Jornal dez2016

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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará

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DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Ano XXVII - 294 Dezembro de 2016

Fotos de Patrícia Pawler

O sucesso do 4° Natal Feliz reafirmou a forte presença social da Casa do Ceará em Brasília. Leia mais na pág. 7

Mamãe, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Papai Noel, Superintendente da Casa do Ceará Antônia Lúcia G. Aguiar na entrega de brinquedos para a criançada.

Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Diretora de Planej. E Orçamento da Casa do Ceará Maria Madalena da Silva Carneiro, Dr. Raimundo Aguiar.

Leia nesta edição Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá, pág. 3 Balanço de M. Dias Branco bate recorde, pág. 4 Banco do Nordeste expôs acervo no Dragão do Mar, pág. 4 Ceará e BB assinam acordo para novas empresas na ZPE, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 4º Natal Feliz da Casa do Ceará reuniu mais de mil pessoas, pág. 5 Anúncio do Uniceub, pág. 5 Leituras I - Ao poeta Ferreira Gullar, de Osmar Alves de Melo, pág. 6 Leituras II - a poesia de Jarbas Júnior, pág. 6 Leituras III - o trabalho de geniais jornalistas, Wilson Ibiapina, pág. 7 Energia eólica dota o Ceará de potência instalada de 3 GW, pág. 7 Leituras IV - artigos de Gonzaga Mota, Violência e Complexidade, pág. 8 Três atos de Belchior, Refugiado de si mesmo, pág. 8 Camarão cearense entre os melhores do mundo, pág. 8 Leituras V - Os 80 anos de Antonio Gaspar do Vale, JB Serra e Gurgel, pág. 9 Os 30 anos de Waldonys, com show no ar e na terra, pág. 9 Anúncio do Governo do Ceará, pág. 10 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras VI - artigo Vida de Médico, do Prof. Dr. Josué de Castro, pág. 11 Energia solar inaugurada no Ceará maior usina privada, pág.12 Leituras VII - artigo de Fernando Milfont, A Dinastia dos Bourbons, pág. 13 Centenário Açude do Cedro está praticamente seco, pág. 13 Leituras VIII - artigo de Macário Batista, Rastro de Corno, pág. 14 Estação da Luz inaugura busto de Clodomir Teófilo Girão, pág. 14 Leituras IX - artigo de Edmilson Caminha, o Romance de Safira, pág. 15 Em São Paulo o governador apresentou o Ceará para empresários japoneses, pág. 15 Adirson Vasconcelos lançou seu último livro sobre Brasília, pág. 16 Chanceler Ayrton Queiroz, da Unifor, recebeu 2 homenagens, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Momentos Marcantes na vida do comendador Albery Mariano, pág. 17 Leituras X - Pádua. Safira e Flor exposta, artigo de João Soares Neto, pág. 17 Feriados em 2017. 12 dias úteis aninam trade turístico, pág. 18 Leituras XI - artigo de Cássio Borges, o Ceará exporta água para o exterior, pág. 18 Leituras XII - Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Os cearenses na cozinha de Brasília, pág. 19 Ceia Natalina dos Idosos da Casa do Ceará, pág. 20 Natal dos funcionários da Casa do Ceará, pág. 20 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Ivete Magalhães Alves de Melo, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Subsecretário da Defensoria Pública Júnior Almeida, Defensor Público Wagner Rios, Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior.

Jogos de totó

Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo entregando a primeira cesta básica.

Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, João Jacob, Suplente do Conselho Fiscal da Casa do Ceará José Aldemir Holanda, Superintendente da Casa do Ceará Antônia Lúcia G. Aguiar, Titular do Conselho Fiscal da Casa do Ceará José Colombo de Souza Filho, Aldanilse Pereira de Lima, Comendador Dr. Albery Mariano.

Ministério Público aprova as contas da Casa do Ceará de 2015

Equipe de Voluntários da Casa do Ceará

Equipe de voluntários da Casa do Ceará, AQQB e SESC/DF

Massagem

Aferição de pressão e glicemia

Chineses deverão aplicar US$ 4 bi em refinaria no Pecém que empregará 10 mil pessoas na implantação e 8 mil na operação. Leia mais na pág. 6

Grupo dos mais vividos do Sesc


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Espaço Luciano Barreira CONFUSÃO

Edi t o r i a l

A oposição aos irmãos Ciro e Cid segue com uma virulência digna de nota. Os acertos são esquecidos mas quaisquer desacertos viram manchete, especulação de roubo, corrupção, sacanagem, bandalheira. O GLOBO que perdeu todas ultimamente entrou na brincadeira de mau gosto. Perde quando defende os corruptos, quanto ataca a Lava Jato, perdeu quando defendeu Lula, Dilma, PT, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Pezão, Piciani, Cervejaria Petrópolis, Eik Batista, Fernando Cavendish.... Há cinco pontos cujas metralhadoras apontam para CID, quando os alvos seriam outros, ignorados pelo O GLOBO e os demais críticos, 1 – Refinaria da Petrobrás O Ceará fez todo o dever de casa, com brilho Escolheu a área, colocou infra estrutura e a Petrobrás e O GLOBO não deram nem tchum. 2 – A Transposição do São Francisco. O Ceará foi duramente prejudicado. O GLOBO não deu nem tchum. Mas certamente foi beneficiado pelas empreiteiras... 3 – O Aquário de Fortaleza. O Ceará fez o dever de Casa. Escolheu área , colocou infraestrutura, mas o financiamento federal faltou quando não deveria. É um belo equipamento turístico. O GLOBO não deu nem tchum. 4 – A linha do metrô. Há mais de 15 anos que as obras do metrô de Fortaleza se arrastam. Para a construção de uma outra linha, o governo do Ceará investiu no aluguel do “tatuzão”, mas faltou o financiamento federal quando não deveria. O GLOBO anunciou que descobriu uma bandalha... 5 – O Castelão foi o 1º Estádio da Copa construído no prazo e com um custo de R$ 500 milhões, sem superfaturamento. Na medida. O GLOBO não deu nem tchum, mas abençoou as bandalheiras praticadas pelo construíram os estádios de Brasília, do Corinthians e Maracanã. Pela mesma empreiteira da Lava-jato. Dá asco, nojo, o olhar de O GLOBO para as coisas do Ceará...Poderia mirar-se no espelho e ver seu rabo... Inácio de Almeida (Baturité) Diretor

Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Avcaraú), 2º vice; Luis Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Administração e Finanças; Maria Madalena da Silva Carneiro (Garanhuns/PE) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza) , Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casadoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br

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natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem. Conclusão: Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo. Por isso, aqui vão dois alertas: 1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite, sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso! 2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação. “Líquido neles e rápido para um serviço médico”.

MENTAL DOS IDOSOS UTILIDADE PÚBLICA Confusão mental do idoso ( leia, é pequeno, importante e sério) Principal causa da confusão mental no idoso Arnaldo Lichtenstein, médico. Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta: - Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental? Alguns arriscam: *”Tumor na cabeça”. Eu digo: “Não”. Outros apostam: “Mal de Alzheimer” Respondo, novamente: “Não”. A cada negativa a turma se espanta.... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: - diabetes descontrolado; - infecção urinária; - a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa. Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. (*) Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda do Hospital das Clínicas e professor colaborador do de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). (“batedeira”), angina (dor no peito), coma e até morte.. Gostou? Insisto: não é brincadeira. Então divulgue. Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco Seus amigos merecem saber! mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo

Conversando com o Leitor

+ Passamos dos 300 mil leitores no nosso site principal www.casadoceara.org.br com 302.413 leitores. O dado é auditado, portanto confiável. Só que outro sistema de auditoria alternativa que utilizamos tende a confirmar que passamos dos 320 mil. + Em outubro, pelo Google Analytics tivemos 5.531 sessões, 4.428 usuários, 11.713 visualizações. + Fomos visitados em 11 países: Estados Unidos (Newark), Reino Unido, Itália (Roma), Portugal (Lisboa), Alemanha, Paraguai, Romênia, Espanha e Holanda. + No Brasil, fomos visitados por brasileiros de 126 cidades: Brasília, que registra 82,19% dos acessos, Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Águas Lindas, Porto Alegre, Luziânia, Campo Grande, Curitiba, Cuiabá, Santo Antônio do Descoberto, Manaus, Porto Velho, Juazeiro do Norte, Blumenau, Rio Branco, Salvador, Montes Claros, João Pessoa, Recife, Anápolis, Cajazeiras, Crato, Sobral, Uberlândia e Belém. + O nosso site www.brasilia50anosdeceara.com.br passamos dos 91.131 acessos ao site que apresenta as biografias dos 150 cearenses que contribuíram para a consolidação de Brasília. Apresenta também a história da Casa do Ceará criada em 15 de outubro de 1963.

Dias da Silva, Batista de Lima, Januário Bezerra, Maria Lúcia Silveira Rangel e Jacob Fortes, poesias de Francisco Carvalho e Francilda Costa, além de cordéis de Edesio Batista . Vicente Lemos Rubens Diniz e Benedito B. Sousa +O nosso site, www.casadoceara.org.br teve,em novembro, pelo Google Analytics, 5.192 sessões, 4.089 usuário e 10.796 visualizações. + Fomos visitados por nacionais de 18 países: Rússia (surpresa) (São Petersburgo e Moscou), Alemanha (Berlim), Áustria (Viena), Estados Unidos, Itália, Reino Unido,(Londres), Tunísia, Argentina, Suiça, Dinamarca, França. Moldávia, México, Portugal (Lisboa) e Suécia. + No Brasil, fomos visitados por brasileiros de 137 cidades: Brasília, Goiânia. Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Águas Lindas de Goiás Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Luziânia, Campo Grande Juazeiro do Norte, Curitiba, Unaí, Santo Antonio do Descoberto, João Pessoa, Anápolis, Formosa, Iguatu, Recife, Sorocaba, Crato, Cristalina, Palmas, Sobral, Cuiabá, Londrina. + Os nossos sites Brasília 50 anos de Ceará bateu os 92.823 acessos e Casa do Ceará 50 anos chegou aos 13.229.

+ Recebemos o Binóculo, de Outubro, com artigos de

+Recebemos o jornal da Associação Nacional dos Escritores, edição de outubro/novembro, com artigos de Edmilson Caminha (Na Babilônia de Brennand) Valfredo Melo e Sousa, M.Paulo Nunes, Adelto Gonçalves, Danilo Gomes, Adércio Simões Franco, Ronaldo Costa Fernandes, Napoleão Valadares, Arlete Sylvia, M.Paulo Nunes, Fátima Leite de Oliveira, Vera Lúcia de Oliveira, Manoel Hygino , Ariovaldo Ferreira de Sousa e Darcy França Denófrio.

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Ceará em Brasília

+ Estamos com dificuldades de mostrar a audiência do site sobre os 50 anos da Casa do Ceará, isto porque o servidor em que colocamos o site não nos tem correspondido, criando-nos um forte constrangimento. + O nosso Facebook continua bombando.


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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar 100 anos de Miguel Arraes Na Câmara, em Brasília, foram comemorados os 100 anos Miguel Arraes de Alencar, cearense de Araripe, mas que fez carreira política em Pernambuco, Estado que governou em três oportunidades. Lamenta-se que Araripe tenha se esquecido de seu filho mais ilustre, como base no pressuposto idiota de que ele não fez nada pela cidade. Lamenta-se que as instituições mais serias do Ceará tenham também se esquecido de seu ilustre filho. Piauí Grandes investidores estão implantando, no interior do Piauí, grandes projetos de geração de energia eólica e também solar. Um desses investidores é o cearense Mário Araripe, dono da Casa dos Ventos, a maior empresa brasileira de planejamento e execução de projetos de geração eólica. Nos próximos três anos, segundo aposta Lucas Araripe, filho de Mário e diretor de novos negócios da Casa dos Ventos, o Piauí terá, só em energia eólica, 1,3 GW de energia gerada pelos ventos. Isso é quase tudo o que Ceará consome de energia. Lá no Piauí, a italiana Enel, dona da Coelce, está implantando o maior parque de geração de energia solar, com potência de 700 mil MW. Energia eólica O setor de geração de energia eólica no Brasil tem uma meta: chegar ao ano 2020,produzindo 18 gigawatts de energia gerada pela força dos ventos. Mas, para isso, a Empresa de Planejamento Energético (EPE) do Governo Federal terá de fazer leilões de compra de 2 GW de energia eólica a cada ano. Neste ano, isso não foi feito. A nascente indústria brasileira de equipamentos de geração de energia eólica tem capacidade para produzir torres, naceles e geradores capazes de gerar o equivalente a 4 GW por ano. Acontece que, por culpa do governo, a demanda existente é de apenas 1,1 GW/ano, o que significa que a indústria de equipamentos para energia eólica opera só com 35% de sua capacidade instalada. Com Egídio Serpa. TV Casa do Ceará A TV Casa do Ceará ampliou sua carteiras de filmes e vídeos e agora já são 11, com vídeos de Chico Anysio, Fagner, Waldonys, historia da Casa do Ceará, historia do jornalista Wilson Ibiapina,fantástico filme sobre o trem que existiu no Ceará, vídeo sobre o ultimo vaqueiro aboiador do Ceará, Pedro Coelho, de Acopiara. A TV opera através do You Tube . Aos poucos se consolidará como referencia do Ceará a disposição dos cearenses em todo mundo. Em 1917, funcionaremos com uma linha de programação de noticias, entrevistas, depoimentos e reportagens sob a direção de Wilson Ibiapina.

Ceará em Brasília

As Frias do Sérgio Sérgio Pontes, o cronista esportivo mais bem sucedido do Ceará, acaba de realizar a 45ª edição do evento seu Noites das Personalidades, homenageando um atleta bissexto e uma as maiores personalidades do Ceará, que é Raimundo Fagner. Sérgio é um determinado, amigo dos amigos, um vencedor e que passa longe das sujismundas figuras do esporte do Ceará e do Brasil. Juiz do TRE O advogado Cássio Felipe Goes Pacheco foi nomeado para o cargo de juiz titular da Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, na categoria Jurista. Ele tomará posse no lugar de Manoel Castelo Branco Camurça, que concluiu seu mandato como juiz da Corte do TRE em 6 de julho deste ano. Restam ainda duas nomeações a serem feitas pela Presidência da República para os cargos de juiz titular e de juiz substituto, na categoria Jurista, da Corte do TRE do Ceará. Na vaga de juiz suplente, o atual juiz Reginaldo Castelo Branco Andrade, que cumpriu mandato do 1º biênio até 17.12.2016, compõe lista tríplice, concorrendo à recondução do cargo. A outra lista é para a vaga de juiz titular no lugar de Cid Marconi, que deixou a Corte do TRE em 05.05.2015. Livraria Escritores do Ceará (Plano de Trabalho – 2017) Sumário Projeto 1- Sábado Cultural Projeto 2- Feiras e Exposições Projeto 3- Saraus Projeto 4- Lançamentos de livros Projeto 5- Loja Virtual Projeto 6- Literatura Cearense-Divulgação no Interior do Ceará e em outros Estados. Gonzaga Mota, Diretor Universidade da Ibiapaba A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados aprovou, relatório que autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal da Ibiapaba, no Ceará. O relatório, elaborado pelo deputado federal André Figueiredo (PDT), apresenta o projeto de Lei apresentado pelo deputado Moses Rodrigues (PMDB). Não foi definido o local que será sede da UFI. Ubajara, Ibiapina e Ipu querem sediar. A nova universidade beneficiará diretamente nove municípios cearenses - Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá, Ubajara, Viçosa do Ceará e Ipu - integrantes da microrregião de Ibiapaba, onde residem cerca de 350 mil pessoas. Além disso, o impacto social alcançará ainda quarenta e sete cidades que compõem a menor região do Noroeste cearense, cuja população é superior a 1,2 milhão de habitantes.

