Panorama Setorial da Indústria Gráfica Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Panorama Setorial da Indústria Gráfica Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
REALIZAÇÃO Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná Edson Luiz Campagnolo – Presidente José Antônio Fares – Superintendente Sesi/IEL e Diretor Regional Senai Irineu Roveda Junior – Superintendente Fiep
Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná Abilio de Oliveira Santana – Presidente
EXECUÇÃO Marília de Souza – Gerente Executiva Observatório Maria Aparecida dos Santos Lopes – Gerente de Relações Sindicais
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Geraldo Morceli Bolzani Junior – Coordenador de Economia, Fomento e Desenvolvimento
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 6
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Claudia Lacerda Martins Janaina Noga Machado Martins Mauro Sergio dos Santos Wesley Dauan Batista Pawluk
Autores Marcelo Ivanildo dos Santos Alves – Fiep Brenda dos Santos Leal – Fiep Thiago Luís de Quadros Ramos Pinto – Fiep Evanio do Nascimento Felippe – Fiep Manoella Milléo Toaldo Pinheiro Machado – Sigep/Abigraf-PR Rubens Evangelista de Campos – Sigep/Abigraf-PR
Projeto Gráfico e Diagramação PontoDesign
Apoio Técnico Panorama Setorial Indústria Gráfica: O futuro do setor: Paraná 2019 Curitiba. Fiep/Sigep, 2019. 160p.; 32x23cm. ISBN 978-85-61268-14-5 1. Indústria gráfica. 2. Competitividade. 3. Inovação. 4. Desenvolvimento organizacional. 5. Federação das Indústrias do Estado do Paraná. CDU 330.341.1 Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida desde que seja citada a fonte.
Direitos Reservados Fiep – Federação das Indústrias do Estado do Paraná Avenida Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - Curitiba - Paraná CEP 80.215-090 | Tel. (41) 3271 9906
Sigep – Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná Rua Augusto Severo, 1050 – Centro Cívico – Curitiba – Paraná CEP 80.030-240 | Tel. (41) 3253 7172
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EQUIPE TÉCNICA
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Diretoria Presidente Abilio de Oliveira Santana (Hellograf )
Vice-presidentes 1º Vice-presidente: Cesar Antonio Lise (Lisegraf ) 2º Vice-presidente: Vicente Donizete Ruiz Linares (Corgraf )
Tesoureiros 1º Tesoureiro: José Toaldo Filho (MB) 2º Tesoureiro: Luciano dos Santos Szurmiak (Belton)
Secretários
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
1º Secretário: Erasto Fernando Farias (Ótima) 2º Secretário: Alexandre Laska Domingues (Radial)
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Suplentes
Lucio Novaki (Copy City) Marcos Dybax da Natividade (Delta) Luiz Gonzaga Dionysio ((Tecnicópias) Tatiana Uhle Bochicchio (Mérito) Marco Aurélio Costa da Silva (Exklusiva) Jair Leite (Ajir)
Nilo Lovis (Primagraf ) Guilherme Mion Leite (Graciosa) Sergio Boff da Silva (Everest)
Conselho Fiscal
Delegados Representantes Efetivos Jair Leite (Ajir) José Toaldo Filho (MB)
Efetivos Altamir José Ferrari (Griffin) Sidney Paciornik (Copygraf ) Etevaldo da Silva (Atena)
Suplentes Abilio de Oliveira Santana (Hellograf ) Vicente Donizete Ruiz Linares (Corgraf )
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Suplentes
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Palavra do Presidente do sigep Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gestão 2016 - 2019
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Produzido por meio de uma parceria do Sigep (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná) com o Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e CNI (Confederação Nacional da Indústria) – e que não teve nenhum custo ao Sigep - o Panorama Setorial é um documento histórico por trazer um amplo e eficaz Raio X de nossa indústria. O material apresenta informações sobre o perfil de nossas empresas, sobre o mercado estadual, nacional e internacional, entre outras, que vão nos dar suporte na hora de avaliarmos estratégias e caminhos a seguir no desenvolvimento de nossas empresas. O Panorama Setorial vai evidenciar as gráficas para o mercado, inclusive para o conhecimento de fornecedores e segmentos da indústria, que podem vir a se tornar parceiros de negócios. Ou seja, é mais uma ferramenta à disposição do empresário gráfico neste tempos em que precisamos todos nos reinventar em busca de soluções que melhorem nossos resultados. Fica aqui o meu desejo de que os associados tenham a percepção de valor que este Panorama Setorial da Indústria Gráfica traz e que o utilizem com carinho e atenção.
Abilio de Oliveira Santana Presidente do SIGEP
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Quem atua diariamente no mundo empresarial sabe o quanto é importante a tomada de decisões rápidas e embasadas para que se tenha sucesso nos negócios. Para isso, no entanto, quanto mais conhecimento o empresário tiver, mais chance ele tem de fazer de suas decisões instrumentos para alavancar o crescimento da empresa. É por isso que temos muito orgulho em ter construído este Panorama Setorial da Indústria Gráfica, que surge como uma verdadeira fonte de pesquisa e de aprendizado sobre o setor gráfico.
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Presidente Jair Leite
1º Vice-presidente Edson Benvenho
2º Vice-presidente Abilio de Oliveira Santana
Diretor Financeiro José Toaldo Filho
Diretor Financeiro Adjunto Ademar Dacoregio
Diretor Administrativo Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Cesar Antonio Lise
Diretor Administ. Adjunto Gilberto Alves da Silva Junior
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Wagner Costa Nilton Cardoso de Lima Deyse Paula Fortunato Alvares Vivaldo Portilho Junior Tarcizio Antonio Marin Orlei Roncaglio
Conselho Fiscal Efetivos Altamir José Ferrari Sidney Paciornik Etevaldo da Silva
Suplentes Derli de Araujo Krassuski Lysandro Pereira Santana André Santos Linares
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Diretoria Plenária – (Suplentes)
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Palavra do Presidente da abigraf-pr Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gestão 2016 - 2019
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
O setor gráfico carecia de um levantamento do porte deste Panorama Setorial. É um verdadeiro censo econômico de quantos somos e como atuamos, com foco em que produzimos e como produzimos. Com análises e números, o documento se torna indispensável como fonte de consulta para planejamento e ações dos empresários, principalmente por ter sido elaborado com informações colhidas durante sete meses junto aos próprios empresários, o que o torna mais confiável e assertivo. Há que destacar que, de uma amostra inicial formada por 636 empresas, o Panorama Setorial foi formalizado com os dados coletados em 110 delas. Isso gera à publicação um índice de confiabilidade que passa dos 90%. Outro ponto a se destacar são as suas conclusões, como a de uma visível queda na demanda no mundo por papéis e jornais escritos; crescimento dos mercados emergentes na área de papel cartão e crescimento menor das receitas em relação aos custos. São informações que podem – e muito – auxiliar o empresário na hora de planejar seus investimentos, avaliar novos nichos, enfim, repensar seu negócio. Sugiro fortemente que todos que tomam decisões importantes no dia a dia das gráficas tenham este Panorama Setorial como livro de cabeceira e que façam dele um ótimo proveito.
Jair Leite Presidente da Abigraf - PR
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em um mundo dinâmico e com transformações acontecendo a cada instante, nunca a expressão “informação é poder” foi tão verdadeira. Isso se aplica a vários aspectos da vida, mas no âmbito dos negócios estar munido de informações pode ser a diferença entre um grande acerto ou um grande erro em uma tomada de decisão. É por isso, que, como presidente da Abigraf-PR, só tenho a enaltecer o brilhante trabalho feito pelo Sistema Fiep e pelo Sigep na elaboração deste importante Panorama Setorial da Indústria Gráfica, que contou também com a colaboração da Abigraf Nacional e da Abigraf-PR.
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Diretoria Presidente Edson Luiz Campagnolo
Vice-presidentes
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Abílio de Oliveira Santana Ary Sudan Carlos Walter Martins Pedro Claudio Petrycoski Edson José de Vasconcelos Helio Bampi João Alberto Soares de Andrade José Eugênio Souza de Bueno Gizzi Marco Antonio Galassini da Silva Miguel Rubens Tranin Nelson Roberto Hübner Osmar Ceolin Alves Paulo Roberto Pupo Roni Junior Marini Sebastião Ferreira Martins Júnior
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 16
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
1º Secretário: Claudio Grochowicz 2º Secretário: Biratã Higino Almeida Giacomoni 3º Secretário: Luciana Bechara Zukovski Wichert
Tesoureiros 1º Tesoureiro: Nelson Furman 2º Tesoureiro: José Georgevan Gomes de Araújo 3º Tesoureiro: Itamar Carlos Ferreira
Diretores suplentes Waldomiro Wanderley Luersen Estanislau Fillus Daniel Wosniak Juliano Langowski Samuel Leiner Allan Gomes Guimarães Ater Carlos Cristófoli
Darcy Miara Junior Eliseu Avelino Zanella Eugenio Rossato Fabio Castelo Branco Gradowski Fabricio Antonio Moreira Neto Irineu Munhoz Jair José de Souza Joana do Nascimento Pennacchi Mauro Pereira Schwartsburd Sergio Biazze Valcideir Garcia Ferreira Vilson Felipe Borgmann Wilson Bill
Conselho Fiscal Efetivos Roberto Flavio da Silva Pecoits Marcelo Ivan Melek Edson Marcelo Recco
Suplentes Antonio Di Rienzo Antonio Claudio Vieira
Delegados representantes junto ao conselho da Confederação Nacional da Indústria Efetivos Edson Luiz Campagnolo Virgilio Moreira Filho
Suplentes Rodrigo Rafael de Medeiros Martins José Carlos de Godoi
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Secretários
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Palavra do Presidente dA FIEP Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gestão 2011 - 2019
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 18
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Analisar a fundo a realidade atual é um passo importante para planejar o futuro. É justamente com o objetivo de subsidiar o setor com informações precisas, que sirvam de norte para ações que possibilitem maior desenvolvimento, que a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em parceria com o Sindicato das Indústrias Gráficas do Paraná (Sigep), lança este Panorama Setorial da Indústria Gráfica. Para nós, do Sistema Fiep, é motivo de extrema alegria disponibilizar esse rico material para as indústrias gráficas paranaenses. Afinal, a história de nossa entidade está intimamente ligada a esse setor. Com pouco mais de um ano de vida, o Sigep foi um dos sindicatos fundadores da nossa Federação. Ao longo das mais de sete décadas que se passaram desde então, foram inúmeras as ações promovidas em conjunto para aprimorar as empresas do setor. Uma das primeiras delas, em 1953, foi a criação da Oficina de Artes Gráficas do Senai. A iniciativa – que partiu de Heitor Stockler de França, empresário do setor Gráfico e primeiro presidente da Fiep – tinha o objetivo de formar
mão de obra para as empresas. Nos últimos anos, temos buscado frequentemente aprimorar nossa estrutura para atender a indústria gráfica, para que os cursos ofertados acompanhem os avanços tecnológicos. Dessa forma, contribuímos para o aumento da produtividade e para o crescimento das empresas. Agora, esperamos que este Panorama Setorial sirva para unir ainda mais a indústria gráfica paranaense. Com os dados em mãos, o Sigep terá condições de, em conjunto com as empresas de sua base, traçar estratégias para que o setor supere os desafios que se colocam a sua frente e busque um ambiente mais favorável a seus negócios. Nessa caminhada, a indústria gráfica pode contar sempre com o apoio do Sistema Fiep. Juntos, certamente tornaremos o setor cada vez mais forte e competitivo, seguindo como um importante gerador de empregos e renda em nosso Estado.
Edson Campagnolo Presidente da Fiep
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Prezado - (a) Senhor - (a)
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
AGRADECIMENTO
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 20
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Brasileira de Tecnologia Gráfica – ABTG -, pelo apoio na elaboração deste material. Agradecemos também ao Sr. Manoel Manteigas de Oliveira por sua disponibilidade, atenção e conhecimento que muito contribuiu com esta publicação. Por fim, agradecemos a todos os empresários do setor gráfico paranaense, sem os quais este material não teria acontecido e nem faria sentido.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Agradecemos à Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf e à Associação
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ÍN DI CE
Índice 1 – Apresentação 24 2 – Grandes números 32 3 – Análise setorial 36 4 – Resultados da pesquisa 94 5 – Entrevista – Impressões sobre a realidade e o futuro do setor Gráfico
122
6 – Notas metodológicas 134 7 – Considerações finais 140 8– Empresas participantes 144
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
9 – Referências 154
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 22
23 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
APRESENTAÇÃO
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 24
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
com informações do setor Gráfico em âmbito mundial, nacional e
produtiva nacional e estadual, a Federação das Indústrias do Estado
estadual. Já o capítulo 3 é dedicado à apresentação dos dados da
do Paraná e os Sindicatos da Indústria Gráfica do Paraná, estão
pesquisa primária realizada com os empresários. No capítulo 4 é
lançando o Panorama Setorial da Indústria Gráfica.
apresentada a entrevista com um especialista da área de tecnologia
Este estudo tem como objetivo apresentar informações estratégicas,
gráfica, em que abordados pontos estratégicos sobre a estrutura
traçando um perfil detalhado do setor Gráfico, por meio de um
e o futuro do setor. No capítulo 5 são apresentadas as empresas
conjunto de indicadores e informações do setor no mundo, no Brasil
que ajudaram a construir este estudo. Por fim, são apresentadas as
e principalmente no estado do Paraná, inclusive informações obtidas
considerações finais.
por meio de pesquisa realizada com empresários do setor no estado
Assim, esperamos que o Panorama Setorial da Indústria Gráfica sirva
do Paraná. Além disso, o material apresenta ainda uma entrevista
de apoio ao empresário na tomada de decisão, bem como possibilite
exclusiva com um especialista da área de tecnologia do setor Gráfico,
às entidades representativas o desenvolvimento de projetos e ações
abordando, principalmente, o futuro do setor.
direcionados ao suporte das principais oportunidades e dificuldades identificadas.
Dessa forma, visando facilitar o entendimento e melhorar a visualização do material, os capítulos foram dispostos da seguinte forma:
Desejamos que o material aqui apresentado auxilie na difusão de
O capítulo 2 aborda a análise dos dados secundários do setor Gráfico
leitura!
informações e contribua para o fortalecimento do setor Gráfico no âmbito estadual, nacional e internacional. A todos, uma excelente
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Devido à importância estratégica da indústria gráfica na estrutura
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Caracterização técnica e análise da cadeia produtiva gráfica Na década de 1990, período marcado por mudanças profundas no ambiente econômico brasileiro que se estenderam às organizações, observou-se importantes alterações na estrutura produtiva nacional, ao mesmo tempo que o estudo sobre cadeias produtivas assumiu papel primordial no processo de gestão das empresas.
incluindo desde matérias-primas, máquinas e equipamentos,
Entende-se como cadeia produtiva o conjunto de atividades econômicas que abrangem o processo de produção e a relação entre os agentes, desde a aquisição dos insumos até a comercialização de determinado bem. Sob esta perspectiva, a cadeia produtiva pode ser compreendida como “o conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos até o produto final, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos de uma corrente...” (MDIC, 2002).
as formações conceituais que circundam o conceito de cadeia
Albagli e Britto (2003), conceituam a cadeia produtiva como o encadeamento de atividades econômicas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos,
Nessa análise, as estratégias dos agentes possuem relações
1
comercialização. Ainda segundo os autores, uma cadeia produtiva pode ser de âmbito local, regional, nacional ou mundial (ALBAGLI e BRITTO, 2003). Nesse sentido, em virtude da relevância do estudo, são inúmeras produtiva. No entanto, uma abordagem muito difundida sobre o tema e que ancora as discussões atuais é a da análise Filière1, que teve sua origem na Escola Francesa durante a década de 1960. Sob essa ótica, a cadeia produtiva consiste na sequência de operações que conduzem à produção de bens, cujo encadeamento é influenciado pelas possibilidades tecnológicas e definida pelas estratégias dos agentes (MORVAN, 1985).
interdependentes e ao mesmo tempo complementares e são determinadas pelas forças hierárquicas. Em suma, essa análise
A abordagem denominada por Filière (cadeia) foi desenvolvida pela Escola Francesa de Organização Industrial, na década de 1960, é também chamada de “cadeia de produção” ou “cadeias agroindustriais”.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 26
produtos intermediários até os finais, sua distribuição e
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
I. Uma sucessão de operações de transformações ligadas entre si por encadeamentos de técnicas e tecnologias; II. Um conjunto de relações comerciais e financeiras estabelecidas entre os estágios de transformação; III. Um conjunto organizado de inter-relações. A observação do ciclo econômico e produtivo nas indústrias concentra-se nos diversos elos que são necessários para a produção de um ou mais bens correlacionados. A sucessão de operações de transformação estabelece a estrutura técnica da Filière, que é moldada pelas tecnologias e pode ser considerada como um espaço de produção, uma vez que contempla as diferentes etapas da elaboração de um produto final. Dessa maneira, toda Filière se ancora a montante2 sobre uma matéria-prima de base, cuja transformação progressiva resulta a jusante3 em um produto final que, ao longo do processo, gera uma ou várias funções. Nesse processo, o fluxo de matéria é enriquecido de montante a jusante, e valorizado ao passar por diferentes operações técnicas de produção. Nesse caso, a transformação da matéria-prima dita a direção desta cadeia (FLORIOT, 1985). Inserida neste contexto, está a cadeia produtiva gráfica, conforme explicitado na Figura 1:
2 3
Montante é a parte anterior ao processo de industrialização, neste caso a produção de matéria-prima está a montante da industrialização. Jusante é a parte posterior ao processo de industrialização, neste caso a comercialização de um produto está a jusante da industrialização.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
foca nos aspectos relacionados à produção e distribuição do produto, além da relação entre os agentes envolvidos de forma estratégica. Para Morvan (1985) e Bandt (1982), a Filière deve comportar três elementos:
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Figura 1: Fluxograma da cadeia produtiva gráfica
Atores organizacionais e institucionais
Sindicatos
Indústria de Celulose
Sistema Fiep
Instituições Financeiras
Governo
Leis e Normas
embalagens
Indústria de Papel
cadeia produtiva gráfica
revistas e jornais
distribuidores de papel
Floresta Plantada
Indústria de Polpa Mecânica
Livros
papéis para embalagem
indústria gráfica
impressos e promocionais
distribuição e comércio Industriais Serviços empresariais
outros insumos
Varejo OUTROS MATERIAIS
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Aparas
Consumidor final
máquinas e equipamentos Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 28
Indústria artefatos de papel
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Apoiada na teoria de Filière, a cadeia produtiva gráfica tem a montante o papel como sua matéria-prima de base, cuja transformação progressiva resulta a jusante em embalagens, revistas e jornais, livros, impressos e promocional e outros materiais. À medida que a cadeia se amplia a jusante, outras importantes indústrias e serviços são inseridos. Ressalta-se que especificamente neste estudo, serão analisadas as atividades correspondentes à indústria gráfica, cujos códigos nacionais de atividades econômicas (CNAE) são demonstrados na figura 2:
Nível meso insere os fatores microeconômicos e macroeconômicos em geral, assim como as medidas específicas por parte do Governo e de instituições não governamentais, visando fortalecer a competitividade das indústrias (PEIXOTO et. al, 2018).
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Figura 2 – CNAE das atividades referentes à indústria gráfica 1811.3 - Impressão de jornais, livros, revistas e outras publicações periódicas 1812.1 - Impressão de material de segurança 1813.0 - Impressão de materiais para outros usos de segurança 1821.1 - Serviços de pré-impressão 1822.9 - Serviços de acabamentos
5811.5 - Edição de Livros 5812.3 - Edição de jornais diários e não diários 5813.1 - Edição de revistas 5819.1 - Edição de cadastros, listas e outros produtos gráficos 5821.2 - Edição integrada à impressão de livros 5823.9 - Edição integrada à impressão de revistas 5829.8 - Edição integrada à impressão de cadastros, listas e de outros produtos Fonte: CONCLA/IBGE (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Para melhor visualização e entendimento, na sequência será apresentado um fluxograma resumido, delimitando os setores-foco no contexto de atuação dos sindicatos filiados à Fiep. Dessa forma, chegou-se ao resultado ilustrado na figura 3.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Cabe destacar que, além dos elos produtivos, o fluxograma (figura 1) apresenta o elo formado pelos atores organizacionais e institucionais, que são de grande relevância para o desenvolvimento da cadeia produtiva gráfica. Segundo Pires (2001), a presença de elos de natureza institucional regional, que de alguma forma são vinculados à cadeia produtiva analisada, caracterizam-na como meso4 competitiva.
