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Nova Serrana-MG, terça-feira, 07 de maio de 2019 | Ano XIV | Nº 1665 | R$2,50

Prevenção, repressão e controle da criminalidade

60º BPM desencadeia operações, prende mais de 4.500 criminosos e promove redução em 500 crimes violentos no comparativo dos anos de 2017 e 2019

Em tom de ameaças e intimidação Documentos do Hospital São José são entregues a CPI e vídeo com recado para os vereadores é divulgado pelas redes sociais, onde vice-prefeito e presidente da comissão de intervenção do hospital, Nelson Moreto, fala p ara vereador mexer bem o doce


NOVA SERRANA-MG | TERÇA-FEIRA, 07 DE MAIO DE 2019 | ANO XIV | Nº 1665

2 Serranense perde por 3 x 0 e sonho de classificação para a elite do futebol mineiro é adiado

Com o revés, não somente foi eliminado na fase semifinal do Módulo II do Campeonato Mineiro, como também perdeu a chance de subir para a elite do futebol mineiro e estar entre as principais equipes de futebol profissional de Minas Gerais. O Serranense bem que tentou, mas a vantagem conquistada no primeiro jogo das semifinais não foi suficiente para garantir o acesso. A equipe de Nova serra-

na lutou, mas terminou der- quando o zagueiro do rota. Uberlândia, Adriano Martins, abriu o placar aos oito minutos da etapa final. Partida Após um primeiro tempo O Time do Serranense ficou disputado e nervoso, a equi- atordoado e aos 23 minupe do Serranense saiu de tos, novamente Adriano campo com o placar que ga- Martins marcou seu segunrantia a sua classificação, do gol no jogo, ampliando a ficando a partida em um em- vantagem da equipe da casa. pate de 0 x 0. Contudo a equipe de Nova Com o resultado contrário o Serrana se perdeu em cam- técnico do Serranense fez alpo logo nos primeiros minu- gumas alterações, e colocou tos do segundo tempo, em campo, Michel Araujo,

Dener e Anderson, porém as alterações não surtiram o efeito esperado. A equipe do Serranense partiu para o ataque buscando os gols da classificação, porém de forma desordenada, cedeu o terceiro gol, aos 47 do segundo tempo, quando o atacante, Jhulliam, deu números finais a partida, determinando a eliminação do Serranense e a classificação do Uberlândia para a elite do futebol mineiro.

Algo para se comemorar De fato o ano de 2019 já está chegando a sua metade, e para este ano já perdemos algumas perspectivas de comemorar. Na política uma CPI vem expondo talvez não irregularidades quanto à corrupção, mas já escancara o fato de que a atual gestão toma estratégias equivocadas e tem dificuldades em argumentar com políticos e cidadãos. Um problema pequeno se torna uma verdadeira dor de cabeça e a credibilidade se perde em peças de comunicação mal pensadas, ou melhor, pensadas com o estômago. Pela cidade algumas obras ficam a espera de serem efetivamente inauguradas, mas pela forma como as coisas andam, não serão necessariamente comemoradas, afinal a ponte já fez aniversário e nem o tradicional primeiro de maio, foi algo grandioso como vivenciado na cidade como em outrora. A esperança estava no futebol, que poderia ser o trunfo de um setor que não tem lá muito o que comemorar. Afinal no esporte não se tem nesta gestão grandes conquistas, ou grandes feitos, além da inauguração de um espaço que já estava em construção na gestão passadas e uma pista de skate. A comemoração, no entanto ficou apenas no cheirinho, no sonho de quem já esperava para ver Cruzeiro ou Atlético em campo na Arena do Calçado, para realizar uma das partidas do campeonato mineiro. Mas uma derrota deixou o sonho mais distante, e acreditem não foi na semifinal, e sim na última rodada da fase de grupo, quando o Serranense em casa perdeu para o Ipatinga e viu a classificação em primeiro lugar escapar entre os dedos. O time foi guerreiro, mas perdeu por 3x0, foi eliminado e o sonho da elite foi adiado, sim caro leitor, adiado e não interrompido porque em 2020 estaremos na beira do campo, torcendo, gritando e apoiando os atletas do Serranense. Se perdemos em campo então temos que comemorar o fato de que na segurança pública as coisas estão efetivamente melhores. Comparando o primeiro quadrimestre de 2017 com 2019 o que percebemos é que uma significativa evolução quanto ao combate aos crimes violentos e roubos pode ser comemorada. Em 2017 de janeiro a abril foram 862 crimes violentos, em 2019 362, ou seja 500 crimes a menos sendo cometidos na cidade que já foi considerada uma das mais violentas de Minas Gerais. Se temos algo para comemorar, que seja o fato de que a cidade está mais segura, está com mais policiais na ruas, está prendendo bandidos e de 2017 a 2019 foram pelo menos 4500 criminosos presos por atos delituosos. Temos que comemorar o fato de que temos heróis em nossa cidade, temos que comemorar o fato de sermos uma cidade de gente trabalhadora. Temos que comemorar o fato que as policiais Militar e Civil, juntamente com o Ministério Público tem sido aguerridos e a cidade do desenvolvimento, tem crescido com maior sensação de segurança nos dois últimos anos. Quem tem que comemorar isso, no entanto é a população e não os políticos, afinal, as autoridades políticas não fazem mais do que a sua obrigação em auxiliar as forças de segurança a executarem o seu papel com maior eficiência. Os políticos efetivamente não têm o que comemorar, porque promover segurança é o dever dos gestores públicos, atribuídos a eles pela constituição, e se você em breve ver quaisquer engravatados cantando vitória pela redução da criminalidade, lembre-se, quem atende a ocorrência não usa gravata e sim farda. Lembre-se que promover a segurança é um papel de gestores responsáveis, é um dever de toda administração pública.


