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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará
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DEVOLUÇÃO GARANTIDA
CORREIOS
Ano XXVII - 291 - Setembro de 2016
Casa do Ceará comemora 53 anos promovendo o 2º jantar de solidariedade ao jornal Ceará em Brasília e lançando a TV Casa do Ceará. Leia mais na pág. 04 Dirigentes da OAB DF são homenageados pela Casa do Ceará.
Diretor de Promoção Social José Sampaio de Lacerda Júnior, Diretor Financeiro da OAB/DF Antônio Alves, Presidente da OAB/DF Juliano Costa Couto, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo
2° Vice-Presidente da Casa do Ceará José Adirson de Vasconcelos, Vice Presidente da Casa do Ceará João Estenio Campelo Bezerra, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Vice-Presidente da OAB/DF Daniela Teixeira, Presidente da OAB/DF Juliano Costa Couto, Diretor de Obras da Casa do Ceará Carlos Euler Currlin Perpétuo, Diretor Tesoureiro da OAB/DF Antônio Alves, Titular do Conselho Fiscal da Casa do Ceará José Colombo de Souza Filho, Diretor de Educação e Cultura da Casa do Ceará Vicente Nunes de Magalhães, Superintendente da Casa do Ceará Antônia Lúcia G. Aguiar
Leia mais na pág. 05
Diretor Tesoureiro da OAB/DF Antônio Alves, Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Vice-Presidente da OAB Daniela Teixeira, Presidente da OAB Juliano Costa Couto, Conselheira da OAB/ DF Maria Dionne de Araújo Felipe.
Casa do Ceará mobiliza pessoal de Sobral, Aurora e Iguatu para sucesso do Natal Feliz que terá apoio do SESC. Leia mais na pág. 04 Leia nesta edição
Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá pág. 3 VLT de Sobral terá reforço funcionamento será estendido, pág. 4 Sessão pública no TSE discute implementação do voto impresso nas eleições de 2018, pág. 4 Anúncio de José Lírio de Aguiar, pág. 4 Dirigentes da OAB DF são homenageados pela Casa do Ceará, pág. 5 Anuncio da Campanha do 4º Natal Feliz, pág. 5 Leituras - a poesia de João Bosco Bonfim, pág. 6 Leituras II - a poesia de Márcio Catunda, pág. 6 Como a pobre Brejo Santo, no Ceará, construiu as melhores escolas públicas do Brasil, pág. 6 Leituras III - Wilson Ibiapina, A Burrice ao alcance de todos, por Wilson Ibiapina, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras IV - Estorvo e Gratidão,por Gonzaga Mota, pág. 8 Banco do Nordeste apresentou lucro 42,6% maior no semestre, pág 8 Obras contra seca no Ceará põem Estado e União em confronto, pág. 8 Leituras V - Nobreza do Ceará II, Nossos viscondes Assinalados, por JB Serra e Gurgel, pág. 9 Baianos estão matando jumentos, “nossos irmãos”. É crime contra a fauna. Se o Brasil não reagir, vamos à ONU, pág. 9 Anúncio do Governo do Ceará pág. 10 Anúncio de M. Dias Branco, pág. 11 Leituras VI - O Homo sapiens (Cogito ergo sum), por Fernando Milfont, pág. 12 Setembro Verde. Ceará realizou 1.047 transplantes em 2016, pág. 12 Comitiva cearense esteve na China e Coreia do Sul para atrair investidores, pág. 12 Leituras VII - Legado de pai e Ecos de uma eleição alucinada, por João Soares Neto, pág. 13 Especial. Meio século para pensar a cultura, pág. 13 Leituras VIII - Preciosidades em Livros, por José Jézer de Oliveira, pág. 14 Judiciário possibilita 6.494 reconhecimentos de paternidade no Ceará, pág. 14 Leituras IX - Foi bom pra você, por Macário Batista, pág. 15 Eleitorado supera população em mais de 300 municípios. No Ceará Guaramiranga tem 4.058 habitantes e 5.412 eleitores. Pode? pág. 15 Os ganhadores do Sereia de Ouro de 2016, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Momentos Marcantes na vida do Comendador Albery Mariano, pág. 17 Página da Mulher, O retrato impossível de algo tão doce, por Regina Stela, pág. 18 Leituras X - Castanhão, Transposição, DNOCS e CODEVASF, por Cássio Borges, pág. 18 Leituras XI - Humor Negro e Branco Humor, pág. 19 Cearenses na Cozinha de Brasília, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20
Presidente da AFA, Manoel Macedo, Ex- presidente da AFA, Vicente Landim, Diretora da AFA, Hélvia Leite e o Ex – Presidente da AFA, Vicente Magalhães
Livro em comemoração aos 10 anos da AFA.
Associação dos Filhos e Amigos de Aurora-AFA comemorou 10 anos. Leia mais na pág. 20
Helvia Leite – Diretora de Comunicação da AFA, Francisco DjalmaDiretor de Desenvolvimento da AFA, Vicente Magalhães – Ex-presidente da AFA e Diretor de Educação da Casa do Ceará e Antônia Guimarães – Superintendente da casa do Ceará.
Vicente Nunes de Magalhães com o Presidente de Honra da AFA e José Adirson Vasconcelos, Vice Presidente da Casa do Ceará
Presidente da AFA, Manoel Macedo recebendo homenagem
Manoel Macedo –presidente da AFA, Vicente Landim Macedo – Presidente de Honra da AFA, Hélvia Leite – Diretora de Comunicação e Francisco de Assis- Vice Presidente.
Diretor tesoureiro da AFA, Carlos Augusto com seus familiares
Presidente da AFA, Manoel Macedo entregando homenagem ao Diretor Vicente Magalhães e sua filha Virgínia Magalhães.
Ex Presidente da AFA, Vicente Landim, Diretora de Comunicação da AFA, Hélvia Leite, 32º Vice Presidente da Casa do Ceará, Adirson Vasconcelos, ExPresidente da AFA, Vicente Magalhães e o Presidente da AFA, Manoel Macedo.
Obras contra seca no Ceará põem o Estado e a União em confronto. Leia mais na pág. 8
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Espaço Luciano Barreira A Importância de explicar sem Ofender
Edi t o r i a l
O Estado brasileiro cresceu demais. Transbordou e ameaça o cidadão. Não é o cidadão responsável por esse crescimento desmedido, mas está pagando a conta. O crescimento se deu por diversas intervenções do governo principal gestor do Estado. Quando o governo opera dentro de padrões éticos, morais, técnicos, coerentes , confrontando necessidades e possibilidades, tudo bem. Quando não,o Estado se torna instrumento de uma tirania. Tirania que está privando o cidadão do mínimo necessário para sua sobrevivência com dignidade. O problema é ninguém está preocupado com isso. Vejam que a Lava Jato pôs a nu a corrupção no país. Corrupção responsável por 12 milhões de desempregados, por inflação alta., crescimento zero, implosão das grandes empresas brasileiras. \Mas nada adiantou como choque para o governo e o Estado. O cidadão está pagando o pato sozinho. Aqui em Brasília só se fala em corrupção corrente e recorrente na União, Estados e Municípios. Torcem pelo fim da Lavajato, da anistia dos políticos e dos empresários e que tudo fique como antes no Quartel de Abrantes. Inácio de Almeida (Baturité) Diretor Expediente
Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Estênio Campelo Bezerra (Crateús) 1º vice; Adirson Vasconcellos (Santana do Avcaraú), 2º vice; Luis Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Administração e Finanças; Maria Madalena da Silva Carneiro (Garanhuns/PE) Vicente Magalhães (Aurora), diretor de Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Carlos Euler Currlin Perpétuo (Joinville/SC) José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza) , Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: Evandro Pedro Pinto (Fortaleza) presidente, José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) ( Itapipoca); Membros suplentes: José Aldemir Holanda (Baixio). Maria Aurea Assunção Magalhães (Fortaleza) e Lúcia Maria Percy Bastos (Matias Olimpio/PI) Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Lúciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Adyrson Vasconcellos (Santana do Acaraú), Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras) Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Luís Joca (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inácio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) serraegurgel@gmail.com / zewilsonibiapina@gmail.com Editoração Eletrônica: Vanessa Gonçalves Distribuição: Antônia Lúcia Guimarães Circulação: apoio da ANASPS O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 Email: casadoceará@casadoCeará.org.br / www.casadoceará.org.br
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Um homem de 89 anos estava fazendo seu check-up anual. O médico perguntou como ele estava se sentindo: *- Nunca me senti tão bem - respondeu o velho. Minha nova esposa tem 18 anos e está grávida, esperando um filho meu. Qual a sua opinião a respeito, doutor?* O Médico refletiu por um momento e disse: -Deixe-me contar-lhe uma historia: *conheço um cara que era um caçador* *fanático, nunca perdeu uma estação de caça. Mas, um dia, por engano, colocou seu guarda-chuva na mochila em vez da arma.* *Quando estava na floresta, um urso repentinamente apareceu na sua frente. Ele sacou o guarda-chuva da mochila, apontou para o urso e...* *BANG................ o urso caiu morto.* - HA! HA! HA! Isto é impossível - disse o velhinho algum outro caçador deve ter atirado no urso. *- Exatamente!!!* Para rir um pouco, ora pois !!! Boa semana a todos,
Carta de uma Mãe Portuguesa Meu querido filho Manuel, Escrevo estas poucas linhas para saberes que estou viva. Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta é porque chegou. Mas
se não chegar, peço que tu me avises que envio outra. Teu pai leu nos jornais que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso decidimos nos mudar para mais longe. Sobre o casaco que tu querias, teu tio disse que seria muito caro enviar pelo correio por causa dos botões de metal que pesam muito. Por isso arranquei-os todos e coloquei em um dos bolsos. Assim, quando o casaco chegar aí, basta que tu pregues os botões novamente. Outro dia houve uma explosão no botijão de gás aqui na cozinha. Teu pai e eu fomos atirados para o ar, saimos pela janela e fomos parar na rua, mas quanta emoção, meu filho, já que há muitos anos eu e seu pai não saíamos juntos! Sobre nosso cãozinho, o Rexlino, ele foi atropelado e o veterinário teve que cortar-lhe um pedaço do rabo. Por isso, meu filho, preste tu também muita atenção sempre que fores atravessar a rua. Tua irmã Maria vai ser mãe. Mas como ainda não sabemos se será menino ou menina, não sei se tu serás tio ou tia. Hoje teu cunhado trancou o carro com as chaves dentro. Tive um trabalho enorme para ir em casa buscar a chave reserva mas por sorte retornei a tempo pois começara a chover e a capota do carro estava arriada.. Se encontrares a dona Rosinha, diga-lhe que mando lembranças. Mas se não a encontrares, não precisa dizer nada. Um beijo da tua mãe. PS: eu ia enviar-lhe os 300 euros que me pediste, mas quando me lembrei, já havia fechado o envelope.
Conversando com o Leitor + Os dados de audiência do nosso site www.casadoceara.org.br em agosto nos levaram a 296.724 acessos acumulados, de acordo com o nosso contador que não é mesmo do Google Analytics que há anos mede nossa audiência. Pelo Google, chegamos aos 400 mil acessos que é um indicador de expressão. + No mês de agosto tivemos, ainda segundo o Google Analytics, 6.637 sessões, com 5.419 usuários e 13.872 visualizações. + Fomos vistos em 21 países: Reino Unido, Estados Unidos, Índia (Nova Delhi), Portugal (Lisboa), Indonésia (Djakarta), Holanda, Estados Árabes Unidos, Argentina Bélgica, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Iraque, Marrocos e Nicarágua. + No Brasil, fomos visitados por nativos de 139 cidades, começando por Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Águas Lindas, Luziânia. Manaus, Porto Alegre, Belo Horizonte, Santo Antonio do Descoberto, Curitiba, São Vicente, São Bernardo, Recife, Cristalina, Salvador, São Luis, Cuiabá, Anápolis, Crato, Formosa e Sobral, Como vocês podem concluir estamos sendo muito vistos no Entorno de Brasília. + Nossos demais sites também foram muito visitados . O site sobre os 50 anos de Brasília, com 150 biografias de cearenses ilustres, bateu os 88.308 acessos, Já o site sobre os 50 anos da Casa do Ceará, que também contem textos sobre outros 150 cearenses ilustres, a chegou aos 12.834 acessos. +Recebemos o Jornal da ANE, Associação Nacional de Escritores, com José Peixoto Júnior escrevendo sobre
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Fontes de Alencar e artigos de Fábio de Sousa Coutinho Alberto Costa e Silva, Flávio R. Kothe, Edmilson Caminha (Nosso Napoleão, o Imperador da Língua), Danilo Gomes sobre Rachel de Queiroz, Paulo José Cunha, Napoleão Valadares, Vera Lúcia de Oliveira, José Carlos Brandt Aleixo, Gilmar Duarte Rocha, Sânzio de Azevedo, (Henriques do Cerro Azul, sobre o João Henrique Serra Azul), Kori Bolívia, Arlete Sylvia e Humberto Werneck. + Já o nosso Facebook continua bombando, contribuindo e muito para a visibilidade da Casa. + NO dia 07.10 inauguraremos a nossa TV Casa do Ceará que deverá marcar a comunicação da Casa. Já pedimos reforço ao Inácio de Almeida e ao Wilson Ibiapina para que a TV se converta em nova página NA História da Casa. + Leiam com atenção a crônica de Jezer de Oliveira que acumulou na sua biblioteca muitas dedicatórias de autores consagrados. Uma preciosidade que guarda com carinho. + Adirson Vasconcelos está doando um quadro de sua coleção para a Pinacoteca Alvaro Lins da Casa do Ceará. + O poeta José Linhares Filho (Lavras da Mangabeira), acaba de ser homenageado por seus colegas da Academia Cearense de Letras com o título de Príncipe dos Poetas Cearenses. Merecido. + Márcio Catunda reapareceu em Fortaleza e lançou no Espaço Cultural Rogaciano Leite Filho, no Centro Cultural Dragão do Mar, seu ultimo livro, Viagens Introspectivas, em parceria com Eugênio Leandro que lançou seu disco Escrito nas Jangadas.
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Foto Patricia Parley.
SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Doação TV digital para pousada Vi c e P re s i dente da Casa do Ceará João Estenio Campelo Bezerra, doa televisão digital para o abrigo de idosos da Casa do Ceará. Energia eólica O Ceará já conta com cadeia produtiva de energia renovável – tem fábricas de pás, torres, aerogeradores, escadas, elevadores e componentes - e está fortalecendo a atuação no setor. Vários são os fatores, como sua estrutura logística, localização geográfica privilegiada que permite a escoação desses componentes para a execução de parques eólicos, melhores ventos do mundo, que foram apresentados pela secretária do Desenvolvimento Econômico (SDE), Nicolle Babosa, na 7ª edição do Brazil Wind Power, maior evento de energia eólica da América Latina. no Rio de Janeiro Energia solar A empresa cearense Santelisa Embalagens, do Grupo Teles, controlado pelo empresário Everardo Teles, tornou-se na semana passada a primeira indústria brasileira a ser movida, exclusiva e totalmente, pela energia solar. Com um detalhe: toda essa energia está sendo gerada por uma usina solar instalada bem ao lado da fábrica da Santelisa, na geografia de Pindoretama, na Região Metropolitana de Fortaleza. A usina solar é constituída de 9.231 painéis fotovoltaicos fabricados na cidade de St Peters, no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, pela empresa norte-americana San Edison, uma multinacional com atuação em vários países do mundo. A Santeleza Embalagens terá uma economia de mais de R$ 200 mil por mês na sua conta de energia. Cearense do STJ no TSE Por aclamação, os ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Fernandes foram eleitos em sessão do Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para compor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como membros titular e substituto, respectivamente. Napoleão é cearense de Limoeiro do Norte. O TSE é formado por, no mínimo, sete ministros. Três ministros são do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos quais será o presidente da Corte, dois ministros do STJ, um dos quais será o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, e dois juristas vindos da classe dos advogados, nomeados pelo presidente da República. Turismo O discurso do turismo no Ceará não está levando em conta: - 12 milhões de desempregados; - os turistas estão muito lisos. - as voadoras reduziram a quantidade de voos para o Ceará. - Os hotéis estão cobrando caro; - Os turistas sumiram.
