Sgs global 28

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SGS global REVISTA DO GRUPO SGS PORTUGAL

#28

ABRIL DE 2011 | ANO 11

REDESCOBRIR O MAR ECONOMIA Do MAR DIRETIVA

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

EFR

ENTIDADE FAMILIARMENTE RESPONSÁVEL


Preparar as gerações futuras As constantes mutações que atualmente se verificam no panorama económico, social e até organizacional são um facto irrefutável. São inúmeros os debates e as discussões em torno das transformações necessárias para dar continuidade ao desenvolvimento do país, sendo incontornável a referência à estreita ligação entre educação, modernidade e competitividade. Torna-se assim imperativo adquirir novos conhecimentos, valores e atitudes que nos permitam adaptar a uma realidade cada vez mais veloz e competitiva. A resiliência é uma capacidade que, forçosamente, as pessoas e as empresas têm de desenvolver. O motor para acompanhar este processo de mudança reside no desenvolvimento das pessoas, enquanto base da vantagem competitiva nacional.

Paulo Gomes Director do Departamento de Comunicação e Imagem do Grupo SGS Portugal

No entanto, para cimentar o presente e preparar o futuro é imperativo construir pontes. Os adultos de amanhã são esses elos de ligação. São eles que constituirão a força do trabalho futuro. É necessário formar as nossas crianças e jovens para esta nova era, não necessariamente pior, mas com menos recursos financeiros. À semelhança do tem vindo a ser feito com a educação ambiental nas escolas, que tão bons frutos dá, porque não criar projetos educativos dirigidos aos vários ciclos do ensino, onde fossem transmitidos e exigidos conceitos muito claros de ética, cidadania, organização, qualidade, inovação e empreendedorismo, transformando assim o ensino num verdadeiro motor para a competitividade de Portugal? E porque se procura competitividade, dedicamos o tema de capa desta SGS Global à redescoberta do Mar pelos portugueses. Neste número mostramos diversas oportunidades, novas e antigas, que o Mar representa para a nossa economia. O Mar, tal como já foi diversas vezes reiterado, inclusivamente pelas empresas que participam nesta edição, deve ser acarinhado e visto como uma via estratégica nacional, com políticas adequadas. O tempo urge e há que adotar, de forma urgente, políticas que nos permitam aproveitar e potenciar todos os benefícios económicos que o Mar nos pode proporcionar.

EDITORIAL FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE Grupo SGS Portugal | Pólo Tecnológico de Lisboa, Lote 6, Pisos 0 e 1, 1600-546 Lisboa, pt.info@sgs.com, Tel: 707 200 747, Fax: 707 200 329. DIREÇÃO Paulo Gomes | REDAÇÃO Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal | DESIGN Comunicação e Imagem do Grupo SGS Portugal | FOTOGRAFIA Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal, SGS Image Bank, iStockphoto, AICEP Portugal, Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, Nuno Vasco Rodrigues, Rosa Pires, Mónica Albuquerque, José Tourais, Pedro Gomes, Administração dos Portos do Douro e Leixões, Universidade Católica Portuguesa, Agência Europeia da Segurança Marítima, WavEC Centro de Energia das Ondas, Letra Zen, Grupo E.T.E., Riberalves, Docapesca, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Marina de Vilamoura, Silos de Leixões, Silopor, Banco Santander Totta, Nespresso, AHPLA, SGS Austrália, COTEC Portugal, Sonae, CTT, Vila Galé, Ilha Verde, WeDo Technologies, Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Staples, Valorpneu, Escola Profissional CIOR, Instituto Piaget, Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, Escola Superior e Agrária de Coimbra, Olisipo, Operational Consulting, YellowPlanet, Instituto Superior de Educação e Ciências de Coimbra, Associação Empresarial da Região do Algarve ISSN 1647-7375| IMPRESSÃO Ginocar - Porto - 04.2011 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | TIRAGEM 10.000 Exemplares

índice 02

Grande Entrevista Basílio Horta, aicep Portugal

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Tema de Capa Redescobrir o Mar - Economia do Mar Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar

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Associação Oceano XXI

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Agência Europeia da Segurança Marítima

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WavEC - Wave Energy Centre

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Infografia

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Grupo E.T.E.

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Riberalves

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Docapesca

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Gabinete de Suporte às Energias Renováveis da SGS - Offshore

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Estaleiros Navais de Viana do Castelo

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Marina de Vilamoura

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Silos de Leixões

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Silopor

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Serviços SGS Valorsul Acompanhando um Auditor de Energia Diretiva da Responsabilidade Ambiental Certificação efr do Banco Santander Totta Nespresso Aprovação de Dispositivos Médicos

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Parceiros AHPLA

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Normalização ISO 10002 – Gestão de Reclamações

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SGS na Primeira Pessoa Gabriela Macedo

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SGS no Mundo SGS Austrália – Henry Wang

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Notícias & Eventos

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AICEP Portugal

Basílio Horta

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Empresas Portuguesas

Aumentam Exportações por Basílio Horta

Apesar das baixas perspetivas sobre a situação económica internacional, a aicep Portugal Global, E.P.E., Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, antevê que as exportações portuguesas continuem a aumentar. Basílio Horta, presidente da AICEP, explica à SGS Global como o setor exportador consegue alcançar estes resultados positivos e como a marca ‘Portugal’ está a melhorar e a ganhar notoriedade, difundindo uma nova imagem de Portugal e da sua economia no Mundo.

SGS: Numa época de grandes ameaças, Portugal consegue crescer nas exportações. A que se deve esta tendência? Basílio Horta: Em primeiro lugar deve-se às empresas. Um número crescente das nossas empresas – grandes, pequenas e médias – empreenderam realizações importantes para se tornarem mais competitivas e crescerem com êxito nos mercados internacionais. Este esforço integra-se na estratégia nacional de desenvolvimento económico, em que o setor exportador desempenha um papel fundamental. Esta estratégia, que envolve conjugadamente entidades públicas e privadas, assenta em dois eixos fundamentais: por um lado – o da oferta – com todo um programa dinamizador dos fatores de modernização e de competitividade do tecido económico e o alargamento da base exportadora nacional; por outro lado – o da procura – num esforço de diversificação e alargamento dos mercados de destino das nossas exportações. Foi possível melhorar e expandir a nossa oferta graças a uma

aposta determinada na inovação, na qualidade, na incorporação de mais-valias tecnológicas e da gestão, flexibilidade e diferenciação de produtos e serviços, adaptando-os às exigências dos mercados e aos desafios da concorrência. Simultaneamente têm sido atraídas novas empresas para o processo exportador. Do lado da procura, se me é permitida a redundância, fomos procurar novos mercados. A opção por esta dinâmica permitiu alargar fronteiras de exportação e encontrar novos destinos, sem perder de vista o reforço da nossa posição nos mercados tradicionais. Desta estratégia resultou que, mesmo em tempo de crise internacional generalizada, as nossas exportações voltassem a crescer cerca de 16%. SGS: A UE compete com grandes potências industriais como a Índia e a China, onde a responsabilidade social e ambiental são muito ténues. Porque somos tão permeáveis a produtos


tável entre as diferentes frentes e forças de mercado, quer no mundo ocidental, quer noutros espaços geoeconómicos. Não há um modelo único nas relações comerciais e de produção. Tem havido intensos esforços negociais para combater o dumping, melhorar a justiça social e promover os direitos humanos. SGS: Portugal tem tudo para ser um país competitivo. Tem grandes cérebros, um enorme património cultural, ensino universitário de qualidade, empresas tecnológicas e inovadoras, uma geografia com paisagens muito contrastantes, um clima muito equilibrado. Porque é que a marca ‘Portugal’ não atinge a notoriedade desejável? B.H.: Os tópicos contidos na pergunta sobre recursos de que dispomos permitiriam construir um cenário admirável para o nosso País. E, no entanto, a comunicação pública e os desabafos privados são mais frequentemente negativistas e depressivos do que otimistas, confiantes e estimulantes. Efetivamente, Portugal tem características e qualidades como as que aponta, mas também tem debilidades estruturais bem conhecidas. O caminho para o progresso e para o desenvolvimento faz-se caminhando. Faz-se potenciando as nossas qualidades e lutando por minorar e ultrapassar as nossas debilidades e insuficiências. Esse caminho tem sido trilhado. Às vezes e em certas áreas insatisfatoriamente. Noutras com visível êxito. A perceção que se tem do percurso realizado e das perspetivas de realização depende do olhar e dos interesses de quem observa e se pronuncia. Porque é que a marca ‘Portugal’ não atinge a notoriedade desejável? É claro que, em termos absolutos, estamos aquém das metas que desejamos alcançar e por que continuamos incessantemente a lutar com os recursos disponíveis. Mas acentuo que a imagem de Portugal no mundo não é globalmente negativa. Pelo contrário. Está a melhorar e a ganhar notoriedade. Temos feito por isso. O que não é exigível é que se faça em meia dúzia de anos o que ficou por fazer em largas décadas. que não evidenciam um processo de fabrico responsável, tal como nos é exigido cá? B.H.: Há uma lógica natural de mercado. Trata-se da aplicação primária da lei da oferta e da procura e das relações de produção assimétricas existentes e verificáveis. Genericamente, a mecânica organizativa do comércio internacional está traçada. Há regras negociadas e aplicadas no âmbito da Organização Mundial do Comércio. Existem superstruturas de controlo e regulação num mercado globalizado em que se vão gerando dinâmicas e interações complexas motivadas por múltiplos fatores: sociais, políticos, ideológicos, culturais… É claro que os padrões europeus são diferentes em relação a países como os que são referidos na pergunta. E ainda bem que o são, porque representam conquistas civilizacionais. Mas há sempre ajustamentos e correções que têm vindo a verificar-se nos diferentes espaços geoculturais. Trata-se do processo histórico e económico que resulta da interação natural e inevi-

Só nos últimos anos é que se operou uma grande mudança no perfil das nossas exportações: vendemos cada vez mais tecnologia; vendemos cada vez mais qualidade; vendemos marca. Entramos no mercado global em áreas novas como as TIC, as BIO, as farmacêuticas, setor automóvel, ambiente, aeronáutica, energias alternativas, mobilidade e outros em que somos conhecidos nos mercados internacionais. Agora, há que difundir esta nova imagem de Portugal e da sua economia no Mundo.

“... mesmo em tempo de crise internacional generalizada, as nossas exportações cresceram cerca de 16%.”


AICEP Portugal

Basílio Horta

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SGS: O esforço das exportações portuguesas é mais mediático no domínio da tecnologia e produtos industriais. Portugal tem um enorme filão no domínio dos produtos mais tradicionais como o vinho, o queijo, os frutos secos, o turismo em todo o território nacional, entre outros. Como podem estes produtos apoiar Portugal a obter uma identidade com mais notoriedade? B.H.: Na verdade e como refere, o êxito de muitas empresas e de produtos tecnológicos têm maior impacto mediático. É natural que assim seja, tendo em conta as apetências dos meios de comunicação social e a curiosidade do público. Não se pode ser mediaticamente indiferente, e ainda bem, à escolha de empresas nacionais para participarem em projetos de vanguarda em domínios como os da exploração espacial, descobertas e aplicações biomédicas de valor universal ou em inovações determinantes no campo informático e da telemática. Mas quem estiver atento há de reconhecer que em áreas tradicionais também somos notícia. Há nichos de informação que referem o sucesso de produtos gourmet de origem nacional em restaurantes internacionais de grande referência. São frequentes e numerosas as distinções dos vinhos nacionais nos mais prestigiados concursos internacionais. No campo da moda, a utilização de tecidos inteligentes com aplicações informáticas dão que falar em mercados sofisticados. Enfim, podia falar dos prémios internacionais de arquitetura, de engenharia, de literatura ganhos por portugueses… Tudo isto, com a inovação tecnológica, forma o compósito de que é feita a identidade e a notoriedade de Portugal. SGS: Há um conjunto de incentivos financeiros às empresas

exportadoras. Que apoios ou facilidades poderão ter as empresas nos países de destino para promoção da marca ‘Portugal’, das suas atividades e dos seus produtos? B.H.: Desde logo, a AICEP dispõe de meios técnicos e de uma rede de delegações no exterior capacitada para apoiar as empresas nacionais nos mercados internacionais, nomeadamente na vertente promocional. Desde o início do QREN e só no que respeita a PME’s, a AICEP já disponibilizou incentivos em projetos individuais e conjuntos de cerca de 200 milhões de Euros que alavancaram exportações na ordem de 1,3 mil milhões de Euros. Igualmente, através da aicep Capital Global, temos participado com capital de risco em diversas empresas, todas voltadas para a exportação. A criação do novo Fundo de Apoio à Internacionalização, a ser gerido pela aicep Capital Global, será um instrumento de maior valia para aprofundar este apoio. Também, por nossa exclusiva responsabilidade ou em parceria com associações empresariais e outros organismos, temos apoiado as empresas em ações de caráter promocional, como a realização ou acompanhamento de missões empresariais em diversos mercados, bem como o apoio à participação em feiras e em outros eventos. SGS: Como antecipa o ano de 2011 com as restrições orçamentais e os nossos maiores mercados de exportação com reais problemas económicos? B.H: As previsões apontam para a continuação do crescimento real das exportações na ordem dos 6%. A situação económica internacional não permite expectativas muito otimistas. Penso que conseguiremos resistir à conjuntura adversa e que as nossas exportações manterão o comportamento positivo que têm vindo a registar. Temos de reconhecer que estamos perante circunstâncias muito complexas. A sua superação exige versatilidade, energia e confiança dos agentes económicos, face à previsível retração acentuada da procura interna e às dificuldades de crédito. Nesta conjuntura, apoiamos o esforço das empresas na melhoria dos fatores de competitividade e a identificar as oportunidades de negócios nos mercados internacionais. Acreditamos que, como no ano passado, o crescimento do setor exportador possa vir a ser superior ao das previsões e a compensar no todo ou em parte a queda da procura interna.§


Mais sobre a AICEP A aicep Portugal Global, E.P.E., Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, é uma entidade pública de natureza empresarial vocacionada para o desenvolvimento de um ambiente de negócios competitivo, que contribua para a globalização da economia portuguesa. Resultado da fusão, em 2007, entre a API (Agência Portuguesa para o Investimento) e do ICEP (Instituto do Comércio Externo de Portugal), a AICEP tem como principais atribuições promover a internacionalização das empresas portuguesas e apoiar a sua atividade exportadora, captar investimento estruturante e promover a imagem de Portugal com iniciativas criadoras de valor para o nosso país.

“Penso que conseguiremos resistir à conjuntura adversa e que as nossas exportações manterão o comportamento positivo que têm vindo a registar.”

Através dos seus Gestores de Cliente e de uma vasta rede Internacional, presente em 40 países, a aicep Portugal Global presta serviços de suporte e aconselhamento sobre a melhor forma de abordar os mercados externos, identifica oportunidades de negócios internacionais e acompanha o desenvolvimento de processos de internacionalização das empresas portuguesas, nomeadamente, PME’s. A aicep Portugal Global é também a Agência responsável pelo acolhimento de todos os projetos de investimento estrangeiro em Portugal fazendo, se necessário, o seu posterior encaminhamento para outras entidades em função do perfil do projeto. Os clientes da AICEP, na vertente da captação de investimento, são empresas de grande dimensão com um volume de negócios anual na ordem dos 75 milhões de euros ou com projetos de investimento superiores a 25 milhões de euros. Acompanhamos os projetos de investimento em todas as suas etapas fornecendo aconselhamento e “informação à medida” das necessidades dos nossos clientes. A AICEP atua de acordo com o princípio da seletividade prestando um serviço de excelência aos projetos que melhor concorram para a competitividade e sustentabilidade da economia portuguesa contribuindo para os objetivos de aumentar o Valor Acrescentado Bruto (VAB), reduzir o défice da balança comercial e criar emprego. O grupo aicep Portugal Global inclui ainda uma Sociedade de Capital de Risco e uma Sociedade Gestora de Parques Industriais. A aicep Capital Global orienta a sua atividade pela participação financeira em empresas nacionais com relevante dimensão internacional e a aicep Global Parques é uma entidade Gestora de Parques Industriais que atua no aconselhamento da melhor localização para projetos de investimento.

Basílio Horta Presidente da AICEP

www.portugalglobal.pt


67 Tema de Capa

REDESCOBRIR O MAR


Redescobrir o Mar

Tema de Capa

O Mar enquanto desígnio nacional para Portugal pode parecer um lugar-comum. Mas como negar o potencial deste recurso, que toca metade da nossa fronteira? Nos últimos anos tem-se verificado um crescendo de iniciativas relacionadas com o Mar, em todas as vertentes: identidade marítima, aproveitamento energético, recuperação de atividades tradicionais, sensibilização ambiental, enfim… De facto, parece que o Mar é das poucas matérias que reúne consenso generalizado. Somam-se as iniciativas e entidades, sejam elas públicas ou privadas, com o objetivo de concretizar o que antes eram meras possibilidades. Este trabalho, aparentemente disperso, tem resultado em projetos de investimento estruturantes para a economia, em investigação científica, em criação de negócios, na afirmação política de Portugal no mundo e no estímulo do pensamento estratégico nacional. Se o ‘caminho se faz caminhando’, será que o futuro se faz navegando?


Nuno Vasco Rodrigues

EMAM

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Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar

Estratégia Nacional para o Mar

A Estratégia Nacional para o Mar foi aprovada em 2006 e prevê um horizonte temporal de ação até 2016. O órgão incumbido de a implementar e atualizar é a EMAM – Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, composta por uma equipa multidisciplinar que faz face aos desafios diários desta atividade. Como nos confidenciou Manuel Pinto de Abreu, responsável da EMAM, “o Mar representa um desafio permanente. Nós dominamos muito pouco do sistema oceânico, podemos prever todas as hipóteses, mas há sempre uma surpresa no nosso trabalho. Todos os dias somos motivados para fazer coisas novas”.

SGS: Quando foi criada a EMAM - Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar e com que objetivos? Manuel Pinto de Abreu: A EMAM é um gabinete técnico da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar (CIAM). Quando foi criada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 128/2005, de 10 de agosto, o seu principal objetivo era o de elaborar uma proposta de Estratégia Nacional para o Mar (ENM) que foi, entretanto, aprovada em 2006. Atualmente, a EMEPC – Estrutura de Missão Para a Extensão da Plataforma Continental está incluída na estrutura da EMAM, o que implica um reforço na sua missão: - Implementar e atualizar a Estratégia Nacional para o Mar (ver caixa); - O projeto de extensão da plataforma continental de Portugal para além das 200 milhas náuticas (ver caixa). SGS: Quais são as suas principais responsabilidades e atividades? M.P.A.: Em traços largos, nós somos o órgão executivo da CIAM. No âmbito da ENM, coordenamos as partes envolvidas nos Assuntos do Mar, estudamos o que deve ser proposto à CIAM para ser executado, acompanhamos as atividades aprovadas pela CIAM para serem executadas, promovemos e acompanhamos a sua execução. Quanto à plataforma continental, os seus objetivos saem re-

forçados pela integração do projeto na EMAM, nomeadamente em áreas como os sistemas de informação e monitorização ou a prospeção de recursos naturais. O que sucedeu foi mais do que juntar as estruturas de Missão com o objetivo de racionalizar meios, criaram-se processos que permitem um aumento de eficiência e eficácia. SGS: Em que fase está a execução da ENM? M.P.A.: Os objetivos fundamentais inicialmente estabelecidos estão a ser executados. Posso apresentar alguns exemplos: o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo acabou recentemente a discussão pública; o projeto de extensão da plataforma continental também estava contido na ENM, cuja proposta já foi submetida e apresentada, desenrolando-se agora o resto do processo; a concretização do projeto M@rBis; etc. Temos uma iniciativa em que pretendemos aproveitar a experiência do nosso trabalhão com o ROV (Remotly Operated Vehicle) “Luso”, o veículo de exploração submarina, para criar uma escola internacional de formação de pilotos ROV. A linha de ação de sensibilização e mobilização da sociedade para o Mar engloba projetos como o Kit do Mar que já envolve dezenas de milhar de estudantes em Portugal. Outros grupos de trabalho relacionados com a pesca, com os transportes marítimos, com a produção de pensamento estratégico, estão a estudar projetos que possam vir a ser alavancados e executados.


Redescobrir o Mar

“… a EMAM acaba por funcionar

Manuel Pinto de Abreu, Responsável da EMAM Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar

como um centro catalisador de ações para o Mar, o que significa que tudo o que sai daqui tem um peso muito superior àquilo que é a própria EMAM.”

Mas há outra vertente, relacionada com a simplificação administrativa, que também já está em execução. Estão a ser preparados grupos de trabalho para, a prazo muito curto, haver resultados. Mas já se pode falar no Manual das Práticas no âmbito do licenciamento da aquicultura que permitiu passar de 600 páginas de informação a analisar pelos empresários, para uma única folha. Este é o quinto ano da ENM, e vamos ter de refletir sobre se ainda está adaptada ou se é necessário alterá-la. Este é um processo que será aberto a todos os portugueses, mas no qual nós já estamos a pensar. Resumindo, a ENM está a andar dentro do seu quadro de desenvolvimento 2006-2016, passando neste momento por uma fase de reflexão e avaliação do que já está feito. SGS: De que recursos (humanos, materiais, financeiros, políticos, etc.) dispõe a EMAM para desempenhar o seu papel?

Rosa Pires

M.P.A.: A EMAM tem um quadro de 32 pessoas. Não é muito folgado para levar a cabo as tarefas, mas é satisfatório. Acolhemos um número significativo de estagiários, com os quais estamos muito satisfeitos porque são pessoas muito determinadas em

concretizar e porque temos conseguido produzir muito, fruto do seu esforço. Mas a EMAM em si tem uma característica, que é o grande número de parceiros: uma ligação muito forte às universidades, aos laboratórios do Estado, também começa a ter com as empresas, aos centros de investigação, aos centros de ciência viva, às escolas secundárias, aos ministérios, etc. Portanto, a EMAM acaba por funcionar como um centro catalisador de ações para o Mar, o que significa que tudo o que sai daqui tem um peso muito superior àquilo que é a própria EMAM. Nós estabelecemos parcerias ‘de facto’. A EMAM não nasceu como uma fundação para financiar a execução de projetos, nem tem orçamento para fazer financiamento. O que fazemos é convidar quem tem competência e vontade, a aproveitar o que nós temos de informação e de oportunidades, para trabalharem numa área que de outra forma não conseguiriam. Apresento um caso muito concreto: a primeira universidade que trabalhou connosco foi a Universidade de Évora, algo de extraordinário! Costumo dizer que a Universidade de Évora é das universidades mais marítimas de Portugal! A Universidade apresentou-nos as suas competências e questionou como poderia participar. Rapidamente se desenvolveu uma série de

ROV ‘Luso’ instalado na tolda do NRP ‘Almirante Gago Coutinho’


Mónica Albuquerque

Rosa Pires

EMAM

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Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, troca impressões com os cientistas sobre as amostras recolhidas atividades, que envolve aproveitar dados e amostras para levar a cabo projetos de investigação e desenvolvimento. Depois temos outra parte mais política, relacionada com os Assuntos do Mar, para a qual mantemos aqui um núcleo mais reduzido para fazer o acompanhamento: observar e influenciar o que se faz lá fora, reunir vontades internacionais e manter uma rede de contactos que nos permitam ter influência nas decisões. Por exemplo, estamos envolvidos no projeto-piloto europeu de vigilância e segurança marítima que tem muito significado, pois pode vir a promover (e é essa a ideia) uma nova filosofia no quadro europeu. SGS: Vejo que a cooperação interinstitucional é muito importante para alcançarem os vossos objetivos? M.P.A.: Penso que o caso M@rbis (ver caixa) é bem representativo da forma como procuramos trabalhar. Essa expedição tem um grande significado pelo número de pessoas envolvidas e a capacidade que se juntou, pelo número de instituições de origem dessas pessoas, pela criação de uma vontade comum, pelas atividades científicas desenvolvidas e pela vastidão de oportunidades que podem ser criadas a partir daí. SGS: Considera que o Mar tem tido algum impacto na atualidade do país? M.P.A.: Há uma consciência cada vez maior, tendo em conta a evolução recente. Já vemos empresários interessados no Mar, vemos jovens preocupados com a valorização do Mar como desígnio nacional. Até aos anos 60 ou 70, as grandes preocupações eram o transporte marítimo e pescas. Já em 1997, é ratificada a Convenção

Programa M@rBis O livro “Campanha M@rBis/Selvagens 2010” (Sistema de Informação para a Biodiversidade Marinha) reporta a expedição científica às Ilhas Selvagens (arquipélago da Madeira), entre 3 de junho e 5 de julho de 2010. Este livro apresenta uma seleção das imagens captadas durante a expedição, assim como uma recolha das notícias publicadas na imprensa sobre aquela que foi a maior expedição científica portuguesa alguma vez realizada. A campanha contou com a dedicação de cientistas, militares, estudantes e outros cidadãos, portugueses e estrangeiros, associados a mais de 30 entidades públicas e privadas. Foi apenas a primeira etapa de um trabalho que terá continuidade nos próximos anos.

Carregamento em tempo real de dados de biodiversidade no sistema M@rBis das Nações Unidas sobre o Direito do Mar; em 1998 temos a Expo com o tema “Oceanos”; a criação do Programa Dinamizador das Ciências e Tecnologias Marinhas; a constituição da Comissão Estratégica dos Oceanos; a criação da Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental; depois as Estruturas de Missão e finalmente a ENM. Vemos, assim, um fio condutor que tem um âmbito global, mas em cada iniciativa nota-se um envolvimento mais forte de cada uma das partes. É uma vontade nacional que se começa, novamente, a entranhar nos portugueses. Hoje vemos projetos a passarem de uns Governos para os outros, independentemente do seu quadrante político, como é o caso da extensão da plataforma continental. Vemos, também, uma participação muito mais alargada dos diferentes ministérios na CIAM, cada um com os seus programas que cobrem as áreas previstas pela ENM (ver caixa). Penso que estamos a caminhar para a recuperação de uma identidade marítima. SGS: Para terminar, acha que o Mar vai trazer futuro a Portugal? M.P.A.: Eu tenho a certeza que sim. Nós precisamos de utilizar este recurso que vai ser fundamental para o futuro de Portugal. Pode até ser o elemento-chave para o futuro de Portugal. Seja por vontade nossa, seja porque podemos ser ‘empurrados’ pela União Europeia. Até agora temos tido nós a iniciativa, temos criado a vontade – a nossa e a dos outros. Em tudo isto que tem sido feito ao nível da política marítima integrada europeia e das novas estratégias, Portugal tem estado na linha da frente. A vontade e a determinação da EMAM são que assim continue. §

O programa M@rBis reúne a informação dispersa em diversas entidades de modo a permitir a sua integração numa rede de informação de apoio à decisão. Identifica as espécies e os locais importantes para a conservação da natureza. Manuel Pinto de Abreu vê que há muito entusiasmo porque foi descoberto um conjunto de novas espécies, mas avisa que “agora, há que descobrir o que estas novidades podem vir a potenciar de desenvolvimento. Isto é algo que vai levar tempo. Esta caraterística de trabalharmos durante muito tempo para obter um resultado é um fator que as pessoas têm que perceber claramente: é preciso ter paciência até se obterem os resultados. Isto acontece não pela incapacidade das pessoas, mas devido aos processos científicos”.


