto comprovado pelos cerca de 150 participantes na sessão.
Apresentação temática DomusNatura A SGS como líder mundial em Inspecção, Verificação, Análise e Certificação, desenvolveu o DomusNatura, uma Certificação pioneira que vem revolucionar a forma de pensar os edifícios em Portugal, pois equilibra ao longo da execução dos empreendimentos os três pilares da Sustentabilidade: Social, Ambiental e Económico. E foi com base no crescente interesse suscitado por esta certificação que a SGS apresentou mais duas sessões de esclarecimento nos dias 27 Maio (SGS Leça da Palmeira) e 28 Maio (SGS Lumiar). Além da responsável pelo DomusNatura, Cláudia Rocha, as sessões contaram com a colaboração da Sustentare, que introduziu os importantes conceitos ao nível da Sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável.
Águas do Cávado dá mais um passo rumo à Sustentabilidade A Águas do Cávado, S.A. viu reconhecido o seu esforço na procura da melhoria contínua, ao integrar no seu Sistema de Gestão, já certificado em Qualidade, Ambiente, Segurança e Recursos Humanos, os requisitos de Responsabilidade Social (SA8000). Este é mais um passo rumo à Sustentabilidade em todas as suas vertentes (económica, ambiental e social) incluindo a segurança, a saúde ocupacional e a responsabilidade sobre o produto.
Altitude Software recebe Certificação da Qualidade
Workshop Seveso III Prevenção de Acidentes Graves A SGS ICS apresentou as principais alterações efectuadas pela 3ª revisão da Directiva Seveso em dois workshops, um em Leça da Palmeira, dia 15 de Abril, e outro em Lisboa, dia 17 de Abril. Num formato de dimensão restrita, de forma a assegurar a qualidade do acompanhamento das actividades, os formadores Luís Barrinha, director de Certificação de Ambiente e Segurança da SGS ICS, e Luís Santos, auditor coordenador da Qualidade, Ambiente e Segurança, recorreram a cenários práticos, através dos quais os participantes puderam identificar as potenciais falhas do Sistema de Gestão da Segurança e avaliar os impactos da Auditoria Externa exigida por lei na sua própria actividade.
A Altitude Software, líder em soluções independentes para centros de contacto, recebeu a Certificação ISO 9001 para os serviços de assistência técnica e apoio ao cliente prestados através dos seus 18 escritórios em todo o mundo. “Na nossa empresa os clientes são mesmo o centro da actividade, por isso demos prioridade aos nossos serviços de assistência técnica no processo de certificação da Qualidade”, afirmou Gastão Taveira, CEO da Altitude Software. Esta certificação traz garantias adicionais, nomeadamente aos clientes em sectores fortemente regulamentados como a Administração Pública, Serviços Financeiros e Utilities (Gás, Água e Electricidade). No âmbito do processo de certificação, a Altitude Software estabeleceu processos que lhe permitem garantir a qualidade da sua assistência técnica a mais de 800 clientes em 60 países.
SGS Adventure Day IV A saga cinematográfica de Indiana Jones deu o mote para o mais recente Encontro Anual do Grupo SGS Portugal, que decorreu em Muge. À semelhança do famoso arqueólogo, a Equipa SGS viveu algumas aventuras inesquecíveis. No encontro, além das actividades radicais de team building, foram apresentados os vencedores do Programa Ideiafix.
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BREVES eventos e notícias
Município de Cantanhede tem todos os serviços certificados Numa cerimónia que decorreu no dia 24 de Fevereiro no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Cantanhede, o presidente da Câmara Municipal, João Pais de Moura, recebeu da SGS ICS a bandeira e o certificado do Sistema de Gestão da Qualidade para a totalidade dos serviços camarários. O Certificado foi entregue por Paulo Cruz Gomes, director de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal. Dirigindo-se a uma assistência constituída por cerca de duas centenas de funcionários do Município e alguns profissionais da comunicação social, João Pais de Moura destacou que “a obtenção da certificação assinala o ponto de partida de um processo que nos coloca a todos, dirigentes e funcionários, maiores desafios, na perspectiva de que a melhoria contínua dos serviços é um desígnio que não pode nunca ser dado por concluído”.