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Prevenção, repressão e controle da criminalidade

60º BPM desencadeia operações, prende mais de 4.500 criminosos e promove redução em 500 crimes violentos no comparativo dos anos de 2017 e 2019

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município de Nova Serrana vem apresentando ao longo dos dois últimos anos, importantes ações que culminaram em uma redução significativa quanto aos índices criminais. Para se ter uma ideia dos impactos da intensificação do trabalho das unidades de policiamento, entre os meses de janeiro e abril, de 2019 foram registrados um total de 362 crimes violentos na cidade, numero 24% menor do que os 506 registrados em 2018. Contudo a percepção da redução pode ser vista ainda com mais clareza quando comparamos os números aos de 2017, quando a cidade registrou 862 crimes violentos no mesmo período, ou seja, 500 crimes a menos foram praticados em 2019. A intensificação do trabalho também pode ser vista quando observamos de 2017 até o mês de abril de 2018, foram presos 4.500 criminosos na cidade, e mais de 3 mil veículos entre recuperados e apreendidos foram retirados das ruas pelos policiais, segundo os dados do 60º Batalhão da Polícia Militar. Ainda segundo as informações repassadas, foram apreendidas 350 armas no período de dois anos e quanto aos roubos consumados, de janeiro a abril de 2017, foram 832 somente em Nova Serrana, já em 2019 foram registrados 337 crimes.

O que mudou? Segundo o comandante do 60º Batalhão da Polícia Militar, Ten. Cel. Wemerson Lino Pimenta, a redução da criminalidade partiu, desde o inicio do comando de um diagnóstico do fenômeno criminal, onde o serviço de inteligência necessitava ter uma noção, necessitava entender melhor esse comportamento, e a partir dai foi construído um planejamento com plano de ação e estratégias especificas para o batalhão. De acordo com o comandante “as estratégias foram focadas no diagnóstico onde percebemos uma incidência de crimes violentos altíssimos, uma média de 15 a 20 crimes violentos

por dia e tínhamos que traçar um planejamento para atacar esse fenômeno”. Partindo de um alinhamento das diretrizes da Polícia Militar, e “sempre alinhados ao comando geral e as estratégias do comando regional, colocamos em pratica ações e projetos do comando com algumas adaptações locais, essas medidas causaram essa redução significativa. Temos que fazer ajustes devido as características do município, como por exemplo, aqui exigiu que dividíssemos o município em três grandes setores, que são a área urbana que chamamos de setor imediato, as comunidades e bairros mais distantes que chamamos de setor mediato e o setor rural”. Explicou o comandante. Exemplificando as ações, o comandante ponderou que “na área urbana temos as viaturas, motocicletas, que atuam mais no setor imediato, no setor mediato, criamos a patrulha da base comunitária móvel, fazendo presença junto à população, isso muda a forma de atuar e a forma como a população percebe e participa junto com a Polícia Militar”. Considerou.

