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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará
Ano XXVII - 289 - Julho de 2016
3ª Diretoria da AQQB-DF tomou posse para o Biênio 2016/2018 na Casa do Ceará. Leia mais na pág. 15
Fotos AQQB
Yolanda Queiroz: 1928 – 2016: “Sou curiosa, bem-humorada e feliz. Cultivo as grandes amizades que fiz na vida”
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DEVOLUÇÃO GARANTIDA
CORREIOS
Os novos diretores empossados.
Diretor de Promoção Social José Sampaio Lacerda Júnior, Superintendente Antônia Lúcia Guimarães, Diretor de Obras Carlos Euler Currlin Perpétuo, Selvina José de Aguiar, Aldanilse Pereira de Lima, Ivete Magalhães Alves de Melo, Secretária do CDI/DF Zilda Sanches.
Palestra com profissionais de nutrição do SESC/DF sobre alimentação saudável.
Palestra com profissionais de nutrição do SESC/DF sobre alimentação saudável.
Equipe de profissionais da Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal- HRAN – DF, Equipe de Odontologia e Nutrição do SESC-DF , Diretor e profissionais da Casa do Ceara.
Bruno Pedrosa: História de família contada por gerações. Leia mais na pág. 12 Fotos Bruno Pedrosa
Editorial, pág 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3 Melhor resort da A. Sul está no Ceará, pág. 4 Atlas de Divisas Municipais apresentando em Camocim, pág. 5 Waldemar Marrocos doou livros à Casa do Ceará, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 Anúncio do Uniceub, pág. 5 Leituras l - A Poesia de Jarbas Júnior, pág. 6 Leituras II - Castanhão: para conhecimento dos caros amigos, artigo de Cássio Borges, pág. 6 Memória - Cancelamento da Refinaria Mais de um ano depois, Ceará ainda não pediu ressarcimento, pág. 6 Porto do Pecém termina 1º semestre com aumento de 95% nas movimentações, pág. 6 Leituras III - artigo de Wilson Ibiapina, pág. 7 83% já buscam a internet para decidir a compra, pág. 7 Leituras IV - artigos de Gonzaga Mota, pág. 8 Em janeiro, Funceme apontou ano seco como cenário mais provável, pág. 8 Vem aí o racionamento de água, pág 8 Cinturão das Águas: mais um problema, pág. 8 Projeto São Francisco: as opções, pág. 8 Leituras V - JB Serra e Gurgel, pág. 9 Nordeste 2030 - Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável, pág. 9 Violência: Banco do Brasil fecha 17 agências no Ceará, pág. 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, pág. 10 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras VI - artigo de Narcélio Lima verde, pág. 12 Documento - História de família contada por gerações, pág. 12 Resgate de uma família cearense, Bruno Pedrosa, pág. 12 Leituras VII - artigos de João Soares Neto, O Príncipe e a Poesia e o Poeta José Teles pág.. 13 Ceará poderá aplicar US$ 50 milhões na área social, pág. 13 Camilo sanciona leis sobre Resíduos Sólidos, pág. 13 Leituras VIII - artigo de Fernando Milfont, pág. 13 Leituras IX - artigo de Macário Batista, pág. 14 Gestores apresentam na AL ações para a área hídrica do Estado, pág. 14 Ações de combate à desertificação e à seca, pág. 14 Nova Lei qual farol deve ser usado durante o dia, pág. 15 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Momentos Marcantes na vida do Comendador Albery Mariano, pág. 17 Página da Mulher, artigo de Regina Stela, A Flor Fantástica, pág. 18 Dom Gilberto Pastana apresentando com bispo coadjutor do Crato, pág. 18 Leituras X - artigo de César Maia, pág.. 18 Leituras XI - Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Os cearenses na cozinha de Brasília, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20
A Festa Junina dos Idosos e dos funcionários da Casa do Ceará com o apoio dos servidores do HRAN e do SESC/DF
Fotos Sue Hellen
Leia nesta edição
Posse da AQQB: senador Adelmir Santana, presidente Fecomercio, Osmar Alves de Melo, presidente da Casa do Ceará, Elaudy Aguiar, novo presidente da AQQB, Antônio Carlos Aguiar, presidente Emérito da AQQB, e Vicente Magalhães, diretor da Casa do Ceará e presidente Emérito da AFA.
Francisco Ivens de Sá Dias Branco, que criou o maior grupo empresarial do Brasil, no ramo de massas e biscoitos, o M. Dias Branco, em homenagem ao seu pai, faleceu em 24.06. O governo do Ceará decretou luto oficial. Foi um grande incentivador da Casa do Ceará em Brasília. Leia mais na pág. 20
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Espaço Luciano Barreira A Tristeza do Português
Edi t o r i a l
Duas grandes perdas para o Ceará no mês de junho: d. Yolanda Queiroz, viúva do notável empreendedor cearense, Edson Queiroz, e Francisco Ivens de Sá Dias Branco, o maior empresário brasileiro e cearense, do ramo de massas e biscoitos, criador do grupo M. Dias Branco. D. Yolanda com seus filhos e netos, levou adiante o legado de Edson Queiroz, ampliando-o de forma inovadora conquistando a admiração e o respeito da comunidade cearense, contribuindo decisivamente para a integridade e a consolidação do grupo Edson Queiroz, que é vanguarda em todos os setores em que atua, desde a Unifor, a Universidade de Fortaleza, a maior universidade privada do Nordeste, aos ramos de gás e água, metal , metalúrgica, comunicação e sucos. O grupo foi profissionalizado e se tornou padrão de eficiência e qualidade. Ivens seguiu os caminhos traçados por seu pai e os ampliou de forma impressionante, saindo das fronteiras do Ceará e conquistando vários espaços, com seu empreendedorismo inovador, superando seus próprios paradigmas e fazendo da cearensidade uma bandeira desfraldada em diversos estados brasileiros Da mesma forma que o grupo Edson Queiroz, profissionalizou a gestão de suas empresas, atraindo os melhores quadros do mercado. Todas as homenagens prestadas a d. Yolanda e ao Ivens são merecidas pela contribuição que deram à construção de um Ceará que é vanguarda nos setores que estão suas empresas, o que nos diferencia e nos engrandece no país, sendo como somos um Estado desprovido de água, agronegócio, pecuária, etc. Inácio de Almeida (Baturité) Diretor Expediente
Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Avcaraú), 2º vice; Luis Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Administração e Finanças; Maria Madalena da Silva Carneiro (Garanhuns/PE) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza) , Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casadoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br
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Tarde da noite. Manuel chega em casa abatido, cabisbaixo, e Maria vai logo perguntando: - O que foi que houve, Manuel?Aconteceu alguma coisa? E o portuga responde: - Uma tragédia, Maria! Estive no doutor esta tarde e ele disse que eu vou ser castrado! Maria pergunta, assustada: - Castrado, Manuel? mas o que é que você tem? E ele: - Peguei um tal de colesterol! E a única solução vai ser cortar os ovos! O Primeiro causo de Português. A adúltera estava para ser apedrejada, quando Jesus resolveu interceder em seu favor diante da multidão que ali estava... Jesus disse: -”Quem nunca errou antes, que atire a primeira pedra!” O português, naturalmente presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num tremendo tijolo e acertou na testa a adúltera, que caiu desmaiada! Jesus, estarrecido, foi direto ao portuga, olhou-o
bem nos olhos e perguntou: - Meu filho, diz-me a verdade... Nunca erraste na tua vida? O português respondeu: - Desta distância, NUNCA!!! Seis reflexões dos homens
1) Comer puta é igual pular de bungee jump, dá uma emoção do caralho, mas se rebentar a borracha, você está fodido!!! 2) Comer um cu virgem é que nem dar uma facada em um porco. A emoção não está no golpe, mas no grito... 3) Piriguete é igual carrinho de brinquedo do Paraguai... Brincou duas vezes ja vai soltando a rodinha. 4) ”Nenhuma mulher é tão pobre que não possa pagar ao menos um boquete” 5) Ter uma amiga é como ter uma galinha de estimação. Cedo ou tarde você vai acabar pensando em comê-la. 6) “Boquete de mulher feia é igual alpinismo, no começo da medo, depois você percebe que o segredo é só não olhar pra baixo!!!”
Conversando com o Leitor Temos no site da Casa do Ceará www.casadoceara.org. br a presença de 60 municípios cearenses que consideramos Municípios Parceiros. Pois bem , estamos dobrando a parceria, unilateralmente, para 120. Estamos vendo quais os que tem sites para estabelecermos o link. Este serviço não custa nada aos Municipios. + Em verdade, a Casa do Ceará , nestes 10 anos , nunca recebeu um só centavo de qualquer município, a titulo de publicidade institucional. Nem os procuramos. Não aceitamos nem publicamos matéria paga exaltando qualquer prefeito, ainda que identificada. Aceitamos apenas publicidade institucional. + Abrimos um novo link no nosso site para colocação das bandeiras dos Municipios. Recentemente, a Casa do Ceará fez uma comemoração e foi muito difícil achar as bandeiras dos municípios. Todos deveriam ter bandeiras. Procuramos no Anuário do Ceará, da Fundação Demócrito Rocha e no site do Governo do Estado, mas não achamos. As prefeituras que tenham bandeiras poderão nos mandar a arte das bandeiras, cromo colorido, arquivo digital por email. + O nosso site principal: www.casadoceara.org.br teve em junho 6,246 sessões, com 5.11 usuários e 13.367 visualizações. + Caminhamos para 300 mil acessos. + Em junho, fomos visitados certamente por cearenses em 20 países ,Reino Unido (Birmingham), Estados Unidos (Nova Iorque), Índia (Nova Delhi) Estados Árabes Unidos (Dubai); Portugal, Espanha, Itália, México (Pachuca), Romênia, Vietnam, Argélia, Áustria, Belarus, França, Indonésia, Holanda, Noruega e Polônia.
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+ No Brasil, fomos visitados em 136 cidades: Brasília, disparado, Goiânia, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Águas Lindas, Manaus, Porto Alegre, Luziânia, Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre, Recife, Campo Grande, Curitiba, Santo Antônio do Descoberto, Salvador, Formosa, São Luís, Sobral, Natal, São Bernardo do Campo, São Gonçalo, Juazeiro do Norte, João Pessoa, Osasco Santo André, Cristalina, Janauba, Barreiras, Uberaba, Unaí, Rondonópolis, Teresina, Florianópolis, Barbalha, Duque de Caxias e Icó. + Nossos sites de memória viva do Ceará, fora de suas fronteiras, www.brasilia50anosdeceara.com.br e www. casadoceara50anos.com.br continuam bombando com as biografias de 300 cearenses que se destacaram em Brasília. A história de Brasília passa por estes dois livros. Não custa lembrar que foi um cearense que demarcou a área em que foi instalado o Distrito Federal. Também não custa lembrar que foram três cearenses que transformaram Brasília num jardim, com a maior área verde do país. + Recebemos de (Ivonildo) Dias da Silva o Binóculo de abril, com artigos dele, Ivonildo, Batista de Lima, Francilda Costa José Aldro Luiz de Oliveira. Caio Porfírio Carneiro e Januário Bezerra, além de poesias de Eugênio Dantas, Ernane Tavares, Pedro Ernestp, Mana, William Brito, José Joel de Sousa, Nezite Alencar. Aldemá de Morais, Francisco Carvalho e João Lobo. + Carlos Eduardo Paz, cearense de Fortaleza, tomou posse como Defensor Público da União, para um mandato de dois anos. Esta na DPU desde 2006 e ultimamente estava lotado em São Luis/MA. Entre 2004 e 2006, atuou na OAB Ceará.
Ceará em Brasília
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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Foto de Zé Junior
Casa do Ceará vai a Cruz Macedo
Diretores da Casa do Ceará Vicente Nunes Magalhães, João Rodrigues Neto, Carlos Euler Curllin Perpetuo, José Sampaio de Lacerda Júnior ao lado do Desembargador José Cruz Macedo.
Comenda do Reino da Bélgica Por sugestão do Ministro belga das Relações Exteriores, Sua Majestade o Rei Philippe decidiu outorgar ao Professor Doutor Pedro Jorge de Castro a Condecoração de Chevalier de L’Ordre de la Couronne. Este ato é um reconhecimento das mais altas autoridades belgas do papel importante que tem desempenhado para o fortalecimento das relações entre a Bélgica e o Brasil. Pedro Jorge é Cearense e ai fez seus mais importantes filmes como Tigipió, O Calor da Pele, Brinquedo Popular do Nordeste, Chico da Silva e outros. O embaixador do Reino da Bélgica em Brasília, Josef Smets é um atento observador da vida cultural e cientifica. Busto de Ivens Dias Branco A primeira homenagem a Ivens Dias Branco, a ser feita pelo Município, seria um busto dele na nova Praça Portugal. É o que pensa o Prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, desde que a família aprove. Terra do Humor A Comissão de Cultura e Esportes da Assembleia Legislativa realizou debate sobre o reconhecimento do Ceará como Terra do Humor. Solicitado pelo deputado Bruno Pedrosa, o evento agradou com os artistas e gestores públicos da área da cultura o fortalecimento dos nossos vínculos sociais, a divulgação da cultura local e o “jeito cearense de ser”. Além de reconhecer o Ceará como terra do humor, o projeto estabelece a linguagem cultural, o humor, como bem cultural de natureza imaterial do Estado. Foram convidados para o debate representantes da Secretaria de Cultura do Estado, Secretaria de Cultura do Município de Fortaleza, Associação Cearense de Humor, bem como dos humoristas Laitinho Brega, Tirulipa, Mastrogilda, Hiran Delmar e Zé Modesto. José Maria Lucena, O PMDB vai apostar no desembargador federal aposentado José Maria Lucena como candidato a prefeito de Limoeiro do Norte (Vale do Jaguaribe). Com a presença do senador Eunício Oliveira, o diretório e a executiva municipais desse município lançaram a pré-candidatura de Lucena (PMDB), que terá como vice o ex-prefeito João Dilmar (SD). O evento lotou o auditório do Núcleo Informação Tecnológica (NIT), com várias lideranças da Região do Vale do Jaguaribe.
Ceará em Brasília
Paes de Andrade Hoje, Paes de Andrade vira estátua de bronze em sua terra natal, a Mombaça. Poucos homens públicos deixaram no Ceará a marca das mãos limpas, o esteio de obras que legou ao Ceará e ao Brasil. Pena que tenha tido tão poucos seguidores, inclusive nalguns segmentos que bem poderiam fazer dele um espelho de moralidade, honradez, dignidade e serenidade. Com Macário Batista. Medalha Boticário Ferreira A medalha Boticário Ferreira, a mais alta comenda da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), será entregue aos desembargadores Raimundo Nonato Silva Santos e Teodoro Silva Santos. A outorga acontece no Plenário da CMF, A homenagem será concedida em reconhecimento ao profissionalismo e competência no exercício da magistratura, bem como pelos relevantes serviços de justiça prestados à sociedade. Os desembargadores, que são irmãos, receberão a comenda na mesma ocasião, fruto de requerimento de autoria dos vereadores Pedro Matos e Robert Burns. Alívio Soou como alívio a retirada da cena política do ex-deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio Grande, que praticamente estruiu o DNOCS, colocando seus líderes para esvaziar uma instituição centenária com relevantes serviços prestados ao Nordeste e país. Se o juiz Moro o pegasse seria bom. Na mão do Supremo, corre o risco de ser anistiado. Henrique Alves fez estrago na Infraero, no DNOCS e no Ministério do Turismo. Vizinho ilustre Henrique Eduardo Alves, agora ex-Ministro, daqui do Rio Grande do Norte, foi obrigado ao esconderijo num banheiro de avião pra fugir do povo enfurecido. Como foi? Em Brasília, ao entrar no avião no voo pra Natal, uma mulher o reconheceu e ficou gritando... Golpista! Golpista! Escondeu-se banheiro de onde só saiu quando todos desembarcaram. A felicidade está com os políticos que têm avião próprio. Saem e chegam sozinhos em pistas paralelas e nas horas onde o canelau não vá pra aeroporto. Cearense é 1º na AGU É cearense o primeiro colocado no concurso nacional para a Advogacia Geral da União. Leandro Peixoto Medeiros (23) graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na escola pública. Ainda bem O ex Presidente Lula não foi ao Crato buscar o titulo de Doutor Honoris Causa que lhe concedido pela URCA. Desistiu. Há muita pressão em Coimbra pela casacão do titulo de lá, depois do que aconteceu a Petrobras, ao BNDES, à Eletrobrás, etc. Esboça-se movimento para que receba o titulo de Preso Honoris Causa da Universidade de Curitiba.
