O popular 1362

Festa de Reinado de Nova Serrana terá reconhecimento da Assembleia

Nova Serrana-MG, Sexta-feira, 17 de novembro de 2017 | Ano XII | Nº 1362 | R$2,50

“Combinado” Vereador investiga supostas irregularidades na saúde

Após denúncias feitas na Câmara de Nova Serrana, a comissão permanente de saúde iniciou a apuração e investigações de que estaria acontecendo no município a prática denominada na área da saúde como “combinado”

Erro grosseiro da Câmara e pedido de vista de Osmar Santos adia a votação das contas do ex-prefeito Paulo Cesar,rejeitadas pelo TCE/MG

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017 | ANO XII | Nº 1362

2 Festa de Reinado de Nova Serrana terá reconhecimento da Assembleia A realização da 33ª Festa de Reinado em Nova Serrana ocorrida de 13 a 15 de outubro, terá o reconhecimento da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A iniciativa atende ao Requerimento 10.416/2017, do deputado estadual Fábio Avelar. O parlamentar requereu ao Poder Legislativo estadual que fosse formulado votos de congratulações à Irmandade Nossa Senhora do Rosário, autoridades eclesiásticas da paróquia, e do Poder Executivo municipal além de toda a comunidade de Nova Serrana pela organização e realização do tradicional evento.

A proposição foi aprovada no último dia (8/11), pela Comissão de Cultura da ALMG. O parlamentar se disse satisfeito com o reconhecimento do sucesso do evento. “Tive a oportunidade de estar com minha família na festa, naquele

APOSTANDO AS ÚLTIMAS FICHAS!

final de semana. Foi uma excelente oportunidade de rever conhecidos e amigos. Tivemos muitos questionamento quanto ao formato do evento. Dentro do que foi proposto pelos

organizadores o evento foi bem sucedido. No sentido do resgate da Cultura e religiosidade não há dúvidas. Sobretudo, temos que parabenizar os dançadores dos cortes que não

deixam esta cultura acabar.

Desta forma, o reconhecimento da Assembleia Legislativa de Minas Gerais a todos os organizadores e promotores do evento” disse Fábio Avelar.

A iniciativa atende ao Requerimento 10.416/2017, do deputado estadual Fábio Avelar.

O bom apostador é aquele que utilizando as últimas fichas consegue virar a mesa. Esse jogador tem sempre uma carta na manga e constrói na ideia de que não tem muita coisa a perder a possibilidade de sair por cima em meio ao jogo.

Em Nova Serrana as cartas foram colocadas na mesa e pelo que tudo indica o ex-prefeito Paulo Cesar acabará dando fim a sua trajetória política em Nova Serrana. Contudo como apostador nato e estrategista político, Paulo tem cartas nas mangas.

Quando todos esperavam que as contas que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, fossem à votação, o ex-prefeito mexeu suas cartas, colocou as fichas sobre à mesa e levou consigo a moralidade de alguns que estremeceram diante do nome de Paulo Cesar.

Para começar a Câmara e seus setores burocráticos teve mais uma vez uma atuação pífia. Já não bastava ter seu RH permitido a contratação de assessores sem escolaridade, expondo posteriormente a fragilidade da organização da casa. Agora foi a vez da cagada se estender ao não cumprimento dos prazos para chamamento do ex-prefeito.

A incompetência resultaria em uma votação que facilmente perderia seu valor legal, uma vez que Paulo deveria ter sido notificado com tempo hábil e em consequência poderia se fazer presente na casa para promover sua defesa.

Não bastasse isso, o vereador populista, que tem discurso inflamado, que fala alto e de forma intensa, que se preocupa com os menos favorecidos e que não tem ao menos o ensino fundamental completo pediu vista para analisar a veracidade das contas do TCE. Aqui não queremos ser mal interpretados. De forma alguma desmerecemos o legislador por seu grau de instrução.

Mas é no mínimo uma piada pensar que erros por parte de um tribunal técnico será percebido por alguém que não tem instrução ou escolaridade para isso.

De fato Paulo bateu o pé e Osmar se faz de advogado do diabo, talvez por interesse, talvez, por medo, por respeito ou por vontade de em um futuro possível possa como muitos outros encontrar uma boquinha caso Paulo se torne novamente eleito para algum cargo político junto a cidade.

Temos que ressaltar que o ex-prefeito sabe das coisas. Sabe virar a mesa como ninguém, e em episódios anteriores conseguiu em contextos diferentes fazer valer sua força politica.

