Jornal da Casa do Ceará

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Ceará em Brasília Jornal Casa do Ceará

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DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Ano XXIX - Ed. 313 de Julho de 2018

Fotos: Suelen Mendes

Fotos: Ozeti Vasconcelos

Casa do Ceará mostra o que realizou no 1º semestre de 2018. Leia mais na pág. 10

Presidente da Casa, Osmar Alves de Melo, Pedro Jorge, ex presidente da Casa, José Jézer de Oliveira

Inauguração da praça José Jézer de Oliveira

Presidente de Honra da AQQB, Elaudy Aguiar, Presidente da AQQB, Agapito Vasconcelos, João Vicente Feijão, homenageado, José Jézer de Oliveira, Presidente, Osmar Alves de Melo, Maria Dionne de Araújo Felipe, José Alves de Melo, Diretor, Calor Euler e Pedro Jorge.

Inaugurada a praça José Jézer de Oliveira, homenagem da Casa do Ceará. Leia mais na pág. 20 ‘Hora de abandonar a polarização política e focar na Leia nesta edição arte’, diz Fagner Cantor diz que artistas ‘erraram a mão’ na política, incluindo ele. Fagner iniciou turnê nacional com Zeca Baleiro, por Brasília. Leia mais na pág. 15

Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá – Av Beira Mar, pág. 3 Juízes Henrique Holanda e Marlúcia Bezerra eleitos desembargadores do TJ/CE, pág. 4 Pleno do TJCE abre cinco processos a contra magistrados, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 Inaugurada Escola de Gastronomia Dias Branco para promover inclusão social e impulsionar economia, pág. 5 Anúncio do Uniceub, pág. 5 Leituras I - artigo de Fernando Milfont, pág. 6 Metrofor - Sete empresas são habilitadas para concorrer à licitação dos tatuzões, pág. 8 O Ceará tem 11% de sua área em processo de desertificação, pág. 8 Leituras II - artigo de José Wilson Ibiapina, pág. 7 46 Prefeituras do Ceará têm deixado de receber milhões de reais, pág. 7 Candidatos ao Governo do Ceará podem gastar até R$ 9,1 milhões em campanha, pág. 7 Leituras III - artigo de Gonzaga Mota, pág. 8 A dança das cadeiras na Justiça do Ceará envolve 17 juízes, pág. 8 Leituras IV - artigo de JB Serra e Gurgel, pág. 9 Águas do São Francisco chega a três estados em 2018, diz ministro da Integração, pág. 9 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras V - artigo de Jorge Henrique Cartaxo, pág. 12 A memória de Parsifal Barroso - Biografia reconstitui a rica trajetória política e intelectual de Parsifal Barroso, ex-governador do Ceará e autor de “O Cearense”, pág. 12 Leituras VI - artigo de Aylê Selassiê Quintão, pág. 13 Aeroporto: 1ª fase de obra terá R$ 527,8 mi; 84% para terminal, pág. 13 Leituras VII - Artigo de Dimas Macedo, pág. 14 Potência solar instalada do Ceará salta 57%, Estado é líder no Nordeste, pág. 14 Leituras VIII - artigo de Macário Batista, pág. 15 Esquenta o debate sobre usina de dessalinização no Ceará, pág. 16 Anúncio de Nacional Gás, pág. 16 Momentos Relevantes na vida do Comendador Francisco Albery Mariano, pág. 17 Página da mulher, artigo de Regina Stela, pág. 18 Ministério promete: água do São Francisco chegará em agosto ao Ceará, pág. 18 Leituras IX - O Japão e o Nordeste estão logo ali, nos haikais de Xico Sá, pág. 18 Leituras X - Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Os cearenses na Cozinha de Brasília, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Dom Marcony Ferreira

João Vicente Feijão

Raimundo Fagner, na nova turnê. O gênio do ceará encantou brasília mais uma vez ele que já fez show na Casa do Ceará com 10 mil assistentes.

Fagner apresenta as músicas d Pássaros Urbanos, disco lançado em 2014 (Foto: Fagner/Divulgação)

Casa do Ceará escolhe seus homenageados de 2018. Leia mais na pág. 08

Ilda Ribeiro Peliz

Lourenço Rommel Ponte Peixoto

Antônio Carlos Aguiar

Vicente Landim Macedo

Potência solar instalada do Ceará salta 57%, Estado é líder no Nordeste. Leia mais na pág. 18


Edi t o r i a l

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Há uma certa paralisia no país, pois a economia vai mal e não dá sinais de recuperação. Só de agravos. A valorização do dólar e as disputas entre China e EUA desestabilizaram outras moedas. O Brasil enfrenta crise nas exportações graças as sobretaxas americanas e as restrições à carne, frango e peixe da Comunidade Europeia e outros países até dos Brics. A CNN nos Estados Unidos e a Globo no Brasil culpam Trump por tudo que acontece. Passam 24 horas batendo no Trump... Em, Brasília, o Supremo aproveitou o vazio de Temer e assumiu o governo com o triunvirato que virou paradigma da moralidade nacional. A Senhora do Destino arruma as malas baixo severas ameaças de retaliação. Arre! No nosso Ceará, as chuvas se foram, não encheram os grande açudes, nada se resolveu sobre a dessalinização, todas as fichas foram jogadas nas águas do São Francisco, antes das eleições, como já correu em v árias eleições anteriores. O custo da obra daria para fazer um aeroporto no Inferno, todo com ar condicionado e salas VIPs para os políticos. É pagar para ver o que vai acontecer. Pode até não acontecer nada. O setor privado está segurando o Ceará enquanto o setor político só faz política rasteira deixa poeira nas estradas e polui o futuro de nossa civilização; Inácio de Almeida (Baturité) Diretor. Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Acaraú), 2º vice; José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza), Administração e Finanças; José Aldemir Holanda (Baixio) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) Maria Djanira Gonçalves Brito (Aurora), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Campos Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casdoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br

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Espaço Luciano Barreira 4 Candidatos a uma vaga de emprego

Todos na mesma sala seriam submetidos a à mesma pergunta, na presença dos demais e não poderiam repetir a resposta 1 º candidato formado na USP Diretor - Qual a coisa mais rápida do mundo? Candidato - Ora, é um pensamento Diretor - Por que? Porque um pensamento, ocorre quase instantaneamente. 2º candidato formado na PUC RJ Diretor - Qual a coisa mais rápida do mundo? Candidato - Um piscar de olhos Diretor - Por que? - Porque é tão rápido que às vezes nem vemos. Diretor - Ótimo 3º candidata Formada pela UNICAMP Diretor - Qual a coisa mais rápida do mundo? Candidata - A eletricidade; Diretor - Por que? Candidata - Veja, ao ligarmos um interruptor acendemos uma lâmpada a 5km de distância. instantaneamente

Diretor - Excelente 4º candidato. formado pela UFMG Diretor - Qual é a coisa mais rápida do mundo? Candidato - Uma diarreia Diretor - Como assim: Está brincando? Explique Candidato Isso mesmo. Outra noite eu tive uma diarreia que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos e acender a luz já tinha me cagado todo. Diretor O emprego é seu! Oh mineiro inteligente!

Rapidez

O animal mais rápido do mundo éuma mukher com raiva escrevendo no Wathsapp 1 deixe 2 de 3 ser 4 besta

4 passos para ser feliz:

Na Paraiba nasceu Facebookson

O casal se conheceu pelo Face, se casaram e tiveram um filho. Decidiram colocar o nome da criança de Facebookson em homenagem ao Face book. O fato ganhou fama internacional. Além da homenagem do Facebookson que decidiu colocar o nome de Facebookson por se chamar Anderson, Ainda bem que a criança nasceu menino, porque se fosse menina, se chamaria Face bookete já que a mãe se chama Janete.

Conversando com o Leitor + Recebemos o Jornal da Associação Nacional dos Escritores, edição de junho/Julho, com artigos de M. Paulo Nunes, Flávio R. Kothe, Danilo Gomes, Gilmar Duarte Rocha, Paulo Monteiro, Sanzio de Azevedo, Emanoel Medeiros Vieira, Vera Lúcia de Oliveira, Edmilson Caminha, Raquel Naveira, Paulo Roberto Miranda, João Carlos Taveira, Roberto Nogueira Ferreira, Ana Paula Arendt, Guido Bilharinho, Mauro de Albuquerque Medeiros e poesias de Amélia Alves Jolimar Correa Pinto, Paulo Nunes Batista, Teócrito Abritta, Afonso Celso, com seleção de Napoleão Valadares.

+ Recebemos o Binóculo, de abril, com artigos de Dias da Silva, o editor chefe, Batista de Lima, Dimas Macedo, Januário Bezerra, Jacob Fortes, poesias de Francilda Costa Francisco Carvalho, Gilda Freitas, Djanira Pio, Trovas daqui e da li e Repente de José Gonçalves de Lemos e Sebastião Dias. + Recebemos o Binóculo, de Maio, com artigos de Dias da Silva, o editor chefe, Batista de Lima, Januário Bezerra, Jacob Fortes, Maria Lúcia Rangel, Francilda Costa, poesias de Francisco Carvalho, Waldir Rodrigues. Eduardo Fontes, Jesus Alves, Osvaldo Chaves, João Soares Lobo, Trovas daqui e dali, Cordel e Repente de Ademar Lemos, Tributino Dias, Erilania Dias. + Recebemos o Jornal da UFC , de maio, cujas matérias são republicadas pelo Ceará em Brasília, ressaltando a qualidade das ações da UFC.

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+ A audiência do nosso portal na Web só cresce chegando aos 355.345 acessos em junho. + Os nossos outros dois sites que narram a vida e a obra de 300 cearenses por passagem por Brasília continua, com boa audiência, o dos 50 anos de Brasília chegou, em junho a 140.003 acessos e o dos 50 a Casa do Ceará a 15.240 acessos. + O nosso Facebook, em maio, também disparou: Ações na Página,13; Visualizações da Página, 400; Alcance, 5.156; Envolvimentos, 1.846; Vídeos, 32; Curtidas, 82; Seguidores, 85; Recomendações, 20; Prévias da Página, 34. + Em junho, de acordo com o Google Analytics, tivemos 4,270 acessos, 3,849 novos, 5.425 sessões e 10.652 visualizações de páginas. + Fomos visitados em 16 países: Estados Unidos (Seatle), França (Paris), Itália, Peru, Portugal, Benin, Canadá, China, Cuba, Alemanha, México, Nigéria, Holanda e Filipinas. + No Brasil, fomos visitados em Brasília, Goiânia, São Paulo, Fortaleza, Águas Lindas, Belo Horizonte, Porto Alegre, Novo Gama, Luziânia, Formosa, Santo Antônio do Descoberto, Planaltina, Anápolis, Caucaia Manaus Salvador, São Luiz, Campo Grande, Cuiabá, Recife, Florianópolis, Iguatu, Itapipoca, Juazeiro do Norte, Niterói, Porto Velho Campinas, Barbalha, Eusébio, Sobral.

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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar A carreira e a obra de Tarciso Viriato

Natural do Ceará (1950) e brasiliense (1978) de coração, Tarciso Viriato usa e abusa das cores com a sabedoria de quem sabe que a vida tem infinitas possibilidades. Os 30 anos de carreira o levaram a percorreu museus e galerias do Brasil, Hungria, Polônia, Cuba, Portugal, Rússia e Estados Unidos. O reconhecimento da sua obra veio através de expressivos prêmios entre eles o Award for Excellence e o Kaplar Miklos (Hungria). Conquistou ainda o primeiro lugar no projeto 90 Horas de Pintura Contemporânea (Brasília); primeiro lugar no 2º Salão de Artes Plásticas do Iate Clube de Brasília e no 1º Salão Nacional da Pintura Contemporânea Brasileira (São Paulo). Participou da Mostra Colateral da XII Bienal de Cuba e do projeto Artistas pela Humanidade, da Cruz Vermelha Internacional. Participou de residências artísticas na Hungria e na Polônia. Foi agraciado com o título Cidadão Honorário de Brasília em ….. e mantém ateliê em Brasília e Nova Yorque. Pelos meus caminhos Antônio Pereira de Oliveira (Cariús), 91 anos, aposentou-se no Banco do Brasil, depois de uma longa carreira no Banco do Brasil, no Ceará e no Rio Grande do Norte, hoje mora em Brasília e escreveu “Pelos Meus Caminhos”, narrando sua trajetória de vida, com simplicidade, detalhes e clareza. Carlos Aguiar O líder sindical e municipalista de Sobral, Antônio Carlos Aguiar, fez a 2ª edição de seu livro, “revista e ampliada”. “Vivendo, aprendendo e morrendo sem saber”. Uma história que vida escreveu”. Na edição, tem fotos que vão do governador Rodrigo Rollemberg, ao Presidente Temer, e ao jornalista Wilson Ibiapina, comediante Nelson Freitas, Vicente Feijão, Ademir Santana. Instituto Histórico de Brasília Diretoria e Conselho Fiscal IHGDF, eleitos para o Biênio 2018/2020 : Presidente: Ronaldo Rebello de Britto Poletti - 1º Vice-Presidente: William Dálbio Almeida de Carvalho - 2º Vice-Presidente: Mercedes Gassen Kothe - Secretário Geral: Tarcízio Dinoá Medeiros - 1º Secretário: Osmar Alves de Melo - 2º Secretário: Napoleão Valadares - 1º Tesoureiro: Eugênio Giovenardi - 2º Tesoureiro: Alberto Martins da Silva - 1º Diretor da Biblioteca: Cleusa Lopes - 2º Diretor da Biblioteca: José Theodoro Mascarenhas Menck - Editor de Publicações: José Carlos Brandi Aleixo - Orador Oficial: Fagundes de Oliveira. Conselho Fiscal (Titulares): - Lélio Viana Lôbo - Lincoln Magalhães da Rocha - Victor José de Mello Alegria Lobo. Conselho Fiscal (Suplentes): -Amador de Arimathea - João Carlos Taveira - Maria de Souza Duarte.

Ceará em Brasília

Escritora cearense integra júri internacional A escritora Socorro Acioli, de “A cabeça do santo” e “Diga Astrasgud”, foi anunciada como integrante da edição 2019 do júri do NSK Neustadt Prize, dos Estado Unidos, uma das premiações mais importantes voltadas ao universo da literatura infantil. A lista de nove votantes é formada, além de Socorro, por autores dos Estados Unidos, Irlanda, Canadá e México. “É um prêmio de muito prestígio, e estar nesse júri foi uma experiência incrível para mim. Recebi o livro dos autores finalistas e tive a oportunidade de conhecer uma gama de escritores que eu não conhecia”, reconhece Socorro, que já foi publicada nos Estados Unidos, na França e no Reino Unido.

Academia Cearense de Engenharia A Academia Cearense de Engenharia, sob a presidência de Victor Frota, ganhará mais dois membros. Foram eleitos para a entidade o ex-reitor da UFC e ex-secretário estadual das Cidades, Jesualdo Farias, e Antônio Nunes de Miranda, ex-diretor do Centro de Tecnologia da UFC. A posse dos dois ocorrerá na quinzena de junho, no auditório da Reitoria da UFC, já que os dois são professores dessa. Governo corta no Dnocs Por causa da greve dos caminhoneiros e da decisão do Governo de assumir o custo da redução de 46 centavos no preço do litro do óleo diesel, o Dnocs teve um corte de R$ 20 milhões no seu já franciscano orçamento de 2018. Mas a Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – teve um corte maior, de R$ 77 milhões. Na Sudene, o corte foi de R$ 7,1 milhões. Resumindo: os organismos federais com atuação no Nordeste foram apenados, mais uma vez. Pedido A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT) deu entrada numa ação pedindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine que presas transexuais e travestis somente possam cumprir pena em estabelecimento prisional compatível com o gênero feminino. A medida promete gerar polêmica. General Sampaio O general Júlio Limaverde está eufórico eu site sobre o Brigadeiro Sampaio recebeu cumprimentos do Google pelas 50 mil visualizações. “Suas fotos estão fazendo mais sucesso do que nunca”. São fotos do Panteão e do Parque Histórico do Brigadeiro Sampaio, em Fortaleza.

Senador Eunício negocia a Confederal O senador Eunício Oliveira (MDB) acertou a venda da Confederal, sua transportadora de valores, para a multinacional Prosegur. O valor do negócio: 150 milhões de dólares. A informação é da revista Veja. A assessoria do senador não quis comentar o assunto. A usina de biodiesel de Quixadá Qual será o destino da usina de biodiesel que a Petrobras construiu em Quixadá. Esta pergunta o Governo do Ceará, por meio da Adece, está a se fazer. A usina está fechada há quase dois anos e faz parte dos ativos dos quais a Petrobras está se desfazendo para reforçar seu caixa. Por que ela fechou? Por um motivo simples: não havia – e não há – no Ceará mamona e soja suficientes para garantir o seu funcionamento. Há alguns grupos com interesse de comprar a usina de biodiesel de Quixadá. Um deles é sueco e seu interesse é pelos créditos de carbono que a usina poderá gerar. O outro é finlandês e seu interesse é o mesmo – o crédito de carbono. Por enquanto, a usina permanece fechada, produzindo apenas despesa para a Petrobras. Com Egídio Serpa Pinto Martins com granito igual ao de Abu-Dhabi Em primeira mão! O Simagran -Sindicato das Indústrias de Mármore e Granito do Estado do Ceará – celebra o resultado do processo licitatório para o fornecimento do revestimento da obra de ampliação da Estação de Passageiros do aeroporto de Fortaleza. Os tipos escolhidos, e que correspondem a quase 30 mil m², serão o Cotton White, extraído em Santa Quitéria, que é o mesmo que está no Terminal 3 – área internacional do Aeroporto de Guarulhos (SP) e no aeroporto de Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes. O outro granito é o Verde Meruoca, extraído na região noroeste do Estado. Desembargador Filgueira Mendes O livro “O tempo e outros escritos”, de autoria do desembargador Francisco de Assis Filgueira Mendes, ´foi lançado, na Sala de Convivência, localizada no 2º andar do Palácio da Justiça. O desembargador Durval Aires Filho, presidente da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e integrante da Academia Cearense de Letras (ACL), fez apresentação da obra. A publicação resgata textos que ficaram fora dos livros “Credo”, lançado em julho de 2016, e “Perfis Doutrinários de Direito Concreto – Variações sobre Temas Jurídicos – Livro II”, de fevereiro de 2017. Escreveu Eliomar de Lima.