80 anos de Tarcísio Tarcísio Holanda e Daisy receberam um pequeno grupo para comemorar os 80 anos de Tarcísio que, finalmente, decidiu parar. Não está escrevendo nem livro, apesar da insistência dos amigos. Tarcísio registrou nas páginas dos grandes jornais o Brasil dos últimos 60 anos. Presentes os filhos, Sandra Holanda, Cristina Sato, João Batista Holanda, Maria Fernanda Holanda Peixoto, e Cláudio Holanda. Os netos: Renata Holanda Lima, Felipe Holanda Lima, Mariana Victor Holanda, João Guilherme Holanda, Eduardo Monteiro Holanda e Beatriz Monteiro Holanda. Os amigos: Geraldo Vasconcelos e d. Maria, Fernando César Mesquita, JB Serra e Gurgel, José Sampaio de Lacerda Jr. e Francisco Inácio de Almeida e Teresa. Centro de Eventos do Ceará O secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, assumiu uma posição que merece destaque. Arialdo Pinho está a defender a transferência, para a iniciativa privada, da gestão do Centro de Eventos do Ceará. O secretário tem razão. Foi incluído na relação dos equipamentos do Governo que serão concedidos à iniciativa privada. O leilão de concessão será realizado no segundo semestre. Com Egídio Serpa. URCA: 30 anos A Universidade Regional do Cariri (Urca) completou 30 anos de sua criação com uma homenagem ao seu criador, o professor Antônio Martins Filho, que foi também o primeiro reitor da Universidade. A Urca é a primeira Universidade da Região do Cariri. Já formou mais de 23.000 profissionais oriundos de cerca de 105 municípios dos Estados do Ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba. Possui campi nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Campos Sales e Missão Velha. César Pinheiro O o sociólogo cearense César Pinheiro, ex-secretário de Recursos Hídricos do Governo do Ceará, deverá ser nomeado secretário Executivo do Ministério da Integração Nacional ou para a coordenação do Projeto São Francisco de Integração Bacias. Foi apontado ao ministro Helder Barbalho. Silêncio O poder eleitoral (juízes e juízas) propõe em cidades do Ceará uma campanha sem carros de som nem foguete. Pergunto-lhe eu Onde já se viu campanha política no interior sem um carro de som chamando pro comício, sem foguete e sem um bêbado no pé do palanque gritando “muito bem!” Com Macário Batista. Promoção Mais um filho de cearense chega a ministro no Itamaraty; Paulo Elias Martins de Moraes, nascido em Tóquio, filho do embaixador Helder Martins de Moraes (Maurity) e Masumi Yamaguchi.
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Localizado no município de Aquiraz, na praia de Marambaia, o Dom Pedro Laguna fica a 35 km do Aeroporto Internacional de Fortaleza. (Foto: Divulgação) O resort cearense de investimento luso-brasileiro Dom Pedro Laguna Beach Villas & Golf Resort foi eleito pelo segundo ano consecutivo como o melhor resort de praia da América do Sul, segundo a premiação World Travel Awards 2016, considerada internacionalmente como o ‘Oscar’ da indústria do turismo. Em sua 23ª edição, a cerimônia de anúncio dos vencedores ocorreu na sexta-feira, 1º de julho, em Lima, no Peru. Esse ano, o Dom Pedro Laguna também recebeu indicações na categoria melhor resort do Brasil, posição também conquistada em 2015. Localizado no município de Aquiraz, na praia de Marambaia, o Dom Pedro Laguna fica a 35 km do Aeroporto Internacional de Fortaleza, capital do Ceará, e funciona há cinco anos sendo o alicerce turístico do complexo Aquiraz Riviera, eco resort turístico e imobiliário com 285 hectares de área e com o primeiro campo de golfe oficial de 18 buracos do Ceará, estendendo-se por uma lagoa com 15 mil metros quadrados e uma frente de 200 metros de mar. “Estar novamente entre os melhores do segmento reforça o comprometimento de toda a nossa equipe para prestar o melhor serviço possível. Também amplia a boa imagem do Ceará para o mundo e reforça a vocação turística do Estado ao qual temos orgulho de representar e pertencer”, destaca o gerente geral, Emanuel Freitas.
Atlas de Divisas Municipais apresentando em Camocim
A Comissão de Criação de Novos Municípios, Estudos de Limites e Divisas Territoriais da Assembleia Legislativa realizou audiência pública na Câmara Municipal de Camocim, em 17.06, quando apesentou o projeto Atlas de Divisas Municipais Georreferenciadas, a metodologia empregada e os objetivos a serem alcançados. O debate atende a requerimento da deputada Laís Nunes (PMB), coordenadora do projeto. A audiência pública vai contar com a presença do presidente da Comissão, Luiz Carlos Mourão, além de representantes de outros 13 municípios que compõem o litoral norte do Estado. Segundo a deputada Laís Nunes, os próximos municípios a receberem as audiências sobre o tema serão da região norte e da Serra da Ibiapaba. O Atlas trata da atualização, revisão e ordenamento do espaço geográfico do Estado. O projeto também apresenta um panorama de como estão divididos os espaços territoriais das cidades, permitindo uma melhor administração de cada município. “O Ceará é o segundo estado do País e o primeiro do Nordeste a ter um mapa georreferenciado com o que há de mais moderno, através de GPS e imagens de satélite”, reforça a deputada Laís Nunes. O primeiro estado a ter a iniciativa foi Santa Catarina. O Atlas começou a ser elaborado em 2011 e foi entregue à Mesa Diretora da AL em 2014. O estudo foi realizado por convênio entre AL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Waldemar Marrocos doou Livros à Casa do Ceará Fotos Sue Hellen
Melhor resort de praia da A. do Sul esta no CE
livro “História Política do Ceará”, de Aroldo Mota. Valéria Marrocos, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Waldemar Bezerra Marrocos, Titular do Conselho Fiscal José Colombo de Souza Filho e Francisco Costa Cavalcante
O Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, recebeu das mãos do sr. Waldemar Bezerra Marrocos, doação de livros para as Bibliotecas da Casa. A Casa tem três bibliotecas do desembargador Colombo de Souza, do senador Mauro Benevides e a Padaria Espiritual. Osmar agradeceu os livros doados que enriquecerão a Biblioteca especialmente os seis volumes do Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, Edição original de Clovis Beviláqua (Viçosa do Ceará, que foi o principal redator do Código e que foi Consultor Jurídico do Itamaraty, no Rio de Janeiro e o livro “Notas para a história do Ceará”, de autoria do Barão de Studart, o criador do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará. Foram doados os seguintes exemplares: 15 volumes da enciclopédia Delta Larouse, edição especial de luxo; 1 exemplar da Teoria Geral de Direito Civil; 1 exemplar do Direito das Obrigações; 1 dicionário de Direito da Família; 1 dicionário de Direito Administrativo; 1 dicionário de Decisões Trabalhistas.
Há 44 anos
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Ceará em Brasília
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Arraia de São João do GSAD (Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal/ HRAN
Aproveitando o clima de festas juninas, a GSAD (Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal- HRAN em parceria com o SESC e a Casa do Ceará em Brasília, juntamente com um Encontro de Capacitação de Cuidadores cujo tema envolveu a odontologia e nutrição, promoveu no dia 30 de junho último, uma festa de arromba, o “Arraia de São João” na Área Coberta da Casa do Ceará. A animação ficou por conta da Banda Maluco Voador, do CAPS do Paranoá, que é composta por pacientes do CAPS e profissionais. E para completar uma mesa farta de deliciosas comidas típicas de festa junina. Participaram do evento a equipe de profissionais e funcionários da (Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal/ HRAN que estavam na organização do evento: - Vanessa Vasconcelos Carvalho - Gerente do Serviço de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal e médica - Ana Gabriela Saueressig - Fisioterapeuta - José Cláudio Lins Leal - Motorista - Lílian Gomes Miranda - Nutricionista - Luciana de Freitas Rodrigues - Terapeuta Ocupacional - Lucineide Ribeiro Pereira - Técnica de
Ceará em Brasília
enfermagem - Neila Ferreira dos Santos - Técnica de enfermagem - Rozângela Fernandes Camapum -
Encarregada Eloisa Marques do Nascimento, idosos Benedito Soares da Costa e Geny Lopes Scolari
Odontóloga - Sandra Cavalcante de Miranda - Técnica de Enfermagem - Sandra Maria da Silva - Técnica Administrativa - Tathianna de Assis Córdova Psicóloga Também estava presente os parceiros e integrantes da equipe de odontologia e nutrição do SESC: - Márcia Vale Neves - Coordenadora de Saúde Bucal do SESC - Simone Camargo Fonseca Odontóloga - Mariana Botelho de Melo - Nutricionista - Magda Maria Oliveira - Estagiária de Odontologia Marcaram presença no evento Diretor de Promoção Social da Casa do Ceará José Sampaio Lacerda Junior, Superintendente Antônia Lúcia Guimarães, Assistente Social Ivete Simonette do Amaral, Enfermeira Jackeline Aragão, Encarregada Eloisa Marques do Nascimento, idosos moradores da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, familiares dos idosos e equipe de profissionais da Pousada. A organização do evento ficou por conta da Drª Vanessa Vasconcelos Carvalho, Gerente da Gerência de Serviços de Atenção Domiciliar da Região Centro-Norte do Distrito Federal- HRAN – DF e equipe de profissionais.
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Arraiá da Pousada da Casa do Ceará
O Arraiá da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, realizado no último dia 17/06 na área coberta da Casa, foi um sucesso, contou com a presença dos idosos residentes da Pousada Crysantho Moreira da Rocha, alguns familiares dos idosos, voluntários, funcionários da Casa do Ceará e convidados. Marcou presença o Diretor de Encarregada Eloisa Marques do e morador da Pousada Obras Carlos Euler Currlin Nascimento, Jales C. Ribeiro Perpétuo, o Diretor de Promoção Social, José Sampaio de Lacerda Júnior e a Superintendente Antônia Lúcia Guimarães, Selvina José de Aguiar, Aldanilse Pereira de Lima, Ivete Magalhães Alves de Melo representando o Presidente Dr. Osmar Alves de Melo e a Secretária do CDI/DF Zilda Sanches. A animação ficou por conta da “Banda Forró & Tal” sob o comando de Aderson Almeida sanfoneiro, Luiz Barbosa - voz e triângulo, Júnior Vieira - Voz e zabomba, Tinho Santos - voz e violão e Valdir almeida - baterista, tocando o melhor do forró pé de serra, universitário e sertanejo, e para completar uma mesa farta de deliciosos pratos típicos de festa junina. O evento teve a organização da Assistente Social, Ivete Simonette do Amaral e da Encarregada da pousada Eloísa Marques e a ornamentação ficou por conta da funcionária Dalva de Andrade Araújo, Hosana Romana da Silva e funcionários da Casa do Ceará.
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Leituras I
Mar Sem Praia
A Poesia de José Jarbas (*) As montanhas são ondas do mar de Minas entre nuvens e neblinas, paisagem alta em vertentes de verde arvoredo, cascatas cantando pelos abismos, leite mugido espumando! Nuvens que são dunas, falta o alvo areal coberto de relva das matas. Os penedos, os ribeirões, o sentido das penhas no horizonte, oceano azul nas alturas, Minas ondulante ambiente dos bosques que buscam o sul de outras grandes serranias, ciente que a imensidão em tudo é mar! Nos sentimentos alados a clamar: a natureza em estado onisciente.
Colmeia
A poesia é o néctar da flor da vida. Perfuma com a sua beleza sonhos, sentimentos o que não tem medida. Os momentos alegres e tristonhos! O Poeta faz o mel com o poema! Abelha que canta na proeza do verso, a doce tarefa lírica alada. Sua alma nas pétalas pousada. Enche de alamedas floridas as ideias do bem e do belo, cada rima uma gota de orvalho, mas também suor de muito trabalho! (*) José Jarbas (Fortaleza), escritor e poeta
Leituras II
Castanhão: para conhecimento dos caros amigos
Cássio Borges (*) Caros da Academia Cearense de Engenharia (ACE) Ainda que distante do Brasil, confesso que estou preocupado com esta situação em que se encontra o Açude Castanhão, embora eu faça uma correção nesta matéria do Diário do Nordeste pelo fato de ele ter sangrado no ano de 2009, portanto, na realidade, ele não tem sangrado, de fato e verdade, somente nos últimos sete anos e não doze, como alí está dito. Nos arquivos do DNOCS, e em algumas publicações daquele Departamento, se pode ver que no ano de 2009 passou pela seção do Rio Jaguaribe, onde o Castanhão foi construído, um volume de 9,1 bilhões de metros cúbicos de água e, como se sabe, sua capacidade total é de 6,7 bilhões de m³. Ma isto não invalida a minha preocupação. Como deve estar esta água com o Castanhão passando não 12, mas 7 anos sem sangrar? Veja que no meu tempo de DNOCS, os engenheiros mais antigos diziam que os açudes não deveriam passar mais do que cinco anos sem sangrar. Esta era a tese defendida pelo grande engenheiro daquele Departamento Federal, Francisco Gonçalves Aguiar, que desenvolveu suas consagradas “Fórmulas de Aguiar” que serviram de base para o dimensionamento de quase todos os açudes de nossa Região. E não é possível esquecer que o professor Theophilo Ottoni, no seu parecer para a SEMACE, em 1992, disse que o Castanhão poderá passar até 20 anos sem sangrar. Esta informação ele comprovou considerando um periodo histórico de dados fluviométricos (vazão) de 1939 a 1989. Estão nos arquivos do DNOCS, se é que eles ainda existem... Por esta razão, eu defendia que o Castanhão deveria ter no máximo 1,2 bilhão de m³, embora admitindo que o Açude Castanheiro, lá em cima, na bacia do Rio Salgado, podesse ser construido com 1,2 bilhão de m³. Mas falou mais alto a incompetência e outros interesses que levaram ao super-dimensionamento da construção do referido açude, com 6,7 bilhões de m³. Não culpo os políticos, que nem sabem que, por trás deste drama da falta de água, existe uma Ciência chamada Hidrologia, que cuida desta questão, principalmente numa região seca como é a nossa. O problema é muito sério. Cássio (*) Cássio Borges (Fortaleza) Engenheiro Emérito do DNOCS e seu Defensor Perpétuo
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Memória
Cancelamento da Refinaria Mais de um ano depois, Ceará ainda não pediu ressarcimento
Pedra fundamental da Premium II foi lançada pelo presidente Lula em 2010. Em 2015, a Refinaria foi cancelada Faz um ano, quatro meses e 20 (em 17.06) dias do cancelamento da Refinaria Premium II pela Petrobras no Ceará e o Governo do Estado ainda não pediu ressarcimento dos prejuízos que teve. Caso não peça devolução do valor, pode ter que responder por improbidade administrativa nos Ministérios Públicos estadual e federal. Processo OAB-CE contra Petrobras está parado O Executivo alega que aguarda apreciação do balanço oficial do Governo pelos Tribunais de Contas do Estado (TCE), da União, e também dos Ministérios Públicos Estadual (MPCE) para tomar “providências cabíveis” em relação ao ressarcimento. O documento foi entregue aos órgãos em outubro de 2015 e “só será finalizado após a avaliação conjunta dos órgãos”, informa o Governo em nota. Para Alessander Sales, procurador do MPF-CE, se o Estado já tem o balanço oficial, já deveria ter cobrado o prejuízo para a Petrobras. “Se o Governo diz que teve prejuízo, o MPF concorda, contanto que ele cobre. Depois que as instituições terminarem as apreciações e quiserem acrescentar algum valor, acrescenta. Mas esse valor que ele nos deu deve cobrar imediatamente”, diz. Prejuízo O montante do prejuízo ainda não é de conhecimento público. Mas, conforme O POVO publicou em dezembro de 2014, o Estado investiu R$ 657 milhões em obras para a Premium II. De acordo com Ricardo Rocha, promotor de Defesa do Patrimônio Público do MPCE, o balanço oficial do Governo apresenta o prejuízo de cerca de R$ 110 milhões com o cancelamento da Refinaria. Questionado por que os documentos do Estado ainda estão em avaliação pelos órgãos, Rocha explica que o balanço tem conteúdo “bastante vasto” e foi entregue de maneira “misturada”. Isso porque o Governo alega que só cobrará ressarcimento das obras que foram feitas exclusivamente para atender à Premium II. Obras que atenderam ao Porto do Pecém não precisarão ressarcimento. “Não sei por qual motivo fizeram essa misturada. Quero desenrolar esse novelo e separar o que é para refinaria e o que é para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)”, diz.