O projeto de extensão da plataforma

A Estratégia Nacional para o Mar

continental

A Estratégia Nacional para o Mar assenta em três pilares estratégicos: o conhecimento; o planeamento e ordenamento espaciais; e a promoção e defesa ativas dos interesses nacionais.

A aposta na extensão da plataforma continental significa o reforço inequívoco da posição estratégica de Portugal em matérias relativas ao mar e aos oceanos. A extensão da plataforma continental de Portugal para além das 200 milhas náuticas permitirá ao país assumir-se, cada vez mais, como uma importante nação marítima europeia, constituindo, ao mesmo tempo, um legado para as gerações futuras, que poderão vir a usufruir e a explorar esta vasta zona marinha, da qual resultarão importantes benefícios potenciais ao nível da economia, da biotecnologia e da saúde. Com este projeto foram e serão lançadas iniciativas ímpares ao nível da investigação e desenvolvimento científicos, nomeadamente em áreas como a hidrografia, a geologia, a geofísica e o direito internacional, através da aposta no reforço do corpo científico nacional e na integração de jovens investigadores no projeto.

As oitos ações estratégicas aprovadas refletem apostas em diversas linhas de ação: 1. Sensibilização e mobilização da sociedade para a importância do mar; 2. Promoção do ensino e divulgação nas escolas de atividades ligadas ao mar; 3. Promoção de Portugal como um centro de excelência de investigação das ciências do mar da Europa; 4. Planeamento e ordenamento espacial das atividades ligadas ao mar; 5. Proteção e recuperação dos ecossistemas marinhos; 6. Fomentar a economia do mar;

www.emepc.pt José Tourais

7. Apoiar novas tecnologias aplicadas às atividades marítimas; e 8. Defesa Nacional, segurança, vigilância e proteção dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional. Nomeadamente nas seguintes áreas: a) Transportes; b) Energia; c) Aquicultura e pescas; d) Defesa nacional e segurança; e) Ciência, tecnologia e inovação; f) Ambiente e conservação da natureza; g) Educação, cultura e sensibilização; h) Turismo, lazer, desportos e náutica de recreio; i) Política externa.

www.emam.com.pt

Observação das aves e mamíferos marinhos a partir do NTM ‘Creoula’

“Penso que estamos a caminhar para a recuperação de uma identidade marítima.”

Manuel Pinto de Abreu Responsável da EMAM Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar


Oceano XXI

REDESCOBRIR O MAR

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Associação Oceano XXI Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar

A Oceano XXI foi criada para operacionalizar o cluster do Mar nas regiões Norte e Centro. A aposta passa por diversos projetos-âncora que envolvem grandes investimentos, cujo impacto regional e nacional será indispensável para o desenvolvimento futuro de Portugal. A Associação com figuras de ponta como António Nogueira Leite, que conversou com a SGS Global sobre a atividade da Oceano XXI e sobre as mais prementes questões da Economia do Mar.

SGS: Como se iniciou a sua relação com os assuntos do Mar? Qual tem sido o seu percurso neste âmbito? António Nogueira Leite: Acontece que este meio é muito pequeno e as pessoas conhecem-se, o que ajuda a que haja um bom entendimento. Penso que uma das razões pelas quais pensaram em mim para esta função tem a ver com o meu background académico, mas também com o meu percurso no mundo empresarial, o que me permite ajudar a ‘casar’ colegas meus destas duas realidades. Em 2002 assumi responsabilidades de planeamento e controlo da CUF, a holding química do Grupo José de Mello, atualmente concentrada em larga medida no pólo de Estarreja. Neste pólo, nós fizemos um aumento muito grande de capacidade, num investimento global de 250 milhões de euros, em que a questão da logística foi muito importante. Nomeadamente porque, por um lado, a produção implica uma utilização de benzeno bem superior à capacidade de produção da Fábrica de Aromáticos de Leça da Palmeira. Por outro lado, grande percentagem da produção é exportada e, em boa parte, a partir do Porto de Aveiro. Assim, era muito importante que a logística e o funcionamento do Porto de Aveiro estivessem à altura das nossas necessidades. Foi daí que comecei a ter alguma intervenção no Porto de Aveiro. Depois, como sou originário de Aveiro, apesar de ter nascido em Lisboa, e como conheço bem a problemática da cidade, fui convidado para Presidente da Comunidade Portuária, o que tenho sido ao longo de algum tempo.

SGS: Como surgiu a Oceano XXI e com que objetivos? A.N.L.: Existem duas propostas regionais de cluster, no âmbito dos chamados Projetos de Racionalidade Coletiva: a da Região Centro (Associação Mar Centro) e a da Região Norte (IDCEM – Instituto para o Desenvolvimento do Conhecimento e da Economia do Mar). As entidades públicas desafiaram os promotores a uma fusão, e foi assim que surgiu a Associação Oceano XXI – Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar. Como a presidência está com a Associação Mar Centro, fui desafiado para ser o representante da Mar Centro na Oceano XXI. Sempre tivemos uma estratégia de low profile porque, apesar da questão do Mar ser muito importante, tivemos que pôr uma máquina organizacional a funcionar, cuidar das interfaces para o desenvolvimento dos projeto-âncora que deram origem ao cluster. E havia toda uma rede enorme das entidades que se poderiam associar a nós. Foi esse trabalho de ‘juntar pontas’, de criar oportunidades, de reunir promotores a financiadores que nós fomos desenvolvendo paulatinamente. Hoje em dia já não somos só uma associação da Região Norte e da Região Centro, porque já estamos envolvidos na tentativa de lançar iniciativas que vão muito para além da escala regional. Começamos com 43 sócios, entre empresas, associações, institutos universitários, universidades e centros de investigação. Posso dar como exemplos uma empresa galega de arquitetura naval e instituições com projetos de relevância como o INEGI Porto e o Instituto Superior de Engenharia do Porto (que tem desenvolvido um trabalho notável na robótica marinha e não


Redescobrir o Mar

“… As administrações dos portos hoje em dia, pelo menos as que eu conheço melhor que são Leixões e Aveiro, são muitíssimo preocupadas com a sua competitividade, com a prestação de um bom serviço à economia nacional.”

só). Neste momento há um interesse claro não só de outras associações de outras regiões como o Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e das Ilhas, mas também do Fórum Empresarial do Mar. Tendo nascido por razões diversas e com atores diferentes, decidimos aprofundar a relação com o Fórum Empresarial do Mar. Estamos muito no início, mas já conseguimos ter uma estrutura a funcionar para o qual foi muito importante o papel de duas entidades que gostaria de destacar. A Administração do Porto do Douro e Leixões foi essencial pela disponibilidade do espaço, pela ajuda que nos deu, por todo o apoio aos mais variados níveis que nos proporcionou no lançamento no terreno da Oceano XXI. A Câmara Municipal de Ílhavo também foi, além de outras entidades, uma das mais importantes a providenciaram o sustentáculo para podermos ‘arrancar’. Temos uma equipa técnica de apenas três pessoas, mas muito eficaz, capitaneada por Rui Azevedo, um conhecedor profundo da temática do Mar. Em tempos ele foi presidente da CCDRN e é, na minha opinião, uma das pessoas que está, claramente, por trás deste avanço que a Região Norte teve em termos de pensar o Mar como uma fonte de recursos, de criação de riqueza e de conhecimento. Não é por acaso que a Região Norte tem um eixo dedicado ao Mar que permitiu ajudar a financiar dois dos nossos projetos-âncora: o novo Terminal de Cruzeiros de Leixões e o Turismo de Mar em Viana do Castelo. SGS: Além destes projetos, que outros nos pode avançar? A.N.L.: Posso referir os seguintes projetos: - Panthalassa, com a Universidade do Porto, na área da biotecnologia, no melhor aproveitamento da cadeia alimentar a partir dos recursos do Mar; - Ecomare, com a Universidade de Aveiro, que visa a criação de um laboratório para o conhecimento das Ciências do Mar; - Melhoria da eficácia da utilização do gasóleo pelos barcos e

António Nogueira Leite, Presidente da Comunidade Portuária Aveiro e da Oceano XXI

navios da pesca costeira, que vemos com extrema importância, pois a eficiência energética da frota impacta sobre o ambiente e sobre a rentabilidade da atividade; - Turismo e ecologia na região de Peniche, nomeadamente nas Berlengas, onde há uma dinâmica muito assinalável; - Turismo na Ilha da Morraceira, na foz do rio Mondego, que tem a vertente da recuperação ambiental, mas que está mais atrasado devido a dificuldades de financiamento por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz; - Plataformas marítimas multipurpose offshore, como forma de tentar encontrar novos interesses e novas oportunidades no Mar. Este é um projeto de grande fôlego para o qual estamos, em conjunto com outras entidades, a congregar esforços até de outros clusters. Têm, entretanto surgido outras atividades como uma grande iniciativa promocional com vertente de conferência, exposição e interface de negócios na Exponor, com a AEP – Associação Empresarial de Portugal, que vai realizar-se no verão. Também somos convidados pela Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar a dar o nosso contributo e as nossas opiniões. Depois, os próprios membros da Oceano XXI promovem os seus projetos, o que demonstra a capacidade e o esforço em juntar universidades com empresas e financiadores. O papel do cluster é esse mesmo. Não é realizar, mas sim ser um meeting point, um catalisador e facilitador destas iniciativas. É uma atividade entusiasmante por isso mesmo. SGS: Então é esta a vossa abordagem de ação às questões do Mar? A.N.L.: Sim, nós somos uma entidade privada que catalisa interesses já existentes, não somos um aplicador da visão pública.


Oceano XXI

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Futuro Terminal de Cruzeiros de Leixões

É evidente que, enquadrado numa política pública, o nosso esforço é muito mais eficaz. É natural que o Governo tenha as suas peças de pensamento sobre o Mar. Mas é preciso que a política pública para o Mar tenha em conta não só um desejo abstrato, mas sim aquilo que já está a acontecer. A nossa preocupação é modesta e realizadora: que não se deixe de aproveitar bons projetos por falta de financiamento, de comunicação entre as entidades ou de aproveitamento de sinergias. A nossa abordagem ao Mar não é, assim, conceptual.

Todas as questões em torno dos portos, por muito pequenas que sejam, têm um efeito multiplicador enorme sobre o tecido económico. Às vezes não estamos a falar de grandes investimentos, mas sim de articular bem as coisas. Até porque os investimentos pouco aproveitados não têm grande interesse. Mas há investimentos importantes. Por exemplo, a linha de caminho de ferro até aos terminais do Porto de Aveiro é fundamental para facilitar atividades económicas no interland do porto e outras bastante longínquas.

Julgo que, nesse sentido, há uma consistência grande entre todas as iniciativas com interesse no Mar, públicas e privadas. Tem sido, realmente, importante a clara focalização do Governo e da Presidência da República nas questões do Mar, não apenas nas tradicionais (logística portuária, pesca, salicultura, aquicultura, transformação do pescado), mas nas novas atividade como a produção energética.

As administrações dos portos hoje em dia, pelo menos as que eu conheço melhor que são Leixões e Aveiro, são muitíssimo preocupadas com a sua competitividade, com a prestação de um bom serviço à economia nacional.

Tem sido um trabalho árduo, o da Oceano XXI, mas que tem tido sucesso graças às vontades que existem. Nós não pedimos aquilo que sabemos que o país não pode dar, apenas pedimos que nos deixem trabalhar. E, neste sentido, a abertura quer do Governo quer do Presidente tem sido muito importante. SGS: Quais são as principais questões da Economia do Mar na ordem do dia? A.N.L.: Este é um tema completamente em aberto. Um aspeto fundamental é a política dos portos, a articulação dos portos com outros meios de transporte e pôr os portos não ao serviço de quem lá está, mas ao serviço de toda a economia, de quem os usa. Para resolver o problema da dívida externa, o país tem de exportar mais. Logo, as infraestruturas portuárias já existentes e o seu bom funcionamento são muito importantes. Mais do que ‘fazer obra’, é preciso que ‘a obra’ esteja articulada, seja eficiente. Que os portos ‘falem bem’ com os outros meios de transporte. Que o trabalho portuário não seja um óbice à competitividade dos portos.

Há um outro tema de recuperação de muitas coisas que perdemos, como a pesca. Este é um problema que não se resolve apenas internamente e com a boa vontade do Governo e empresários. É uma área para a qual é preciso olhar com outros olhos porque a importância dos recursos alimentares é diferente hoje do que era há 10 ou 20 anos atrás. Cada vez mais os problemas de escassez nos devem levar para o Mar. Um aspeto que também é importante, no qual não se avançou, é a indústria transformadora ligada aos produtos do Mar. São atividades tradicionais que podem ter um grande valor económico, mas porque é que decaíram e de que forma? É preciso identificar os erros na política pública e nas decisões privadas. As condições da economia mundial e as circunstâncias da economia portuguesa abrem uma oportunidade para se olhar mais atentamente para estas atividades. Temos, ainda, o Mar como fonte de muitas outras riquezas, como matérias-primas e energias alternativas. Neste ponto, estamos em fases muito diversas: a eólica offshore é ainda incipiente devido às condições da nossa costa; a energia das ondas está numa fase ainda mais anterior. Nestas novas atividades, temos de ter paciência, o período de maturação dos investimentos vai ser longo. Os recursos são escassos e, por


Laboratório do projecto Panthalassa

Associação Oceano XXI isso, temos de os utilizar com alguma parcimónia. Por isso, não devemos esquecer nunca as atividades tradicionais, pois é mais fácil alavancar novos projetos e nova riqueza a partir da nossa experiência, resolvendo o que correu mal. Em Portugal, temos ainda um outro problema muito grave ao nível do licenciamento das atividades. São muitas entidades, não há ‘uma porta única’. Muitas vezes os processos são muito complicados e outras vezes, o próprio interlocutor com quem o empresário ou o investigador falam não é ele o responsável pela decisão. Está dependente de alguém algures no meio da estrutura, que tem capacidade, tem mais poder, muitas vezes, do que o Secretário de Estado para alguns temas que são absolutamente cruciais. Dado que já temos poucos recursos financeiros, seria uma pena a burocracia ainda nos levar a dissipar a energia e o ânimo que temos. É necessária toda uma simplificação, tornar o processo mais transparente e mais eficaz, sob pena de, por entrave burocrático, perdermos esta ‘corrida’ em que agora estamos a entrar.§

A Oceano XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar é uma pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos que tem por principal objetivo dinamizar o Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar promovendo o desenvolvimento de relações de cooperação entre instituições do setor científico, empresas e entidades associativas dos diferentes setores e atividades cuja área funcional de procura final é o Mar. O objetivo geral que orienta o desenvolvimento do cluster do Mar e que serve de enquadramento à presente estratégia e ao programa de ação é o seguinte: valorizar o recurso Mar através do desenvolvimento de um conjunto de atividades, de produtos e de serviços que promovam o crescimento económico, o emprego e a internacionalização da região, apostando no reforço da I&D&I, da formação, do empreendedorismo e da cooperação de forma a contribuir, em condições de sustentabilidade, para a competitividade da região.

www.oceano21.org

António Nogueira Leite Presidente da Comunidade Portuária Aveiro e da Oceano XXI


EMSA

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Agência Europeia da Segurança Marítima

“Um transporte marítimo de qualidade, mares mais seguros, oceanos mais limpos”

O transporte marítimo de mercadorias e passageiros é uma atividade intrinsecamente perigosa para pessoas e ambiente, mesmo com a utilização das tecnologias modernas. A missão da Agência Europeia da Segurança Marítima é assegurar uma progressiva melhoria da segurança nas águas da União Europeia, algo que acaba por se repercutir nas condições do mercado dos operadores ligados à Economia do Mar.

Os perigos do Mar não constituem novidade e muitas autoridades já se ocupam destas questões há muitos anos. Contudo, o naufrágio do petroleiro Erika, em 1999, e depois o do Prestige, em 2002, suscitaram a decisão de criar um novo organismo da União Europeia (UE) que funcionasse como braço técnico e operacional dos decisores políticos comunitários. A Agência Europeia da Segurança Marítima (EMSA - European Maritime Safety Agency) foi, assim, criada com o objetivo de garantir um nível elevado, uniforme e eficaz de segurança marítima, de proteção do transporte marítimo e de prevenção e combate à poluição por navios na Comunidade.

para a monitorização e informação do tráfego de navios; a CleanSeaNet que fornece imagens obtidas por satélite para identificar e localizar poluição; ferramentas de formação para inspetores de navios; e uma rede de navios de resposta à poluição por hidrocarbonetos, a que os Estados-Membros podem recorrer em caso de derrames”. A EMSA acabou por se tornar num centro de excelência em questões da segurança marítima ao reforçar as relações entre as administrações marítimas nacionais através de reuniões, formação e partilha de boas práticas.

Atividade interinstitucional e o impacto na economia “Trata-se de uma missão significativa, dado o grande envolvimento da UE no transporte marítimo”, informa a EMSA num brochura informativa. “Os 27 Estados-Membros têm 1200 portos comerciais e 100.000 km de costa. Por estes portos passam aproximadamente 90% do comércio externo da UE, cerca de 40% do comércio intracomunitário e um tráfego anual de 400 milhões de passageiros. Neste contexto, há ainda um número cada vez maior de petroleiros que transportam volumes crescentes de hidrocarbonetos e outras substâncias perigosas”. No cumprimento das suas responsabilidades, a EMSA apoia tantos os Estados-Membros a aplicar corretamente a legislação comunitária, como a Comissão nas suas funções legislativas e em fóruns internacionais (p. ex. comités e grupos de trabalho da Organização Marítima Internacional das Nações Unidas). Andrea Tassoni, assessor de Comunicação da EMSA, acrescenta que ”a Agência também desenvolve ferramentas para a segurança marítima partilhadas pelos Estados-Membros: a SafeSeaNet

A natureza da atividade da EMSA implica uma grande interatividade com outros stakeholders: governos, indústria, autoridades marítimas e portuárias, etc. O próprio regulamento da Agência prevê fortes relações com outras instituições comunitárias, nomeadamente, a Comissão. No seu trabalho de apoio à Comissão, a EMSA realiza inspeções para assegurar que a legislação sobre segurança marítima é cumprida e presta apoio técnico para a criação de nova legislação. Deve-se salientar que a Agência não tem funções legislativas, apenas de aconselhamento. Ao nível dos Estados-Membros, a EMSA colabora com as autoridades marítimas para assegurar a correta aplicação da legislação. Andrea Tassoni explica que “a abordagem normal é a Agência ‘inspecionar os inspetores’ em nome da Comissão, para garantir que a supervisão marítima nacional cumpre os requisitos. Este é um processo permanente e de melhoria contínua,


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por isso em qualquer dia de trabalho, é normal ver uma equipa EMSA algures na Europa ou noutra região do mundo, a realizar inspeções”. O papel principal da EMSA está relacionado com a segurança marítima. Mas as suas atividades também ajudam a estabelecer a equidade no setor da navegação, pois asseguram que se aplicam as mesmas regras a todos os navios independentemente do local na Europa onde operam. “A focalização na qualidade e nas normas, por exemplo, ajuda a reduzir a distorção da concorrência que pode resultar numa facilitação por parte dos navios em questões de segurança ou tentativas de recrutar tripulações não qualificadas. Ou seja, há operadores que não investem na qualidade dos seus navios e que não mantêm a sua frota em condições corretas. Logo, devem ser penalizados porque estão a colocar em risco a vida das suas tripulações e são uma ameaça para o ambiente marinho”, defende o assessor de Comunicação da EMSA. Mas a contribuição da EMSA para a competitividade das atividades económicas relacionadas com o Mar não se esgota aqui. No longo prazo, as melhorias nos sistemas de vigilância marítima, que a Agência disponibiliza aos Estados-Membros, estão a ajudar no planeamento dos recursos, desde as tarefas mais quotidianas como a monitorização dos navios que transportam matérias perigosas, até situações de emergência e operações de busca e salvamento. Em maio de 2010, a EMSA propôs uma estratégia a cinco anos para melhor definir e alargar as suas responsabilidades. O foco geral é na continuidade, na clarificação e na manutenção dos bons resultados alcançados até agora. Por exemplo, a Agência irá continuar as inspeções em áreas como a formação de marinheiros, as instalações de receção de resíduos nos portos ou os sistemas de monitorização de tráfego de navios nos países costeiros. Também há melhorias nas aplicações informáticas (p. ex. a SafeSeaNet) que entraram na sua segunda geração em 2010. No entanto, esta estratégia também aponta para uma extensão das responsabilidades da Agência, por exemplo, na área da resposta à poluição e no foco da Comissão em iniciativas ‘e-maritime’. Neste momento, está em apreciação, pelo Conselho e pelo Parlamento, uma proposta de revisão do regulamento da EMSA, que reflete precisamente esta extensão.§

Mais sobre a Agência Europeia da Segurança Marítima O lema da Agência Europeia da Segurança Marítima (EMSA - European Maritime Safety Agency) é ‘Um transporte marítimo de qualidade, mares mais seguros, oceanos mais limpos’. Estes três simples elementos definem a ação da EMSA desde que foi instituída em 2002, pelo Regulamento (CE) n.º 1406/2002. Com um orçamento para 2011 de 56.1 milhões de euros, a EMSA emprega 210 pessoas provenientes de quase todos os Estados-Membros. A parte mais visível da operação material é a frota de navios de resposta à poluição por hidrocarbonetos colocada ao longo da costa europeia. Estes navios não são propriedade da Agência, mas são contratados por determinado período. Um destes navios, o Bahia III, está baseado em Sines.

www.emsa.europa.eu

Andrea Tassoni Communication Advisor da EMSA


WAVEC

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WavEC Wave Energy Centre Centro de Energia das Ondas

O estado da arte nas energias renováveis offshore António Sarmento é uma referência incontornável no âmbito das energias renováveis offshore. O diretor do Wave Energy Centre – Centro de Energia das Ondas (WavEC) falou com a SGS Global sobre o ponto em que se encontra a investigação nesta área, assim como das previsões para a sua aplicabilidade.

SGS: O que é o Wave Energy Centre - Centro de Energia das Ondas (WavEC)?

sumimos atualmente, num cenário otimista. No eólico offshore é seguramente este o valor ou até superior.

António Sarmento: O Centro é uma associação privada sem fins lucrativos, fundada para promover a energia das ondas e tudo o que fosse necessário para que, oportunamente, houvesse uma nova indústria. Não é um centro de investigação puro apesar de fazermos investigação porque, obviamente, é uma área que está em fase muito inicial.

Agora, quando é que vamos lá chegar vai depender de muito aspetos que ainda não estão claros: das necessidades futuras de energia, dos preços dos combustíveis fósseis, das restrições às emissões de gases com efeito de estufa e do sucesso de outras fontes cujas tecnologias ou implementação estão ainda em desenvolvimento (eólico em terra, solar fotovoltaico e termoelétrico).

Tudo o que entendemos como barreiras (tecnológicas, legislativas, etc.), tentamos mitigar ou eliminar, ao mesmo tempo que temos proximidade com as empresas. Somos uma equipa de 15 pessoas para cinco áreas de atividade, nem sempre trabalhadas em simultâneo e em períodos ou anos diferentes (ver caixa). Ultimamente temos feito um esforço grande de aproximação à Administração Pública, porque muitas das barreiras necessitam de políticas públicas, legislação ou apoio, principalmente as questões relacionadas com os licenciamentos. Em março desenvolvemos uma ação de formação, para cerca de 60 quadros superiores da Administração Pública, onde apresentamos as perspetivas científicas e as dificuldades que se colocam às empresas do setor, principalmente em questões que poderão ser evitadas como a burocracia, os tempos de espera muito demorados ou incertos.

A partir de certa altura, vai-se verificar uma competição entre as diversas fontes de energia. Os fatores a analisar não serão apenas os custos, mas também os impactos sobre a criação de emprego, as exportações, o ambiente. Gostaria de chamar a atenção para o interessante estudo da E.Value “Novas tecnologias energéticas: Roadmap Portugal 2050”. Ao considerar apenas o custo, o estudo diz que as energias renováveis vão dominar, face aos combustíveis fósseis. SGS: Dos projetos em teste no Mar, já há conclusões que se podem retirar?

SGS: Qual é o potencial energético das fontes renováveis no Mar em Portugal?

A.S.: Sim, mas se calhar não são aquilo que as pessoas querem. Os processos de inovação no Mar são bem mais difíceis, lentos e caros do que se possa pensar à partida. Eu acho que o país tem pouca experiência sobre o que são estes processos, o que leva a uma tendência de descrédito ao primeiro falhanço.

A.S.: O potencial energético das ondas é relativamente grande, pode corresponder a cerca de 20% da energia elétrica que con-

Quando se começa a andar de bicicleta há duas certezas: a primeira é que se vai conseguir; a outra é que se vai cair algumas


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Central do Pico, Açores

vezes. O que eu quero dizer é que não podemos esperar que projetos tão complexos num ambiente tão difícil resultem logo. Isto parece óbvio, mas na prática é difícil de aceitar, naturalmente, devido ao elevado custo dos projetos. Por exemplo, a Central do Pico não é viável como centro de produção de energia. Mas é altamente viável na sua função como centro de aprendizagem, investigação e demonstração. Houve muitos progressos, mas tem muitos problemas ao nível estrutural. A estrutura foi construída e está a funcionar em regime autónomo. Há até, perspetivas, que a Central seja incluída na Rede Europeia de Infraestruturas de I&D na área de Energia dos Oceanos. SGS: Que vantagens destaca nas energias renováveis offshore, que o fazem acreditar nestes projetos? A.S.: Estou convencido que, no futuro, vamos ter necessidade de toda a energia renovável que consigamos produzir. Vamos ter fontes mais caras e outras mais baratas, no entanto não vamos poder prescindir das mais caras devido às necessidades energéticas. Assim, não se coloca a questão se as offshore vão ser as mais competitivas. O custo pode ser o ponto mais fraco destas tecnologias porque o Mar é um meio agressivo. Mas são fontes mais estáveis e previsíveis do que as fontes em terra, algo que é muito importante do ponto de vista de quem gere a rede elétrica. O futuro tem de ser preparado hoje. Há um esforço nas energias alternativas que nós acreditamos que possam ser possíveis e a nossa estimativa é que dentro de cinco anos, talvez até antes, teremos uma ideia muito mais clara das soluções a desenvolver quer para o eólico offshore quer para as ondas. A evolução vai depender muito dos resultados dos diversos conceitos que estão, atualmente, a ser testados no Mar. Provavelmente, o sucesso será parcial. Nesta fase inicial, há muito problemas a resolver e coisas a melhorar.

