Jornal nov2013

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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará

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DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Ano XXIV - 257 - Novembro de 2013

Natal Feliz na Casa do Ceará em 7 de dezembro com 500 distribuição de 500 cestas A casa do Ceará e a Associação dos que Querem Bem a Sobral e ao Distrito Federal – AQQB promoverão dia 7 de dezembro o Natal Feliz destinado a contemplar cerca de 500 pessoas que se inscreveram através do serviço social da Casa, com a distribuição de cestas básicas e brinquedos. Na oportunidade, a Casa e a AQQB desenvolverão com o SESC/DF uma ação social para que as pessoas que forem ao evento com a prestação de serviços nas áreas de Odontologia e Medicina, corte de cabelo, manicure, pedicura, design de sobrancelhas, assessoria jurídica, emissão de certidões de nascimento e casamento, entre outros. O evento conta com o apoio do SEBRAE, Paulo Octávio, Lojas Só Reparos, KSA, Finocorte, Campelo Bezerra Advogados Associados e Associação dos Notários e Registradores do Brasil. ANOREG. Novas entidades e empresários estão sendo chamados a participar do evento. “Com o Natal Feliz a Casa do Ceará cumpre sua finalidade filantrópica de atendimento aos mais carentes da sociedade de Brasília e Entorno” , disse o presidente Osmar Alves de Melo. Já o presidente da AQQB, Antonio Carlos Aguiar, afirmou que “ estamos ajudando e colaborando para a Casa do Ceará, mais uma vez, mostre a solidariedade dos cearenses às comunidades mais necessitadas de Brasília”. A Casa continua arrecadando contribuições dos que querem participar. As doações de cestas básicas poderão ser feitas diretamente na Casa, na 909/910 Norte. Mais informações com Antonia, Sue Hellen e Aparecida nos telefones 3533-3819 e 3533-3822. Veja o cartaz do Natal Feliz. na pág. 4

Leia nesta edição Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Av. Beira Mar, pág. 3 PGR: é inconstitucional lei cearense da vaquejada, pág. 4 Padre Cearense assume cargo no Vaticano, pág. 4 Anúncio do José Lírio de Aguiar, pág. 4 Anúncio da Marquise, pág. 5 Leituras I - artigo de Macário Batista, Cena Cearense, pág. 6 Memória - Ex-alunos do ‘Marista’ pedem tombamento; processo pode esbarrar em análise arquitetônica, pág. 6 Arena Castelão vai receber a maior certificação ambiental: o selo verde, pág.6 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Você ainda tem vergonha de pedir uma cachaça? pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras III - artigo de Marcelo Gurgel, A Fortaleza Encantada: da bela e da fera, Pág. 8 Memória - Genealogia - Um Descendente Ilustre de Branca Dias: Ciro Gomes An Illustrious Descendant of Branca Dias, pág. 8 Momentos Marcantes da vida do prof. Abery Mariano, pág. 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, pág. 10 e 11 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 12 Leituras IV - artigo de J.B. Serra e Gurgel, O Cearense que escolheu o local para implantação de Brasília, pág.13 Os 40 anos da Arena Castelão: Um quarentão querido, pág. 13 Leituras V - artigo de João Soares Neto, Converse na rua, em casa é sacrário, pág. 14 Especialistas confirmam avaliação de Ziulkoski sobre o prazo para erradicar lixões, pág, 14 Apenas 9,7% dos médicos seguirão para a segunda fase do Revalida, pág. 14 Leituras VI - Artigo de Jarbas Junior, Perfil de um docente decente, e Rachel de Queiroz e uma história original, pág. 15 Voo para longe. Os cearenses do futebol brilham fora do Ceará, pág. 15 Assembleia Legislativa do CE celebra os 45 anos da UVA, pág.16 HRN de Sobral realiza cirurgias em pacientes vindos da Capital, pág. 16 Mário Parente e Edna Martins empossados no TJCE pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pag. 16 R$ 26 milhões para obras no Cine São Luiz, Theatro José de Alencar e Pinacoteca, pag. 17; Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Página da mulher, artigo de Regina Stella,Em velha trova do tempo. Trinta dias tem setembro. Abril, junho, novembro... pág. 18 Os Cearenses na Cozinha de Brasília, pág. 18 Orgasmo feminino tem efeito terapêutico, sugere pesquisador, pág. 18 Leituras VII - Humor Negro e Branco Humor, Transar com a esposa após 25 anos de casado e Trabalho ou Prazer? pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20

Edmílson Caminha com a esposa Ana Maria, a mãe Zilete e o irmão Luiz Cláudio

Edmílson Caminha com a esposa, Ana Maria

Lira Neto: Essa questão não diz respeito apenas aos biógrafos. Leia mais na pág. 19 Ceará vai ganhar Casa da Mulher Brasileira

Foi assinado o termo de adesão do Governo do Estado do Ceará ao programa “Mulher, viver sem violência”, do Governo Federal. O Programa vai implantar no Estado a Casa da Mulher Brasileira, que reunirá no mesmo espaço os serviços de delegacia especializada, juizados e varas, defensorias, promotorias, equipe psicossocial e orientação ao emprego e renda..A implantação da Casa da Mulher Brasileira, segundo Cid Gomes, é um grande avanço na luta porque centraliza todas as demandas em um só local. “Vamos começar por Fortaleza, as mulheres cearenses acabam de ser beneficiadas com a implantação das delegacias da mulher, em Quixadá, e em Pacatuba. Em dois anos, serão investidos R$ 265 milhões, sendo R$ 137,8 milhões, em 2013, e R$ 127,2 milhões, em 2014. O total será aplicado da seguinte forma: R$ 115,7 milhões na construção dos prédios e nos custos de equipagem e manutenção, R$ 25 milhões na ampliação da Central de Atendimento à Mulher- Ligue 180, R$ 13,1 milhões na humanização da atenção da saúde pública, R$ 6,9 milhões na humanização da perícia para aperfeiçoamento da coleta de provas de crimes sexuais e R$ 4,3 milhões em serviços de fronteira.

Edmílson Caminha Sucede Lustosa da Costa na Academia Brasiliense de Letras. Leia mais na pág. 04

(Fotos de Ana Carolina Caminha)

Edmílson Caminha com o casal Fátima e José Anchieta Oliveira

Edmílson Caminha com os escritores Fabio Coutinho, Carlos Mathias e Alberto Bresciani

Edmílson Caminha com os escritores Danilo Gomes e Napoleão Valadares

AQQB entrega doações em Sobral para instituições assistenciais. Leia mais na pág. 20


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Editorial

Andando pelo interior do Ceará, que há dois enfrenta uma seca braba, constata-se que já não se faz seca como antigamente, quando os clamores eram incontidos e incontáveis. Há três fenômenos novos que aplacaram as consequências cruéis da seca, especialmente a falta d’agua. 1) Não vemos mais os “paus de arara”, transportando, como gado, os nossos conterrâneos para o Paraná e para São Paulo. O que tinha de lírico, tinha de cruel 2) Não vemos mais as invasões de prefeituras e comércio pela “explosão da fome” que levava nossos irmãos ao desespero. 3) Não tivemos até agora as “campanhas de doações de víveres, roupas, mantimentos” de nossos compatriotas mais favorecidos, “docemente constrangidos”, pois sempre derivaram para as pérfidas acusações de nos beneficiamos do que rotulavam de “indústria da seca”, como se a seca fosse uma ficção. 4) O beneficio assistencial da LOAS para os idosos e portadores de necessidades especiais e o beneficio previdenciário do RGPS para os urbanos e rurais desempenharam forte papel no comportamento dos outrora ”flagelados”, que passaram a ter renda mínima, compensatória, para se manter vivos. 5) O bolsa família que beneficiou milhares de cearenses assegurando-lhes sua subsistência em momento tão difícil. Em muitas localidades do sertão, o Estado que sempre foi ausente e distante, se aproximou do cidadão. Diante da incapacidade de investimento do setor privado, por suas limitações históricas, o Estado se transformou em indutor mostrando sua cara aqui e ali. Se tem muita corrupção e muito beneficio para o grupo dominante, há sinais de mudanças. As injustiças sociais estão sendo amenizadas. As econômicas persistem, pois o capital disponível para um monte de empresários-bandidos do CentroSul e Sudeste não está ao alcance dos investidores do Ceará e do Nordeste para que possam substituir a esmola do Estado pelo trabalho e pela renda. Inacio de Almeida (Baturité) Diretor.

Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 1º vice; Luiz Honzaga de Assis, (Limoeiro do Norte) 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza), Planejamento e Orçamento; Fernando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, general Nilton Pessoa Cavalcante (Iracema) Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inacio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

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Espaço Luciano Barreira

Notícias de Lisboa ‘Gêmeo tenta se suicidar e mata o irmão por engano’ Disk Finados Lançaram em Portugal o novo serviço por telefone, é o Disk-Finados. Você telefona e ouve um minuto de silêncio ! Acidente Aéreo Um avião caiu no cemitério em Portugal. O acidente foi horrível já retiraram 35.000 mortos ! Curva Perigosa O português estava dirigindo em uma estrada, quando viu uma placa que dizia: ‘Curva Perigosa à Esquerda’. Ele não teve dúvidas: virou à direita! Agenda de Telefone Por que os portugueses usam somente a letra ‘T’ em suas agendas de telefone? Telefone do Antonio, telefone do Joaquim, telefone do Manoel. Loja de Sapatos O Manuel foi, na segunda-feira, a uma loja de sapatos. Escolheu, escolheu e acabou se decidindo por um par de sapatos de cromo alemão. O vendedor entregou o sapato, mas foi logo advertindo-o: - Sr., estes sapatos costumam apertar os pés nos primeiros cinco dias. - Não! tem problema. Eu só vou usá-los no domingo que vem. No Sexo - Manuel, você gosta de mulher com muito seio? - Não, pra mim dois já tá bom. No Trabalho Conversa entre o empregado e o chefe, ambos portugueses: - Chefe, nossos arquivos estão super lotados, posso jogar fora os que tem mais de 10 anos? - Sim, mas antes tire uma cópia de todos. No Chuveiro Manuel está tomando banho e grita para Maria: - Ô Maria, me traz um shampoo. E Maria lhe entrega o shampoo. Logo em seguida, grita novamente: - Ô Maria, me traz outro shampoo. - Mas eu já te dei um agorinha mesmo, homem !!! - É que aqui está dizendo que é para cabelos secos e eu já molhei os meus.

Manoel Joaquim Manoel Joaquim dos Santos, nascido em Trás-dos-Montes, no extremo bem extremo Leste de Portugal, ganhou seu primeiro lápis de colocar na orelha, quando tinha 2 anos. Aos 15 anos, já no primário, ganhou sua primeira caneta-tinteiro de orelha. Aos 32 anos, descobriu que caneta também servia para escrever. Hoje, já informatizado, está com orelha de abano, por causa do peso do mouse... Sorte O português vê uma máquina de Coca Cola e fica maravilhado. Coloca uma fichinha e cai uma latinha. Coloca 2 fichinhas e caem 2 latinhas. Coloca 10 fichas e caem 10 latinhas. Então ele vai ao caixa e pede 50 fichas. Diz então o caixa: - Desse jeito o Sr. vai acabar com as minhas fichas. - Não adianta, eu não paro enquanto estiver ganhando. Segredos O português passava em frente a um chaveiro quando viu uma placa: ‘Trocam-se segredos’. Parou abruptamente, entrou na loja, olhou para os lados e cochichou para o balconista: - Eu sou gay, e você?! Sociedade Vocês sabem porque sociedade entre portugueses sempre dá certo? Porque um rouba do outro e deposita na conta conjunta! Dois Bastam - Você sabe quantos portugueses são necessários para afundar um submarino? - Dois. Um bate na porta, o outro abre! Self-Service - Como é restaurante por quilo de português? - O cliente é pesado, na entrada e na saída. No Supermercado - Por que o português, cada vez que compra uma caixa de leite, abre-a, ali mesmo, no supermercado? - Porque na caixa está escrito: ‘Abra aqui.’ Maria Maria, a mulher do Manuel, foi fazer exame de fezes e colocou a latinha com o conteúdo do exame em cima do balcão. A recepcionista solicitou: - Dá prá senhora colocar o nome, por favor? A lusitana não hesitou e escreveu: MERDA.

Conversando com o Leitor

+ O site da Casa do Ceará www.casadoceara.org. br chegou aos 189.502 acessos em outubro, o que nos gratifica.

o site terá os perfis dos 150 cearenses homenageados, hoje mostrados apenas em fotos de Hermínio Oliveira.

+ O Google Analytics registrou em outubro que 4.784 pessoas acessaram o site, com 5.753 visitas, 4.784 visitantes únicos, 12.493 visualizações de página, 2,17 páginas vista.

+ O nosso novo site www.50anosdacasadoceara. com.br está no ar e começa a decolar, com os perfis e fotos de outros 150 cearenses que se destacaram em Brasília. O site conta com apresentação de Osmar Alves de Melo, depoimento de Fernando César Mesquita, ex-fundador e ex-presidente da Casa, artigos de Adirson Vasconcelos, José Colombo de Souza Filho, José Jezer de Oliveira e José Wilson Ibiapina, Página institucional de M. Dias Branco, deputados federais e senadores cearenses de 1963 a 2013, história da Casa do Ceará com suas diretores e proposta do Projeto Fausto Nilo, de refundação da Casa.

+ Fomos visitados nos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Suíça, Alemanha, Angola, Austrália e Bermuda. + No Brasil recebemos visitas de gente de Brasília, São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Manaus, Curitiba, Natal, Juazeiro do Norte, Luziânia, Teresina, Cuiabá, Recife, Floriabópolis, Niterói, Santa Barbara do Oeste, Maceió, Sobral, Vitória, Campinas, Santos, Cristalina e Ibirité. + O nosso site www.brasilia50anosdeceara.com. br registrou 39.291 visitas. O site divulga o livro que fizemos para comemorar os 50 anos de Brasília e foi financiado pelo grupo M. Dias Branco. Em breve,

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+ Recebemos e agradecemos “Na Boca do Beco”, de César Barreto Lima e Marcelo Barreto Alves, livro dedicado à memória de Lustosa da Costa, “exemplo eterno de sobralidade”. O prefácio é do deputado Mauro Benevides, com depoimentos na contra capa do deputado Ivo Gomes, Adail Fontenele e Assis Almeida.

