O popular 1092

Nova Serrana-MG, sexta-feira, 30 de setembro de 2016 | Ano XI | Nº 1092 | R$2,50 - www.opopularns.com.br

VEREADOR vs TRABALHADOR Trabalhador de Nova Serrana leva até 20 anos para ganhar o que um vereador recebe em 4 anos

Eleitor pode perder o voto Votos dados a Paulo César podem não só serem anulados, mas também levarem a nova eleição

Mortes por gripe em Minas em 2016 já é maior que em ano de surto da doença

Proibida venda, distribuição e fornecimento de bebida alcoólica no dia das eleições

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1092

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Sobre o mar de “santinhos” e das cachaças às escondidas Existem leis, recomendações, campanhas de conscientização e diversos outros meios que tentam colocar nos trilhos determinadas insanidades do processo eleitoral. O pior de tudo é a hipocrisia reinante no caráter do povo brasileiro assim como seu desejo incontrolável em desrespeitar as leis.

Vá lá que o ditado “proibido é mais gostoso” não se aplica única e exclusivamente ao brasileiro, a bem da verdade, tal desejo se arrasta no DNA humano desde o fruto proibido roubado por Eva, a guisa de metáfora, que fique claro.

Pois bem, vamos a algumas análises do processo eleitoral: Inevitavelmente começaremos pelo mar de santinho no dia das eleições. A coisa se dá mais ou menos assim: candidatos gastam verdadeiras fortunas imprimindo peças publicitárias que durante o período eleitoral vão gradativamente escoando por baixo das portas das residências. No dia imediatamente anterior ao dia da eleição, já não há mais o que fazer com tais impressos e, na lógica conturbada dos políticos, inundar as ruas com eles é uma ótima forma de aplicar bem os recursos e de quebra, ganhar mais votos.

Não, não é. A prática deixa a cidade suja por vários dias após as eleições, pode te levar a tropeços e escorregões pelas ruas e ainda, e talvez o mais importante, tal material poderia estar sendo destinado para a reciclagem. Dá até vontade de não votar nos candidatos que sujam descaradamente as ruas com os restos de materiais de campanha. Mas se assim o for, infelizmente não sobra candidatos a se votar.

Recomendações e campanhas para que tal atraso mental desapareça até existem, mas não adianta, passa eleição, entra eleição, a história é a mesma.

Por qual motivo então já não metem logo uma multa no candidato que tiver seu santinho emporcalhando a cidade?

Mudando de Chico para Francisco. Para outro problema, que nem tão grande assim há de ser, existe lei. No domingo, não se pode vender bebida alcoólica durante o horário da votação. Hipocrisia pura. Em primeiro lugar todo cidadão sabe que aquele barzinho da esquina funciona a portas fechas e que se bebe de tudo quanto lá houver para ser vendido. Em segundo, a lei de pouco adianta, pois no dia anterior pode-se estocar o quanto quiser e no dia da eleição beber impassivelmente em casa. Ou seja, não importa se o leitor é adepto à cervejinha de leve do domingo ou ainda de beber até cair para começar a semana na ressaca, tal legislação não mudará o fato, triste verdade.

Talvez um dia as eleições neste país passem realmente a ser encaradas com uma coisa séria e que mudanças significativas comecem a se efetivar. Tanto no que diz respeito à candidatos, como a eleitores.

Corrupção eleitoral e compra de votos tornam os responsáveis inelegíveis por oito anos ***

A Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90) torna inelegíveis pelo prazo de oito anos, a contar da eleição, os condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma. A sanção consta da alínea “j” do inciso I do artigo 1º da lei.Já a alínea “k” torna inelegíveis o presidente da República, o governador de estado e do Distrito Federal, o prefeito, os membros do Congresso Nacional, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa e das câmaras municipais que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representa-

ção ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município.

Essa inelegibilidade vale para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos seguintes ao término da legislatura.

Por sua vez, a alínea “l” do artigo 1º da lei fixa a inelegibilidade desde a condenação ou o trânsito em julga-

do até oito anos após o cumprimento da pena para os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.

Essas alíneas, entre outras, foram introduzidas na Lei de Inelegibilidades pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010) e começaram a vigorar para as Eleições de 2012. A partir daí, diversas can-

didaturas foram inviabilizadas por estarem enquadradas em um (ou mais) dos ilícitos das alíneas “j” e “l”.

