O popular 1386

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Nova Serrana-MG, 21 a 31 de dezembro de 2017 | Ano XII | Nº 1386 | R$2,50

8 1 0 2 m e s o t r e b a Olhos bem

Vereador Willian Barcelos afirma que fiscalizará intensamente também o legislativo em 2018 e que será candidato a deputado estadual, com apoio do pré-candidato a deputado federal Fabiano Tolentino

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PERSPECTIVAS

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3 Que todos fiquem de olhos bem abertos em 2018 necessários para a sua eleição, e com o apoio do prefeito.

Não dá para entender o que motivou uma pessoa que sempre quis ser presidente, que seria a primeira mulher presidente da Câmara de Nova Serrana, deixar escapar essa oportunidade. Não consegui interpretar isso até agora. Ainda mais por ela ser de nosso partido. Eu abri mão mais de uma vez para ela ser candidata. Na eleição passada aconteceu a mesma coisa.

Porém, deixo bem claro que a partir desta data, não abro mão para que ela seja candidata em meu lugar em hipótese alguma.

* Thiago Monteiro thiago@opopularns.com.br

Uma semana após ter anunciado na Câmara de Nova Serrana que provavelmente pediria licença de seu cargo como vereador para assumir uma função na Prefeitura de Nova Serrana, o vereador Professor Willian Barcelos (PTB) fala em entrevista exclusiva sobre seus projetos e rumos políticos para 2018.

Vereador, como você avalia a construção e o resultado das eleições para a presidência da Câmara em 2018?

Você será oposição à presidência da Câmara e ao Bloco União e Ação?

Partindo do ponto de vista do cenário e do próprio resultado, não consigo compreender Primeiro, os blocos se formam como que uma Câmara coma partir da primeira reunião posta por sete vereadores do ordinária da sessão legislativa. grupo Fabio Avelar e Joel O que vimos ali foi uma tenMartins e dois do grupo do atuVereador Willian Barcelos afirma que fiscalizará intensamente também o legislativo em 2018 e que tativa de antecipação, que por al prefeito Euzébio Lago permitrás, nas entrelinhas, busca intiu que a presidência fosse dis- será candidato a deputado estadual, com apoio do pré-candidato a deputado federal Fabiano Tolentino timidar o prefeito. Pelo que putada por dois candidatos do conheço do prefeito, não se grupo do ex-prefeito Paulo Cesar, uma vez que não correspondem colocar a Casa em ordem. Segundo, porque votamos projetos que sentiu intimidado com o teatro. A oposição depende muito a um terço do total de membros da Casa. proporcionaram ao executivo atuar, como a alíquota do ISS e a daquilo que a casa se transformar, pois continuo acreditando extensão da cobrança para algumas empresas que até contribuí- que a Câmara terá uma direção submissa aos interesses do exVocê afirmou que estava pretendendo deixar am, mas que essa arrecadação era destinada para outros municí- prefeito Paulo Cesar. Mas há uma pequena esperança, baseapios. A princípio, nossa ideia era atuar em um setor que pudesse da na expectativa de que o presidente e os demais integrantes a sua cadeira como vereador, e partir para o ter intervenção direta nos rumos do desenvolvimento. Pudesse da mesa mantenham-se isentos, agindo com justiça e buscanexecutivo. Essa ideia veio por causa da aliança ter resolutividade. Mas esse plano foi descartado após a reunião do melhorias dentro da Casa. Se isso se confirmar, até poderia dos vereadores para a presidência? conjunta das comissões desta segunda-feira dia 18 de dezembro. apoiar essa chapa no futuro. Por que não? Mas é justamente Não necessariamente. Hoje a minha definição depende dos ruessa incerteza que faz tomar a decisão mais coerente. Isto é, mos que a Câmara vier a tomar. Se eu sair, posso voltar quando O que aconteceu nesta reunião para mudar preparar-me para dias mais nebulosos. eu quiser, não estaria renunciando, mas apenas licenciando-me.

Quando um parlamentar vai exercer um posto no executivo, ele se afasta do cargo eletivo, não tem a necessidade de renunciar.