Principais atividades do WavEC: - Políticas Públicas: caracterização económica dos impactes e das oportunidades para o país da energia das ondas e da eólica offshore; estudo dos procedimentos necessários para instalar dispositivos na água para tentar antever as dificuldades; trabalho com o Governo e com a entidade gestora na questão da zona piloto da energia das ondas (regulamento de acesso, preservação do ambiente); - Ambiente: estudo dos impactes ambientais; acompanhamento das melhores práticas de legislação ambiental na Europa e benchmarking, tentando influenciar em Portugal a sua introdução; algum trabalho mais de pormenor ou investigação na área da acústica submarina; - Formação: campanhas de disseminação; receção todos os anos estudantes em tese de mestrado, alguns portugueses e muitos estrangeiros; coordenação de rede europeia de formação e treino nesta área; - Tecnologias: análise da evolução da tecnologia; serviços de identificação das tecnologias em desenvolvimento e seu progresso; pareceres de due diligence sobre determinadas tecnologias a pedido de empresas; - Modelação numérica: desenvolvimento de software de simulação dos sistemas de energia das ondas e do eólico offshore.

www.wavec.org

O primeiro desafio que se coloca é mostrar que a solução tecnológica funciona. Depois, que funciona com fiabilidade e que tem potencial para ser competitiva. Esta competitividade não significa ser a mais barata, mas sim que seja suficientemente barata para, quando esgotadas outras alternativas, esta possa entrar em campo. Estimo que por volta de 2020, estas tecnologias já estejam demonstradas comercialmente, isto é, que já se conheça bem a sua fiabilidade, os custos, a produção energética, etc. E em 2030 já tenham um impacto significativo.§

António Sarmento Diretor do Wave Energy Centre Centro de Energia das Ondas (WavEC)


Refinaria • •

• • • • •

Supervisão de carga/descarga de petroquímicos Inspeção, ensaios e verificação no âmbito da manutenção industrial e licenciamento de equipamentos/instalações Técnicas Avançadas de NDT: phase array, guided waves, rope inspection, TOFD, LOWRAD Asset Integrity Management Fitness for Service Inspeção de Pintura Termografia Marcação CE de Unidades processuais

Smart PIG Inpection

Estaleiro naval •

Inspeção, ensaios e verificação no âmbito da manutenção industrial e da construção

Inspeção, ensaios e verificação no âmbito da manutenção industrial e da construção

Gestão de soldadura

Inspeção de equipamentos de trabalho

Peritagens de terceira parte

Ensaios Não Destrutivos

Parque eólico offshore •

Inspeção, ensaios, supervisão, monitorização, verificação e certificação

Plataforma petrolífera offshore • • • • • • •

Avaliação sísmica Avaliação geológica integrada Serviços petrofísicos Engenharia de jazidas Métodos de melhoria de recuperação de petróleo Tecnologias para a produção e poços Avaliação de integridade estrutural

Serviços Transversais • • • • •

Formação profissional Responsabilidade Ambiental Segurança e Saúde no Trabalho Qualidade do Ar Interior Eficiência Energética

Certificação de Sistemas de Gestão e Serviços

Gestão de Projetos

Fiscalização da obra

Coordenação de segurança e saúde em obra


A SGS e a Economia do Mar Porto Comercial •

Entrepostagem Aduaneira

Armazém Autorizado à Exportação

Inspeção de mercadorias ao abrigo de

A SGS é líder mundial de inspeção, verificação, ensaios e certificação. Desde a sua génese que a SGS está ligada ao mar quando criou, em 1878, o serviço de supervisão de cargas e descargas de cereais nos cais mediando os interesses qualitativos e quantitativos do exportador e do importador. Hoje em dia os serviços ligados ao mar são muito mais diversos.

contratos governamentais •

Avaliação de redes de combustíveis

Silos de cereais e oleaginosas •

Supervisão de carga/descarga de cereais e oleaginosas

Inspeção de Limpeza de Porões

Amostragem e Análises

Pescas •

Certificação Marine Stewardship Council – Pesca Sustentável

Turismo •

Formação

Ambiente e Energia

Planos de Segurança Contra Incêndios

Segurança Alimentar

Auditorias Mistérios

Amostragem e Análises

Auditorias de Segurança Alimentar

Certificação da Segurança Alimentar


Grupo E.T.E.

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Grupo E.T.E.

Da estiva à liderança no setor portuário

Há 75 anos que o Grupo E.T.E alerta as consciências para a importância do Mar, enquanto elemento estratégico para Portugal. Luís Figueiredo, administrador do Grupo E.T.E. defende, em entrevista à SGS Global, que os portos e o transporte marítimo devem estar no centro do desenvolvimento das atividades económicas relacionadas com o Mar. A eficiência dos portos, em particular, é essencial para a competitividade do tecido empresarial português.

A gestão dos portos mudou muito nos últimos 20 anos. As concessões a longo prazo vieram permitir investir em equipamentos e gerir de acordo com métodos de trabalho mais atualizados e mais racionais, afetando o próprio trabalho portuário. A concorrência entre portos tem-se mostrado saudável e o que se verifica atualmente, na opinião de Luís Figueiredo, administrador do Grupo E.T.E., é que “os portos portugueses já não concorrem entre si, mas sim com Espanha. Apesar dos espanhóis serem melhores em marketing e vendas, os portugueses são mais eficientes e a sua qualidade técnica é muito reconhecida”. Felizmente, a tendência no setor é para preferir a qualidade do serviço e a sua fiabilidade, com o fator preço a já não ser o único critério de escolha. O Grupo E.T.E. é uma referência nas áreas marítima e portuária e das atividades que lhes são afins, quer em Portugal quer nos principais PALOP. O seu crescimento tem sido sustentado e consistente, apostando em negócios estáveis de longo prazo nas diversas áreas de negócios, com forte ênfase nas concessões portuárias e no transporte marítimo, abrangendo atividades que vão da reparação naval aos seguros e dos serviços ao trading. O objetivo principal do Grupo E.T.E. é ser conhecido por melhorar a produtividade dos seus clientes, pois é disso que depende o seu futuro. Por isso, a evolução da empresa foi sempre acompanhada pelo recurso a novas tecnologias aplicadas às suas atividades, como a introdução em Portugal nos anos 60 das descargas de navios ao largo com gruas flutuantes, método utilizado apenas nos países do norte da Europa e EUA. Também nos anos 80 altera o transporte fluvial ao introduzir as primeiras

barcaças normalizadas, com a utilização de pushers ao invés dos tradicionais rebocadores. O mesmo espírito inventivo, na constante procura de novas soluções para melhorar as condições de negócio, continua hoje presente no Grupo. Os serviços ‘à medida’ e as inovações introduzidas, que vão ao encontro das necessidades específicas dos clientes, são cada vez mais importantes num mercado que se avizinha difícil. Para Luís Figueiredo, “somos obrigados a ser inventivos e originais, procurando fazer melhor aquilo que há décadas nos propusemos e que nos tem distinguido, porque hoje em dia poucos são os fatores de diferenciação, com os mercados pequenos e estagnados no nosso país”.

A importância da certificação e das parcerias Desde há muito tempo que o setor marítimo aplica estritas normas de segurança e de ambiente de forma transversal a toda a cadeia logística, levando as empresas a valorizar estas preocupações e a cumprir a legislação e requisitos dos acordos internacionais. Assim, foi de forma natural que o Grupo E.T.E. criou um departamento interno de acompanhamento de normas e legislação nas áreas do ambiente e da segurança. “As preocupações com a certificação nestes âmbitos são uma realidade. No nosso setor, quem não estiver alinhado com as questões ambientais, da segurança no trabalho ou mesmo dos Sistemas de Gestão da Qualidade tem claramente um handicap”, defende o responsável.


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Atualmente o Grupo E.T.E. está envolvido num processo ambicioso na área dos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, abrangendo inicialmente três empresas de operação portuária. Já também com estas três empresas, obteve a certificação GTP, na área da Segurança Alimentar, com o apoio da SGS. Este processo é o pioneiro no setor portuário português e contou com uma grande adesão de várias entidades ligadas àquele setor, incluindo as Empresas de Trabalho Portuário de Lisboa, Aveiro e Leixões. A evolução do Grupo E.T.E. tem tido por base um crescimento apoiado e sustentado, acompanhando a evolução das necessidades e exigências dos mercados, que só poderão ser atingidos se apoiados pelos seus parceiros de negócio. A escolha acertada destes parceiros tem-se mostrado fundamental na consolidação dos seus objetivos. A parceria estabelecida com a SGS não se limita a uma simples relação de fornecedor/cliente, mas tem potenciado parcerias em diversas áreas. Luís Figueiredo não hesita em afirmar que “o apoio da SGS, ao longo dos últimos anos, tem de facto conduzido ao aumento da qualidade dos serviços por nós prestados e facilitado às equipas de gestão o efetivo controle dos processos nas respetivas empresas”. Para conseguir esta melhoria dos processos, a SGS trabalha em equipa com o Grupo E.T.E., para a obtenção das diversas qualificações e conformidade legal em áreas tão importantes como a Diretiva da Responsabilidade Ambiental, a inspeção de Equipamentos de Trabalho, Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios, Formação em Higiene e Segurança do Trabalho e Segurança Alimentar. A SGS presta, ainda, serviços de inspecção das mercadorias nas descargas dos navios.

Mais sobre o Grupo E.T.E. O Grupo E.T.E. teve o seu início em 1936 com o nascimento da “Empresa de Tráfego e Estiva, S.A.” fundada nesse ano pelo Comandante Luiz de Figueiredo, especializando-se como operador portuário na carga e descarga de granéis sólidos. Atualmente, com a colaboração de cerda de 800 pessoas, o Grupo E.T.E. desenvolve a sua atividade em torno das cadeias logísticas centradas nos portos e transporte marítimo, fazendo evoluir o negócio em torno destes dois vetores, crescendo para áreas de atuação afins, tais como a operação logística, transporte rodoviário, transitários, agentes de navegação, construção e reparação naval, gestão técnica e tripulações, etc.

www.ete.pt

O Grupo E.T.E. é cliente da SGS também na área de Project Finance. “Em projetos de dimensão considerável e de grande importância, como é o caso do Concurso para a Concessão em Regime de Serviço Público da Exploração da Atividade da SILOPOR, não poderíamos deixar de contar com o apoio de uma referência no setor como é, sem dúvida, a SGS. A mais-valia, neste caso, foi o seu grande conhecimento a nível global do mercado complexo dos cereais, onde tivemos a colaboração de técnicos especialistas de grande qualidade, tanto portugueses como estrangeiros”, reitera o administrador. Além deste desafio, o Grupo E.T.E. não está imune aos condicionalismos económicos. No entanto, devido ao seu posicionamento cauteloso tem superado de forma positiva as dificuldades que se têm apresentado e vai continuar a seguir a sua estratégia de participar ativamente nos negócios que conhece bem e que, de alguma forma, tem capacidade de influenciar.§

Luís Figueiredo Administrador do Grupo E.T.E.


Riberalves

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Riberalves

com Cadeia de Custódia Sustentável certificada A indústria alimentar marítima desempenha um papel essencial no comércio internacional, assegurando a subsistência de negócios e milhões de empregos em todo o mundo. Para salvaguardar a continuidade e a qualidade dos stocks marítimos, as empresas do setor têm de adotar práticas sustentáveis. A Riberalves dá o exemplo como a primeira empresa portuguesa, na área do bacalhau, a obter a certificação criada pelo Marine Stewardship Council que destaca a sustentabilidade da cadeia de custódia do pescado.

Quando falamos da indústria alimentar marítima, temos de pensar para além da pesca. A cadeia de valor vai desde o barco até ao prato do consumidor, envolvendo empresas de áreas como a transformação alimentar, a embalagem, o transporte, o retalho e a restauração. Através de todos estes negócios, milhões de pessoas asseguram um modo de vida, com importantes impactos económicos e sociais ao nível local e global. No entanto, é impossível passar ao lado dos impactos ambientais desta indústria e refletir sobre a sua sustentabilidade: será viável manter o status quo? O Marine Stewardship Council (MSC) é uma organização internacional dedicada a incentivar a sustentabilidade da indústria alimentar marítima. Para tal, distingue as empresas que adotam uma gestão sustentável, no âmbito da sua cadeia de valor, com a Certificação ‘MSC Chain of Custody’. O MSC reconhece Organismos de Certificação em todo o mundo, como a SGS, que auditam e verificam as boas práticas das empresas. Após esta verificação, as empresas têm direito à utilização da Marca MSC que, perante todo o mercado, evidencia claramente a sustentabilidade das suas práticas. Relevo para o facto da Marca MSC apenas poder ser utilizada por operadores enquadrados numa cadeia de valor totalmente certificada.

A SGS auditou e aprovou as duas unidades produtivas da empresa, na Moita e em Torres Vedras, relativamente ao produto Bacalhau. A certificação da Riberalves abrange a cadeia de produção a partir do momento em que a matéria-prima é adquirida a produtores certificados, assim como toda a gama de produtos (desde bacalhau salgado seco até ao bacalhau demolhado ultracongelado em todas as suas formas de apresentação). Ricardo Pinto, responsável Técnico de Produção e Qualidade da Riberalves, explica que “este projeto foi um desafio que nos propusemos alcançar, provando ser possível certificar a cadeia de custódia no setor do bacalhau. É um sinal de diferenciação no setor. Nos dias de hoje, a inovação passa também por ter a capacidade de perceber qual a estratégia a seguir e, neste caso, estamos a provar que optámos pelo caminho certo, a certificação representa para nós um enorme orgulho. A competitividade passa pela aquisição de matéria-prima de excelente qualidade, sendo esta certificação mais um parâmetro para a seleção e avaliação dos nossos fornecedores”.

Pescado Sustentável

A Certificação ‘MSC Chain of Custody’ veio acrescentar valor a um produto já de si com elevada qualidade, produzido com a mais moderna tecnologia, e um know-how de 25 anos de história, comemorados recentemente. “A Riberalves disponibiliza, assim, um peixe magro, de elevado valor nutricional, fonte de ómega3, proveniente de pesca sustentável e preservando os ecossistemas marinhos”, refere Ricardo Pinto..

No mercado cada vez mais global, a Riberalves dá cartas no que respeita ao processamento e à inovação. O posicionamento como primeira empresa portuguesa, na área do bacalhau, a obter a Certificação ‘MSC Chain of Custody’, é mais uma chave para entrar noutros mercados onde a sigla MSC é quase ‘obrigatória’.

Os principais investimentos envolveram a vertente da informática e da formação. Foi criada uma equipa multidisciplinar, dos quais fizeram parte a administração, que esteve envolvida desde o primeiro dia, estendendo-se aos departamentos de importação, comercial, marketing, informático, técnico de produção e qualidade das duas unidades produtivas.


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Mais sobre a Riberalves A estratégia da Riberalves passa por manter a liderança no mercado sem comprometer a sustentabilidade do pescado. A muito curto prazo, a Riberalves está a preparar-se para a certificação do referencial IFS – International Food Standard versão 5 para as suas duas unidades produtivas. Já a médio/longo prazo, Ricardo Pinto perspetiva “a expansão da Riberalves a novos mercados e continuar a envolver a empresa em projetos pioneiros, privilegiando a inovação tecnológica e a qualidade dos nossos produtos”. §

A Certificação MSC – Pescado Sustentável A Certificação da Cadeia de Custódia do Pescado adquirido de acordo com condições de Pesca Sustentável é tutelada pelo Marine Stewardship Council (MSC), que detém o mais reconhecido programa de certificação de Pesca Sustentável. O MSC desenvolveu normas que permitem às empresas do setor certificar as suas práticas sustentáveis de pesca, bem como a totalidade da cadeia de valor do pescado, desde o barco até ao prato.

Fundada em 1985, a Riberalves dedica-se em exclusivo à indústria e comércio de bacalhau. Produz bacalhau salgado seco e introduziu o processo de demolha e ultracongelação industrial do bacalhau, segmento onde é líder. Conta neste momento com duas unidades produtivas, a Riberalves em Torres Vedras e a Comimba na Moita. É, no entanto, a partir da sede em Torres Vedras que é coordenada toda a atividade do Grupo Riberalves e feita a cobertura nacional a nível da grande distribuição. A sua frota assegura a distribuição por todo o país. Os recursos humanos são um fator fundamental no conjunto de empresas do universo Riberalves, atingindo o número de efetivos de 350 pessoas distribuídos pelos diversos setores funcionais. A sua comercialização estende-se por todo o Mundo e exporta atualmente 40% da produção, com uma recente aposta no mercado Angolano e a consolidação de parcerias no Brasil.

www.riberalves.pt

A Certificação MSC constitui uma oportunidade para os operadores demonstrarem, de forma independente e inequívoca, a sustentabilidade do seu processo de aquisição de pescado. Baseia-se em três princípios fundamentais: reservas marinhas sustentáveis; minimização do impacto ambiental e gestão eficiente. Estes princípios são, depois, fundamentados em 23 critérios mais detalhados. A SGS é acreditada pelo MSC, para verificar os mais exigentes requisitos de Pesca Sustentável do mundo, que ajudam a salvaguardar empregos, a assegurar reservas marinhas, garantindo a continuação das espécies, e a proteger o ambiente marinho em geral.

www.msc.org

Ricardo Pinto Responsável Técnico de Produção e Qualidade da Riberalves


Docapesca

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DOCAPESCA

Foco na Segurança Alimentar

A pesca é das mais antigas e tradicionais atividades económicas portuguesas. A sua grande importância social revela-se nos estilos de vida dos profissionais do setor, mas também nos nossos hábitos alimentares, enquanto um dos povos com maior consumo de peixe. Como não poderia deixar de ser, a SGS Global convidou a DOCAPESCA, a maior empresa europeia a atuar no setor das pescas, para relatar a sua experiência e opinião sobre a Economia do Mar. A DOCAPESCA - Portos e Lotas, S.A., como maior empresa europeia na área da primeira venda de pescado, tem uma atividade significativa na Economia do Mar, uma vez que concentra a oferta e a procura de pescado em cerca de vinte locais principais ao longo da costa continental. Nos estabelecimentos da DOCAPESCA procede-se à primeira venda de, aproximadamente, 200.000.000 € de pescado, anualmente. “Talvez não signifique muito, quando comparado com o PIB português, mas é muito significativo do ponto de vista social, porque da pesca dependem muitas pessoas, em algumas comunidades, quase exclusivamente”, esclarece Humberto Carrapato, responsável da Direção de Exploração da DOCAPESCA. Por outro lado, a DOCAPESCA também tem um papel importante no controlo das dimensões mínimas das espécies no encerramento das capturas por esgotamento das quotas e, ainda, no controlo estatístico das capturas, porque é a DOCAPESCA que procede à recolha dos dados e os fornece à Direção Geral de Pescas e Aquicultura. Na opinião de Humberto Carrapato, “tem que ser garantido um esforço de pesca adequado, de forma a manter esta atividade sustentável nas próximas gerações. É necessário que todos os intervenientes tenham uma atitude responsável ao nível das capturas, no que respeita a quantidades e a dimensão dos exemplares. Paralelamente, é necessário que se continue a investigar os comportamentos das espécies, de modo a garantir eventuais intervenções ao nível das limitações ou interdições”. O responsável apresenta um exemplo muito positivo, “no que se refere à captura de sardinha, são as próprias Organizações de Produtores que se autolimitam, quer nas quantidades diárias por embarcação, quer nas quantidades anuais a capturar”.

Prioridade à Segurança Alimentar Tratando-se o pescado fresco de um alimento altamente perecível, a Segurança Alimentar é uma questão fundamental no negócio da DOCAPESCA. Para dar resposta às suas obrigações, a empresa tem recorrido a diversas empresas externas, nomeadamente a SGS, no sentido de encontrar especialistas neste âmbito. A DOCAPESCA tem Planos de Segurança Alimentar, baseados nos princípios do HACCP, em todos os estabelecimentos licenciados. Destes têm decorrido muitas ações de melhoria de procedimentos, de pré-requisitos e ações de formação aos trabalhadores das unidades envolvidas. Houve impactos com algum significado na operação das lotas, uma vez que as práticas melhoraram, os circuitos foram, por vezes, alterados, os fluxogramas da operação foram estudados, melhorados, (modificados em alguns casos) e assumidos. Hoje, a DOCAPESCA pode afirmar que explora estabelecimentos devidamente licenciados, dotados de Número de Controlo Veterinário, vistoriados regularmente, nos quais existem não conformidades com relativamente pouca expressão e, progressivamente, de tipo menos grave ou de mais fácil correção. Destas devem excluir-se as não conformidades das lotas em edifícios construídos nos anos 80, pensados à luz de uma legislação que já não é a atual e que, ainda assim, cumprem todos os pré-requisitos e não apresentam nenhuma não conformidade inultrapassável. Ao longo de todo este caminho, a SGS tem realizado na


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Mais sobre a DOCAPESCA DOCAPESCA, Auditorias de Segurança Alimentar (p. ex. em Sesimbra, Setúbal, Sines, Nazaré e Peniche), definindo ações de melhoria, efetuando controlos analíticos e dando formação em Higiene e Segurança Alimentar. Segundo o responsável da Direção de Exploração da DOCAPESCA, “este trabalho conjunto é globalmente positivo. Permitiu proceder a alterações (em alguns casos, profundas) e trilhar caminhos que a DOCAPESCA, por si só, teria mais dificuldade. Os técnicos da SGS têm o distanciamento necessário, enquanto que os quadros da ‘casa’ estão envolvidos com o processo, mesmo que indiretamente, embora tenham a seu favor o conhecimento profundo da empresa e da sua operação. Trata-se de uma combinação de meios humanos que se complementa mutuamente”. Outro benefício decorrente da Política de Segurança Alimentar foi a mudança da cultura da empresa, sobretudo nas unidades de menor dimensão. Alguns comportamentos de trabalhadores da DOCAPESCA, de elementos das tripulações das embarcações de pesca e de comerciantes, têm mudado, progressivamente. Humberto Carrapato admite que “as lotas de hoje nada têm que ver com as lotas de ontem e isso deve-se a uma mudança de comportamento admitido por toda a cadeia hierárquica da DOCAPESCA. Acreditamos que o processo de modernização e adaptação dos estabelecimentos é dinâmico e evolutivo”.

A DOCAPESCA - Portos e Lotas, S.A. é a maior empresa europeia a atuar no setor das pescas, quer a nível geográfico, quer pela diversidade dos serviços prestados. Presta serviços de primeira venda de pescado em regime de exclusividade, no continente. A DOCAPESCA presta, também, serviços de apoio a armadores, pescadores, comerciantes de pescado e outros clientes, dos quais se salientam, aluguer de armazéns para comerciantes e armadores, entrepostos frigoríficos, mercados de 2ª venda, venda de gelo e combustíveis. Além da Sede, em Lisboa, onde funcionam os serviços centrais, tem 6 Delegações, que abrangem 20 lotas principais e 50 postos de vendagem em pequenas comunidades piscatórias. É, ainda, a entidade que detém e trata os dados estatísticos relativos ao pescado transacionado nas lotas do continente.

www.docapesca.pt

Como a DOCAPESCA detém muitos estabelecimentos, na prática, quando conclui uma implementação, outra tem que ser iniciada, no mesmo estabelecimento ou noutro. Assim, a empresa continua a apostar em grandes projetos de remodelação total das lotas principais, com impactos enormes na operação futura e que introduzirão, forçosamente, muitas melhorias nas condições de manutenção da cadeia de frio, na mecanização e na definição e facilidade dos circuitos. Duas grandes intervenções, em Peniche e na Figueira da Foz estão já programadas, prevendo-se que pelo menos uma delas terá início ainda durante este ano. Paralelamente às questões relacionadas com a Segurança Alimentar e às preocupações do controlo das espécies referidas no início do artigo, a DOCAPESCA está atenta à necessidade de boas práticas ambientais a bordo de todas as embarcações e em terra. Apesar do longo caminho para percorrer, esta é uma vertente que a empresa está a trabalhar, com o lançamento de projetos de monitorização e controlo dos impactes ambientais das suas atividades.§

Humberto Carrapato Responsável da Direção de Exploração da DOCAPESCA


EnergiasCASE Offshore STUDIES SGS

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Gabinete de Suporte às Energias Renováveis da SGS com competências na Energia Eólica avança para projectos offshore

Hoje em dia, os operadores de parques eólicos de grande dimensão estão a apostar no offshore, o que envolve desafios acrescidos. Os serviços da SGS, dedicados à energia eólica, adaptaram-se a esta tendência e têm como principal objetivo minimizar os riscos inerentes a estes projetos. Como todos os projetos têm as suas especificidades, a SGS desenvolve os seus serviços de forma personalizada às necessidades de cada empresa.

Os parques eólicos offshore enfrentam muitos riscos e desafios, face a inúmeros fatores externos como o clima, a profundidade, o solo, a ondulação, as correntes e as condições do gelo. Um pequeno erro pode causar falhas e perdas de tempo inaceitáveis para a viabilidade dos projetos. Por todas estas razões, cada vez mais investidores, operadores e companhias de seguro procuram serviços independentes de certificação e inspeção que assegurem e verifiquem o desempenho dos parques, ao longo do seu ciclo de vida. A atuação da SGS, em cada fase do desenvolvimento do parque eólico (ver figura), protege os investimentos, reforça a confiança nos projetos eólicos, na sua qualidade e na sua fiabilidade. Assim, os benefícios decorrentes dos serviços de inspeção, ensaios, supervisão, monitorização, gestão, verificação e certificação, beneficiam não apenas os donos dos projetos, mas também os financiadores e subscritores que assumem os riscos inerentes aos projetos. Com um vasto background de parque eólicos onshore e offshore em todo o mundo, a SGS conhece bem todos os riscos envolvidos, bem como os requisitos legais aplicáveis localmente. A experiência da equipa SGS é, assim, essencial para minimizar as potenciais falhas das operações. Recentemente, Paulo Mendes, de 35 anos e nascido em Coimbra, foi nomeado gestor global de Projetos do Gabinete de Suporte às Energias Renováveis da SGS. Após diversos cargos em empresas e projetos internacionais de Energia Eólica e Solar, em Portugal e nos EUA, Paulo Mendes irá agora focar-se nos serviços da SGS relativos à Energia Eólica, mas também apoiar todas as afiliadas do Grupo nos outros setores de Energias renováveis e assegurar que todos os serviços são harmonizados globalmente.

A confiança dos clientes O tipo de empresas que recorre aos serviços da SGS, no âmbito da energia eólica, inclui donos de projetos, investidores financeiros, subscritores, empreiteiros e fabricantes de turbinas. Aqui ficam alguns exemplos de projetos para os quais a SGS contribuiu com as suas competências especializadas: Parque Eólico Offshore Borkum West II (Alemanha) O parque eólico Borkum West II tem oito turbinas, cada uma delas com capacidade de 5MW. A produção anual de energia estima-se em 1,200 GWh, suficientes para abastecer 250.000 habitações e para reduzir as emissões de CO2 em 700.000 t/ ano. A SGS foi contratada para conduzir a Certificação do Projeto, já que na Alemanha, para os projetos serem aprovados pelas autoridades, têm de ser acompanhados e certificados por organismos acreditados. Ao certificar os projetos, a SGS possibilita esta aprovação e o cumprimento das normas nacionais e internacionais. Em virtude do excelente desempenho da SGS, a empresa foi convidada para supervisionar a construção do parque eólico, prevista para o segundo trimestre de 2012. Como existe um elevado número de parque eólicos em desenvolvimento no Mar do Norte e no Mar Báltico, a SGS está, atualmente, envolvida na Certificação do Projeto de 18 parques eólicos offshore alemães.


