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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará
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DEVOLUÇÃO GARANTIDA
CORREIOS
Ano XXVI - 278 - Agosto de 2015
Fotos Su Hellen
Secretário de Estado do Desenvolvimento Humano e Social do GDF. Marcos Pacco, tomou café da manhã na Casa do Ceará. Leia mais na pág. 20
Assesor Klaus Rainer, Diretora de Promoção Social Maria Áurea de Magalhães, Diretor Administrativo e Financeiro Evandro Pedro Pinto, Presidente Osmar Alves de Melo, Secretário de Desenvolvimento Social Marcos Pacco e Diretor de Educação e Cultura Vicente Nunes de Magalhães.
Leia nesta edição Editorial, pág.2 Espaço Luciano Barreira, pag.2 Expediente, pág. 2 Conversando com os Leitores, pág.2 Samburá, notícias do Ceará e dos cearenses, pág. 3 Antônio Balhmann é empossado assessor para Assuntos Internacionais, pág 4 Fluxo de turistas estrangeiros Em 2015, 21% maior que em 2014, pág.4 Vice-governadora apresenta ações do Pacto pelo Ceará Pacífico , pág4 Anuncio do José Lirio de Aguiar, pág.4 Paleontologia reuniu mais de 500 pesquisadores, pág.5 Heráclito Vieira eleito desembargador do TJCE, pág.5 Movimentados mais de um milhão de processos no TJ/CE, pág.5 Anuncio do Uniceub, pág. 5 Leituras I, a poesia de Jarbas Mota, pág.6 Ceará vai receber quase R$ 500 milhões de investimentos em energia eólica. Pág.6 ENEM coloca em destaque escolasdo Ceará, pág.6 País tem 6.5 milhões de servidores municipais e 3.2 milhões de servidores estaduais, pág. 6 Leituras II, artigos de Wilson Ibiapina, as Meninas de Aquiraz e o rio da minha aldeia, pág. 7 A boemia disse triste adeus/Frequentadores se despedem do Bar do Chaguinha, em Fortaleza, pág. 7 Leituras III, artigos de Gonzaga Mota , Previsões Traidoras, Uva, Urca e Uece, pág.8 DOCUMENTO/Importantes revelações do mestre Cassio Borges no Instituto do Ceará sobre a Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará, pág. 8 Leituras IV, artigo de JB Serra e Gurgel, pág. 9 Estadic/Munic 2014 : 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas deviolência doméstica, pag. 9 Momentos Marcantes na vida do Comendador Aldery Mariano, pag.10 Anuncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras V, artigo de Narcélio Limaverde, Médicos Antigos, pág.12 Memória,Reparos sobre a trajetória de Zé Tatá, Reginaldo Vasconcelos, pág.12 Leituras VI, artigo de José Jézer de Oliveira, Cariri. Operação Turismo, pág. 13 Previsão terrível para 2016. Ceará pode ter seca tão severa quanto a de 1998, diz Funceme. pág. 13 Índios Tremembés recebem posse permanente de terras no Ceará, pág. 13 Leituras VII, artigo de Macário Batista, Isso rola na rede, pag 14 Memórias de nossa infância. Morreu Orlando Orfei. OS Circos que alegraram nossa vida, Wilson Ibiapina (*), pág. 14 Leituras VIII artigo de João Soares Neto, Francisco , Newton, Lúcio e “Paco” Todos, um só Brasileiro, pág 15 Sérgio Leitão (Crateús), jornalista e escritor, aos 69 anos. Autor do furo mundial da prisão de Ronald Biggs, ele era apaixonado pelo Flamengo, pag. 15 Danilo Forte destaca os 60 anos ,de jornalismo de Lúcio Brasileiro, pág.15 Cegás conclui consrução de nova linha de gasoduto, pág. 15 Mario Pontes lançou Balada para Urbano, em Brasilia, pág. 16 Nova Diretoria da AFA para o triênio 2015/2018, pag. 16 Morre general cearense a missão da ONU no Haiti, pág. 16 Anuncio da Nacional Gas, pag.16 Casa do Ceará homenageará empregados com relevantes serviços prestados. pág. 17 Página da Mulher. Artigo de Regina Stella, Há vida lá fora... Como o chulé pode ajudar no combate à malária, pag. 18 Leituras XIX, Humor Negro e Branco Humor, pag. 19 Os cearenses na cozinha de Brasília, pág.19 Secretário de Estado do Desenvolvimento Humano e Social do GDF. Marco Pacco, tomou café da manhã na Casa do Ceará. pág. 20 Anuncio do Beach Park, pág.20
Vice-Presidente José Sampaio de Lacerda Junior, Diretor de Educação e Cultura Vicente Nunes de Magalhães, Assesor Klaus Rainer, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Diretora de promoção Social Maria Áurea de Magalhães, Diretor Administrativo e Financeiro Evandro Pedro Pinto e Diretor de Comunicação Social JB Serra e Gurgel.
Diretores da Casa do Ceará e Secretário de Desenvolvimento Social Marcos Pacco.
Museu de Artes e Tradição do Nordeste da Casa do Ceará agora é Museu Maria Calmon Porto, em homenagem a presidente da Casa do Ceará entre 1981 a 1989. Leia mais na pág. 17 Casa do Ceará agradeceu à Fecomércio e ao SESC/DF apoio dado a Campanha do Agasalho e ao Natal Feliz
Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Presidente da Fecomercio Adelmir Santana, Diretor de Educação e Cultura da Casa do Ceará Vicente Nunes de Magalhães.
Diretor de Educação e Cultura da Casa do Ceará Vicente Nunes de Magalhães, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Presidente da Fecomércio Adelmir Santana, Diretor de Obras da Casa do Ceará Nilton Pessoa Cavalcante, Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair , Diretor de Comunicação Social da Casa do Ceará JB Serra e Gurgel.
Fotos Su Hellen
Diretora de Promoção Social Maria Áurea de Magalhães, Secretario de Desenvolvimento Marcos Pacco e Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo.
Presidente da Fecomércio Adelmir Santana e Presidente da Casa do Assistente Social Ivete Simonette, Chefe de Orientação Social do SESC Lúcia Maria Percy Ceará Osmar Alves de Melo. Bastos e Superintendente da Casa do Ceará Antonia Lúcia Guimarães Aguiar O Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, promoveu em café da manhã, na Casa, em 03.09, com o Presidente da Fecomércio/DF, Aldemir Santana e o Diretor do SESC/ DF, José Roberto Sfair, e a chefe de orientação social , Lucia Maria Percy Bastos , oportunidade em que agradeceu o forte apoio da Fecomércio aos inúmeros eventos sociais da Casa, especialmente na Campanha do Agasalho e no Natal Feliz quando foram realizados atendimentos e realizada intensa programação social, distribuídos brinquedos a crianças e cestas básicas a famílias carentes. Participaram os diretores JB Srra e Gurgel (Acopiara), geral Newton Pessoa Cavalcante (Iracema) e Vicente Magalhães (Aurora). Na oportunidade, Osmar entregou um Relatório das atividades da Casa em 2014 em que são registradas as inúmeras atividades desenvolvidas pelo SESC/DF nos eventos realizados pela Casa, com grande presença de público. Recordou os esforços empreendidos pela Casa na busca de doações e serviços que contribuem para a realização da missão da Casa no campo da assistência social. Osmar aproveitou oportunidade para solicitar ao sr. Aldemir Santana a presença do sistema Fecomércio, especialmente do SESC/DF, no 3ª Natal Feliz que será realizado em 28 de novembro, quando se espera atingir com brinquedos e cestas básicas cerca de 2 mil pessoas.
Casa do Ceará promoveu a Festa dos Voluntários da Pousada Crisantho Moreira da Rocha.
Fotos Su Hellen
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Ex-
Dança Flamenca
Creche Paula Frassinetti - representando Irmã Deolinda Farias Dias, Assistente Social Oslima Ribeiro de Lima, Marileia Souza e Soeni Maria Cogo Meurer.
Idosos residente da
José Carlos e esposa Lenira – Presidente do Conselho Fiscal da Casa do Ceará, Antonia Francisco de Assis Lucena.
Pousada Lucia – Superintendente da Casa do Ceará,Olímpica. Aldanilce Pereira – Agente Pastoral da governador Cid Gomes inaugurou o Centro de Formação Saúde da Igreja Nossa Senhora das Graças, Rosa Holanda– esposa do Dr. Aldemir
Holanda, Ivete Magalhães – representando o Presidente Dr. Osmar Alves de Melo e Aldemir Holanda.
Casa do Ceará vai homenagear seus funcionários mais antigos por relevantes serviços prestados. Leia mais na pág. 17
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Espaço Luciano Barreira
Edi t o r i a l
Estamos chegando, com este numero, a 100 edições do Ceará em Brasilia, eu com JB Serra e Gurgel e Wilson Ibiapina. Chegamos para substituir o nosso velho, particular e bom amigo Luciano Barreira, que carregou este jornal nas costas por longo tempo, com uma devoção e uma dedicação exemplar, imbuído de seus propósitos ideológicos e seu imenso apego às coisas do Nordeste e , em especial, do nosso Ceará. Não é sem razão que criamos o Espaço Luciano Barreira, de leitura obrigatória na pag. 2 Acreditamos que não fizemos feio neste período ,malgrado as sucessivas reclamações contra a pequenez das letras, a largueza e a má impressão dos textos e fotos. Entendemos as críticas. Nestes 100 números, só demos lucros à Casa. Seja, arrecadamos mais do que gastamos. Governo do Ceará e empresas privadas do Ceará e de cearenses compreenderam nossos esforços e nos deram cobertura. A todos, nosso muito obrigado. Somos uma grande equipe que enfrenta desafios. Podemos ter errado no varejo. Mas acertamos em cheio no atacado. Os que ocuparam nossas páginas e que nasceram fora do Ceará tiveram que escrever sobre o Ceará e cearenses. E não medimos esforços para resgatar a enorme contribuição dos cearenses para a consolidação de Brasilia No mais, destacamos todos os grandes eventos da Casa do Ceará. Alem do Ceará em Brasilia dotamos a Casa de uma página na Internet, atualizada e com grande número de visitas. Mais recentemente descambamos para o Facebook ressaltando os valores da cearensidade. Estamos bombando. A gente sai do Ceará, mas o Ceará não sai da gente. Francisco Inacio de Almeida (Baturité) Diretor
Expediente
Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 1º vice; Luiz Honzaga de Assis, (Limoeiro do Norte) 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança..., Carlos Euler Curlin Perpétuo (Joinville/SC) Planejamento e Orçamento; Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, general Nilton Pessoa Cavalcante (Iracema) Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br
Agosto/15
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A causa da desavença do casal Depois de brigas constantes e denúncias dos vizinhos, o delegado resolveu ir à casa do casal para esclarecer o motivo das desavenças. Lá chegando, encontrou o casal discutindo. Sobre a mesa havia um enorme recipiente de doce de leite, cheiroso, delicioso, feito do melhor leite de fazenda. Como o casal não parava de brigar, o delegado, que era chegado à guloseima, serviu-se de boas porções do saboroso doce com água bem gelada. Briga vai, briga vem, o casal não parava e o delegado lá só desfrutando de cheias colheradas do doce de leite. Saciado seu desejo, o delegado conseguiu atrair a atenção do casal e perguntou-lhes o porquê de tanta briga. Respondeu-lhe a mulher: - É que toda a hora esse sem-vergonha enfia o pau nesse doce de leite e quer que eu chupe! Facebook...na vida real... Para as pessoas da minha geração que não compreendem realmente porque existe o Facebook. Atualmente, estou tentando fazer amigos fora do Facebook enquanto utilizo os mesmos princípios. Portanto, todo dia eu ando pela rua e digo aos pedestres o que eu comi, como me sinto, o que fiz na noite anterior e o que farei amanhã. E então eu lhes dou fotos de minha família, do meu cachorro e minhas cuidando do jardim e passando o tempo na piscina. E também ouço as suas conversas e lhes digo que os amo. E isto funciona. Eu já tenho 3 pessoas me seguindo: dois policiais e um psiquiatra.
Beja, 5 de Fevereiro 2013. Eu, Maria José Pau, gostaria de saber da possibilidade de se abolir o sobrenome Pau do meu nome, já que a presença do Pau me tem deixado embaraçada em várias situações. Desde já agradeço a atenção despendida. Peço deferimento, Maria José Pau. Em resposta, recebeu a seguinte mensagem: Cara Senhora Pau: Sobre a sua solicitação da remoção do Pau, gostaríamos de lhe dizer que a nova legislação permite a remoção do Pau, mas o processo é complicado e moroso. Se o Pau tiver sido adquirido após o casamento, a remoção é mais fácil, pois, afinal de contas, ninguém é obrigado a usar o Pau do cônjuge se não quiser. Se o Pau for do seu pai, torna-se mais difícil, pois o Pau a que nos referimos é de família e tem sido utilizado há várias gerações. Se a senhora tiver irmãos ou irmãs, a remoção do Pau torná-la-ia diferente do resto da família. Cortar o Pau do seu pai pode ser algo muito desagradável para ele. Outro senão está no facto do seu nome conter apenas nomes próprios, e poderá ficar esquisito, caso não haja nada para colocar no lugar do Pau. Isto sem mencionar que as pessoas estranharão muito ao saber que a senhora não possui mais o Pau do seu marido. Uma opção viável seria a troca da ordem dos nomes. Se a senhora colocar o Pau na frente da Maria e atrás do José, o Pau pode ser escondido, pois poderia assinar o seu nome como ‘Maria P. José’. A nossa opinião é a de que o preconceito contra este nome já acabou há muito tempo e visto que a senhora já usou o Pau do seu marido por tanto tempo, não custa nada usá-lo um pouco mais. Eu mesmo possuo Pau, sempre o usei e muito poucas vezes o Pau me causou embaraços. Atenciosamente, Bernardo Romeu Pau Grosso, Registo Civil de Beja
Conversando com o Leitor
+ Nossos sites na Web estão bombando nas nuvens... + www.casadoceara.com.br chegou a 262.703 visitantes + www.brasilia50anosdeceara.com.br chegou aos 75.018 + www.casadoceara50anos.com.br chegou aos 7.577 + Nosso Facebook alcançou 1.279 curtidas, 588 estiveram na página, registramos 119 alcances das púbicas e 186 se envolveram com as publicações. Muito bom. + No mês de agosto, nosso site foi visto em 22 países e 144 cidades brasileiras. + Foram 6.396 sessões, 5.042 usuários e 14.256 visualizações.
+ Fomos visitados na Holanda (Amsterdam e Wetervoot), India (Nova Delhi), Estados Unidos, Israel (Telavive), Reino Unido, França, Nigéria, Portugal, Argentina, Austrália, Bolivia, Costa do Marfim, Colômbia, Etiópia, Itália, Quênia, Laos e México. + No Brasil, fomos visitados em Brasília, Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Blumenau, Porto Alegre, Luziânia, Juazeiro do Norte, Curitiba, Palmas, Campo Grande, Salvador, Aguas Lindas de Goiás, Sobral, Unaí, Teresina, Campinas, São Bernardo do Campo, Recife, Reriutaba, Anápolis, Santo Antônio do Descoberto, Vila Velha, Uberlândia, Vila Velha e Barueri + A Confraria dos Cearenses de Brasília voltou a se reunir , realizando seu 57º Almoço , em 28 de agosto de 2015, na Galeteria Beira Lago, participando Geraldo Vasconcelos
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(Tianguá)) , Fernando César Mesquita (Fortaleza) , José Jézer de Oliveira (Crato), ministro José Coelho Ferreira (Novo Oriente), procurador Roberto Gurgel (Fortaleza), desembargador Cruz Macedo (Mauriti), advogado Estênio Campelo (Crateús) com seu filho, Guilherme , e João Rodrigues Neto (Independência), médico Francisco Machado (Pedra Branca), empresários Francisco Mirto (Fortaleza) e João Miranda Lima (Ipueiras), jornalistas Wilson Ibiapina (Ibiapina) e José Rangel Cavalcante (Crateús). + Recebemos de José Jezer de Oliveira, ex-presidente a Casa, o seguinte comunicado: Aos 86 anos, faleceu no dia 26 de agosto em Brasília o coronel reformado do Exército Edvaldo Bezerra Fialho. Cearense de Fortaleza, Fialho passou a residir na Capital da República a partir dos anos oitenta, tornando-se assíduo frequentador da Casa do Ceará e participante de todos os eventos promovidos nas gestões dos presidentes Meire Porto e Jézer de Oliveira. Seresteiro, dono de farto repertório da música popular brasileira, o seu hobby era cantar. A pedido da presidente da instituição, criou e comandou o grupo de seresta que se reunia uma vez por semana no salão de festa da Casa. Recrutou entre companheiros de farda (Oficiais reformados) os cantores e instrumentistas, contando também com a participação de cearenses frequentadores da Casa do Ceará. Fialho chegou a gravar um CD que distribuía entre amigos, intitulado “No meu tempo de criança” com a participação musical de colegas de farda.