Caros leitores, ao vermos as antigas companhias políticas do ex-prefeito, entendemos a que se deu o buraco em que se meteu. Para começar temos junto com Paulo parceiros como Aécio Neves, Newton Cardoso, Zezé Perrela e muitos outros da mesma estirpe.

Virar a mesa é algo que todos esses tem como prática, como costume e como hábito mas esperamos pela moral que pelos lados de cá as coisas não tenham o mesmo fim.

Talvez de forma precoce determinamos o fim político do ex-prefeito. Precoce porque esquecemos que a raposa sempre tem suas formas de entrar no galinheiro.

Nos bastidores afirmam que um vereador que carrega a bandeira de Paulo Cesar no peito é o porta voz do ex-prefeito na casa. E ainda dizem que a pergunta que mais se ouviu pela “Casa do Povo” durante essa semana e “Qual o seu Preço”.

Diante de tudo que tem acontecido na Câmara não duvidamos de mais nada, afinal política brasileira é sinônimo de podridão e se na casa já mudaram leis para ter assessores sem escolaridade, indo contra aquilo que a população entende ser errado, imagina o quão fácil não seria mudar a cabeça dos nobres edis por alguns lotes, carros, cifras bancárias daqui e dali.

Quando abordamos esse assunto a ideia passa a ter mais peso quando se percebe que muitos dos que hoje ocupam uma cadeira na Câmara muito provavelmente não estarão em seus tronos no próximo mandato, então quem sabe para parte deles essa “virada de mesa”, não se torna uma aposta segura para que ao sair da vida política carreguem mais do que uma placa estampada na casa, ainda que isso possa lhes custar fundamentos chamados como ética, idoneidade, honestidade e moral.

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017 | ANO XII | Nº 1362

“Combinado”

3

Vereador investiga supostas irregularidades na saúde Desvendando outros fatos

* Thiago Monteiro thiago@opopularns.com.br

A

pós denúncias feitas na Câmara de Nova Serrana, a comissão permanente de saúde iniciou a apuração e investigações de que estaria acontecendo no município a prática denominada na área da saúde como “combinado”.

A prática existente em Nova Serrana há mais de 15 anos, possibilita a realização de plantões simultâneos na UPA e no Hospital São José por médicos que são contratados e atendem em ambas as unidades.

De acordo com o vereador William Barcelos (PTB), presidente da comissão permanente de Educação, Saúde, Saneamento e Direitos Humanos, após uma reunião em que o médico Dr. Diogo Mahé Costa foi ouvido, foi constatado que indícios de que médicos estariam se beneficiando de um pleta de pequeno fragmento, que é uma caixa simples, suposto acordo entre a Secretaria Municipal de Saúde e custa de 10 a 12 mil reais. O hospital não tem a menor o hospital da cidade. condição de ter essa caixa própria. Então, tínhamos um comodato com a empresa AMGS, mas um débito de R$ Entenda o caso 17.146,00 impediu que esta continuasse a nos fornecer Durante a 36ª reunião ordinária da Câmara Municipal, materiais para cirurgia”. Esclareceu Renato Sousa. o vereador Osmar Santos (PROS) denunciou a captação Em seu depoimento Dr. Diogo Mahé confirmou a versão irregular de paciente por parte de um médico planto- do administrador do Hospital São José e disse que o desacordo com a AMGS (empresa que fornece material nista da UPA de Nova Serrana.

A denúncia referia-se ao fato que o profissional alegou hospitalar) se deve a uma nova política da empresa, que falta de insumos, no caso parafusos, para uma cirurgia após dominar o mercado mineiro, decidiu deixar de ofeortopédica pelo SUS, mas que se a família pagasse cer- recer produtos para os pequenos hospitais. ca R$ 4.500,00, o procedimento poderia acontecer de Assim, o Hospital São José contratou com a empresa Vox Medi, que de uma hora para outra, deixou de formodo particular.

Diante da denúncias de Osmar Santos, outros vereado- necer produtos para cirurgias ortopédicas. Segundo ele, res engrossaram o coro, sendo solicitada a intervenção se trata de uma infelicidade, e que em 15 anos, essa falta de insumos nunca aconteceu. do presidente da Comissão de Saúde.