Ceará em Brasília


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SAMBURÁ - Avenida Beira Mar 88 anos de dom Falcão Os 88 anos de dom José Freire Falcão (Ererê) foram comemorados em sua residência oficial com missa comunitária e um almoço de confraternização, com uma legião de amigos de Brasília e do Ceará. Presentes Geraldo e Maria Vasconcelos (Tianguá). Dom Falcão recebeu o livro 50 anos da Casa do Ceará em Brasília, entregue pelo prof. JB Serra e Gurgel (Acopiara) com os perfis dos padres Ernane Pinheiro (Jaguaretama), que começou com ele em Limoeiro do Norte, e padre Moacir Anastácio de Carvalho (Coreaú), que foi ordenado graças à sua intervenção, no Seminário de Brasília.

Ceará de Ednardo Mestre Gilmar Carvalho lançou mais um livro em Fortaleza: Ceará do Ednardo com fotos de Francisco Sousa. Embaixador Rubem Amaral lamentou não ter comparecido ao lançamento.

Hasta Luego O restaurante Ki-Filé, na 405 Norte, parecia La Bodeguita del Medio, de Havana, lugar que há 70 anos era frequentado pelo escritor americano Ernest Hemingway, que dizia “Mojito em La Bodeguita e daiquiri na Floridita”. Raimundo Vasconcelos e Roberto Cavalcante capricharam no atendendimento para que nada desse errado naquela noite caribenha. Finalmente era a despedida do embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodrigues. O jantar promovido por militantes de esquerda foi regado a mojito, daiquiri, cuba libre e muitos outros drinques feitos com rum Havana Club branco. Para quem gosta da bebida pura, era servido um Havana Clube Anejo Reserva. Ropa vieja, abacate, arroz congris (arroz com feijão vermelho, cozidos na mesma panela) e muitos outros pratos das culinária cubana forravam a barriga dos convidados que também bebiam cerveja e tiravam gosto com banana verde frita que era servida em rodelas como se fosse batata frita. Tudo ao som de salsas, mambos, merengues e boleros que só era interrompido para os discursos.

80 anos de Geraldo em Aruba Os 80 anos do fundador e presidente da Confraria dos Cearenses, Geraldo Vasconcelos, foram comemorados em Aruba, para onde toda a família se deslocou. Geraldo não queria, mas filhos, genros, notas e netos preferiram um evento fechado em família. Os amigos da Confraria e os amigos do mercado imobiliário de Brasília organizaram um festival de homenagens a Geraldo.

ABI - Golpe em Tarcísio Quando Mauricio Azedo assumiu a presidência da Associação Brasileira de Imprensa escolheu como representante da ABI em Brasília, Tarcisio Holanda (Fortaleza), seu velho companheiro de Ultima Hora/ RJ. Tarcisio substituira Carlos Chagas. Mais tarde, Azedo emplacou Tarcísio como vice presidente da ABI. Com sua morte inesperada, Tarcísio deveria assumir a presidência, por dever de ofício. Um golpe lhe foi aplicado de maneira cruel. O Conselho da ABI a quem cabia convocar nova eleição para escolha do sucessor de Azedo, empossou à sorrelfa o diretor administrativo, Fichel David Chargel, como presidente interino da ABI, violando uma regra ética pois em todos os estatutos, em todas as épocas, os vices substituem os presidentes, até ulterior deliberação. O que fizeram com Tarcísio, taxando-o de não residente no Rio de Janeiro, onde morou por muitos anos na Barata Ribeiro, e idoso é um agravo a um dos mais brilhantes jornalistas brasileiros de sua geração, sério e íntegro. Ao Tarcísio, a solidariedade da Casa do Ceará em Brasília.

90 anos de dom Newton Foram comemorados em Acopiara e no Crato. Em Acopiara, coma presença dos bispos de Iguatu, Quixadá, Limoeiro do Norte, Crato e o emérito de Iguatu e 21 padres, a maioria da Diocese do Crato. A Gurgelandia em peso e os desembargadores Celso Albuquerque de Macedo e Lincoln José da Silva, que foram seminaristas no Crato. Um grande almoço para 150 convidados se realizou no Clube Social de Acopiara. No Crato, a comunidade de São Miguel compareceu à capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ao lado da Casa de dom Newton, para uma missa. Depois ele ofereceu salgadinhos com refrigerante e partiu bolo para os presentes que cantaram parabéns..

Ceará em Brasília

Médicos cubanos O embaixador Carlos Zamora Rodrigues vai embora com a certeza do dever cumprido, principalmente por ter articulado a vinda dos médicos cubanos e por ter liderado a perseguição à jornalista Yoani Sanchez durante a visita dela ao Brasil. Essas missões o embaixador considerou como estratégicas para o povo cubano.

Brasília em Sobral A Diretoria da Associação dos Que Querem Bem a Sobral e ao Distrito Federal – AQQB SOBRALDF realizou em Sobral, no Buffet Dona Flor, em 08.11, solenidade de entrega da doação decorrente da 1ª Noite dos Sobralenses e Amigos em Brasília às entidades Casa Bom Samaritano, Grupo de Voluntários Viva a Vida e Casa Rosa Gattorno, resgatando o compromisso assumido junto à comunidade sobralense e aos amigos patrocinadores que contribuíram para o êxito e a beleza da festa. A frente, Carlos Aguiar – Presidente, Elaudy Aguiar – Vice-Presidente. Na retaguarda, Luiz Roberto Vieira.

Recusa Huberto Cabral (Crato), com 60 anos de jornalismo diário, continua resistindo aos apelos dos amigos para que registre em livro, sem censura, o que aconteceu no Crato e em Juazeiro, nas últimas seis décadas, em que é testemunho ocular da história. Está curtindo a filha que faz brilhante carreira no Diário do Nordeste, como editora do Suplemento Siará.

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Florida Bar Ou melhor, nas páginas deste livro/ álbum, Flórida Bar, segundo Sergio Braga, o líder do Clube do Bode e do Livro Técnico, relicário da saudável boemia cearense, documentário de um tempo marcante da história de Fortaleza. Se você é frequentador dos domingos, foi da turma do peru recheado, ouviu fossa no “Som de Microsistem” da DJ Renatinha, samba às sextas-feiras, pertence ao Clube do Bode, participou de algum evento cultural ou é apenas freguês de carteirinha... é arriscado ser protagonista desta saga amorável e gratificante. A trajetória do Flórida Bar é um pouco da história de todos nós. Um documento para ler, ver e guardar. O lançamento foi em 08.11. Pesquisa e Texto | Audifax Rios, Projeto Gráfico | Oficina do Audifax, Designer Gráfico | João Rios, Arquivo de Fotos | Flórida Bar | Clube do Bode, Still | Cláudio Lima Revisão | Leonora Vale Juazeiro do Norte Os juazeirenses tem do que se orgulhar: Juazeiro não é apenas a 2ª. Cidade do Ceará é a capital do Nordeste, apesar da ANAC e da INFRAERO e da incompetência dos prefeitos e políticos do Juazeiro. O que se faz com ao Aeroporto de Juazeiro daria para a Presidente Dilma, com a benção do padre Cicero, mandar pro espaço a cambada da ANAC e da INFRAERO. Há oito anos que se tenta dotar Juazeiro de um aeroporto. São oito voos diários da Gol, Azul e Avianca, que servem ao cearenses, paraibanos, pernambucanos. 500 mil pessoas por ano indo e vindo. Rodoviária do Iguatu A rodoviária de Iguatu dá de 10 a zero no Aeroporto de Juazeiro, A Presidente Dilma poderia mandar a cúpula da ANAC e da INFRAERO conhecer a Rodoviária de Iguatu, de preferencia em lombo de jumento... Em dez anos, o Aeroporto continua na mesma. A Rodoviária foi construída em dois anos. Quando se sabe, faz. Clovis Beviláqua O Memorial do Poder Judiciário, localizado no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), no Cambeba, recebeu, a visita de Maria Cecília Beviláqua de Paiva, neta do jurista Clóvis Beviláqua.Ela mora no Rio de Janeiro e visitou o Memorial.Cecília Beviláqua elogiou a preservação do acervo que pertenceu ao avô. “O Tribunal está de parabéns pelo cuidado e zelo que tem com todas essas peças”. Estão expostos guarda-roupa, cama, escrivaninha, roupas, caneta em ouro, original do projeto do Código Civil de 1916, fotografias, cartas, convites, telegramas, pareceres, livros, esboços de projetos jurídicos, entre outros.Ela se emocionou ao ver o chapéu usado por Clóvis Beviláqua. “Na minha infância, quando eu queria ter uma boa ideia, colocava o chapéu dele e sentava em sua mês”. Nem tudo está perdido no Ceará.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma lei cearense que regulamenta os espetáculos de vaquejada no estado. Janot entende que a prática está relacionada a maus-tratos aos animais. A data do julgamento não foi marcada, porém, em outros casos de processos envolvendo leis estaduais que regulamentaram a briga de galo e a Farra do Boi, a Corte Suprema decidiu proibir as manifestações culturais por haver crueldade contra os animais. Procurador considera que prática causa danos consideráveis aos animais e tratamento cruel e desumano. O parecer, enviado agora em outubro, reforça a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.983, impetrada em 31 de maio no STF. No documento, a PGR contesta a constitucionalidade da Lei 15.299/2013, aprovada no Ceará, que regulamentou a vaquejada como prática esportiva e cultural, e criou regras de segurança para peões e animais, além dos critérios de disputa da competição. A norma diz que os organizadores devem adotar medidas de proteção à saúde e integridade física dos animais, além de tomar cuidados com o transporte, trato e montaria do animal. Governo do Ceará alega que a lei não legaliza os maus-tratos Em manifestação enviada ao STF, o governo do Ceará alega que a lei não legaliza os maus-tratos, mas determina medidas para proteger a integridade física dos animais e cria sanções contra o descumprimento. “A prática da vaquejada, regulamentada que está, visa a coibir abusos e maus-tratos contra a nossa fauna, e, como tradição cultural, é amparada e incentivada pela própria Constituição.

O padre cearense João Wilkes Rebouças Chagas Júnior, missionário da Comunidade Católica Shalom e residente em Roma há dez anos, é o novo responsável pela Seção Jovem do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL). A nomeação aconteceu em 22/10. Contudo, somente ontem a notícia foi divulgada. O padre João Wilkes Rebouças Chagas Jr. foi ordenado sacerdote em dezembro de 2001 e iniciou seus trabalhos na Seção Jovem do PCL a partir de 2011 Dentre outras atividades da Seção Jovem do PCL, destaca-se a organização das Jornadas Mundiais da Juventude, criadas sob a inspiração do então Papa João Paulo II. Além disso, a Seção é responsável por toda orientação repassada aos jovens, na luz do Evangelho, informa a assessoria de imprensa da Comunidade Shalom em Fortaleza. A nomeação também é muito simbólica pois recorda o olhar da Igreja para a América Latina e pela atenção que a Igreja, através do Papa Francisco, dá aos jovens, explica a assessoria. Natural de Fortaleza, o sacerdote foi ordenado padre em 21 de dezembro de 2001 e iniciou seus trabalhos na Seção Jovem do PCL a partir de 2011, onde participou ativamente no acompanhamento da realização da Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Cursou filosofia na capital cearense e teologia na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum) em Roma. Cursou, ainda, Teologia Espiritual pelo Pontifício Instituto de Espiritualidade Teresianum. No Shalom, Padre João Wilkes participa do Conselho Geral da Associação na função de Assistente Internacional. Agora, na Seção Jovem do PCL, ele sucede Dom Eric Jacquinet .

Foto: Máximo Moura

Padre Cearense assume cargo no Vaticano Foto: Kid Júnior

PGR: é inconstitucional lei cearense da vaquejada

Há 41 anos

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Fotos de Ana Carolina Caminha

Edmílson Caminha Sucede Lustosa da Costa na Academia Brasiliense de Letras

Escritor Edmílson Caminha assina o termo de posse na Academia Brasiliense de Letras

Edmílson Caminha com Verônica, viúva do acadêmico Lustosa da Costa

No dia 25 de outubro passado, o jornalista e escritor cearense Edmílson Caminha (Fortaleza) foi empossado, na cadeira n° XXIV da Academia Brasiliense de Letras, como sucessor do conterrâneo acadêmico Lustosa da Costa (Sobral). A sessão solene, realizada no auditório do jornal “Correio Braziliense”, foi presidida pelo Ministro Carlos Fernando Mathias de Souza, presidente da Academia, que convidou para que compusessem a mesa o poeta João Carlos Taveira, 2° secretário da instituição, e a professora Kori Bolivia, presidente da Associação Nacional de Escritores (ANE). Ao discursar, Edmílson Caminha destacou a grandeza literária de Lustosa da Costa: “Com talento incomum para a ficção, nosso homenageado escreveu novelas e contos, entre os quais escolheu os reunidos em ‘Foi na seca do 19’, e um primoroso romance, ‘Vida, paixão e morte de Etelvino Soares’, no qual revela a maestria técnica de um García Márquez. Mais do que tudo, porém, era cronista, por vocação e destino. A graça do que se

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Viúva, filhos, genro, nora e neto de Lustosa da Costa, na posse de Edmílson Caminha

conta e o frescor do estilo são próprios de uma das grandes linhagens do gênero na literatura brasileira, a que pertencem Antônio Maria, Sérgio Porto, Aldir Blanc, Mário Prata, Humberto Werneck e o cearense Mílton Dias, que poucos têm a prazerosa ventura de conhecer.” Edmílson Caminha foi saudado, em nome da Academia Brasiliense de Letras, pelo escritor Fabio de Sousa Coutinho, para quem o novo colega cedo manifestou a paixão a que se devotaria: “De leitor precocemente inveterado, logo viria a extravasar sua vocação inarredável: em 1966, aos 14 anos de idade, tornou-se colaborador do jornal ‘O Povo’, redigindo resenhas de livros que o fascinavam e comentários sobre assuntos e fatos de interesse geral. Era o início de uma trajetória de escritor, que seria assinalada pela publicação de uma dezena de obras, nos campos da crônica, da biografia, da crítica e da epistolografia, e, na área da redação parlamentar, pela produção de cerca de dois mil discursos, independentemente de partidos e filiações políticas, ou de seitas

