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JURÍDICO

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Sistema Fiep destaca protagonismo feminino para inovação na indústria

Foto: Participantes do encontro promovido pelo Sistema Fiep: destaques como empreendedoras que inovam. Crédito: Divulgação

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Se ainda não é o ideal, é inegável que a representatividade das mulheres em vários campos da sociedade tem crescido nos últimos anos. No empreendedorismo não é diferente. Pesquisa do Sebrae mostrou que entre 2014 e 2019 cresceu mais de 120% o número de mulheres que abriram o próprio negócio. Hoje, cerca de 30% das empresas no país tem mulheres como proprietárias.

Além de empreender, elas também têm tido papel importante nas decisões de inovações e competitividade dentro das corporações. Este cenário levou o Observatório Sistema Fiep a realizar live no Canal da Indústria, no Youtube, em 13 de julho sobre protagonismo feminino na inovação. A live fez parte do lançamento da 5ª edição da Bússola da Inovação – ferramenta online gratuita desenvolvida para medir o grau de inovação das empresas – para debater o tema e divulgar o trabalho inspirador das mulheres.

A live foi moderada pela gerente executiva do Observatório Sistema Fiep, Marília Souza, e teve como convidadas três profissionais que fazem a diferença na inovação: Marcia Manfrin, presidente da indústria alimentícia Apetit; Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, e Luciana Hashiba, vicecoordenadora da Centro de Inovação da FGV-EAESP. Elas falaram sobre como vêm atuando à frente de processos de inovação e compartilharam suas experiências no desenvolvimento da inovação empresarial. As três participantes foram convidadas porque, seja em cargos de gestão, como intermediadoras ou espalhadas pelos diferentes setores, elas se destacam como agentes transformadoras, disseminando a cultura de inovação dentro e fora das empresas.

Valorização

Uma dos temas tratados no evento online foi como tem crescido o debate em torno da implementação de políticas de valorização da mulher no mundo corporativo. “Hoje, a cada dez pessoas em cargos de liderança, uma apenas é mulher. Então, o empreendedorismo feminino passa por muitas frentes. A conversa não é só com as mulheres, é com os homens que estão contratando. As mulheres estão se colocando com protagonismo no mercado, mas ainda não ocupando o espaço que podem e devem ocupar”, disse Cris Alessi.

Marcia Manfrin disse que trilhou a carreira, iniciada aos 13 anos, tendo que se fortalecer em mundo de negócios “dominado por homens”. “Sempre foi um tabu a liderança feminina. Hoje, dos cerca de dois mil empregos que gero na minha empresa, 91% das pessoas são mulheres,

com a grande maioria ocupando cargos de liderança. Hoje ser mulher é uma vantagem porque o mercado vem olhando para isso como uma causa”.

O quanto o empoderamento feminino contribui para o sucesso dos projetos de inovação também foi abordado no evento online. Para Luciana Hashiba,o que empodera é o conhecimento. “É preciso ter clareza de estratégia e uma boa direção. As pessoas se engajam com o que é a orientação da empresa, com visão sistêmica clara do papel de cada um dentro das empresas. Isso leva ao empoderamento”.

Para Marcia, as mulheres são empoderadas por natureza. “O poder que a mulher tem que buscar é o que está dentro dela, exercendo o que faz de melhor. Temos um processo cultural grande para ser vencido, mas a mulher precisa ser perseverante, com foco no seu talento, na visão periférica e no cuidado com as pessoas. Esses são nossos diferenciais na busca por trazer a inovação por meio das pessoas”.

Na avaliação de Cris, as mulheres têm algumas vantagens ao exercerem cargos de liderança. “Muitas das habilidades cada vez mais desejadas, como inteligência emocional e ser multitarefas, são inerentes às mulheres. E mulheres nos cargos de gestão trazem mais retorno para as empresas, inclusive de produtividade”.