Além disso, teria aqui na Câmara um suplente, um porta-voz do partido, e que poderia encaminhar suas demandas e vice-versa.

Também poderia exercer a tribuna como secretário, em qualquer votação, salientando meu posicionamento. Só não teria direito a voto, mas o presidente também não terá.

Quanto a esses rumos, quais seriam?

Meu pensamento é quanto à ordem e o andamento da Casa.

Sinceramente eu temo a falta de harmonia ou respeito entre as instituições. Acredito que tentarão colocar posicionamentos contrários, como o meu, no limbo. Recentemente, participei de uma audiência pública conduzida por um dos membros do grupo do vereador Osmar, e mesmo estando inscrito para o uso da Tribuna, o nobre colega utilizou de todos os artifícios para impedir meu pronunciamento. O vídeo está na internet. Quem quiser ver, pode conferir. Esse tipo de situação é desgastante. Mais ainda é ver em um ano de atuação, aflorar dentro da Câmara situações em que um determinado colega, e até mais de um, demonstra desonestidade, desrespeito, inveja e apatia, votando, inclusive, movido pela raiva ou rancor.

Mas esse seu posicionamento é direto ao presidente? Existe alguma ranhura na sua relação com o Osmar Santos?

Não! Não tenho nada contra a pessoa do presidente Osmar. Porém, ao longo das reuniões o que pude perceber é certo destempero, ele é meio afoito. Lembro-me de determinado momento em que ofendeu a índole do chefe do executivo, vindo depois a desculpar em publico. Não desejo que esta situação se repita.

Pois vamos perder a harmonia entre os poderes. Harmonia essa que é um dos principais basilares da constituição.

Qual cargo você ocuparia no executivo?

O que o seu eleitor pensa sobre isso?

Hoje as pessoas chegam até a gente falando sobre a questão. Uns alegam ter confiado o voto para alguém que seria um legítimo fiscalizador. Outros sentem que teria uma ação mais objetiva no executivo, contribuindo para a mudança desejada. As situações devem ser analisadas. Precisamos, por exemplo, analisar a questão da autonomia para tomada de decisões. Acredito que o ano de 2018 será um ano de avanços. Primeiro, porque deu tempo de

o direcionamento destes planos?

Pela forma que se posicionaram alguns vereadores, minha ideia é ficar. Sinto-me que a Câmara precisa de mim mais que nunca. Sinto que precisarei da ajuda de outros colegas. Vai ser um ano de embates. Por isso, não vou me ausentar da Casa. Vou ficar aqui e fiscalizar os projetos, especialmente os que envolvem a sociedade, como no caso dos loteamentos. Eles não podem ser aprovados e passar pela Casa da forma como foi colocado na última reunião. Temos leis a serem cumpridas, especialmente uma de autoria do vereador Juliano da Boa Vista (PSD), que diz respeito à aprovação de empreendimentos imobiliários pela Câmara. A forma como foi colocado em discussão na última reunião é inadmissível. Sem parecer jurídico ou do Codema anexos; ao toque de caixa. Isso não vai acontecer enquanto estiver lá.

Então vai fiscalizar também de forma intensa o legislativo em 2018?

Em relação às questões internas eu temo pelo bom exercício da gestão da Câmara. Ela está nas mãos de alguém que buscou a aceitação das contas do ex-prefeito Paulo Cesar, rejeitadas pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais. Nestes últimos anos, vi vários presidentes utilizando os recursos da Câmara de maneira irresponsável. De acordo com tudo que ouvi até aqui, especialmente nos dias que antecederam a eleição da nova mesa diretora, penso que todos os avanços da última gestão podem cair por terra. Sou a favor de direitos, mas contra os privilégios, sejam de vereadores ou servidores. Esse ano, construímos uma boa imagem com fim da verba de gabinete, que impediu o uso irresponsável de combustível por parte de vereadores. Tivemos ainda, o fim do apostilamento, que proporcionava a incorporação de vantagens inconstitucionais ao salário dos servidores.

O que levou a essa construção política, formada inclusive por vereadores que eram da base do executivo?