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Ponte do Aracati Uma obra já está prontinha para o presidente Michel Temer, se quiser, vir inaugurar no Ceará: a ponte sobre o rio Jaguaribe, na cidade de Aracati (Litoral Leste). O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Diógenes Linhares, diz que trecho está pronto e já operando sem problemas. Resta, portanto, a festa de descerramento da placa. A ponte começou a ser construída em 2001, mas parou em 2002. Recomeçou e parou em 2003. Depois disso, só foi retomada em 2009. Parou de novo e, em obras outra vez, a partir de 2012, acabou… parando. Retomada a obra de novo em 2014, eis que conseguiu ser concluída. Mistura de política e a economia na mineração. É de grande expectativa o ambiente interno na diretoria regional do Ceará do Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM. Como divulgou Egídio Serpa: o PR, um dos partidos da base de apoio ao presidente interino Michel Temer no Congresso, assumiu o comando da diretoria regional cearense do DNPM. O novo diretor, que não tem especialização em mineração, está encontrando dificuldade para administrar a diretoria, um vez que os engenheiros de minas e os geólogos do DNPM se recusam a colaborar com ele, argumentando que o cargo de diretor regional deve ser ocupado por um profissional da área e não por um neófito indicado por apadrinhamento político. Um dia, não se sabe quando, a administração pública brasileira será dominada por profissionais competentes, sem a interferência de políticos. O pioneiro da energia eólica Eu conversei há poucos instantes com o empresário cearense Lauro Fiúza Júnior, sócio e diretor-presidente da Servtec Engenharia, empresa que nasceu em Fortaleza e hoje tem escritórios em São Paulo. Lauro Fiúza foi o pioneiro do setor de geração de energia eólica no Brasil, tendo fundado a Associação Brasileira de Energia Eólica, a Abeólica, da qual foi o primeiro presidente e de cujo Conselho de Administração é o atual presidente. Pois bem: Fipuza disse ao blog que, até 2019, o Brasil deverá ter uma potência instalada de 18,8 gigawatts de energia gerada pela força dos ventos. Há menos de 10 anos, exatamente, o Brasil era absolutamente nada no mercado de energia eólica. Bandeiras No Site da Casa do Ceará estão as Bandeiras de Abaiara, Acarape, Acopiara, Aiuaba, Alcântaras, Altaneira, Alto Santo, Apuiares, Aracati, Araripe, Aurora, Barbalha, Barreira, Caucaia, Crateús, Crato, Eusébio, Horizonte, Iguatu, Juazeiro do Norte, Iracema, Lavras da Mangabeira, Limoeiro do Norte, Maracanau, Porteiras, Sobral e Quixada
Defensor-público geral da União em Fortaleza O defensor público-geral da União, o cearense Carlos Eduardo Paz, participou da abertura do V Curso Brasileiro Interdisciplinar de Direitos Humanos, com o diretor. Fernando Mauro Júnior, da Escola Superior da Defensoria Pública da União, também participará do encontro. Com o tema “O Princípio de Humanidade e Salvaguarda da Pessoa Humana”, o curso, considerado o maior sobre direitos humanos na América do Sul, foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Direitos Humanos e pelo Instituto Interamericano de Direitos Humanos (Escritório Regional em Montevidéu). Instituto Histórico Realizou-se a eleição de um novo sócio do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico). Participaram do evento 30 dos 37 membros aptos a votar. Foi eleito por unanimidade o Dr. Eurípedes Maia Chaves Júnior. O novo sócio é graduado em Medicina e em Direito e autor de diversos trabalhos em sua especialidade de Pediatra. Além disso, escreveu “Raimundo Girão - Polígrafo e Homem Público”, “Cidade de Mathias Beck - Aspectos de Fortaleza de Sempre”, “O Aniversário de Fortaleza (Controvérsia e Equívocos)”, “Raimundo Girão, o Homem ( 1900-2000). Juntamente com a confreira Valdelice Girão, escreveu os ensaios “Forte São Sebastião versus Forte Schoonemborch: diferentes destinos” e “Sugestões de Leitura para o Estudo das Ocupações Holandesas no Ceará”. Usina de Barbalha: o sonho acabou Há pouco mais de três meses, a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) informou que estava em contato com um grupo industrial paulista que se mostrou interessado em assumir o controle do capital e a gestão da usina de cana de açúcar de Barbalha, aprazível município do Sul cearense, no melhor da região do Cariri. Os paulistas desistiram do negócio, escreveu Egídio Serpa. A usina barbalhense foi comprada pelo Governo do Ceará, que pagou por ela, em leilão público, perto de R$ 15 milhões, dinheiro utilizado para resolver pendências trabalhistas que envolviam centenas de produtores de cana. Escalando O general de Divisão Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Iguatu), servindo em Brasília, foi transferido da função de Subchefe de Mobilização do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas para o cargo de Subchefe de Integração Logística do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.
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VLT de Sobral terá reforço funcionamento será estendido A Cia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) lançará edital de seleção pública para o VLT de Sobral. O objetivo é aumentar o horário de funcionamento dos trens, dando início à operação comercial do sistema sobralense. O projeto de lei do Governo do Ceará que cria as vagas temporárias foi aprovado nesta quarta-feira (20) pela Assembleia Legislativa do Ceará. Após sanção do texto pelo governador Camilo Santana será contratada a instituição responsável pela seleção. A opção pela contratação temporária se justifica pela previsão de concessão do sistema metroferroviário à iniciativa privada, por meio de Parceria Público Privada (PPP). Atualmente, o VLT de Sobral opera de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. O objetivo da Secretaria das Cidades, por meio da Metrofor, é realizar uma operação de 5h30 às 23h30, atendendo de forma mais ampla as necessidades locais. Para isso, serão 19 vagas no total, de acordo com texto aprovado por unanimidade no parlamento. Todas as funções são de caráter operacional, e se dividem em manobradores de trens, agentes de estação, controladores de metrô, e condutores de metrô. As remunerações variam de R$ 2.589,44 a R$ 3.034,31. As contratações serão realizadas por um ano e previsão de prorrogação por mais um ano, totalizando dois anos de serviço. Experiência com funções ligadas à operação de trem e metrô não será obrigatória para participar da seleção, mas contará pontos a mais durante a disputa entre os inscritos. Todos os selecionados participarão do treinamento, que será aplicado pela Metrofor, em Sobral, após a seleção. Atualmente, o VLT de Sobral transporta, por dia, em média 2.600 passageiros.
Sessão pública no TSE discute implementação do voto impresso nas eleições de 2018 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou sessão pública, sobre a implantação do registro impresso do voto, a partir das Eleições de 2018. Ao abrir o evento, a juíza auxiliar da Presidência Ana Aguiar reforçou que o encontro é uma oportunidade para subsidiar a equipe técnica do TSE nos requisitos e paradigmas que serão utilizados na definição final do projeto para aquisição dos equipamentos. Foram apresentados aos participantes (sociedade, partidos e indústria eletrônica) os requisitos gerais definidos pelo grupo de trabalho do Tribunal que realizou estudos e soluções para a implantação do Registro Impresso do Voto. Na ocasião, os participantes também tiveram a oportunidade de fornecer sugestões para o aprimoramento do projeto de implantação do sistema. Rafael Azevedo, coordenador de Logística do TSE, ressaltou que esse dialogo é importante para que se chegue ao melhor tipo de especificação possível do equipamento, “já que seu uso implica em todas as seções eleitorais do país e em alguma instância isso pode dar muito problema, principalmente, em locais afastados”. Desafios O coordenador destacou os principais desafios impostos com a obrigatoriedade do voto impresso a partir das eleições 2018. “O primeiro deles é o custo, 100% do país todo que fizer a implementação será multiplicado por 500 mil”.
Outro ponto seria, segundo ele, o encaixe padronizado do equipamento para que a impressora na hora do voto não seja deslocada do local. A Compatibilidade elétrica também é considerada um desafio. “Nossas urnas já têm saída de corrente contínua e dentro da compatibilidade nós temos certo consumo. Como ficaria a autonomia de uma urna na falta de energia elétrica usando a impressão com uma média de um voto por minuto, ou seja, uma impressão por minuto”. Indagou Rafael Azevedo. O TSE impõe ainda alguns requisitos de segurança que demandam uma placa específica. “As empresas teriam que projetar uma placa. Não vejo como uma impressora de mercado consiga atender esses requisitos principais”, disse. Foram discutidas ainda algumas condições objetivas da licitação, como os níveis de estabilidade do equipamento, taxa de falha, se o mercado oferece algum modelo de impressão livre de atolamento, como será realizado o transporte desses equipamentos, a vida útil das impressoras em cima dos critérios exigidos, a manutenção do sigilo do voto, adequação as normas internacionais e por fim a embalagem que terá que se moldar ao que for o projeto. O TSE recebeu 10 inscrições para participar da sessão pública, dois não compareceram entre empresas, representantes de partidos e sociedade civil. RC/BB
Há 44 anos
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Dirigentes da OAB DF são homenageados pela Casa do Ceará
Um grupo de dirigentes da ordem dos Advogados do Brasil-DF, liderados por seu presidente, Juliano Costa Couto, pelo diretor Tesoureiro, Antonio Alves Filho, pela vice presidente Daniela Teixeira e pela Conselheira Maria Dionne de Araújo Felipe esteve na Casa do Ceará em Brasília, quando foram homenageados pela diretoria da Casa, oportunidade em que o presidente da Casa, Osmar Alves de Melo, lembrou sua longa presença na OAB/ DF, desde 1970, integrando sua diretoria, conselhos e comissões. Pela Casa, estiveram presentes os vices presidentes Estenio Campelo, Adirson Vasconcelos, os diretores José Sampaio de Lacerda Júnior, JB Serra e Gurgel, Carlos Euler Curlin Perpetuo, Vicente Magalhães, João Rodrigues Neto, o membro do Conselho Fiscal, José Colombo de Souza além da superintendente Antônia Lúcia
Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Presidente da OAB/DF Juliano Costa Couto, Conselheira da OAB/DF Maria Dionne de Araújo Felipe.
Francildes Colombo de Souza, Titular do Conselho Fiscal da Casa do Ceará José Colombo de Souza Filho, Sócio da Casa do Ceará Antônio Assunção, Patrícia Zapponi.
Vice-Presidente da OAB/DF Daniela Teixeira, Patrícia Zapponi, Francildes Colombo de Souza
Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo, Presidente da OAB/DF Juliano Costa Couto, 2° Vice-Presidente da Casa do Ceará José Adirson de Vasconcelos.
Guimarães, o representante da AQQB, advogado Mano Barreto, o representante de Iguatu Antonio Assunção, as senhoras Francildes colombo de Souza e Patrícia Zapponi e o associado Nazareno Sobrinho. Osmar Alves de Melo recordou que há anos a Casa mantém parceria com a OAB/DF que tem feito doações de bens “Precisamos das doações, pois a Casa não recebe verbas nem subvenções dos governos do Ceará e do Distrito Federal nem da União, sobrevivendo graças ao esforço de muitas instituições do DF e sua prestação na área social, assistência médica e odontológica. O Presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto ressaltou seu carinho pelo Ceará e fez questão de registrar que seu primeiro estágio foi indicação de um cearense, senhor Luciano de Andrade para atuar no escritório de outro grande cearense de Quixaramobim - CE, Gui Furtado Andrade, falecido há cerca de 15 dias, com quem teve grandes ensinamentos de ética e cidadania.
4º NATAL FELIZ NA CASA DO CEARÁ Faça sua doação de cestas básicas e brinquedos, e colabore com o Natal de centenas de famílias carentes!
C o r te d e c a b e l o M a n i c u re e p e d i c u re Assessoria jurídica A fe r i ç ã o d e p re s s ã o P re s t a ç ã o d e s e r v i ç o s d e O d o n to l o g i a e M e d i c i n a Distribuição de cestas básicas e b r i n qu e d o s Re c re a ç ã o i n fa n t i l
26/11/2016 a partir das 07:30
Postos para doações:
Casa do Ceará KSA Materiais de Construção - Taguatinga SGAN 910, conjunto F/G M Norte - (61) 3372.1400 (61) 3533-3800 / (61) 3533-3808 SDE 01 CJ. D - Lote 2/6 e 10/14 Apoio :
KSA Materiais de Construção - Taguatinga L Norte - (61) 3475.1400 CNJ 4 - Bloco A - Lojas 03 a 08
Comendador Dr. Albery Mariano
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SGAN 910 Conj. F/G Fone: 61 3533-3800
Gráfica Rápida
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Copiadora
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Leituras I
Cacimbas do Poty
Cânion do rio Poty
por João Bosco Bezerra Bonfim (*) Quem pesa o rumo move um qual prumo? Saboreia o veio de enganosa Sinuosa exploradora planície? Mero engano de areia porosa? De vário insumo curva-se o rio Em sobrevoo de cacimbas de prosa De veios os mais ermos e profundos. Ora labora o tecido da rosa E, sombrio, por alas e veredas De mofumbos, em caules sinuosos Ora vela sofismático, seco Em caminhos ninhos entre os ombros. Ecoa — cachoeiras — rumoroso. (*)João Bosco Bezerra Bonfim (Nova Russas) servidor público, poeta, Barra do Riacho Seco, 21 de junho de 2016
Leituras II A Poesia de Márcio Catunda (*) A televisão é a janela do otário. Quem perde tempo nela é alienado. Não entra na gaiola o canário por própria vontade, encerrado. O galo esperto foge do aviário. E do curral afasta-se o gado, se o pasto ali é precário. O poeta, cantor do humano fado, idealiza o seu corolário, longe do indolente enfado da tv, e seu vulgar breviário de idiotez de safado e de cretino rematado. O poeta, de mitos incendiário, desmistifica o falso relicário e acende o verdadeiro facho, intrépido, lúcido, vigoroso e macho. (*) Márcio Catunda (Fortaleza) diplomata
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Como o pobre Brejo Santo, no Ceará, construiu as melhores escolas públicas do Brasil
Cidade desafia todos os estereótipos e teorias pedagógicas para conquistar o maior Ideb nacional Sob um sol forte e um calor de mais de 30 graus, começam a descer das vans escolares, às 7 horas da manhã, os alunos da escola de ensino fundamental Maria Leite de Araújo, na zona rural de Brejo Santo, cidade a 70 quilômetros de Juazeiro do Norte, no Ceará, e a mais de 500 km da capital do Estado, Fortaleza. O verde das paredes da escola, uma construção simples de tijolos, contrasta com a paisagem ao redor, dominada pelo marrom das estradas de terra, pelo amarelo das plantações acostumadas à escassez de chuva e pela magreza do gado, castigado pela seca. A escola tem somente cinco salas e 180 alunos, dos quais mais de 90% dependem de programas sociais do Governo, como o Bolsa Família. A renda per capita da região não passa de 350 reais mensais (contra pouco mais de 1.000 reais no Brasil), dinheiro que vem principalmente da agricultura familiar. Com essas características, que são bastante comuns na rede de ensino de um Brasil tão desigual, a escola Maria Leite desafia todos os estereótipos e teorias pedagógicas de um colégio modelo: é a melhor instituição pública de ensino fundamental do país. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), apurado pelo Ministério da Educação (MEC), é quem constata o fato. A escola Maria Leite de Araújo possui a maior nota do Brasil, 9,6, para o primeiro ciclo do fundamental. A média para o país, inclusive, é quase a metade (5,2). O indicador mede o desempenho em português e matemática dos alunos da rede pública. O segredo para tal desempenho, segundo a secretária municipal de Educação, Ana Jacqueline Braga, não se esconde em uma fórmula mágica mirabolante. “Não é preciso muito dinheiro. Basta fazer um feijão com arroz bem feito. Se tiver recurso sobrando, faz também um bifinho à milanesa, claro. Mas é o básico que precisa ser feito primeiro”, conta. A secretária foi percebendo os desafios educacionais do município durante seus mais de 20 anos de experiência como professora da rede. Um exemplo do “básico” que precisava ser feito parece um reles detalhe, mas fez toda a diferença num município predominantemente pobre. Desde 2009, as crianças tomam um café da manhã quando chegam para assistir às aulas, uma medida fundamental quando grande parte delas tem na escola a principal fonte de alimentação (às vezes, a única). Além dessa refeição, contam com um almoço bem reforçado no recreio. A matéria-prima vem dos agricultores familiares do município, uma iniciativa que garante a qualidade das frutas e verduras no prato das crianças e movimenta a economia local. Outra iniciativa importante para elevar a qualidade de ensino do município foi o acompanhamento pedagógico constante dos alunos. Antes de todo ano letivo, cada criança é avaliada por suas competências. Aquelas que não aprenderam o conteúdo esperado, assistem a aulas de reforço fora do horário no qual foram matriculadas. Ao longo de todo o ano, as crianças também são acompanhadas por coordenadores pedagógicos. Quando têm dificuldades em alguma disciplina, os professores são orientados sobre como trabalhar com aquela criança para nivelá-la em relação àquilo que é esperado da turma. A guinada na qualidade do ensino de Brejo Santo, com cerca de 45 mil habitantes, não é um caso isolado do Ceará. Foi durante o governo de Cid Gomes, entre 2007 e 2014,
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que o Estado começou a implantar um projeto educacional para todos os municípios da região, com destaque para o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic). Em 2007, 39% das crianças entre 7 e 8 anos saíam dos primeiros anos do ensino fundamental sem saber ler nem escrever, percentual de analfabetismo que caiu para 6% em 2014. Foram iniciativas como acompanhamento pedagógico de professores e de alunos e meritocracia, como as feitas em Brejo Santo, que o Estado viu o seu Ideb evoluir de 3,5 para 5,2 nos estágios iniciais do ensino fundamental em menos de sete anos. O projeto educacional do Estado, contudo, foi inspirado em uma experiência na cidade natal da família Gomes, Sobral. No caso da cidade visitada pelo EL PAÍS, os 921 professores da rede municipal fazem treinamentos semanais na secretaria de Educação, como parte de um programa de educação continuada do município. O piso salarial é superior ao nacional, que hoje soma 2.135 reais. Os magistrados também recebem bônus de final de ano, um 14 salário que acompanha o desempenho da sua escola no Ideb e no Spaece, prova que mede o conhecimento dos alunos no Estado do Ceará. “Quem faz acontecer, na verdade, é o professor. Então a sua profissão deve ser valorizada”, explica Jacqueline. Nos últimos anos, a rede toda foi reformulada, e a maior parte das 42 escolas de ensino básico foram segregadas por séries. Algumas escolas oferecem matrículas do ensino infantil, outras do primeiro ao quinto ano do fundamental e, outras, do sexto ao nono. Diferentemente da tentativa de reorganização escolar aplicada no Estado de São Paulo, as crianças que foram transferidas contam com transporte escolar e, ainda que tudo seja muito perto na zona urbana da interiorana Brejo Santo, não precisam se preocupar com a distância entre o novo colégio e as suas casas. Na zona rural, onde as distâncias são de fato um problema, as escolas costumam oferecer vaga para todos níveis de ensino. Mesmo assim, o transporte escolar é obrigatório. Antes de 2009, o ensino em Brejo Santo era multisseriado, ou seja, na mesma sala de aula encontravam-se alunos de séries diferentes. O modelo, que funciona bem na Escola da Ponte, em Portugal, parece não se adaptar a Brejo Santo. “Modelos muito construtivistas são ótimos quando os alunos têm boa estrutura familiar, conhecimentos prévios para serem trabalhados. As crianças aqui não vivem essa realidade e eu não posso simplesmente ignorá-las, nem esperar que elas estejam preparadas para as pedagogias modernas”, defende Jacqueline. Dados comprovam a evolução do município após a reestruturação, rede de ensino que já esteve entre as piores do país. O Ideb médio de Brejo Santo passou de 3 em 2007 para 7,2 em 2013. Há alguns anos, a evasão escolar era uma das maiores do Brasil e, o número de matrículas, baixo. Atualmente, 99% dos alunos em idade escolar estão, de fato, na escola, o que corresponde a 12.325 estudantes. Tudo o que foi conquistado pela cidade, contudo, provém de poucos recursos. Além dos repasses do Fundeb, fundo de educação básica distribuído pelo Governo federal para todos os municípios do país, Brejo Santo aplica no segmento 27,5% de suas receitas com tributos, pouco mais de 13 milhões de reais por ano. A cidade conta com cerca de 47 mil habitantes, dos quais 11 mil dependem de bolsas assistenciais do Governo. (...)
