O popular 1108

Nova Serrana-MG, Terça-feira, 25 de outubro de 2016 | Ano XI | Nº 1108 | R$2,50 - www.opopularns.com.br

BARRICADA NO FARTURA Lojistas e empresários do Fartura impedem busca e apreensão de calçados falsificados.

Os manifestantes interditaram vias colocando fogo em pneus e soltando bombas

PEC do Teto deve ser votada hoje na Câmara dos Deputados

Governo inicia repasse de outubro aos beneficiários do ‘Bolsa Família

OPINIÃO LIVRE Os partidos limitam-se exclusivamente à escolha de candidatos a cargos eletivos. Não realizam nenhum trabalho de conscientização política nem de cidadania. Entregam candidatos sem nenhuma capacidade de gestão, e cobram voto consciente do cidadão.

NOVA SERRANA-MG | TERÇA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1108

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Se não for para ler, jogue fora Há quem afirme por aí que o jornalismo tradicional beira o abismo do esquecimento. Está certíssimo. A velocidade da informação e as transformações na mentalidade coletiva proporcionadas pela tecnologia nestas duas primeiras décadas do século XXI já não mais proporciona espaço para formalismos e para o “tradicional”. Diante da realidade, diariamente os jornais (e os jornalistas) tentam se reinventar para conquistar leitores cada vez mais pré-dispostos a ler menos do que já liam.

Preambulando o cerne da questão, cabe dizer que o povo brasileiro nunca foi muito dado à leitura. Fazer o que: séculos de colônia sem escolas ou faculdades, pouco ou nenhum incentivo governamental para fomentar livrarias e escritores, nenhum Nobel de Literatura (aliás, em área nenhuma) e por aí vai. Somente como adendo cabe dizer que, mesmo sem incentivo o Brasil ainda produziu algumas meia-dúzias de ótimos escritores.

Voltando de onde não se deveria ter saído, o advento tecnológico lançou outro fenômeno afora o pouco hábito de leitura do brasileiro: o ato de “dar uma passada de olho” em tudo quanto vai na internet, mas no fundo saber pouco ou quase nada sobre o que se leu.

Exemplo claro foi o processo que culminou na impugnação de Dilma Roussef. Todo mundo sabia o que estava acontecendo, mas não sabia nem porque, nem por quem, nem quando e nem onde. Se nem mesmo para os poucos aficionados com a política a situação era clara e sim complexa e de difícil entendimento, imagina para quem baseava seus comentários e toda sua curiosidade única e exclusivamente às manchetes.

Sim, infelizmente a maioria das reações geradas a partir de reportagens e artigos de opinião deste Popular fica meramente restritos às manchetes e quanto ao máximo ao tão falado “lead”.

O presente texto pode até exalar ares reacionários, mas não se engane o leitor, há muito o Popular abandonou o formalismo excessivo da velha escola do jornalismo, assim como também já se curou da febre do “sensacionalismo policial”. Hoje o Popular é concebido, impresso e distribuído sobre uma linguagem moderna, um tabloide diário que respeita e procura estimular a opinião e o senso crítico do leitor informando integralmente e não em primeiro lugar.

Apesar da tendência já não ser das melhores (e isso nos últimos 500 anos de Brasil) o jornalismo agonizante tenta desesperadamente continuar no páreo dos meios de comunicação e para tal, despudoradamente, entra na gana dos cliques, dos likes e da fama, deixando para trás o que verdadeiramente importa: a notícia completa e direta. Sem meias verdades e menos ainda com mentiras completas.

Este Popular tem por princípio não informar pelas metades. Para toda a equipe, meia informação não passa de boatos e estes não servem. Sendo assim, o mesmo continua a caminhada solitária de procurar àqueles que o leiam, mas que o leiam por completo. Ao contrário de muitos que teimam em conquistar fama e curtidas, este Popular valoriza àqueles que queiram realmente se informar. Lido pelas metades, este não passa de apenas mais um jornal. E também, se não for para lê-lo de forma integral, melhor seria jogá-lo fora.

