O popular 1102

Nova Serrana-MG, Sab, Dom e seg., 15 a 17 de outubro de 2016 | Ano XI | Nº 1102 | R$2,50 - www.opopularns.com.br

Operação “Captare Rattus”

PROGRAMAÇÃO NA PÁGINA 4

Polícia desmantela quadrilha que furtava residências durante ausências dos donos; foi recuperados mais de 200 objetos roubados

A Operação contou com quatro equipes da Polícia Civil, bem como duas equipes da Polícia Militar

Estupro de vulneráveis representa 80% dos casos em Minas Gerais

PENTE-FINO Previdência em Minas começa convocação de beneficiários para novas perícias

Em Nova Serrana, casos diminuem, mas grande parte ainda envolve vulneráveis

Indústria calçadista terá atenção especial da secretaria de Meio Ambiente

NOVA SERRANA-MG | SAB. DOM. E SEG., 15, 16 E 17 DE OUTUBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1102

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Violência?

Nada mais natural!

Antes de mais nada e antes que comece a chorumela, há que se esclarecer para os leitores com menor poder de senso crítico (sim, eles existem) que o título acima é uma fina ironia, gosto e hábito indispensável por estes editoriais. Em segundo a que se colocar que a violência nunca foi e nunca será algo natural. Infelizmente, no tempo presente ela se tornou banal, mas natural, jamais.

Pois bem, mesmo que o leitor não seja vítima direta da mesma, pouco há o que se fazer para conseguir fugir desse sub-produto de nosso tempo. A violência está em todos os lugares: na TV, nos jornais (réu confesso), na internet, nas esquinas, nas brigas de casais vizinhos e diversos outros.

A coerção psicológica que a mesma traz a população hoje é responsável por diversas síndromes e distúrbios mentais. Hoje quem não tiver medo de passear pelas ruas tarde da noite é porque tem peito de aço.

Querendo ou não, os nascidos ainda na década de 1980 e que sempre viveram pelos rincões do interior, tiveram que se adaptar a nova realidade, fruto principal do tráfico de drogas e da desigualdade social, mas e para quem está nascendo agora? Ou, simplesmente quem nasceu há apenas uma década? A violência é para eles algo banal ou natural?

São milhares de crianças que ouvem diariamente os pais comentarem a última efeméride regada a sangue. É a televisão com Datena, Marcelo Rezende e sabe-se lá mais quantos telejornais de baixa qualidade e voltados para o sensacionalismo de uma foto horripilante. É a internet que dissemina vídeos com cenas violentas sem qualquer critério eficiente. Além de toda essa “violência inconsciente e indireta” ainda resta o grupo de crianças que ainda a sentem na pele: filhos de traficantes e assaltantes mortos, filhos de usuárias de droga que acabam mortas pelas esquinas ou simplesmente filhos de desequilibrados que ainda insistem em criar filhos na base da vara de marmelo.

Cabe ainda a este editorial compartilhar experiências vividas pela equipe do O Popular em cenas de crimes: inúmeras vezes presenciada a cena de pais que, movidos pela curiosidade e pela falta do que fazer, acabam levando os filhos para locais ondem jazem corpos executados e por vezes friamente trucidados.

E para que o leitor não seja obrigado a se fiar única e exclusivamente na opinião expressa deste jornal, vão aí algumas informações complementares: Uma pesquisa feita pela ONG Visão Mundial e pelo Instituto Igarapé mostrou que os filhos da última década já nascem com direitos violados e convive com uma educação à base da força física. A violência de tão presente, entretanto, tende a se naturalizar, e só 1% das crianças entrevistadas se dizem inseguras. No país, 69% têm alta percepção de segurança.

Então, será nossa culpa, não a banalização da violência, mas a sua naturalização para as futuras gerações?

Estaremos todos nós, leitores e jornais, criando uma geração mais violenta, intolerante e desumana?

