Deputado Fábio Avelar foi relator de projeto que beneficia região do Médio Piracicaba
Nova Serrana-MG, quinta-feira, 24 de maio de 2018 | Ano XIII | Nº 1464 | R$2,50
Invasões legalizadas?
Polêmico projeto de lei 117/2017 é aprovado na câmara Municipal e opiniões se divergem quanto a legalidade, funcionalidade e até mesmo sobre a moral imputada sobre a pauta
NOVA SERRANA-MG | QUINTA-FEIRA, 24 DE MAIO DE 2018 | ANO XIII | Nº 1464
2 Deputado Fábio Avelar foi relator de projeto que beneficia região do Médio Piracicaba Dentro dos trabalhos na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Fábio Avelar atuou em um projeto que beneficia 18 municípios, na região conhecida como Médio Piracicaba, área abrangida pelos municípios de Alvinópolis, Barão de Cocais, Bela Vista de Minas, Bom Jesus do Amparo, Catas Altas, Dionísio, Ferros, Itabira, João Monlevade, Nova Era, Nova União, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José do Goiabal e Taquaraçu de Minas, todos no centro do Estado. O Projeto de Lei 4.261/2017, de autoria do deputado Nozinho (PDT), tem por objetivo a criação de uma política de desenvolvimento industrial da região do Médio Piracicaba. Com a relatoria do deputado Fábio Avelar, na CDE, foi aprovado o substitutivo nº 2, que tomou por base o substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O novo
texto visa corrigir inadequações terminológicas e repetições de dispositivos, definir qual seria a região do Médio Piracicaba e adequar a proposição à melhor técnica legislativa. O artigo 1º estabelece as diretrizes da política; o 2º trata do respeito ao perfil econômico da região; o 3º versa sobre os incentivos fiscais e financeiros; e o 4º define as competências do
Executivo para a implantação da política. O Médio Piracicaba corresponde à microrregião Itabira do IBGE e possui uma economia fortemente baseada na extração mineral. Está localizada entre a Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço. A intenção do projeto, segundo justificativa do autor, é incentivar o crescimento de ou-
tros setores na região, notadamente os de base tecnológica, pois ela vem apresentando deficiências econômicas estruturais e prescinde de uma diversificação da atividade onde a mineração está instalada, inclusive com o aproveitamento do parque educacional existente, formado por conceituadas universidades de tecnologia. O substitutivo nº 2, de autoria do deputado Fábio Avelar, ressalta algumas diretrizes da política de desenvolvimento industrial, entre elas, a diversificação da matriz produtiva; o investimento em indústrias de base tecnológica, com o aproveitamento do parque educacional da região; a ocupação de áreas industriais ociosas; o fortalecimento das micro e pequenas empresas de base industrial; a integração multimodal da rede de transportes, para facilitar e reduzir o custo do deslocamento de insumos, produtos e mão de obra; a participação de representantes da sociedade civil organizada em todas as fases de elaboração das políticas de desenvolvimento industrial.