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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Izolda Cela é a primeira mulher na história a assumir o Governo do Ceará Às 9h30 desta sexta-feira (14), a vice-governadora Izolda Cela se tornou a primeira mulher a assumir o comando do Governo do Estado. Ela ficará como governadora em exercício até o próximo dia 20. O governador Camilo Santana retornará às atividades no dia 21. “Este é um momento histórico”, resumiu Camilo Santana, ao assinar o livro de transmissão de cargo. Izolda Cela chegou ao Palácio da Abolição por volta das 9 horas e se reuniu com o governador Camilo Santana. A transmissão de cargo, realizada no gabinete, durou cerca de 15 minutos e contou com a presença dos secretários Alexandre Landim (Casa Civil) e Élcio Batista (Chefia do Gabinete) e de Fernando Oliveira, chefe do gabinete da governadora em exercício. “Para mim é uma honra estar esses dias respondendo pelo exercício do Governo e ser a primeira mulher a ter esta função. Espero cumprir o papel que me cabe da melhor maneira possível e, com o retorno do governador na próxima semana, poder prestar contas do trabalho exercido”, citou Izolda Cela. Mercado das Flores Fortaleza vai ganhar o Mercado das Flores consiste em uma estrutura coberta de aproximadamente 1.225 metros quadrados (m²) de área total e será construído na Praça Joaquim Távora, na Avenida Pontes Vieira, entre as Ruas Capitão Gustavo, Fiscal Vieira e Antônio Furtado. Para abrigar os comerciantes, o local contará com 39 lojas de 18 m² cada uma. De acordo com o projeto financiado pela Adece, o investimento para a concretização do mercado será de aproximadamente R$ 2 milhões Na Corregedoria O magistrado Ricardo Bruno Fontenelle é o mais novo integrante da equipe de juízes corregedores auxiliares da Corregedoria Geral da Justiça do Ceará. Ele foi indicado pelo corregedor-geral, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva. .Ricardo Fontenelle irá substituir a juíza Roberta Ponte Marques Maia, durante período de licença médica. Na Corregedoria, auxiliará os trabalhos judiciais e coordenará o programa Pai Presente, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).Na magistratura desde 2009, Ricardo Fontenelle atuou nas comarcas de Mauriti, Pereiro e Reriutaba. É atualmente titular da 3ª Vara da Comarca de Morada Nova. Tombo O cearense de Cratéus , Hideralod Dwight Leitãpo. que chegou a Diretor de Pessoa Fisica do Banco do Brasil e que conquistou fama como gestor no Banco levou um tombo dentro do Banco e se aposentou. Teve momentos de brilho.
Ceará em Brasília
Novo Reitor a UFC : Henry Campos SEU PRIMEIRO projeto é criar a Universidade Federal da zona norte. Henry Campos, tomou posse em Brasília, como reitor da Universidade Federal do Ceará, 2015/17, em solenidade prestigiada pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro; o secretário geral de Ensino Superior, Jesualdo Farias; a vice-governadora em exercício Izolda Cela; dois ex-reitores da UFC René Barreira e Roberto Cláudio Bezerra; deputados federais Goreti Pereira, Arnon Bezerra, Chico Lopes e Raimundo Gomes de Matos e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. COMPONDO o grupo da UFC, pró-reitores e professores, destacando-se Odorico Morais, Denise Maria Moreira, Francisco Guimarães, Francisco de Assis Melo (Cetrede), Ciro Nogueira Filho, Carlos Marques, Suzete Pitombeira, Gil Aquino, Serafim Ferraz, Rodrigo Vasconcelos e Glicia Santiago. Entre o carinho partilhado e os sorrisos revelados pelos muitos que compareceram à sua posse, Henry ganhou os mais belos da amada Vanda e da filha Ana Luiza.
Domenico de Mais em Sobral O filósofo italiano Domenico Di Masi esteve em Sobral (Zona Norte) e fez conferência no Centro de Convenções. Acompanhado do vice-presidente do Grupo de Comunicação O POVO, Dummar Neto, e do prefeito Clodoveu Arruda, ele falou para membros da academia e alguns setores, sobre os desafios da vida em comunidade.Domenico, autor do livro “Ócio Criativo”, expôs desafios que se relacionam aos modos inovadores de trabalho, habitação e mobilidade nas grades cidades. Sobral foi incluída nesse contexto.
As Grandes Revelações de Jesus O padre Neri Feitosa , de 90 anos, residente em Canindé/CE, publicou um livrinho de 80 páginas, “As Grande Revelações de Jesus”. Boa parte do seu sacerdócio exerceu na Diocese do Crato, tendo sido professor no Seminário do Crato. Abre o livro com um texto; “O Sentido deste escrito. Sei que estou perto de morrer e desejo deixar aos que ficam, sobretudo aos que forem meu velório e acompanharem meu enterro, uma lembrança evangelizadora, continuação do meu trabalho sacerdotal dos 64 anos de ministério. Estou lhe falando como se fosse no altar. Escuta? Como gosto?”. No seu legado, um belo livro em defesa do padre Cícero, o Santo dos Sertões do Nordestão.
Dr. Cassio Bogres “Fiquei profundamente decepcionado quando soube que numa Audiência Pública no Senado Federal na presença de eminentes personagens ligadas à questão dos recursos hídricos do Nordeste e de São Paulo (inclusive o atual governador), o Diretor Geral do DNOCS teve o desplante de dizer que o termo “volume morto” ele tinha aprendido com os técnicos de São Paulo. Ora, Sr. Diretor, fique o Senhor sabendo que este termo existe no vocabulário do DNOCS desde o tempo que ele foi criado em 1909. Está em todas as suas publicações nos seus 105 ano de existência. É lamentável que DNOCS seja tão mal representado tecnicamente em Fórum desta natureza pelo que se justifica a sua atual situação de desapreço e abandono na comunidade técnica nordestina e brasileira. Em últimas palavras, fatos como este dá uma cabal demonstração de incapacidade técnica dos que atualmente estão conduzindo a questão dos recursos hídricos no Ceará (a sede do DNOCSé em Fortaleza) e no Nordeste. Vejo isto com profunda decepção e tristeza. Outrasheresias foram ditas naquela ocasião como a velha estória de mudar o nome do DNOCS de Departamento Nacional de Obras Contra as Secas para Departamento Nacional de Convivência com as Secas. Coisa de quem não tem e nem sabe o que dizer. Seria uma mudança estúpida e desnecessária”
Henrique Javi efetivado secretário de Saúde do Estado O Governo do Ceará informa que Henrique Jorge Javi de Sousa está efetivado no cargo de secretário de Saúde do Estado. O médico Marcos Antônio Gadelha Maia está sendo nomeado secretário Adjunto da Sesa, e a médica Lilian Alves Amorim Beltrão nomeada secretária Executiva da pasta. Vicente Landim O procurador Vicente Landim (Aurora) está articulando o lançamento de seu livro “N[os Dois e Familiares”, sobre a história de sua família, a partir do Tipi, que de arbustos acabou virando distrito de Aurora, hoje com 306 habitantes. Landim lançou dois outros livros, “Marica Macedo – minha avó e descendentes” e “Tipi, de Arbusto a Distrito”. O lançamento ocorrerá em Brasilia, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro, onde moram seus familiares.
Faculdade de Medicina de Iguatu Equipes do Ministério da Educação estiveram em Iguatu para avaliação da estrutura, equipamentos e as áreas de Saúde de Iguatu, que se prepara para receber sua Faculdade de Medicina. Foram três dias de visitas , confrontando informações anteriormente enviadas pela Prefeitura; Em abril ultimo o MEC pré-selecionou Iguatu para receber a Faculdade, logo surgindo inumeros padrinhos políticos. Ninguém merece.
O Trem da ferrovia interior O desembargador aposentado Francisco Gurgel Holanda (Acopiara) lançou no Ideal, o templo do lançamento de livros de Fortaleza, seu livro de memorias, “O Trem da Ferrovia Interior””, com 10 vagões ou 10 capitulos, e com paradas em Acopiara, Crato e Fortaleza; Retornando a Brasilia O embaixador José Marcus Vinicius de Souza (Fortaleza) está retornando a Brasilia, removido da embaixada do Brasil na República Dominicana.
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Agosto/15
Antonio Balhmann assume assessoria internacional
Fluxo de turistas estrangeiros cresceu 21% em 2015
Vice governadora apresenta pacto pelo Ceará Pacífico
O governador Camilo Santana empossou o deputado federal Antônio Balhmann como assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado do Ceará. A pasta tem status de secretaria, cujo objetivo principal é atrair investimentos públicos e privados internacionais para o Estado. Antônio Balhmann destaca que vai seguir a orientação do governador Camilo Santana de não aderir à crise e buscar investimentos. “Foi isso que mais me estimulou a assumir este desafio. Vamos pisar no acelerador do desenvolvimento, obviamente com a responsabilidade que o momento exige, mas vamos aproveitar as potencialidades do modal marítimo, ferroviário (Transnordestina) e aéreo para atrair mais e mais investimentos. Zona de Processamento de Exportação Antônio Balhmann destacou que recebeu a orientação do governador Camilo Santana para utilizar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém para dar conhecimento ao mundo do potenciali do Ceará. “A ZPE é uma plataforma exportadora de grande poder que reduz a burocracia e permite um maior ganho tanto para o empreendedor e para o Estado. Com a estrutura do Porto do Pecém, a ampliação do Canal do Panamá e do novo Canal da China, ele será o principal porto de emissão de mercadorias para o resto do mundo. Temos que aproveitar esta oportunidade para o nosso Estado”, destacou o secretário
A quantidade de turistas estrangeiros que vieram ao Ceará pelo Aeroporto Internacional Pinto Martins e pelos terminais de passageiros marítimos (Mucuripe e Pecém) cresceu 21% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2014. O levantamento, realizado pela Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), é referente aos meses de janeiro a junho de 2015. Considerando apenas os desembarques diretos via aeroporto, o crescimento foi 16%. Já nos terminais de passageiros marítimos dos portos do Mucuripe e do Pecém, o aumento foi de 69%. Fortaleza conta hoje com voos diretos da Argentina, Alemanha, Colômbia, Cabo Verde, Estados Unidos, Itália e Portugal, o que representa 52% do total de visitantes. O restante dos estrangeiros chega por outros portões como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Natal. De acordo com a Companhia Docas do Ceará, quatro cruzeiros marítimos à capital cearense neste primeiro semestre. Eram previstos seis, mas dois deles não conseguiram chegar por más condições de tempo e maré. Até o fim do ano, outros quatro grandes cruzeiros estão programados para chegar a Fortaleza: Seabourn Quest e MSC Lirica (17/11), MSC Magnifica (13/12) e Crystal Symphony (26/12). Conforme dados da Polícia Federal, os turistas internacionais que vieram ao Ceará residem predominantemente na Europa. A Itália segue como principal emissor, respondendo por 19%. Portugal está em segundo lugar (18,9%), seguido pela Alemanha (8%) e França (7,4)%. No mesmo período do ano passado, Portugal (16,8%) aparecia em primeiro lugar, seguido pela Itália (15,82%) e pelo México (6,7%).
A vice-governadora do Estado, Izolda Cela, participou de amço em 04.08 com autoridades da área de Direitos Humanos de toda a América Latina para apresentar as ações do Estado do “Pacto pelo Ceará Pacífico”, plano global do Ceará com ações focadas nos locais mais críticos, envolvendo todas as entidades da sociedade civil e os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, que será lançado oficialmente em 07.08. As autoridades, em passagem pelo Ceará em decorrência do curso do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos que acontece anualmente, atendeu ao convite da vice-governadora, que definiu a importância da reunião. Estiveram presentes no encontro também o secretário-chefe do Gabinete do Governo do Estado, Élcio Batista; o professor da Universidade Federal do Ceará, Dr.César Barros Leal; o Juiz da Corte Internacional de Justiça, em Haia, e principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas, Antônio Augusto Cançado Trindade; a professora da Universidade de Middlesex, Elvira Redondo; o diretor do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas e Prevenção do Crime e Tratamento do Deliquente, Dr.Elías Carranza; o juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Manoel Ventura; a coordenadora do Escritório para a América do Sul do Instituto Interamericano de Direitos Humanos, Soledas García Muñoz; a Procuradora do Estado do Rio Grande do Sul, Dra. Fernanda Figueira Tonetto; o diretor do Fórum da Justiça Federal, Bruno Carra.
Há 43 anos
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Ceará em Brasília
Foto: Carlos Gibaja
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Paleontologia reuniu mais de 500 pesquisadores
Heráclito Vieira eleito desembargador do TJCE
Movimentados mais de 1 milhão de processos no TJCE
A paleontologia nacional está em debate no Cariri no 24º Congresso Brasileiro de Paleontologia, que este ano acontece em Crato, até o próximo dia 6. São cerca de 500 participantes de todo Brasil, reunidos em debates e apresentações de trabalhos, na Universidade Regional do Cariri (URCA), campus do Pimenta. A abertura oficial foi realizada no Centro de Convenções do Cariri, pelo Reitor da URCA, Professor Patrício Melo. Na abertura, que contou com apresentação da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, foram realizadas homenagens especiais, para o paleontólogo (in memoriam) Professor Dr. Rafael Gióia Martins Neto, mestre em Geociências pela Universidade de São Paulo (1990), doutor em Geologia Sedimentar pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2002), com pós-doutorado em Paleoartropodologia pela Universidad Nacional del Nordeste da Argentina, no período de 2007 a 2009. Além dele, o Professor Doutor Plácido Cidade Nuvens, ex-reitor da URCA, idealizador e atual Diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri. Ele é o presidente de honra do congresso, que teve a sua 16ª edição realizada em Crato, no ano de 1999. Na ocasião, o Reitor Patrício Melo, destacou os avanços na área da pesquisa voltados à Paleontologia, além de ressaltar a contribuição que poderá ser dada pelos pesquisadores, possibilitando a preservação dos fósseis e o fortalecimento no campo do saber científico. Ele desejou sucesso nas parcerias voltadas para as políticas de conservação.
O Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) escolheu, o juiz Heráclito Vieira de Sousa Neto para o cargo de desembargador Eleito pelo critério de merecimento, ele obteve a melhor pontuação (86,60) dentre os 17 juízes que concorreram ao cargo. Em segundo lugar ficou Francisco Mauro Ferreira Liberato (com 86,03 pontos), titular da 21ª Vara Cível de Fortaleza; e Henrique Jorge Holanda Silveira (85,58 pontos), da 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. Heráclito Vieira disse que a escolha foi o reconhecimento do trabalho realizado no 1º Juizado Especial Cível e Criminal (JEEC) de Fortaleza. Heráclito Vieira assumirá a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Clécio Aguiar de Magalhães, ocorrida no dia 27 de maio deste ano. Heráclito Vieira, titular da 1ª unidade do JEEC de Fortaleza, no bairro Antônio Bezerra, é natural de Fortaleza e nasceu em 14 de julho de 1967. É filho de José Audísio de Sousa e de Maria Tereza de Albuquerque e Sousa.Ingressou na magistratura em 25 de abril de 1993 como juiz substituto da Vara Única de Mulungu, distante 110 km de Fortaleza. Pelo critério de antiguidade, foi promovido para Comarca de Sobral em 30 de dezembro de 1993.Por merecimento, foi promovido, em 6 de setembro de 1994, para titularidade da 1ª unidade do JEEC, onde permaneceu até hoje. No exercício da magistratura, atuou na 6ª Turma Recursal do Fórum Dolor Barreira, 6ª e 8ª Varas Criminais do Fórum Clóvis Beviláqua.