Futuro na inovação

Quanto ao futuro da mulher da inovação, as participantes do encontro são otimistas. “Eu acredito que teremos cada vez mais mulheres na inovação, mas é preciso despertar isso nas novas gerações, aumentando o interesse das meninas para as áreas de exatas. Hoje vemos ainda poucas mulheres no mercado de tecnologia e inovação porque elas ainda são em menor número nas faculdades nessas áreas”.

Para Marcia, a própria realização do evento sobre protagonismo feminino já é uma prova de que o tema vem ganhando cada vez mais importância e que pode levar esse despertar para as próximas gerações. “Por isso, acredito sim que teremos mais mulheres na inovação. Precisamos, no entanto, que o modelo escolar no Brasil seja inovador para atrair os jovens”.

Luciana ponderou que hoje 20% do mercado de tecnologia da inovação é composto por mulheres. “É muito pouco ainda, mas a inovação está mais aberta. Precisamos medir mais a inovação e o papel das mulheres, pois falar de indicadores de inovação sem dados fica difícil. E é ótimo que tenhamos ferramentas como a bússola da inovação, que tem essa visão de dados”.

5ª Edição da Bússola da Inovação

A Bússula da Inovação do Sistema Fiep tem o objetivo de incentivar o processo de inovação na indústria. Para isso, faz um diagnóstico das empresas por meio de um questionário. Em sua 5ª edição, a Bússola da Inovação está na fase de respostas ao questionário. Indústrias de todos os portes e regiões do Estado podem participar até 30 de setembro.

A Bússola da Inovação contempla dez pilares: resultados, captação de recursos, investimentos, atividades que contribuíram para a inovação, interação externa, métodos de proteção, ambiente interno, realização de pesquisa e desenvolvimento, informação e conhecimento sobre o tema e gestão da inovação. A partir disso, as empresas recebem um conjunto de dicas e orientações práticas aplicáveis aos negócios.

Informações sobre a Bússola da Inovação podem ser obtidas pelo WhatsApp +55 41 9 8865 6719 * ou pelo e-mail bussoladainovacao@sistemafiep.org.br

Contribuição das mulheres do setor gráfico para inovação e competitividade

Com base no evento online realizado pelo Sistema Fiep sobre o protagonismo feminino na inovação, ouvimos algumas mulheres sobre como veem o papel delas na inovação e competitividade do setor gráfico.

“A nossa empresa é de 1923, sempre administrada por homens. Eu tenho uma loja de móveis e artesanato, que comecei do nada e hoje eu tenho 300 m² de loja. O Josué, meu marido, era o cabeça da gráfica. Fazia todo o administrativo, financeiro e emissão de notas. Trabalhava até aos domingos, e sempre cansado e numa situação sem muito otimismo, até porque os últimos anos não têm sido bons para as empresas do ramo. Às vezes conversando com ele, tentando achar uma saída, agregar serviço, ele demonstrava desânimo e eu hoje entendo melhor isso. Quando meu marido morreu eu tive que chamar para mim a responsabilidade. Trouxe meu filho para trabalhar junto e comecei a sentir as dificuldades para ser aceita, principalmente com os funcionários mais antigos. Em tudo que eu já percebia de errado coloquei regras e dizia: sob nova direção. Eu tenho uma recepcionista muito diplomata, a gente conversa muito e vamos com delicadeza, mas firme implantando métodos novos. Coloquei vendedor novo cheio de gás trazendo novos clientes! A mulher tem um olhar abrangente para perceber tudo, como ela comanda uma casa, ela comanda a empresa. Eu penso que devem ser poucas mulheres gerenciando gráficas, mas a gente tem a visão de consumidora. Quando saio com meu filho pequeno e vou às compras, observo tudo que é usado de impressos e embalagens. Uma percepção feminina! Aí já aponto para meu vendedor: aonde tem sacola de plástico, vamos oferecer de Kraft muito mais bacana é ecológico. E assim estamos conseguindo sobreviver, com uma mulher no comando”.