O pacote de medidas do Ceará Redução de 10% das despesas de custeio do Estado (água, energia, etc), a diminuição em 10% dos salários dos secretários e todos os dirigentes de órgãos do Estado, a doação de 10% dos salários do governador e da vice-governadora e a manutenção do corte de 25% dos valores dos cargos comissionados (com exceção de saúde, segurança e educação). Ceará detona REFIS O Programa de Recuperação Fiscal (Refis), do Ceará, foi suspenso para reforçar o novo planejamento do Estado . Não haverá anistia ou reemissão de tributos devidos ao Estado nos próximos 10 anos. “Isso premiará aqueles que pagam suas contas em dia. A medida terá efeito educacional no Estado”, destacou o titular da Secretaria da Fazenda, Mauro Benevides. Fechamento da Feira Livro de Fortaleza Em 21.11, Mileide Flores, ex-diretora da ANL e militante da causa livreira, anunciou o fechamento da sua livraria, a Feira do Livro, em Fortaleza. No texto em que fez o anúncio, no blog da livraria, Mileide relembra a história da casa e se despede de “parceiros distribuidores e editores, que sempre nos viram como uma pequena livraria de grandes livreiros”. “Estamos saindo de cena, mas nossa história não é um papel em branco. Não sairemos da memória de quem nos acompanhou por todos estes 60 anos, nem da memória do comércio do livro do Ceará, muito menos dos que amam o livro como objeto e como mídia”, disse. Clique no Leia Mais e veja a repercussão do fechamento da livraria. Álvaro Lins Cavalcante Filho O Distrito Federal perdeu um importante militante de esquerda e opositor do regime militar. Álvaro Lins, 67 anos, morreu, de complicações decorrentes de um transplante de fígado. Ele estava internado no Hospital Brasília. O ativista deixou uma irmã, a mulher, cinco filhos e sete netos. Álvaro foi um dos precursores do movimento estudantil na capital, atuou em organizações políticas contrárias à ditadura como a Ação Popular e a Ala Vermelha, do Partido Comunista do Brasil, onde agiu na clandestinidade e foi obrigado a mudar de nome pelo menos três vezes. Álvaro tinha o mesmo nome do pai, o deputado federal pelo Ceará Álvaro Lins, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Na clandestinidade, também se chamou Timóteo, e depois Paulo Oliveira e, ainda, Paulo Oliveira Tavares. Foi preso pela primeira vez em uma passeata na 506 Sul, em 1968. Amigo do militante, o jornalista Hélio Doyle presenciou o momento. Com Wilson Ibiapina.

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Balanço: M. Dias Branco bate recordes

Banco do Nordeste expôs acervo no Dragão do Mar

Ceará e BB assinam acordo para novas empresas na ZPE

Pela primeira vez reunido sob a presidência de D. Consuelo Dias Branco, o Conselho de Administração do Grupo M. Dias Branco aprovou ontem em São Paulo o balanço financeiro da empresa referente ao terceiro trimestre deste ano. Foram quebrados todos os recordes. O lucro líquido de R$ 270 milhões de reais foi o maior já obtido por M. Dias Branco em um único trimestre. Ele foi 63% maior do que o do terceiro trimestre do ano passado e 35% maior do que o do segundo trimestre deste ano de 2016. O volume de vendas também foi recorde: alcançou 472 mil toneladas de farinha de trigo, massas e biscoitos. A Receita Líquida de M. Dias Branco no trimestre compreendido pelos meses de junho, julho e agosto também foi recorde, alcançando a soma de R$ 1,45 bilhão, o que significa 14% a mais do que a receita do mesmo trimestre do ano passado e 9% a mais do que no segundo trimestre deste ano. O market share (participação no mercado) de M. Dias Branco alcançou, segundo a AC Nielsen, 28,5% no mercado brasileiro de biscoitos e 28,7% no de massas, consolidando a posição do grupo como líder nacional. Na foto acima, uma vista do complexo industrial de M. Dias Branco em Aratu, na Grande Salvador, no Estado da Bahia. O grupo tem sede em Eusébio, na Grande Fortaleza Com Egídio Serpa

O conceito de lugar e sua relação com as identidades nordestinas são a tônica da exposição “Distantes Mundos, Próximos lugares”, que reuniu 22 obras pertencentes aos acervos artísticos do Banco do Nordeste e do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC). A mostra apresentou vários objetos de arte, desenhos e pinturas que representam lugares nordestinos, inaugurada em 6 de outubro, permanecendo em cartaz até 7 de janeiro. A exposição inicia com o painel do artista Carybé, que marca a apresentação de um nordeste folclórico e seu surgimento no mapa geográfico oficial do país nos anos 1950. Os outros artistas são: Antônio Bandeira, Brígida Baltar, Burle Marx, Carlos Mélo, Carybé, Chabloz, Chico da Silva, Daniel Murgel, Efrain Almeida, Gilberto Cardoso, José Rufino, José Tarcísio, Heloísa Juaçaba, Leonilson, Luiz Hermano, Nelson Leirner, Renato Bezerra de Mello, Rodrigo Mogiz, Rosana Ricalde, Siegbert Franklin, Vitor César e Waléria Américo. “O acervo artístico do Banco tem larga importância porque demonstra a preocupação da Instituição em formar um acervo de caráter público, ação que é associada também a políticas de formação de público”, afirma o presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda. Para Holanda, “é fundamental que a diversidade das obras do Banco ocupe os mais distintos espaços expositivos na Região e fora do Nordeste”. Entre abril e julho passado, o Banco realizou a exposição “Sonhos e enigmas”, com obras de Siegbert Franklin, no Espaço Cultural Correios, em Fortaleza (CE), e cedeu obras de Raimundo Cela para exposição “Raimundo Cela: um mestre brasileiro”, realizada de junho a setembro deste ano, no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, e agora em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

O Governador do Estado do Ceará, Camilo Santana assinou em 7.11, no Palácio da Abolição, com o Banco do Brasil, em conjunto com a Secretaria de Assuntos Internacionais, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), um Termo de Cooperação Técnica para garantir o financiamento de empresas que pretendem se instalar dentro da ZPE Ceará. A iniciativa é fruto do esforço da Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo do Estado no sentido de facilitar a engenharia financeira para as empresas interessadas em investir na ZPE Ceará. Com a assinatura do acordo, o Banco do Brasil passa a operar como agente financeiro para instalação de empresas na ZPE Ceará, bem como financiador da construção da infraestrutura necessária para permitir a expansão da ZPE Ceará. O Acordo contemplará todas as empresas que atenderem aos requisitos, independente do setor de atuação. Conforme o Secretário de Assuntos Internacionais Antonio Balhmann, o Banco do Brasil ao trabalhar em conjunto com o Governo do Estado do Ceará vai garantir o apoio essencial para o crescimento da ZPE Ceará e para a atração de investimentos. Ele ressalta que o Banco do Brasil passará a fazer parte do portfólio de promoção da ZPE dentro e fora do Brasil. “O Governador Camilo Santana, ao assinar o acordo com o Banco do Brasil, assegura da parte do Governo todo o suporte no que diz respeito à infraestrutura para as indústrias se instalarem no Ceará e os investimentos no Complexo para que essas empresas tenham sempre uma boa logística. Isso acaba tornando a ZPE cada vez mais amigável para atrair os empreendedores. É um momento muito importante para a ZPE do Ceará”, conclui.

Há 44 anos

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Vicente Nunes de Magalhães – Diretor de Educação e Cultura da Casa do Ceará, Madalena Carneiro – Diretora de Planejamento da Casa do Ceará, José Sampaio de Lacerda Júnior - Diretor de Promoção Social da Casa do Ceará e sua esposa Andreia, Aldemir Holanda – Conselheiro da Casa do Ceará, Elson Cascão - Conselheiro da Casa do Ceará, Albery Mariano - Conselheiro da Casa do Ceará, Antonio Florêncio - Conselheiro da Casa do Ceará, José Jézer – Conselheiro da Casa do Ceará, Antonio Carlos Aguiar – presidente de Honra da AQQB, Antonio da AQQB, Edmar da AQQB. Geraldo Vasconcelos, Wanderley Girão, Manoel Macedo Presidente da AFA, Roberto Aguiar, José de Melo, Ladir Aguiar /AQQB, José de Aguiar /AQQB, José Ferreira/AQQB, Josivaldo/ AQQB, Agapito Vasconcelos/AQQB, Guilherme Braga/AQQB, Daneil Reis/AQQB, Paulo Felix/AQQB, Antonio Assunção, Lincoln Ruy Barbosa / AQQB, Maria Djanira , Maria Dolores, Higino França, José Amaro Neto, Lilia Alcântara, Mano Barreto da AQQB, Edilson / AQQB. O 4º Natal Feliz teve a coordenação do Diretor de Promoção Social da Casa do Ceará, José Sampaio de Lacerda Júnior, da Superintendente da Casa do Ceará, Antônia Guimarães e da Assistente Social Ivete Simonette e contou com a prestação de serviço voluntária dos funcionários da instituição, dos médicos e dentistas e professores parceiros da Casa do Ceará dos associados da AQQB e da AFA. Apoio: EMATEC, BSB Alimentos, KSA Materiais de Construção, Vital Laboratório de Análises Clínicas, Brasília Super Rádio FM, FINOCORTE - linha nobre em carnes; Lojas SÓ REPAROS, Super Loja da Construção, Nova Amazonas Alimentos, Mercado Volte Sempre e Supermercado Veneza.

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Fotos de Patrícia Pawler

4º Natal Feliz na Casa do Ceará reuniu mais de mil pessoas

Em 26.11 a Casa do Ceará, juntamente com o SESC/ Educação em Saúde Palestra sobre saúde bucal com ofiDF, Associação dos Que Querem Bem a Sobral e ao DF e cina de escovódromo; Palestra sobre prevenção da dengue, a Associação dos Filhos e Amigos de Aurora, realizaram o zika e Chicugunha; Palestra sobre piolho; Caxumba. 4º Natal Feliz na Casa do Ceará com distribuição de 500 A Casa do Ceará contou também com o apoio e particestas básicas para famílias carentes do Distrito Federal e cipação da equipe de profissionais da FRAO – Fundação Entorno e mais de 500 brinquedos para a criançada que Regional de Assistência Oftalmológica com atendimento compareceu ao evento. Além da distribuição de cestas básicas oftalmológico gratuito. e brinquedos, a entidade prestou serviços gratuitos nas áreas Osmar Alves de Melo, Presidente da Casa do Ceará, desde saúde com tratamento odontológico, onde foram ofere- tacou a importância desse evento para a comunidade carente, cidos extrações, restaurações e limpeza dentária, consultas que ocorre todos os ano no final do mês de novembro, com médicas nas especialidades de clínico geral, neurologia e o objetivo de proporcionar um Natal melhor a essas famílias oftalmologia, ginecologia e acupuntura. Além de prestação de serviços nas áreas de assessoria jurídica, massagem e limpeza de pele, design de sobrancelhas, corte de cabelo, manicure e pedicure e aferição de pressão. Houve ainda distribuição de lanche e algodão doce e pipoca. O SESC participou com as seguintes atividades: Nutrição: Palestra de Controle de Gordura nos alimentos; Jogo Educativo Assistente Social da Casa do Ceará Ivete Simonette, Ivete Magalhães Alves de Melo, Presidente da Casa do Ceará Osmar (jogo do tato), Distribuição de picolé. Alves de Melo, Superintendente da Casa do Ceará Antônia Assistência Oficina de trabalhos manu- Lúcia Aguiar, Chefe da Divisão de Orientação Social do SESC/ Público presente DF Lúcia Garcia, Sue Hellen Freitas Mendes. ais com GMV do SESC 913 Sul. Palestras lúdicas sobre o Estatuto da Criança e Adolescente – ECA. que recorrem a Casa do Ceará. Execução: Estagiárias Serviço Social da COAST. O evento contou com doação de cestas básicas de OsRecreação Desenho livre e Gibiteca; Brinquedos infláveis mar Alves de Melo – Presidente da Casa do Ceará, Estenio - piscina de bolinha grande / pula pula gigante e escalada Campelo – 1º Vice Presidente da Casa do Ceará, Adirson gigante; Pintura de rosto - quatro pessoas; Salão kids; Mi- Vasconcelos – 2° Vice Presidente da Casa do Ceará, Luiz nigolfe; pingue-pongue - duas mesas. totó - duas unidades; Gonzaga de Assis – Diretor Financeiro da Casa do Ceará, Xadrez/Dama Gigante - um de cada; Slack line. Carlos Euler Currlin – Diretor de Obras da Casa do Ceará, Apresentações Artísticas Apresentação de Mágica e Francisco Machado – Diretor de Saúde da Casa do Ceará, Contador de história. João Rodrigues Neto - Diretor Jurídico da Casa do Ceará,

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Leituras I

Ao Poeta Ferreira Gullar

Osmar Alves de Melo (*) Lá se foi o poeta Para nunca mais voltar E não se sabe porquê Não se vão os corruptos.

Ficam e desafiam o povo Contorcem os fatos, Distorcem os projetos, Legislam em causa própria. E a nação é desafiada, Contrariada e ferida. Até quando tantos abusos Até quando se tolerará? Saiam de cena os corruptos, De cinco séculos de bandalha, As elites políticas hereditárias, E o País renascerá. O povo terá casa, comida, Educação, saúde, trabalho, Viverá com dignidade Feliz, como merece. (*) Osmar Alves de Melo, procurador da Fazenda Nacional, advogado, presidente da Casa do Ceará em Brasília, Em 05/12/2016

Leituras II

Imagens do Ceará

Jarbas Júnior (*)

O que cabe na cabeça de um cearense um bosque de mandacaru ou pense melhor, todos os cactos do Saara! Do Piauí a Jericoacoara. Padre Cícero faça um milagre. Transforme vinagre em água! Estes chifres que são a mágoa minha em coroa de louros. Meus versos, em tesouros da literatura. Que eu cante cá como já cantou Dante!