Redescobrir o Mar Parque Eólico Offshore Bligh Bank (Bélgica)

SGS Horizon

Este projeto está localizado a cerca de 46 km da costa belga, em Bligh Bank. A primeira fase do projeto inclui 55 turbinas com uma capacidade de 165 MW, mas depois de terminado, espera-se que o Parque Eólico Offshore Bligh Bank tenha uma capacidade de 330 MW e um output anual de 1.1 TWh.

Serviços para a Exploração Petrolífera

As atividades relacionadas com a Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde, durante as fases de desenvolvimento e realização (inclui a produção, construção e comissionamento das turbinas, das subestruturas e dos sistemas elétricos) foram entregues à SGS. Após a definição dos procedimentos, foram definidas as auditorias internas para monitorizar o seu cumprimento, estabelecer ações corretivas e preventivas. O objetivo principal da ação da SGS é otimizar a rentabilidade do projeto ao assegurar elevados níveis de qualidade e de segurança na execução.

A SGS presta serviços para todas as fases do ciclo de vida dos parques eólicos

A par da aposta nas energias renováveis, mantém-se a enorme dimensão das operações de extração de petróleo. A SGS Horizon presta serviços a montante da cadeia de valor, especialmente nas plataformas de extração petrolífera. Fundada em 2001, a SGS Horizon nasceu da aquisição, pela SGS, da Energy Partners BV em 2008. Com sede na Holanda, tem uma equipa com mais de 90 técnicos distribuídos por escritórios no Reino Unido, na Nigéria e na Malásia. Os serviços prestados pela SGS Horizon, a empresas de todo o mundo, incluem geociência de exploração, desenvolvimento petrolífero, design e execução de poços. A multidisciplinaridade das equipas designadas para cada projeto, permite encadear num único fluxo, todos os serviços prestados no âmbito das áreas relacionadas com o subsolo. Desde 2008 que a SGS Horizon se tem tornado o centro de excelência do Grupo SGS para serviços relacionados com a extração e poços petrolíferos.

www.horizon-ep.com

6. Operação e Manutenção

5. Comissionamento

0. Fase de conceção 1. Design de Base e Avaliação do Local

2. Design 4. Transporte Específico do e Instalação Local das Turbinas e Fundações 3. Produção

0. Fase de conceção: Due Diligence Técnica; Representação do Dono do Projeto; Consultoria Técnica; Apoio nas Propostas; Gestão de Projeto; Formação; Saúde, Segurança e Ambiente; Cumprimento Legal 1. Design de Base e Avaliação do Local: Avaliação dos Recursos e Estimativas de Produção; Verificação do Design; Representação do Dono do Projeto; Apoio nas Propostas; Consultoria Técnica; Saúde, Segurança e Ambiente; Avaliação do Local; Estudos de Impacto Ambiental

2. Design Específico do Local das Turbinas e Fundações: Verificação do Design; Ensaios às Pás das Turbinas; Avaliação de Fornecedores/Auditorias Técnicas; Representação do Dono do Projeto; Marcação CE; Consultoria Técnica; Saúde, Segurança e Ambiente; Gestão do Risco 3. Produção: Inspeção à Produção; Ensaios às Pás das Turbinas; Ensaios Não Destrutivos; Expedição; Inspeção e Gestão do Controlo e Garantia da Qualidade; Gestão do Risco; Saúde, Segurança, Ambiente; Auditorias de Qualidade 4. Transporte e Instalação: Supervisão da Construção; Supervisão da Carga e Descarga; Inspeção e Gestão da Qualidade e do Ambiente; Avaliação da Garantia Marítima; Saúde, Segurança, Ambiente; Gestão da Execução do Projeto 5. Comissionamento: Ensaios Funcionais e de Segurança; Supervisão do Comissionamento; Inspeção para Aceitação Final; Saúde, Segurança e Ambiente 6. Operação e Manutenção: Gestão da Manutenção; Execução do Projeto; Inspeção de Fim de Garantia; Inspeção em Funcionamento; Verificação de Desempenho; Medição de Vibrações; Análises a Lubrificantes; Inspeção da Caixa Multiplicadora; Ensaios às Pás das Turbinas; Ensaios Não Destrutivos; Inspeção dos Revestimentos; Saúde, Segurança e Ambiente §

www.wind.sgs.com


ENVC

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Estaleiros Navais de Viana do Castelo

65 anos de experiência ao serviço da indústria naval Referências incontornáveis da Economia do Mar, a construção e a reparação naval são atividades que exigem experiência, mas também inovação. Atualmente, os desafios do setor prendem-se com a concorrência asiática, as fontes de financiamento e a cooperação entre as empresas. Com mais de 65 anos, os ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A. mantêm uma forte componente de exportação, reflexo da sua grande capacidade para projetar, construir, converter e reparar navios sofisticados e de diferentes tipos. As atividades marítimas, nas quais se integram a construção e reparação naval, são essenciais para o funcionamento da sociedade nos planos económico e social, quer nos campos da defesa e segurança, do transporte marítimo e das pescas, quer em todos os outros que ao longo dos tempos foram emergindo, como sejam as atividades ligadas ao off-shore, ao turismo marítimo, à náutica de recreio e à energia do mar.

litoral norte do País e que foram o instrumento mais eficaz de continuidade dessa tradição”.

A construção e a reparação/transformação naval é uma indústria de elevada tecnologia, que proporciona milhares de empregos altamente qualificados, em estaleiros e nos seus fornecedores de equipamentos e serviços. Esta indústria, com base em pequenas e médias empresas, constitui uma pedra angular nos clusters regionais marítimos e uma valiosa rede de excelência na investigação científica.

Esta indústria, e especificamente os ENVC, apresentam vantagens competitivas relativamente à maioria das indústrias transformadoras, nomeadamente devido à privilegiada localização geográfica do país, já que ao largo de Portugal cruzam as principais rotas mundiais de transporte marítimo.

Em atividade desde 1944, os ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A. afirmam-se como o mais dinâmico e o maior estaleiro de construção naval de Portugal, com uma capacidade anual de processamento de aço de 20.000 toneladas. Cerca de 20% da sua capacidade produtiva é reservada à atividade de reparação e de transformação de navios, dando resposta às exigentes necessidades dos seus clientes que incluem armadores (nacionais e estrangeiros) de construção naval, reparação naval e reconversão e, mais recentemente, marinha de guerra. Carlos Veiga Anjos, presidente do Conselho de Administração dos ENVC, lembra que “a história destes Estaleiros e da região onde estão implantados bem revela quanto os ENVC vieram dar de continuidade a uma tradição secular local, que foram capazes de capitalizar a vocação marítima e norte-atlântica do

Os fatores de competitividade e a sustentabilidade do setor

Para além da localização geográfica dos ENVC, a qualidade quer de projeto quer da sua mão-de-obra tem sido reconhecida, ao longo dos anos, pelos seus clientes. “Nos últimos 30 anos, os ENVC construíram navios dos mais diversos tipos, fidelizando assim armadores para os quais trabalharam durante décadas, sinal inequívoco da confiança depositada no seu produto e na sua gente”, congratula-se Carlos Veiga Anjos. Os mais de 200 navios já construídos abrangem quase todos os tipos, nomeadamente navios de pesca, batelões, rebocadores, ferry-boats, luxuosos cruzeiros, navios de transporte de carga a granel e contentores, navios de transporte de cimento, navios tanques, LPG, navios de transporte de produtos químicos complexos e navios militares. Entre os anos 2000 e 2007, Carlos Veiga Anjos considera que se viveu um período de euforia financeira, tendo sido injetada na indústria marítima, uma enorme quantidade de fundos, sem


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Mais sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo Os ENVC – Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A., são uma empresa de construção, transformação e reparação de navios mercantes até 30.000 tdw., 190 metros de comprimento e 29 metros de boca e navios militares de pequena/média tonelagem.

Navio Frigorífico

restrições, o que levou a uma inflação do número de encomendas de novos navios e levou o preço dos navios em segunda mão para valores irrealistas. “Esta ‘exuberância irracional’ na indústria marítima”, continua, “mantida durante muitos meses, levou a recordes atrás de recordes no número de novos navios em construção (10.400), sem que houvesse qualquer racionalização, pelo menos no segmento dos navios ‘bulkcarriers’ e, parcialmente, no mercado dos navios porta contentores. A indústria marítima é cíclica, por definição, com ciclos ligados ao comércio mundial, resultantes do balanço entre a oferta e a procura, mas pela primeira vez as usuais fontes de financiamento ‘secaram’. Como resultado, os projetos ainda em estudo pelas entidades financeiras vão sentir esta dificuldade. Novos estaleiros em construção ou em fase de projeto, que fizeram parte da bolha especulativa, poderão desaparecer, e os operadores que chegaram tarde ao mercado e sem experiência no setor, não vão ser capazes de cumprir as suas obrigações”. Paradoxalmente, o ano de 2010 revelou um bom desempenho do mercado de construção naval mundial ao atingir 42.095 kcgt em novas encomendas, i.e. um aumento de quase 3 vezes em relação a 2009. Este valor é muito semelhante à média do observado desde o ano 2000 (40.350 kcgt) mas ainda assim muito inferior ao pico de 2007 (85.277 kcgt), cerca de 50%.

A equipa de cerca de 730 pessoas, composta por técnicos de nível médio e superior, trabalha numa área total de 270.000 m2, sendo 50.000 m2 ocupados por oficinas e armazéns. Os meios de docagem e amarração incluem: 1 doca seca com 203 x 32 m; 1 doca seca com 127 x 18 m; 1 plataforma de construção no enfiamento da doca maior, com 140 x 32 m; 1 bacia de aprestamento com dois cais de 190 m de comprimento cada; 1 cais de amarração (Bugio) com 300 m de comprimento; 1 carreira de construção com 120 x 40 m.

www.envc.pt Para o setor da construção e reparação naval se afirmar como competitivo perante a cada vez mais forte concorrência asiática, a sua sustentabilidade passa por uma complexidade de medidas que resultem na redução custos fixos, na melhoria da organização e da produtividade, no reforço das áreas técnico-comerciais e de engenharia, bem como numa re-estruturação financeira. “São, ainda, reconhecidamente escassos os meios aplicados em Investigação & Desenvolvimento na construção e reparação naval em Portugal, assim como os incentivos ao investimento. É também evidente que a cooperação entre as empresas de construção e reparação naval, incluindo as atividades auxiliares, é condição indispensável à sustentabilidade do setor em Portugal e os ENVC estarão na primeira linha desse caminho que tem de ser prosseguido”, conclui o responsável.§

Carlos Veiga Anjos Presidente do Conselho de Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo


Marina de Vilamoura

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Marina de Vilamoura Tradição aliada à inovação

O turismo náutico está identificado como um dos 10 produtos estratégicos do Plano Estratégico Nacional do Turismo. Um dos seus principais vetores é a náutica de recreio que, em Portugal, conta com um número considerável de infraestruturas. A Marina de Vilamoura é a mais antiga e continua a ser a maior infraestrutura portuguesa deste género. A aposta na qualidade e na sustentabilidade são os elementos diferenciadores num mercado cada vez mais global e competitivo.

“Portugal tem condições naturais fantásticas, só o clima e a costa não encontram igual em toda a Europa. No entanto, temos de criar condições para receber os turistas e temos de apostar na promoção externa. A concorrência é muito forte, daí a necessidades de nos destacarmos, com a diversificação da oferta e sobretudo a excelência dos serviços prestados”. Quem o diz é Isolete Correia, diretora-geral da Marina de Vilamoura. Referindo-se à náutica de recreio em particular, considera ser um mercado em franca expansão, que tem ainda muito por contribuir para o turismo em Portugal, merecendo ser integrado na estratégia promocional deste destino turístico. A Marina de Vilamoura foi inaugurada em 1974, tendo sido a primeira infraestrutura deste género a nascer em Portugal. Com os atuais 825 postos de amarração e uma área de estaleiro com capacidade para 200 embarcações, continua, até hoje, a ser a maior marina do país. Mas esta marina é mais do que um local para a atracagem de embarcações; é um destino obrigatório a todos os que visitam o Algarve. Katrin Schifferegger, responsável pelo Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente (SGQA), acredita que a grande notoriedade da Marina de Vilamoura se deve “não só à nossa história como marina mais antiga de Portugal, mas também à qualidade das infraestruturas e serviços que oferecemos”. É importante reconhecer o contributo da atividade da Marina de Vilamoura para a sócio-economia local e o seu pioneirismo na integração dos conceitos da sustentabilidade ambiental na gestão. Isolete Correia lembra que “o projeto para a construção da marina foi, em 1970, algo completamente inovador e visto por muitos como utópica. Mas o tempo veio a dar razão aos

seus fundadores e demonstrou o sucesso deste projeto para toda a comunidade: Vilamoura vive em torno desta marina. Este espírito empreendedor tem-se mantido, não nos limitamos a descansar sobre os sucessos do passado e a melhoria contínua, que é o objetivo último da Certificação Ambiental e da Qualidade, coaduna-se perfeitamente com esta filosofia”. De notar, também, o exemplo dado pela Marina de Vilamoura, que tem promovido esta consciência junto de diversos atores locais, regionais e nacionais. Prova disso são os inúmeros contributos que tem prestado em seminários e na receção de grupos que acolhe para aprenderem com as boas práticas implementadas.

O Sistema de Gestão é uma ferramenta de trabalho Internacional e nacionalmente distinguida, a Marina de Vilamoura recebeu, em 2008, o galardão das 5 âncoras, atribuído pela The Yacht Harbour Association da British Marine Federation e, em 2011 o prémio de Melhor Marina de Portugal nos Portugal Trade Awards de 2011. Estes reconhecimentos juntam-se à Bandeira Azul que tem sido atribuída todos os anos às praias da Rocha Baixinha e Vilamoura e às Certificações do Ambiente e da Qualidade, atribuídas pela SGS, desde 2002 e 2004, respetivamente. De facto, a Praia da Rocha Baixinha é a primeira praia certificada em todo o mundo. Mas para Isolete Correia, “o Sistema de Gestão é encarado mais como uma ferramenta de trabalho do que como um fator de promoção externa, embora certamente contribua para a credibilidade que temos junto dos nossos clientes e outras partes interessadas”. A responsável explica que “é de referir o profun-


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do conhecimento que estes Sistemas nos dão da atividade que gerimos: a monitorização prevista nas normas de referência obriga à produção de um conjunto importante de dados, que nos permitem fundamentar todas as decisões tomadas. Assim, quando planeamos a nossa atividade e os nossos investimentos, não nos baseamos em feelings, mas sim em factos e dados concretos, constituindo assim um processo objetivamente fundamentado, o que dá um enorme conforto e segurança a quem é responsável pela gestão de uma empresa”. Outra vantagem que se tornou muito clara ao longo do processo de implementação e certificação dos Sistemas é a motivação da equipa. Katrin Schifferegger, por seu lado, destaca que “embora estes Sistemas impliquem um acréscimo de trabalho para quase todos os colaboradores, a satisfação e o orgulho no final de uma auditoria externa, em que pessoas qualificadas e independentes felicitam a equipa pelo excelente trabalho desenvolvido, é enorme!” Acompanhar a evolução da náutica de recreio é um objetivo sempre premente. A Marina de Vilamoura tem verificado um aumento significativo na procura de postos de amarração para embarcações de grandes dimensões, mas tem vindo a desaparecer a procura para as embarcações pequenas. Para dar resposta a esta tendência do mercado, está em curso, a aguardar a aprovação por parte das entidades competentes, um projeto relevante - a expansão da Marina para a zona do Anteporto da Marina de Vilamoura. Este projeto prevê a criação de cerca de 70 postos de amarração para embarcações de grande porte, de 20m a 40m de comprimento. A visão futura da Marina de Vilamoura é bem clara: continuar empenhada no investimento de bem servir os seus clientes. Neste sentido, tem vindo a dedicar particular atenção à melhoria contínua, à requalificação das suas infraestruturas, à excelência dos serviços prestados e à arte de bem receber.§

Mais sobre a Marina de Vilamoura A concessão desta marina foi atribuída, em 1970, à Lusotur, que em 1994 iniciou formalmente a atividade da empresa Marina de Vilamoura, S.A., empresa do grupo para quem foi transferida a concessão e exploração da marina. Para além da concessão da marina, entretanto prorrogada até 2060, detém ainda a concessão de cinco unidades balneares na Praia da Rocha Baixinha (Praia da Falésia) e duas na Praia de Vilamoura. Nas suas atividades, a Marina de Vilamoura emprega um número de funcionários que varia entre 44 nos meses do inverno e 95 no pico do verão. Com um volume de negócios tem crescido anualmente, tendo ultrapassado os oito milhões de Euros em 2010, a grande maioria dos clientes da Marina e Praias é de nacionalidade portuguesa, com 55% de utentes nacionais na Marina em 2010, devendo a fração nacional nas praias ser ainda muito superior.

www.marinadevilamoura.com

Katrin Schifferegger

Isolete Correia

Responsável pelo Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente (SGQA) da Marina de Vilamoura

Diretora Geral da Marina de Vilamoura


Silos de Leixões

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Silos de Leixões

A melhoria contínua e a diversificação na atividade silar Situada num dos principais portos da Península Ibérica, a empresa Silos de Leixões tem vindo a consolidar a sua posição. Desde o início da sua atividade, em 2007, já movimentou anualmente entre 773.000 e 829.000 toneladas de granéis sólidos agroalimentares. A focalização no cliente e a aposta na excelência dos serviços têm sido essenciais para a empresa.

O negócio da movimentação e armazenagem de granéis sólidos agroalimentares é crucial para a economia portuguesa. A empresa Silos de Leixões (SdL) é a concessionária desta atividade e da estrutura portuária afeta no Porto de Leixões desde 2007. A capacidade de receção instalada é de 1.000 ton/h, distribuída por três circuitos distintos, que servem quer a armazenagem vertical em silo, quer a armazenagem horizontal, especialmente utilizada para produtos de escoamento difícil. A armazenagem vertical, com uma capacidade de 100.000 toneladas, é utilizada principalmente para trigos destinados à indústria de moagem do norte e todo o tipo de produtos em grão. A capacidade de armazenagem é acrescentada em cerca de 15.000 toneladas de produto peletizados, com a utilização de um moderno armazém horizontal. As instalações dispõem, ainda, de um ramal ferroviário privativo que recebe ou expede produto por via ferroviária, sendo esta via complementada com a rodovia, permitindo um rápido acesso a todo o noroeste da Península Ibérica.

Na área de atividade da SdL, o tráfego de produtos é feito por navio desde a origem. Considerando a nossa posição geográfica, Portugal poderá ser a porta de entrada para abastecimento de determinadas regiões de Espanha. Na opinião da gerência da SdL, falta criar uma economia portuária dinâmica e com escala, para que os portos portugueses sejam mais competitivos. Não faz sentido que o país não tire partido da sua localização geográfica, faltando-lhe apenas os meios para chegar mais longe de forma mais competitiva – é necessário desenvolver a componente de corredores terrestres. A outro nível – o portuário – a gerência da SdL considera ser necessário, para uma maior competitividade, aumentar a rapidez, a capacidade de movimentação e alargar os horários de trabalho. Enfim, tornar o regime laboral mais flexível devendo-se, simultaneamente, investir no transporte por ferrovia aumentando a capacidade deste meio de transporte.

Focalização no cliente e melhoria dos serviços A porta de entrada na Península Ibérica O facto de Portugal ser um país altamente dependente de importações de matérias-primas alimentares, torna uma estrutura portuária como esta relevante e suscetível às flutuações da conjuntura económica. As variações na atividade da SdL prendem-se, assim, com a competitividade entre portos e variações conjunturais dos preços nos mercados internacionais dos produtos agroalimentares, sendo que as origens de produtos variam também com estes fatores.

Além de ser acreditada como Armazenista Sem Funções Comerciais no Setor dos Alimentos Para Animais, a SdL obteve a Certificação em Segurança Alimentar, segundo o HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points), pela SGS. Sendo a Certificação HACCP atribuída e acompanhada por uma entidade independente de renome mundial, como a SGS, esta cria na SdL o sentido de responsabilidade para estar mais atenta ao Sistema e aumenta a sua confiança no serviço que presta, desde a origem até a entrega ao cliente final. Conforme está expresso na Política de Segurança Alimentar da SdL, a cer-


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tificação é um meio de: garantir o padrão de qualidade dos produtos agroalimentares; manter a confiança, a satisfação e a preferência dos clientes; valorizar os colaboradores; otimizar os processos; constituir uma referência no setor em que opera; estabelecer parcerias com fornecedores que se guiem pelos mesmos princípios de qualidade; promover a análise constante de oportunidades de melhoria contínua, aplicáveis aos diferentes processos. O Sistema HACCP constituiu um desafio muito interessante para a SdL, não só pelo fim em vista, como também pela necessidade de participação e envolvência de todos os colaboradores, que corresponderam da melhor maneira. Foi realizado um diagnóstico à empresa, elaborado e implementado o Sistema HACCP e dada formação a todos os colaboradores. Este processo é considerado dinâmico pela SdL e não se esgotou na certificação, sendo anualmente o Sistema revisto e realizadas ações de formação. O acompanhamento por parte da SGS permite a evolução e melhoria contínua de processos e a prestação de um serviço de excelência. No entanto, é importante referir que o Sistema de Gestão da Segurança Alimentar constituiu uma evolução, uma adaptação e sistematização de procedimentos já adotados pela SdL. A iniciativa serviu, também, para sensibilizar e aculturar os colaboradores da importância da Segurança Alimentar na sua atividade. De acordo com a gerência da SdL, o maior obstáculo à implementação deste Sistema prendeu-se com o aumento da carga burocrática com vista a evidenciar as ações tomadas. Numa outra vertente da actividade, a SGS trabalhou com a SdL no âmbito da quantificação de stocks, para a avaliação de ativos, além de manter uma presença contínua no espaço da SdL como entidade de supervisão. A SdL concluiu este ano um ambicioso projeto de implementação do seu sistema integrado de informação que inclui a utilização de um novo ERP de gestão e o desenvolvimento de uma aplicação feita à medida. Esta aplicação permitiu a automatização dos sistemas de controlo e registo das operações, a elaboração de relatórios internos e para diversas entidades externas. Está já preparada a disponibilização de um portal de clientes, através do qual a empresa poderá interagir com os clientes, disponibilizando e recebendo informação online sobre as operações. Com este sistema, os clientes fazem a sua gestão total de armazenagem e movimentação do produto sem sair do seu espaço físico. A curto prazo, a SdL pretende desenvolver soluções de logística integrada com os clientes, aumentando a gama de serviços prestados, nos quais se insere uma agência de navegação.§

Mais sobre a Silos de Leixões A Silos de Leixões (SdL) está integrada no grupo Gestmin. Opera desde janeiro de 2007, sendo a sua atividade concessionada, por um período de 25 anos, pela Administração dos Portos do Douro e Leixões. Esta concessão sucede, na exploração das instalações, à SILOPOR - Empresa de Silos Portuários, SA que, por sua vez, sucedeu à EPAC – Empresa Pública de Abastecimento de Cereais, EP. A SdL dista 600m do Porto de Leixões, que permite a acostagem de navios até 215m de comprimento, 32,5m de boca e 11,20m de calado. O quadro de colaboradores é de 35 pessoas exercendo funções na operação, manutenção, contacto com o cliente e serviços administrativos. Este quadro de pessoal dispõe de uma vasta experiência no exercício das suas funções, detendo um profundo conhecimento da atividade silar.

www.silosdeleixoes.pt


Silopor

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SILOPOR

A importância da descarga de navios e armazenagem de cereais e oleaginosas Na sequência da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia em 1986, foi criada a SILOPOR - Empresa de Silos Portuários, SA como apoio aos importadores de cereais e oleaginosas, nas vertentes de descarga de navios e armazenagem das mercadorias. As alterações que se foram verificando na sua organização ao longo dos anos, são sinais da evolução dos mercados, mas também da irrefutável relevância que a sua atividade tem para o país.

Portugal importa mais de 80% das suas necessidades de cereais e oleaginosas e as importações são, quase na totalidade, feitas por via marítima. Parte importante desta cadeia de valor é constituída pelos serviços de descarga de navios e armazenagem de cereais e oleaginosas aos importadores. A SILOPOR - Empresa de Silos Portuários, SA é uma das principais empresas deste setor, com a concessão de diversos silos (ver caixa), movimentando 2.509 milhares de toneladas de cereais em 2010, o que significou um volume de negócios de 15,6 milhões de euros. A empresa, que desenvolve a sua atividade em concorrência quer com outros portos, quer com outras empresas no Porto de Lisboa, tem mantido a sua plena atividade, tendo mesmo vindo a subir a sua quota de mercado que, no âmbito do Porto de Lisboa, se situa em cerca de 68%. Outro serviço que se revela importante para uma boa relação entre a empresa, o cliente, o fornecedor desse cliente, o transportador marítimo e possivelmente o transportador terrestre, é a superintendência exercida no ato da descarga dos navios. “Esta só pode operar por conta e ordem dos nossos clientes, uma vez que são eles os proprietários da mercadoria em causa. A superintendência desempenha, de facto, um papel dissuasor de eventuais divergências no momento de descarga de navios de cereais, oleaginosas e produtos alimentares afins”, esclarece Abel Vinagre, administrador da SILOPOR. A superintendência é o serviço que esteve na génese da SGS, em 1878. Desde então, a SGS tem-se afirmado nos portos mundiais, sendo o atual líder global nesta atividade. Também nos espaços da SILOPOR, a SGS tem uma presença contínua como entidade inspetora.

Reconhecimento, certificação e competitividade Atendendo à importância da sua atividade no quadro das importações nacionais, a SILOPOR tomou a iniciativa de ser uma das primeiras empresas, enquanto Terminal Portuário de grande expressão, a implementar o HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points), a introduzir e a certificar as normas do ISPS International Ship and Port Facility Security Code) e, por consequência, a aplicar o Código de Boas Práticas, (Code of Good Trading Practice) em todas as suas instalações. Em abril de 2009 obteve a certificação em Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar de acordo com a norma ISO 22000, pela SGS. Este importante passo respondeu ao interesse manifestado por alguns dos mais significativos clientes no sentido de manterem, a montante da cadeia de produção alimentar, uma entidade com um eficaz Sistema de Gestão da Segurança Alimentar que cumprisse as normas. O mercado onde a SILOPOR desenvolve a sua atividade não é substancialmente diferente dos mercados a nível europeu, até porque grande parte dos clientes são os mesmos – as empresas multinacionais do setor – e os requisitos aplicáveis à operação são idênticos. Nesta medida, a utilização de uma experiência internacional através de uma entidade certificadora reputada no setor mostrou-se essencial. Para o administrador da SILOPOR, “era obviamente importante que a certificação em Segurança Alimentar fosse efetuada por uma entidade cujo mérito e isenção fossem generalizadamente reconhecidas pelo setor, como é o caso da SGS, na medida em que a maioria dos clientes da SILOPOR são grandes empresas agroalimentares nacionais e multinacionais”.