A Corregedoria Geral da Justiça do Ceará contabilizou, no primeiro semestre de 2015, um milhão e trinta e cinco mil processos movimentados pelas 442 unidades judiciárias do Estado (comarcas do Interior, varas da Capital e Juizados Especiais Cíveis e Criminais). Os dados são da Divisão de Correição e Estatística do Órgão. Os despachos são a maior parte, com 629 mil, representando 60,74%, , segundo a estatística. Os outros 39,26% se dividem em audiências realizadas (76 mil), decisões interlocutórias (140 mil), sentenças proferidas (161 mil) e acordos (29 mil). Segundo o corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, “os números mostram que o acervo de processos das unidades está sendo reduzido, contribuindo para o descongestionamento do Judiciário”. Os dados são enviados pelas unidades judiciárias através do Sistema de Gerenciamento de Estatística da Corregedoria (Sgec). As informações devem ser encaminhadas até o dia 10 de cada mês. A prestação jurisdicional do magistrado é utilizada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) como critério para fins de remoção, promoção, vitaliciedade e permuta. Para isso, o juiz solicita na Corregedoria uma certidão acompanhada dos dados dos últimos 24 meses de sua produtividade. Quando a quantidade de processos for muito grande, o juiz responsável pode solicitar a realização de mutirão.
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Leituras I Exaltação
(*) Jarbas Júnior Quando não se espera mais nada do destino; de repente, o sonho divino floresce antes da primavera! Diante do templo sob a hera o tempo sempre peregrino passa sereno ideal que era a paixão, a fé mais sincera! O sonho tem o tamanho da esperança. Acreditar na imaginação, a quimera do pensamento, é ser a flauta e a dança de Davi triunfante no Salmo e na vida. ter sobre a fronte a coroa merecida!
Esperança Quem somos, sem esperança? Sombras de anjos decaídos? O que o ceticismo alcança? Só alimenta o vazio dos sonhos perdidos. A esperança conduz O cego tateando a luz! É, talvez, uma fantasia: Tonel que nunca se esvazia. Tudo que brilha na estrela! Ou miragem ao vê-la?
Humildade Nos angustiosos momentos de impasse, entre a revolta ingrata e o furor do ódio, quando é difícil oferecer a outra face, lembre-se atento do bíblico episódio: o perdão é sempre coragem suave! Não deixe que o orgulho comande. Seus sentimentos, essa opaca trave bem no meio dos olhos tão grande! E que ninguém quase não a enxerga como a escuridão ou a ignorância. Imita o sândalo, se isso lhe conforta? Ou o bambuzal, este o vento verga, não derruba. O outro, sua fragrância perfuma o machado que o corta...
Milagre
Quando estamos despidos até de esperanças e sonhos, nus como os rochedos, e só como Prometeu, os gemidos sob aqueles bicos medonhos. Que me lembra o drama de Jó também. Dor da miséria pura! Mas como reagir diante desta angustiante situação funesta? Falta-nos tudo: lume e ventura amor próprio, autoestima, ego! Mais mendigo do que um cego. Incapaz de perceber a figura mágica que nos salva e cura! (*) Jarbas Junior (Fortaleza) poeta e escritor
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Ceará vai receber quase R$ 500 milhões de investimentos em energia eólica O Estado do Ceará deu mais um passo na atração de empreendimentos para geração de energia eólica. O 22º leilão de energia nova A-3, para entrega em 2018, realizado na última sexta-feira (dia 21), garantiu ao Ceará um investimento de R$ 496 milhões, o que corresponde a 26% do total de usinas eólicas negociado no certame. O leilão contratou 29 projetos com capacidade instalada de 669,5 megawatts (MW), sendo que 538,8MW de fonte eólica, representando 80% do total. Dos 19 parques eólicos contratados, 4 serão instalados no Ceará. Os empreendimentos Cacimbas I, Santa Mônica I, Ouro Verde e Estrela, da Tractebel, serão construídos no município de Trairi, no litoral oeste do Ceará. Ligados a subestação Pecém II, o projeto conta com 36 aerogeradores de 2,7 MW cada, que somam 97,2 MW de capacidade instalada, o suficiente para alimentar uma cidade com 170 mil habitantes. A atração dos empreendimentos é resultado da articulação do Governo do Estado com investidores e
instituições ligadas ao setor como a Chesf e a Empresa de Pesquisa Energética – EPE. Para o secretário adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações, Renato Rolim, o investimento representa um incremento de energia limpa na matriz energética do estado, contribuindo para a segurança energética do país. “Além disso, teremos geração de empregos durante e após a instalação das usinas e melhorias sócio-econômicas para a comunidade do entorno”, acrescenta. Energia eólica no Ceará Pioneiro no estímulo a geração de energia eólica no Brasil, o Ceará conta hoje com 59 usinas eólicas, totalizando uma potência fiscalizada de 1.221 megawatts (MW), o que representa 28,27% da potência instalada no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEOLICA, o estado tem o terceiro maior potencial eólico do país, com outros 58 empreendimentos em construção, totalizando um investimento de R$ 6 bilhões.
ENEM Coloca em destaque escolas do Ceará O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou EM 05.08 o resultado preliminar, por escola, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014. A divulgação das notas finais ocorrerá no dia 27. Entre os primeiros lugares, três são do Ceará: Farias Brito (2º), Christus (4º) e Ari de Sá (6º). Em segundo lugar geral, com média de 737,88, o Farias Brito ficou atrás somente do colégio Objetivo, de São Paulo. Já o Christus Pré-Universitário ficou em quarto lugar geral (731,38) e o Ari de Sá (Sede Major Facundo) em 6º do Brasil. Considerando somente as instituições de ensino do Ceará, as particulares lideram com grande vantagem. A escola pública melhor qualificada foi o Colégio Militar
de Fortaleza (14º do estado e 486º do país). Sobre a classificação Para ter a nota divulgada, é exigido que pelo menos 10 alunos tenham participado da edição do Enem em 2014 e que no mínimo 50% de todos os estudantes tenham feito o exame. Foram considerados os alunos matriculados na 3ª série do ensino médio regular. Desses, foram levados em conta os alunos que fizeram as quatro provas objetivas e a prova de redação, desde que não tenham tirado nota zero nas provas objetivas. Caso o gestor discorde do resultado da sua escola, pode apresentar recurso no prazo de até dez dias a partir da divulgação das notas preliminares. Os resultados finais são divulgados somente após a análise dos recursos.
País tem 6,5 milhões de servidores municipais e 3,2 milhões de servidores estaduais Em 2014, o montante de 6,5 milhões de servidores públicos municipais e de 3,2 milhões de servidores públicos estaduais manteve-se estável, comparado a anos anteriores. Embora tenham respondido à Estadic 2014, as administrações dos estados de Alagoas, São Paulo e Minas Gerais não informaram o número total de seus servidores. Assim, para efeito de totalização no texto analítico, foram consideradas as parcelas dos vínculos empregatícios informados. Em 2001, a proporção de servidores municipais em relação à população brasileira era de 2,2% e subiu para 3,2% em 2014. Entre 1999 e 2014, embora os estatutários predominem entre os servidores municipais, sua proporção caiu de 65,4% para 61,1%. Em contrapartida,
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no mesmo período, cresceram os percentuais de pessoal sem vínculo (de 13,4% para 18,7%) e, entre 2004 (quando começaram a ser investigados) e 2014, de somente comissionados (de 7,7% para 8,4%). De 2005 a 2013, a proporção dos servidores municipais com nível superior ou pós-graduação subiu de 23,8% para 36,6%. Em 2012, segundo a primeira Estadic, o país tinha 193,9 milhões de habitantes e 3,2 milhões de servidores estaduais, ou seja, uma proporção de 1,6%, que recuou para 1,5% em 2014. De 2012 a 2014, o número de estatutários estaduais recuou 4,2%. Por outro lado, houve um aumento de cerca de 50% nos servidores sem vínculo (não permanentes), que passaram de cerca de 400 mil para 600 mil, no período.
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Leituras II Em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, a cafetina Tarcília Bezerra começou a construção de um anexo do seu cabaré, a fim de aumentar suas “atividades”, em constante crescimento. Em reação contrária ao “empreendimento”, a igreja neopentecostal da localidade iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão. Fez sessões de oração, em seu templo, de manhã, à tarde e à noite. Porém, o trabalho da construção progrediu até uma semana antes da reabertura, quando um raio atingiu o cabaré de Tarcilia, queimando instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu tudo. Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que a Igreja “foi a responsável pelo fim de seu prédio e seu de negócio, seja através de intervenção divina, direta ou indireta, ações ou meios.” E o certo é que lhe causou enormes prejuízos, que são objeto de indenização. Na sua defesa à ação, a igreja negou veementemente toda e qualquer responsabilidade ou ligação com o fim do cabaré, inclusive pela falta de prova da intervenção divina e das orações dos pastores.
As “Meninas” de Aquiraz, Ceará O juiz, veterano, leu a reclamação da autora Tarcília e a resposta dos réus que são o templo e os pastores. E na audiência de abertura, comentou: “Não sei como vou decidir neste caso, pois pelo que li até agora tem-se, de um lado, uma proprietária de puteiro que acredita firmemente no poder das orações e do outro lado uma igreja inteira que afirma que as orações não valem nada“.
O rio da minha aldeia Wilson Ibiapina Em Ibiapina nasce o rio Jaburu que, em Ubajara, abastece o açude que tem seu nome e mata a sede da cidade. Na minha infância, em Ibiapina, nos anos 50, a população tomava banho, sem roupa, no Jaburu. As casas não tinham banheiros. Em época do frio, julho, as pessoas, em casa, usavam uma bacia com água para o asseio diário. Hoje virou piada, mas era normal, à noite, a mulher perguntar ao marido: - Bem, vai me usar hoje? - Não. - Então, vou lavar só os pés.
O Jaburu tem uma cachoeira, que era onde os homens tomavam banho. A água corria sobre um lajedo cheio de lodo. Era o escorrega usado pelos meninos. O rio fazia uma pequena curva e caia num poço , meio escondido pelas árvores. Era o Curumim, lugar do banho das mulheres. Nem calção nem biquini, todos nus. Hoje, construiram um balneário perto da cachoeira. As pessoas, que se vestem para o banho coletivo, são vistas de uma ponte da rodovia que liga as cidades da serra. Ibiapina , agora, está bem perto das duas nascentes do Jaburu. As margens estão desmatadas. Além de casas, tem plantações que estão secando o rio, que perdeu todo seu charme. Ao lembrar o Jaburu, me vem à mente o poema que Fernando Pessoa assinou como Alberto Caeiro, seu heterônimo: “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/ Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/ Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”...” O rio da minha aldeia, o Jaburu, como o do poema, não faz pensar em nada. O rio da aldeia de Pessoa virou canção de Tom Jobim. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista, diretor do grupo Verdes Mares, em Brasília
A boemia disse triste adeus Frequentadores se despediram do Bar do Chaguinha, em Fortaleza,
Inaugurado em 1956, o famoso Bar do Chaguinha, um dos mais tradicionais do bairro Benfica, abre hoje pela última vez Frequentadores se despedem do Bar do Chaguinha, que fecha hoje ( Foto: Kid Júnior ) Inaugurado em 1956, o famoso Bar do Chaguinha, um dos mais tradicionais do bairro Benfica, abre hoje pela última vez. Teve samba, teve bolo, teve cerveja gelada e teve também choro. Saudosos, muitos pareciam não acreditar que o empreendimento realmente fosse fechar. Em meio a gritos e aplausos de “Chaguinha, Chaguinha”, Francisco Ferreira Neto, 85, pede a palavra e faz o seu depoimento de agradecimento aos amigos e frequentadores, na despedida. “Agora vai falar o Chaguinha da Gentilândia, com o coração transbordado de saudade dessa clientela que está aqui. Não é por acaso que eu tenho 60 anos de Gentilândia, muito bem vividos. Nessa casa nunca teve um problema que dissesse assim: hoje teve isso. Eu vou encerrar, hoje, por motivo de idade. São 85 anos de luta. Tudo aquilo que tem começo, tem fim, já diziam os profetas. Agradeço a Deus e a vocês a felicidade de ter conseguido vencer na vida com a minha família. Consegui formar todos os meus filhos, consegui comprar esse prédio e a minha casa para morar. Não vou viver de esmola, só de saudade de vocês”, disse, emocionado, arrancando lágrimas dos presentes.
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Emoção Elmo Vasconcelos Júnior, 56, professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), não escondeu a emoção. “Além da tristeza, fica a alegria. A vida de cada um de nós é feita de fatos que já aconteceram e, para sobreviver, a gente precisa repensar eles constantemente, e é isso que a gente está fazendo aqui”, disse, sem conter as lágrimas. Nascido e criado no bairro Benfica, ele conta que desde os 18 anos frequenta o empreendimento. “O Chaguinha não deixava a gente beber antes de completar 18 anos, embora eu morasse vizinho e tivesse uma família conhecida por ele. Antes, a gente ficava nas calçadas vizinhas admirando a discussão que havia nesse círculo de amizade dentro do bar entre políticos, pessoas comuns, administradores de empresas, estudantes e professores desse entorno que sempre existiu no bairro da Gentilândia e do Benfica”, comenta. Nos últimos 20 anos, organizou o aniversário
do Chaguinha e do bar. O professor destaca que, em 2016, o bar completaria o feito de 60 anos com o próprio proprietário à frente do empreendimento, tomando conta. Comentou ainda as várias gerações que já passaram pelo local. “O meu pai andou no Bar do Chaguinha, o meu avô andou no Bar do Chaguinha, isso também caracteriza um pouco dessa coisa de rito de passagem. Para se tornar adolescente, jovem, a pessoa tinha que beber em alguns estabelecimentos e, além de beber, andar em alguns clubes suburbanos e em alguns prostíbulos de Fortaleza, então o Chaguinha fazia parte desse ritual”, completa. A proposito recebemos de Carlos José Holanda Gurgel o seguinte e-mail: “Mais uma triste notícia para os velhos boêmios. Depois da tragédia do Buraco do Reitor, que incendiou no ano passado agora foi a vez do Chaguinha fechar as portas. E assim vamos assistindo resignados o fim de uma época de alegrias e brincadeiras saudáveis e porres homéricos. Como dizia a letra impagável do samba-canção “Farrapo Humano” na voz canora do insubstituível Nelson Gonçalves: para minimizar essa dor “só encontro um lenitivo no balcão de um botequim”. Só mesmo tomando umas e outras e mais outras para suportar tamanha angustia. Estou tentando escrever uma crônica sobre essas tragédias e logo consiga eu repasso para os amigos conhecer e entre umas e outras relembrar dos velhos tempos. Saúde !!!”
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Leituras III Previsões traidoras
Gonzaga Mota (*)
Há pouco mais de dois meses, neste mesmo espaço do Diário do Nordeste, fizemos uma resumida analise técnica e previsão de alguns indicadores da economia brasileira para o final do corrente ano. Conforme ressaltado, nos baseamos em relatórios de instituições públicas e privadas nacionais, como também em informações de organismos internacionais. Recebemos alguns telefonemas e “e-mails”, contestando as estimativas, assim como externado o nosso pessimismo. Naquele artigo – não esquecer que a data das previsões era o final de 2015 – admitimos que a taxa de inflação ficaria entre 8,0% e 8,2%; o desemprego seria próximo de 8,0%; o câmbio (R$/US$) no intervalo de3, 0 a 3,6; o PIB cairia cerca de 1,2%; a taxa básica de juros(Selic) se estabilizaria em 14,0%; bem como os saldos comercial e em transações correntes do Balanço de Pagamentos seriam deficitários em US$ 3,6 e US$ 100,0 bilhões, respectivamente. Para preocupação dos brasileiros, estamos no fim do sétimo mês do ano, e os indicadores mencionados já alcançaram níveis mais desfavoráveis do que aqueles por nós previstos no mês de maio próximo passado. É claro, respondendo hoje aos que nos contraditaram, não fomos pessimistas. Por sua vez, não devemos desanimar. O Brasil é viável e possui um povo patriota e trabalhador que se inspira no lema de nossa Bandeira republicana: Ordem e Progresso. No entanto, repetimos, torna-se fundamental definir uma agenda estratégica, envolvendo não apenas ajustes circunstanciais, de curto prazo, mas reformas estruturais, compatíveis com os anseios éticos, democráticos e de justiça da população.