Indústria calçadista terá atenção especial da secretaria de Meio Ambiente Empresários de Minas Gerais, em especial do Polo Calçadista de Nova Serrana estão sofrendo coação, por parte de órgãos de fiscalização ambientais, em relação ao cumprimento de normas vigentes no Estado.

Recentemente várias empresas foram autuadas, por motivos de interpretação exagerada da legislação e, inclusive, ineficiência do Estado nos processos de Licenciamento Ambiental.

Tais fatos levaram o deputado estadual Fábio Avelar (PT do B) a interceder, junto ao secretário de Estado de Meio Ambiente, Jairo José Isaac, no sentido de encontrar uma solução para o impasse entre o Estado e a indústria de transformação. O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Pedro Gomes da Silva, participou da audiência e expos a situação inacreditável vivida por dezenas de empresários do polo.

Segundo o dirigente sindical, várias empresas já foram autuadas e até multadas, simplesmente devido a critérios de avaliação por parte do Estado.

A interpretação da norma utilizada pela fiscalização, a cargo da Polícia de Meio Ambiente, leva em consideração o número de funcionários das empresas. Muitas vezes a indústria calçadista possui grande movimentação de mão de obra, devido à sazonalidade da produção. Ou seja, de acordo com Pedro Gomes, a legislação prevê autuação e multa caso as empresas, enquanto fiscalizadas, tenham uma quantida-

Pedro Gomes (E) presidente do sindinova, deputado estadual Fábio Avelar (C) em reunião com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jairo José Isaac (D) de superior de funcionários quando do requerimento do processo de Licenciamento.

Por outro lado, centenas de empresas do polo de Nova Serrana aguardam o andamento de processos de Licenciamento Ambiental, junto a Superintendência Regional de Meio Ambiente – Supram Alto São Francisco. O órgão de Meio Ambiente da região não possui capacidade de atender, em termos de estrutura e pessoal, a análise dos milhares de pedidos, que chegam ao órgão diariamente. Diante disso, a fiscalização ambiental também tem autuado empresas causando prejuízos com defesa, entre outros transtornos.

O deputado estadual Fábio

Avelar se diz esperançoso, com uma solução rápida para o impasse: “Como empresário e deputado estadual, assim que tive conhecimento da situação, tanto por relato de companheiros da indústria, como através da diretoria do Sindinova, mobilizamos nossos contatos junto ao governo para encontrar uma solução. O secretário de Meio Ambiente está preocupado e nos relatou que existem outros conflitos, com outras atividades industriais e produtivas em várias regiões do Estado. Ainda na nossa audiência, ele deu ordem aos técnicos da secretaria de Meio Ambiente para encontrarem uma solução legal, para este conflito de interpretação da Lei. Também vamos ter

apoio da Fiemg – Federação das Indústrias,mobilizando seus técnicos para discutir a situação no COPAM – Conselho normativo da Secretaria de Meio Ambiente. De lá deveremos ter a solução para esta situação”.

Fábio Avelar ainda convidou o secretário, Jairo Isaac, para visitar a região Centro-Oeste, principalmente as instalações da Supram Alto São Francisco com sede em Divinópolis.Ainda este mês deverá acontecer a visita, onde serão anunciadas as medidas acertadas entre o parlamentar e o secretário, que melhorarão os trabalhos do órgão na região, principalmente relacionada à agilização do atendimento ao público.

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Correios recebem sugestões para estampa de selos Os Correios recebem até 30 de novembro sugestões de temas para selos das emissões de 2018 e 2019. Cidadãos, órgãos públicos e entidades podem enviar ideias. Os temas indicados podem retratar o universo das artes, arquitetura, cultura popular, datas comemorativas, esportes, fauna, flora, personalidades, meio ambiente, turismo e outros.

A campanha “Sua ideia pode virar selo” começou em 2000 e, desde então, tem recebido em média 1,3 mil propostas por ano. As sugestões são avaliadas pela Comissão Filatélica Nacional, indicada pelos Correios. Serão escolhidos até 15 temas para os selos.