Estratégias Ainda referente a redução criminal, o comandante considera que três grandes eixos de atuação promovem toda a diferença quanto a atuação e estratégia. São eles a Ação Preventiva Específica, a ação repressiva qualificada e a motivação da tropa. Segundo o comandante “o primeiro eixo tem o grande objetivo de fazer o patrulhamento ostensivo de proximidade com a comunidade, um conceito que chamamos de malha protetora, com esse objetivo, aumento a sensação de segurança porque a população vê a policia perto da comunidade. Aqui são desenvolvidas as blitz, as patrulhas na zona rural, estamos inclusive tentando lançar mais uma patrulha rural para intensificar os trabalhos. Temos que ter polícia na rua”. explicou Já o segundo grande eixo, “chamamos de ação repressiva qualificada, operações como a ‘Macaco Prego’ e ‘Covil de Ladrões’, desenvolvidas em parceria com as Policiais Civil, Federal, Ministério Público e o respaldo do poder judiciário, onde

desmantelamos organizações criminosas, onde desencadeamos os trabalhos, e somamos mais de 220 anos de cadeia como na operação Macaco Prego. Este trabalho efeito com a inteligência em parcerias com demais instituições de segurança pública”. Apontou. Por fim, o comandante considerou que “o mais importante eixo é a tropa. A motivação da tropa que temos é o diferencial. O que torna eficiente as estratégias é a execução por uma tropa qualificada. Temos o espirito combativo elevado, uma tropa aguerrida com disposição para o combate a criminalidade, uma tropa destemida e isso faz toda diferença”. Salientou.

Não é algo esporádico Os dados de redução da criminalidade no município já não são mais considerados esporádicos, isso porque segundo o comandante “Esses três eixos juntando ao contexto levou-se a resultados consistentes. Não é mais um fenômeno sazonal, há uma sustentabilidade, são dois anos de uma prática de redução. E os desafios continuam porque temos que melhorar ainda mais”. Afirmou o Ten. Cel Wemerson. Por fim o comandante ainda ressaltou que seria muito pretencioso afirmar que essa redução aconteceu somente pelos esforços da PM. “Temos que ressaltar que essa conquista vai além do trabalho somente da PM, talvez aparecemos mais porque estamos na linha de frente, mas nada disso seria possível se não tivéssemos o apoio do executivo local, as parcerias que fizemos com o poder legislativo municipal e estadual, na captação de recursos, onde pudemos adquirir as ferramentas, como motocicleta, olho vivo, rede de radio digital. Temos projeto para ampliar o olho vivo, para a região do bairro Planalto. Temos que ressaltar o trabalho do Consep com aproximação com a comunidade e as denuncias via DDU 181, o Sindinova que tem dado um enorme apoio a PM, enfim todas as entidades públicas e privadas que nos apoiam e direcionam esforços para a redução da criminalidade em Nova Serrana e região.”


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4 Os lobos aparecem, quando se mexe o doce!

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Pode ser doce ou amargo A expressão “tiraram o meu sono” é costumeiramente utilizada para se referir a uma preocupação de grande impacto, que nos impossibilita de descansar em paz. No entanto, quando se refere aos tão cobrados documentos do Hospital São José, sinto que serão noites mal dormidas, mas devido ao intenso trabalho. Mas como diria Francis Cirino, “o trabalho dignifica o homem, e o homem o seu trabalho”. Não estamos assim, para mostrar que tem caroço no angu, mas que as coisas são diferentes quando o doce é mexido. Tenho a tese que há malversação dos recursos públicos, quando um administrador aqui, outro acolá, com responsabilidades bem menores que o chefe do executivo, percebe receitas maiores que o salário líquido do próprio prefeito. Ainda mais quando os históricos não revelam tamanha especialidade. Muitos sabem que foi com grande esforço, com críticas de bastidores, oriundas especialmente de ex-parlamentares, que conseguimos abolir os reembolsos ou ajudas de custo da ordem de R$ 2.500,00 mensais dos gabinetes. Foi à dura pena, tendo que enfrentar uma quase cassação, que esbravejei contra o auxílio alimentação no âmbito da Câmara. Não porque era contra os R$ 120,00 para os trabalhadores mais simples, mas pela extensão do benefício a