MP declara que pode recorrer à Justiça contra PEC 241 Willian Dias / ALMG

Em reunião realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na terça-feira (18), o promotor Gilmar de Assis, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), afirmou que a Procuradoria Geral da República já sinaliza com uma nota técnica contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, de forma a abrir caminho para uma ação direta de inconstitucionalidade contra a proposta, em decorrência das restrições que pode impor ao crescimento dos gastos com saúde e educação.

A declaração do promotor aconteceu em audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da ALMG, para discutir a difícil situação financeira dos municípios, em especial no que se refere ao setor da saúde, em decorrência do atraso nos repasses de recursos estaduais e da ameaça representada pela PEC 241.

Durante a reunião, sobraram críticas tanto ao Governo Estadual quanto ao Federal. Se a União foi criticada por tentar congelar o aumento dos gastos com saúde por meio da PEC 241, o Estado foi criticado por descumprir o mínimo constitucional de investimento no setor e também por não pagar os valores que ele mesmo se comprometeu por meio de contratos e acordos com pre-

Comissão de Saúde debate os desafios enfrentados pelos municípios para a garantia do direito à saúde e para a defesa do Sistema Único de Saúde feituras, hospitais e santas casas.

No decorrer da audiência pública, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Arlen Santiago (PTB), leu e distribuiu

trecho de um parecer prévio do Ministério Público de Contas de Minas Gerais que recomenda a rejeição das contas do Governo do Estado de 2015. Entre outros motivos

para a recomendação, está o descumprimento do índice mínimo constitucional de aplicação de recursos na saúde.

Dos 12% exigidos, só foram aplicados 9,16%.

ESTADO DEVE R$ 1,3 BILHÃO À SAÚDE O promotor Gilmar de Assis disse ter se reunido há duas semanas com o governador Fernando Pimentel e dito a ele que o Estado deve, ao setor da saúde, R$ 1,3 bilhão. “São recursos empenhados, liquidados e que não foram pagos”, afirmou o promotor. O deputado Arlen Santiago disse temer que esse valor chegue a R$ 4 bilhões ao final deste ano. “Contabilmente, destinamse os 12% à saúde, mas não se coloca de fato (no SUS)”, afirmou o deputado.

A presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filan-

trópicos (Federassantas-MG), Kátia de Oliveira Rocha, disse que o Estado já descumpre há tempos o mínimo constitucional de 12%, mas que a situação agora é mais grave. “Hoje, além de não cumprir o mínimo, o Estado não cumpre o que ele mesmo se comprometeu, por meio de seus programas”, afirmou.

O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (CosemsMG), José Maurício Lima Rezende, disse que um atraso de mais de oito meses no repasse de recursos para o custeio dos

programas da saúde e a ausência de resposta da Secretaria de Estado de Saúde levaram a entidade, em junho, a suspender sua participação em reuniões das comissões e câmaras técnicas que integra com o governo.

Depois disso, por meio de mediação do Ministério Público, o governo acabou repassando R$ 150 milhões em 11 de outubro, de um total devido de R$ 540 milhões. “Não foi repassado ainda nem um centavo relativo ao custeio de setembro e outubro”, afirmou Rezende.

