O Popular 1642

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Nova Serrana-MG, quinta-feira, 21 de março de 2019 | Ano XIV | Nº 1642 | R$2,50

Fenova trará cerca de mil lojistas para Nova Serrana Na próxima terça-feira, será oficialmente aberta em Nova Serrana a 23ª Fenova, a maior feira do setor calçadista de Minas Gerais com expectativa de um grande público e crescimento no índice de negócios concretizados

“Se o senhor não cumprir com o regimento, não vai terminar o seu mandato”


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Quem disse “Se o senhor não cumprir Berenice com o regimento, não vai V

Osmar Santos dispara contra Jadir Chanel:

terminar o seu mandato”

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presidente da Câmara de Nova Serrana, Osmar Santos (Pros), entregou um dossiê com toda a documentação comprobatória de ato de nepotismo por parte do vereador Jadir Chanel (MDB), ao referido edil, durante a reunião ordinária da última terça-feira, dia 19 de março. Segundo o presidente, os documentos entregues, referentes ao assessor que já foi exonerado comprovam a prática de nepotismo no gabinete de Jadir Chanel. “Está ai a documentação que comprova o parentesco, e gostaria de pedir ao senhor que comportasse de acordo com o regimento e respeitasse os cole-

gas de trabalho dentro e fora do plenário”. Disse Osmar. Intensificando as criticas o presidente direcionando a fala a Jadir Chanel e afirmou que “na rua a Câmara tem sido um exemplo de trabalho e o senhor esta nos envergonhando. Gostaríamos que o senhor pensasse bem antes de agir, para que medidas mais duras não sejam tomadas contra você. O senhor tem jogado o nome da instituição na lama. Fez denúncia no Ministério Público e depois voltou atrás, isso e feio para o senhor e para a instituição, então peço por gentileza respeite os colegas vereadores”. Afirmou o presidente. Por sua vez Jadir Chanel pe-

diu a palavra e respondeu. “Eu fui eleito sem fazer gratificação ou compra de votos, todos que votaram em mim votaram por minha personalidade e forma de ser. Eu jamais colocaria uma mascara para cumprir o que sou, irei cumprir meu papel no que é legal, moral e constitucional. Respeito a cada um dos vereadores pois somos todos diferentes. Eu gostaria que a casa respeitasse a pessoa que sou. Se eu tiver cometido na verdade algo errado quem vai determinar é o juiz, a denúncia já foi feita, eu vou responder por minhas atitudes, tenho ainda dois anos de trabalho”. Respondeu Jadir.

Diante das falas de Jadir Osmar então afirmou que “se o senhor não cumprir com o regimento, o senhor não vai terminar o seu mandato. Não vai terminar essa gestão se continuar com a palhaçada, a molecagem que o senhor vem fazendo. O senhor prega uma honestidade implacável, e se pegarmos os feitos de malandragem o senhor é o pior vereador da instituição, não vamos entrar nesse mérito, mas que o senhor cumpra o regimento e a lei orgânica porque se não cumprir o senhor vai se arrepender amargamente. Isso não é uma ameaça, mas se não cumprir com a lei vai pagar amargamente”. Finalizou Osmar Santos