Entre os assuntos de interesse estão: acontecimentos históricos; ações governamentais; personalidades; chefes de Estado; atletas olímpicos; ganhadores de Prêmio Nobel; preservação do meio ambiente; aspectos do turismo nacional; valores da cidadania e direitos humanos.

A seleção vai avaliar originalidade das propostas, exploração de inovações estéticas e filatélicas; utilização de inovações técnicas, como recurso tecnológico avançado de impressão de selo; aceitação do mercado; e ineditismo nos contextos nacional e internacional.

Para enviar sua sugestão pela internet, é preciso preencher um cadastro no site dos Correios. As propostas também podem ser enviadas por carta no seguinte endereço:Departamento de Relações Institucionais e Comunicação, Gerência de Filatelia, Setor Comercial Sul, Qd. 04, Bloco A, nº 256, 70304-915 , Brasília – DF

3 Operação “Captare Rattus” Polícia desmantela quadrilha que furtava residências durante ausências dos donos; foi recuperados mais de 200 objetos roubados

A Operação contou com quatro equipes da Polícia Civil, bem como duas equipes da Polícia Militar

Divulgação PC-Nova Serrana

Nesta semana a 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Nova Serrana, com apoio de militares do 60º Batalhão da Polícia Militar de Nova Serrana, deflagraram a Operação “Captare Rattus” objetivando desmembrar uma quadrilha de indivíduos que praticavam furtos na área urbana e rural de Nova Serrana, havendo atuado também nas cidades de Araújos e Perdigão.

O trabalho somente foi possível graças aos 14 novos investigadores que recentemente passaram a compor o quadro da Polícia Civil de Nova Serra-

na.

O nome da operação, que grosso modo significa capturando ratos, decorre do fato de que os autores, aproveitandose da ausência de moradores nas residências, compareciam ao local em veículos e subtraíam grande quantidade de pertences das vítimas, ocasionando grande prejuízo às mesmas, ação semelhante ao comportamento dos conhecidos roedores.

Quem dá detalhes da operação é o delegado regional de Nova Serrana João Henrique Furtado de Oliveira: “As investigações duraram cerca de dois meses, sendo identificados os principais envolvidos tratando-se dos indivíduos Darlon de Souza, de 24 anos, Edinilsom Coimbra da Silva,

de 30 anos e Gilson Machado de Carvalho de 26 anos. Os policiais civis identificaram os veículos utilizados pelos criminosos nos roubos, bem como residências onde os mesmos descarregavam o produto dos furtos, quase sempre mediante arrombamento das residências e atuando no período noturno. Foi um trabalho magnífico e que requereu grande esforço. Não conseguiríamos sem os novos investigadores.”

A Operação contou com quatro equipes da polícia civil, bem como duas equipes da polícia militar, sendo cumpridos três mandados de prisão dos principais envolvidos, a apreensão de uma arma de fogo escopeta calibre .16 e mais de 200 itens dentre eles

eletrodomésticos, móveis, eletroeletrônicos,brinquedos e até mesmo roupas e gêneros alimentícios, os quais foram prontamente reconhecidos pelas vítimas que compareceram em massa aos locais das apreensões e à Delegacia Regional de Nova Serrana.

A Operação durou o dia todo e ao final da ação, ainda foram cumpridos mais três mandados de busca e apreensão em residências de envolvidos com a quadrilha, bem como realizadas ações de cumprimento de mandados de prisão, com apoio do 60º Batalhão, totalizando quatro presos, os quais foram recolhidos ao Presídio de Nova Serrana, onde permanecerão à disposição da Justiça Pública da Comarca.