Assim que finalizada a apuração, Rocha afirma que vai, juntamente com o MPF, notificar o Estado para que entre com ação de ressarcimento sob pena de responder por improbidade administrativa se não cumprir. “Não posso te dar um prazo de finalização da apuração, pois são muitos documentos”, esclarece. O POVO entrou em contato com a Petrobras, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Linha do tempo O Ceará pleiteava refinaria da Petrobras em 1955. Em anúncio publicado no O POVO, de 31/3/1958, Virgílio Távora prometia trazê-la caso virasse governador. Petrobras confirma interesse em construir refinaria no Nordeste na década de 70. Obras têm previsão para início em 1987. Ceará, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte entram na disputa. Em 1998 Tasso anuncia refinaria no Ceará, com investimento de empresa alemã. Projeto não avançou. Lula firma, em 2005, protocolo de intenções com Hugo Chávez para construção de refinaria no Brasil. Foi anunciado que o destino seria Pernambuco. Em 2010, Lula veio ao Ceará para lançar pedra fundamental da Premium II. Em 2011, Cid Gomes e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, se reúnem para resolver pendências da refinaria. No mesmo ano, Semace concede licença prévia pra a obra Em 2012, o plano de negócios da Petrobras não inclui a Premium II por não ter viabilidade garantida. No mesmo ano, Cid Gomes diz ter recebido ligação de Graça Foster, garantido a Refinaria No ano de 2013, a presidente Dilma Rousseff disse que as obras da Premium II deveriam começar em 2014 Em 2014, Durante reunião com Cid Gomes e Camilo Santana, Dilma declarou que a Refinaria não seria adiada. Enquanto candidata à reeleição, Dilma disse ao O POVO que a Premium II seria inaugurada em 2019 Em 2015, Camilo Santana afirmou que muito foi investido para ampliar a infraestrutura e para atender demandas da Refinaria. Porém, em 28 de janeiro de 2015, a Petrobras enterra sonho da refinaria no Ceará e encerra projetos de investimento na Premium II e na Premium I (do Maranhão).
Porto do Pecém termina primeiro semestre com aumento de 96% nas movimentações O mês de junho foi de alta no Porto do Pecém. A movimentação de cargas foi 96% maior do que no mesmo período de 2015, totalizando 913.095 toneladas. Dessa forma, o porto cearense finaliza o primeiro semestre do ano com o total de cargas exportadas e importadas de 4.284.826 toneladas, 9% maior do que nos seis primeiros meses do ano passado. De acordo com o presidente da Cearáportos, Danilo Serpa, o aumento na movimentação é resultado de muito trabalho e do início das atividades da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Nesses seis primeiros meses do ano, as exportações apresentaram um aumento de 25%. Os produtos que mais se destacaram foram: minério de ferro (40.222 t); gás natural (39.958 t); frutas (31.391 t); plásticos (27.793 t); água de coco (17.812 t); e granito (7.942 t). Já na importação, o incremento foi de 7%, e as cargas
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de maior relevância foram: carvão mineral (2.061.888 t), gás natural (351.920 t) e coque de petróleo (54.214 t), produtos siderúrgicos (83.406 t); adubos ou fertilizantes (23.319 t); algodão (16.504 t); produtos diversos das indústrias químicas (12.710 t). Segundo o presidente, a expectativa é de que no segundo semestre deste ano a movimentação seja ainda maior, principalmente, por causa da safra de frutas e do início da exportação da produção da siderúrgica. “Em agosto, começamos a exportar mais frutas e queremos finalizar 2016 ocupando o primeiro lugar no ranking de movimentação, como em 2015, sem contar com a siderúrgica que começa a exportar as placas de aço esse semestre”, finalizou. A expectativa é de que a CSP sozinha, em sua fase inicial, movimente 3 milhões de toneladas apenas de placas de aço.
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Leituras III Wilson Ibiapina (*) E tem quem ache que burrice é exclusividade dos portugueses. Tudo começou quando eles desembarcaram aqui e não souberam investir na riqueza que encontraram. Levaram ouro e pau Brasil, mas passaram tudo para os ingleses. Investiram na industrialização da Inglaterra. Foram eles que nos ensinaram também a cobrar impostos. O jornalista piauiense Abdias Silva, correspondente de um jornal de Lisboa, estava preenchendo a ficha em um hotel lusitano quando foi interrompido por um gentil funcionário. O rapaz, muito atencioso, informou que era preciso preencher a ficha com o nome por extenso. O hotel não aceitava nomes abreviados. Nada de Abdias. Tinha que especificar o A e o B. A história de loira burra, dizem na Internet, começou com o livro “Os homens preferem as loiras”, de 1925, depois adaptado para a Broadway e o cinema, onde fez sucesso com a morena, pintada de loira, Marylin Monroe. Ela interpretou personagem ingênua. Lorelei Lee, era uma cantora que assassinava a gramática e seduzia ricaços, ajudando a construir o estereótipo que hoje vai da dançarina Carla Perez à música “Lôraburra”, em que Gabriel O Pensador afirma que elas chamam a atenção “não pelas ideias, mas pelo burrão”. A burrice
A burrice ao alcance de todos vem acompanhada do total desconhecimento, falta de estudo, de educação. O arquiteto Totonho Laprovítera jura que não é invenção dele: no bairro Alto da Balança, em Fortaleza, Dona Carmem, esposa de seu Costa, é a mulher mais bruta que ele já conheceu. Diz ele: “Pra vocês terem ideia ,ela levou um farto material a um laboratório, para exame de fezes. Colocou uma lata de querosene em cima do balcão e a recepcionista solicitou: - Por favor, dá pra senhora colocar o nome? Ela, já afobada, escreveu na lata: “Bosta”. O jornalista Luís Natal conta que passou por uma boa, há poucos dias: “a moça perguntou meu nome. Respondi, Luís. E pausadamente, ressaltei, antes de ser questionado: Luís com Esse, Jorge Natal. Horas depois quando voltei para buscar o pedido, estava lá , escrito: Luís Com Esse Jorge Natal. Devolvi o papel e, com muita calma, mostrei o engano. E virei culpado: - O Sr. falou rápido, achei que era seu nome.” O jornalista Nelson Faheina registrou em livro que Agaci Fernandes, um atuante político da região do Jaguaribe, no Ceará, promoveu em sua residência um encontro de prefeitos e de primeiras damas. Na hora do almoço, a mulher do prefeito surpreendeu a todos quando começou a gritar, apontando para o teto: - Marido, marido, olha...uma briba! -Tá doida, mulher. Briba é o livro sagrado. Isso aí é uma vispa. Assustada com tanta ignorância, a víbora despareceu no telhado.
São tantas as histórias que muitas já viraram piadas. O cara chega ao bar com um amigo e pede ao garçom: Dois uísques. E o amigo, burro: dois pra mim também.; As pérolas estão mesmo nas provas do Enem. É lá que estão catalogadas as burrices dos jovens que se preparam para entrar no mundo universitário.“Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele”. Outro aluno, também, preocupado com o meio ambiente: “Tudo isso colaborou com a extinção do micro-leão dourado.” E que tal essa: “Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos! O escritor e humorista norteamericano Mark Twain advertia: “Nunca discuta com pessoas burras, elas vão te arrastar ao nível delas e ganhar de você por ter mais experiencia em ser ignorante.” O escritor pernambucano Nelson Rodrigues procurou estabelecer a diferença entre ignorância e burrice. Escreveu que a ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza, é eterna. Para Nelson Rodrigues, a sabedoria camuflada é o mesmo que a burrice. (*) Wilsom Ibiapina (Iiapina) jornalista e diretor do Diário do Nordeste em Brasília
83% já buscam a internet para decidir a compra
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Unique, onde também ocorreu o evento “Brasil em Código” - 6ª Conferência Internacional da GS1 Brasil. por Raone Saraiva - Repórter Foto: Daniel Aragão
Levantamento também revelou que 87% dos empresários têm a intenção de investir em tecnologia em 2017 A maioria dos entrevistados na amostragem (86%) afirma que sempre se conecta para saber sobre a qualidade de mercadorias, enquanto 81% fazem comparações de preços. São Paulo. No Brasil, 83% das pessoas recorrem à internet para buscar informações sobre os produtos e os meios de compra no varejo. O dado consta na terceira edição da pesquisa “Consumidores e empresas: tendências e comportamento no mercado nacional”, realizada pela Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil. A maioria dos entrevistados (86%) afirma que sempre se conecta para saber sobre a qualidade das mercadorias, enquanto 81% fazem comparações de preços e 76% verificam a data de validade dos itens. “O consumidor está altamente antenado. Podemos perceber que, ao longo das décadas, a tecnologia mudou, e isso acabou influenciando o comportamento dele. Na busca online, por exemplo, ele quer dados mais detalhados dos produtos, ser mais assertivo na compra e comparar os tipos mercadoria que procura”, observa a gerente de Inteligência de Mercado da GS1 Brasil, Marina Pereira. Lojas físicas Depois da Internet, 41% dos brasileiros preferem se informar sobre os produtos que desejam comprar indo às lojas físicas e 22% conversando com amigos e familiares. Anúncios publicitários e contato com fabricantes são as opções menos escolhidas pelos entrevistados (33%). “Meios como TV, jornais e revistas passaram a ser canais onde os consumidores têm um conato inicial com as mercadorias ou encontram informações complementares”, acrescenta Marina. Código de barras Mesmo dividido em relação ao conhecimento dos recursos do código de barras, os consumidores per-
cebem que essa tecnologia pode se tornar uma fonte de entrada de informações em seus smartphones, não sendo restrita à indústria, distribuição e varejo. No futuro, 89% dos entrevistados pretendem utilizar o código de barras para fazer pagamentos e consultar os preços das mercadorias; 83% querem usá-lo para efetuar compras em supermercados, em lojas e saber a validade dos produtos; e 79% para ler o rótulo dos itens. Além de consumidores, a GS1 Brasil também ouviu empresas. Segundo o levantamento, 87% dos empresários entrevistados têm a intenção de investir em tecnologia no próximo ano, mesmo no momento de crise econômica pelo qual passa o País. O presidente da organização, João Carlos de Oliveira, lembra que a automação favorece os mercados à medida que auxilia empresas de diferentes setores a reduzir custos, diminuir processos e aumentar a produtividade. Vantagens “O consumidor é beneficiado diretamente com esses investimentos, podendo achar preços mais competitivos e produtos com mais qualidade”, explica. Para a pesquisa, foram entrevistadas 425 pessoas acima de 18 anos de idade e 550 empresas de todo o País. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo na última quinta-feira (30), no Hotel
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Leituras IV
Resumo histórico
Por Gonzaga Mota (*)
A despeito das raízes do passado, as causas das desigualdades no Brasil encontram-se, principalmente, nas limitações do processo de crescimento, nas tentativas fracassadas de ajuste econômico e nas consequências pouco vantajosas do processo de reestruturação econômica imposto pela globalização. Na verdade, a perversa concentração de renda brasileira resulta no aumento do número de pessoas vivendo em situação precária, sem acesso às mínimas condições de saúde, educação e serviços básicos. Lamentavelmente, o Brasil apresenta uma péssima distribuição de renda: cerca de 1% dos mais ricos concentra 13% de renda nacional e, por outro lado, 50% dos mais pobres ficam também com 13%. Ademais, as desigualdades regionais persistem, vez que são preocupantes os indicadores sócio-econômicos, comparando-se as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste com o Sul e Sudeste. O Nordeste, por exemplo, ao longo do tempo, continua com um terço da população brasileira e participando com apenas 13% a 14% do PIB (Produto Interno Bruto). Faz-se necessária a realização de investimentos compatíveis com o peso demográfico, bem como de natureza estrutural e não apenas circunstancial. Ressalte-se que a situação é ainda mais preocupante, pois há algum tempo abandonou-se o “planejamento de governo” – abordando aspectos estratégicos de ordem política, econômica e social – e passou-se a adotar com ênfase o “planejamento de marketing”, nem sempre verdadeiro e construtivo. Por fim, enquanto persistirem essas desigualdades, o Brasil não deixará de ser um país socialmente injusto.
Brasil: reflexão Sempre afirmo que a mais frágil democracia, dentro de uma perspectiva de liberdade e de justiça, é preferível a qualquer ditadura seja ela de direta, de esquerda ou de centro. A jovem democracia brasileira, com apenas 30 anos, em certas ocasiões, vem sendo agredida por pessoas ambiciosas que visam o poder pelo poder, o dinheiro, o “falso marketing”, enfim a corrupção, e não o desenvolvimento estável, legítimo, legal e justo da sociedade. No entanto, existem bons brasileiros, que amam o Brasil, e possuem espírito público objetivando, de um lado, a melhoria da qualidade de vida do povo e, de outro, o cumprimento dos dispositivos constitucionais, buscando um Estado Democrático de Direito. O que se observa, no momento atual, com perplexidade, não é culpa da democracia. Aliás, graças a ela os desmandos praticados por maus brasileiros estão sendo identificados. Apesar das dificuldades, pois os desonestos geralmente são poderosos, as Instituições do Sistema Jurídico, no sentido amplo(Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal), bem como a Imprensa estão realizando um trabalho profícuo, reconhecido pela população que, com razão, deseja emprego, investimentos produtivos e justiça social. Não tenho dúvida de que os envolvidos na significativa crise porque passa o Brasil(ética, social, econômica, política, etc) serão julgados e se culpados, condenados de forma exemplar. Espera-se o fim da impunidade. Para que o brasileiro, nesta época de incertezas, recupere a esperança, convém lembrar Santo Tomás de Aquino: “ Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la”. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza) ex-governador, ex-deputado, poeta e escritor
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Em janeiro, Funceme apontou ano seco como cenário mais provável
O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins, iniciou a coletiva de imprensa, comunicando a consolidação do quinto ano se seca no Ceará. Entre os meses de fevereiro e maio, as precipitações observadas foram de 329,3mm. A média para o período é de 600,7mm, ou seja, choveu 45,2% abaixo da média. “O principal fator para mais este ano de baixas precipitações foi o El Niño. A Funceme já tratava isso como uma preocupação desde dezembro de 2014, devido às perspectivas de que o fenômeno se estabeleceria com intensidade. Foi o que aconteceu. Agora, já estamos monitorando um provável resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, que dissiparia o El Niño e, talvez, configuraria uma La Niña. Ainda é cedo pra uma previsão, mas há possibilidade de um cenário mais positivo em 2017”, explicou Martins. Durante a apresentação nesta segunda, na sede da Funceme, ele mostrou que as regiões mais afetadas com
as poucas chuvas foram Jaguaribana, Sertão Central e Inhamuns. Na faixa litorânea as precipitações tiveram desvios negativos menores, conforme a tabela abaixo. Além do El Niño no Pacífico, as condições do Oceano Atlântico não estiveram favoráveis na maior parte da quadra chuvosa, o que manteve a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais afastada do Ceará. Quando esse sistema atua pouco no Estado a qualidade do nosso principal período de precipitações fica comprometida. Cenário mais provável Em janeiro e em fevereiro de 2016, já ciente da intensidade do El Niño, a Funceme elaborou duas previsões climáticas que apontaram maior probabilidade de chuvas abaixo da média durante a quadra chuvosa. No segundo semestre, conforme a característica climatológica do Ceará, quase não chove. Enquanto março e abril têm médias de 203,4mm e 188mm, em setembro e outubro, essas médias são de apenas 2,2mm e 3,9mm.