Cristiane Blum Montes, diretora da Gráfica Planeta

“A inovação feminina é fundamental para o desenvolvimento da indústria gráfica. O mercado gráfico é tradicional e conservador. A mulher naturalmente tem open mind, percebe a força na humanização dos processos. Empresas são pessoas e pessoas compram o “porquê” você faz, e não “o que” você faz. Ou seja, a crescente participação feminina é a junção perfeita para a prosperidade da indústria gráfica e a reinvenção do verdadeiro significado de Artes Gráficas”.

Tiana Biondo, diretora da DeltaE Tecnologia da Cor

“Escrevo estas linhas no exato momento em que a chama sagrada do esporte acende a pira olímpica. O ato foi conduzido por uma mulher, negra, contestadora, capaz de reconhecer suas próprias fraquezas, a tenista japonesa Naomi Osaka. Sim, ela, que em 2021 preferiu abandonar o badalado torneio de Roland Garros a se curvar a exigência do campeonato, que obriga os atletas a darem entrevistas ao final de cada partida. Estamos no século XXI e continua não sendo fácil ser mulher. Afora a abjeta violência doméstica, intensificada pela pandemia, há a questão salarial, o fantasma da demissão pós-maternidade, a tripla jornada, a síndrome da impostora, entre tantas questões.

Ligando o botão do otimismo para falar de inovação, assunto que amo, em evento alusivo ao Dia da Indústria Gráfica, 24 de junho, promovido pela Abigraf Nacional e pela ABTG, o ponto alto foi a palestra de uma mulher. Uma mulher que se destaca justamente por unir, como ninguém, um profundo respeito pelo cliente a ferramentas tecnológicas disruptivas. Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, encantou e inspirou com sua simplicidade, objetividade, lucidez e visão de futuro. Olhando para ela, reconheço que vencemos muitas batalhas. E outras virão. Olho para minhas filhas e sei que elas terão mais espaço, porém também sei que juntas continuaremos lutando por mais oportunidades e, sobretudo, mais respeito. A cada conquista ganha a sociedade, ganha a indústria gráfica, ganha o universo da impressão”.

Tânia Galluzzi, jornalista, podcaster e militante da impressão - Ondas Impressas

“Mulheres são naturalmente portadoras de muitas fases e agraciadas com a “intuição, criatividade, observação, delicadeza e quando necessário a força e agressividade”, perfil este que vem lentamente ganhando espaço nos mais diversos setores. Na indústria gráfica não é diferente, mulheres assumindo postos que antes eram predominantemente masculinos. Principalmente operadoras de equipamentos, gerentes de produção, orçamentistas, arte finalistas, no comercial e hoje com o advento da tecnologia digital, nas suas mais diversas ramificações. Vemos elas assumindo com excelência o marketing, desenvolvimento e produção digital. Acredito que cada vez mais temos um público e necessidades muito diversificadas e, para melhor atender, e conquistar, precisamos pensar fora da caixa, livres de pré-conceitos e julgamentos. Vejo a mulher com mais flexibilidade, principalmente pelo mundo ainda ser muito machista. Conquistando sua independência financeira, ela se qualifica e obtém novas conquistas, o que estimula e dá exemplo para aquelas que se acham incapazes. É um processo lento, mas evolutivo”.

Stella Maris Lise de Moura, diretora Financeira e Recursos Humanos - Nova Gráfica e Editora

“Em todas as áreas e mercado de trabalho, a mulher vem se destacando cada vez mais. Na indústria gráfica não seria diferente. A sensibilidade, juntamente com a versatilidade da mulher, traz um novo olhar, ampliando nichos de mercado, diversificando e modernizando a indústria gráfica, antes mais tradicional”.