Willian Barcelos, Chiquinho do Planalto (PSD) e Valdir Representantes do hospital, entre eles, Renato Sousa e das Festas Juninas (PCdoB), membros da Comissão de Ricardo Yamada, reconheceram que apesar de tomarem Saúde foram até o Hospital São José, onde colheram de- ciência do episódio de suposta captação irregular de papoimentos de representantes da instituição. Depois dis- ciente, não solicitaram, formalmente, nenhum esclareso, o médico ortopedista Dr. Diogo Mahé Costa foi con- cimento por parte do Dr. Diogo Mahe Costa. O que foi vocado para uma reunião na Câmara Municipal, onde confirmado pelo profissional em interrogatório, ocorrido em 13 de novembro de 2017, perante a Comissão de nesta semana prestou esclarecimentos sobre o caso.

Saúde.

Durante o depoimento de Dr. Diogo Mahé, o episódio da falta de parafusos e a captação de paciente foram esclarecidos. Entretanto, o que surpreendeu foi a confissão que existe no âmbito da saúde de Nova Serrana uma espécie de “combinado”. Diante disso, o presidente da Comissão de Saúde requereu cópia de todos os contratos de médicos que atuam como plantonistas ou em regime de sobreaviso na UPA de Nova Serrana.

Isso porque o médico disse que realiza sobreaviso na UPA e no Hospital São José e que alguns destes sobreavisos são simultâneos. O que é fruto de um “combinado”, que persiste desde que chegou na cidade de Nova Serrana, há 15 anos.

Um sistema que funciona não apenas com ele, mas com outros profissionais.

Willian Barcelos pediu explicações sobre esse chamado “combinado” e Dr. Diogo esclareceu que o seu sobreaviso na UPA consiste em duas visitas diárias, uma pela manhã e outra à tarde, além de ficar à disposição 24 horas para prestar informações, por telefone, ao médico plantonista e, ocasionalmente, deslocar até a unidade em caso de urgência.

Para o médico isso é normal e não o impede de atender sobreaviso no Hospital São José, ainda que no mesmo dia e horário, pois na UPA o atendimento é ambulatorial, e no Hospital, é de internação. “Essa combinação foi feita entre a Secretaria e o Hospital. Antes a visita à UPA era só de manhã, mas como a demanda vem aumentando, estou tendo que passar à tarde também”. Concluiu Diogo.

Willian Barcelos, Chiquinho do Planalto (PSD) e Valdir das Festas Juninas (PCdoB), membros da Comissão de Saúde foram até o Hospital São José, onde colheram depoimentos de representantes da instituição.

Posicionamento do hospital O administrador do Hospital, Renato Sousa, disse que o médico é um profissional liberal e que não opera só aqui.

“Se a família tem o recurso e negocia com o médico na clínica, ele pode realizar o procedimento em qualquer lugar que disponha dos suprimentos cirúrgicos. Então, se não tem parafuso no Hospital São José, pode ser que tenha parafuso em Divinópolis, em Pitangui, em outro lugar. Ele opera onde quiser”. Disse o administrador.

De acordo com o administrador não é só parafuso que se usa em cirurgia ortopédica. “Temos determinadas caixas para a cirurgia, que nós chamados de material especial, que não é só parafuso, mas também o instrumental necessário. Para se ter uma ideia, uma caixa com-

Defesa do médico Em relação ao episódio narrado pelo vereador Osmar Santos, o médico Dr. Diogo reconheceu que houve a tratativa denunciada. Mas que em nenhum momento disse aos familiares que a cirurgia, caso fosse paga, aconteceria no Hospital São José. Mas por exemplo, em Itaúna ou Divinópolis.

Ressaltando-se, inclusive, que se fosse fora, poderia até passar para um colega e ficaria com o acompanhamento.

Em análise da suposta prática, confirmada pelo médico, o Hospital se resumiu a dizer que, do ponto de vista da instituição, não houve qualquer transgressão ética. Mas que não responde por aquilo que possa ter ocorrido dentro da UPA, durante um atendimento pelo SUS.

Secretaria de Saúde O fato já havia sido abordado pela Secretaria Municipal de Saúde. No período em que foi realizado a denúncia pelo vereador Osmar à secretária municipal Glaucia Sbampato se posicionou para o jornal O Popular.

Na ocasião dois fatores foram abordados pela secretária que explicou o fato do plantão do médico não ser feito in loco. Glaucia esclareceu que o regime contratado coloca o médico ortopedista em alerta, estando a disposição da UPA caso haja algum caso clinico a ser atendido, uma vez que a especialidade não tem demanda de um profissional em plantão presencial.