As demais perspectivas da verdade absoluta O ser humano é uma figura que vive em busca de uma verdade! Nós normalmente estabelecemos verdade através de um sistema de valores. Esse sistema de valores passa necessariamente pelo conjunto ético e moral de uma sociedade. Essa busca pela aceitação de um ponto de vista como a verdade absoluta passa por um choque entre o relativismo moral e o dogmatismo. Pela parte do relativismo moral a verdade se torna algo vinculado à moral daquele grupo, do meio em que se está inserido, e ai família, amigos, escola, pensamento e grupo político se tornam as diretrizes para que essa verdade seja encontrada. Já pelo dogmatismo a verdade tem caráter absoluto. Ele apresenta uma série de princípios e valores que são indiscutíveis, assim podemos observar que a religião no Brasil tem como diretrizes leis que se tornam verdade a ponto de determinar quem vai ou não para o céu. Jean Paul Sartre, levando em conta o existencialismo entente que a verdade está na essência do indivíduo, ela é resultado dos valores de uma sociedade. Aqui, neste exato pensamento filosófico convidamos você a refletir neste editorial, afinal o que se tem visto principalmente quanto ao debate referido ao projeto 117/2017 aprovado na Câmara, são pessoas querendo determinar que a sua verdade, conduzida por sua essência se tornem uma verdade absoluta. Em nossa matéria veiculada nessa edição, este popular se ateve a essa visão. Temos amigos e leitores de direita, esquerda, que apoiam a Paulo Cesar, que apoiam a Joel Martins, que apoiam a Euzebio Lago. Temos leitores que são populares que sofrem com as condições de falta de moradia e temos empresários que veem o bairro José Silva de Almeida como uma oportunidade que foi dada para alavancarem seus negócios. Temos os oportunistas que compram e revendem lotes que não são seus, temos oportunistas que queriam apenas ganhar dinheiro com especulação imobiliária, temos políticos com intenções sociais e políticos com intenções eleitorais. E em meio a todos esses diferentes ângulos de leitura e posicionamento, talvez eu e você tenhamos a posição prepotente de querer que nossa visão, nossa opinião, nossa verdade seja efetivamente um ponto absoluto e correto diante de todo esse contexto. O vereador Adair da Impacto disse na reunião que não se faz projetos pelas redes sociais, alguns afirmaram que a verdade do vereador foi uma cutucada em nossos amigos que interagem e debatem questões políticas. Preferimos acreditar na verdade de que ele queria dizer que a população deve comparecer a Câmara como aconteceu na reunião de terça-feira. Contudo a verdade do legislador não é absoluta uma vez que ela não atende a todos, e se ele, nós do popular ou você caro leitor tivermos essa opinião unidirecional vamos acabar caindo nos mesmos equívocos daqueles que tanto criticamos. Essa pauta, como tantas outras não devem ser vistas de forma única. A leitura de cada cidadão deve se dar ao compreender o contexto de um todo e por isso nessa edição através de técnicas de jornalismo literário, apresentadas com genialidade por Truman Capote em 1966, ilustramos em nossa matéria diferentes pontos de vista, para que você tenha sua leitura não amparada apenas em uma perspectiva. Entendemos que é difícil, no entanto, deixarmos de lado nossa essência como dizia Sartre, mas é necessário afinal para sermos diferentes daqueles que marginalizamos precisamos de ter uma postura diferente e para que isso aconteça o primeiro passo é abrimos nossa mente e nos propormos a ler além de nossa perspectiva. Se conseguirmos superar essa posição passamos a ser superiores aos nossos nobres políticos, que tomam como perspectivas seus próprios umbigos e seus projetos eleitoreiros. Se tivermos a maturidade de estabelecer a nossa verdade amparada em diversas perspectivas, teremos capacidade de construir uma sociedade saudável de verdade, sem partidarismo, mas com verdades de fatos e não de achismos rasos ou infundados.
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Câmara aprova projeto que pode legalizar invasões no bairro José Silva de Almeida * Thiago Monteiro thiago@opopularns.com.br
Foi aprovado na Câmara Municipal de Nova Serrana, na reunião ordinária da última terça-feira, dia 22 de maio, o projeto de lei 117/2017, de autoria do vereador Osmar Santos (PROS), que dispõe sobre a regularização dos terrenos invadidos no bairro José Silva de Almeida. O projeto que carrega consigo a polêmica de aparentemente ter tornado as invasões legais no bairro em questão foi aprovado com emendas de autoria do vereador Willian Barcelos (PTB) que foram apresentadas em plenário, e contou com cinco votos contrários e sete votos a favor. Com a presença de aproximadamente 350 pessoas que durante a solenidade geraram muita interferência popular, o projeto que segundo o presidente seria colocado em pauta na semana que vem teve sua votação antecipada. Segundo o presidente a antecipação se deu pelo fato de que já se passou muito tempo sem que nada fosse feito e a polêmica por detrás da pauta deveria acabar. Após toda a cobertura e busca de posicionamentos do fato por meio de nossa equipe de jornalismo, o Jornal O Popular, preparou esta edição especial com uma narrativa diferenciada expondo diversas perspectivas sobre o projeto aprovado.