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Juízes Henrique Holanda e Marlúcia Bezerrra eleitos e empossados desembargadores do TJ/CE

O Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) elegeu o juiz Henrique Jorge Holanda Silveira para o cargo de desembargador, por merecimento. Ele fez parte de lista tríplice formada ainda pelos magistrados Sérgio Luiz Arruda Parente e Francisco Lúciano Lima Rodrigues. Na mesma reunião, a juíza Marlúcia de Araújo Bezerra foi escolhida como desembargadora, dessa vez pelo critério de antiguidade. Os novos desembargadores tomaram posse em 13.07 A magistrada Marlúcia Bezerra, que preencherá vaga com a aposentadoria do desembargador Francisco Pedrosa Teixeira, agradeceu aos integrantes do TJCE e ressaltou que jamais faltarão, por parte dela e de sua equipe, “esforço técnico-científico de produtividade e a retidão de conduta necessários na missão de garantir a plenitude da cidadania do povo cearense”. Já Henrique Holanda assumirá vaga aberta com o falecimento da desembargadora Helena Lúcia Soares. Ele concorreu com outros 13 juízes e foi eleito após figurar pela terceira vez consecutiva entre os três primeiros colocados. O magistrado salientou que pretende continuar “contribuindo, trabalhando e servindo ao Poder Judiciário”. Perfil Henrique Jorge Holanda Silveira – nasceu em 4 de janeiro de 1962, em Quixadá, e é filho de Manoel Lopes Silveira e Zilmar Holanda Silveira. Ingressou na magistratura cearense em 5 de abril de 1993 como juiz substituto da Vara Única de Capistrano. Foi promovido em outubro de 1993 para Vara Única da Comarca de Santana do Acaraú. Ainda no Interior, prestou

serviços nas comarcas de Pedra Branca, Santa Quitéria, Tamboril e Canindé. Por merecimento, foi promovido para Fortaleza, atuando como juiz auxiliar da Capital. Atuou nas Varas do Júri da Fórum Clóvis Beviláqua, também pela 8ª, 10ª, 12ª, 15ª, 16ª e 18ª Varas Criminais; 1ª e 2ª Varas de Delitos de Tráfico de Drogas. No Tribunal de Justiça, na qualidade de juiz convocado, integra as turmas julgadoras da 3ª Câmara de Direito Público, a Seção de Direito Público e o Tribunal Pleno. Marlúcia De Araújo Bezerra – natural de Pacajús, nasceu no dia 23 de novembro de 1955. É filha de José Edmilson Nunes Bezerra e Terezinha Maia de Araújo Bezerra. Ingressou na magistratura cearense em 28 de junho de 1984 como juíza substituta da Vara Única de Tabuleiro do Norte. Em dezembro de 1992, pelo critério de antiguidade, foi promovida para titularidade da 1ª Vara de Aquiraz. Ainda por antiguidade, foi promovida, em dezembro de 1992, para 2ª Unidade do Juizado Especial Cível e Criminal, com sede na Maraponga. Em 8 de fevereiro de 1996, a juíza ascendeu, por antiguidade, para titularidade da 17ª Vara Criminal, transformada em Vara Única Privativa de Audiência de Custódia. Em Fortaleza, trabalhou nas Turmas Recursais dos Juizados Especiais. Também atuou pelas 9ª, 11ª, 16ª, 1ª, 15ª, 17ª, 3ª, 13ª e 18ª Varas Criminais. Respondeu, ainda, pelas Varas de Execuções de Penas Alternativas do Fórum Clóvis Beviláqua. Atualmente, na função de juíza convocada, integra o Pleno do Tribunal de Justiça, a 3ª Câmara de Direito Privado e a Seção de Direito Privado.

Pleno do TJ/CE abre cinco processos contra magistrados

Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aprovou, durante sessões realizadas nos dias 8, 14 e 21 de junho, conduzidas pelo presidente do Judiciário, desembargador Gladyson Pontes, a instauração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra cinco magistrados, sendo dois de comarcas do Interior e três da Capital. Entre os julgados, o colegiado afastou um juiz de suas funções, até a conclusão dos trabalhos de investigação. Os relatórios foram apresentados pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Darival Beserra Primo, que entendeu que os elementos indiciários apresentados nas Sindicâncias foram suficientes à propositura de Processo Administrativo Disciplinar em desfavor dos magistrados, haja vista a potencial prática de violação aos deveres da Magistratura, destoando de previsões do Código de Ética e da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Segundo o corregedor, a instalação dos PADs tem o intuito de “elucidar o comportamento adotado pelo juízes durante o exercício da profissão”.

Há 46 anos

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Inaugurada Escola de Gastronomia Dias Branco para promover inclusão social e impulsionar economia

Oferecer capacitação e formação em panificação e confeitaria, gerando empregos, fortalecendo as políticas públicas para jovens que vivem em comunidades vulneráveis, prevenindo a violência e qualificando ainda mais a rica culinária cearense. Esse é o objetivo da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, doada pelo Grupo M. Dias Branco ao Governo do Ceará, que funcionará na Rua Manoel Dias Branco, número 20, Bairro Vicente Pinzon, Fortaleza/CE, oferecendo mais de cinco mil vagas para toda a população do Ceará. A inauguração teve toda a festa que a comunidade merece, com a participação dos artistas locais, como grupo de flautas Acordarte; Gustavo dos Teclados; o rapper Erivan Produtos do Morro e o grupo de hip hop Castelo de Rima. Cozinheiros do bairro, como Solange Almeida do Ponto da Muqueca; Maria Vilani Rodrigues, do Restaurante Vilani; e Alfredo Louzada de Souza Filho, o Alfredo Rei da Peixada; foram homenageados. Fechando a noite, atrações de nível nacional brindaram a solenidade: a sambista carioca Mart’nália e a banda de forró Painel de Controle. O vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo M.Dias Branco, Geraldo Lúciano de Mattos Júnior, ressaltou o empenho daqueles que trabalharam pela implantação da Escola. “Só tenho a agradecer pela oportunidade que nos foi dada por estar neste momento entregando este equipamento. Em especial ao secretário chefe do Gabinete do Governador, Élcio Batista, pois foi ele quem colocou o primeiro e mais importante tijolo, sem tirar a importância de todos os outros envolvidos. A gente acredita em desenvolvimento econômico dessa forma, vendo Governo e iniciativa privada atuando juntos para buscarmos soluções para dias melhores. Desde que o projeto foi apresentado ao Sr.Ivens Dias Branco ele adorou a ideia e é uma pena que ele não esteja

hoje aqui para a entrega. Além de uma escola de Gastronomia, é importante que essa seja uma escola de oportunidades”. Participando da solenidade, o chef Lúciano Ferreira, presidente da Associação dos Chefs de Cozinha do Ceará, falou sobre as inúmeras oportunidades que o equipamento vai abrir. “Estamos iniciando um processo de melhoria na Gastronomia cearense. Mediante um projeto como esse, em que sabemos que tem muita gente com potencial no mercado que não foram identificadas, elas possam se projetar. Hoje o Ceará tem 25% do PIB direcionado ao turismo e a comida tem uma grande participação nisso. A gente, como cozinheiro, fica muito feliz em estar num projeto como esse, em dar oportunidade a pessoas menos favorecidas, podendo se formar e municiar o mercado com seus talentos. Então estou orgulhoso por esse mecanismo que vai render ótimos frutos”. A Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco ficará sob a gestão da Secretaria da Cultura do Estado (Secult) e do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura. A Escola A Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco tem o objetivo de contribuir para melhorar os índices de renda e empregabilidade dos jovens de 18 a 29 anos que buscam qualificação profissional na comunidade. A Escola vai abranger os bairros do Castelo Encantado, Mucuripe, Serviluz, Conjunto Santa Terezinha, Praia do Futuro, Cais do Porto, Papicu, Dunas e Entorno da Regional II, dentre outros. Serão ofertados cursos nas áreas de panificação, confeitaria e auxiliar de cozinha que irão possibilitar oportunidades de empregos em restaurantes, supermercados, bares e hotéis.

Ceará em Brasília

A transformação nos colocou no lugar certo. O sonho de transformar pessoas através da educação não seria possível sem a colaboração de pessoas que acreditam em nosso propósito desde o primeiro passo. Caminhar juntos por essa trajetória nos levou a conquistar o prêmio Great Place to Work, consolidando uma história que estamos construindo há 50 anos.

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Coisas de meliantes

Fernando Milfont (*) Sempre que posso e sendo oportuno, recomendo que é muito importante ter-se cuidado com o uso das palavras. Depois de soltas no ar, sendo ofensivas, não há desculpas ou pedido de perdão que conserte o erro. Faço a recomendação com a experiência de quem já mordeu a língua, por incontinência verbal. Isso faz parte das minhas idiossincrasias (urgh!) Além do “recado”, o que pretendo, também, é referir-me a termos usados por alguns pernósticos que se exibem em público com discursos empolados. São de arrepiar, até fazem lembrar um certo falante, com discurso de exaltação, ao terminar, um dos ouvintes pergunta ao amigo: entendeu? E ele: “Não, mas achei muito bonito.” Um desses empolados era o ex-presidente Jânio Quadros, um chato. Outro, Não menos chato e verborrágico, era o já ido doutor Eneas. Em discurso na Câmara, tascou “apropinquar”, palavra que sempre me perseguiu, já que consta de quase todas as gramáticas, como exemplo do uso do trema, hoje caído em desgraça por obra e graça dos imortais da ABL. Sempre adiei ir ao dicionário para saber o significado. Julgava ser termo ligado à neurociência reveladora das entranhas dos neurônios, à astrofísica ou a algo relacionado com os mistérios do Universo. Apropinquar, diz o dicionário, deriva do Latim, significa aproximar. Que decepção para minha doce ignorância. Outro termo, este de uso quase exclusivo do pessoal das delegacias de polícia, é Meliante. Cabe ao infeliz apanhado em flagrante de delito, apresentado à autoridade como indivíduo meliante – tradução do espanhol para vagabundo, velhaco, patife, biltre. Biltre!!! Ladrão chinfrim, sem eira nem beira tratado de modo infamante é descer ao mais baixo nível da escala social. É termo que não pode nem deve ser aplicado a deputado, senador, ministro de Estrado, doutor ou governador e até mesmo presidente ou vice, que não merecem tal alcunha. Indivíduo meliante? Grave ofensa. Não é que tais figuras, do mais elevado nível social, não roubem, façam negociatas, ou recebam propina, palavra delicada para sofisticar a ladroagem. E como fazem! Uma dessas figuras execráveis, aquele tal cidadão de olho baixo, confessou haver recebido 43 milhões de dólares ao participar da aquisição de dois navios-tanques para a Petrobras. Isso não é propina, é sorte de ganhador de mega sena ou de herdeiro de parente bilionário. O tipo faceiro era insaciável. São muitos, os dessa categoria, cujos nomes e malfeitos estão na mídia. Ex-governador do Rio, já preso, com mais de 10 processos na Justiça é acusado de haver embolsado mais de 100 milhões, não sei se de dólares ou de real, é sempre uma bolada excitante para a desculpa de “sobra de campanha.”(Quanto cinismo!) Eufemismo para justificar a quem ia aos cofres públicos com excitante volúpia. ups! Gosto desta palavra, faz lembrar nome de dona de bordel. “Madame Volúpia pode atender?” Ao fim e ao cabo, são todos refinados ladrões, meliantes ordinários que solaparam estatais sem a menor cerimônia. Todos negam, juram ser “inocentes”, se dizem perseguidos pela Procuradoria Geral da República, enquanto as denúncias continuam, o que tem sido revelado é de estarrecer. Que gentalha soez - “genérico” para vil, torpe, reles, os filhos dessas madames. Qualquer que seja o termo meliante, ladrão ou biltre, serve bem, cai como uma luva nas mãos desses energúmenos que surrupiaram dinheiro público. Alguns já estão pagando, repousando em “resort” de Bangu 1, alimentando-se à custa do Estado, ou seja, do contribuinte lesado. Estão comendo a “quentinha” coberta de gordura, alimento notável para colesterol de meliante chinfrim, que envergonha a nação com seus malfeitos. Tenho dito!... E é pouco, para o que possa representar o nojo que sentimos por essa corja de... praticantes de chinfrinação!. MELIANTES! (*) Fernando MIlfont (Fortaleza), jornalista e escritor (milfont90@gmail.com

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Leituras MetroforI

Sete empresas são habilitadas para concorrer à licitação dos tatuzões

Sete das dez empresas inscritas foram habilitadas para seguir na licitação das obras de conclusão dos shafts da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, entradas por onde as máquinas tuneladoras (tatuzões) começam o trabalho de escavação dos túneis. As informações são Procuradoria Geral do Estado (PGE). As companhias que permanecem na disputa do certame são a Construtora Cetro, Construtora Morais Vasconcelos, Construtora Platô, Edcon Comércio e Construções, Forteks Engenharia e Serviços Especiais, Lomacon Locação e Construção e Lumali Engenharia. CG Construções, Engexata Engenharia e JBM Construções foram inabilitadas do processo por não apresentar todos os documentos exigidos no edital. Está previsto um prazo recursal de cinco dias úteis. “As empresas obviamente devem entrar com o recurso. Até a próxima semana podemos realizar a abertura dos envelopes com os preços”, disse Lúcio Gomes, titular da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra). A expectativa é que a obra tenha início já em junho. A licitação está orçada em R$ 6,5 milhões. De acordo com o edital, os serviços deverão ser executados e concluídos dentro do prazo de quatro meses, contados a partir da data de recebimento da Ordem de Serviço, após publicação no Diário Oficial do Estado (DOE). O contrato terá vigência de 16 meses. Outras três licitações previstas englobam a parte estrutural da Linha Leste. A primeira trata das obras e sistemas, tais

como sinalização, telecomunicações, controle, bilhetagem, ventilação e equipamentos de oficina. O processo de entrega das propostas comerciais para o certame, realizado no início do mês, atraiu apenas o consórcio formado pelas empresas por Ferreira Guedes e a espanhola Sacyr. O edital é orçado em R$ 1,7 bilhão. A segunda licitação, que envolve toda a supervisão da obra, deve sair nas próximas semanas. O último certame, que trata do material rodante (trens e vagões), ainda será analisado. “Vamos esperar mais uns meses até divulgá-lo”, pontua Lúcio Gomes. Na primeira fase do projeto da Linha Leste, será contemplada a extensão de 7,3 km que engloba quatro estações subterrâneas e uma de superfície, sendo dois de túneis paralelos (Chico da Silva e Papicu) e dois túneis sobrepostos (Colégio Militar e Nunes Valente). O prazo de conclusão é de quatro anos. Na fase dois do projeto, entrarão as estações da Catedral da Sé, Praça Luíza Távora e Leonardo Mota. Serão licitados os trechos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) até a estação Edson Queiroz. Dos recursos para conclusão do trecho leste do metrô, R$ 1 bilhão virá do BNDES, em financiamento; R$ 673 milhões serão repassados pelo Governo Federal; e R$ 186 milhões será de recursos do Tesouro Estadual. Entidades que militam pelo direito à moradia realizam hoje visita às comunidades impactadas pelas remoções para a obra para elaboração de um relatório (O POVO – Eiomar de Lima, com Repórter Átila Varlea,

O Ceará tem 11% de sua área em processo de desertificação

No Dia Mundial de Combate à Desertificação (17.06), veja como está a situação do Estado e as ações da Funceme para amenizar a atual situação do CE Áreas fortemente degradadas em processo de desertificação. Neste domingo (17) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Desertificação. É a data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reflexão sobre os efeitos negativos e para pensar alternativas de mitigação deste fenômeno. Atualmente, mais de 15% do território brasileiro está suscetível à desertificação, incluindo 100% do Ceará, parte dos outros estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), a degradação das terras pode ocorrer tanto por alterações climáticas como pelas atividades humanas. “Aqui no Ceará observamos que a utilização inadequada dos solos, contribuiu bastante para esse quadro atual”, explica a pesquisadora da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Sônia Perdigão. De acordo com o último mapeamento realizado pela Funceme, o Estado já apresenta 11,45% do seu território com áreas degradadas em processo de desertificação. No

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momento, as regiões mais atingidas são os Inhamuns, Médio Jaguaribe e parte do centro-norte, onde está localizado o município de Irauçuba e seus circunvizinhos. A Funceme realiza mapeamentos e diagnósticos do tema desertificação. Agora, está monitorando um projeto piloto de recuperação de área degradada, implementado na localidade do Brum, no município de Jaguaribe. Lá, a partir de técnicas de manejo e conservação do solo, uma área de cinco hectares, vem ganhando nova vida com surgimento de espécies nativas da região e da própria Caatinga. “Conhecendo o solo pode-se planejar a sua utilização de forma adequada, considerando suas potencialidades e limitações”, reforça Sônia, que integra o grupo de pesquisadores do Núcleo de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Fundação. Entre as novas ações que irão colaborar para ampliar e atualizar as ações de mitigação e combate à desertificação, está o inédito levantamento de solos do Ceará, que vem sendo avaliado e validado pela equipe técnica da Funceme. O estudo, que abrange uma área de aproximadamente 92.600 km², cerca de 63% do Estado, está em andamento e sua conclusão está prevista para o início de 2019.