Aferição Moral Mergulho de ponta no lodo do orgulho para colher o lótus da humildade; todo sacrifício no altar da vida, fica exemplo na pira sacra como círio luz do templo! Vaidade é apenas acúmulo de entulho. A caixa dos males do mundo embrulho. Só a alma escapa do túmulo; e alcança a leveza da nuvem, quando na balança de Osíris não pesa, translúcida espuma! Em suma, a esperança de fé se perfuma. Vale seguir o caminho, estreito calvário! que seguir a esmo em sentido contrário. (*) Jarbas Júnior (Fortaleza), Poeta e Escritor

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Nova Refinaria Chineses deverão aplicar US$ 4 bi em refinaria no Pecém que empregará 10 mil pessoas na implantação e 8 mil na operação Documento, que foi assinado com a empresa chinesa Guangdong Zhenrong Energy, é um passo importante para a concretização da refinaria O governador Camilo Santana assinou em 14.11, em Guangzhou, na China, um Memorando de Entendimento (MOU - Memorandum of Understanding) com a multinacional de petróleo Guangdong Zhenrong Energy para realização de estudo sobre o projeto da refinaria do Ceará. O empreendimento no Estado está incluído dentro de um acordo Brasil-China, assinado no ano passado, e deverá ser financiado por bancos chineses. “Esse é um passo importante para viabilizarmos a refinaria em nosso estado. O empreendimento, que estará dentro da nossa Zona de Processamento de Exportação, deverá gerar pelo menos 10 mil empregos na fase de construção e 8 mil postos permanentes entre diretos e indiretos”, citou o governador Camilo Santana, que está na China acompanhado dos secretários Antônio Balhmann (Assuntos Internacionais) e André Facó (Infraestrutura). A assinatura do Memorando de Entendimento contou, ainda, com a participação da empresa petroquímica Qingdao Xinyutian Petroquímical, fechando a cadeia produtiva de combustíveis e produtos químicos derivados do petróleo. Se concretizada, a previsão é de que a unidade de refino produza até 300.000 barris/dia, com investimento de 4 bilhões de dólares. Perspectivas Segundo o governador Camilo Santana, o Ceará tem atrativos importantes para captar investidores chineses, como a localização geográfica e a ZPE. “A China hoje tem muito interesse em investir no País, em especial no Ceará. Os chineses estão impressionados com o nosso estado, pela estrutura que disponibilizamos, a localização e, principalmente, por conta da Zona de Processamento de Exportação. Isso abre muitas perspectivas de novos negócios para o estado”, citou Camilo. Assinatura do memorando entre o governador Camilo Santana e representantes da empresa chinesa aconteceu, onde também estiveram os secretários André Facó (Infraestrutura) e Antônio Balhmann (Assuntos Internacionais). O memorando de entendimento para a realização de estudos para a instalação de uma refinaria dentro da área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, acordado ontem entre o governador Camilo Santana e representantes da empresa chinesa Guangdong Zhenrong Energy, deve render ao Estado, caso os indicadores se mostrem propícios, um investimento de US$ 4 bilhões e a geração de aproximadamente 10 mil empregos durante a construção do empreendimento e mais oito mil postos, entre diretos e indiretos, durante a operação plena, segundo estimou o governo cearense. A planta de refino visada pelo governador deve produzir, diariamente, um número de 300 mil barris de petróleo e, de olho nisso, a também chinesa Qingdao Xinyutian Petroquímical participou da cerimônia que selou o memorando, realizada ontem na província de Guangzhou. “Esse é um passo importante para viabilizarmos a refinaria em nosso Estado. O empreendimento, que estará dentro

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da nossa Zona de Processamento de Exportação, deverá gerar pelo menos 10 mil empregos na fase de construção e 8 mil postos permanentes entre diretos e indiretos”, reforçou o governador Camilo Santana, que foi a China acompanhado dos secretários Antônio Balhmann (Assuntos Internacionais) e André Facó (Infraestrutura). Os recursos para financiar o projeto, ainda de acordo com as informações do governo cearense, devem ter origem em bancos chineses. O comunicado do governo ainda informa que memorando assinado ontem deve-se ao acordo fechado pelo governo brasileiro e o chinês no início deste ano - ainda quando a ex-presidente Dilma Rousseff comandava o Executivo. Empreitada A busca por uma refinaria para o Ceará data mais de uma década e busca ainda sanar uma demanda interna antiga por uma planta de refino que atenda, a partir de uma localização estratégica, os mercados do Norte e do Nordeste do País. No entanto, na história mais recente, o Estado amargou perdas. Já no ano passado, a estatal petroleira anunciou o plano de desinvestimento e, após anos de atraso no cronograma de instalação da refinaria Premium II, na área prevista para o primeiro projeto, decretou que não tinha mais interesse em dar andamento ao projeto de instalação de uma planta de refino no Ceará. A partir daí, o governo cearense empregou uma nova empreitada para captar um novo parceiro comercial que viabilizasse economicamente a instalação de uma indústria do tipo no Estado. Entre idas e vindas, a parceria entre os governos brasileiro e chinês aproximou players asiáticos de atuação internacional do setor de petróleo e gás do Executivo cearense e parece caminhar para a finalização do negócio. “A China, hoje, tem muito interesse em investir no País, em especial no Ceará. Os chineses estão impressionados com o nosso Estado, pela estrutura que disponibilizamos, a localização e, principalmente, por conta da Zona de Processamento de Exportação. Isso abre muitas perspectivas de novos negócios para o Estado”, ressalta o governador em nota, ao comemorar a assinatura do termo na China. Prudência Perguntado sobre a multinacional de petróleo Guangdong Zhenrong Energy - com a qual o governo cearense assinou o memorando de entendimento -, o consultor do mercado de petróleo e gás Bruno Iughetti disse ser a empresa “uma ilustre desconhecida do mercado internacional” e aconselhou prudência ao governo cearense na captação deste empreendimento. “É importante que o governo cearense tenha o portfólio dela, com informações detalhadas sobre onde atuou, com que tipo de negócio, entre outros”, detalhou o especialista. Iughetti ainda alertou para outros fatores que devem interferir diretamente na dinâmica da planta de refino no Ceará, como os insumos. De acordo com ele, “uma empresa que planeja produzir 300 mil barris de petróleo por dia ou vai importar insumo - o que seria ruim para a nossa balança comercial - ou possui tecnologia capaz de explorar o pré-sal, o que é bastante difícil”.

Ceará em Brasília


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Leituras III Wilson Ibiapina (*) Manchete de jornal, chamada de primeira página, não tem nada mais difícil. Tem toda uma métrica, obedece o número de colunas, de batidas. Era assim antes do computador. Mas mesmo com o advento da informática, continua trabalho de bamba. Geralmente é a última tarefa para se fechar uma edição. A oficina toda esperando o primeiro caderno. A pressão não é pequena. O mancheteiro tem que ter poder de síntese, ser criativo e rápido. Alguns jornalistas se especializaram em fazer manchetes, tarefa que é cumprida, na maioria dos jornais pelo chefe de redação. É sempre ele com a ajuda dos editores que titulam a primeira. Lembro que no Ceará, o Felizardo Mont’Alverne, chefe de redação do Correio do Ceará, principal vespertino dos Diários Associados no Estado, tinha prazer em fazer as manchetes.. São dele: “ Delfim tranquiliza Plácido com o Fundo”, O governador Plácido Castelo reclamava da falta de dinheiro e o Ministro da Fazenda diz que vai liberar verbas do Fundo de Participação dos Estados. “Mulher nua, morta a pau” ; “Todo fumante morre de câncer, se outra doença não matar primeiro”. O Rangel Cavalcante lembra outras: “Saram as Cicatrizes da Guerra”; “Fechado o PCB (Partido Comunista Brasileiro) da Grécia. O Bichão, como era conhecido, ficou famoso pelas manchetes que serviam para abastecer a coluna do Stanislaw Ponte Preta, na Última Hora do Rio. E por falar em Última Hora, conta a lenda que Samuel Wainer, seu dono, estava uma noite numa boate com um grupo de mulheres e resolveu cantar marra, se exibir, fazer farol.. Pediu e o garçom trouxe o telefone. Quase cinco metro de fio se estendendo pelo salão, pois era antes do sem-fio e do celular. Ligou pra redação e perguntou qual a manchete do dia seguinte . O Secretário de redação: “Pegou fogo o Maracanã .” E ele, quase gritando, mais para ser notado pelas moças do que para ser ouvido pelo secretário: “Não, essa não. Coloca aí: Pegou fogo o Maracanã”. Dizem que o grande mancheteiro da imprensa brasileira foi Carlos Eiras. Fez escola no antigo Diário da Noite. Seus seguidores se espalharam pelo país. O ator e diretor de teatro Aderbal Freire lembrou de duas manchetes do tempo em que era rapazinho em Fortaleza e que nunca esqueceu. As duas, pensa ele, do Estado. ‘Seriam do Odalves Lima, primo do Fernando César Mesquita, inspirado pelas cervejas (penduradas) nas madrugadas do bar do teatro José de Alencar, ao lado da redação, eu de dono, caixa, garçom e consumidor solidário” O bar chama-se “Bach Chopin” e as manchetes

O trabalho de geniais jornalistas são: “Uma, quando morreu aquele papa que só durou um mês: “O papa morreu de novo”. Outra, na página policial, legendando uma foto de Santa Bárbara, quando a igreja cassou a santa: “Passava por santa”. Rangel Cavalcante escreveu reportagem denunciando que as camionetas peruas, contrabandeadas para o Ceará, estavam escondidas no sitio de Edmilson Pinheiro. Alencar Monteiro fez a manchete para “O Jornal”, do Bonaparte P. Maia: “As Peruas Fizeram Ninho À Sombra dos Pinheiros”. O juiz e escritor Durval Ayres Filho conta que o jornalista Dedé de Castro, depois de beber cerveja adulterada (restos dos líquidos que ficavam nas garrafas eram recolhidos e serviam para engordar outros frascos, antes de sua reinsersão na geladeira ) e sabendo que a polícia sanitária iria interditar o estabelecimento, dada a horrível situação de higiene na cozinha, local preferido de ratos e baratas, soltou essa: Restaurante o Gerboux um prato para fiscais. O bar do Gerboux ficava ao lado da antiga TV Ceará e era frequentado por jornalistas e radialistas. Nos anos 50, no auge da guerra fria, o jornalista Durval Ayres era secretário do Jornal O DEMOCRATA, de orientação marxista e o diretor era o saudoso Aníbal Bonavides. Durval Filho recorda que o pai dele, sem qualquer notícia ou fato importante para ser destacado naquele dia, soube que em Missão Velha, um velho e conhecido comunista, porém, um provocador contumaz, desordeiro de marca maior, dado a intimidade com duas coisas bem inflamáveis: o livro de Marx que ele usava como um bíblia ( inclusive com direito a pregação) e a cachaça do Cariri, havia sido preso pelo delegado local. Não deu outra: Zé Cadete preso por ordem de TRUMANN”. Mancheteiro famoso foi o Santa Cruz. O jornalista Pedro Rogério, que trabalhou anos na imprensa carioca, diz que Santa Cruz revolucionou o Dia, do Rio, com manchetes policiais: “Cortou o mal pela raiz”, a história da mulher que castrou o marido que lhe traía. “Matou a família e foi ao Cinema”, depois virou até filme. O padre prefeito aumentou o preço da carne e ganhou manchete: ‘Padre não resistiu à tentação da carne”. Comeu cachorro quente e teve dor de barriga : “Cachorro faz mal a moça”. Uma matéria no Notícias Populares contava que na final do 3º Festival da Record, em 1967, o público vaiou o cantor-compositor Sérgio Ricardo durante toda a interpretação de “Beto Bom de Bola”. O cantor gritou descontrolado “Vocês ganharam!”, depois quebrou o violão e o atirou na platéia, a manchete foi: ‘Violada no Auditório”. Outro mancheteiro que marcou seu nome foi Adriano Barbosa.

Segundo ainda o Pedro Rogério, ele era responsável pelas manchetes policiais de Ultima Hora e de O Globo. O cantor Roberto Carlos, no ano de 1968, tinha o programa Jovem Guarda na TV Record – Um dia, o diretor da Tv Paulo Machado de Carvalho disse a um repórter do jornal Notícias Populares que não sabia onde estava o Rei . Na redação Mellé fez a manchete: “Roberto Carlos deixa a Record”. Diante dos protestos de fãs e da direção da emissora, Mellé soltou outra manchete no dia seguinte: “Roberto Carlos aparece na Record.” O jornal vendeu mais de 20 mil exemplares.Hoje o apelo para venda é outro. No lugar da manchete os jornais oferecem carros, viagens, DVDs. As chamadas de primeira página espirituosas que ajudavam a vender jornal sumiram e com elas os jornalistas que faziam manchetes assim: “Nasceu o diabo em São Paulo” “A morte não usa calcinha”, “Zé do Caixão vai caçar bebê-diabo no Nordeste”, “Mulher mais bonita do Brasil é homem”.“Na modernidade, os jornais são muito chatos”. A reflexão é do escritor Durval Ayres Filho. Ele acha que hoje os jornais parecem saídos de uma máquina de lavar roupas. A notícia vem limpinha, sem cheiro, alva e parecendo confortável, como na propaganda do sabão em pó na TV. Até o final dos anos 70 e começo dos 80 havia manchetes hilárias, do tipo: “Dormiu Bancário e Acordou Baiana”, sobre a festa anual do movimento gay que se iniciava timidamente, ou, com humor negro, “Adubava Bananeiras com Cadáveres” sobre uma sucessão de homicídios que um coronel deputado promoveu em seu sítio no Ceará, na Pajuçara. Os jornais policiais são os que mais exploram as manchetes, mas eles perderam a criatividade, estão mais apelativos: “Padreco sofreu com picadura de zangão”. Ví os jornais policiais do final do século passado, verdadeira coleção guardada a sete chaves pelo jornalista João Bosco Serra Gurgel. As manchetes de jornais como Povo, a Notícia não tem mais o charme da Luta Democrática, do Dia, do Diário da Noite, de antigamente. Hoje, chega a ser imoral: “Magricela deu pro gordão e morreu esmagada na cama”. Apelam até na manchete esportiva: “Mengão promete enrabar o Fogão sem usar vaselina”. Das muitas que lí, nos jornais guardados por J.B Serra, só escapou uma. Você sabe que o normal dos suicidas da ponte Rio-Niteroi é se jogarem lá de cima. Mas o delegado Almir Pereira preferiu dar um tiro na cabeça. A notícia do dia 29 de outubro de 1991 manchetou: “Atirou em vez de se atirar”. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista, diretor do Sistema Verde Mares em Brasília.

Energia eólica

Empreendimentos já contratados somados aos em operação dotam o Ceará de uma potência instalada de quase 3GW

Uma das vantagens da geração pelos ventos é que, diferente das térmicas, não dependem de volume de água para produzir energia elétrica Responsável por 42% da potência instalada no Ceará, os 56 empreendimentos eólicos têm capacidade para produzir 1,5 GW. Hoje, estão em construção outros 17 parques no Estado, com potência de 391 MW, além de 33 parques com construção não iniciada com potência de 722,4 MW, segundo dados da Aneel. Quando os empreendimentos contratados estiverem em operação, o setor passará a ser a principal matriz energética do Estado, ultrapassando a térmica. E, em períodos de estiagem como o atual, o papel das eólicas será cada vez mais importante. “Precisamos enfatizar as fontes que não utilizam água, utilizando recursos abundantes de cada região. E não há dúvida de que o Nordeste é uma potência eólica”, diz Jean-Paul Prates, diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne). Para ele, é preciso acabar com o “mito” de que a geração eólica é intermitente. “Uma só usina pode até ser, mas um conjunto de usinas, dentro de um sistema, tem uma produção regular. O Nordeste bate recordes de produção eólica, então não podemos mais dizer que se trata de uma energia alternativa. É consolidada”, diz Prates, que já foi secretário de Estado de Energia do Rio Grande do Norte. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, destaca que as eólicas já atendem 30% do Nordeste, “o que é algo considerável uma vez que até pouco tempo nós nem tínhamos eólicas no Brasil”. No entanto, ela diz que as eólicas ainda não são suficientes para atender a demanda regional e que em perí-

Ceará em Brasília

odos hidrológicos ruins, como o atual, o sistema interligado não pode prescindir das térmicas para ficar em equilíbrio. “É preocupante a crise hídrica, não só no Ceará, mas no Nordeste como um todo. A situação é séria e deve perdurar. Com isso, o custo para as térmicas fica de fato mais alto e desequilibra a geração, porque precisam ser remuneradas de forma adequada”, afirma Elbia. Expectativa

Para 2017, com a expectativa de recuperação da atividade econômica, ela diz que o setor espera a realização de bons leilões para o setor. “Esperamos a retomada dos leilões tanto de geração como de transmissão, que não ocorreram neste ano”, ela diz. “Para o ano que vem, com a perspectiva de melhora econômica, a gente trabalha com a expectativa de 2GW nos leilões”. Com relação às linhas de transmissão no Ceará, que vinham sendo um dos gargalos para o setor, Gannoum diz que o Estado apresenta uma vantagem competitiva em

relação ao Rio Grande do Norte. “O problema hoje é bem menor. O Ceará tem disponibilidade de linhas de transmissão para participar já do próximo leilão, em dezembro deste ano”, afirma. No mundo Até 2030, as fontes de energia eólica podem chegar a 20% de toda matriz energética mundial, segundo estimou o Global Wind Energy Council (GWEC) em seu relatório bienal sobre o futuro da energia eólica no mundo: “Global Wind Energy Outlook 2016”, divulgado pela Abeeólica. No cenário mais otimista traçado pelo estudo, a energia eólica pode chegar a uma potência instalada de 2.110 GW até 2030. O relatório analisa quatro diferentes cenários explorando o futuro da indústria até 2020, 2030 e 2050. Na estimativa para 2030 é estimado que o setor eólico irá criar 2,4 milhões de novos empregos, reduzindo emissões de CO2 em mais de 3,3 bilhões de toneladas por ano, além de atrair investimentos anuais da ordem de 200 bilhões de euros. Considerando a queda de preço nos anos recentes para energia eólica, solar e outras renováveis essas matrizes ficarão ainda mais competitivas. De acordo com o secretário-geral GWEC, Steve Sawyer, a energia eólica já é a opção mais competitiva para adicionar nova capacidade à matriz elétrica em muitos mercados em crescimento, como os da África, Ásia e América Latina. Ele destacou que com a entrada em vigor do Acordo de Paris, será possível acabar com plantas de energia de combustíveis fósseis e substitui-las por eólica, solar, hídrica, geotérmica e biomassa.