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3 Folha de pagamento em Minas Gerais consome 92% da arrecadação de impostos Em 2015, cada um dos mais de desproporcionalmente à arre- acordos coletivos e 20 milhões de mineiros contri- cadação dos governos. contratação de servidores para buiu com cerca de R$ 2.200 No caso de Minas, onde os sa- atender o aumento de demanpara bancar o pagamento do lários estão sendo pagos com da. De outro, a crise econômifuncionalismo público estadu- atraso e por escalonamento, a ca do país impacta significatial nos três níveis de poder, ou receita tributária em 2015 foi vamente a arrecadação do goAlgumas questões e arguseja, sem considerar as remu- de R$ 41,8 bilhões, segundo o verno. mentos no Brasil são desmonerações de servidores fede- Portal da Transparência. Dados Para agravar a situação, a mairalizados pela repetição rais e municipais. Juntos, fun- do Tesouro Nacional divulga- or dificuldade dos gestores é o verborrágica sem uma correcionários de Executivo, dos recentemente mostram controle dos gastos com apolação de fato. Uma delas é a Legislativo e Judiciário minei- que só a folha de pagamento sentados e pensionistas. Um ladainha do excesso de parros custaram no ano passado do Estado consumiu R$ 38,4 estudo recente do Tesouro tidos, a que algumas pessoaproximadamente R$ 46 bi- bilhões no ano passado, ou Nacional aponta um aumento as costumam se referir como lhões entre ativos, inativos e seja, quase 92% da arrecada- real no “custo” dos inativos de meras “siglas partidárias”. pensionistas. ção de impostos. No entanto, 28,41% entre 2014 e 2015 no Que existe excesso, todos Essa conta, que não deveria é importante destacar que o caso dos Estados e do Distrito dizem; por que isso é ruim ser um fardo, já que o agente montante da receita pública Federal, e de 12,1% entre os todos repetem que é por público garante os serviços inclui outras fontes de arreca- municípios. O rombo na previcausa do excesso. Quando básicos e gratuitos à popula- dação. dência em Minas é consideraexplicam as razões, a argução, ameaça entrar em colap- O grande problema, segundo do “dramático” pelo governo mentação enfraquece a deso dentro de pouco tempo, especialistas, é que, de um do Estado e, segundo o Bolefesa. O principal fundamensegundo especialistas. União, lado, pesa o crescimento tim das Finanças Públicas dos to seria a confusão ideológiEstados e municípios estão vegetativo da despesa, por Entes Subnacionais, já chega a ca gerada nos cidadãos, sem dinheiro para arcar com a meio de reajustes decorrentes R$ 13,9 bilhões, déficit bem além de venderem alguns minutos no horário de televisão nas folha de pessoal, que cresce de progressão na carreira, maior que o anunciado pelo campanhas eleitorais.

Não existe prejuízo com excesso de ideologias porque são poucos os filiados capazes de entender o significado de ideologia.

Menos, ainda, são aqueles com capacidade de fazerem uma associação entre sua posição ideológica e aquela adotada por um partido político.

Quanto à venda do tempo, também não se sustenta, pois se resolveria se não houvesse os “receptadores”, numa disputa típica de um leilão.

Ainda nessa linha de distância entre filiados e partidos, muitos A poucos dias do segundo são filiados sem sequer terem conhecimento de que o são. Por turno das eleições municiisso, ainda é comum se detectar a duplicidade de filiação na pais, marcado para 30 de ouJustiça Eleitoral. tubro, a Câmara dos DeputaEsses argumentos são insustentáveis, a não ser para bancar dos tem pautada para esta salários de “analistas políticos” e encher o peito de políticos semana a retomada do trâmisem outra coisa importante para dizer. Mas não faltam razões te da Proposta de Emenda que justifiquem a insignificância dos partidos brasileiros.