ivemos a era da informação, da acessibilidade da informação. Vivemos em tempos onde todos, ab solutamente todos vivem em condição de emitirem suas opiniões e por instantes se tornam especialistas, autoridades; se tornam dignos de serem ouvidos, curtidos ou criticados. Em tempos onde um celular torna qualquer cidadão uma fonte de informação, onde qualquer câmera captura e reproduz a informação com maior velocidade que os próprios meios de comunicação, que, diga-se de passagem, utilizam as redes para se informarem de pautas e fatos ocorridos, acaba que a credibilidade do que se ouve, vê e fala é cada vez mais pertinente. Os formadores de opinião passam a ter um papel diferente, pois eles à frente dos meios de comunicação não tem mais os compromissos de dar a informação em primeiro lugar, eles tem o compromisso de assinar a informação e assim fazer com que os boatos ou fatos ainda não confirmados sejam ratificados como verdade. Nesse sentido o que nós do O Popular, como um dos principais meios de comunicação do Centro-Oeste percebemos é que, o fluxo e volume de informação ainda não é um fato bem digerido por parte da população, e aqui colocamos todo mundo na cumbuca, figuras públicas e privadas. As pessoas não sabem trabalhar, ou melhor, digerir o volume absurdo de informação que é todo dia regurgitado nas redes. Uns se posicionam de forma intransigente, outros trazem para si as dores das falácias e em meio a todo esse imbróglio o diálogo é refutado mesmo com tanto acesso as ferramentas de comunicação. Veja bem, as autoridades públicas nunca foram tão bombardeadas com informações, queixas, reclamações, protestos, elogios, ponderações, e pedidos. E o que em Nova Serrana se faz com isso? Absolutamente nada de construtivo. Em tempos onde a comunicação deveria ser a diretriz para o governo do novo tempo, de fato o diálogo não é nem de longe uma qualidade desta gestão. E não falamos somente do executivo, o legislativo também não é acessível às informações críticas como deveria. Os legisladores em sua maioria se escondem atrás dos atos para refutarem as criticas e acabam votando não por entendimento, mas por conveniência popular. Basta criticar qualquer político desta cidade que as flechas são direcionadas e ai você passa a ser tratado como oposição, mas efetivamente a que? Nós deste Popular somos tratados como oposição em todas as esferas políticas, porque simplesmente nos comprometemos a expor o que acontece de forma neutra. Assim, as autoridades que poderiam construir suas gestões de forma sólida com as críticas as tomam como pedras que devem ser tacadas de volta. Direcionando para outro lado, temos ainda a falta de consciência daqueles que usam as ferramentas de comunicação de forma impensada. Tudo que é postado traz para si suas consequências e sinceramente, por mais que uma figura seja política, que ocupe um cargo político ser chamado de jagunço ultrapassa os limites do bom senso, afinal por traz da figura que atua em cargo político existe também o profissional. E agora caro leitor, para emendar essas linhas soltas, buscamos um pensamento em comum, afinal, se a comunicação, o diálogo e as informações fossem tratadas de forma coesa, boa parte dos problemas vivenciados em nossa cidade seriam evitados. Se a prefeitura soubesse dialogar e informar, se os vereadores soubessem utilizar as informações para construírem um plano de atuação, se as pessoas que estão em torno do meio político soubessem interpretar e se posicionar de forma coesa, não teríamos tantos problemas pequenos, pífios e pessoas sendo retratados em Nova Serrana, se tornando protagonistas de ações falhas e rasas das autoridades de Nova Serrana. Como nada disso acontece, segue-se vivendo em uma cidade onde o “quem disse Berenice”, é tão verdadeiro quanto qualquer fato constatado na cidade onde o novo tempo trouxe de tudo, menos o trânsito e diálogo entre aqueles que foram eleitos para terem por quatro ano o poder.


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Fenova trará cerca de mil lojistas para Nova Serrana

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a próxima terçafeira, será ofici almente aberta em Nova Serra na a 23ª Fenova, a maior feira do setor calçadista de Minas Gerais e segundo informado pelo presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Andrade, a feira contará com um grande público e crescimento no índice de negócios concretizados. De acordo com as informações dadas pelo presidente em coletiva realizada nesta terçafeira, dia 19 de março, é aguardado um público superior a 2 mil pessoas durante os três dias do evento. “Estamos aguardando um público superior a 2 mil pessoas na feira, somente lojistas esperamos entre 800 e mil lojistas visitando os stands e fechando negócios com os expositores de nossa feira”. Disse Ronaldo. E a expectativa para o grande número de lojistas visitando os stands é confirmado pelo número de lojas que foram indicadas e participarão da feira com os custos sendo arcados pelo sindicato. “Esse ano teremos o maior número de lojistas com seus custos para participarem da feira patrocinados pelo Sindinova. Já temos confirmados 93 redes de lojas que foram indicadas pelas fábricas do polo calçadista e terão seus custos de translado e estadia pagos pelo Sindicato”. Explicou Andrade. Todos os esforços do sindicato para o aumento e participação dos lojistas serão ratificados com a superação das expectativas de negócios conclusos. “Esperamos que nessa edição tenhamos um crescimento de 10% quanto ao número de negócios concluídos em 2018. Outra ação para que isso aconteça é que lançaremos algumas campanhas exclusivas durante a feira, promoções que devem aquecer as rodas de negociações, mas não vamos divulgar com mais detalhes agora porque queremos que seja uma surpresa para os participantes”. Informou o presidente. Outro ponto que segundo Ronaldo Andrade coopera para o sucesso do evento são as datas comemorati-

vas que aquecem o mercado no primeiro semestre. “Nesta feira as marcas de Nova Serrana vão mostrar as principais novidades da coleção primavera-verão. O que também sinaliza que bons negócios serão realizados é o fato de que, esta será uma das últimas oportunidades para que o comerciante reabasteça suas lojas para as duas datas mais comerciais do primeiro semestre que são o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, então tudo indica que teremos um evento muito bem sucedido para o setor calçadista”. Projetou Ronaldo.