Ceará em Brasília

Foto: Dário Gabriel.

Leituras I


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Leituras II

Mais famoso corno cearense

Por Wilson Ibiapina (*) Machado de Assis teve um caso com Georgiana Cochrane, mulher de José de Alencar No momento em que o mundo se mobiliza para salvar Sakineh Ashtiani, a mãe de dois filhos de 43 anos condenada à morte por adultério,no Irã, lembro aqui um caso famoso de adultério que aconteceu no século XIX. Carlos Heitror Cony levantou a tração em artigos em jornal de São Paulo. José de Alencar, o nosso mais famoso escritor de romances, foi traído pela mulher que teve um caso com Machado de Assis. O escritor Mário de Alencar, filho do romancista José de Alencar e de Georgiana Cochrane, seria na verdade, filho de Machado de Assis. A tração é contada em crônica por Humberto de Campos Havia, realmente, nos dois, traços fisionômicos que corriam paralelos. E aquela afeição paternal de Machado de Assis, tão desconfiado nas suas amizades e, no entanto, tão ligado a M. de A., cuja presença na velhice não dispensava um só dia? Meses depois, em uma das minhas visitas ao consultório de Afonso Mac-Dowell, meu médico e amigo, este me recebe exclamando: – Se você chega dois minutos antes, encontraria aqui um colega seu, da Academia. – Qual deles? – O M... M. de A. Sem a menor lembrança, no momento, das palavras de Goulart de Azevedo, falei-lhe do nervoso do M., o qual não saía à rua sem companhia de um ou dois filhos. – Nervoso, só, não – atalhou o médico. E com ares misteriosos: – Eu lhe digo aqui com a devida reserva: o M. é epilético. Essa informação pôs um raio de luz em minha dúvida. J. de A. jamais sofreu de epilepsia. Machado de Assis morreu dessa moléstia. Como explicar, pois, a epilepsia de M. de A.? Mergulhei no oceano desse mistério, tateantes as mãos do meu pensamento. Dom Casmurro não será uma história verdadeira? Aquele amigo que trai o amigo, aquele filho que fica de uns amores clandestinos, não seriam páginas de uma autobiografia? “ (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista, cronista, diretor do Sistema Verdes Mares em Brasília, pioneiro da Rede Globo em Brasília

Ceará em Brasília

46 Prefeituras do Ceará têm deixado de receber milhões de reais O resultado da falta de conhecimento e de adequação Família (PBF) era significativo. às normas legais são os saldos acumulados Apenas o bloco da Proteção Social Básica detinha R$ 49 Iguatu. Os municípios reclamam a cada ano da crise milhões. No total, são 85 milhões. Valores significativos, financeira que se agrava decorrente de queda de receitas e que poderiam ser operacionalizados por meio das secredo aumento das despesas. Prefeituras quebradas e prefeitos tarias de Assistência Social, mas, por falta de acordo com com pires na mão peregrinam em busca de recursos em a linguagem da política da Assistência Social, licitações Brasília. É a queixa geral. Entretanto, em meio à escassez lentas, desconhecimento das siglas e outros impeditivos de recursos, a maioria das gestões deixa de receber verbas administrativos, a execução acaba não acontecendo. “Isso para programas de assistência às crianças e aos adolescentes ocorre por falta de entendimento em vários setores munipor falta de criação e estruturação do Fundo Municipal e cipais”, explica Pimenta. cadastro correto de pessoa jurídica. De cinco programas sociais, o saldo observado em abril O resultado da falta de conhecimento e de adequação passado era de R$ 17 milhões, no Ceará. Esse recurso entre os gestores municipais às normas legais são os sal- poderia ser utilizado em ações que integram o Suas, mas, dos que permanecem acumulados a cada mês nos Fundos infelizmente, acabam se acumulando nas contas correntes Municipais de Assistência Social dos municípios, em alguns casos (FMAS), gerando perda financeira as Prefeituras executam com os re(suspensão ou bloqueio de parcelas cursos próprios, e não com a verba para funcionamento dos serviços e prevista nos referidos programas. programas de atendimento aos joTrabalho Infantil vens). Por não cumprirem os artigos No último dia 12, comemorou-se o 4° e 43º da portaria 113/2015, do Dia Nacional de Combate ao TrabaMinistério de Desenvolvimento Solho Infantil. Há uma alta incidência de cial (MDS), 46 municípios cearenses trabalho entre crianças e adolescentes deixaram de receber R$ 2, 5 milhões nos municípios brasileiros. Entretanneste ano. to, os dados mostram que, somente A maioria das gestões deixa de receber verbas para prograRecursos disponíveis mas de assistência às crianças e aos adolescentes por falta destinado ao Programa de Erradie estruturação do Fundo Municipal e cadastro O contador social da Secretaria de de criação cação do Trabalho Infantil (Peti), o correto de pessoa jurídica ( Foto: Reinaldo Jorge ) Trabalho e Desenvolvimento Social saldo em abril passado era de R$ 4,8 (STDS), Paulo Pimenta, observa que há recursos para a milhões. Para o programa Primeira Infância/Criança Feliz Assistência Social que dispõe de um leque de programas estavam depositados naquele mês R$ 10 milhões. Ainda a serem realizados pelos municípios. Entre janeiro e abril no mês de abril, o Fundo Nacional de Assistência Social de 2018, houve uma evolução no saldo dos programais registrava para o Ceará um saldo de R$ 102 milhões e para sociais no Brasil, passando de R$ 2,3 bilhões, no primeiro o Fundo Estadual de Assistência Social, R$ 5,7 milhões, mês do corrente ano, para R$ 2,4 bilhões, no quarto mês. perfazendo um total de R$ 108 milhões. “Os dados comprovam uma execução muito lenta, que Paulo Pimenta observa que o menor município do Brasil, acaba acarretando perdas para os municípios, que deixam Serra da Saudade, em Minas Gerais, com apenas 815 habide receber os recursos”, pontua Pimenta. tantes, deixou de receber R$ 22 mil, que deveriam ter sido No Ceará, o saldo de recursos repassados até abril pas- aplicados em programas de Assistência Social, mas faltou sado, na modalidade fundo a fundo para os serviços dos cumprimento da portaria Nº 113/2015, referente ao bloco de Centros de Referência de Assistência Social (Cras), dos financiamento. “Esse é um exemplo que nos mostra o quanto Centros de Referência Especializado de Assistência Social as perdas de recursos acontecem nas cidades brasileiras”, (Creas), do Índice de Gestão Descentralizada do Sistema frisou Pimenta. Único de Assistência Social (IGD/Suas) e Programa Bolsa por Honório Barbosa - Colaborador

Candidatos ao Governo do Ceará podem gastar até R$ 9,1 milhões em campanha, decide TSE

Em caso de segundo turno, valor é acrescido de R$ 4,55 milhões. Campanhas de deputados federais e estaduais têm limite de R$ 3,5 milhões e R$ 2,5 milhões, respectivamente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira (29) o limite de gastos das campanhas eleitorais para as eleições de outubro próximo, bem como o limite para a contratação de pessoal. Para os cargos de governador de Estado e senador da República, o limite de gasto para a campanha é fixado de acordo com o eleitorado do Estado em 31 de maio de 2018. No caso do Ceará, que tem 6.342.684 eleitores, o limite de gastos para a campanha ao Governo é de R$ 9,1 milhões por candidato, valor que será acrescido de R$ 4,55 milhões se a disputa for para o segundo turno. Para a eleição de dois senadores – que ocuparão as vagas de José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (MDB) –, os gastos serão limitados a R$ 3,5 milhões para cada candidato. Já os candidatos a Deputado Federal podem gastar até R$ 2,5 milhões cada um, enquanto que os concorrentes ao cargo de Deputado Estadual, R$ 1 milhão cada.

Para o cargo de Presidente da República o teto será de R$ 70 milhões para o primeiro turno das eleições. Na hipótese de ocorrência de segundo turno, o limite de gastos de campanha deve ser acrescido em mais R$ 35 milhões. Limite de contratações O TSE também disponibilizou o limite de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal para serviços de militância e de mobilização nas ruas. Esse quantitativo também tem por base a população do Estado em questão. No caso do Ceará, podem ser contratadas 2.045 pessoas para cada campanha aos cargos de presidente da República e senador; 4.090 para governador do Estado; 1.432 para deputado federal e 716 pessoas para cada candidatura ao cargo de deputado estadual. Regra Estado com até 1 milhão de eleitores têm seus gastos limitados a um teto de R$ 2,8 milhões para a campanha ao Governo do Estado, de acordo com o TSE. Em caso de segundo turno nas eleições, esse limite deve ser acrescido de em R$ 1,4 milhão.

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Leituras III Carta ao leitor III

Gonzaga Mota (*) Amigas e amigos. Estamos vivenciando no Brasil uma época onde predomina a diáspora de ideias e de objetivos. O ideal decadente mostra a falta de perspectiva das novas gerações e deixa num clima de perplexidade os mais idosos. Com certeza, sem pessimismo, o País continuará com grandes injustiças e desigualdades, conforme relatórios da Organização das Nações Unidas e de outras entidades internacionais. Quais seriam então os princípios básicos para que possamos alcançar uma situação melhor? A pergunta não é de fácil resposta; bastante complexa, todavia tomamos a liberdade de apontar cinco pontos substanciais: democracia, ética, espiritualidade, respeito aos direitos humanos e paz. Reconhecendo o elevado grau de utopia, precisamos ter esperança. São conceitos interdependentes e necessitam ser observados dentro de um contexto sistêmico, permitindo assim o surgimento de uma sociedade dos cidadãos, isto é, da cidadania. Sem dúvida, a ideia democrática se opõe a ideologias opacas em que o poder é, na maioria das vezes, exercido mediante força, mídia tendenciosa e dinheiro. Já a ética evidencia diretrizes de natureza moral de uma pessoa, de um grupo social ou de uma sociedade. A espiritualidade leva o cidadão a procurar o melhor caminho, em razão da força interior, através de meditação e de oração. A universalidade dos direitos humanos se opõe às teses e propostas dos egoístas e daqueles que não buscam a solidariedade. A paz vai de encontro à violência física e moral. Não devemos desanimar, pois diz a sabedoria popular, “muitas vezes a última chave do molho é aquela que abre a porta”. Saudações

Carta ao leitor IV Amigas e amigos. Existem três eixos fundamentais (político, social e econômico) que servem de apoio ao progresso de um Estado democrático. De nada adianta um País ser forte do ponto de vista econômico e sua população viver em condições precárias e sem liberdade política. Dentro desta linha de raciocínio, seria fundamental alcançar a cooperação entre governo, sociedade e setores empresariais e trabalhistas, para que ocorra um desenvolvimento responsável, integrado e sustentável. Particularmente, no caso brasileiro, é urgente a necessidade de programas e ações estruturantes que promovam e consolidem os direitos e obrigações da população. Por sua vez, sem crescimento econômico, não há de que se falar em geração de renda ou de empregos, e nem de melhorias que repercutam significativamente na vida do cidadão, seja quanto à educação, à saúde ou a quaisquer outros temas que o afeta diretamente. A busca da estabilidade macroeconômica e da eliminação da corrupção são vitais para a retomada do desenvolvimento. Ao Brasil será impossível destacar-se em meio as economias avançadas, se mantidas a miséria e a exclusão social de que somos testemunhas. O desenvolvimento precisa ser integral, abrangendo todas as áreas, ou seja, visando o bem-estar da coletividade e o equilíbrio ambiental. Nada do que foi dito pode ter resultados concretos, sem o envolvimento de toda a sociedade brasileira. Deseja-se que o engajamento se dê de forma crítica e atuante, garantindo a transformação de nossa realidade. Assim, estaremos participando de transformações esperadas, respeitando-se o regime democrático e a liberdade que lhe é intrínseca. Saudações. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza), Professor Aposentado da UFC

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A dança das cadeiras na Justiça do Ceará envolve 17 juízes Órgão Especial aprova remoção de 17 juízes para comarcas do Interior e um para Capital. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aprovou, na reunião ordinária em 28.06 a remoção de 17 juízes de comarcas do Interior, de Entrâncias Inicial e Intermediária. Aprovou, ainda, a remoção de um magistrado da 1ª Vara Cível de Sobral, de Entrância Final, para 35ª Vara Cível de Fortaleza. A sessão foi conduzida pelo desembargador Washington Luis Bezerra de Araújo, vice-presidente no exercício da Presidência do Tribunal de Justiça. Entrância Inicial – Silmar Lima Carvalho – de Jijoca de Jericoacoara, para Vara Única de Fortim; – Maurício Hoette – de Porteiras, para Vara Única do Barro; – Julianne Bezerra de Barros – de Barreira, para Vara Única de Pindoretama; – Lucas Medeiros de Lima – de Caririaçu, para Vara Única de Chorozinho; – Bernardo Raposo Vidal – de Forquilha, para Redenção; – Juliana Sampaio de Araújo – de Acarape, para Guaiúba. Entrância Intermediária – Renata Santos Nadyer Barbosa – da 3ª Vara de Itapipoca, para titular do Juizado Especial Cível e Criminal da mesma Comarca; – Saulo Gonçalves Santos – da 1ª Vara de Camocim, para 2ª Vara de Acaraú; – Ana Cláudia Gomes de Melo – da 2ª Vara de Qui-

xadá, para 2ª Vara de São Gonçalo do Amarante; – Welton José da Silva Favacho – de Massapê, para 2ª Vara de Beberibe; – Ticiane Silveira Melo – da 1ª Vara de Granja, para 2ª Vara de Viçosa do Ceará; – Francisco Gladyson Pontes Filho – do Juizado Especial Cível e Criminal de Quixadá, para 2ª Vara de Horizonte; – Danielle Estevam Albuquerque – da 2ª Vara de Itapajé, para 2ª Vara de Itaitinga; – Ramon Aranha da Cruz – da 2ª Vara de Mombaça, para 2ª Vara de Icó; – Álisson do Valle Simeão – do 2º Juizado Auxiliar da Zona Judiciária, com sede em Tianguá, para 2ª Vara de Trairi; – Wildemberg Ferreira de Sousa – do Juizado Especial Cível e Criminal (JECC) de Senador Pompeu, para 3ª Vara de Russas; – Luis Eduardo Girão Mota, do 1º Juizado Auxiliar da 2ª Zona Judiciária, com sede em Iguatu, para 3ª Vara de Canindé; – Maurício Fernandes Gomes – da 1ª Vara Cível de Sobral, para 35ª Vara Cível de Fortaleza. Novas Unidades A 2ª Vara de Acaraú, a 2ª Vara de São Gonçalo do Amarante, a 2ª Vara de Beberibe, 2ª Vara de Viçosa do Ceará, 2ª Vara de Horizonte, 2ª Vara de Itaitinga, 2ª Vara de Icó, 2ª Vara de Trairi, 3ª Vara de Russas e 3ª Vara de Canindé, todas de Entrância Intermediária, foram criadas recentemente pelo Tribunal de Justiça, conforme previsto na Lei nº 16.397, de 14 de novembro de 2017

Casa do Ceará escolhe seus homenageados de 2018 Em reunião de diretoria executiva presidida por Osmar Alves de Melo, a Casa do Ceará escolheu as personalidades que dia 19 de outubro serão homenageadas, como reconhecimento dos relevantes serviços prestados a instituição. Receberão seus diplomas de Sócios Eméritos: Dom Marcony Pereira, Bispo Auxiliar de Brasília, que vem celebrando a Missa de São José, Padroeiro do Ceará, no dia 19 de março, um dos marcos da religiosidade dos cearenses; Ilda Ribeiro Peliz, Secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, que acompanha de perto as ações assistenciais da Casa voltadas para Brasília e Entorno e, principalmente, as relacionadas com a Pousada dos Idosos; João Vicente Feijão (Sobral), Superintendente da Federação do Comércio – Fecomércio, e efetivo colaborador das

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ações sociais da Casa. Receberá o titulo de Sócio Benemérito: Vicente Landim Macedo (Aurora) procurador federal do INCRA, aposentado, presidente de Honra da Associação dos Filhos e Amigos de Aurora, memorialista das histórias de Aurora. Receberá o titulo de Sócio Honorário: Major Leandro Magalhães Mariani – do Corpo de Bombeiros do DF e que sempre supervisionou os eventos da Casa. A Medalha do Mérito Empreendedorismo, Inovação e Gestão Euclides Pinto Martins, cearense e pioneiro da aviação civil e cujo nome foi dado ao Aeroporto de Fortaleza: Antônio Carlos Aguiar (Sobral) – empresário, escritor e presidente de Honra da Associação dos que Querem Bem a Brasília e a Sobral –AQQB, e Lourenço Peixoto Rommel Ponte Peixoto – diretor do Jornal de Brasília.