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Mais sobre a SILOPOR Para além da Certificação ISO 22000, a SILOPOR tem vindo a ser visitada/auditada periodicamente pelas multinacionais que descarregam e armazenam os seus produtos, prova do grande empenho na Segurança Alimentar por parte deste setor. Quanto à competitividade do transporte marítimo, dado o baixo preço unitário dos cereais, esta mercadoria não tem capacidade comercial de absorção de elevados custos de transporte. Por esta razão, Abel Vinagre tem a convicção que “na média distância (por exemplo de Lisboa até à Extremadura espanhola), o meio mais eficaz seria o ferroviário, caso existisse, a partir da Trafaria, ou o rodoviário. Mas para qualquer destino para lá dos Pirenéus, nenhum transporte terrestre poderá competir com o transporte marítimo no mercado de cereais. As considerações relativas à emissão de CO2 e às suas consequências presentes e futuras no preço dos transportes deverão ser levadas em consideração, mas no presente caso não fazem senão corroborar a afirmação de que, a partir de médias distâncias e sempre que se torne geograficamente possível, o transporte marítimo é o meio indicado para a movimentação de cereais”. A SILOPOR tem vindo a desempenhar com sucesso financeiro e comercial a sua atividade mas, por força das decisões comunitárias e da legislação existente, perspectiva-se para breve a concessão da sua atividade a uma empresa privada (ver caixa). A SILOPOR enquanto entidade jurídica extinguir-se-á, assim, de seguida, deixando à nova concessionária a missão de prestar à comunidade os serviços até aqui desempenhados, com utilização dos meios materiais e humanos até aqui enquadrados na marca SILOPOR.§

Abel Vinagre Administrador da Silopor

A SILOPOR - Empresa de Silos Portuários, SA foi criada em 1986 por cisão do então monopólio estatal de importação de cereais, a EPAC – Empresa Pública de Abastecimento de Cereais, EP. Aquando da adesão nesse ano de Portugal à Comunidade Económica Europeia, foi decidido autonomizar os silos portuários que servem a atividade de importação de cereais na forma de uma empresa, a SILOPOR, capaz de prestar serviços de descarga de navios e armazenagem de cereais e oleaginosas aos importadores, que começaram desde então a progressivamente substituir a EPAC enquanto entidade importadora. Na sua constituição a SILOPOR veio a integrar os silos de Leixões e os silos do Beato e Trafaria, no Porto de Lisboa. Mais tarde, já em 2001, a SILOPOR viria a integrar como silo de retaguarda o silo de Vale Figueira na zona de Santarém. A sua capacidade de armazenagem nominal é de 200.000 toneladas no Terminal Portuário da Trafaria, 120.000 toneladas no Terminal Portuário do Beato e 20.000 toneladas no silo de Vale Figueira, empregando nestes terminais um total de 106 trabalhadores. Em 2001 foi decidido pelo Governo privatizar a atividade da SILOPOR na forma de duas concessões, uma respeitante ao silo de Leixões e outra respeitante aos silos de Lisboa, nela se incluindo o silo de Vale Figueira. O concurso público para a concessão da atividade da SILOPOR no Porto de Lisboa foi aberto em 2007 e a sua atividade encontrase muito perto do momento de transferência para uma entidade privada. A atividade da SILOPOR em Leixões foi concessionada em janeiro de 2007 à empresa privada, Silos de Leixões.

www.silopor.pt


Serviรงos

em destaque


Eficiência Energética na A Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A. é responsável pelo tratamento e valorização dos Resíduos Sólidos Urbanos em 19 Municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste. A eficiência energética é um imperativo na sua atividade, imposto não apenas por requisitos leais, mas também pela própria Política de Ambiente, Segurança e Qualidade da empresa.

Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são tratados e valorizados pela Valorsul através de um moderno Sistema de Gestão Integrada de RSU constituído 19 instalações. Segundo João Manuel Barata, diretor de Sistemas de Gestão de Ambiente, Segurança e Qualidade, “a Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) e a Central de Valorização Energética estão abrangidas pelo Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) pois são instalações consumidoras intensivas de energia (consumo energético superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo)”. A ETVO tem capacidade para processar 40.000 toneladas/ano de resíduos urbanos biodegradáveis, recolhidos seletivamente em restaurantes, cantinas, mercados, hotéis, entre outros produtores. Através de Digestão Anaeróbia e de um pós-tratamento aeróbio, produz-se composto orgânico sem aditivos químicos, para utilização agrícola, e energia elétrica a partir do aproveitamento do biogás produzido no processo. Em 2010 a ETVO produziu cerca de 8.000 MWh de energia elétrica bruta e 107 toneladas de composto. O responsável reporta, ainda, “um consumo elétrico de cerca de 4.000 MWh. Considerando a produção líquida de 134 kWh, poderá ser alimentada energeticamente uma população com cerca de 2.500 habitantes”. Após as monitorizações do consumo elétrico dos diversos setores e equipamentos, escolhidos com base em critérios de utilização e diagnóstico, segue-se o relatório da SGS com os va-lores determinados na Auditoria Energética. A partir destes valores serão determinadas as metas anuais de redução do consumo de energia, que devem apresentar um mínimo de 4% de melhoria na intensidade energética e, pelo menos, manter os valores históricos de intensidade carbónica. Assim, determinam-se os consumos específicos que se esperam obter no final do período de implementação do Plano de Racionalização do

Consumo de Energia (PREn), ou seja até 2018. Mas o percurso da eficiência energética da Valorsul começou há já alguns anos. 2005 foi um ano marcante para a Valorsul. Além de estabelecer um PREn para a Central de Valorização Energética, cuja implementação decorreu até 2010, foi quando a SGS certificou os Sistemas de Gestão de Ambiente, Segurança. Desde 2009 (ano da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade) que decorre, para a globalidade da Valorsul, um Plano de Eficiência Energética para dar cumprimento aos requisitos legais aplicáveis no âmbito da eficiência energética. Sendo a Valorsul uma empresa ligada à Administração pública, e no recente contexto legal do programa de Eficiência Energética da Administração Pública (ECO.AP), a empresa nomeou um gestor local de energia responsável pela dinamização e verificação das medidas para a melhoria da eficiência energética. João Manuel Barata garante que este percurso continua para a Valorsul e que “continuarão ser adotadas as medidas necessárias para dar cumprimento aos requisitos legais que vierem a ser exigidos”.§

João Manuel Barata Diretor de Sistemas de Gestão de Ambiente, Segurança e Qualidade da Valorsul


Acompanhando... ... um Auditor de Energia

1. Briefing inicial com o Técnico Superior da ValorSul na chegada às instalações, para indicação das fases de trabalho planeadas

2. Os técnicos da SGS descarregam os equipamentos de medição, junto de um dos locais de intervenção.

A Auditoria Energética é uma ferramenta essencial para se saber como a energia é gerada e transformada numa instalação. Uma das conclusões mais importantes da Auditoria Energética é a identificação de medidas de Utilização Racional de Energia (URE). O planeamento temporal da aplicação das medidas de URE constitui-se como um Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn), cuja execução e monitorização conduzirão a reduções tangíveis das emissões diretas e indiretas de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e da fatura energética da instalação. Quer seja realizada no âmbito do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) ou do Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), dois dos instrumentos legislativos que fomentam uma maior eficiência energética das instalações industriais e dos edifícios, a Auditoria Energética exige rigor, competência e um conhecimento profundo das atividades desenvolvidas nas unidades auditadas. Veja como os técnicos da SGS levam a cabo um dia de Auditoria Energética na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO), instalação da Valorsul localizada na Amadora, que gentilmente recebeu a SGS Global para esta fotorreportagem. Esta instalação dedica-se ao tratamento de fim de vida dos resíduos orgânicos gerados na região de Lisboa, revalorizando-os pela transformação destes em Biogás e composto fertilizante orgânico. O Biogás produzido é convertido, ainda no interior da instalação, em energia elétrica, que é posteriormente entregue à rede de distribuição de eletricidade nacional. A ETVO está abrangida pelo SGCIE e pelo Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (Eco.AP) cujo objetivo último é uma maior eficiência energética através da implementação de PREn.

3. Início dos trabalhos de medição num dos locais selecionados, na rede elétrica da instalação.

4. Preparação de um dos pontos a monitorizar, antes da instalação dos equipamentos de medição.

5. Instalação do equipamento de medição no ponto selecionado, após preparação.


11. Interação com o Técnico Superior da Valorsul durante o processo de medição.

10. Configuração da instrumentação de medição não intrusiva de fluxos de energia térmica.

9. Configuração da instrumentação de medição não intrusiva de fluxos de energia térmica.

8. Instalação da instrumentação para medição não intrusiva de fluxos de energia térmica.

6. Configuração dos equipamentos de medição, após montagem no quadro elétrico.

7. Equipa da SGS à entrada de uma das salas técnicas na instalação - Sala da Caldeira.


Responsabilidade Ambiental

Serviços SGS

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Danos Ambientais A Responsabilidade Ambiental compensa!

As atividades industriais são uma fonte de riqueza e desenvolvimento das sociedades. No entanto, o seu impacto sobre o meio ambiente e sobre as comunidades pode ser catastrófico, como a história infelizmente nos recorda. Para fazer face aos riscos associados a determinadas atividades, a União Europeia tem vindo a legislar sobre a Responsabilidade Ambiental dos agentes, estabelecendo um regime jurídico de cumprimento obrigatório já em vigor em Portugal. No ano de 2004, em 21 de abril, foi publicada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho a Diretiva n.º 2004/35/CE relativa à responsabilidade ambiental em termos de prevenção e reparação de danos ambientais. Apesar desta temática não ser recente, é importante constatar que se trata de uma preocupação transversal refletindo questões muito importantes. O Decreto-Lei n.º 147/2008, estabelece o regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais e transpõe para a ordem jurídica nacional a referida Diretiva com as alterações que lhe foram introduzidas pela Diretiva n.º 2006/21/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa à gestão de resíduos da indústria extrativa e pela Diretiva 2009/31/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, relativa ao armazenamento geológico de dióxido de carbono. O Decreto-Lei n.º 147/2008 aplica-se a:

pública ou privada, que execute, controle, registe ou notifique uma atividade abrangida pelo regime da responsabilidade ambiental (alínea l, n.º1 do art. 11.º). Qualquer operador que exerça uma ou mais atividades listadas no Anexo III do diploma, deve obrigatoriamente constituir uma garantia financeira que lhe permita assumir a responsabilidade ambiental inerente à atividade por si desenvolvida. As pessoas coletivas têm responsabilidade solidária dos respetivos diretores, gerentes e administradores. Tratando-se de uma sociedade em relação de grupo ou domínio, a responsabilidade ambiental estende-se à sociedade mãe. B) A Autoridade Competente em Portugal é a Agência Portuguesa do Ambiente.

• Danos ambientais, nos termos do definido na alínea e) do n.º 1 do art. 11.º do diploma;

C) Os Garantes Financeiros são instituições como Bancos e Seguradoras.

• Ameaças iminentes desses danos, definidas na alínea b) do n.º 1 do art. 11.º do diploma;

2. Âmbito e alcance da Responsabilidade Ambiental A) Responsabilidade Civil – Danos provocados a terceiros

Importa perceber conceitos e responsabilidades para melhor se entender a aplicação do Diploma.

CONCEITOS E RESPONSABILIDADES 1. Destinatários

• Objetiva: quem, em virtude do exercício de uma atividade prevista no Anexo III, ofender direitos ou interesses alheios por via da lesão de um qualquer componente ambiental é obrigado a reparar os danos resultantes dessa ofensa (independentemente da existência da culpa).

A) O Operador O diploma é aplicável a qualquer pessoa singular ou coletiva,

• Subjetiva: quem, com dolo ou mera culpa, ofender direitos ou interesses alheios por via da lesão de um


componente ambiental fica obrigado a reparar danos – atividades fora do Anexo III. B) Responsabilidade Administrativa – Danos provocados ao “ambiente” enquanto bem público • Objetiva: para atividades do Anexo III, o agente é responsável pelo perigo (independentemente da culpa). • Subjetiva: para atividades fora do Anexo III, a responsabilidade é baseada na culpa do agente. 3. Dano Ambiental: Âmbito de Cobertura A) A Responsabilidade Civil cobre todos os danos causados a terceiros, em virtude das condutas supra descritas. B) A Responsabilidade Administrativa cobre os danos causados às espécies e habitats naturais protegidos, à água e ao solo. A prescrição do dano ambiental é de 30 anos Nas espécies e habitats naturais protegidos e na água, apenas se considera a existência dos danos ambientais se estes tiverem efeitos significativos e adversos. Importa referir que são significativos os danos que afetem adversamente a consecução ou a manutenção do estado de conservação das espécies e habitats naturais protegidos. A avaliação tem como ponto de referência o estado de conservação, no momento dos danos, e tendo em consideração o disposto no capítulo IV do Diploma. No caso do dano causado ao solo apenas se considera a existência de danos ambientais no caso de risco significativo para a saúde humana.

COMO CUMPRIR COM A LEGISLAÇÃO A garantia financeira deve ser constituída tendo por referência a estimativa dos custos das medidas de prevenção e reparação dos danos potencialmente envolvidos. Importa aos Operadores procederem de acordo com as instruções publicadas no site da Agência Portuguesa do Ambiente e que se transcrevem (www. apambiente.pt):

reparação dos danos ambientais, nos termos do disposto no Anexo V do diploma; 6. Determinar os custos das medidas referidas.

A METODOLOGIA DA SGS PORTUGAL Tendo por base a legislação e as orientações existentes, a SGS desenvolveu uma metodologia de caracterização da atividade ocupacional e meio ambiental envolvente à instalação, assim como uma metodologia de avaliação de risco de acordo com a norma UNE EN 150008 “Análisis y evaluación del riesgo ambiental”. O meio ambiental é caracterizado mediante as várias vertentes ambientais, dando enfoque àquelas que se identificam com maior importância dada a singularidade das áreas em estudo, nomeadamente Hidrologia; Ar; Solo; Geologia e Hidrogeologia; Paisagem; Condicionantes ao nível de Espaços Classificados; Águas residuais; Fauna; Flora e Vegetação. Desta forma a SGS constitui-se um parceiro de ação global e construtiva, que visa dotar os seus clientes das informações necessárias e suficientes para cumprir com a legislação e salvaguardar as suas responsabilidades perante o meio ambiente e a sociedade.§

A avaliação de riscos de acordo com a norma UNE EN 150008: [[

Identificação de perigos associados às áreas/processos da instalação;

[[

Desenvolvimento de cenários de acidente;

[[

Inventariação de medidas de prevenção, controlo, mitigação;

[[

Atribuição de um nível de magnitude das consequências, probabilidade/possibilidade de ocorrência e risco por cenário de acidente;

[[

Hierarquização e seleção dos cenários de acidente.

1. Efetuar a caracterização da atividade ocupacional, incluindo todas as operações que envolvam riscos para o ambiente; 2. Identificar o estado inicial (alínea j) do n.º1 do art. 11.º): analisar a situação atual das espécies e habitats naturais protegidos, das massas de água de superfície e subterrâneas e dos solos na envolvente da atividade ocupacional, suscetíveis de ser afetadas pelas situações de risco resultantes da atividade ocupacional; 3. Identificar e analisar os cenários de risco previsíveis, isto é, os incidentes suscetíveis de ocasionar danos ambientais (alínea e) do n.º1 do art. 11.º) com probabilidade de ocorrência não negligenciável, tais como a libertação acidental de substâncias perigosas, incêndio, explosões, entre outros; 4. Avaliar os danos ambientais associados aos cenários de risco previsíveis; 5. Definir os programas de medidas para a prevenção e a

Paula Costa Diretora de Ambiente, Segurança e Energia SGS Portugal


Banco Santander Totta

Serviços SGS

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Banco Santander Totta

a primeira entidade em Portugal com certificação efr entidade familiarmente responsável A Certificação efr – entidade familiarmente responsável estabelece um modelo simples e eficaz de gerir os processos de conciliação entre a vida familiar e profissional dos profissionais nas Organizações. O Banco Santander Totta é a primeira Organização em Portugal a alcançar esta certificação criada pela Fundación Más Família e auditada em Portugal, exclusivamente, pela SGS.

Para o Banco Santander Totta, a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos seus colaboradores, é um tema que faz parte da agenda estratégica. Isabel Viegas, diretora de Recursos Humanos, sabe que tem “a melhor equipa de banca a operar em Portugal e queremos ser um empregador de referência em Portugal, pelas condições de trabalho, de equilíbrio e de desenvolvimento pessoal e profissional que garantimos aos nossos colaboradores. É esta visão que nos inspira em tudo o que estamos a fazer pela nossa equipa”.

necessidades;

Esta visão é concretizada em duas vertentes: o programa ‘Santander És Tu’ e a Certificação efr – entidade familiarmente responsável.

- Ter um regime de trabalho a tempo parcial que possibilita aos colaboradores dedicar-se mais à família durante um período de tempo, sem reduzir o seu salário na mesma proporção da redução do horário;

O ‘Santander És Tu’ é um programa que materializa a oferta de valor do Banco enquanto empregador. Desenvolve-se em torno das sete vantagens de ser Santander: (a) estar numa empresa sólida, (b) que reconhece o contributo de cada um, (c) que cria condições para equilibrar a vida familiar e profissional, (d) que oferece a possibilidade de fazer uma carreira internacional, (e) que oferece formação de elevada qualidade nas principais escolas de gestão internacionais, (f) que permite o desenvolvimento profissional com múltiplas experiências progressivamente mais qualificadas e (g) onde se pode ser cidadão solidário, participando em inúmeras iniciativas de voluntariado que o Banco acarinha. Cada uma destas vantagens é tangibilizada com inúmeras ações, como por exemplo: - Serviços de Conveniência: a funcionar em Lisboa e no Porto, se um colaborador precisa de ir levantar umas análises, comprar flores para um jantar ou buscar uma roupa à lavandaria, basta apenas ligar e o Banco tem uma resposta estruturada para estas

- Ter a tarde livre no aniversário dos filhos; - Formação em Coaching Parental: o Banco proporciona aos seus colaboradores ações de formação em temas familiares como ‘Ser melhor Pai e melhor Mãe’, ou ‘Como gerir as horas difíceis em casa’, numa iniciativa inédita e com enorme impacto;

- Os colaboradores que são membros de Associações de Pais têm tempo livre dado pelo Banco para esta atividade para além do que a Lei consagra. Na senda do objetivo de introduzir duas medidas novas em cada ano no programa ‘Santander És Tu’, 2011 será um ano dedicado à esfera do apoio à gestão financeira familiar dos colaboradores.

O impacto da Certificação efr Para o Santander Totta, a Certificação efr surgiu na sequência do trabalho que o Banco vem realizando, desde 2008, introduzindo iniciativas de conciliação e de equilíbrio entre a vida familiar e profissional dos seus colaboradores. Isabel Viegas explica as bases de preparação do processo de Certificação: “Como temos


Mais sobre a Certificação efr A Fundação Másfamilia concebeu a Certificação efr – entidade familiarmente responsável, selecionando a SGS como parceiro de Certificação para Portugal. Em Espanha, são já cerca de 200 Organizações certificadas, das quais se destacam a Coca-cola, Iberdrola, Santander, Roche, Microsoft, Rede Elétrica de Espanha, entre outras. Benefícios:

por prática medir tudo o que fazemos, também fomos criando instrumentos de medição do impacto destas ações. Assim já dispúnhamos de resultados concretos de conciliação e alguns instrumentos de medição da sua eficácia”. O processo de Certificação exigiu tempo e pessoas qualificadas para o preparar, tendo o Santander Totta dedicado alguns meses e uma equipa de três a quatro pessoas, quase em exclusividade, à adequação do que já vinham fazendo ao modelo mais estruturado da Certificação efr. “Para o cumprimento do referencial, apesar de nós termos já muito caminho percorrido quando iniciámos a Certificação, os requisitos da Fundação Másfamilia e o grau de exigência da SGS ICS obrigaram-nos a ser ainda mais rigorosos na estruturação e na demonstração das evidências”, recorda Isabel Viegas. A responsável considera, ainda, que “as auditorias externas são fundamentais: atestam com idoneidade e imparcialidade a realidade interna e deixam vias de melhoria, o que significa uma mais-valia que fica na empresa”. Apesar do difícil período económico, o Santander Totta acredita que consegue criar valor acrescentado e ter impactos diretos na qualidade de vida dos colaboradores através das suas Políticas de Gestão das Pessoas e de Responsabilidade Social. Os questionários de Satisfação Interna que realiza periodicamente mostram uma evolução muito significativa, entre 2006 e 2009 (ver caixa). O programa ‘Santander És Tu’ foi avaliado pela primeira vez em 2007 e obteve a pontuação mais elevada (87%) dos colaboradores, o que atesta o valor interno atribuído ao programa. Isabel Viegas não esconde o entusiasmo perante os resultados que “mostram uma evolução muito significativa e que nos anima a continuar”. Adicionalmente, o Banco reconhece outros efeitos positivos decorrentes da Certificação efr, como sejam o compromisso da planificação, condução e avaliação do programa ‘Santander És Tu’ e o foco na melhoria contínua que responsabiliza a Organização a fazer progressivamente melhor. A médio prazo, a diretora de Recursos Humanos do Santander Totta está certa que “terá também impacto junto dos nossos clientes, porque ter um bom nível de satisfação interna transparece no modo como nos relacionamos com os clientes. A Certificação efr é um elemento responsabilizante e credibilizador das nossas Políticas. Temos a convicção clara que estamos a trabalhar no sentido de sermos, como um todo, melhores profissionais e melhores cidadãos”.§

- Melhoria da imagem corporativa e da marca, com base num crescente compromisso para com os trabalhadores em particular e para com a sociedade em geral; - Potencia a atração e a retenção de talentos, dando maior visibilidade das organizações em instituições como Escolas de Gestão, Universidades e Escolas Profissionais; - Aumenta a produtividade e a competitividade através da melhoria de indicadores como o clima laboral, o absentismo e a satisfação de clientes; - Atração de investimentos socialmente responsáveis através da clara comunicação dos valores da marca corporativa, facilitando o trabalho de analistas, gestores e entidades de rating.

www.certificadoefr.org Alguns resultados do Questionário de Satisfação Interna do Banco Santander Totta

Dimensão avaliada

2006

2007

2009

� Orgulho

64%

71%

89%

� Espírito de Equipa

59%

69%

76%

� Credibilidade

74%

78%

83%

Isabel Viegas Diretora de Recursos Humanos do Banco Santander Totta


Nespresso

Serviços SGS

46 47

Nespresso

A Qualidade, Segurança e Responsabilidade Social Ninguém aprecia tanto um bom café expresso, como os portugueses. O nosso hábito diário tem sofrido alterações ao longo dos últimos anos, sendo uma das principais o aparecimento do café em cápsulas. Operando num mercado altamente competitivo e baseado na inovação e diferenciação, a Nespresso, empresa do Grupo Nestlé, integra desde a sua criação a Qualidade, Segurança Alimentar e rigor nos seus princípios corporativos. A Nespresso posiciona-se como a pioneira mundial e líder de mercado de café premium da mais elevada qualidade em cápsulas. Há 25 anos, a Nespresso apresentou uma ideia simples mas revolucionária – criar o café expresso perfeito com creme excecional, aroma e sabor, tal como os mais experientes baristas. Foi assim que a Nespresso redefiniu a forma como os amantes de café em todo o mundo, apreciam o seu café expresso através de uma combinação única de cafés Grands Cru de qualidade premium, máquinas de café inteligentes e um excecional serviço ao cliente. Como considera as pessoas o seu ativo mais importante, a Nespresso preocupa-se com o bem-estar físico, mental e social dos colaboradores e parceiros, bem como dos consumidores. Por isso, tal como especificado na sua política de Segurança e Saúde, a Nespresso compromete-se a assegurar o desenvolvimento de todas as suas atividades num ambiente laboral seguro.

Mais do que fornecedores: parceiros Os serviços prestados pela SGS, a pedido da Nespresso, têm reforçado aqueles que são já os seus princípios de Qualidade, Segurança Alimentar, Ambiente e Segurança no Trabalho, mostrando-se disponível sempre que solicitada e evidenciando uma postura de parceiro e não de mero fornecedor externo. A SGS tem apoiado a Nespresso em várias vertentes, nomeadamente nas auditorias internas aos Pontos de Venda, no sentido de avaliar de forma integrada a conformidade em Segurança Alimentar, Qualidade, Ambiente e Segurança. Em 2010 foram audita-

dos mais de 40 Pontos de Venda em Portugal, promovendo-se projetos de melhoria contínua neste âmbito. Neste mesmo ano, a Nespresso desenvolveu um projeto pioneiro de sustentabilidade e responsabilidade social - “Reciclar é Alimentar” (ver caixa) - que contou com o apoio da SGS ao nível das auditorias de rastreabilidade, com a validação de toda a cadeia de processo. No âmbito da Segurança no Trabalho, a SGS apoiou igualmente a Nespresso em vários projetos, tais como Coordenação da Segurança em Obra nas recentes Boutiques Nespresso de Aveiro, Braga e Centro Colombo, no sentido de garantir o correto cumprimento das regras de segurança durante o processo de obra. “E o resultado está à vista: 0 acidentes”, confirma Vincent Termote, diretor geral Ibérico da Nespresso. Apontando os principais benefícios da colaboração com a SGS nestes âmbitos, refere “a deteção objetiva dos pontos de melhoria a considerar, tendo em consideração o referencial Nespresso para os mesmos. Desta forma asseguramos que existe um entendimento claro das equipas sobre os pré-requisitos das auditorias, bem como de todos os parceiros envolvidos, o que é crucial para a obtenção de bons resultados”. Tendo igualmente em consideração estes novos espaços exclusivos da marca, a Nespresso contou com a SGS no âmbito do Regulamento de Segurança Contra Incêndios em cada um dos locais de atividade. Preocupada com o ambiente de trabalho dos seus colaboradores, parceiros, clientes e público em geral, a Nespresso também avaliou a qualidade do ar interior dos diferentes locais onde opera, tendo contado com a SGS nessa avaliação.