Mudança de Ótica Segundo o presidente do Sindinova, a Fenova não é somente a maior feira calçadista de Minas Gerais, mas também é a única feira do país feita exclusivamente com marcas e empresas do mesmo polo industrial calçadista. Conforme indicado “nenhuma feira do país acontece exclusivamente com marcas de fábricas de um mesmo polo. Todas as grandes feiras acontecem com participação de marcas de outras regiões, isso mostra a força de polo, de indústria, do calçado e do sindicato que faz um trabalho singular na promoção da indústria”. Apontou. Para o presidente outras mudanças devem acontecer em um projeto que será lançado em breve, mudando a perspectiva do calçado e a forma como as pessoas abraçam o calçado de

Nova Serrana. “Ao assumir a gestão do sindicato, traçamos com cerca de 20 empresários, estratégias para que novas ações sejam desenvolvidas e uma delas é a campanha de valorização do polo calçadista de Nova Serrana. Temos aqui qualidade, tecnologia, design, precisamos de ratificar essas qualidades junto a população, ao lojista e ao comprador final e com isso vamos aumentar o engajamento de todos para com a marca Nova Serrana”, afirmou Andrade. Ainda relacionado ao engajamento e identificação da população com o calçado da cidade, o presidente ponderou que “tão importante quanto retirar a imagem de falsificação é construir a imagem do polo e de suas qualidades. Aqui temos, por exemplo, calçados que são produzidos para as Forças Armadas, aqui temos empresas que fabricam para grandes marcas como a Wilson, que é especializada na modalidade esportiva, temos empresas que produzem para a Arezzo e grandes redes varejistas. Precisamos trabalhar enquanto comunidade a qualidade de nosso calçado”. Ponderou.

Feiras A 23ª Fenova acontece entre os dias 26 e 28 de março no centro de convenções de Nova Serrana. A solenidade inicial está marcada para as 9h e autoridades de vários setores já confirmaram sua participação na cerimônia de abertura do evento. Segundo informado pela Assessoria de Comunicação do Sindinova, ainda em 2019 será realizado a 24ª Fenova entre os dias 13 e 15 de agosto, e a Febrac, voltada para maquinas e equipamentos entre os dias 27 e 29 também de agosto.

“...Temos aqui qualidade, tecnologia e design, precisamos de ratificar essas qualidades junto a população, ao lojista e ao comprador final e com isso vamos aumentar o engajamento de todos para com a marca Nova Serrana..” * Ronaldo Andrade, presidente do Sindinova


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4 Vereador sugere que executivo crie “disque renúncia” Na terça-feira, dia 19 de março, durante a reunião ordinária da Câmara de Nova Serrana, o vereador Adair da Impacto (Avante) denunciou a situação dos buracos no bairro Romeu Duarte. Durante seu tempo regimental o vereador apresentou um vídeo encaminhado por moradores, expondo a situação do bairro, em ruas de grande circulação de automóveis e veículos de transporte público. Ao mostrar o vídeo o vereador Jadir Chanel (MDB) vice líder do executivo municipal na Câmara, tomou a palavra e informou que denúncias e solicitações podem ser feitas pelos próprios populares junto a prefeitura pelos telefones 199 e 153. Segundo Jadir, o executivo criou esses canais de denúncias para que a população pudesse levar à gestão as demandas e necessidades de intervenção por toda a extensão de Nova Serrana. Após Jadir Chanel ter informado os telefones o vereador Valdir das Festas Juninas (PCdoB), tomou a palavra e indicou que os canais não funcionam. Segundo o vereador “se nem ofício dos vereadores o executivo tem atendido imagina ligação de denúncia”, afirmou Valdir. Seguindo no raciocínio Adair da Impacto então firmou que o prefeito deveria criar em Nova Serrana o disque renúncia. “Indico que o executivo crie o disque 171, por este estelionato eleitoral criado pelo prefeito, que seja o Disque Renúncia, ai o executivo vai ver o que é discar, o que é ligar. Não damos conta de tantos ofícios de pedidos encaminhados ao executivo e nunca é atendido, não vamos deixar de lado essa situação que por hora esperamos que seja resolvido”. Finalizou o vereador