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Figura 3 – Fluxograma resumido da cadeia produtiva gráfica, conforme atuação dos sindicatos filiados à FIEP Atores organizacionais e institucionais
Sindicatos
Sistema Fiep
Indústria de Celulose
Instituições Financeiras
Governo
Leis e Normas
embalagens
Indústria de Papel
cadeia produtiva gráfica
revistas e jornais
distribuidores de papel
Floresta Plantada
Indústria de Polpa Mecânica
Livros
Papais para Embalagem
indústria gráfica
impressos e promocionais
distribuição e comércio Industriais Serviços empresariais
outros insumos
Varejo OUTROS MATERIAIS
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Aparas
Indústria artefatos de papel
máquinas e equipamentos
Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
A partir do entendimento da cadeia produtiva e dos elos da indústria gráfica, bem como a área de atuação das entidades no setor no Paraná, apresentaremos nas próximas seções o cenário do setor em âmbito mundial, nacional e estadual. Esses capítulos têm como objetivo compreender a dinâmica e o comportamento do setor Gráfico ao longo do tempo. Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
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Consumidor final
31 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
GRANDES NÚMEROS Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 32
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
cenário Nacional
Projeção da demanda de papel impresso e escrito (em mil toneladas) – 2017 a 2018
Distribuição geográfica das empresas dos segmentos da indústria gráfica – 2017
-1.154 (-4,0%)
Evolução do índice de produção industrial no setor Gráfico (em percentual) – 2014 a 2017
163 (1,4%)
-4 (0,0%) -835 (-2,4%)
120
0
100
5
80
26 (0,6%) 72 (1,5%)
Minas Gerais - 2.073
39 (0,4%)
Paraná - 1.511
-20
20
Rio de Janeiro - 1.480
GLOBAL - 2.100 (-1,1%)
-15
40
Rio Grande do Sul - 1.568
-37 (-1,5%)
-10
60
São Paulo - 5.315
0
Santa Catarina - 1.270
-25 JANEIRO 2014
previsão
5,5
2,3
JANEIRO 2015
JANEIRO 2017
JANEIRO 2016
Índice acumulado nos últimos 12 meses (Base: últimos 12 meses anteriores = 100) (Número-índice) Variação percentual acumulada nos últimos 12 meses (Base: últimos 12 meses anteriores) (%)
Evolução da demanda dos países da América Latina em papéis de impressão e escrita, e de jornais (em milhões de toneladas)
6
PERCENTUAL (%)
índice
Evolução do número de empresas no Brasil por segmento – 2013 a 2017
Evolução do número de empregos no Brasil por segmento – 2013 a 2017
1,8 14.340
5
1,3
1,3%
14.370
119.673 14.105
13.647
13.131
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
0,8
Impressão e papéis escritos
70.810
67.217
-2,2%
7.539
7.434
7.210
6.640
2014 18
58
2015
2016
99.393
59.342
57.360
-6,3%
6.195
-8,2%
-4,7%
-4,8%
2013
103.836
-3,9%
74.490
Jornais
Fontes: RISI (2017); MTPS/RAIS (2017); IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
110.516
-2,3% -3,1%
-0,3%
4,5
118.810
2017
variação do setor gráfico
2013
2014 18
58
2015
2016
2017
variação do setor gráfico
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
cenário mundial
33
cenário estadual Maringá 103 empresas
londrina 91 empresas
ponta grossa 29 empresas pinhais 38 empresas
número de empresas
número de empregados
1.511
12.003
2017
2017
Variação do VTI da atividade de impressão 60,00% 45,11%
40,00%
foz do iguaçu 33 empresas
20,00%
18,13% 5,88%
9,71%
3,14%
0,00%
cascavel 61 empresas
2012
curitiba 457 empresas
São josé dos pinhais 29 empresas
-20,00%
2013 2014 -15,44%
0,77% 2015 -2,71%
1,36% 2016 -3,12%
Total da indústria de transformação 18.1 Atividade de impressão
importações 2017
exportações 2017
Valor FOB (Milhões US$)
US$ 33,9 Milhões US$ 7,1 Milhões Principais destinos das exportações
COLÔMBIA
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
reino unido
chile
Argélia
França
Uruguai
ÁFRICA DO SUL Polônia Argentina
Estados Unidos
PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS
Principais origens das importaçÕes
Alemanha
China México
Cartões inteligentes
18,9
2,3
Outras decalcomanias de qualquer espécie
Cartões e etiquetas de acionamento por aproximação
13,7
1,7
Outros livros, brochuras e impressos semelhantes
Reino Unido
França Romênia Malásia
Finlândia
Estados Unidos Hong Kong
Fontes: MTPS/RAIS (2017); IBGE/PIA Empresa (2016); MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
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PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS
VTI 2016
VbpI 2016
R$ 640 milhões R$ 1,4 bilhão
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
EMPRESAS
Empregos
VBPI
exportações
31.365
609.170
R$ 196,3
US$ 9,3
bilhões
bilhões
2017
Indústria de Transformação Paraná Participação Indústria Gráfica PR/ Indústria Transformação pr
INDÚSTRIA GRÁFICA PARANÁ Participação Indústria Gráfica PR/ Indústria Gráfica BR
INDÚSTRIA GRÁFICA BRASIL
2017
2016
2017
4,8%
2%
0,7%
0,4%
1.511
12.003
R$ 1,4
US$ 33,9
bilhão
Milhões
7,8%
7,6%
8,8%
22%
R$ 15,9
US$ 153,9
bilhões
milhões
19.326
Fontes: MDIC/SECEX (2017); MTPS/RAIS (2017); IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
156.753
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
QUADRO COMPARATIVO
35
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
análise setorial
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 36
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
De acordo com dados da RISI (2017), a demanda global de impressão e papéis escritos, assim como a demanda de jornais, apresentou um declínio contínuo a partir 2007, perfazendo um recuo de 18% para impressão e papéis escritos, e um recuo de 45% para o mercado de jornais, conforme o Gráfico 1. Neste sentido, para o ano de 2018 a projeção é que o mercado continue apresentando declínio de 0,9% em impressão e papéis escritos e 3,7% para jornais.
A indústria gráfica encontra-se atualmente entre os principais setores da indústria de transformação nos países industrializados, com uma enorme importância em nível econômico e social, sendo os Estados Unidos o maior fabricante no mercado de impressão. Já na União Europeia, a indústria gráfica é igualmente importante, sendo dominada por empresas de pequeno e médio porte, que produzem predominantemente para um mercado de base local ou regional.
Gráfico 1: Evolução da demanda global de impressão e papéis escritos, e de jornais (em milhões de toneladas)
Previsão
115
45 40
110
35
105
30
100
25
95
20
2018
2017
2016
2015
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
Fonte: RISI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
2014
Jornais (Direita)
Impressão e papéis escritos
2013
Milhões de toneladas
120
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Setor Gráfico Mundial
37
Ainda que a demanda global apresente um recuo no mercado de impressão e papel escrito, no período de 2017 a 2018, quando analisado por continentes, percebe-se que a África apresentou crescimento de 1,5%, seguido de países do
leste europeu e Ásia, com 1,4%, e da América Latina com um aumento de 0,4%, representando o equivalente ao crescimento de 39 milhões de toneladas na demanda do mercado de impressão e papel escrito, conforme o Mapa 1.
Mapa 1: Projeção da demanda de papel impresso e escrito (em mil toneladas) – 2017 a 2018
-1.554 (-4,0%) 163 (1,4%)
-4 (0,0%) -835 (-2,4%)
26 (0,6%) 72 (1,5%)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
39 (0,4%) -37 (-1,5%)
Global - 2.100 (-1,1%)
Fonte: RISI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
38
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
e da Oceania, com um recuo de 4,8%. Já a América Latina apresenta queda no consumo, de 1,7%, ou seja, um recuo de 130 milhões de toneladas de jornais, de acordo com o Mapa 2.
Mapa 2: Projeção da demanda de jornais (em mil toneladas) – 2017 a 2018
-606 (-5,6%) -88 (-3,2%)
-749 (-3,7%) -472 (-7,2%)
-13 (-2,3%) -14 (-1,3%) -130 (-1,7%) -39 (-4,8%)
Global - 2.112 (-4,7%) Fonte: RISI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Já na projeção do mercado em jornais, verifica-se um recuo no consumo em todo o mundo, sendo que a América do Norte (EUA e Canadá) apresenta a maior queda, com 7,2% na demanda por jornais, seguido do oeste europeu, com 5,6%,
39
de 2012-2016, equivalente a 13%, a demanda de impressão e papéis escritos apresentou um leve crescimento em 2017 e uma projeção de crescimento de 0,4% em 2018.
Apesar do resultado apresentado no Mapa 2, percebe-se uma evolução da demanda de impressão e papéis escritos e de jornais da América Latina, conforme o Gráfico 2. Ainda que apresente uma queda relevante no período
Impressão e papéis escritos
Jornais (Direita) Fonte: RISI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 40
2018
0,8
2017
4,5 2016
1
2015
4,7
2014
1,2
2013
4,9
2012
1,4
2011
5,1
2010
1,6
2009
5,3
2008
1,8
2007
5,5
2006
2
2005
5,7
2004
2,2
2003
5,9
2002
2,4
2001
6,1
2000
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 2: Evolução da demanda dos países da América Latina em papéis de impressão e escrita, e de jornais (em milhões de toneladas)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
níveis baixos para 2018, lembrando que estes são insumos para produtos gráficos voltados a uma maior qualidade, devido às suas características de revestimento, cuja demanda está altamente correlacionada com a indústria gráfica.
Tabela 1: Demanda dos países da América Latina para papéis gráficos (em mil toneladas)
2013
2014
2015
2016
2017
2018
1.322
1.284
1.164
1.044
1.030
1.035
-7%
-3%
-9%
-10%
-1%
0%
705
741
696
630
609
607
-5%
5%
-6%
-10%
-3%
0%
3.632
3.697
3.477
3.417
3.448
3.506
0%
2%
-6%
-2%
1%
2%
296
285
237
210
198
193
0%
-4%
-17%
-11%
-6%
-3%
5.954
6.007
5.573
5.302
5.286
5.341
-2%
1%
-7%
-5%
0%
1%
Papel com pasta de celulose revestido
Papel com pasta mecânica revestido
Papel com pasta de celulose não revestido
Papel com pasta mecânica não revestido
Impressão & escrita
Fonte: RISI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação à demanda dos países da América Latina por papéis segmentado por tipo, percebe-se que há uma tendência de queda desde 2013 para os papéis listados em geral. Já para os papéis revestidos, tanto a base de pasta de celulose quanto a de pasta mecânica, é estimada uma estagnação da demanda em
41
De forma análoga, a ABTCP (2016) estima que a demanda por papéis gráficos diminuirá entre 2014 e 2030. Estendendo esta análise com a da RISI (2017), percebe-se que a tendência de queda para os papéis gráficos permanecerá para o período abordado. Entretanto, a participação de papéis para embalagens continuará crescendo.
Ainda conforme a ABTCP (2016), estima-se que a demanda mundial para papel e cartões entre 2000 e 2030 crescerá a uma taxa anual de 1%. Percebe-se que o aumento global se dará por meio dos mercados emergentes, onde se projeta crescimento a uma taxa anual de 2,1%. Em contrapartida, para os mercados maduros se projeta uma taxa anual de queda de -0,9%.
Gráfico 3: Crescimento do consumo mundial de papéis e cartões por tipo – 2014 a 2030
Gráfico 4: Demanda mundial para papel e cartões – 2000 a 2030 MILHÕES DE TONELADAS
350 cartão corrugado
2 1 0
imprimir e escrever não revestido
China
imprimir e escrever revestido
papéis para sacos
200 150
europa do leste japão
outros
100
europa ocidental
50
américa do norte
0
papel com pasta mecânica revestido papel com pasta mecânica não revestido
-3
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
300 250
jornal
-2
2000
2005
Fonte: ABTCP (2016)
0
20
40
60
Fonte: ABTCP (2016)
Participação no Consumo em 2014, %
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 42
cartões
média 1,0 % / a
-1
-4
Resto da ásia incl. oriente médio
400
papéis sanitários
80
100
2010
2015
2020
2025
2030
Mercados Emergentes Mercados Maduros 2,1% 0,9%
450
4 3
resto do mundo América Latina
500
Crescimento do consumo % / a
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
queda de 18,5% no período entre 2014 e 2015. Em relação ao último ano, observa-se que a demanda brasileira é 70% superior ao consumo mexicano, evidenciando o Brasil como um dos importantes players na demanda mundial de impressão e papel escrito.
Gráfico 5: Evolução da demanda de papel impresso e escrito no Brasil e no México (em milhões de toneladas) - 2018
2,6
milhões de toneladas
2,4 2,2 2 1,8 1,6 1,4 1,2 2010 Fonte: PIM-PF (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
2011 2012 brasil
2013
2014
2015 2016 méxico
2017
2018
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
O mercado brasileiro possui uma participação significativa no consumo de papel impresso e escrita no mundo, sobretudo, na América Latina. Ao se comparar o mercado brasileiro com o mercado mexicano, outro importante consumidor nas Américas, verifica-se que a curva de demanda do Brasil é superior a do México, ainda que o consumo brasileiro tenha apresentado uma
43
Setor Gráfico Nacional Gráfico 6: Evolução do número de empresas no Brasil por segmento – 2013 a 2017
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
No contexto brasileiro, o setor Gráfico é representado por 19.326 empresas, sendo 13.131 empresas no segmento industrial Gráfico5 ou segmento de impressão e 6.195 empresas no segmento de Serviços Gráficos6 ou segmento de edição. Na comparação com o ano de 2016, o número de empresas reduziu quase 5%, sendo que no segmento de edição a queda foi de 7% e no segmento de impressão a redução foi de pouco mais de 3%. É importante destacar que na indústria de transformação nacional a redução do número de empresas foi de 2,3% e na indústria de transformação estadual a redução no número de empresas foi de 2% no mesmo período. Ou seja, o setor Gráfico no Brasil apresentou uma redução superior à média dos setores industriais brasileiro e paranaense.
1,3%
14.370
14.150
13.647
13.131
-0,3% -2,2%
7.539
7.434
7.210
6.640
6.195 -4,7%
-4,8% 2013 18
2014 58
2015
2016
2017
Variação do setor gráfico
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
-8,4%
-17,8%
Queda no número de empresas no segmento 18 (2013 – 2017)
Queda no número de empresas no segmento 58 (2013 – 2017)
Setor industrial representado pelo CNAE 181 - Atividade de impressão, e pela atividade 182 - Serviços de pré-impressão e acabamentos Gráficos. Setor de serviços Gráficos representado pelo CNAE 581 - Edição de livros, jornais, revistas e outras atividades de edição, e pela atividade 582 - Edição integrada à impressão de livros, jornais, revistas e outras publicações.
5 6
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 44
14.340
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
O estado de São Paulo concentra o maior número de empresas do setor com 27,5%, sendo 24,1% nas atividades de impressão e reprodução de gravações e 34,8% nas atividades de edição e edição integrada à impressão. Já o estado do Paraná possui 8% das empresas do setor, sendo 7,9% das atividades de impressão e reprodução de gravações e 7,6% das atividades de edição e edição integrada à impressão.
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Mapa 3: Distribuição geográfica das empresas do setor Gráfico – 2017 Unidades da Federação São Paulo Minas Gerais Rio Grande do Sul Paraná Rio de Janeiro Santa Catarina Bahia Goiás Ceará Demais estados Brasil
18 Total 3.162 1.436 1.068 1.040 890 903 593 529 490 3.020 13.131
Impressão
58 (%) 24,1% 10,9% 8,1% 7,9% 6,8% 6,9% 4,5% 4% 3,7% 23% 100%
Total 2.153 637 500 471 590 367 220 184 122 951 6.195
(%) 34,8% 10,3% 8,1% 7,6% 9,5% 5,9% 3,6% 3% 2% 15,4% 100%
edição
Total 5.315 2.073 1.568 1.511 1.480 1.270 813 713 612 3.971 19.326
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação à distribuição geográfica das empresas do setor Gráfico, observa-se que tanto no segmento de impressão quanto no segmento de edição, os estabelecimentos são relativamente pulverizados pelos estados brasileiros, sendo que as regiões Sul e Sudeste, especificamente Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, concentram o maior número de empresas com 13.217 ou 68,4%.
45
Gráfico 7: Porte das empresas nos segmentos de impressão e pré-impressão, e edição no Brasil - 2017
microempresa segmento de impressão Panorama Setorial da Indústria Gráfica
segmento de edição
5.749 92,8%
671 5,1%
média empresa
grande empresa
94 0,7%
8 0,1%
pequena empresa
média empresa
363 5,9%
75 1,2%
grande empresa 8 0,1% Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Classificação por número de funcionários para o setor industrial, utilizada pela CEFD/FIEP, substanciada na metodologia do IBGE: microempresa – até 19 funcionários; pequena – de 20 a 99 funcionários; média – de 100 a 499 funcionários; grande – acima de 500 funcionários.
7
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 46
pequena empresa
12.358 94,1%
microempresa
Quanto ao porte7 das empresas, observa-se que o setor Gráfico, em ambos os segmentos, tem grande predominância de microempresas, ou seja, com até 19 funcionários. Estas correspondem a 94,1% do segmento de impressão e 92,8% do segmento de edição. Destaca-se a maior participação das empresas de pequeno e médio porte no segmento de edição, em relação ao verificado nas atividades de impressão. Estas totalizam 6,4% das empresas no setor Gráfico.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Ainda sobre o ano de 2017 em relação a 2016, o setor Gráfico de forma geral, apresentou um recuo de 3,9%. Já no período de 2013 a 2017, observa-se uma redução de quase 20% no total de funcionários, saindo de 194.163 empregos em 2013 para 156.753 em 2017.
140.000
N˚ de empregos
120.000
119.673
118.810
60.000
103.836
-2,3%
100.000 80.000
110.516
-3,1% 74.490
99.393 -3,9%
70.810
40.000
67.217 -6,3%
20.000
59.342
57.360
-8% -9%
-8,2%
0 2013
2014 18
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
2015 58
2016
0% -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7%
2017
Variação do setor gráfico
Percentual
Gráfico 8: Evolução do número de empregos no Brasil por segmento – 2013 a 2017
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Assim como no total de estabelecimentos, em relação aos empregos também se observa um declínio, nesse caso equivalente a 5% no segmento de impressão e de pouco mais de 3% no segmento de edição no ano de 2017 em relação a 2016.
47
Quando analisada a movimentação dos postos de trabalhos no período de 2016 a 2017, nota-se que ao longo de 18 meses, a movimentação de empregos (diferença entre os admitidos e desligados) apresentou saldo de empregos negativo, sendo que nos meses de novembro e dezembro de 2017 esse indicador voltou a recuar acima dos períodos anteriores, como pode ser observado no Gráfico 9.
Gráfico 9: Movimentação de emprego no setor Gráfico brasileiro – 2016 e 2017
6000
Admitidos
Saldo
Desligados
4000 2000 0
É importante destacar que essa queda verificada no final do período pode ser um fator sazonal, haja vista que o mesmo fenômeno ocorreu no mesmo período em 2016.
-2000 -4000
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Saldo de emprego 2016
-10.955
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 48
Saldo de emprego 2017
-6.542
dez/17
nov/17
out/17
set/17
ago/17
jul/17
jun/17
mai/17
abr/17
mar/17
fev/17
jan/17
dez/16
nov/16
out/16
set/16
ago/16
jul/16
jun/16
mai/16
abr/16
mar/16
fev/16
jan/16
-6000
Outrossim, vale ressaltar que, muito embora o ano de 2017 tenha apresentado um resultado negativo, essa redução de empregos foi menor que no ano de 2016.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
possuem ensino médio. Contudo, verifica-se que o segmento de edição possui um percentual significativamente maior de profissionais com ensino superior em relação ao segmento de impressão, representando 40,3% e 15,7% respectivamente.