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Escritor Edmílson Caminha com as filhas Ana Carolina e Maria Eugênia

e credos professados por quem os solicitou. Foi assim, até aposentar-se da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, um fecundo e caudaloso ‘ghost writer’, um incansável profissional da retórica.” Entre os amigos e colegas de Edmílson Caminha, que o prestigiaram na cerimônia de posse, destacam-se o jornalista JB Serra e Gurgel (Acopiara), Diretor de Comunicação Social da Casa do Ceará e editor do “Ceará em Brasília”; o historiador e acadêmico Adirson Vasconcelos (Santana do Acaraú); os acadêmicos Fontes de Alencar, Romeu Jobim, Vamireh Chacon e Napoleão Valadares; os escritores Danilo Gomes, Donaldo Mello, Vera Lúcia de Oliveira e José Anchieta Oliveira (Lavras da Mangabeira); o jornalista Domingos Sabino Diniz; o Ministro Alberto Bresciani, do Tribunal Superior do Trabalho; o Embaixador Carlos Henrique Cardim; Afrísio Vieira Lima, Diretor Legislativo da Câmara dos Deputados e Luiz Henrique Cascelli, Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

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Leituras I

Cena cearense Por Macário Batista (*)

No restaurante um jovem senhor pede licença e pergunta se eu sou eu. Ao positivo e operante pergunta como ando me sentindo sobre minha segurança em Fortaleza. Antes que responda, o jovem senhor que tinha ao lado a mulher e um filhinho de no máximo 5 meses num carrinho, desfia uma conversa quase lamento, muito de decepção, voz semi-embargada: - Ontém (era Finados), as 12 e meia da tarde, com o trânsito parado na rua ao lado do Hospital Militar, um bandido, na garupa de uma motocicleta me aponta uma pistola aos gritos de passa tudo, passa tudo. O transito parado. Eu, relata, apavorado porque meu filho de 8 anos estava no banco de tras. Tirei aliança, relogio, celular...entreguei. Cadê a carteira? Gritava apoplético o bandido. Braços ao alto, disse que estava no bagageiro do carro e que era dificil apanhar. O sinal abriu eles fugiram me gritando ameaças. E voltou a perguntar como eu estava sentindo minha segurança em Fortaleza. O casal com o qual eu tomava o café da manhã, visivelmente emocionado calado, como se estivesse sendo tambem assaltado naquele instante. Só me veio uma reação sobre minha segurança nesta cena cearense: Uma merda! A frase: “Ninguém aguenta mais esse clima de apavoramento em Fortaleza”. Da jovem senhora ao lado do marido no café da manhã, como contado acima A gente só quer chegar em casa Claro, claro. São manifestantes pacíficos, ordeiros e bem-intencionados; e daí? Daí que as grandes cidades brasileiras não podem ficar reféns de bloqueios diários de trânsito, de entraves ao trabalho e ao lazer, de protestos que, por justos que sejam, já atravancam há quase cinco meses as atividade normais dos cidadãos. E aqui não se fala de mascarados, de black-blocs, seja qual for o seu nome: quem participa de ações violentas e depredações de patrimônio público ou privado está fora da lei e seu direito é apenas a um julgamento justo. Já houve um bloqueio em São Paulo em apoio aos portuários do Panamá, ou de Porto Rico; há bloqueios contra médicos cubanos, a favor de médicos cubanos, contra a praga que ameaça as plantações de centeio da Moldávia Exterior. Parar uma cidade, ou uma estrada, é fácil: meia dúzia de pessoas espalha meia dúzia de pneus na rua e, com meia dúzia de fósforos, incendeia-se o caminho. Falta pouco para sitiar bairros inteiros como protesto contra o gol anulado pelo juiz quando estava claro que não houve impedimento. Manifestações existem em todo o mundo democrático. Em Londres, o Hyde Park é área preferencial de protestos, onde quase não há limites para a liberdade de expressão. Mas a cidade continua funcionando. Parar tudo também existe, mas em ocasiões específicas: Buenos Aires, por exemplo, parou para os funerais de Perón. Já parar uma cidade porque alguém tem vontade de quebrar umas vitrines é coisa nossa. Chega: o cidadão tem de ter no mínimo o direito de ir e vir. Macário Batista (Sobral), jornalista, multimídia, presidentedo Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará

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Memória

Ex-alunos do ‘Marista’ pedem tombamento; processo pode esbarrar em análise arquitetônica

Mal foi confirmada a informação de que os administradores da Faculdade Católica do Ceará (FCC) decidiram encerrar as atividades e um grupo de estudantes e ex-alunos do antigo Colégio Marista Cearense criou um abaixo-assinado eletrônico pedindo o tombamento do prédio. Prédio do antigo Colégio Marista Cearense foi erguido há exatos 100 anos e abriga até o fim deste ano a Faculdade Católica do Ceará Foto: Lucas de Menezes A petição foi impulsionada ainda mais após o boato, desmentido pela direção da faculdade, de que o estabelecimento seria vendido para a construção de um shopping center. De oficial, até agora, apenas a indicação pela União Norte Brasileira de Educação e Cultura (Unbec), de que os 835 alunos da instituição podem pedir transferência para a Estácio/FIC, instituição parceira do grupo. Segundo o Irmão Paulo Henrique Martins de Jesus, coordenador de comunicação da entidade, “não estamos tratando da venda do prédio. Estamos preocupados em cuidar das pessoas envolvidas, os alunos e funcionários. Eles são livres para escolher o local de sua transferência, mas tomamos o cuidado de procurar uma parceira para facilitar esse processo. Também não nos posicionaremos nesse momento sobre um eventual pedido de tombamento”. Mas ainda que a petição chegue até a Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Cultural (COPHC), ligada à Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE), o processo de tombamento deve enfrentar uma série de dificuldades para ser aprovado. As principais são o fato de se tratar de uma propriedade particular e o número de reformas que o prédio passou ao longo do tempo, além da demora habitual nesse tipo de análise. De acordo com o coordenador da COPHC, Otávio Menezes, “faculdades e colégios, de um modo geral, se deparam com muitas alterações internas ao longo do tempo e isso pesa contra o tombamento. No entanto, dado o valor imaterial e a relevância histórica e cultural, de um prédio como o do antigo Marista, esse fator pode ser relativizado. Mas o processo de tombamento de propriedades particulares tem suas especificidades”. Segundo Menezes, para iniciar o processo num caso

como esse é preciso que uma pessoa interessada ou um grupo encaminhe um ofício ao órgão, que leva o pedido ao conhecimento do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa). “Caso seja entendido como viável o tombamento, é feita uma análise no prédio e um levantamento histórico, por uma comissão formada de arquitetos, engenheiros e historiadores”, explica o gestor. Há ainda a possibilidade, conforme Menezes, de a comissão entender que o prédio, por estar situado no município de Fortaleza, interesse ao patrimônio municipal e não estadual e seja, portanto, encaminhado à análise da Secultfor. Tombamento pode demorar anos Mesmo que seja aprovado pela COPHC e pelo Coepa e que não sejam postos grandes empecilhos pelos proprietários, um eventual tombamento do prédio da FCC pode demorar mais de três anos. Segundo Otávio Menezes, “o prazo legal para a análise do tombamento é de um ano, mas esse período pode ser prorrogado caso haja justificativa para isso. Nessa década, por exemplo foram ou estão sendo concluídos três processos de tombamento.” Ainda de acordo com ele, os prédios tombados (ou em processo de tombamento) no Ceará desde 2010, são a Basílica de Canindé, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Ipu, e o Sítio Fundão, no Crato. Relembrando a história do prédio Situado na Avenida Duque de Caxias, no Centro de Fortaleza, o prédio do antigo Colégio Marista Cearense abrigava desde 2004 a Faculdade Católica do Ceará, que vai encerrar suas atividades no dia 31 de dezembro deste ano. Muito antes disso, em 1913 (há exatos cem anos) foi fundado o Colégio Cearense Sagrado Coração, pelos padres Missael Gomes, José Quinderé e Climério Chaves. Três anos depois a unidade foi assumida pelos irmãos maristas, movimento religioso surgido na França em 1817 e trazido para o Brasil em 1897. A instituição educacional mudou então o nome para Colégio Marista Cearense, que teve suas atividades encerradas em 2007, após 91 anos. Adriano Queiroz

Arena Castelão vai receber a maior certificação ambiental: o selo verde A Arena Castelão está bem próxima de receber uma das mais notáveis certificações ambientais que existe no mundo (o selo verde Leed, sigla em inglês para “Liderança em Energia e Design Ambiental”), como também é o equipamento no Brasil com o maior número de assentos reservados para pessoas com deficiência. Para completar, o Castelão ganhou ainda o título de melhor gramado da Copa das Confederações e também o mais bem avaliado pelos torcedores durante a competição oficial da FIFA. Desde sua reabertura, o Castelão voltou a ser o palco ideal para grandes espetáculos. Com direito a torcidas vibrantes, jogos empolgantes e, claro, muitos gols . A Arena Castelão é o equipamento com valor de assento mais barato das últimas quatro Copas do Mundo. A obra não teve nenhum acréscimo de valor, ao contrário, foi a única com decréscimo no país (foi reduzido R$ 99

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milhões na fase de licitação). A Arena Castelão foi o primeiro estádio entregue para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™ e o mais testado do Brasil. Nossa grande praça esportiva já recebeu 38 jogos oficiais e, até o momento, as redes foram balançadas 98 vezes Desde então, mais de 700 mil pessoas já passaram pela arena multiuso este ano para torcer pelo seu time favorito ou para se divertir em uma das apresentações musicais que a Arena recebeu. Os times cearenses lotaram o Castelão em diversas oportunidades. Na Copa das Confederações 2013, o Castelão só ficou atrás do Maracanã em número de torcedores. Quando o assunto é apoio aos times, as torcidas de Fortaleza e Ceará lotaram a Arena a ponto dos clubes figurarem no ranking das 10 partidas com maior público em 2013 no Brasil.

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Leituras II

Você ainda tem vergonha de pedir uma cachaça?

Por Wilson Ibiapina (*) A cachaça, feito o samba “Tempos Idos”, de Cartola, aos poucos se aprimora e, sem cerimônia, parte para o estrangeiro. De conquista em conquista penetra na alta sociedade e já é vendida em bares e restaurantes sofisticados, destronando o velho preconceito que a transformava em bebida de pobre e irresponsável. A cachaça faz parte da cultura de nosso país, mas, apesar de seu sabor único, de ser a bebida nacional, é discriminada. Ainda hoje tem quem morre de vergonha se for flagrado tomando um gole de pinga. Talvez por causa do preço, virou bebida de pobre. Como é muito barata, a moçada abusa do aperitivo. Bebe até cair, ajudando a estigmatizar o produto que ainda é tido por alguns como bebida de gente desqualificada. Chamar alguém de cachaceiro é uma ofensa imperdoável, a não ser que o cidadão tenha presença de espirito e tire de letra como fez o ex-prefeito de Caucaia, município do Ceará. Domingos Pontes discursava inaugurando obras no mercado municipal, quando ouviu um grito: Cala a boca, cachaceiro!! Domingão, sem perder a pose, respondeu na lata: Quem dera fosse eu um cachaceiro, um fabricante de aguardente. Infelizmente, sou apenas um humilde consumidor.

No Nordeste, até a literatura de cordel faz coro na discriminação: “A cachaça é moça branca Filha do pardo trigueiro Quem bebe muita cachaça Não pode juntar dinheiro.” Os mineiros, com suas marcas artesanais, suavizaram o sabor. A bebida vai penetrando que nem faca em melancia. Hoje já se vê até grupos de mulheres em bares, restaurantes, jogando conversa fora em torno de uma pura. A compra da Ypioca pela britânica Diageo, fabricante do Johnnie Walker, um negócio de R$ 900 milhões, ajuda a diminuir preconceito. A última vitória da cachaça vem dos Estados Unidos,

onde foi oficialmente reconhecida como produto de origem exclusivo do Brasil. Acabou com essa história de “brazilian rum”. O jornalista e escritor Reginaldo Vasconcelos não esquece “a história do cara que quis tomar cachaça no restaurante de um hotel 5 estrelas da cidade. Não serviam cachaça. Então ele quis saber se serviam caipirinha. Sim, caipirinha serviam. Pediu então uma caipirinha, porém sem gelo, sem limão e sem açúcar. E desse modo pôde tomar a sua pinga sossegado, num belo copolong drink.” Acredito que está chegando o dia em que garçons se orgulhem de oferecer uma cana e que as pessoas não fiquem mais bebendo um scotch, vodca ou vinho com vergonha de pedir uma pinga. Um amigo meu, muito enjoado, tem a mania de pedir cachaça cearense, em Brasília. Não se encontra nem em restaurantes e bares da cidade, mesmo quando o dono ou o maitre é cearense. Francamente, nunca pensei que a cachaça cearense fosse melhor que a mineira!; Dizem até que a cachaça do Piauí e da Paraiba é melhor do que a cearense. Lastimável. Um dos donos cearense me disse que nunca foi procurado por vendedor de cachaça do Ceará. Só me cabe dizer: vão trabalhar mal assim na baixa da égua... (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