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Leituras IV

Alice no país das maravilhas e no país do faz de conta

Por JB, Serra e Gurgel (*) Consta que o Brasil é um país estranho. As leis que valem não são as do Supremo nem as dos corruptos de Brasília. Tem uma Constituição, com menos de meio século, 29 anos, com mais emendas do que artigos. Mais :um artigo diz uma coisa. O parágrafo 1º diz outra, o inciso 1º diz outra e alínea 1º diz outra. E uma confusão dos diabos que nem constitucionalistas, jurisconsultos, mestres da lei entendem. Não se entendem nunca. Vivemos no pais do faz de conta. Quem deveria fazer as leis seria o Congresso, o Legislativo, mas desde 1988 quem faz é o Judiciário, com uma impressionante fúria legislativa apelidada de judicialização. Cada juiz uma cabeça, cada cabeça, uma sentença, cada sentença, um magistrado, cada magistrado, um escritório, no 1º andar e um preço no 2º Começa pelos tribunais infra-inferiores e alcança os super-superiores, juizados especiais, de pequenas causas, de encrencas e confusões, instancias, entrâncias, entranhas, patranhas, futebol, de paz, vizinhança e de varas. Diz a lenda o pais conta com mais de 200 mil leis, decretos, medidas provisórias, emendas constitucionais, normas, súmulas que configura um cipoal de regras. Há l milhão e 500 mil portarias em vigor. Há 10 milhões de processos em todos os tribunais. É um bioma jurídico. Ninguém sabe o que tem na cabeça de um juiz. Nem ele. Careca ou cabeludo, não se sabe. Pode ter tudo ou nada. O juiz só fala nos autos. Outros não falam. Outros nem escrevem. Temos 300 mil juízes e árbitros de todos os tipos de justiça comum, cível, civil, criminal, militar, eleitoral, trabalhista, de futebol. Cerca de 30 mil sentenças diárias são expelidas, em nome da lei, da ordem, do narcotráfico e das milícias... Há muitas leis que pegam e outras tantas que não pegam.

Anotem nossas principais leis que não estão na Constituição, nos Códigos, nos Processos, nas Súmulas Jurídicas, nas cabeças coroadas e nas togas cheias de bolsos, etc. A lei da chave de galão: sabe com quem está falando?, A lei da coisa: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A lei da selva: sobrevive o mais forte, os fracos se lascam. A lei das mudanças: o mundo gira e a lusitana roda. A lei de Chico de Brito: vigorou no Crato e em Juazeiro, no Ceará. Errou, pagou. A lei de Darwin: os mais aptos sobrevivem. A lei de Deus: basta cumprir os 10 mandamentos. A lei de Gerson: aplica-se para dar um jeitinho e levar vantagem em tudo. A lei de Lavoiser : na natureza nada se cria, tudo se copia. A lei de Lula: não é meu! Nada é meu, nem a cueca! A lei de Marco Maciel: atrás de mim vem eu. A lei de Muricy: cada um cuide de si. A lei de quem pode mais pode menos. A lei de verticalismo do poder feudal :os pequenos obedecem aos grandes. A lei de Talião, olho por olho dente por dente. A lei do Ademar de Barros: comprar e não pagar, vender e não entregar. A lei do Armando Falcão: nada a declarar. A lei do aqui se faz aqui se apaga. A lei do anjo exterminador: bandido bom é bandido morto. A lei do bom senso: Se aplica na base do senso comum que ninguém sabe o que é. A lei do Carona : comprar água mineral e biscoito globo

para o motorista. A lei do Chacrinha: quem não se comunica, se trumbica. A lei do Delfim: na confusão, morre gente. Lei do é dando que se recebe. A lei do espaço: cada qual com seu cada qual. A lei do erro: errou, o cu pagou. A lei do estuprador: fudeu vai ter que casar. A lei do falecido: morto não fala. A lei do faminto: afobado come cru. A lei do futebol: quem tem que correr é a bola. A lei do jogo do bicho: vale o que está escrito. A lei do ladrão público: esse é meu e este também. A lei do mais forte; quem é fraco saia na frente. A lei do manda quem pode e obedece quem tem juízo. A lei do menor esforço: não se aplica aos menores infratores e aos anões. A lei do morro: não sei, não vi, não conheço. A lei do pau: o pau que bate em Chico bate em Francisco. A lei o pau pereira: aplica-se na porrada. Vai chegando e descendo o cacete. A lei do pessimista: tanto pior melhor. A lei do quem for podre se arrebenta. A lei dos homens: basta descumprir os 10 mandamentos. A lei do resignado ausente: quem cala, consente. A lei do saca-rolha: destampa que tudo aparece. A lei do silêncio: valia para os hospitais para à noite nas cidades, antes da invenção do funk, do rap e do pancadão. A lei do socialista e do comunista, tudo que é seu, é meu. Tudo que é meu, é meu. A lei do tudo junto e misturado: vale homem com homem e mulher com mulher. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escritor serraegurgel@gmail.com

Águas do São Francisco chegam a três estados em 2018, diz ministro da Integração O ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade, afirmou que os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte receberão as águas da transposição do Rio São Francisco ainda em 2018. Convidado a falar em audiência pública pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), o ministro esclareceu principalmente sobre o andamento das obras no trecho do Eixo-Norte 1 e do ramal do Apodi, no Rio Grande do Norte. No fim de abril, a empresa responsável pelas obras do Eixo Norte não cumpriu o cronograma previsto e o contrato de prestação de serviços foi rompido. Após a contratação de uma nova construtora, Pádua Andrade garantiu que o ritmo de trabalho está acelerado para a finalização das obras. O ministro informou que atualmente os canteiros de obras têm turnos de 24 horas e mobilizam cerca de mil trabalhadores. Esse número deve subir para 3 mil até o fim do mês, com a inauguração da última estação elevatória do Eixo Norte em Salgueiro, Pernambuco. As águas ainda terão que passar pelo reservatório de Jati, no Ceará, seguir até a Paraíba e só depois chegar ao Rio Piranhas no Rio Grande do Norte. A previsão é que isso ocorra até outubro. As obras de transposição das águas do Rio São Francisco devem beneficiar 12 milhões de pessoas em 396 municípios de quatro estados: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. São 477 quilômetros de obras nos dois eixos (Leste

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e Norte), 27 reservatórios com barramentos e barragens, quatro túneis, 13 aquedutos e nove estações de bombeamento.

Barragem de Oiticica Outra grande preocupação do governo é a construção da Barragem de Oiticica, entre os municípios de Jurucutu, Jardim de Piranhas e São Fernando. Como o projeto inicial sofreu

alterações, o ministro informou que os recursos são suficientes para apenas mais quatro meses. E seriam necessários ainda R$ 238 milhões para a conclusão do reservatório. — Para esse recurso que a gente tem que buscar o apoio, encontrar uma alternativa. Essa obra não pode parar porque é maior obra hídrica do estado. E é fundamental a participação da bancada do Rio Grande do Norte [no Senado] — disse. Nesse sentido, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da Comissão, recomendou uma audiência no Ministério do Planejamento. — Considerando a urgência, sugiro ao ministro [Pádua Andrade] a solicitação dessa audiência o quanto antes. Convidar o próprio governador e, naturalmente, a bancada e as demais autoridades como o procurador-geral do nosso estado, Eudo Leite. Essa obra não pode mais sofrer atraso — ressaltou a senadora. Também senador pelo Rio Grande Norte, José Agripino (DEM) destacou a necessidade de recursos federais e estaduais para perenizar os rios da região. O Nordeste já sofre há seis anos com a seca, amenizada apenas com algumas poucas chuvas nos primeiros meses de 2018. — Nesse momento nós temos no conjunto das barragens do estado 30% do volume necessário. É o nosso “seguro-água”. Em função das chuvas que caíram, ainda que precariamente, teremos água até dezembro. Agora, o que vai ser dos próximos anos? — questionou.

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Diretoria da Casa do Ceará apresenta relatório das atividades realizadas no 1º semestre de 2018. A Casa do Ceará iniciou o ano de 2018 recebendo uma valiosa doação de um veículo, marca GM, modelo celFoto do veículo doado pelo TER ta, cor branca, ano 2012. A doação foi realizada no mês de janeiro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. No dia 19 de março, como ocorre anualmente, foi celebrada missa em homenagem a São José, Padroeiro do Fiéis da Casa do Ceará e da vizinhança acomodam-se antes do início da missa Ceará. O culto religioso esteve a cargo do Bispo Auxiliar de Brasília, Dom Marcony Ferreira, acompanhado pelo Padre José Henrique Félix e contou com a presença de cerca de 150 pessoas. No dia 22 de março foi realizada a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, da entidade, para José Mário dos Santos, Padre José Félix, Osmar de Melo, Bispo Dom Marcony Ferreira, aprovação das Alves Adirson Vasconcelos e Evandro Pedro Pinto. contas do exercício de 2017 e alteração do estatuto. As demonstrações contábeis e demais anexos foram aprovados por unanimidade. No ano de 2017, foi apurado um superávit de R$ 415.467,50 (quatrocentos e quinze mil quatrocentos e sessenta e sete reais e cinquenta centavos). No dia 26 de maio, uma equipe da Casa do Ceará, sob a liderança do Presidente Osmar Alves de Melo Associados e acompanhado pelos diretores José Sampaio de Lacerda Júnior, Vicente Magalhães e Maria Djanira Gonçalves, pelas Superintendente e Assistente Social da entidade, Antônia Guimarães e Ivete Simonette, respectivamente, juntamente com uma equipe da igreja evangélica Navegando com Jesus, tendo à frente o Pastor Carlos Salles, foram às imediações do Hospital de Base para realizar mais um ato de distribuição de agasalhos e comida com os moradores de rua daquela região. Na ocasião foram distribuídos cerca de 100 agasalhos e 100 refeições. Os agasalhos distribuídos foram arrecadados pela Casa do Ceará e pelo Centro de Integração do Ser-Budhata, localizado em Águas Claras. A alimentação foi oferecida pela igreja Navegando com Jesus, que há 8 anos distribui refeições, a cada 15 dias no mesmo local. Para Osmar Alves

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de Melo, Presidente da Casa do Ceará, a Campanha do Agasalho é uma ação social muito importante da instituição e tem como objetivo aquecer as pessoas mais necessitadas durante o inverno e ressaltou o compromisso da Casa em realizar a campanha no próximo ano. A Campanha do Agasalho 2018 contou com o apoio da Associação dos Filhos e Amigos Djanira, Osmar Alves de Melo, Antônia de Aurora e da Maria Guimarães, Lacerda Júnior, Pastor Carlos família do PreSalles e Vicente Magalhães. sidente da Casa, Osmar Alves de Melo, sua esposa Ivete Magalhães Alves de Melo e de sua filha Adriana Magalhães. Também participaram do evento os funcionários da Casa, Rayanne Alves, Sue Hellen, Aurea Luíza, Maria Darcimar, Cláudio França, Patrícia Belém, Raquel Caetano, Raí Dias, Maria Aparecida e os voluntários Marisa Pedrosa e Michele. Nos dias 14 e 15 de junho, a Casa do Ceará participou da 34ª Feira do Livro de Brasília com foto (da esquerda à direita), Antônio Carlos apoio da Aca- Na Aguiar- presidente da AQQB, Osmar Alves de demia Taguatin- Melo – Presidente da Casa do Ceará, Senador guense de Le- Mauro Benevides e Gustavo Dourado, presitras. No dia 14 dente da Academia Taguatiguense de Letras. esteve presente no evento o ex-senador Mauro Benevides, ocasião em que fez vibrante saudação aos escritores cearenses. Foram expostos no estande livros de autoria de vários escritores cearenses, entre eles Osmar Alves de Melo, João Estenio Campelo Bezerra, José Adirson Vasconcelos, João Bosco Serra e Gurgel, José Marcondes Sampaio, Pedro Jorge de Castro, Vicente Landim de Macedo e Regina Stella Studart. No dia 16 de junho, foi realizada a tradicional festa junina da Casa do Ceará, à qual compaApresentação da receram cerca de Quadrilha Formiga da Roça 2.000 pessoas. O consagrado evento foi animado pelos ritmos musicais nordestinos de forró, xaxado, xote, maracatu e baião. A festa foi marcada pelo bom atendimento, pela comodidade dos presentes, com disponibilidade suficiente de mesas e cadeiras para os participantes; pela variedade de comidas típicas e bebidas do Ceará e do Nordeste; pelas brilhantes apresentações da quadrilha Formiga da Roça e do Trio Siridó e da vibrante locução do radialista Miguel Santos. O bazar, como sempre, atraiu forte interesse das pessoas e permaneceu aberto durante todo o evento,

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vendendo variada gama de produtos doados pela Receita Federal. No primeiro semestre de 2018, a Casa do Ceará realizou a reforma do parquinho infantil, localizado entre a pousada dos Consultório odontológico idosos e o ginásio poliesportivo. Por decisão de Diretoria, adquiriu três novas cadeiras odontológicas destinadas à odontoclínica, em substituição a igual número de equipamentos antigos, desgastados e impróprios para uso. A Pousada Crysantho Moreira da Rocha seguiu atendendo 15 idosos residentes e garantindo-lhes Expansão da área da Academia Crossfit o acesso a bens e serviços de qualidade. O bazar de produtos novos e usados funcionou a todo vapor, propiciando boa renda para manutenção dos serviços oferecidos pela entidade. É oportuno registrar, também, a assinatura de novo acordo de aluguel com a Crossfit, academia de ginástica instalada na Casa, cuja área foi expandida e o valor mensal reajustado de R$ 5.500,00 para R$ 12.000,00, a partir de agosto/2018. A ocupação de área ociosa redundou em razoável melhoria às finanças da entidade. Composição da Diretoria Executiva da Casa do Ceará: Osm ar Al ves de Melo – Presidente; Registro de apresentação musical dos João Estenio Camidosos moradores da Casa sob o comando da responsável pela pelo Bezerra- 1º ViPousada, Eloisa Marques. ce-Presidente; José Adirson Vasconcelos – 2º Vice-Presidente; Maria Djanira Gonçalves – Diretora de Promoção Social; José Aldemir Holanda – Diretor de Planejamento e Orçamento; Francisco Machado da Silva- Diretor de Saúde; Vicente Nunes de Magalhães- Diretor de Educação e Cultura; José Sampaio de Lacerda Junior – Diretor Administrativo-Financeiro; João Bosco Serra e Gurgel - Diretor de Comunicação Social; Carlos Euler Currlin Perpétuo - Diretor de Obras; João Rodrigues Neto – Diretor Jurídico. A Diretoria conta com a colaboração de 46 funcionários liderados pela Superintendente Antônia Guimarães.

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Leituras V O jagunço da honradez Jorge Henrique Cartaxo (*)

Apérola é uma joia viva que a natureza nos oferece pronta. A única produzida organicamente. Sua gestação é longa e delicada. É fruto da dor. Só uma ostra ferida gera uma pérola. É um processo de defesa, é uma reação de sobrevivência do organismo ofendido. Ela é a cicatrização, a cura, a vida que se renova em tesouro, a beleza que vem de dentro. Quanto mais nácar a pérola apresentar menos brilho ela terá, portanto, mais nobreza, distinção e valor. A natureza nos brindando com a vitória da substância sobre a aparência. Como símbolo, a pérola é a dor revestida de amor, que na vida se transforma em preciosidades. Já a Bíblia nos adverte que não devemos oferece-las aos porcos. Eles não as distinguem dos grãos de milho e nem as separam da lama onde vivem. Foram essas imagens, palavras e pensamentos que me ocorreram quando vi a notícia do falecimento do amigo querido Cláudio Ferreira Lima, essa pérola de ser humano que nos deixou no início da semana. Nos conhecemos em Brasília, no alvorecer da redemocratização em 1982/84. Não me recordo exatamente qual função ele ocupava naquela ocasião, mas ficamos mais próximos durante seu trabalho na Constituinte de 1988/89 como assessor da bancada do Nordeste, representando o Banco do Nordeste. Como repórter, passava o dia e parte da noite no Congresso Nacional. Eram tempos mais agitados do que tensos. Havia uma aura de reconstrução e refazimento da nação. Dentre outras ilusões, acreditávamos estar construindo um País melhor e mais justo. O futuro parecia se iluminar. Foi sob esse halo político que aprendi a admirar o talento, a inteligência, a cultura, o servidor público, o intelectual, o pensador, o humanista Cláudio Ferreira Lima. Nas Comissões, no Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados, no café dos aeroportos de Brasília e Fortaleza, nos voos, nos restaurantes, nos gabinetes parlamentares, no escritório do BNB em Brasília, no gabinete do Demócrito no jornal O POVO, nos corredores da Câmara e do Senado. Quantas palavras, ideias, risos, ironias, densas e sabias reflexões tive o privilégio de ouvir no convívio com o Cláudio. Elegante, suave, construtivo, sempre disposto a ouvir e, sobretudo, a ensinar com invulgar delicadeza e disposição. Jamais discordava, preferia sentir de forma diversa. Expressava sua opinião com consistência e carinho. Pérola de cearense, bravo. (*) Jorge Cartaxo(Crato) jornalista.