Gráfico 10: Distribuição (%) do perfil educacional dos trabalhadores nos segmentos de impressão e edição – 2017
0,1%
0,8%
0,02%
0,3% 9%
13,7%
15,7%
40,3% impressão
edição
49,6%
70,4%
fundamental Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
médio
superior
mestrado
doudorado
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Na análise do perfil educacional dos trabalhadores formais empregados no setor, observa-se no segmento de impressão que aproximadamente 70% dos trabalhadores possuem ensino médio, sendo que mais de 62% possuem ensino médio completo. Já no segmento de edição, quase 50% dos trabalhadores
49
Gráfico 12: Evolução do índice mensal de produção e faturamento (em percentual) – 2016 a 2017
120 100 80 60 40 20
Faturamento (%)
180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
0
ÍNDICE MENSAL (BASE: IGUAL AO MÊS DO ANO ANTERIOR = 100) Fonte: PIM-PF/CNI (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
50
Fonte: PIM-PF (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Verifica-se ainda que o faturamento real apresentou uma queda de mais de 50% no ano de 2017 em comparação ao ano anterior. Vale destacar que, embora tenha apresentado redução em relação a 2016, no período de janeiro a dezembro de 2017, o faturamento real apresentou um crescimento de 30%.
Gráfico 11: Evolução do índice de produção industrial no setor Gráfico (em percentual) – 2014 a 2017
155,00 150,60 140,70 115,30 104,70 114,10 119,60 126,90 110,00 90,20 113,30 150,20 56,70 67,80 110,00 74,90 85,20 69,90 71,10 92,00 69,10 75,70 88,50 73,80
Já em relação à produção industrial do setor Gráfico, na análise acumulada de 12 meses, de acordo com os dados da PIM-PF (Produção Industrial Mensal – Produção Física), apresenta variações negativas desde 2015, ainda assim, pode ser observado que em dezembro de 2017, apesar dessas variações negativas, apresentou um crescimento de 30% em relação a janeiro de 2016, período em que a produção apresentou sua maior queda, conforme gráfico 11.
Faturamento (deflacionado)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Tabela 2: Evolução nominal do VBPI e VTI (em mil R$) – 2012 a 2016
18.1
18.2
Setor Gráfico
Evolução nominal do VBPI e VTI (em mil reais)
Evolução nominal do VBPI e VTI (em mil reais)
Evolução nominal do VBPI e VTI (em mil reais)
Ano VBPI
Variação em relação ao ano anterior
VTI
Variação em relação ao ano anterior
Relação VTI/VBPI
VBPI
Variação em relação ao ano anterior
VTI
Variação em relação ao ano anterior
Relação VTI/VBPI
Relação VTI/VBPI
Variação em relação ao ano anterior
VTI
Variação em Relação relação ao VTI/VBPI ano anterior
2012
12.666.824
-
6.442.210
-
50,9%
2.266.802
-
1.553.075
-
68,5%
14.933.626
-
7.995.285
-
53,5%
2013
13.054.117
3,1%
6.645.897
3,2%
50,9%
2.465.673
8,8%
1.731.719
11,5%
70,2%
15.519.790
3,9%
8.377.616
4,8%
54,0%
2014
13.105.688
0,4%
7.115.060
7,1%
54,3%
2.309.081
-6,4%
1.587.870
-8,3%
68,8%
15.414.769
-0,7%
8.702.930
3,9%
56,5%
2015
12.281.835
-6,3%
6.345.301
-10,8%
51,7%
2.195.678
-4,9%
1.453.667
-8,5%
66,2%
14.477.513
-6,1%
7.798.968
-10,4%
53,9%
2016
13.485.334
9,8%
6.662.817
5,0%
49,4%
2.394.383
9,0%
1.641.574
12,9%
68,6%
15.879.717
9,7%
8.304.391
6,5%
52,3%
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Ao longo do período 2012 a 2016, observa-se que tanto o Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) quanto o Valor da Transformação Industrial (VTI) do setor Gráfico apresentaram algumas oscilações, porém com crescimento nominal. Vale então destacar dois pontos: o primeiro é que todo o setor Gráfico apresentou no ano de 2015 o pior resultado desse período e, em contrapartida, o ano de 2016 apresentou o maior crescimento desse período também em todo o setor, esses resultados em certa medida acabam sendo explicados pela situação econômica do país, agravada em 2015, que afetou grande parte da atividade produtiva nacional. 8
Os dados mais recentes para as informações de VBPI e VTI são de 2016, segundo a última publicação do IBGE.
O outro ponto que merece destaque refere-se à relação entre VTI/VBPI, que, segundo Filho (2014), é considerado um indicador de densidade industrial, na medida que indica uma maior ou menor agregação de valor à produção. Então, o que pode ser observado na tabela 2 é que a relação VTI/VBPI no setor Gráfico vem diminuindo, indicando assim uma redução da agregação de valor na produção do setor. Vale ressaltar que essa redução é percebida principalmente no segmento de impressão (18.1).
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Com relação ao Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) e ao Valor da Transformação Industrial (VTI), a Tabela 2 apresenta os valores monetários e a evolução dos indicadores entre os anos de 2012 a 20168.
51
Agora, considerando a Receita Líquida de Vendas (RLV) do setor Gráfico, observa-se o mesmo movimento do VTI e do VBPI apresentado anteriormente, com uma redução no ano de 2015 e um aumento em 2016. Já com relação aos custos, tanto os relacionados com matéria-prima quanto os relacionados com
as despesas totais, percebe-se em todo o setor Gráfico um crescimento bem acima das receitas, inclusive bem acima também do crescimento do VBPI e do VTI, demonstrando uma dificuldade no repasse dos custos no valor da produção e também no valor das vendas do setor.
Tabela 3: Evolução da RLV, dos Custos Totais e dos Custos com Matéria-Prima (em mil reais) – 2012 a 2016
18.1
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Ano
Evolução do RLV, custos e despesas totais e custo com matérias-primas
Setor Gráfico
Evolução do RLV, custos e despesas totais e custo com matérias-primas
RLV
Custos e despesas totais
Custos com matérias-primas
RLV
Custos e despesas totais
Custos com matérias-primas
RLV
Custos e despesas totais
Custos com matérias-primas
2012
12.834.111
11.523.884
4.218.768
2.317.686
1.899.186
557.086
15.151.797
13.423.070
4.775.854
2013
13.331.377
11.851.892
4.537.793
2.539.233
2.097.503
560.770
15.870.610
13.949.365
5.098.563
2014
13.320.054
11.787.123
4.170.433
2.356.621
2.036.914
561.103
15.676.675
13.824.037
4.731.536
2015
12.525.439
12.075.467
4.107.924
2.240.980
2.034.066
577.718
14.766.419
14.109.533
4.685.642
2016
13.994.319
13.127.508
4.713.669
2.420.334
2.170.086
596.573
16.414.653
15.297.594
5.310.242
Variação 2012/2016
9,04%
13,92%
11,73%
4,43%
14,26%
7,09%
8,33%
13,96%
11,19%
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
52
18.2
Evolução do RLV, custos e despesas totais e custo com matérias-primas
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
força, pouco mais de 14% de 2015 para 2016. Quando analisamos os valores do VTI e os números de emprego do setor, percebemos que essas variações se deram principalmente devido à redução do número de funcionários, que apresentou uma queda de -16% frente ao aumento do VTI, de 4% no período de 2012 a 2016, essa diferença se acentua no ano de 2016 em relação a 2015, quando o emprego recuou -6,7% e o VTI cresceu 6,5%.
No período de 2012 a 2016, percebe-se que a produtividade do setor Gráfico apresentou crescimento de mais de 11% entre 2012 a 2014, teve uma pequena queda de 3% de 2014 para 2015 e voltou a crescer, aí com um pouco mais de
Gráfico 13: Evolução e variação de produtividade na indústria gráfica brasileira (segmento 18) – 2012 a 2016
89.000
87.104 14%
84.000
16% 14% 12%
78.356 8%
79.000 74.000 70.473
10% 8%
76.332
6% 4%
72.652 3%
2%
69.000
0% -2%
-3%
64.000 2012
2013 Produtividade
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
2014 Variação
2015
-4% 2016
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Outro indicador industrial de relevância no contexto da produção do setor Gráfico é a produtividade industrial. Esta é mensurada pela razão entre o Valor da Transformação Industrial (VTI) e o Pessoal Ocupado (PO).
53
Além da produtividade, foi analisado também o Custo Unitário do Trabalho (CUT), que é um outro indicador de competitividade da indústria. Esse indicador pondera o custo total do trabalho pelo nível de produção, ou seja, mostra a despesa com salários por unidade produzida. Nesse sentido, quanto menor o CUT, menor é o custo de produção por unidade. O CUT é calculado por meio da razão entre salário médio ponderado e a produtividade do setor.
Basicamente, o CUT aumenta se o salário cresce acima da produtividade, indicando perda de competitividade. No Brasil, o CUT da indústria Gráfica (segmento 18) apresentou crescimento de 20% no período de 2012 a 2015, mas teve uma redução de -6% de 2015 para 2016, conforme pode ser observado no gráfico 14.
Gráfico 14: Custo Unitário do Trabalho (CUT) da indústria Gráfica brasileira (segmento 18) – 2012 a 2016
0,400 0,350 0,300 0,250 0,200 0,150
0,307
0,340
0,313
0,315
0,354
0,323
0,320
0,355
0,376 0,387 0,378 0,327
0,353 0,352 0,353
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
0,100 0,050 -
2012 18.1 Atividade de impressão
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
54
2013
2014
18.2 Serviços de pré-impressão e acabamentos gráficos
2015
2016
18 Impressão e reprodução de gravações
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
atividade de impressão (18.1) apresentou o maior aumento no salário médio com mais de 41%, já quando consideramos toda a indústria Gráfica (segmento 18), o aumento do salário médio no período foi de pouco mais de 39%.
Tabela 4: Evolução salário médio no setor Gráfico brasileiro (mil reais) – 2012 a 2016
Setores
2012
2013
2014
2015
2016
Variação
18.1 Atividade de impressão
22.636
24.033
26.377
30.079
32.000
41,4%
18.2 Serviços de pré-impressão e acabamentos gráficos
20.141
21.718
22.839
24.667
26.454
31,3%
18. Impressão e reprodução de gravações
22.060
23.466
25.591
28.871
30.728
39,3%
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Gráfico 15: Custo Unitário do Trabalho (CUT) Brasil – 2012 a 2016 0,40
89.000
0,35 84.000
0,30 0,25
79.000
0,20 74.000
0,15 0,10
69.000
0,05 64.000
0,00 2012
2013
2014 Produtividade
Fonte: PIA/IBGE (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
2015 CUT BR
2016
Quando comparados a produtividade e o CUT no setor Gráfico, percebe-se em 2016 uma mudança de tendência de ambas as curvas. Assim, muito embora se perceba um crescimento do salário médio do setor, este foi compensado pelo crescimento da produtividade, o que ocasionou uma queda no CUT, o que pode representar uma melhora na competitividade do setor.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Cabe ressaltar que o aumento do salário médio é um dos fatores para o aumento do CUT na indústria gráfica e vale lembrar que o aumento do CUT significa perda de competitividade. Neste sentido, no período, 2012 a 2016, a
55
Observando também os valores da produção do segmento de serviços gráficos, percebe-se que o VAB (Valor Adicionado Bruto) teve quedas subsequentes totalizando -13,5% no período de 2012 a 2016, sendo que no ano de 2016 em relação a 2015 a queda foi de -6,8%. Já em relação ao VAB (Valor Adicionado Bruto), que representa o valor adicionado na área de serviços, percebe-se oscilações no período de 2012 a 2016, e uma queda de -20% em termos nominais. Além disso, em 2016 comparado a 2015, apresentou redução de -5,7%, o que mostra uma queda na atividade produtiva, possivelmente sofrendo os impactos da crise econômica que afetou a atividade produtiva do país.
Tabela 5: Evolução do VBP e do VAB dos serviços de edição e edição integrada à impressão (em mil reais) Brasil – 2012 a 2016 VBP
Variação
VAB
Variação
2012
20.551.893
-
9.648.512
-
2013
20.236.017
-1,5%
8.990.363
-6,8%
2014
19.996.888
-1,2%
9.202.768
2,4%
2015
19.073.952
-4,6%
8.175.324
-11,2%
2016
17.783.725
-6,8%
7.708.288
-5,7%
Fonte: IBGE - Pesquisa Anual de Serviços / MDIC/SECEX (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Tabela 6: Consumo aparente de produtos Gráficos no Brasil (R$) – 2012 a 2016 VBPI
Importação
Exportação
Consumo aparente
2012
14.933.626.000
341.597.938
163.331.627
15.111.892.311
2013
15.519.790.000
346.693.692
133.237.974
15.733.245.718
2014
15.414.769.000
326.003.713
130.889.494
15.609.883.219
2015
14.477.519.000
255.009.929
120.979.588
14.611.549.341
2016
15.879.717.000
180.126.139
145.888.318
15.913.954.821
Fonte: IBGE - Pesquisa Anual de Serviços/MDIC/SECEX (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Considerando o consumo aparente de produtos da indústria gráfica (segmento 18) no Brasil, conforme apresentado na Tabela 6, observa-se que há um déficit na oferta interna, uma vez que a produção corresponde a 100% do consumo Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
56
aparente total e ainda se faz necessário importações para suprir a demanda do mercado brasileiro.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
superior ao ano anterior, representando -US$ 66,8 milhões, onde o segmento de impressão (18) apresentou um saldo negativo de -US$ 57,1 milhões e o segmento de edição (58), um saldo negativo de -US$ 9,7 milhões.
Tabela 7: Balança comercial do setor Gráfico brasileiro – 2012 a 2017 Balança comercial do setor (US$)
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Exportação
172.615.704,00
141.529.334,00
143.236.210,00
134.868.327,00
156.940.843,00
153.912.068,00
Importação
383.453.395,00
381.658.549,00
359.123.742,00
279.544.901,00
196.770.381,00
220.737.298,00
Saldo
-210.837.691,00
-240.129.215,00
-215.887.532,00
-144.676.574,00
-39.829.538,00
-66.825.230,00
Exportação (US$)
2012
2013
2014
2015
2016
2017
18
163.331.627,00
133.237.974,00
130.889.494,00
120.979.588,00
145.888.318,00
142.275.526,00
58
9.284.077,00
8.291.360,00
12.346.716,00
13.888.739,00
11.052.525,00
11.636.542,00
Total
172.615.704,00
141.529.334,00
143.236.210,00
134.868.327,00
156.940.843,00
153.912.068,00
Importação (US$)
2012
2013
2014
2015
2016
2017
18
341.597.938,00
346.693.692,00
326.003.713,00
255.009.929,00
180.126.139,00
199.342.639,00
58
41.855.457,00
34.964.857,00
33.120.029,00
24.534.972,00
16.644.242,00
21.394.659,00
Total
383.453.395,00
381.658.549,00
359.123.742,00
279.544.901,00
196.770.381,00
220.737.298,00
Saldo (US$)
2012
2013
2014
2015
2016
2017
18
-178.266.311,00
-213.455.718,00
-195.114.219,00
-134.030.341,00
-34.237.821,00
-57.067.113,00
58
-32.571.380,00
-26.673.497,00
-20.773.313,00
-10.646.233,00
-5.591.717,00
-9.758.117,00
Total
-210.837.691,00
-240.129.215,00
-215.887.532,00
-144.676.574,00
-39.829.538,00
-66.825.230,00
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
No que se refere às movimentações do setor Gráfico no mercado internacional, verifica-se que a balança comercial em 2016 apresentou um resultado negativo de - US$ 39,8 milhões. Já em 2017, apresentou um resultado deficitário 67,8%
57
O gráfico 16 apresenta o resultado da balança comercial do setor Gráfico no período
de -48% nas importações de 2012 a 2016. Por sua vez, em 2017 as importações apresentaram um crescimento de 12% no mesmo período em relação a 2016.
de 2012 a 2017, além do comportamento das importações e exportações no mesmo período em que pode ser observado uma mudança no comportamento,
Vale ressaltar que esse movimento coincide com o período de agravamento da crise econômica e consequente redução da atividade produtiva no país.
com um aumento de 14% nas exportações de 2015 a 2017 e com uma queda
Gráfico 16: Evolução da balança comercial do setor gráfico brasileiro (em milhões de US$) – 2012 a 2017 500,00 383,45
400,00
359,12 279,54
300,00
Milhões USS
200,00
172,62 141,53
156,94
143.24
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
153,91
100,00
-39,83
-100,00
-66,83
-144,68
-200,00 -210,84 -240,13
-300,00 2012
2013
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
-215,89 2014
Exportação
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 58
220,74
196,77
2015
Importação
2016
Saldo
2017
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
setor Gráfico. Vale destacar que os quatro principais clientes são da América do Sul, que conta ainda com a Bolívia na 6ª colocação, compondo assim 50% dos principais clientes do setor Gráfico brasileiro.
Tabela 8: Participação (%) dos dez principais países de destino das exportações Gráficas brasileiras – 2017 País
Valor FOB (milhões US$)
Participação (%)
1º
Chile
19,4
12,6%
2º
Colômbia
17,7
11,5%
3º
Argentina
14,5
9,4%
4º
Peru
11,7
7,6%
5º
Estados Unidos
11,6
7,5%
6º
Bolívia
9,9
6,4%
7º
México
9,1
5,9%
8º
Paquistão
7,7
5,0%
9º
África do Sul
7,6
4,9%
10º
Reino Unido
4,9
3,2%
Total
153,91
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Na análise dos principais parceiros comerciais do setor Gráfico, destacam-se o Chile, cujo destino representa 12,6% das exportações, seguido pela Colômbia, que absorve 11,5%. Na tabela 8, observa-se que no ano de 2017 dez países foram responsáveis pela absorção de 74,2% das exportações brasileiras do
59
Mapa 4: Posição dos 10 principais países de destino das exportações brasileiras no setor Gráfico (em milhões US$) – 2007 e 2017
2007
Verificando um período de 10 anos, de 2007 a 2017, percebem-se mudanças no mercado de exportação do setor Gráfico brasileiro.
Portugal 12,8 3º
Estados Unidos 20,8 2º Venezuela 8,8 4º
México 5,7 5º Colombia 3,7 9º Peru 3,9 8º
Chile 5,2 6º
Japão 4,6 7º
Bolívia 2,8 10º
Considerando a evolução histórica, destaca-se que em 2007 a Argentina era o principal parceiro comercial, responsável por absorver 23,7% das exportações nacionais. Contudo, em 2017 esse percentual foi reduzido para 9,7%, e o Chile subiu da sexta posição para a primeira, assumindo 12,6% da pauta exportadora.
Argentina 27,4 1º
2017
Reino Unido 4,9 10º
Outro ponto a se destacar é que as exportações para os Estados Unidos tiveram uma redução considerável, caindo de 18% em 2007 para 7,5% em 2017.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Estados Unidos 11,6 5º
México 9,1 7º Colombia 17,7 2º
Chile
Paquistão 7,7 8º
Peru 11,7 4º
Bolívia 9,9 6º
19,4 1º Argentina 14,5 3º
MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
60
Em 2007, os países da América Latina correspondiam a 42,2%, seguidos dos EUA com 18% e da Europa com 11,1%, representada por Portugal. Contudo, em 2017, houve uma ampliação do mercado latino-americano, representando 53,4% e uma redução na participação dos outros blocos, de acordo com o Mapa 4.
África do Sul 7,6 9º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
semelhantes, com 12,9%, e, por fim, os cartões e as etiquetas de acionamento por aproximação, com 9,4%.