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Violência Gonzaga Mota (*) A violência, em todas as suas formas( física, ética, cultural, política, etc) tem se constituído no principal problema da humanidade. “Ahimsa” é um termo sânscrito, língua clássica da Índia, onde se busca a verdade (“Satyagraha”) mediante a não violência. O principal ensinamento de Mahatma Gandhi foi o ativismo pacífico; não confundir com passividade. A filosofia gandhiana, além de rejeitar a violência, evidencia respeito total à vida. Ele lutou para combater o mal com o bem, chegando a amar aqueles que o odiavam. Por sua vez, lamentavelmente, muitas vezes, as sociedades organizadas não abrem mão dos seus pseudo-direitos, motivando o egoísmo e, em consequência, gerando a violência. Alguns estudiosos admitem que o contrário do direito é a justiça. Cícero; político, jurista e filósofo, salientou: Summum jus - summa injuria (o supremo direito é a suprema injustiça). Aquele que reclama todos os seus direitos pessoais pode ser considerado um egoísta, um violento; porém aquele que busca a justiça sempre atua em nome do amor, da solidariedade, da não ambição e, consequentemente, de Deus. Procuremos ter o Sermão da Montanha como ponto fundamental da harmonia espiritual, pois dá ênfase ao primeiro mandamento (o amor de Deus), mediante a fé, e ao segundo (o amor ao próximo), através da ética. Conforme Gandhi, “Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”. Por fim, sendo o direito, às vezes, de natureza violenta e a justiça de caráter não violento, somos levados a imaginar e debater um novo modelo político para os Estados: ao invés do Estado Democrático de Direito; o Estado Democrático de Justiça

Complexidade

Em qualquer atividade, seja pública ou privada, o bom senso, a sinceridade e a determinação permitem que as dificuldades e os obstáculos sejam superados. Dentro deste prisma de raciocínio, vivenciamos, há algum tempo, no Brasil momentos complicados envolvendo crises, conflitos e desajustes em vários segmentos, inclusive nos Poderes Constituídos, com consequências danosas, é claro, para a população em geral. Fazendo-se uma analogia com a medicina, podemos dizer que o País se encontra na UTI, precisando de cuidados especiais para levá-lo ao quarto, e depois receber alta. Tudo compatível com uma “posologia” adequada. O desafio não é fácil. Abrange aspectos políticos, econômicos, sociais, éticos e morais. Reconhecemos ser fundamental, de um lado, a redução do desemprego, da inflação, da taxa de juros, dos desníveis de renda, e de outro, melhores níveis de saúde, de educação(cognitiva e comportamental), de segurança, dentre vários pontos. Esse esforço, bem que poderia gerar um “pacto de desambição nacional”, priorizando a justiça, no sentido amplo, e combatendo a ganância, a falta de espírito público e a corrupção. Por sua vez, os formuladores das politicas, além da reação de determinados grupos cartoriais e corporativos, terão que lidar com variáveis exógenas, efeitos colaterais negativos e, muitas vezes, erros de avaliação. Ademais, é importante que as ações sejam eficientes, isto é, evidenciem uma menor relação custo/benefício. Torna-se dispensável, por fim, ressaltar que esse processo de recuperação nacional deva ocorrer de forma democrática e republicana, observando-se a Constituição. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza). Professor aposentado da UFC, ex-governador, ex-deputado federal

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Belchior, o sumido

Três Atos de Belchior (Refugiado de si mesmo)

Caixa reúne o clássico “Alucinação” (1976) e parte da produção oitentista do cearense, até então inédita em CD O cantor e compositor cearense Belchior, cuja discografia agora ganha caixa especial Antes de imaginar que se tornaria um refugiado de si mesmo, um fugitivo do passado, Belchior já dizia que as coisas não iam bem. Havia dor no jovem de 29 anos mesmo depois de ser cantado e incensado por Elis Regina em “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”; mesmo depois de assinar contrato com a cultuada gravadora Philips, de André Midani; mesmo sabendo que, naquele ano de 1976, entrava em estúdio para fazer o disco “Alucinação” como quem coloca uma bala de prata no revólver. Enquanto permanece em destino desconhecido, distante dos palcos, dos amigos e da família, Belchior tem três discos relançados em uma caixa pela Universal Music, um projeto com curadoria, textos e pesquisa do jornalista Renato Vieira, repórter do jornal O Estado de S. Paulo. Projeto “Três Tons de Belchior” traz os álbuns “Alucinação”, de 1976, considerado sua criação mais importante e um dos mais relevantes discos da música brasileira; “Melodrama”, de 1987; e “Elogio da Loucura”, de 1988 - estes lançados em CD pela primeira vez. Mais do que resenhar os álbuns, Vieira foi aos arquivos e entrevistou personagens para os textos do encarte, traçando entendimentos fora dos lugares comuns. “Eu tenho a impressão de que Belchior sabia que ‘Alucinação’ seria sua última chance de dar certo”, conclui, depois de contextualizar: “Ele tinha vencido o Festival da Tupi em 1971 com ‘Na Hora do Almoço’ e gravou um compacto em 1974 que não aconteceu, pelo selo Chantecler”. Foi então que Elis Regina gravou “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida” e tudo começou a mudar. As músicas foram parar no disco “Alucinação”, entre “Apenas Um Rapaz Latino Americano”, “A Palo Seco”, “Fotografia 3X4”, “Sujeito de Sorte” e “Antes do Fim”. Tiro certo O disco significava não só a grande aposta de Belchior, que sabia que aquele bonde não passaria duas vezes, como uma questão de honra ao produtor Marco Mazzola, que remou contra a maré para emplacar o cearense.

Quando levou as músicas à reunião da gravadora em uma fita cassete, quase ninguém vibrou. “Ninguém entendeu muito aquele som”, diz Vieira. Mazzola sugeriu um incomum contrato de apenas um disco. Um único tiro. Era acertar ou desistir. Belchior, protegido por um dos melhores agrupamentos que havia nos estúdios da época (os arranjos eram de José Roberto Bertrami, do grupo Azymuth), acertou. Belchior arranca sua poesia usando o estranhamento dos olhos de um estrangeiro. “Ele fez esses discos como se pintasse quadros. Tudo tinha um conceito”, diz Vieira. Sua obra, uma grande crônica urbana que narra a saga do brasileiro do interior chegando à cidade grande e expondo-se aos traumas do ultraconsumismo, não poderia ser interpretada por mais ninguém. Mudança O pulo histórico que sai de 1976 para 1987 e 1988, anos dos dois álbuns seguintes, lançados pela PolyGram, mostra que o homem muda na forma, não o conteúdo. “Melodrama” e “Elogio da Loucura” estão posicionados na segunda metade da década do deslumbre pela “estética FM”, dos teclados e ecos de estúdio. Assim definiu o próprio Belchior em declaração ao Jornal do Brasil, recuperada pelo curador: “O trabalho atual (‘Melodroma’) tem relação estreita com ‘Alucinação’. É a continuidade, a retomada de uma emoção temática. Na década passada, a gente tendia mais para o êxtase, agora inclina-se mais para o horror”. Belchior segue em seu inconformismo, indignado com o valor que o dinheiro ganha na vida moderna. A música “Dandy”, de “Melodrama”, reforça essa ideia: “Mamãe, quando eu crescer / eu quero ser rebelde / se conseguir licença / do meu broto e do patrão / Um Gandhi Dandy, um grande / milionário socialista / de carrão chego mais rápido à revolução”. O consumismo desenfreado, que já havia sido combustível em 1976, vira um alvo cada vez mais almejado. Até que, no término do álbum “Elogio da Loucura”, Belchior declama, profético de si mesmo, o texto da canção “Arte Final”: “Ora, senhoras! Ora, senhores! / Uma boa noite lustrada de neon pra vocês / E o último a sair apague a luz do aeroporto / E ainda que mal me pergunte: ‘A saída será mesmo o aeroporto. por Júlio Maria - Agência Estado

Produzido em mais de 30 fazendas na região da Costa Negra, no município de Acaraú, na Região Norte do Estado, o camarão citado no mapeamento do IBGE é tão prestigiado por conta das características do microclima do solo O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em 20.11 um mapeamento completo sobre os chamados Selos de Indicação Geográfica (IG), que apontam as regiões de origem de 49 produtos e serviços brasileiros bastante conceituados no mercado nacional e internacional. Um dos itens que aparece no estudo é o Camarão da Costa Negra, um produto exclusivo do Ceará e que é considerado o melhor e mais caro camarão do mundo. Produzido em mais de 30 fazendas na região da Costa Negra, no município de Acaraú, na Região Norte do Estado, o camarão citado no mapeamento do IBGE é tão prestigiado por conta das características do microclima do solo. Segundo especialistas, como o local possui muito alimento natural e matéria orgânica, o sabor do animal fica próximo ao do camarão do mar, mas com um alto padrão de qualidade. Ele também pode chegar a pesar quase 50 gramas. A produção do Camarão da Costa Negra é de aproxima-

damente 9 mil toneladas por ano, obtida a cada três meses nas fazendas de engorda, que ocupam 900 hectares na região do Acaraú. Atualmente, o produto atende basicamente o mercado interno (99% da produção), em especial as praças de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Somente 1% da produção é exportada, a preços médios 40% superiores à cotação do mercado mundial. Selo De acordo com o Mapa das Indicações Geográficas do Brasil, que foi elaborado em parceria com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o selo de IG atesta a origem e as condições especiais de fabricação dos produtos certificados. Também aparecem no mapeamento do Instituto os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos (RS), as rendas de Divina Pastora (SE) e do Cariri (PB). O camarão cearense também é o primeiro crustáceo do mundo a receber o selo DOC, de denominação de origem controlada. O selo é concedido por um órgão alemão muito criterioso e liberado pelo INPI. É o mesmo selo da Champagne, por exemplo, e atesta que aquele produto, com tais características, só existe na região da Costa Negra.

Camarão Cearense entre os melhores do mundo, diz IBGE

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Foto: Rodrigo Carvalho

Leituras IV


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Leituras V

Os 80 anos de Antônio Gaspar do Vale de Acopiara

Por JB Serra e Gurgel (*) Em 25 de maio de 1936 no sitio Morada Nova , em Acopiara, nasceu Antonio Gaspar de Vale filho de Raimundo Gaspar do Vale (seu Doca) e d. Maria do Espírito Santo do Vale (d.Maria); Seus irmãos: Olegário, Gasparzão, Cícero, Laura e Dracisa Estudou com Maria Elza Mendonça em Acopiara , morou com Raimundo Bracinho e d, Carmelita, pais de Paula, e trabalhou como balconista na loja de Idelfonso Ferreira de Souza. Antonio se deslocava de Morada Nova a Acopiara num jumento. Foi coroinha do padre João Antonio de Araújo, junto com JB. Serra e Gurgel. Neste tempo, Gaspar tinha um apelido, Paixandu. A missa era oficiada em Latim, com o padre de costas para a assembleia. Antenor era o sacristão que mais tarde substituiu. Lembro que tocávamos o sino da matriz em enterros, cobrando qualquer coisa da família do falecido. O toque era diferente para adultos e crianças, e o tempo era limitado. Auxiliávamos nos batizados e casamentos. Nestes era visível e risível a agonia dos nubentes temendo uma grosseria do padre João Antonio. Este também era intolerante com as mulheres que vestiam saias curtas ou vestidos que realçassem as curva. Acompanhava as lições de catecismo oferecias as crianças. Tinha um senhor epilético que quando tinha seus ataques, ele gritava. - Tirem este senhor da Igreja... Alguns dados sobre a vida de Gaspar encontrei-os nos livros de Celso Albuquerque de Macedo, “Lages (Povos e Povoações) 1921, Afonso Pena 1933 e Acopiara 1943” e de Paz Loureiro “ Acopiara, Formação Histórica e Política”, nos apontamentos da sra. Djanira Feitosa, sobre o “o menino que nasceu, cresceu e continua crescendo” e na revista Expressão “Aniversário 80 anos Antonio Gaspar do Vale e nas anotações de Rivanda Teixeira, a memória viva de Acopiara. Os 80 anos foram comemorados pela família em 25.05;, Entre os meus 10 e 15 anos, tive contatos com Gaspar. Dos 15 aos 40 , nenhum. Voltamos a nos encontrar no seu comércio, em Acopiara. Teve ma brilhante trajetória política.