Constitucional (PEC) 241, que Uma primeira seria a ausência de uma atuação política de fato. estabelece um teto para os As agremiações partidárias limitam-se exclusivamente à esco- gastos públicos pelos próxilha de candidatos a cargos eletivos. Não realizam nenhum tra- mos 20 anos e tem suscitado balho de conscientização política nem de cidadania. Entregam reações inflamadas por parcandidatos sem nenhuma cate de quem é contra e a fapacidade de gestão, e cobram As agremiações partidárias vor. voto consciente do cidadão. limitam-se exclusivamente A expectativa do governo, auNão é sem razão que a à escolha de candidatos a tor da proposta, é que o texcorrupção grassa de ponto a cargos eletivos. Não to seja aprovado rapidamenponto deste país. te como está, de modo que eleições municipais, fez com “fazer ajustes para não frustrar realizam nenhum trabalho Os filiados servem apenas de de conscientização política possa a vigorar a partir do Or- que a análise da proposta expectativas” e que o Orçanúmero e não participam de nem de cidadania. çamento do ano que vem e fosse marcada para hoje (25). mento do ano que vem já foi atividade nenhuma. Quando Entregam candidatos sem calculado tendo em vista a que sirva como um sinal posão chamados a participar, li- nenhuma capacidade de sitivo para a retomada de PROTESTOS E DEFESA - Em di- aprovação da PEC. mitam-se a legitimar escolhas gestão, e cobram voto confiança dos agentes econô- versos estados, estudantes Na quarta-feira (19), o minisjá feitas pelos caciques. É as- consciente do cidadão. micos, mas a oposição e mo- secundaristas e universitários tro da Fazenda, Henrique sim com a escolha de todos os Não é sem razão que a vimentos sociais, que temem ocuparam escolas e universi- Meirelles, voltou a defender a candidatos. a restrição de gastos em áre- dades em protesto contra a PEC como sendo essencial para corrupção grassa de ponto Além de não estimular a par- a ponto deste país as como saúde e educação, PEC 241, bem como para se a recuperação da economia e ticipação dos seus integranestão mobilizados contra a opor às mudanças na educa- da geração de empregos. Ele tes, os partidos são verdadeiros fantasmas. Pouquíssimas pes- medida. ção decorrentes de uma medi- disse ainda que “não há marsoas sabem como são estruturados, como se organizam, muito Aprovada pelos deputados da provisória editada no mês gem” para exceções na promenos conhecem o endereço de um deles. Esse anonimato de- em primeiro turno no dia 10, passado pelo governo. Ao todo posta. corre, inclusive, da falta de cobertura da mídia, dos institutos por 366 votos a 111 e com já são mais de 1.000 escolas de pesquisas, que só falam de partidos em época de eleição. duas abstenções, a expecta- ocupadas em todo o país.

SENADO - Caso seja aprovada Indaguem a alguém para que serve um partido. tiva era de que a PEC 241 vol- Os ministros do governo, por em segundo turno na Câmara, Até mesmo os sites dessas instituições não trazem nada de in- tasse à pauta na segunda-fei- outro lado, têm feito declara- a PEC do Teto segue para o teresse coletivo. Os textos constituem-se em autoelogios, ou ra (24). A possibilidade, con- ções em defesa do teto de gas- Senado, onde todo o trâmite críticas deliberadas aos adversários, num padrão “botequim de tudo, de que não houvesse tos, tido como essencial para de votação volta ao início, com esquina”. quórum o bastante para a recuperação da economia a análise de constitucionalidade, De um mal gigantesco nenhum brasileiro escapa: os partidos viabilizar sua votação, pois al- partir do ano que vem. Nesta debate e votação em comissão são sustentados pelo Fundo Partidário, um repasse constituci- guns deputados estão empe- semana, por exemplo, o minis- especial e apreciação em dois onal de dinheiro público a pessoas jurídicas de direito privado. nhados na reta final das cam- tro do planejamento, Dyogo turnos no plenário.

Essa transferência automática mereceria um questionamento panhas de segundo turno das Oliveira, disse ser necessário O presidente do Senado, sobre a sua constitucionalidade, já que não há um elo lógico entre os interesses de um partido com o interesse público ou O empreendimento INCCAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA., CNPJ coletivo. nº 38.465.803/0001-94, por determinação do Conselho Estadual de Política Definitivamente, os partidos são ruins por seus próprios equíAmbiental - COPAM, torna público que solicitou através do processo adminisvocos, por falta de atuação, por falta de clareza sobre os fins trativo nº 06579/2005 a Licença Ambiental para atividade Fabricação de Calçapara que são constituídos. O Brasil não tem boas lembranças do bipartidarismo. Pelos argumentos utilizados, não faz a medos em Geral, conforme nº documento FOB 1180199/2016 e FCEI de referência nor diferença de que eles sejam duzentos ou apenas dois.