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Leituras III A Fortaleza Encantada: da bela e da fera Por Marcelo Gurgel (*) Sobre o livro “Fortaleza Encantada”, de Nilze Costa e Silva, pode-se dizer que ele está entranhado da paixão de uma potiguar, aqui chegada no primeiro ano de vida, cheia de amor por essa cidade, em que mora, até hoje. Suas páginas estão repletas de suas passagens, pelos logradouros em que residiu, desde a meninice até os 13 anos, na Rua Dragão do Mar, quando se banhava nas águas cálidas da Praia de Iracema, em frente ao histórico bar Estoril, que mais tarde frequentaria nas noites de boemia e onde também coordenaria o projeto Poemas Violados. Levada por seus pais, da Praia de Iracema para o Parque Araxá, em 1963, ainda olhou longe o mar, antevendo que um dia adotaria uma outra praia, a da Lagoinha, lindo refúgio, para o qual se dirige nos feriadões, a fim de ler, meditar, rezar, escrever, tomar sol e também umas cervejinhas. Em 13 de abril de 2007, presenciei o lançamento da primeira edição deste livro, e, no final de semana subsequente, de uma só penada, fiz a sua prazerosa leitura, sob o impulso das suas crônicas, bem cuidadas, e escritas com desvelo filial, mas também movido pela própria temática, por ser eu um fortalezense de berço, que tanto aprecia a sua cidade, e que, igualmente, tanto sofre com os maus tratos a ela impingidos, por uma desídia administrativa, sem paralelo, que se abateu sobre a nossa urbe. As páginas de “Fortaleza Encantada” guardam uma preciosidade literária só encontrada entre quem cultiva o hábito de rememorar, para escrever. É assim que Nilze se mostra como uma “memorialista”, das boas, para falar da cidade que a viu crescer, no sentido mais amplo da palavra. Não por acaso ela descerra o véu que cobre os lugares por onde andou e põe a nu a sua indignação diante do pouco caso do poder público, para com o patrimônio histórico, artístico e cultural da Fortaleza Bela, desencantada com a tosca administração municipal, que sequer “consertava os buracos das ruas e avenidas”, por onde caminham as pessoas e transitam os carros, fazendo a festa das oficinas mecânicas para reparo de veículos avariados. Se isso fosse pouco, o fato de os monumentos erguidos na cidade, “pichados”, sem contemplação, serve de leit motiv, para Nilze, como uma autêntica guerreira que é, dona de uma senhora visão crítica, botar a “boca no trombone”, melhor dizendo, falar e escrever, para todo mundo escutar e ler, que cidadania é mais do que possuir documentos, é saber respeitar os bens da comunidade. Isso Nilze faz, com a alma de artista, poeta, escritora e, sobretudo, defensora dos direitos do homem e da coletividade em que ela se insere. E o que é principal: “sem perder a ternura, jamais!”. Em 13 de abril de 2011, quatro anos após o lançamento seminal da obra, vi-me guindado à condição de seu apresentador, sentindo-me feliz, primeiramente, por ter a mesma ganho o direito de reedição, fruto do recebimento do Prêmio Otacílio de Azevedo, patrocinado pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, o que fartamente concorrerá para disseminar o encanto saudoso de uma bela cidade que teima em subsistir; em segundo lugar, pela possibilidade de que exemplares do livro cheguem às mãos de alguns gestores públicos, e, caso lidos, possam despertar em ferinas mentes um tardio remorso por vilipendiar, com suas intervenções descabidas e omissão de ações, a tão decantada “Loura Desposada do Sol”. (*) Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Fortaleza), medico, professor, escritor

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Memória/Genealogia Um Descendente Ilustre de Branca Dias: Ciro Gomes An Illustrious Descendant of Branca Dias: Paulo Valadares (*) Dias is a name linked to the Inquisition. She lived early Brazilian Colonial Period, when she became the first teacher domestic arts in Brazil. She left a large and ilustrious descendence. Among her descendents is Ciro Gomes, a young candidate to the Presidency of Brazil. Este pequeno artigo sobre os ancestrais cristãos-novos na genea- logia do político Ciro Gomes, não implica em reconhecê-lo como judeu ou cristão-novo, mas lembrar que os judeus fazem parte do substrato da formação étnica do brasileiro desde os primeiros dias da Colonização. Ele é só um exemplo de destaque, por brilhar na polí- tica, mas que estes mesmos cristãos-novos podem ser encontrados em milhares de outras famílias anônimas que estão por todo o Nordeste1. Ciro Ferreira Gomes nasceu em Pindamonhangaba, S. Paulo (06-11-1957), filho de José Euclides Ferreira Gomes Jr. e Maria José dos Santos. O seu pai foi prefeito de Sobral, seguindo uma tradição familiar construida na administração pública, iniciada pelo primeiro Ferreira Gomes, oriundo de Leiria, em Portugal, que chegou ao Ceará na primeira metade do século XVIII. O próprio Ciro teve a carreira típica de um jovem da elite nordestina. Ele já exerceu os principais cargos públicos, tanto dentro de sua província, quanto em âmbito nacional. Inclusive casou-se e teve filhos na própria oligarquia cearense. A sua hoje ex-esposa, pertence à estirpe dos Pompeus de Souza, descendente do (ex)padre: Tomás Pompeu de Souza Brasil. Ciro é nascido e casado em famílias tipicamente cearenses, e aparentado com descendentes de cristãos-novos, tão presentes na paisagem local. O Ceará serviu como refúgio para muitos cristãos-novos perse- guidos pelo Santo Ofício. O recorte acidentado do seu litoral e a ina- cessibilidade do Sertão atrairam estes perseguidos que buscavam livrar- se dos processos inquisitoriais, dos autos-de-fé, ficando longe do alcan- ce da Inquisição, e assim recomeçar as suas vidas. Uma destas famílias é a dos Montes, de origem cristã-nova espanhola, que escolheu o Nordeste brasileiro para viver quando cinco irmãos se dirigiram para lá, depois de terem os pais queimados pela Inquisição. A maioria dos que hoje levam o sobrenome Monte se originam no capitão Manuel José do Monte (f.1778), pernambucano de Boa Vista, filho do coronel Gonçalo Ferreira da Ponte, “o Caxaço”, e de Maria da Conceição do Monte e Silva, neto ou bisneto daqueles refugiados. Dele descendem em linha reta os Montes e os Ferreiras da Ponte cearenses. O próprio Manuel José do Monte casou-se com uma moça desta estirpe, Ana Maria Uchoa, filha de um figurão de Sobral, o capitão e juiz de orfãos José de Xerez (ou Xares), introdutor do café e da técnica do enxerto agrícola no Ceará. Duas filhas do capitão Manuel José do Monte são ancestrais de Ciro Gomes. O pernambucano de Goiana, José de Xerez Furna Uchoa (1722-1797), migrou para Sobral com fama de judaizante. Mas que tentou combatê-la, pesquisando em cartórios por doze anos e depois escrevendo um trabalho onde afirmou não ter tal qualidade de sangue, relacionando os padres e até um Papa na família (Adriano VI), porém reconhecia ter parentes próximos encrencados com o Santo Ofício. Pois a sua avó materna, Antonia de Mendonça Uchoa, fora casada com Bartolomeu Peres de Gusmão, o “Doutorzinho”, de quem tivera uma filha, a sua tia Felícia Uchoa de Gusmão, presa pelo Santo Ofício em 1730. Já, José de Xerez, descendia de um se- gundo casamento de Antonia. Porém esqueceu-se de dizer que descendia (ele e a sua esposa) do casal emblemático dos cristãos-novos no Brasil, Diogo Fernandes e Branca Dias. Duas filhas de José de Xerez, casaram-se também com descendentes de cristãos-novos, a Ana Maria Uchoa, já

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citada, e Mariana de Lira Pessoa, com An- tonio Alvares de Holanda Cavalcante, tetraneto do riquíssimo cris- tão-novo pernambucano Belchior da Rosa. Esta Branca Dias (outra fonte acrescenta o sobrenome Coronel) é a personagem histórica que viveu em Pernambuco nos primeiros tempos da colonização, onde tinha uma escola para moças. Mas que não deve ser confundida com a homônima criada pelo teatrólogo Dias Gomes. Ela nasceu em Viana, Portugal, provavelmente em 1515, e acompanhou o marido Diogo Fernandes, também cristão-novo ao Brasil, onde foi processada pela Inquisição e, por ter morrido durante o processo, o Santo Oficio pediu que remetessem “os seus ossos para serem queimados” (Proc. 5.736, ANTT). Vários descendentes do casal também foram processados como judaizantes nos anos sub- sequentes. José de Xerez da Furna Uchoa e sua esposa Rosa de Oliveira e Silva descendem de Branca Dias Passaram-se as gerações depois de Branca Dias. A repressão ideológica e a diluição destas famílias através dos casamentos mistos, num processo de “cristianização” crescente levaram esta minoria etno-cultural ao desaparecimento. Mesmo assim restou na cultura cearense um ar levemente judaico que reaparece nos momentos mais inesperados. Durante a cerimônia de posse de Miguel Arrais de Alencar, (ele fôra eleito Governador de Pernambuco depois de seu exílio na Argelia), leram-se as palavras do profeta Jeremias (24: 5-7), sobre o desterro dos judeus. Ou achar como o Padre João Mendes Lira (descendente dos Ferreiras da Ponte) que pesquisou este assunto no Ceará, “em Sobradinho, reduto principal deles [os Ferreiras da Ponte], encontrei um pequeno cemitério contendo um túmulo no qual se lia uma inscrição com duas letras portuguesas, quatro em he- braico e números de difícil decifragem”. Na linhagem dos Montes há até aqueles que retornaram ao judaísmo como Flávio Mendes Car- valho (1954-1996 ), autor de “Raizes Judaicas do Brasil – O Arquivo Secreto da Inquisição” (1992); Andrelino Alves Feitosa, o Andre Fitousie, que hoje vive em Haifa, dentre outros que já encontramos pela vida. Natércia Campos, aproveitando os poemas de Virgílio Maia e os trabalhos de Socorro Torquato sobre a heráldica israelita, escreveu uma artigo memorável chamado “A alma bíblica do Sertão encourado”, sobre a esta faceta judaizante do Ceará2 Estes são os ancestrais cristãos-novos do político Ciro Gomes. Sãos os Montes, os Ferreira da Ponte, o abastado Belchior da Rosa, Diogo Fernandes e Branca Dias. Nota 1 Devo ao Dr. Cândido Pinheiro de Lima de Fortaleza, descendente de um irmão de José de Xerez, parte do material utilizado neste trabalho. A ele os meus agradecimentos 2“O Povo”, Fortaleza, 4-9-19Matéria 28, pág. 8 Bibliografia • Araújo, Francisco Sadoc de. “ Cronologia Sobralense ” (5 vol.) • Barros Leal, Vinicius. “ Os cristãos-novos na formação da família cearense ” ( Revista do Instituto do Ceará , 157-167) / “ Cearenses descendentes de Branca Dias (Verdadeira história)” ( O Povo , 1-7-1979) • Borges da Fonseca, A.J.V. “ Nobiliarchia Pernambucana ”, II (Mossoró, 1992). • Filgueira. Marcos António. “ Os judeus foram nossos avós ” (Mossoró, 1994) • Gonsalves de Mello, José António. “ Gente da Nação ” (Recife, 1989), pp. 117-166 • Lira, João Mendes. “ A presença dos judeus em Sobral e circuvinzinhanças e a dinamização da economia sobralense em função do capital judaico ” (Sobral, 1988) • Valadares, Paulo. “ Flávio Mendes Carvalho (1954-1996)” (Gerações/Brasil, No- vembro 96 e Abril 97, vol. 3, nº 1 e 2, p. 13.) OPublicado em Gerações/Brasil Boletim da Sociedade Genealógica Judaica do Brasil Maio de 2000, Semestral Volume 9

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Pr Esp ojeto eci s ais

Momentos marcantes da vida do prof. Albery Mariano Comendador Dr. Albery Mariano

Fotos: Albino Oliveira

- Natural de Santana de Acaraú – Ceará - Advogado, Professor, Escritor e Poeta - Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História – SP - Ex – Presidente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas- GO - Acadêmico Suplente da Academia de Letras do Distrito Federal - Pioneiro de Brasília, desde 1960 - Cidadão Caldasnovense - Assessor Jurídico (8 anos) na Câmara dos Deputados. - DIPLOMA E MEDALHA PIONEIRO PELO CENTENÁRIO DE J.K; - LANÇAMENTO DO LIVRO ‘’DEIXE CAIR O MANTO DE SUA VIDA’’ NA CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA; -PERSONALIDADE DO LIVRO ‘’BRASÍLIA – 50 ANOS ‘’ sua História e seus Monumentos, recebendo o Diploma e a Medalha Comemorativa. -Em 2008, COMO ACADÊMICO DE LETRAS, ocupou a cadeira n° 6 DO IMORTAL PROF, GENESCO FERREIRA BRETÃS na ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE CALDAS NOVAS – GOIÁS e dois anos depois assumiu a PRESIDÊNCIA. -Neste ano tomou posse como ‘’CONSELHEIRO CONSULTIVO’’ da ACADEMIA BRASILEIRA DE ARTES , CULTURA E HISTÓRIA, com sede em São Paulo. -Agraciado com o título de ‘’CIDADÃO HONORÍFICO CALDASNOVENSE’’ pela CÂMARA MUNICIPAL, é grande investidor do ramo imobiliário, BENFEITOR DO ‘’MUSEU CASARÃO de Caldas Novas e co – autor da LETRA DO HINO DO COLÉGIO EDUCADOR recebendo a PLACA E TROFÉU. Como ‘’PATRONO DO JOVEM BRASILEIRO ‘’ na área de Arte e Cultura foi agraciado com a coleção de Livros Diploma e Medalha; -DESTAQUE NO CENTENÁRIO DE CALDAS NOVAS COMO ‘’ ESCRITOR PIONEIRO’’. -Recebeu Troféu ‘’POETA ESCRITOR’’ DO Munícipio de Caldas Novas. - Foi agraciado como o DIPLOMA E MEDALHA DA ORDEM DOS NOBRES CABALEIROS da ABACH em São Paulo. UMA DAS MAIS ALTAS CONDECORAÇÕES RECEBIDAS pelo Dr. Albery Mariano foi o ‘’BARRETE’’ CONTENDO CINCO no CONSELHO NACIONAL DE HONRÁRIAS E MÉRITOS, a qual, ostenta em seu Smoking nas festas de gala; 1ª) COMENDA JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA – O Patriarca da Independência do Brasil. 2ª) Comenda ‘’ HONRA AO MÉRITO DE PIONEIRO ‘’ – Como líder na Consolidação de Brasília. 3ª) COMENDA ‘’ MÉRITO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS JURÍDICAS’’ – Pelos relevantes serviços prestados à Justiça do Distrito 4ª) COMENDA MARECHAL DEODORO DA FONSECA – Fundador da. República e 1° Presidente do Brasil. 5ª)COMENDA DOM PEDRO I – Família Imperial Brasileira. Recentemente , com muita honra, recebeu a 6ª COMENDA ‘’TIRADENTES’’ – Joaquim José da Silva Xavier , o Mártir da Inconfidência Mineira. Este destemido POETA CEARENSE, Temente a Deus, fez o CURSO SUPERIOR DE TEOLOGIA NO DF, com habilitação lecionar ENSINO RELIGIOSO. Aposentado como Diretor do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL e como PROFESSOR DA SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DF, reside no Lago Sul, em Brasília, cercado de muito verde e em Caldas Novas onde fixou sua segunda residência. O Com. Dr. Albery Mariano se considera um homem realizado, viajado e de muitos amigos. Ao lado de sua esposa Mineira , Profª CLEUZA LUIZA MARIANO, SUA MUSA INSPIRADORA , não se cansa de elogiar PATOS DE MINAS, onde ela morou, estudou e passam temporadas.