Populares I Lá no interior destas Gerais, no sertão onde a vida não é rica, não é próspera, não é sadia, Maria e João ouviram um boato de que no centro-oeste, uma cidade chamada Nova Serrana seria o tesouro brasileiro que no serrado jamais seria encontrado. Em uma atitude gerada por um sonho, eles e seus dois filhos venderam o pouco que tinham, juntaram suas roupas em uma mochila e colocaram o pé na estrada, dormindo com a ideia de que aqui em Nova Serrana teriam uma vida de verdade. Ao chegar à cidade perceberam que trabalho para os honestos não faltam, mas na verdade não faltava apenas isso, afinal o custo de vida era alto, aluguel superfaturado, alimentação, falta de vagas em creches para deixar os filhos e ainda preocupações como criminalidade bateram de frente com o sonho como um soco bem dado no queixo. Aos trancos e barrancos Maria e João passaram três anos trabalhando, mas o dinheiro mal dava para comer, afinal sem estudo, sem qualificação não se pode obter algo tão valoroso. A falta de sorte fez com que Maria perdesse o emprego, e os “bicos” foram a solução. As contas começaram a bater na porta e com três meses com o aluguel atrasado os levaram a ser despejados. O sonho do tesouro começou a ser visto como pesadelo, contudo, um conhecido falou que em um lugar na cidade havia terra, havia lote, e mesmo sabendo que aquele pedaço de chão não era seu, João optou por fazer um barraco, de lona, que alguns meses depois se tornaram de tijolos, e ali, naqueles três cômodos em uma área invadida, a família que não tinha nada passou a morar. Na cabeça da família que apesar de morar em um lugar sem infraestrutura alguma se instaurou o sonho de oficialmente algum dia, algum político olhar para eles assim como olhou para empresários há anos atrás. Esse dia chegou, e em meio a toda a discussão, João se aproxima de vereadores que são contra a votação do projeto que ressuscitaria o seu sonho e afirma “você tem sua casa vereador, os empresários tem dinheiro para construir onde quiser, covardia é você por interesse votar contra quem precisa”. O nome de João é ilustrativo, mas as falas ditas por um popular na 15ª reunião ordinária são verídicas, assim como é verídico que esse relato é semelhante ao de dezenas de famílias que voltaram a sonhar com a aprovação do projeto de lei 117/ 2017.
Populares II O Brasil é a terra dos espertos já diziam; ser brasileiro está relacionado a ser malandro e trabalhar honestamente nem sempre é valorizado socialmente, afinal, ficar rico trabalhando é algo que poucos conseguem. Nova Serrana sim é a cidade das oportunidades, mas nem todos que chegam a essa terra buscam por um enriquecimento honesto. Muitos chegam aqui para usar da fragilidade so-
cial e se não são malandros, o convívio com tantos outros os tornam tão imorais quanto aqueles bandidos que vemos de terno e grava nos noticiários e páginas de jornais. Wilson é um destes, ele trouxe sua mãe para Nova Serrana e a ela prometeu uma vida que outrora não tinha. Envolvimento com atos ilícitos, proporcional ao rapaz colocar comida farta na mesa sem nem ao menos trabalhar oito horas por dia. Certo dia recebeu de um amigo uma bocada, invadir e comercializar terrenos é o grande trunfo, afinal vender o que não é seu por uma bagatela considerável é um negócio da china, ou melhor de Nova Serrana. Uma, duas, três casas em bairros e invasões diferentes, dizem que o rapaz quase se torna um empreiteiro, afinal ele constrói barracos e vende a preço de suor para trabalhadores que sonham em deixar a casa própria. Do nada ele passa a ter interesse em uma pauta aprovada na Câmara, pois no bairro José Silva de Almeida ele tem apenas quatro barracos construídos em invasão alugados, sim, estão alugados, ele ganha em cima do que não é seu. Quando aprovado o projeto 117/2017, próximo a tribuna o rapaz comenta, “isso foi como ganhar na loteria, casas aqui de graça é algo que poucos conseguem”. Afirma o indivíduo que acompanhava de dentro do plenário a votação. Como no texto anterior o nome é fictício para resguardar a pessoa, contudo a afirmativa, foi ouvido por nossa reportagem, durante a cobertura da votação. Semelhante a ele muitos outros estão comemorando o fato de que agora poderão legalmente tirar proveito da situação.