Reconhecimento de bens furtados acontecerá na segunda (17) O saldo de produtos recuperados foi tamanho que a Polícia Civil terá que organizar um dia específico para que as vítimas da quadrilha possam realizar o reconhecimento dos bens furtados e reavêlos de volta. O mesmo acontecerá na próxima segunda-feira (17) na 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Nova Serrana, que fica na rua Messias Augusto da Silva, 363, Vila André de Freitas. O telefone é: (37) 3226-2068

Colchões, purificadores de água, aparelhos de som, Televisores, máqui de lavar roupas, geladeiras, armários, freezeres, mesas e cadeiras, máquina de lavar passeios, fogões foram alguns dos produtos recuperados

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5 Estupro de vulneráveis representa 80% dos casos em Minas Gerais

Jovens com até 14 anos também são maioria das vítimas nos casos gerais de violência sexual Mais de 80% das crianças e dos adolescentes vítimas de estupro em Minas Gerais têm até 14 anos de idade.

Os casos contra vulneráveis somaram 4.496 entre janei-

ro de 2015 e setembro deste ano, número 313% maior do que os crimes registrados contra vítimas de 15 a 18 anos, que totalizaram 1.088 no perío-

do.

Os dados foram debatidos ontem em plenária realizada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cida-

dania (Sedpac), que considera o fato de grande parte dos casos acontecer dentro de casa um dos principais desafios do combate à violência sexual.

Em Nova Serrana, casos diminuem, mas grande parte ainda envolve vulneráveis

Segundo o Centro Integrado que, só a partir do momende Informações de Defesa to em que a violência é notiSocial, crianças e adolescen- ficada e sai da esfera privates com idades até 14 anos da para a pública, é que a também são maioria das ví- gente pode atuar em cima timas nos casos gerais de vi- dela”, declarou. olência sexual (que incluem, por exemplo, assédio sexual NOVA SERRANA - Em Nova e ato obsceno, além de es- Serrana mais de 50% dos catupro). sos de estupros envolvem Nos 21 meses, dos 7.230 me- crianças e adolescente abainores que sofreram esse tipo xo de 14 anos, que são conde violência, 5.834 eram vul- siderados vulneráveis. Neste neráveis. Os números reais, ano, até o último levantano entanto, devem ser mui- mento da Secretaria de Estato maiores, devido à sub no- do de Defesa Social (Seds), tificação, segundo nota da que vai até o mês de agosto, coordenadora esforam registrados pecial de políticas Em Nova Serrana na cidade 11 casos pró criança e ado- mais de 50% dos de estupro. Deslescente do Esta- casos de estupros tes, cinco foram do, Célia Nahas. envolvem crianças cometidos contra “Há pesquisas vulneráveis. O ano e adolescente que indicam que, de 2016 represenpara cada dado abaixo de 14 ta uma pequena notificado, exis- anos, que são queda no número tem sete ocorrên- considerados de casos. Em 2015 cias que não to- vulneráveis foram registrados mamos conheci23 casos, sendo mento. A denúncia, o regis- que 15 foram cometidos contro do boletim de ocorrência tra menores de 14 anos e em ou o uso de canais de denún- 2014 foram 24 casos, sendo cia para informar a violação que 18 deles foram contra são muito importantes, por- vulneráveis.