Uva, Urca e Uece É sempre saudável, nesta época de tanto fisiologismo, relembrar para alguns e mostrar para outros a atitude digna de um homem símbolo dos cearenses. Trata-se do “reitor dos reitores”, o engenheiro de várias Universidades, professor Antonio Martins Filho. Quando assumi o Governo do Estado do Ceará(1983), formando com cautela a equipe de auxiliares, recebi a visita do eminente mestre. Com respeito e honrado, perguntei-lhe: em que posso ser útil ao senhor? De forma objetiva e afável respondeu-me: gostaria de “ser seu Secretário sem pasta e sem vencimentos”. Tomei um susto, fui dominado por uma nervosa alegria, e falei que êle merecia era ocupar a cadeira de governador. No entanto, ressaltou que haveria reciprocidade, pois eu teria de apoiá-lo na concretização de três objetivos: dar condições ao padre Sodoc de Araújo para que a UVA fosse estadualizada, vez que seria extinta, pela legislação federal, por ser uma autarquia municipal; criar a URCA e melhorar as condições de funcionamento da UECE. Fiquei emocionado, levantei-me, contornei a mesa de reunião e lhe dei um abraço de agradecimento. Não tive dúvidas, concordei com as três propostas: o senhor terá todas as condições necessárias. Apesar da idade, sem nenhuma vantagem financeira ou de qualquer outra natureza, não mediu esforços, alcançando o que pretendia. Ah, se tivéssemos outros Martins Filho, não só no Ceará, mas no Brasil. P.S. Meu estimado prefeito Roberto Claudio e nobres vereadores de Fortaleza, por que não chamar de Martins Filho a Avenida da Universidade? Justa homenagem (*) Gonzaga Mota-professor e escritor
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Documento Importantes revelações do mestre Cassio Borges no Instituto do Ceará sobre a Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará
No dia 20 de julho fui convidado para proferir palestra no Instituto do Ceará sob o título “A Gestão dos Recursos Hídricos no Estado do Ceará”. Iniciei, mostrando o meu mais recente livro “O Nó Górdio da Transposição”, ainda numa edição provisória da iniciativa da Federação da Agricultura do Estado do Ceará-FAEC e do Conselho Regional de Engenharia e Agricultura do Estado do Ceará-CREA. Exibi, também, para os presentes, o meu primeiro livro “A Face Oculta da Barragem do Castanhão - Em Defesa da Engenharia Nacional”, tendo dito, na ocasião, que não tiraria uma só vírgula do que escrevi naquele livro no ano de 1999. Disse que aquela barragem foi construída contrariando o excelente planejamento do DNOCS para o Vale do Rio Jaguaribe na década de 50. Que essa obra, iniciativa do extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS (não confundir com DNOCS), foi levada ao Tribunal da Água, realizado em Florianópolis, em Santa Catarina, um júri simulado nos mesmos moldes do Tribunal Internacional da Água, com sede em Copenhagen, Dinamarca, tendo sido condenada por sete votos a zero. (...) Infelizmente, não me foi possível pronunciar a palestra para a qual fui convidado, isto é, “A Gestão dos Recursos Hídricos no Estado do Ceará”, tendo em vista que fui interrompido dezenas de vezes por perguntas relativas à Barragem do Castanhão, apesar de eu ter dito, no início, que eu iria falar somente sobre assuntos, fatos e ocorrências, posteriores à construção daquele empreendimento. ( ...) : 1 – Que até o ano passado diziam aos quatro ventos que a Barragem do Castanhão tinha capacidade de regularizar 30 m3/s, um valor altamente significativo se comparado com o Açude Orós que dispõe de apenas 12 m3/s, ou com o Açude Banabuiú que regulariza 11 m3/s. Este fato passava-nos a ideia de que o Ceará tinha água em abundância e que o Açude Castanhão tinha justificado a sua construção no porte alto, com 6,7 bilhões de metros cúbicos de acumulação d`água, apesar de outros fatores que lhe eram e foram desfavoráveis como, por exemplo, o deslocamento de 15.000 pessoas nos municípios de Jaguaribara, Jaguaretama e Alto Santos. Na ocasião, comparei esse deslocamento de 15.000 pessoas com igual número em relação à construção da Usina de Belo Monte que exigiu a remoção de igual número de pessoas da comunidade indígena da região. (...) 2 – Expliquei que tal evaporação é consequência de a barragem, em si, ter 12.000 metros de extensão e a comparei com o idealizado Açude Castanheiro, previsto pelo DNOCS, no Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, que teria um comprimento de apenas 40,00 metros. Que a opção de se construir o Açude Castanhão, distante de cerca 160 quilômetros do mar, na cota de 50m (altitude), em vez do Castanheiro, distante cerca de 350 quilômetros do mar, na cota 230m (altitude) é uma prova inconteste da incompetência dos técnicos que tomaram essa decisão. Neste contexto, dentro de uma visão global do planejamento do Vale do Rio Jaguaribe, afirmei que, se tal projeto fosse submetido a um Fórum Internacional de especialistas em recursos hídricos, por certo o mesmo seria objeto de ironia e riso. 3 – Ainda falando sobre a finalidade do Açude Castanhão, mostrei que aquele açude não tinha condições econômicas sequer de abastecer a cidade de Jaguaretema, que fica dentro de sua própria bacia hidráulica, distante apenas 20 quilômetros do seu atual espelho
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d´água. O mesmo se poderia dizer em relação à cidade de Canindé, distante 90 quilômetros dessa barragem, ou Crateús, distante cerca de 350 quilômetros. Afirmei que os Açudes Castanhão e Orós estão abastecimento a Região Metropolitana Fortaleza desde o ano passado e que este último ainda tem atualmente cerca de 40% de acumulação de água. Lembrei que de 1979 a 1983 tivemos cinco nos de seca como agora e, naquela época, não existia o Açude Castanhão. 4 – Tentando retomar ao tema, para o qual fui convidado a falar, disse que os técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos e a própria COGERH não têm competência para fazer a gestão dos recursos hídricos deste Estado. A prova disto é não saberem, sequer, a vazão regularizada do Açude Castanhão, o principal e mais importante reservatório do Ceará. Disse, também, que num programa de televisão, “Visão Política”, do jornalista Arnaldo Santos, de maio do ano passado, quando ele perguntou a dois ex-Secretários de Recursos Hídricos do Ceará, que estavam sendo por ele entrevistados, qual a vazão regularizada do Açude Castanhão, ambos não souberam responder, se limitando a ficar calados. (...) 5 – Atendendo pergunta que me foi formulada, eu disse que a implantação do Projeto de Integração do Rio São Francisco, também foi influenciada pela tendência babilônica dos projetos que estão sendo implementados no Estado do Ceará nestes últimos trinta anos. Disse que fui um dos primeiros técnicos do Ceará, mesmo do Nordeste ou do Brasil, a defender esse empreendimento. Citei o deputado estadual Wilson Roriz, do Crato, que me antecedeu e do ex-Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, que foi o grande responsável pela viabilização desse projeto. Entretanto, ressaltei que o projeto que eu defendia deveria ter uma vazão máxima de 70 m3/s, mas graças à tendência de se construir aqui obras gigantescas, , seus canais estão sendo construídos para transportar 126 m3/s. Que se esse projeto estivesse sendo construído para transportar 70 m3/s, como desde o início preconizei, certamente ele já estaria concluído e funcionando a um custo de apenas 1/3, ou um pouco mais, do que vai ser gasto na situação atual de implantação daquela obra. 6 – Sobre a venda da água do açudes do DNOCS que a COGERH chegou a arrecadar R$ 102 milhões no ano de 2013, um participante defendeu este tipo de procedimento dizendo que este dinheiro serve para que aquela Companhia construa novas obras e faça a manutenção das existentes. Respondi que em tese ele estava certo se não existisse o DNOCS, que é o responsável direto no Ceará e no Nordeste por cerca de 321 açudes por ele construídos, sem exigir da população qualquer participação ou contrapartida para a concretização dessas obras. Falei que em 104 anos a União dispendeu, através do DNOCS, US$ 92 bilhões que ao custo do dólar de R$ 3,00 corresponde a um gasto de R$ 270 milhões. (...) 7 – Continuando o questionamento do item anterior, fiz um paralelo entre o DNOCS e a COGERH dizendo que aquele Departamento Federal tem em seu quadros atuais, em toda a região nordestina, cerca de 1.500 servidores, enquanto essa última Companhia, somente para fazer o monitoramento da água dos açudes do Ceará, portanto uma única atividade, dispõe de mais de 700 servidores, mais ou menos a metade do que tem o DNOCS que realiza cinco atividades em toda a Região, entre as quais, 32 projeto de irrigação, estações de piscicultura, perfuração de poços, manutenção e operação dos seus açudes, etc. etc. Fortaleza, 20 de julho de 2015.
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Leituras IV
As cem edições do Jornal da Gíria. Um marco no mundo gírio.
JB Serra e Gurgel (*) Não poderia deixar em branco o aniversário das cem edições do Jornal da Gíria. em 16 anos e que pode ser acessado no www. cruiser.com.br/gíria ou no www.dicionariodegiria. com.br. Temos quase a mesma idade da Internet no Brasil. Começamos com a Cruiser, um dos primeiros provedores de Internet no Brasil, a partir de Niteroi/RJ, onde vivemos e crescemos para resgatar o patrimônio gírio do Brasil. Tivemos dois formatos de apresentação. Este é o segundo. Confesso que está na hora de uma mudança. Neste território livre, o conservadorismo é mortal. Quando começamos, fomos pioneiros, não havia muita informação sobre Gíria. Havia outros sites de busca, antes do surgimento do Pai Google de Aruanda Em todos eles, quando a busca era Gíria sempre aparecíamos em 1º lugar. Fosse com o Jornal da Gíria (quase tudo que se publicou no Brasil sobre gíria foi registrado pelo Jornal) que tem um apreciável acervo, fosse com o Dicionário de Gíria, a caminho da 9ª.edição, podendo chegar aos 40 mil verbetes. Sem concorrência, rapidamente chegamos aos 500 mil acessos. Uma referencia. Com a concorrência, passamos dos 600 mil e mas estamos distantes de 1 milhão. De qualquer forma, somos uma referência em gíria. Com um compromisso com a língua portuguesa, com a língua falada dos povos de língua portuguesa, com a língua viva,
com a evolução da linguagem, pois é assim que caminha a humanidade, voltada para o futuro sem desprezar o passado. Foi-se o tempo em que a gíria era a linguagem da malandragem, dos marginalizados, dos pobres, dos negros. Hoje, a gíria é a segunda língua dos brasileiros de todas as classes sociais, nível de escolaridade, gênero. A gíria era utilizada pelo rádio e pelos jornais populares, que hoje usam e abusam da gíria e dos regionalismos.. Os jornais da elite escreviam na linguagem padrão. A televisão resistia. Hoje, os jornalões usam a gíria com aspas, itálico ou negrito e a televisão aberta incorporou o idioma gírio nas suas novelas para alcançar e se identificar com as classes C,D e E. As periferias e os grupos sociais exclusivos que foram emergindo expandiram de forma exponencial a fronteira gíria, com grafiteiros, surfistas, banhistas, funkeiros, rapeiros, etc Igualmente se acentuou a gíria tecnificada com os bordões publicitários e do humor. Mas estão em curso profundas mudanças na linguagem, sem que se saiba onde vão parar. O internetês, o sms , o facebuquês e as redes sociais estão impondo uma nova linguagem e por consequência uma nova língua. Quem for podre vai se arrebentar. Os cascos da língua portuguesa, depois de 500 anos, de navegação em mares tranquilos, estão avariados. As academias de Letras do Brasil e de Portugal que se omitiram indecentemente nas comemorações dos 300 anos da gíria na língua portuguesa e nos 100 anos da gíria
no Brasil, não estão nem aí para as mudanças estruturais na língua. Abjuram a gíria como algo asqueroso!. A Brasileira esquece Antenor Nascentes e renega o maior nome da lexicografia brasileira, Antonio Houaiss, que me fez editar o Dicionário de Giria, quando limitado e incipiente. O acordo linguístico se preocupa com hífen, trema e acentos; se esqueceu do principal: o ensino da língua que é fundamento da nacionalidade. Brasil e Portugal são países de baixos índices de leitura. As livrarias estão sumindo Os livros estão sumindo. Os jornais estão minguando. O português arcaico (antigo) tem um patrimônio de 500/600 mil palavras. O português atualmente abrigado na linguagem padrão tem um acervo comum aos países de língua portuguesa de 250/300 mil palavras. A massa não conhece 5% desse universo. Em alguns países da comunidade dos países de língua portuguesa, mesmo em Angola e Moçambique, há muitos dialetos tribais, além da gíria. No Brasil, recorre-se com intensidade aos regionalismos, próprios em determinadas áreas, e a gíria que não é totalmente nacional, pois deriva do regionalismo. Vou prosseguir com meu Jornal da Gíria, na certeza que estou no caminho certo, A distancia que me separa da Academia Brasileira de letras é a mesma que a separa da língua portuguesa. (*) JB Serrra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor
Estadic/Munic 2014: 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica A Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) e a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) passam a ser divulgados conjuntamente. Entre as políticas de direitos humanos implementadas por estados e municípios, a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica predominou: estava presente em 45,2% dos municípios e em 24 das 27 unidades da federação. Quanto às crianças e adolescentes, destacam-se as políticas de enfrentamento à violência sexual (72,6% dos municípios e 25 UFs) e a erradicação do trabalho infantil (26 UFs e 65,3% dos municípios). Em 2014, pela primeira vez, o tema segurança pública foi investigado na Estadic. Naquele ano, o país tinha 425.248 policiais militares e 117.642 policiais civis, o que representava um policial militar para 473 habitantes e um policial civil para 709 habitantes. O Distrito Federal tinha a maior proporção de policiais militares (1 para 194 habitantes) e o Maranhão, a menor (1 por 881). Na Munic, esse tema já havia sido investigado antes: o percentual dos municípios que tinham guarda municipal passou de 14,1%, em 2006, para 19,4%, em 2014, sendo que em 15,6% destes (169 municípios), a guarda utilizavam armas de fogo. A Munic e a Estadic encontraram 6,5 milhões de
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servidores públicos municipais e 3,2 milhões de servidores públicos estaduais no país, a partir de informações prestadas ao IBGE pelos governos de estados e municípios.
De 2001 para 2014, a proporção de servidores municipais em relação à população brasileira subiu de 2,2% para 3,2%. Nos estados, entre 2012 (início da Estadic) e 2014, a proporção oscilou de 1,6% para 1,5%. Entre os 6,2 milhões de servidores públicos municipais, cerca de 1,6 milhão trabalhavam na área da Saúde. A Munic também investigou a terceirização na administração dessa área, encontrando 2.316 estabelecimentos de Saúde, sob responsabilidade municipal, que eram administrados por terceiros. Em 2014, o acesso gratuito à internet via Wi-Fi era oferecido pelas administrações de 14 estados e de 1.457 municípios. A Munic e a Estadic investigaram, também pela primeira vez, a gestão e a estrutura dos serviços de vigilância sanitária. Clique aqui para acessar os dados da Munic. Clique aqui para acessar os dados da Estadic. A Estadic investigou as 27 unidades da federação e a Munic, os 5.570 municípios do país. A partir da edição de 2014, a divulgação de ambas as pesquisas será feita em conjunto, com oito temas (recursos humanos, comunicação e informática, educação, saúde, direitos humanos, segurança pública, segurança alimentar e vigilância sanitária), além da inclusão produtiva, analisada separadamente num suplemento.
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P Esprojeto eci s ais
MOMENTOS MARCANTES NA VIDA DO COMENDADOR DR. ALBERY MARIANO Nasceu em 1º de Abril de 1939, na Cidade de Santana do Acaraú CE. Filho de Manoel Sigefredo Mariano e de Maria Guiomar de Vasconcelos. Conhecido como o “Poeta das Rimas Melodiosas”, pela sucessão rítmica de sons simples, singelo e de fácil compreensão, formando um canto uníssono, na suavidade de escrever seus versos de amor e gratidão à sua esposa Cleusa Luiza Mariano. Esta conotação, foi dada na criação da 1º Revista do Jornal E+Noticias da Cidade Thermal de Caldas Novas – Goiás. Diplomas e Comendas: a. Dom Pedro I, no Grau Cavaleiresco de comendador, Gran-Colar; b. Tiradentes, o Mártir da Inconfidência Mineira; c. Marechal Deodoro da Fonseca; diploma e colar de Gov. do Est. De alagoas. d. Pedro Álvares Cabral, o Descobridor do Brasil; e. Mérito Profissional em Ciências Jurídicas; f. Título Honorífico de cidadão caldasnovense – Goiás; g. Mérito eleitoral do distrito federal, outorgado pelo TRE – DF; h. Menorah – Símbolo de Jerusalém – Israel, outorgado pelo Pe. Francisco; i. Grão-Colar da Ordem dos Nobres Cavaleiros de São Paulo; j. Grão-Colar da Ordem dos Nobres Cavaleiros de Brasília;
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Da esquerda para a direita: Presidente da ABRASCI - Grão Duque Michel Chelala, Comendador Dr. Albery Mariano e o Presidente do Clube dos Pioneiros - Conde Dr. Roosevelt Dias Beltrão.
k. Grão-Colar da Ordem dos Nobres Cavaleiros de Goiânia; l. Colar: José Bonifácio de Andrada e silva, o Patriota da Ind. do Brasil; m. Comenda Cinquentenário do Tribunal Regional Eleitoral do DF; n. Mérito Educacional do Distrito federal, concedido pela FEDF; o. Benção Apostólica de sua Santidade o Papa João Paulo II; p. Honra ao Mérito do Cinquentenário do TRE – DF q. Gran-Colar Saint-Hilaire – o Descobridor das Águas Quentes – GO r. Faixa e a Grã-Crus “Barão e Visconde de Mauá; s. Comenda Histórica e Cultural
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Tiradentes, no Grau de Gran-Colar; Titulação no grau de comendador: a. Barrete com Cinco Comendas em Miniaturas; b. Registradas no Conselho Nacional de Honrarias e Méritos em São Paulo; 1. Colar José Bonifácio de Andrada e Silva; 2. Comendas de Honra ao Mérito de Pioneiro; 3. Comenda de Mérito Profissional em Ciências Jurídicas; 4. Comenda Marechal Deodoro da Fonseca; 5. Comenda Dom Pedro – o Imperador do Brasil.