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Leituras III Wilson Ibiapina (*) E tem quem ache que burrice é exclusividade dos portugueses. Tudo começou quando eles desembarcaram aqui e não souberam investir na riqueza que encontraram. Levaram ouro e pau Brasil, mas passaram tudo para os ingleses. Investiram na industrialização da Inglaterra. Foram eles que nos ensinaram também a cobrar impostos. O jornalista piauiense Abdias Silva, correspondente de um jornal de Lisboa, estava preenchendo a ficha em um hotel lusitano quando foi interrompido por um gentil funcionário. O rapaz, muito atencioso, informou que era preciso preencher a ficha com o nome por extenso. O hotel não aceitava nomes abreviados. Nada de Abdias. Tinha que especificar o A e o B. A história de loira burra, dizem na Internet, começou com o livro “Os homens preferem as loiras”, de 1925, depois adaptado para a Broadway e o cinema, onde fez sucesso com a morena, pintada de loira, Marylin Monroe. Ela interpretou personagem ingênua. Lorelei Lee, era uma cantora que assassinava a gramática e seduzia ricaços, ajudando a construir o estereótipo que hoje vai da dançarina Carla Perez à música “Lôraburra”, em que Gabriel O Pensador afirma que elas chamam a atenção “não pelas ideias, mas pelo burrão”. A burrice vem acompanhada do
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A Burrice ao alcance de todos total desconhecimento, falta de estudo, de educação. O arquiteto Totonho Laprovítera jura que não é invenção dele: no bairro Alto da Balança, em Fortaleza, Dona Carmem, esposa de seu Costa, é a mulher mais bruta que ele já conheceu. Diz ele: “Pra vocês terem ideia ,ela levou um farto material a um laboratório, para exame de fezes. Colocou uma lata de querosene em cima do balcão e a recepcionista solicitou: - Por favor, dá pra senhora colocar o nome? Ela, já afobada, escreveu na lata: “Bosta”. O jornalista Luís Natal conta que passou por uma boa, há poucos dias: “a moça perguntou meu nome. Respondi, Luís. E pausadamente, ressaltei, antes de ser questionado: Luís com Esse, Jorge Natal. Horas depois quando voltei para buscar o pedido, estava lá , escrito: Luís Com Esse Jorge Natal. Devolvi o papel e, com muita calma, mostrei o engano. E virei culpado: - O Sr. falou rápido, achei que era seu nome.” O jornalista Nelson Faheina registrou em livro que Agaci Fernandes, um atuante político da região do Jaguaribe, no Ceará, promoveu em sua residência um encontro de prefeitos e de primeiras damas. Na hora do almoço, a mulher do prefeito surpreendeu a todos quando começou a gritar, apontando para o teto: - Marido, marido, olha...uma briba! -Tá doida, mulher. Briba é o livro sagrado. Isso aí é uma vispa. Assustada com tanta ignorância, a víbora
desapareceu no telhado. São tantas as histórias que muitas já viraram piadas. O cara chega ao bar com um amigo e pede pro garçom: Dois uísques. E o amigo, burro: dois pra mim também. As pérolas estão mesmo nas provas do Enem. É lá que estão catalogadas as burrices dos jovens que se preparam para entrar no mundo universitário.”Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele”. Outro aluno, também, preocupado com o meio ambiente: “Tudo isso colaborou com a extinção do micro-leão dourado.” E que tal essa: “Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos! O escritor e humorista norteamericano Mark Twain advertia: “Nunca discuta com pessoas burras, elas vão te arrastar ao nível delas e ganhar de você por ter mais experiência em ser ignorante.” O escritor pernambucano Nelson Rodrigues procurou estabelecer a diferença entre ignorância e burrice. Escreveu que a ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza, é eterna. Para Nelson Rodrigues, a sabedoria camuflada é o mesmo que a burrice. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista e diretor do Diário do Nordeste em Brasília
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Leituras IV Estorvo Por Gonzaga Mota (*) Quando um barco navega em águas agitadas e ameaça afundar, a tripulação desfaz-se do que pode. Até mesmo dos peixes, resultado de um trabalho árduo, caso seja uma embarcação de pesca. Com base nesta resumida referência, pode-se dizer que estorvo(substantivo masculino) é tudo aquilo que impede, atrapalha a concretização de algo, cria dificuldades, etc. Pode ocorrer nos campos existencial, moral, profissional, político e em vários outros. A reação racional e coerente dos pescadores nos mostra que o importante é a vida. O extinto de sobrevivência. Ademais, não só por palavras, mas também mediante atitudes podemos alcançar objetivos individuais e coletivos importantes. Muitas vezes, o sofrimento pode ser didático: ensina-nos a evitar as quedas e a valorizar a vida. Devemos procurar desfazer-se do que é estorvo. Sentimentos como a inveja, o ódio, a vaidade, a ganância, dentre outros, podem nos conduzir para um estado de depressão aguda, causando prejuízos, alguns irreparáveis, para todos. As emoções das pessoas e da sociedade podem ser afetadas de uma forma cruel por decisões ambiciosas e corruptas tomadas voluntária, ou mesmo involuntariamente, sem a cautela da generosidade, da solidariedade e do respeito ao próximo. Existem dois remédios eficazes para combater as más ações, os pensamentos negativos e os desvios morais e éticos: o amor e o trabalho sério. Assim, com certeza, superamos os erros e as ofensas e conquistamos resultados positivos. Enfim, “Lembra de Deus em tudo o que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo”. (Provérbios
Gratidão João nasceu numa comunidade muito carente e passou os primeiros anos vivendo num ambiente hostil e perigoso, dominado por pessoas perversas e sem escrúpulos. Prevalecia, literalmente, a lei do mais forte. Pobre criança! Filho de dona Rosa, viúva, diariamente descia o morro para trabalhar como faxineira em apartamentos de um bairro elegante da cidade. O menino ficava com a vizinha, uma sofredora e bondosa prostituta de nome Tereza que foi injustamente castigada pelo destino. A criança presenciava cenas extremamente constrangedores. Homem covarde batendo em mulher, pessoas bêbadas, tráfico de drogas, assassinatos, etc. O poder público pouco fazia para melhorar as condições de vida da população da referida comunidade. Quando Joãozinho completou oito anos, Tereza, mulher de bons sentimentos, procurou dona Rosa e sugeriu que o menino fosse morar na “Casa de Maria”, instituição filantrópica, pertencente a uma senhora aposentada de classe média inferior, cujo objetivo era apoiar crianças pobres e sem perspectivas para o futuro. Dona Rosa concordou e ao ver o filho ingressar na “Casa de Maria”, com os olhos lacrimejando, olhou para Tereza e para a diretora e disse: vocês duas são “santas’, Deus saberá pagar minha dívida. João era muito inteligente. Estudou, recebeu assistência médica e orientação comportamental. Anos depois, ingressou na Universidade, começou a trabalhar e logo foi buscar sua mãe, já cansada, e Tereza, com crises de hemoptise. Ambas recuperadas, voltaram à “Casa de Maria” e passaram a trabalhar, sem remuneração, com a senhora aposentada. A vida, às vezes, é assim. (*) Gonzaga Mota (Fortaleza)Professor aposentado da UFC, deputado e governador do Ceará
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Banco do Nordeste apresentou lucro 42,6% maior no semestre
- O lucro do Banco do Nordeste no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 225,6 milhões. O valor é 42,6% maior do que no mesmo período do ano anterior, quando a instituição lucrou R$ 158,1 milhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio, em 30 de junho, foi de 15,9% ao ano, ante 10,2% ao ano obtida um ano antes. O resultado está no balanço do semestre, publicado nesta sexta-feira, 12. “Vivemos um momento que requer alinhamento adequado em todas as esferas organizacionais para vencermos as dificuldades inerentes à atual conjuntura. Para emergirmos mais fortes e preparados, precisamos responder positivamente aos desafios de nossa missão de sermos ‘o banco de desenvolvimento do Nordeste’”, declarou o presidente da instituição, Marcos Holanda. Com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos da empresa, foram aplicados R$ 5,35 bilhões no período. O montante supera em 7,3% o resultado do primeiro semestre de 2015. Nos seis primeiros meses de 2016, foram aplicados R$ 4 bilhões pelo programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste, o Crediamigo, distribuídos em 2,1 milhões de operações. Para agricultores familiares, foram destinados R$ 1,2 bilhão, em 253 mil contratos. O público de micro e pequenos empresários recebeu R$
1,1 bilhão, para 12 mil empreendimentos. Em 30 de junho, o Banco apresentou patrimônio líquido de R$ 3,04 bilhões (eram R$ 2,84 bilhões, em 31 de dezembro de 2015) e ativos de R$ 42,7 bilhões (R$ 41,4 bilhões, no fim do ano passado). O patrimônio líquido do FNE atingiu R$ 63,5 bilhões e registrou aumento de 6%. O Balanço também destaca a recuperação de R$ 1,13 bilhão em créditos inadimplidos e a redução de despesas com provisões de crédito de R$ 282 milhões. O relatório está disponível na página do Banco na internet no endereço www.bancodonordeste.gov.br/ demonstracoes-contabeis-2016. Semestre Os seis primeiros meses do ano no Banco do Nordeste foram marcados por ações inovadoras. A instituição lançou os produtos Cartão FNE, que oferta recursos para capital de giro e investimento de forma ágil e segura, e FNE Sol, linha de crédito para financiamento a micro e minigeração distribuída de energia. A empresa também criou o Hub Inovação Nordeste (Hubine), espaço para estimular a criação de produtos e serviços e soluções inovadoras para a região. Também foram inauguradas mais 11 agências e a rede de atendimento do Banco do Nordeste chegou a 307 unidades.