Vira-Lata é o cachorro mais populares do Brasil ráter de filho do bichinho, visto como um membro da famíarquivos pessoais lia. Há também claras referências a personagens de filmes e de programas de TV infantis, como no caso de Thor e O que era um achismo de Luna”, observou. grande parte da população brasileira se torna algo com- NOVA SERRANA - Durante a provado por pesquisa do produção da matéria, a repor‘DogHero’. O Vira-lata é o ca- tagem deste Popular entrou chorro mais popular do Bra- em contato via Facebook com sil. A constatação vem de um seus leitores e, imediatamenlevantamento inédito realiza- te, recebeu dezenas de fotos do no país em uma platafor- e histórias de amor com os cama digital que oferece hospe- chorros mais populares do dagem domiciliar para cachor- Brasil. Para Laila Caroline, 17, ros e divulgado na última se- tutora de três vira-latas (Buiu, mana. O vira-lata é seguido do Jane e Jordão), a raça definiShihTzu, Yorkshire e Poodle. da, definitivamente, não imA pesquisa levou em conta a porta. O amor os torna membase de dados dos clientes da bros da sua família. empresa. Ao todo, 108 mil re- Segundo ela, os três são gistros de cães foram analisa- adotados e a história sempre dos levando em conta nome, se repete, quando ela via os idade, raça e sexo do animal. cachorros, era amor à primeiO “censo animal” também ra vista: -”Quando o vi, senti apontou os nomes mais utili- que a gente se pertencia. Enzados pelos donos para seus tão fiz de tudo para adotá-lo. bichinhos. São eles: Mel, Hoje ele é como um filho”, coNina, Lola, Belinha e Luna mentou a jovem, que conta para fêmeas e Thor, Bob, Fred, que um dele, o Buiu, é parciBilly e Marley para machos. A almente cego e é o seu xodó. lista, com 25 nomes para fê- Já para o Marcos Paulo, o meas e 25 nomes para ma- Marcão, o caso de amor dele chos estão disponíveis para o é com o Thor – Também um dos nomes mais usados pelos leitor no site da pesquisa.

Segundo Eduardo Bear, co- tutores no Brasil. Que viu o fundador da empresa respon- cachorro de raça de um amisável pela pesquisa, o que é go escapar do quintal da sua visto por eles são que os tu- casa e cruzar com um cachortores escolhem cada vez mais ro na rua. Ele não pensou nomes e apelidos usados por duas vezes e pediu ao seu humanos: -”Isso ressalta o ca- amigo que lhe presenteasse

Laila Caroline e Buiu com um daqueles filhotes.

Três anos se passaram e hoje o Thor é a sua companhia inseparável: “Extremamente carinhoso e ciumento com os da casa, além de se dar muito bem com a gata da nossa casa que adotamos também. Hoje eles

Marcão e Thor são considerados filhos”, comentou Marcos.

Na classificação de raças, o campeão de registros na base é o de raça não definida, com 25%, popularmente conhecido como viralata. Em seguida vêm raças de pequeno porte, que se

adaptam bem a apartamento, como Shi hTzu (11%), Yorkshire (8%), Poodle (6%) e LhasaApso (5%).

A pesquisa revelou ainda que há na base uma predominância de cães jovens, de 1 a 3 anos (41%), mas com destaque para cachorros

adultos, de 4 a 8 anos (27%).

Filhotes com até 11 meses representam 19% do total, enquanto os com mais de oito anos são 13%. Na divisão entre os sexos, o resultado é bastante próximo: 51% para fêmeas e 49% machos.

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6 Deputado afirma que “quem não tem dinheiro não deve estudar” O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) tentou justificar o seu voto favorável à PEC 241, afirmando que “”, porque o governo não deve gastar dinheiro com o ensino superior. E disse mais. Segundo ele, “o governo vai deixar todo mundo no fundamental” e que “universidade tem que cortar mesmo”.

Num vídeo que circula nas redes sociais, divulgado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o parlamentar disse em conversa com alguns representantes do Grêmio Estudantil Cecília Meirelles (GECM), do Instituto Federal de Goiás, que “as condições que o PT deixou o país, se não tiver uma PEC para refrear os investimentos só no período inflacionário, daqui a dez anos fatalmente o país quebra”.

Questionado se o governo não

deveria cortar de quem tem, Marquezelli disse: “Tem que cortar universidade, tem que cortar”.

E completa: “Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar”, argumenta Marquezelli. “Quem não tem (dinheiro), não faz”.

Novamente questionado sobre pessoas que não têm acesso à saúde, podendo só contar com o sistema público, o parlamentar é enfático: “Como que não tem? Se cuida! Eu vi um cara reclamando aí com um cigarro na mão, reclamando que não é atendido. O cara fuma três maços de cigarro por dia...”.

