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Nova Serrana-MG, Sab, dom e seg, 29 a 31 de outubro de 2016 | Ano XI | Nº 1112 | R$2,50 - www.opopularns.com.br

Reflexos da crise Brasil fechou 39.282 vagas formais em setembro, segundo Caged

Rodovias brasileiras têm 89% mais buracos e pontos críticos em apenas cinco anos

Na contramão da crise Nova Serrana continua gerando empregos, sendo que somente em setembro a cidade abriu 748 nova vagas. Em setembro do último ano Nova Serrana gerou 261 novas vagas e durante todo o ano de 2016 já foram 4.942 nova vagas

Vereadores agitam bastidores e quatro nomes já são cotados para a presidência

Nova Serrana, Perdigão e Araújos terão mesas para justificativa no 2º turno

Em relação ao pavimento, 53,5% da extensão do Estado foi apontada como péssima, ruim ou regular. No quesito sinalização, os problemas estão em 44,7% dos trechos.

NOVA SERRANA-MG | SAB, DOM E SEG, 29, 30 E 31 DE OUTUBRO DE 2016 | ANO XI | Nº 1112

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Onde está a vantagem em ser presidente da câmara?

Faltando ainda mais de dois meses para que se inicie a próxima legislatura na cidade, os vereadores eleitos já se encontram em polvorosa por causa do cargo de presidente da câmara. Conversas pelos corredores, articulação entre partidos e até mesmo a tática de Michel Temer de convidar para um jantarzinho já está rolando na cidade, claro que em menor magnitude do que em Brasília.

No polo oposto, nenhum membro da equipe deste Popular ouviu qualquer comentário ou mesmo manifestação de entusiasmo de qualquer vereador eleito em fazer parte desta ou daquela comissão permanente. Também não se sabe se para o próximo ano as mesmas continuarão tal como vão, se serão desmembradas ou fundidas, ou mesmo se novas comissões serão criadas.

Diante do quadro é impossível não se lançar a uma reflexão sobre quais as vantagens reais em ser presidente do poder legislativo em Nova Serrana. Ao primeiro momento fica-se tentado a seguir a única lógica que norteia o pensamento humano em nosso século: o lucro. Será o salário maior? Não, não o é. Contudo existe um esquema de vantagens que se pelo menos não trás lucros reais, serve para alimentar esquemas, promessas de campanha e criar redes clientelares. Sim, o presidente da câmara pode contratar um ou outro funcionário aqui e acolá, sem que ninguém lhe questione, mas os quais já são suficientes para sanar as dívidas de campanha.

Mesmo assim, se eleger como presidente seria uma tarefa demasiadamente árdua simplesmente para conseguir fornecer emprego a alguns poucos “desamparados”. Mas então, onde se encontra a justificativa de tamanha sanha em querer a cadeira central da casa? Toda essa conversa e agitação pelos bastidores políticos da cidade não pode ser simplesmente pelo fato dos candidatos quererem fazer papel de mestres de cerimonias da casa. Ah pobre leitor! Qual outro motivo poderia ser além da vontade de adubar ainda mais o ego, de sentirse ainda mais importante pelo fato de simplesmente ter uma sala maior, de subir um degrau e já achar que está no topo do mundo? Não há outra justificativa ou argumento plausível para tal.

Em contra partida, enquanto os vereadores brigam pelos louros da fama antes mesmo de serem diplomados como servidores do povo, nenhum sequer abre a boca para falar sobre a possibilidade de se montar mais comissões permanentes para a casa, ou reestruturar as já existentes. Por hoje é só.

Rodovias brasileiras têm 89% mais buracos e pontos críticos em apenas cinco anos

Em relação ao pavimento, 53,5% da extensão do Estado foi apontada como péssima, ruim ou regular. No quesito sinalização, os problemas estão em 44,7% dos trechos.

As dificuldades enfrentadas pelos motoristas que circulam nas rodovias brasileiras se multiplicam a cada ano. Entre 2011 e 2016, o número de pontos críticos identificados em 103.259 km de malha rodoviária cresceu 89%, passando de 219 para 414. Os dados estão na 20ª pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem em Brasília. Em Minas, entretanto, o caminho foi contrário. Eram 48 desses locais problemáticos em 2011, e, neste ano, são 37 deles no Estado – queda de 22%.