Em 1962, elegeu-se vereador pelo PSD com 671 votos sendo o mais votado Em 1966, foi reeleito vereador pela ARENA 1, com 777 votos sendo o mais votado. Em 1970, não se candidatou, mas elegeu seu irmão, Olegário Gaspar do Vale, pela ARENA, com 615 votos. Em 1972, elegeu-se novamente vereador pela ARENA, com 853 votos, sendo o mais votado. Em 1976, não se candidatou, mas elegeu seu sobrinho, Francisco Olegário Gaspar do Vale, pela ARENA, com 930 votos. Em 1982, elegeu-se prefeito pelo PDS, com 9.653 votos, derrotando Francisco Alves Sobrinho, que teve 8.849. Seu mandato foi de seis anos. O PDS elegeu os 15 vereadores, inclusive seu sobrinho, Francisco Olegário Gaspar do Vale, com 819 votos. Sua passagem pela prefeitura inclui a construção da Rodoviária Gonzaga Mota, restaurou a Rua Cazuzinha Marques, onde nasci. Construiu a O Centro Social Urbano Miriam Mota e o Hospital Suzana Gurgel e iniciou a ampliação da barragem Tibúrcio Soares, que abastece Acopiara. Realizou outras obras na cidade, distritos e povoados, tudo com rigor, seriedade, atendendo aos anseios da comunidade. Foi um administrador sério e correto, abnegado e trabalhador. Em 1986, seu sobrinho Francisco Olegário Gaspar do Vale elegeu-se vereador com pelo PMDB com 530 votos. Em 1992, candidatou-se a Prefeito sendo derrotado por Antonio Almeida. Em 1994, candidatou-se a deputado estadual ficando na suplência, mas assumiu na vaga do deputado Artur Silva Filho. Em 1998, tentou novamente a Assembléia Legislativa ficando na suplência. Foi cuidar da vida , ampliando seu comércio e administrando a Rádio Quincoê, que presta serviços comunitários. Em em 2004, sua filha, Delane Gurgel do Vale Souza

elegeu se vereadora pelo PSDB com 1313 votos. Em 2008, foi reeleita. Em 2008, Eduardo Gaspar do Vale, filho de Gaspar e irmão da Delane, foi eleito vereador. Em 1958, casou com Suzana Gurgel, filha do Eduardo Gurgel Valente e Hermengarda Aguiar Gurgel. Em 1962, nasceu Denise, professora, que teve três filhas: Suzane (enfermeira), Nayane (administradora de empresas) e Adryane (estudante Engenharia de Produção); em 1963, nasceu Delane, casada com Divoz, com quatro filhos: Gaspar Neto (médico) Rafael (juiz de direito) Moyses (advogado) e Caroline (universitária); em 1967, nasceu Eduardo, com três filhos: Diego (psicólogo) e com Ediana: Eduardo (acadêmico de Medicina). Pedro Henrique e Maria Eduarda, estudantes; em 1977, nasceu Tiago (Médico e padre), residente em São Paulo;. em 1978, nasceu Denusia (terapeuta ocupacional e acadêmica de fisioterapia), com uma filha Sofia, em 1982, nasceu Hermengarda, casada e mãe de Artur. Os Gaspar do Vale estão há 54 anos na política de Acopiara, o que é um marco de presença viva na cidade. São trabalhadores e dedicados às causas que abraçam. Suzana Gurgel do Vale compõe a estirpe de primeiras damas Gurgel de Acopiara suas primas, Adelaide Gurgel Nunes, que foi casada com o prefeito Alfredo Nunes de Melo, Maria Ausistela Gurgel Teixeira, que foi casada com o prefeito Edmilson Teixeira, Maria Heloisa Holanda de Albuquerque, que foi casada com o prefeito (três vezes) João Uchoa de Albuquerque e Rosemari Holanda Gurgel Almeida, casada com o prefeito (duas vezes) Antônio Almeida. Também é prima da ex-prefeita Sheila Regina Albuquerque Diniz, a primeira descendente dos Gurgel do Amaral Valente a chegar a prefeitura, filha de sua prima Maria Heloisa e dr. João Uchoa de Albuquerque. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor, com a colaboração de Rivanda Teixeira, a memoria viva de Acopiara.

O músico cantou composições conhecidas como “Sinônimos” e “Jardim dos Animais” ( Foto: Helene Santos ) O cantor surpreendeu o público chegando no palco do ar Com um palco cercado por tecnologia e o som da sanfona, o cantor Waldonys fez um espetáculo para 500 convidados em um aeródromo Em comemoração aos 30 anos de carreira, o sanfoneiro Waldonys gravou um DVD, na última quinta-feira (26), em grande estilo. A captação de imagens foi feita ao pôr do sol em uma pista de pouso, no Aquiraz. O momento especial uniu as duas maiores paixões de Waldonys, a música e a aviação. Para compor o cenário, a locação contou com aviões e helicópteros no solo e também no ar. Durante a gravação, pilotos sobrevoaram o palco do evento. A produção leva o nome de “Meu Ninho”. Como em boa parte de suas apresentações, o músico não poderia deixar de chegar no local do evento do seu jeito próprio, com um salto de paraquedas. Em seguida, ele subiu diretamente para o palco, onde executou as primeiras músicas do show ainda trajando o macacão utilizado nos voos. Gravação O discípulo de Luiz Gonzaga dividiu o som da sanfona e a voz com os cantores do tradicional forró, como Genival Lacerda, Elba Ramalho, Lucy Alves e Dorgival Dantas. Para ajustar os equipamentos, como em boa parte das produções audiovisuais, houve pausas entre as músicas. O sanfoneiro aproveitou o tempo para interagir com o público contando histórias vivenciadas com seu pai. A banda que acompanhou o show de Waldonys era formada por Lu de Souza (guitarra), Edson Sancho (baixo), Neo dos Santos (bateria), Eduardo Holanda (viola de 12

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cordas), Gilson Monteiro (zabumba) e Chico Viola (no triângulo e com direito à sua tradicional performance de dança extrovertida no palco), além dos vocais de Nívea e Ingrid. O músico interpretou 18 canções, entre novas composições e sucessos das três décadas de carreira. O show ocorreu por duas horas para gerar um material final em DVD com cerca de 100 minutos. Para os fãs, a boa notícia é que a produção já tem data prevista para ser lançada em janeiro de 2017. Durante a gravação, Dorgival Dantas exaltou o trabalho do “irmão de sanfona” em continuar firme e forte com o forró tradicional. Genival Lacerda cantou e brincou com Waldonys. Lucy Alves e Elba Ramalho levaram a delicadeza e feminilidade do forró aos ouvidos dos convidados que acompanharam o show pertinho do palco. O cantor Benito de Paula foi convidado para um dueto, mas por problemas de saúde de última hora não pôde comparecer à gravação

na Pista do Aeródromo Catuleve - Clube de Aviação. No palco da festa, o sanfoneiro voador cantou grandes hits que ficaram conhecidos pelo grande público em suas interpretações, como as composições “Sinônimos” e “Jardim dos Animais”. “Estou muito feliz por realizar esse sonho de gravar o DVD aqui no Catuleve, uma segunda casa para mim, e que considero um dos ‘ninhos’ da minha vida junto com minha família. E mais ainda pela qualidade dos artistas que estarão no palco comigo, motivo de grande orgulho. Tenho certeza que meu público vai gostar do trabalho final”, comenta Waldonys. Carreira Por influência do pai, Waldonys começou a tocar sanfona aos 10 anos de idade. Estudou no Conservatório Alberto Nepomuceno em Fortaleza. Aos 13 anos conheceu Dominguinhos com quem, um ano depois, gravou o LP “Choro Chorado”. Aos 15 anos houve um avanço ainda maior: gravou com o consagrado Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Impressionado com o desempenho do menino, seu Luiz carinhosamente o chamou de ‘Garoto Atrevido”. No fim dos anos 80, o jovem músico participou de programas de projeção nacional. Nessa época, foi descoberto por um empresário italiano que o contratou para se apresentar nos Estados Unidos da América. Durante um ano e dois meses, essa proveitosa vivência internacional o colocou nos teatros das cidades de Reno e Las Vegas, sempre com enorme sucesso. Contratado pela gravadora RGE, retornou ao Brasil. Nessa empresa, além de gravar dois LPs, participou de turnês e gravações com Fagner, Marisa Monte, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Adriana Calcanhotto, entre outros.

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Foto: Jarrod Bryant

Os 30 anos de Estrada de Waldonys Puxa o Fole: Show no ar e na terra

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Leituras VI

Vida do Médico Prof. Dr. Josué de Castro (*)

Na Faculdade de Medicina encontramos missionários com seus alunos pregando ensinamentos prodigiosos. São encontrados simultaneamente nas enfermarias, nos ambulatórios, nas salas de aula e cirurgia, nos laboratórios ou em qualquer parte onde a presença signifique Medicina, na exatidão do termo. Predestinados mestres orientando seus discípulos. No Hospital Walter Cantídio e na Maternidade Escola têm dedicado suas existências ao ensino e á cura de seus pacientes. Milhares de pobres encontram em condições dignas e saudáveis o meio sagrado de dar luz a uma vida. Com formação acadêmica técnica e cientifica, Médicos cearenses e de todo o País têm se destacado nacional e internacionalmente. Abnegados homens que procuram na morte o segredo da vida. A morte significa a cessação completa das funções vitais. É um fenômeno universal irrecorrível, parte insubstituível da vida. Todos nós morremos um dia. Experiências relatadas por pacientes que se encontram próximos à morte não devem ser confundidas. E os que partiram, fé em Deus e eternidade para os nossos queridos amigos. A religião vê na morte o inicio de outra existência, consagrando para eternidade. Em dezenas, centenas e milhares de hospitais, em seus consultórios ou no meio do povo, iremos encontrar Médicos abraçados com o trabalho, olhando para frente e para o alto. Nada intimida ou desestimula, não consegue afastar de sua grande caminhada, porque a arte é santa, mais próximos do reino dos justos e dos bem-aventurados de espírito. E os médicos estrangeiros deslocados para o país com vínculos políticos estabelecendo desvio de salários profissionais? Deverão ser atenciosamente recebidos para estudarem as condições técnicas de saúde pública. Para compreenderem, refletirem e diagnosticarem o estado clinico dos pacientes. A formação profissional dos médicos estrangeiros deve ser examinada. Imperiosa a ação governamental estabelecendo diretrizes e acesso a serviços de saúde, combate a discriminação de modo que as pessoas se mantenham saudáveis como participantes comuns do desenvolvimento, e nunca como espectadores marginalizados e enfermos na sociedade em que vivem, à qual dedicam suas energias e experiências. Durante longo período em nossas vidas, dia e noite, dedicamos à prática médica, muitas vezes sem qualquer interesse financeiro, e mesmo com perda da própria saúde. As populações assistidas devem externar o dever da gratidão. O ideal humanitário é muito superior às expressões do homem na terra. Existe justa campanha da classe reivindicando direitos, meios assistenciais e proventos mais dignos. Imperturbáveis e altaneiros na luta. A arte dos médicos é divina. Nenhuma outra profissão chega tão perto de Deus. Apesar dos meios insuficientes e não proporcionados regularmente, os desempenhos das equipes são perfeitos. Abnegados médicos cumprem a missão com serenidade e competência. O destaque é consolidado pela posição expressiva dos cirurgiões, curando através de mãos milagrosas com o carisma de sacerdotes incentivados pela fé. Que seria da humanidade sem a Medicina? Só Deus sabe. Salve a Medicina e com imbatíveis sacerdotes. Salve os médicos brasileiros. (*) Prof . Dr. Josué de Castro (Fortaleza) , médico psiquiatra, professor da Faculdade de Medicina da UFC

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Energia Solar

Inaugurada no CE Maior Usina Solar Privada O empreendimento do Grupo Telles tem 9.223 painéis fotovoltaicos e recebeu investimento de R$ 30 milhões empreendimento tem 3 megawatts (MW) de potência instalada, mas deverá ampliar sua capacidade para 5 MW. Toda a produção será para o Grupo Telles Com potência instalada de 3 megawatts (MW), a maior usina de energia solar privada do País foi inaugurada em 20.11, no município de Pindoretama, Região Metropolitana de Fortaleza. O Grupo Telles, responsável pela implantação do equipamento, ainda pretende ampliar a capacidade da usina para 5 MW, na segunda etapa do projeto. Toda a energia produzida pela empreendimento será de uso exclusivo do Grupo. O diretor de engenharia do Grupo Telles, José Paulo dos Santos, explica que a expansão da usina não será imediata, pois a empresa ainda fará um estudo de viabilidade financeira. A estimativa é que a analise seja concluída em até três meses. “A gente não pode vender energia, a microgeração distribuída é apenas para consumo próprio. Esse excedente será usado nas outras empresas do companhia”, ressaltou. José Paulo enfatiza que o principal motivo da iniciativa é reduzir os custos do Grupo e ter garantia de fornecimento de energia. “Estamos vendo até que ponto conseguimos reduzir nossos custos. O Nordeste, como nós sabemos, tem condições hídricas instáveis”, lamentou. Economia de R$300 mil A capacidade instalada da usina, de 3MW, garante todo o consumo da fábrica de embalagens de papelão Santa Elisa, que integra o Grupo, localizada em Aquiraz. É projetado que a economia na conta de luz da fábrica será superior a R$ 300 mil por mês. A usina já está operando, fornecendo 100% da energia para o local. O investimento para a construção do empreendimento foi de R$ 30 milhões. Deste total, R$20 milhões referem-se a compra de equipamentos da fornecedora norte-americana SunEdison. Enquanto que os outros R$10 milhões foram investidos nas instalações elétricas, mecânicas, na construção civil e em transformadores. “Nós temos 58 mil metros de cabos elétricos enterrados, de interligação dos painéis solares até a indústria”, comentou José Paulo. A nova usina solar ocupa uma área de 60.000 m² e conta com 9.223 painéis fotovoltaicos produzidos

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em Missouri, nos Estados Unidos, pela multinacional SunEdison. Novos equipamentos Durante a solenidade de inauguração do equipamento, o governador do Estado Camilo Santana enfatizou que o grupo Telles se torna um referencial para outros empreendimentos de produção de energia solar que serão instalados no Ceará. “Vai ser instalado em Cascavel, em Limoeiro do Norte. Nós temos também a primeira unidade, que é menor, lá em Tauá”, anunciou o governador sobre os novos empreendimentos voltados a produção de energia fotovoltaica. Ele ainda ressaltou que o atual cenário mostra que o Ceará “pela vocação, pelo potencial e pela quantidade de luz”, tem uma das melhores condições do mundo de produção de energia solar. José Paulo complementa, afirmando que quatro empresas procuraram o Grupo, durante o evento, com interesse em criar parcerias, para construir empreendimentos similares. “Ser o pioneiro sempre é difícil, tivemos que pesquisar muito. Eu já conversei com várias empresas, nós fazemos questão de divulgar a iniciativa”, comentou. Redução do ICMS Camilo Santana ainda lembrou que o Estado tem apresentado políticas de incentivo para a produção de energia solar. “Nós aprovamos uma lei na Assembleia garantindo a isenção do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) para microgerador de energia solar. Foi o primeiro estado do País a tomar essa iniciativa”, ressaltou. A usina de Pindoretama foi umas das empresas beneficiadas pela iniciativa do governo. José Paulo explica que há pretensão de novos investimentos em energias renováveis, e para isso, está sendo realizado um estudo de viabilidade técnica e financeira para aplicações da empresa na área solar e eólica. Entretanto, o diretor preferiu não citar quais seriam esses projetos. “Nós queremos aumentar a nossa margem de lucro, é uma maneira de investir mais na empresa, reduzindo o custo”, concluiu. Já o governador do Estado pretende apresentar, em breve, um plano que foi construído a médio e longo prazo para energias alternativas e para mineração do Ceará. Ainda não há data para a apresentação.