Câmara aprova aumento salarial para Agentes Municipais de Saúde Foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Nova Serrana, durante a reunião ordinária de terçafeira, dia 19 de março, o aumento salarial para os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias. O projeto aprovado fixa o piso salarial dos agentes no valor de R$ 1.250,00 que será pago retroativo ao dia 1º de janeiro de 2019 e ainda estabelece o valor da remuneração em R$ 1.400,00 para ser pago a partir de 1° de janeiro de 2020 e R$ 1.550,00 a partir de 1º de janeiro de 2021. Durante a reunião os vereadores foram uníssonos a reforçarem a importância do trabalho dos agentes em Nova Serrana e segundo o vereador Valdir Mecânico (PCdoB), seria importante que não somente o aumento salarial, mas também que fosse pago aos servidores o adiciona de insalubridade. “Os servidores têm um salário relativamente baixo diante dos riscos, eles estão diariamente batendo de casa em casa, nos finais de semana entram em lotes vagos, se expondo à riscos como picadas de animais peçonhentos, manipulando lixo e material que pode ser foco da dengue, eles deveriam receber além o salário o adicional de insalubridade”, ressaltou o veredor. Após a colocação de Valdir o presidente da Câmara apoiou as considerações do vereador. “Nunca tinha pensado por esse lado, e as considerações do vereador estão certíssimas, essa casa irá enviar um ofício ao executivo com sua sugestão, pedindo que seja vista a possibilidade de pagar aos agentes o adicional de insalubridade”, finalizou o presidente Osmar Santos.

DEPUTADO FÁBIO AVELAR BUSCA MAIS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA NOVA SERRANA Na busca pela regularização do Hospital São José, de Nova Serrana, e implantação do Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) e da hemodiálise no mesmo, o Deputado Fábio Avelar, dia 12/ 03, esteve reunido com o Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva. Ao lado deles estavam o Vice-Prefeito de Nova Serrana, Nelson Moreto, e a Secretária de Saúde do município, Glaucia Sbampato. “Estamos trabalhando, junto ao Governo de Minas, para regularizarmos o Hospital São José visando à implantação do CTI e da hemodiálise, dois serviços de saúde importantíssimos para a população de Nova Serrana”, defende o Deputado. A defesa do Parlamentar está correta, ainda mais se levarmos em conta que Nova Serrana, uma das cidades mais importantes do Centro-Oeste de Minas Gerais, possui, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), população estimada, em 2018, de 99.770 habitantes. Além disso, o município possui uma grande população flutuante, que vem à cidade, diariamente, para a prestação de serviços. São pessoas de vários locais, entre eles, Araújos, Bom Despacho, Divinópolis, Leandro Ferreira, Perdigão, São Gonçalo do Pará, entre outros. “Uma cidade como Nova Serrana, já com seus, cerca de, 100 mil habitantes, além dos inúmeros cidadãos que recebe todos os dias, não pode

Parlamentar demanda recursos, junto à Secretaria de Estado, para instalação de CTI e Hemodiálise no Hospital São José permanecer sem um CTI e um serviço de hemodiálise”, afirma o Deputado Fábio Avelar. O CTI garantirá aos pacientes, com indicação para o mesmo, a monitorização contínua, ou seja, 24 horas com a presença de equipe multidisciplinar com treinamento em alta complexidade, um ambiente seguro e a certeza da detecção precoce de complicação aguda, o que em outro setor do hospital não são possíveis. “Quantos cidadãos, às vezes, perdem a vida por não chegar a tempo

em um CTI. Com meu trabalho parlamentar, vou empenhar todos os meus esforços para conseguirmos ter, no Hospital São José, uma unidade para atendimento da população”, ressalta o Deputado. Com relação à hemodiálise, a intenção é que os pacientes de Nova Serrana deixem de viajar para outros municípios, como Divinópolis, para realizar o procedimento, que é muito desgastante, já que cada sessão chega a durar até 4 horas, lembran-

do que uma mesma pessoa pode realizar três sessões, ou mais, por semana. “Estamos lutando para que pacientes fragilizados pela doença, que percorrem quilômetros para serem atendidos em outros municípios, passem a contar com o serviço de nefrologia em Nova Serrana. O objetivo é melhorar a qualidade de vida da população, que não teria mais o desgaste da viagem, lembrando que a hemodiálise já não é fácil”, conclui o Deputado Fábio Avelar.