Reciclar é Alimentar

Para 2011, Vincent Termote destaca, na área técnica, “a certificação no referencial Nestlé Quality Management System, um referencial Nestlé para os temas de qualidade se segurança alimentar; e a certificação no referencial Compliance Assessment of Human Resouces Safety, Health & Environment and Business Integrity. Este último é verificado por uma entidade externa independente, no sentido de avaliar o cumprimento legal e princípios corporativos do Grupo no que diz respeito ao âmbito social e do meio ambiente. Este referencial assenta em quatro pilares: Saúde e Segurança; Recursos humanos, Integridade e Ambiente”. Em termos de estratégia geral, a Nespresso vai continuar a apostar nos três pilares do seu conceito – cafés de qualidade inigualável, máquinas de tecnologia e design inovadores e serviços personalizados de excelência fornecidos pelo Clube e Boutiques Nespresso. A aposta nesta trilogia ditou o sucesso da Nespresso, considerada hoje uma marca ícone, e é este caminho que pretende seguir. Permanecer focada somente no café da melhor qualidade – só 1% a 2% do café verde produzido mundialmente corresponde aos seus exigentes requisitos de qualidade – e com uma vertente de sustentabilidade. Irá manter-se a aposta nas variedades de café Grands Cru, que são já cerca de 30. “E vamos continuar a desenvolver a tecnologia de extração e eficiência energética das nossas máquinas”, conclui Vincent Termote, diretor geral Ibérico da Nespresso.§

No contexto do princípio de Criação de Valor Partilhado da Nestlé, a Nespresso lançou a iniciativa “Reciclar é Alimentar” em parceria com o Banco Alimentar Contra a Fome, que consiste no reaproveitamento da borra de café resultante do processo de separação do alumínio. A borra de café é utilizada como fertilizante no cultivo do arroz, mediante integração num composto agrícola, arroz esse que é doado ao Banco Alimentar que, em 2010, beneficiou aproximadamente Algunse resultados do Questionário de Satisfação In140.000 pessoas carenciadas em todo o país. terna do Banco Santander Totta Com base nos procedimentos Nespresso e acordos com os vários parceiros envolvidos na cadeia (organização que receciona as cápsulas, separa a borra do alumínio; organização que prepara o fertilizante com a borra; produtor de arroz que aplica o fertilizante e organização que seca e transforma o arroz), a SGS avalia a rastreabilidade de todo o processo e emite um relatório. Uma vez que por cada 100 cápsulas recicladas, a Nespresso entrega ao Banco Alimentar 1.5 kg de arroz, a marca conta com o compromisso e empenho dos seus consumidores para que em 2011 o número de beneficiários seja de aproximadamente 1 milhão de pessoas, com a entrega de 50 toneladas de arroz.

Pilares da Qualidade Nespresso Tendo como objetivo a promoção da excelência ao nível da qualidade em todas as vertentes do negócio, passando pela qualidade sustentável dos seus cafés, máquinas, acessórios e serviços ao cliente, a Nespresso assenta os seus princípios de qualidade em seis pilares: - Consumidores em primeiro lugar; - A Qualidade é um esforço conjunto e um compromisso de todos; - A Qualidade é feita pelas pessoas; - A Qualidade é ação; - O sucesso constrói-se com base na qualidade, garantia de segurança alimentar e cumprimento total; - Qualidade significa zero defeitos e desperdícios.

Vincent Termote Diretor Geral Ibérico da Nespresso


Dispositivos Médicos

Serviços SGS

48 49

Aprovação de Dispositivos Médicos Certificação, Formação e Ensaios

Os Dispositivos Médicos são produtos altamente sensíveis pelo fim a que se destinam. Em qualquer país existe legislação cujo objetivo é assegurar a segurança dos pacientes. À exceção de alguns produtos de baixo risco, isto significa que os Dispositivos Médicos seguem sistemas de aprovação da qualidade por parte de um organismo regulador. Em alguns países, como é o caso de Portugal, o organismo é governamental, mas há países e regiões em que é mesmo a SGS.

A definição de Dispositivo Médico é bem clara na legislação, abrangendo uma enorme panóplia de produtos de baixo risco (pensos rápidos, muletas, óculos, cadeiras de rodas, testes de gravidez, etc.), risco médio (gazes esterilizadas, preservativos, sondas ultra sónicas, etc.) e risco elevado (implantes de ancas, equipamento para tratamentos com radiações, reagentes para diagnóstico VIH, etc.). As empresas do setor têm perfeita noção da complexidade e elevados padrões de fiabilidade e qualidade a que estão sujeitas. As questões que se colocam estão diretamente relacionadas com a gestão dos riscos técnicos e do próprio negócio. Para os Dispositivos Médicos estarem disponíveis aos pacientes e para serem rentáveis aos operadores, estes necessitam de chegar rapidamente ao mercado, navegando a multiplicidade de requi-sitos exigidos em cada mercado.

Normalização e Qualidade As atividades de fabrico, comercialização, rotulagem, reprocessamento e utilização dos Dispositivos Médicos no espaço europeu são fortemente reguladas por Diretivas que abrangem os diferentes tipos de Dispositivos Médicos: • Diretiva 90/385/CEE – Dispositivos Médicos implantáveis ativos; • Diretiva 93/42/CEE – Dispositivos Médicos, entretan-

to significativamente alterada pela Diretiva 2007/47/ CE cujos novos requisitos têm de ser obrigatoriamente cumpridos já desde 21 de março de 2010. Para grande parte dos Dispositivos Médicos, estes diplomas implicam a Marcação CE por um Organismo Notificado, que avalia a sua conformidade com os requisitos legais obrigatórios para todos os fabricantes que desejem colocar os seus produtos na União Europeia, EFTA, Suíça, Turquia e alguns países candidatos a Estado Membro da UE. Os Dispositivos Médicos para diagnóstico in vitro são alvo de legislação específica prevista na Diretiva 98/79/CE. Ao contrário do que acontece em outros sistemas legislativos, o fabricante escolhe um dos procedimentos de avaliação da conformidade previstos. Conforme explica Chris Jepson, Gestor Global para Dispositivos Médicos da SGS, “apenas uma das Diretivas é aplicável a cada tipo de Dispositivo Médico, por isso é importante entender as definições e as funções do produto numa fase precoce para que se possa identificar o seu enquadramento”. Cada país tem o seu próprio sistema para garantir a qualidade e a segurança dos Dispositivos Médicos. Embora a maioria dos países facilite para Dispositivos Médicos de baixo risco, Chris Jepson garante que “os Dispositivos Médicos de risco médio e elevado têm de ser testados, a sua documentação técnica tem de ser verificada e os agentes têm de demonstrar o seu Sistema de Gestão da Qualidade, de forma a comprovar inequivocamente que o seu produto é seguro e eficaz”.


Soluções globais A norma internacional mais reconhecida para a Certificação de Dispositivos Médicos é a ISO 13485 para Sistemas de Gestão da Qualidade. Apesar da multiplicidade de normas consoante cada país (ver caixa), esta norma é a base para a conformidade legal com a maioria dos requisitos exigidos a nível mundial. O Gestor Global para Dispositivos Médicos da SGS relembra que, “mesmo quando a certificação não é imposta legalmente, a certificação pela ISO 13485 é muitas vezes exigida enquanto requisito contratual como forma de demonstrar boas práticas, muitas vezes combinada com a Certificação para Sistemas de Gestão da Qualidade ISO 9001”. Além da Certificação, a SGS presta serviços de Ensaios totalmente direcionados para cumprir os requisitos dos fabricantes de Dispositivos Médicos e dos seus clientes, sendo aplicáveis a todas as fases de produção desde o desenvolvimento do produto até ao controlo da qualidade do produto acabado. Estes serviços de Ensaios incluem a validação do processo de esterilização (ETO, radiação e vapor); a validação da limpeza e esterilização de Dispositivos Médicos reutilizáveis; estudos de prazos de validade; monitorização microbiológica ambiental; compatibilidade eletromagnética (EMC) e ensaios de segurança elétrica (IEC 60601-1). Na sua segunda visita a Portugal, Chris Jepson reconheceu que as nossas empresas estão muito recetivas a ações de sensibilização e formação, prova dada pela grande adesão ao Seminário Certificação de Dispositivos Médicos, organizado pela SGS no passado dia 16 de fevereiro. “Realmente tem-se verificado a necessidade de uma discussão e conhecimento detalhados sobre o impacto do enquadramento regulamentar nos Sistemas de Gestão da Qualidade, nos processos e nas atividades das empresas que fabricam e comercializam Dispositivos Médicos”. Por esta razão, a SGS Academy, Entidade Formadora do Grupo SGS, desenvolve cursos de formação específicos nas modalidades intra e inter empresa.

O Gestor Global para Dispositivos Médicos da SGS leva já mais de 15 anos de experiência no setor. “É com satisfação que vejo os nossos clientes a estabelecerem-se no mercado e, conforme vão crescendo, também se vai aprofundando o nosso relacionamento. Procuramos acrescentar valor através dos serviços que prestamos, adaptar a nossa oferta às necessidades das Organizações e, assim, conseguimos tornar-nos verdadeiros parceiros dos nossos clientes”.§

Chris Jepson Gestor Global para Dispositivos Médicos da SGS

Atuação flexível garante competitividade Uma das características das empresas e instituições presentes no mercado os Dispositivos Médicos, é a sua disparidade organizacional. Para as grandes Organizações, a SGS aplica uma gestão na lógica de Key Account que, segundo Chris Jepson, “é uma vantagem pois, através de um contacto único, a SGS assegura a coerência global ao longo de todas as atividades, comunicações e relatórios. A presença mundial da SGS oferece aos clientes a possibilidade de recorrerem a uma rede verdadeiramente global de especialistas habilitados a solucionar problemas locais, mas enquadrados num contexto internacional”. Quando as Organizações são de menor dimensão, o ponto crucial é identificar a melhor estratégia regulamentar para se minimizar o impacto do tempo de gestão necessário nos processos de Certificação. Trabalhando em colaboração, a SGS apoia os seus clientes a reduzirem os prazos e apresenta abordagens coordenadas para o planeamento das estratégias de Certificação.

Outros serviços SGS relacionados: [[

Formação intra e inter empresa;

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Auditorias para deteção de falhas de acordo com os requisitos de qualquer norma;

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Auditorias a fornecedores critérios públicos ou privados;

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Soluções para clientes relacionadas com as áreas da Continuidade do Negócio, da Sustentabilidade, do Ambiente, da Responsabilidade Corporativa e outras como REACH e RoHS.

mediante


AHPLA

Parceiro

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AHPLA e SGS Academy

Parceria para a formação na Região Centro O empreendedorismo está na base do tecido empresarial português. Poucos incorporam tão bem este espírito como a família Ruivo. A AHPLA – Formação e Consultadoria é a mais recente ‘aventura’ dos irmãos Cátia, Marco e Sandra, que aproveitaram uma oportunidade de negócio, ao mesmo tempo que contribuem efetivamente para a competitividade das empresas da Região Centro.

A AHPLA – Formação e Consultadoria foi criada há cerca de dois anos, com o objetivo principal de colmatar necessidades das empresas da Região Centro, ao nível de uma formação mais especializada e à medida. “Dentro da própria Lismolde 2, sentimos que não tínhamos resposta a determinadas necessidades”, lembra Sandra Ruivo, diretora Administrativo-Financeira da Lismolde 2 e administradora da AHPLA. Na sua opinião, criou-se um ciclo de formação cofinanciada que não corresponde às necessidades reais das empresas, nem tem os efeitos desejados sobre a produtividade. Apresentou-se, também, uma oportunidade de criar sinergias num nicho de empresas desta zona. Maioritariamente PMEs, estas conseguem criar sinergias para não terem de suportar sozinhas os encargos inerentes a uma subcontratação direta para formação em exclusividade. Cátia Ruivo, diretora Comercial e Marketing do Lismolde Group e da AHPLA explica que o que fazem é “reunir pessoas provenientes de empresas diferentes, mas que precisam de formação na mesma temática, e criamse grupos de formação. Assim, diluimos os custos da formação pelas empresas participantes, Não tendo, ainda, o encargo significativo das deslocações dos colaboradores a Lisboa ou ao Porto. Por sua vez, os colaboradores não têm de deixar a família durante esse período, um fator que é cada vez mais valorizado para a qualidade de vida e motivação destes. Atualmente, o raio de ação da AHPLA já chega a Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha, Pombal e Fátima, principalmente para empresas da indústria transformadora e serviços. Os temas mais procurados pelos clientes da AHPLA são menos generalistas e mais especializados: Vendas; Gestão de Reclamações; Injeção de Plásticos; Polímeros; Manobradores de Equipamentos; Qualidade e Ambiente; Auditores Internos; Gestão de Recursos Humanos; Gestão de Frotas; Segurança Contra Incêndios; Higiene e Segurança do Trabalho; Gestão do Risco.

Crescimento baseado na Qualidade e na Confiança O ‘passa palavra’ tem sido muito importante para o crescimento da AHPLA, que vai abrir novas instalações em Leiria, no seguimento do volume de solicitações de empresas desse concelho. No relacionamento com os clientes, a principal vantagem da AHPLA é conhecer a realidade dos seus clientes, devido à experiência dos irmãos Ruivo no seio da Lismolde 2, onde vivem os mesmos problemas que os clientes, falando a mesma ‘linguagem’ e conseguindo criar relações de confiança. Trabalhando em conjunto com as empresas, ao perceber as suas necessidades específicas, a AHPLA vai criando cursos de formação e servços de consultadoria à medida destas para as colmatar, desenvolvendo assim, o seu portefólio. Mas estes fatores não são suficientes para explicar o sucesso da jovem empresa de formação e consultadoria. No seu posicionamento, a AHPLA não pretende apenas dar formação quer disponibilizar o que de melhor se consegue para cada área em que as empresas da Região Centro têm necessidades. Por esta razão, faz parcerias, através das quais consegue ter acesso a um leque de formadores que de outra forma seria impossível. Foi assim que surgiu o trabalho conjunto com a SGS Academy, de uma postura em tentar prestar o melhor serviço possível ao cliente com um parceiro que assegura qualidade. A formação AHPLA pretende ser a melhor possível e com efeitos práticos sobre o desempenho das empresas. Por isso, procura os melhores nas suas respetivas áreas. “Porque é que a AHPLA vai tentar ministrar uma determinada formação, quando existem entidades no país que dominam essa mesma?”, questiona Sandra Ruivo. Além dos conteúdos programáticos, a postura dos formadores é crucial ao sucesso da formação. De acordo com Marco Ruivo, diretor do Departamento de Investigação, Desenvolvimento e


Parceiro

Inovação da Lismolde 2 e gestor da AHPLA, “na Região Centro, as pessoas trabalham maioritariamente na indústria, com uma perspetiva muito prática. Nós precisamos de formadores que consigam chegar aos formandos a este nível, através de exemplos reais e experiências de vida. Os formadores da SGS Academy, dos quais temos as melhores avaliações, conseguem comunicar bem com os formandos porque conhecem a realidade das empresas”. A empresa tem sempre a preocupação de enviar um relatório ao cliente, em que se evidencia o nível de motivação dos formandos, se foram proactivos, assíduos e pontuais, as principais dificuldades sentidas durante a formação. A informação é recolhida através da avaliação da formação, não apenas logo após o curso, mas também passado algum tempo, para saber se os formandos ficaram satisfeitos e se a formação teve efeitos práticos no local de trabalho. Este feedback é muito importante para que as empresas possam avaliar o retorno do seu investimento. Com a AHPLA, o Grupo Lismolde e as outras empresas deste nicho têm acesso a formação realmente com valor. Sandra Ruivo chegou à conclusão que “os clientes valorizam o investimento em formação que fazem com a AHPLA, reconhecem a qualidade da nossa formação. Verificamos com agrado que as empresas voltam à AHPLA, que fizeram formação interempresas e que, mais tarde, solicitaram formação à medida internamente.

Temos empresas que preferem ter formação com a AHPLA do que fazer candidaturas ao QREN, pela qualidade e valor acrescentado que nos reconhecem”. Desde o ano passado, a AHPLA já realizou diversos cursos em parceria com a SGS Academy: Técnicas de Vendas, Manobradores de Equipamentos de Trabalho, Atendimento Presencial e Não Presencial, Gestão de Reclamações. Para 2011, a parceria entre a AHPLA e a SGS Academy prevê cursos de formação interempresa de Gestão de Projetos, Implementação ISO 9001 e ISO 14001, Higiene e Segurança Alimentar, Gestão de Conflitos, Técnicas de Comunicação, Organização e Gestão do Tempo, Qualificação de Auditores Internos da Qualidade, entre outros, aos quais acrescem as formações intraempresa à medida, cujas solicitações surgem todos os dias. “Com a SGS, iniciámos a parceria com formação interempresa e já temos formação intraempresa à medida. A SGS vai também sugerindo novas áreas temáticas a serem exploradas no mercado, para as quais vamos sensibilizando os nossos clientes. Beneficiamos da reputação e da experiência da SGS, e a nossa parceria vai ficando cada vez mais forte e com novos projectos em vista”, conclui Cátia Ruivo.§

www.ahpla.pt

Cátia Ruivo

Marco Ruivo

Sandra Ruivo

Diretora Comercial e Marketing da Lismolde 2 e da AHPLA

Diretor do Departamento de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Lismolde 2 e Gestor da AHPLA

Diretora Administrativo-Financeira da Lismolde 2 e Administradora da AHPLA


ISO 10002

Normalização

52 53

ISO 10002

Como transformar Reclamações em Oportunidades de Melhoria Os constrangimentos do mercado e a concorrência cada vez mais agressiva, exigem das Organizações um modelo de gestão que lhes permita diferenciarem-se, não só ao nível da oferta de produtos e serviços mas também, e acima de tudo, ao nível da satisfação e fidelização dos seus clientes/consumidores. É aqui que entra a Certificação da Gestão de Reclamações.

Em muitas Organizações é criado o paradigma de que o crescimento está exclusivamente associado ao aumento de clientes. Contudo, as Organizações devem estar conscientes da importância da manutenção dos clientes já existentes. São eles que muitas vezes, através das suas sugestões, exigências, ou mesmo críticas e reclamações permitem às Organizações melhorar a sua performance, encaminhando-as no sentido de identificar as razões de decréscimos do negócio.

À semelhança de qualquer outra norma de orientações, a ISO 10002 não define requisitos e, como tal, não é diretamente certificável. Contudo, tendo a SGS avaliado a relevância deste tema e a necessidade das Organizações em evidenciar junto dos seus clientes a sua preocupação com o tema “Reclamações”, a SGS criou um esquema de certificação que permite auditar as Organizações e atribuir-lhes a Certificação com base na ISO 10002.

O mecanismo de gerir qualquer insatisfação apresentada por um cliente varia e não existe uma receita ou solução que seja aplicável universalmente, a qualquer Organização, independentemente do seu âmbito de atividade ou público-alvo. A questão está em definir esse mecanismo de gestão que assegure que, de forma sistemática, o cliente de uma Organização consiga reclamar e obter a resposta à sua reclamação. Este é, sem dúvida, o desafio.

Os principais objetivos associados à implementação e Certificação de um Sistema de Gestão de Reclamações, em conformidade com a ISO 10002 são:

Gerir reclamações pode ser simples se a Organização implementar um Sistema de Gestão que lhe permita de forma clara, transparente e sistemática, receber e tratar a reclamação, implementar ações de melhoria e responder às reclamações dos seus clientes, sempre e de forma clara e cordial. A Gestão de Reclamações é um desafio e não uma solução para problemas que a Organização possa ter ao nível do seu desempenho. Contudo, a Organização deve encarar as reclamações como um mecanismo de melhoria contínua do seu Sistema pelo facto de lhe permitir identificar tendências, causas ou mesmo não conformidades associadas à sua prestação (produto/serviço) e deve, de forma sustentada, desenvolver a resposta ao seu cliente, tendo em vista a sua satisfação com o fecho da reclamação. A ISO 10002 - Guidelines for Complaint handling in organisations, foi criada expressamente para orientar as Organizações para a Gestão das Reclamações, atuando como um manual de boas práticas de gestão do processo. Pode e deve ser aplicado a qualquer Organização, independentemente do seu setor de atividade, dimensão ou tipo de cliente.

[[

Obter um Sistema de Tratamento de Reclamações transparente e flexível;

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Reforçar a capacidade de resolver reclamações;

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Reforçar a capacidade de descobrir tendências e eliminar as causas das reclamações;

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Criar uma maior aproximação ao cliente;

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Encorajar os colaboradores a melhorar o seu desempenho no contacto com os clientes;

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Ser uma base para uma análise e revisão contínua do Processo de Tratamento de Reclamações.

Considerando que os efeitos das reclamações poderão afetar de algumas formas o desenvolvimento do negócio, a diminuição dos lucros ou até mesmo colocar em causa a imagem da Organização no mercado, o recurso à certificação do Sistema de Gestão de Reclamações poderá proporcionar as seguintes vantagens: [[

Promover a melhoria contínua;

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Envolver transversalmente os colaboradores;

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Aumentar a satisfação dos clientes;

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Aumentar a confiança nos produtos e serviços;

[[

Aumentar a visibilidade da Organização.


Reclamação é uma “Expressão de insatisfação feita a uma organização, relacionada com os seus produtos ou serviços, ou o próprio processo de gestão de reclamações, quando uma resposta ou resolução é explícita ou implicitamente esperada”. NP ISO 10002:2007

Processo de Certificação O processo de certificação ISO 10002 efetuado pela SGS é composto por seis etapas (ver Figura 1). A Etapa A consiste na elaboração da proposta com base nos dados da Organização, formalizados através de um questionário previamente preenchido. Após a adjudicação, é agendada a 1ª Fase da Auditoria de Concessão ou, caso tenha sido solicitada, pode ocorrer ainda uma Auditoria Prévia - a Etapa B. Esta etapa é opcional, mas é frequentemente solicitada uma vez que permite à Organização

Figura 1 - Processo de Certificação

identificar

VISITAS DE ACOMPANHAMENTO, NORMALMENTE EM INTERVALOS DE SEIS A 12 MESES

AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

eventuais

falhas no seu Sistema e na criação de confiança antes da auditoria formal.

ETAPA A

ETAPA C

ETAPA D

Adjudicação

1ª Fase da

2ª Fase da

da Proposta

Auditoria de

Auditoria de

Concessão

Concessão

Emissão do Certificado após validação final dos resultados da Auditoria

ETAPA E

Ações corretivas e fecho

ETAPA F

A 1ª Fase da Audi-

Visitas de

relativos às não conformi-

Auditoria de

toria de Concessão,

acompanha-

dades identificadas

Renovação

também

mento

“Readiness

designada Review”,

centra-se na análise e avaliação da ade-

ETAPA B

Ações corretivas e

quabilidade

fecho relativos às

Auditoria

tema

não conformidades

Prévia

Sis-

pela Organização, para

Ciclo de Certificação de três anos

identificadas

opcional

do

documentado

dar cumprimento ao referencial normativo. Esta fase (Etapa C) vai permitir à Equipa Auditora conhecer a Organi-

Figura 2 - Estrutura da Norma

zação, o seu âmbito de atividade, elementos-chave do Sistema, bem como a maturidade

COMPROMISSO (5.1)

AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE (5.3)

POLÍTICA (5.2)

do mesmo. A Equipa Auditora deixa ao cliente, como output, um relatório que poderá incluir constatações de caráter crítico ou não crítico, que permitirão à Organização implementar correções ou ações corretivas até à 2ª Fase da

OBJECTIVOS (6.2)

RECOLHA E INFORMAÇÃO E ANÁLISE (8.1,8.2)

ACTIVIDADES (6.3)

SATISFAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO PROCESSO (8.3, 8.4)

RECURSOS (6.4)

AUDITORIA, REVISÃO E MELHORIA (8.5, 8.6, 8.7)

A Etapa D representa a 2ª Fase da Auditoria

MANUTENÇÃO E MELHORIA

PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Auditoria de Concessão.

de Concessão, que inclui entrevistas aos colaboradores, análise de registos e a avaliação operacional dos processos envolvidos no Sistema de Gestão de Re-clamações. No final desta etapa, ficarão registadas em relatório de Auditoria de Concessão as eventuais não conformidades que, conforme a sua gravidade poderão ser classificadas em maiores ou menores, assim como as ações de melhoria, identificadas como observações. Após a auditoria é efetuada uma análise técnica, pela

RECEÇÃO (7.2)

CONHECIMENTO(7.4)

MONITORIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO (7.3) FECHO (7.9)

DECISÃO (7.8)

RESPOSTA (7.7)

AVALIAÇÃO (7.5) REALIZAÇÃO

COMUNICAÇÃO (7.1)

INVESTIGAÇÃO (7.6)

Equipa Auditora, às ações corretivas propostas pela Organização e, após parecer favorável o parecer segue para a Direção de Certificação da SGS, para ser efetuada a validação final e emitido o Certificado. Como à semelhança de outras certificações, os ciclos são de 3 anos, sendo que nos 2 anos seguintes são efetuadas auditorias de manutenção - Etapa E. A Etapa F consiste na renovação da Certificação. Algum tempo antes da data em que expira a Concessão da Certificação, a Organi-

Raquel Silva Gestora de Produto, da SGS ICS

zação deverá renovar o seu contrato com a SGS, caso pretenda manter a Certificação para um próximo ciclo de 3 anos e assim sucessivamente.§


Gabriela Macedo

SGS na Primeira Pessoa

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SGS

na primeira pessoa Gabriela Macedo

Industrial Services, Administrative Support

A inovação está no DNA da SGS. A sua evolução e capacidade de adaptação às alterações do mercado baseiam-se em pessoas. Pessoas que contribuem com novas perspetivas e ‘sangue novo’, e pessoas que acompanham a empresa há bastante tempo. Gabriela Macedo faz parte deste último grupo de pessoas, que cresceram e ajudaram a SGS a crescer.

A atividade de backoffice é imprescindível para o bom funcionamento das operações em qualquer empresa. Na SGS, a par da equipa de técnicos altamente especializados que atuam no terreno, existe uma equipa administrativa de suporte que, muitas vezes, marca a diferença no relacionamento com o cliente. Gabriela Macedo faz parte desta faceta menos visível dos serviços da SGS. Atualmente enquadrada na Direção Industrial, foi admitida na SGS em 1985, para a Direção Consumer Testing, onde era responsável pela gestão de processos de inspeção nacionais e internacionais. “Poder fazer parte de uma empresa com o prestígio e estrutura da SGS, pareceu-me uma ótima oportunidade para alargar o meu leque de conhecimentos e poder crescer profissionalmente”, lembra Gabriela Macedo. Ao longo de 25 anos, a assistente Administrativa conhece como ninguém os serviços prestados pela SGS, nomeadamente das Direções por onde o seu percurso na empresa a levou: Consumer Testing, Governos e Instituições, Petróleos e Petroquímicos e, agora, Industrial. A Direção Industrial da SGS conjuga as suas competências especializadas com um profundo conhecimento do mercado, tornando a SGS na organização líder de prestação de serviços ao setor industrial. A SGS presta uma grande diversidade de serviços, que estão enquadrados nas seguintes atividades: Ensaios; Inspeções regulamentares e voluntárias; Serviços ao longo da rede de fornecedores; Setor Energético; Construção e Edifícios; Formação; Técnicos especializados, entre outros.