Tabela 9: Principais itens exportados para os principais países de destino, por segmento (em milhões US$) Brasil - 2017
2017 País de destino
Valor FOB (US$)
Participação na pauta do setor (%)
Participação dos cartões inteligentes nas exportações totais do setor
83,6
54,3%
Chile
16,1
10,4%
Colômbia
10,6
6,9%
9,1
5,9%
8,1
5,2%
Paquistão
7,4
4,8%
Outros
32,3
21,0%
Participação de outros livros, brochuras e impressos semelhantes nas exportações totais do setor
19,8
12,9%
Colômbia
4,5
2,9%
Argentina
2,3
1,5%
2,3
1,5%
2,0
1,3%
Peru
1,4
0,9%
Outros
7,4
4,8%
Participação de cartões e etiquetas de acionamento por aproximação nas exportações totais do setor
14,4
9,4%
África do Sul
5,1
3,3%
3,7
2,4%
2,0
1,3%
1,2
0,8%
Uruguai
0,9
0,6%
Outros
1,6
1,0%
Peru Bolívia
Estados Unidos México
Produto
Cartões inteligentes
Outros livros, brochuras e impressos semelhantes
Reino Unido Polônia Argentina
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Cartões e etiquetas de acionamento por aproximação
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Analisando agora os principais produtos exportados pelo setor Gráfico, conforme Tabela 9, destacam-se os segmentos de cartões inteligentes, representando 54,3% do mercado de exportação, seguidos de outros livros, brochuras e impressos
61
Quanto às importações do setor Gráfico brasileiro, os principais países de origem são os Estados Unidos, responsável por mais de 24% do total da pauta de importação do setor, seguidos da China e da França, com 18,7% e 7,8%
respectivamente. Os 10 principais parceiros comerciais respondem por mais de 82% da pauta de importação do setor Gráfico brasileiro, conforme a Tabela 10.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Tabela 10: Participação (%) dos dez principais países de origem das importações brasileiras – 2017
País
Valor FOB (milhões US$)
Participação (%)
1º
Estados Unidos
53,2
24,1%
2º
China
41,3
18,7%
3º
França
17,3
7,8%
4º
Reino Unido
16,7
7,6%
5º
Hong Kong
13,2
6,0%
6º
Alemanha
10,4
4,7%
7º
Espanha
9,9
4,5%
8º
Suíça
9,4
4,2%
9º
Índia
5,7
2,6%
10º
Malásia
5,6
2,5%
Total
220,74
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Vale destacar que ao contrário das exportações, em relação às importações do setor Gráfico brasileiro, não há nenhum país da América do Sul entre os 10 principais Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
62
parceiros comerciais. Além disso, destaca-se também a balança comercial deficitária em relação aos Estados Unidos em -US$ 41,6 milhões em 2017.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
2007 Então, se comparados aos períodos anteriores, verifica-se que os Estados Unidos ampliaram sua participação no mercado brasileiro, apresentando um crescimento de 18% de 2007 a 2017.
Reino Unido 22,7 3º
Estados Unidos 45,1 1º
Alemanha 10,4 7º Espanha 41,3 2º Suiça 14,6 6º
China 21,1 4º Hong Kong 13,7 7º
Itália 18,6 5º
Argentina 12,5 8º
2017
Reino Unido 16,7 4º Alemanha 10,4 6º Espanha 9,9 7º
Estados Unidos 53,2 1º
Suiça 9,4 8º França 17,3 3º
China 41,3 2º Hong Kong 13,2 5º
Índia 5,7 9º
Malásia 5,6 10º
MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Japão 8,2 10º
Já a Espanha, que detinha 16,2% da pauta de importação brasileira no setor Gráfico em 2007 reduziu sua atuação em 76%, saindo da segunda para a sétima posição em 2017, conforme pode ser observado no Mapa 5.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Mapa 5: Posição dos 10 principais países de origem das importações brasileiras no setor gráfico (em milhões US$) – 2007 a 2017
63
Tabela 11: Principais itens importados, por segmento (em milhões US$) Brasil - 2017
2017 Valor FOB (US$)
Participação na pauta do setor (%)
105,3
47,7%
Estados Unidos
24,1
10,9%
China
22,5
10,2%
14,7
6,7%
12,2
5,5%
Espanha
9,3
4,2%
Outros
22,5
10,2%
44,0
19,9%
Estados Unidos
16,3
7,4%
França
10,4
4,7%
9,1
4,1%
3,2
1,5%
Israel
1,3
0,6%
Outros
3,7
1,7%
13,1
5,9%
Estados Unidos
5,6
2,5%
Alemanha
4,1
1,9%
1,2
0,6%
0,8
0,4%
Itália
0,5
0,2%
Outros
0,9
0,4%
País de destino
Produto
Participação de outros livros, brochuras e impressos nas importações totais do setor
Reino Unido Hong Kong
Outros livros, brochuras e impressos semelhantes
Participação dos cartões inteligentes nas importações torais do setor
Suiça China
Cartões inteligentes
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Participação das outras decalcomanias de qualquer espécie nas importações totais do setor
Finlândia China
Outras decalcomanias de qualquer espécie
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
64
Considerando os principais produtos importados pelo setor Gráfico brasileiro, conforme a Tabela 11, observa-se que o segmento de outros livros, brochuras e impressos semelhantes corresponde à aproximadamente metade da pauta de importação, representando quase 48%. Já os cartões inteligentes, apresentam um percentual de participação de quase 20%, seguidos de outras decalcomanias de qualquer espécie, com aproximadamente 6%. É importante ressaltar que em 2007, o segmento de cartões inteligentes representava 26% da pauta importadora, caindo em 2017 para aproximadamente 20%, o que representa uma redução de mais de 20%. Ainda sobre os cartões inteligentes, vale ressaltar que ao mesmo tempo em que se percebe uma queda de 20% na importação, percebe-se também um crescimento de 62% na exportação desse produto, saindo de 33,5% em 2007 para mais de 54% da pauta exportadora em 2017, como pode ser observado na Tabela 9. Assim, pode-se inferir que a produção nacional desse produto, insumo para o setor Gráfico, tem crescido e melhorado nesses últimos 10 anos.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
O estado do Paraná possui um setor Gráfico robusto e bem estruturado, posicionando-se como terceiro maior setor Gráfico nacional, tanto em valor bruto da produção industrial (VBPI), quanto em valor da transformação industrial
(VTI), ficando somente atrás dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, conforme pode ser visto na Tabela 12.
Tabela 12: Evolução do VBPI e VTI do segmento de impressão (em mil R$) – 2014 a 2016 VBPI
VTI
Localidade Brasil São Paulo Rio de Janeiro
2014
2015
Variação
2016
Variação
2014
2015
Variação
2016
Variação
15.608.899
14.708.816
-5,77%
16.144.889
9,76%
8.734.888
7.868.635
-9,92%
8.414.850
6,94%
6.577.179
6.187.328
-5,93%
6.935.240
12,09%
3.778.058
3.312.809
-12,31%
3.822.857
15,40%
3.065.636
3.044.210
-0,70%
2.832.801
-6,94%
1.459.312
1.491.675
2,22%
1.159.325
-22,28%
Paraná
1.460.671 1.315.409
-9,94%
1.374.660
4,50%
762.096
660.559
-13,32%
639.954
-3,12%
Minas Gerais
1.059.000
-21,59%
875.970
5,50%
632.452
454.523
-28,13%
466.202
2,57%
-7,13%
644.747
9,97%
406.651
345.000
-15,16%
382.328
10,82%
830.309
Rio Grande do Sul
631.254
Santa Catarina
538.034
756.328
40,57%
855.087
13,06%
281.026
397.177
41,33%
417.046
5,00%
Outros estados
2.277.125
1.988.959
-12,65%
2.626.384
32,05%
1.415.293
1.206.892
-14,72%
1.527.138
26,53%
586.273
Fonte: IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
No Paraná, o VBPI do segmento de impressão (CNAE 18) apresentou uma queda nominal de -5,8% no período de 2014 a 2016, porém apresentou um crescimento nominal de 4,5% em 2016 sobre 2015, assim, nos dois períodos analisados, o segmento de impressão paranaense apresentou crescimento abaixo da média nacional.
Além disso, também chama a atenção os resultados do VBPI do segmento em Santa Catarina, que apresentou resultados bem melhores que a média nacional. Com relação ao VTI, o Paraná também apresentou queda no período de 2014 a 2016, de -16%, também acima da média nacional que foi de -3,6%.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Setor Gráfico paranaense
65
Comparando a variação do VTI do segmento de impressão com a atividade de impressão (CNAE 181) no período de 2014 a 2016, percebe-se que este apresenta
um melhor desempenho, mas ambos apresentam um desempenho inferior ao da indústria de transformação no mesmo período, conforme gráfico 17.
Gráfico 17: Variação % do VTI do segmento de impressão paranaense, comparação com outros setores – 2010 a 2016
15% 10,05%
10%
9,71% 5,88%
5%
3,14% 0,77%
0%
1,36%
0% -5% -10% -15%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
C Indústrias de tranformação 18 Impressão e reprodução de gravações 18.1 Atividade de impressão
2011 10,05% 13,71% 9,60%
2012 5,88%
2013 9,71%
2014 3,14%
-4,69% 4,59%
3,17% 3,16%
2,83% 7,06%
2015 0,77% -10,81% -10,82%
2016 1,36% 5,08% 5,00%
Fonte: IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Ao analisarmos a relação VTI/VBPI que, segundo Filho (2014), é considerado um indicador de densidade industrial, na medida em que indica uma maior ou menor agregação de valor à produção, então, observamos na tabela 13 que a relação VTI/VBPI no segmento de impressão paranaense está diminuindo em Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
66
2010 0% 0% 0%
todos os estados, mas no Paraná essa queda é maior que a média nacional, indicando assim uma redução da agregação de valor na produção do segmento de impressão. Vale ressaltar que essa redução é percebida principalmente nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
VTI / VBPI Localidade
2014
2015
Variação 2015/2014
2016
Variação 2016/2015
Variação 2016/2014
Brasil
55,96%
53,50%
-4,40%
52,12%
-2,57%
-6,86%
São Paulo
57,44%
53,54%
-6,79%
55,12%
2,95%
-4,04%
Rio de Janeiro
47,60%
49,00%
2,94%
40,93%
-16,48%
-14,03%
Paraná
52,17%
50,22%
-3,75%
46,55%
-7,30%
-10,77%
Minas Gerais
59,72%
54,74%
-8,34%
53,22%
-2,78%
-10,88%
Rio Grande do Sul
64,42%
58,85%
-8,65%
59,30%
0,77%
-7,95%
Santa Catarina
52,23%
52,51%
0,54%
48,77%
-7,12%
-6,62%
Outros estados
62,15%
60,68%
-2,37%
58,15%
-4,18%
-6,45%
Fonte: IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Outra variável de produção a ser considerada é a produtividade. No segmento de impressão no período de 2010 a 2016, a variação acumulada foi de 66% em termos nominais no segmento paranaense, enquanto no segmento brasileiro a variação no mesmo período foi de 45%. Quando analisamos o período de 2014 a 2016, chegamos a uma variação de 8,1% em termos nominais no segmento
paranaense, enquanto no segmento brasileiro a variação foi de 11,6%. Ou seja, a produtividade do segmento de impressão no Paraná cresceu mais que a média do segmento no Brasil, mas principalmente em decorrência de uma maior redução do total de funcionários do que propriamente do aumento do VTI.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Tabela 13: Variação % do VTI / VBPI no segmento de impressão – 2014 a 2016
67
Esse aumento da produtividade do segmento se refletiu no custo unitário do trabalho (CUT), que teve queda de -9,5% no período de 2010 a 2016 e -8,9% no período de 2014 a 2016, enquanto o segmento no Brasil apresentou quedas
de -2,4% e -6,3% nos mesmos períodos analisados. Vale ressaltar que este resultado do CUT do segmento de impressão paranaense indica uma melhoria da competitividade do segmento frente aos seus concorrentes.
Tabela 14: Evolução da Receita Líquida de Vendas no segmento de impressão – 2014 a 2016 (milhões R$)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Receita Líquida de Vendas Localidade
2014
2015
Variação 2015/2014
2016
Variação 2016/2015
Variação 2016/2014
Brasil
13.719,77
12.912,04
-5,89%
14.406,66
11,58%
5,01%
São Paulo
5.651,43
5.142,48
-9,01%
5.978,36
16,25%
5,78%
Rio de Janeiro
2.800,47
2.879,75
2,83%
2.883,57
0,13%
2,97%
Paraná
1.365,40
1.340,40
-1,83%
1.387,86
3,54%
1,64%
Minas Gerais
915,02
769,25
-15,93%
775,75
0,84%
-15,22%
Santa Catarina
541,17
618,43
14,28%
768,63
24,29%
42,03%
Rio Grande do Sul
665,33
602,56
-9,43%
656,19
8,90%
-1,37%
Fonte: IBGE/PIA Empresa (2016) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Quanto à receita líquida de vendas, o segmento de impressão no Paraná somou R$ 1,38 bilhão em 2016, crescimento de 3,54% em relação ao ano de 2015 e 1,6% no período de 2014 a 2016. Percebe-se que o segmento no Paraná apresentou crescimento abaixo da média nacional, que no mesmo período foi de 5%. Além Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
68
disso, chama a atenção o estado de Santa Catarina que apresentou resultados muito superiores, tanto em relação à média nacional quanto aos principais mercados do segmento de impressão, com uma variação no período de 2014 a 2016 de mais de 42%, conforme pode ser observado na tabela 14.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
2016, quando contava com 1.612 empresas. Se comparado com 2013, quando contava com 1.764 empresas, o setor reduziu -14,3%.
Figura 4: Evolução do número de empresas no setor Gráfico do Paraná – 2013 a 2017
Segmento DE EDIÇÃO
Segmento DE IMPRESSÃO
setor grÁFICO
2013
2014
2015
2016
2017
-6,3 % Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2016
-14,3 % 1.764
1.761
1.737
1.612
1.511
2013
2014
2015
2016
2017
Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2013
-5,4 % Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2016
-12,1 % 1.184
1.187
1.170
1.099
1.040
2013
2014
2015
2016
2017
Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2013
-8,2 % Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2016
-18,8 % 580
574
567
513
471
Redução do número de empresas na comparação com o ano de 2013
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
O segmento de impressão contava com 1.040 empresas em 2017 e representava quase 69% das empresas do setor. Já o segmento de edição contava com 471 empresas, que representavam quase 31% das empresas do setor Gráfico. Vale
ressaltar que ambos os segmentos perderam empresas no período de 2013 a 2017, sendo que o segmento de edição apresentou a maior redução, perdendo quase -19% das empresas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Com relação ao número de estabelecimentos, o setor Gráfico do Paraná apresentou 1.511 empresas em 2017, número -6,3% menor que no ano de
69
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
SEGEMTNO DE edição
SEGEMTNO DE IMPRESSÃO
Figura 5: Variação do número de empresas no setor Gráfico em 10 anos no Paraná – 2008 a 2017
= 20,5% 985
1.187
1.040
2008
2014
2017
= 11,2% 516
= -17,9% 574
471
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Quando consideramos a evolução do número de empresas do setor em um horizonte de 10 anos (2008 a 2017), verificamos um crescimento de 5,6% no segmento de impressão, sendo que entre os anos de 2008 e 2014 o segmento cresceu 20,5% e no intervalo de 2014 a 2017 apresentou uma queda de -12,4%. Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
70
= -12,4%
Já o segmento de edição apresentou neste mesmo período de 10 anos (2008 a 2017) um crescimento de 8,7%, sendo que entre os anos de 2008 e 2014 o segmento cresceu 11,2% e no intervalo de 2014 a 2017 apresentou uma queda de -17,9% no total de empresas, conforme apresentado na Figura 5.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
(2,6%), Maringá (7,4%), Londrina (4,8%) e Cascavel (4,6%) os principais polos em número de empresas, conforme ilustrado no Mapa 6.
Mapa 6: Municípios paranaenses com maior concentração de empresas no segmento de impressão – 2017
Maringá 77 empresas
londrina 50 empresas
curitiba 277 empresas
pinhais 34 empresas
São josé dos pinhais 24 empresas
cascavel 48 empresas Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
A distribuição geográfica das empresas do segmento de impressão apresenta concentração de 55% em 9 municípios do estado, sendo as cidades de Curitiba
71
Já as empresas do segmento de edição se concentram principalmente em sete municípios, com 62,4% do total de estabelecimentos, os municípios de Curitiba
(38,2%), Londrina (8,7%), Maringá (5,5%) e Cascavel (2,8%) apresentam a maior concentração no estado, como pode ser observado no mapa 7.
Mapa 7: Municípios paranaenses com maior concentração de empresas no segmento de edição – 2017
Maringá 26 empresas
londrina 41 empresas
Toledo 11 empresas
ponta grossa 11 empresas
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
curitiba 180 empresas
foz do iguaçu 12 empresas cascavel 13 empresas Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
72
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2017)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
edição apresentam características próximas àquelas do segmento de impressão em relação ao porte dos estabelecimentos, mas com um diferencial, pois apresenta duas empresas de grande porte, enquanto o segmento de impressão não possui empresas de grande porte.
Gráfico 18: Porte das empresas no segmento de impressos promocionais, comparativo com o segmento de edição – 2017
95%
Impressão
4,5%
5 47
0,5% 988 2 7 30
91,7%
Edição
6,4%
1,5% 0,4%
432
micro Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
pequena
média
grande
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Agora, considerando o porte das empresas em relação ao número de empregados, observou-se que no ano de 2017 o segmento de impressão era composto por 0,5% de empresas de médio porte, 4,5% de empresas de pequeno porte e 95% de microempresas. Já as empresas do segmento de
73
Quanto ao emprego, o segmento de impressão paranaense respondeu por 6,6% dos postos de trabalho do setor nacional em 2017, sendo responsável por 6,5 mil empregos formais, conforme Figura 6. Esse volume representa uma redução de -1,7% em relação ao ano de 2016 e -20,7% em comparação a 2012.
Já o segmento de edição paranaense contou com 5,4 mil empregados no ano de 2017, valor que representou 9,5% do cenário nacional. Nos anos seguintes a 2012, o segmento apresentou quedas constantes no número de postos de trabalho, sendo que em relação a 2017 houve uma retração acumulada de quase 21%.
Figura 6: Evolução do número de empregos no setor Gráfico do Paraná – 2012 a 2017
2013
2014
2015
2016
edição 9,5%
2017
15.128
15.159
2012
2013
2014
2015
12.150
12.003
2016
2017
8 funcionários Média por empresa em 2017
6 funcionários 8.247
8.458
7.912
7.187
6.648
6.536
2012
2013
2014
2015
2016
2017
6.881
6.701
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2017)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 74
14.286 13.247
Segmento de Edição
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Segmento de Impressão
Setor Gráfico
2012
impressão 6,6%
6.374
6.060
5.502
5.467
Média por empresa em 2017
11 funcionários Média por empresa em 2017
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Os empregos do segmento de impressão apresentam concentração de mais de 69% em 10 municípios do estado. Curitiba é a cidade com o maior número de empregados 2.030 (31,1%), sendo acompanhada por Pinhais
Tabela 15: Municípios com maior concentração de empregos no segmento de impressão – 2017
Maringá 7,2%
Curitiba 31,1%
Pinhais 9,8%
Quantidade
Participação
Total de Empregos Soma de 10 municípios
6.536 4.529
100% 69,3%
Curitiba
2.030
31,1%
Londrina
638
Maringá Campo Largo
Municípios
(9,8%) e Maringá (7,2%), conforme tabela 15. Já o segmento de edição apresenta uma concentração ainda maior, com mais de 89% dos empregos concentrados em 10 municípios do estado. Curitiba é a cidade com o maior número de empregados, com 3.643 ou 66,6%, seguida de Londrina (8,2%) e Maringá (6,1%), conforme tabela 16.
Tabela 16: Municípios com maior concentração de empregos no segmento de edição – 2017
Maringá 6,1%
Curitiba 66,6%
Municípios
Londrina 8,2%
Quantidade
Participação
Total de Empregos
5.467
100%
Soma de 10 municípios
4.892
89,5%
9,8%
Curitiba Londrina
3.643 446
66,6% 8,2%
471
7,2%
Maringá
334
6,1%
400
6,1%
Campo Largo
149
2,7%
69
1,3%
Bandeirantes
301
4,6%
Bandeirantes
Marechal Cândido Rondon
178
2,7%
Marechal Cândido Rondon
66
1,2%
Ponta Grossa Foz do Iguaçu Palmas Paranavaí
152 142 109 108
2,3% 2,2% 1,7% 1,7%
Ponta Grossa
50
0,9%
Foz do Iguaçu
48
0,9%
Palmas
45
0,8%
Paranavaí
42
0,8%
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
O setor Gráfico paranaense apresenta alto nível de concentração de empregos. Do total de empregos do setor no estado, ou seja, 12.003 postos de trabalho, 47,3% são gerados no município de Curitiba.
75
Gráfico 19: Perfil educacional dos trabalhadores no segmento de impressão do Paraná – 2016 e 2017
2017
2016
74,5%
12,5%
74,8%
12,5%
fundamental
médio
superior
mestrado
12,9%
0,1%
12,5%
0,1% 0,02%
doutorado
No que se refere ao perfil educacional dos trabalhadores do setor Gráfico paranaense, observa-se que os trabalhadores do segmento de impressão têm, na sua maioria, o ensino médio. Em 2017 eles representavam mais de 74% do total de trabalhadores, com pequena variação em relação a 2016. Já no segmento de edição, a maioria também tem o ensino médio, mas, diferentemente do segmento de impressão, em um percentual menor, pois uma grande parcela de trabalhadores possui o ensino superior (completo ou em curso).