Casal Homenageado Comendador Dr. Albery Mariano e Dama Comendadora Profª Cleuza Luiza Mariano Dama Comendadora Profª Cleuza Luiza Mariano - Manual de Lagamar – Minas Gerais - Pedagoga, Especialista em Educação e Escritora - Diretora, Coordenadora Pedagógica e Supervisora Educacional. -Técnicas em Assuntos Educacionais - Pioneira de Brasília, desde 1964 - Acadêmica de Letras da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas- GO - Cidadã Honorária de Caldas Novas- GO - Profª de Estrutura e Funcionamento do Ensino - Mulher Destaque 2011/2012/2013 - Consagrada à Mãe Rainha no Santuário de Atibaia- SP - Aposentada com EC pela Secretaria de Educação do Distrito Federal Muito se tem falado sobre a Vida e Obra deste distinto casal, o qual após a Aposentadoria, dedica seu tempo de atividades Culturais, sociais e Beneméritas. Ambos, com vasto Currículo, inclusive Religioso, muitas Condecorações, prestigiados em Brasília , São Paulo, Fortaleza, Patos de Minas, Goiânia e Caldas Novas. Dr. Albery Mariano e Profª Cleuza são casados há 45 anos, união rica de bênçãos e graças especiais. São Consagrados à Mãe Rainha e generosos, principalmente, com os mais humildes.

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EIS UMA DAS ESTROFES DE SUA POESIA: ( entitula Vida Laboriosa) ‘‘Ao bom Deus eu agradeço, A vida que Ele me deu. Sou simples, pouco mereço, Apenas sou servo seu’’. Esta é a vida de nosso homenageado. Caldas Novas, 22 de Setembro de 2011

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Leituras IV

O cearense que escolheu o local para implantação de Brasília

Por JB Serra e Gurgel (*) Vários cearenses estão profundamente vinculados a Brasília. O engenheiro Edson de Alencar Cabral (Fortaleza) descendente da família do romancista José de Alencar, é o principal do grupo que reúne o engenheiro Inácio de Lima Ferreira (Fortaleza), amigo de Israel Pinheiro, fundador de Sobradinho, Gonçalo Gonçalves Bezerra (Ipueiras), fundador da Ceilândia, e Cleto Campelo Meireles (Tauá), fundador da Cidade Ocidental. Edson veio do Rio de Janeiro, para definir os melhores sítios para a localização da nova capital. Definiu que Brasília seria construída no Sítio Castanho, onde se localiza o Plano Piloto. Em 1953, aqui estivera para fazer a cobertura aerofotogramétrica da área do Quadrilátero Cruls, trabalho realizado por interferência do senador Jerônimo Coimbra Bueno junto ao presidente Getúlio Vargas, que autorizou a Comissão do Vale do São Francisco a encomendar o serviço. Em 25 de fevereiro de 1954, foi assinado o contrato entre a Comissão do Vale do São Francisco e a empresa norte-americana Donald J. Belcher and Associates Incorporatem, com sede em Ithaca, Nova Iorque, a um preço de 350 mil dólares e prazo de 10 meses para elaboração do seu Relatório para definição da localização de Brasília. Em fevereiro de 1955, Donald J. Belcher entregou seu Relatório, escrevendo no início: ‘O Brasil deve ser louvado por ter sido a primeira nação da História a basear a seleção do sítio de sua Capital em favores econômicos, científicos, bem como nas condições de clima e beleza’.”

Os levantamentos da Cruzeiro do Sul Aerofotogrametria em 1954, sob sua liderança, no chamado perímetro do Retângulo do Congresso, com 52.000 km 2, Belcher no seu Relatório indicou os cinco sítios de 1.000 km 2, passíveis de localização da capital: Castanho, Verde, Vermelho, Azul e Amarelo. Todo o Retângulo do Congresso foi dividido em 18 quadrículas e preparados mosaicos aerofotográficos na escala de 1 por 50,000. O Mapa Geral do Retângulo foi mostrado na escala de 1 por 250.000, revelando a Geologia, a Utilização da Terra, os Solos para a Engenharia e os Solos para a Agricultura. Os cinco sítios foram apresentados na escala de 1 por 25.000. No seu Relatório escreveu Belcher: “O Brasil terá a oportunidade quase impar de lançar uma cidade bem equilibrada ao criar a sua nova capital”. E mais adiante: “ Em escolhendo a área do grande Retângulo para o futuro Distrito Federal, o Governo reservou uma área geograficamente adequada, como o melhor clima que se pode encontrar no centro do país” Ao chegar a Brasília, Edson de Alencar Cabral instalou-se em Planaltina. Na construção, criou a construtora Belcar, que trabalhou no revestimento do edifício do Congresso Nacional. Depois, criou a Constrular, que construiu o primeiro edifício comercial da W3, o Sagitarius. Realizou inúmeros levantamentos topográficos para as empresas de engenharia que construíram a capital. Teve uma chácara no Núcleo Rural de Sobradinho, onde um dia recebeu pessoalmente o presidente JK que agradeceu sua contribuição para a construção de Brasília.

Foi casado com Maria Thusnelda de Alencar Cabral, com quem teve duas filhas: Neila Maria e Kátia Maria. Ernesto Silva, no seu livro História de Brasília, e que foi pioneiro e trabalho na Comissão de Localização da Nova Capital, criada pelo Presidente Café Filho, presidida pelo Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, revela, sem mencionar Edson Alencar Cabral, que ‘o trabalho da Cruzeiro do Sul levou apenas alguns meses e já em janeiro de 1954 a área estava fotografada’, compreendendo 52.000 quilômetros quadrados, dividida em 18 quadrículas, para melhor facilidade do trabalho e com 480 mosaicos e 18 fotoíndices. O resgate da contribuição de Edson de Alencar Cabral para definição da localização de Brasília devemos ao historiador de Brasília, Adirson Vasconcelos (Santana do Acaraú). Edson integra o elenco de muitos cearenses que marcaram no plano da construção civil participações efetivas, como Francisco Carneiro (sobral), Antonio Venancio (Assaré) e Cleto Meireles (Tauá), que construíram muitas superquadras e inúmeros edifícios comerciais na nas Asas Sul e Norte e nos Setores Comercial Sul, Bancário Sul e Norte. Destaque-se a notável participação do general Eduardo Henrique Ellery que foi efetivo na implantação das unidades do Setor Militar Urbano, incluindo o chamado “Forte Apache”, o QG do Exercito. Evidentemente, que há outros cearenses não nominimados, que foram atuantes em Taquatinga, Gama, Guará 1 e 2, Bandeirante e Paranoá. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor

A Arena Castelão que as novas gerações conhecem hoje, prestes a sediar seis jogos da Copa do Mundo de 2014, pode não aparentar, mas completou em 11.11. 40 anos de realização da primeira partida. Naquele 11 de novembro de 1973, Fortaleza e Ceará se enfrentavam em uma nova e confortável casa. O placar de 0 a 0 frustrou a plateia acomodada nas bordas do campo (atrás dos gols ainda não existiam lances de arquibancadas). Mas a festa de inauguração foi maior. Estádio cearense vai receber seis jogos da Copa do Mundo do ano que vem. O governador da época, Cesar Cals, inaugurou o estádio que levou o nome de seu antecessor, Plácido Aderaldo Castelo. Um dia antes, em transmissão inédita, na cabine 13 dentro do estádio, o comentarista da Rádio Verdes Mares 810, Paulino Rocha revelou seu sentimento em um eloquente desabafo: “Eu olho para essas arquibancadas e sinto uma tremenda felicidade”, dizia, ao vivo, no seu espaço diário “Quando Fala o Campeão”, após fazer uma analogia da famosa frase euclidiana sobre a força do nordestino e sua capacidade de ultrapassar obstáculos como construir um gigante de concreto como aquele. Um feito para época. Anos depois, em 1980, a construção estaria completa e o estádio foi capaz de receber 120 mil pessoas para ver o papa João Paulo II. “Estou entusiasmado. Emocionado. Fui um dos maiores batalhadores em favor do Castelão”, observou no seu discurso o radialista Paulino Rocha. Ele lembrou a importância do deputado estadual Aldenor Nunes Freire na viabilização da obra. Também foi lembrado no livro “Estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo”, do engenheiro Mário Elísio, que chamou Aldenor de “pai do Castelão”. No livro, ele revela que parte do projeto foi inspirado no estádio Azteca, onde a Seleção Brasileira conquistou o tri, em 1970.

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Foto: Divulgação/ Secopa

OS 40 anos da Arena Castelão. Um Quarentão querido

Nessas quatro décadas, o estádio passou por reformas. Na última delas, foi transformado em Arena, com padrão internacional da Fifa. Mesmo assim, os mais antigos não se esquecem da história do “Gigante do Mata Galinha”, como era conhecida a região na época, e depois virou Gigante da Boa Vista, bairro que cresceu e ganhou forma, mas ainda carece de mais infraestrutura. O jornal ouviu dois desses cearenses que conhecem bem as histórias do quarentão mais jovem do Estado. Uma conversa, um café, e o nascimento de um estádio O barulhinho inconfundível, característico do atrito da xícara com o pires, ritmava mais um encontro entre amigos naquele fim de tarde na pacata e já inexistente Fortaleza do fim da década 1960. O tentador aroma de café forte também. Foi nesse ambiente que se ouviu a primeira vez a palavra “Castelão” e a ideia, até então sem pretensões maiores, de se construir um novo estádio de futebol no Ceará. Quem revela, em detalhes, os bastidores de um momento histórico do futebol cearense é o radialista e narrador esportivo da Rádio Verdes Mares 810, Gomes Farias. “Estava com Paulino Rocha na Praça do Ferreira. Resolvemos dar um pulo no Palácio do Governo, que ficava ali na Rua do Rosário, para visitar o Dário Macedo. Na época, ele era chefe da casa civil e genro do governador Plácido Aderaldo Castelo”, relembra o

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locutor. De acordo com Farias, uma resposta bem aos estilo “supetão” foi o que resultou na primeira forma de idealização do estádio. “O Dário perguntou: ´Paulino, o que o governador precisa fazer para ficar imortalizado?´ De pronto, o Paulino disse: ´construir um grande estádio e por o nome nele. Seria o Castelão´”. Febre no País O narrador da Verdinha foi testemunha do diálogo que, para ele, se configura como a concepção do Gigante da Boa Vista. “Na época, era uma febre nos estados fazer grandes estádios”, emenda Farias, ressaltando que a primeira transmissão de rádio da nova praça de esportes foi realizada pela equipe da Verdinha. “Paulino Rocha e Peter Soares fizeram um link de lá um dia antes do jogo inaugural e eu fiquei no estúdio. No dia do jogo, os três, abrimos a jornada no Castelão com a equipe completa: Daniel Campelo, Vilar Marques, Chico Rocha e Bezerra de Menezes”, recorda Farias. Farias sobre a inauguração: “me senti grande como meus ídolos, Jorge Cury e Fiori Gigliotti, eram narrando naqueles estádios enormes” Momentos marcantes que o tempo não consegue apagar. A maior praça esportiva do Estado viveu momentos de muita emoção. Por seu gramado, desfilaram diversos craques do futebol brasileiro. Suas arquibancadas tremeram com a euforia dos torcedores após os gols de seus times de coração. Foi palco também de shows musicais grandiosos como o de Paul McCartney, neste ano, por exemplo. Contudo, na opinião do colunista do Diário do Nordeste e apresentador do programa Debate Bola, na TV Diário, Tom Barros, o evento mais marcante dessas quatro décadas do gigante de concreto foi a visita do papa João Paulo II, em 1980. Ilo Santiago Jr, Diário do Nordeste, 10.11.2013

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Leituras V

Converse na rua, Casa é sacrário

Por João Soares Neto (*) ``Os tempos são três: presente do passado, presente do presente e presente do futuro. Esses três tempos estão na minha alma e não os vejo em outro lugar. O presente do passado é a memória; o presente do presente, a percepção imediata; o presente do futuro, a espera”. Santo Agostinho Os tempos são outros. Sou do século passado. Isso é bom ou mal? Depende. Posso falar dos erros cometidos sem medo. Crédulo, confiei em gente pela aparência. Confiei no fio do bigode e descobri que havia sido raspado. Confiei em pessoas de palavras fáceis, papos firmes e amigos recentes de infância. Não deu certo. Considerei que casais de mãos dadas em público possam demonstrar que o varão é boa gente. Quase nunca o é. Aparências são quase sempre enganosas. Irmãos diferem. Gente que, por qual razão, faz festas em suas casas está, no mínimo, correndo risco. Casa é lugar sagrado, não é “show room”. Só deve entrar quem for achegado. Isso deve começar com os amigos dos filhos. É bom saber quem são eles. Nada de moralismo, apenas precaução, neste mundo em que quase todos são estrelas no Face book. Não viva de aparências. Seja você, tal como se sente confortável, não finja para agradar. Pode até dar festas, se o dinheiro comportar. Entretanto, só convide os que iriam – ou irão – visitá-lo se estivesse com problema ou doente. Não misture amizade com interesses. Quase nunca acaba bem. Informe-se o mais que puder, antes de tomar uma decisão de compadrio. Os que pedem ajuda, passada a dificuldade, esquecem o fato ou desaparecem. Um amigo disse-me algo assim: abriguei duas pessoas mais velhas a precisar de pouso. Expus-me, de graça. Uma das duas agradeceu-me, de leve. A outra fazia de conta que não me via. Pois é. (...) Assim, não se encante fácil, aprenda a ver sinais e diferenças. Seja cuidadoso e não se exponha de graça. Fique na sua. Não queira ser o centro de atenções, fique no cerne da sua razão. Imagine que a razão é uma espécie de parafuso que falta à emoção. Os intuitivos ou os apressados, mais que os racionais, levam bordoadas. Durma com a intuição, acorde com a razão. Lembrete: amanhã será o Dia da Criança. Faça-se criança por um dia. Entranhe-se, converse com os pequenos de forma simples e agradável. Você já foi um deles. Brinque com eles, não há perigo. Pense, faça e sorria. Criança, ontem e hoje Sou o mais velho de nove irmãos. Escadinha. Primeiro, vieram três meninos. Depois, quatro meninas. Fim de rama, mais dois meninos. Mesa grande na sala de jantar, camas “patente” nos quartos. Dinheiro contado. Uma antiga empregada fixa. As tias solteiras ajudavam a Margarida, a mãe, hoje, aos 94, ainda dando carão em todos. Aos cinco anos, o meu pai, uma tia, eu e outro irmão, tivemos paratifo. As águas, de poço instantâneo e fossas-sumidouro. A penicilina nos salvou. Fortaleza quase não tinha rede de abastecimento de água e esgoto. Brincávamos com bilas, arraias, bola, velocípede, baladeiras, carrinhos com rolamentos usados, varas de pescar, bonecas de pano e raras de plástico. Aulas de reforço com a tia Julinha. Um velho piano Pleyel na sala e nenhum virou Jacques Klein. Ao acordar: banho, abacatada ou bananada, café-com-leite, pão com manteiga. Levávamos merenda para os colégios e nada de mesada. Ao mais velho cumprir dar exemplo. Íamos às missas, ao futebol no PV, aos circos, às feiras e a cinemas no centro; uma casa de pescador, comprada na não ainda avenida beira mar, servia para as férias. E aí veio a TV com o seu desmundo. Escapamos. Nenhum se destrambelhou. Defeitos, temos vários. Somos pais-avós, mundo afora. Ontem, Dia da Criança, alvitrei: que tal cada um, a seu tempo e modo, observar como e porque florescem falsos – ou reais – enigmas e vontades em parte das crianças de hoje em eternas comparações com as outras, independente das suas classes sociais? (*) João Soares Neto, escritor