Empresários I Marcos passou a vida trabalhando em chão de fábrica. Muito novo veio com os pais para Nova Serrana. Alguém dizia que pelos lados de cá o emprego era farto e o trabalhador conseguiria se tornar afortunado. Ao contrario da maioria, Marcos trabalhava de dia e se dedicava aos estudos à noite, aos pouco foi obtendo formação e ganhando a confiança do seu patrão. Ele economizava cada centavo que podia, e seus esforços passaram a ser reconhecidos por seu patrão, e isso fez com que após anos de trabalho Marcos tivesse condição de prestar serviço para seu antigo patrão agora colega de mercado. O aluguel porem era um dos problemas vivenciados por ele, galpões com pouca estrutura sendo alugados por R$ 10 mil, R$ 15 mil faziam com que seu lucro escorresse pelos dedos e a incerteza de que teria tomado o rumo ideal profissionalmente começava assolar seus pensamentos, pois ficava cada vez mais difícil colocar comida em casa e assumir as responsabilidades com seus empregados. Quando estava prestes a fechar sua empresa o micro empresário desabafando com um amigo, ouviu dizer que seus problemas seriam resolvidos, um empresário da cidade havia ganhado da prefeitura um lote em um bairro da cidade e
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5 por questĂŁo meramente polĂtica. “Esse projeto ĂŠ meramente polĂtico, empiricamente ele nĂŁo altera praticamente nada, ĂŠ na verdade algo sem valor prĂĄtico algum, agora caso o execuLucas Couto tivo nĂŁo concorde ele tem o direito de nĂŁo sancionar a lei, como em todos os outros casos, apesar de que se sancionar nada alĂŠm de questĂľes politiqueiras mudam para eleâ€?, expos nosso analista jurĂdico.
Nota do Executivo Após entrarmos em contato com o executivo municipal este Popular recebeu uma nota oficial exclusiva encaminhada pelo setor de comunicação da prefeitura de Nova Serrana. Confira. PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA SERRANA ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ Nº: 18.291.385/0001-59
1RWD DR -RUQDO 2 3RSXODU 1RYD 6HUUDQD GH PDLR GH 6REUH R 3URMHWR GH /HL D 3UHIHLWXUD GH 1RYD 6HUUDQD LQIRUPD 7UDWD VH GH XP 3URMHWR GH /HL GH LQLFLDWLYD GR /HJLVODWLYR 0XQLFLSDO GH DXWRULD GR YHUHDGRU 2VPDU )HUQDQGHV GRV 6DQWRV TXH DXWRUL]D R ([HFXWLYR D SURPRYHU D UHWURFHVVmR DR SDWULP{QLR S~EOLFR PXQLFLSDO GH ORWHV QR EDLUUR -RVp 6LOYD GH $OPHLGD H D SURFHGHU D UHJXODUL]DomR IXQGLiULD 2 3/ IRL DSURYDGR QD GDWD GH RQWHP GH PDLR PDV D SURSRVLomR GH OHL TXH p R WH[WR
estaria disposto a vender o imóvel, R$ 35 mil seria o custo que poderia ser quitado em parcelas. Com a escritura em mãos Marcos acreditou que essa seria a sua grande oportunidade e aà investiu cada centavo. Na verdade perdeu cada centavo, pois alguns anos após ter comprado o imóvel descobriu que seu terreno havia sido ocupado por invasores. Um tal de João e Maria haviam ocupado seu lote e agora a desapropriação seria um processo caro, desumano e claro, praticamente inviåvel por se tratar de uma årea em que o executivo não cumpriu com sua responsabilidade, e ågua, luz e calçamento não serão investimentos a serem realizados tão cedo naquele empreendimento.