R320842/2016, estando esta situada à rua Genésio Militão dos Reis, nº 465, bairro

Excesso de partidos Pedro Cardoso

Executivo mineiro, de R$ 10 bilhões. Um levantamento feito pelo Ministério da Fazenda informou que, entre 2009 e 2015, Minas Gerais apresentou um aumento de despesas com a folha de pagamento de 112,73%.

Além de benefícios nas carreiras, privilégios e altos salários pagos por alguns setores e regimes especiais aumentam o peso sobre as contas. Na carreira militar, por exemplo, é possível um servidor ir para a reserva depois de 30 anos de serviço, podendo ficar inativo antes dos 50 anos de idade. Além disso, o militar é aposentado com uma patente acima daquela que tinha na ativa. Em Minas, a folha da PM é a maior e representa 27% das despesas com pessoal no Estado.

PEC do Teto deve ser votada hoje na Câmara dos Deputados

* Pedro Cardoso da Costa, Bacharel em direito

Park Dona Gumercinda Martins, cep 35.519-000 - Nova Serrana - MG.

Renan Calheiros (PMDB-AL) já definiu, após reunião com os líderes, o calendário de tramitação da PEC 241, que deve ser levada para o teste em plenário no dia 29 de novembro. A intenção é que a votação final ocorra em 13 de dezembro, pouco antes do início do recesso parlamentar e a tempo para a sanção presidencial ainda este ano.

A PEC 241 prevê que o aumento de gastos do governo em um ano esteja restrito à inflação do ano anterior. A proposta prevê uma revisão daqui a dez anos da medida, que pode vigorar por até 20 anos. De acordo com o texto aprovado em primeiro turno pelos deputados, a restrição para os orçamentos de saúde e educação passaria a valer a partir de 2018.

VENDO A LANCHONETE

O REI DOS SALGADOS Rua Cel. Martinho F. Amaral,

412 - loja 2 - centro

TRATAR COM GLÓRIA

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5 Comerciantes fecham rua e incendeiam pneus para evitar apreensão de falsificados

Do primeiro endereço os oficiais de justiça partiram para a rua Vereador Jesus Martins, onde se encontra o maior número de lojas de calçados da cidade. O local foi encontrado interditado por uma barricada de pneus em chamas. Do outro lado da barreira, centenas de pessoas aguardavam a ação.

Israel Silveira - O Popular

Milhares de pessoas que vivem da falsificação. Não é de hoje que a cidade de Nova Serrana é conhecida nacionalmente como a Capital Nacional do Calçado Falsificado, sendo inclusive alvo de reportagens a nível nacional pelo fato.

A situação sempre foi encarada com normalidade, onde calçados falsificados são expostos diariamente pelas calçadas da cidade e onde a situação é enxergada com naturalidade.

Contudo na manhã de segunda-feira (24) a população de Nova Serrana foi surpreendida por um confronto repentino entre comerciantes, oficiais de justiça, advogados e policiais.

Não se sabe ao certo como a informação da operação vazou da Justiça para os comerciantes, o fato é que durante todo o último final de semana, diversos empresários e lojistas

que trabalham com calçados falsificados na cidade já sabiam que na manhã de segunda-feira aconteceria uma operação e por isso se organizaram pelas redes sociais para coibirem a ação e amedrontarem as autoridades.

A operação tinha por foco toda a extensão do bairro Fartura, o ponto central do escoamento da produção de calçados na cidade, e também fábricas e lojas localizadas na rua Celestina Maria, nas cercanias do centro da cidade. Advogados que representam as marcas Nike, Adidas, Mizuno e Asics acompanharam a ação e também foram hostilizados.