Lucia Helena Dionysio da Rocha, diretora - Tecnicópias Impressão Digital

“As mulheres são dotadas de um dom natural de dedicação a tudo o que fazem. Caso contrário, não teriam sido presenteadas por Deus com o privilégio de serem mães e criarem filhos. A profunda dedicação é algo inerente às mulheres e isso se reflete em sua carreira profissional: a capacidade de envolvimento e comprometimento com os desafios do dia a dia faz florescer a criatividade feminina e é ponto decisivo no ambiente empresarial. O desempenho feminino crescente no mercado atual reforça a ideia de que as mulheres já nasceram empoderadas. É um poder natural que as dota de criatividade e ousadia para inovar em todos os aspectos: no âmbito profissional, traz o olhar de quem já superou tantas barreiras e está conquistando seu espaço com a admiração e o respeito tão necessários; no relacionamento interpessoal, frisa o jeitinho especial de resolver alguma demanda complicada com graça e determinação e, no campo pessoal, é dotada de habilidades para a organização da rotina familiar. Os desafios são e ainda serão grandes nos tempos vindouros em relação à aceitação da mão de obra feminina, mas aos poucos as mulheres vão reforçando sua competência e habilidades para desempenhar papéis fundamentais, inclusive aqueles para os quais os homens não têm aptidão. Cada um foi criado para desempenhar um papel, uma função e, com respeito e colaboração, percebemos que há espaço para todos no mercado”.

Juliana Ruggiero do Amaral Santana, coordenadora administrativa - Hellograf Artes Gráficas

“A minha participação no mundo gráfico sempre esteve ligada à realização de congressos e feiras setoriais. No início, havia em todas as empresas uma forte atuação do sexo masculino, principalmente no setor do marketing, desenhando assim a forma de participação em feiras.

Há aproximadamente 15 anos, o mercado gráfico começou a ser invadido pelas gestoras e os cargos de marketing começaram a ser assumidos por mulheres. Assim, foi nitidamente possível enxergar a diferença, por exemplo, nas ações promocionais internas no stand, mais profissionais e focadas nas soluções oferecidas pela empresa.

O que percebemos também é que o público das feiras vem, a cada edição, registrando uma porcentagem cada vez maior de mulheres. A visão dessas mulheres, visitantes e expositoras, deu um novo rumo na excelência na comunicação e participação de grandes empresas e feiras e, hoje, elas são essenciais em cada iniciativa que promovemos”.

Sandra Keese, diretora - APS Feiras

“A importância da mulher na inovação e na competitividade da indústria gráfica é de extrema relevância para sobrevivência do setor, porque, por experiência própria as mulheres têm buscado abrangência em diversas áreas, geralmente colocando emoção e empenho em cada ação. Na pandemia acompanhei muitas mudanças na nossa empresa e observei que muitas vezes precisamos voltar às nossas origens, tornar mais simples os processos e nos adaptar à atual situação. A empresa precisa mudar sempre. E nesse aspecto entra a colaboração da mulher nas principais mudanças na indústria”.

Regina Pellanda Szurmiak - Gráfica Belton

“Como todas as empresas, a indústria gráfica vem passando por grandes mudanças ao longo dos últimos anos. Mudanças expressivas em um ramo tão tradicional. Encarar estas mudanças e aprimorar o dia a dia é o desafio dos empresários gráficos atuais. Acredito que as mulheres têm papel fundamental em ajudar neste ponto, pois, em geral têm uma visão sistêmica mais ampla, muita criatividade, além de habilidades multitarefas, o que contribui para inovação, criando novas possibilidades em resolver antigos problemas ou em trazer novidades e fazer diferente”.

Cláudia Markowicz , diretora - Kingraf Indústria Gráfica

“O setor gráfico tem, em sua maioria, homens no comando das empresas. Para nós mulheres gráficas, é muito importante conversar sobre nossa participação, contribuindo para que nossas empresas tenham um crescimento sólido e acompanhando sempre as inovações surgidas durante os anos. Ser líder neste mercado, como mulher, não é fácil, mas é um segmento que cada vez mais precisa de nossas qualidades femininas natas, e está se abrindo para que conquistemos nosso espaço. A competitividade ela só é benéfica se é utilizada para criar novos desafios e objetivos a serem alcançados. No setor gráfico, como em qualquer outro, a inovação e especialização são muito necessárias para a manutenção de nossas empresas em momentos delicados como este em que o mundo está passando. Na Ótima Gráfica, temos um universo um pouco diferente do padrão, pois temos uma diretora e uma vice-presidente e mais de 70% dos cargos de gestão ocupados por mulheres, totalmente ocupados por meritocracia. Sim, somos capazes e qualificadas para expandir e enfrentar todos os desafios que encontrarmos pela frente”.