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Especialistas confirmam avaliação de Ziulkoski sobre o prazo para erradicar lixões

Desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, tem alertado: cumprir os prazos estabelecidos é um desafio quase que impossível. A constatação feita pelo líder municipalista foi novamente confirmada. Dessa vez, os palestrantes da 4.ª Conferência Nacional de Meio Ambiente afirmaram que o prazo – até agosto de 2014 – para erradicar os 3 mil lixões do país é muito curto. A Conferência ocorrida entre os dias 24 e 27 de outubro, em Brasília, colocou em debate as determinações da Lei 12.305/ 2010, em especial a obrigatoriedade da substituição de lixões por aterros sanitários. Pela lei, depois do ano que vem, o Brasil não poderá mais ter lixões. No entanto, pelo cenário atual, ao vencer o prazo, diversos Municípios ficarão impedidos de receber recursos federais para aplicar no setor. Já que o Plano é critério básico de acesso à verba. Outra realidade mostrada por Ziulkoski nos últimos três anos, confirmada pelos conferencistas, é de que

os pequenos Municípios ¬¬¬– aqueles com menos de 10 mil habitantes – não têm recursos financeiros, nem equipe técnica qualificada para elaborar planos de gestão de resíduos sólidos ou para construir e manter aterros sanitários. Os especialistas apontaram o consórcio entre Municípios na implantação de aterros sanitários, como saída para diminuir os custos. Wilson Dias/ABrSequência O secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo (SP), João Ricardo Caetano, disse alertou para o fato de não só acabar com os lixões, mas também para a sequência de tratar o passivo ambiental gerado pela disposição inadequada de resíduos ao longo dos anos. “Temos quase 3 mil lixões espalhados em 2.800 cidades. A legislação aponta a eliminação dos lixões até 2014, e isso é um problema. Houve algum problema entre a lei e a política pública que não tem sido muito eficiente no sentido de oferecer recursos e assistência técnica para grande parte das prefeituras do país para que pudessem erradicar os lixões”, ressaltou Caetano.

Apenas 9,7% dos médicos seguirão para a segunda fase do Revalida Em 2011, quando o Revalida foi oficializado no País, o percentual de médicos aprovados na primeira fase do exame foi de 14,2%. No ano seguinte, registrou 12,5% Do total de 1.595 médicos formados no Exterior que se submeteram no Brasil ao Exame Nacional de Revalidação de Diploma (Revalida) neste ano, apenas 155, ou 9,7%, seguirão para a segunda etapa da prova. Esse é o menor percentual já registrado nessa fase do teste. Em 2011, quando o Revalida foi oficializado, o percentual de aprovados na primeira fase foi de 14,2%. No ano seguinte, registrou 12,5%. Composta por 110 questões objetivas e cinco discursivas, essa é a fase que elimina a maior parte dos inscritos. O exame é utilizado hoje por 37 universidades públicas para a revalidação do diploma de Medicina. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame, adiou em Brasília, por duas vezes, a divulgação do resultado. Inicialmente previsto para 11 de setembro, a lista de aprovados foi protelada para 26

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de setembro e, em seguida, para ontem. Integrantes do Governo chegaram a vincular o atraso à tramitação, no Congresso Nacional, da medida provisória (MP) que criou o Programa Mais Médicos. Um resultado negativo no exame, avaliaram, poderia tumultuar o debate no Poder Legislativo. Uma das principais polêmicas do programa federal, que visa aumentar a presença de médicos no Interior e em periferias de capitais, é a permissão para que médicos formados no Exterior atuem no Brasil sem revalidar o diploma. O Inep nega haver relação entre o adiamento da divulgação do resultado e o Mais Médicos. O instituto afirma que o motivo foi o volume de inscritos nesta edição: houve um aumento de 75,5% em comparação ao número de participantes no ano passado. Os 155 médicos aprovados na primeira etapa passarão ainda por nova fase do exame. No final de novembro, eles responderão a prova prática em Brasília e só então o resultado final será divulgado. No ano passado, do total de 884 candidatos que cumpriram o teste, só 8,7% puderam revalidar o diploma. Em 2011, o percentual foi de 9,6%.

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Perfil de um docente decente

(*) Jarbas Junior Ele atravessava a praça, carregado de livros, óculos de grau no rosto grave de sábio erudito, seguia para o Liceu do Ceará, Eu parava para admirar a sua imagem de professor catedrático, sua autoridade pessoal aureolada de magnetismo simpático cativante. Todos por quem ele passava, saudavam-no respeitosos, jovens e velhos. A reputação mais venerável da cidade. O mestre, como foi apelidado. Sempre gentil e atencioso. Fico imaginando as gerações de cearenses ilustres e bem-sucedidos que aprenderam nas suas aulas o saber dos livros e da vida, a beleza de ser bom e honesto, o apego consciente e lúcido ao idioma pátrio. Ele lecionava português para o antigo curso colegial. Uma vez presente na sala de aula, o silêncio reinava. Sua maneira de explicar a matéria nos encantava, sua voz seduzia mais do que a flauta mágica, inquietos e palradores, nosso comportamento mudava, pleno de atenção e interesse. Não sei de exemplo melhor para comentar o caráter de um homem de bem. Aparentado com Farias Brito, culto, distinto e digno. Aparecia na Praça do Ferreira para discutir futebol, porque o herói também era humano, Logo o assunto ganhava uma nota de empolgação inconfundível. Espírito democrático gostava do povo, de sentir e comungar suas paixões e necessidades. Amigo de Jader de Carvalho, Arthur Eduardo Benevides, José Alcides Pinto; de muitos ex-alunos engenheiros, médicos, políticos importantes. Eis uma personalidade de cearense autêntico, de cabeça e índole, pois quando um não se destaca próspero e empreendedor no meio empresarial, torna-se de repente intelecto privilegiado de doutor, em qualquer ramo do conhecimento, ou de sumidade no campo das letras e humanidades. Ele preferiu ser professor, esteio moral da educação brasileira, o impressionante lente José de Carvalho!

Rachel de Queiroz e uma história original Ouvi a história no sítio Não me Deixes, propriedade de Rachel de Queiroz. Era um final de tarde resplandecente sobre as pedras de Quixadá, na região, talvez, mais árida do Ceará. Acomodados no alpendre do lírico árcade pequeno latifúndio, contexto que me fez lembrar ou evocar a bucólica chácara do poeta Virgílio daquela imortal Roma antiga. As tertúlias que ele promovia para falar de literatura e beber vinho. No nosso caso, café com bolo e tapioca. Rachel da sua rede branca rendada, apoiada por dois travesseiros de algodão, contava: - Aconteceu com o meu compadre Graciliano Ramos. Ele foi nomeado diretor da instrução pública do glorioso estado das Alagoas. Tomando posse no cargo de alta responsabilidade em Maceió. Sua primeira ação administrativa, no dia seguinte, foi despachar memorando para todos os munícipios do estado, solicitando a imediata e sumária demissão de toda e qualquer professora de alfabetização iletrada. Paradoxo? Supõem vocês! Rimos bastante do fato. Não foi radicalismo do Velho Graça, mas lúcida consciência cívica coerente. - Como reagiram os prefeitos? Pergunto empolgado, já imaginando o desfecho surpreendente. Rachel sorri deliciada. Era a narrativa de um conto tirado da vida real. Ela logo responde com ironia melíflua: - A reação dos doutores coronéis de lisura ilibada no comando de suas prefeituras, deu-se mediante ofício de repúdio tácito e rápido! Encaminharam ao gabinete do governador também carta de denúncia, ação cautelar certamente. Ela ri, bicando um pouco de café. Florinda, prima sobrinha da escritora e amiga íntima e colega minha na Faculdade de Letras da UFC (*) Jarbas Junior (Fortaleza) escritor

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Voo para longe. Os cearenses do futebol brilham fora do Ceará

Foto: Photocamera

Leituras VI

Atletas cearenses brilham em gramados brasileiros e do exterior exibindo o talento não reconhecido em casa No momento em que essa matéria estava sendo escrita, muito provavelmente um jogador cearense estava fazendo as malas, levado por algum empresário ou olheiro. Dentro da lei, é bem verdade. O destino: algum grande clube do Brasil ou do mundo. Gegê partiu ainda cedo para o Rio de Janeiro, onde brilharia no Botafogo Foto: Futura Press A rapidez com que ocorrem as transferências de atletas ´cabeça chata´ ocorre na razão inversa da lentidão com que são descobertos por dirigentes locais, mais ávidos por importações de jogadores do que pela garimpagem de valores da nossa terra. Esse panorama faz com que surjam na boca dos torcedores frases do tipo: “esse jogador aí é cearense? Como nunca ouvimos falar dele por aqui?”. Pode ocorrer de o atleta ir muito cedo para o Sul do País, mas, na maioria das vezes, eles vão exatamente porque não têm o que fazer aqui. Nem quem olhe para eles. Com certeza, os torcedores cearenses não conhecem a fundo a história de jogadores como Gegê, meia-atacante do Botafogo; Eduardo, meia-esquerda do elenco profissional do Fluminense e o seu colega, também cearense, Íkaro Mychel, do Sub-20 do tricolor carioca. O artilheiro da Série A, Ederson, do Atlético/PR, é um nome que aparece como uma exceção à regra, pois é mais conhecido que os outros. E o que dizer do lateral Everton, revelação da base do Maranguape e do Ferroviário, e do seu colega, o também lateral Ceará, ambos do

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atual líder da Série A, Cruzeiro? Há também o meia Everton, vendido pelo Fortaleza para o Grêmio como moeda de troca. Raphael Stard, um garoto com duas convocações para a Seleção Brasileira Sub-15 é outro. Sem esquecer também de Ari, do Kasnodar da Rússia, e dos irmãos, filhos do lateral Caetano, Ronny (Hertha Berlim) e Raffael (Borussia M´gladbach), ambos no futebol alemão. Em comum Todos eles têm em comum o sangue cearense correndo em suas veias e a tiveram também alguém que lhes desse uma boa oportunidade na vida. Meia Eduardo, hoje no Fluminense, é um dos muitos atletas cearenses que não encontraram seu devido espaço no futebol local. Faz parte do grupo dos que saíram cedo, o meia-atacante Gegê, destaque do Botafogo aos 19 anos. A história de Geirton Marques Aires é emocionante. Seus pais, Seu João Batista e dona Luiza, eram agricultores da região mais humilde de Mombaça. Partiram com Gegê quando ele tinha apenas um ano e seis meses para o Rio de Janeiro. O menino, com sua paixão por bola, começou a jogar na rua, na Baixada Fluminense, quando foi visto por um empresário, de nome Cláudio, que passava pelo local. Esse empresário o levou para o Madureira, onde ele passou três anos, partindo em seguida para General Severiano. “Sou cearense, mas me criei aqui no Rio”, disse Gegê, já com sotaque carioca, mas sem esquecer suas origens. “Depois de ir para o Madureira, me levaram para o Botafogo. Eu nem imaginava que fossem ocorrer todas essas coisas na minha vida. É coisa de Deus”, diz Gegê. “Estou vivendo um momento mágico na minha vida desde que cheguei aqui em São João do Meriti, na Baixada Fluminense. Não esqueci Mombaça e já retornei lá quando tinha 12 anos. Quero abraçar todos os meus parentes de lá”, completou. Ivan Bezerra, Repórter

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Foto: Marcos Moura

Sessão solene em homenagem aos 45 anos de fundação da Universidade Vale do Acaraú (Uva). Os 45 anos de fundação da Universidade Vale do Acaraú (UVA) foram homenageados em 29.10 pela Assembleia Legislativa do Ceará no Plenário 13 de Maio. Responsável pela solenidade, o presidente da Comissão de Educação da Casa, deputado Professor Teodoro (PSD), que já foi reitor da universidade, lembrou a importância da instituição para o desenvolvimento da região. Agradecendo a homenagem, a reitora da UVA, Maria Palmira Soares de Mesquita, afirmou que a Uva tornou Sobral uma cidade universitária e contribuiu bastante para o crescimento das outras cidades em que atua. “A UVA formou cidadãos. Hoje agradecemos a todos que contribuíram para essa nossa história de sucesso. Temos muito orgulho da nossa sede em Sobral e dos nossos outros núcleos”, declarou ela. Receberam placas comemorativas o ouvidor da UVA, Gabriel Assis Araújo Vasconcelos; o professor João Edison de Andrade; o professor e advogado Luciano de Arruda Coelho; o professor e padre Manoel Valdery da Rocha; o professor aposentado Pedro Ribeiro da Silva; o ex-reitor da Uva, professor Antônio Colaço Martins; o monsenhor Francisco Sadoc de Araújo; o bispo diocesano de Sobral, Dom Odelir José Magri; a reitora da UVA, Maria Palmira Soares de Mesquita e o deputado Federal padre José Linhares Ponte (PP-CE).

HRN de Sobral realiza cirurgias em pacientes vindos da Capital

Mário Parente e Edna Martins empossados no TJCE

O Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, realizou em 24/10 as primeiras cirurgias de alta complexidade da história do Ceará em pacientes vindos da Capital para hospital público no Interior. Foram feitas cirurgias neurológicas em quatro pacientes, regulados pela Central de Regulação. Dois pacientes estavam internados no Hospital Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, de aneurismas cerebrais, um paciente de Santana do Acaraú e o outro de Camocim, ambos com má formação na artéria venosa. Os quatro pacientes passam bem e estão em recuperação. 