Caso concreto Ao julgar um dos primeiros recursos (Recurso Especial Eleitoral 28363) referentes às Eleições de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de candidatura de José Carlos Pereira a vereador em Bauru (SP) por se enquadrar justamente na alínea “j”. José Carlos está inelegível por ter sido condenado por arrecadação ilícita de recursos em campanha anterior.

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3 VEREADOR vs TRABALHADOR

Alíquota do Reintegra será Trabalhador de Nova Serrana leva até 20 anos para ganhar o que um vereador recebe em 4 anos de 2% em 2017 O Ministério do Desenvolvimento anunciou, em reunião com empresários e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles realizada na quarta-feira (28/09), que a alíquota do Reintegra – programa federal que restitui parte do valor embutido nos produtos exportados, será de 2% a partir de 2017. O mecanismo, criado em dezembro de 2011, é considerado fundamental para os exportadores manterem a competitividade no mercado internacional.

Atualmente a alíquota de devolução sobre o valor total exportado pela empresa está em 0,1%.

Embora a nova alíquota já estivesse prevista em decreto de outubro de 2015, que produzia alterações com aumento escalonado na alíquota até 2018, a confirmação oficial foi bem recebida pelos empresários. Para a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), que pleiteia uma alíquota de 5%, o novo valor é dos “males o menor”. “As exportações de calçados vêm caindo desde 2010, sendo que no ano passado rompemos a barreira histórica de US$ 1 bilhão, o pior resultado em mais de 25 anos. Como o mercado interno estava aquecido, a questão não refletia tão fortemente, mas agora com a demanda doméstica em queda brusca, é preciso voltar a fomentar mais os embarques como forma de equilíbrio da economia e manutenção de empregos”, avalia o dirigente.

Segundo Klein, o Reintegra não é um “presente”, é a devolução de tributos pagos antecipadamente pelas empresas exportadoras. O executivo ressalta que, segundo estudos da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), atualmente os resíduos tributários para os produtos exportados chega a 6,4% na indústria calçadista e a mais de 7% na média da indústria da transformação.

“Não podemos seguir exportando impostos”, lamenta Klein.

PLEITO Representando a Abicalçados na reunião com o ministro da Fazenda, Caetano Bianco Neto ressalta que o pleito levado para a reunião foi de 5% para o Reintegra. “O ministro da Fazenda ficou de analisar as propostas, mas deixou claras as dificuldades do caixa do Governo. De toda a forma, saímos satisfeitos com a garantia da alíquota de 2% para 2017”, avalia Bianco Neto, ressaltando que a reunião foi profícua e abriu as portas para um bom relacionamento do empresariado com a pasta.

Exportações de calçados 2010 US$ 1,48 bilhão 2011 US$ 1,3 bilhão 2012 US$ 1,09 bilhão 2013 US$ 1,09 bilhão 2014 US$ 1,06 bilhão 2015 US$ 960,4 milhões

Valter Junior

Um levantamento realizado por este Popular chegou a uma realidade, no mínimo revoltante: um trabalhador médio em Nova Serrana, irá trabalhar nada mais, nada menos do que 20 anos e 11 meses para ganhar o que um vereador da cidade ganha em apenas um mandato, ou seja, quatro anos.

Primeiramente levou-se em consideração a cifra de 1,6 salários, estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como média salarial dos trabalhadores de Nova Serrana. Os tais 1,6 salários foram definidos como média de 2014, o último dado disponível.

Pois bem, mantendo a média de 1,6 salários e aplicado sobre o atual salário mínimo de R$ 880,00, a média salarial na cidade hoje é de R$ 1.408,00. Tal média multiplicada por quatro anos dá R$ 67.584,00.

Em contra partida, os 13 vereadores hoje a frente da câmara municipal, muitos dos quais não possuem sequer o ensino médio completo, ganham nada mais, nada menos do que R$ 7.373,43 mensais. Tal salário multiplicado por quatro anos dá uma soma de R$ 353.924,64.

O próximo cálculo considera que tais valores fiquem paralisados, uma vez que tanto o trabalhador, quanto o vereador, recebem reajustes anuais, embora os índices de reajustes dos vereadores sejam mais altos do que o de trabalhadores normais.