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Leituras V
Médicos antigos
Narcélio Limaverde (*) De Brasília, de vez em quando, o jornalista Wilson Ibiapina, caro companheiro do rádio e televisão, me ajuda a recordar a Fortaleza Antiga. Desta vez mandou matéria muito bem escrita por uma doutora. Ela conta que foi ao consultório médico e a primeira pergunta: “ Qual seu plano”. No meu tempo, não sei se no dela, doutor nem cobrava consulta... Ela fala nos médicos antigos, naqueles que auscultavam o paciente, mandavam dizer trinta e três e davam pancadinhas na barriga, ou no abdome, como diziam, e saia imediatamente o diagnóstico. A doutora fala que o médico moderno nem olhou direito pra ela e já pediu tomografia, um catatau ( catatau é meu) de exames de sangue, cintilografia, o escambau. Ela escreveu que é do tempo da abreugrafia... e eu também... A doutora Tatiana Brerschy, estranhou que o doutor nem perguntou se ela andava de pés descalços na areia.... Aí lembrei que eu andava e no máximo peguei, certo dia, bicho de pé, prontamente retirado pela empregada Ester, armada de pequena agulha, desinfetada, claro... Eu lendo e, na minha imaginação, passaram o santo Pontes Neto, drs. Aluisio Aderaldo, Ocelo Pinheiro, Ossian Aguiar... e muitos outros do tempo antigo... Gostei do que foi dito, principalmente porque ela sendo médica, certamente, atende no seu consultório, no modelo antigo... Não sei se a doutora também tem saudades, como eu, até da letra ilegível, estilo hieróglifo, somente decifrada pelos farmacêuticos. Agora é tudo na base do computador. Nunca esqueci o dia em que fui comunicado, em casa, que iria ao doutor Ocelo Pinheiro, no segundo andar do edifício Parente, na Guilherme Rocha, fazer uma operação. Fiquei apavorado, mas as ordens tinham de ser obedecida. Fui fardado da Casa das Crianças. O doutor Ocelo nos deixou à vontade. Fez a raspagem de adenóide, como ele mesmo explicou e fiquei bonzinho da Silva... Ah, os médicos de antigamente... Sem Plano de Saúde, olhando pra cara da gente... Hoje, ainda encontramos doutores atenciosos, claro. Mas, aquele médico da família, que dava pitaco até nos casamentos dos filhos do cliente, vai gradativamente se acabando. O tempo e as doenças não permitem mais essas simpatias... O que contei eram Coisas da Fortaleza Antiga.. (*)Narcélio Limaverde (Fortaleza), jornalista, radialista, apresentador de TV e escritor.
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Memória
Reparos sobre a trajetória de Zé Tatá
que o Zé Tatá mantinha no centro da cidade, num sobrado bem atrás do prédio dos Correios e Telégrafos. Por isso sabe Acabo de receber duas edições do jornal da Casa o seu nome exato, que era, precisamente, “José Vicente de do Ceará, referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Carvalho Filho”. Anos à frente, posto em disponibilidade funcional pelo Deve ser um esforço muito grande editar e distribuir Governo Militar, como punição por não obedecer ordens do a publicação, de modo que é heroica a iniciativa. Dizia o Ciro Saraiva que a distribuição é o calca- chefe para perseguir empresários de esquerda, meu pai foi nhar de Aquiles do jornalismo impresso, de modo trabalhar na empresa do irmão, que dava formas elegantes a que é compreensível o atraso na entrega. Porém, chapeis de palha de carnaúba, que importava para a Europa. preservado o “papel jornal”, que eu acho caracterís- O escritório e as oficinas da empresa ficavam em prédio da tica importante desse veículo tradicional, me intriga Rua José Avelino, nas proximidades da Alfândega, vizinho que a qualidade da impressão do Ceará em Brasília a uma nova pensão que o Zé Tatá mantinha então. Para atender às encomendas do Exterior a empresa de não seja boa. Mas eu estou te escrevendo para comentar alguns meu tio muitas vezes virava a noite prensando chapeis, e conteúdos, a começar pela tua excelente crônica em alguns desses serões meu pai ficava conversando com o Zé Tatá, cuja pensão alegre “O Cunha que adoçava também tinha função a noite as nossas férias”. Por toda. fim, reparar equívocos Numa desses conversar, cometidos no artigo sosentados em cadeiras de babre o notório Zé Tatá, lanço na porta do escritório, comentário que te peço o Zé contou ao meu pai que, fazer chegar até os aunascido em Sobral, demandou tores da matéria, para ainda rapazinho à vizinha que algumas verdades se cidade praiana de Camocim, restaurem. onde embarcou em navio e Meu pai, que está vivo correu todo o litoral brasileiro, aos 84 anos, conheceu o trabalhando como cozinheiro. Zé Tatá em três fases de Nunca referiu ao Colégio Masua vida. Quando jovem, rista, nem a carreira militar. o via passar e ser aponContou algumas de suas tado como um baitola valentias, como a vez em que muito sério e valentão. espancou um militar mineiro Muito alto, careca desde valentão que vinha barbarijovem, o Zé Tatá não era zando os cabarés da região, negro, nem moreno, nem e que foi recebido a cacete caboclo, nem cafuzo. Era no seu estabelecimento. O branco mesmo. O artigo Zé desarmou o sujeito e o do Ceará em Brasília o jogou escada abaixo: “Volte pinta de negro. para a sua terra e diga lá que Também não há neno Ceará você apanhou foi nhuma lembrança de que de um baitola, e não de um ele praticasse travestishomem!”. mo, a não ser, quem sabe, José Vicente de Carvalho Filho (Zé Tatá) Até onde se sabe, o Zé era em algum remoto carnaval, porque isso, de fato, não era privativo de homos- muito respeitado, brigava somente com agressores injussexuais. Por exemplo, o Cordão das Coca-Colas, tos, e não vivia sendo preso. O artigo em questão parece que satirizava as moças cearenses que namoraram os confundir a figura do Zé Tatá com a do legendário Madame soldados americanos sediados em Fortaleza durante a Satã, do Rio de Janeiro, que era brigão e fora da lei. Na época, o Zé Tatá tinha um caso com um motorista de 2ª Guerra, era composto de rapazes de família – todos caminhão, que não morava com ele, não havendo notícia do vestidos com as roupas de suas irmãs. Mas essa história de que depois de certa etapa tal Raimundo que o artigo em liça refere, nem da filha de da vida o Zé Tatá tenha decidido viver travestido, criação – nem se tem conhecimento sobre o local da morte seguramente, é equivocada. Até porque o Zé Tatá do Zé Tatá. Havia um jovem empregado do escritório do nunca foi “bicha”, na acepção dessa palavra. Usava meu tio por quem o Zé se apaixonou, e que assediou, sem cabelos curtos, não tirava sobrancelhas, não usava sucesso nenhum. O rapaz mudava de calçada para não passar por ele, e brincos, não procurava, enfim, ter um shape feminino. Muito cedo desenvolveu uma barriga enorme então o Zé dizia aos seus circunstantes: “Tão bom de ser – não a adiposidade flácida dos obesos – mas aquela gente!” – insinuando que se cedesse aos seus avanços o protuberância rígida eminentemente masculina, que moço, de emprego modesto, teria sombra e água fresca. denuncia gordura em torno das vísceras. (*) Reginaldo Vasconcelos (Fortaleza) advogado e Depois meu pai, que era auditor fiscal do Ministério do Trabalho e da Previdência Social (houve jornalista, membro da Academia Cearense de Literatura um tempo em que essas funções foram unificadas) o e Jornalismo. conheceu mais de perto, quando fiscalizou o motel Reginaldo Vasconcelos (*)
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Leituras VI
Cariri, Operação Turismo
José Jézer de Oliveira (*) Graças à beleza natural que ostenta, a região do Cariri, situada no extremo sul do Ceará, é detentora de invejável potencialidade turística ainda por explorar. Pena que esse manancial paisagístico não tenha chamado até hoje a atenção da gente de lá para o seu aproveitamento como atração turística e o que isto representaria não só em termos de cultura e de desenvolvimento social, mas, sobretudo, como fonte considerável de receita. Remonta ao longe a abordagem da ideia de aproveitamento turístico da região. Data dos idos de 1959, quando o jornalista cratense João Lindemberg de Aquino expôs a questão em artigo publicado no suplemento “O Estado do Cariri”, do jornal “O Estado”, editado em Fortaleza. Em 1961, retomou o assunto em alentado trabalho intitulado “Fomento ao Turismo no Cariri”, publicado na revista “Itaytera”, do Instituto Cultural do Cariri (ICC), sediado no Crato, mostrando de modo quase didático como proceder para o aproveitamento racional dos elementos que generosamente a natureza prodigalizou à região sul do Ceará. Naquele ano de 1959, migrei do Crato para o Rio de Janeiro. Ali, ainda transido de nostalgia, me deparei, casualmente, com o artigo de Lindemberg. De logo, passei a escrever sobre o assunto no hebdomadário cratense “A Ação”, sob o título geral de “Cariri, Operação Turismo”. Cuidei ao mesmo tempo de obter junto ao Touring Club do Brasil material acerca do assunto, a fim de dar sustentação à campanha deflagrada pelo jornalista cratense. No Touring, contei com a boa vontade do Dr. Chagas Dória, o número 2 da instituição, que me obsequiou com farto material impresso do qual extraí informações necessárias à elaboração de um programa de aproveitamento das potencialidades turísticas da região. Também me vali de sugestão de jornalista carioca, que assinava coluna de turismo no “O Jornal”, o qual sugeria a criação de “clubes municipais de turismo”, destinados a promover intercâmbio turístico entre cidades. Abordei o assunto no jornal da Diocese e, imediatamente, o ICC encampou a ideia, criando ele próprio o único clube de turismo da Região, o qual por ser único restou inoperante, não havendo outros com os quais intercambiar. Conceituado médico e cronista na Região, Quixadá Felício juntou-se a nós e em artigos na imprensa de Fortaleza chamava a atenção das autoridades municipais para a importância de transformar o Cariri em polo turístico. Não obstante todo o empenho, a campanha resultou em fracasso, incapaz de romper a barreira do indiferentismo dos governantes municipais e da falta de sensibilidade da parte dos segmentos aos quais sem dúvida mais diretamente interessaria a atividade turística. Decorridos já cinco décadas, turismo ao que parece continua assunto que não frequenta a pauta de atuação dos gestores municipais da Região. Mantém-se ao largo de ser tratado como elemento de fundamental importância na vida social, cultural e econômica do Cariri. Considerado verdadeiro oásis na aridez do sertão combusto, o Cariri já não dispõe de uma de suas atrações naturais de maior pujança: o deslumbrante cenário formado pelo tapete verde dos canaviais que se estendia por quase toda a região e as fumegantes chaminés dos numerosos engenhos de rapadura, um dos símbolos regionais de maior expressão, hoje reduzidos à meia dúzia, se tanto. Não obstante esse desfalque paisagístico, outros elementos existem que se ajustam perfeitamente ao propósito de estímulo à atividade turística, incluindo-se itens como história, cultura popular, religiosidade, artesanato, entre outros, de que o Cariri é pródigo. Tome-se como referência a cidade de Juazeiro do Norte. Desprovida embora de belezas naturais que sirvam de atração a visitantes, se impôs como elemento turístico, no item de religiosidade, graças ao fluxo de devotos do Padre Cícero e de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade, os quais em número cada vez maior demandam em romarias constantes em direção à Meca ciceropolitana. Indiscutível que esse fato constitui sem dúvida um dos pilares da extraordinária expansão da cidade, hoje a mais importante da região do Cariri. Juazeiro se desenvolve em todas as direções, não só no campo da cultura, da educação, do aumento populacional, da política, sobretudo da economia. O ritmo acelerado do seu crescimento tem chamado cada vez mais a atenção de grandes grupos empresariais do norte e sul do país que ali instalam unidades, alavancando de maneira extraordinária a economia do município. (*) José Jézer de Oliveira (Crato), Jornalista e ex-presidente da Casa do Ceará
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Previsão terrível para 2016
Ceará pode ter seca tão severa quanto a de 1998, diz Funceme
O diagnóstico final deve sair em outubro, mas, para a Funceme, é preciso que a população se conscientize quanto à utilização da água ( Foto: José Leomar ) Matéria publicada no dia 22 de abril de 1998 pelo Diário do Nordeste apontava a seca daquele ano como uma das piores do século no Nordeste O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins, afirmou, na manhã de ontem, em entrevista ao colunista do jornal Diário do Nordeste, José Maria Melo, que as condições meteorológicas do próximo ano podem ser semelhantes às sentidas em 1998, ano em que o Nordeste foi atingido por uma das maiores secas da história, registrando apenas 270 milímetros de precipitações. “O aquecimento do Oceano Pacífico tem persistido em alta, o que afeta diretamente o El Niño. E essa tendência de aquecimento acende a nossa luz vermelha, de alerta, porque vemos que o movimento está muito parecido com o de 1997, e já existem alguns comunicados de institutos como a Nasa (Agência Espacial Americana), por exemplo, apontando que esse El Niño pode superar o de 1997, que gerou, em 1998, uma seca extrema aqui no Ceará”, explicou Eduardo Martins. Para ele, ainda é cedo para dar uma previsão concreta, mas as projeções mostram que a situação das chuvas pode ficar bastante complicada no Estado. Segundo Eduardo, o relatório com o diagnóstico final só deve ser finalizado no mês de outubro, mas já é preciso compartilhar a preocupação com a população para que todos se conscientizem quanto à utilização da água, que deve ser escassa no próximo ano. “As secretarias e os órgãos do Governo já estão implementando medidas com esse cenário mais pessimista. Se não acontecer (e o El Niño for embora), ótimo, mas pelo menos nós nos mobilizamos e fomos
atrás de soluções já pensando em 2016. Vamos procurar perfurar poços e construir adutoras definitivas, por exemplo”, disse. A temperatura elevada do Pacífico é fator que pode influenciar no surgimento do El Niño. A superfície da água, que acaba evaporando, vai para a atmosfera e o vapor que desce no Nordeste brasileiro dificulta a formação das nuvens. Durante o mês de julho, a Funceme chegou a observar temperaturas que variaram entre 4 e 4,5 graus Celsius acima da média em áreas do leste do oceano Pacífico equatorial, junto à América do Sul. Fenômenos Com base nisso, o órgão estima, por enquanto, uma probabilidade de 90% de atuação do El Niño durante o período da pré-estação chuvosa, que compreende os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Conforme a Funceme, as demais condições oceânicas do Pacífico apontam uma probabilidade de 5% de ocorrer o La Niña, fenômeno que ocorre quando as temperaturas estão abaixo da média, e de 10% de condições neutras, quando as temperaturas estão na média. Em ambos os casos, segundo explica o meteorologista da Funceme, Leandro Valente, as condições para o surgimento de chuvas seriam boas. Ele esclarece que o fator determinante para a qualidade de chuva são as temperaturas dos oceanos Atlântico Norte e Sul, com base na Zona de Convergência Intertropical, principal fenômeno causador de precipitações no Estado. O meteorologista ressalta que as temperaturas do Atlântico têm uma variabilidade grande ao longo do ano e, em janeiro, é quando a situação está melhor definida. “Por isso, o primeiro prognóstico é sempre em janeiro, pois a gente já consegue ter uma previsão melhor de como a Zona de Convergência vai se comportar durante a quadra”. Lia Girão/ Renato Bezerra, Repórteres
Índios Tremembés recebem posse permanente de terras no Ceará O povo indígena cearense Tremembé conquistou a posse permanente das terras que ocupam no município de Itapipoca (a 135 quilômetros de Fortaleza). A portaria declaratória da Terra Indígena Tremembé da Barra do Mundaú foi publicada em 11.08 no Diário Oficial da União. O termo foi assinado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no último dia 7 na presença de representantes da etnia em evento realizado no Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará, em Fortaleza. Adriana Carneiro de Castro, liderança dos Tremembés, considera que o ato é uma conquista não só para a etnia, mas para todos os indígenas do Ceará. “Acredito que essa vitória não está só conosco, mas se expande a todos os nossos parentes, que também esperam por esse momento. Quero dizer a eles que estamos unidos nessa busca de conquistar todas as nossas terras no estado.” A Terra Indígena Tremembé da Barra do Mundaú tem 3.580 hectares. O espaço é alvo de uma disputa judicial
com um grupo estrangeiro que planeja construir um grande empreendimento turístico no local. Batizado de Nova Atlântida, o projeto inclui a construção de hotéis e campos de golfe na área. Por decisão liminar da Justiça Federal, o licenciamento ambiental do empreendimento está suspenso desde novembro do ano passado. “Vivemos uma luta acirrada por conta desse grande impacto na nossa terra e no nosso modo de vida”, diz Adriana. Após a declaração de posse permanente, o próximo passo é a demarcação da terra indígena, que será feita pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Em seguida, vem a homologação. Entre um processo e outro, ocorre a chamada desintrusão, que consiste na retirada de não-índios do local. Segundo o coordenador regional da Funai Nordeste II, Eduardo Dezidério Chaves, essa é uma etapa negociada e sem prazos definidos, pois depende da quantidade de posseiros e dos valores que deverão ser pagos pelo que já estava edificado no local.