Nossa senhora em nome de Jesus rogai por nós


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5 Tragédias e ataques nas escolas: deixemos de ser espectadores!

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funesta manhã, do dia 13 de março, entra para a história, como um dos episódios mais lastimosos, vividos por nossas gentes; o brutal assassinato de oito pessoas, e ato contínuo, o suicídio dos homicidas, com o agravante de que tamanho despropósito ocorreu num ambiente pedagógico, expõe o quão frágeis são nossos valores basilares, e explicitam a banalização da violência aqui na terra Brasilis. Ter a bestialidade como trivial é uma realidade de longa data em nosso país. Mas os mortos não tinham rosto. Escondiam-se atrás de estatísticas que a rotina confinava nos rodapés das páginas de jornal. Só de quando em quando a imagem da chacinas nas grandes cidades chocava o país, desprevenido, comunicado pelo Jornal Nacional, entre uma novela e outra. De cadáver em cadáver, construímos uma ruína típica de guerra. Em novembro de 1999, um estudante matou três e feriu outros cinco, num cinema, em São Paulo. Era outubro de 2017, quando oito crianças e uma professora morreram depois que um segurança ateou fogo numa creche em Janaúba, pacata cidade do interior mineiro. Registraram-se espasmos do mesmo surto aqui e ali, em Goiás, no Paraná, no Pará… Eram reincidências menores que da matança de abril de 2011, quando um homem adentrou numa escola em Realengo (RJ), assassinando brutalmente, 11 crianças. Em dezembro de 2018, um atirador matou quatro fiéis após a missa, na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), e ato contínuo, suicidou-se. Nos últimos 11 anos, 553 mil pessoas foram assassinadas no Brasil; pra termos a exata noção do quão absurda é a violência em nosso país, para efeito de comparação, observamos que na Síria, assolada por uma guerra civil há mais de sete anos, houveram 500 mil óbitos resultantes do conflito bélico, no mesmo período. A crise civilizatória do nosso Brasil parece interminável. Bondade e solidariedade viraram gêneros de primeira necessidade, minguados na sociedade atual. Nossas gentes andam mal-humoradas. Alunos agridem professores e vice-versa. Conversa entre familiares vira bate-boca, e por vezes, descamba para a troca de farpas e não raramente, culminam com a violência desmedida entre os próprios consanguíneos. O debate político só é considerado eficiente quando uma parte consegue obrigar a outra a calar-se. Não obstante à esse preocupante cenário nosso presidente comunga da idéia de que a solução para a violência é disseminar a posse de armas. Assistimos atônitos à tragédia ocorrida em São Paulo, e buscamos explicações para tamanha barbárie, porém não nos damos conta, do necessário enfrentamento no seu nascedouro. A “ausência” e a permissividade dos genitores vêm desconstruindo nossas famílias; outrora, nossos pais eram autoridades, os respeitávamos; no entanto a geração da era digital, é desprovida dos valores primordiais, falta-lhes o sorriso e o olhar, daqueles que deveriam ser presença constante. Que tenhamos percepção e sensibilidade, que busquemos alicerçar nossas crianças e jovens, que saibamos, seguindo o exemplo de nossos pais, valorizar a essência; para além do debate armamentista, devemos redesenhar nossas famílias, para quiçá, termos uma sociedade onde impere o respeito e o caminhar seja harmonioso; busquemos essa utopia. Abençoada semana Graça e Paz

Presidente da Câmara pede que prefeito reveja cargo de Procurador Adjunto do Executivo municipal “As acusações de que a procuradoria atuaria contra o povo de Nova Serrana encontram um verdadeiro vazio na realidade dos fatos”