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A memória de Parsifal Barroso

Biografia reconstitui a rica trajetória política e intelectual de Parsifal Barroso, ex-governador do Ceará e autor de “O Cearense”

De dez a 15 linhas nos livros de História era o que Luís-Sérgio Santos costumava encontrar sobre o governo de Parsifal Barroso (1958-1962) no Ceará. Sua gestão havia acontecido entre a de Paulo Sarasate e a de Virgílio Távora. A apresentação escassa e superficial das informações relativas àquele período passou a inquietar o jornalista, que resolveu então expandir a memória do personagem em uma biografia de mais de 400 páginas a ser lançada pelo Instituto Myra Eliane, nesta terça-feira (5), às 19h, na Livraria Cultura. Na ocasião, o jornalista Egídio Serpa mediará um bate-papo com o autor do livro e o neto do biografado, o empresário Igor Queiroz Barroso, presidente do Instituto Myra Eliane e Diretor Institucional do Grupo Edson Queiroz. “O que prevalecia em Parsifal era de fato a conciliação, a costura, o apaziguamento, a ponderação, a argumentação. Mas ele era um estrategista. Grande orador, tinha o dom da retórica, dominava a cena, seguro, com uma voz mansa. Ouvi os áudios dele. Busquei conhecer a voz dele, o timbre, como enfatizava ou amenizava as palavras”, conta o jornalista, destacando a força do personagem e seu método de imersão na personalidade do biografado. A pesquisa de Luís-Sérgio começou durante a produção do seu último livro “Intimorata - A saga do jornal O Estado, de José Martins Rodrigues a Venelouis Xavier Pereira”, que conta a história do jornal cearense desde sua criação, em 1936, até hoje. “Nas pesquisas para esse outro projeto, descobri que Parsifal tinha o jornal O Estado como aliado, parceiro, porta-voz durante seu governo. A partir daí, interessei-me pela figura dele e fui aprofundar-me para ter mais embasamento sobre esse período”, revela. No processo de finalização daquela obra, lançada em outubro passado, o jornalista percebeu que tinha ainda bastante material em mãos sobre uma figura importante de nossa história política, mas cuja trajetória ainda havia sido pouco explorada pelos pesquisadores. “Busquei a família do Parsifal para conversar mais sobre ele, e tive total apoio”, conta Luís-Sérgio. “A pesquisa já estava bem adiantada quando encontrei com o Igor Queiroz Barroso, neto do Parsifal, que cuida do resgate da memória dos avós. Ele ficou empolgado e incorporou a obra ao Instituto Myra Eliane”, contextualiza o jornalista. Ministério Criado em 2016, o Instituto lançou, no ano passado, uma nova edição do livro “O Cearense”, clássico ensaio de Parsifal, e a biografia de Olga Barroso, escrita por Juarez Leitão. Com “Parsifal: um intelectual na política”, dá-se mais uma contribuição para a memória do Estado a partir da história de suas personalidades. Dividida em 11 capítulos, a nova obra conta também com uma coleção de fotos históricas. A orelha foi escrita por outro ex-governador do Ceará, o médico e bibliófilo Lúcio Alcântara. “Foi mestre a vida inteira, dentro ou fora das salas de aula, inclusive exercendo o magistério durante sua passagem pelo cargo de governador do Ceará. Este é, portanto, um aspecto marcante de sua vida: Parsifal, o intelectual”, descreve Lúcio. Sem adotar uma narrativa cronológica estrita, a biografia escrita por Luís-Sérgio destaca Parsifal logo de início como “o segundo ministro mais influente no governo de Juscelino

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Kubitschek” (depois de José Maria Alckmin, à frente do Ministério da Fazenda). O cearense comandou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio entre 1956 e 1958. A relação que ele mantinha com a Igreja Católica foi decisiva para esta nomeação, sendo recomendado à época por três cardeais do País. A frente do ministério, o político enfrentou um cenário turbulento, num período em que os sindicatos eram fortes o suficiente para parar o País. “Eu me modifiquei muito sendo Ministro do Trabalho. Pude entender melhor as reivindicações sindicais e as reivindicações de caráter social. Pude fazer distinção entre ambas e atender mais as sociais do que as sindicais”, avaliou Parsifal, em uma entrevista citada em sua biografia. Nos capítulos que seguem, Luís-Sérgio Santos escreve sobre a surpreendente vitória de Parsifal Barroso sobre Virgílio Távora na eleição para governador do Ceará em 1958; a articulação política comandada por Parsifal para eleger nas eleições seguintes seu sucessor, o coronel Virgílio Távora, a quem havia derrotado quatro anos antes; a obra intelectual do biografado, com foco em três livros que publicou: “O Cearense”, “Uma História da Política e do Ceará” e “Vivências Políticas”; e sua história pessoal e familiar. Construção Como autor da biografia, Luís-Sérgio Santos admite que ficou à margem da narrativa por uma opção pessoal e também profissional. “Eventualmente me dou ao luxo de fazer um comentário, mas muito discreto. O que deve prevalecer é o resgate da memória do biografado, por isso o livro tem muitas fontes para dar segurança à narrativa”, conta. No livro, Parsifal é muitas vezes o próprio narrador, já que um dos fios condutores da narrativa é uma extensa entrevista que ele concedeu à socióloga Teresa Haguette, já falecida. Familiares também dão uma extensa contribuição. A checagem de fatos em jornais e documentos oficiais foi outra estratégia básica da apuração do autor. Contribuições Já que pouco se falou de Parsifal nos livros de História, quase tudo que se apresenta em sua biografia é novidade. Professor, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e ministro de Estado foram algumas das atividades as quais ele se dedicou em vida. Como governador, ele criou o Banco de Desenvolvimento Econômico do Ceará Bandece) e conseguiu autorização do Banco Central para a instalação do Banco do Estado do Ceará (BEC). Foi Parsifal também que trouxe a energia elétrica para o sul cearense; comprou o terreno e contratou o projeto e as estruturas metálicas para a construção do Palácio da Abolição; criou a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará e aglutinou faculdades no que seria o início da Universidade Estadual do Ceará. “Portanto, citá-lo nos livros de História como gestor de um governo de crises e que rompeu com Carlos Jereissati é mais que uma subtração dos fatos, uma indigência historiográfica”, defende Luís-Sérgio na nota prévia da biografia. “Torço pra que este livro seja instigante para a pesquisa acadêmica da universidade e estimule novos olhares. A biografia não encerra o olhar, pelo contrário, inicia. Conhecer nossa história é muito

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Leituras VI

Mais uma história dos Cavalcante de Pedra Branca*

Aylê Selassiê Quintão (*) Ela destacava a história de “codinome”. Era irritante. Mas terminou tendo de usar um nome falso para poder comunicar-se com filho, que militava clandestino na política contra a ditadura. Zimar Botelho Gadelha, de Caucaia, era esposa do deputado Álvaro Lins Cavalcante, de Pedra Branca, um dos fundadores da Casa do Ceará,em Brasília. O filho, Alvinho, um dos mais brilhantes alunos do curso de Física da Universidade de Brasília, envolveu-se, contudo, ainda na adolescência, nos conflitos estudantis, e terminou aderindo à luta armada, na qual atuou, longe da família, em vários estados, por quinze anos. D. Zimar vivia atormentada com as atividades do filho. Escrevia-lhe cartas que, antes de chegar às mãos de Alvinho (e da filha, Ana Amélia, em condição similar) iam parar no Leste Europeu. Algumas desapareciam no tortuoso caminho. Quando veio a anistia, ela recolheu, vagarosa e solitária, rascunhos e algumas das cartas trocadas com o filho que conseguira recuperar, e as escondeu, sem informar a ninguém. Após o seu falecimento, anos depois, elas foram descobertas. Ao tomar conhecimento daquela correspondência cifrada, o jornalista Aylê-Salassié F. Quintão, companheiro de Alvinho nas atividades estudantis na década de 1960, na UnB, decidiu examiná-las e, curioso, iniciou uma conversa sistemática, aos sábados, com o colega, no bar da Toinha, na 210 norte, traduzindo cartas e documentos da Ala vermelha do Partido Comunista do Brasil. O trabalho estendeu-se por mais de dois anos. Surgiu dele um livro, CODINOME BEIJA-FLOR, relatando as atividades revolucionárias de Alvinho, suas atividades, as relações com os companheiros e companheiras, também clandestinos, e com a mãe. Alvinho é o personagem central do “Codinome”, mas não com o nome de família. Filho do sertão, desde criança foi sendo engolido pela realidade cruel das longas estiagens e dos retirantes ao seu redor e, no seu imaginário, navegou com intensidade nela, fora da sua origem de batismo. Ao optar pelo combate à pobreza, viveu durante um longo período com nomes e documentos falsos, inventados dentro da organização para a qual militava. Trocava com freqüência de identidade, de história de vida, de comportamento, a maneira de vestir-se e até a forma de falar. Viveu dezessete anos mudando de nomes. De tal forma que, a chegar a anistia, não sabia conviver num ambiente aberto e descontraído. Desconfiava de tudo e de todos. Demorou a se ajustar, mesmo entre velhos companheiros de universidade. Na página 302 do livro há um belo diálogo surgido por acaso, entre ele, uma antiga colega de universidade, Beatriz, e Alma, uma psicanalista. Do papo descontraído saiu um diagnóstico que foi chamado de “transtorno dissociativo de identidade”. Mas ele, depois de ingerir alguns copos de cerveja – e elas também - não o aceitou. Parecia mais interessado na beleza de Alma. Nas conversas no bar da Toinha, ele demonstrava uma profunda nostalgia quando falava de Pedra Branca e seus familiares. Lembrava com admiração da mãe, dos avós - Chico Cavalcante -, do tio Sabino Cavalcante, conhecido como “o último coronel do sertão”; dos tios e tias ; dos primos e, sobretudo, dos filhos nascidos todos na clandestinidade, com nomes e filiações falsas. Trocou tudo depois. Tinha uma grande admiração pela Geisa, que fui conhecer, pessoalmente, na porta sentada numa cadeira de madeira na porta da casa dela, num final de tarde, desfrutando do sopro ameno do “vento de Aracati”. Conheci alguns dos Cavalcante. Visitei a casa deles em Pedra Branca, no alto da serra. Lá encontrei instalado o médico Francisco Botelho (Barreto?), que me recebeu com muita cordialidade no sítio da família. Disse-me ele: Era a partir daqui que tudo acontecia nesse sertão bravo. A casa é a mesma. Convidou-me para ficar com eles. Declinei, e respondi que se eu ficasse mais de um dia, eles teriam tempo de ler o livro, e eu não sairia vivo dali. Ele deu uma grande gargalhada, e nos despedimos. Alvinho, falecera dois meses antes. (*) Aylê Selassiê Quintão (xxx) Jornalisata e escritor, autor de “Codinome Beijaflor”.

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Aeroporto

1ª fase de obra terá R$ 527,8 mi; 84% para terminal Intervenções também serão feitas nas áreas de pista e aeronaves, estacionamentos e no acesso viário A primeira fase da obra de expansão do Aeroporto de março, poucos dias antes do fim da operação assistida Internacional Pinto Martins, ou Fortaleza Airport, custará da Fraport pela Infraero, e só deve ser concluída no dia 29 R$ 527,8 milhões à Fraport Brasil até a sua conclusão, de outubro de 2019, fim do prazo para a fase I-B. em outubro do próximo ano. A maior parte será destinada As obras no quarto pavimento, onde ficava o antigo à reforma e ampliação do terminal de passageiros (R$ mirante e agora abrigará escritórios da administração. 445,3 milhões, mais de 84%), seguida das intervenções Já devem ser concluídas no próximo 14 de setembro, nas áreas de pista e aeronaves (R$ 58,2 milhões), nas vias enquanto as do terceiro piso começaram no último dia 21 de acesso viário (R$ 19,3 milhões) e em estacionamentos e só devem ser concluídas no fim do prazo da fase I-B. (R$ 4,9 milhões). Já as dos dois primeiros pavimentos começam no próAs informações constam em documentos de planeja- ximo dia 20 - o primeiro com prazo de conclusão no dia 2 mento das obras da concessionária aos quais o Diário do de abril de 2019 e o segundo somente no fim de outubro Nordeste teve acesso e mostram detalhes do projeto da do próximo ano. Fraport para o Aeroporto durante a fase I-B da concessão, Estruturas cujo prazo de execução é até 29 de outubro de 2019. Já a ampliação do lado oeste, próximo ao embarque inNos relatórios, a empresa observa ainda estar analisando ternacional, prevê o acréscimo de uma ponte de embarque os impactos causados pelo embargo judicial, mas mantém e demandará o investimento de R$ 15,9 milhões. as previsões para conclusão das obras dentro do prazo. Os equipamentos, por sua vez, compreendem a aquiO valor do investimento corresponde a cerca de 65% do sição e instalação de sistemas de bagagem (de 12/12/18 anunciado pela empresa, de R$ 800 milhões, relativos às a 29/10/19), das novas pontes de embarque (19/04/19 intervenções necessárias até o fim da fase I-C da concessão, a 22/08/19) e do sistema de tecnologia da informação em outubro de 2021. (22/03/19 a 29/10/19), com Do total a ser investido, o custo de R$ 26,5 milhões à 80% deve ser financiado pelo concessionária. BNB, segundo afirmou o preAcesso viário sidente da instituição, Romildo O planejamento da Fraport Rolim. Se confirmado o valor prevê uma grande mudança e o percentual financiado, o no sistema viário de acesso crédito pode ser de R$ 640 ao terminal, inclusive com a milhões. construção de um elevado, Concessões como o Diário do Nordeste O terminal cearense foi o havia informado em reportaúltimo da 4ª rodada de concesgem na edição do dia 20 de sões de aeroportos do governo abril. O viaduto começou a ser federal, que incluiu também construído no dia 25 daquele os equipamentos de Salvador mês e custará R$ 13,9 milhões, Documentos obtidos pelo Diário do Nordeste mostram detalhes do (BA), Florianópolis (SC) e enquanto a adequação das vias, projeto da Fraport para o Aeroporto durante a fase I-B da concessão ( FOTO: KID JÚNIOR ) Porto Alegre (RS), a ter suas em quatro faixas, será iniciada obras de ampliação iniciadas. no dia 18 de julho e concluída Isso porque a Fraport estava impedida pela Justiça de até 21 de maio de 2019, a um custo de R$ 5,3 milhões. realizar intervenções no canteiro de obras deixado pelo O projeto ainda inclui a construção de mais quatro áreas antigo consórcio e só foi liberada no dia 27 de abril, após de estacionamentos descobertos em um investimento de inspeção judicial realizada no Aeroporto. R$ 4,9 milhões. Uma delas é mais próxima ao existente e Cronograma ofertará mais 200 vagas para passageiros, outras duas áreas Conforme o cronograma, a demolição das obras inaca- serão para estacionamento de táxis, uma com 47 vagas e badas começou no dia 28 de abril, um dia após a liberação outra com 407 vagas, e ainda um novo com 190 vagas para da Justiça, e devem continuar até o próximo dia 20, quando funcionários. Haverá também uma área de 1.990 m² para está previsto o início da fundação das obras, que irá até 5 parada de 10 ônibus de novembro deste ano. As outras fases compreendem a Conforme o cronograma, as áreas de estacionamento superestrutura (01/08/18 a 28/03/19), fachada (16/11/18 para táxis e ônibus serão iniciadas no dia 5 de dezembro a 16/04/19), instalações prediais (24/09/18 a 19/10/19) e deste ano e concluídas até 13 de agosto de 2019. Já o eletromecânicas (03/12/18 a 29/10/19). estacionamento para os passageiros começará no dia 10 Somente esta etapa da ampliação do Aeroporto exi- de outubro deste ano até 20 de agosto do próximo. Não girá um investimento de R$ 117,7 milhões, conforme as há informações, entretanto, se as duas áreas de estacionaprojeções da concessionária. A concessionária prevê a mento para passageiros serão administradas pela mesma construção de oito pontes de embarque na expansão e mais empresa que realiza o serviço hoje ou não. uma no terminal antigo já para o próximo ano, chegando As intervenções no chamado lado ar, que incluem a 16 pontes de embarque - duas a mais que o exigido pelo obras na pista, taxiways e pátio de aeronaves devem ser contrato para o fim da fase I-C, em 2021. iniciadas na próxima segunda-feira (18) e concluídas até Edifício atual 30 de agosto do próximo ano, conforme os documentos. As intervenções no terminal de passageiros estão diviO investimento previsto é de aproximadamente R$ 58,2 didas entre a reforma do prédio atual, a ampliação do lado milhões e inclui melhorias da infraestrutura existente. oeste, do lado leste e equipamentos (pontes de embarque). Nessa fase, ainda não está prevista a ampliação da pista, Conforme o documento, a reforma do edifício existente do que deverá ficar para os anos de 2020 a 2021 Aeroporto custará R$ 59,3 milhões e foi iniciada no dia 26

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Leituras VII

Fideralina – A Matriarca de Ferro Dimas Macedo (*) A poesia popular do Nordeste é uma das grandes expressões da cultura brasileira. Se diferencia da poesia erudita pelo acento melódico da sua sonoridade. Destaca-se por ser uma poesia rematada e escandida, e por ser uma forma de criação literária que se vale da metrificação e da rima e da riqueza do vocabulário. Pertence a poesia popular ao gênero do cancioneiro e das cantigas de gesta que exaltavam os guerreiros na Idade Média. Daí, o seu sentido heroico, a sua construção ritmada e a sua aproximação com o armorial, que é a cultura popular elevada ao plano da erudição. O folheto de cordel e a cantoria distinguem-se na área da poesia popular: o primeiro, caracteriza-se pela reportagem, o resgate da memória e a glorificação dos feitos e personagens de valor histórico; já, a cantoria, possui no repente e no improviso os elementos da sua força criadora. Geraldo Amâncio tem se destacado, no Ceará e no Nordeste, como um dos nossos melhores cantadores e como um dos pesquisadores mais respeitados da nossa poesia popular. Viajou pelo Brasil e o mundo em busca de um mesmo sentido: o som das cantorias, as suas formas armoriais e os traços essenciais da sua expressão em diversos países. Mas eis que sempre retorna ao seu velho torrão – o Ceará. Geraldo tem dezesseis discos gravados, incluindo várias parcerias, e alguns livros publicados, dentre eles, enumerando-se os seguintes: De Repente Cantoria, A História de Antônio Conselheiro, Cantigas que Vêm da Terra, Gênios da Cantoria e Assim Viveu e Morreu Lampião, Rei do Cangaço. No seu livro O Beato José Lourenço, o Caldeirão e a Matança dos Romeiros (Fortaleza: Premius, 2017), com o seu talento de poeta, Geraldo Amâncio resgatou um dos episódios mais desumanos da história do Nordeste, que foi a destruição da comunidade do Caldeirão pelas forças reacionárias da nossa elite política. Agora, voltando-se mais uma vez para região do Cariri, Geraldo Amâncio conta a história da conhecida coronela de Lavras da Mangabeira, cujo perfil biográfico foi por mim tracejado em Dona Fideralina Augusto – Mito e Realidade (Fortaleza: Armazém da Cultura, 2017). No seu novo livro, Fideralina Augusto – A Matriarca de Ferro (Fortaleza: Expressão Gráfica, 2018), Geraldo Amâncio escreve o poema mais expressivo do cancioneiro de Dona Fideralina Augusto, mostrando-nos que a sua trajetória e as suas ousadias deram-lhe, com certeza, uma tradição memorável. Trata-se de livro arquitetado com a erudição e o talento de um grande poeta, cujo repente o eleva nas páginas da nossa história literária, celebrando, de último, a memória de Fideralina Augusto, a nossa Matriarca de Ferro, que tanto de projetou na história política do Brasil. (*) Dimas Macedo (Aurora) da Academia Cearense de Letras.