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Leituras VII Isso rola na rede
Macário Batista (*) Essa foi a primeira vez que usei o Uber. Foi em Denver, Colorado - EUA. Nunca mais quero saber de um taxi. Alguns dizem: coitados dos taxistas... Sendo assim, coitados dos funcionários da Atari, das fábricas de video K7, da Kodak, das datilógrafas, dos condutores de bonde e carroças e de tudo que ficou para trás e trouxe mais bem estar para a população. Coitadas das locadoras depois que chegou o Netflix. Coitado de você se não se atualizar. Também poderá ficar pra trás...Os motoristas de taxi serão os maiores beneficiados ao trabalharem como parceiros do Uber ou buscando novos desafios. Os mais resistentes ficarão para trás, como em tudo na vida.Os países mais resistentes também ficarão para trás e sua população refém de um serviço de baixa qualidade, de cartéis, mercados negros de licenças, cooperativas que sublocam os carros para diaristas e de carros velhos, além de alguns motoristas mal educados.Quando a população quer não há quem segure. Leis são criadas e transformações invadem o nosso dia a dia. Imaginem que quando o carro foi inventado, também não existiam leis de trânsito. As leis foram criadas depois. Imaginem também, quando os carros começaram a invadir as ruas, o sindicato dos carroceiros quebrando os carros pelas ruas, condenando a população ao retrocesso somente para garantirem seus empregos ultrapassados... O mundo que conhecemos hoje será totalmente diferente daqui a 10 anos.Para o benefício de centenas de milhões, um pequeno grupo precisa sair de sua zona de conforto.É uma questão de tempo. Este tipo de serviço estará no mundo inteiro beneficiando toda humanidade. Estabilidade não existe. A frase: “Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta”. Anne Frank. Aquela do Diário de Anne Frank. Compradores de diplomas choramingam Mais de 120 municípios cearenses amanheceram com as portas das prefeituras fechadas na sexta-feira, 31 de julho. O movimento paredista, organizado pela Associação dos Prefeitos do Ceará - Aprece, e apoiado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), tentou chamar a atenção de deputados, senadores, do governo do estado e federal, para a situação de dificuldades financeiras enfrentadas pelas prefeituras, especialmente nesse momento de grave crise econômica, em razão do ajuste fiscal implantado pela União. O choro é alto e o soluço é de cortar o coração. Tem deles que gritam por obras paradas, outros dizem que mandam dinheiro pro Estado comprar remédio e o remédio nunca chega. Mais alguns dizem que não limpas as cidades por falta de dindim e mais meninos e meninas reclamam de tantas outras coisas. Tem uns-e-outros que não se tocam quando reclamam de problemas na educação mas deixam merenda estragar e carros do transporte escolar enferrujar em garagens. Certas figuras que reclamam de tudo e de todos, cruzam os braços como se isso fosse a solução, mas pagam fábulas para aparecem em diplomas e escolhas ridículas, e assim parecerem os mais produtivos e melhores para suas comunidades. Tivessem vergonha na cara a sociedade apoiaria o fechamento de seus prédios, como se isso fosse a mãe de todos pepinos. Se de portas abertas aceitam chantagem de vereadores para aprovação de contas e projetos, imagina o que conseguirão de portas fechadas. A frase: “Quem diz o que quer, quase sempre ouve mais do que aquilo que quer!” Há doentes que não suportam ver suas ideias contestadas. (*) Macário BATISTA (Sobral) Jornalista,multimidia, produtor independente de rádio e televisão, colunista de politica e comportamento no jornal O Estado do Ceará-
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Memórias de nossa infância
Morreu Orlando Orfei Os Circos que alegraram nossas vidas
Wilson Ibiapina (*) Orlando Orfei, um dos maiores nomes do circo, vai ser enterrado terça feira, 4 de agosto, no Rio de Janeiro onde morreu aos 95 anos. O Italiano Orfei morava no Brasil desde o fim da década de 1960. Começou como palhaço aos 6 anos de idade. Era domador de leão e foi dono do Tivoli Park, um famoso parque de diversões que ficou montado durante décadas na zona sul do Rio. A morte desse artista me recorda os circos que alegraram Fortaleza no século passado. Ainda menino em Ubajara ou Ibiapina o simples anúncio de que “ o circo chegou” era motivo de grande alvoroço nas cidades. A expectativa era grande entre adultos e crianças. O espetáculo que íamos ver teve sua origem na antiguidade, passou pelas arenas romanas e chegou à idade média com grupos de malabaristas, artistas de teatro e comediantes viajando pela Europa. Coube ao inglês Philip Astley, em 1769, organizar as apresentações circenses debaixo de uma tenda de lona que mudava de cidade constantemente. O circo da minha infância no interior do Ceará não tinha cobertura. Lona só dos lados. “Hoje tem espetáculo?” - Tem sim senhor? - Às 8 da noite? - Tem sim senhor. Arrocha negada – Uuuuurrra!!! gritava a meninada que tinha um dos braços pintado com uma numeração, o que lhe daria direito a entrar de graça. A propaganda pelas ruas da cidade era conduzida por palhaços acompanhados pela garotada. Hoje temos um palhaço deputado federal, o cearense Tiririca. No passado, o máximo que um palhaço conseguia era aparecer na televisão, como o Bozo, Carequinha ou Arrelia. O palhaço mais famoso do Brasil foi Piolin, encarnado pelo paulista Abelardo Pinto, de Ribeirão Preto. Morreu em 1973 mundialmente conhecido. Além de grande criatividade cômica, Piolin era equilibrista e ginasta. Foi considerado “o maior palhaço do mundo”. Ele nasceu no dia 27 de março de 1897. O dia de seu nascimento foi escolhido para ser o Dia do Circo no Brasil. Circo Nerino Um outro palhaço famoso foi o Nerino. Mas esse fui conhecer quando eu estava mais velho e morando em Fortaleza. Minha casa ficava na avenida padre Ibiapina, ao lado da praça São Sebastião, local destinado a armação dos circos. Nerino, dono do circo, era o palhaço Picolino Segundo, que matava todos de rir com suas estripulias. O circo Nerino foi criação do pai dele, Picolino Primeiro, em 1913. O Nerino fez sua última apresentação em setembro de 1964, em Cruzeiro do Sul, em São Paulo, depois de marcar a memória de muitos garotos país a fora. Circo Tihany Desses circos paulistas, o único que ainda está com a lona armada é o Tihany. Fundado por Franz Czeisler em 1954 na cidade de Jacareí, em São Paulo, o circo sobrevive porque foi levado para o exterior. A origem do nome vem de sua cidade natal Tihany, na Hungria. Foi ainda com o nome de Circo Mágico Tihany que esteve em Fortaleza. Antes de vir para o Brasil como imigrante em 1952, Franz já trabalhava nos palcos da Hungria, Romênia e Tchecoslováquia, como ator, bailarino e, por último,
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mágico. Após uma rápida passagem pela Flórida, o circo fixou-se em Las Vegas, onde Czeisler, de 96 anos, vive até hoje. O sucessor dele e atual diretor do Tihany Spetacular Circus é o argentino Richard Massone. Circo Garcia De todos esses circos o que me marcou mais foi mesmo o Garcia. Muita gente se apaixonou pelas artistas. Algumas delas ficavam hospedadas na mansão dos Limaverde, na rua Clarindo de Queiroz, em frente a praça São Sebastião, onde foi armado várias vezes. Antolim Garcia dizia que todo circo tem que ter uma velha. É a mãe de artistas, pode ser a mulher do empresário. Garcia dizia que circo sem velha não existe. Ela costura, examina uma colega grávida, chama a parteira, faz massagens, faz tudo, zela por todos e ainda faz fofocas, intrigas que ela mesmo se encarrega de desfazer. No livro que escreveu sobre o circo em 1962 Garcia comenta os costumes e prolemas dos companheiros que amou. Ele revela que no Brasil o circo se compõe de duas classes: uma representada pelos tradicionais, que é formada por artistas nascidos em circos e que são a continuação dos imigrados que iniciaram a vida circense no país. A outra classe é a dos aventureiros, constituída por artistas que antes exerciam outras atividades e que ingressaram para o circo por conveniência ou boemia. O livro de Antolim Garcia que conta essa história de Babá e Curió foi escrito em 1962, quando seu circo comemorava 47 anos de existência . Desde a década de 80, o Garcia enfrentou crises financeiras sucessivas. A arte circense já encarava a concorrência da televisão, que passou a oferecer diversão sem que as pessoas precisassem sair de casa. Muitas lonas foram baixadas, no Brasil inteiro. Mas a instabilidade econômica atual foi decisiva. A alta do dólar tornou inviável o pagamento de artistas internacionais, com remunerações atreladas à moeda norte-americana. O Garcia chegou a pagar US$ 2,7 mil por semana a trapezistas mexicanos. Quase toda a dívida atual é referente a salários atrasados. Alguns acontecimentos marcaram, de maneira particular, a derrocada do Garcia. Antolim morreu em 1987. Desde aquele ano, o grupo era administrado por sua mulher, Carola Boets, e pelo filho dele, Rolando Garcia, que faleceu em setembro de 2002 “Sem meu enteado, fiquei muito sozinha”, afirma Carola. “Aqui nós estávamos empatando dinheiro”. Além de Rolando, morreram desde o 2000 os outros dois filhos de Antolim, Ruth e Romero. No dia 29 de dezembro de 2002, aconteceu o último espetáculo do Garcia, que estava montado na Avenida Guarapiranga, região do Santo Amaro, Zonal Sul paulistana. Sinal cruel dos tempos. Só 280 pessoas compareceram ao espetáculo, e se espalharam pela arquibancada construída para 3.500 espectadores. A arrecadação, lastima Carola, não foi suficiente nem para pagar os R$ 300,00 gastos com a manutenção dos geradores em uma noite de espetáculo.” Orlando Orfei Já o circo Orlando Orfei encerrou suas atividades em 2008. Orfei foi um inovador na sua perofissão. Ele inventou o cartaz de quatro folhas para substuir a propaganda feita em folhetos manuais. É dele, também, a ideia da lona de plástico para substituir a de algodão, que era cara e pesada para transportar. O velho italiano escolheu Nova Iguaçu, no Rio, para passar seus últimos dias de vida ao lado da família e do cachorro Lobo, pastor alemão, que estava sempre ao seu lado. Em uma de suas últimas entrevistas, o repórter perguntou a Orfei como teria sido a vida dele se o circo não existisse. O artista respondeu, sorrindo: - Eu inventava.
Ceará em Brasília
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Leituras VIII
Francisco Newton, Lúcio e “Paco”. Todos, um só Brasileiro João Soares Neto (*) “Sou um homem de reza diária, sem o que não posso dormir, e o meu sono é muito bom”. FNQC. Uma família com origem pernambucana, do ramo dos Cavalcante - com ou sem i - e dos Albuquerque, formou-se em Aurora, no sul do Ceará. O seu chefe, Natalício, acompanhado da esposa Nair, resolveu vir morar em Fortaleza, nos anos 1940. Na bagagem doméstica, trazida por um caminhão de duas boleias, além da mudança - que seria definitiva – vieram dois filhos, Newton e Nilson. Nilson foi um brilhante economista, professor universitário referenciado e morreu de morte prematura. Os demais filhos já nasceram em Fortaleza. O Newton, cujo nome completo é Francisco Newton Quezado Cavalcante, de atilada inteligência, foi estudar no Ginásio Salesiano São Domingos Sávio, de Baturité e, em seguida, no Colégio Cearense do Sagrado Coração, dos irmãos Maristas, onde sempre se destacou, não só pela agudeza de raciocínio, mas pela memória privilegiada que o acompanha até agora, neste agosto de 2015. Esse menino, segundo ele próprio, gostaria de ter sido filho único: “Esta foi minha única frustração infantil, pois eu gostaria de ser filho único, de modo a que fossem para mim todas as atenções. Isso, em parte compensado pelo fato de eu sempre ter sido reconhecidamente o filho favorito de minha mãe”. Acontece que o moço, ariano de nascimento, bem apessoado, tinha pressa em ser gente e, por razões que não se questionam, intuiu, ainda rapazote, de ser jornalista. E o fez de saída, como um “foca” ao se apresentar no jornal “Gazeta de Notícias”, então de propriedade de José Macedo, gerenciado por Luiz Campos e editado por Antônio Brasileiro. Lá, sem carta de recomendação, disse a que vinha. E não é que foi bem aceito, acolitado, inclusive, por Adisia Sá, então uma jovem e pioneira jornalista. Era o dia 13 de agosto de 1955. Desde então, adotou o pseudônimo pelo qual é reconhecido por todos os leitores. Ontem, portanto, ele completou 60 anos de jornalismo, incursionando ainda pela televisão, desde a pioneira TV Ceará, canal 2. Hoje, além da coluna diária no jornal “O Povo”, comanda programa dominical de entrevistas na TV Jangadeiro e apresenta tópicos em emissora de rádio. Jovem, independente como sempre foi, deixou de morar com a família e subiu os elevadores do Iracema Plaza Hotel até a ocupar a sua cobertura. De lá saiu para a então deserta praia do Cumbuco, desbravada pelo engenheiro João Bosco Dias. Construiu ali a primeira morada, projetada por Arialdo Pinho, seu vizinho. Anos depois, aventurou-se a ser “restauranter”, fundando um agradável espaço ao pé das dunas movediças daquela praia de Caucaia, que a ele deve fama e infraestrutura. Descobriu-se globe-trotter e virou o mundo, até a China conheceu. Entretanto, na sua maneira idiossincrática, fez da praia de Ibiza, Espanha, o seu local anual no juliano mês. Para esse destino tão festejado já levou amigos e lhes disse do seu amor a essa pequena ilha do arquipélago das baleares. Na França, por anos seguidos, aperfeiçoou-se na língua gálica. Nos Estados Unidos, pesquisou sobre Al Capone. Sabe tudo sobre Copas do Mundo; conhece a história política cearense como se fosse um cronista político; discorre sobre Al Capone como um velho agente do FBI. Gosta de criar palavras e explica, do seu jeito e modo, a “genealogia” de cada uma delas. A partir daí, as introduz em seus “drops” diários na sua coluna do “O Povo”. Há anos, criou um programa social para o Natal de pessoas simples do Cumbuco. A esse projeto se engaja com afinco e o partilha com amigos. Hoje, desloca-se, aos fins de semana, do Cumbuco para a Tabuba, onde, mesmo contra as marés, mantém barraca de praia. Ele consegue misturar, sem problema, o piso fofo da areia com as suas comidas simples ou requintadas, aditivadas por bebidas quentes e frias. Essa barraca é o jeito dele dizer que, mesmo ermitão, gosta de se ver rodeado por amigos. Certa vez perguntei a ele: Que verbete escreveria sobre você em uma enciclopédia? Ele, de pronto: “Lúcio Brasileiro, homem fundamental para quem tem inteligência, esportividade e amor à vida”. Vida longa. Deus o abençoe. João Soares Neto (Fortaleza), Escritor Membro da Academia Cearense de Letras e empresário.