Diante das denúncias sobre irregularidade quanto ao fato de atender simultaneamente em duas unidades a secretária afirmou que o processo deveria ser averiguado pelos legisladores e se constatado conduta indevida do profissional o conselho de medicina deve ser acionada para que as devidas medidas administrativas fossem tomadas, podem incidir inclusive quanto a perda de seu registro profissional.

Contudo a secretária deixou claro que quanto ao contrato de prestação de serviços para com a unidade não houve até o momento alguma conduta que direcione para a ineficiência do atendimento por parte do profissional.

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017 | ANO XII | Nº 1362

4 Valdir das Festas Juninas faz indicação para construção de sede própria do Laboratório Central Em seu pronunciamento o vereador Valdir das Festas Juninas (PCdoB) fez importantes considerações quanto ao trabalho que é desenvolvido pelo Laboratório Central em Nova Serrana.

O parlamentar promoveu na 38ª reunião, a indicação da construção de uma sede própria para a unidade de saúde.

“Em minha indicação eu peço ao executivo que estude a possibilidade de construção de uma sede própria para o laboratório central. Estive no local, não com caráter de fiscalização mas sempre que estou em um local de serviço público avalio as condições e ali pude perceber que as instalações não atendem com as necessidades e demanda da população. Os funcionários tem que subir e descer escada durante todo o tempo, e pude observar também por exemplo que o banheiro do local é usado em comum pelo sexo masculino e feminino e isso não pode acon-

tecer principalmente na área da saúde”. Disse o vereador Valdir finalizou a explanação sobre sua indicação afirmando que a unidade conta com uma ótima equipe de trabalho e pede ao executivo que olhe com atenção para a indicação

e assim os funcionários da unidade e população poderão ter um local adequado para desenvolvimento dos trabalhos.

“Observei que a coordenadora é fantástica e tem uma equipe muito boa, mas o espaço não da condições de trabalho.

Precisamos tomar uma providência e peço ao executivo que avalie com carinho a situação e assim possamos oferecer mais condições de trabalho aos profissionais que atuam na unidade”. Finalizou Valdir das Festas Juninas.

Racismo em pauta

Após escândalos relacionados à práticas racistas ter tirado do ar o telejornalista Willian Wack, da emissora Rede Globo de Televisão, o tema foi alvo de pronunciamento na Câmara de Nova Serrana na reunião ordinária da ultima Terça-feira, dia 14 de novembro.

Expondo dois vídeos promocional da instituição

Caixa Econômica Federal o senhor Gilson Ferreira Rodrigues expos o racismo embutido nos valores brasileiros.

Os vídeos em destaque são referentes a uma campanha da instituição bancária federal que apresenta um dos seus mais famosos clientes Machado de Assis, que foi o fundador e primeiro presidente da

Academia Brasileira de Letras, contudo o escritor brasileiro que era negro, foi interpretado por um ator branco na propaganda. Após ser processada a Caixa refez o comercial tendo como abertura um ator negro que inicia a peça com os dizes “Em respeito a história da caixa e em respeito ao povo brasileiro apresentamos Machado de Assis”.

Gilson em seu pronunciamento abordou o fato de que as próprias ações governamentais são racistas, citou o fato de que não se atribui as autoridades nacionais as relações raciais e finalizou afirmando que “ Se o próprio governo federal toma atitudes racistas, o que devemos esperar daqueles que estão abaixo desse poder”.

Ponderou o primeiro tribuno.

O combinado e a volta dos que não foram!

N

esta semana foi muito discutido na Câmara dos Vereadores sobre o que se denominou de “combinado”.

Esse nome nada mais é do que a possibilidade de permissão de profissionais da saúde para desempenharem uma dupla jornada de trabalho, obviamente com duplo vencimento. Aparentemente, esses profissionais da saúde conseguem fazer mágica! Uma única pessoa desempenhando atividades laborais em dois locais distintos.

Os representantes do povo precisam ater atenção especial a esse fato. Coisa sobrenatural essa!

Um dos princípios primordiais do serviço público se liga à Moralidade. Essa Moralidade é justamente uma dupla via, o gestor público deve se atentar para investir o dinheiro do povo, revestido do título de tributos, em ações que irão beneficiar o financiador, mas por outro lado, aqueles que recebem esse recurso devem ter ciência de que é um recurso resultado de ao menos 40 horas trabalhadas em um ambiente, por vezes, gerador de stress, com barulho não agradável, com ordens a serem seguidas, com conflitos potenciais.