Essa construção é o que nutre o meu receio quanto ao futuro da cidade. Temo que acordos tenham sido feitos entre quatro paredes para que a chapa pudesse ser vitoriosa. Um exemplo, é que até poucas horas antes da eleição, a vice-presidente, Terezinha do Salão (PTB), que foi eleita na chapa vencedora, era a nossa candidata à presidência, inclusive com os votos

Ao seu modo de ver como tem se colocado a opinião pública quanto a essas questões?

Vejo e tenho conversado com inúmeras pessoas, inclusive que não votaram em mim. Eles defendem a minha permanência.

Clamam pelo trabalho de fiscalização que foi feito até aqui. Na cabeça do eleitor surgem dúvidas sobre como e quem seria capaz de levar adiante esse processo de fiscalização. Vejo bons nomes ali dentro. O vereador Jadir Chanel está se mostrando cada vez mais firme em suas convicções; o pastor Giovani é extremamente lúcido durante as discussões. Além disso, acredito em uma ou duas rápidas dissidências no Bloco “União e Força”. Sobre a minha permanência, tenho conversado com colegas vereadores, e até o fim desta semana, espero ter conversado com todos. Alguns defendem a ideia de uma transição para o executivo, outros manifestam a necessidade de um grupo forte. Eles temem a pressão dos “vitoriosos”, sem o nosso apoio e oposição. No entanto, vejo o desejo de minha permanência para que a Câmara continue tendo um norte de isenção na análise de projetos, sobretudo os mais complexos. Assim, pelo que já foi dito nessa entrevista, opto pela permanência, em respeito à voz da maioria da população, deixando claro para todos, inclusive dentro da Câmara, que poderão redobrar sua atenção, pois a partir de hoje fiscalizo com intensidade não somente o executivo, mas as próprias ações do legislativo.

Para finalizar quais os planos concretos para 2018?

O certo é que estou ouvindo todos, eleitores, não eleitores, membros dos mais diferentes grupos políticos, e até mesmo, pessoas de fora do município de Nova Serrana. Há duas certezas que eu tenho: uma é que eu continuarei desempenhando o meu papel. Já a segunda, como optei por permanecer na Câmara, a decisão por ser candidato por deputado estadual em 2018 é de 100% de certeza, contando com o apoio do então deputado estadual e pré-candidato a deputado federal Fabiano Tolentino, com o qual estarei reunido no fim de semana para conhecer toda a equipe de trabalho, que certamente levará também o meu nome pela região. A decisão da candidatura é minha, mas a decisão da vitória é de cada um que acredita no trabalho, na coerência e na ética. Sinto que tenho incomodado muita gente. Sei que daqui para frente muitos baterão em mim. Mas vejo isso com bons olhos, pois ninguém bate de graça e nem bate em cachorro morto.

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nhuma margem de êxito quanto ao trabalho que esperamos desenvolver em 2018. Nos tornamos o principal veículo de cobertura jornalística, princiCaro leitor, se alguém tinha duvida do que este Po- palmente no que tange a questões politicas. Invespular seria em 2017, pelo visto, não deixamos ne- tigamos, noticiamos e expusemos o que nenhum

outro se propôs a fazer na cidade e aqui hoje neste editorial em forma de retrospectiva, ou nesta retrospectiva em forma de editorial nos despedimos do ano que foi sem dúvida impar para nossa equipe e posicionamento.

246 dendo o estado na Ed 112 46.

Tocamos em assuntos delicados como o suicídio, e quando muitos acreditavam que esse tema não deve250 levantamos ria ser tratado em um jornal, na Ed 11250 a bandeira e reforçamos que precisamos sim tocar no assunto. Por falar em assunto delicado questões como a violência contra a mulher também teve destaque em 14. nossa capa na Ed 13 131 Batemos de frente com outro problema, a criminalidade, uma vez que essa é talvez a área que mais mancha a imagem de Nova Serrana. Abordamos o assunto mostrando o que a polícia vem fazendo para combater o tráfico na Ed 1305 1305, a importância de ações 1 e aponpublicas de prevenção às drogas na Ed 135 1351 tamos que a criminalidade, a violência só pode ser