Obras contra seca no Ceará põem Estado e União em confronto Decisão da Presidência transferiu parte da responsabilidade para Dnocs. Mudança causou insatisfação até em aliado no Ceará Em meio a uma das secas mais longas já registradas no Ceará, União e Estado travam disputa sobre a execução de obras emergenciais contra a estiagem. O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) transferiu para o Departamento Nacional das Obras Contra as Secas (Dnocs) a execução de várias das ações emergenciais em estados do Nordeste. A decisão foi criticada pelo governador Camilo Santana (PT). Mas, até aliado de Temer no Ceará protestou, caso do deputado federal Danilo Forte (PSB). As obras afetadas são compartilhadas entre Estado e União. Recebem verba federal, mas estavam sob administração estadual. Agora, parte será transferida ao Dnocs. De acordo com Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, a instalação de adutoras de montagem rápida e o abastecimento à área urbana por carros-pipa serão as principais ações afetadas. A construção de dez adutoras estava entre as medidas previstas para receber parte dos R$ 790 milhões liberados pelo Governo Federal para ações contra a seca no Nordeste. O repasse para as adutoras deve tomar R$ 42,7 milhões. Camilo Santana reclamou da transferência da gestão das obras para o Dnocs. “Achei que foi um erro do Governo (Federal)”, disse o governador cearense. Camilo afirmou que a preocupação é sobre a velocidade de execução dos projetos, diante da mudança de gestão. “Se A, B ou C vai executar, o importante é que seja feito, porque as pessoas
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estão passando sede”. Ele também afirma que a decisão contraria acordos já assinados. “Independente do governo, compromissos precisam ser honrados”, disse. Preparo para execução Teixeira se preocupa com o andamento dos trabalhos. “Entra agora novo ator que não está participando desse processo e terá de voltar praticamente a zero”. O secretário manifestou “estranheza e preocupação” com a transferência da gestão num cenário em que o Dnocs está fragilizado. “A gente vinha inclusive ajudando no reparo da fissura do Castanhão, que é de responsabilidade federal. Causou estranheza que, da noite para o dia, eles estejam preparados para montar adutoras”. O Ministério da Integração Nacional informou, em nota, que só parte das adutoras de engate rápido terá execução pelo Dnocs. “Boa parte das obras e programas emergenciais continuará sob responsabilidade dos governos estaduais”. A pasta informa que convênios assinados, que vêm em execução pelos estados, estão sendo honrados. Saiba mais Adutoras de montagem rápida previstas pelo Estado que passam ao Dnocs Pereiro (R$ 10,4 milhões), São Luís do Curu/Croatá (R$ 5,7 milhões), Tamboril (R$ 7,7 milhões), Iracema (R$ 6,9 milhões), Apuiarés (R$ 3 milhões), Ocara (R$ 1,6 milhão), São Luís do Aruaru (R$ 809,5 mil), Triângulo de Chorozinho/Timbaúba (R$ 2,6 milhões), Guassussê/Igarói (R$ 1,02 milhão) e Mineiro (R$ 2,5 milhões) Igor Cavalcante victorigor@opovo.com.br
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Leituras V
Nobreza Cearense II Os Viscondes assinalados
Por JB Serra e Gurgel (*) Nos artigos que escrevi sobre “As Armas e os Barões Assinalados” e “Nobreza Cearense: os Barões e Viscondes, não assinalados”, publicados nas edições 241 e 243, de jul e set de 2012, desta folha, citei os nomes dos Barões mas no espaço não couberam os nomes dos Viscondes que dão luzes à nobreza cearense que, infelizmente, não conta com Duques, Arquiduques e Condes .Conta com marqueses, mas que nos foram emprestados. Os seis barões foram lembrados: de Aquiraz, Aracati, Aratanha, Camocim, Ibiapaba e Studart. Agora vamos aos seis Viscondes: de Cauipe, do Icó, de Jaguaribe, de Mecejana, de Sabóia, de Vieira da Silva, que, a exemplo dos Barões, dignificaram o Ceará Imperial. Com a ajuda do embaixador Rubem Amaral Jr de Pai Google de Aruanda, aqui vão os dados principais dos seis viscondes Visconde de Cauípe. Severiano Ribeiro da Cunha (Caucaia, 6 de novembro de 1831 — Fortaleza, 4 de setembro de 1876), foi comerciante e filantropo brasileiro. Nasceu na localidade de Cauípe, junto ao município de Soure (atual Caucaia), filho dos portugueses Felisberto Correia da Cunha e de Custódia Ribeiro da Cunha, e irmão de Joaquim da Cunha Freire, futuro barão de Ibiapaba. Casou-se com Eufrásia Gouveia da Cunha (1836 - 1877), filha do comendador Manuel Caetano de Gouveia (1791 - 1863), cavaleiro da Ordem de Cristo, primeiro cônsul português no Ceará, e de Francisca Agrela de Gouveia. Em 1 de maio de 1873, foi agraciado com o título de visconde de Cauípe. Visconde de Jaguaribe, Domingos José Nogueira Jaguaribe, (Aracati, 14 de setembro de 1820 — 5 de junho de 1890) foi magistrado, jornalista e político brasileiro. Era filho do capitão João Nogueira dos Santos e de Joana Maria da Conceição. Em 1841, na Faculdade de Direito de Olinda e, já no seu segundo ano, tomava assento como suplente na Assembleia Provincial do Ceará. Bacharelou-se em 1845, sendo nomeado promotor público de Sobral e depois de Fortaleza.. Fez parte do glorioso ministério de 7 de março de 1871, presidido pelo Visconde do Rio Branco, com a pasta da guerra, Casou-com Clodes Alexandrina Santiago de Alencar (? - Minas Gerais, Juiz
de Fora, 6 de novembro de 1912), filha de Leonel Pereira de Alencar e de Maria Xavier da Silva Pereira de Carvalho. Na magistratura, foi juiz de direito das comarcas de Inhamuns, do Crato e de Sobral. Jaguaribe faleceu repentinamente, aos 69 anos, de volta ao Rio de Janeiro após uma visita ao Ceará. Visconde Mecejana Antônio Cândido Antunes de Oliveira, (Aracati — Pernambuco) foi fazendeiro e militar brasileiro. Casou-se com Colomba Ponce de Leão. Era oficial da Guarda Nacional. Durante a Guerra do Paraguai fez diversas doações ao governo, sendo prática comum oferecer recompensas em dinheiro àqueles que se apresentassem como voluntários para ir à guerra. Foi condecorado cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa em agosto de 1866 por estes esforços. Foi agraciado visconde em 25 de julho de 1885. Visconde Saboia. Vicente Cândido Figueira de Saboia, primeiro e único barão e depois visconde de Saboia (Sobral, 13 de abril de 1836 — Petrópolis, 18 de março de 1909), Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde doutourou-se em 1858. Após concurso, foi nomeado em 1859, catedrático de Clínica Cirúrgica, lecionando por mais de vinte anos. Incumbido pelo governo para preparar um plano completo de reforma do Ensino Superior, apresentou projeto, que serviu de base para o Decreto de 19 de abril de 1879, estabelecendo o ensino livre. Autor de inúmeros trabalhos científicos, especialmente na área de cirurgia. Em comissão da Faculdade, foi à Europa estudar as organizações de ensino médico e, em 1881, já nomeado Médico da Casa Imperial e Cirurgião da Corte, é designado diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Exerceu este cargo com excepcional eficiência durante 8 anos, afastando-se com a Proclamação da República, em solidariedade ao Imperador, de quem era amigo e médico particular. Visconde de Vieira da Silva. Luís Antônio Vieira da Silva, (Fortaleza, 2 de outubro de 1828 — 3 de novembro de 1889), foi um advogado, banqueiro e político brasileiro.
Foi deputado provincial, deputado geral, presidente de província, ministro e conselheiro de Estado e senador do Império do Brasil de 1871 a 1889, presidente da província do Piauí, de 6 de dezembro de 1869 a 9 de abril de 1870 e de 22 de abril a 7 de maio de 1870. Filho de Joaquim Vieira da Silva e Sousa, então ouvidor-geral do Ceará, (futuro ministro do Supremo Tribunal de Justiça) e de Colomba de Santo Antônio Gaioso. Tomou como senador em 1871 e exerceu o cargo até quase o fim do regime monárquico, pois veio a falecer poucos dias antes da proclamação da república. Em 1883, ao organizar-se o gabinete de João Alfredo Correia de Oliveira, foi incumbido da pasta da Marinha, mas seu estado de saúde, já era precário.. Visconde do Icó .Francisco Fernandes Vieira (Saboeiro, 20 de maio de 1784 — Saboeiro, 9 de julho de 1862) foi pecuarista e político brasileiro. Foi agraciado com o título de Barão de Icó através do decreto de 14 de março de 1826, título de origem toponímica utilizando-se do termo Icó, hoje município do Estado do Ceará. Depois foi agraciado visconde por decreto de 14 de março de 1855. Chefe político da região central do Ceará e Inhamuns, hegemônico desde o final do século XIX, com o grupo chamado de “Carcarás” (Partido Conservador). Fez parte do governo temporário da província do Ceará após a separação política de Portugal, em 23 de janeiro de 1823. Casado com Ana Angélica Braga Fernandes Vieira, com quem teve treze filhos, dentre os quais, os magistrados e políticos Miguel e Manuel Fernandes Vieira, e Ana e Senhorinha Fernandes Vieira, primeira e segunda esposas de Gonçalo Batista Vieira, barão de Aquiraz. Foram nobres e aristocratas, com suas limitações. Transitaram pelas luzes e as penumbras da ribalta imperial, deixando modesto legado tragado pela máquina da História. Dignficaram o Ceará Imperial, não como protagonistas, mas como figurantes de uma lenda que passou pelo Brasil e pelo Ceará como um turbilhão. (*) JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor. serraegurgel@gmail.com
Baianos estão matando jumentos, “nossos irmãos”. É crime contra a fauna. Se o Brasil não reagir, vamos à ONU Contra acidentes, abate de jumentos na BA tem resistência da Promotoria O animal reverenciado como “o maior desenvolvimentista do Sertão”, na música “Apologia ao Jumento”, cantada por Luiz Gonzaga, está sendo exterminado na Bahia. A alternativa extrema de abater jumentos foi adotada pelo governo baiano pela primeira vez neste ano para tentar reduzir a quantidade de animais soltos nas rodovias, causa de graves acidentes. O Ministério Público Estadual, porém, contesta os abates porque não seriam uma “solução adequada e ética”. Por causa da recomendação do órgão, dos dois frigoríficos habilitados, um já interrompeu a atividade e o outro ainda nem a começou. Abate de Jumentos na Bahia Desde o início de julho, ao menos 300 jumentos chegaram a ser mortos no frigorífico de Miguel Calmon, a 370 km de Salvador. A meta seria abater 2.000 até outubro. O abate foi regulamentado por portaria estadual, em junho, semelhante ao realizado com bovinos. A maioria vem de apreensão nas rodovias, mas há os adquiridos com criadores no Estado. A estimativa do governo é obter cerca de 200 toneladas de produtos, que recebem rotulagem de “produto não destinado à alimentação humana” e “rígido controle na armazenagem e distribuição”. A carne é doada para um zoológico de Salvador e o couro exportado
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para a China. O resíduo restante é transformado em ração animal. Abandono Se antigamente os jumentos ajudavam no campo e serviam de montaria, nos últimos anos perderam boa parte da utilidade para motos e outras máquinas, sendo largados à própria sorte. Outro fator para o abandono é a seca, agravada nos últimos anos. Na Bahia, 72 dos 417 municípios estão em estado de emergência por causa da estiagem deste ano. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, 7.747 animais, incluindo jumentos, foram apreendidos de 2012
até este mês na Bahia. Desde 2014, foram 660 acidentes envolvendo animais, com 28 mortos. Já a Polícia Rodoviária Estadual contabiliza 2.809 acidentes com bichos desde 2012, com 67 mortos. Apesar disso, o Ministério Público Estadual contesta os abates. O órgão enviou recomendação ao frigorífico de Serrinha para que se abstenha da prática, “sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal”. A Promotoria, em nota, diz não ser a “solução adequada e ética sob o viés normativo internacional e constitucional, sobretudo em se tratando de animais historicamente explorados, em situação de risco e maus-tratos”. “O abate é uma nova possibilidade de mercado para a Bahia. Atrairá capital estrangeiro para investir no melhoramento genético desses animais, historicamente abandonados”, diz o gerente do Frigocezar, Israel Augusto. A empresa, afirma o gerente, é inspecionada por fiscais estaduais e cumpre todas as exigências sanitárias e de bem-estar animal. Para o governo baiano, a medida “inibe os abates clandestinos, a beira de rios e currais improvisados, em total desrespeito ao abate humanitário e às leis ambientais”.
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Leituras VI
O Homo sapien (Cogito ergo sum) Fernando Milfont (*) Estudos sobre a diversidade genética africana indicam que a origem das migrações humanas modernas, ocorridas há cerca de 70 mil anos, se deu no Sudeste da África, perto da costa da Namíbia e de Angola. A raça humana teria se expandido pela Europa, Ásia e Oceania há 40 mil anos, enquanto para as Américas, há cerca de 10 mil anos. A evolução não se deu diretamente dos macacos, embora compartilhem com esse ancestral comum. De acordo com os estudos científicos, o sequenciamento completo do genoma levou à conclusão de que depois de 6,5 milhões anos, de evoluções distintas, as diferenças entre os chimpanzés e os humanos são dez vezes maiores do que entre duas pessoas independente, e dez vezes menores do que aquelas entre ratos e camundongos. A linhagem humana divergiu da dos chimpanzés há cerca de cinco milhões de anos, e da dos gorilas, há uns oito milhões. Há 10 mil anos, a maioria dos seres humanos vivia como caçadores e coletores, em pequenos grupos nômades. O advento da agricultura levou à Revolução Neolítica, quando o acesso a grandes quantidades de alimentos permitiu os assentamentos permanentes, com a domesticação de animais e a utilização de instrumentos metálicos. A agricultura, por sua vez, incentivou o comércio e a cooperação, resultando em sociedades complexas. Há uns seis mil anos desenvolveram-se os primeiros estados, na Mesopotâmia, no Saara/Nilo e no Vale do Indo. Forças militares foram formadas para a proteção das sociedades e criou-se a burocracia, para facilitar a administração dos estados, que colaboraram e concorreram entre si, em busca de recursos, chegando até mesmo a travarem guerras. Entre dois mil e três mil anos, alguns estados como a Pérsia, a Índia, a China, o Império Romano e a Grécia desenvolveram-se e expandiram seus domínios através da conquista de outros povos. A Grécia foi a civilização que construiu as fundações da cultura ocidental, tendo sido o berço da filosofia e da democracia. Ali ocorreram também os principais avanços científicos e matemáticos, os jogos olímpicos, a literatura e a historiografia, e o teatro de dramas e tragédias. Com a Idade Média surgiram as ideias e tecnologias revolucionárias. Na China, uma avançada e urbanizada sociedade promoveu inovações tecnológicas, como a impressão. Durante a “Era de ouro do islamismo”, ocorreram grandes avanços nos impérios muçulmanos. Na Europa, a redescoberta das aprendizagens e invenções da Era Clássica, como a imprensa, levou ao Renascimento do século XIV. Nos 500 anos seguintes, a exploração e o colonialismo deixaram as Américas, a Ásia e a África, sob domínio europeu, levando a posteriores lutas por independência. A Revolução Científica no século XVII e a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX promoveram importantes inovações no setor dos transportes, no desenvolvimento energético (carvão e eletricidade) e avanços nas formas de governo. O homo sapiens, como espécie, tem como características o desejo de entender e influenciar o ambiente à sua volta, procurando explicar e manipular os fenômenos naturais através das artes, das ciência, da filosofia, da mitologia e da religião. (Um pequeno esclarecimento: em filosofia, é mantida uma distinção entre as noções de ser humano e de pessoa. A primeira refere-se à espécie biológica, a segunda ao agente racional, ou seja, dá a noção de ser uma coleção de ações e operações mentais). Com o advento da Era da Informação, no final do século XX, a humanidade passou a viver em um mundo que se tornou cada vez mais globalizado e interligado. Embora os avanços tenham estimulado o crescimento das ciências, da tecnologia e das artes, ocorreram também confrontos culturais. O desenvolvimento e a utilização de armas de extermínio de massa e poluição, que têm contribuído significativamente para um desastroso evento, que é a destruição em massa de outras formas de vida e do meio ambiente, processo que pode ser agravado com o aquecimento global. (*) Fernando Milfont é jornalista, sociólogo e escritor, membro da Academia Cearense de Ciências, letras e Artes do Rio de Janeiro, ocupando a cadeira nº5, cujo patrono é o escritor cearense Araripe Jr. (milfont90@gmail.com)
Setembro/16
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Campanha Humanitária
Setembro Verde: Ceará já realizou 1.047 transplantes este ano. Poderemos bater o recorde de 1.500 transplantes. Todas as do doações são bem vindas.
Esses resultados foram possíveis devido em grande parte ao crescimento das notificações de potenciais doadores e à diminuição dos não doadores. Pela primeira vez na história, o Ceará inicia o mês das doações de órgãos e tecidos com mais de mil transplantes realizados no ano. A marca de 1.047 transplantes no Estado em 2016 reveste de significado a celebração do Setembro Verde, referência à cor do laço símbolo mundial da doação de órgãos e tecidos para transplantes. Em 2015, quando foi estabelecido o recorde de 1.433 transplantes no ano, o mês de setembro começou com 915 transplantes realizados entre janeiro e agosto. Os 386 transplantes que faltam para igualar o número do ano passado prenunciam mais uma superação de recorde no Ceará em 2016. Em relação ao ano passado, no período de janeiro a agosto, é maior o número de transplantes de coração, pulmão, medula óssea e córnea em 2016. Este ano já são 168 transplantes de rim, 23 de coração, 128 de fígado, 3 de pâncreas, 55 de medula óssea (38 autólogos e 17 alogênicos), 663 de córnea e 7 de esclera. Esses resultados foram possíveis devido em grande parte ao crescimento das notificações de potenciais doadores e à diminuição dos não doadores. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre de 2015 o Ceará fez 260 notificações de potenciais doadores e 293 no mesmo período deste ano, incremento de 12,7%. Entre as causas da não concretização das doações, as recusas familiares diminuíram de 43% de 150 entrevistas realizadas em 2015 para 38% de 186 entrevistas com famílias de potenciais doadores em 2016. Com isso, a projeção de doadores efetivos saltou de 19,0 por milhão da população/ano (pmp/ano) em 2015 para 24,3 pmp/ano em 2016, proporção maior que a registrada em todo o ano passado, de 23,5 pmp/ano. Solidariedade O Brasil tem hoje o maior sistema público de transplantes do mundo, no qual cerca de 95% dos procedimentos e cirurgias são feitos com recursos públicos. O Ceará, anualmente, fica entre os Estados que mais realizam transplantes de órgãos no país, com recordes sucessivos. Além do elevado nível de especialização e excelência das equipes transplantadoras no Ceará e do trabalho das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs), um dos principais fatores que contribuem para o crescimento no número de transplantes é a solidariedade característica dos cearenses. Para ser um
doador não precisa deixar mais nada por escrito. Basta avisar a sua família sobre a vontade de doar e ajudar a salvar vidas. O processo de doação começa com a identificação e manutenção dos potenciais doadores. Para doar não precisa deixar nada registrado na carteira de identidade. Basta falar para a família da vontade de doar. Nos hospitais, o profissional da CIHDOTT realiza avaliação das condições clínicas do potencial doador, da viabilidade dos órgãos a serem extraídos e faz entrevista para solicitar o consentimento familiar da doação dos órgãos e tecidos. Em seguida, os médicos comunicam à família a suspeita da morte encefálica, realizam os exames comprobatórios do diagnóstico, notificam o potencial doador à Central de Transplantes, que repassa a notificação à CIHDOTT. Nos casos de recusa da doação, o processo é encerrado. Central de Transplantes O Ceará tem 62 hospitais notificantes de potenciais doadores, públicos, privados e filantrópicos, cadastrados no Ministério da Saúde. Das 18 Comissões Intra-Hospitalares formalizadas no Estado, 14 delas funcionam em Fortaleza, duas em Sobral e duas no Cariri. As UPAs 24 horas também fazem a notificação de potenciais doadores de órgãos e tecidos através dos hospitais notificantes. A Central de Transplantes do Ceará funciona 24 horas, sete dias por semana, na sede da Secretaria da Saúde do Estado, e coordena as atividades de transplantes no âmbito estadual, tendo como principais responsabilidades regular a lista dos receptores de órgãos e tecidos, receber notificações de potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica e articular a logística que torna a cirurgia de transplante possível. A realização de transplantes ou enxerto de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizadas pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde. O Ceará tem 40 centros transplantadores, entre públicos e privados, em Fortaleza (37), Sobral, Crato e Barbalha. Da rede pública estadual, são centros transplantadores o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) e o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). O HGF ainda mantém o único público no Ceará, referência na captação, preservação e distribuição de córneas para os centros transplantadores de Fortaleza.