Fabiana Farias, vice-presidente da Ótima Gráfica

“Cada dia mais, nosso segmento vem sendo impactado com novas tecnologias e inovações. Temos que inovar trazendo empatia e criatividade. São adjetivos de muita competência no universo feminino”.

Sandrilene Andrade, diretora da Ponto Zero Suporte Gráfico/ Copy Image Impressão Digital

Vitalab é um serviço dedicado a gráficos e end-users que queiram inovar conosco.

Com uma estrutura completa de laboratório e tecnologia de última geração, desenvolvemos os sistemas de embalagens mais adequados e econômicos. Tudo isso com a expertise da nossa equipe técnica e a diversidade da linha Vita de papelcartão.

Testes Laboratoriais

Para análise estrutural, de superfície e de características físicas de embalagens. São voltados ao apoio a análises comparativas de substratos, caracterização e direcionamento de aplicação em vários segmentos e utilizações.

Análises de Sistemas de Embalagens

Com a estrutura de testes disponível e o nosso conhecimento técnico, realizamos análises globais de um sistema de embalagem, buscando as alternativas mais adequadas e econômicas.

+(55) 11 2125-3900 vitalab@papirus.com

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Outros Serviços Personalizados

Analisamos suas necessidades e propomos atividades específicas para o seu projeto.

Bootcamp Virtual detalhou gerenciamento de cores

A ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e o Centro de Educação de Cores do Brasil (CEC Brasil) promoveram entre os dias 19 e 23 de julho o Bootcamp Virtual Gerenciamento de Cores. Idealizado pela PRINTING United Alliance (PrUA), dos Estados Unidos, o evento foi traduzido para o português e permitiu o acesso a consultorias e certificações de profissionais que trabalham com controle de processos e gestão de cores.

O Bootcamp Virtual foi o primeiro curso intensivo no país realizado por meio da parceria entre ABTG e CEC Brasil. Durante os cinco dias de curso os participantes tiveram acesso a todos os conteúdos relacionados ao Gerenciamento de Cores. Entre outros assuntos foram abordados teorias e princípios da cor; objetivos do gerenciamento de cores; padrões de impressão mais recentes e validação de impressão.

No dia 19, os participantes aprenderam sobre a Teoria Básica da Cor com acesso a uma visão geral dos conceitos de cores. A segunda aula, no dia seguinte, abordou as Estratégias e Metas de Cores, que estão entre as partes mais importantes do campo de treinamento e a Calibração do Monitor, com a apresentação das melhores práticas e configurações a serem consideradas durante o processo de calibração.

A terceira aula, no dia 21, foi sobre Anatomia de dois processos de impressão; Jato de tinta; Offset e Flexo. No dia 22 os temas abordados foram Dispositivos de medição; Pirâmide de Gerenciamento de Cores e Pirâmide de gerenciamento de cores para Offset e flexografia. Por fim, no dia 23 o curso foi encerrado com os assuntos Cores Especiais e Verificação, que correspondem à última etapa do processo de gerenciamento de cores.

As aulas foram ministradas por professores de seis países:

Bruno Mortara, doutor e mestre em controle de cores em processos gráficos pela Universidade de São Paulo (FAUUSP). Há mais de 30 anos atua no setor de Artes Gráficas.

O mexicano Carlos Alvorado Aceves, professor graduado pelo Centro de Treinamento em Litografia da União de Litográficos Industriais do México. Trabalha na área gráfica desde 1970.

Carlos Grillo, peruano-costarriquenho e há 24 anos se dedica às Artes Gráficas.