Os pontos críticos incluem quedas de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e grandes

buracos. No país, apenas entre 2015 e 2016, a pesquisa mostrou um aumento de 26,6% desse tipo de transtorno nas estradas avaliadas. De acordo com o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, mesmo o governo federal tendo destinado mais recursos para ações de manutenção, elas ainda não são executadas a contento. “A manutenção ainda não é a ideal, e longos períodos com baixa no investimento contribuem para uma piora significativa na qualidade”, destacou.

Como apontou a pesquisa, quase a metade (48,3%) das estradas avaliadas em todo o país apresenta desgaste no

pavimento, e em cerca de 18 mil km, predominam trincas e remendos. “Os dados indicam a necessidade de fortes investimentos na infraestrutura de transporte e de logística”, apontou o presidente da CNT, Clésio Andrade. Na avaliação geral, 58,2% das rodovias do país foram consideradas péssimas, ruins ou regulares, enquanto 41,8%, apontadas como boas ou ótimas.

EM MINAS GERAIS - Apesar da queda no número de pontos críticos, Minas ainda tem 61,8% das rodovias consideradas péssimas, ruins ou regulares, sendo 26,6% desse total enquadrado nas categorias

péssima e ruim.

Ao todo, 14.809 km foram avaliados em Minas. Apenas 1.087 (7,3%) deles são duplicados com canteiro central. Outros 13.197 (89,2%) são de pista simples com mão dupla.

Em relação ao pavimento, 53,5% da extensão do Estado foi apontada como péssima, ruim ou regular. No quesito sinalização, os problemas estão em 44,7% dos trechos.

A melhoria dos itens – que incluem duplicação de rodovias – podem interferir nos índices de acidentes. Conforme números da pesquisa CNT, em 2015 foram contabilizados 56.154 acidentes com vítimas, que custaram quase R$ 1 bilhão.

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3 CÂMARA MUNICIPAL

Reflexos da crise

Vereadores agitam Brasil fechou 39.282 vagas formais em setembro, segundo Caged bastidores e quatro nomes já são cotados para a presidência Praticamente um mês após as eleições municipais, os vereadores eleitos e reeleitos por Nova Serrana já começam articular quem será o novo presidente da casa no primeiro ano da legislatura 2017/2020.

Todos os 13 vereadores podem concorrer ao cargo, contudo os nomes sempre gravitam entre àqueles que têm maior força política e/ou que obtiveram o maior número de votos. De acordo com a maioria dos próprios vereadores, os nomes mais cotados para a disputa são: Willian Barcelos (PTB), Adair da Impacto (PT do B), Giovani Máximo (PMDB) e Ricardo Tobias (PSDB).

A eleição para presidente da câmara deverá ocorrer após a posse dos futuros legisladores, marcada para 1º de janeiro de 2017. Além do presidente também deverão ser escolhidos os demais membros que compõe a mesa diretora: vicepresidente e primeiro e segundo secretários.

Durante a atual legislatura na câmara, os dois primeiros presidentes foram Dete do Katoco e posteriormente Edinho da Saúde, ambos ligados ao grupo político de Paulo César e de oposição à Joel Martins. No último ano o presidente da casa foi Luís da Farmácia, membro da base aliada de Joel Martins, mas que manteve um discurso moderador durante todo o mandato. Atualmente o presidente da câmara é Laércio do Codema membro declarado da base do atual prefeito.

Embora sejam fortes os rumores e as especulações sobre qual será a nova composição da mesa diretora, não se há comentários sobre as comissões permanentes da casa, se as mesmas vão ser aumentas, fundidas ou desmembradas.

Mesmo com setor adverso Nova Serrana segue gerando empregos divulgação

Um total de 39.282 vagas formais foram fechadas no país em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho. Minas Gerais também seguiu a tendência e fechou 16.238 postos de trabalho. Já a cidade de Nova Serrana segue na contramão da crise e continua gerando empregos, sendo que somente

Todos os 13 vereadores podem concorrer ao cargo, contudo os nomes sempre gravitam entre àqueles que têm maior força política e/ou que obtiveram o maior número de votos

em setembro a cidade abriu 748 nova vagas.

Apesar da realidade verificada no estado e em todo o país, o desemprego desacelerou ante setembro de 2015, quando foram fechados 95.602 postos formais. No acumulado do ano, o Caged contabiliza 683.597 vagas fechadas. Nos últimos 12 meses, já são 1,599 milhão de postos de trabalho suprimidos.

Em setembro do último ano Nova Serrana gerou 261 novas vagas e durante todo o ano de 2016 já foram 4.942 nova vagas.