Comitiva do Governo do Ceará cumpriu agenda de negócios na China e na Coreia do Sul na busca de atrair investidores para o Ceará. A carteira de projetos de ativos do Ceará e a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE), entre outros atrativos, serão apresentados pelo Governo do Ceará em série de eventos voltados para investimentos na China e Coreia do Sul. O assessor Especial para Assuntos Internacionais, Antonio Balhmann, representa o governador Camilo Santana e chefia a comitiva, que conta ainda com integrantes da ZPE. No continente asiático, um dos compromissos do assessor especial é a participação na abertura da China International Fair for Investment & Trade (CIFIT 2016), feira internacional da China para o investimento e comércio, que acontecerá no período de 8 a 11 de setembro na província de Fujian, em Xiamen. A CIFIT é o único
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evento de promoção de investimento internacional da China destinado a facilitar o investimento bilateral. A ZPE Ceará participará dos quatro dias da feira com um stand de 54m², com uma comitiva liderada pelo presidente da estatal, Mário Lima Júnior, levando ao conhecimento dos asiáticos e de diferentes investidores as oportunidades de investimentos no Ceará a partir da Zona de Processamento de Exportação do Pecém. Na feira, participarão zonas de livre comércio do mundo todo e a ZPE Ceará será o único stand brasileiro presente ao encontro. Na programação da comitiva da ZPE Ceará consta ainda uma visita técnica a duas zonas de livre comércio chinesas, sendo uma em Xiamen e outra em Fuzhou.
Ceará em Brasília
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Leituras VII João Soares Neto (*) Filhos nascem do amor ou do fortuito. O filho é apenas parte do pai, tal como parte da mãe, esse ser tão decantado, protegido e incensado. O pai, quase sempre, é ser periférico, mesmo se a relação familiar perdura. Não há como competir com a gestação e a amamentação. São laços que a neurociência tenta explicar e ainda não sabe. O pai foi, até algum tempo, o único provedor da família e isso implicava em estar menos presente que a mãe no processo de educação dos filhos. Amor não se mede em tempo. Hoje, a história soa diferente, o razoável é casar com separação de bens, pois ambos trabalham e o eterno pode ser efêmero. Todos coabitam na boa expectativa, mas a convivência faz estragos, além dos danos que a vida impõe. Não vivemos em sonho, somos reais até quando sonhamos. Vai daí que a relação entre o pai e os filhos depende em grande parte, do comportamento da mãe e da sua afinidade, madura, com o pai. Posto isso, refiro que o legado do pai é a sua própria vida, a sua história pessoal e a abnegação aos filhos que, por amor, foram gerados. Hoje, 16º ano do século 21, há mudanças de paradigmas. Há filhos de duas mães e filhos de dois pais. Não importa. Se amor houver e se cada um fizer a sua parte. O que valerá é o legado, não o de bens, mas de atitudes. Foi-se o tempo em que casamento era ofício de mulher. Amanhã será mais um Dia dos Pais. Parabéns a todos.
Ecos de uma eleição alucinada
Estou vendo e ouvindo a CNN. Acompanho as campanhas de Donald Trump e Hillary Clinton ao redor dos Estados Unidos. Um país considerado “cult” para uns; “kitsch”, para outros. Há muitas origens distintas e caracteres, bem diferente da ideia que se tem do antigo
Especial Historicamente vinculada - e subordinada - à pasta da educação, foi no Ceará que a cultura conquistou autonomia política. Oficialmente instituída em 1966, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) permitiu a adoção de equipe e orçamento próprios que seriam direcionados para o desenvolvimento de projetos na área cultural. Idealizada e concebida pelo historiador Raimundo Girão, com a ajuda do jornalista Mozart Soriano Aderaldo e do advogado Plácido Aderaldo Castelo, a Secult foi formalmente fundada pela lei nº 8.541, de 9 de agosto de 1966, levando a rubrica do então governador Virgílio Távora. Girão, que já havia sido prefeito de Fortaleza nos anos de 1933 e 1934, foi também o primeiro secretário da entidade. À época, a Secult funcionava tendo por base um conselho formado por sete membros com mandato de dois anos. Cada um era responsável por vertentes específicas do âmbito cultural: ciências naturais, ciências sociais, literatura, artes plásticas, artes de movimento (cinema, teatro e balé) e música. “É uma história que revela esse espírito inovador e inventivo do cearense e sua percepção da cultura na política pública”, comenta Fabiano dos Santos Piúba, o atual responsável pela pasta da cultura no Ceará. O pioneirismo da Secretaria chamou atenção e o ato começou a ser replicado em outros estados. Em relatório de atividades do governo estadual em 1982, aparece o registro de que, no âmbito nacional, ganhavam força os movimentos que defendiam o desdobramento do Ministério de Educação e Cultura. “Em Brasília, nossa atitude foi recebida com elogios, diziam que devia servir de exemplo pra todo o Brasil”, relembra o advogado Er-
Ceará em Brasília
Legado de pai “american way of life”. Nem era bem adulto quando, pela primeira vez, estive por lá. Voltei outras. Nesse longo tempo já vi muita gente e coisas: Presidente, manifestações de negros sobre Washington, universidades, ciclone, peças de teatro, funerais, museus, galerias de arte, parques de diversões, rua de drogados, cemitério para heróis de guerras, festivais, dias da Independência e de Ação de Graças, Natal, Ano Novo, marcha de ex-combatentes do Vietnã, Iraque etc. Conversei com professores, estudantes, motoristas, lixeiros, garçons e, cada vez mais, me convenço de que a América não é um país. É o que a Europa luta para ser, uma espécie de Confederação. Tímida, atrevida, irreverente, grandiosa, conservadora, racista, inovadora, cosmopolita, vitoriosa, derrotada, caipira, monoglota, poliglota, organizada, polivalente, tudo isso é a América e esse retrato me sai difuso, confuso, complexo e desfocado. Especialmente, quando um candidato a Presidente falar em construir muro de 3.000 km para isolar os EEUU do México. Absurdo. Quando se analisa uma pessoa, embutimos no juízo de valor toda a nossa história. Quando se deseja conhecer um país é natural que entrem, de roldão, a nossa empatia, simpatia ou antipatia. Ninguém é isento diante de tantos contrastes e incongruências que constituem um Estado tão peculiar quanto os Estados Unidos. Quer-se julgar o que se vê apenas com os olhos, mas é necessário vê-lo com lente mais ampla para descobrir a ordem existente em meio a um caos aparente. Não é mera ficção ou ilusionismo. A grande maioria das empresas americanas está hoje voltada para uma concorrência global desenfreada e isso provocou ajustamento profundo nos setores de informação e automação. Há milhões de desempregados, vivendo da
segurança social. Segundo pesquisas, há desaceleração da expansão econômica, medo de desemprego maior e da concorrência estrangeira, ao mesmo tempo em que se reclama do aumento dos impostos, dos gastos governamentais, do protecionismo e do declínio da atividade industrial. Lembrem-se: a China, agora, é grande concorrente e, ao mesmo tempo, mercado para as empresas americanas. Atracão e reação. Hoje, neste agosto, três meses antes da eleição da pessoa que substituirá Barack Houssein Obama, os Estados Unidos parecem um grande computador onde quase todos acessam o que querem ou imaginam desejar, mas a chave está, digamos, com o Google, que sabe tudo de todos. O americano médio ou comum, como o imaginávamos, não existe mais. Hoje, a força dos imigrantes no trabalho, nas universidades, na tecnologia e nas ciências, deu nova face a um país que se imaginava apenas branco, anglo-saxão e protestante. Judeus, árabes, latinos, eslavos, asiáticos e europeus se miscigenaram, na medida do possível, com os nativos e tornaram os Estados Unidos esse amálgama quase indecifrável. Disso tudo, fica a sensação de haver um processo em fervura com novos paradigmas. Os que vêm de fora aceitam – ou desistem - as regras consagradas quanto à ordem e ao modelo econômico. Os “americanos” já não torcem tanto o rosto ao ver o vizinho asiático sair em um reluzente Mercedes Benz. Maior que o antagonismo atávico aos não anglo-saxões e às minorias raciais é o respeito aos que fazem a América e conseguem, superando os obstáculos da língua e da raça, ser respeitados pelo sucesso, ainda a religião mais forte do país. (*) João Soares Neto (Fortaleza), escritor e empresário, da Academia Cearense de Letras
Meio século para pensar a cultura nando Uchôa Lima, que assumiu a gestão Secult em 1971. Segundo Uchôa, as ações de educação consumiam praticamente todo o orçamento da Secretaria antes da separação. Depois da instituição da Secult, coube aos secretários os esforços de planejamento: “Já havia uma certa carência de recursos. Embora os governos de César Cals e Adauto Bezerra fossem sensíveis à questão cultural, o Estado não tinha recursos. Então, a gente buscava ajuda
no Ministério da Educação, na Funarte, no Iphan”. LINHA DO TEMPO RAIMUNDO GIRÃO Posse: 4/10/1966 FRANCISCO ERNANDO UCHÔA LIMA Posse: 15/3/1971
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JOSÉ DENIZARD MACEDO DE ALCÂNTARA Posse: 8/9/1977 MANUEL EDUARDO PINHEIRO CAMPOS Posse: 16/3/1979 JOAQUIM LOBO DE MACEDO Posse: 15/3/1983 JOSÉ MARIA BARROS DE PINHO Posse: 17/3/1987 MARIA VIOLETA ARRAES DE ALENCAR GERVAISEAU Posse: 25/7/1988 FRANCISCO AUGUSTO PONTES Posse: 15/3/1991 PAULO SÉRGIO BESSA LINHARES Posse: 18/2/1993 NILTON MELO ALMEIDA Posse: 7/4/1998 CLÁUDIA SOUSA LEITÃO Posse: 2/1/2003 FRANCISCO AUTO FILHO Posse: 3/1/2007 FRANCISCO JOSÉ PINHEIRO Posse: 19/8/2011 PAULO DE TARSO BERNARDES MAMEDE Posse: 6/9/2013 GUILHERME DE FIGUEIREDO SAMPAIO Posse: 2/1/2015 FABIANO DOS SANTOS PIÚBA Posse: 25/1/2016 CAMILA HOLANDA é filha do seu Dirceu camilaholanda@opovo.com.br JÁDER SANTANA é filho do seu Jáder jader.santana@opovo.com.br
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Leituras VIII
Preciosidades em Livros
José Jézer de Oliveira (*) Não me considero um bibliófilo ou mesmo um colecionador contumaz de obras literárias raras. Todavia, ao acaso devo a feliz oportunidade de reunir no aconchego de minha biblioteca expressivo número de peças literárias da lavra de autores nacionais. Mais de mil volumes compõem o invejável acervo, há quase meio século acondicionado em prateleiras de minha estante. Muitos deles hoje raridades, encontráveis apenas em bibliotecas particulares ou em sebos de livros. Dentre os autores, há nomes da maior expressão literária os quais marcaram época, do período que cobre meados do século passado ao momento atual. À parte a qualidade literária inerente a cada obra, o acervo representa para mim algo muito especial. É que cada volume traz dedicatória escrita de próprio punho pelo autor e a mim endereçada. Esse rico legado data do período em que por dez anos ininterruptos assinei a coluna diária de literatura do Correio Braziliense, a cuja equipe de redatores me incorporei em junho de 1961, ali permanecendo por quase 27 anos, doze dos quais como editor do Caderno 2. Simultaneamente à atuação como colunista literário, exerci a função de Diretor Responsável da “Revista de Poesia e Crítica”, que tinha como orientadores literários Péricles Eugênio da Silva Ramos, Ledo Ivo, José Paulo Moreira da Fonseca, Artur Eduardo Benevides, Lago Burnet, Marly de Oliveira, Anderson Braga Horta e Domingos Carvalho da Silva, este último compondo ainda, ao lado de Afrânio Zuccolotto, Cyro Pimentel e Waldemar Lopes, o Conselho Diretor. Na listagem dos que integram o acervo há um sem número de autores à época pouco conhecidos, muitos deles ocupando hoje posição de destaque no cenário das letras nacionais. Embora dotados de indiscutível talento, muitos não lograram, por adversas circunstâncias, a merecida projeção como escritor. Não que suas obras padecessem de qualidade. Para que lograssem ultrapassar os limites de suas províncias far-se-ia necessário que seus livros ostentassem o selo de qualquer das tradicionais editoras localizadas no eixo Rio - São Paulo, o que sem dúvida lhes garantiria o merecido acesso ao átrio sagrado onde pontificam paradigmáticas figuras da literatura brasileira. Àquela época, vale ressaltar, delineava-se o abrolhar de uma importante fase da literatura brasileira. Para comprová-lo, basta verificar a amostragem do elenco de autores abaixo nomeados para se ter exata noção do elevado nível de qualidade acerca do que se produzia no país no terreno da literatura em meados do século passado. O acervo reúne obras de Carlos Drummond de Andrade, Gilberto Freyre, Afonso Arinos de Melo Franco, José Américo de Almeida, José Cândido de Carvalho, Josué Montelo, Adonias Filho, Barbosa Lima Sobrinho, Aurélio Buarque de Holanda, Ariano Suassuna, Clarice Lispector, Rachel de Queiroz, Lygia Fagundes Teles, Raul Bopp, Antônio Carlos Vilaça, Ledo Ivo, Hélio Silva, Pedro Calmon, Hermes Lima, Érico Veríssimo, João Cabral de Melo Neto, Fernando Sabino, Otto Lara Rezende, Orígenes Lessa, Carlos Heitor Cony, Darcy Ribeiro, Dalton Trevisan, Bernardo Elis, Adalgisa Nery, Dinah Silveira de Queiroz, Menotti Del Picchia, Dias Gomes, Nélida Piñon, Peregrino Júnior, R. Magalhães Júnior, para citar apenas estes, aos quais se juntam renomadas figuras que ingressaram no domínio das letras através
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da publicação de sua própria história, como Pedro Nava, generais Juarez Távora, Juracy Magalhães, Meira Matos, os marechais Floriano Lima Brayner e Mascarenhas de Moraes. Permito-me a veleidade de reproduzir algumas dessas dedicatórias, começando por Ariano Suassuna que no final de sua mensagem manda um “abraço de Cariri seco a Cariri verde”, numa referência às regiões homônimas que nos serviram de berço, uma no agreste paraibano, outra no extremo sul do Ceará. No seu livro Maira, Darcy Ribeiro dá enigmático recado: “Jézer de Oliveira, Maira está cobrando em reclames o que você deve a ele (pag. 184)”. Esta: “A José Jézer de Oliveira, a simpatia e o abraço de Gilberto Freyre, no seu livro O Brasileiro Entre os Outros Hispanos. Mais esta: “Ao jornalista Jézer com o meu mais profundo agradecimento pelo apoio decisivo e inteligente à minha candidatura à Academia Brasileira de Letras, esta homenagem do amigo e admirador”, de Bernardo Elis, escritor goiano que conquistou uma cadeira naquele sodalício, derrotando o quase inexpugnável concorrente, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Para Jézer e Neide, afetuosa visita e mensagem de estima da Dinah”, de Dinah Silveira de Queiroz, no seu romance A Muralha. De Raul Bopp, autor do famoso Cobra Norato: “Ao meu caro José Jézer de Oliveira, jornalista de retos méritos, deixo neste livro meu abraço, com as expressões de velha admiração e estima. Muito cordialmente, Bopp”. “Ao prezado amigo Jézer de Oliveira, oferece afetuosamente, João Calmon”, presidente dos “Diários Associados”, no seu livro Educação e o Milagre Brasileiro; “Para o confrade José Jézer de Oliveira este resumo de uma longa viagem literária”, de Menotti Del Picchia, no livro Seleta em Prosa e Verso; “Para el ilustre amigo Jézer de Oliveira, con los cumplimientos de Carlos Manini Rios”, embaixador do Uruguai, ao encaminhar fac-simile do seu romance, ainda inédito, Cuentos para Niños Magicos; “A José Jézer de Oliveira, homenagem muito cordial de seu patrício e admirador”, Josué Montello, no romance Os Tambores de São Luís; “A Jézer de Oliveira, cordial lembrança do seu colega e leitor”, Herberto Sales, em O Lobisomem e outros contos folclóricos. Do crítico e historiador do Modernismo, Mário da Silva Brito, em sua obra Antecedentes da Semana de Arte Moderna: “Para José Jézer de Oliveira, lembrança amiga do seu constante leitor”. E, por último, Adalgisa Nery, no seu romance A Imaginária: “Para José Jézer, com o abraço carinhoso”. Detalhe: numerosos autores marcam presença no acervo com mais de uma obra. Cito apenas estes: Drummond (8); Gilberto Freyre (5); Montello (4); Hélio Silva (10); Ledo Ivo (4); Dinah (4); Cony (5); Vilaça (5); Adonias (4); Bopp (3); Rachel (2); Afonso Arinos (3); Erico Veríssimo (2); Suassuna (3); Adalgisa (3); Acendino Leite (10); Afonso Arinos (3) e Hélio Silva (9). Afortunado guardião dessas preciosidades, não há como não render-me à cúmplice vaidade de considerar-me um privilegiado. Entreter-me vez ou outra passeando os olhos por essas mensagens me remete à indagação formulada pelo escritor alemão Hermann Hesse no livro Para Ler e Guardar: “Por que não podemos conversar com nossos livros? Não raro são eles tão inteligentes quanto às pessoas; às vezes até igualmente divertidos”. (*) José Jezer de Oliveira (Crato), Jornalista e ex-presidente da Casa do Ceará em Brasília
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Judiciário possibilita 6.494 reconhecimentos de paternidade no Ceará Eles não tinham o nome nem o sobrenome do pai na certidão de nascimento. Muito menos a presença, o carinho e o cuidado da figura paterna. Mas o Poder Judiciário do Ceará garantiu que milhares de histórias mudassem. Em seis anos de existência, o programa Pai Presente possibilitou o reconhecimento de paternidade de 6.494 pessoas no Estado. Deste total, 5.715 foram garantidos voluntariamente e 779 por meio de exames de DNA. A estatística é referente ao período de agosto de 2010 (data da criação) a agosto de 2016. Para a juíza coordenadora do trabalho no Ceará, Roberta Ponte Marques Maia, “as ações de reconhecimento de paternidade realizadas em Fortaleza, Região Metropolitana e Interior do Estado possibilitaram a aproximação do Judiciário com a sociedade, na intensa busca pela efetivação dos direitos fundamentais, no caso específico, o direito à paternidade”. O programa, idealizado pela Corregedoria Nacional de Justiça, possibilita que sejam feitos reconhecimentos tardios de paternidade sem necessidade de advogado e sem custos para o pai ou mãe. Só neste ano, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), por meio da Corregedoria Geral de Justiça, realizou dois mutirões de reconhecimento de paternidade, no Fórum Clóvis Beviláqua, além de ações em escolas públicas de Fortaleza. As iniciativas beneficiaram mais de 900 pessoas. Segundo o corregedor-geral de Justiça, desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, “com esses mutirões, o Judiciário permitiu que pais reconhecessem seus filhos de forma voluntária, sem transtornos, sem conflitos, e conscientes da importância da criança ou do jovem ter o nome do genitor em seus documentos”, ressalta. De acordo com a chefe do Judiciário, desembargadora Iracema Vale, as ações realizadas não apenas garantiram que crianças e jovens tivessem seus direitos assegurados por lei, mas também revelou uma iniciativa com ganho social imensurável. “É bastante satisfatório para o Poder Judiciário impactar positivamente na vida das pessoas, com ações como esta de reconhecimento de paternidade”, reconhece. COMO PROCEDER Quem tem interesse de reconhecer paternidade ou reivindicar o reconhecimento (pai, mãe ou filho maior de idade) pode comparecer ao cartório de Registro Civil mais próximo de sua residência, ou ao Fórum de sua cidade, e fazer a solicitação. O procedimento é simples. Basta as partes levarem RG e CPF, certidão de nascimento do filho e dados do suposto pai. O procedimento de reconhecimento de paternidade é gratuito. Até setembro, mais três escolas públicas de Fortaleza com os maiores índices de crianças sem o nome do pai no registro de nascimento receberão o projeto Pai Presente. A próxima instituição de ensino é a Escola Municipal Antônio Sales, no bairro Rodolfo Teófilo. A ação acontecerá no dia 20 de agosto, das 9h às 13h.