A crise hídrica pela qual passa o Ceará — com cinco anos seguidos de seca — já faz o Governo do Estado pensar em data para um eventual racionamento de água de Fortaleza. De acordo com Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos (SRH), é previsto para agosto um processo de economia de 20% de água na Capital. “Nós entramos, no mais tardar em agosto, num processo de racionalização do uso da água para obtermos uma economia de, no mínimo, 20% da água demandada e ofertada para Fortaleza”, afirmou Teixeira em entrevista à TV Verdes Mares ontem. Questionada pelo O POVO a respeito da fala do secretário sobre o tema, a assessoria de comunicação da SRH afirmou que a racionalização citada por Teixeira é um “aprofundamento nas medidas de economia de água”. Porém, essas medidas não necessariamente significavam racionamento, informou a pasta, sem especificar que outras ações seriam essas. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) deve entregar até o próximo dia 30 um plano de racionamento para a Capital, para ser aplicado se a medida eventualmente acontecer. Este plano define as diretrizes que devem ser apro-
vadas pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor). Mesmo com o secretário falando em “racionalização do uso da água”, já em agosto, a assessoria de comunicação SRH ressaltou que somente após a entrega e aprovação do plano elaborado pela Cagece será possível falar em data para eventual aplicação da medida. Cenário preocupante Maior açude do Estado e principal fonte abastecedora da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o açude Castanhão está com apenas 8,82% da capacidade. Como a próxima quadra chuvosa — período com maior volume de precipitações — só começa em fevereiro de 2017, a expectativa é que esse número caia ainda mais no segundo semestre de 2016. Há exatamente um ano, o volume do Castanhão era de 20,01%. Em boletim divulgado pela Cagece no último mês de abril, a redução do consumo de água não havia atingido os 10% de economia de água estipulados pela Companhia. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a economia observada com a tarifa de contingência foi de apenas um quarto do esperado para o período.
Vem aí o racionamento de água
Cinturão das Águas: mais um problema Mais problemas no Cinturão das Águas, o grande projeto de recursos hídricos do Governo do Ceará que prevê a interligação das bacias hidrográficas do Estado: Perto de 600 trabalhadores que atuam no único lote ainda com obras em andamento do Cinturão das Águas serão demitidos no dia 30 deste mês. A informação foi transmitida ao blog por uma fonte da construção civil cearense. A mesma fonte adiantou que o motivo dessa radical atitude é a falta de dinheiro. É que os repasses de recursos do Governo Federal têm
atrasado, prejudicando a empresa responsável pela execução dos trabalhos, que serão, assim, paralisados desde que o dinheiro não seja liberado. De acordo com essa fonte, o Governo do Estado do Ceará não tem condição de, sozinho, sustentar a execução das obras do Cinturão das Águas. Ele precisa do apoio do Governo Federal, que, aliás, é quem banca dois terços do investimento. A paralisação das obras do Cinturão das Águas poderá atrasar a chegada das águas do rio São Francisco ao açude Castanhão. Com Egídio Serpa
Projeto São Francisco: as opções Uma informação nova sobre o Projeto São Francisco de Integração de Bacias: Entrou em fase de teste a terceira estação elevatória do Canal Norte do projeto. Essa elevatória tem duas moto-bombas, uma das quais é a que está sendo testada neste momento. Muito bem: o Canal Norte é o que trará as águas do São Francisco para o Ceará. Essas águas deverão chegar em agosto à barragem de Jati, de onde viajarão até chegar ao açude Castanhão, seu destino final. A pergunta que surge é a seguinte: como as águas do São Francisco viajarão de Jati até o Castanhão?
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Será pelos canais do Cinturão das Águas, cuja construção está atrasadíssima? Ou será pelo leito dos rios Salgado e dos Porcos? Se acontecer a primeira opção, surge outra pergunta: de onde virá o dinheiro para a retomada da construção do Cinturão das Águas – do governo do Ceará ou da União, ambos com problemas financeiros? Se for a segunda opção, ou seja, através dos rios Salgado e dos Porcos, a viagem das águas durará até 90 dias, até chegar ao Castanhão. Então, é melhor rezar a Deus para que venham as chuvas em 2017 para a recarga dos grandes açudes cearenses Com Egídio Serpa
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Leituras V
José Alencar: animador cultural e coletor estadual de Acopiara
Por JB Serra e Gurgel (*) Nos idos de 1939, quando começava a II Guerra Mundial, uma das maiores carnificinas da humanidade, Afonso Pena, a 365 km de Fortaleza, pouco se sabia o que passava no mundo, Salvo quando o trem da RVC, linha Fortaleza-Crato-Fortaleza, passava trazendo jornal e revista. Muita gente ia ver o trem de ferro. Para embarcar ou desembarcar parentes. Outra opção dos penianos ou afonsopenenses era a de assistir as missas aos domingos, de manhã e de tarde, e passear na Praça Monsenhor Coelho, das 19 às 21 horas. Afonso Pena aguardava com ansiedade as festas do padroeiro e da padroeira, São Sebastião e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para uma quara animada e fora disso as noites junina, com fogueira, milho assado, canjica e pamonha e as festas natalinas cobriam o calendário e acalentavam a alegria de viver, longe da civilização. A noite cobria a cidade com um silêncio e uma tranquilidade impressionante, sem drogas, crimes, violências, nada. Foi neste ambiente que José Alencar de Lima, em 1940, com 18 anos, conheceu Maria de Lourdes, casando com ela que lhe enviou “belo carão postal que até hoje permanecesse guardado” pela família. José Alencar de Lima nasceu em Afonso Pena em 29 de abril, de 1922, ano da Semana de Arte Moderna de São Paulo, filho de Joaquim Alves de Lima e Maria Glória Alencar. Foram seus irmãos: João Alencar, Vicente Alencar, Luiz Alencar, Raimundo Alencar e Cícero Alencar, Anita Alencar casada com João Paulo, Maria de Lourdes casada com Aprígio Calixto e Zuila Alencar casada com Joaquim Alencar. Foi funcionário público estadual, tendo sido coletor de impostos em Afonso Pena, Icó, Quixadá, Quixeramobim e Jati. Passou a auditor fiscal da Receita do Estado e se aposentou em Fortaleza como diretor de Recursos Humanos da Secretaria em Fortaleza.
Afonso Pena mudou de nome para Acopiara, em 1943. José Alencar, foi presidente do Lions Club e do Club Social. Quando o conheci, no meu curto período de via em minha Acopiara, de 1943 a 1954, era o coordenador e locutor da Amplificadora Virgem do Perpétuo Socorro-VPS, que entrava no ar diariamente às 18 horas e ia até às 21 horas. Funcionava numa de suas “sete portas” da farmácia de seu Celso, o famoso “clínico geral” da terra, por ser farmacêutico, além profundo e dedicado conhecedor das mazelas humanas. Gostava quando, aos domingos, ficava, atento, ouvindo a história do Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau... Na sede da VPS havia fotos dos artistas que se faziam sucesso na época, (Orlando Silva, Luis Gonzaga, Dircinha Batista. Ângela Maria) enviadas pelas gravadoras junto com “bolachões”, que eram os elepês. Dizia-se que estava a serviço do padre João Antônio de Araújo, o pároco local, e do PSD, o partido da classe dominante e que se alternativa no poder com a UDN, também da classe dominante. Só que ninguém poderia servir aos dois senhores, ou a um ou a outro. O que me admirava e este me acompanha até hoje era ver José de Alencar chegar à VPS, muitas vezes sozinho, sem qualquer dos filhos, botar a amplificadora no ar, com seu vozeirão. Depois da saudação de praxe, tascava: ao microfone:”José de Alencar” Discotecário e controle de som: o mesmo. Achava eu aquilo o máximo da eficiência e do sentido de equipe.. Do casamento de José de Alencar e Maria de Lourdes nasceram: Gloria Maria Holanda, casa com José Ivan Holanda Lima; Getúlio Alencar de Lima, casado com Maria Inês
Fernandes Alves de Alencar; Antônio Geovani Alencar de Lima (falecido em 03.04.2009) casado com Neliane Ribeiro de Alencar; Gleuda Lima de Alencar (falecida em 05.02.2010), casada com Francisco das Chagas Lima; Glaucia Monteiro de Alencar Lima, solteira; Iracema Monteiro de Lima, casada com José Wilson Vasconcelos; Gilberto Monteiro de Lima casado com Ângela Barroso; Gildésio Monteiro Lima (falecido em 05.06.2016), casado com Nerian Evangelista Guedes; Gilmar Monteiro de Lima, casado com Márcia Guedes; José Alencar Filho, casado com Irani Comar; Gilvanira de Alencar Lima, solteira; Gilvan Monteiro de Lima (falecido em 11.02.2016), casado com Giselda Carneiro; Juscelino Monteiro de Alencar, casado com Ana Maria Araújo Holanda e Eugênio Pacelli de Lima, casado com Maria Felipe de Lima. Em 1970, a amplificadora VPS fechou suas portas. Antes teve que enfrentar a concorrência da VPA, Voz Progresso de Acopiara, posta no ar pelo ex-prefeito Alfredo Nunes de Melo, da UDN. Parte do acervo tais como discos, móveis, auto falantes, microfones, mesa de som, foram doados ao Museu de Acopiara, administrado pela ONG Raízes. A amplificadora antecedeu ao rádio como meio efetivo de comunicação no interior do Brasil. Foram substituídas pelos serviços de som e pelas rádios comunitárias. Em 1990, nas suas bodas de ouro, o casal contava 14 filhos, 29 netos e 1 bisneto. Em 2007, o prefeito de Acopiara, Antônio Almeida Neto, após aprovação da Câmara de Vereadores, sancionou a lei que denominou de Rua coletor José Alencar de Lima, a rua que se inicia no asfalto de contorno e que dá acesso ao Posto Lajes. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor. serraegurgel@gmail.com
Nordeste 2030 - Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável O Tribunal de Contas da União (TCU) organizou em 21.06, em Fortaleza (CE), o encontro “Nordeste 2030 - Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável”. O encontro acontecerá no Centro Administrativo Presidente Getúlio Vargas (CAPGV), sede do Banco do Nordeste. O evento contará com a presença dos governadores dos 9 estados do Nordeste, do presidente do Banco do Nordeste, Marcos Costa Holanda e do vice-presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro. Também estarão presentes os ministros do TCU José Múcio Monteiro, Augusto Nardes, Benjamin Zymler e o ministro substituto Marcos Bemquerer, além de representantes do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan) e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). A primeira parte do evento tem o tema “Antecipando o Futuro a partir de uma Visão de Longo Prazo” quando serão abordados, entre outros assuntos, o estado inteligente, economia do conhecimento, importância do planejamento de longo prazo em prol de resultados e análise e acompanhamento de riscos. A “Competitividade e Produtividade da Região Nordeste” será o próximo tópico, que abordará a infraestrutura, a educação e a inovação como vias para aumento de produtividade e competitividade. Também constarão desse item o aumento de produtividade, a exploração de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Em sequência, o terceiro painel versará sobre “Re-
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construindo a Confiança no Setor Público para a Implantação de Políticas Públicas Prioritárias em prol do Desenvolvimento Sustentável”. Desse tópico constam a importância do fortalecimento das instituições públicas, a regulação e a estabilidade dos contratos, além da construção de capacidades estatais para regulação e operação de projetos de infraestrutura. Na segunda parte do evento, será debatido o tema “Financiamento do Desenvolvimento Regional, Sustentabilidade Fiscal e Visão Integrada dos entes federativos”. Os sub-temas relacionados são a integração entre planejamento e ações, adoção do conceito de territorialidade nas políticas públicas, empreendedorismo, boas práticas para o desenvolvimento regional e o papel do financiamento para a redução das desigualdades regionais. Por último, serão apresentados “Desafios e Possíveis Soluções para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste”. Nesse tema será debatida a forma com que cada organização, seja pública ou privada, pode atuar na promoção do desenvolvimento sustentável da Região Nordeste. Em 2015, o TCU aprovou a construção de relatório sistêmico sobre o tema “Desenvolvimento – Recorte Nordeste”, o FiscNordeste. O trabalho tem o objetivo de produzir um relatório sistêmico, trazendo panorama dos principais desafios a serem superados em cada estado do Nordeste para o alcance do desenvolvimento sustentável da região. O evento foi idealizado pelo ministro José Múcio, relator do FiscNordeste. A ideia é mostrar que o Nordeste tem um papel importantíssimo no desenvolvimento do país
Violência: Banco do Brasil: fecha 17 agencias no Ceará Dezessete agências do Banco do Brasil do Interior do Estado estão sem funcionar plenamente desde que foram alvo de ataques criminosos. Para reverter essa situação, o deputado Odilon Aguiar (PMB), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, realizado no dia 06.07 às 14h30min, no Complexo das Comissões da Assembleia Legislativa audiência pública para discutir sobre o tema. As agências que estão sem funcionar com sua capacidade total são: Farias Brito, Icapuí, Mombaça, Barreira, Milhã, Araripe, Novo Oriente, Independência, Jaguaretama, Itapiúna, Morrinhos, São João do Jaguaribe, Monsenhor Tabosa, Coreaú, Capistrano, Cariús e Fortim. “Como se não bastasse os elevados custos que os correntistas do Interior pagam e as altas taxas de juros, ainda temos agências sem funcionar. Queremos entender qual o motivo de 17 municípios estarem sem atendimento, sem dinheiro ou totalmente sem atendimento e precisamos ouvir isso da própria superintendência do Banco do Brasil. A situação é caótica. A população e o comércio dessas cidades estão sendo prejudicados”, justifica o parlamentar. Serão convidados para a audiência a Superintendência do Banco do Brasil, CDLs do Interior, Câmara de Vereadores, União dos Vereadores do Ceará (UVC) e Sindicato dos Bancários. Como exemplo da situação pela qual passa os municípios, Odilon cita o caso de Novo Oriente onde há seis meses a população precisa se deslocar para o município de Crateús, a 50 km de distância, para fazer suas operações bancárias, inclusive sacar dinheiro.
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Mulheres Antigas do nosso Ceará e da nossa Fortaleza Narcélio Limaverde (*) Bom dia. As mulheres antigas eram caseiras, eram conhecidas como as rainhas do lar. Claro que estou falando nas casadas, aquelas que comandavam tudo dentro do lar doce lar. E, manhã cedo, orientavam sobre o café da manhã, que somente café e pão com manteiga. Às vezes um café pingado com leite. Logo depois junto à empregada, a cosinheira, apresentavam a receita do almoço,que sempre acontecia às 11 horas e, certamente, quando chegasse o dono da casa. Sobrando alguma coisa, isso seria o jantar, sempre precedido de um gostoso caldo de carne, feijão, ou canja de galinha. As compras eram diárias, pois não havia geladeira, ou refrigerador, ou, ainda, Frigideire. Detalhe diferente de hoje, verduras, frutas, eram compradas na porta, mas, o chefe da família poderia comparecer ao Mercado, no nosso caso, o São Sebastião, trazendo de lá frutas e verduras. Meu pai fazia essa compra de madrugada. Gostava de ver minha mãe comprando galinha para o almoço do domingo, na porta da rua. No ritual constava dar um sopro no papo da bichinha, verificando se ela era gorda e espremendo o bico para ver se estava com gôgo, assim chamado o resfriado, a gripe desses animais. O vendedor de frangos, galinhas, trazia também ovos frescos, como ele mesmo apregoava. O teste empregado pela minha mãe, verificando se o ovo estava goro, consistia em levar uma bacia dágua. O ovo goro afundava, enquanto que o bom flutuava... Já disse antes que a rainha do lar era isso mesmo. Ela não entrava nas finanças. Para comprar recebia o dinheiro das mãos do senhor seu marido, com a obrigação de entregar o troco, naturalmente quando existisse, ao dono da casa. Quando comecei a escrever esta crônica de hoje fiquei recordando que minha mãe, quando meu pai faleceu, não sabia como se dirigir aos bancos para sacar dinheiro com cheque. Prestem atenção e saberão estabelecer a grande diferença entre as mulheres da Fortaleza Antiga e as atuais. Enquanto aquelas eram gerentes do lar, doce lar, estas, estudam, formam-se e conseguem bons empregos, algumas vezes, por sua inteligência e interesse em saber cada vez mais, ganham mais que os maridos. E, hoje, mandam na casa e do seu dono. Sim, e com a chegada da Lei Seca, elas assumem a direção dos veículos de casa, pelo menos nos fins de semana. E dirigem com muita competência e tranqüilidade do que nós homens...Sou muito mais as mulheres da Fortaleza Moderna. (*) Narcélio Limaverde (Fortaleza) jornalista, radialista, apresentador de rádio e televisão e escritor.