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 20: Perfil educacional dos trabalhadores no segmento de edição do Paraná – 2016 e 2017
2017
7,0%
2016
7,4%
fundamental
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 76
37,8%
53,3%
médio
1,8% 0,1%
40,7%
50,4%
superior
mestrado
doutorado
1,5% 0,1%
Vale ressaltar que de 2016 para 2017 houve uma sensível alteração no perfil educacional do segmento de edição, com uma redução total de trabalhadores com ensino fundamental e médio e um aumento de quase 3% no total de funcionário com ensino superior, demonstrando uma clara melhoria do nível educacional dos trabalhadores do setor Gráfico paranaense, em especial no segmento de edição.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
2013
2012
2014
2015
2016
2017 Rendimento médio mensal em 2017
R$ 1.798,00 R$ 27,2
R$ 29,2
R$ 30,2
R$ 30,3
R$ 30,1
R$ 31,1
Rendimento médio mensal em 2012
R$ 1.973,68
2,4%
-0,3%
-2,4%
0,6%
12,9%
sgmento de impressão
setor gráfico
R$ 2.591,02 3,3%
-0,06%
0,3%
1,7%
9,2%
Rendimento médio mensal em 2017
R$ 1.382,32 R$ 11,4
R$ 12,9
R$ 12,7
R$ 12,6
R$ 12,9
Rendimento médio mensal em 2012
R$ 3.329,06
4,53%
-0,44%
1,94%
2,69%
6,32%
sgmento de ediçao
R$ 13,0
Rendimento médio mensal em 2017
R$ 2.296,18 R$ 15,8
R$ 16,8
Fonte: MTPS/RAIS (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
R$ 17,2
R$ 17,6
R$ 17,5
R$ 18,2
Rendimento médio mensal em 2012
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Figura 7: Evolução da massa salarial mensal do setor Gráfico do Paraná – 2012 a 2017 (em milhões)
77
A massa salarial média mensal do setor Gráfico sofreu oscilações ao longo do tempo, mas apresentou uma variação nominal de 14,3% no período de 2012 a 2017. Nesse mesmo período, o segmento de impressão apresentou uma variação de 13,2% e o segmento de edição uma variação de 15,2%. Já o rendimento médio mensal do setor Gráfico apresentou uma variação nominal de 44% no período de 2012 a 2017. O segmento de impressão apresentou uma variação de 42,8% e o segmento de edição uma variação de 45,8%.
nível de crescimento da massa salarial e salário médio, apresentou também uma
Ao mesmo tempo em que todo o setor Gráfico paranaense apresentou esse
e no segmento de edição um ganho real de 7,4% no período de 2012 a 2017.
período que foi de 35,74%, apresentando assim ganhos reais nos rendimentos dos trabalhadores dos dois segmentos do setor Gráfico. No rendimento médio dos empregados do segmento de impressão, observa-se um ganho real de 5,2%
Gráfico 22: Variação do INPC e do rendimento médio nominal do segmento de edição no Paraná – 2012 a 2017
inpc ACUMULADO
inpc ACUMULADO
35,74%
VARIAÇÃO SALARIAL Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Vale ressaltar que esse rendimento médio cresceu bem acima da inflação do
Gráfico 21: Variação do INPC e do rendimento médio nominal do segmento de impressão no Paraná – 2012 a 2017
GANHO REAL
0%
10%
20%
30%
40%
50%
35,74%
5,2%
42,84%
GANHO REAL
VARIAÇÃO SALARIAL
Fonte: MTPS/RAIS (2017); BCB (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
7,4%
45,80%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Obs.: INPC = Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 78
redução no total de funcionários de quase -21% nesse período.
Fonte: MTPS/RAIS (2017); BCB (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Balança comercial do setor (US$)
2007
2015
2016
2017
Exportação
17.100.000
25.100.000
34.200.000
33.900.000
Importação
3.300.000
6.300.000
6.800.000
7.100.000
Saldo
13.800.000
18.800.000
27.400.000
26.800.000
Exportação (US$)
2007
2015
2016
2017
18
17.000.000
25.000.000
34.100.000
33.700.000
58
100.000
100.000,0
100.000
200.000
17.100.000
25.100.000
34.200.000
33.900.000
2007
2015
2016
2017
18
2.600.000
4.300.000
4.500.000
4.700.000
58
700.000
2.000.000
2.300.000
2.400.000
3.300.000
6.300.000
6.800.000
7.100.000
2007
2015
2016
2017
18
14.400.000,00
20.700.000,00
29.600.000,00
29.000.000,00
58
-600.000,00
-1.900.000,00
-2.200.000,00
-2.200.000,00
13.800.000,00
18.800.000,00
27.400.000,00
26.800.000,00
Total
Importação (US$)
Total
Saldo (US$)
Total
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
No que se refere às movimentações do setor Gráfico no mercado internacional, observa-se que a balança comercial 2016 apresentou um resultado positivo de US$ 27,4 milhões. Já em 2017, apresentou um superavit de -2,2% menor que o ano anterior, representando US$ 26,8 milhões. O segmento de impressão apresentou um saldo positivo de US$ 29 milhões e o segmento de edição um saldo negativo de -US$ 2,2 milhões. Vale ressaltar que os resultados da balança comercial do setor Gráfico paranaense contrastam com os resultados da balança comercial do setor Gráfico brasileiro, pois o setor no Paraná vem apresentando resultados positivos ao longo dos anos (2007, 2015 a 2017), conforme tabela 17, enquanto em âmbito nacional os resultados, ao longo dos anos, são negativos (2012 a 2017). Isso em muito se deve ao alto valor agregado dos produtos exportados pelo setor Gráfico paranaense, como cartões inteligentes e cartões de acionamento por aproximação, conforme será demonstrado a seguir.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Tabela 17: Balança comercial do setor Gráfico paranaense – 2007 a 2017
79
O gráfico 23 apresenta o resultado da balança comercial do setor Gráfico no período de 2007 a 2017, além do comportamento das importações e exportações no mesmo período, onde pode ser observado um aumento de 100% no valor das exportações de 2007 a 2016 e com uma leve queda de -0,8% de 2016 para 2017. As importações também apresentaram um crescimento
expressivo no período de 2007 a 2016, com 106%, e continuou a crescer de 2016 para 2017 (4%). Vale ressaltar que esse movimento coincide com o período de agravamento da crise econômica e consequente redução da atividade produtiva em todo o país e também com um período de alta do dólar frente ao real.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 23: Evolução da balança comercial do setor gráfico paranaense (em milhões de US$) – 2007 a 2017
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
80
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
24. Esse resultado é acompanhado pela elevação de 4,5% nas importações no mesmo período.
Gráfico 24: Evolução da balança comercial do segmento de impressão paranaense (em milhões US$) – 2007 a 2017
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação ao comércio internacional dos segmentos que compõem o setor Gráfico paranaense, o segmento de impressão apresentou superavit de US$ 29 milhões em 2017, resultado 2,3% menor que o ano de 2016, conforme gráfico
81
Mapa 7: 10 principais países de destinos das exportações do segmento de impressão paranaense (em milhões US$) – 2007 e 2017
2007
Analisando os principais parceiros comerciais do estado no segmento de impressão, observa-se que 10 países corresponderam a 92,3% do valor exportado pelo Paraná em 2017 (mapa 7). Portugal 0,1 10º Japão 0,3 7º
Estados Unidos 0,2 9º Venezuela 0,9 4º
O Chile apresentou crescimento de 971,2% entre 2007 e 2017, passando de US$ 814,6 mil em 2007 para o valor de US$ 8,7 milhões em 2017.
Bolívia 1,7 2º
Peru 0,2 8º Chile 0,8 5º Argentina 11,4 1º
Paraguai 0,9 3º Uruguai 0,4 6º
2017 Polônia 2,0 6º Reino Unido 3,7 3º França
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
0,6 10º
Estados Unidos 1,9 7º
Colombia 2,4 5º
Argélia 0,6 9º
Chile 8,7 1º Argentina 2,6 4º
Uruguai 1,2 8º
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
82
O destaque vai para o Chile com 25,9% e África do Sul com 22,4%, que corresponderam juntos a 48,4% do mercado de exportação do estado em 2017.
África do Sul 7,6 2º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Verifica-se que os cartões inteligentes são o principal produto exportado pelo segmento de impressão, representando 56,2% da pauta, sendo que três países absorveram, aproximadamente, 70,4% das exportações desses cartões.
São eles: Chile (45,1%), África do Sul (12,7%) e Colômbia (12,6%). O segundo produto com a maior participação na pauta são cartões e etiquetas de acionamento por aproximação, representando 40,7% das exportações paranaenses do segmento. Esses produtos têm na África do Sul seu principal destino (37,5%), enquanto Reino Unido (27,1%) e Polônia (14,4%) aparecem logo em seguida. Os três países representaram juntos 79% das exportações paranaenses desses produtos.
Tabela 18: Principais itens exportados pelo segmento de impressão paranaense e seus respectivos países de destino (milhões de US$) – 2017
País de destino
Valor FOB (U$$)
Participação na pauta (%)
Participação dos cartões inteligentes nas exportações totais
18,9
56,2%
Chile
8,5
25,3%
2,4
7,1%
Colômbia
2,4
7,1%
Outros 15 Países
5,6
16,7%
Participação dos cartões e das etiquetas de acionamento por aproximação nas exportações totais
13,7
40,7%
África do Sul
5,1
15,3%
Reino Unido
3,7
11,0%
Polônia
2,0
5,9%
Outros 10 países
2,9
8,5%
África do Sul
Produto
Cartões Inteligentes
Cartões e etiquetas de acionamento por aproximação
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação aos principais produtos exportados pelo segmento de impressão, os cartões inteligentes e cartões e etiquetas de acionamento por aproximação são os destaques. Ambos os produtos representam juntos quase 97% da pauta exportada do segmento no Paraná, conforme pode ser observado na tabela 18.
83
Mapa 8: 10 principais países de origem das importações do segmento de impressão paranaense (em milhões US$) – 2007 e 2017
2007 Suécia 0,1 8º Alemanha 0,5 2º Reino Unido 0,2 6º Suíça 0,2 5º Itália 0,2 4º
China 0,1 9º
Hong Kong 0,1 7º
Estados Unidos 0,3 3º
0,1 10º Argentina 1,3 1º
2017 Alemanha 0,9 5º Reino Unido 0,1 9º França 0,2 7º Romênia 0,1 10º
Estados Unidos
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
1,1 3º
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
84
No período de 2007 a 2017, a Argentina perdeu participação no mercado paranaense, reduzindo suas exportações para o estado em aproximadamente 92%. Nesse período, a China ganhou relevância no cenário local, tornando-se o principal fornecedor do segmento de impressão paranaense. Hong Kong e Alemanha mantiveram-se entre os principais fornecedores e ampliaram suas participações no mercado paranaense em 1.200%, 800% e 80% respectivamente.
Chile
México 0,6 6º
As importações realizadas pelo segmento de impressão em 2017 alcançaram o valor de US$ 4,7 milhões, sendo que quatro países participam com 72,2% desse valor: China (24,6%), Hong Kong (18,9%), Alemanha (15,8%) e México (12,8%).
Finlândia 1,2 1º
China 1,2 2º Hong Kong 0,9 4º Malásia 0,1 8º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
O produto “outros livros, brochuras e impressos semelhantes” apresenta a maior participação da pauta importadora do Paraná, com 35,2% do valor de 2017.
Três países correspondem a 85% das importações desses produtos, sendo Hong Kong (53,2%) o principal parceiro, acompanhado da China (23,6%) e dos EUA (8,0%). Outro produto de destaque são os “cartões inteligentes”, que participara com 19% da pauta importadora de 2017. O México foi o principal fornecedor desse produto, com 66,4%, enquanto China (10,5%) e Malásia (4,7%) completam o quadro dos três principais países de origem das importações do segmento de impressão do Paraná.
Tabela 19: Principais itens importados pelo segmento de impressão paranaense e seus respectivos países de origem (milhares de US$) – 2017 País de destino
Valor FOB (U$$)
Participação na pauta (%)
1.651,7
35,2%
Hong Kong
879,2
18,7%
China
390,6
8,3%
Estados Unidos
132,4
2,8%
Outros 13 países
249,4
5,3%
Cartões Inteligentes
889,8
19,0%
México
590,5
12,6%
China
93,3
2,0%
Malásia
41,6
0,9%
Outros 15 países
164,4
3,5%
Outros livros, brochuras e impressos semelhantes
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Entre os principais produtos importados do segmento de impressão, o produto “outros livros, brochura e impressos semelhantes” juntamente com “cartões inteligentes” representaram 54,2% da pauta de importações do segmento no Paraná, de acordo com a tabela 19.
85
Para uma melhor visualização da estrutura de comércio internacional do segmento de impressão paranaense, a tabela 20 traz os principais países que comercializaram com o segmento em 2017. Tabela 20: Participação dos dez principais países nas exportações e importações do segmento de impressão do Paraná (milhares US$) – 2017
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Exportação Países
Valor FOB (US$)
Participação
Países
Valor FOB (US$)
Participação
Exportação
33.656
100%
Importação
4.691
100%
Soma 10 países
31.078
92,3%
Soma 10 países
4.260
90,8%
Chile
8.726
25,9%
China
1.155
24,6%
África do Sul
7.552
22,4%
Hong Kong
888
18,9%
Reuno Unido
3.718
11,0%
Alemanha
752
15,8%
Argentina
2.563
7,6%
México
602
12,8%
Colômbia
2.390
7,1%
Estados Unidos
260
5,5%
Polônia
1.977
5,9%
França
220
4,7%
Estados Unidos
1.781
5,3%
Malásia
141
3,0%
Uruguai
1.231
3,7%
Romênia
86
1,8%
Argélia
585
1,7%
Argentina
84
1,8%
Venezuela
554
1,6%
Canadá
82
1,8%
Outros 44 países
2.579
7,7%
Outros 27 países
431
9,2%
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
86
Importação
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
período analisado, de 2007 a 2017, crescerá 243%. Além disso, as exportações, após um período de estabilidade dobraram de valor de 2016 para 2017, conforme gráfico 25.
Gráfico 25 – Evolução da balança comercial do segmento de edição paranaense (milhões US$) – 2007 a 2017
3,0
Em milhões US$
2,0
2,4
2,3
2,0
1,0 0,0 -1,0
0,1
0,7
2007
0,1
0,2
0,1
2015
2016
2017
-2,2
-2,1
-0,6
-2,0
-1,9
-3,0 Exportação Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Importação
Saldo
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação ao comércio internacional do segmento de edição, ele apresentou deficit de -US$ 2,1 milhões em 2017, resultado 4,5% melhor que o ano de 2016. Vale ressaltar que o valor das importações vem crescendo ano a ano e no
87
Mapa 10: 10 principais países de destino das exportações do segmento de edição paranaense (em milhares US$) – 2007 e 2017
Analisando os principais parceiros comerciais do estado no segmento de edição, observa-se que os três principais parceiros comerciais das exportações representaram quase 80% do valor total exportado.
2007
O destaque vai para os EUA, com 35,3%, sendo o principal destino, acompanhados por México (28,7%) e França (15,8%).
Portugal 27,3 2º Estados Unidos 9,0 4º
Japão 3,0 5º
Venezuela 2,3 6º Arábia Saudita 1,2 9º Angola 1,6 7º
Bolívia 1,1 10º
Austrália 1,6 8º Moçambique 28,5 1º
Argentina 17,3 3º
2017
Itália 2,3 9º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Estados Unidos 85,9 1º
França 38,5 3º
69,9 2º
Costa Rica 1,2 10º
Colombia 2,5 8º
Argentina 13,5 4º
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
88
China 10,3 5º
México
Cingapura 8,5 6º
Japão 3,9 7º
Analisando os dois períodos (2007 e 2017), percebe-se uma grande mudança nos principais países parceiros das exportações paranaenses, com destaque para o México, que em 2017 figura como o segundo parceiro mais importante, mas que em 2007 não constava nem entre os dez principais.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
representou mais de 89% da pauta total de exportações do segmento no estado em 2017, conforme tabela 20.
Tabela 20: Principal item exportado pelo segmento de edição paranaense e seus respectivos países de destino (milhares US$) – 2017
País de destino
Produto
Valor FOB (US$)
Participação na Pauta (%)
217,0
89,1%
Estados Unidos
72,2
29,6%
México
69,9
28,7%
França
38,5
15,8%
Outros 14 países
36,4
14,9%
Participação das outras decalcomanias de qualquer espécie nas exportações totais
Outras decalcomanias de qualquer espécie
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Os EUA foram o principal destino do produto “outras decalcomanias de qualquer espécie”, o país foi o destino de mais de 29% das exportações desse produto em 2017. O México é o segundo principal destino, com mais de 28% das exportações,
seguido pela França, com quase 16%. Vale ressaltar que esses três países juntos representam mais de 74% das exportações desse produto.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação aos principais produtos exportados pelo segmento de edição, o principal destaque é “outras decalcomanias de qualquer espécie”, que
89
Mapa 11: 10 principais países de origem das importações do segmento de edição paranaense (em milhares US$) – 2007 e 2017
2007
As importações realizadas pelo segmento de edição paranaense em 2017 chegaram próximo de US$ 2,4 milhões, sendo que dois países participam com 85,7% desse valor: Finlândia (51,5%) e EUA (34,1%).
Suécia 73,0 Alemanha 4º 14,1 7º Reino Unido 87,2 3º França
9,7 10º
China 24,8 5º
Estados Unidos 172,3 2º
Tawian 16,3 8º
Colômbia 12,8 8º
India 10,8 9º
Também nesse período, a Argentina perdeu participação no mercado paranaense. Em 2007 era o principal parceiro das importações desse segmento no estado, mas em 2017 não figura mais entre estes.
Argentina 210,7 1º
2017
Suécia 16,3 7º Alemanha 131 3º Reino Unido 77,6 4º Holanda 4,7 10º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Estados Unidos 815,1 2º
França 13,5 8º Suíça 10,9 9º
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
90
Finlândia 1.226,4 1º
Vale destacar que analisando o período de 2007 a 2017, a Finlândia ganhou relevância no cenário local, tornando-se o principal fornecedor do segmento de edição paranaense.
Estônia 19,8 6º
China 57,8 5º
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
98% da pauta de importações do segmento no Paraná, de acordo com a tabela 21.
Tabela 21: Principal item importado pelo segmento de edição paranaense e seus respectivos países de origem (milhares US$) – 2017
Valor FOB (US$)
Participação na Pauta (%)
2.325,8
97,6%
Finlândia
1.226,4
51,5%
Estados Unidos
813,4
34,1%
Alemanha
130,3
5,5%
Outros 17 países
155,7
6,5%
País de destino
Produto
Participação das outras decalcomanias de qualquer espécie nas exportações totais
Outras decalcomanias de qualquer espécie
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Vale ressaltar que, tanto nas exportações quanto nas importações, o produto “outras decalcomanias de qualquer espécie” se destaca como principal item de comercialização do segmento no Paraná.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Entre os principais produtos importados do segmento de edição, o produto “outras decalcomanias de qualquer espécie” se destaca, representando quase
91
Para uma melhor visualização da estrutura de comércio internacional do segmento de edição paranaense, a tabela 22 traz os principais países que comercializaram com o segmento em 2017. Tabela 22: Participação dos dez países nas exportações e importações do segmento de edição do Paraná (milhares US$) – 2017
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Exportação Países
Valor FOB (US$)
Participação
Países
Valor FOB (US$)
Participação
Exportação
243,4
100%
Importação
2.382,9
100%
Soma 10 países
236,7
97,2%
Soma 10 países
2.373,0
99,6%
Estados Unidos
85,9
35,3%
Finlândia
1.226,4
51,5%
México
69,9
28,7%
Estados Unidos
815,1
34,2%
França
38,5
15,8%
Alemanha
131,0
5,5%
Argentina
13,5
5,5%
Reino Unido
77,6
3,3%
China
10,3
4,2%
China
57,8
2,4%
Cingapura
8,5
3,5%
Estônia
19,8
0,8%
Japão
3,9
1,6%
Suécia
16,3
0,7%
Colômbia
2,5
1,0%
França
13,5
0,6%
Itália
2,3
1,0%
Suíça
10,9
0,5%
Costa Rica
1,2
0,5%
Países Baixos (Holanda)
4,7
0,2%
Outros 20 países
6,7
2,8%
Outros 11 países
9,9
0,4%
Fonte: MDIC/SECEX (2017) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
92
Importação
93 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
RESULTADOS DA PESQUISA
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 94
95 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Gráfico 26: Principal segmento de atuação
Impressos promocionais 41,3%
Editorial 9,2% Cadernos/Blocos/Agendas 8,3% Rótulos/Etiquetas 7,3%
Serviços de acabamentos gráficos 6,4% Embalagem 4,6%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Impressos de segurança/Fiscais/Formulários 1,8% Pré-impressão 0,9%
Outros 20,2% Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
96
Com o intuito de entender melhor a dinâmica e as estratégias do setor Gráfico no estado do Paraná, foi elaborada uma pesquisa primária realizada com os empresários do setor. Dessa forma, por meio de questões específicas, foi possível contemplar, além de dados econômicos e financeiros, questões técnicas e mercadológicas das empresas entrevistadas. As entrevistas foram realizadas com empresas instaladas no estado do Paraná e pertencentes às atividades do setor Gráfico. Entre as atividades de maior destaque, como principal atividade de atuação dos empresários, chama atenção a atividade de impressos promocionais com 41,3% dos entrevistados, muito acima das demais, tanto que na sequência aparecem a atividade de editorial, com 9,2%, e cadernos/blocos/agendas, com 8,3%. Outro ponto que merece destaque é que mais de 20% dos entrevistados apontaram atuar com outras atividades que não englobam as categorias elencadas pelo estudo conforme figura 8 a seguir.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
adesivos de lona até impressão de papel para indústria moveleira, mostrando a diversidade de atuação e aplicabilidade do setor Gráfico paranaense.