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Energia solar no Ceará

Potência solar instalada do Ceará salta 57% Estado é líder no Nordeste

Relatório divulgado pela Absolar mostra que o CE registrou, em junho deste ano, o total de 17,1 megawatts dessa fonte de energia renovável Nos últimos seis meses, o Ceará cresceu quase 57% em relação à potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade em novembro do ano passado era de 10,9 megawatts (MW), enquanto em junho de 2018 passou para 17,1 MW. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Ceará está posicionado em quinto lugar no País e em primeiro no Nordeste, representando 6,3% da potência nacional instalada. Matriz do CE terá reforço de 325,8 MW de eólicas Preço impulsiona a microgeração O estado de Minas Gerais lidera neste quesito, com uma capacidade instalada de 60,6 MW. Em seguida, aparecem o Rio Grande do Sul (38,6 MW), São Paulo (34,6 MW), Santa Catarina (17,3 MW), Ceará (17,1 MW), Paraná (15,5 MW), Rio de Janeiro (14,5 MW), Goiás (9,4 MW), Pernambuco (7,9 MW) e Bahia (6,5 MW). Segundo dados da Aneel, o Ceará possui aproximadamente 1.040 unidades consumidoras com geração distribuída, espalhadas por diversas cidades do Estado, como Fortaleza, Eusébio, brejo Santo, Trairi, Maracanaú, Barbalha, Russas, Iguatu, Sobral, Icó, Beberibe, Juazeiro do Norte, São Gonçalo do Amarante, entre outros municípios cearenses. Brasil De acordo com documento da Absolar, o País conta atualmente com uma potência instalada de 1,3 mil MW em usinas e sistemas solares fotovoltaicas de médio a grande porte, o que representa 0,8% da matriz elétrica nacional. “O Brasil fechou 2017 com R$ 5,5 bilhões em investimentos no setor solar fotovoltaico, com a criação de cerca de 20 mil empregos. Até o fim de 2018, a expectativa é que entre em operação 1,1 mil MW adicionais das usinas solares fotovoltaicas dos leilões de energia de reserva de 2014 e 2015”, acrescenta o relatório. O documento ainda afirma que os investimentos acumulados no Brasil neste segmento são de aproximadamente R$ 20 bilhões até o fim deste ano. Novas condições As mudanças ao Programa Fundo Clima, anunciadas no início deste mês pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representam um avanço para a fonte solar fotovoltaica no Brasil. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado para projetos de energia solar fotovoltaica. “O BNDES confirmou financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de amortização de até 12 anos e carência de até dois anos”, afirma. “Estas condições posicionam o banco como uma das melhores opções atualmente disponíveis no Brasil para projetos solares fotovoltaicos e ainda ajudam a promover a cadeia produtiva nacional”, acrescenta. O executivo esteve com dirigentes do BNDES, destacando a importância da rápida implementação da medida com os bancos repassadores dos recursos. “O financiamento tem vigência imediata e será disponibilizado principalmente pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e por Bancos de Desenvolvimento Regionais e Estaduais, em todo o território nacional. No entanto, é fundamental que estes bancos regulamentem com rapidez a medida, para que a sociedade

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possa acessar o crédito. Apesar do anúncio positivo do BNDES, recebemos informações de nossos associados de que as agências bancárias ainda não estão operando as linhas por falta de regulamentação interna”, afirma Sauaia. Recursos da primeira fase Para a primeira fase do programa, que vigora até 28 de dezembro de 2018, estão disponíveis mais de R$ 300 milhões em recursos orçamentários já alocados pelo BNDES. Caso a demanda supere este valor, poderá ser realizada uma nova alocação de recursos ao programa. “Já é um começo, mas precisaremos de mais recursos para atender as expectativas da sociedade brasileira e para apoiar a cadeia produtiva nacional”. Matriz do CE terá reforço de 325,8 MW de eólicas Sete parques eólicos já estão sendo construídos no Estado. Outros oito empreendimentos foram contratados Atualmente, o Estado tem 1.916,3 MW de potência instalada. O acréscimo previsto representa um incremento de 17% sobre o total atual A energia eólica deve adicionar à matriz energética do Ceará cerca de 325,8 MW nos próximos anos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Estão sendo construídos no Estado mais sete parques eólicos que possuem potência de geração de 138,6 MW, enquanto já foram contratados, porém ainda não iniciados, outros oito empreendimentos totalizando 187,2 MW. O acréscimo representa um crescimento de 17% em relação à potência atual de 1.916,3 MW. Potência solar instalada do Ceará salta 57%; Estado é líder no Nordeste Preço impulsiona a microgeração Atualmente, o Estado possui 74 parques eólicos, e com a instalação de mais 15, serão 89 empreendimentos. A potência instalada do Ceará, até junho deste ano, é a terceira maior do País, atrás do Rio Grande do Norte (3.722,45 MW) e da Bahia (2.594,54 MW). A matriz representa cerca de 47,03% do total produzido, que é de 4.074,9 MW, considerando outras fontes de energia, como Usina Termelétrica, Central Geradora Solar Fotovoltaica e Central Geradora Hidrelétrica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem hoje mais de 13 GW de capacidade instalada, 520 parques eólicos e 6.600 aerogeradores em operação em 12 estados. “Em 2017, foram gerados 40,46 TWh de energia eólica ao longo do ano, um crescimento de 26,2% em relação a 2016. Essa geração representou 7,4% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional em 2017, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, informa a Associação. Novos investimentos O Ceará deve receber em breve investimentos da chinesa Goldwind, uma das maiores fábricas de aerogeradores do mundo. De acordo com o secretário adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, no início deste mês houve uma reunião em que foi apresentado o projeto da empresa em que inclui a recuperação de alguns parques eólicos de propriedade da Energimp. “A minha participação neste encontro foi mais para encorajar e dar boas vindas aos dois empreendedores. Naturalmente a Goldwind vai se posicionar com alguma fábrica no Brasil e nós gostaríamos muito que fosse aqui no Ceará”, destacou. A Goldwind deve oferecer soluções técnicas para os parques da Energimp no Ceará, localizados no Litoral Leste. A parceria, segundo Linhares, vai garantir estabilidade operacional aos parques, colocando em funcionamento máquinas que hoje se encontram fora de operação.

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Leituras VIII

Eu vi o começo do caos em Camocim

(*) Macário Batista No início de 1950, consta que o governador do Ceará tentou extinguir o ramal de Camocim e houve um levante popular contra essa atitude, acabando por adiar a extinção do ramal, se é que realmente era esse o objetivo do Governador. Na verdade, parece que o que ele queria era fechar o porto, o que acabaria por levar à supressão do ramal, que perderia muito movimento, e, na época, a ferrovia era praticamente a única fonte de suprimentos e de transporte para Camocim. “O dia 24 de agosto de 1977 marcou a morte definitiva do ramal. O movimento cívico de 1950 não pôde se repetir e a bravura de outrora do povo camocinense se resumiu em acorrer à estação para se despedir do último trem e manifestar seu descontentamento com alguns poucos cartazes para serem mostrados pela televisão. Ironia do destino, o acervo da Estação foi transportado por via rodoviária para Sobral e todo o patrimônio foi relegado ao abandono e à intempérie dos tempos. Os reflexos da desativação na economia foram imediatos nos municípios beneficiados pelo ramal, como Camocim, Granja, Martinópole, Uruóca, Senador Sá e Massapê”. Naquele trem de 1977, 24 de agosto,uma data fatídica pro Brasil, vivíamos o fim dos sonhos e o começo do caos. A bordo, enquanto fotografava o povo nas estações, a se despedir, lembro como uma fofografia comentário que diz ao repórter Nelson Faheina, eu em um jornal,Nelson na TV: - Amigo velho ainda vão sentir muita falta por conta dessa estupidez. O tempo se encarregou de falar por nós. Agora discutem o modal criado do lobby do pneu A frase: “Tosco versus toscos”. Um observador da cena assistindo Marun com camioneiros. Dilindo no cardo Mineirinho quando quer dizer que a carne ta bem cozida, fala que tá dilindo no cardo,uma tradução para diluindo no caldo. Como a oposição ao governo no Ceará. Iguais se atraem Dizem que farejando dinheiro, vereadores da vizinha Caucaia estariam querendo uma ponta pra aprovação de um empréstimo que o município pleitea junto a organismo internacional. Assim A cidade quer um empréstimo de US80 milhões de dolares pra tocar umas obras lá. Precisa do aval do Senado pra isso. Antes, porém, a Câmara da cidade tem que dizer sim. Então... O buchicho dá conta de que um bom pedaço da tal Câmara estaria dizendo que só aprova se sentar numa banda do banco. Quando o queijo cheira todo mundo quer dar uma dentada. Vizinhança perdida Fortaleza vive a crônica de uma cidade abandonada ou é assim mesmo que o Brasil abandonado vive sua crônica e se esmera em estende-la? Praça do Ferreira Uma espécie de marco zero da vida da capital dos cearenses é outro caos histórico. Foram mudando, mudando, mudando e virou um enorme e desgraçado dormitório. (*) Macário Batista, multimídia e bloqueiro

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‘Hora de abandonar a polarização política e focar na arte’, diz Fagner Cantor diz que artistas ‘erraram a mão’ na política, incluindo ele. Fagner iniciou turnê nacional com Zeca Baleiro, por Brasília.

Às vésperas do show que marca o reencontro de Fagner e Zeca Baleiro 15 anos após a última turnê juntos, o cearense disse ao G1 que a classe artística precisa recuar na atuação política e se voltar para os processos criativos. Fagner afirma que também fala por si. “Alguns artistas se desgastam totalmente neste processo. Perdeu-se muito tempo tentando defender o país e erraram o caminho, erraram na mão”, diz ele. “Acho tá na hora de abandonar a polarização e focar na arte.” Apoiador do senador Aécio Neves quando se candidatou à presidência em 2014, Fagner assumiu o mea culpa e declarou que é momento de voltar alguns passos atrás. “Fiquei muitos anos ligado num partido aparentemente bom, que era o PSDB, apoiei Aécio e também errei.” “Agora é recuar, ficar quieto.” O show deste sábado (5) em Brasília, no entanto, nada tem de cunho político. É um marco na carreira e na amizade entre Fagner e Zeca Baleiro, que voltam a dividir o palco após a gravação do CD e do DVD “Raimundo Fagner e Zeca Baleiro”, em 2003. A capital do país terá o privilégio de ser a primeira cidade a presenciar o reencontro. O show será realizado às 21h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e terá duração de 4 horas. Cada um se apresentará individualmente e, ao final, os dois se juntam. Leia entrevista do G1 com Fagner: G1: O que motivou essa parceria com Zeca Baleiro 15 anos após o último trabalho juntos? Fagner: Quando a gente percebeu, coincidentemente estava voltando a compor juntos. É significativo esse movimento. A vida passa muito rápido, então estamos retomando isso e trazendo música nova. E ainda mobilizando nossa relação, que sempre foi intensa, de carinho e respeito. “Eu tô doido pra subir nesse palco aí!” O Zeca é uma pessoa extraordinária e foi muito importante para a retomada do meu prazer de compor. Ele tem um diferencial e uma competência incríveis. A gente passa uma música num dia e, no outro, ele passa a letra. É talentoso e seguro. G1: Vai ter alguma surpresa no show? Fagner: Vai ter uma música inédita, que é a melhor desta nova safra [de composições]. Vamos cantar uma ou duas do disco anterior e estava pensando em cantar uma outra em homenagem a um amigo. G1: Falando de músicos e compositores extraordinários, como você enxerga a produção musical brasileira hoje? Fagner: A música sempre teve suas várias formas e os modismos corriam paralelos, mas hoje eles são o geral, são a regra. Lamento isso, porque todo o ensino de música para jovens enxerga a música como um produto. O espaço é todo ocupado por isso. Claro, que os tempos são outros e isso é um reflexo. A novidade é pouca neste sentido: tudo o que a gente tá vivendo, o país naufragando, as coisas acontecendo e logo sumindo. Não fica nada consistente do que se produz em grande escala. “Fica o saudosismo de épocas fortíssimas que deixaram marcas e que são consumidas até hoje.” G1: O cenário político em “naufrágio”, como você disse, não poderia ser um elemento de estímulo para novas criações? Fagner: A coisa da música na política também naufragou. Alguns artistas se desgastam totalmente neste processo, então acho que tá na hora de abandonar a polarização e focar na arte para recuperar. Perdeu-se muito tempo tentando defender o país e erraram o caminho, erraram na mão. Acho que neste processo político não cabe artista. Todos erramos. “A ideia de voltar pra arte é muito saudável. Criar bastante.” G1: Você se inclui neste grupo de artistas que “erraram a mão”? Fagner: Me incluo sim, porque fiquei muitos anos ligado

num partido aparentemente bom, que era o PSDB. Apoiei Aécio – fiquei muito com ele, que era um esperança – e também errei. Agora é recuar, ficar quieto. Aqui é todo mundo fazer mea culpa, trabalhar seu lado criativo e ficar quieto. Não sei se palavra de ordem vai servir de alguma coisa. Os estragos são tão recentes e algumas decisões vão ser tomadas tão daqui a pouco que não sei se teremos tempo. Falar de política hoje, só se for de maneira generalizada e poética. “Formou-se uma polarização suicida, inútil.” G1: Você acredita que seu posicionamento político afetou um público cativo? Fagner: É difícil avaliar, porque sempre fui muito envolvido e quebrei a cara, então as pessoas têm um respeito danado. Por isso, agora, tenho que me fazer respeitar ficando quieto. Perdi muito tempo com isso. Tive momentos muito bons, quando fui trabalhar com candidatos da minha terra, mas a gente deu azar. De qualquer forma, as opiniões ainda estão aí. Acho que o público não se decepciona quando a gente se posiciona. Graças a Deus vivo um momento extraordinário de público. Pode até ter acontecido de um público ter se afastado, mas é um público tão grande, tão popular, que não tá muito nessa coisa da política. Está mais envolvido com a música e o que ela significou. Acho que a minha música falou mais forte. O que eu signifiquei, como atingi o lado romântico, existencial das pessoas. A minha música passou um pouco ao largo da política. G1: Você tem alguma expectativa para o Brasil pós-eleições? Fagner: Não. Será uma surpresa. É tudo tão recente e ressentido. Se tirar algumas figuras nefastas, pelo menos esses que estão presos, denunciados, nas manchetes dos jornais, já é um grande avanço. Porque as famílias ficam, o Brasil é muito curral de família, os vícios continuarão. “A gente não espera muito do Brasil não. É um país muito castigado.” Não espera mudanças, até porque mudança pra valer não existe. Só espero que essas pessoas não sejam colocadas de volta na política, com seus processos se arrastando para sempre na Justiça. G1: Voltando para a música, você tem pensando em fazer parcerias com músicos das novas gerações? Fagner: Essa coisa “pop” está se aproximando de mim e eu tô olhando. Tô vendo onde posso acrescentar. Tem muita gente chegando, mas tenho que ter tempo para ver por que eles me querem. É um processo legal, ver o respeito que tem por mim, que me acham uma referência. Eu ando muito envolvido com gente nova. Os mais jovens têm um carinho enorme por mim. Aí é quando digo que não vêem política. A política se torna muito menor. O maior é o que eu fiz pela música. Convivo com a idolatria que chego a me perguntar “sou eu mesmo?”. G1: Essa idolatria pesa ou você já se acostumou com ela? Fagner: Não pesa, porque tenho consciência que venho de uma geração espetacular e muitas pessoas já se foram. São poucos os que estão aqui, que mantém a qualidade dos anos 1970 e 1980 da música brasileira. Mas não é só minha música, não é o Fagner. Sempre trabalhei com grandes parceiros. É que as pessoas atribuem [os sucessos] ao cantor, mas só eu posso falar do Clodo e do Climério Ferreira, Belchior, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Abel Silva, Zeca Baleiro e o parceiro novo Moacyr Luz, com quem componho um disco novo. G1: Falando em disco novo, o que vem de novidade por aí além da turnê com Zeca? Fagner: O disco estava praticamente pronto, mas veio essa parceria com o Zeca. Essa retomada que venho fazendo com o Moacyr, essa química tão positiva, foi passando pro Zeca e ele foi entrando na onda.

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Esquenta o debate sobre usina de dessalinização no Ceará

Israelense sugere ao Governo do Ceará dessalinizar 8 m³/s

Pouca recarga dos açudes pede usina de dessalinização

Cagece explica por que só 1 m³ de água dessalinizada

O Governo do Ceará está prestes a finalizar o processo de licitação que permitirá a construção – em algum ponto do litoral da Grande Fortaleza – de uma usina de dessalinização da água do mar capaz de produzir até 3 m³ por segundo. É muito pouco, segundo opinam empresários cearenses que, na semana passada, se reuniram com o consultor israelense Fredi Lokiec, um especialista no assunto. De acordo com o que ouviram de Lokiec, o Ceará deve ser mais ousado nesse projeto. Ele explicou por que: o custo de produzir um metro cúbico de água por segundo é de até 2,20. A água que virá do Projeto São Francisco custará R$ 0,75 (75 centavos) por m³/s. Mas, se forem acrescentadas as perdas no trajeto da água e a evaporação na estocagem, esse custo chegará ao da água do mar dessalinizada. Para o consultor israelense, “o Ceará deve ter como meta a dessalinização de 8 m³/s”. Se isso vier a acontecer, o volume de água que hoje é transferido do açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza será reduzida em mais da metade, com o que será possível garantir água para as atividades econômicas do Vale do Jaguaribe, aí incluídas a pecuária e a agricultura irrigada.