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História de família contada por gerações
A memória vaga entre a oralidade e a escrita. Para Bruno Pedrosa, artista plástico cearense radicado na Itália, gravar a história de um povo se tornou missão de vida. Há 45 anos, quando ainda era estudante de graduação, ele começou a pesquisa sobre o percurso dos moradores de Mangabeira, distrito da cidade de Lavras da Mangabeira. As décadas passaram e somente ano passado foi possível concluir a série de estudos que originaram o livro O Povo do São José - Memória Genealógica de uma Família Sertaneja. O lançamento acontece amanhã, 16, às 19 horas. A pesquisa de Bruno envolveu a escuta de relatos da avó, dona Maria José do Espírito Santo, moradora que primeiro solicitou a escrita do livro. “É uma promessa para ela”, aponta o artista plástico. Para consolidar a averiguação, Bruno Pedrosa trabalhou com documentos públicos disponíveis nas cidades de Crato, Iguatu e Olinda. Depois, viajou a Portugal, por Évora e Lisboa, para consultar arquivos. Isso porque a raiz de Mangabeira começa naquele país. Antônio Felix Vieira e Maria Joaquina foram os primeiros ocupantes e proprietários do território hoje conhecido por Mangabeira. Vindos de Pernambuco, começaram a povoar o espaço - criando filhos e netos. Hoje, a linhagem contabiliza mais de 12 mil pessoas. “A curiosidade é esta. Aconteceram casamentos de primos com primos. E todos no lugar são pa-
rentes, pois é a mesma raiz: o casal”, explica Bruno. Em 2017, ele completará 50 anos de carreira nas artes plásticas. Além da impressão do livro, uma série de eventos comemorativos serão realizados em 30 países. Na quinta-feira passada, 9, ele recebeu o título de Cidadão Fortalezense na Câmara Municipal. Os primeiros estudos foram feitos nas férias acadêmicas de Bruno Pedrosa. Ele cursava graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, a cada seis meses, voltava ao Ceará para continuar com as entrevistas e as coletas de dados. Bruno - que é formado em Arqueologia, Filosofia e Belas Artes – não se considera um historiador. Mas, sim, um entusiasta das memórias. Além dos relatos, o livro é composto por imagens e fac-símiles. A edição é limitada e será possível adquirir o exemplar nesta quinta-feira, durante o evento comemorativo. Outros lançamentos serão realizados no Brasil. Dia 20, na Universidade Regional do Cariri (Urca), haverá palestra e debate sobre o livro com alunos de História. “Existem muitas pessoas interessadas. Não apenas aquelas ligadas diretamente a Mangabeira. Mas historiadores, pesquisadores, interessados no argumento do livro”, pontua o artista plástico. Até o fim de junho também serão realizados lançamentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em Mangabeira, Bruno deve fazer um momento especial para lançamento.
Artista plástico e historiador, Bruno Pedrosa publica estudo sobre a origem da população de São José O historiador e artista plástico Bruno Pedrosa: 45 anos de pesquisa revelados em livro A labuta de Bruno Pedrosa desvendou os dados genealógicos de 10 gerações advindas de Antônio Félix Vieira e Maria Joaquina. Deste casal surgiram cinco filhos e 46 netos; 296 bisnetos e atualmente, segundo a pesquisa do artista plástico e historiador cearense, estão catalogadas 12.174 pessoas. Todo esse registro, fruto de exatos 45 anos de investigação está contido nas 1.300 páginas do livro “O Povo de São José, Memória Genealógica de uma Famíla Sertaneja”. O livro conta com edição limitada e será lançado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Crato. Na capital cearense, a determinação de Pedrosa chega ao público na próxima quinta-feira, 16 de julho, às 19 horas, no Instituto do Ceará. Além deste evento, o artista e intelectual radicado na Itália recebe o título de “Cidadão de Fortaleza”, através da Câmara Municipal de Fortaleza. O que impulsionou a pesquisa do artista reconhecido internacionalmente foi o reflexo do próprio ambiente familiar. Educado na casa dos avós paternos, após a perda trágica da mãe quando tinha apenas um ano de idade, Pedrosa ouvia com atenção as histórias dos idosos. Balançando nas redes postadas pelo alpendre, aguçava a curiosidade e a sabedoria com os parentes. “Uma coisa que era quase um hábito da família era o interesse pela genealogia. Isso foi passando de geração para geração”. Já morando na capital fluminense, onde aportou aos 18 anos e por lá graduou-se em história da arte, filosofia e arqueologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pedrosa engatinhou os primeiros passos da longa jornada de 45 anos. Entre 1969 e 1975, o jovem aproveitava as férias de verão para viajar e explorar a América do Sul. Em meio a esta cartografia exploratória estavam terras como Bolívia, Equador e Peru. A arqueologia aguçava cada vez mais a curiosidade do jovem. Todo esse processo influenciou decisivamente na arte expandida pelo cearense. Nestes momentos de cuidado e pesquisa, o trabalho do artista plástico pode ser dividido entre desenhos de representação que retratam a alma dos lugares visitados e desenhos acadêmicos surrealistas que o empurraram a olhar para dentro de si mesmo. Tal internalização exigiam de Pedrosa a retomada das raízes, das origens e buscas das aventuras contidas no próprio D.N.A. A avó, já bastante idosa, tornou-se um forte incentivo à pesquisa genealógica. O argumento da senhora passava por uma verdade factual: A cultura oral transmitida entre as gerações passava por um momento de estagnação. “Prometi a
ela que colocaria isso no papel. Começaria a anotar para que não se perdesse todas essas informações. Naturalmente, uma coisa é a história oral, outra é a escrita”. Para poder confirmar os dados passados pela ente querida, a alternativa foi recorrer aos arquivos. A dedicação inicial aos documentos ganhou força, quando o pesquisador percebeu que 95% daquilo que ouvira da avó estava certificado. Dali, até a conclusão do livro, mais de quatro décadas depois, Pedrosa explica que não imaginava tanto trabalho duro. O tempo, para autor e obra, seguiu como artefato significativo. Distância O contato com documentos, arquivos entre outros registros físicos, se deu ainda no período da década de 1970. Toda essa demanda só pôde ser concretizada graças a constantes viagens do autor ao Ceará, no intervalo compreendido pelas férias da academia. Em solo local, as visitas tinham como roteiro espaços basilares na pesquisa de Pedrosa. É o caso da Cúria Diocesana de Crato, o arquivo público de Fortaleza e as Paróquias de Lavras da Mangabeira, Iguatu e Olinda. Outra etapa da investigação descortinou o velho mundo. Em Portugal, a corrida percorreu a cidade de Évora, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Após todo esse processo, o momento foi de reflexão e organização do material coletado. Outro ponto responsável por uma certa pausa na pesquisa foi atuação de Pedrosa na Europa como artista plástico. O expediente do pesquisador, nos últimos anos se deu pela extenuante atualização do material. Homenagem Para refazer os passos e registros das três últimas gerações (em tempo, o livro resgata o campo histórico de 10 gerações), Pedrosa contou com o auxílio valioso da tecnologia. O pesquisador aponta que um simples aparelho celular foi capaz de interligar diferente fontes. Pela rede mundial de computadores, conseguiu administrar e cruzar dados eficientes. Contudo, o componente ágil da ferramenta significou, além de ganhar tempo, a manutenção aprofundada da pesquisa empreendida pelo autor. Sobre essa fase, Pedrosa discorre sobre os pontos de dificuldade. Curiosamente, reflete, foi uma parte complicada, embora pareça até mais fácil. A explicação é simples: como boa parte das pessoas estão vivas, muitas vezes, a organização das agendas causava certa dificuldade. “No arquivo, por exemplo, você tem um documento. Está escrito ali. É só ter a paciência e o tempo de sentar e produzir. Com a pessoa viva fica mais difícil o contato”, destaca o autor. A curiosidade sobre a história do Ceará foi presente no cotidiano do artista mesmo longe da terra natal. “Não me considero um historiador, me considero um artista que gosta da história”, finaliza. Diário do Nordeste
Resgate de uma família cearense
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Leituras VI
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Leituras VII O Princípe e a Poesia João Soares Neto (*) Semana passada, membros da Academia Cearense de Letras, em meio aos trovões nos céus políticos, destoava das verdades de políticos. Como dizia Ortega Y Gasset: Não se pode dizer que o poeta persiga a verdade, posto que a cria”. Não por alheamento, mas por convicção, discutiam formas de escolher o novo “Príncipe” dos poetas cearenses, face à morte de Artur Eduardo Benevides, em 21 de setembro de 2014. Na primeira eleição do “Príncipe” dos poetas , em 1925, ganhou o Padre Antônio Tomás, falecido em 1941. Vácuo até 1963, quando o jornal Correio do Ceará reata a ideia. O indicado, Cruz Filho, morre em 1974. Jáder de Carvalho vira príncipe até 1985, ano em A.E. Benevides é ungido, até falecer em 21 de setembro de 2014. Os uns e os outros, os políticos, quando leem, procuram outro Príncipe, o de Nicolau Maquiavel, dado a público em 1532, após a morte do autor. A cartilha, em capítulos, para agradar Lorenzo de Médici, oferecia ideias sobre a unificação italiana. Os principais adjetivos a definir Maquiavel são: inteligente, arguto e ardiloso. Esse livro, de 220 páginas, há servido como guia para as tramoias, mudanças de lado e justificar os fins assestados por cinco séculos mundo político afora. Naquela tarde na ACL, discutia-se o fim do vácuo deixado e as formas da seleção do futuro “príncipe dos poetas”. As academias de letras do Estado do Ceará, devidamente constituídas e em funcionamento, serão convocadas e cada uma terá direito a um voto. Quem será? Poeta José Telles A poesia apoderou-se da maturidade do médico José Telles da Silva. O início, em 1996, no Iate Clube, com o livro “Conversando”. Depois, no restaurante do Ideal Clube, criou-se a “Sexta (Cesta) Literária” com Pedro HS Leão, José Telles, Airton Monte, Luciano Maia, César Montenegro, Barros Pinho, Carlos Augusto Viana, Lúcio Alcântara, Juarez Leitão, César Montenegro, Ubiratan Aguiar, Sérgio Braga, JSN e outros. O grupo trouxe densidade cultural ao clube. Sua área leste, a partir do restaurante e demais dependências, tornou-se ponto de encontro de intelectuais, como extensão refinada do “Clube do Bode”, anárquico enclave. Dezenas de vates foram se juntando a essa prática, incentivados por Telles, já Diretor de Cultura do Ideal, a gerar livros de bolso, “Poemas de Mesa”. O Prêmio Ideal Clube de Literatura passou a ter maior dimensão, com o apoio de Ubiratan Aguiar. Depois, Telles convocou Juarez Leitão para escrever o ilustrado livro alusivo aos 80 anos de fundação do Ideal, surgido no bairro Damas e, em seguida, fundeado nas areias claras da Praia do Meireles. Telles escreveu: Conversando, Poemas Estivais, Sermões de Pradaria, Lacre do Silêncio, O Solo das Chuvas, A Palavra Descalça e A Silhueta das Areias. Aliou sensibilidade de anestesista, afinco de tenista, a arrojo cultural, aprimorado, livro a livro. Era integrante, entre outras, das Academias Fortalezense e Cearense de Letras. Ontem, aconteceu a homenagem de despedida, no salão nobre da ACL-Palácio da Luz, com palavras de Augusto Bezerra, Juarez Leitão, suas filhas Melina e Mirela Telles, e Amarílio Cavalcante. “The rest is silence”, Shakespeare. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor e empresário, da Academia Cearense de Letras
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Leituras VIII
Ceará poderá aplicar US$ 50 milhões em área social
O projeto que viabiliza a aplicação de até US$ 50 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na expansão de serviços sociais do Governo do Estado do Ceará foi aprovado em 12.07 pelo plenário do Senado Federal e vai agora para promulgação. Em maio, a CAE autorizou o Ceará (PRS 25/2016) a contratar esse financiamento do BID para o Programa de Apoio às Reformas Sociais (Proares III), com garantia da União. No entanto, o cronograma previsto dificultava a aplicação dos recursos e as contrapartidas exigidas. Para tentar viabilizar o empréstimo, que considera de grande importância para o Ceará, o senador Tasso Jereissati apresentou novo projeto de resolução, que teve a relatoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Em seu parecer, o relator destacou o trabalho constante de Tasso pela qualidade de vida do povo cearense. — O senador Tasso é oposição ao governador do Ceará, mas não é oposição ao estado. Pelo contrário, ele é o precursor da mudança de paradigma que sofreu o Ceará há mais de 20 anos e que colocou o estado no trilho, servindo de exemplo para o Nordeste e para todo o Brasil — disse o relator. O contrato com o BID prevê contrapartidas de US$ 21,4 milhões. O prazo de carência é de 66 meses, com amortização em 234 meses. O Senado Federal aprovou em 12.07 o financiamento da expansão de serviços sociais no Ceará junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O PRS 42/2016 viabiliza a aplicação de até R$ 163,7 milhões ao Programa de Apoio às Reformas Sociais (Proares III) do Estado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) já havia aprovado, em maio deste ano, o financiamento do Proares III junto ao BID, mas o cronograma estabelecido no texto inicial dificultava a liberação e aplicação dos recursos. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou o projeto para flexibilizar o cronograma. A relatoria do texto foi do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Camilo sanciona leis sobre Resíduos Sólidos
O governador Camilo Santana sancionou, em 20.06, em reunião com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Palácio da Abolição, a lei que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos. No mesmo ato, outras três leis também foram sancionadas: a Política Estadual de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; a Política de Reuso de Água; e o projeto Irrigação na Minha Propriedade. A informação é do Site do Governo do Estado. Durante o encontro com os bispos que compõem as nove dioceses do Ceará, foram tratados temas como saneamento ambiental e saúde. “Escolhi sancionar as leis na presença de vocês porque dialogam diretamente com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano”, afirmou o governador. Neste ano, o lema da campanha da CNBB é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O Plano Estadual de Resíduos Sólidos, por exemplo, regulamenta alternativas para o alcance de um desenvolvimento sustentável, utilizando-se de instrumentos como a Coleta Seletiva de resíduos sólidos, Controle e Participação Social, Responsabilidade Compartilhada, Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, Logísticas Reversa e Acordos Setoriais.