Douglas Saavedra, chileno formado em Teoria da Cor no The Royal Institute of Technology. Fabian Ruiz, fundador do Centro de Educación de Colores Latam (CEC LATAM) e participante do Conselho Consultivo da Associação Técnica de Artes Gráficas (TAGA).

Pablo Bolatti, argentino, professor universitário e designer gráfico.

Jorge Velez, técnico de impressão em offset, com formação em engenharia industrial.

Aprofundar conhecimentos

Entre os alunos participantes paranaenses do Bootcamp Gerenciamento das Cores esteve o diretor industrial da Kingraf Indústria Gráfica, Marcos Markowicz. “Fiz o curso, achei muito bom, com alto conteúdo técnico, ideal para aprofundar os conhecimentos, uma vez que a Kingraf está implantando o gerenciamento de cores”, afirmou Marcos. “Estamos colocando em prática na Kingraf técnicas como calibração de equipamentos e provas digitais, dentro das normas da ISO (Organização Internacional de Normatização) e leitura de cores por espectrofotômetro. São técnicas aplicadas no gerenciamento de cores”, completou o diretor industrial da Kingraf.

Participaram da promoção do curso como entidades parceiras da ABTG e CEC Brasil, a Associação Técnica de Artes Gráficas (TAGA), a CEC LATAM, a Fogra e Ghent Workgroup.

Gráficas têm os primeiros resultados com o Programa Brasil Mais

Oito gráficas paranaenses aderiram ao programa Brasil Mais e já estão implantando melhorias em seus processos. Coordenado pelo Ministério da Economia, com gestão operacional da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e execução pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil Mais tem o objetivo de aumentar a competitividade de micro, pequenas e médias empresas com a promoção de melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto.

Nova Fátima, Corgraf e Maxi Gráfica já concluíram suas participações. A Araucária Comunicação, a Belton e a Midiograf estão no meio do processo, enquanto a Malires e a Lamigraf vão começar em breve. A Ótima vai iniciar em 2022. Segundo o coordenador do programa no Paraná pelo Senai, João Bosco Militão, a participação das gráficas paranaenses está sendo muito produtiva, dentro dos parâmetros idealizados no Programa Brasil Mais. “Estão passando pelas fases de mentoria e de otimização dos processos de redução de custos e ganho de produtividade. Tenho certeza que todas vão conseguir atingir os objetivos que buscavam quando iniciaram o programa”.

O coordenador de SGI da Nova Gráfica, Allan Cristian Maciel Soares, diz que já foi possível implantar melhorias na empresa. “Quando entramos no programa, esperávamos ter resultados focados nos nossos processos, o que de fato ocorreu, mas, o maior ganho foi a troca de experiências com os demais participantes. Além disso, a experiência e situações que acontecerem em outras empresas ajudaram a modificar o olhar sobre situações que vivemos no nosso diaa-dia”.

De acordo com Allan, já houve melhorias em algumas atividades manuais, principalmente com deslocamento de trabalhadores e layout dos locais. “Por exemplo, melhoramos o tempo utilizado na embalagem dos produtos. O operador tinha que se movimentar a todo momento para pegar a fita de fechamento das caixas. Fizemos uma alteração de layout para que a máquina de fita ficasse ao lado da mesa de embalagem, desta forma, reduzimos a movimentação e o tempo gasto para o fechamento de cada volume. O operador levava 42 segundos para fechar uma caixa devido ao tempo de movimentação. Com a alteração de layout, o tempo caiu para 22 segundos”.

Na Corgraf as melhorias já aparecem, segundo explica o diretor comercial, Andre Linares. "O programa Brasil Mais foi excelente em vários aspectos e veio em boa hora. A capacitação e a interação dos colaboradores em ações que possam reduzir custos e melhorar a produtividade da empresa é essencial. Nossos colaboradores estão ainda mais empenhados e já aplicando os conhecimentos adquiridos no programa. A iniciativa é louvável e nós aqui da Corgraf ficamos muito contentes em participar".

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