Convites casamento Decalco manias porcelana
Figura 8: Outros segmentos de atuação
Encadernações capa dura
Impressão papel Industria Moveleira
Edição impressão jornais Plotagem design gráfico
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Carimbos
Gravações talonetas
Impressão digital e adesivos
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Dentre as outras atividades apontadas pelos empresários como seu principal segmento de atuação, destaca-se a impressão digital e adesivos de lona, mas vale ressaltar que estas outras atividades apontadas vão desde a impressão digital e
97
Para mais de 65% dos empresários pesquisados, o principal segmento de atuação representou até 70% do faturamento em 2017. Um fato relevante nesse dado é que para mais de 13% dos empresários, a atividade principal é também a única, pois representa 100% do faturamento da empresa. Outro ponto importante é que
apenas 10% dos empresários afirmou que a atividade principal representou até 25% do faturamento, o que pode indicar uma baixa diversificação das atividades nas empresas pesquisadas.
Gráfico 27: Participação % do principal segmento de atuação no faturamento
13,1%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Part. % de empresários pesquisados
65,4% 9,7% 24,1%
31,0% 10,3%
Até 25%
Até 26% a 50%
Até 51% a 70%
Até 71% a 80%
Part. % no Faturamento Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
98
9,7%
Até 81% a 99%
100%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Ainda analisando essas informações, percebemos que o percentual de empresas que apresentou estagnação do faturamento em 2017 aumentou significativamente, passando de quase 24% em 2016 para pouco mais de 35% em 2017. De qualquer forma, essas informações podem apontar para uma mudança de cenário e uma retomada gradual do crescimento do faturamento nas empresas do setor Gráfico.
Gráfico 28: Evolução do faturamento da atividade principal
2012
60,9%
2014
56,5%
2016
26,5%
2017
28,2%
17,4%
23,9%
4,3%
26,1%
49,6%
35,4% Crescimento
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
34,8%
Estagnação
36,4% Redução
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Ainda de acordo com a atividade principal apontada pelos empresários, se analisarmos o faturamento das empresas no período de 2012 a 2017, perceberemos que o cenário não se mostra positivo, com queda acentuada no crescimento do faturamento, mas se analisarmos apenas os anos de 2016 e 2017 perceberemos uma leve recuperação, em que mais de 28% das empresas apresentaram crescimento do faturamento em 2017 contra mais de 26% em 2016.
99
Gráfico 29: Processos realizados na atividade de pré-impressão
Provas
31,3%
Computer-to-plate
27,7%
Não se aplica
22,9%
Fotolito convencional
22,9%
Plotter
18,1%
Dados váriaveis
16,9%
Imposição eletrônica
15,7%
Clicheria/linotipo/fotocomposição
10,8%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Tratamento de banco de dados
9,6%
Computer-to-film Outro
6,0% 2,4%
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 100
Com relação ao perfil das empresas pesquisadas, observa-se certa pluralidade nos processos de produção adotados. Na atividade de pré-impressão, verifica-se que mais de 31% utilizam o processo de provas, mais de 27% o computer-to-plate e quase 23% o fotolito convencional. Cabe ressaltar que quase 23% não aplicam em seu processo produtivo as atividades de pré-impressão.
O processo de Provas é o mais utilizado, com mais de 31%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Offset Plana
67,8%
Impressão digital
52,9%
Serigrafia
11,5%
Flexografia
9,2%
Tipografia /letterpress
9,2%
Offset rotativa fria
4,6%
Não se aplica Rotogravura
3,4%
1,1%
Offset seco
0,0%
Offset rotativa quente
0,0%
Outro
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Já nas atividades de impressão, o método Offset plana apresenta a maior participação no processo produtivo, com mais de 67%, seguido da Impressão digital, com quase 53%. Vale ressaltar que diferentemente do que ocorre nos processos de pré-impressão, na atividade de impressão, observa-se uma certa concentração dos processos, sobretudo em torno desses dois processos Offset plana e Impressão digital, conforme o Gráfico 30.
3,4%
O processo OFFSET plana é o mais utilizado, com 67%
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Gráfico 30: Processos realizados na atividade de Impressão
101
Gráfico 31: Processos realizados na atividade de Acabamento
Corte e vinco
59,0%
Plastificação/Laminação
47,6%
Capa dura
33,3%
Envernizamento
30,5%
Hot stamping
26,7%
Relevo
25,7%
Envelopagem
23,8%
Brochura
23,8%
Lombada quadrada
21,9%
Lombada canoa
21%
Capa flexível
17,1%
Hot melt
14,3%
Não se aplica
13,3%
Shrink
13,3%
PUR
9,5%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Holografia
6,7%
PVA
3,8%
Gofragem
3,8%
Outro
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 102
Agora, na atividade de acabamento, observa-se que assim como na pré-impressão, os processos são mais pulverizados, conforme pode ser observado no gráfico 31. Nesse sentido, o processo de corte e vinco é utilizado por 59% das empresas pesquisadas. Seguido de plastificação/ laminação, com mais de 47%, e capa dura, com mais de 33%. Vale ressaltar que pouco mais de 13% não aplicam atividades de acabamento em seu processo produtivo.
15,2%
O processo de corte e vinco é o mais utilizado, com 59%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Das empresas que operaram com capacidade instalada ociosa no ano de 2016, 44% operaram com percentual de ociosidade entre 25% e 42%. Já em 2017, 39% informaram ociosidade entre 26% e 41%, e 36% das empresas informaram ociosidade entre 9% e 25%. Vale ressaltar que em 2017, mais de 14% das empresas pesquisadas apresentaram um cenário preocupante, com níveis de ociosidade acima dos 59%.
Figura 9: Capacidade produtiva ociosa na empresa
SIM - 70,1%
não - 29,9%
2016
2017
SIM - 65,7% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
não - 34,3%
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em relação à capacidade produtiva, percebe-se que em 2016, 70% das empresas operaram com capacidade ociosa. Já em 2017, o percentual de empresas com capacidade produtiva ociosa caiu para pouco mais de 65%. Vale destacar que o setor Gráfico no Paraná apresenta percentuais de empresas operando com capacidade instalada ociosa um pouco menor do que os da indústria brasileira que, de acordo com dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria, 2017), alcançou 77%.
103
Com relação à área produtiva, mais de 92% das empresas pesquisadas possuem áreas produtivas de até 2.000m², sendo que desses, a grande maioria, mais de 45% possuem áreas produtivas de até 200m². Na contramão dessa realidade, apenas 1,5% das empresas pesquisadas possuem áreas produtivas superiores a 8.000m². A predominância de áreas menores reflete a estrutura produtiva enxuta, assim como a predominância de micro e pequenas empresas, como apresentado no gráfico 7, chegando a mais de 93% de todas as empresas do
Gráfico 32: Área produtiva
De 2001m2 a 8000m2 6,02%
setor no estado do Paraná. Já com relação ao tempo de atuação das empresas entrevistadas, observa-se que mais de 50% possuem 21 anos ou mais no mercado, sendo que quase 24% atua no mercado a mais de 30 anos. Além disso, apenas 12,8% possuem até 5 anos de atuação. Vale ressaltar que, dentre as pesquisadas, não há nenhuma empresa com menos de 1 ano. Tudo isso evidencia um setor Gráfico paranaense maduro e bem estabelecido.
Gráfico 33: Tempo de atuação da empresa
Acima de 8000m2 1,50% 23,9% 26,6% 11,0%
De 501m2 a 2000m2 21,05%
12,8% Até 200m 45,11%
2
12,8%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
12,8% De 201m2 a 500m2 26,32% Até 5 anos
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 104
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
De 16 a 20 anos
De 21 a 30 anos
Mais de 30 anos
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Em relação à atividade principal, elencada pelos entrevistados na primeira questão, observa-se que o item papel representa o maior custo, correspondendo 31% dos custos totais da produção, seguido dos custos com mão de obra, que representam quase 24% dos custos de produção.
Gráfico 34: Regime tributário
Luc ro 9,2 Real % Luc ro p re 5,5 sumid % o
MEI 7,3%
Simples 78,0%
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Gráfico 35: Custos totais da atividade principal (itens relacionados) Papel - 31,05% Mão de obra - 23,42% Serviços terceirizados - 9,89% Tintas e solventes - 8,85% Energia elétrica - 6,21% Chapas metálicas - 5,68% Manutenção de máquinas e equipamentos - 4,16% Logística - 3,16% Outros - 7,57% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
As empresas pesquisadas também foram questionadas sobre o regime tributário em que estão enquadradas, assim verificou-se que 78% das empresas estão enquadradas no Simples Nacional, seguidas do regime de Lucro Real, com mais de 9%, e Lucro Presumido, com mais de 5%, além dessas, a pesquisa registrou que mais de 7% das empresas estão enquadradas como MEI. Ainda em relação a impostos, a pesquisa mostrou que 18% das empresas pesquisadas recolhem como principal imposto (50% ou mais do imposto recolhido) o ISS (Imposto Sobre Serviços), para 10% das empresas o principal imposto recolhido é o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e, por fim, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é o principal imposto recolhido para 2% das empresas entrevistadas.
105
A pesquisa mostrou que o papel é o principal item de custo para os empresários, sendo que o papel Couché possui o maior percentual de participação na produção
das empresas entrevistadas, representando mais de 29%, na sequência aparece o papel Offset com mais e 27%, seguido do Papel cartão com 11,36%.
Gráfico 36: Tipo de papel utilizado na produção
Papelão 0,9% Papel micro-ondulado 1,1% Papéis finos 1,9% Outros tipos de papel 6,8% Papel jornal 7,7% Outros substratos 8,8% Papel autoadesivo 8,8%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Papel cartão 11,4% Offset 27,5% Couché 29,3% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 106
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 37: Origem e tipo de fornecedor
Além disso, observou-se também que mais de 83% das empresas entrevistadas concentram a compra de papel em distribuidores. É importante salientar que, ainda que o estado do Paraná seja o 3° maior estado em número de empresas fabricantes de papel, conforme apresentado no Panorama Setorial da Indústria de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel (FIEP; SINPACEL, 2017), nenhum dos fabricantes estaduais fornece diretamente às empresas entrevistadas.
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
As empresas pesquisadas informaram que quase 98% dos insumos são comprados no país, destes mais de 73% são comprados no próprio estado do Paraná e apenas uma pequena parte é importada, pouco mais de 2%.
107
Como já citado anteriormente, o Paraná representa o maior mercado fornecedor de insumos para o setor Gráfico do estado, tanto que mais de 73% das empresas pesquisadas afirmaram comprar insumos no estado. O mercado nacional responde por pouco mais de 24% do fornecimento, destacando-se o estado de São Paulo, que fornece para 95% das empresas entrevistadas, o estado de Santa Catarina fornece papel para 20% das empresas, já os estados de Minas Gerais e Pernambuco fornecem papel para 2,3% das empresas entrevistadas.
Mapa 12: Origem dos Fornecedores de Papel (por estado)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
95%
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 108
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Mapa 13: Destino das Vendas
Para outros estados, mais de 74% dos empresários afirmou vender para São Paulo e 67% comercializa para Santa Catarina. Cabe ressaltar que apenas 14% dos empresários afirmam vender para as regiões Norte e Nordeste do país. Vale ressaltar que, de acordo com um dos empresários entrevistados, essa dificuldade dá-se principalmente devido aos custos logísticos que dificultam as vendas ou reduzem a competitividade dos produtos.
Gráfico 38: Destino das Vendas
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Já sobre as vendas do setor Gráfico, a pesquisa identificou que o principal mercado consumidor se concentra no Paraná, representando mais de 83% das vendas, com especial destaque para as mesorregiões Oeste e Metropolitana de Curitiba, que apresentam os maiores percentuais no destino das vendas paranaenses, com 30% e 26% respectivamente.
109
Além das vendas no país, o setor Gráfico paranaense, tem uma pequena fatia das vendas voltadas à exportação, com quase 2%, conforme apontado na pesquisa, o que representa uma clara priorização pelo mercado nacional. Nesse sentido, segundo os empresários pesquisados, existem motivos que justificam essa preferência pelo mercado nacional ou dificuldade de penetração no mercado internacional.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 39: Barreiras à exportação
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
110
Dentre os motivos, problemas como burocracia administrativa (25,6%), burocracia aduaneira no país destino (9%) e tarifas de importação nesses países (9%) são considerados limitadores ou barreias à exportação apontadas pelos empresários. Além disso, entre os outros motivos, fica evidente a falta de interesse em exportar.
Gráfico 40: Barreiras à exportação – Outros motivos
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Outros 8,98%
Bancos/financeiras 0,85%
Designers 1,72%
Agências de Eventos 2,81%
Editoras 2,82%
Escolas/Faculdades 3,90%
Governos 5,02%
Gráficas (terceirizadas) 5,24%
Agências de Propaganda 5,74%
Indústria 24,88%
A indústria aparece como segundo maior cliente do setor Gráfico, participando com quase 25% do faturamento. Vale ressaltar que juntos esses dois segmentos de cliente respondem por quase 63% do faturamento do setor Gráfico paranaense.
Gráfico 41: Faturamento (%) por tipo de cliente (atividade principal)
Varejo 38,03%
das empresas, os empresários pesquisados apontaram que o principal cliente é o varejo, que representa pouco mais de 38% do faturamento do setor, na atividade principal.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Quando perguntados sobre o faturamento
111
Outro ponto que merece destaque é o fato de que mais de 80% das empresas pesquisadas tem origem familiar e apenas pouco mais de 19% possuem outras formas de organização. Isso ajuda a definir certas características específicas do setor no estado, assim como levanta a necessidade de um bom planejamento sucessório por parte das empresas.
Figura 10: Empresas familiares
Nesse sentido, a pesquisa também identificou que, das empresas familiares, pouco mais de 73% não possuem plano de sucessão familiar, o pode ser considerado um ponto de atenção e risco para o futuro do setor.
Gráfico 42: Plano de sucessão familiar
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
80,7 % Familiares
19,3 % Outros
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
112
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Assim como nos modelos de gestão, observase também que poucas empresas pesquisadas possuem algum tipo de certificação ambiental ou de qualidade, apenas pouco mais de 20%. Sendo esse outro ponto a evoluir para a melhoria da competitividade das empresas do setor.
Gráfico 43: Utilização de modelo de gestão
Não utiliza Área administrativa Área de produção/operacional Área comercial Outros
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Gráfico 44: Certificação (qualidade e ambiental)
iatf isa pgrs
Figura 11: Outras certificações
IAP FECAF
Fonte: Pesquisa de campo (2018) Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Em outro ponto importante do gerenciamento das empresas, a pesquisa identificou que 50% das empresas pesquisadas não utilizam nenhum modelo de gestão. Nas empresas que utilizam modelos de gestão, a maior incidência encontra-se na área administrativa, com mais de 42%, seguida da área de produção/operacional, com mais de 29% e, por fim, quase 28% na área comercial. Percebe-se uma possibilidade de ganhos de competitividade com a adoção de modelos de gestão que satisfaçam as demandas das empresas.
113
De acordo com as empresas entrevistadas, mais de 93% tem até 50 funcionários, assim, segundo classificação do IBGE, são empresas de micro e pequeno porte. Destas, mais de 77% tem até 20 funcionários. Essa estrutura produtiva está alinhada com a realidade nacional do setor em que , segundo dados da RAIS/ MTPS, empresas de micro e pequeno porte representam 97% do setor.
Gráfico 46: Tempo de empresa dos funcionários
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 45: Funcionários por empresa
Até 20 funcionários
De 21 a 50 funcionários
De 51 a 100 funcionários
De 101 a 200 funcionários
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
114
A pesquisa mostrou também que 80% dos funcionários possuem mais de 4 anos de empresa, sendo que 41% possuem entre 4 e 6 anos. Vale destacar que mais de 19% dos funcionários possuem mais de 11 anos de empresa. Isso demonstra que nas empresas pesquisadas há um alto nível de estabilidade e maturidade de trabalho, reforçando a impressão de um setor estabelecido e maduro no estado do Paraná.
De 201 a 500 funcionários
Acima de 500 funcionários
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 47: Benefícios oferecidos
O benefício mais praticado é o vale-alimentação/vale-refeição, com 67%, seguido por plano de saúde/plano assistencial, com 29%. Vale ressaltar também que mais de 21% das empresas pesquisadas não oferecem nenhum tipo de benefício aos funcionários.
Figura 12: Outros benefícios
Adicional de assiduidade
seguro de vida convênio com academias
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Nesse cenário apresentado pelas empresas pesquisadas sobre o tempo de trabalho dos funcionários, também foram analisados os benefícios oferecidos. A pesquisa mostrou que são oferecidos pelas empresas pesquisadas uma boa gama de benefícios, o que colabora para a boa relação e manutenção dos funcionários nas empresas.
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A pesquisa também abordou o nível de escolaridade dos funcionários das empresas entrevistadas, entendendo que isso um é fator fundamental tanto para a qualidade quanto para a produtividade do trabalho. Nesse sentido, os resultados mostram que mais de 66% dos funcionários das empresas
pesquisadas possuem até o ensino médio completo e 34% possuem o ensino superior incompleto em diante e destes quase 22% possui ensino superior completo ou algum tipo de pós-graduação.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 48: Escolaridade
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Gráfico 49: Diferenciais dos produtos (atividade principal)
Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
o diferencial mais citado, o que mostra uma certa preocupação dos empresários em atender os clientes com produtos de alta qualidade, cumprindo os prazos estabelecidos, em que a estratégia de preços não seja o fator fundamental no setor.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Também foi perguntado aos empresários, sobre quais seriam os diferenciais dos seus produtos na atividade principal e a qualidade foi o diferencial mais citado, com pouco mais de 72%, seguido pelo prazo de entrega com 50%. O preço foi
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Na pesquisa também foi perguntado aos empresários sobre temas como: inovações, investimentos e representatividade. Nesse sentido, em relação à inovação, a maioria das empresas pesquisadas apontou uma preferência por inovações em máquinas e equipamentos, com mais de 75%, além disso, possivelmente devido ao cenário econômico atual, muitos dos empresários
apontaram também a necessidade de inovações em produtos (49,5%). Já inovações na cadeia de suprimentos e em tecnologias de capacitação, foram as áreas onde os empresários menos realizaram inovações com 17% e 19% respectivamente. Além disso, vale ressaltar que 21% dos empresários relataram não ter realizado nenhuma inovação nos últimos 5 anos.
Gráfico 50: Áreas em que foram realizadas inovações nos últimos 5 anos
Inovação em processos 40,20%
Marketing 38,30%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Máquinas e equpamentos 75,70%
Novos produtos 49,50% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: GEDF-CD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 118
Novos serviços 35,50%
Modelo de negócios 21,50%
Tecnologias de capacitação 19,60%
Não houve 21,50%
Cadeia de suprimentos 17,80%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
impactos na sua atividade principal. Além disso, 41% apontaram que as mídias digitais são outra forte tendência para o setor Gráfico paranaense. Alguns empresários, mais precisamente 14%, desconhecem qualquer inovação que possa ter impacto no setor. Foi citado ainda pelos empresários outras inovações ou tendências que podem influenciar o setor, conforme apontado na figura 13.