Tornou-se imprescindível e inadiável o projeto do Governo d0 Ceará de instalar, em algum ponto do litoral de Fortaleza, uma, ou duas ou três usinas de dessalinização da água do mar. As chuvas deste ano não foram, ainda, suficientes para a recarga dos grandes açudes, como o Orós, o Banabuiú e o Castanhão, cujos índices, neste momento, são ridículos, não passando de 8,5% de sua capacidade. Resultado: o abastecimento de água de Fortaleza e de sua Região Metropolitana dependerá muito, neste 2018, do que poderá o Eixão das Águas acrescentar aos açudes metropolitanos Pacajus, Aracoiaba, Acarape do Meio, Pacoti, Riachão e Gavião, que hoje só acumulam 30% do que podem represar. Então, a dessalinizadora da água do mar torna-se essencial. E o Governo do Estado, sabendo disso, tenta acelerar o processo para a sua instalação. A água dessalinizada custa caro, mas isto é uma questão de somenos, diante da situação. Com Egidio Serpa

A respeito de notas aqui divulgadas sobre o projeto de construção de uma usina de dessalinização da água do mar em algum ponto do litoral de Fortaleza ou do Pecém, a Cagece – responsável pela distribuição de água Fortaleza e às cidades de sua Região Metropolitana – enviou a nota abaixo, com informações e esclarecimentos: “Sobre nota veiculada ontem (25/06) no blog, acerca da implantação de uma usina de dessalinização de água marinha em Fortaleza, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) informa que a escolha do porte do equipamento, de 1 m3/s, está pautada em aspectos técnicos, econômico-financeiros e ambientais, previamente estudados. “Além disso, o custo de implantação de uma usina de 8 m3/s, similar à que existe na região de Sorek, Israel, causaria impacto financeiro na tarifa atualmente praticada. Não apenas pelo seu elevado custo de implantação, na ordem de R$ 5 bilhões de reais, mas também devido ao alto custo de operação e manutenção. “Cabe lembrar que a usina será implantada para diversificar a matriz hídrica do Estado, de modo que o abastecimento não dependa apenas das chuvas e não para ser alternativa principal de abastecimento”.

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Momentos Marcantes na vida do Comendador Albery Mariano

P Esprojeto eci s ais

Comendador Dr. Albery Mariano, em 2016, lançou o “Livro Coletânea” 2° Edição

Neste dia, 1° de agosto de 2016, apresento este “Livro Coletânea” 2ª Edição, contendo variadas publicações de jornais de periódicos, os quais, divulgaram com procedência e veracidade os noticiários pertinentes a este Autor, desta preciosa obra jornalística. Obra esta, que se vincula às informações atualizadas, retratando noticiários de cunho histórico, artístico, cultural e literário, divulgados pela imprensa escrita nas Cidades de Caldas Novas, Goiânia, Patos de Minas, Fortaleza, São Paulo, Brasília e outras. O primeiro noticiário deste livre, veio do jornal informativo – Boas de Caldas Novas – GO, com a manchete: ESCRITOR DE CALDAS NOVAS, NA 2ª BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA EM BRASÍLIA. 01.08.14. Daí para frente, vieram várias outras publicações, como: • O Comendador Dr. Albery, fez doações de seus escritores para a Biblioteca dos Estados Unidos; • O Casal de escritores, lança uma Coletânea Especial, sobre os seus trabalhos culturais; • O incansável Benfeitor do Museu do Casarão, Caldas Novas – GO; • Poema do Comendador Dr. Albery: Benfeitor, já sou chamado; Sempre façam como eu; o antigo conservado; tudo isso é Museu. • O Comendador e Poeta, foi o Presidente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas – GO. • Poemas do Escritor Dr. Albery: JK E Adirson”: O Adirson é muito amado; Grande Escritor de Brasília; Conhecido e Bem-Afamado; Como o “Dirceu de Marília”; • Os Padrinhos de Casamento da Jornalista do “É Mais Notícias”; Alinne Rezende e Daniel Dias – Diretor de Artes do Veículo de Comunicação; • Poeta Cearense de Santana do Acaraú, no 1° Encontro dos Escritores na Casa do Ceará em Brasília – DF; • Deixo como Doação para o Acervo da ALACAN, 32 (trinta e dois) livros, como Registro dos meus trabalhos em minha Gestão, como Presidente de 26/03/2010 a 23/03/2012. • Despedida da Santana do Acaraú-CE: Agradeço a homenagem: Deste bom povo Santanaense; Vou embora com saudade; Deste Rincão Cearense; • Poema na Gestão do Presidente da ALACAN: Minha Musa: Conheci uma Morena; A quem dei muito valor; com carinho e muita luta; conquistei o seu amor. • Casal Comendador é empossado na ABRASCI – SP; Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura. • Comendador Dr. Albery, recebeu o título de Sócio Honorário da Casa do Ceará em Brasília-DF; • O Incentivador da Cultura Cearense; Com Dr. Albery Mariano; • O “Poeta das Rimas Melodiosas”, oferece o poema de sua autoria para o seu grande amor Cleuza: Onde andas grande amor; sinto falta de teus beijos; que faço por esta flor; quero encantar teus desejos; • Amor Resignação: Tenhas paciência comigo; quero ser teu bem-amado; quanto mais vivo contigo: mais eu fico apaixonado; • O comendador Dr. Albery, relata que o seu progresso, prestigio e prosperidade, começou depois do casamento com a mineira Cleuza, musa inspiradora de seus poemas de amor; • Titulação do grau de comendador: Dr. Albery Mariano; a) Barrete com cinco comendas em miniaturas; b) Colar José Bonifácio de Andrada e Silva; c) Comenda de Mérito Profissional em Ciências Jurídicas; d) Comenda Marechal Deodoro da Fonseca; e a e) Comenda Dom Pedro I, o imperador do Brasil; f) Comenda de Honra ao Mérito de Pioneiros • Titulação de Acadêmico: Diploma e a Medalha, com a posse na ocupação da cadeira n° 17, patroneada pelo Escritor e Poeta, Antônio Gonçalves Dias, Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura – ABRASCI – SP; • Homenagem recebida do Clube dos Pioneiros. Insígnia da “Ordem” no Grau Grãn-Cruz de Pioneiros – Brasília – DF; • Homenagens recebidas na Casa do Ceará, Brasília, DF, com Diplomas de Sócio Benemérito e de “Sócio Honorário”; • Nos anos de 1960 a 2015, o Comendador Dr. Albery Mariano, recebeu 69 (sessenta e nove) Troféus e matéria publicada no jornal da Casa do Ceará em Brasília-DF, nº 281 – Nov. 2015; • O comendador Dr. Albery Mariano, foi aluno do famoso Liceu

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do Ceará, Fortaleza, iniciando os seus estudos no curso Clássico; • Comendador; recebeu o certificado “Pleito de Gratidão” na Câmara Municipal de São Paulo; • O Comendador Dr. Albery, agradece, através da imprensa: a) Academia Cearense de Letras; b) Academia Fortalezense de Letras; c) Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará; d) Academia Caucaiense de Letras; e a e) Casa Juvenal Galeno, em Fortaleza-CE; • Dr. Albery, teve a oportunidade de ser aluno de letras da UNB – Universidade de Brasília e “Aluno especial do curso superior de magistratura” do Tribunal de Justiça do Distrito Federal; • Poemas Personalizados do Com. e Poeta, Dr. Albery Mariano: “Quem Sou?” e “ Sou fã de um Acróstico”; • Cearenses aderiram em peso a solidariedade ao Ceará Em Brasília; • A Festa Junina da Casa do Ceara, teve apoio do Presidente: Dr. Osmar Alves de Melo; Dr. Albery Mariano e outras personalidades; • Comendador da nome a troféu em Caldas Novas – GO; • Reportagem: Dr. Albery, um cearense, generoso, simples e temente a Deus; • Com. Dr. Albery, entregou Livro de suas obras publicadas ao Presidente da Casa do Ceará, Dr. Osmar Alves de Melo; • O Sócio Benemérito; Dr. Albery e outros, fizeram doação de cestas básicas no 4° Natal Feliz as Casa do Ceará em Brasília – DF; • Comendador Dr. Albery Mariano, é membro acadêmico e Conselheiro Consultivo da Academia Latino – Americana de Ciências Humanas – ALACH; • A Paixão do Comendador Dr. Albery Mariano, pelos casarões: “Casa grande de Caucaia” e “Casarão dos Gonzaga”, vêm desde a sua infância à idade adulta; • Dr. Albery e esposa, participaram da apresentação Boliviana em Brasília – Biblioteca Nacional. • O escritor Dr. Albery, faz lançamento de seus livros: “Coletânea de jornais” 1ª Edição, e “Compêndio de Revistas”, na Cidade Thermal de Caldas Novas – GO; • O Com. Dr. Albery, recebe troféu e faz agradecimentos à Diretora, professores e alunos do famoso: Colégio Liceu do Ceará – Fortaleza; • O Conselheiro e Escritor: Dr. Albery, agradece ao ex-presiden-

te da ALACAN – Dr. Reni Neves, pela sua gestão dos anos: 2014/2015; • O Escritor e Poeta, Dr. Albery, foi patroneado pelo consagrado Poeta Gonçalves Dias, outorgado pela ABRASCI – SP; • Dr. Albery, recebeu a faixa Barão e Visconde de Mauá – Clube dos Pioneiros de Brasília – Distrito Federal; • O Casal, a convite do presidente da ATL – Gustavo Dourado, participou com seus poemas no Sarau Itinerante do Lago Norte – Brasília-DF; • O Escritor e poeta: Lança o Poema Inédito: Esposa Mãe – Goiás; • O Confrade Dr. Albery, Homenageia em seu discurso o conterrâneo de Santana do Acaraú – CE, o grande Historiador de Brasília, e famoso escritor Adirson Vasconcelos, o seu paraninfo; • O Escritor e esposa, não medem esforço para elevar a cultura de Caldas Novas – GO; • O casal destaque de 2015 – Troféu Melhores do Ano – Cícero Campos; • Padrinho de casamento: homenageiam aos seus afilhados: Adriana Martins e Tyrone Saunders – Caldas Novas – GO; • Comendador é Homenageado como o colaborador cultural nos 104 anos de aniversario as cidade Thermal de Caldas Novas – GO; • O Escritor e Poeta Dr. Albery e esposa, sentem-se felizes com as três sobrinhas de Patos de Minas – MG; • Mensagem Natalina de suas sobrinhas: Gaby, Patty e Dany; • Mensagem do comendador aos melhores profissionais da cultura e das instituições empresariais – Ano 2015. • Celebração do Natal: Ano 2015 – Poeta Cearense – Com. Dr. Albery; • Poema do Comendador: “Terra Agraste” – Lembrança de sua cidade de Natal. • O Escritor Dr. Albery Mariano, foi Padrinho do livro: GOIÂNIA 1933-2016 – Edição Especial – Goiás; • Ligeira biografia do Dr. Francisco Albery Mariano, Advogado, Teólogo, Escritor e Poeta das Rimas melodiosas; • Homenagem do Comendador e esposa ao tio Vicente Rosa: Dia das Mães “O filho que perde a mãe” – Patos de Minas –MG • Natal – Tempo de Reflexão – Minha gratidão a todos com os quais convivi e que acreditaram em mim. • O Novo casal cultural de Caldas Novas, tomou posse na ALACAN – Academia de Letras e Artes de Caldas Novas; • Comendador e esposa Cleuza Mariano, recebem Homenagem especial – Imprensa de Caldas Novas – GO; • Dr. Albery – Comendador das Letras, recebe o Brasão da ABRASCI – Academia Brasileira de Artes, Ciências, História e Literatura – SP; • O escritor e ex-Presidente da ALACAN é autor do poema “Casarão”, que incentiva as pessoas a doarem peças antigas para esse Museu; • Os Homenageados (Escritor e poeta) do “SC Destaque” – Ano 2014 – de Patos de Minas – MG; • Agradecimentos ao Colunista e Promotor do Evento SC – Destaque: Wellis Martins e a empresária Sandra de Castro – Minas Gerais; • “ A Flor Morena” e o “ Poeta do Cerrado” – Descreve sua afilhada: Adriana Martins – Goiás; • O Comendador e Escritor: Dr. Albery, lança o Fidedigno poema: “Formosura” dedicado à sua esposa Cleuza Mariano; • “Somos cidadãos Cadasnovenses” autor: Poeta Dr. Albery; • Dr. Albery, tem uma longa história de amor com a Casa do Ceará – DF; • Rachel de Queiroz é a patronesse de minha esposa Cleuza Mariano – Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura – SP; • Somos destaques do “Troféu Prime” – Ano 2016 – Promotora: Adriana Martins; • Comendador Dr. Albery Mariano – O benfeitor do Museu Casarão – Caldas Novas – Goiás. Assim resume neste livro Coletânea 2ª Edição, variadas reportagens, expressas graciosamente, pelos renomados escritores, promotores de eventos, colunistas, jornalistas, poetas, radialistas, acadêmicos, juristas, historiadores e outros mais, para prestigiar o autor desta expressiva e calorosa obra literária. Finalizo com a palavra da sagrada Bíblia: Agradeço a Deus por tudo – Salmo n° 3. “Mas tu, o senhor me protege, como um escudo. Tu me das a vitória e renova a minha coragem”.

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Página da Mulher A última trincheira

Regina Stella (*) Se há um lugar para onde se vai, correndo, quando o cansaço chega, na rua, no trabalho, no escritório, é a casa da gente. Então, se respira fundo, como se uma missão tivesse sido concluída, ali, a certeza de um compromisso realizado. Para um lado se joga a bolsa, numa mesa as pastas e os livros. O paletó, desobrigado das formalidades é esquecido na primeira cadeira que se vê, e num chinelo os pés se espicham A poltrona arredondada, frente à televisão, é um convite insistente à entrega da tensão, e o jornal que não se leu pela manhã, dobrado, aguarda a vez de informar, de contar da humanidade as suas peripécias. O barulho d água na torneira aberta ou do chuveiro, caindo,a risada do filho que acaba de chegar da universidade, o chiado do bife fritando na cozinha, o “pequenês” que late quando a campanhia toca......é um oásis a casa da gente. Uma sombra num dia ensolarado. Uma clareira na floresta fechada. É abrigo e segurança. E se os resultados no trabalho, no escritório, não são bons o quanto se esperava, ali se fecham os olhos e se procura uma nesga azul no céu cinzento. Mas, não são as paredes do apartamento ou os muros delimitando o espaço que abrem a cada um a porta do sossego e do descanso. As paredes lisas ou as cortinas de seda, os tapetes que cobrem o chão, nem os cristais reluzentes decorando as mesas dão as boas vindas e o convite a que se entregue, se dê e se fique à vontade. É algo mais que lá dentro, e cá, no peito, dão a certeza do aconchego. E o diálogo se faz e a comunicação existe, dispensando muitas vezes as palavras. E cada um que chega vai fazendo a sua entrega, um ritual de confiança. A família está presente. Instituição que começou nos primórdios da humanidade, a família, hoje, na evolução que aceitou através dos séculos, é uma lembrança longínqua daquele agrupamento rudimentar de homens e mulheres numa caverna em volta do fogo, onde um pedaço de carne, resultado de uma caçada, em grupo, era dividido, e na união se fazia a força e se atenuava o medo. A família é a primeira escola. Da palavra. De comunicação. De troca. Do riso franco. Na criança, o primeiro gesto estendendo a mãozinha rechonchuda pedindo apoio e ajuda tem na família o primeiro espectador e a primeira resposta. Alí começam as opções, as escolhas, as preferências, todo um aprendizado na arte de dar e receber. O respeito pelo outro se insinua, toma vulto, e a consideração pelo mundo do irmão se torna sagrado. E se aprende a esperar. E a aguardar a vez. E a ceder. Como também renunciar. Abrem-se as portas do coração para atender o que bate, e o convite a confiar é aceito plenamente. Aprende-se a trocar. E a dividir. E cada um colabora com o todo, na certeza de que a omissão não pode ter lugar e que a participação leva a melhor resultado. Na disputa natural que é um treino, uma experiência sempre repetida, aprende-se que a violência gera a violência e que a comunicação e o diálogo existem para o entendimento e a melhor maneira de se conviver. As limitações são aceitas. Sem a preocupação de impressionar, de mostrar aquilo que não se é ou que não se tem, não se levantam os muros da dissimulação. Capacitam-se todos, à custa da evidência, que ninguém é perfeito, e que o erro de um, hoje, pode ser o erro do outro, amanhã. E o atenuante, a desculpa, o perdão são dados. Troca-se carinho e amizade, em família, com a mesma simplicidade com que se dá” bom-dia” E, querer bem é tão natural como respirar. Oásis, clareira, sombra. Não é lugar, não é espaço, mas ali vive a certeza de que o bem e o amor existem. Célula primeira e base da sociedade, cidadela,hoje, ameaçada Os alicerces, cedendo, pelas paixões, pelo imediatismo, pelo egoísmo que reina. Enquanto unida, estável, há sobrevivência. Mas, sem compreensão, desvalorizada, sem afeto, dividida, que espécie de indivíduo terá o mundo, na criança que sem calor e aconchego, carente de amor pede migalhas e endurece o coração porque nada recebeu? E, se encontrou apenas portas fechadas e foi forçado a se tornar uma ilha, o que pode oferecer essa criança, homem amanhã, em troca do que não ganhou? Se não aprendeu a dar e nem a receber? Num mundo de incompreensões e incoerência, de difícil peleja para sobreviver, que se sustente, se firme, se defenda a estabilidade da família Nela se encontram os verdadeiros valores e a segurança do mundo. Cidadela ameaçada é ainda a última trincheira. (*) Regina Stella, Jornalista e escritora Artigo publicado na edição 285 de março de 2016.