Marquezelli no Merendão Nelson Marquezelli foi alvo da Operação Alba Branca que apontou a distribuidora de bebidas do

deputado como um dos endereços de suposta entrega de propinas da quadrilha da merenda escolar que agia em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). O deputado nega as acusações.

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PENTE-FINO Previdência em Minas começa convocação de beneficiários para novas perícias Evaldo Silva - O Popular

O INSS começou a convocar mais de 228 mil pessoas em Minas para fazer nova perícia médica. Desses, 191.819 recebem aposentadoria por invalidez e 36.846 ganham auxílio-doença. Os primeiros a serem chamados foram segurados com até 39 anos. Na segunda fase, o pente-fino inclui beneficiários de 40 a 45 anos.

Mas todos com até 59 anos serão convocados. Também estão no alvo benefícios concedidos por decisão judicial.

Segundo a assessoria de imprensa do INSS, até o momento foram encaminhadas 5.494 correspondências e outras 3.855 serão enviadas até o fim do mês no Estado. Mais de 1.730 segurados já agendaram atendimento.

Advogado especialista em Direito Previdenciário e colaborador deste Popular, Marcus Mangini conta que já atendeu vários clientes na faixa etária de 50 anos preocupados porque receberam o telegrama com a convocação, mas não estão com os laudos médicos em dia. São considerados atuais os exames feitos há, no máximo, seis meses. Como o prazo para o agendamento é apertado, de apenas cinco dias após o recebimento da carta, Mangini diz que tem recomendado aos segurados que tomem medidas preventivas: “Como a pessoa pode ser chamada a qualquer hora, a orientação é marcar uma consulta e pedir ao médico laudo com a CID (número que identifica a doença) e exames que comprovem a incapacidade para o trabalho. É uma forma de ter em mãos os documentos que serão exigidos na perí-

cia”.

Segundo o advogado, os mais pobres serão os mais prejudicados. “Se na rede privada já é difícil marcar médico, para quem depende do SUS é impossível”, diz Mangini.

RECURSO - Nos casos em que o perito negar a continuidade do benefício, seja por falta de laudo ou outro motivo, o segurado pode entrar com recurso no INSS e passar por uma nova perícia. Pelas regras, o beneficiário recebe em casa a carta com a convocação e tem cinco dias úteis para marcar a perícia e levar os exames. O agendamento é feito por telefone (135). Quem não agendar a avaliação pode perder o benefício.

ROMBO PREVIDENCIÁRIO Prestes a ser apresentado oficialmente, o projeto de reforma da previdência é uma das maiores apostas do governo para conseguir equacionar as contas públicas; e não é difícil entender o motivo. O déficit previdenciário acumulado em 2016 já é de R$89,1 bilhões, um valor quase 80% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Com o país imerso em um ambiente de recessão econômica

a conta vai se tornando cada vez mais negativa, uma vez que a curva de gastos com os aposentados e pensionistas é inversa à da arrecadação, que apresenta desempenho ruim.

A estabilização fica mais distante se for considerado o desemprego crescente. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) apontam que, de janeiro a agosto, mais de 650 mil postos de trabalho foram fechados no país.Com menos trabalhadores atuando com carteira assinada, contribuindo menos, a conta da previdência é diretamente afetada. Não por acaso, a arrecadação líquida total despencou mais de R$ 18 bilhões em 2016, frente ao ano anterior; uma redução de 7,3% segundo dados do Ministério da Previdência.

No sentido oposto, as despesas com benefícios cresceram 7%. Em 2015, elas somaram R$ 299,6 bilhões e, nesse ano, já somam R$ 320,5 bilhões no acumulado até agosto. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o déficit previdenciário quase dobrou, subindo de 1% no período de janeiro a agosto de 2015 para 1,7% no mesmo período de 2016.

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