Em todo o país os setores que

tiveram as maiores perdas de vagas formais em setembro foram: construção civil (menos 27.591 postos), serviços (menos 15.141) e agricultura (menos 8.198). Segundo a pesquisa, dois setores tiveram saldo positivo de geração de postos de trabalho no mês: a indústria da transformação, com criação de 9.363 vagas e o comércio, com 3.940 novos postos.

Os dois setores já haviam aberto novas vagas em agosto.

Das 748 vagas geradas na cidade durante o mês de setembro, 665 foram pelo setor calçadista, 48 pelos comércios atacadista e varejista e 24 pelo

setor terciário de prestações de serviços.

As perdas mais significativas de vagas em setembro foram registradas no Rio (menos 23.521 vagas), São Paulo (21.853 postos) e Minas Gerais (- 16.238 postos). Por outro lado, as unidades da Federação que mais geraram empregos foram Pernambuco (+15.721 vagas) e Alagoas (+13.395).

Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.

Na contramão da crise Nova Serrana continua gerando empregos, sendo que somente em setembro a cidade abriu 748 nova vagas.

Em setembro do último ano Nova Serrana gerou 261 novas vagas e durante todo o ano de 2016 já foram 4.942 nova vagas

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5 Nova Serrana, Perdigão e Araújos terão mesas para justificativa no 2º turno

Família de vereador hospitalizado tranquiliza população

Evaldo silva - O Popular

Dos 853 municípios mineiros, apenas quatro terão segundo turno nas eleições.

A votação acontece neste domingo, 30 de outubro. As três cidades que compõe a 298ª Zona Eleitoral, Nova Serrana, Perdigão e Araújos, terão mesas receptadoras de justificativas para atender os eleitores de tais localidades que porventura estejam na região.

Em Belo Horizonte, a prefeitura será disputada por João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS). Já em Contagem, na região metropolitana, o atual prefeito, Carlin Moura (PCdoB), disputará com Alex de Freitas (PSDB). Na Zona da Mata mineira, o atual prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), enfrentará Margarida Salomão (PT). Ainda haverá segundo turno na cidade de Montes Claros, disputado por

Rui Muniz (PSB) e Humberto Souto (PPS).

Em Nova Serrana a mesa de justificativas ficará no cartório eleitoral, situado à rua vereador Jesus Martins, 86, centro.

Na cidade de Perdigão a mesma estará na escola Pedro Primo, na Avenida Doze de De-

zembro, 339, centro. Por fim, em Araújos a mesa estará na escola Percília Leonardo, situada na Av. Brasil, 21,Centro. O horário de funcionamento em todas as unidades será de 8h às 17h.

Todos os eleitores cadastrados nas cidades onde ocorrerão o

2º turno das eleições e que não vão votar deverão comparecer a uma dessas mesas de justificativas, apresentando documento de identificação com foto, o número do Título Eleitoral e o requerimento de justificativa eleitoral, que pode ser obtido junto às mesas.

“Erro médico” mata 2 brasileiros a cada 3 minutos A cada três minutos, mais de dois brasileiros morrem em hospitais públicos ou privados como consequência dos chamados “eventos adversos”, erros que geram danos ao paciente durante o processo de cuidados como, por exemplo, troca de medicamentos ou falta de higienização que pode causar infecção hospitalar.

Em 2015, considerando o sistema de saúde nacional [público e privado], os óbitos provocados por essas falhas foram estimados em 434,11 mil, ou 1,19 mil por dia, segundo pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) produzida pela Faculdade de Medicina da Universidade UFMG. Segundo o estudo, se os even-

tos adversos em pacientes hospitalizados fossem um grupo de causa de óbito, estariam entre a 1ª e a 5ª posição, sendo uma das mais frequentes no país.

Para efeito de comparação, em 2013, o país registrou 339,67 mil mortes por doenças circulatórias.

Sem dados oficiais, os pesquisadores fizeram cálculos basea-

dos em trabalhos anteriores e nas estatísticas de internações.

Eles estimaram que entre 104.187 e 434.112 mortes por ano podem estar associadas a eventos adversos assistenciais hospitalares. No melhor cenário, seria a 5ª causa de morte; num cenário mais realista, poderia ser a primeira ou a segunda causa.

Brasileiro trabalha cinco meses só para pagar impostos A queda de 8,27% na arrecadação do governo federal em setembro, na comparação com igual mês de 2015, divulgada ontem (28) pela Receita Federal, não significa alívio da carga tributária que pesa sobre os brasileiros.