Figura 13: Outras inovações e tendências
flexografia realidade aumentada
tecnologia rfid impressão uv Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: CEFD/FIEP (2018)
Gráfico 51: Principais inovações e tendências do setor
Livro digital 15,9%
Desconhece 14,0%
Integração de produtos/serviços 15,0%
Dados variáveis 12,1%
Mídias digitais 41,1%
Impressão Digital 61,7% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: GEDF-CD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Impressão eletrônica 17,8%
Outros 12,1%
Web-to-print 8,4%
Equipamento injet de grande formato 13,1%
Impressão 3D 11,2%
Impressão funcional 6,5%
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
A visão dos empresários sobre o futuro do setor também foi abordada na pesquisa, principalmente por se tratar de um tema de extrema relevância para a definição das estratégias empresariais, visando desde a ampliação ou manutenção da competitividade até a simples sobrevivência no mercado. Nesse sentido, de acordo com os empresários entrevistados, mais de 61% afirmaram que a impressão digital é uma forte tendência para o setor e que isso poderá ter
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Por fim, foi perguntado aos empresários sobre o apoio e as iniciativas das entidades
tiveram apontamentos parecidos, o que mostra certa diversidade e abrangência no
de representação do setor, principalmente sindicatos patronais e associações de
apoio ao setor Gráfico do estado.
classe, e o item mais lembrado foi o apoio nas negociações salariais e condições de trabalho, com mais de 39%, seguido por defesa de interesse, com mais de 37%. Além desses, também foram apontadas iniciativas como cursos e palestras exclusivas (36%), divulgação de informações estratégicas (33%), consultoria técnica (31%) e informações econômicas e setoriais (31%). Todas essas iniciativas
De qualquer forma, ainda há muito a evoluir, tanto que a pesquisa também mostrou que para mais de 24% dos respondentes, as entidades de apoio e representação não realizam nenhuma iniciativa, cabendo assim uma aproximação e melhor comunicação com as empresas do setor, tanto para apresentação das ações existentes, quanto para entender melhor as necessidades dos empresários do setor.
Gráfico 52: Iniciativas das entidades de representação do setor
Consultoria técnica 31,1%
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Negociação salarial e condições de trabalho 39,6%
Defesa de interesse do setor 37,7% Fonte: Pesquisa de campo (2018) | Elaboração: GEDF-CD/FIEP (2018) Observação: Pergunta com múltiplas respostas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 120
Informações econômicas e setoriais 31,1%
Cursos e palestras exclusivas 36,8%
Divulgação de informações estratégicas 33,0%
Nenhuma 24,5%
Certificado de atividade gráfica 17,0%
Desconto em softwares gráficos 18,9%
Consultoria jurídica 14,2%
Atestados de capacidade técnica e parecer técnico 16,0%
Outros 5,7%
121 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
entrevista
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Impressões sobre a realidade e o futuro do setor Gráfico
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 122
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
É nesse contexto que o Diretor Técnico da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), Manoel Manteigas, traça um perfil do atual cenário do setor gráfico, abordando contextos históricos e dados atuais, assim como analisando perspectivas para o futuro do setor, principalmente sob a ótica das mudanças tecnológicas.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
O setor gráfico vem passando por uma série de transformações, sobretudo no consumo de seus produtos. Com o advento de novas mídias e formas de comunicação, as empresas do setor buscam reinventar-se, inovando estrategicamente nesse mercado competitivo. Essa realidade foi apresentada no 3º Seminário Sul Brasileiro da Indústria Gráfica, promovido pela Abigraf-PR em 2017.
123
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
MANOEL MANTEIGAS DE OLIVEIRA Diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica – ABTG. Diretor técnico da ONG Two Sides Brasil. Membro do conselho editorial da revista Tecnologia Gráfica. Foi professor e diretor da Escola Senai Theobaldo de Nigris, da Escola Senai Felício Lanzara e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Especializado em Gestão de Instituições de Ensino Profissionalizante pela
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 124
Universidade Federal de Santa Catarina e em Ensino de Tecnologia Gráfica pela Universidade de Chemnitz – Alemanha. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Graduado em Química Industrial pela Escola Superior de Química Oswaldo Cruz. Técnico em Artes Gráficas pela Escola Senai Theobaldo de Nigris.
125 Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Sabemos que as inovações têm a capacidade de provocar
Com certeza. Acredito que é isso mesmo que deve acontecer. A televisão,
alterações em vários setores, além do setor de origem. Você
o cinema e o rádio estão sobrevivendo até agora. Então, sabemos que
poderia dar algum exemplo sobre essa realidade no contexto do
todo mundo passa por crise e sabemos também que os hábitos de
setor Gráfico?
leitura estão mudando, assim como os hábitos de entretenimento,
Do ponto de vista tecnológico, temos sim inovações que aconteceram fora do setor Gráfico e que hoje trazem grandes impactos, como as mídias
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
sociais e o livro eletrônico, conhecidas também como “mídias eletrônicas”.
mas nenhuma dessas mídias desapareceu. Então, algumas muitas pessoas que migraram para as mídias eletrônicas descobriram que o
Elas surgiram há uns 15 anos e não foram tão impactantes naquele
livro eletrônico não é tão agradável de ler quanto o livro impresso, e
momento, mas com a crescente necessidade de comunicação, muitos
mesmo as pessoas mais jovens às vezes preferem o livro impresso ao
clientes começaram a considerar o uso dessas mídias e, assim, direcionar
livro eletrônico, assim só posso concluir que existe espaço para todos
recursos, em muitas situações, em detrimento da mídia impressa.
no mercado.
Nesse meio tempo, tivemos a crise de 2008, na sua opinião ela
Como estratégia, as empresas precisam direcionar as mídias
aprofundou esse fato tecnológico?
impressas para seu público-alvo?
Sim, pois os clientes optaram por mídias que poderiam reduzir custos.
Entendo que todas as mídias têm a sua linguagem, a sua estratégia, a
Muitas empresas passavam por dificuldades financeiras e precisavam
sua maneira. Isso vai depender dos recursos que o cliente está disposto
economizar recursos e de repente perceberam nessas novas mídias uma
a investir. De modo geral, quanto mais mídia ele utilizar, mais sucesso
maneira de fazer a mesma coisa economizando dinheiro. Desde então, muita coisa aconteceu. Os jornais, por exemplo, agora estão começando a ganhar dinheiro com plataforma eletrônica. Já na área editorial, os livros eletrônicos tiveram um boom quando apareceram, mas depois estabilizaram e agora começaram a apresentar queda nas vendas. Para se ter uma ideia, no Brasil, segundo pesquisa recente, a participação dos livros eletrônicos no faturamento do segmento é ainda pouco representativa, com pouco mais de 1%.
ele terá e cada mídia deve ser utilizada a partir de uma determinada
Na sua opinião, o mercado tem espaço para as duas mídias?
veiculados.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 126
como ouvir rádio, ouvir músicas, assistir tv, também estão mudando,
estratégia e uma determinada abordagem. Recentemente li em um livro, um trecho que me chamou a atenção e ilustra bem esse assunto. Ele afirmava que “os anúncios eletrônicos perderam a importância”. Uma das explicações para essa afirmação é que o Google e o Facebook, por exemplo, inundaram o planeta com uma quantidade imensa de anúncios eletrônicos, mas somente uma pequena quantidade de negócios é de fato gerada em relação à quantidade de anúncio
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
tecnológicas que influenciaram e estão provocando mudanças no setor gráfico recentemente? A mídia impressa vem passando por inovações que a tornaram mais flexível, mais eficaz e mais forte, capaz de enfrentar a concorrência com as mídias eletrônicas. Um exemplo é a impressão digital, assunto que lido e comento há quase duas décadas, sendo hoje um termo até popular, tanto que qualquer cidade tem uma gráfica rápida trabalhando com impressão digital. Assim, posso considerar as impressoras digitais como uma novidade na área gráfica. Elas são máquinas de excelente qualidade, que produzem resultados equiparáveis à melhor impressão convencional. Na área gráfica, a impressão digital é voltada para tiragens mais curtas e dados variáveis ou para outro uso? A questão era o custo final da impressão offset, pois ela até tem um custo unitário muito baixo por impresso, sendo muito barato comparado com outros tipos de reprodução de informação, mas o problema era o tempo de preparação da máquina, pois tem um setup muito demorado. Assim, a impressão digital acabava levando vantagem, pois tem um setup imediato quando comparado com um setup de uma máquina offset que podia levar de 40 minutos a duas horas. Isso em uma pequena tiragem inviabilizava o trabalho, porque devia compor o custo da impressão. Eram “horas máquina” e “horas homem” que precisavam ser diluídos no custo da tiragem completa. A outra vantagem da impressão digital era a possibilidade de imprimir
de forma variável. Pode-se, eletronicamente, alterar a informação a cada página que está sendo impressa, sem alterar a produtividade de impressão. Essa vantagem da impressão digital sobre a impressão offset também ocorre com outros processos de impressão? Hoje, essa é uma vantagem relativa, porque os fabricantes de impressoras offset e de outros processos de impressão melhoraram seus produtos. Eles avançaram muito na automação dos equipamentos, de modo que hoje o tempo de setup da máquina caiu significativamente. O setup de um equipamento offset que era de até duas horas, caiu para aproximadamente quinze minutos. Assim, hoje é mais difícil decidir sobre a impressão digital ou offset, somente baseado em custo, deve-se levar em consideração também a quantidade e a finalidade do impresso.
“A mídia impressa vem passando por inovações que a tornaram mais flexível, mais eficaz e mais forte”
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Você poderia falar quais foram as principais inovações
127
Essa mudança no padrão de impressão também pode ser percebida em outras partes do mundo ou somente no Brasil? Essa é uma tendência mundial, até mais lá fora do que aqui. Mas no mundo inteiro houve uma tendência também de redução de tiragens. Isso tem relação com as novas metodologias e estratégias de gestão empresariais. Todos os movimentos, como just in time, produção sobre demanda, etc., que já ocorriam em alguns setores, começaram a ocorrer também na área de comunicação. Por exemplo, os clientes já não estavam mais interessados em acumular manuais dos produtos. Então, essa tendência de redução de tiragens também acaba favorecendo o crescimento da impressão digital. Mas as vantagens da impressão digital estão sendo bem exploradas no Brasil? Em parte. Quando a impressão digital surgiu apresentando essas vantagens, o que se podia fazer com dados variáveis parecia inacreditável. Por exemplo, uma loja de departamentos que possua um cadastro detalhado de seus clientes, pode fazer propaganda direcionada especificamente para o interesse de cada cliente. Essa ação teria o potencial de aumentar em muito as vendas. Segundo alguns estudos, o
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
retorno de uma mala direta personalizada dessa forma pode aumentar de 3% para até 15% o nível de vendas. Infelizmente, quando surgiu a oportunidade de realização desse tipo de ação de marketing, os bancos de dados não estavam preparados para isso. Agora parece que isso pode se tornar realidade com tecnologias como Big Data, inteligência artificial e outras inovações do tipo.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 128
No cenário atual, qual a importância de investimentos permanentes em tecnologia, inovação e qualificação no setor Gráfico? Investimento é fundamental, e as empresas de todos os segmentos gráficos devem prever investimentos constantemente. Antigamente, os avanços tecnológicos nos equipamentos do setor Gráfico demoravam um certo tempo para acontecer, assim o empresário acabava ficando com a mesma máquina por muito tempo. Ocorre que atualmente, com a evolução tecnológica dos equipamentos e diversificação dos produtos – tanto com o advento da impressão digital, quanto com a evolução na qualidade e desempenho dos equipamentos analógicos – o empresário que não investiu, não modernizou seu pátio fabril e seu portfólio assim como sua equipe, ficou para trás e perdeu espaço no mercado. Historicamente o setor Gráfico possui uma forte relação familiar. Como esse fato impacta o setor? Uma grande parcela das indústrias gráficas no Brasil tem origem familiar, atualmente ainda muitos empresários do setor herdaram suas empresas do pai ou do avô. Mas essa realidade vem mudando e o número de novos empresários no ramo gráfico sem histórico familiar vem crescendo. Vale ressaltar que, estes, ao entrarem no mercado, como investidores, por exemplo, costumam obter sucesso. O fato é que estes empresários entram no mercado gráfico com uma visão mais profissional do negócio. Ações de marketing podem impactar no setor Gráfico. Há alguma novidade que esteja sendo trabalhada no exterior e que esteja chegando no Brasil?
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necessidade do cliente, inclusive no que se refere a custo, pois isso impacta diretamente na competitividade do produto. Além disso, o fabricante de embalagem precisa ter noção das novas tecnologias capazes de aumentar a qualidade e oferecer novos produtos e recursos aos clientes, atendendo às suas necessidades e, muitas vezes, surpreendendo-o. As oportunidades estão ligadas às tendências de mercado como as mudanças no comportamento do consumidor. Você acredita que isso pode gerar oportunidades para o setor Gráfico? Com certeza. Os avanços tecnológicos deram
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
“Então, o importante é perceber e entender a necessidade do cliente, inclusive no que se refere a custo, pois isso impacta diretamente na competitividade do produto”
A questão é possuir uma estratégia de marketing e, além disso, pensar na estratégia de marketing do seu cliente. Recentemente, está ocorrendo um movimento em que grandes fabricantes de congelados estão abrindo mão das embalagens de cartão. Nos supermercados, por exemplo, já existem produtos apresentados diretamente em embalagens plásticas, impresso, mas diretamente na embalagem plástica. O cartão está sendo abolido. Então, o importante é perceber e entender a
129
à indústria gráfica, a possibilidades de fazer um impresso ou uma embalagem muito mais funcional, muito mais bonita, incorporando itens que antes não existiam. A etiqueta eletrônica é um bom exemplo. O RFID é um circuito eletrônico que você imprime com uma tinta especial, é como imprimir a capa de um livro, só que é possível imprimir também uma etiqueta eletrônica, sendo que ela pode ficar visível ou não, permitindo a detecção por um sensor específico, podendo ser uma alternativa ao código de barras. O segmento promocional parece estar passando por um momento diferente, onde mesmo frente a investimentos em máquinas e inovação em produtos, não há certeza sobre o mercado no futuro. O que você pode falar sobre isso?
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Sem dúvida, aos poucos as agências e os clientes, estão percebendo que o resultado final é diferente. Se você faz uma campanha somente com mídia eletrônica, não tem o mesmo resultado. Mas, com embalagem não é bem assim. A embalagem não é substituível, consegue-se eliminar uma parte da embalagem, mas não tudo. E quanto mais produtos diferenciados existirem mais embalagens diferenciadas existirão. Além disso, a embalagem pode ser considerada uma medida de crescimento econômico, de PIB, pois se a economia cresce, a demanda por embalagens cresce também. Sobre questões ambientais, você poderia comentar um pouco sobre as práticas de matérias-primas renováveis no setor Gráfico? Em algum momento esse assunto deverá ser mais comentado, e com certeza deverá ser levado mais a sério. Muitos ainda acreditam que “desmatamos a Amazônia para fazer a embalagem”, mas não é nada
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 130
disso. A maioria das pessoas não sabe que para fazer papel ou cartão são necessárias árvores específicas, assim elas são plantadas e não desmatadas. Além do que, não faz sentido, do ponto de vista econômico obter essas árvores em uma floresta nativa. Os fabricantes de papel, de embalagens de papel e também os profissionais da mídia devem levar ao conhecimento dos clientes que podem existir problemas, mas não de ordem ambiental. A preocupação com o meio ambiente pode ser considerada uma tendência de consumo no setor Gráfico? Com certeza, mas acredito que deveria ser ainda mais forte, principalmente no Brasil. O que percebemos é que cada vez mais os consumidores se preocupam com o impacto ambiental daquilo que estão comprando. Nesse sentido, o setor Gráfico deve “contar” a sua história. Por exemplo, poderiam informar: “Essa embalagem é feita de celulose 100% retirada de árvores plantadas e ajudaram a reduzir o efeito estufa” ou, ainda, “Depois de usar essa embalagem não descarte em qualquer lugar, pois ela é reciclável, descarte em local adequado”. Pronto, as pessoas consumirão embalagens mais felizes. E sobre o mercado de trabalho. Como você está percebendo as mudanças no setor Gráfico? A indústria gráfica, até um tempo atrás, era muito artesanal, devido aos processos inerentes ao tipo de impressão. Por isso, dependia muito da experiência do profissional. Para se ter uma ideia, um profissional menos experiente, precisaria trabalhar dez ou quinze anos para adquirir a mesma experiência. Agora não, esses processos são automáticos, controlados
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
bastante nas últimas décadas e precisamos formar esse novo profissional. Em primeiro lugar, é fundamental que esse futuro profissional saia da escola muito bem preparado para o trabalho. Em segundo lugar, ele precisa saber lidar com o computador. Ele precisa ter um raciocínio técnico-científico mais apurado. E todas essas mudanças, alteraram as margens de lucro das empresas do setor Gráfico? Sim, as margens ficaram muito reduzidas. Todas essas mudanças na economia, a concorrência da mídia impressa, a redução das tiragens, tudo isso fez com que as margens de lucro caíssem. O empresário precisa “fazer cálculo” se quiser sobreviver, não pode se descuidar da “taxa de quebra”, ou seja, daquelas impressões a mais necessárias para se ter a quantidade correta de impressões de qualidade. Muitas vezes, essa taxa de quebra, leva o lucro do empresário embora. Além disso, ainda tem o “pessoal” que trabalha com preços que não remuneram o negócio, por exemplo, não consideram no preço a depreciação dos equipamentos. O problema é que no dia em que esse empresário sente que precisa investir para melhorar a sua competitividade, ele não tem recursos, porque não se preparou para isso. Aí cria-se uma série de problemas, como empréstimos bancários com juros altíssimos entre, outros. Parece que empresas que não fizeram investimentos, que não se atualizaram, terão problemas para continuar no mercado. Existe uma tendência de concentração de mercado?
É, isso faz sentido, porque a indústria gráfica, tanto no Brasil quanto no mundo, ainda é muito pulverizada, mas já foi muito mais. Tem como característica uma multiplicidade de pequenas empresas. Mas no Brasil, aproximadamente, 95% das empresas possuem menos de 20 funcionários. Uma empresa quando é muito grande tem 2 mil ou 3 mil funcionários. Então, acredito que uma concentração faz sentido, é algo natural. Independente da crise econômica, muitas empresas fecham as
“o perfil do profissional mudou bastante nas últimas décadas e precisamos formar este novo profissional”
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
por computador. Então, posso dizer que o perfil do profissional mudou
131
portas, muitas quebram e muitas acabam compradas por outras. É necessária mesmo uma consolidação, ter empresas mais sólidas, mais profissionais. Não que uma empresa pequena não possa ser profissional, mas pela história do desenvolvimento das industrias gráficas acho que essa etapa vai acabar acontecendo. E sobre formação profissional, você poderia falar um pouco sobre o que é e o que representa para o setor Gráfico a escola Senai Theobaldo de Nigris? A escola Senai Theobaldo de Nigris é o principal centro de formação profissional na área gráfica do hemisfério sul. Você encontra todos os três níveis de formação profissional gráfica: o curso básico que forma o operador, o curso que forma o profissional de nível intermediário técnico e o administrador, gestor da gráfica, além de pós-graduação voltada para os profissionais que possuem outras formações, como engenharia, administração ou economia, e estão administrando
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
gráficas e que vão para o Senai Theobaldo de Nigris para ter conhecimento razoável de tecnologia gráfica, de mercado gráfico, de business gráfico. Enfim, o Senai Theobaldo de Nigris é uma referência na formação de profissionais do setor Gráfico.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 132
É, isso faz sentido, porque a indústria gráfica, tanto no Brasil quanto no mundo, ainda é muito pulverizada, mas já foi muito mais. Tem como característica uma multiplicidade de pequenas empresas.