Acompanhar a evolução do mercado Gabriela Macedo sentiu sempre “uma grande necessidade de adaptação, em virtude de acompanhar as fases de crescimento e mudança da SGS Portugal, tal como aconteceu a tantos outros colaboradores. O que é muito positivo, pois temos a oportunidade não só de seguir e trabalhar para o crescimento da empresa mas também crescer com ela, ganhando uma vasta experiência em tantas áreas”. Desde 1985 que a SGS Portugal teve uma grande evolução, não só a nível estrutural como também no leque de serviços. Com cada vez mais serviços, e mais diversificados, a empresa foi-se adaptando constantemente às necessidades dos clientes. Os serviços em que Gabriela Macedo mais intervém estão ao nível das Inspeções Técnicas (Controlo da Qualidade, Ensaios Destrutivos e Não Destrutivos, Assistência a Ensaios Elétricos e Mecânicos, entre outras). O objetivo das inspeções, além do cumprimento da legislação, é melhorar a competitividade das empresas, alcançando um nível ótimo de operacionalidade dos equipamentos e das instalações. Devidamente acreditada e reconhecida oficialmente, a SGS oferece serviços de Inspeção prestados por técnicos com formação específica e experiência comprovada. Estas Inspeções Técnicas abrangem obrigações Regulamentares relativas a Equipamentos Sob Pressão (de acordo com o Decreto-Lei nº 90 /2010 de 22 de Julho); a Certificação PED, respeitante a Equipamentos Sob Pressão (ao abrigo da Diretiva 97/23/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 de maio); inspeções


“Fundamentalmente, além de gostar de desempenhar as tarefas que me estão atribuídas, considero muito importante o facto de me sentir bem nesta empresa, de poder contribuir, e fazer parte, deste grupo tão forte que é a SGS.”

no âmbito de contratos governamentais de verificação de importações (Irão e Rússia); inspeções internacionais em coordenação com outras afiliadas SGS, enquanto Executing Afiliate (a SGS Portugal realiza inspeções a pedido de outras afiliadas) e Managing Afiliate (afiliadas do Grupo SGS executam inspeções mediante instruções da SGS Portugal). As suas funções de âmbito administrativo passam pela gestão de processos (planeamento e marcação de inspeções, receção de relatórios), contacto com os clientes (envio de relatórios, emissão de certificados, faturação), e também como elo de ligação com várias afiladas da SGS espalhadas por todo o mundo (tradução das instruções dos clientes, coordenação do envio de relatórios, ligação entre clientes e afiliadas).

nós, face ao volume de solicitações que a SGS recebe”, afirma com boa disposição. E continua, “o que, a meu ver é um reflexo de que a empresa soube gerir francamente bem o seu crescimento e acompanhar a dinâmica e evolução dos mercados”. Por outro lado, os fatores mais motivadores no trabalho que desempenha são a partilha de conhecimentos e experiências, e a valorização da amizade e do companheirismo pela equipa, o que proporciona um bom ambiente de trabalho. “Fundamentalmente, além de gostar de desempenhar as tarefas que me estão atribuídas, considero muito importante o facto de me sentir bem nesta empresa, de poder contribuir, e fazer parte, deste grupo tão forte que é a SGS”, conclui Gabriela Macedo.

Apesar da grande mudança da SGS, particularmente nesta ultima década em que essa evolução foi mais acentuada, com o aparecimento e consolidação de novos serviços, a grande dificuldade sentida por Gabriela Macedo decorre da gestão do tempo. “Acredito que seja uma dificuldade comum a muitos de

“Poder fazer parte de uma empresa com o prestígio e estrutura da SGS, pareceu-me uma ótima oportunidade para alargar o meu leque de conhecimentos e poder crescer profissionalmente.”


Henry Wang

SGS AUSTRÁLIA

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SGS Austrália Henry Wang Managing Director, SGS Austrália

Rica em recursos naturais, a Austrália é um dos grandes exportadores de produtos agrícolas, minerais e energia para países como a China, o Japão, a Coreia do Sul e os EUA. Nos últimos meses, o país foi fustigado por desastres naturais. Com uma forte presença na região, a SGS também foi afetada. Mas perante as maiores adversidades, o país demonstra que agora é tempo de recuperação. Há grandes investimentos projetados e a SGS Austrália está a dar o seu contributo como uma mais-valia para a cadeia de valor. A Austrália é um país rico em minerais, petróleo e gás natural, acolhendo grandes empresas mundiais como a BHP Billiton e a Rio Tinto. Como consequência disso todas as atividades relacionadas com estes setores têm uma grande importância na economia. Existem inúmeros projetos de milhares de milhões de dólares previstos e em construção no país, nomeadamente de exploração mineira. A abordagem cross selling da SGS permite adaptar a maioria dos serviços a estas indústrias. Para o negócio da SGS Austrália, o setor mineral tem o maior contributo e peso, com serviços de geoquímica, análises a metais e carvão. A SGS emprega mais de 1.600 funcionários em toda a Austrália e tem nove áreas de negócio centrais que providenciam serviços com impacto sobre diversas indústrias, atividades governamentais e sobre a comunidade em geral. A aborda-gem da empresa é apoiar os seus clientes a operar de forma mais sustentável, melhorando a qualidade e a produtividade, reduzindo riscos, verificando a conformidade e facilitando a entrada no mercado. A gama de serviços oferecidos abrange todos os setores industriais, afetando produtos e serviços em que consumidores de todo o mundo confiam constantemente no seu quotidiano. Desde as análises a minerais que sustentam decisões comerciais e de investimento, às auditorias a retalhistas, à inspeção e análises dos alimentos nos nossos pratos e às roupas que vestimos, a SGS Austrália fornece serviços independentes que fazem a diferença. Os serviços mais a montante, para o setor petroquímico, incluem ensaios em poços e slick line, que prestam um importante apoio a clientes que operam na exploração e produção gás e petróleo. Para além das operações nas principais cidades e grandes centros regionais, a SGS também mantém uma relação de proximidade com os clientes deslocalizando serviços

laboratoriais para outros pontos como explorações mineiras, refinarias e instalações portuárias. Dentro da cadeia de valor, a SGS Austrália presta serviços a todos os operadores, de montante a jusante, suportando as suas atividades no país, mas também as operações de clientes externos. Já os serviços de certificação com mais procura, relacionam-se com os referenciais de segurança alimentar e normas de gestão como a ISO 9001. A SGS Austrália é, também, forte na inspeção de mercadorias (incluindo amostragem) e verificação de projetos/design. De facto, também na Austrália a SGS é referenciada como a empresa líder de inspeção, verificação, análise e certificação. Henry Wang, Managing Director da SGS Austrália, está seguro que “todas as áreas de negócio da SGS Austrália detêm uma quota de mercado proeminente nos seus setores. Como operam em mercados prósperos, e porque estão em curso planos que visam o crescimento da SGS, é expectável, que as receitas aumentem até 2014 consolidando a posição da SGS como um prestador de serviços em toda a linha”.

Aposta na tecnologia e na recuperação Para se manter na vanguarda do negócio e marcar as tendências do mercado, para simplificar as operações internas e para aplicar internamente uma abordagem holística, a SGS consolidou as suas operações na nova e moderna sede nas imediações do Aeroporto Internacional de Perth. Assim, a SGS Austrália opera uma vasta rede de escritórios e laboratórios, com sede em Perth e com outras grandes unidades em Brisbane, Sidney, Melbourne e Adelaide. A mais recente inovação tecnológica do laboratório de Perth é um sistema robotizado de preparação e análise de amostras. Desenvolvido por engenheiros australi-anos, este equipamento é impulsionado por oito robots industriais e dois grandes manipuladores lineares. O sistema permite à SGS Austrália fornecer aos seus clientes resulta-


dos de maior qualidade num tempo de resposta mais rápido e, ao mesmo tempo, salvaguardar aos seus colaboradores um local de trabalho seguro, saudável e inteligente. Os desastres naturais nos últimos meses têm sido devastadores para as pessoas, empresas, infraestruturas e meio ambiente. “temos de reconhecer a sorte que tivemos pelos nossos colaboradores e ins-talações não terem sido mais gravemente afetados pela tragédia”, lembra Henry Wang. A região de Queensland foi assolada por intensas cheias, ceifando a vida de mais de 30 pessoas e causando danos materiais avaliados em mais de 5.600 milhões de dólares desde que as chuvas começaram em novembro último. Queensland ainda estava a recuperar das graves inundações quando em fevereiro sofre novamente com a passagem do Ciclone Yasi, classificado com categoria 5, o valor máximo na escala Saffir-Simpson. Obviamente que as opera-ções da SGS na região foram afetadas, até porque as atividades dos clientes decresceu significativamente após as cheias. Os desafios futuros, nomeadamente para o próximo ano, são significativos e motivadores para SGS Austrália. No entanto, e como Henry Wang referiu acima, a SGS Austrália está confiante para encarar o ano de 2011. O compromisso é com o crescimento orgânico das áreas de negócio, juntamente com o aumento da eficiência operacional e financeira, mantendo o alto nível de qualidade dos serviços prestados.§

Austrália

A Austrália é o sexto maior país do mundo. Apesar de ser 50% maior que a Europa, tem uma das mais baixas densidades populacionais, apenas com duas pessoas por quilómetro quadrado. É a única nação a governar

um continente inteiro e as ilhas adjacentes. 85% da população vive a cerca de 50 km da costa, tornado as mais de 10.000 praias parte integral do seu estilo de vida descontraído.

Sede da SGS Austrália, em Perth

A sua variedade cultural, étnica, linguística e religiosa é bastante rica. Quando os colonizadores ingleses chegaram ao território no séc. XVII, os Aborígenes já habitavam o continente há milhares de anos. Assim, a sua cultura atual fundamenta-se também nesta herança ancestral, além dos elementos de aventura, de natureza e ar livre, de trabalho duro e um sentido de humor muito particular. Atualmente, a Austrália afirma-se igualmente como um país de inovação tecnológica e com uma cena artística fervilhante.

Técnicos SGS no local de Operações de um Cliente Principais exportações 95% das opalas preciosas e 99% das opalas negras no mundo têm origem australiana. A capital mundial das opalas é a peculiar cidade ‘subterrânea’ de Coober Pedy no sul da Austrália. A maior opala do mundo foi lá encontrada em 1990, com um peso de 5,27 kg. Já a maior cidade produtora de ouro do país – Kalgoorlie – é situada na zona oeste.

Ensaios ultrasónicos a carris

A Austrália é, igualmente, o maior produtor de lã e maior exportador de carne de bovino, estimando 85.7 milhões de gado ovino (principalmente merinos) e 25.4 milhões de cabeças de gado bovino.


SGS

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Conferência COTEC No passado dia 13 de dezembro de 2010 decorreu, em Lisboa, uma conferência internacional dedicada ao tema Open Innovation, com a presença de Stefan Lindegaard. À semelhança da cerimónia do ano passado, a COTEC apresentou as empresas que certificaram os seus Sistemas de Gestão de IDI pela NP 4457:2007 nesse ano, de entre os quais se contam diversos clientes do Organismo de Certificação SGS.

Sonae reforça marcas de retalho através da Certificação No final do ano passado, a área de retalho alimentar da Sonae recebeu a certificação internacional do seu Sistema de Gestão de Marcas Próprias. A distinção, atribuída pela SGS segundo a norma ISO 9001, realça a qualidade da Sonae no desenvolvimento de marcas próprias Continente em produtos alimentares, de higiene, perfumaria e drogaria, bem como do acompanhamento destes produtos e dos fornecedores após o seu desenvolvimento e lançamento. Já em janeiro de 2011, a Sonae anunciou que o Continente é a primeira cadeia de hipermercados europeia a receber a certificação para gestão de reclamações de acordo com a norma NP EN 10002, atribuída também pela SGS, sendo que a nível mundial apenas haviam sido emitidos 27 certificados.

Encontro de Auditores 2011 A SGS promoveu, no passado dia 15 de janeiro, o Encontro Anual de Auditores, que se realizou em Coimbra. Esta reunião teve como intuito debater questões pertinentes à área de auditoria e certificação, assim como introduzir à Bolsa de Auditores os conceitos e métodos Lean que estão a ser atualmente implementados pelo Grupo SGS.

Entrega de Certificado em Segurança Alimentar à Maçarico SA A Maçarico SA, empresa detentora de uma das maiores unidades industriais no setor das conservas alimentares em Portugal, obteve a Certificação em Segurança Alimentar, de acordo com a reconhecida norma internacional ISO 22000, pela SGS. O certificado foi entregue por Paulo Gomes, Diretor de Comunicação da SGS, numa cerimónia que contou com a presença dos quadros da empresa e de diversas edilidades regionais e económicas.

CTT recebem Certificado de Qualidade do Serviço DTE Os CTT receberam oficialmente o seu Certificado da Qualidade do Serviço DTE, para as Operações de Aceitação, Tratamento e Distribuição do Correio de Clientes Estratégicos Distribuídos, dedicadamente, de acordo com a reconhecida norma internacional ISO 9001. O certificado foi entregue por João Marques, administrador Financeiro do Grupo SGS Portugal, que enfatizou que “os CTT consolidaram ao longo da sua evolução, padrões de serviço que asseguram a fiabilidade da distribuição postal, atividade crucial de suporte ao desenvolvimento do país”.


Encontro AGRI&MIN Pelo primeiro ano, a Direção de Supervisão de Produtos Agrícolas e Minerais da SGS Portugal realizou um Encontro Nacional, em Lisboa, no dia 22 de janeiro. Todos os inspetores e equipa administrativa foram convidados para esta reunião onde se discutiram temas como a Ética, a metodologia Lean e ainda teve lugar formação sobre as atividades específicas da Direção.

Vila Galé Cerro Alagoa distinguido com Certificação “Responsible Hotel Club” O Vila Galé Cerro Alagoa, em Albufeira, no Algarve, é o primeiro hotel em Portugal a ser distinguido com a certificação “Responsible Hotel Club”. A unidade do Grupo Vila Galé obteve uma pontuação final de 89,45% na auditoria de concessão tomada a cabo pela SGS. Esta Certificação distingue a Qualidade de Serviço, a Proteção do Ambiente, a Segurança Alimentar e a Gestão dos Recursos Humanos, promovendo desta forma o comportamento ético e socialmente responsável nas entidades hoteleiras.

Ilha Verde Rent-a Car obtém Certificado ISO 9001 A Ilha Verde Rent-a-Car, empresa de aluguer de automóveis nos Açores, recebeu o certificado do seu Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a norma ISO 9001. O diretor da Ilha Verde, Luís Rego, recebeu a certificação das mãos do coordenador da Delegação dos Açores da SGS, Rui Martins, “que realçou a importância da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade por desempenhar um papel determinante na melhoria interna da organização das empresas e inevitavelmente na prestação dos serviços e melhor atendimento aos clientes”.

Caerus e ACIC com Colóquio para as Organizações Sociais O Caerus – projeto oportunidade, em parceria com a Associação Empresarial do Marco de Canaveses, promoveu no dia 17 fevereiro, um Colóquio dedicado ao tema Qualidade e Sustentabilidade das Organizações Sociais. Este evento teve como principais objetivos refletir sobre a sustentabilidade das organizações sociais, sensibilizar para a importância da Certificação da Qualidade das Respostas Sociais, divulgar os sistemas de certificação e apresentar casos práticos de dificuldades e vantagens reais dos Sistemas de Gestão. Carla Lima, Auditora Coordenadora da SGS, efetuou uma apresentação em que explicou a importância da Certificação da Qualidade destas organizações.

CNIS - Gestão da Qualidade no Terceiro Setor No dia 3 março, Grândola recebeu o Encontro Temático Regional da CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, em parceria com a SGS, evento dedicado à Gestão da Qualidade no Terceiro Setor. O Encontro, dirigido a instituições sociais e outras entidades que prestam serviços na área social, ilustrou os desafios da certificação de Sistemas de Gestão, sensibilizou os potenciais interessados para a importância da certificação e os seus benefícios, e apresentou as tendências de certificação neste Setor.


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APEE organiza Seminário especializado em Responsabilidade Social Como consequência da crescente exigência de responsabilidade das organizações, surgem diversos instrumentos de responsabilidade social, onde se enquadram as normas NP 4469 Sistema de Gestão da Responsabilidade Social e a ISO 26000. Para debater estas questões, a APEE - Associação Portuguesa de Ética Empresarial, realizou um seminário especializado em responsabilidade social, no Porto, no dia 3 de março. O Grupo SGS foi representado por Paulo Gomes, diretor de Comunicação, no painel “Evidenciar a Implementação da Responsabilidade Social”.

Protocolo de Cooperação entre a ACIC e a SGS A SGS e a ACIC – Associação Comercial e Industrial de Vale de Cambra estabeleceram um Protocolo de Cooperação com o objetivo oferecer condições especiais aos associados, no que se refere à Certificação e Verificação de Sistemas de Gestão, Produtos, Serviços e outros referenciais. Sandra Matias, diretora da SGS ICS formalizou este Protocolo com Frederico da Costa Martins, presidente da ACIC, no passado dia 15 de março na sede da Associação.

Feira IMOBITUR 2011 A IMOBITUR 2011 realizou-se entre 17 e 20 de março, na Exponor. Esta é já a 7ª Edição da IMOBITUR, feira de imobiliário Noroeste da Península Ibérica, considerada como uma plataforma consolidada e privilegiada para novas oportunidades de negócio, quer com o cliente final, quer entre os parceiros de negócio. No âmbito de uma parceria com a revista “Vida Imobiliária”, a SGS reforçou o stand desta publicação de referência em Portugal, apresentando os seus serviços na área da Construção, Segurança, Ambiente e Energia.

WeDo Technologies certificada em Inovação pela SGS A WeDo Technologies, líder mundial em Revenue Assurance, junta-se ao leque das menos de 50 das empresas em Portugal com a certificação em Inovação NP 4457:2007. Segundo Paula Gaspar, Project Support Office & Global Processes, “a WeDo Technologies já fazia inovação no seu dia-a-dia, mas a certificação veio fazer com que a empresa sistematizasse e interiorizasse todas as suas tarefas inovadoras e tomasse consciência da sua importância em todas as suas vertentes de inovação: produto, organização, marketing e processos”.

ACIC apresenta Seminário sobre “Marcação CE” A Associação Comercial e Industrial de Vale de Cambra apresentou um Seminário sobre Marcação CE, no dia 25 de março, no Centro Cultural de Macieira de Cambra. Esta sessão teve como objetivo sensibilizar e esclarecer os operadores económicos, designadamente PME e associados da ACIC, sobre o que é a Marcação CE, a sua importância e o papel que desempenha no desenvolvimento do mercado interno. A SGS fez-se representar por Marlene Nunes, técnica de Produto, que partilhou a “Perspetiva de um Organismo Notificado”.

Encontros ANECRA No âmbito de um Protocolo celebrado com a ANECRA - Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, a SGS irá marcar presença em seis Encontros Empresariais Regionais ANECRA. Dois destes Encontros já se realizaram, no dia 12 de fevereiro e 26 de março, em Viseu e em Viana do Castelo, respetivamente. Foram oportunidades para a SGS apresentar a Certificação Oficinas+, decorrente do Protocolo anteriormente celebrado com a ANECRA, cujo objetivo é elevar o nível da Qualidade do Serviço prestado pelas Oficinas associadas.


Bombeiros Voluntários demonstram compromisso com a Qualidade Mais duas corporações de Bombeiros Voluntários decidiram enveredar pela Certificação da Qualidade ISO 9001. Desta feita foram as corporações de Gondomar e do Marco de Canavezes. Ao certificarem o seu Sistema de Gestão da Qualidade, estas instituições comprovam o seu compromisso para com a Qualidade e reafirmam as vantagens da Certificação ISO 9001, que estabelece princípios universalmente reconhecidos em qualquer parte do mundo ou em qualquer setor de atividade

A Distribuição Moderna no séc. XXI DIA APED NA ALIMENTARIA 28 MARÇO 2011

Marcas da Distribuição Uma Aposta Ganha

Seminário APED “Marcas da Distribuição Uma Aposta Ganha” No âmbito da feira Alimentaria & Horexpo Lisboa 2011, a APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição organizou um dia de atividades que decorreram a 28 de março, no Centro de Reuniões da FIL. Uma dessas atividades foi o seminário “Marcas da Distribuição – Uma Aposta Ganha”, que além de apresentar a perspetiva da indústria, contou com a presença da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Também a SGS participou neste evento, onde Raquel Silva, gestora de Produto, explicou como cada um dos requisitos da ISO 9001, são aplicáveis à gestão e lançamento de produtos de marca própria de empresas de distribuição.

Staples com Certificado de Gestão da Qualidade e Ambiente A SGS certificou o Sistema de Gestão Integrado da Qualidade e Ambiente da Staples Portugal. “A revisão de processos, em conjunto com formações contínuas e a implementação de sistemas de avaliação dos resultados produzidos têm permitido uma mudança de mentalidade que tem como objetivo último a melhoria contínua de processos e o estímulo diário de todas as equipas envolvidas, no sentido de a cada dia fazermos melhor, mais rápido, com menor custo e num ambiente de trabalho mais agradável e estimulante para todos os stakeholders envolvidos na nossa atividade”, refere o diretor de Supply Chain da Staples, José Miranda.

Certificação Ambiental na Valorpneu Ao abrigo do protocolo da Valorpneu com a SGS, para conceder aos Pontos de Recolha condições especiais na contratação dos Serviços de Certificação, nomeadamente a Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental, vai realizar-se um webinar sobre a Certificação Ambiental ISO 14001 e o projeto “Na Valorpneu, Certificar pelo Ambiente”. O seminário gratuito on-line, especialmente direcionado para os operadores da Valorpneu, irá realizar-se no dia 17 de maio, sob a orientação da SGS.

Certificação da Qualidade da Escola Profissional CIOR A Escola Profissional CIOR, de Vila Nova de Famalicão, foi distinguida pela SGS com a Certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade, de acordo com a norma internacional ISO 9001. A cerimónia oficial de entrega de certificado à CIOR, realizou-se no dia 1 de abril 2011. Com a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, a CIOR colocou em prática o seu compromisso com a Qualidade, com a comunidade e com a satisfação dos seus alunos em particular.

AEMarco celebra protocolo com Grupo SGS O desenvolvimento local depende em muito do dinamismo dos atores regionais. A AEMarco Associação Empresarial do Marco de Canaveses tem realizado esforços para assegurar a cooperação com organismos que considera importantes para desempenhar o seu papel dinamizador. Foi neste contexto que celebrou um protocolo com o Grupo SGS, estabelecendo condições especiais aos associados da AEMarco para serviços de serviços de Formação, Segurança Alimentar (Controlo Regular de Higiene Alimentar Hygiene Monitored e Análises Microbiológicas a produtos alimentares), Certificação e Verificação em Sistemas de Gestão, Produtos e Serviços.


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Webinars SGS Certificação das Respostas Sociais A SGS apresentou, no passado dia 3 de dezembro de 2010, a 3ª edição do seminário gratuito on-line sobre a Certificação das Respostas Sociais. Através de uma plataforma interativa, fácil e intuitiva, este webinar deu apresentou os Modelos de Avaliação da Qualidade das Respostas Sociais, o respetivo Processo de Certificação, as suas vantagens e possibilidade de integração com outros Sistemas de Gestão, como é o caso da ISO 9001.

Certificação do Serviço Turismo Rural e Turismo de Habitação - NP 4494 Ao permitir a identificação e controlo dos requisitos que são essenciais para a satisfação do cliente, a certificação das unidades de Turismo Rural e Turismo de Habitação (NP 4494) minimiza a variabilidade na prestação do serviço e aproxima-o das necessidades da procura sem, no entanto, interferir no conceito próprio do lugar e no seu vínculo com a tradição, parte da oferta em si. No dia 7 de dezembro de 2010, a SGS promoveu um webinar que deu a conhecer como esta certificação comunica ao mercado a conformidade com as melhores práticas do setor.

Ecodesign A SGS apresentou, no dia 20 de janeiro, um seminário gratuito on-line dedicado ao Ecodesign. Esta é uma abordagem mais sustentável que abrange os impactos dos produtos, ao longo de todo o seu ciclo de vida, sem comprometer a qualidade ou a estética. Assim, é consolidado o va-lor percebido pelo consumidor, que vive uma experiência de consumo positiva e intensifica a sua relação com a respetiva marca, com efeitos de valorização e fortalecimento da sua notoriedade.

Certificação FSSC 22000 A norma FSSC 22000 resulta da integração da norma ISO 22000:2005 e da especificação PAS 220:2008, tornando-se na mais completa certificação para as empresas produtoras e transformadoras de alimentos, sendo globalmente reconhecida pelo setor. Num seminário gratuito on-line, realizado dia 25 de janeiro, a SGS analisou a norma FSSC 22000, as características de certificação, os requisitos e as exigências a estabelecer com os stakeholders.

Prevenir a corrupção na cadeia de valor A SGS apresentou, no dia 29 de abril, um seminário gratuito on-line sobre a prevenção da corrupção na cadeia de valor das Organizações. Os participantes tiveram a oportunidade de saber como assegurar que um programa específico está devidamente concebido, em consonância com as melhores práticas internacionais e como garantir que os funcionários e parceiros da Organização o aceitam, respeitam e cumprem os seus requisitos.

www.pt.sgs.com/pt/events-pt www.pt.sgs.com/pt/webminar-pt


NOTÍCIAS Parcerias SGS Academy Na prossecução dos seus objetivos, a SGS Academy estabelece parcerias com diversas organizações. Ao reunir esforço com Estabelecimentos de Ensino Superior, o Departamento de Formação da SGS pretende dar o seu contributo para aproximar o mundo académico do mundo empresarial, no sentido de proporcionar experiências de formação mais ajustadas ao mercado de trabalho. Nas suas parcerias com Associações e outras instituições, a SGS Academy procura desenvolver conteúdos formativos diferenciados que acrescentem valor aos formandos e às realidades de setores e regiões específicas. Damos a conhecer as mais recentes parcerias da SGS Academy: Instituto Piaget de Mirandela Módulo de Auditorias Internas - ramo Alimentar, decorrente da Pós-Graduação nesta área que o Instituto se encontra a dinamizar. ISCET – Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo Destaque para a Pós-graduação em Turismo e Gestão Hoteleira, de entre outras ações. ESAC – Escola Superior de Agronomia de Coimbra Encontra-se em fase de divulgação a Pós-Graduação em Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar, a iniciar já em Maio, em Coimbra. Olisipo e Operational Consulting A parceria estabelecida com a Olisipo e com a Operational Consulting, avança já para a 3ª edição de formação em Lean. YELLOWPLANET A YELLOWPLANET, empresa especialista na área da Energia, e a SGS Academy apresentam diversos cursos nesta área. ISEC – Instituto Superior de Educação e Ciências de Coimbra Módulo de Segurança Alimentar, no âmbito do Mestrado em Sistemas Integrados. NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve A reforçar a parceria existente, a SGS Academy está a divulgar o curso de Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho.