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Leituras IX
Foi bom pra você? Macário Batista (*) Tenho o chorador frouxo. Choro de alegria, choro de emoção, choro pelo sofrimento dos outros, choro pela felicidade de quem não faço a menor ideia de quem seja. Só não choro de raiva, porque raiva em mim dura pouco. Mas choro por desconfiança, choro por confiança e choro, choro sim, por um treco chamado gratidão, o primeiro e último dos sentimentos humanos. Tive dias intensos de choro e de lágrimas. Emoções, na quase totalidade das vezes. Fui atleta e não fui dos piores (perguntem a quem me viu defender um gol no futebol de salão) e, já naquele tempo era emotivo, mas não chorava nas vitórias nem nas derrotas. Aprendi ali que perder e ganhar fazem parte de jogo, isto é, da condição humana. Perder é tão nobre na disputa quanto ganhar, desde que se ganhe com honorabilidade, com competência, com o valor da vida acima de tudo e o aprendizado acima do bem e do mal. Vi os jogos olímpicos do Brasil do primeiro ao último minuto. Ao ultimo, não, mentira, porque o dead line do jornal não pode esperar pelo fim de tudo pra fechar a página onde humildemente assino o que penso, o que sinto, o que sei e, por lógica, pelo que escrevo. Jogamos, corremos, pulamos, lutamos. Apanhamos e batemos em nome do esporte, da união dos povos, da hegemonia das nações nos fundamentos que cada uma defendeu. E isso me fez dezenas de vezes enxugar o diabo-santo de lágrimas teimosas, emocionadas, felizes, solidárias. Isso marca a vida de um povo como marca a vida deste velho que há mais de cinquenta anos ganha a vida na ponta dos dedos, desde a antiguíssima máquina de escrever até os sofisticados e de vez em quando incompreensíveis teclados deste ou de outros computadores pelo mundo, pela história, pela vida. Por tudo isso passei nesses jogos olímpicos. Foi bom pra você? A frase: “Seja feliz, triste, chore, sorria, beije, abrace, lute, perca, ganhe, sonhe, realize...hoje! Porque o ontem se foi e o amanhã pode não vir!”. Se servir de consolo... A hora do espiribol Calma gente; muita calma nesta hora. Neste domingo se encerram os jogos olímpicos da Rio 16. Agosto de festas, emoções, medalhas, frustrações, constatações, críticas, aplausos, vaias como as dadas ao Interino na abertura e que correu do encerramento como o cão correu na cruz e da água benta. Falar de mal de jogos olímpicos é de uma burrice sem par. Reclamar que o Brasil não podia sediar olimpíadas, pior ainda. O que foi construído ficou. O que foi limpo, ficou. O que foi mudado nos transportes do Rio, mudou. A mentalidade brasileira, pelo menos em meia dúzia de cabeças mudou. O que não mudou? Muita coisa, como a cobertura de imprensa que cada vez ficou mais desastradamente torcedora, tiete, incompetente, apesar de falar inglês, francês, espanhol, alemão, russo e etc. e coisa e tal. Mas não era nada disso que queria falar. Tava aqui só enchendo linguiça pra chegar ao cerne (cerne é lindo e sempre quis usar essa palavra num texto) da questão. Por acaso os amigos viram...calma gente! Eu sei que tem que dizer os amigos e as amigas. Pois bem, Cês viram quantas modalidades de esportes foram disputadas? Tinha esporte de que jamais ouvi falar e outros que vieram na minha infância. Peteca, por exemplo, virou badmintol. Achei fofo. Carimba, outro exemplo; virou handbol, o esporte pra quem não deu pra nada em voleibol, nem basquete nem futebol de salão. Virou jogador de handbol. Aí ce pergunta; onde que esse maluco quer chegar? Olhe, o diretor deste jornal, jornalista Ricardo Palhano, tem um sonho que, pelo correr do tempo está mais perto do que nunca de se realizar; a coisa de uns 40 anos ele foi campeão de “espiribol” no Colégio São João. De lá pra cá o que mais o toca pra frente é fazer do espiribol um esporte olímpico e disputar uma medalha. Viva o espiribol!!! (*) Macário Batista (Sobral) jornalista, blogueiro, multimídia
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Eleitorado supera população em mais de 300 municípios. No Ceará Guaramiranga tem 4;058 habitantes e 5.412 eleitores. Pode? Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que 305 municípios têm mais eleitores que habitantes, se levada em conta estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da população residente por município para 2011 – os dados são os mais atualizados do instituto e foram publicados no “Diário Oficial da União”. O percentual de municípios onde o total de eleitores é maior do que a população é de 5,5% dentre 5.564 cidades do país com ambos os números disponíveis – o IBGE possui dados de 5.568 municípios. O Brasil tem uma população estimada de 192.376.496 habitantes para 2011. O TSE contabilizou, em julho deste ano, 140.394.103 eleitores aptos a votar no país e outros 252.343 que votam no exterior – cerca de 70% da população brasileira. De acordo com o TSE, nem sempre o domicílio eleitoral é o mesmo que o domicílio civil, e alguns municípios desenvolvem características específicas que levam a essa situação, o que, segundo o tribunal, não configura necessariamente fraude (leia mais abaixo a justificativa do TSE). As 20 Cidades com maior desproporção entre Eleitorado e População Município Oliveira de Fátima (TO) Passagem (RN) Águas de São Pedro (SP) Chapada de Areia (TO) Parari (PB) Senador José Bento (MG) Serra da Saudade (MG) Guaramiranga (CE) Borá (SP) Senador Cortes (MG) Córrego Novo (MG) União Paulista (SP) Avelinópolis (GO) Lagoa de Velhos (RN) Ermo (SC) Brejo de Areia (MA) Catolândia (BA) Severiano Melo (RN) Aroeiras do Itaim (PI) Sem-Peixe (MG)
População Eleitorado
Relação eleitor habitante 1,90 1,57 1,52 1,51 1,50
1.043 2.910 2.770 1.340 1.242
1.986 4.580 4.213 2.025 1.868
1.829
2.525
1,38
811 4.058 806 1.987 3.088 1.618 2.446 2.669 2.049 5.264 2.631 5.801 2.441 2.822
1.107 5.412 1.071 2.625 4.058 2.116 3.171 3.426 2.625 6.700 3.337 7.347 3.081 3.545
1,36 1,33 1,32 1,32 1,31 1,30 1,29 1,28 1,28 1,27 1,26 1,26 1,26 1,25
Fontes: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e TSE (Tribunal Superior Eleitora Oliveira de Fátima, no Tocantins, é a cidade com maior disparidade entre população e eleitorado. O município tem 1.986 eleitores contra 1.043 habitantes, quase o dobro do total de moradores. O TRE de Tocantins diz que não é comum situação como a de Oliveira de Fátima, “mas que, devido ao conceito de domicílio eleitoral ser muito extenso, abarcando vínculos familiares, patrimonial, afetivo dentre outros, podem acontecer casos semelhantes”. Em segundo lugar, está Passagem, no Rio Grande do Norte, com um total de 4.580 eleitores cadastrados junto à Justiça Eleitoral e uma população de 2.910 pessoas, segundo o IBGE. A coordenação de Logística de Eleições do TRE do Rio Grande do Norte afirma que a situação da cidade de Passagem é normal, “pois, de acordo com a legislação, o domicílio eleitoral é permitido para quem tanto reside no município como também para quem tem vínculos
trabalhistas, familiares, afetivos etc.”. “A pessoa pode transferir seu título se comprovar vínculos fortes com o município para o qual quer estabelecer como local de votação. Isso não configura fraude”, informou o tribunal. São Paulo, maior cidade do país, conta com uma população estimada para 2011 de 11.316.149 de habitantes e 8.619.170 eleitores. De acordo com os dados do IBGE e da Justiça Eleitoral, somente duas cidades têm o mesmo número de habitantes e de eleitores. Ambas ficam no Rio Grande do Sul – Nova Boa Vista, com 1.940 habitantes e eleitores, e São José do Inhacorá, com 2.184. Nos estados Por estado, Minas Gerais possui 74 cidades com mais eleitores do que habitantes, seguido de Goiás (43), Rio Grande do Sul (34), Rio Grande do Norte (31), Piauí (28), São Paulo (27), Santa Catarina (18) e Paraíba (15). Rio de Janeiro, Sergipe, Rondônia, Mato Grosso e Espírito Santo têm uma cidade cada nessa situação. saiba mais TSE justifica Em nota, o TSE afirma que para votar em determinados municípios, vínculos como os profissionais são aceitos. “O cidadão não precisa ter residência no município onde pretenda fixar-se como eleitor, para isso bastando que comprove vínculos que abonem esse requisito (patrimonial, profissional, comunitário, entre outros).” “Daí decorre que, em alguns casos, notadamente em municípios que apresentem características especiais geográficas, de desenvolvimento de atividade econômica ou produtiva, ou de atrativos de outra natureza, haja incremento no quantitativo de eleitores, superando a própria população residente”, informou o tribunal. “Não há proporção ideal ou legalmente definida.” Ainda conforme o TSE, em razão disso, “a relação entre eleitorado e população não conduz, por si só, a indicativo de fraude no alistamento eleitorado” e a realização de revisão de eleitorado é de competência dos tribunais regionais eleitorais quando se tratar de suspeita de fraude. Já as revisões que levam em conta os requisitos estatísticos, o TSE afirma que vem regulamentando essas revisões desde a implantação do Programa de Identificação Biométrica do Eleitorado. Diz ainda a nota que, salvo em situações excepcionais autorizadas pela Corte, estão vedadas revisões de eleitorado em anos eleitorais. “Desde 2009, o tribunal vem admitindo tão somente a realização das revisões de eleitorado com identificação biométrica até o primeiro trimestre do ano eleitoral, de forma a assegurar a regularização de situação dos eleitores eventualmente cancelados nos procedimentos revisionais até o fechamento do cadastro imposto pelo art. 91 da Lei nº 9.504/97.” Investigação de suposta fraude No Rio Grande do Sul, 15 municípios com mais eleitores que habitantes são investigados pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal. Em julho, o Gabinete de Assessoramento Eleitoral do MP recebeu da PF indícios de distorção nos números. Os dados foram repassados aos promotores dos municípios, que poderiam pedir ou não que a Polícia Federal a apurasse o caso. Em contato com o G1, a PF disse que não vai se manifestar sobre a investigação, que ainda está em andamento. Os nomes das cidades são mantidos em sigilo para não atrapalhar o processo.