LAMPIÃO, QUEM DIRIA! Fernando Milfont - milfont90@gmail.com Não sei como o tititi chegou ao meu conhecimento, se através de leitura ou por via oral de algum detrator (se for o caso), gente sempre pronta para denegrir a moral, tida como ilibada, de certos fulanos. Onde quero chegar, esclareço sem muitas delongas, direi um tanto decepcionado, que o famoso bandoleiro Lampião, de triste memória -, sem querer ofender nem desse modo me complicar, era um tipo não seguidor das normas ortodoxas da masculinidade, ou seja, como se diz hoje, gay. Explico, nada tenho contra a classe, quem quiser que cuide de seus melindres como melhor aprouver, tranque-se em indevassáveis armários ou, por outra, solte a franga, que ninguém é de ferro, a democracia permite a liberdade e o direito de cada um enfrentar a realidade. Mas Lampião, que horrorizou o Nordeste durante muitos anos, matando, esfolando sem piedade, assaltando povoados com um bando de criminosos, é coisa difícil de acreditar, difícil de ser levada a sério. Logo ele, de pontaria certeira, embora cego de um olho, que derrubava “meganha” à distância, com a testa furada por uma bala, para escapar de uma emboscada entre galhos secos da caatinga, nos perdidos desvãos do sertão nordestino, nas terras do “Deus me livre”, não dá para entender. Lampião, em posição humilhante, totalmente desarmado, é algo insustentável para o machismo renitente. Entretanto, eis água na fervura, a história, um tanto “cabeluda”, envolveu opiniões diversas e divergentes, em que meteram o bedelho historiadores, antropólogos, biógrafos, curiosos, suspeitos, difamantes gratuitos e contestadores, já tendo ido parar nas malhas da Justiça, a pedido de parentes que se sentiram humilhados e injuriados. A bem da verdade, além do cheiro de pólvora no ar, enquanto viveu embrenhado nas ensolaradas caatingas nordestinas, tinha o hábito de usar exageradamente perfumes e, nas horas vagas, sentar-se na calma das tardes calorentas, usando linha e agulha, pregar botões e costurar remendos nas esfarrapadas roupas. Isso, a despeito da falta de argumentos testemunhais não muito comuns a cabra macho, deve ter afetado o estereótipo da macheza na região, pondo na mira dos detratores. o zunzum calunioso, que foi longe demais. Todavia, a história espalhou-se como rastilho de pólvora, assustando mais do que o pipocar dos tiros da trupe guerreira, ao invadir sítios e fazendas para roubar, atacar as mulheres e divertir-se ao som de maltocada sanfona, em deliciosas noites enluaradas. Afinal, tudo na Terra, debaixo do Sol, pode acontecer, até mesmo as preferências do bandido alagoano, cuja lenda tem sido contada em prosa e em versos, anos a fio, sem que a bomba de ação retardada explodisse através dos cordéis, com o sugestivo título: “Lampião era gay”. O fato é que a revelação respingou na história do valentão nordestino, que alguns afoitos andaram pretendendo transformá-lo de bandoleiro gay em redivivo Hobin Hood das caatingas. Tudo pode acontecer, pois é certo, estamos apenas especulando sobre a controvertida matéria, quem quiser que se aprofunde nas pesquisas. E o dito, por conveniência, pode ser negado. Por mim, repito a minha fraqueza, nada tenho com a história. Desse modo, que se acalme, onde quer que esteja o espírito do “capitão”, sua memória será preservada como se estivesse em formol, como estava sua famosa cabeça, guardada como peça de museu, até 1964. O governo baiano mandou enterrá-la, alegando que a Bahia não crescia porque o espírito do cangaceiro não descansava. Como os baianos não perdem festa, o enterro se deu ao som de atabaques e sob o olhar de muitos orixás. Saravá!!! (*) Fernando Milfont (é jornalista, sociólogo e escritor, membro da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro, titular da cadeira nº5, que tem como patrono Araripe Júnior. milfont90@gmail.com)
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Leituras IX
Vale o escrito
Macário Batista (*)
Quem só entende de política, nem de política entende. Penso que é por isso que o Brasil, nos mais diversos setores da vida nacional, perdeu a identidade. Quer ver? Onde estão os que jogavam como Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe? Onde estão Gilmar, Djalma Santos e Belini? Ou Zito, Orlando e Coronel? Ou ainda Tele, Didi, Valdo, Átis e Escurinho? Cadê essa identidade tão grave e tão séria quanto a bandeira nacional? Digam-me, por favor,onde está o humor de Chico Anísio? A irreverência do Bussunda? Alguém conhece outro Barão de Itararé? Outro Quintino Cunha? Cadê, pelo amor de Deus, onde estão os discursos e a flecha da língua de Lacerda, o Carlos? Cadê a honorabilidade de Ulisses, as mãos limpas do Paes, a valentia do Miguel Arraes, a coragem do Iranildo, a visão do Virgilio Távora? Meu Deus, cadê essa identidade nacional com a qual formei minha personalidade, minhas leituras, meus estudos, minha dignidade brasileira? Sabe gente, o tecido brasileiro está puído. Roto. Esgarçado feito fundo de rede mijado por meninos em casa de taipa de chão batido onde um armador é uma forquilha. Diferença há, sim, porque a rede estaria armada numa casa de pobre que planta no Dia de São José na esperança de colher no mínimo o que lhe mate a forme nos tempos verdadeiramente secos. Mas, qual o quê! O que nos tem restado nos últimos tempos? Escândalos, vexames, denúncias, dedos-duros entregando “colegas”. No guetos miseráveis da droga e do tráfico, estariam todos mortos, uns e outros, outros e uns e seus pontos de venda devidamente ocupados por outros...sei lá. Cadê a mística do jogo do bicho na tabuleta da parede? Hoje está na televisão depois de ser banido da vida cearense, por exemplo, quando prestava inestimáveis serviços a uma enorme comunidade com aposentadorias, serviços médicos e odontológicos, salários e comissões e mais, com a honorabilidade que um papel de terceira servindo de fio de bigode como fiador de um valor premiado. Você compraria um carro usado de um dos 300 picaretas do Lula? E seriam só 300? Vale o escrito. Vale o escrito.
No meu não, violão
Foi uma grita geral. Muito choro e ranger de dentes. Quase um pega pra capar no empresariado do Ceará. Foi assim: O Governo do Estado entendeu que, para não correr riscos com os compromissos oficiais tipo folha de pagamento e outros investimentos, estaria disposto a atitudes que beneficiariam àqueles que dependem desse sucesso financeiro para suas vidas. Mas o empresariado gritou. Foi um aperto geral só em o Governador Camilo Santana dizer que seria possível a redução em 10% o total das isenções ou reduções do ICMS hoje concedidas a vários setores da atividade econômica cearense. Ora, ora, ora, desde quando um empresário vai deixar de pensar em si próprio para pensar em ativar a economia do Estado para este honrar seus compromissos e até botar comida na mesa do assalariado? Como diria Mãe Vovó Petronilha, A Racista, jamé em tempo algum. Primeiro os meus, citava ela, depois os teus, Mateus. A Fiec, aliás, foi a primeira a levantar o chapéu de couro e dizer que isso não pode, (*) Macário Batista (Sobral) jornalista, blogueiro, multimídia
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Gestores apresentam na AL ações para a área hídrica do Estado
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), abriu, na manhã de 22.06, mais um ciclo de debates destinados a promover o diálogo de gestores do Estado com o Parlamento cearense. Zezinho Albuquerque destacou a importância da presença do secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, na Casa, ao lado de dirigentes da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), para falar sobre as ações de enfrentamento ao longo período de estiagem que o Estado atravessa. O secretário Francisco Teixeira classificou a atual década como uma das mais secas que o Estado já viveu, lembrando que os volumes dos reservatórios de água variam de acordo com as chuvas. Ainda de acordo com ele, o Ceará está vivendo o momento de maior ciclo de aporte abaixo da média dos seus reservatórios, com apenas 12,5% de reservas hídricas. O gestor informou que está em elaboração o Plano de Contingência e Otimização da Oferta de Água para a Região Metropolitana de Fortaleza, buscando uma economia de 20% do volume de água consumida. Para atravessar os cinco anos de seca, a Secretaria vem trabalhando em ações emergenciais para atender às demandas de todos os municípios. Entre as medidas, Teixeira destacou as adutoras de montagem rápida, instalação de poços profundos, serviços de carros-pipa, campanhas de uso racional da água, aplicações de multa para excessos, além de ações estruturantes. “Em 2015, construímos 180 km de novas adutoras e ainda terminamos 130 km do Governo passado, utilizando cerca de R$ 56 milhões. Em 2016, estamos na luta para construir 214 km, chegando a 1.000 km de adutoras de montagem rápida, usando mais R$ 43 milhões que nos foram prometidos pelo Ministério da Integração Nacional”, salientou o secretário. Segundo Francisco Teixeira, só em 2015 foram mais de
1.100 ações no combate à escassez de águas nos municípios, e a meta para 2016 é de 2.000 ações. Só em 2016, foram construídos 762 poços e quase 100 dessalinizadores, além do desenvolvimento do Cinturão das Águas, que já tem 55% das obras dos 38 km do seu primeiro lote concluídas, com previsão para encerramento no primeiro semestre do ano que vem. O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, informou que as precipitações de todas as regiões do Estado estão abaixo da média de chuvas, por conta da variabilidade do clima. “Tivemos ainda um bom período chuvoso nos primeiros meses, mas não foi o suficiente para os reservatórios do Estado”, acrescentou. O presidente da Cagece, Neuri Freitas, apresentou algumas ações que vêm sendo realizadas em parceria com outras empresas afins para minimizar os efeitos da estiagem. Ele mencionou que poços têm sido perfurados, e muitos carros-pipa utilizados nos municípios mais necessitados. “Para a instalação de poços, adutoras de montagem rápida e eletrificação desses poços, temos empregado mais de R$ 20 milhões para garantir essas atividades”, disse. “Quando liberamos oferta de água de algumas estações, pensamos nas necessidade da população local”, informou. Ele esclareceu ainda a atenção dada à região de Tauá, considerada uma das mais secas do Estado. Em relação à Região Metropolitana, Freitas disse que a Cagece está se programando sobre as ações que deverão ser implementadas. “Estamos pensando num plano para esse momento para controlar de tal forma que todos sejam abastecidos. Esse plano será apresentado às agências reguladoras”, afirmou. Também participaram do ciclo de debates o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), João Lúcio Farias; o superintendente de Obras Hidráulicas do Ceará (Sohidra), Yuri Castro, e o secretário de Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira.
Durante a sessão especial em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, realizada em 17.06, no Plenário da Assembleia Legislativa, a presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, deputada Dra. Silvana (PMDB), destacou a importância de celebrar esse dia com debates e sugestões de ações e políticas públicas de estímulo à convivência com o semiárido. “Vivemos em um estado de alerta para um risco, que é a desertificação”, alertou. O secretário Estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno, disse que Governo do Estado do Ceará, dentro do eixo Ceará Sustentável, tem trabalhado com outras instituições “para preservar a caatinga e combater o processo de desertificação”. Artur Bruno mencionou que o Plano Estadual de Florestamento e Reflorestamento faz parte do programa Ceará Mais Verde e pretende aumentar o grau de reflorestamento do Ceará. “Temos que ganhar mais cobertura vegetal, e é preciso que nos unamos”, disse. O secretário destacou ainda a importância das publicações lançadas durante o evento de hoje sobre a desertificação no Brasil, sobretudo no Nordeste. Os documentos, segundo ele, são “fundamentais não só para o diagnóstico, mas para as ações necessárias de combate ao processo de desertificação”, lembrando que o fenômeno é decorrente “de nossas práticas contra o meio ambiente”. O coordenador da Pesquisa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Rocha Magalhães, elogiou a iniciativa e garantiu que a questão do semiárido e da desertificação é considerada estratégica para a CGEE, “pois, se não for objeto de políticas públicas, nosso País não poderá ser
desenvolvido”. Rocha Magalhães chamou a atenção para as terras secas - áridas e semiáridas - no mundo inteiro. Segundo ele, 40% das terras do planeta são consideradas secas. No Brasil, as terras representam cerca de 11%, enquanto o Ceará tem praticamente 100% do seu território na região semiárida. O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) disse que a ecologia esbarra em pontos como o desenvolvimento, a questão política e a existência do ser humano e dos animais. Chico Lopes aponta a especulação imobiliária como um dos grandes problemas da desertificação. “Muitas vezes são feitos megaedifícios em lugares que poderiam ser uma praça”, disse. A solenidade foi realizada em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Ceará (Funceme) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Na ocasião, foram lançados os livros “Desertificação, Degradação da Terra e Secas no Brasil” e “Degradação neutra da terra: o que significa para o Brasil?”, apresentados pela Funceme e pelo CGEE. Também foi entregue a Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa para a empresa Cerâmica Torres Ltda. Entre os presentes estavam a presidente da Fundação Bernardo Feitosa, Maria Dolores de Andrade Feitosa; o diretor da Cerâmica Torres Ltda, Fernando Ibiapina; o secretário adjunto dos Recursos Hídricos, Ramon Flávio Gomes Rodrigues; o presidente da Funceme, Eduardo Sávio; o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, e o representante da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Marcos Albuquerque.
Ações de combate à desertificação e à seca
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3ª Diretoria da AQQB-DF tomou para o Bienio 2016/2018 na Casa do Ceará.
Convênios da prefeitura de Canindé/CE têm irregularidades
Meneses; DiA posse foi retor de Comuem 14.07 na nicação, Luis Casa do CeRoberto Vieira ará. Na mesa da Costa; direDiretora dos tor de Eventos, trabalhos, sePedro Paulo de nador Adelmir Oliveira; direSantana (Nova tor de Cultura, Iorque/MA) Robson Linhapresidente da Antônio Carlos Aguiar e Elaudy Aguiar Francisco Messias Vasconcelos, diretor de relações Institutires de Aguiar, Fecomércio, os que comandam a AQQB-DF cionais da AQQB-DF. senador Aldemir Santana, presidente da Fecomércio, e Osmar Alves de Melo, presidente a Casa do Ceará. diretor de CeriOsmar Alves monial, Osmilde Melo (Iguatu), presidente da Casa, Elaudy Aguiar Ferreira (Sobral), do Francisco de Souza, diretor de Articulação das Ações novo presidente, Antônio Carlos Aguiar (Sobral) pre- em Sobral, Nonato Evaristo Bezerra. sidente Emérito, Vicente Nunes Magalhães (Aurora), Conselho Fiscal diretor da Casa e presidente Emérito da Associação dos Francisco Evando Ximenes Meneses, presidente, Filhos de Aurora. conselheiros, Agapito Cavalcante Vasconcelos e Antônio Edilson Cavalcante Aguiar; suplentes, Vicente Conselho de Administração da AQQB José Cavalcante Aguiar, presidente; Sebastião Adrião Cavalcante Aguiar, José Erivaldo Aguiar e Edmar Meneses e Marcos Antônio Siqueira, conselheiros; su- Vasconcelos Parente. plentes, Maria Madalena da Silva Carneiro, Josivaldo Falaram, pela ordem, Osmar Alves de Melo, ressalVasconcelos da Ponte e Francisco Erielves Aguiar. tando a parceria entre a Casa do Ceará e a AQQB-DF e a Fecomércio que vem funcionando muito bem, AdelDiretoria Executiva Elaudy Aguiar Ferreira, presidente; 1º vice, Francisco mir Santana que destacou o muito que Brasília faz por Elcio Meneses; 2º vice, Francisco Tarcísio Costa Ara- aqueles que acolhe, como lhe aconteceu e acontece aos pujo; 1º secretário, Raimundo Vasconcelos Aguiar; 2 º sobralenses, Vicente Magalhães, que ressaltou as boas secretário, Kleber Sousa de Aguiar; 1º Tesoureiro, Antô- relações com os diversos grupos cearenses como aconnio Silas de Souza. 2º Tesoureiro, José Erivaldo Aguiar tece com as comunidades de Sobral, Iguatu e Acopiara, Ferreira; diretor de Assuntos Institucionais, Francisco Antônio Carlos Aguiar, reafirmando o compromisso de Messias Vasconcelos, diretor de Promoção Social, Pedro servir aos cearenses, aos sobralenses e aos brasiliense e Ximenes Vasconcelos; diretor Jurídico, Francisco Assis Elaudy Aguiar que apresentou o seu plano de trabalho Santos Mano Barreto. Diretor AQQB Jovem, Éricles esperando contar com o apoio de todos
Os convênios foram firmados pela prefeitura de Canindé com o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), no Ceará, para a contratação de empresas para execução de obras e serviços de engenharia no município. O Tribunal de Contas da União (TCU) apurou irregularidades em convênios firmados entre o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e a Prefeitura Municipal de Canindé/CE. São indícios de possível montagem e fraudes em procedimentos licitatórios, entre outras falhas. As informações foram trazidas por meio de apuração da então Controladoria-Geral da União (CGU), hoje, Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Entre as irregularidades apuradas constam a participação de cinco empresas agindo em conluio e simulação para realizar o processo licitatório. Todas vinculadas ao ex-prefeito responsável pelos recursos dos convênios, e aos membros da Comissão Permanente de Licitação (CPL) do município. As defesas apresentadas pelos responsáveis e pelas empresas foram analisadas e consideradas insuficientes para eliminar as irregularidades imputadas aos respectivos dirigentes. Diante disso, o tribunal acordou aplicação de multa no valor de R$10 mil reais ao ex-prefeito de Canindé e multas individuais de R$5 mil reais aos membros da CPL. Além disso, todos foram inabilitados para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública Federal pelo período de cinco anos. Quanto às empresas, segundo o ministro relator Augusto Sherman Cavalcanti, foi acordado que “embora rejeite as defesas das empresas que responderam às oitivas, deixo de aplicar-lhes apenações”, disse. As outras empresas revéis foram inabilitadas a participar, por cinco anos, de licitação que envolva recursos públicos federais.