Ceará em Brasília
Sérgio Leitão (Crateús), jornalista e escritor, autor do furo ‘‘mundial da prisão de Ronald Biggs’’. Ele era apaixonado pelo Flamengo Sérgio Leitão. 45 anos de carreira, nos quais cobriu quatro Copas do Mundo. Dentro de uma salinha da Polícia Federal, no Rio, um repórter inglês se desesperava com o passar dos minutos. Ronald Biggs, o assaltante do trem pagador que fugira de maneira cinematográfica para o Brasil, negociara uma entrevista exclusiva para o jornal do compatriota, mas fora preso minutos antes do encontro. Ao lado do estrangeiro, um homem esperava em silêncio. — Quem é você? — perguntou o visitante. — Sou Sérgio Leitão, repórter da Associated Press. Era a senha de um furo mundial. Graças a uma fonte do brasileiro, a AP divulgou com exclusividade, em 1974, a prisão do assaltante. Golaço do jornalista, que ele festejou como fazia com qualquer gol de seus ídolos do Flamengo. Frequentador inegociável da arquibancada do Maracanã, Leitão dividia seu coração em duas paixões esportivas. A outra era o América de Fortaleza, sua terra natal. No último título do pequenino clube cearense, em 1976, o jornalista participou de uma carreata com outros 12 torcedores. Cearense de Crateús, Filho de um funcionário público federal, Leitão falava inglês, francês e espanhol, habilidade que o ajudou na longeva carreira na AP e na Reuters. Ele
também trabalhou no “Brasil Herald”, no GLOBO e nas assessorias de comunicação da Coca-Cola e da Firjan. A facilidade com o inglês garantia o sucesso nas festas, onde Leitão cantava com pronúncia impecável hits de seus ídolos, como o canadense Paul Anka. A trajetória de 45 anos dedicados ao jornalismo permitiu a ele conhecer mais de 70 países. Especializado em esportes, cobriu as Copas do Mundo de 1970, 1974, 1982 e 1986. Esteve também a trabalho nos Jogos Olímpicos de 1972, e brilhou na cobertura do Massacre de Munique, o atentado à delegação israelense pelos terroristas do Setembro Negro, que terminou com 17 mortos. Leitão escreveu três livros: “De Fortaleza ao Kremlin”, sobre suas histórias no jornalismo na longa viagem desde o início, no Ceará; “Maracanã, da tragédia à glória”, reunião de momentos testemunhados por ele no estádio lendário; e “A família Xavier”, relato autobiográfico com o cenário da Praça Xavier de Brito, na Tijuca, onde passou boa parte da vida e criou os filhos. O título remete a um famoso time de pelada que fez sucesso no Rio nos anos 1970 e 80. Sérgio Leitão morreu aos 69 anos, de um mal súbito, em casa, no Maracanã. Deixou três filhos — Leslie, James e Cassius —, quatro netos e uma coleção de amigos e fãs de sua permanente alegria.
Danilo Forte destaca os 60 anos de jornalismo de Lúcio Brasileiro
O deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE) destacou em 13.08 os 60 anos de atividades ininterruptas na imprensa do jornalista e colunista social do jornal O Povo, Lúcio Brasileiro. “Eu gostaria de aqui parabenizar, porque é uma data importante para o Ceará, hoje, a pessoa do Francisco Newton Quezado Cavalcante, nosso querido e amado jornalista Lúcio Brasileiro, que hoje faz 60 anos de jornalismo”, disse. Lúcio Brasileiro iniciou a carreira aos 16 anos, em 1955, no dia 13 de agosto na redação do jornal Gazeta de Notícias. Posteriormente trabalhou para o Correio do Ceará, antes de chegar ao jornal O Povo. O jornalista foi apresentador ainda de programas nas rádios Uirapuru, Verdes Mares, Clube, Iracema e Calipso FM. Na TV foi colunista da TV Uirapuru, TV Educativa e TV Jangadeiro.
“Nós do PMDB temos uma gratidão para com esse combativo membro da imprensa cearense, que sempre primou pela liberdade da informação, que nos momentos mais difíceis da ditadura militar sempre abria espaço nas suas colunas para homenagear, para mobilizar a sociedade cearense em torno das bandeiras da democracia, da redemocratização, fortalecendo inclusive o nosso partido, o PMDB, na época, MDB”, complementou. O tempo de colunismo na imprensa fez Lúcio Brasileiro entrar para o Guiness (livro dos recordes) como o jornalista de maior tempo com coluna diária. Paralelo ao seu trabalho como jornalista, Lúcio Brasileiro lançou cinco livros: “Até Agora”, “Assim falava Paco”, “Pela Sociedade”, “Longe de dizer adeus” e “Quinhentos contos de réis”.
Cegás conclui construção de nova linha de gasoduto Dando continuidade à expansão da rede de gasodutos, a Companhia de Gás do Ceará (Cegás) acaba de concluir a construção da Linha Tronco do Pecém, que tem 18,3 km de extensão. O valor total da obra foi de R$ 17.427.364,78. A estrutura visa atender as empresas já instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, além de garantir a infraestrutura para suprir as futuras empresas que irão se instalar na área. As empresas Siderúrgica Latino Americana (Silat) e a Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC) já são atendidas pelo novo gasoduto.
Sobre a Cegás A Companhia de Gás do Ceará - Cegás (www.cegas.com. br) é a concessionária estadual de distribuição de gás natural canalizado no Estado do Ceará. Sua composição acionária é formada pelo Governo do Estado, Petrobras e Mitsui. A Cegás possui 7.570 unidades consumidoras e atende os segmentos industrial, comercial, residencial, veicular, co-geração e auto-produção de energia elétrica, sendo o consumo industrial responsável por cerca de 40% do mercado e a oferta deste segmento é de 300 mil m³/dia.
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Agosto/15
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Mario Pontes lançou Balada para Urbano em Brasilia
O escritor cearense Mario Pontes ( Nova Russas) apresentou na quarta feira, 26.08, no Martinica Café, seu mais recente livro, Balada para Urbano. Natural de Nova Russas, Mario é radicado no Rio de Janeiro há mais de cinquenta anos, mas se sente ligado a Brasília e à colônia cearense na Capital do país, em evento coordenado por seu irmão, poeta, escritor e professor Elicio Pontes, com a presença do jornalista, escritor e diretor do Ceará em Brasília, Inacio de Almeida. Pontes atuou em vários jornais de Fortaleza antes de se transferir para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Diário Carioca, nas editoras Bloch e Vozes, e por mais de vinte anos editou o caderno Livros/Ideias do Jornal do Brasil. Traduziu dezenas de livros, de autores como Isabel Allende, Julio Cortazar, Hemingway, Camilo José Cella (prêmio Nobel), além de obras de história e filosofia. Por longos anos, também trabalhou na Assessoria de Comunicação da Petr4obrás. Balada para Urbano, seu 14º livro, vem se somar a outros livros de contos e romances (Milagre na Salina, Ninguém ama os náufragos, Andante com morte, Um homem chamado Noel) e ensaios: Doce como o diabo, sobre literatura de cordel, e Elementares, sobre literatura policial. Balada para Urbano, traz seis narrativas ficcionais que não têm necessariamente relação entre si, mas, como o título sugere, têm como cenário algum tipo de formação urbana, seja uma metrópole ou alguma cidadezinha do interior do país.
Agosto/15
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Nova Diretoria da AFA para o triênio 2015/2018 Em Assembleia Geral Ordinária, realizada no último dia 22 de agosto deste ano, 2015, a AFA-BR, Associação dos Filhos e Amigos de Aurora, CE, residentes em Brasília, aprovou as contras do triênio 2012/2015, da então Diretoria, e elegeu a nova Diretoria para o triênio 2015/2018, período de 26.08.2015 a 26.08.2018. Asolenidade foi iniciada com a saudação à Bandeira de Aurora, com o canto do Hino da cidade. Foram eleitos, por unanimidade: Diretoria Executiva - Presidente: Manoel Macêdo Gonçalves, Vice-Presidente: Francisco de Assis Filho; Secretário Administrativo: Severino Duarte Amaral; Secretário de Eventos: Raimundo Nonato da Silva; Secretário de Expansão: Francisco Djalma de Oliveira; Secretário de Comunicação Social: Hélvia Leite Cruz; 1. Tesoureiro: Carlos Augusto de Macêdo; 2. Tesoureiro: João Herman Leite Cruz Conselho Fiscal - Titulares: Antonio Pinto Macêdo, Cícero Célio Figueiredo e João Marcelo de Oliveira Macêdo. - Suplentes - Eliane Pinto Macêdo, Samuel Nunes Magalhães e Isaac Luna Macêdo Esta é a 4ª Diretoria da Associação, uma vez que a mesma foi fundada, no dia 26 de agosto de 2006, em Assembleia Geral, que contou com a presença de 57 aurorenses, realizada na Casa do Ceará em Brasília, já que referida Associação foi incentivada pelo Dr. José Jézer de Oliveira, então Presidente da Casa dos cearenses de Brasília. A primeira Diretoria, triênio 2006/2019 foi presidida pelo Dr. Hamilton Leite Cruz; a segunda 2009/2012 pelo Dr. Vicente Nunes Magalhães e a terceira 2012/2015 pela Sra. Djanira Gonçalves Brito. O seu presidente de honra é dr. Vicente Landim de Macêdo
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Morre general cearense da missão da ONU no Haiti
O General de Divisão José Luiz Jaborandy Júnior, que era comandante da Force Commander da Minustash -Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti faleceu em decorrência de um infarto, aos 57 anos durante uma viagem do Haiti a Manaus, onde iria conhecer sua neta, nascida há poucos meses.. Em 15 de março de 2014 em substituição ao general Edson Leal Pujol Antes, comandara a 8ª Região Militar, em Belém (PA), ligada ao Comando Militar do Norte. O general Jaborandy era da arma de Infantaria e ingressou no Exército Brasileiro em 1976. Nascido em 1958, em Fortaleza/CE, Jaborandy ingressou no Exército em 1976. Formou-se oficial de Infantaria em 1979 e se distinguiu na carreira militar ocupando uma série de postos de comando. Como general de brigada, esteve à frente da 2ª Brigada de Infantaria de Selva de 2010 a 2011, sendo então nomeado chefe de Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia. Após ser promovido ao posto atual em 2013, Jaborandy assumiu o comando da 8ª Região Militar. . o general era formado pela Escola de Comando e Estado-Maior do Brasil e pelo Instituto de Estudos Superiores Militares de Portugal. Jaborandy serviu como assessor parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército. Além de ter sido observador militar do Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central (ONUCA), em 1991, e da Missão de Observação das Nações Unidas em El Salvador (ONUSAL), em 1992.
Ceará em Brasília
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Casa do Ceará homenageará empregados com relevantes serviços prestados
Fotos Su Hellen
A Diretoria da Casa do Ceará em reunião aprovou uma homenagem aos servidores mais antigos, que lhes será prestada por ocasião das comemorações dos 52 anos em 13 de outubro. “É uma homenagem, de reconhecimento ao valor dos que praticamente dedicaram boa parte de suas vidas à nossa Casa” , disse o presidente OsMar Alves de Melo. Apenas um dos homenageados é cearense, de Pacoti, Eloísa Marques do Nascimento, há 18 anos, na Casa, sendo responsável pela animação cultural dos eventos voltados para os velhinhos da Pousada Crisantho Moreira da Rocha. Os demais homenageados: Jenilson José Ferreira de Souza (Mansidão/BA), na casa há 27 anos. Maria de Fátima Azevedo Ramos ( Vila do Conde/Portugal), há 34 anos; Jacira Neto Burbanz (Rio de Janeiro/RJ), há 27 anos, José Rodrigues (Zezinho) (Regeneração/`PI), há 32 anos; e Neusa Saraiva (Januária/MG), há 24 anos. Jenilson José Ferreira de Souza, nascido em 04/08/1966 em Mansidão – BA, pai de 2 filhos, casado, morador de Taguatinga Norte, veio para Brasília no final do ano de 1988. Jenilson iniciou no quadro de funcionários da Casa no de 1991, na área de serviços gerais, veio até a instituição encaminhado pelo seu médico de Taguatinga para fazer tratamento dentário, chegando à entidade foi recebido pela Presidente Mary Porto que lhe ofereceu um emprego, pois a instituição não estava em condições de fornecer o tratamento.
Maria de Fátima Azevedo Ramos,nascida em 16/03/1943 em Vila do Conde - Portugal, viúva, tem 3 filhos e 2 netos. Fatinha como é carinhosamente chamada por seus colegas da Casa do Ceará, veio para Brasília em 1959 e iniciou seu trabalho na instituição em 1981, já passou por todos os setores da Casa, foi professora de Datilografia, formando uma média de 2.000 alunos. Hoje é encarregada pelo setor cultural da Casa e Chefe do Museu. Fatinha ama a Casa do Ceará, diz que se sente em casa na instituição.
Jacira neto Bubanz, nascida no Rio de Janeiro – RJ, veio para Brasília em 1981, trabalha na Casa do Ceará há mais de 27 anos, sendo responsável pela Tesouraria. Jacira é conhecida pelos seus colegas de trabalho e pelos Diretores da Casa como um exemplo de seriedade e honestidade.
José Rodrigues, nascido em 14/01/1958 em Regeneração – PI, viúvo, pai de 2 filhos, veio para Brasília em 1993. Zezinho como é carinhosamente chamado na Casa do Ceará, iniciou no quadro de funcionários da instituição em 1994, na área de serviços gerais sendo indicado pelo seu irmão Gabriel que já trabalhava na Casa.
Eloísa Marques do Nascimento, nascida em 1955 em Pacoti – CE, na Serra de Guaramiranga, veio prra Brasília em 1980 e está na Casa do Ceará desde 1997, responsável pela Pousada Crysantho Moreira da Rocha. Eloísa tem um carinho enorme pelos idosos residentes da Pousada. Além de responsável pela Pousada Eloísa cuida carinhosamente dos eventos realizados pela instituição
Neusa Saraiva nascida em 23/06/1952 em Januária – MG, casada, tem 5 filhos e 6 netos, D. Neusa veio para Brasília em 1976 para visitar um irmão que aqui morava, desde então nunca mais voltou. Iniciou o trabalho na Casa do Ceará em 1991, sempre trabalhou na Pousada, hoje D. Neusa é uma das cozinheiras, os idosos dizem que ela tem as mãos abençoadas para cozinhar.
Fotos Hermínio Oliveira
Museu de Artes e Tradição do Nordeste da Casa do Ceará agora é Museu Maria Calmon Porto, em homenagem a presidente da Casa do Ceará entre 1981 a 1989
O Museu de Artes e Tradição do Nordeste da Casa do Ceará passou a chamar-se Museu Maria Calmon Porto, em homenagem a d. Mary Calmon, que presidiu a Casa do Ceará , de 1981 a 1999, tendo sido a terceira presidente da Casa. D. Mary Pessoa se identificou com a Casa e deu tudo para a sua manutenção e preservação. Na Casa do Ceará, duas pessoas conhecem bem o Museu Maria Calmon Porto: d. Maria de Fatima Azevedo Ramos, atual diretoria e Eloisa Marques do Nascimento, ex-diretora. Conhecem tudo do Museu que tem um precioso acervo. Coleção de lamparinas, fósseis de Santana do Cariri,
Ceará em Brasília
painéis sobre a Cultura Tapeba, dos pré-históricos do Ceará, estante com pertences de padre Cícero, doado por um juazeirense, a porta talhada por Ataíde, um cearense que morou em Brasília, chapéus de palha, nas cinco fases de produção, fotos e acervo sobre o cangaço e os cangaceiros, prensa de madeira de fazer queijo de coalho, doada por Etevaldo Fialho, jangadeiras e jangadas, selas, cangalhas e arreios de vaqueiros, potes, quartinhas, cestos, coleção de ferros de engomar a brasa, máquina de costura a mão, moinhos de milho e café, pilões, rocas de fiar, almofadas de fazer rendas de bilro, doadas por d. Maria do Carmo Lins Cavalcante, mulher de Álvaro Lins Cavalcante, um dos fundadores e presidente da Casa.
No acervo do Museu há também os personagens de danças folclóricas tais como a Rainha do Maracatu, as pastorinhas, mestra e contra mestra do Pastoril, o caboclinho da danças indígenas, os personagens do Bumba meu boi, bonecos de barro representando tipos diferentes da cultura cearense, retirantes, orquestras populares. O Museu está aberto a doações. Famílias de cearenses residentes em Brasilia no Ceará que queiram fazer doações devem procurar o Museu. Serão recebidas e incorporadas ao acervo, com indicação dos doadores. Dessa forma, vamos preservando nossas tradições e nossa cultura.