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Ministério promete: água do São Francisco chegará em agosto ao Ceará

“As águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão cada vez mais próximas de garantir o abastecimento da população nordestina. Nesta quarta-feira (27), o ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade, vistoriou trechos do Eixo Norte do empreendimento, nos estados de Pernambuco e do Ceará. Com 1.800 profissionais contratados, as obras estão com atividades 24 horas por dia para assegurar a chegada da água ao Ceará no mês de agosto. “A agenda de trabalho foi iniciada no túnel Milagres, em Penaforte (CE) – última estrutura da etapa 1N do Eixo Norte. No local, o ministro Pádua Andrade verificou o avanço da escavação do túnel, que possui quase um quilômetro de comprimento. “Faltam pouco menos de 20 metros para a conclusão da estrutura. É a partir daqui que a tão sonhada e esperada água do São Francisco chegará ao Ceará. Esse é o nosso objetivo”, afirmou o ministro Pádua Andrade durante a vistoria. Ao todo, a Meta 1N possui 140 quilômetros de extensão. “De Penaforte, o ministro e equipes técnicas seguiram para o município de Salgueiro, em Pernambuco, onde acompanharam os testes de eficiência de equipamentos hidromecânicos e do sistema elétrico da terceira Estação de Bombeamento (EBI-3). A estrutura é a maior dos dois eixos – Norte e Leste – do Projeto São Francisco. Quando for acionada, a elevação da água chegará a 90 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares. Deste ponto, seguirá por gravidade por meio das demais estruturas (2N e 3N) até os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. “Nós estamos na eminência de inaugurar a EBI-3, já em fase final de testes. Entrando em operação, basta esperar o tempo de encher os reservatórios e a água atravessar o Túnel de Milagres até o reservatório de Jati. De lá, a partir do Cinturão das Águas, seguirá com destino ao Castanhão para abastecer a região metropolitana de Fortaleza”, garantiu o ministro. “Atualmente, o ‘Velho Chico’ já percorre 80 quilômetros de canais do Eixo Norte, desde a captação do rio, em Cabrobó (PE), até a EBI-3, em Salgueiro (PE). O trajeto está em fase de pré-operação, momento em que são realizados ajustes técnicos e verificação do funcionamento das estruturas. Ainda assim, cerca de 12 mil pessoas nas cidades pernambucanas de Cabrobó e Terra Nova já recebem o reforço hídrico daquele trecho do empreendimento. A obra “Todo o Eixo Norte possui 260 quilômetros de extensão e já está 96% finalizado. As etapas 2N e 3N estão praticamente concluídas. Cerca de 7 milhões de pessoas dos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte serão beneficiadas pelas estruturas. “O outro eixo do Projeto São Francisco – o Leste – já vem garantido desde o ano passado o abastecimento regular de mais de um milhão de habitantes em 33 municípios da Paraíba e de Pernambuco. Inaugurado em março de 2017, o Eixo Leste forneceu água para o Boqueirão, maior açude do estado, e passou a atender Campina Grande e outras cidades da região, evitando o colapso hídrico dessas localidades. “Juntos, os eixos Norte e Leste vão levar a água do Rio São Francisco a 12 milhões de pessoas nos estados que mais têm convivido com a irregularidades de chuvas no Nordeste do País”. por Egídio Serpa - Informação recebida do Ministério da Integração Nacional.

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Leituras IX

O Japão e o Nordeste estão logo ali, nos haikais de Xico Sá Xico Sá (*) Foi andando nas ruas da Liberdade, bairro de imigração japonesa em São Paulo, que Xico Sá, escritor e colunista do EL PAÍS, encontrou um portal entre o Japão e seu querido cariri cearense, região sertaneja no Nordeste do Brasil. No Largo da Pólvora, reconheceu Matsuo Bashô, um dos poetas nipônicos mais famosos da história, disfarçado de sapo. Atrás dos balcões dos restaurantes, viu as facas dos sushimen nordestinos se transformarem em espadas katanas e eles próprios em samurais. Aí foi traçando uma série de haikais que agora estão reunidos em Sertão Japão, seu novo livro. Entre porres no Kintarô, o boteco japonês mais brasileiros de São Paulo, e caminhadas com a filhinha Irene pela Liberdade, Xico Sá conta que foi construindo um mundo, às vezes palpável, às vezes imaginário, em que Japão e Nordeste estão logo ali. Os trabalhadores dos restaurantes foram sua inspiração inicial: “sushiman cearense / uma vida sem bainha / vingança ao sol nascente”. Mas aí a coisa já tomou todo o sertão e, nos poemas, as roupas de couro dos cangaceiros se transformaram: “chinelos de Virgulino / solado de samurai / despiste no destino”. O livro sai este mês pela Casa de Irene, editora novíssima e artesanal que o escritor fundou em parceria com sua companheira Larissa Zylbersztajn. Livro e editora são, segundo ele, uma volta ao início de sua carreira, quando, no final dos anos 1970, início dos 1980, fez parte do movimento de poesia marginal em mimeógrafo do Recife. “No meio de tudo que está acontecendo no Brasil, veio um respiro, juntei os haikais e lançamos a editora, fazendo questão que o processo inteiro fosse artesanal, como era na época dos mimeógrafos”, conta o escritor. Por enquanto, Sertão Japão, pode ser encomendado apenas por e-mail, mas em breve estará disponível em algumas livrarias, como na Martins Fontes, em São Paulo, e Folha Seca, no Rio de Janeiro. Em 1984, Xico Sá venceu um prêmio de haikais da então editora Brasiliense, em São Paulo. Agora, volta ao gênero, que define como o registro de um breve instante fotográfico da natureza e do passar do tempo. Japonesa, a sucinta forma poética em três versos de cinco, sete e cinco sílabas, tem longa história no Brasil. Na primeira metade do século XX, o poeta e ensaísta Guilherme de Almeida era um entusiasta da forma, o desenhista e jornalista Millôr Fernandes era outro, mas os mais conhecidos são os poetas Paulo Leminski e sua companheira Alice Ruiz. Matriz das xilogravuras do livro ‘Sertão Japão’ LARISSA ZYLBERSZTAJN “Conheci os haikais pelo filtro do Leminski e da Alice Ruiz, mas acho que o sertão tem um ritmo bem japonês, mais devagar, da passagem do tempo, que é o que está nessa poesia”, diz Xico Sá. Por isso mesmo, conta o escritor, o processo do livro também é todo artesanal. A parte gráfica foi feita, por um lado, por José Lourenço e, por outro, por Thais Ueda. Lourenço, que é diretor artístico da Lira Nordestina, um centro de produção cultural dedicado à literatura de cordel, em Juazeiro do Norte, no Ceará, fez as xilogravuras que compõem o livro. Ueda, responsável pelas ilustrações, é desenhista e tem uma série de trabalhos que têm referência na cultura japonesa. No sertão nordestino, como diz um dos haikais, “as quatro estações / são apenas duas / a do sol e a da chuva”, bem ao contrário do Japão, onde cada desabrochar e murchar de flor é notado e cantado. Para o escritor, contudo, apesar das diferenças, o profeta da chuva sertanejo, aquele que passa os dias procurando sinais no céu e vaticina quando a água irá cair e dar alguma trégua, é a personificação do espírito dos haikais. Assim, Xico Sá vai traçando outros mil paralelos nessa sua volta à poesia e ao espírito da geração mimeógrafo. (*) Xico Sá (Juazeiro do Norte), jornalista e escritor.

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Leituras X

Culinária

Havia um burro amarrado a uma árvore, ai veio o demônio (não era ministro do Supremo) e soltou.

Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia). Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772-520 Tel(61) 3274-7805.. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 337988763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antônio Prado (Hidrolândia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 - Asa Sul 70257-180- 3442 1169 - Chefe de Cozinha: Maitre Wellington (Ipu), Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino(Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e José Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Marinho(Ipu) SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Marinho(f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) Diretores: Beto Pinheiro (Fortaleza), Daniel Sherrabe e Hegel Barreira (Fortaleza) Gerentes Fábio Pereira de Sousa( Viçosa)-CE e Raimundo Auzivan Pinheiro (Milhã) - SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque - 70200-002 Tel 3224 5585 Brasília Shopping Endereço: Setor Comercial Norte Q 5 Bloco A Brasília shopping Lojas 2w, 3w, 4w - Asa Norte, Brasília - DF, 70297-400 Telefone:(61) 3038-1818 Coco Bambu Águas Claras Localizado em: DF Century Plaza Endereço: Rua Copaíba, 1 - Águas Claras, Brasília - DF, 72010110 - Telefone:(61) 3262-0559 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú), Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodrigues (Ibiapina), barmen: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antônio Melo (Independência) Antônio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) casa 15 Vila Planalto Tel 3032 1062 - 70804-270 Feitiço Mineiro Garçons: Robero Rodrigues Araújo (Tamboril), Paulo César Lima da Silva (Tamboril). Antônio Fernandes Neto (Tamboril). João Batista (Ubajara), Edson Lima (Ubajara) e Leonardo Biano, filha de mãe cearense. SHCN CL Qda. 306 Bloco B Lojas 03,45 e 41 3272-3032 / 3347 5751 / 99983 4852 Forneria Parole Maitre Antônio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte) ;garçon: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaioloSinobilinoBezerra Neto (Tauá) QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) Maitre:Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) cozinheiro: João Moura Rodrigues (Itarema)- SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras)

O Humor Negro e o Branco Humor

O burro entrou na horta dos camponeses vizinhos e começou a comer tudo. A mulher do camponês dono da horta, quando viu aqui, pegou o rifle e disparou. O dono do burro ouviu o disparo, saiu, viu o burro morto, ficou enraivecido, também pegou seu rifle e atirou contra a mulher do camponês. Ao voltar para casam o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do burro. Os filhos do dono do burro m ao ver o pai morto, queimaram a fazendo do camponês. O camponê, em represália, os matou, Ai perguntaram ao demônio (ministro do Supremo) o que ele havia feito e ele respondeu: Não fiz nada, só soltei o burro, Conclusão: se você quiser destruir um pais, solte o burro Moral da história> quando um analfabeto consegue manipular magistrados [é sinal de que o país virou um curral...Os jumentos tomaram o poder.

Pergunta Doutor, pelo meu peso, qual seria a minha altura ideal? - Quatro metros.

Regras do jogo Nascemos sem trazer nada,,,, Morremos sem levar nada... E, no meio do intervalo, entre a vida e a morte, brigamos por aquilo que não trouxemos e não levaremos,, Pense nisso: viva mais, ame mais, perdoe sempre mais e seja mais feliz.

Viúva dez anos 10 vezes e ainda virgem!!!! Uma viúva, ao casar pela 11ª. vez diz carinhosamente ao marido - Benzinho, sou virgem! - Como? – disse o marido, não fostes casada 10 vezes? - Sim, disse ela, mas aconteceu o seguinte: - O 1º era político, só prometia e não cumpria, - O 2º era bancário, só entendia de fundos, - O 3º era ´poliglota, só entendia de língua, - o 4ª era massagista, só esfregava, - O 5º era caçador, só gostava de viado, - O 6º era médico, só examinava, - O 7º era juiz do interior, não tinha vara, - O 8º era coveiro aposentado, não enterrava mais nada, - O 9º era perfumista, se contentava só com o cheiro, - O 10º era do PMDB, quando estava por cima não fazia nada, e ainda me roubou. - Agora, você é minha esperança de tirar minha virgindade? - Logo eu? Por que? - Porque você é do PT, e com certeza, vai me fuder....

Ceará em Brasília

Os Cearenses nas Cozinhas de Brasília

Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo, Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e AntonoAlcimario (Pereiro, churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) - SCES Trecho. 02 conj. 33, ao lado do PIER 21 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, Raimundo Cavalcante (Sobral). Gerente Eduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiro: Francisco Ferrreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçon: Zé Vanildo (Sobral). Especialidade: Picanha na chapa; Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada - Q-04 Conjunto J Lote 60 PlanaltinaDF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) - 33897000 Libanus Proprietário Narciso Marinho (Ipu) - SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 - Endereço: Vitrinni Shopping - Rua 14 Norte, 135 - Águas Claras, Brasília - DF, 71910-000 Telefone: (61) 3382-0444 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 - Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Garçonete Maria Pereira (Beberibe) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman João Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J ite, Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) - Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 Planaltina - 73.300-000; Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Raimundo Viana (Crateús), José Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras). Caixa: Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste - Jorge Mesquita (Santa Quitéria) - 409 Norte, Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF - 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Restaurante Nordestino Dono: Francisco Valdenir Machado Elias(Independência); Gerente Thiago Machado (f.cearense) cozinheiro. João Batista Souza Sampaio (Sobral) - 3ª Avenida Área Especial S/N Mercado do Núcleo Bandeirante boxes 13/15/17 71710-350 98147 0585 3021 4577 Santana Dono: Adonias Santana (Independência) Manuel Messias Lima da Silva (Ipu) cozinheiro; Marco de Oliveira (Nova Russas) cozinheiro - CNA 03 Lote 08 Lojas 01 e 02 Taguatinga Norte – 72110 035 - Tel 3563 4674 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace Hotel - Tel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul - Tel 3264 7005 - Chefe de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao ladodo Posto de Polícia) 3567 8217

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Fotos: Suelen Mendes

Inaugurada a praça José Jézer de Oliveira, homenagem da Casa do Ceará

Diretor de Comunicação Social, João Bosco Serra e Gurgel, diretor de obras, Carlos Euler Currlin, diretor Adm. Financeiro, José Sampaio de Lacerda Júnior, ex presidente da Casa e homenageado, José Jézer de Oliveira, presidente Osmar Alves de Melo, diretora de promoção social, Djanira Gonçalves, Diretor jurídico, João Rodrigues Neto, Diretor de educação e cultura, Vicente Magalhães e Maria Dionne de Araújo Felipe.

Sem foguetes e banda de música, mas com um simples café da manhã, foi inaugurada em 11.07 a Praça José Jézer de Oliveira, homenagem da Diretoria da Casa do Ceará a um dos seus ex-presidentes, de 1999 a 2007. José Jézer de Oliveira (Crato) foi o quarto presidente da Casa do Ceará: o 1º foi Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) que criara a Casa no Rio de Janeiro e com a transferência da capital do Rio para Brasília, aqui fundou a nova Casa e a presidiu até 1977. O 2º foi Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca), de 1977 a 1981. A 3ª foi Maria Calmon Porto (Fortaleza), de 1981 a 1999. O 4º foi José Jézer de Oliveira (Crato) 1999 a 2007. O 5º foi Fernando César Mesquita (Fortaleza), um dos fundadores da Casa, de 2007 a 2011. O 6º é Osmar Alves de Melo que vem desde 2011. Reconhecendo a contribuição de cada presidente, a Casa batizou a Pousada dos Idosos como Pousada Chrysantho Moreira da Rocha, a Pinacoteca com um notável acervo de pintores cearenses

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Maria Dionne de Araújo Felipe, Presidente da AQQB, Agapito Vasconcelos, ex presidente da Casa, José Jézer de Oliveira, Presidente de Honra da AQQB, Elaudy Aguiar, Ivete Magalhães Alves de Melo e Presidente, Osmar Alves de Melo.

como Pinacoteca Álvaro Lins Cavalcante, o Museu de Artes e Tradições como Museu de Artes e Tradições Maria Calmon Porto. A Praça José Jézer de Oliveira é o espaço frontal ao curso de Corte e Costura. Osmar Alves de Melo, presidente da Casa, lembrou que a praça é o reconhecimento da Casa a atuação de Jézer, um conciliador, que assumiu para dar seguimento a obra conduzida com zelo e responsabilidade social por Mary Calmon, quando foram concluídas as obras de 6.000 mil metros quadrados de área construída da Casa, algumas com verbas do senador Mauro Benevides. Osmar anunciou que muito em breve a Casa prestará homenagem ao ex-presidente Fernando César Mesquita. Jézer agradeceu a homenagem e recordou sua trajetória no Crato, em Fortaleza e no Rio de Janeiro, cruzando sempre com Osmar em diferentes oportunidades. Recordou sua prematura entrada na política como vereador do PSP no Crato, onde ficou

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como 1º. Suplente. Estava no Rio de Janeiro e não atendendo a convocação para assumir o mandato acabou cassado. Presentes à solenidade os diretores da Casa: José Sampaio de Lacerda Júnior (Fortaleza), JB Serra e Gurgel (Acopiara), Carlos Euler C. Perpetuo (Joinville), Maria Djanira Gonçalves (Aurora), Vicente Magalhães (Aurora), João Rodrigues Neto (Independência), o conselheiro Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte, jornalistas Inácio de Almeida (Baturité) e Wilson Ibiapina (Ibiapina), os lideres da AQQB de Sobral, Agapito Vasconcelos, Ladir Aguiar e Vicente Feijão Neto, a Superintendente da Casa, Antônia Lúcia Guimarães, cineasta Pedro Jorge de Castro (Aurora), Dona Ivete de Melo, a procuradora Maria Dione Felipe de Melo (Iguatu), e José de Melo (Iguatu). Os idosos da Casa, sob a coordenação de Eloísa Marques improvisaram uma cantoria de músicas do Ceará para Jézer, que agradeceu comovido.

Ceará em Brasília

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