quem recebe mais de R$ 5.000,00 mensais. Foi com ameaças ou juras de agressão que lutei para ver extinto o instituto do apostilamento, que consistia na incorporação salarial de vultosas verbas, inconstitucionais na verdade, de uma pequena nata de servidores. Assim, uma coisa é certa: não tenho medo de fazer inimigos. Até porque, não devemos temê-los, ainda mais quando declarados. Nosso temor deve se centrar naqueles que dão tapinhas nas costas e nos distribuem sorrisos o tempo todo. Nunca almejei a unanimidade. Pelo contrário, a oposição é que nos faz trabalhar com mais afinco. Inovar, melhorar e transformar. Os internautas devem ter percebido certa ausência de minha parte nas redes, mas é por uma boa causa. Estamos nos debruçando sobre o doce, conferindo os ingredientes, antes de começarmos a mexê-lo. E não vai ser quem está de fora, do outro lado da lagoa, que vai determinar o ritmo ou o ponto do doce. O cozinheiro é quem saberá quando ele estiver ponto. E não vai entregá-lo com caroço. Posto que pelos ingredientes que foram colocados, não será um doce, mas um dossiê. Já o paladar, é subjetivo. Será doce para alguns, mas amargo para outros. Nisso tenho que concordar.

Willian Barcelos

u não poderia deixar de comentar o vídeo onde o viceprefeito Nelson Moreto e atual Presidente da Comissão Interventiva do Hospital São José postou nas redes sociais. Até os menos entendidos, ou informados sobre o assunto, devem ter se assustado. Mas, não posso deixar de comentar essa “prosopopeia” do Moreto em vir a público atestar, que tem “caroço no angu”. Primeiramente, nosso vice-prefeito e presidente da Comissão Interventiva começa sua mensagem dizendo, que está cumprindo uma determinação judicial, que paralisou por mais de 10 dias a contabilidade e o setor de RH do hospital para juntar mais de 15 mil documentos. Em seguida ele diz, que o referido trabalho custou mais de R$ 3 mil reais ao hospital, valor que poderia ser usado na compra de medicamentos e outras necessidades. Ao finalizar, Moreto afirmou estar encaminhando ao presidente da CPI da Câmara Municipal um ofício no qual o responsabilizará pelo vazamento de informações sigilosas constantes nos tais documentos. E, ao final, manda o vereador relator da CPI “mexer bem o doce”. Fiquei pensando uma coisa: o que ele quis dizer com isso? Ao acompanhar o esforço do poder legislativo em fiscalizar e buscar esclarecimentos sobre algumas obscuridades da atual gestão municipal, vejo que existe uma questão óbvia de “direitos e deveres”, ou seja, o direito do legislativo em pedir informações corretas e o dever do executivo em prestá-las. Na contramão, acho que é direito do executivo mostrar, com clareza seus argumentos e um dever da Câmara Municipal em averiguar todo esse imbróglio burocrático. A pergunta é simples: por que não apresentaram os documentos, quando foram solicitados? Por que tiveram que esperar uma ordem judicial para apresentar os (hoje) mais de 15 mil documentos de uma só vez? O vídeo busca impactar a opinião pública com a sensação de quem não deve, não teme. Mas no fundo, a postura e o tom de voz do Moreto revelam temor. A linguagem corporal é reveladora neste sentido e isso me leva a fazer outra pequena pergunta: o próprio gasto com advogado pode ser investigado? Pois o hospital não está sob suspeição, mas seus gestores, que devem arcar com as próprias despesas. E mais uma coisinha apenas: com a modernidade da digitalização, não seria mais econômico apresentar a documentação digitalizada? Ou isso não daria ao presidente da Comissão Interventiva um cenário tão circense e medonho? Acho que não devo dizer, que o vice-prefeito e presidente da comissão está fazendo exatamente o que é sua obrigação. O que não entendi foram as ameaças feitas aos membros da CPI, quando Moreto fala para “que mexam bem o doce” para não azedar. Nesse aspecto acho que ele tem razão, pois mexer o doce é melhor que “mexer a merda” e a sujeira que pode estar por ser revelada. Acho, que pela primeira vez, Nova Serrana pode estar vivendo algo “novo”, como dito e repetido pela atual administração. A novidade de ter legisladores realmente comprometidos com a verdade, seja ela qual for, doce ou azeda. Infeliz mensagem do vice-prefeito. Ela externa a vocação revanchista da administração municipal mostrando seus “lobos por baixo da pele de carneiro”.