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A Dinastia dos Bourbons

Fernando Milfont (*) Os Bourbons surgiram politicamente em 1572, quando oshuguenotes (protestantes) foram atraídos para a festa de casamento doseu comandante, o capitão Henrique de Bourbons, com Margarida de Valois, irmã do rei Carlos IX e, enquanto dormiam, foram massacrados no palácio e nas ruas, por ordem da rainha-mãe Catarina de Médicis. Ela estava convencida de que, somente liquidando os huguenotes, poderia ser restabelecida a paz no reino de França, que vinha sendo abalado por mais de 30 anos de guerra civil (de 1562-1598). A rainha convenceu o filho Carlos IX a ignorar os planos do massacre, organizados pelo Conde de Guise, para a manhã de 24 de agosto de 1572, um domingo. Após o massacre, que teve cerca de três mil mortos, católicos e huguenotes fizeram um acordo, surgindo daí dois partidos: a Santa Liga do Duque de Guise e a União Protestante de Henrique de Navarra. Diante das divergências religiosas entre os nobres franceses e Henrique III (rei da França, na época), e o conde de Guise o rei mandou matá-lo e, em 1589, foi morto por um fanático. Como não deixava herdeiros nem descendentes, foi sucedido pelo chefe protestante Henrique de Navarra, que subiu ao trono como Henrique IV. Tornou-se católico, assinou o Édito de Nantes em 1598, documento que dava liberdade religiosa aos católicos e aos protestantes, e inaugurou a Dinastia dos Bourbons, que governaria a França até 1792. Já vai longe a história, mas o que interessa é o fio da meada que leva ao que possa ter sido a origem da minha família. Diziam alguns, lá pelos velhos tempos, que um dos Bourbons, filho não catalogado nos registros oficiais do palácio de Versalhes, pois teria sido feito do(como direi), contubérnio ou melhormente explicado, dos conchavos concupiscentes de S.M. o Rei, com uma das aias que acompanhavam a rainha em seus nada a fazer palacianos. O distinguido “príncipe”, para escapar das más línguas e, mais ainda, não perder a cabeça na guilhotina que transformou a História, usou dos artifícios escapatórios à custa de propinas, tendo surgido, tempos depois de longa e penosa viagem, dando com os costados nas costas brasileiras do Maranhão. De lá, em peripécias nada principescas, transformado em cidadão comum tentando ganhar o sustento para viver, aprende, com o suor do rosto, calos nos pés e calos nas mãos, a se safar, na medida do possível e do impossível. Encontrou terreno fértil para se estabelecer, o sul cearense. Foi onde encontrou fogosa dama, já viúva, com quem se entrelaçou por um tempo que lhe foi útil, ou seja, enquanto a distinta senhora tinha posses. Deixou-lhe dois filhos, que se somaram a alguns outros que ficaram pelo caminho, enquanto visitava fazendas nos embrenhos dos matos, recebido com fidalguia pelos fazendeiros. Brilhava pelo sotaque estrangeiro, pelos olhos azuis e pela lábia, com que aproveitava para se entreter nas silenciosas noites, com as diletas filhas fazendeiras, certamente ingênuas. Desses encontros terão nascido alguns rebentos, com o sobrenome alterado pelas circunstâncias. Portanto, eis-me aqui, como outros legítimos originários das safadezas do francês, encanto das donzelas desvirginadas e emprenhadas, encontradas pelos tortuosos caminhos por onde se refestelou em sua algumas vezes até perigosa viagem rumo ao desconhecido. Morreu aos 80 anos, certamente feliz, com o couro curtido pelo sol nordestino e com as entranhas aclimatadas aos temperos caboclos, com pimenta para dar mais sabor ao feijão e à carne seca, sem esquecer a cachaça. Passados os anos, com a distância do tempo, o esquecimento serve para acobertar atos não-virtuosos. Das peripécias do “invasor” os que dele possam descender, devem fazer-se de moucos, só admitindo falatórios que sejam exaltadores e com elogios suficientemente enaltecedores de suas bravas aventuras. Gabem-se, pois, da ascendência que, embora o enforcamento revolucionário, possam ostentar um ar aristocrático pois, como diz o ditado, “Em terra de cego, que tem um olho é rei.” (*) Fernando Milfont (Fortaleza) é jornalista, membro da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro) (milfont90@gmail.com)

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Mais seca no Ceará

Centenário Açude Do Cedro Está Praticamente Seco Principal atração da cidade de Quixadá, no Sertão Central do Ceará, o reservatório histórico está agonizando Com a seca que assola o reservatório, a fauna, a exemplo dos cágados, também está morrendo, deixando o cenário ainda mais desolador. Quixadá. A atual situação do centenário Cedro, o primeiro reservatório construído no Brasil, neste Município, distante cerca de 170 Km de Fortaleza, deixa claro o aviso de seu fim. Segundo órgãos do Estado, o Cedro já é considerado seco e o mínimo de água inutilizável que ainda resta, deve evaporar dentro dos próximos dois meses. Como consequência, as espécies que viviam nas águas do açude também começam a morrer. Construído durante o governo Imperial de Dom Pedro II, em seus tempos de glória, o açude viu até monomotor aquático aterrissar sobre suas águas. Hoje, a evaporação deu vista à terra seca e rachada. O enorme paredão que rodeia o açude já está completamente descoberto. Segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), até a última quinta-feira (20), o Cedro apresentava uma cota de pouco mais de 100 mil metros cúbicos acumulados. O valor é irrisório perante a capacidade máxima de 125.694.000 m³ que ele pode reservar. O que ainda resta nele, frente ao que pode suportar, representa apenas 0,20% de seu volume total. Para a Cogerh, com a cota que atualmente tem, o açude já é considerado seco. Na última semana, uma onda de pânico se espalhou por Quixadá, com a possibilidade de que nos próximos dias a água restante se evapore por completo. De acordo com o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, pode ser que demore um pouco mais, mas o cenário não deve esperar mais do que dois meses para acontecer. “No ritmo que está indo, em função do processo de evaporação, ele deve secar. Eu não diria nos próximos dias, mas nesses meses, ele deve secar por completo”, disse João Lúcio. Tristeza histórica A seca completa do Cedro é um fato tão raro que em mais de 100 anos só aconteceu quatro vezes: 1930, 1932, 1950 e 1999. A situação preocupa e ao mesmo tempo entristece a população de Quixadá. O aposentado João Soares de Freitas, 75, diz que jamais esperava rever o açude da maneira como está hoje. “Dá um desespero e, além disso, um desgosto para Quixadá porque ele é o cartão-postal da cidade, e ao ver o Cedro seco, a gente fica muito triste e desanimado”. A última vez que João viu o Cedro como está foi há 12 anos. “Infelizmente é assim mesmo. Nunca seca dessa, a gente só pode mesmo é esperar pelo pior”, diz. Mesmo estando ciente do impacto causado pelo problema, o presidente da Cogerh tenta minimizar os efeitos, acrescentando que o açude já não abastece mais a cidade. “É um reservatório que hoje está com o uso muito mais para a manutenção da vida aquática local e

para a parte histórica paisagística. A garantia do abastecimento está sendo feito pelo açude Pedra Branca”, explicou. O Pedra Branca abastece Quixadá e também Quixeramobim, por meio de uma adutora. Conforme os dados da Cogerh, sua cota atual equivale a 38% de sua capacidade total, a menor medição desde 2004. Ainda assim, João Lúcio assegura que o açude suporta a demanda. “Mesmo que não chova, nossas projeções são que esse reservatório atravesse o ano de 2017 abastecendo as duas cidades, até se aproximar o ano de 2018. Isso eu estou colocando numa condição de chuvas abaixo da média. Se tiver recarga, ele atravessa com mais facilidade ainda”, afirmou. Morte de espécies O atual quadro do Cedro se agrava com o surgimento de espécies que apareceram mortas na vazante do açude. Na última semana dezenas de cágados apareceram mortos. O biólogo e professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Roberto Feitosa, acredita que o processo de alimentação dos cágados foi afetado com a seca. “A situação pode ter interferido na cadeia alimentar desse bichos, ou pode ter sido alguma substancia na água, mas tem que ser feita uma análise da água e das condições em que eles estavam”, explica. Em uma das pesquisas que orientou nas águas do Açude Banabuiú, o professou viu um aluno constatar que os cágados são animais territorialistas. “Ou seja, eles vivem muito naquele lugar, não vão muito longe, por mais que a comida acabe, seja por qual razão for. Então, se ele ficar sem alimentação ali, morre porque não vai sair daquele lugar”, enfatizou José Roberto. Há cerca de três meses, dezenas de peixes também apareceram mortos nas águas da vazante do Cedro. O Biólogo explica que é preciso uma análise “mais cautelar”, mas supõe que “Se o nível da água baixa com a evaporação, pode reduzir muito a capacidade de oxigenação e ocasionar uma dificuldade de respiração das espécies e, consequentemente, a mortandade”. Açudes secos A situação do Cedro, em Quixadá, não é única. No Estado, segundo dados da Cogerh, 39 açudes estão em volume morto. Na medida em que forem secado ainda mais, eles passam ao nível de açudes secos. Atualmente 38 reservatórios encontram-se nesta situação no Ceará. Na última semana, o São José III, em Ipaporanga, endossou a lista. Dos 153 açudes monitorados pelo órgão, 130 estão com volume abaixo de 30%. Os três maiores, Castanhão, Orós e Banabuiú, encontram-se com 5,95%, 19,41% e 0,53% acumulados.

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(Foto: Druso Frota )

Leituras VII

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Rastro de corno

Macário Batista (*) O brasileiro, na sua santa irreverência, uma forma meio lúdica, meio moleca, meio auto crítica, costuma dizer, quando as coisas não dão certo, ou que estão muito difíceis, é porque alguém está pisando em rastro de corno. É como dizer que falta sorte pra quem pisa no tal caminho. Aí, os mais irreverentes dizem até que tem os que giram em círculos, pisam no próprio rastro. Coisa de brasileiro/nordestino/cearense, um eterno gozador de si próprio. Olhe, essa conversa é pra avaliar a seca que teimosamente castiga o Nordeste, o Ceará como foco central, eis que vivemos um quinto ano consecutivo sem um inverno decente, algo que nos deixe água acumulada, feijão e milho velho verde fora das áreas irrigadas, por exemplo. E com isso sofrem todos os povos, todos os agricultores, todos os que compram bens e serviços. Mas falo isso com um certo constrangimento, apesar da verdade do que digo. Dizia dom Helder: “Quem me dera ser leal, discreto e silencioso como a minha sombra”. Não sou e não vou negar a seca e nossos mais indiscretos instintos, como o de contar essas irreverências que nos credenciam a ser verdadeiros. Aí é a parte da lealdade, mas discreto e silencioso é impossível. Quanto tempo se fala em seca no Nordeste, no Ceará? Desde que o mundo é mundo e então Deus mandou gerar e parir o DNOCS. Alguma hora deu certo, pelo menos para os ladrões das emergências e dos caçacos. Dos que montaram os criminosos fornecimentos ou ainda os que devam ter desviado alguma grana da Transposição do Velho Chico. Sei lá. Fica a impressão,quando se vê a mancha da seca no mapa que continuamos se não andando em círculos, caminhando em cima de rastro do que já disse acima. Mas diz ainda o populacho: Todo castigo pra corno é pouco. A frase: “São 128 os municípios do Ceará em emergência da seca”. Constatação oficial. O rabo do boi O boi que corre aqui, não é o boi que corre lá. Lá tem boi de rabo grosso e a rabada é de comer rezando. Tem muita gordura, muita carne e muito sabor. O boi daqui, é boi pequeno, mignon, raquítico, sub desenvolvido, mas danado de valente, corredor e chegado a um sumiço quando está no campo, na caatinga seca. Vai andando, andando e acaba fugindo. Isso provoca a corrida do vaqueiro pra trazer o boi daqui, de volta a seu lugar. Bem; isso é o princípio da vaquejada. Também não gosto, acho um tanto quanto estúpido, mas é um esporte, uma característica da vida nordestina, uma marca da valentia do homem e da esperteza do boi mandingueiro. A vaquejada nada mais é do que a interpretação cercada de um boi brabo correndo no mato em meio a espinhos que obrigam o homem a se vestir de couro. Entendeu agora? O Ceará, por lei da Assembleia, fez da vaquejada um esporte. Alguém que tem peninha de boi, os mesmos que defendem as cocorocas do Titanzinho e as avoantes da Irauçuba, que dão de comer ao povo miserável, resolveu encrencar. Ajuizou contra a Lei que, de pulo em pulo, de rabo em rabo, de boi, foi bater no Supremo Tribunal Federal. Olha onde o rabo do boi foi parar; no Supremo Tribunal Federal. E tão lá os digníssimos ministros e digníssimas ministras discutindo se no Ceará boi pode ser derrubado pelo rabo. Decidiram; não pode. Na Índia ninguém bole com bovinos, rabos finos ou não. No Brasil...bem o Brasil é o Brasil. Aqui a gente joga no bicho na vaca e no touro. Boi, não pode.Nem tem. A frase: “Boca falou...pagou!”. Dito popular. (*) Macário Batista (Sobral) jornalista, blogueiro, multimídia

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Estação da Luz inaugura busto em homenagem ao professor Clodomir Teófilo Girão A honraria é alusiva ao aniversário do educador, que se fosse vivo faria 100 anos de idade.

Família prestou homenagem ao professor Clodomir Teófilo Girão com busto em homenagem ao seu centenário. Em uma cerimônia íntima, para poucos amigos e familiares, a Estação da Luz homenageou, 29.11, o centenário do professor Clodomir Teófilo Girão, com a inauguração de um busto numa pracinha da escola que leva seu nome e na qual é patrono, no Eusébio. De família tradicional em Fortaleza, Clodomir dedicou sua vida à educação, uma das profissões que exercia, já que também era jornalista e escritor. Para o filho do homenageado, Luis Rui Girão, o momento celebrou a alegria do pai em ver os alunos vencendo na vida. “Ele nasceu para o magistério. Nossos homenageado de hoje cumpriu a missão de semeador de esperanças”, definiu ele, que viu logo em seguida as

obra pedagógica de Filgueiras Lima e Paulo Sarasate, ensinando Português no Colégio Lourenço Filho, onde pontificou, há longos anos. Fundou o Instituto Rui Barbosa e a Revista Águia. Exerceu funções de direção como funcionário da Universidade Federal do Ceará e colaborou valiosamente nas atividades do Educador e Poeta Filgueiras Lima. Escola Em 2004, nasceu a Associação Estação da Luz, entidade sem fins lucrativos e fundada por voluntários, que no mesmo ano criou uma escola para atender crianças de 3 a 12 anos de idade e colocou o nome de Professor Clodomir Teófilo Girão. O colégio tem como diferencial a aplicação do Programa Sathya Sai de Educação em Valores Humanos ao currículo tradicional, sendo a única escola brasileira filiada ao Instituto Sri Sathya Sai de

três irmãs descerraram o busto do professor Clodomir Teófilo Girão. Entre os convidados estava a escritora Glice Sales Alcântara, que foi uma de alunas e amigas do Clodomir. Ela destaca que a paixão por ensinar era uma das grandes características do homenageado. “Do pouco que sou e do muito que fiz devo a ele. Ele que me descobriu”, disse ela que reconhece que se apaixonou pela literatura e acabou no magistério por influência do professor. O presidente da Estação da Luz, mantenedora da escola Clodomir Teófilo Girão, Sidney Girão explicou que a história do professor é motivação para todos. Quando se fala em 100 anos de uma pessoa que marcou a humanidade, é preciso ressaltar essas histórias para motivar outras. Estamos aqui para servir e temos um papel a cumprir. Nada melhor do que fazer isso através da educação mais humanizada possível”, ressaltou. Clodomir Teófilo Girão nasceu em 29 de outubro de 1916 em Morada Nova. Casou com Maria Rocha Girão e teve seis filho, 16 netos e 17 bisnetos. Bacharel em Ciências e Letras, fêz-se, ao mesmo tempo, Professor e Jornalista. Em 1940, passou a ser colaborador da

Educação Brasil. A diretora do Instituto, Inez Cabral, ressalta que o desde 2004, quando foi fundada, a escola trabalha com um programa baseado em cinco valores: paz, amor, verdade, não violência e retidão. “Todos os anos a gente presta homenagem a ele. No entanto, como este é o centenário, fizemos algo maior. Convivi muito com o professor e aprendi muito com ele, como professora e como ser-humano. Ele é uma pessoa super importante”, defendeu a diretora da escola, Eliane Carvalho. Atualmente, 154 crianças estão matriculadas na instituição e recebem educação gratuita. Além da Escola, a Associação Estação da Luz atua na cultura, com o projeto Tocando a Vida, que oferece a 65 crianças e adolescentes, com faixa etária de 7 a 17 anos, capacitação musical e desenvolvimento pessoal através de aulas de violão, guitarra, percussão e flauta e de acompanhamento psicossocial, como uma equipe especializada; e atua no Esporte, com o Projeto Vida & Esporte, que proporciona a 424 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, de 07 e 15 anos, escolinha de futebol, atividades recreativas, oficinas sócio-pedagógicas e campeonatos externos

(Foto: Thiago Gadelha )

Leituras VIII

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Ceará em Brasília


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Leituras IX

O Romance de Safira

Edmílson Caminha (*)