APPACDM aposta em formação para a Qualidade O IPVC - Instituto Politécnico de Viana do Castelo e a SGS Academy mantêm uma parceria em diversas frentes desde há alguns anos. No âmbito das instituições de apoio social, desenvolveram um curso de “Implementação de um Processo de Gestão da Qualidade”, à medida das necessidades das APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Melgaço, Ponte de Lima e Viana do Castelo. A SGS Academy ficou responsável pelos módulos relacionados com a norma ISO 9001, Conceitos de Qualidade e Auditorias. Entretanto, realizou-se a entrega dos certificados de Qualificação de Auditores internos da Qualidade, aos formandos que concluíram com sucesso o Módulo de Auditorias Internas da Qualidade.


Empresas NP EN ISO 9001 A.M.G. - Instalações Eléctricas, S.A. A.M.G. CAR, Lda. ADER SOUSA - Ass. Desenv. Rural das Terras do Sousa ADF - Antonino Dias Fernandes, Lda. ADICO - Adelino Dias Costa Mobiliário Metálico, Lda. AFAPLAN - Planeamento e Gestão de Projectos, S.A. AGUARELA DO MUNDO - Águas de Nascente, S.A. ÁGUAS DO OESTE, S.A. ALBINO ANTÓNIO DOS REIS Altitude Software Aníbal Carvalho e Filhos, S.A. ANIDAS - Construções Metálicas, Lda. ANTÓNIO GOMES TECEDEIRO, S.A. APOLOBLUE - Tratamentos, Lda. AQUAPLÁSTICO, S.A. AQUINOS, S.A. Areal-Media, Desenvolvimento de Software, Lda. Argusol - Sistemas de Caixilharias, Lda. Arlindo Marçalo & Malta, Lda. ARTOP - Aero-Topográfica, Lda. ASL - ANSELMO SANTOS, Lda. Associação de Apoio Social de Perafita Banix - Veículos de Transporte, S.A. BARRANCA - Sociedade Britas, Lda. BAVIERA - Comércio de Automóveis, S.A. BEC - Braga Equipamentos de Construção, Lda. BELA VISTA - Centro de Educação Integrada BH-PORTUGUESA-Sistemas de Alumínio, Lda. Bilhares Carrinho - Socarese Fab. de Bilhares, Lda. BIOSANIDADE, Lda. BRINTONS - Indústria de Alcatifas, Lda. CACHIDE & ROLDÃO - Comércio de Bacalhau, S.A. CAETANO AUTO, S.A. CANALCENTRO, Mat. Canalização e Climatização, S.A. CARDOSO & RIBEIRO, Lda. CARTONARTE - Indústria de Cartonagem, Lda. Casa do Risco de Felgueiras CASTRO FIGUEIRAS, S.A. CATERINGASSISTE - Assi. Téc. e Equip. de Catering, Lda. Central Motors - Comércio de Automóveis, S.A. Centro Histocompatibilidade do Norte ç. - Hospital de Santa Cruz e Hospital São Francisco Xavier (Unidade de Diálise do Serviço de Nefrologia e Unidades UCI e UCIM do Hospital São Francisco Xavier) CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE, EPE - Hospital Pulido Valente - Serviço de Imagiologia Geral CERÂMICA AVELAR, S.A. CIDADE PVC - Indústria de Caixilharia em PVC, Lda. CIDADE TRABALHO EMP. DE TRABALHO TEMP., Lda. COLMOL COLCHÕES, S.A. Colunex Portuguesa - Ind. Dist. Sist. D., S.A. CONFECÇÕES LUSO SUECO, Lda. Consplu - Sociedade de Construções, S.A. Construções Divireis, Lda. CONSULNEAR - Consultadoria de Negócios, Lda. COOPBAN - Coop. Oper. de Prod. Metalo Mec., CRL Costa e Filhos, Lda. CPCIS - Companhia Portuguesa de Computadores, Informática e Sistemas, S.A. CTT - Correios de Portugal, S.A. - Correio de Prova CTT - Correios de Portugal, S.A. - MailManager CTT - Correios de Portugal, S.A. - Serviço DTE CUNHA SOARES E FILHOS, S.A. CYBERMAP - Internet e Sistemas de Informação, Lda. DDGomes - Instalações Eléctricas, S.A. Desicor - Indústria de Madeira e Cortiças, S.A. DHL EXEL SUPPLY CHAIN PORTUGAL, Lda. Unidade de Negócio de Healthcare DIAMANTINO COELHO & FILHO, S.A. DIODO - Comér. e Indústria de Material Electrónico DIONÍSIO FARIA & SILVA, Lda. DISDIS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Lda. Diverinstal - I. e Man. de Sist. de Tel. Soc,Uni., Lda. DIVIRIL - Comércio, Lda. - 2. Diviril Indústria, S.A. DMedeiro - Equipamentos Eléctricos, Lda. DUALIDADE - Planeamento e Proj. de Engenharia, S.A. E.P.C.I. Electrónica e Pneumática de Controlo Indu. Eamb - Esposende Ambiente, EEM ECOREDE - Silvicultura e Exploração Florestal, S.A. EEM - Empresa de Electricidade da Madeira, S.A. Serviço de Transporte/Despacho Elaconta Madeira - Informática, Lda. EMBALCER - Equip. e Materiais Embalagem, Lda.

EMPRESA DE CONSTRUÇÕES AMÂNDIO CARVALHO, S.A. ENAQUE - Engenharia e Arquitectura, Lda. ENGIMAIS - Engenharia e Consultoria Imobiliária, S.A. ENKROTT - Gestão e Tratamento de Águas, S.A. EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. ERI - Engenharia, S.A. Esc. de Condução Boa Formação – Cândido Silva & F., Lda. ESCOLA DE CONDUCAO AUTOBRAGA, Lda. Escola de Condução Didáctica ESEGUR - Empresa de Segurança, S.A. ESEGUR - Soluções BackOffice, S.A. (ESBO) ETIQEMBAL - ETIQUETAS BAPTISTA DE LIMA, Lda. EURICO FERREIRA, S.A. Eurogalva – Galvanização e Metalomecânica, S.A. EUROPA&C RECICLA PORTO, S.A. Exporlux - Iluminação, S.A. EXTRUSAL - Companhia Portuguesa de Extrusão, S.A. FABRINDEX - Fabrico Industrial de Expositores, Lda. FALGI - Equipamentos e Produtos de Limpeza, Lda. FAPAL - Fábrica de Parafusos, Lda. FENIX CLEANING - Auditoria e Salubridade, Lda. FERBRITAS, Empreendimentos Indu. e Comer.Gabinete de Planeamento, Gestão e Fiscalização FERBRITAS, Empreendimentos Indu. e Comer. Gabinete de Recepção de Materiais e Equipamentos FERNANDO L. GASPAR - Sinalização e Equi. Rodov., S.A. Ferreira & Almeida, Lda. FICACEM - Comér. e Reparação de Autómoveis, S.A. FIG - Fábrica de Plásticos, Lda. Foconsultores - Form. e Consult. Empresarial, Lda. FORCARGO - Transportes, S.A. FRASAM - Fundições do Rossio de Abrantes, S.A. Frigosistema - Termomecânica, Lda. FRISOMAT - Comér. e Indu. de Mater. de Construção, S.A. Gasportex Confecções, Lda. GEOMETRAL - Técnicas de Medição Informática, S.A. GEOPLANO - Aherne, Consultores Geotecnicos, S.A. GESTIVEL - Serviços Apoio Administrativo , S.A. GINOCAR - Produções, S.A. GNG - APB - Arquitectura e Planeamento, Lda. Governo Civil do Distrito de Vila Real GRIJOMANOS - Construção e Carpintaria, Lda. HASSE, S.A. Hélder Gonçalves - Ass. Técnica de Equip., Lda. HOSPITAL DE SÃO TEOTÓNIO, E.P.E. - Serviços Farmacêuticos IBEROL - Soc. Ibérica Biocomb. Oleaginosas, S.A. ICA - Indústria e Comércio Alimentar, S.A. ICEBLOCK - Sociedade de Construções, S.A. Idragan, Lda. ILMA - Indústria de Lacticínios da Madeira, Lda. IMI - Imagens Médicas Integradas, S.A. IMOESTATÍSTICA - Edições Periódicas e Multi., Lda. INFARMED - Autoridade Nac. do Med. e Prod. Saúde, IP Instituto de Desenvolvimento Regional Instituto Politécnico da Guarda Interaves, S.A. Interlimpe - Facility Services, S.A. INTROSYS - Int. Sistemas Robóticos, S.A. IPC - Instalações Técnicas, S.A. IRMÃOS PEIXOTO, Lda. J. ANTÓNIO DA SILVA, Lda. J. C. Correia & Rebelo, Lda. J. D. - Empresa de Lacticínios, S.A. J. Portugal Ramos, Vinhos, S.A. JOÃO PIRES - Internacional Transportes, Lda. Joaquim Carlos Lopes, Gab. de Engenharia, Lda. Jomafra - Malhas e Confecções, Unipessoal, Lda. Jormarg - Acabamentos Metalúrgicos, Lda. JOSE SANTOS & CAMPOS, Lda. [ Grafislab ] JUNTA DE FREGUESIA DE OLIVEIRA DO DOURO KELLY SERVICES - Emp. de Trab. Temporário, Unip., Lda. KLC - Indústria de Transf. de Matérias Plásticas. L. N. Águas – Montagem de equipamentos, Lda. LacticÍnios Campainha, Lda. Lagos em Forma - Gestão Desportiva, EEM LEILOSOC - Organização e Realização de Leilões, S.A. LIDERCISTER - Transportes de Pulverulentos, Lda. LIMPOPO - Limpezas Mecanizadas, Lda. LITHO FORMAS PORT - Imp. Múltiplos e Contínuos, S.A. LIVIG-GEST - Limpezas Industriais e Urbanas, S.A. LIZ ON LINE - Projectos de Internet, S.A. LT ELECTRONIC, Lda. LURCA - Utilidades do Lar, Lda. Lusedividro - Alumínios e Vidros, Lda.

LUSOCARGO (SUL) - Transitários, Lda. Lusoquímica - Prod. Químicos de Manut. Ind., Lda. LYON - Construções Manut. Metalomecânicas, SARL M. M. Madeira Motores, Lda. M.MONTEIRO - Serviços de Contabilidade, Lda MADEIVOUGA - Madeiras, S.A. MAINROAD - Serv. em Tecnol. de Informação, S.A. Mangualtécnica - Indústria Metalomecânica, Lda. MANUEL DA COSTA CARVALHO LIMA & FILHOS, Lda. MANUEL PIMENTA, Lda. Manufacturas Santos, S.A. MANVIA - Manutenção e Exp. de Inst. e Const., S.A. MARCELO PEIXOTO&IRMÃO - Ind. de Serralharia, Lda. Mário Pereira Cartaxo, Lda. MATELCOMP IND. MOLDES E COMPONENTES PLÁSTICOS, S.A. Materfut, S.A. MAXTIL - Textil de Malhas, Lda. MECAR - Prestação de Serviços, Lda. METAIS JAIME DIAS, S.A. METALMARINHA - Com. Intern. Resíduos Metálicos, S.A. METALOVIANA - Metalúrgica de Viana, Lda. METALÚRGICA PINTO & GUERREIRO, Lda. MISTOLIN - Produtos de Limpeza, Lda. Moagem Ceres - A. Figueiredo & Irmão, S.A. MOLDOESTE II - Indústria de Plásticos, Lda. MORGADO & CA., S.A. MPMAIS I - Sis. Controlo e Instações Electricas, Lda. MULTIPONTO, S.A. NANIUM, S.A. NASAMOTOR - Veículos e Peças, S.A. NETJETS - Transportes Aéreos, S.A. NORBERTO SANTOS - Despachantes Oficiais, Lda. NORVIA - Consultores de Engenharia, S.A. Nota de Topo, S.A. NOVA GRÁFICA AMARAL RODRIG. RES. & MEDEIROS, Lda. O2a Polska Z.o.o. OASIPOR - Importação e Exportação, S.A. OCEÂNICO GOLF, S.A. Óscar & Cia., S.A. PAHLDATA Portugal - Com. de Equip. de Informática Palegessos, Lda. PINGO DOCE - Distribuição Alimentar, S.A. PINHEIRO DE LACERDA, Lda. PLASTIMEDE, Com. de Prod. e Equip. Médicos, Lda. Plast - Moulding PLURAL - Cooperativa Farmacêutica, CRL POLIMAGRA - Granitos e Mármores Polidos, S.A. POLISMAR - Plásticos Industriais, Lda. Pombo & Ferreira, Lda. PRIFER - Indústria de Moldes, Lda. PRIO FOODS, S.A. PROFICO AMBIENTE E ORDENAMENTO, Lda. PROFICO - Projectos Fiscalizacao e Consultadoria, Lda. PROGENIE UNIPESSOAL, Lda. PUBLICENSO - Imagem e Comunicação, Lda. PUBLICOR - Publicações & Publicidade, Lda. QUIMIALMEL - Químicos e Minerais, Lda. Ramazzotti, S.A. RECHEIO - Cash and Carry, S.A. RECICOM - Reciclagem e Serviços, Lda. REGISET - Com. e Artes Gráf. da Região Setúbal, S.A. RIOMETAIS - Comércio de Sucata, Lda. ROCHE SISTEMAS DE DIAGNÓSTICOS SOC. UNIPESSOAL, Lda. RODRIGUES & ALMEIDA, Lda. RONUTEX - Tinturaria e Acabamentos Têxteis, Lda. S.A. JOÃO TEODÓSIO MATOS BARBOSA & FILHOS Lda. S. CONRADO, S.A. Sá Couto & Monteiro, S.A. SACAVEMGAS - Com., Inst. e Dist. Gás, Lda. Sanibritas - Produção de Britas e Areias, S.A. SANIPÓVOA, S.A. SANTA CATARINA - Soc. Expl. de Externatos, Lda. Santiago & Santiago, S.A. SANTOS E PIRES, Lda. SARAFAUTO - Aluguer, Comércio e Rep. Automóvel, Lda SECIL PREBETÃO - Prefabricados de Betão, S.A. SECURITAS - Serviços e Tecnologia de Segurança, S.A. SEGURIHIGIENE - Saúde no Trabalho, S.A. SEMURAL - Soc. de Empreendimentos Urbanos, S.A. SERNIS - Formação e Soluções Tecnológicas, Lda. SIBS Cartões - Prod. Processamento de Cartões S.A.


Certificadas pela SGS de Novembro de 2010 a Fevereiro de 2011

SIMÕES, Lda. SIMÓPTICA VC, S.A. SINALCABO - Sistemas de Comunicação, S.A. SINGESCO - Soc. de Informática, Gestão e Contab. Lda. SIRPLASTE - Soc. Indu. de Recuperados de Plásticos, S.A. SISCOG - Sistemas Cognitivos, S.A. SÍTIOS E FORMAS - Projecto e Consultoria, Lda. SL - Laboratório de Análises Clínicas, S.A. Soc. Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Lda. SOCERTIMA - Sociedade de Construções do Certima, Lda. SOCIMBAL - Soc. Industrial Alimentos, Lda. SOGRAMA - Construção e Manutenção de Jardins, S.A. SOLTRÁFEGO - Sol. de Tra. Est. e Com., S.A. SOPLACAS - Sociedade de Placas de Betão, S.A. SOVIAL - Sociedade de Viaturas de Aluguer, Lda - 2. SOVIALMA - Sociedade de Viaturas de Aluguer da Madeira, Lda. (AVIS) SYNECTICS MEDICAL , Lda. TAKE THE WIND, Lda. Teisil - Empresa de Construções, Lda. TELEFLORA - Exp., Import., Negócio de Flores, S.A. TELJAP, Lda. TEMPLAZUL - Org. do Centro, Lda (Hotel Templários) Tensai - Indústria, S.A. TERMAS DA PIEDADE, Lda. TERMOVAPOR - Indústria de Caldeiras, S.A. Tetraplano - Engenharia, Lda. TÊXTEIS EVARISTO SAMPAIO, Lda. THC - Transportes Henrique & Catarina, Lda. Tipoprado - Artes Gráficas, Lda. TOPITÉU - Alheiras de Mirandela, Lda. Topview Tools, Lda. TRATAVE - Trata. de Águas Residuais do Ave, S.A. TWISTOP - Serv. de Eng. e Equip. Industrial, S.A. ULTRA-CONTROLO - Projectos Industriais, Lda. UNICER- Bebidas de Portugal, S.A. Unidade Local de Saúde de Matosinhos EPE - Hospital Pedro Hispano UniversalTech - Technology & Multimedia, Lda. VANTYX - Sistemas de Informação, S.A. Vantyx XRM - Soluções Informáticas, S.A. VARELA & CIA, Lda. VEGA - Agência de Viagens e Turismo Interna., Lda. VIDROTORRE - Indústria Transf. de Vidro Plano, Lda. VIPEX - Comércio e Indústria de Plásticos, S.A. VITALPET - Centro Veterinário, Lda. - H.V.G. Hospital Veterinário de Gondomar VIVALISA - Limp. Ind. e Serviços do Ambiente, S.A. We Do Consulting - Sistemas de Informação, S.A. Write Up, S.A. ZMF - Instalações de Climatização, S.A.

NP EN ISO 14001 AFAPLAN - Planeamento e Gest. de Projectos, S.A. ANTÓNIO GOMES TECEDEIRO, S.A. ARAMUS, Lda. BRINTONS - Indústria de Alcatifas, Lda. CARTONARTE - Indústria de Cartonagem, Lda. Construções Divireis, Lda. Eamb - Esposende Ambiente, EEM. ECOREDE - Silvicultura e Exploração Florestal, S.A. EMPRESA DE CONSTRUÇÕES AMÂNDIO CARVALHO, S.A. ENAQUE - Engenharia e Arquitectura, Lda. ERI - Engenharia, S.A. EURICO FERREIRA, S.A. Eurogalva - Galvanização e Metalomecânica, S.A. FAURECIA, ASSENTOS AUTOMÓVEL, LDA. Fábrica de Corte e Costura FAURECIA, ASSENTOS AUTOMÓVEL, LDA Fábrica de Espumas e Acessórios GeoDouro Consultoria e Topografia, Lda. GL - Importação e Exportação, S.A. GS24 - HEALTHCARE SOLUTIONS, Lda. IBEROL - Soc. Ibérica Biocomb. Oleaginosas, S.A. ICA - Indústria e Comércio Alimentar, S.A. Infosaúde - Inst. Formação e Inov. em Saúde, Lda. Interlimpe - Facility Services, S.A. L. Y. Lyon - Construções, Manut. Metal., S.A. MANVIA - Manutenção e Exp. de Inst. e Const., S.A. METAIS JAIME DIAS, S.A. NOVA GRÁFICA AMARAL RODRIG. RES. & MEDEIROS, Lda. OCEÂNICO GOLF, S.A.

PARQUE EXPO 98, S.A. PLURAL - COOPERATIVA FARMACEUTICA CRL POLIMAGRA - Granitos e Mármores Polidos, S.A. RAR IMOBILIÁRIA, S.A. Recer - Indústria de Revestimentos Cerâmicos, S.A. RECICOM - Reciclagem e Serviços, Lda. RONUTEX - Tinturaria e Acabamentos Têxteis, Lda. Schréder Iluminação, S.A. SECURITAS - Serviços e Tecno. de Segurança, S.A. SERRALHARIA DO OUTEIRO, Lda. SIRPLASTE - Sociedade Industrial de Recuperados de Plásticos, S.A. SUCESSO 24 HORAS, Lda. SUCRAME - Produtos Alimentares, Lda. Tabaqueira - Empresa Industrial de Tabacos, S.A. TELEFLORA - Exp., Import., Negócio de Flores, S.A. TERMAS DA PIEDADE, Lda. Tetraplano - Engenharia, Lda. TWISTOP - Serv. de Eng. e Equip. Industrial, S.A. UNICER- BEBIDAS DE PORTUGAL, S.A. VARELA & CIA, Lda. Vidraria Central de Ermesinde, Lda. Write Up, S.A.

OHSAS 18001 AFAPLAN - Planeamento e Gestão de Projectos, S.A. ARAMUS, Lda. COOPBAN - Coop. Operária de Prod. Metalo Mec., CRL Construções Divireis, Lda. CUNHA SOARES E FILHOS, S.A. EMPRESA DE CONSTRUÇÕES AMÂNDIO CARVALHO, S.A. ENAQUE - Engenharia e Arquitectura, Lda. ERI - Engenharia, SA. EURICO FERREIRA, S.A. Eurogalva – Galvanização e Metalomecânica, S.A. FAURECIA, ASSENTOS AUTOMÓVEL, Lda. Fábrica de Espumas e Acessórios FAURECIA, ASSENTOS AUTOMÓVEL, Lda. Fábrica de Corte e Costura L. Y. Lyon - Construções, Manut. Metal., S.A. MANVIA - Manutenção e Exp. de Inst. e Const., S.A. PLURAL - COOPERATIVA FARMACÊUTICA CRL SUCRAME, PRODUTOS ALIMENTARES, Lda. Tabaqueira - Empresa Industrial de Tabacos, S.A. TELEFLORA - Exp., Import., Negócio de Flores, S.A. Tensai - Indústria, S.A. Tetraplano - Engenharia, Lda. TWISTOP - Serv. de Eng. e Equipamentos Indu., S.A. Write Up, S.A.

EMAS BRINTONS - Indústria de Alcatifas, Lda. Eurogalva – Galvanização e Metalomecânica, S.A. GRIJOMANOS - Construção e Carpintaria, Lda. NOVA GRÁFICA AMARAL RODRIG. RES. & MEDEIROS, Lda. PLURAL - COOPERATIVA FARMACÊUTICA CRL RONUTEX - Tinturaria e Acabamentos Têxteis, Lda.

ISO 22000 AGUARELA DO MUNDO - Águas de Nascente, S.A. BARRANCARNES - Transformação Artesanal, S.A. Carnes Campicarn, S.A. DIVIRIL - Ind. Prod. Sumos e Refrigerantes, S.A. ICA - Indústria e Comércio Alimentar, S.A. J. D. - Empresa de Lacticínios, S.A. J. Portugal Ramos - Vinhos, S.A. LacticÍnios Campainha, Lda. LACTOGAL - Produtos Alimentares, S.A. MAÇARICO, S.A. Nota de Topo, S.A. S. A. JOÃO TEODÓSIO MATOS BARBOSA & FILHOS, Lda. Santiago & Santiago, S.A. Sivipa – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A. Soc. Agrí. do Monte Novo e Figueirinha, Lda. SOGUIMA - Comércio e Indústria Alimentar, S.A. SUCRAME, Produtos Alimentares, LDA. Vieira de Castro - Produtos Alimentares, S.A.

HACCP DIVIRIL - Ind. Prod. Sumos e Refrigerantes, S.A. Direcção Regional de Qualificação Profissional FRUSTOCK - Produtos Alimentares, Lda.

JOÃO GOMES CAMACHO, S.A. PÃO DE LÓ TI PIEDADE - Past. Regi. e Similares, S.A. ZOOPAN - Produtos Pecuários, S.A.

Serviço AMÁLIA MARIA GUERREIRO ROSA - Gabriel A.J. Rosa - Segurança Contra Incêndios AYFOGO - Comércio e Manut. de Extintores, Lda. EPSA Portuguesa - Petróleos, S.A. - Parque de Matosinhos CTT - Correios de Portugal, S.A. CTT - Correios de Portugal, S.A. - Lojas Postais ERGOFIRE - Equip. e Serviços de Segurança, Lda. Foconsultores - Form. e Consult. Empresarial, Lda. FRANQUIGER - Gestão de Franquias, S.A. IMOESTATISTICA - Edições Periódicas e Multi., Lda. INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO Laranjeira & Cubo-Sadis, Lda. MADEIRINDUSTRIA, Lda. MANUEL PIMENTA, Lda. Marlene Sofia Silva Félix - SIPREX MOVIJOVEM - Mobilidade Juvenil, CIPRL Oestética - Clin. Nut. Estética, Lda - PERSONA Caldas da Rainha ORBITUR - Intercâmbio de Turismo, S.A. - Parque de Campismo de Rio Alto Óscar & Cia., S.A. RUY DE LACERDA & C.ª, Lda. SAC - Consultoria em Sistemas de Gestão, Lda. Serviall, Lda. SISCOG - Sistemas Cognitivos, S.A. SONAE MC - Modelo Continente, SGPS, S.A. TAKE THE WIND, Lda. We Do Consulting - Sistemas de Informação, S.A.

Produto Industrial ASCENSORES GEVAL, S.L. - J. Rosalen, S.L. AVEIPORT - Soc. Operadora Portuaria de Aveiro, Lda. BARRANCA - Sociedade Britas, Lda. Betanteros - Soc.de Fábrico e Comerc. de Betões, SA. Britafiel - Agregados e Ornamentais, S.A. CARVALHO, S.A. CIMENTOS MADEIRA, Lda. José Moreira & Irmão, S.A. Joviquadro, Lda. LEIRIVIGA - Pré Esforçados, LDA. POLINERGIA - Gestão e Investimentos, S.A. POLITEJO - Indústria de Plásticos, S.A. Sanibritas - Produção de Britas e Areias, S.A. SECIL PREBETAO - Prefabricados de Betão, S.A. SOCITOP - Transportes, Unipessoal, Lda. Urbitâmega - Soc. de Construções Tâmega, Lda. VALORSUL - Val. Trat. de Res. Sol. Reg. Lisb e Oeste, S.A. VIDRARIA BRACARENSE, Lda. VIDROTORRE - Indú. Transf. de Vidro Plano, Lda.

Dispositivos Médicos Hélder Gonçalves - Assi. Téc. de Equip., Lda. Linde Sogás, Lda. PROHS - Equip.Hospitalar e Serv. Associados, S.A. SYNECTICS MEDICAL , Lda.

ISO TS 16949 KLC - Indústria de Transf. de Matérias Plásticas. Karmann - Ghia de Portugal - Ind. Confec. Capas, Lda. NANIUM, S.A. Plast-Moulding

IFS Águas das Caldas de Penacova, Lda. PARMALAT PORTUGAL - Prod. Alimentares, Lda. SORGAL - Sociedade de Óleos e Rações, S.A.

BRC DARDICO AGROINDÚSTRIA, S.A. Fábrica de Conservas La Gondola, Lda. ICM - Indústrias de Carnes do Minho, S.A. MONLIZ PRODUTOS ALIMENTARES MONDEGO E LIZ, S.A. MonteBravo - Prod. e Com. de Prod. Alim., S.A. RENOVA - Fábrica de Papel do Almonda, S.A. Sopragol, S.A.


Delegação Norte com novas instalações! O Grupo SGS Portugal tem o prazer de informar que o seu Escritório na Região Norte, até aqui instalado em Leça da Palmeira, foi transferido para novas instalações no centro da cidade da Maia, a funcionar desde o dia 28 de março de 2011. O novo endereço é: Pólo de Serviços da Maia Rua Padre António, 232 (junto ao Fórum da Maia) 4º Piso – Fração 4.4 4470-136 Maia Os restantes meios de contacto não sofreram alterações: Tlf.: 707 200 747 Fax: 707 200 329 E-mail: pt.info@sgs.com Website: www.pt.sgs.com


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