Pelo contrário. Consumidores nunca pagaram tanto imposto. O recuo na arrecadação (que foi de R$ 94,770 bilhões em setembro, o pior resultado para o mês desde 2009) se deve à queda na atividade econômica, já que a carga tributária individual (sobre contribuintes pessoas físicas e empresas) continua crescendo.

O ‘impostômetro’ da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aponta que desde o início do ano os contribuintes desembolsaram R$ 1,6 trilhão com o pagamento de

tributos. De acordo com levantamento da Associação, em 2016 os brasileiros trabalharão 153 dias apenas para pagar impostos.

A marca trilionária foi atingida na última segunda-feira (21). No ano passado, o mesmo montante foi alcançado em 19 de outubro, dois dias antes. Parece que o cenário melhorou, o que não é verdade. “O peso da tributação para as empresas e para os consumidores continua o mesmo”, afirma em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Pedro Paulo Pettersen, também em nota pelo site do conselho, afirma que a arre-

cadação está em queda em função do encolhimento da economia, o que somente acentua a face cruel da carga tributária do país. Apesar do desemprego e do achatamento dos salários, individualmente a população continua arcando com os mesmos percentuais de impostos sobre a renda, o consumo e o patrimônio.

“A carga tributária no Brasil é altíssima, mas sempre haverá espaço para que ela aumente, desde que a população permita”, alerta Pettersen. Ele explica que o impacto dos impostos é ainda mais corrosivo para as classes mais pobres.

FEIJÃO - Como exemplo, ele cita o feijão, cuja alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

(ICMS) é de 18% em Minas.

Um quilo de feijão carioca, consumido por todas as classes sociais, custa cerca de R$ 10,00. Somente de ICMS, quem compra o produto desembolsa R$ 1,80. O valor pode parecer irrisório para quem tem renda mensal alta, mas, para o trabalhador que recebe o mínimo de R$ 880,00 por mês, o peso é significativo.

Elevar os tributos, como chegou a ser cogitado pelo governo, seria um tiro no pé, segundo o especialista. “Quando o governo aumenta os impostos ele tira a capacidade de consumo da população. E, se a população compra menos, a indústria produz menos e o comércio vende menos. Como reflexo, há retração da arrecadação”, afirma o representante do Corecon-MG.

No início desta semana o vereador Osmar Fernandes dos Santos (PROS), que recentemente foi reeleito e caminha para seu segundo mandato na câmara, foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) às pressas após sentir um mau súbito, durante uma partida de futebol com os amigos. Posteriormente o vereador foi transferido para um hospital particular na cidade vizinha de Divinópolis, onde se recupera.

Dias após o fato, familiares de Osmar Santos usaram às redes sociais para esclarecer a população quanto a situação do vereador e também para agradecer a atenção dispensada ao paciente. Confira à baixo, a nota, tal como foi publicada por familiares:

“A família do nobre vereador OSMAR SANTOS vem através deste , agradecer a todos : Ainda no C T I OSMAR SANTOS tem plena ciência das homenagens feitas pelos amigos, pela imprensa, e pelos admiradores em geral.

Nesse contexto, gostaríamos de agradecer a SONIA E A INES – Diretoras do UPA de nova serrana – e a toda equipe dessa prestigiosa instituição, que envidou incansáveis esforços para os primeiros atendimentos e o cuidou ate ser transferido e também que acolhendo-nos maravilhosamente nesse difícil período.

Aos nossos amigos, e eleitores , que unanimemente exteriorizaram o seu carinho e os fluidos positivos para a pronta recuperação do nosso vereador , empenhamos as nossas eternas homenagens. Agradecemos a todas as cartas, vídeos, orações, mensagens e textos publicados.

As expectativas são as mais promissoras. Osmar santos demonstra um admirável ânimo de recuperação e vontade de retorno às atividades, que, desejoso, deve acontecer antes do esperado.

Muito obrigado a todos !!!!!”

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6 Violência no Brasil mata mais do que guerra na Síria, segundo anuário de segurança O Brasil registrou mais mortes violentas de 2011 a 2015 do que a Síria, país em guerra, em igual período. Os dados, divulgados na sexta-feira (28), são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Foram 278.839 ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial no Brasil, de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, frente a 256.124 mortes violentas na Síria, entre março de 2011 a dezembro de 2015, de acordo com o Observatório de Direitos Humanos da Síria.