A sociologia do trabalho já classifica a atividade laboral como algo não muito gerador de positividades. O empregado que desempenha suas atividades diárias numa fábrica de calçados, principalmente, é quem financia o salário desse profissional que se dispõe a laborar sob um “combinado”. Como disse um nobre vereador na sessão da Câmara, esse “combinado” sai muito caro ao cidadão.

Não consigo compreender como um profissional consegue se ater a um combinado que prejudica o cidadão. Esse cidadão que está sujeito a tanto sofrimento para financiar essa estrutura e, por outro lado, ao menos ao que as notícias mostram, não tem a contrapartida na altura esperada.

O cidadão não pode continuar sendo tratado na base de combinados. Esse cidadão, que financia toda a estrutura, precisa é de uma formalização. Formalização da moral em prol de seu benefício. Somente a formalidade de uma jornada de trabalho em tempo integral e presencial pode mudar a história de uma cidade conhecida por sua saúde pública de baixa qualidade. A formalidade, a moralidade e a honradez com o trato do dinheiro público podem mudar isso!

Noutro lado, é extremamente positiva a notícia que me chega de que o edital de licitação para a reabertura do Restaurante do Trabalhador foi publicada. Voltamos novamente na perspectiva da dignidade para com aquele que financia a principal fonte de recursos da gestão pública local, o trabalhador. Qualquer nova fonte de benefícios a esse cidadão é bem-vinda. É preciso, contudo, aos gestores públicos, atenção especial para que esse cidadão\contribuinte seja, realmente, o usuário de tal estrutura. Comercializar uma refeição ao preço de quase R$5,00 talvez não seja tão atraente para aqueles que recebem pouco mais de um salário mínimo, que deveriam ser o público-foco principal dessas investidas. É preciso maior transparência nas ações sociais da gestão pública. O cidadão precisa estar ciente de qual custo tem uma ação desse tipo. Não basta apenas lançar um edital com um preço pré-estabelecido se não existem cálculos que subsidiem esse preço de venda pré-definido.

A gestão de custos não é uma máxima apenas no contexto das empresas, deve ser utilizado na gestão pública como forma de dar transparência para as informações\serviços ofertados àqueles que merecem todo o respeito, não apenas por terem escolhido os gestores, mas acima de tudo, por financiarem não só a estrutura que se diz estar em seu beneficio, mas, principalmente, o salário daqueles que decidem o que será ofertado e como será ofertado.

Gustavo Simão

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017 | ANO XII | Nº 1362

5 Erro grosseiro da Câmara e pedido de vista de Osmar Santos adia a votação das contas do ex-prefeito Paulo Cesar, rejeitadas pelo TCE/MG Após toda a expectativa gerada quanto à votação das contas do ex-prefeito Paulo Cesar de Freitas, referente a gestão de 2011, um pedido de vista e erros no processo por parte da Câmara Municipal causaram o adiamento da votação.

Em contato com a procuradoria da Casa foi informado que um pedido de vista por parte do vereador Osmar Santos (PROS), prorrogou a votação das contas que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e seguindo o prazo a votação deve entrar em pauta novamente no dia 28 de novembro.

Em debate na última reunião ordinária foi levantado pelo vereador Jadir Chanel (PMDB) a capacidade técnica dos atuais vereadores de irem contra o parecer do tribunal de contas, uma vez que praticamente todos os legisladores da casa não tem formação técnica compatível a uma análise dessa amplitude.

Em resposta o vereador Osmar Santos informou que já solicitou um parecer técnico de outro profissional quanto as contas do ex-prefeito e que aguarda essa posição para que o processo seja votado por ele.

Outro ponto que chamou a atenção foi o grave erro tomado por conta da Câmara quanto a votação das contas do ex-prefeito. Segundo requer o protocolo, Paulo deveria ter sido oficiado pela casa com devido prazo de antecedência para que pudesse realizar sua defesa e assim ter o processo votado de forma licita.

Segundo informações de bastidores essa medida não aconteceu em tempo hábil, o que causaria a inoperância da aprovação ou não das contas do ex-prefeito.

O processo em si é encarado com grande repercussão pelo meio político da cidade, uma vez que após perder as duas ultimas eleições a negativa das contas do ex-prefeito pela Câmara o tornaria inelegível, o que para muitos daria um fim a história política do ex-prefeito de Nova Serrana.

Em 2015 este assunto tomou as páginas do jornal O Popular que à época já alertava a população sobre a rejeição de contas do ex-prefeito Paulo César, confira a reprodução ao lado:

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017 | ANO XII | Nยบ 1362

6