EmpresĂĄrios II Ser empresĂĄrio no Brasil ĂŠ complicado, uma carga tributĂĄria extremamente alta, produtos e custos de produção cada vez mais elevados, e ainda uma legislação trabalhista que nĂŁo favorece os ganhos de quem quer agir de forma direita com os empregados. Ciente desses problemas um prefeito abre um empreendimento que visa o crescimento da cidade. A intenção do gestor! Bom, alguns afirmam que estava cheia de interesses polĂticos, uma compra de votos talvez! O fato ĂŠ que mais de 200 empresĂĄrios da cidade ganharam, ou melhor, compraram com taxas irrisĂłrias os terrenos em um empreendimento no meio do nada. A prefeitura prometeu um parque industrial que com a derrota nas urnas jamais surgiu. E dai um paradoxo se instaurou afinal como investir na instalação de uma indĂşstria em um local que nĂŁo tem ao menos luz e ĂĄgua? De contrapartida, sĂŁo terrenos na cidade que mais cresce em minas. Alguns afortunados entĂŁo se enriqueceram ainda mais comercializando os lotes, outros se enriqueceram, ou tentaram comprando terrenos a preço de banana pensando em um futuro promissor para o local. Contudo apesar de terem em mĂŁos escrituras, as mesmas afirmavam que os empresĂĄrios teriam apenas quatro anos para investirem e construĂrem seus galpĂľes, passando disso o direito seria perdido, mas isso sĂŁo apenas detalhes porque quem tem dinheiro no Brasil e em Nova Serrana nĂŁo ĂŠ diferente, tem plenas condiçþes de reverter qualquer processo, afinal de cega nossa justiça nĂŁo tem absolutamente nada.
PolĂticos Dezoito anos, pode se dizer que o loteamento JosĂŠ Silva de Almeida jĂĄ ĂŠ grandinho e maior de idade. Com 18 anos a obrigatoriedade de votar jĂĄ ĂŠ uma realidade e se o atual gestor quiser contar com os votos dos moradores da comunidade em questĂŁo deve ter maturidade de assumir um imbrĂłglio que passou nas mĂŁos de Paulo Cesar (o pai do problema) e Joel Martins (O padrinho do problema). Pai e padrinho porque passou nas mĂŁos dos dois, um criador e outro observador do crescimento da situação e nada, absolutamente nada foi feito. Nesse tempo tambĂŠm passaram vereadores e inclusive o atual prefeito, como presidente da casa viu o problema se estender a nada optou por fazer. Agora vereadores por algum motivo se mobilizam para tentar resolver uma situação, contudo o problema social pode ser ampliado, uma vez a brecha se instaura para que demais populares tomem o mesmo rumo.