Ao contar uma história que se passa entre os encantos da Itália e as belezas da Grécia, Pádua Lopes repetiu o já feito por centenas de escritores, antigos e contemporâneos. Há, porém, novidade em “Safira não é flor” (Fortaleza: Expressão, 2016): a personagem que nomeia o romance vem das redes sociais em que hoje mulheres e homens se apresentam, se mostram, se desnudam ‒ dizem, temerariamente, de seus desejos, de suas fantasias, de suas carências, como se deitados em um gigantesco divã, do tamanho do mundo. Casada, com filhos, conhece, em um desses “sites” de relacionamento, Pedro Pantoja, o Pepa, também casado, de quem aceita convite para uma viagem à Europa, acompanhados por Felinto Estrada, que já se dispusera ao passeio com o amigo. Em vez do “ménage à trois” que se poderia supor, a proposta é, para o casal, a excitante aventura de amar-se em camas de hotel, de dar-se as mãos e beijar-se pelas ruas, longe de olhos conhecidos e da surpresa de flagrantes; para o trio, o que se busca é a emoção de conhecer novas terras, outros povos, culturas diferentes, como diz o narrador Estrada, em que o romancista parece haver posto muito de si mesmo: “Não viajo em turismo de passeio para me divertir com as futilidades oferecidas pelo mercado de consumo, mas para aprender numa escola de vivência real. Convoco minhas energias para absorver o máximo de informações de uma só vez, pelo receio de nunca mais poder repetir uma jornada como esta, uma oportunidade privilegiada.” Assim, os três deslizam pelos canais de Veneza, contemplam os tesouros de Florença, mergulham na história de Roma, deixam-se tocar pelos deuses de Atenas, rendem-se ao sortilégio das ilhas gregas, enquanto Safira reaje ao encontro de Pepa com Ocella, italiana de quem fora namorado. A reflexão do narrador é primorosa, plena de lucidez e de argúcia: “Uma mulher adúltera não tolera a traição de seu amante, porque não admite ser tola e idiota, igual ao marido enganado. Ciumenta do próprio pecado, ela pensa deter o monopólio da perfídia.” Se, nas experiências extraconjugais, os amores secretos são tratados pelos homens com delicadezas e carinhos, estranha-se o gosto de Pepa em alardear, publicamente, a infidelidade de Safira, em magoá-la, constrangê-la, ridicularizá-la na presença de estranhos. Faz troça de Zirco José, por cuidar das crianças para que a mulher lhe ponha chifres, quando o sentimento dedicado aos “eternos maridos”, como Dostoievski os imortalizou, é, geralmente, de simpatia afetuosa, de uma quase gratidão, pela generosidade mansa com que dividem o leito matrimonial. Para os amantes, uma espécie de avesso da “síndrome de Estocolmo”, em que não é a vítima que ama quem a sequestra, mas o traidor que se afeiçoa pelo traído... Romancista de primeira viagem, Pádua Lopes já se revela bom na composição das personagens, no desenho de cenários, no fluxo da narração. Peca, às vezes, por subordinar a história ao que o cotidiano tem de pequeno, como nas passagens escatológicas do vaso sanitário do hotel e da disenteria que acomete o grupo. Não deve a ficção, por se fazer de vida, copiá-la rigorosamente, mas expressá-la só no que seja essência, segundo a lição de cineastas como Fellini: de todos os sons e ruídos gravados nas cenas, que se deem às plateias (ainda que não percebam) apenas os funcionais, para que não se sature, por “excesso de sonorização”, a “realidade” do filme. Nada, porém, que desmereça o livro. Ao escrevê-lo, o autor se mostra consciente de que a internet revolucionou muito mais do que a comunicação social, o mundo econômico, a realidade política: mudou, também, o modo de viver, o comportamento das pessoas, embora, no fundo, continuemos os mesmos, por mais que pareçamos outros. Safira, realmente, não é flor: é mulher como toda a humana espécie, dividida entre razão e loucura, desencanto e prazer, frustração e risco. Não quer mais do que ser feliz, pela realização dos sonhos e pela satisfação dos desejos. História que vem do império romano, do esplendor de Atenas e dos doges de Veneza para hoje nos chegar em segundos, por “smartphones” como o que Safira, certamente, carregava na bolsa.. (*) Edmilson Caminha (Fortaleza) jornalista e escritor, membro da Academia Brasiliense de Letras e da Associação Nacional de Escritores.

Ceará em Brasília

Em São Paulo, governador apresentou o Ceará para empresários japoneses

O governador mostrou aos empresários as potencialidades, infraestrutura e a capacidade de receber investidores estrangeiros no Estado. “O Ceará tem procurado, nos últimos anos, construir uma nova estratégia de desenvolvimento, focado em infraestrutura, valorização e formação profissional dentro das potencialidades que o Estado tem. A partir dessa estratégia, foi idealizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), com o objetivo de intensificar ainda mais nosso potencial e vocação”, citou o governador Camilo Santana, durante sua apresentação para mais de 130 empresários, executivos e investidores japoneses, a convite da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, realizado, em São Paulo. Na ocasião, o governador mostrou aos empresários as potencialidades, infraestrutura e a capacidade de receber investidores estrangeiros no Estado. Entre os projetos, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) foram destacados por Camilo Santana. O chefe do executivo do Ceará falou ainda das políticas de incentivos fiscais e oportunidades que o Estado oferece nas áreas de comércio, indústria, turismo e serviços. “Não há dúvidas do nosso potencial em se produzir e investir em nosso Estado. Temos grandes equipamentos, indústrias, um dos litorais mais visitados no mundo, além de estarmos estrategicamente bem localizados do ponto de vista geográfico. Isso tudo oferece uma vantagem competitiva quando se pensa em investir em novos países. O encontro tem o objetivo de consolidar as relações comerciais e culturais entre o Brasil e Japão. Além disso, a apresentação aproveita para destacar que o perfil econômico do Estado se encaixa nos interesses de

investimentos do empresariado e governo japonês no país, sobretudo para indústrias dos setores calçadista, têxtil, petroquímico, metalmecânico, agroindústria, granito e de alimentos. “Nós sabemos das potencialidades do Ceará e ficamos muito satisfeitos em receber o governador Camilo Santana e toda comitiva cearense”, citou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, Aiichiro Matsunaga, que é diretor da Mitsubishi Corporation do Brasil. O assessor especial de Relações Internacionais do Governo do Ceará, Antônio Bahlmann, também participou do encontro com os empresários japoneses. Saiba mais sobre a ZPE A ZPE Ceará é o primeiro empreendimento do gênero no Brasil. Está localizada no município de São Gonçalo do Amarante, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a 56 quilômetros de Fortaleza. Recentemente, teve a incorporação de 1.911,04 hectares, o que permitiu a expansão de sua poligonal de 4.271,4 hectares para 6.182,44 hectares. Além da CSP, três grandes empresas funcionam na ZPE Ceará: Vale Pecém, White Martins e Phoenix do Brasil. Saiba mais sobre o CIPP O CIPP está localizado na Região Metropolitana de Fortaleza, com população em torno de três milhões de habitantes. Foi concebido para abrigar atividades diversas, tendo como infraestrutura e equipamentos previstos: porto, gasoduto, energia convencional e possibilidades de utilização de formas alternativas, ferrovia, correia transportadora e malha rodoviária em constante ampliação. A Área de Despacho Aduaneiro (ADA), porta de entrada da ZPE, fica a 6 km do Porto do Pecém. O CIPP foi planejado para abrigar ainda atividades industriais diversas como siderúrgicas, refinaria, usinas termelétricas, por exemplo.

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José Adirson de Vasconcelos – 2° Vice-Presidente da Casa do Ceará ao lado de Dr. Osmar Alves de Melo Presidente da Casa do Ceará.

José Adirson de Vasconcelos – 2° Vice-Presidente da Casa do Ceará

Exposição de livros.

O escritor Adirson Vasconcelos (Santana do Acaraú), da Academia de Letras de Brasília e do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, 2º vice presidente da Casa do Ceará em Brasília, já consagrado como o historiador de Brasília, lançou em grande estilo seu último livro sobre a História de Brasília, reunindo uma multidão de amigos e admiradores. Nas fotos, registros do com concorrido lançamento.

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Chanceler Airton Queiroz, da Unifor, recebeu mais 2 homenagens Airton Queiroz foi homenageado por sua atuação profissional e científica e pelo seu trabalho em prol do fortalecimento da atividade turística. O Chanceler Airton Queiroz, da Unifor, de Fortaleza, foi duplamente homenageado. Dia 15 de dezembro, foi agraciado com a Medalha do Mérito Judiciário Clóvis Beviláqua, concedida pelo Tribunal Pleno do Poder Judiciário do Ceará a personalidades que, por sua atuação profissional, científica ou política, prestaram relevantes serviços à causa da Justiça ou aos interesses da comunidade cearense. Presidente da Fundação Edson Queiroz, o Chanceler foi lado da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, do desembargador Fernando Ximenes e do juiz Francisco Luciano Lima Rodrigues. Já no dia 16 de dezembro, o Chanceler Airton Queiroz recebeu da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE) o Troféu Habib Ary - Personalidade Turística 2016, pelo seu trabalho em prol

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do fortalecimento da atividade turística no Ceará. A cerimônia de entrega do Troféu Habib Ary aconteceu nos salões do Hotel Gran Marquise. A premiação da ABIH-CE ao Chanceler Airton Queiroz acontece dois meses depois de a Prefeitura de Fortaleza ter reconhecido o Espaço Cultural Unifor patrimônio turístico de Fortaleza. Situado no 2º piso da Reitoria da Unifor, o Espaço Cultural foi inaugurado oficialmente em 1988. Em 2004, passou por reforma física, tendo sido reaberto com a Mostra Raimundo Cela, uma homenagem ao cinquentenário de morte do artista cearense. Em 2008, ganhou área anexa, inaugurada com a mostra Barão de Mauá - O empreendedor. Ao longo da sua existência, o Espaço abrigou exposições, como Arte Brasileira nas Coleções Públicas e Privadas do Ceará, Unifor Plástica, História do Ceará em Obras Sacras e Decorativas, Mirabolante Miró, Rembrandt e a Arte da Gravura, Rubens - o gênio do barroco e sua obra gráfica, Leonilson, Antonio Bandeira, Vik Muniz, dentre outras.

Ceará em Brasília

(Foto: Ares Soares)

Adirson Vasconcelos Lançou seu novo livro sobre Brasília


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P Esprojeto eci s ais

Momentos marcante do Comendador Dr. Albery Mariano COMENDADOR Dr. ALBERY MARIANO é BENFEITOR do “MUSEU do CASARÃO” O CASARÃO dos Gonzaga, construído em 1908 possui em seu Acervo peças originais de época, como monjolo, forno de barro, roca, lamparina e outros. No auge se sua inauguração como MUSEU, esta antiga Casa de fazenda recebeu de seu principal Doador e Benfeitor 140 peças antigas, desde móveis com madeira de lei, relíquias e objetos variados da época do Brasil Colônia. A paixão do Comendador Dr. Albery Mariano pelo Casarão vem desde sua infância, quando passava suas férias no Casarão de seus Avós maternos em Caucaia-Ceará. Considerado “O Poeta das Rimas Melodiosas”, Dr. Albery Mariano - Advogado, Teólogo, Escritor e Poeta, exalta este Casarão histórico com a poesia:

O CASARÃO O Casarão dos Gonzaga, Agora, já é Museu. Sempre que posso o visito, Pois lembra o passado meu. Casarão é Casa grande, Onde brinquei com ‘’arraia’’. Um presente em Caldas Novas, E dos meus avós em Caucaia. No Casarão nunca falta, Oração no dia-a-dia. Paz, amor e devoção, Com a imagem de ‘’Maria’’. Faça parte dos velhos tempos, Doando uma peça antiga. Ajudará a Cidade, Se sua mão for amiga. Não importa nossa idade, Pra curtir o Casarão. Lá você encontrará:

Ceará em Brasília

Dr. Albery Mariano com um quadro doado ao Casarão Dr. Albery Mariano e esposa em frente ao Museu do Casarão

Lamparina, moinho, fogão.

Tudo isso é Museu.”

O Turista que aqui vem, Do antigo vai gostar. Vai depender de você, Se quiser colaborar. A todos, eu agradeço, Doadores, de coração. Vocês sabem o endereço, Do Museu do Casarão. O Casarão abre as portas, Pra Cultura divulgar. Academia de Letras e Artes, Lá, encontrou o seu lugar. Quem gosta de visitar Cidades históricas, Igrejas e Museus, não pode esquecer de agendar a visita ao Casarão dos Gonzaga, aqui em Caldas Novas-Goiás. Diplomado pela Secretaria de Cultura da Cidade, como BENFEITOR PRECURSOR do MUSEU CASARÃO, o Poeta Comendador Dr. Albery Mariano, incentiva a população, recitando os versos: ‘’ Benfeitor, já sou chamado, Sempre façam, como eu. O antigo, conservado

Diploma de precursor do Museu do Casarão

O Publicitário e Colaborador Cultural, Cícero Campos, recordando o lançamento de seu Livro Histórico e Literário, desta Cidade Termal “CALDAS NOVAS 100 ANOS”, saúda o Padrinho do Livro: “ Comendador Dr. Albery Mariano, não tem como esquecer... Ninguém vai esquecer... E mais do que isso, não tem como lembrar sem sentir nostalgia ao ver o Casarão, com suas Obras e peças doadas. Momentos assim, ninguém tira de você, mesmo que tentem, que se incomodem, seus feitos são imutáveis, são eternos”.

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Leituras X Pádua, Safira e a Flor Exposta João Soares Neto (*) Caro Pádua Lopes, desculpe-me por me imiscuir com a sua Safira. Não a pedra preciosa azul usada nos anéis dos engenheiros e dos administradores. Escrevo sobre a mulher erigida em seu romance, de capa do mesmo matiz, “Safira Não é Flor”. Uma crendice assevera, para as pessoas nominadas Safira, personalidade com sabedoria, fidelidade e razão. Imagina! Não haveria muito a acrescentar à crítica segura de Dellano Rios (DN, 05.11.2016). Refiro, mesmo sendo óbvio, nada há em mim de crítico literário. Vou escrever o lido, o sublinhado, sem ordenação e raso como um pé de alface. Deixo para leitores cultos beber a história lavrada em 278 páginas, palavra a palavra. Admito ser modéstia do Pádua se restringir à marotice de presentear “Safira” a amigos. Obrigado, Pádua. Por favor, deixe o seu belo livro aparecer em estantes condignas nas escassas livrarias locais, aviltadas e semidestruídas pela incursão de empresas de capital aberto ou daquelas financiadas a juros mínimos. Elas se estabeleceram aqui para vender de tudo. Até livros. Safira parece ter algo a ver com o citado no livro cinco dos Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento. Essa Safira bíblica foi, junto com o marido Ananias, condenada à morte por faltarem à verdade ao Espírito Santo. A Safira do Pádua não era santa, não foi condenada por sua escapadela à Europa com alguém apenas conhecido via Internet. Ela o fez sem sentimento de culpa, mesmo ao saber de outro estranho na empreitada. Larga o marido e os três filhos. Iria, para consumo familiar, viajar com amigas. Lá se foi Safira para a Itália, não para rezar, mas para escarafunchar museus, igrejas, lojas, restaurantes com acepipes e vinhos, hospedando-se em requintados ou simples hotéis, sem deixar de vivenciar espelunca. Passam por cidades como Veneza, Milão, Firenze e Roma. É exato aí quando o autor se desfaz em ciente de artes, contando as histórias de cada obra e do seu artífice. Ele diz: “Gostar de arte, no sentido de apreciá-la com inteligência e sensibilidade, é uma etapa atingida por quem se emociona com a mensagem estética”. Dou fé. Transpostas as soleiras de igrejas, de praças, de museus, Safira se espanta com a profusão de arte. A Itália é um grande museu, com várias exposições marcando os signos e os significados de escolas e séculos diferentes. Esse grande Museu há resistido a guerras e terremotos. Como o mais recente. Os sismos podem sacudir a terra do indefectível Berlusconi, o vário, mas não a destrói. Depois de tudo visto, a trinca foi parar na Grécia. O fim do século XX não era ainda pleno de barcaças com imigrantes árabes e africanos morrendo ou singrando o Mediterrâneo, em busca da Europa a apontar não a entrada, mas a saída ou, como dizem os ingleses, the Exit. Devo arranjar um jeito de incluir a palavra tessitura. Ela aparenta erudição. Não a possuo. Pois bem, há na tessitura de Lopes – fica chique assim – um Aracati novo na brisa literária cearense. Ele embaralha arte sacra e profana, história geral, geografia e o enlevo picante de (des)amantes de primeira viagem. De sentença em sentença, Pádua marca um ponto no bingo com o leitor. Ele dá pista, falsa ou vera, de personagens ao falar do figurante Melchior - não o Rei Mago - e de seus seguidores. Mostra pudor ao escrever “calcinha íntima” e finaliza com cartas capitais. Recomendo a leitura de Safira a quem gosta e sabe ler. Aos embevecidos com a arte. Aos informados ou curiosos da História antiga e da Renascença, com um mínimo de concentração para captar a saudável trama urdida. Parabéns, Pádua. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor e empresário, membro da Academia Cearense de Letras.