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Agosto/15
Página da Mulher
Leituras IX
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Há vida lá fora...
Regina Stella (*) “Há vida lá fora. Só falta achar”. Ah! a matéria , no jornal, em letras gigantes , me fez rir. Na constatação, uma vez mais, que pessoa alguma, ninguém, pode fugir dessa busca infindável, interminável, inesgotável, permanente, constante, deste pobre mortal! Não acaba nunca! Carregamos, nós, simples mortais, essa sina de buscar, de ansiar, de procurar, de tentar, para repetir, indefinidamente, sofrendo por um mais que nos acena, torturando a alma e o coração. Como um carimbo, uma marca, um selo dentro de cada um. A fuga é impossível! O carimbo é intrínseco, na pele, na alma, no coração! E começa cedo o desejo, a procura, o anseio. Com poucos meses a criança busca a mãe, imperiosamente. Na infância, deseja o brinquedo, a bola, o velocípede, a bicicleta! Adolescente, sonha com a moto, com o carro. Depois com a universidade. Tenta o emprego. A profissão, o poder, a glória, o dinheiro! A importância, o cargo. Uma busca infindável, quase um tormento. O tormento de estar sempre buscando! É o Suplício de Tântalo! Trazemos, no mais íntimo de nós, esse carimbo, marca indelével de sermos mortais, esse anseio de vir a ser, de encontrar, de conseguir. Irremediavelmente! Conta a Mitologia que Tãntalo por um terrível crime que cometeu, o seu pai, um deus, condenou-o a um desterro, longe de todos e de tudo. com um castigo sem atenuantes e sem fim! Pagando o
pecado, tinha á sua volta uma floresta imensa, árvores de todas as espécies, carregadas de frutos, mas que não podia come-las! Por mais que desejasse, por mais que tentasse, sofria pelo desejo insaciável de alcança-las! ! Cada vez que se aproximava, elas se afastavam! Um anseio que persistia, indefinidamente. Uma tortura infindável! E como se não bastasse, à sua frente, agua, agua em abundância mas jamais poderia bebe-la!. Quando insistia em alcança-la, mais se distanciava, embora viva, latente, tivesse a ilusão de que o anseio teria fim! Frutos coloridos, agua borbulhante, oferecendo frescor, alegria, prazer, mas, afastada, toda e qualquer possibilidade de superar a ansiedade! O Suplício de Tântalo, a eterna procura, a busca sem fim, o anseio permanente por algo que se que se tenta reter, possuir, se apossar! Muitos perderam a vida nessa busca! O preço da insistência! Outros, correram o risco de perdê-la! Injustiçados! Galileu, um deles, hoje considerado o Pai da Ciência Moderna! Falha, a justiça humana! Ontem, hoje, em total desacordo! como se pisássemos, sempre, em areia movediça! Físico consagrado, matemático famoso, foi acusado de heresia, condenado, e obrigado a ir à Roma, para assinar um decreto do Tribunal da Santa Inquisição, de santa só o nome! Declarava que a visão que professava e que proclamava, era apenas uma hipótese! Obrigado a negar a sua descoberta! Hoje, aclamado, incensado! Na sua busca, verdade científica, de que não era a Terra o Centro do Universo,
pensamento aceito pelos físicos na época, mas apenas girava em volta de uma estrela, o Sol, quase perdeu a vida! Foi obrigado a recuar nas suas declarações , suas obras foram censuradas, proibidas, afastado de todo o meio científico. Embora constatado o seu valor como homem de Ciência, tivesse feito grandes descobertas, as montanhas da lua, os satélites de Jupiter, os anéis de Saturno, morreu abandonado, condenado, só. “A matemática é o alfabeto de Deus”, ele afirmava, convencido da veracidade da sua descoberta. Os astrônomos, hoje, não vacilam em afirmar que não estamos sós, no Universo. E porque, seríamos os privilegiados em guardar a vida? Nesse espaço incomensurável, um pequeno planeta girando em volta de uma estrela, entre milhões de outros, o que de extraordinário e excepcional teria, para ganhar de um Deus tamanha gloria? A busca persiste. Em nós, a sede do Infinito. O anseio de atingir as fronteiras do melhot. Um dia, talvez nem tão distante, quando forem mais sofisticados e mais apurados os aparelhos, mais precisos os cálculos dos astrônomos, possam eles proclamar, afirmar em letras gigantescas:” Achamos! Como nós, vivendo, sofrendo, também procurando, exixte, longe, alguém que canta uma canção, recita um verso, olha dentro dos olhos de alguém que ama e embevecido declara: Ah! Como eu te amo !” (*) Regina Stella (Fortaleza) jornalista e escritora
Como o chulé pode ajudar no combate à malária A holandesa Renate Smallegange é uma especialista em chulé. E tem mais: ela se dedica tanto que é capaz de fazer coisas inimagináveis para poder estudar o mau cheiro dos pés humanos. Às vezes ela recolhe meias de nylon que acabaram de ser usadas – e que, portanto, estão embebidas na “fragrância”. Em outras ocasiões, envolve os pés descalços de algum voluntário com um saco plástico, para captar o aroma em rajadas de ar. De todas as profissões do mundo, esta certamente não é das mais agradáveis. Mas Smallegange não se incomoda. Afinal, ela sabe que o forte mau cheiro que tem de sentir em suas experiências é um dos principais atrativos para seu verdadeiro objeto de estudo: o mosquito transmissor da malária. Por isso, ela se dedica a encontrar a receita exata do chulé, na esperança de desenvolver métodos para eliminar os insetos responsáveis pela transmissão da infecção que mata mais de 580 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Não importa o quão limpos estamos. Um leve odor saindo de nossos pés é quase inevitável por causa da anatomia: o pé de um indivíduo normal contém 600 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado – centenas a mais do que nas axilas. Essas glândulas secretam um coquetel de sais, glicose, vitaminas e aminoácidos que é perfeito para a alimentação de uma colônia de bactérias. Em troca, esses microrganismos deixam para trás uma mistura de ácidos graxos que, juntos, produzem o odor tão característico do chulé. Há tantas bactérias vivendo em nossos pés que microbiologistas têm dificuldades de descobrir exatamente quais espécies causam o mau cheiro, e em que áreas elas vivem.
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Em uma incrível demonstração de falta de vaidade, o biólogo James Reynolds e seus colegas da Universidade de Loughborough, na Grã-Bretanha, mapearam as populações de bactérias em seus próprios pés. Cinco grupos se destacaram: corinebactérias, micrococos, propionibactérias, betaproteobactérias e brevibactérias. Mas os principais vilões são os estafilococos, cuja presença parece sempre coincidir com uma substância química particularmente potente, o ácido isovalérico. “Imagine um queijo azul bem envelhecido – este é o aroma que sai quando abrimos um frasco desse ácido”, conta Reynolds. “Uma gota derramada é suficiente para deixar um mau cheiro na sala pelo dia inteiro. É horrível.” Os estafilococos são mais comuns na sola do pé, principalmente em torno da base dos dedos, o que pode explicar por que esta região é uma das mais fedorentas. A comparação com um queijo, aliás, é bastante apropriada, já que muitos desses alimentos contêm uma mistura semelhante de substâncias químicas voláteis. O queijo Limburger, de origem belga, emite um cheiro que
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é o que mais se aproxima do chulé. Parasita ‘diabólico’ Com suas experiências um tanto inglórias, esses cientistas esperam ter um futuro mais arejado. “Se soubermos quais são esses componentes e as espécies que os produzem, podemos desenvolver tecidos que possam absorver ou neutralizar o mau cheiro, ou ainda criar desodorantes mais eficientes”, explica Reynolds. A tarefa, no entanto, não será fácil. Além de abrigar bactérias que produzem o fedor, nossos pés também possuem microrganismos que agem como soldados contra infecções. Mas a própria natureza parece ter as respostas. Um recente estudo realizado no Japão descobriu que três substâncias encontradas em frutas cítricas podem ajudar a neutralizar os estafilococos sem prejudicar seus vizinhos “do bem”. Em algumas situações, o chulé pode ser até mais sério do que um leve constrangimento. O cientista holandês Bart Knols foi um dos primeiros a descobrir que certas espécies de mosquitos transmissores da malária são atraídos pelo cheiro emanado dos pés. Seguindo seus passos, Smallegange tem realizado suas experiências nada agradáveis na Universidade de Wageningen, na Holanda. Ela já descobriu, por exemplo, que o parasita da malária parece alterar o olfato do mosquito para que ele se atraia mais pelos pés com mau cheiro. Trata-se de um mecanismo diabólico que leva o hospedeiro da malária a entrar em contato com suas vítimas, de maneira que o parasita possa continuar seu ciclo de vida dentro do corpo humano. David Robson Da BBC Future
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Leituras X
Pérolas do Banco do Brasil Pérolas do Banco do Brasil... (direto da CREAI) O Banco do Brasil possuía um departamento chamado “Carteira de Crédito Agrícola”, que tinha como uma de suas responsabilidades fiscalizar a utilização dos empréstimos feitos para a agricultura e pecuária. Esta fiscalização era feita por funcionários do banco (fiscais), que visitavam as propriedades rurais onde foram utilizados os empréstimos e faziam relatórios técnicos da situação encontrada. Abaixo, alguns trechos destes “relatórios”, pinçados dos arquivos do Banco do Brasil, transcritos exatamente conforme os originais e que são verdadeiras “pérolas rurais”. * Visitamos o açude nos fundos da fazenda e depois de longos e demorados estudos constatamos que o mesmo estava vazio. * Era uma ribanceira tão ribanceada que se estivesse chovendo e eu andasse a cavalo e o cavalo escorregasse, adeus fiscal. * Na minha opinião, acho bom o banco suspender o negócio do cliente para não ter aborrecimentos futuros. * O sol castigou o mandiocal. Se não fosse esse gigante astro, as safras seriam de acordo com as chuvas que não vieram. * “Cobra” - Comunico que faltei ao expediente do dia 14 em virtude de ter sido mordido pela peçonhenta epigrafada. * Os anexos seguem em separado. * Se não fosse o sol, tudo indicava que a chuva aumentasse a safra. * Cliente aguarda a capilaridade pluviométrica da zona para plantar a mandioca em local mais macio e úmido. * A casa de farinha nunca foi para a frente porque o mutuário que fez o empréstimo deu para trás e nunca mais se levantou. * Fui atendido na fazenda pela mulher do mutuário. Segundo fiquei sabendo, ninguém quer comprá-la e sim explorá-la. * Imóvel de difícil acesso. O mato tomou conta de tudo, deixando passagem só para animal rasteiro. Próxima vistoria deve ser feita por fiscal baixinho. * A máquina elétrica financiada é toda manual e velha. Fazendeiro financiou a máquina elétrica mas fez todo o trabalho braçalmente e animalmente. * Gado está gordo e forte, mas não é financiado e sim emprestado somente para fins de vistoria. O filho do fazendeiro está passando férias na Disney. * Trajeto feito a pé porque não havia animal por perto, só o burro do fazendeiro. Despesa de locomoção grátis. * Contrato permanece na mesma situação da vistoria anterior, isto é, faltando fazer as cercas que não ficaram prontas. * Mutuário adquiriu aparelhagem para inseminação artificial mas um dos touros holandeses morreu. Sugerimos treinamento de uma pessoa para tal função. * Tempo castigou a região. O sol acabou com a farinha e a chuva com o feijão. * As garantias permanecem em perfeito estado de abandono. Cliente vive devidamente bêbado e devendo aos bares e a Deus e ao mundo. * A euforbiácea foi substituída pela musácea sem o consentimento e autorização de nosso querido banco.
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Culinária
Os Cearenses na Cozinha de Brasília
Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) . Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772520 Tel(61) 3274-7805. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 3379 88763 - Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antonio Prado (Hidrolândia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 Asa Sul 70257-180 - 3442 1169 Chefe de Cozinha: Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino(Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e Jose Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte Cícone Parque/ 70200-002 Tel 3224 5585 Brasília Shopping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 Tel 3038.1818 Baby Beef Rubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodrigues (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçom: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antonio Melo (Independência) Antonio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila Planalto Tel 3032 1062 - 70804-270 Forneria Parole Maitre Antonio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte) ; garçom: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaiolo Sinobilino Bezerra Neto (Tauá) e Adinaldo Fernandes Bezerra (Tauá) - QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi
3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo,Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e Antônio Alcimario (Pereiro, churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, Raimundo Cavalcante (Sobral). Gerente Eduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açúcar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman João Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J ite, Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral); -Pizzaiolo Narcélio Oliveira da Silva (Crateus); Cozinheira Edilza Maria (Fortaleza), ajudante de cozinha José Dalmir do Nascimento Sousa Prado(Sobral), -ajudante de cozinha Francisco Tadeu Prado Nascimento Sousa ( Sobral); Copeiro Manoel Bezerra Aguiar de Araújo ( Sobral) Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 - Planaltina 73.300-000; Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 Garçons – Antonio Viana (Crateús), Jose Osmar Gabalia (Sobral), Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa: Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace Hotel Tel 33 28 4265 Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul/ 73.344-000 - Tel 3242 4039 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217
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Fotos Su Hellen
Secretário de Estado do Desenvolvimento Humano e Social do GDF. Marco Pacco, tomou café da manhã na Casa do Ceará
Secretário de Desenvolvimento Social Marcos Pacco, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Diretora de Promoção Social Maria Áurea de Magalhães, Diretor de Educação e Cultura Vicente Nunes de Magalhaes, Superintendente Antonia Lúcia Guimarães Aguiar.
A Diretoria da Casa do Ceará recebeu em 25/08 para um café da manhã o Secretário de Estado de Desenvolvimento Humano e Social, Marcos Pacco, de pais piauienses mas nascido em Brasília, acompanhado de seus assessores, Gilmar Moreira da Rocha – Chefe de gabinete e Klaus Rainer – Assessor especial, oportunidade em que o Presidente Osmar Alves de Melo lhe apresentou as principais unidades de prestação de serviços da Casa, como a Pousada Crisantho Moreira da Rocha, que acolhe 22 idosos, a Policlínica, a Odontoclínica, a Pinacoteca AlvaroLins Cavalcante, as três Bibliotecas, o Museu de Artes e Tradição do Nordeste, os Cursos de Línguas, Cabeleireiro e Corte e Costura. Em 2014, realizamos mais de 50 mil atendimentos nos nossos serviços, muitos deles as pessoas de extrema pobreza ou pobres, disse Osmar, sendo que a maioria é indicada pelas Unidades de Assistência Social de Brasília ( CRAS, CREAS, Escolas públicas, dentre outros), salientando que
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Secretário de Desenvolvimento Social Marcos Pacco visitando a Pousada de Idosos da Casa do Ceará.
a Casa não recebe verba do governo do Distrito Federal e do Ceará nem da União. Do café da manhã participaram os diretores José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza). Evandro Pinto (Fortaleza) João Rodrigues Neto (Independência), Vicente Magalhães *(Aurora), JB Serra e Gurgel (Acopiara).,Maria Aurea Assunção Magaçhaes (Fortaleza), além da Superintendente da Casa, Antonia Lucia Guimarães, e a Assistente Social, Ivete Simonette do Amaral. Na oportunidade, o Secretário Marcos Pacco destacou o imenso esforço do governo Rodrigo Roolemberg na área social, com 300 mil atendimentos de pessoas extremamente pobres e pobres através dos diferentes programas assistenciais, a partir do Cadastro Único, sendo que as 54 mil pessoas que recebem o bolsa família continuam recebendo uma complementação, que custará ao GDF este ano 11 milhões de reais, Assinalou que a Secretaria que dirige
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Presidente Osmar Alves de Melo e Secretário de Desenvolvimento Social Marcos Pacco.
está empenhada em diversas parcerias com instituições de referencia e que compõem a rede complementar assistencial na comunidade do Distrito Federal que acolhem milhares de crianças que tem alternativa de alimentação , lazer e de inserção social. O Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, manifestou sua esperança de que a Secretaria venha a escolher a Casa como unidade de atenção aos idosos, com a expertise de 52 anos no atendimento aos velhinhos, sendo que muitos poucos são cearenses, podendo se estabelecer um convênio que assegurará pela primeira vez uma contrapartida do GDF. As negociações vem se desenvolvendo com as áreas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social, SEDHS. “O nosso trabalho merece atenção do poder público pois suprimos o Estado em ações que são relevantes e reconhecida pela população de Brasília que tem presença nos grandes eventos sociais da Casa”;
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