Mauro Soares

O advogado Rildo de Oliveirae Silva, procurador adjunto do município de Nova Serrana Durante a reunião ordinária desta terça-feira, dia 19 de março, o presidente da Câmara de Nova Serrana, Osmar Santos (Pros), usou a palavra para tecer críticas ao procurador adjunto da Prefeitura de Nova Serrana, o advogado Rildo de Oliveira e Silva. Segundo o presidente “o procurador adjunto deveria tomar atitudes para com seu entendimento e sabedoria jurídica beneficiar o povo de Nova Serrana, porque até agora todas as ações são somente para prejudicar o povo desta cidade”. Disse Osmar. O presidente seguiu suas criticas citando exemplos de ações que em seu entendimento foram contra o interesse popular. “Ele entrou com Adin proibindo que seja feita a regularização fundiária. O Tonho Moreira prontificou fazer a estrutura no Areias e pediu somente que o executivo fizesse o esgoto, o procurador entrou com uma Adin ganhou e agora o povo não terá nada. Temos umas 10 Adins, todas para prejudicar a população de Nova Serrana”. apontou Osmar. Ainda disparando contra o procurador Adjunto o presidente da câmara afirmou que “tudo que entrar na casa pelo bem da população o procurador adjunto é contra. Fizemos o projeto de lei impedindo o lixão na fazenda Cantagalo, ele é contra, o projeto da regulação das vagas de transferência, ele é contra. Aparentemente o que mostra é que ele não preocupa com o povo de Nova Serrana, principalmente os mais simples. Ultimamente ele inventou uma moda de entrar contra os vereadores. Ele deveria tomar vergonha na cara, ele não recebe para agir contra a população”. Afirmou o presidente. Por fim o presidente afirmou que o prefeito deveria rever o cargo de procurador adjunto do município, que até o momento, somente atuou contra os interesses do povo de Nova Serrana.

Com a palavra, o procurador adjunto Diante das colocações do presidente, nossa redação entrou em contato com o Procurador Adjunto da prefeitura de Nova Serrana, que de forma exclusiva para nossa redação se posicionou diante das colocações do presidente. Segundo Rildo de Oliveira e Silva, “o senhor presidente da Câmara dispara, liga sua metralhador e atira tentando fuzilar de todos os lados e com isso ele não se importa com quem e como vai atingir. As acusações de que a procuradoria atuaria contra o povo de Nova Serrana encontram um verdadeiro vazio na realidade dos fatos, ele citou alguns exemplos como as Ações Diretas de inconstitucionalidade (Adins). Quando uma lei é inconstitucional, no entendimento nosso e às vezes até por recomendação do Ministério Público (MP) propomos a Adin, isso acontece porque entendemos que a lei não tem como se aperfeiçoar na pratica”. Pontuou o procurador adjunto.

Trabalho da procuradoria Continuando Dr. Rildo explicou que “o trabalho da procuradoria é técnico. Evidentemente o gestor maior, o prefeito municipal, se não estiver gostando do trabalho da procuradoria o cargo é comissionado e o prefeito pode trocar quando ele quiser. Cabe também falar que o presidente falou em subprocurador e o cargo não é esse, na verdade é procurador adjunto, mas sabemos que ele é muito inteligente e vai procurar saber a aprender sobre isso”. Explicou. Segundo Dr Rildo é bom ponderar que a atuação da procuradoria é sempre em prol dos requisitos da administração pública que são a legalidade, moralidade, transparência e economicidade, sendo que o primeiro princípio é o da legalidade, tanto é que quase praticamente todas as Adins entradas pelo executivo a justiça acolheu o pedido.

Areias Brancas Seguindo nas considerações o procurador adjunto ainda informou que “no caso de Areias Brancas, não é uma Adin, é uma Ação Civil Pública, contra o loteador que foi citado pelo presidente. Foi feito o acordo na justiça e ele (loteador) se prontificou a fazer todas as obras. O presidente falou em seu discurso que os moradores não terão nada, então se assim for o loteador arcará com as multas que são milionárias e foram pactuadas no acordo diante da justiça. Não sabemos, no entanto, se isso que foi dito pelo presidente foi ouvido da boca do loteador, mas tudo bem o presidente quer disparar sua metralhadora ele usa sem dó nem piedade contra todos”. Ponderou.

Ataques pessoais e considerações finais Ainda segundo Dr. Rildo, “com relação aos ataques pessoais já era previsto, porque todas as vezes que você se opõe a interesses, você acaba sendo atacado. No cargo de advogado é uma função espinhosa, porque estamos sempre contrariando interesses de um lado e o cargo de procurador quando é atuante e incisivo ele contraria interesses, assim como acontece com o presidente, contrariando o que ele entende que deveria ser aprovado”. Considerou. Por fim o procurador adjunto ainda afirmou que “como sempre eles estão indo pela diretriz de quanto pior melhor, estão contra a administração do município, atacando o executivo. Eles não estão tão preocupados com o povo de Nova Serrana como colocam, estão preocupados com seus interesses, ou seja, quanto pior for à administração melhor para eles. O interesse não é em benefício do povo e sim em seus interesses próprios”. Finalizou o procurador.


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