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Feriados de 2017 nos 18 dias de feriados 12 cairão em dias úteis e animam trade turístico do Ceará O ano de 2017 chegará em poucas semanas e, além de trazer com ele a esperança de dias melhores para o cenário político e econômico, vem também com 18 feriados para o fortalezense, entre municipais, estaduais e em âmbito nacional. Desse total, 12 (contando com o Dia do Comerciário) cairão em dias úteis, o que beneficia alguns setores, mas também pode gerar prejuízos para outros. Por um lado, o trade turístico espera um fluxo maior de visitantes na Capital cearense por conta dos feriados em dias de semana, o que pode acabar ampliando a permanência do turista na cidade e, assim, a movimentação financeira do setor. Para o titular da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), Erick Vasconcelos, o número maior de feriados deve mobilizar a hotelaria e as agências de viagem para lançar pacotes para esses feriados. “O ano que vem será de muitos feriados ‘imprensados’. Ainda não foi feito nenhum trabalho específico, mas, a partir de janeiro, vamos incluir em toda a programação esses feriados”, explica. Nove feriados nacionais serão em dias próximos ao final de semana, ou seja, têm a possibilidade de ‘emenda’. A expectativa para a ocupação hoteleira é de 90%, mas a meta é igualar a taxa aos 95% que o setor conseguiu alcançar no ano passado. Até o Carnaval do ano que vem, a Setfor espera que o turismo injete mais de R$ 2 bilhões na economia cearense. Indústria Segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Guilherme Muchale, os dias a menos podem representar uma queda para a indústria local no ano que vem, já que 2017 é o ano com o menor número de dias úteis desde 2012 (251 dias úteis). Contando os feriados de 2017 em comparação com os que caíram em dias úteis neste ano, ele destaca que o funcionário da indústria vai trabalhar 1% a menos no ano que vem. “É como se a gente já iniciasse o ano com uma queda de 1%, mas não é que isso vá se concretizar efetivamente, porque existem outros fatores que influenciam na concretização ou não disso”, detalha Muchale. Expectativas De acordo com ele, a produção industrial do Ceará deverá apresentar crescimento próximo à 2% em 2017, acima do número de 1,5% prospectado em âmbito nacional. “Temos aí uma série de investimentos, temos a ZPE (Zona de Processamento e Exportação)”, frisa ele. Quais são Carnaval: 28/2 (terça) Sexta-feira santa: 14/4 Tiradentes: 21/4 (sexta) Dia do trabalho: 1/5 (segunda) Corpus Christi: 15/6 (quinta) N. SENHORA da assunção: 15/8 Independência: 7/9 (quinta) Nossa senhora aparecida: 12/10 (terça) Dia do comerciário: 26/10 (quinta) Finados: 2/11 (quinta) Proclamação da república: 15/11 (quarta) Natal: 25/12 (segunda)

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Leituras XI

O Ceará exporta água para o exterior Engº Cássio Borges (*) Falando sobre a grave situação atual do açude Coremas, no Estado a Paraíba, “que está com apenas 3%”, o pesquisador João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, diz que “a geração de 4 MW de energia na hidrelétrica instalada no referido reservatório é, de fato, a grande responsável pelo situação caótica em que se encontra a distribuição de água para a população de cinco grandes cidades daquele Estado”. E afirma: “ O povo irá pagar um preço muito elevado com essa falta de transparência na condução da gestão da água no açude Coremas. O colapso será iminente”. Comentando a situação crítica em que se encontra o açude Coremas, o competente hidrogeólogo, José Tomaz do Patrocínio Albuquerque, ex-SUDENE, da Universidade Federal da Paraíba, assegura que “o problema da falta de água no Nordeste seco está na má gestão dos seus recursos hídricos”. O caso do Açude Coremas é semelhante ao do açude Castanhão, no Ceará. Aqui, também, os doutos projetistas desse açude também previram uma hidroelétrica de 12 MW nessa barragem, que, felizmente, ela nunca foi instalada. Não tem nenhuma lógica uma barragem de estiagem na região nordestina ser, também, destinada, para geração de energia. O presente caso do açude Coremas é uma prova insofismável do que estamos dizendo. Entretanto, os gestores da água no Estado do Ceará cometem erro semelhante ao não controlar a água dos açudes que, ainda este ano, em plena seca, segundo nos consta, continua sendo usada para irrigação para atender interesses de poderosos grupos empresariais ligados a essa atividade. Enquanto isto, a população cearense está sendo sacrificada exigindo-se a enormes sacrifícios para racionar o uso deste insumo em suas residências. Temos informações de que é no chamado Eixão das Águas onde está o maior consumo de água para fins econômicos chegando a se equivaler ao consumo de grande parte da Região Metropolitana de Fortaleza. Qualquer um pode usar a água que quiser, desde que pague o preço cobrado pela COGERH, que dispõe de cerca de 700 funcionários para este objetivo. Observa-se que a gestão dos recursos hídricos no Ceará se resume na venda da água dos açudes do DNOCS, que já alcançou, segundo nos consta, a elevada arrecadação anual de US$ 100 milhões decorrente da exportação de frutas e hortaliças para a Europa e Estados Unidos, lembrando que para cada quilo de melão exportado é agregado cinco litros de água para sua produção. São milhões de metros cúbicos de água exportados pelo Porto do Pecém. E nós, os otários consumidores de água, é que estamos pagando pela incompetência e falta de transparência dos que estão à frente da gestão deste importante insumo em nosso Estado. (*) Cássio Borges (Fortaleza) Engenheiro, Defensor Perpétuo do DNOCS e guardião das águas do Ceará.

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Leituras XII

O Humor Negro e o Branco Humor Curiosidades do Meio Literário Brasileiro (II)

Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. “Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue”, conta Agnes, a filha mais nova. Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual. Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca. José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação. Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. “Por quê?”, perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: “O motivo é simples: nós somos amantes.” Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: “Muito prazer, encantado.” Era piada. Os dois nem se conheciam até então. ( Colaboração de Ana Maria de Moraes Sarmento )

Curiosidades Além da lâmpada, o norte-americano Thomas Alva Edison patenteou outras 1.032 invenções. Barbie, a boneca mais famosa do mundo, foi lançada em 1958 e ganhou o nome da filha do casal norte-americano Ruth e Ellit Handler, donos da fabricante de brinquedos Mattel. As calças do tipo bermuda receberam esse nome por que foram criados nas ilhas Bermudas, no Caribe. O primeiro computador totalmente eletrônico surgiu em 1946. Fazia 5 mil cálculos por segundo e pesava 30 toneladas. O automóvel foi inventado na Alemanha em 1885, por Otto Benz. Mas, antes dele já existiam semáforos nos Estados Unidos. O primeiro de que se tem notícias apareceu na cidade de Boston em 1840. O inventor da máquina de escrever foi o padre brasileiro José Francisco de Azevedo. A patente, porém, foi registrada pelo norte-americano Christopher Sholes. Um dos maiores inventores de todos os tempos foi Leonardo Da Vinci. O italiano Da Vinci idealizou inventos que só se tornariam realidade séculos depois como o helicóptero, o tanque de guerra e o paraquedas.

Ceará em Brasília

Culinária

Os Cearenses na Cozinha de Brasília

Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) . Garçons: Raimundo Vieira (Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772-520 - Tel (61) 3274-7805.. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 337988763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antonio Prado (Hidrolândia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 Asa Sul 70257-180- 3442 1169 Chefe de Cozinha: Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino (Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e Jose Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) - SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque - 70200-002 Tel 3224 5585 Brasília Shopping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antonio Melo (Independência) Antonio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila Planalto - Tel 3032 1062 - 70804-270 Forneria Parole Maitre Antonio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte); garçom: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaiolo Sinobilino Bezerra Neto (Tauá) e Adinaldo Fernandes Bezerra (Tauá) - QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) cozinheiros:Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) e João Moura Rodrigues (Itarema). SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo,Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e Antono Alcimario (Pereiro (churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21

Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, RaimundoCavalcante (Sobral). GerenteEduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferrreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçom: Zé Vanildo (Sobral) - Especialidade: Picanha na chapa; - Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada; Q-04 Conjunto J Lote 60 Planaltina-DF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) 33897000 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman Joao Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J, Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral); -Pizzaiolo Narcelio Oliveira da Silva (Crateus); Cozinheira Edilza Maria (Fortaleza), ajudante de cozinha José Dalmir do Nascimento Sousa Prado(Sobral), ajudante de cozinha Francisco Tadeu Prado Nascimento Sousa ( Sobral); Copeiro Manoel Bezerra Aguiar de Araújo ( Sobral) Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 Planaltina 73.300-000 Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Antonio Viana (Crateús), Jose Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa:Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3272-8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF - 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul Tel 3264 7005 Chefe de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul/ 73.344-000 - Tel3242 4039 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217

Veja a TV Casa do Ceará - acesse: tvcasadoceara/youtube

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Dezembro/16


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O Natal dos Idosos da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, do abrigo, falou sobre a origem do Natal e concluiu desejando realizado em 09.12 no Espaço Estênio Campelo na Casa do uma boa festa a todos. Ceará, foi um sucesso, contou com a presença dos idosos resiA programação contou com apresentação do Coral Idosos dentes da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, familiares dos da Pousada Crysantho Moreira da Rocha sob a coordenação da idosos, diretoria da Casa do Ceará, grupo de orações, voluntários, funcionária Eloísa marques do Nascimento e uma peça de teafuncionários da Casa do Ceará e convidados. tro sobre o tema da música “Olhos do Medo” do Padre Antônio A assistente Social Ivete abriu o evento Maria . Também contou com uma linda agradecendo a Deus pela permissão de apresentação de dança flamenca e cigana mais uma realização da Ceia Natalina dos sob a coordenação do Profº Rafael Cortez. Idosos, leu a Carta de Paulo aos Coríntios. A animação musical foi por conta do Grupo E concluiu dizendo: O que temos em nosso “Apaixonados Por Viola” o mais recente coração transparece em nossa vida. Se nosintegrante e parceiros dos eventos da Casa do Ceará. so coração está cheio de coisas boas, nossa Sob o comando do grupo estava Robervida vai mostrar essa bondade; se nosso coração está cheio de amarguras..rancor... to Amorim que é Gerente Geral da Agência Diretor de Obras Carlos Euler, Diretor Jurídico, João Rodrigues, mágoas e ressentimentos, dificuldades de Diretor de promoção Social Lacerda Júnior, Andreia Caruso, Ivete de do BRB do Tribunal de Contas do DF, que Melo, Presidente Osmar de Melo, Maria Hermínia de Magalhães. perdoar, a nossa vida vai revelá-las. Devefoi o responsável por apresentar esse mamos sair do nosso comodismo e individualismo e olhar mais para ravilhoso grupo que abrilhantou a festa com “ modas de viola”. os lados para ajudar o próximo. Fazia parte dos “Apaixonados por viola”: Sinval Gomes Locutor Feita a Oração do pai Nosso, agradeceu aos colaboradores, da Clube FM 98.1, José Augusto de Sousa Pereira, Marcos Alves, voluntários, funcionários e registrou a presença da diretoria e Wesley César Bernardo Júnior, Francisco Carlos Moreira, Walter convidados. Rodrigues e Ramos dos Santos Rosa, Sob o embalo da música Marcou presença o Presidente Dr. Osmar Alves de Melo, o 2º foi servido jantar com cardápio elaborado pela Nutricionista Vice Presidente José Adirson Vasconcelos, o Diretor de Obras Claudia dos Santos e pelo Cozinheiro Antonio F. de Jesus. Após Carlos Euler Currlin Perpétuo, o Diretor de Promoção Social, o jantar cantou-se os parabéns aos aniversariantes do mês e foi José Sampaio de Lacerda Júnior, o Diretor Jurídico Dr. João servido sobremesa. Rodrigues Neto, os conselheiros José Aldemir Holanda e José O evento teve a organização de, Ivete Simonette do Amaral, Ribamar Madeira, a esposa do Presidente da Casa do Ceará Ivete Eloísa Marques, Dalva Araújo, Jackeline Aragão, Claudia dos de Melo a Superintendente Antônia Lúcia Guimarães e a Chefe Santos, Hosana da Silva, Antonio de Jesus, Maria de Fátima da divisão de Orientação Social do SESC/DF Profª Lúcia Maria Soares, Eulália Mendes, Joélia Santos, Régia Maria Silva, MaPercy Bastos Garcia. ria Darcimar Serra, Paloma da Silva, Valéria Guimarães, Maria Após os agradecimentos o Presidente da casa do Ceará Dr. Hilma, Aurea Luíza Alves, Erika Cristina, Francilene da Silva, Osmar Alves de Melo fez uso da palavra, fazendo um agradeci- Genilson José Ferreira, Edson Brito da Silva, Israel Francisco mento a todos, falou que era uma festa para os idosos moradores de Souza e Rafaela da Silva.

Natal dos funcionários da Casa do Ceará

Equipe Casa do Ceará

Foi novamente concorrido o Natal dos Funcionários da Casa do Ceará que desta vez contou com participação de médicos da Policlínica, dentistas da Odontoclínica, prestadores de serviços nos cursos profissionalizantes e de línguas. Foram sorteados 18 presentes, inclusive um lindo anel de prata, produzido pelo Curso de Ourives. Participaram do evento os diretores presidente, Osmar Alves de Melo, José Sampaio de Lacerda Júnior, Carlos Euler Curlin Perpetuo, Francisco Machado da Silva, Vicente Magalhães, JB Serra e Gurgel e Maria Madalena Carneiro, superintendente Antônia Lúcia Guimarães. Osmar Alves de Melo agradeceu e colaboração dos funcionários que se esmeram no atendimento dos que procuram a Casa, assinalando que a Casa enfrentou com participação de todos as turbulências de 2016, seguindo seu propósito de oferecer serviços de qualidade a comunidade de Brasília e do Entorno. A dinâmica de grupo ficou por conta da servidora Heloisa que trabalha na Pousada Crisantho Moreira da Rocha.

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11/18/16 11:39 AM

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Ceará em Brasília

Fotos Sue Hellen

Fotos de Patrícia Pawler

Ceia Natalina dos Idosos da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, da Casa do Ceará


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