Os oficiais de Justiça, muitos da própria cidade de Nova Serrana, foram hostilizados verbalmente e ameaçados ao cumprirem o mandado na rua Celestina Maria, momento exato em que estes acionaram a Polícia Militar para que pudessem sair do local.

Do primeiro endereço os oficiais de justiça partiram para a

rua Vereador Jesus Martins, onde se encontra o maior número de lojas de calçados da cidade. O local foi encontrado interditado por uma barricada de pneus em chamas. Do outro lado da barreira, centenas de pessoas aguardavam a ação. Elas soltavam bombas e proferiram frases de protesto e de injúrias contra militares e oficiais de justiça. Os carros dos advogados das empresas e dos oficiais foram atingidos por pedradas e danificados.

Em dados momentos da operação a Polícia Militar se viu obrigada a utilizar spray de pimenta contra os manifestantes e para que a via fosse liberada. Com o embate evitado e com a situação sobre controle, o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas e retirar o material da pista.

Durante toda a ação ninguém ficou ferido e também ninguém foi preso. A ação de apreensão foi cancelada e não há data para nova fiscalização.

Com o embate evitado e com a situação sobre controle, o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas e retirar o material da pista

Durante toda a ação ninguém ficou ferido e também ninguém foi preso

Os oficiais de Justiça, foram hostilizados verbalmente e ameaçados ao cumprirem o mandado na rua Celestina Maria, momento exato em que acionaram a PM para que pudessem sair do local

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7 Reprodução autorizada

Governo inicia repasse de outubro aos beneficiários do ‘Bolsa Família O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) repassará no mês de outubro R$ 2,5 bilhões aos beneficiários do programa Bolsa Família em todo o País. O benefício será pago a 13,9 milhões de famílias. O pagamento teve início na última terçafeira (18) e segue até o dia 31.

O valor repassado varia confor-

me o número de membros da família, a idade de cada um e a renda declarada no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. Os recursos ficam disponíveis para saque durante 90 dias.

O pagamento é feito de forma escalonada. No primeiro dia, recebem as famílias com Número de Identificação Social

(NIS) de final 1. No segundo dia, os cartões terminados em 2 e, assim, sucessivamente.

O valor médio do benefício é de R$ 181,98. As famílias inscritas no programa estão recebendo o Bolsa Família com aumento desde julho, quando foi concedido, pelo governo federal, um reajuste de 12,5% no valor do benefício médio.

Governo doará mais de R$ 30 milhões a Filmes Brasileiros A Agência Nacional do Cinema (Ancine) lançou na última quarta-feira (19), a chamada “Pública Prodecine 03/2016”, destinada à seleção de projetos de distribuição de filmes para exploração em todos os segmentos de mercado, com destinação inicial às salas de exibição.

Na nova chamada, o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) vai repassar R$ 30 milhões – R$25 milhões a mais que a última chamada de mesmo teor.

O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da Ancine,

Manoel Rangel, em evento no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Participaram da solenidade os diretores da Ancine Debora Ivanov e Roberto Lima, e o diretor do MIS/SP, André Sturm.

O edital também será dividido em três modalidades de investimento, de acordo com o tamanho do lançamento do longa-metragem de ficção, documentário ou animação.

Na modalidade A, serão disponibilizados até R$ 500 mil para obras com lançamento comercial mínimo em 100 sa-

las de cinema (simultaneamente), e por ao menos uma semana. Para essa modalidade serão destinados um total de R$ 20 milhões.

Os outros R$ 10 milhões do edital serão divididos entre as modalidades B e C. Na primeira se enquadram os lançamentos de obras para exibição em, no mínimo, 10 salas de cinema de forma simultânea e por uma semana. Já a modalidade C é para os lançamentos de obras para exibição em 10 salas, não sendo obrigatória a simultaneidade.

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