“Enquanto o mundo está discutindo como evitar a tragédia que tem ocorrido em Alepo, em Damasco e várias outras cidades, no Brasil a gente faz de conta que o problema não existe. Ou, no fundo, a gente acha que é um problema é menor.

Estamos revelando que a gente teima em não assumi-lo

como prioridade nacional”, destacou o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.

Apenas em 2015, foram mortos violentamente e intencionalmente 58.383 brasileiros, resultado que representa uma pessoa assassinada no país a cada 9 minutos, ou cerca de 160 mortos por dia. Foram 28,6 pessoas vítimas a cada grupo de 100 mil brasileiros.

No entanto, em comparação a 2014 (59.086), o número de mortes violentas sofreu redução de 1,2%. “A retração de 1,2% não deixa de ser uma retração, mas em um patamar muito elevado, é uma oscilação natural, de um número tão elevado assim”, ressaltou Lima.

Das 58.383 mortes violentas no Brasil em 2015, 52.570 foram causadas por homicídios (queda de 1,7% em relação a 2014); 2.307 por latrocínios (aumento de 7,8%); 761 por

lesão corporal seguida de morte (diminuição de 20,2%) e 3.345 por intervenção policial (elevação de 6,3%).

ESTADOS - Sergipe, com 57,3 mortes violentas intencionais a cada grupo de 100 mil pessoas, é o estado mais violento do Brasil, seguido por Alagoas (50,8 mortes para cada grupo de 100 mil) e o Rio Grande do Norte (48,6). Os estados que registraram as menores taxas de mortes violentas intencionais foram São Paulo (11,7 a cada 100 mil pessoas), Santa Catarina (14,3) e Roraima (18,2).

“Os estados em que as mortes crescem, com exceção de Pernambuco, são os que não têm programa de redução de homicídios. Você percebe que quando há política pública, quando você prioriza o problema, são conseguidos alguns resultados positivos”, disse Lima.

As unidades da Federação que mais aumentaram o número de

mortes violentas foram o Rio Grande do Norte (elevação de 39,1%), Amazonas (19,6%), e Sergipe (18,2%). Os que mais diminuíram foram Alagoas (queda de 20,8%), o Distrito Federal (-13%), e o Rio de Janeiro (-12,9%).De acordo com o diretor-presidente do fórum, a grande maioria dos oito estados que têm programas de redução de homicídios teve diminuição no número de mortes violentas: Alagoas (20,8%), Bahia (-0,9%), Ceará (9,2%), Distrito Federal (-13%), Espírito Santo (-10,7%), Pernambuco (+12,4%), Rio de Janeiro (-12,9%), e São Paulo (-11,4%).

NOVA SERRANA - De acordo com dados da Secretaria de Estado de Defesa Social(SEDS), Nova Serrana deverá registrar uma forte diminuição no número de homicídios neste ano de 2016. Segundo o último levantamento da pasta, até o fe-

chamento do mês de setembro, a Capital do Calçado tinha registrado 16 homicídios. Durante todo o ano de 2015 foram 31 homicídios e em 2014 foram 37 mortes violentas.

LETALIDADE POLICIAL - De acordo com o anuário, a cada dia, pelo menos 9 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2015, resultando num total de 3.345 pessoas, ou uma taxa de 1,6 morte a cada grupo de 100 mil pessoas. O número é 6,3% superior ao registrado no ano anterior. São Paulo foi o estado com o maior número de pessoas mortas por policiais em 2015: 848. As maiores taxas de letalidade policial registradas no último ano foram nos estados do Amapá (5 para cada grupo de 100 mil pessoas), Rio de Janeiro (3,9) e de Alagoas (2,9). Considerando-se os números absolutos, São Paulo e o Rio de Janeiro concentram sozinhos 1.493

mortes decorrentes de intervenções policiais, ou 45% do total registrado no país.

A taxa brasileira de letalidade policial (1,6) supera a de países como Honduras (1,2) e África do Sul (1,1). O total de policiais vítimas de homicídios em serviço e fora do horário do expediente também é elevado no Brasil. Em 2015, foram mortos 393 policiais, 16 a menos do que no ano anterior. Proporcionalmente, os policiais brasileiros são três vezes mais assassinados fora do horário de trabalho do que no serviço: foram 103 mortos durante o expediente (crescimento de 30,4% em relação a 2014) e 290 fora (queda de 12,1% em relação a 2014), geralmente em situações de reação a roubo (latrocínio).

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que está em sua 10ª edição, será lançado no dia 3 de novembro pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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7 Reprodução autorizada

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