Certificação da Qualidade para a Câmara Municipal da Guarda No dia 3 de Março a SGS ICS atribui à Câmara Municipal da Guarda o certificado de conformidade de acordo com a norma ISO 9001. A certificação abrange o Sistema 52 SGS Portugal
de Gestão da Qualidade implementado nos Departamentos Administrativo e de Planeamento e Urbanismo. Joaquim Carlos Dias Valente, presidente da Câmara Municipal, destacou que “a excelência dos serviços é uma mais-valia para os munícipes e que, por isso, a Câmara Municipal da Guarda aposta na transparência, celeridade, eficácia, eficiência e na melhoria continua dos processos”.
Centro de Saúde Norton de Matos em Coimbra com Qualidade Certificada No dia 13 de Março o Centro de Saúde Norton de Matos, em Coimbra (CSNM), organizou uma cerimónia para assinalar, a Certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma internacional ISO 9001. Conceição Milheiro, directora do CSNM, recebeu de Paulo Cruz Gomes, director de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal, o Certificado relativo às actividades de 'Gestão de Utentes e Prestação de Cuidados de Saúde e Serviço Social'. Na cerimónia estiveram presentes funcionários do Centro, meios de comunicação social e Isabel Ventura, assessora para os Cuidados Primários de Saúde, da Administração Regional de Saúde do Centro.
Leirislena aposta na diferenciação pela excelência A Leirislena organizou, no passado dia 12 de Abril e por altura da inauguração oficial das suas instalações, uma cerimónia de Hastear da Bandeira da Certificação. Além de clientes, parceiros e colaboradores, estiveram presentes na
cerimónia diversas individualidades, nomeadamente o governador civil, a presidente e vereadores da Câmara Municipal de Leiria, bem como outros autarcas da região, o embaixador de Moçambique e o encarregado de Negócios de Moçambique. Sandra Matias, directora de Operações da SGS ICS, representou o Organismo Certificador e declarou que “a Leirislena prova que a sua estratégia consiste numa diferenciação pela excelência do trabalho desenvolvido. Ao apostar na certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, a Leirislena demonstra ter uma perspectiva estratégica de todas as suas actividades em simultâneo”. A Leirislena, Engenharia e Construções, S.A. está certificada de acordo com a norma ISO 9001 para as actividades de 'Construção Civil de Edifícios, Equipamentos e Infra-estruturas para Sistemas de Captação, Tratamento e Distribuição de Água e para Sistemas de Recolha e Tratamento de Águas Residuais'.
Nova Gráfica com dupla distinção ambiental: SGS ICS e Ambigraf A Nova Gráfica realizou, no passado dia 14 de Fevereiro, nas suas instalações, uma cerimónia para a entrega do certificado do Sistema de Gestão Ambiental segundo a NP EN ISO 14001: 2004, por parte da SGS ICS Portugal. Durante a mesma cerimónia a Nova Gráfica recebeu, por parte da Associação Portuguesa de Indústrias Gráficas, de Comunicação Visual e Transformadoras do Papel (Apigraf), a Declaração de Conformidade Ambigraf, que reconhece às empresas suas associadas o total cumprimento do enquadramento legal que lhes é aplicável. Nas palavras de José Ernesto Resendes, sócio-gerente da Nova Gráfica, “com este reconhecimento, a Nova Gráfica torna-se a primeira gráfica regional a obter tais distinções ambientais”.
BRC e IFS - Certificação para a Exportação Alimentar Apesar da legislação alimentar harmonizada na UE, determinadas associações retalhistas nacionais promovem sistemas mais exigentes ao nível da Qualidade e da Segurança Alimentar, exigindo a Certificação das empresas que pretendem entrar nas suas cadeias de distribuição. Em duas sessões no Porto (3 Junho) e em Lisboa (5 Junho), a SGS ICS apresentou o BRC - Global Standard for Food Safety e o IFS - International Food Standard, que são os referenciais de Certificação para as empresas que pretendem exportar para o Reino Unido, Alemanha e França, respectivamente. Isabel Berger, gestora de produto da SGS ICS, demonstrou como, através da Certificação, as empresas conseguem comprovar aos fornecedores as suas boas práticas de Qualidade e Segurança Alimentar, bem como aumentar o valor dos seus produtos e a sua produtividade.