A realização das cirurgias só foi possível pela capacidade de assistência do HRN, desde a qualificação dos profissionais, estrutura de UTI e tecnologia de ponta. As cirurgias foram, conforme destaca o diretor do hospital, Julimar Menezes, “minimamente invasivas, através da introdução de um pequeno aparelho na virilha dos pacientes até a cabeça devido a sofisticação da tecnologia e equipamentos utilizados”.

 Entusiasmado com o feito histórico da realização das primeiras cirurgias em pacientes encaminhados da Capital para o Interior, ele informa que já estão agendadas para a próxima quinta-feira (31) novas cirurgias. “Não importa de onde o paciente venha. O que o Governo do Estado quer é diminuir o sofrimento de quem espera cirurgia, quem espera atendimento”, disse.

 No Hospital Regional Norte, construído pelo Governo do Estado, tem 382 leitos. Só de UTI, funcionam 10 leitos para adultos, 10 pediátricos, 10 neonatais, além dos 30 berçários de médio risco.

Foto: José Leomar

Assembleia Legislativa do CE celebra os 45 anos da UVA

O Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) empossou os juízes Mário Parente Teófilo Neto e Maria Edna Martins no cargo de desembargador. Mário Parente Teófilo Neto, titular da 10ª Unidade do Juizado Especial Cível e Criminal (JECC) de Fortaleza, foi eleito pelo critério de merecimento, obtendo 86,53 votos. O magistrado assumirá a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador João Byron de Figueiredo Frota. Maria Edna Martins, titular da 6ª Vara de Família da Capital, já atuando como desembargadora convocada desde o dia 26 de agosto deste ano, foi eleita, por aclamação, pelo critério de antiguidade. A magistrada assumirá o cargo em virtude da aposentadoria do desembargador Manoel Cefas Fonteles Tomaz, Mário Parente Teófilo Neto - Nasceu em Fortaleza em 4 de abril de 1965. É filho de Francisco Walter Leite Teófilo e Maria Aparecida Carvalho Teófilo, e casado com Maria Irles Antero Braga Teófilo. Foi nomeado juiz substituto dia 27 de março de 1992, assumindo no dia 1º de abril do mesmo ano a titularidade da Vara Única da Comarca de Ubajara, distante 329 km de Fortaleza. Em maio de 1993, foi promovido, pelo critério de merecimento, para Juiz Zonal da Comarca de Crateús. Maria Edna Martins - Nasceu em Fortaleza no dia 17 de fevereiro de 1956. É filha de Francisco José Martins e Zilma Landim Martins. Ingressou na magistratura em 25 de junho de 1984 como juíza substituta da Vara Única da Comarca de Guaraciaba do Norte.

mkt.nacionalgás

Energia que faz parte da nossa vida.

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R$ 26 milhões para obras do Cine São Luiz, Theatro José de Alencar e Pinacoteca

O Governo do Estado destinará cerca de R$ 26 milhões para a realização de obras em três importantes equipamentos culturais ligados à Secretaria de Cultura (Secult): o restauro do Cine São Luiz, a reforma do Theatro José de Alencar e a abertura da Pinacoteca do Ceará. As obras, que devem ser concluídas até o fim de 2014, tiveram recursos assegurados pelo governador Cid Gomes, na última reunião do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP). Ao todo, foi autorizada a liberação de R$ 30,1 milhões para a Secult, montante inédito para a Secretaria. Desses recursos, a restauração do histórico Cine São Luiz contará com R$ 17.981.975,28. A conservação e a recuperação do TJA serão contempladas com R$ 2.338.198,83. As obras para a instalação da Pinacoteca contarão com R$ 5.596.423,00. O investimento total para as três obras chega a R$ 25.916.597,11. Além dos recursos para as obras, foram autorizados pelo Governo do Estado investimentos para a execução de projetos dos editais culturais de programação permanente do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (R$ 1.308.280,00), projetos de demanda espontânea apresentados à Secult (R$ 1.677,165,00), Edital Ceará Natal de Luz (R$ 655.111,00) e para a realização da Feira da Palavra em Cabo Verde (R$ 590.940,00), todos ainda para 2013. Dos R$ 30,1 milhões liberados, R$ 27,8 milhões são provenientes do Tesouro Estadual e R$ 2,3 milhões do Fundo Estadual de Cultura. A melhoria das condições de utilização dos equipamentos culturais do Estado é uma das prioridades definidas pelo novo secretário estadual da Cultura, Paulo Mamede. “Nosso objetivo é garantir que as políticas públicas do Estado para a cultura possam ter funcionamento, na prática e no dia a dia, de forma democratizada, acessível a todos os interessados, em condições justas e igualitárias, priorizando o interesse da sociedade. O cidadão tem direito a exercer a sua cidadania cultural e deve ser sempre o principal beneficiado”, destaca o secretário. “Para isso, é essencial que os equipamentos da Secretaria estejam em boas condições e tenham programação de qualidade. Os novos recursos assegurados pelo Governo do Estado são fundamentais para que possamos cumprir o compromisso de ter um equipamento histórico, como o Cine São Luiz, devolvido à sociedade, para que o público possa também contar com o Theatro José de Alencar com melhorias importantes e para que tenhamos a nossa Pinacoteca”, acrescenta Paulo Mamede. Conservação e recuperação do TJA As obras no Theatro José de Alencar compreendem recuperação e pintura geral da edificação - alvenaria, estruturas de fer-

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ro, pisos, portas e janelas -, além da requalificação do jardim e do sistema de prevenção de incêndio, hoje praticamente inativo. “As intervenções previstas são de extrema importância para a estrutura física da edificação tombada que, devido à ausência de um plano de manutenção sistemático nos últimos 24 anos, sofreu desgastes significativos”, aponta a diretora administrativa do teatro, Silêda Franklin. Restauração do Cine São Luiz Com as obras de restauração do elegante Cine São Luiz, equipamento cultural tombado pelo Governo do Estado em 1991, a Secult busca recolocar o equipamento em uso pela população, preservando a estrutura arquitetônica do prédio e dotando o espaço de mais conforto para o público e os artistas e qualidade para a exibição de filmes e apresentação de outras expressões de arte. Com a restauração do Cine São Luiz, o palco será melhor aproveitado, uma vez que o espaço por trás da tela de cinema estava subutilizado e servirá para receber espetáculos de teatro, canto e dança. “Além do cinema, outras linguagens artísticas poderão utilizar melhor o Cine São Luiz”, destaca Otávio Menezes, da Coordenadoria do Patrimônio Histórico e Cultural (Copahc) As obras incluem melhorias nos sistemas de iluminação, acústica e projeção, além da recuperação de poltronas, piso e revestimentos. O processo licitatório já foi encerrado. O prazo previsto de execução dos serviços é de seis meses, a partir da assinatura da Ordem de Serviço. O contrato com a empresa vencedora da licitação está, no momento, sob análise do Departamento Jurídico da Secult. Pinacoteca do Ceará Os sete galpões da antiga Rede Ferroviária Federal S/A (Rffsa), localizados na Praça da Estação, no Centro de Fortaleza, estão em fase avançada de desocupação para abrigar a Pinacoteca do Estado do Ceará. As obras incluem adaptações para refazer as fachadas originais do prédio, construídas em 1926, resgatando formato e cores, além da construção de uma oficina multifuncional e de seis ateliês livres. A oficina multifuncional será equipada para oferecer o suporte necessário em marcenaria, serralheria, pintura, elétrica e hidráulica aos curadores e expositores. Com a estrutura disponível, os artistas e responsáveis por exposições poderão desenvolver trabalhos na própria oficina multifuncional. A pinacoteca também contará com seis ateliês livres, para receber residências artísticas, e um espaço para a reserva técnica dotado das condições ideais para segurança e acondicionamento das obras pertencentes ao acervo que não estiverem expostas.

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Em velha trova do tempo. Trinta dias tem setembro. Abril, junho, novembro...

Regina Stella (*) Chegamos ao fim de mais uma etapa desta jornada que nos foi dado palmilhar, não por merecimento, pobres de nós, limitados e falhos, mas por um privilégio cuja razão desconhecemos. Muitos contavam, como certo, romper a alvorada deste Ano-Menino, brindar com os mais queridos o início do novo trajeto. No entanto, apanhados de surpresa, nem sequer tiveram tempo de contabilizar os sonhos e projetos, interrompidos peremptoriamente, que não lhes restou a possibilidade de apelar, e recorrendo, expor as razões de permanecer neste Planeta Azul onde um dia chegaram, como nós, imbuídos do desejo de felicidade e de encher as mãos de farta colheita. Quanto a nós, por determinação, por acaso, que sabemos destas questões transcendentes, ainda ficamos, e nos despedimos do Ano – Velho com os olhos marejados, tanta a emoção, pelos momentos marcantes, e pela expectativa dos novos tempos a caminho. Talvez aí o motivo de, nos primeiros instantes do Ano Novo se chorar e rir, se brindar entre abraços e beijos, ninguém sabe ao certo, e nem confessa, o encontro ou a despedida. Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) . Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte - 70772-520 - Tel. (61) 3274-7805. Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) - SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque - 70200-002 Tel. 3224-5585 Brasília Shoping SCN Qd 05 BL.A, 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: Jopé Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (Sáo Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras).SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel. 61. 3443.5000 Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de

Para ajustar as conveniências do homem aos fenômenos naturais, facilitar-lhe o quotidiano e o relacionamento, pura convenção, foi criado o calendário. Levando em conta a velha obsessão da Terra de girar em volta do Astro-rei, o ano ganhou 365 dias. Nessa interminável ciranda, rodopiando em torno de si mesma, e se mostrando inteira ao sol, se alternam os dias e as noites, um dia de vinte e quatro horas. Iluminada, colorida, se expõe a Terra aos olhos dos mortais, da alvorada ao entardecer, para entrar depois, lentamente, na penumbra e no anoitecer, num jogo de sombra e luz que exalta o homem e inspira os poetas a cantar e dizer versos. Houve uma época em que se compunha de dez meses o calendário, e o ano começava em março, início da primavera. Acrescentaram-lhe janeiro e fevereiro. E hoje, é assim a Trova do tempo: “Trinta dias tem Setembro, Abril, junho, novembro, Vinte e oito só tem um, Os outros têm trinta e um” Indivisível o tempo, contudo parcelado por mera convenção, mudaram os meses, se alargaram os anos, as medidas subme-

Os Cearenses na Cozinha de Brasília Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) - SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 - AsaSul - Tel. 3242-4005 Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) - SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul - Tel. 3244-1717. Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília). Fred SCLS 405 Bloco “B” Loja 10 – Asa Sul/ 3443 1450. Gero Gerente Celio Freitas (Hidrolândia) - SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi - Tel. 3577-5522 / 8110-0209. Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) - SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21 Tel. 3223-7700. Carneiro e Picanha Maitre Zequiha Boto Ordonez (Reriutaba) cozinheiro, Francisco das Chagas (Sobral), garçon, William Chaves (Pedra Branca) - SCLN 216 bloco “D”, lojas 34/46 - Asa Norte - Tel. 3340-9900. Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, Raimundo Cavalcante (Sobral). Gerente Edu-

tidas à vontade dos que tinham o poder de ordenar. Mas a vida permanece igual, fugaz, transitória. Ilimitado o tempo, sem fronteiras, contudo para o homem, relativo, é ele feito de passado, de presente e de futuro. Debruça-se no passado, entedia-se no presente e projeta-se no futuro, invertendo a ordem dos valores! O passado não existe, é tempo que se perdeu!Vivo, tão só na memória e no pensamento. Ninguém sabe aonde se aquietou e em que lugar o ontem se escondeu. O futuro também não existe, é tempo ainda por vir, e ninguém sabe onde está, e nem tão pouco se virá! Resta-nos apenas o presente, real, em cada dia, em cada hora, a cada instante. No presente você ama, você sofre, você realiza. ´E este instante, fugaz e transitório, o seu tempo, o meu tempo, que se escoa, que flui, e, acelerado, parte.É neste já, e neste agora que borbulha a vida, que você pode colher a flor, que eu posso cantar meu verso! No começo deste novo caminho, de emoção e expectativa, façamos um trato, eu e você. Pelo privilégio do instante, ao Presente, todo o empenho, o melhor de nós, sem esperar pelo depois. Colhamos agora, desde já, colhamos as rosas da vida. (*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora ardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferrreira (Granja) - 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61) 3274-6363. Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) - SCLS 206, Bloco “C”, loja 36 – Asa Sul / 3244-9795. Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14, Lago Norte Tel. 2194-7641 Em frente a loja do Pão de Açucar. Casa do Ceará SGAN 909/910 Dona Graça Maitre – Carlos Angelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa15 Vila PlanaltoTel 3032 106270804-270. Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) - Sobreloja do Garvey Palace Hotel - Tel. 3328-4265. Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) - EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567-8217.