Pois bem, para tal trabalhador seriam necessários 252 meses (20 anos e 11 meses) para conquistar os tais R$ 353.924,64.

Projeto quer reduzir salário de vereadores Há meses alguns cidadãos de Nova Serrana se juntaram e criaram a página “Apartidariuns” pelo Facebook e o primeiro e principal objetivo do grupo é reunir assinaturas e enviar um projeto de iniciativa popular ao legislativo local, onde o salário dos vereadores seja reduzido e igualado ao de professores da rede

municipal de ensino. Ao todo, a redução poderá extrapolar 75% do salário atual. Até o momento o grupo já recolheu aproximadamente duas mil assinaturas.

Para que o projeto entre na câmara é necessário mais 1.000 assinaturas.

O grupo tem como justificativa a baixa carga horária trabalhada e o atual momento

de crise do país. Além da redução no salário dos vereadores, o projeto também visa reduzir os salários de assessores parlamentares.Se aprovada, a lei poderá trazer uma economia aos cofres municipais de mais de R$ 3 milhões por mandato. Outra proposta do projeto de Lei é que este total economizado seja investido em Educação e

Saúde.A proposta é que cada vereador passe a ganhar R$ 1.534,00 por mês, o que em um ano custaria apenas R$ 239.304,00 com o salário dos 13 vereadores.

Quem estiver interessado em assinar o projeto pode entrar em contato com o grupo pela página “Apartidariuns” ou pelo telefone 37-99161-3647 e falar com Lucas Couto.

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1092

4 MPF vê indícios de irregularidades em campanha de 10.531 candidatos em Minas A doação de empresas está formalmente proibida nas eleições deste ano mas, fora do papel, muitos candidatos ainda parecem recorrer a essa alternativa. Só em Minas Gerais, o Ministério Público Federal (MPF)descobriu indícios das chamadas contas irregulares em 10.531 campanhas. E a principal falha detectada é a incompatibilidade entre o valor cedido e a renda do doador, o que indica a utilização indevida de CPFs para ocultar o “agrado” com origem em grupos empresariais. Em outras palavras, nesse pleito, surgiu com força a figura dos famosos “laranjas”.

Dentre as fraudes envolvendo falsos doadores estão, por exemplo, casos de beneficiários do Bolsa Família. Existem ainda suspeitas de empresas que utilizam o CPF dos funcionários para maquiar a liberação de recursos de pessoa jurídica, que foi proibida nesta eleição. Há casos até de falecidos doando para certos candidatos. Os números confirmam a teoria apresentada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que essas eleições poderiam se tornar um “laranjal” após a

O casamento do ano em Perdigão Casaram no último dia 16 um casal muito querido na cidade de Perdigão, o empresário Ivan Brandão e Carla Silva.

Felicidades ao casal.

proibição das doações por empresas.

As informações sobre as contas irregulares foram recolhidas pelo MPF por meio do Sistema Sisconta Eleitoral.

Usada pela primeira vez neste ano, a ferramenta faz o cruzamento de dados de doadores e candidatos fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Minas, o número de campanhas que passarão por uma análise da Justiça equivale a 13,46% dos 78.231 candidatos a prefeito e vereador.

O percentual, que já é alto, representa apenas a ponta do iceberg, segundo o promotor de Justiça Edson Resende, da Coordenadoria de Apoio Eleitoral do Ministério Público de Minas Gerais.”Temos várias fontes de denúncias e o Sisconta é apenas uma delas. Esse sistema alerta sobre movimentação financeira e permite que seja feito o cruzamento de dados”, afirma. Mas existe ainda um universo bem mais amplo de irregularidades como propagandas irregulares, compra de votos e uso indevido da máquina administrativa para fazer campanha, dentre outros. As denúncias apresentadas ao Mi-

Eleitor pode perder o voto Votos dados a Paulo César podem não só serem anulados, mas também levarem a nova eleição

nistério Público serão apuradas até o fim das eleições. Se os indícios forem consistentes, podem levar à cassação de mandatos.