16. combatida com educação Ed 13 131 Mas como nem tudo são flores mostramos que a im25 1, cripunidade é um fator a ser combatido na Ed 1125 251 ticamos os padrões de justiça e nos sensibilizamos com o latrocínio ocorrido na cidade, onde um jovem passou a ser conhecido após sua morte na porta da igreja, já o rosto do bandido esse não foi exposto, afi277. nal a vitima tem rosto, o criminoso não, Ed 112 Em 2017 noticiamos que Nova Serrana se tornou a segunda maior cidade do Centro-Oeste na Ed 1320 1320, e com isso apontamos também outros problemas como a falta de medicamentos exposto na Ed 1306 1306, já apontando o colapso do estado.

E por falar em Estado uma das suas principais estatais a Copasa esteve mais presente em nossas capas

Foram ao longo de 2017, 236 edições publicadas e 151, mostrando as começamos o ano na edição (Ed) 111 perspectivas para a cidade com um novo nome à frente do executivo municipal. Mostramos desde o início, flagelos sociais como as invasões retratadas na Ed 1189. Fizemos Questão de responsabilizar também a população pelos problemas vivenciados na cidade e a não vacinação de crianças contra o HPV foi um qua205 dro inaceitável exposto na Ed 11205 205.

Os 100 dias do governo de Euzébio Lago chegou na Ed 1217 e o prefeito se posicionou e se comprometeu com questões como a reforma administrativa que ainda não veio efetivamente.

Ainda sobre política apontamos o início da decadência, ou melhor do desespero do Governo de Minas, ven-

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do que a água na casa dos cidadãos de Nova Serrana.

274, Em destaque abordamos a falta de água nas Eds 112 13 10 e mostramos na Ed 1322 que pela empresa só 131 faltava o liquido da vida, porque as desculpas eram muitas e mais do que frequentes.

Ainda no meio ambiente, na Ed 1306 choramos, não tanto quanto as árvores, pelos cortes e podas realizadas sem muitas explicações pelo executivo e na Ed 1328 1328, agradecemos a aprovação e instituição do Codema, ou melhor o meio ambiente agradeceu. Porém não deixou de mostrar neste fim de ano sua força ou revolta com a falta de atenção, e cuidados com a natureza, o que causou nada mais do que uma noite de terro 76. em meio às chuvas noticiada na edição 13 137 O executivo no entanto, mesmo que tardiamente apren-

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deu a se comunicar e anunciou aqui de forma exclusiva a Ed 1326 a vinda de dois hospitais para o município, realizando assim o sonho de muitos e prometendo a solução para grande parte dos problemas da saúde pública vivenciadas não só aqui, mas em todo o Brasil.

A política municipal foi palco de muitas ações, contradições, polêmicas e conquistas para a cidade. Em 265 2017, na Ed 11265 265, Osmar Santos afirmou que tinha gente passando a mão no dinheiro público, e o prefei266 to respondeu a altura na Ed 11266 266.

Nos envolvemos em denúncias, reviramos a lama do 295 295, protestamos contra a imoapostilamento na Ed 11295 ralidade de vereadores que queriam beneficiar seus 1 e coapadrinhados com o apostilamento na Ed 133 1331 memoramos a vitória da moralidade e o fim da pratica

dos super salários na Ed 1336 1336.

71 o que muitos (a quem nos inNoticiamos na Ed 13 137 cluímos) pensavam ser o fim de uma era política com a reprovação das contas do Ex-prefeito Paulo Cesar de Freitas pela Câmara. Porém na própria Casa do Legislativo o ex-prefeito promoveu uma jogada articu1 e elegeu para a presidênlada retratada na Ed 138 1381 cia do legislativo no ano de 2018 o seu grupo.

Pelo que tudo indica e mostramos nesta edição, a última de 2017, teremos em 2018 um ano repleto de notícias, acontecimentos e fatos que precisam chegar até você caro leitor. Assim encerramos esse ano de 2017, reforçando nosso compromisso com você, mandando o recado para todos, seremos mais Popular do que nunca no ano de 2018 que em breve se inicia.

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