Nova lei: qual farol deve ser usado durante o dia? Baixo, luz intermediária ou neblina?
A luz de neblina pode substituir o farol baixo? A luz baixa é aquela primeira acionada dentro do carro? Veja quais são as principais questões em torno da nova regra que passou a valer desde o último dia 08.07. Obrigatoriedade do uso do farol baixo durante o dia passa a valeu a valer em 08.07 (Arquivo) A lei 13.290 sancionada em 23 de maio deste ano mudou a redação do Código de Trânsito Brasileiro e tornou obrigatório o uso ao dia dos faróis baixos nas rodovias. Antes, a utilização era exigida apenas nos túneis providos de iluminação e durante a noite. A nova regra passa a valer a partir desta sexta-feira (8) e, antes mesmo de iniciarem a fiscalização, já gera dúvidas aos motoristas. O farol baixo é também conhecido como farol médio ou até intermediário. É ele que é acionado na condução noturna e é ele - e somente ele - que será cobrado para ser ligado a partir deste mês também durante o dia. Farol neblina: pode? O condutor não deve buscar alternativa com o farol de neblina, porque não é essa a iluminação requisitada. Ela é destinada a aumentar a iluminação
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da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó. E muito menos não devem ser usadas as luzes de milhas, as quais são de longo alcance e só podem ser utilizadas em vias de baixo movimento e com
reduzida ou nenhuma iluminação. Luz intermediária: pode? Além disso, não deve ser usada a luz de posição, que é aquela primeira acionada no botão ou na alavan-
ca que controla as luzes dos faróis. Por ser de menor intensidade, a luz de posição às vezes é até confundida com o termo farol baixo, mas ela não tem esse nome. Ela também recebe o nome em alguns locais como “farolete” ou “lanterna” e recomenda-se usar quando o veículo estiver sob chuva forte, neblina ou cerração e quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias. Essas situações estão previstas no artigo 40. Qual é a luz obrigatória durante o dia? Então, a mesma luz que você usa à noite, use pela manhã. A dica é ligar independente de estar ou não na rodovia, isso impede aos mais desligados de sofrer uma infração média de R$ 85,13 e ainda 4 pontos na carteira de habilitação se for flagrado em autoestrada sem a nova medida de segurança ativa. Qual o valor da multa? Tipo da Infração: média Total de pontos: 4 Valor atual: R$ 85,13 Valor a partir de novembro: R$ 130,16 (aumento de 52%)
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Memória
Yolanda Queiroz: 1928 – 2016: “Sou curiosa, bem-humorada e feliz. Cultivo as grandes amizades que fiz na vida”
Dona Yolanda Queiroz participou da fundação do Grupo Edson Queiroz e passou a presidi-lo, em 1982. No ano passado, a empresária publicou o livro autobiográfico “Momentos”, no qual conta histórias de sua vida profissional e familiar A presidente do Grupo Edson Queiroz, Dona Yolanda Vidal Queiroz, faleceu no começo da tarde de 17.06, aos 87 anos, em Fortaleza. Seu corpo foi cremado à noite. Personalidades enaltecem o papel exemplar da cidadã e empresária Com uma trajetória marcada pela dedicação ao trabalho, ela participou da criação do Grupo Edson Queiroz, em 1951, pelo industrial Edson Queiroz. Após a morte do marido, em 1982, Dona Yolanda assumiu o controle do conglomerado e liderou o crescimento de um dos 100 maiores grupos empresariais do Brasil. Terceira filha de Maria Pontes Vidal e de Luiz Vidal, Dona Yolanda nasceu na cidade de Fortaleza, em 12 de novembro de 1928. Aos 16 anos, casou-se com Edson Queiroz, com quem teve seis filhos: Airton, Myra, Edson Filho, Renata, Lenise e Paula. “Sou curiosa, bem-humorada e feliz. Cultivo as grandes amizades que fiz na vida. Prezo o bom relacionamento com todo mundo que está ao meu redor. Gosto de ter meus filhos, netos e bisnetos por perto, enchendo a minha casa de barulho, alegria e amor”, declarou, no livro “Momentos”, publicado no ano passado. Costumava acompanhar o industrial em sua agitada vida social e reuniões de trabalho e as leituras sobre os negócios. “Meu marido tinha visão ampla, era otimista. Sempre que implementava algo, já previa a expansão. Não pensava pequeno. Estava à frente da maioria dos empresários de sua época. Era idealista, inovador e demonstrava um entusiasmo que causava espanto a quem o ouvia”, escreveu em suas memórias. Ela ampliou as áreas de atuação do Grupo e imprimiu um ritmo de crescimento permanente. Hoje, são 16 empresas, que empregam aproximadamente 14 mil funcionários. O Grupo Edson Queiroz atua em setores como educação, distribuição de gás, água mineral, fabricação de refrigerantes e sucos, metalurgia, comunicação, agropecuária,
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agroindústria e imóveis. O Grupo Edson Queiroz, conforme destacou Dona Yolanda Queiroz no livro “Momentos”, é fruto do espírito empreendedor de seu fundador. Embora costumasse cuidar dos filhos com dedicação, ela também mantinha proximidade com os negócios do marido, que costumava consultá-la antes de tomar decisões. Durante os 37 anos que passaram juntos, viveram assim. Ao longo de sua trajetória, Dona Yolanda costumava defender a união familiar. Ela deixa quatro filhos, 15 netos e 28 bisnetos. Nome importante para a sociedade cearense, Dona Yolanda deixa um importante legado para o contexto socioeconômico do Brasil e do Ceará pela consolidação de um grupo empresarial importante e pelas iniciativas sociais que desenvolveu durante a vida. “Exerço o bom humor, a delicadeza, trato as pessoas com o mesmo respeito, independentemente de quem sejam, de onde venham e que função exerçam na sociedade”, declarou Dona Yolanda, no livro “Momentos”, publicado no ano passado. Homenagens Ao longo da vida, Dona Yolanda Queiroz recebeu mais de uma centena de homenagens e medalhas em reconhecimento às ações que contribuíram para o desenvolvimento do País e, em especial, do Ceará, estado sede do Grupo Edson Queiroz. Há comendas do Poder Público e também de entidades representativas de ramos empresariais em que o Grupo atua, seja nos
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setores energéticos ou nos de comunicação e educação. Em 2008, a empresária se tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em uma cerimônia em Nova York. “Durante todos estes anos em que estou à frente do Grupo Edson Queiroz, recebi, com grande emoção, muitas condecorações e medalhas. Sou grata a todos os que me prestaram homenagens tão bonitas”, agradeceu, em seu livro. Memória Conhecida por uma memória vívida e pelo hábito de guardar objetos e recortes – ou de criar um pequeno “museu doméstico”, como denominava –, Dona Yolanda gostava de contar aos parentes muitas histórias da família, feito que invariavelmente passava pela memória de Fortaleza, onde morou toda a vida. O hábito de contar histórias a levou a escrever o livro “Momentos”, uma autobiografia, pessoal e profissional, na qual fala não apenas da história da família, mas também de todo o espírito empreendedor do marido. No livro, ela revela a sua marcante dedicação à família e também a visão que tinha em relação aos negócios iniciados pelo marido . Dedicação ao social Nessa esfera social, se destaca o trabalho realizado por meio da Escola de Aplicação Yolanda Queiroz. Inaugurado em 1982, a instituição proporciona, todos os anos, educação gratuita a cerca de 550 crianças, do Jardim I até a 1ª série do ensino fundamental. O espaço ainda se configura como campo de prática de estágio para alunos dos cursos acadêmicos de Ciências Humanas e da Saúde. Ao longo dos anos, milhares de crianças das comunidades localizadas próximo ao campus da Universidade de Fortaleza foram beneficiadas pela Escola de Aplicação Yolanda Queiroz. Outro legado que ela deixa na área de educação é o trabalho exercido na Fundação Edson Queiroz ( mantenedora da Universidade de Fortaleza), onde ocupava a função de vice-presidente. Com 43 anos de existência, a Unifor contabiliza mais de 60 mil graduados em cursos de várias áreas do conhecimento. É uma universidade reconhecida pela excelência no ensino.
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Comendador Albery Mariano dá nome a troféu em Caldas Novas
O Poeta Comendador. Dr Albery Mariano deu nome ao Troféu da 11° edição do Destaque de Caldas Novas promovida pela Vasco Produção e Eventos, em 23 de julho. O Troféu Escritor Dr. Albery Mariano foi entregue pela Vasco Produção e Eventos em uma noite de gala, as
personalidades que se destacaram em 2016 em Caldas Novas. O ponto alto da festa foi a declaração da poesia Formosura. Feita pelo paraninfo poeta, dama comendadora e professora, Cleuza Luiza Mariano, que também foi uma das homenageadas na noite. Natural de
Lagamar (MG), estudou em Patos de Minas até o termino do Curso Normal. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pela Universidade do Distrito Federal. Recentemente, recebeu o título Honorífico de Cidadã Caldasnovense. Ocupa a cadeira n°15 da Academia
P Esprojeto eci s ais
de Letras e Artes de Caldas Novas. Tendo sido também empossada na Academia Latina Americana de Ciências Humanas - ALACH EM 30 de abril, quando passou a ocupar a honrosa cadeira de número I patroneada pela poetisa Cecilia Meireles.
Formosura I SEU SORRISO FASCINANTE, ACEITANDO O MEU AMOR SOU ASSIM BEM CONFIANTE, DANDO À VIDA SEU VALOR. II MINHA ESCOLHA FOI CERTEIRA, FOI VOCÊ A PREFERIDA ENTRE TODAS, A PRIMEIRA, PURO AMOR DA MINHA VIDA. III VIM DA LINDA FORTALEZA, PARA ESTUDAR E VENCER. ACHEI A BELA PRINCESA, QUE ALEGROU O MEU VIVER. IV GRACIOSA E DESCONTRAÍDA, ROMÂNTICA COMO A CANÇÃO.VOCÊ, A ESPOSA QUERIDA, DONA DO MEU CORAÇÃO.
V HOJE, OS POEMAS SÃO SEUS, VERSOS QUE FALAM DE AMOR. QUANDO LEMBRO OS DIAS MEUS, ESCREVO COM MAIS SABOR. VI SOU CEARENSE ARROJADO, LUTADOR E EXPERIENTE; QUANTO MAIS, VIVO AO SEU LADO, MAIS A VEJO SORRIDENTE. VII SEMPRE, INSPIRADO ESTOU, ESCREVENDO POEMAS MIL. PARA MINHA MUSA SOU; HOMEM FORTE E VIRIL.
Troféu do escritor Dr. Albery Mariano
VIII VOCÊ, MULHER PRECIOSA, DE CORAÇÃO INFANTIL. PERFUMADA, COMO AS ROSAS; E LINDA, COMO O BRASIL.
Matéria extraída do Jornal Vira Notícias
Vereador Rodrigo Lima candidato a Prefeito de Caldas Novas, Goiás com Dr Albery Mariano
Escritor Dr. Albery Mariano e sua esposa Cleuza Luiza Mariano
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Cleuza Luiza Mariano repórter José Guilherme e Dr. Albery Mariano
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Página da Mulher A Flor Fantástica Regina Stella (*) De tanto ouvir falar, cheia de curiosidade e expectativa eu me arrisquei num pequenino avião e lá me fui, sobrevoando o Ceará, medrosa, e violentando a minha natureza, só para constatar. Eu precisava ver para acreditar. Uma hora de vôo, atenta, eu me detinha de olhos fixos na terra que lá em baixo se esparramava, nua, sedenta, calcinada e súplice, a inquirir o céu, a espera das águas que tanto demoram. Instantaneamente, minha solidariedade veio, a procurar entre as nuvens uma promessa de bem, um tom cinza na brancura dos capuchos de algodão que se alteavam `a nossa volta, que evidenciasse o fim da interminável espera e que, afinal, as chuvas iam chegar. Desolação, pensei. Castigada pelo sol escaldante, a terra é uma oferenda viva, submissa e dócil, em amarga e sofrida ansiedade, toda pronta a aguardar o bem que tarda a vir. Subitamente, o impacto teve vez. No meio da paisagem sem cor se alteavam montes verdes, e por escancarada e imensa janela eu vi o Orós! Era um milagre, uma miragem aquele mundo d’agua, depois do imenso e calcinado chão que eu acabara de sobrevoar. E lá estava o Açude do Orós, gigantesco espelho a se espraiar, a se estender, interminável lençol d’agua a cobrir a terra. Imponente, esplêndido, a pedir, paradoxalmente, em toda a sua grandeza, perdão, pelas águas irmãs que não descem do céu, avaras, a esconder o bem para o resto das terras que tinham ficado atrás, sôfregas, ressequidas. Quem não vê, não pode acreditar! Com uma capacidade de dois bilhões de metros cúbicos, onze vezes o volume d’agua da Baía da Guanabara, o Orós é um gigante que se esparrama numa área de vinte e cinco mil quilômetros quadrados, se apossando do chão, cercando montes, entrando, saindo, contornando ilhas, comprovando a têmpera do nordestino que investe, que tenta, não desiste, tenacidade em se sobrepor ao flagelo e a inclemência do clima. Ante a grandeza daquele mar de água doce, o homem se sente pequenino, estático, frente ao que ele próprio realizou. Comporta que mudou totalmente a face daquela terra, o Orós mantem vivo o Rio Jaguaribe, há tempos atrás chamado o maior rio seco do mundo. E por onde, se dizia tristemente, que se esvaía o sangue do Ceará. Com uma altura de cinqüenta e quatro metros, e um comprimento de mais de seiscentos, a grandiosa barragem sustenta no seu bojo uma massa líquida que irriga, pelo Jaguaribe, centenas de rincões que se agrupam às suas margens. Pelo Jaguaribe, pode-se agora dizer, já não se esvai o sangue do Ceará, em estertores, mas corre o sangue do Ceará, revigorando terras, levando seiva, energia e vida, mantendo viva a Esperança. Sem sangrar, o Açude despeja suas águas permanentemente numa galeria subterrânea de cinco metros de largura que se estreita numa válvula aspersora de metro e pouco, responsável pelo controle das águas e pela perenidade do rio. Extravasando por larga galeria, e estreitadas, as águas ansiosas por partir e seguir seu curso, se lançam ao céu, como um grito de libertação, a trinta metros de altura, e como uma dádiva em flor, flor dagua, branca e cintilante, que mais parece uma gigantesca açucena borrifando o espaço e se desfazendo, mágica arte, em cachoeiras, que descem pelas pedras que ali se erguem à margem do rio. A gigantesca flor, branca e resplandescente, evidencia a perenidade do Jaguaribe que nunca mais vai secar e nunca mais deixará de irrigar as calcinadas terras do Ceará. (*)Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora
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AQQB-DF se instala na Casa abrindo o Consulado de Sobral no DF O presidente da Diretoria da AQQB-DF, Elaudy Aguiar, com o presidente de Emérito da AQQB-DF, Antônio Carlos Aguiar, e com o presidente da Casa do Ceará em Brasília Osmar Alves de Melo, inauguraram nas dependências da Casa a nova sede da AQQB-DF, denominada de Consulado de Sobral. A sede fica ao lado do Museu de Artes Populares do Ceará e o Nordeste Maria Camon Porto, que foi presidente a Casa. A AQQB-DF foi a primeira das associações dos municípios do Ceará se desenvolver e a criar dimensão em Brasília. Depois dela, os nativos de Aurora criaram uma Associação e os Iguatu estão criando. O pessoal de Acopiara chegou pensar, mas os entendimentos não se concluíram. Como são estreitas as relações entre a AQQB-DF e a Casa do Ceará, sendo muito forte o apoio dado pelos sobralenses nos grandes eventos da Casa, especialmente na Campanha do Agasalho, na Festa Junina e no Natal Feliz, o presidente a Casa abriu espaço que estava fechado, onde funcionou o curso de Informática, em convenio com o GDF, para que a AQQB-DF tenha uma sede fixa em Brasília, Na inauguração, estiveram presentes os diretores da Casa, João Rodrigues Neto (Independência), Vicente Magalhães Nunes (Aurora) ,Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Carlos Euler (Joinville/SC), José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza), JB Serra e Gurgel (Acopiara), e Francisco Machado da Silva (Pedra Branca). A AQQB-DF está mantendo um funcionário no Consulado, que atenderá os sobralenses e as pessoas interessadas por Sobral, que é uma das maiores do Ceará. Também ficou definido que haverá um rodizio de diretores para articulação das atividades da AQQB-DF em Brasília.