Os candidatos das Eleições Municipais 2016 que concorrerem neste domingo (2) com o reDENÚNCIAS - Ontem, o presi- gistro indeferido e que tenham ingressado com dente da Ordem dos Advoga- recurso não terão seus votos computados, saldos do Brasil seção Minas Ge- vo se houver decisão final pelo deferimento de rais (OAB-MG), Antônio Fabrí- seus registros. Isso significa que, mesmo que cio Gonçalves, entregou ao tenham recebido votação suficiente para seMinistério Público de Minas rem eleitos, somente terão seus votos Gerais mais denúncias quan- contabilizados e poderão ser diplomados se tito a fraudes nas eleições no verem seus registros aprovados pela Justiça Estado. Por meio do aplicativo Eleitoral. Esta é exatamente a situação pela qual para celular “OAB Caixa 2”, a passa o candidato Paulo César de Freitas em instituição teve acesso a 247 Nova Serrana. indícios de corrupção em Conforme jurisprudência consolidada do Tribucampanhas, apurados desde nal Superior Eleitoral (TSE), não se computam julho. Desses, 86 foram julga- para a legenda os votos dados aos candidatos dos consistentes e apresenta- com os registros indeferidos à data da eleição, dos à promotoria. Em 2012, a ainda que a decisão no processo de registro só OAB teve reconhecimento de transite em julgado após o pleito. Apesar de apenas 16 casos. não serem contabilizados, os votos dos candi“Esse aumento de denúncias datos nessa situação ficarão armazenados seé fruto tanto do lançamento paradamente e poderão ser consultados por da nossa plataforma quanto eleitores e demais interessados. de uma alta nas fraudes mes- Se após o pleito o juízo eleitoral proferir decimo por causa das mudanças são pelo deferimento dos registros desses cannas regras eleitorais”, afirma. didatos, os votos recebidos por eles passarão Ao todo, a instituição recebeu a ser computados. Dessa forma, na hipótese denúncias relacionadas a can- de o concorrente ter obtido votação suficiente didatos de 73 municípios no para ser eleito, ele deverá ser diplomado pela estado. Entram na lista, por Justiça Eleitoral. A diplomação dos candidatos exemplo, oferecimento de eleitos deverá ocorrer até o dia 19 de dezemvantagens indevidas para elei- bro. tores. A OAB vai continuar re- Caso a decisão seja pelo indeferimento do recebendo as denúncias até o gistro, os votos recebidos serão anulados pela Justiça Eleitoral, em conformidade com o pafim das eleições. rágrafo 3º do artigo 175 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). O dispositivo estabelece que: “Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a candidatos inelegíveis ou não registrados”.

Votos nulos X votos anulados Os votos anulados pela Justiça Eleitoral em consequência de decisão final pelo indeferimento de registro de candidatura podem acarretar novas eleições na seguinte situação: se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais. Nestes casos, deverão ser julgadas prejudicadas as demais votações e o respectivo tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias.

A regra está prevista no artigo 224 do Código Eleitoral, que sofreu algumas mudanças com a Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165). Uma das alterações está prevista no parágrafo 3º do dispositivo, segundo o qual deverão ser realizadas novas eleições sempre que houver, independentemente do número de votos anulados e após o trânsito em julgado, “decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário”.

No caso de serem realizadas novas eleições, elas deverão ser: indiretas [escolha do representante pelo respectivo Poder Legislativo], se a vaga do cargo surgir a menos de seis meses do final do mandato; ou diretas, nos demais casos.

Já os votos nulos são consequência da digitação, pelo eleitor, de um número que não corresponda a nenhum dos candidatos registrados naquela eleição. Em resumo, são votos considerados não válidos, assim como os votos em branco, e, por isso, não são computados para nenhum candidato. Cabe ressaltar que apenas os votos válidos são contabilizados.

Data limite:

Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural deve ser pago hoje Termina hoje (30) o prazo para a entrega da declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). A previsão da Receita Federal é de que sejam entregues 5,4 milhões de declarações, e a multa por atraso é de 1% ao mêscalendário ou fração sobre o imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00. Um manual sobre o Imposto Territorial Rural de 2006 está disponível no site da Receita Federal.

Entre os que são obrigados a apresentar a declaração do imposto territorial estão pes-

soas físicas ou jurídicas proprietárias, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária; um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum; e um dos copossuidores, quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural.