Orgasmo feminino tem efeito terapêutico, sugere pesquisador

O orgasmo feminino pode ter um efeito terapêutico. Quem diz é o psicólogo americano Barry Komisaruk, professor da Universidade Rutgers, de Nova Jersey, que já passou 30 de seus 72 anos investigando os benefícios do prazer sexual no bem-estar das mulheres. Seu último estudo demonstra que o clímax estimula todas as princípais áreas do cérebro e tenta encontrar possíveis usos terapêuticos do estímulo vaginal. No atual estágio, os estudos de Komisaruk estão concentrados em verificar se o prazer sexual pode ajudar no tratamento de pacientes com ansiedade, depressão ou dependências. Durante sua pesquisa, Komisaruk colocou suas pacientes em câmaras de ressonância magnética com a recomendação de estimular suas partes íntimas até alcançar o orgasmo. O monitoramento cerebral desse processo o levou a algumas conclusões interessantes, que Komisaruk compartilhou nesta entrevista telefônica com a BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. BBC - O que acontece no cérebro de uma mulher durante um orgasmo? Barry Komisaruk - Há um enorme aumento da atividade. O que averiguamos é que durante o orgasmo há um aumento impressionante do fluxo de sangue e de oxigênio na cabeça,

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ambos nutrientes muito benéficos para o cérebro. BBC - Como é sua análise do cérebro? Komisaruk - Monitoramos sua atividade durante o clímax e observamos quais zonas são ativadas quando a mulher tem um orgasmo. Já vimos que seus efeitos benéficos chegam a todos os sistemas principais do cérebro. Eu me refiro ao sistema sensorial, ao sistema de coordenação motora, etc. BBC - Seu estudo menciona que conhecer os efeitos do orgasmo na nossa cabeça pode ajudar a superar a depressão, a ansiedade ou o vício. Como? Komisaruk - É precisamente isso que queremos comprovar. Para isso, permitimos que a paciente veja a própria análise de seu cérebro ao vivo. Estamos no processo de averiguar se visualizar os processos de nossa mente ajuda a controlá-la. Há uma zona chamada núcleo accumbens que é a área do prazer. Essa área é ativada pela nicotina, pelo chocolate, pela cocaína e também pelos orgasmos. A minha pergunta é: podemos ensinar a nós mesmos como aumentar conscientemente a atividade nesse núcleo observando seu funcionamento? Que

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efeito teria isso em pacientes com depressão ou ansiedade? BBC - Quão conhecidos são os efeitos do orgasmo na saúde? Komisaruk - Praticamente não há estudos. Este é o primeiro que se faz sobre suas consequências sobre o cérebro. O que já se estudou é o resultado do orgasmo no coração da mulher e também os benefícios do orgasmo masculino para evitar o câncer de próstata. Comprovou-se que as mulheres que tinham mais orgasmos gozavam de uma melhor saúde cardíaca. O estudo em homens mostrou que os que tinham menos orgasmos não haviam liberado substâncias tóxicas que estavam acumuladas na próstata pela ausência de ejaculação. Esse fator os faz mais propensos ao câncer. BBC - Quando acredita que seu conhecimento sobre o cérebro será suficiente para oficializar uma prescrição médica de orgasmos? Komisaruk - Eu já recomendo. Mas para conseguir que isso seja feito de maneira regular são necessárias mais pesquisas. Dependerá das descobertas que façamos no futuro. Segundo Kmoisaruk, orgasmos estimulam mesmas áreas do cérebro que chocolate ou cocaína. Com BBC Brasil

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Leituras VII

Humor Negro e Branco Humor Transar com a esposa após 25 anos de casado é Trabalho ou Prazer?

Um Presidente de uma determinada empresa, casado há 25 anos (com a mesma mulher), está na maior dúvida: se transar com a mulher, depois de tanto tempo de casamento, é trabalho ou prazer. Na dúvida, ligou pro Diretor Geral e perguntou-lhe o que ele achava. O Diretor ligou pro Vice-Diretor e fez a mesma pergunta. O Vice-Diretor ligou pro Gerente Geral e fez a mesma pergunta. E assim seguiu-se a corrente de ligações até que a pergunta chegou ao Setor Jurídico e o Advogado Chefe perguntou como de praxe, pro Estagiário que estava todo afobado fazendo mil coisas ao mesmo tempo: - Rapaz, você tem um minuto pra responder. Quando o Presidente da empresa transa com a mulher dele, é trabalho ou prazer? fr - É prazer, Doutor! - respondeu o Estagiário prontamente e com segurança. - Ué? Como é que você pode responder isso com tanta segurança e certeza? - É que... Se fosse trabalho, já tinham mandado eu fazer! Excelente Resposta. Foi promovido! Frases que duvidamos que sejam da autoria dos personagens citados, conforme circulam no “Webspace”: Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão. (Bezerra da Silva, de porre, na Câmara dos Deputados, em Brasilia. Em Brasília, o clima é seco, os ladrões são lisos e os lobistas molham a mão dos políticos. (Eduardo Cunha Dirceu da Silva, pintor minimalista) Ninguem vai a Brasilia para rezar, contar piada ou jogar buraco. Vai para roubar. (Frei Paulo, ex-interno na CGU) Em Brasilia, até as galinhas voam pela FAB. Uma fez 34 viagens ao exterior na 1ª. classe,do lado do brigadeiro, e não foi notada. (Coronel Fuel, da Cia de Controle do Trafego Aereo) Fumo maconha, mas não trago. Quem traga é um amigo meu! (Marcelo Anthony) Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros! (Roberto Justus) Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que sempre tem razão! (Galvão Bueno) Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança ! (Zeca Pagodinho) Mulher gorda é que nem Ferrari: quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo ! (Reginaldo Leme) Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você! (Antônio Palocci) Se homossexualismo fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo! (Gilberto Braga) Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário ! (Bill Gates) Casamento começa em motel e termina em pensão ! (Romário) Seja legal com seus filhos. Serão eles que irão escolher seu asilo ! (Itamar Franco) Antigamente, o homossexualismo era proibido no Brasil. Depois, passou a ser tolerado. Hoje é aceito como coisa normal ... Eu vou-me embora antes que se torne obrigatório! (Arnaldo Jabor)

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Biografias

Lira Neto: Essa questão não diz respeito apenas aos biógrafos

Lira Neto, autor de biografias de Getúlio Vargas e Padre Cícero, fala de seu processo de produção e se opõe ao artigo 20 do Código Civil

Primeiramente, gostaria de saber como você escolhe os seus biografados. A escolha é sua, ou seja, projeto pessoal ou em algum momento a editora já chegou a sugerir o nome? Os temas de todos os meus livros foram escolhas minhas. Escolho meus biografados pelo faro de jornalista, seguindo alguns critérios básicos. O principal critério é o potencial de controvérsia que os biografáveis exerceram durante sua existência - e que continuam a exercer após a morte, já que nunca pretendi biografar vivos. Já disse, por mais de uma vez, que me sinto atraído por biografar personagens que despertaram amores e ódios extremos, isto é, que tenham sido indivíduos ambivalentes, contraditórios. O autor reforça sua declaração de que não escreverá mais biografias se a Justiça decidir pela regra da autorização prévia e do pagamento de royalties Quais as etapas que você segue até chegar à obra pronta? Viagens, documentação... Há muitos custos? Quanto tempo leva cada etapa? Uma vez decidido o personagem, estabeleço um intenso roteiro de leitura, para conhecer tudo aquilo que de relevante já exista publicado a respeito dele. Isso, em geral, significa adicionar algumas boas prateleiras de livros à minha biblioteca. No caso de Getúlio, especificamente, foram cerca de cinco estantes inteiras. Há um investimento inicial pesado nisso, é claro. Depois que este material é lido e fichado, parto então para a pesquisa em fontes primárias: correspondências, diários, jornais de época, entrevistas e depoimentos, documentos judiciais, arquivos diplomáticos etc. É preciso gastar sola de sapato, levantar o traseiro da cadeira, ir para a rua. Peguemos novamente o exemplo da biografia de Getúlio. Consultei acervos públicos e privados em um total de 26 instituições, tanto no Brasil como em outros países, a exemplo dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itália, Argentina e Uruguai. Por isso, é impossível escrever uma boa biografia com menos de dois, três anos de trabalho, em regime de dedicação exclusiva. O projeto de biografar Getúlio, ao final, me terá custado seis anos de esforço, entre redação e pesquisa. O que você acha da interferência das famílias dos biografados? Isso pode interferir no processo de criação do autor? Jamais aceitaria que a família de um biografado interferisse na produção e no resultado final de meu trabalho. Sou essencialmente um repórter. As biografias que escrevi são livros-reportagem. É inimaginável, para um repórter, submeter os rumos de sua investigação aos caprichos e pruridos de determinada fonte. Você submeteria o texto de uma reportagem à família do entrevistado? Claro que não. Dentre as polêmicas, existe um grupo que defende que as famílias tenham direito também aos royalties, ou seja, retorno financeiro das vendas. Qual a sua opinião? Aqueles que pregam a necessidade do pagamento de royalties aos biografados ou às famílias deles escancaram suas verdadeiras motivações. Não é a “honra” ou o “direito à privacidade” que estão defendendo. Na verdade, estão tratando de interesses pecuniários, da mercantilização da narrativa histórica. Imagine então que eu deseje escrever uma biografia não autorizada do Paulo Maluf. Eu teria que pedir autorização a ele? Pagar royalties a ele? Há nisso outro detalhe, importantíssimo, para o qual pouca gente

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tem atentado. O que está em jogo não é um simples cabo de guerra entre biógrafos e artistas. O famigerado artigo 20 do Código Civil, este inominável entulho autoritário, não se restringe a proibir biografias não-autorizadas de celebridades. Ele proíbe, a rigor, qualquer narrativa histórica ou jornalística que não passe pelo crivo do indivíduo que por acaso seja objeto de um livro, de uma reportagem, de uma tese acadêmica. Essa não é uma questão que diz respeito, portanto, apenas aos biógrafos. Os historiadores, os cientistas sociais, os jornalistas de modo geral, todo mundo pode ser silenciado com base no artigo 20. Roberto Carlos não quis tirar de circulação uma tese de mestrado sobre a Jovem Guarda? Quero ver quando os familiares de algum torturador quiser barrar a publicação dos resultados da Comissão da Verdade com base no mesmo artigo. Há também o caso de biografias encomendadas. O que você acha disso? Não tenho nada contra quem escreve ou encomenda a biografia de si próprio. Mas não me peça para escrever livros assim, ou para confiar no que está escrito neles. Você acredita que a biografia possa se tornar um gênero jornalístico? A biografia já é, entre outras coisas, um gênero jornalístico. Um gênero que, infelizmente, a permanecer o atual cenário de insegurança jurídica, parece fadado à extinção no Brasil. Eu, por exemplo, não escreverei mais biografias, se ficar decidido que vale a regra da autorização prévia e do pagamento de royalties. Pensei em biografar Filinto Muller, o chefe da polícia política da ditadura do Estado Novo. Mas seria surreal assistir aos herdeiros de um homem acusado de ser um torturador baterem na minha porta para ler os originais do livro. E, pior que isso, para exigir que eu lhes pague uma parcela dos minguados direitos autorais que cabem a um autor de livros. A propósito: dizer que biógrafos ficam ricos e que “ganham rios de dinheiro” escrevendo livros no Brasil, como quer o Djavan, não é apenas uma ofensa, uma dolorosa infâmia. É um argumento estapafúrdio, risível, ridículo. Você acha que qualquer um que quisesse ganhar dinheiro fácil e ficar rico teria mesmo optado pela carreira de escritor e jornalista, em um país de analfabetos totais ou funcionais? *jornalista e biógrafo cearense

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AQQB entrega doações em Sobral para instituições assistenciais

Presidente Carlos Aguiar entrega o livro da Casa do Ceará à Secretária Eliane Leite representante do Prefeito Veveu Arruda

Luiz Carcará (Casa do Bom Samaritano), Elaudy Aguiar, Carlos Aguiar, Francisca Costa (Grupo Viva a Vida) Valdízia Sampaio (Casa Rosa Gattorno) e Secretária Eliane Leite

Cumprindo uma intensa agenda de eventos, a Diretoria da AQQB SOBRALDF esteve em Sobral-CE entre os dias 07 e 10 de Novembro, tendo como principal objetivo a entrega de doações resultantes da 1ª Noite dos Sobralenses e Amigos em Brasília, evento de excelente repercussão acontecido na Casa do Ceará no último dia 31 de Agosto. A delegação teve como integrantes o Presidente Carlos Aguiar, o Vice-Presidente Ladir Aguiar, e os diretores e conselheiros Agapito Vasconcelos, Pedro Ximenes, Messias Vasconcelos, Kleber Aguiar e José Erivaldo Aguiar, recebendo uma calorosa acolhida por parte de amigos, da mídia e de autoridades dos poderes executivo e legislativo. Na noite do dia 07/11, a delegação foi recepcionada por Carlos do Calisto, vereador e ele próprio um dos patrocinadores presentes à 1ª Noite dos Sobralenses. Em 08/11, no Buffet Dona Flor, foi feita a entrega dos donativos a partir de escolha feita por comissão especialmente constituída para este fim tendo como participantes os Srs. Jefférson Parente, José Carlos Aguiar (Jerry) e Anastácio Bezerra (Beibi). Os integrantes da comissão, todos residentes no Município e pessoas de reconhecida seriedade e isenção,

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Diretores da AQQB, representantes das entidades agraciadas e Secretária de Cultura Eliane Lima

levaram em conta na escolha os critérios de respeitabilidade, abrangência do trabalho social desenvolvido e carência, cuidando de levantar as necessidades mais prementes para orientar a compra dos materiais doados. No total serão doados R$ 24.800,00 (vinte e quatro mil e oitocentos reais), divididos em duas parcelas uma já entregue e a segunda reservada para o próximo Natal. Foram contemplados o Grupo de Voluntários Viva a Vida, que assiste pacientes com câncer nos hospitais públicos do Município, a Casa Bom Samaritano, que alberga idosos e a Casa de Apoio Rosa Gattorno, única do interior do Ceará que acolhe portadores de HIV com abrangência a 61 municípios da Região Norte do Estado. No dia 09/11, a delegação participou do programa de rádio do Beco do Cotovêlo, juntamente com representantes das entidades agraciadas, fazendo uma prestação de contas aberta à sociedade e reiterando os agradecimentos a colaboradores e patrocinadores. Outros órgãos da mídia falada, escrita e televisada deram destaque ao evento como a SBT TV Alternativa, Diário do Nordeste, Rádio Paraiso e Rádio Tupinambá.

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Gêneros e cadeiras de rodas doados

Segundo o Presidente Carlos Aguiar, a receptividade e o reconhecimento evidenciados em Sobral vieram premiar o esforço e a determinação da AQQB e de seus diretores que não mediram esforços para realizar a 1ª Noite dos Sobralenses e Amigos em Brasília. Ressaltou, ainda, Carlos Aguiar que nada daquilo que se fez teria sido possível sem a participação fraterna e desprendida da Casa do Ceará e dos amigos patrocinadores que entenderam a grandeza dos propósitos e a magnitude do direcionamento da ajuda e responderam prontamente com suas colaborações. O Vice-Presidente Ladir Aguiar ressaltou que o interesse despertado pelo evento e seus objetivos extrapolou os limites de Brasília, sede da AQQB, havendo sido recebidas várias doações de empresas e amigos de Fortaleza e Sobral. A certeza é de que a AQQB SOBRALDF veio para servir e, com este propósito, já planeja outras ações de grande alcance social inclusive sua participação no Natal Alegre da Casa do Ceará e, é claro, em 2014 a 2ª edição da Noite dos Sobralenses e Amigos em Brasília. Com a colaboração de Luiz Roberto Vieira

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