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Os homenageados com o Sereia de Ouro de 2016. Premiação é reconhecimento da cearensidade
Solenidade acontece no próximo dia 30 de setembro, no Theatro José de Alencar (TJA) A Comissão de Seleção do Troféu Sereia de Ouro, criado pelo chanceler Edson Queiroz, divulgou,), os nomes dos quatro personalidades cearenses que serão agraciadas neste ano: Escritora Ângela Gutierrez, Médico Anastácio de Queiroz Sousa, Desembargador Teodoro Silva Santos e Cineasta Karim Aïnouz. A solenidade de entrega da 46ª edição do troféu acontecerá no próximo dia 30 de setembro, no Theatro José de Alencar (TJA). Teodoro Silva Santos, Desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará desde 29 de abril de 2011., nasceu em 2 de maio de 1958, em Juazeiro do Norte – Ceará. Cônjuge: Anamaysa Nogueira Filhos: Matheus Teodoro Ramsey Santos e Davi Teodoro Nogueira Santos Formação Acadêmica Bacharel em Ciências Jurídicas – UNIFOR – 1987 Especialização em Direito Processual Penal – UFC e Direito Constitucional – UNIFOR Mestrado em Direito Constitucional – UNIFOR Principais Atividades Exercidas Promotor das Comarcas de Solonópole 1993, Aurora 1994, Crato, 1994. Promotor das Execuções Criminais e Cível 1995, 5ª Promotoria de Justiça de Execuções Fiscais e de Crime contra a Ordem Tributária 1998, 14ª Promotoria
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de Justiça Criminal de Fortaleza 2002, 1ª Promotoria de Justiça de Execuções Fiscais e de Crimes contra a Ordem Tributária de Fortaleza – Entrância final 2003. Outras Atividades Participou do Seminário sobre crimes contra a ordem tributária 1998; XIV Congresso Nacional do Ministério Público; Ciclo de debates sobre eleições 2004, realizado na
UNIFOR em parceria com o TRE e Esmec 16/05/2004; Seminário “I Seminário de Direito Penal” – O crime organizado, realizado na UNIFOR 19/05/2008. Condecorações, Títulos, Medalhas Comenda de “Ordem Alecarina” – Egrégio Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Ceará – 2003;
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Título de Cidadão da Cidade de Fortaleza/ Ce – aprovado em 10 de junho de 2003; Título de Cidadão da Cidade de Palmácia / CE; É autor do livro “A transação penal nos crimes de ação privada à luz da hermenêutica e dos princípios constitucionais” – ed. ABC 188 p.2008. Artigo “O interrogatório do acusado à Luz da lei nº 10.792/03” – Revista 4 – Nº 10 – Maio/setembro 2004 Anastácio de Queiroz Sousa Nascido em 1.º de fevereiro de 1951, no município de Coreaú/CE. Formado em Medicina no ano de 1976 pela Universidade Federal do Ceará, especializou-se em Clínica Médica pelo Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará em 1978; Especialização em Fellowship em Medicina Geográfica Medicina Tropical em 1983 pela Universidade de Miami, Estados Unidos; Especialização em FellowShip em Doenças Infecciosas em 1984 pela Universidade de Virginia, Estados Unidos. Foi Diretor do Hospital São José de Doenças Infecciosas de 1986 a 1994, se afastando da Direção para assumir o cargo de Secretário Estadual da Saúde, no qual permaneceu por duas gestões consecutivas. Possui uma vasta produção científica e recebeu vários prêmios e títulos, dentre os quais o de Pessoa de Notório Saber no Setor de Estudos de Infectologia pela Universidade Estadual do Ceará em 2000, sendo Homenageado na Galeria dos Presidentes do CONASS – 20 anos.
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Comendador Albery Mariano doa moinho para o museu da Casa do Ceará
Dr. Albery Mariano e sua esposa Cleuza Mariano com a Superintendente da Casa do Ceará Antônia Guimarães.
Dr. Albery Mariano fazendo a entrega do moinho ao Presidente da Casa do Ceará Osmar Alves de Melo
P Esprojeto eci s ais
Coordenadora do Museu, Maria de Fátima, Comendador Albery Mariano e Superintendente da Casa do Ceará, Antonia Guimarães.
No dia 30.08.2016 o Comendador Albery Mariano Conselheiro da Casa do Ceará em Brasília, em visita, fez a doação de um MOINHO de CAFÉ para o tradicional MUSEU DE ARTES E TRADIÇÕES DO NORDESTE MARIA CALMON PORTO. A peça, bem conservada, é oriunda da Casa Grande de Caucaia-Ceará, onde residiram seus Avós maternos. A entrega foi feita ao seu Conterrâneo e Presidente da Casa do Ceará Dr. Osmar Alves de Melo.
Dr. Albery Mariano Um Cearense, generoso, Simples e temente a Deus Como professor do SENC Uma Vida de luta, sucesso e poesias O Comendador Dr. Francisco Albery Ma- fez um belo trabalho como riano relata, que seu progresso, pestígio e pros- Técnico de Ensino – aprenperidade, começou depois do seu casamento dizagem. com a mineira Cleuza Luíza Mariano sua “Musa Um dos momentos marInspiradora” de seus poemas de amor. cante de sua vida, foi sua ForA vida não lhe foi fácil, mais muito aproveito- matura no Curso de Direito na sa, abençoada por Deus e consagrada a mãe Rai- Universidade CEUB, Brasília Formando: Bacharel nha cuja medalha ostenta na lapela de seu terno. – DF. A parti dai, as portas Albery Mariano se abriram para o sucesso do Jovem sonhador, chegou em Brasília em jovem destemido e promissor Advogado. 10 de janeiro de 1960, para enfrentar sozinho a “ A vida muito magoa. dureza da vida, estudar, trabalhar, e vencer, longe Vida dura encontrei da família e de seu torrão natal. Ora amarga, ora boa. Venci, porque estudei” “ Em Brasília, fui morando; Em 1966, Conheceu sua amada Senti de perto a pobreza, esposa, hoje com 45 anos de feliz união, dedicaDeus foi me abençoando; ção, respeito, afeto e compreensão. Com extrema gentileza. Albery – apontador de obras
Funcionário Público do Ministério da Fazenda, nunca se descuidou da Missa aos Domingos e dos seus estudos, no Centro Educacional Elefante Branco, em Brasília, desde os idos de 1960. Estudou na Universidade de Brasília – Curso de Letras e na Faculdade de Teologia, recebendo o credenciamento para lecionar. Foi Professor na Rede Pública do DF, Ensino Religioso e Assistente de Ensino.
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O Professor Albery, tem muito carinho por Patos de Minas; porque, daqui saiu sua musa, a Professora Cleuza, a qual, o motiva na criação das poesias. “ Conheci uma morena, A quem dei muito valor. Com carinho e muita luta. Conquistei seu amor”. “Aprendi o segredo de me sentir contente, Satisfeito fico de lhe agradar, em tudo, Ao seu lado, me sinto forte e experiente. Quarenta e cinco anos, deste amor maduro.”
O Casal: Comendador Dr. Albery Mariano e a Dama Comendadora. Professora Cleuza Luíza Mariano. O Nascimento da filha Katia Sheila, foi motivo de carinho e emoção. Hoje mãe de seus estimados netos: Jefferson e Jean Alex . Hoje, relato em versos, A minha felicidade!.. Kátia Sheila e meus netos, Que me fazem amar de verdade.” Seu ingresso na Presidência da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas – GO, se deu quando Dr. Albery recebeu a Comenda José Bonifácio de Andrada e Silva – O Patriarca da Independência , em 02 de março de 2013. Possui devidamente registradas, as cinco medalhas do “ Barrete” que lhe deram o titulo de Comendador. Comendador Dr. Albery Mariano Como Conselheiro da Academia Brasileira de Artes, Cultura e Historia( sediada na casa da fazenda no Morumbi – São Paulo, se sente feliz em dar sua valiosa contribuição a Cultura e Artes, sendo parte Integrante da Historia e da Sociedade Brasileira. Matéria extraída da revista SC Máxima Edição Especial Fenamilho 2013. Patos de Minas.
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Página da Mulher O retrato impossível de algo tão doce Regina Stella (*) Você me pediu um traço forte da personalidade, uma lembrança marcante, um fato, uma história, algo que falando dela, dissesse do seu perfil, da sua maneira de ser, e pudesse, daí, ter à mão o seu retrato. Confesso que tentei, mas por mais que buscasse um episódio, uma sequência de fatos, e nas reminiscências, instantes esparsos, soltos, me voltassem ao pensamento pedindo primazia, não alcancei o objetivo, não consegui o intento. Impossível limitar o ilimitado, em fronteiras conter o que não pode ser contido, cingir em palavras o que paira além e em simples frases falar de Mãe, das marcas profundas que pela vida inteira se carrega, sinal, impressão, permanente lembrança. Independe do tempo a sua presença, não se contam os anos, juntos, palmilhados, e se sabe, tão só, que foi entrelaçada a nossa vida e a dela, com tal intensidade, que nunca se pode arrancar dos nossos dias presença tão amada! Ah! eu a vejo passando, seguindo na rua, e acenando da esquina... Mas, que tem de extraordinário o fato, tantos são os que passam e acenam, senão que segue, ali, alguém de tamanha grandeza, que perde o mundo a dimensão, se acanha, e aquele instante na retina, apenas a silhueta querida se gravou? Pisava leve, eu lembro, era de ternura o aceno, e tão doce o gesto, que doía no coração pequenino a despedida que significaria logo mais, fechado o postigo, uma casa vazia, silenciosa, ampla em demasia, sem a presença dela, calorosa, amiga, aconchegante. Na generosa casa, de altas portas e largas janelas, do tempo do bisavô, se multiplicavam as salas e os quartos, abertos ao interminável corredor por onde entrava a meninada, chegando da rua, da escola, cada um buscando os seus cuidados, sua estante, seu lugar de dormir. Se ela não estava, de cada canto se apossava a solidão, e tomava o velho casarão o tamanho do mundo! Despida de graça a sala de jantar, ponto de encontro, onde numa rede de tucum, num canto, costumavam sentar, e ouvir de um, de outro, sua história, sua versão. As orquídeas debruçadas no peitoril da janela pareciam desoladas, quietas, na sala então vazia. Ela trazia o encantamento, a magia, e enchia de calor e movimento a casa inteira. Era o riso, a luz, o sol, a certeza do amanhã. Em cada ato seu, em cada passo eu vislumbrava um obstinado desafio, quase um canto de vitória, na peleja que sem trégua, enfrentava a cada dia. Era incansável! Nunca ouvi uma queixa, um lamento, nem nunca em seu rosto descobri a sombra do desânimo! Olhava a vida por um prisma só de fé. Extraordinária mulher! E hoje que é sempre seu dia, e você me pede um fato marcante, extraordinário, eu bato em retirada! Mas, buscando a razão da incoerência, vou contar a você a descoberta. São fatos comuns, parece nada ter de extraordinário o vaivém de uma mãe, na sua lida diária, o café da manhã, a escola, o dever, a divisão do tempo, a hora de brincar, a hora de dormir, a supervisão do pequenino mundo entre quatro paredes, contudo, gigantesco mundo, onde se plasma a alma, se molda o coração da criança, do homem de amanhã. Entre cada palavra, entre cada lição, no olhar, no gesto, há um mundo de ternura e de solicitude, uma prodigalidade sem limites no ato de se dar. Como a fonte, se deixa fluir, sem nunca pedir que as águas retornem ao ponto de partida. De onde brotou, nascente, apenas um desejo, que se transformem em regato, em caudaloso rio, as águas que, murmúrio e marulhar, partiram, seguindo o seu destino. Fonte, mãe, segue com o coração, de longe o filho amado, augurando-lhe tão só o bem, e feliz caminhar. Falar de alguém assim, que faz da vida permanente doação, na arte toda sua de se multiplicar e de se dividir, são frágeis, perdem sentido e força todas as palavras, e eu não saberia, nunca, contar toda a verdade, no intuito de exaltá-la. Sei, tão só, que no mundo nenhuma palavra é doce, e mais fundo toca o coração: Mamãe! (*)Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora
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Leituras X
Castanhão, Transposição, DNOCS, CODEVASPS Cassio Borges (*) “Desbravador, Doutor Cássio Borges. Este sua fala depoimento com o Doutor Newton de Oliveira Carvalho. É um verdadeiro resgate da HISTÓRIA DO PISFPROGRAMA DE TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARAAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO NORDESTE SETENTRIONAL. Este golpe de mestre fantástico, de incluir sete PCHs no programa PISF, de forma a zerar os custos da energia consumida na transposição, pelo simples fato de bombear nas horas mortas (23 as 6:00h), e entregar ao ONS a energia gerada no pico(6:00 as 23:00h). Me encucava. Agora sei da cabeça de quem saiu. Muitas outras sacações engenhosas. Os reservatório de passagens todos de cabeceira, com pequenos aportes de sedimentos. Evitando seu prematuro assoreamento. Agora estas corajosas e importantes medições líquidas em águas altas no rio Jaguaribe, Ponte de Aracati e Peixe Gordo em 1985. Felizmente estas memórias serão disponibilizadas brevemente em seu livro intitulado, A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO – Em Defesa da Engenharia Nacional. Uma boa madrugada de trabalho para nós. Mongin. Enviada em: sexta-feira, 8 de julho de 2016 19:58 Para: Newton de Oliveira Carvalho Newton Cc: J.MONGIN CODEVASF Assunto: AS ENCHENSTES DE 1985 NO ESTADO DO CEARÁ Caro Newton Você falou bem. As medições que você e o Heitor Hugo da Silveira, engenheiro do DNOCS, fizeram no local do Açude Castanhão com uma das equipes de hidrometria do DNOCS, foram nas enchentes do Rio Jaguaribe no ano de 1985. Eu era o Chefe da Divisão de Hidrologia do DNOCS e, naquela mesma ocasião, eu estava em Aracati (foz do Rio Jaguaribe), também com outra equipe de hidrometria do DNOCS medindo a vazão na seção da Ponte de Aracati, onde o "seu" DNOS havia construído um dique de proteção daquela cidade. O referido Dique, em função da excepcional enchente do Rio Jaguaribe naquele ano, rompeu em seis locais como eu mostro na figura (desenho) publicada no meu livro no Capítulo que eu denominei de "AS ENCHENTES DO RIO JAGUARIBE NO ANO E 1985". Infelizmente, a CPRM não fez nenhuma medição em cotas alta, nem na seção do Açude Castanhão (que não era de sua obrigação), nem na seção da ponte do Rio Jaguariobe e nem na seção de Peixe Gordo, localizada acima da cidade de Limoeiro. Mas, graças ao DNOCS, essas medições em cotas altas foram feitas e graças a elas nós determinamos uma excelente Curva Chave para essas três seções do Rio Jaguaribe. Com base nessas Curvas Chaves (cota x vazão) nos foi possível determinar o volume d`água que passou na seção do Rio Jaguaribe no Açude Castanhão no ano de 1985 e por extrapolação com os dados de pluviometria do DNOCS (o maior acervo em toda a América Latina), fizemos extrapolações para as mesmas seções nos também anos excepcionais de enchentes de 1924, 1974 e 1989, embora este último ano não se possa dizer que tenha sido excepcional, mas o Castanhão já existia, já estava construído. Só por curiosidade, na seção do Açude Castanhão passou no ano de 1985, 20,9 bilhões de m³ de água. O nosso amigo Waldemar, hoje Presidente da ANA, conhece esta história pois o DNOCS operava em Convênio com o DNAEE e a CHESF todas as estações hidroclimatológicas dessa três entidades nos Estados do Ceará e Piauí, a um custo muito baixo, diga-se de passagem, sem se falar na alta qualidade dos trabalhos de campo realizados por aquele Departamento Federal. Que o diga o Dr. Barbosa que era um dedicado e excelente Diretor do DNAEE. Por sinal, onde está ele? Tudo o que lhe disse acima, e com muito mais detalhes, está no meu livro "A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO – Em Defesa da Engenharia Nacional, cuja
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segunda edição deverá ser publicada ainda neste mês de julho, quando do meu regresso ao Brasil. Um grande abraço do seu amigo e admirador, Cássio Subject: Re: A Transposição do Rio São Francisco From: newtonoc@openli nk.com.br Date: Fri, 8 Jul 2016 17:59:29 -0300 Cássio Interessante a nota. Essa transposição está demorando e foi muito modificada. Quando eu trabalhava no DNOS colaborei nas medições. Lembro-me que não tinha valores de vazões em Cabrobó. Fui lá medir e fiz isso com equipamento que a CPRM de Recife me emprestou. Andei tb medindo lá pro Castanhão com a ajuda do Heitor. Medimos o rio na cheia. Foi uma aventura. Depois pegamos o pique e fizemos a medição por método indireto. Saí do DNOS e fui para a Eletrobrás e o assunto ficou lá. Newton Em 6/7/2016 12:18, Cássio Borges escreveu: CARO NEWTON RECEBI DE UM AMIGO O COMENTÁRIO ABAIXO DO SOCIÓLOGO ROBERTO MALVEZZI, DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA, PESSOA POR QUEM TENHO O MAIOR RESPEITO E ADMIRAÇÃO, NO QUAL ELE LEVANTA DÚVIDA QUANTO A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DO PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. VEJAM A RESPOSTA QUE DEI A ESSE AMIGO. OK? CÁSSIO Caro Eduardo (...) O Projeto que eu defendia naquela época, sozinho, quando ninguém acreditava nele, era que o mesmo deveria ter uma vazão de 70 metros cúbicos por segundo. A ideia do aproveitamento da energia ociosa (off pick) da CHESF) surgiu em dois Seminários nacionais promovidos pelo DNOCS em sua sede em Fortaleza. Os que eram contra, não o discutiam levando em conta a questão da vazão, nem indagavam qual seria ela. Eram simplesmente contra. Veio o DNOS – Departamento Nacional de Obras de Saneamento e a estabeleceu em 320 m³/s, depois 280 m³/s. Fui chamado pelo então Diretor do DNOS, Paulo Poggi, no Rio de Janeiro, sede daquele Departamento Federal, e lá defendi a minha versão dos 70 m³/s, pois ainda se falava por lá numa vazão de 800 m³/s que seria transposta em quatro meses durante as enchentes do Rio São Francisco. Eu argumentava que 70 m³/s era como se fossem construídas na Região Setentrinal do Nordeste brasileiro, cinco barragens do tipo Orós, que tem 12 m³/s Mas o projeto definitivo, do então Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, trouxe uma nova versão com uma vazão máxima de 127 m³/s e é com este valor que ele está sendo construído. No meu entendimento, caso tivesse sido aceita a minha versão com 70 m³/s, as águas do Rio São Francisco já teriam chegando ao Ceará desde o início do ano passado, ou até antes, pois o custo seria, evidentemente, muito menor. Outros detalhes sobre este empreendimento, que os cinco anos de seca atuais têm demonstrado a sua extrema importância e necessidade, constam no meu livro “A FACE OCULTA DA BARRGEM DO CASTANHÃO – Em Defesa da Engenharia Nacional”, cuja segunda edição deverá estar pronta, se não houver qualquer contratempo, até o final deste mês de junho. Mas é este o meu maior propósito na atualidade, pois neste livro há muitas discussões e ensinamentos sobre as questões hidrológicas, sismograficas, ambientais, sociais e políticas que envolvem uma obra desta magnitude numa região seca como a nossa. Atenciosamente, Cássio (*) Cássio Borges (Fortaleza) defensor pérpetuo das águas do Ceará e DNOCS.