Objetivos eleitoreiros? Essas sĂŁo as afirmativas de empresĂĄrios que se sentiram lesados pela aprovação da pauta. Os polĂticos ainda nĂŁo se contentaram com a incidĂŞncia da polĂŞmica e desde jĂĄ avisam, a “invasĂŁo do planalto serĂĄ a prĂłxima a ser regularizadaâ€?, disse Osmar Santos, presidente da Câmara Municipal de Nova Serrana. Por outro lado cinco vereadores se posicionam contrĂĄrios Ă aprovação e prometem ser um encalço quanto Ă aprovação de pautas semelhantes. Para aqueles que duvidam que a presidĂŞncia e seu grupo estĂĄ realmente dispostos a colocar a mĂŁo nessa cumbuca, basta procurar na Câmara o projeto de lei 059/2018 que teve entrada dada no dia 16 de maio de 2018. Como aperitivo, essa nova pauta tem como abertura os seguintes dizeres: “Institui normas e procedimentos para a Regularização FundiĂĄria Urbana e estabelece os procedimentos para a retomada de imĂłveis do PatrimĂ´nio PĂşblico Municipal e sua destinação e dĂĄ outras providĂŞnciasâ€?.
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JurĂdico O projeto 117/2017 aprovado na Ăşltima terça-feira, trata-se de uma pauta autorizativa e devido a isso vĂĄrias colocaçþes e afirmativas foram pontuadas por todos, menos pelo jurĂdico da Câmara Municipal. Defendendo a reprovação da pauta, o vereador Jadir Chanel afirmou que o projeto nĂŁo tem valor, que o executivo nĂŁo necessita cumprir as determinaçþes do projeto e ilustrou de forma Ăşnica a pauta, afinal “seria como mandar alguĂŠm ir a merda, e a pessoa sĂł vai se ela mesma quiserâ€?, disse o vereador, explicando a importância da pauta. Por outro lado, Adair da Impacto defendeu que as coisas nĂŁo sĂŁo bem assim afinal, “caso o executivo nĂŁo cumpra a direção dada pelo projeto, o executivo vai cometer crime de improbidade administrativaâ€?, disse o vereador. Willian Barcelos que apresentou emendas de plenĂĄrio, disse entender que o projeto trata-se de um norte pois “com este projeto estamos autorizando o executivo a agir com determinadas medidas mediante a uma situação, apenas issoâ€?, pontuou o vereador. Contudo nosso departamento jurĂdico, apĂłs estudar a pauta, entende que “o projeto nĂŁo tem por si muito valor, afinal, ele apenas da ao executivo um direito que jĂĄ ĂŠ dele, nĂŁo se pode nem caracterizar como algo inconstitucional, pela câmara estar atuando em uma ĂĄrea que nĂŁo lhe corresponde pelo fato de se ter a palavra AUTORIZA, Ă frente de qualquer determinação feita na pautaâ€?, explicou o jurĂdico. Ainda segundo nossos consultores, nĂŁo ĂŠ necessĂĄrio que seja instituĂda um Ação Direta de inconstitucionalidade (ADIN), pois a pauta aprovada ĂŠ autorizativa, contudo, foi pontuado que caso o prefeito e sua equipe tĂŠcnica e jurĂdica nĂŁo concordem com a indicação, ele nĂŁo deve sancionar o projeto
Com votou cada vereador FavorĂĄveis Adair da Impacto (AVANTE), Gilmar da FarmĂĄcia (PROS), Terezinha do SalĂŁo e Willian Barcelos (PTB), Valdir Mecânico e Valdir das Festas Juninas (PCdoB) e Chiquinho do Planalto (PSD). ContrĂĄrios Pr. Giovane MĂĄximo e Jadir Chanel (MDB), Juliano da Boa Vista (PSD), Ricardo Tobias e Wantuir Paraguai (PSDB). Autores O presidente da Casa, Osmar Santos (PROS) nĂŁo pode votar devido ao regimento da casa, contudo afirmou que se tivesse a opção de voto, ele seria o oitavo vereador favorĂĄvel Ă a pauta. Willian Barcelos apresentou emendas de plenĂĄrio que foram aprovados com o projeto. A comissĂŁo de finanças apresentou uma emenda que tambĂŠm foi aprovada, alterando os valores quanto a receita dos beneficiados, ficando assim estipulado em trĂŞs salĂĄrios mĂnimos baseado na Cad Ăšnico
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