De acordo com a Receita, o vencimento da 1ª cota ou cota única do imposto é hoje, 30 de setembro de 2016, e não há

acréscimos se o pagamento ocorrer até essa data. Sobre as demais cotas há incidência da taxa básica de juros (Selic), calculada a partir de outubro até a data do pagamento.

O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro cotas, mensais, iguais e sucessivas, desde que cada uma não seja inferior a R$ 50,00. O imposto de valor até R$ 100,00 deve ser recolhido em cota única. O valor mínimo de imposto a ser pago é de R$ 10,00, independentemente de o valor calculado ser menor, informa o Fisco

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1092

5 Proibida venda, distribuição e fornecimento Celular e máquina de bebida alcoólica no dia das eleições fotográfica são A determinação vale das 6h às 18h do domingo 2/10; quem descumprir pode ser penalizado e até preso

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Publicada no jornal Imprensa Oficial de Minas Gerais, na terça-feira (27), a Resolução Conjunta das instituições que compõem a Câmara de Coordenação de Políticas de Segurança Pública do Estado, que trata da proibição da venda, a distribuição e o fornecimento de bebidas alcoólicas nos dias de votação das eleições municipais de 2016, a ser realizada no próximo domingo (2).

Segundo as determinações da publicação está vedado o comércio, a distribuição ou oferta de álcool em ambientes públicos.

Confira abaixo os artigos da resolução, na íntegra: Art. 1º - Proibida, no horário compreendido entre seis horas e 18 horas do dia 2 de outubro de 2016 a venda, distri-

buição e o fornecimento de bebidas alcoólicas nos bares, boates, hotéis, restaurantes, lanchonetes, clubes recreativos, salões de festas, quiosques, demais estabelecimentos comerciais e similares, em todo o Estado de Minas Gerais.

Parágrafo único: A proibição

contida no caput deste artigo aplicar-se-á no dia 30 de outubro de 2016, havendo segundo turno nas eleições.

Art. 2º - Os integrantes da Câmara de Coordenação das Políticas de Segurança Pública deverão deliberar as ações de fiscalização e vigilância para

cumprimento das determinações contidas nesta Resolução.

Art. 3º - As pessoas que forem identificadas descumprindo as disposições desta Resolução sujeitam-se às sanções civis, administrativas e penais A cabine de votação é o local reservado da seção eleitoral em constantes na legislação vi- que o eleitor pode expressar, com total sigilo e inviolabilidade, gente. seu voto na urna eletrônica. Assim, quando se dirigir à cabina de votação, o eleitor deve tomar cuidado para respeitar as proibições contidas na legislação eleitoral para que tudo corra dentro da normalidade no instante do voto.

Com o objetivo de assegurar o sigilo da votação, não é permitido ao eleitor, na cabina, o uso de celular (inclusive para tirar “selfie” do momento do voto). Também são proibidos máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer esse sigilo. Cabe à mesa receptora reter esses objede obter o seu voto, afirma tos enquanto o eleitor estiver votando.

Leandro Wili.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga O site do TSE também ressalta que “quando o eleitor se dirige ao local de votação, é disponibiliza diversas infor- necessário ter em mente que está ali para o exercício de um mações alertando quanto direito de alta relevância na sua condição de cidadão”. ao direito e a responsabili- Sobre o sigilo do voto, o ministro salienta que “tão importandade de escolher bem os te é esse direito que o cidadão deve exercê-lo com absoluta candidatos e dicas de como liberdade, ou seja, é dever da Justiça Eleitoral zelar para que o votar corretamente. As pe- eleitor vote sem qualquer assédio, intervenção ou constranças também chamam a gimento”, afirma o ministro. atenção para a lei da ficha “Admar Gonzaga alerta que atentar contra a liberdade do voto limpa, e para a necessida- é crime.”Portanto, caso o eleitor se apresente ao local de vode de justificar o voto a tação portando algum tipo de equipamento (máquina fotoquem não estiver presente gráfica, filmadora, celular, tablet etc.) capaz de registrar o próem sua zona eleitoral no prio voto, deverá ser advertido a não utilizá-lo pelos mesários próximo domingo, 2 de ou- a serviço da Justiça Eleitoral”, observa.