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Leituras XI
O Humor Negro e o Branco Humor Tudo bem que sofremos para aprender outra Língua, mas eles também sofrem e sofrem mais para aprender a nossa... Meia, Meia, Meia, Meia ou Meia? A língua portuguesa é uma das mais difíceis do mundo, até para nós! O português praticado no Brasil ... *Na recepção dum salão de convenções, em Fortaleza* - Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso. - Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde? - Sou de Maputo, Moçambique. - Da África, né? - Sim, sim, da África. - Aqui está cheio de africanos, vindos de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos. - É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade... - Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito. - Desculpe, qual sala? - Meia oito. - Podes escrever? - Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68. - Ah, entendi, *meia* é *seis*. - Isso mesmo, meia é seis. Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de encomendar? - Quanto tenho que pagar? - Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam *meia*. - Hmmm! que bom. Ai está: *seis* reais. - Não, o senhor paga meia. Só cinco, entende? - Pago meia? Só cinco? *Meia* é *cinco*? - Isso, meia é cinco. - Tá bom, *meia* é *cinco*. - Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia. - Então já começou há quinze minutos, são nove e vinte. - Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e meia. - Pensei que fosse as 9:05, pois *meia* não é *cinco*? Você pode escrever aqui a hora que começa? - Nove e meia, assim, veja: 9:30 - Ah, entendi, *meia* é *trinta*. - Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado? - Sim, já estou na casa de um amigo. - Em que bairro? - No Trinta Bocas. - Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no Seis Bocas? - Isso mesmo, no bairro *Meia* Boca. - Não é meia boca, é um bairro nobre. - Então deve ser *cinco* bocas. - Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu? - Acabou? - Não. Senhor é proibido entrar no evento de sandálias. Coloque uma meia e um sapato... O africano enfartou...
Ceará em Brasília
Culinária
Os Cearenses na Cozinha de Brasília
Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia) . Garçons: Raimundo Vieira (Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte 70772-520 - Tel (61) 3274-7805.. Bar dos Cunhados no Tênis do Iate Clube Damázio Prado (Hidrolândia) arrendatário – 337988763 Setor de Clubes Esportivos Norte Trecho 2 Conj 4 -70800-120 Bar dos Cunhados Veleiro no Iate Clube Antonio Prado (Hidrolândia) arrendatário 3329 8761 e 3323 4207 Bartolomeu SHCS Quadra 409 bloco C loja 06 Asa Sul 70257-180- 3442 1169 Chefe de Cozinha: Manoel Facundo de Almeida (Boa Viagem), Maitre e sommelier: José Felismino (Cintra Netro) (Fortaleza), Cozinheiros: Francisco Leonardo Nascimento (Bela Cruz) e Jose Alex Facundo de Almeida (Boa Viagem) Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS 109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasília) Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) - SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque - 70200-002 Tel 3224 5585 Brasília Shopping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby BeefRubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) , Silva (Ubajara) e Manoel Adilson Rodrigues (Jijoca), Garçons: Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara) e Antenor Neto Rodriges (Ibiapina), bar-men: Doniseti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca) e Gleison Ferreira da Silva (São Benedito), Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Dom Francisco SCS 402 Bloco B Loja 09, 3224 1634 3226 1816 Gerente: Wilton Melo (Ipu); maitre : Valdemir Alves Souza (Sobral); garçon: Evandro Magalhães (Santa Quitéria) Dom Francisco ASBAC SCES Trecho 02 Conj 3226 2005 3224 8429 3223 5679 Garçons: Iran Matos (Independência), Antonio Melo (Independência) Antonio José Barbosa (Monsenhor Tabosa). Elisimar Barbosa Oliveira (Monsenhor Tabosa); barman Francisco Ricardo Ferreira Gomes (Nova Russas); cozinheiros: Romário Vieira Barreto (Tauá) Francisco das Chagas Gomes (Nova Russas) e Francisco Dermival dos Santos (Nova Russas). Dona Graça Maitre – Carlos Ângelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa 15 Vila Planalto - Tel 3032 1062 - 70804-270 Forneria Parole Maitre Antonio Carlos de Souza (Guaraciaba do Norte); garçom: José Gerardo de Azevedo (Guaraciaba do Norte); cozinheiros Juvêncio Fernandes Neto (Tauá), pizzaiolo Sinobilino Bezerra Neto (Tauá) e Adinaldo Fernandes Bezerra (Tauá) - QI 9/10 Comércio Local Loja 39 Lago Norte - 3368 3337 Gero Gerente: Célio Freitas (Hidrolândia) cozinheiros:Alexandro Araújo Nascimento (Itarema) e João Moura Rodrigues (Itarema). SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) Gerente José Afonso Miranda Lima (Ipueiras). Maitre: Raimundo,Chaves de Carvalho (Nova Russas) garçons: Hélio Martins de Melo (Nova Russas) e Antono Alcimario (Pereiro (churrasqueiro: Valdemar Araújo de Souza; serviços gerais: Joaquim Rodrigues Ferreira (Nova Russas) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 21
Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe de Cozinha, RaimundoCavalcante (Sobral). GerenteEduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferrreira (Granja) 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61)3274-6363 Le Palace Proprietário: Edilson Aguiar (Sobral); Cozinha: Marilza / Regina (Camocim); Garçom: Zé Vanildo (Sobral) - Especialidade: Picanha na chapa; - Pratos da terrinha: Carne de sol, baião de dois, panelada, rabada, sarapatel, peixada; Q-04 Conjunto J Lote 60 Planaltina-DF (em frente à Feira de Confecções de Planaltina) 33897000 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moqueca do Chefe 404 Norte, Bloco B, Loja 2 3201 5204 Dono e Maitre – Francisco Holanda (Cascavel) Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. New Koto (comida japonesa) SQS 212 loja 20 - 3346 9668 Garçons: Francisco Olavo Aprigio, Francisco Antônio Souza, Gelinaldo Brito e Genildo Brito, todos de Guaraciaba do Norte, José Wilson (Boa Viagem), cozinheiro José Aurélio (Sobral), sushiman Joao Carlos Nascimento e o ajudante dele, Eridam Lopes e o ajudante de cozinha Francisco Alan, todos de Guaraciaba do Norte Oxente Carne de Sol Q 04, Conjunto J, Vila Buritis, Planaltina DF, 3389, 4005 - Copeiro Francisco das Chagas Aguiar (Sobral); -Pizzaiolo Narcelio Oliveira da Silva (Crateus); Cozinheira Edilza Maria (Fortaleza), ajudante de cozinha José Dalmir do Nascimento Sousa Prado(Sobral), ajudante de cozinha Francisco Tadeu Prado Nascimento Sousa ( Sobral); Copeiro Manoel Bezerra Aguiar de Araújo ( Sobral) Pizzaria Primu’s Grill Dono: Chico Élcio (Sobral) Quadra 4. Conj, A Lt 60 – 9627 6430 Planaltina 73.300-000 Praliné SCLS 205 Bloco A – Loja 03 – ASA Sul 70.235-510 – 3443 7490, 3443 7090 - Garçons – Antonio Viana (Crateús), Jose Osmar Gabalia (Sobral),Francisco Edmar Alves de Souza (Ipueiras) . Caixa:Eliane Paiva (Groaíras) Recanto do Norte Donos: Eudes Braga Mesquita e Antônia (Toinha) Celeste Jorge Mesquita (Santa Quitéria) 409 Norte , Bloco B, Loja 65 – Tel 3271 8722 Restaurante Central Proprietário: José Maria Aguiar (Sobral); Churrasqueiro e especialista em pratos e tira gostos especiais: Titico (Sobral). Especialidades: Self service, caldo de mocotó, sarapatel; Aos Sábados: Feijoada. Praça de Alimentação da Feira de Confecções de Planaltina-DF - 96313335 (Vivo) 92322855 (Claro) Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Tejo SQS 404 Asa Sul Tel 3264 7005 Chefe de Cozinha: Custódio Rodrigues Alves (Reriutaba) Trindade Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe de Cozinha - Francisco Alves (Acaraú) SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul/ 73.344-000 - Tel3242 4039 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217
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Associação dos Filhos e Amigos de Aurora-AFA comemorou 10 anos
Coube a Vicente Magalhães, um dos fundadores de Armazenamento - CIBRAZEM, no período da Associação dos Filhos e Amigos de Aurora, fazer de 1979 a 1985, onde foi Chefe da Consultoria o discurso em homenagem ao Presidente de Honra, Jurídica. Vicente Landim de Macêdo, nas comemorações dos 10 Como homem de reconhecido saber jurídico e anos da AFA, dia 03.06, na Galeteria do Lago. Também de religiosidade acentuada, prestou serviços à Mifoi homenageado o 1ª presidente da AFA, Hamilton tra Arquidiocesana de Brasília, como Juiz Auditor, por 17 anos e, também, e à Conferência Nacional Leite Cruz. Meus Senhores, minhas Senhoras, associados e dos Bispos do Brasil – CNBB, na qualidade de Membro Titular do Conselho Econômico. amigos da AFA-BRASÍLIA. O magistério também contou com as luzes do Um trino, um trinado e a tropa e os tropeiros trotando seu ilustrado saber jurídico. Com efeito, lecionou na estrada! Está amanhecendo! Ouve-se o trino e trinado dos Direito Civil na Fundação Educacional do Distrito Federal, Noções de Direito na antiga na Faculdade pássaros. Estalar de açoites! São os comboieiros trotando na de Serviço Social de Brasília e Direito das Coiestrada, carregando rapadura e farinha para as cidades sas, das Obrigações, das Sucessões e Família, na Universidade de Brasília – UNB. circunvizinhas. - O PAI DE FAMÍLIA Apito de motor! Estava começando a moagem de Na seara sentimental, Vicente Landim de cana! Senhores e Senhoras, isso era o Tipi e a cidade de Macedo se apaixonou pela jovem carioca, Maria Aurora, na década de 30 do século passado, quando Thereza Luz, advogada e professora, depois Vicente Landim de Macêdo vivia a sua infância no Sítio Maria Thereza Luz de Macêdo. Desse enlace matrimonial nasceram os filhos: Armando José, Mel, Tipi, Aurora, Ceará. médico oncologista; Vicente Landim, engenheiro A Saudação de Vicente “Foi-me atribuída a especial tarefa de saudar o ami- eletrônico e Maria de Lourdes, psicóloga e profesgo, Vicente Landim de Macêdo, sora. E os netos já estão por aí, todos bem encaPresidente de Honra da AFA- Brasília, nesta soleni- minhados: Maria Beatriz, Marcelo, Mateus e João dade, quando são comemorados os 10 anos da proveito- Pedro. Vicente Landim e Thereza conheceram-se, sa existência da entidade que uniram-se e formaram reúne os Filhos e Amigos de uma família feliz, baseada em princípios e Aurora. valores cristãos. O casal Vicente Landim de Macêdo nasceu no sítio Mel, tem grande cumplicidade Distrito do Tipi, Município e camaradagem, união de Aurora. de vontades e de esforços. Nas empreitadas do Seus pais, Silvino José Vicente, a D. Thereza de Macêdo e Vicência Leite Landim, mais conheciaconselha, incentiva e Presidente de Honra da AFA, Vicente Landim Macedo da como D. Maroca, eram apoia. autografando os livros da Associação dedicados à agricultura e - O ESCRITOR agropecuária. Tiveram, inclusive, um engenho de moer No mundo das letras, Vicente Landim de Macana, a motor, para fazer rapadura. Além disso, foram cêdo fez incursões com sucesso, tendo produzido proprietários de 2(dois) caminhões para transportar os seguintes trabalhos: VADE-MECUM AGRÁalgodão para Campina Grande (PB) e para levar outras RIO, editado pelo INCRA, em 1978; MARICA mercadorias e pessoal. Diga-se, transportar gente, como MACÊDO, lançado em 1999, no qual trata da era hábito naquele tempo e naquelas paragens, quando figura da brava matriarca sertaneja, sua avó, de forte influência política no Município de Aurora; o automóvel era desconhecido. relaciona, também, os descendentes de Marica - O ESTUDANTE O caminho dos estudos foi percorrido pelo Vicente Macêdo e Cazuzinha, uma grande árvore geneLandim bastante cedo e com velocidade. Terminou o alógica; aborda, outrossim, neste livro, aspectos curso primário em Aurora, em 1944. No ano seguinte da história do Município de Aurora, sua fundação e desenvolvimento. Em 2013, lançou o livro dejá estava na Escola Claustral dos Beneditinos, em Garanhuns(PE), nominado TIPI, DE ARBUSTO A DISTRITO, tendo terminado o curso ginasial e o primeiro científico no qual descreve a imigração para o Distrito no Colégio Diocesano daquela cidade. Em 1951 con- do Tipi, Município de Aurora e a formação das cluiu o colegial no Liceu Cearense, em Fortaleza (CE). principais famílias do lugar. Mais recentemente, Daí, o Vicente Landim ganhou o mundo e mudou em ou seja, em 2015, publicou o livro: NÓS DOIS E muito a sua vida. Em 1952, mudou-se para a cidade do FAMILIARES, onde, novamente coloca a árvore Rio de Janeiro, então capital do País. Um sonho! genealógica dos descendentes de Marica Macedo Estudou Direito! Concluiu o curso de Ciências Ju- e, também, relaciona parentes próximos de sua rídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Distrito esposa, Thereza Macêdo. Federal. Em 1960, graduou-se em Direito Privado, pela - CULTO À FAMÍLIA E À TERRA NAmesma Faculdade. Muitas histórias, nomes e amizades TAL Vicente Landim de Macêdo tem se destacado permearam e encheram a vida do Vicente Landim nessa caminhada de estudos. Neste instante, basta lembrar a como um cultor de valores inarredáveis: a faprofessora Maria Lima, no Tipi; as professoras Nair e mília e a terra natal. A família tem sido o centro Lucila Quezado, em Aurora e os monges beneditinos, de suas preocupações e cuidados. A sua terra em Garanhuns, que lhe imprimiram o viés religioso que natal, incluindo o Tipi e a cidade de Aurora, tem carrega até hoje. Obtido o diploma de nível superior, sido decantada e sempre lembrada. Todo o seu vieram outros sonhos; a vida profissional e a constituição trabalho para a criação e funcionamento da AFA – BRASÍLIA – Associação dos Filhos e Amigos de uma família. de Aurora, residentes em Brasília tem sido uma - O PROFISSIONAL A vida profissional foi totalmente exitosa, quase ode, um canto de louvor à terra natal. Todos os toda dedicada ao Instituto Nacional de Colonização e que fazem parte da AFA-BRASÍLIA agradecem Reforma Agrária – INCRA. Pela sua excelente formação pela sua generosidade e dedicação e lhe prestam, jurídica, foi convidado a ocupar relevantes funções, tais nesta oportunidade, quando a entidade completa como: Chefe das Procuradorias Contenciosa, Agrária 10 (dez) anos de proveitosa existência, uma sine Administrativa, Chefe de Gabinete, Sub procurador cera e fraterna homenagem. Vicente Landim de Macêdo e D. Thereza Geral e Procurador Geral substituto. Prestou serviço, também, na Companhia Brasileira recebam o nosso abraço amigo.
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