Dom Gilberto Pastana apresentado como Bispo Coadjutor do Crato A celebração solene de apresentação canônica de Dom Gilberto Pastana de Oliveira como bispo coadjutor de Dom Fernando Panico, aconteceu em 17.07, na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato. A celebração foi presidida por Dom Fernando Panico e teve como concelebrantes, além do bispo coadjutor, Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Arcebispo de Fortaleza; Dom Ângelo Pignoli, Bispo de Quixadá; Dom Edson Castro Homem, Bispo de Iguatu; Dom José Haring, Bispo de Limoeiro do Norte; Dom Magnus Henrique Lopes, Bispo de Salgueiro (PE); Dom Severino Batista de Franca, Bispo Emérito de Nazaré da Mata (PE) e Monsenhor Agripino Ferreira de Assis, administrador da Diocese de Cajazeiras (PB). O clero da Diocese de Crato, e presbíteros da Diocese de Imperatriz (MA), onde Dom Gilberto esteve como bispo diocesano, também concelebraram. Também estiveram presentes na celebração religiosas e leigos da Diocese de Crato, e fiéis da Diocese de Imperatriz com os familiares de Dom Gilberto Pastana. Após o rito inicial da celebração, o chanceler da Diocese de Crato, Armando Lopes Rafael, apresentou ao colégio dos consultores e ao povo presente, a Bula Papal pela qual o Papa Francisco nomeou o bispo coadjutor para a igreja diocesana de Crato. Em seguida o Padre Benedito Evaldo Alves, representando o clero da Diocese, fez a acolhida a Dom Gilberto Pastana. O lema episcopal de Dom Fernando é “Corações ao alto” e o de Dom Gilberto é “Venha o teu reino (Mt 6, 10a)”.
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Leituras X
A primeira mulher presidente no Brasil
Por César Maia (*) 1. Em 2010, cumpriram-se os 250 anos do nascimento da primeira mulher presidente no Brasil, Bárbara de Alencar. Ela nasceu em Exu (PE), em 1760. Mudou-se para o Crato (CE) depois do casamento, em 1782, com José Gonçalves dos Santos, comerciante de tecidos naquela vila, com quem teve quatro filhos. Foi a primeira mulher a se envolver, para valer, em política no Brasil -durante a revolução pernambucana de 1817, com vistas à independência e à República. O Ceará e outras províncias limítrofes aderiram -no Ceará, especialmente na região do Cariri. 2. Bárbara de Alencar liderou esse movimento no Crato, ampliando a revolução em Pernambuco. Ela declara a independência e proclama a República do Crato, assumindo a presidência. Com a derrota em Pernambuco, a rebeldia nas demais províncias foi sendo desmontada pelas forças do Conde dos Arcos, governador da Bahia, a mando de dom João 6º. Bárbara foi presa em Fortaleza. Por quatro anos, foi mantida presa em Fortaleza, Recife e Salvador. Ganha a liberdade no ato de anistia geral de novembro de 1821. Teve quatro filhos, três homens. 3. Em 1824, outra revolução em Pernambuco: a Confederação do Equador, liderada por Frei Caneca. No âmbito desse movimento, no Ceará, Crato, Icó e Quixeramobim aderiram. Seus três filhos homens se envolveram. Em 26 de agosto de 1824, foi declarada a República do Ceará e designado presidente Tristão de Alencar, um dos filhos de Bárbara. A repressão das forças imperiais culminou com a morte de dois de seus filhos: Tristão e Carlos. José Martiniano de Alencar sobreviveu e, mais tarde, terminou se credenciando como deputado às cortes constitucionais de Lisboa. 4. Foi governador do Ceará e senador. Seu filho José de Alencar foi escritor, poeta e fundador do indianismo com seu “O Guarani”. A força da memória de Bárbara de Alencar ressurgiu em 1869, na escolha de senador em uma lista tríplice. Os conselheiros de dom Pedro 2º sugeriram o veto a José de Alencar, apesar de ele ter sido ministro da Justiça pouco tempo antes. O temor era que as ideias republicanas que começavam a ser reativadas pudessem coincidir com o DNA de José de Alencar. 5. Neste ano de 2010, em que o Brasil registra e comemora a assunção de uma mulher ao cargo de presidente da República, faltaram as comemorações em memória de Bárbara de Alencar, primeira mulher política brasileira, primeira presidente de República, do Crato, e mãe de outro presidente de República, do Ceará. E, quem sabe, ancestral de outro cearense Alencar presidente: Humberto. A conferir. *** A descendência de Bárbara de Alencar! Nota encaminhada a este Ex-Blog por Virgílio Arraes. Li há pouco seu interessante registro sobre a pouca conhecida no ‘Sul’ dona Bárbara – como é familiarmente chamada no Ceará – e, em decorrência do último parágrafo, tomo a liberdade de registrar que Castelo Branco descendia de uma irmã dela, Inácia. As duas, apesar de alguns anos de diferença de idade, eram muito próximas politicamente – sinceras republicanas, influenciadas tardiamente na família pelo espírito da França de 1789. Em 1824, a influência já seria dos Estados Unidos e, em menor escala, da então Grã-Colômbia (federalismo relativo e abolição gradativa da escravidão). De Inácia, descendem, entre outros, Miguel Arraes de Alencar, Marcelo Nunes de Alencar e provavelmente Otto de Alencar. No RJ, Chico de Alencar é possivelmente descendente dela também. Por curiosidade, Raquel (de Alencar) Queiroz, Heloneida Studart e Paulo Coelho têm Bárbara como ascendente. E até no Paraná. Lá, mais dois se destacaram: (José) de Alencar Furtado, cearense de Araripe como Miguel Arraes, é descendente de Inácia, ao passo que Alencar Guimarães, senador por longo período, de Bárbara, através de uma filha do Senador Martiniano. Por coincidência, tanto ele como o avô paterno assumiram de modo interino o governo do Paraná (*) César Maia (Rio de Janeiro), ex-deputado federal, ex-prefeito, atualmente vereador, publicado no Blog e na Folha de São Paulo. Tem é Zé.
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Leituras XI
O Humor Negro e o Branco Humor Esta historinha veio de Portugal Um advogado corria em alta velocidade em uma estrada. Quando percebe, vem uma viatura da polícia rodoviária perseguindo o advogado. Este para no acostamento e o policial diz: — Você sabia que sua velocidade está altíssima? o advogado retruca: — Vou lhe contar a verdade! É que eu roubei uma arma, assaltei e matei um ricaço, coloquei a arma aqui no meu porta-luvas, coloquei o corpo no porta-malas e estou indo para algum lugar para me desfazer do corpo e fugir com o dinheiro! O policial desesperado, chama reforço no rádio, e quando chegam mais cinco viaturas, o policial conta que o advogado matou um cara e está fugindo! Os outros policiais olharam o porta-luvas, e nada de arma, olharam o porta-malas e não tinha corpo nenhum, e então eles viram para o policial que os chamou e diz: — Que palhaçada é essa, não tem nada aqui! Então o advogado fala: — Pronto, agora só falta esse maluco dizer que eu estava em alta velocidade! Vingança dos portugueses Dois brasileiros estão andando pelo cais do porto, em Lisboa, quando vêem uma placa: Ternos 10 euros, Camisas 2 euros e calças, 5 euros. O primeiro vira para o segundo e diz: - É muito barato, nós podemos comprar várias peças e levar para o Brasil para revender. Vamos ganhar uma fortuna! O segundo concorda e completa: - Vamos lá. Mas deixe que eu falo, pois meu pai é português e eu sei imitar o sotaque. Se eles perceberem que somos brasileiros não vão querer vender para nós. Os dois entram na loja e pedem 50 ternos, 100 camisas e 100 calças, com sotaque perfeito. A atendente diz: - Vocês são brasileiros, não são? Espantado, o filho do português, diz: - Como você descobriu? E a mulher: - Porque aqui é uma lavanderia. (Wilson Pereira) Carta de uma mãe portuguesa Meu querido filho Manuel, Escrevo estas poucas linhas para saberes que estou viva. Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta é porque chegou. Mas se não chegar, peço que tu me avises que envio outra. Teu pai leu nos jornais que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso decidimos nos mudar para mais longe. Sobre o casaco que tu querias, teu tio disse que seria muito caro enviar pelo correio por causa dos botões de metal que pesam muito. Por isso arranquei-os todos e coloquei em um dos bolsos. Assim, quando o casaco chegar aí, basta que tu pregues os botões novamente. Outro dia houve uma explosão no botijão de gás aqui na cozinha. Teu pai e eu fomos atirados para o ar, saimos pela janela e fomos parar na rua, mas quanta emoção, meu filho, já que há muitos anos eu e seu pai não saíamos juntos! Sobre nosso cãozinho, o Rexlino, ele foi atropelado e o veterinário teve que cortar-lhe um pedaço do rabo. Por isso, meu filho, preste tu também muita atenção sempre que fores atravessar a rua. Tua irmã Maria vai ser mãe. Mas como ainda não sabemos se será menino ou menina, não sei se tu serás tio ou tia. Hoje teu cunhado trancou o carro com as chaves dentro. Tive um trabalho enorme para ir em casa buscar a chave reserva mas por sorte retornei a tempo pois começara a chover e a capota do carro estava arriada.. Se encontrares a dona Rosinha, diga-lhe que mando lembranças. Mas se não a encontrares, não precisa dizer nada. Um beijo da tua mãe. PS: eu ia enviar-lhe os 300 euros que me pediste, mas quando me lembrei, já havia fechado o envelope.
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Culinária
Os Cearenses na Cozinha de Brasília
Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772520- Tel (61) 3274-7805. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 3379-88763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antônio Prado (Hidrolândia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 - Asa Sul 70257180- 3442 1169 - Chefe de Cozinha: Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino (Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e José Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte Cícone Parque/ 70200-002 Tel 3224-5585 Brasília Shopping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodrigues (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre: Valdemir Alves Souza (Sobral); garçom: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antônio Melo (Independência) Antônio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila Planalto - Tel 3032 1062 -70804-270 Forneria Parole Maitre Antônio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte); garçom: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaiolo Sinobilino Bezerra Neto (Tauá) e Adinaldo Fernandes Bezerra (Tauá) QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) cozinheiros: Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) e João Moura Rodrigues (Itarema) - SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi - Tel 3577-5522 / 8110-0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e Antono Alcimario Pereiro (churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas)
SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre, Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, Raimundo Cavalcante (Sobral). Gerente Eduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçom: Zé Vanildo (Sobral) - Especialidade: Picanha na chapa; Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada; Q-04 Conjunto J Lote 60 Planaltina-DF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) - 33897000 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14, Lago Norte 21947641 Em frente a loja do Pão de Açúcar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman João Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte. Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J ite , Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral); -Pizzaiolo Narcelio Oliveira da Silva (Crateus); Cozinheira Edilza Maria (Fortaleza), ajudante de cozinha José Dalmir do Nascimento Sousa Prado(Sobral), ajudante de cozinha Francisco Tadeu Prado Nascimento Sousa ( Sobral); Copeiro Manoel Bezerra Aguiar de Araújo ( Sobral) Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) - Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 - Planaltina - 73.300-000 Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Antônio Viana (Crateús), José Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa: Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF - 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul Tel 3264 7005 Maitre Márcio Luis Alves Arlindo (Mombaça) Chefe de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) - Asa Sul Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) - SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul/ - 73.344-000 - Tel3242 4039 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217
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Francisco Ivens de Sá Dias Branco, que criou o maior grupo empresarial do Brasil, no ramo de massas e biscoitos, o M. Dias Branco, em homenagem ao seu pai, faleceu em 24.06. O governo do Ceará decretou luto oficial. Foi um grande incentivador da Casa do Ceará em Brasília O empresário Francisco Ivens de Sá Dias Branco morreu em 24.06, 24, aos 81 anos, vítima de complicações cardíacas durante uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Dono de uma das maiores fortunas do Nordeste, era presidente do Conselho de Administração do Grupo M. Dias Branco, líder nacional na fabricação e venda de biscoitos e massas, com 28,7% de mercado, e quarto maior produtor de massas do mundo. Na última atualização do ranking dos maiores bilionários brasileiros da Forbes, Ivens ocupava a 17ª posição, com fortuna avaliada em R$ 8,2 bilhões. O empresário ficou internado no Hospital Monte Klinikun, em Fortaleza, e foi levado às pressas, sábado, para o Hospital Albert Einstein, onde, se submeteu ontem a uma cirurgia no coração e não resistiu. Ivens foi casado com Maria Consoelo Leon Scott Dias Branco, com quem teve cinco filhos. Ivens de Sá Dias Branco morreu vítima de complicações cardíacas durante uma cirurgia no Hospital Albert Einstein Natural de Fortaleza, ele era filho do português Manuel Dias Branco, dono da Padaria Imperial. Em 1953, aos 19 anos, vira sócio do pai e amplia os negócios da família. Foi dele a ideia de investir na fabricação de biscoitos em escala industrial, transformando no negócio do varejo para a indústria. Em 1980, a empresa mudou da sede de Fortaleza para o município de Eusébio, às margens da BR-116. Com um sistema de distribuição focado no pequeno e médio varejo, a M Dias Branco se tornou a líder no segmento de biscoitos, superando multinacionais como Nestlé e Kraft. Uma das marcas da M. Dias Branco foi o processo de verticalização da produção, que começou em 1990 com a inauguração da primeira unidade de moagem de trigo em Fortaleza. Como produtora dos principais insumos para a produção de biscoitos e massas, a empresa consegue controlar custos e melhorar a margem dos produtos. Em 2002 o grupo passou a produzir também gorduras e margarinas em Fortaleza, dois de seus principais insumos
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para a fabricação de biscoitos e massas. A partir dos anos 90 começou uma acelerada expansão orgânica com a construção de novos moinhos e indústrias de massas e biscoitos, todas impulsionadas pelo crescimento das vendas e da capacidade de produção. Um de seus lances mais ousados foi a compra da marca Adria, em 2003. Hoje, o Grupo M. Dias Branco tem 14 fábricas e 13 distribuidoras, onde são gerados 16.007 empregos diretos. Reúne 17 marcas, como Fortaleza, Adria, Richester, Isabela e Vitarella. Além do ramo de massas e biscoito, também atua nos setores de construção e hotelaria Em 2014, passou o comando da empresa para o filho Francisco Ivens Dias Branco Júnior e saiu do dia a dia da empresa. Ele ainda era presidente do conselho de administração da M. Dias Branco. No fim da vida, estava mais focado nos outros negócios da família, como uma fábrica de cimento e um terminal portuário em Aratu (BA). Repercussão. O governador do Ceará, Camilo Santan (PT), decretou, por meio de nota, luto oficial de três dias e manifestou “profundo pesar pela morte do empresário”. “Um homem que com sua visão de futuro e obstinação, construiu um dos mais sólidos e importantes grupos empresariais do Brasil, tendo contribuído de forma significativa para o desenvolvimento do Ceará”, disse o governador. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart, considerou “uma perda irreparável de um homem exemplo de trabalho e determinação”. O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, associou-se as manifestações de pesar. Ele foi homenageado pela Casa do Ceará com o titulo de benemérito entregue pelo ex-presidente e fundador da Casa, Fernando César Mesquita, o titulo que recebeu com a sua família, em Brasília, nas festividades dos 50 anos da Casa, em 2013. Ele e seu grupo empresarial apoiaram firmemente as edições dos dois livros biográficos dos cearenses nos 50 anos de Brasília, em 2010, e nos 50 anos da Casa do Ceará em 2013.
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