“No caso de desobediência ou que a utilização desse tipo de tubro. equipamento seja apenas percebida após o exercício do voto, o fato deverá ser registrado em ata, pelo presidente da Mesa Receptora, para fins de apuração da hipótese de crime ou outra espécie de ilícito, dentre os quais a corrupção eleitoral, que, além de igualmente constituir crime, pode determinar a cassação do mandato do eleito, caso se apure a participação direta ou indireta do eleito no ilícito”, destaca o ministro.

TSE recomenda cola eleitoral para reduzir atraso em votação banco de imagens google

Nas eleições municipais o número de eleitores que erram na hora do voto é bem menor que nas eleições presidenciais. O fato se deve a quantidade de números que eles têm que decorar.

Esse ano serão apenas dois números para prefeito e cinco para vereador, bem diferente dos 16 dígitos usados para escolher os

candidatos a nível nacional.

Apesar disso, o TSE disponibiliza em seu site uma colinha para ajudar os eleitores a não se esquecerem dos números.

Para ter acesso à colinha do TSE (Tri bunal Superior Eleitoral) é só o eleitor buscar por “cola eleitoral 2016”, no campo de busca do site, que fica do lado superior direito da tela e depois imprimir.

Aí é só preencher os espaços com os números dos candidatos e levar para a cabi-

ne de votação. A colinha também pode ser solicitada no Cartório Eleitoral.

Alguns candidatos também distribuem as colinhas já preenchidas com o seu número.

Segundo o promotor eleitoral Leandro Wili não há nenhuma irregularidade nisso.

Isso já é feito nos chamados santinhos, acrescenta. O que é vedado de acordo com a lei eleitoral é o constrangimento, o induzimento, a instigação de eleitores com o objetivo

proibidos na cabine de votação

NOVA SERRANA-MG | SEXTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1092

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7 Mortes por gripe em Minas em 2016 já é maior que em ano de surto da doença

Minas registrou neste ano o maior número de casos de morte pela Síndrome Respiratória Aguda, causado pelo vírus Influenza. Foram 227 óbitos em 2016, entre os meses de janeiro a agosto. Em 2009, ano de maior surto da doença, o vírus Influenza causou a morte de 214 pessoas.

Em 2016 foram confirmados 647 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, causados pelo vírus Influenza. Destes casos, 227 evoluíram para óbito, sendo que 153 foram por influenza A (H1N1) pdm09, 67

por Influenza A não subtipado, 4 por influenza B e 3 óbitos não classificados (nestes óbitos não foi possível realizar o exame laboratorial, mas houve vínculo epidemiológico com pessoas que tiveram Influenza).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em 2016, o vírus influenza começou a circular antecipadamente, situação denominada por sazonalidade atípica, porém não se pode inferir que tal fator foi determinante para o aumento no número de óbitos.

“Acredita-se que a circulação mais precoce do vírus possa de fato, estar relacionada à forte temporada de influenza, ocorrida no hemisfério Norte, neste último inverno. Porém, uma explicação mais factível, ainda não foi determinada, haja vista que o comportamento ocorrido nesse período, poderá ser melhor descrito no próximo ano”, informou a SES. No entanto, ressalta o órgão, sabese que há muito tempo o vírus influenza sempre surpreende, dada sua capacidade de variabilidade genética.

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Em sua grande maioria, os casos de gripe são leves e se resolvem espontaneamente sem sequelas ou complicações. Entretanto, nos grupos mais vul-

neráveis, o caso pode se complicar e gerar outras doenças graves. Em 2016, foram notificados 4.449 casos de SRAG. Desse total, foram 403 casos por

influenza A (H1N1), 214 por Influenza A não subtipado, 26 por Influenza B e 4 por Influenza que em não foi possível classificar o subtipo do vírus.

bre alta, dor de cabeça e prostração. A transmissão da gripe ocorre, geralmente, por secreção e pela inalação de partículas de saliva infectada em suspensão no ar. Por isso, para se

prevenir contra a gripe, é muito importante mudar alguns hábitos como, por exemplo, lavar a mão com mais frequência e levar o antebraço à boca ao espirrar ou tossir.

Prevenção A gripe é uma doença infecciosa causada pelo vírus Influenza e acomete as vias respiratórias. Entre os sintomas, é comum o aparecimento de espirro, coriza, tosse, fe-

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