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
As pessoas estariam muito mais animadas, haveria muito mais indústrias
um pouco sobre ela?
gráficas empregando, contratando, enfim, trabalhando. Acredito que
A ABTG tem uma longa história, ela foi fundada em 1959 por profissionais de diversas áreas técnicas da indústria gráfica e surgiu com o objetivo de oferecer aos profissionais do país, informações técnicas de qualidade, difusão de conhecimento e de novas tecnologias e tendências de mercado. Hoje, a ABTG é uma entidade referência no mercado e, com sua missão de difundir conhecimento, estimula as gráficas a pensarem a tecnologia de uma maneira estratégica. Nos propomos a fazer isso olhando tanto o empresário quanto o profissional, seja gestor ou técnico. Para cada nível temos uma abordagem específica, pensada para fazer o profissional gráfico entender melhor o negócio e o mercado em que está inserido. Por fim, como você vê o futuro do setor Gráfico no país? Primeiramente, gostaria de dizer que “acredito muito que o setor Gráfico tem um excelente futuro, apesar das “profecias” de que a indústria gráfica iria acabar”. Como diria Mark Twain: “as notícias da minha morte foram um pouco exageradas”. Um exemplo disso é que o setor Gráfico voltou a crescer nos Estados Unidos, cresceu em 2015 e 2016, com excelentes perspectivas para 2017, 2018 e 2019. Então, transformou-se. Tem hoje uma fatia possivelmente menor de mercado, mas quem está no negócio, lá nos Estados Unidos, está feliz. E se aconteceu lá, vai acontecer nos outros países também. O que está atrapalhando a vida de todos por aqui é a situação econômica e política do país. Acredito que a concorrência, tanto com a mídia eletrônica quanto com o livro digital, não é um problema, tem espaço para todos. Se o Brasil estivesse crescendo, o cenário no setor Gráfico seria totalmente diferente.
apenas 3% de crescimento do PIB já faria uma enorme diferença. Por isso, digo e repito, eu acredito no setor Gráfico brasileiro.
acredito muito que o setor Gráfico tem um excelente futuro, apesar das “profecias” de que a indústria gráfica iria acabar
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Atualmente você é diretor técnico da ABTG, você poderia comentar
133
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
NOTAS METODOLÓGICAS
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 134
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Para o desenvolvimento do estudo, foi utilizado o método de natureza quantitativo e qualitativo, com a adoção de dados secundários e dados primários.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Este capítulo tem como finalidade apresentar o método de coleta e demais questões metodológicas adotadas na construção do Panorama Setorial da Indústria Gráfica do Estado do Paraná - 2019. Adicionalmente, ao final, serão apresentadas as variáveis econômicas utilizadas no desenvolvimento do material, assim como seus respectivos conceitos.
135
Dados secundários São aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e que estão disponíveis no mercado. Eles complementam aqueles obtidos com a pesquisa primária e contribuem para a apresentação de um diagnóstico mais preciso. Para a elaboração do estudo aqui proposto foram utilizados dados secundários extraídos exclusivamente de fontes de pesquisas oficiais. Cabe salientar que os dados secundários, conforme ocorrido com os dados primários, e visando facilitar o entendimento e compreensão, foram coletados e divididos respeitando a particularidade de cada um dos segmentos analisados, conforme classificação CNAE demonstrado na figura 2. • Pré-impressão • Impressão • Edição
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Esses dados secundários foram divididos em cenários mundial, nacional e estadual da indústria gráfica, e para compô-los foram utilizadas as fontes de informação citadas: • ABPO - Associação Brasileira de Papelão Ondulado: Dispõe informações sobre a produção de embalagens e chapas de papelão ondulado;
• ABTG - Associação Brasileira Tecnologia Gráfica: Apresenta informações técnicas sobre o setor, também é responsável por difundir conhecimento sobre novas tecnologias e tendências de mercado; • ALICE WEB - Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (Alice Web): Divulga as estatísticas brasileiras de exportações e importações e tem como base das informações o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX); • ANAP – Associação Nacional de Jornais: Divulga informações por meio de relatórios anuais, referentes ao setor de aparas no Brasil; • ANJ - Associação Nacional de Jornais: Divulga informações sobre a indústria jornalística; • BACEN - Banco Central do Brasil: Disponibiliza dados macroeconômicos de conjuntura econômica; • BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: Apresenta dados sobre o cenário mundial (consumo e produção de papel e celulose e papel no mundo); • CNI - Confederação Nacional da Indústria: Disponibiliza indicadores econômicos sobre a indústria brasileira;
• ABIGRAF - Associação Brasileira da Indústria Gráfica: Fornece informações sobre o setor Gráfico no Brasil;
• IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Por meio da Pesquisa
• ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel:
da Produção Industrial (VBPI), Valor de Transformação Industrial (VTI), Receita
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 136
Divulga informações de cunho tecnológico para o desenvolvimento da cadeia produtiva de celulose e papel;
Industrial Anual (PIA) foram obtidas informações relacionadas ao Valor Bruto
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Após a elaboração das questões, estas foram
custos industriais com matéria-prima, volume de população, dados econômicos
inseridas na ferramenta SPHINX, que tem
sobre países;
como objetivo coletar os dados por meio de
• MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Fornece informações sobre exportações, importações e balança comercial no contexto nacional e estadual;
um formulário on-line, de forma confidencial. O formulário foi aplicado em 110 empresas, conforme detalhado abaixo. Com a devolução dos questionários preenchidos pelos empresários, os
• MTPS - Ministério do Trabalho e Previdência Social: A partir da Relação
dados foram preparados visando a verificação
Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Emprego (CAGED),
de correções e consistências nas informações
são extraídas informações sobre emprego formal, principais ocupações,
coletadas. Após essa etapa, os dados foram
estabelecimentos por municípios, porte pelo número de vínculos empregatícios,
analisados e apresentados neste estudo.
movimentação do emprego, entre outras (anexado ao Ministério da Economia
A entrevista com o especialista do setor Gráfico,
- ME);
que teve uma abordagem qualitativa, foi realizada
• RISI – Fornece informações de fonte global a respeito de produtos florestais.
in loco, por meio de entrevista semiestruturada. Para a elaboração dessa entrevista, realizou-se um
Dados primários
roteiro base, que teve como finalidade evidenciar
As informações primárias foram obtidas por meio de pesquisa que foi
Seleção da amostra
encaminhada via e-mail para os empresários da indústria gráfica vinculados à base sindical do Sistema Fiep. Para tanto, utilizou-se um questionário específico, elaborado a partir de modelos já constituídos e de domínio público, tendo como principais modelos os questionários utilizados na 2ª Edição do Panorama Setorial da Indústria do Trigo e Indústria de Celulose, Papel, Embalagens e Artefatos de Papel. A partir desse modelo, as questões foram adequadas às necessidades do estudo, visando a obtenção de informações relevantes e atualizadas que compreendessem o objetivo do projeto.
questões estratégicas do setor.
A amostra selecionada, para aplicação da pesquisa, foi formada por empresas alocadas no estado do Paraná e enquadradas nos segmentos de impressão, pré-impressão e edição, conforme ilustrado na Tabela 23.
Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
Líquida de Vendas (RLV), Produção Industrial Mensal/Produção Física (PIM-PF),
137
Tabela 23 – Atividades contempladas nas pesquisas quantitativas - 2018 CNAE 18
Segmento
Atividade
IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DE GRAVAÇÕES
18.1
Nº de Empresas 82
ATIVIDADE DE IMPRESSÃO
65
SERVIÇOS DE PRÉ-IMPRESSÃO E ACABAMENTOS GRÁFICOS
17
Impressão 18.2 58
EDIÇÃO E EDIÇÃO INTEGRADA À IMPRESSÃO
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EDIÇÃO DE LIVROS, JORNAIS, REVISTAS E OUTRAS ATIVIDADES DE EDIÇÃO
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EDIÇÃO INTEGRADA À IMPRESSÃO DE LIVROS, JORNAIS, REVISTAS E OUTRAS PUBLICAÇÕES
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Edição 58.2
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
Fonte: IBGE/CONCLA (2016); MTPS/RAIS (2015) | Elaboração: GEDF-CD/FIEP (2018)
Observa-se que o universo de empresas que compunham o setor Gráfico no estado, segundo dados da RAIS (2015), era de 1.190 empresas. A partir dessa realidade, realizou-se um cruzamento entre os bancos de dados dos sindicatos da indústria gráfica e da Fiep, e, por meio da amostragem não probabilística e técnica de conveniência, gerou-se um marco amostral formado por 636 empresas. Após essa seleção, foi possível contatar as empresas via correio eletrônico e telefone, convidando-as a participar do estudo. Desse processo de sensibilização, resultou uma amostra de 110 empresas que foram entrevistadas e assim Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
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compuseram o resultado da pesquisa primária apresentada. É importante ressaltar que, a amostra definida atende os critérios de relevância estatística no que se refere a 90% no nível de confiança.
Período de coleta dos dados (primários e secundários) Os dados analisados na pesquisa primária foram coletados, via telefone e in loco, entre os meses de dezembro de 2017 e agosto de 2018.
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• Produtividade – Corresponde à razão entre o Valor da Transformação
coletados entre os meses de agosto de 2018 a setembro de 2018 e têm como
Industrial (VTI) e o Pessoal Ocupado (PO);
base os anos de 2016 e 2017, conforme a disponibilidade dos dados pela fonte oficial utilizada. Vale ressaltar que, após o encerramento da coleta dos dados, podem ter ocorrido mudanças no cenário econômico e produtivo que não foram cobertos pelos dados extraídos, portanto a espacialização retrata a realidade indicada no período em que as informações foram coletadas.
• Produto Interno Bruto (PIB) – É um indicador macroeconômico que representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos no país ou em uma determinada região; • Receita Líquida de Vendas (RLV) – Compreende o total das receitas provenientes das vendas dos produtos fabricados pela unidade e por outras unidades da mesma empresa, como também as receitas líquidas auferidas com
Variáveis utilizadas
a revenda de mercadorias;
A seguir são apresentadas as principais variáveis utilizadas na construção do material, bem como seu conceito e interpretação:
de valor das expedições industriais, a saber, o valor das vendas de produtos
• Balança Comercial – Corresponde à diferença entre as exportações e importações realizadas;
do valor das transferências dos produtos fabricados para venda em outras
• Consumo Aparente – O consumo aparente é o resultado da soma da produção total com as importações e subtraída das exportações do ano vigente;
produtivas industriais das empresas com mais de uma unidade local, pela
• Custo Unitário do Trabalho – Corresponde à razão entre o salário médio
todo, segundo a estrutura do valor das expedições industriais (ver item
ponderado e a produtividade do setor;
específico) captado ao nível dessas unidades locais. Na empresa é obtida
• Massa Salarial – Corresponde à soma da remuneração média no ano vigente; • Massa Salarial Mensal – Corresponde à soma da remuneração média paga mensalmente;
• Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) – Corresponde ao conceito fabricados e serviços industriais prestados pela unidade local, acrescido unidades locais. Variável derivada, estimada ao nível das unidades locais distribuição do valor bruto da produção industrial da empresa como um
pela soma da receita líquida industrial com a variação dos estoques de produtos acabados e em elaboração, mais a produção própria incorporada ao ativo imobilizado; • Valor da Transformação Industrial (VTI) – Valor da diferença entre
• Produção Física Industrial – Fornece informações mensais, por meio de uma
o Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) e os Custos das Operações
estimativa de curto prazo, do produto real da indústria;
Industriais (COI).
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Os dados da pesquisa secundária (dados extraídos de fontes oficiais) foram
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Quando decidimos elaborar este estudo, tínhamos a intensão de mapear detalhadamente o setor Gráfico no estado do Paraná, apresentando como diferencial, a participação ativa dos empresários, compartilhando suas visões, experiências e até dificuldades. Fomos além, pois elaboramos um perfil completo do setor Gráfico paranaense, incluindo também informações nacionais e internacionais que ampliam essa visão. Além disso, as contribuições dos empresários foram fundamentais para entender e traçar um mapa da realidade das empresas do setor Gráfico paranaense de uma forma objetiva e inédita. Contamos ainda com o apoio de especialistas, cujas contribuições foram fundamentais para a compreensão da realidade do setor, assim como para a apresentação de perspectivas desse setor que está em plena mudança, seja devido a alterações nos hábitos sociais, seja devido a avanços tecnológicos.
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demanda para papeis e cartões em todo o mundo, apontando claramente para um crescimento dos mercados emergentes em detrimento dos mercados consolidados. Isso por si só já aponta a necessidade de planejamento para novos investimentos e redirecionamento do negócio.
Por falar em mudanças, o Panorama mostrou, por exemplo, uma visível queda na demanda mundial por papeis e jornais escritos, com pequena manutenção
No mercado nacional, mostrou a distribuição geográfica das empresas, sua estrutura produtiva e a formação da mão de obra, onde se percebe uma sensível diferença no perfil educacional dos funcionários do segmento de impressão em relação aos funcionários do segmento de edição. Outro ponto explorado pelo Panorama diz respeito à atividade produtiva, principalmente a movimentação de emprego, custos de produção e receita líquida de vendas. Em relação à movimentação de emprego no setor, fica clara a queda no total de funcionários, ao longo do tempo. Já em relação à receita de vendas e aos custos de produção, percebe-se que a receita cresceu em uma velocidade menor que os custos, tudo isso possivelmente resultado do momento
da demanda na América Latina. Além disso, mostrou também a projeção e o direcionamento da
econômico que o país e, consequentemente, o setor produtivo vêm enfrentando.
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bom nível de tecnologia embarcada e maior valor
Além disso, merece destaque o comércio internacional do setor, principalmente o segmento de impressão. Em primeiro lugar por ser superavitário por vários anos seguidos, destoando assim da realidade do setor Gráfico nacional, que vem apresentando deficits seguidos, também devido à principal pauta de
balizar a atuação das instituições de representação,
exportação do setor, cartões inteligentes e cartões
as estratégias e os modelos de negócio das empresas
e etiquetas por aproximação, que demonstra um
do setor.
agregado. Isso mostra um diferencial produtivo do setor Gráfico no estado, que apesar de ter sentido os efeitos da crise econômica do país, possui uma boa estrutura produtiva e plenas condições de apresentar resultados ainda melhores nos próximos anos, fazendo frente aos desafios, às mudanças e às necessidades que a sociedade e o progresso tecnológico impõem. Esperamos que este estudo seja capaz de apoiar os empresários na tomada de decisões estratégicas de futuros negócios, assim como dar uma melhor compreensão da realidade do setor em que atuam. Gostaríamos também que este estudo pudesse na formulação de ações de apoio ao setor Gráfico, tanto no estado do Paraná quanto em nível nacional, principalmente tendo em vista tantas mudanças, sejam culturais ou tecnológicas, que alteram significativamente e de maneira cada vez mais rápida,
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Quando mostramos o setor Gráfico Paranaense, tentamos detalhar ainda mais as informações, apresentando, quando possível, os dados por segmento de atuação, mostrando suas características e potencialidades, assim como suas estruturas produtivas, resultados de vendas e custos, distribuição geográfica, renda média do trabalhador etc. Vários pontos chamaram atenção, dentre os quais se destacam: o tempo médio dos funcionários nas empresas, no qual 39% dos funcionários possuem sete anos ou mais; a origem da grande maioria das empresas do setor, em que mais de 80% são familiares e apenas 27% dessas possuem plano de sucessão familiar, o que suscita organização e planejamento por parte dessas empresas.
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EMPRESAS PARTICIPANTES Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 144
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Essas empresas merecem todo o nosso reconhecimento e agradecimento, pois seus representantes acreditaram neste trabalho, dispensaram seu tempo para atender ao nosso pedido e nos repassaram informações de extrema relevância, que vale reforçar, foram tratadas com todo o sigilo e que tiveram extrema relevância na composição e elaboração deste material. A todos o nosso muito obrigado!
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Ao todo, 110 empresas participaram efetivamente da pesquisa primária, respondendo ao questionário por e-mail, telefone ou in loco.
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relação de empresas que participaram do Panorama Setorial da Indústria Gráfica: A.P.B. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ETIQUETAS ALLFLEX ETIQUETAS ARKÉTIPO AGROCOMUNICAÇÃO ARTE DESENHO E SERVIÇOS ARTES GRÁFICAS PANUCCI ATENA GRÁFICA E EDITORA BELTON GRÁFICA BERALDO ARTES GRÁFICA
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BERZON EDITORA GRÁFICA CENTRO DE ARTES GRÁFICAS TERRA RICA DAGOSTIN & CIA DELTA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ETIQUETAS Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 146
Panorama Setorial da Indústria Gráfica
ECO TRANFER EDITORA SEREL ENCADERNADORA CASCAVEL EVERTOP GRÁFICA E EDITORA EVOLUÇÃO COMUNICAÇÃO VISUAL FABRISGRAF INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORA FORTUNA & FORTUNA G. BARTOSKI E SILVA GRAFEPOL GRÁFICA AQUARELA GRÁFICA CAMPOLARGUENSE GRÁFICA CATUAÍ GRÁFICA E EDITORA CAMPANA
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E. L. ARAÚJO
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GRÁFICA E EDITORA GODOY GRÁFICA E EDITORA GRAFIMAR GRÁFICA E EDITORA KAYGANGUE GRÁFICA E EDITORA MASSONI GRÁFICA E EDITORA SCHIO GRÁFICA ESCALA GRÁFICA IGOL GRÁFICA IMPRECEL GRÁFICA IVAI GRÁFICA JOFEL GRÁFICA LAGOA DOURADA Panorama Setorial da Indústria Gráfica
GRÁFICA LASER GRÁFICA LEX GRÁFICA MANSÃO
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
GRÁFICA MATELÂNDIA GRÁFICA MGM GRÁFICA MOURÃO GRÁFICA MULTICOR GRÁFICA NADAI GRÁFICA ORION GRÁFICA PALÁCIO GRÁFICA PARIZOTO GRÁFICA PLANETA GRÁFICA PRÁTIKA GRÁFICA REGENTE GRÁFICA SANTA TEREZINHA GRÁFICA SUZIN
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GRÁFICA MARANATA
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GRÁFICA TUSSI GRÁFICA VALERIO GRÁFICA YUMI GRAFIVEN - GRÁFICA E EDITORA VENEZUELA GRAFMED - I.R. IMPRESSOS GRAFORM IMPRESSOS GRIFFIN GRÁFICA HELLOGRAF ARTES GRÁFICAS HERRBAIER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ETIQUETAS ID7 STUDIO IMPREPEL GRÁFICA & EDITORA Panorama Setorial da Indústria Gráfica
IMPREPLUS IMPRIME INDÚSTRIA E COMÉRCIO E AUTOADESIVOS INGADOOR GRÁFICA
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
INOVARE COMUNICAÇÃO VISUAL JAGUARÁ BRINDES JORNAL DO OESTE JORNAL NOROESTE JORNAL O PARANÁ KAMARO INDÚSTRIA GRÁFICA KINGRAF INDÚSTRIA GRÁFICA L.F.G. COMUNICAÇÃO VISUAL LAMIGRAF DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PAPÉIS DECORATIVOS LISEGRAFF GRÁFICA E EDITORA LOLLA E SILVA LUNAGRAF GRÁFICA E EDITORA MAGNA EDITORA GRÁFICA
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INGRA INDÚSTRIA GRÁFICA
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MAZON & GAI METROGRAF INDÚSTRIA GRÁFICA MIDIOGRAF GRÁFICA E EDITORA MILNICZUK E RAMOS N.V. DEINA GRÁFICA OGG DIGITAL GRÁFICA ORFEU GRÁFICA ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL EXPOENTE PERFECT DESIGNER EDITORAÇÃO POSIGRAF GRÁFICA E EDITORA
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PRINT OESTE R & G COMUNICAÇÃO VISUAL R.B. PLASTIFICAÇÕES GRÁFICAS RLN123 ADESIVOS
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Panorama Setorial da Indústria Gráfica
SÓ ADESIVOS STENZEL E SANTOS TECGRAVA GRAVAÇÕES TÉCNICAS EM METAIS TECNICÓPIAS REPRODUÇÕES TÉCNICAS TOLEGRAF IMPRESSOS GRÁFICOS VEXILOM EMBLEMAS TÉCNICOS E COMERCIAIS VILMA BEATRIZ BATISTA SCUSSEL VUDATHI ARTES GRÁFICAS W.L. IMPRESSÕES W.Z.M. GRÁFICA E COMUNICAÇÃO VISUAL WAGNER LUIZ TRENTO XINGÚ GRÁFICA E EDITORA ZANCHETTI & ZANCHETTI - ZAMY DESIGN
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SMART PRINT BUREAU
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REFERÊNCIAS Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense 154
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Um olhar aprofundado sobre o futuro do mercado gráfico paranaense
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