Léo Junqueira

Nossa senhora em nome de Jesus rogai por nós


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Em tom de ameaças e intimidação N

o dia 03 maio, foi oficialmente realizado a entrega dos documentos da Fundação São Vicente de Paula (Hospital são José), para a CPI dos contratos públicos após determinação judicial. A entrega foi feita pelo viceprefeito e presidente da comissão de intervenção do hospital, Nelson Moreto, após o hospital ter um mandado de segurança negado pela justiça, que reconheceu a validade da CPI e a Importância de que os documentos sejam entregues para análise, uma vez que a fundação recebe recursos públicos. Segundo Nelson Moreto, fora entregues 15 mil documentos que tivera uma custo de R$ 3 mil para serem impressos ou copiados, recursos que segundo ele poderiam ser usados em outras áreas pelo hospital. “São mais de 15 mil documentos, eles custaram ao Hospital São José, mais de R$ 3 mil, dinheiro este que poderia ser gasto com medicamentos e outras necessidades do hospital. Pois todos sabem muito bem a situação financeira que o nosso hospital atravessa”. Informou. Moreto ainda aponta que a equipe de RH e Contabilidade da instituição praticamente foi paralisada para levantamento de toda a documentação. “Praticamente paralisamos a nossa contabilidade e RH por mais de 10 dias para que pudéssemos entregar estes documentos”, considerou.

Documentos do Hospital São José são entregues a CPI e vídeo com recado para os vereadores é divulgado pelas redes sociais, onde vice-prefeito e presidente da comissão de intervenção do hospital, Nelson Moreto, fala para vereador mexer bem o doce

Responsabilidade e recados Em um vídeo divulgado em redes sociais o vice prefeito afirmou que um ofício foi encaminhado ao presidente da comissão o responsabilizando civil e criminalmente pelos dados do documento. “Estamos também entregando um ofício ao presidente da CPI para que ele seja responsabilizado civil e criminalmente, pois aqui estão dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas”. E ainda, Moreto mandou um recado ao vereador relator da CPI. “Estou mandando um recado para o vereador relator da CPI. Vereador, estamos entregando o nosso doce, que o senhor mecha muito bem esse doce, mecha bem mesmo, porque senão ele pode ficar sem açúcar ou sair muito amargo, e outra coisa, iremos cobrar com veemência o resultado desta CPI o mais breve possível, porque os documentos estão aqui, leiam cada um destes documentos, mas o mais breve possível queremos ver o resultado dessa CPI, nós do Hospital São José não temos nada a temer”. Concluiu Nelson Moreto.

Relator responde Em resposta, o vereador relator da CPI dos Contratos Públicos, Professor Willian Barcelos (PTB), disse estar tranquilo em relação aquilo que entendeu como uma tentativa de intimidação por parte da Comissão Interventiva do Hospi-

tal, uma vez que o artigo 1º da Lei 8.492/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) traz pretensão punitiva aos agentes públicos, servidores ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade cujo custeio o erário concorra com mais de 50% da receita anual. Segundo Barcelos, justamente pelos repasses existe uma “razão pela qual, os vereadores têm o poder-dever de fiscalizá-los enquanto administradores da Fundação Hospitalar São Vicente de Paula. Ainda mais, quando há indícios de favorecimento de administradores nomeados pelo poder público municipal”. ponderou. Quanto à celeridade cobrada para a conclusão dos relatórios, “ela será determinada pelo próprio hospital, que deverá dirimir ou responder, a contento, todas as questões a serem levantadas a partir da minuciosa análise das quase 15 mil páginas enviadas. Sendo que tais documentos estão passando neste momento por um processo de separação e classificação. Antes que o chamado “doce” se transforme num dossiê, que poderá ou não revelar condutas vedadas pelo ordenamento jurídico ou que afrontem os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tais princípios é que orientarão os nossos trabalhos daqui para adiante”. Apontou. O vereador Professor Willian Barcelos esclareceu também que o Hospital São José não é investigado, mas sim seus ordenadores de despesa, públicos ou não, pois foram eles que geriram os recursos oriundos dos cofres públicos ou que trouxeram impactos a este, do início da intervenção até a deflagração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

O parlamentar ainda esclareceu que não havia necessidade de tanto alarde e publicidade quanto à entrega dos documentos, até mesmo em função da decisão judicial para promoverem a entrega. Portanto, “não fizeram mais que a obrigação”. “Os próprios gastos são questionáveis, visto que a entidade conta com suprimentos comprados no atacado em valores muito inferiores ao divulgado. Acredito que tenham gastado mais na contratação de um escritório de advocacia de Divinópolis, quando da tentativa frustrada de barrar a entrega de tais documentos. O que é, no mínimo, incoerente”. Considerou Barcelos.

Presidente responde Por sua vez, o vereador Adair da Impacto (Avante), presidente da CPI, informou que ainda não teve conhecimento sobre os documentos, uma vez que eles foram protocolados na secretaria da Câmara Municipal, no fim da tarde, próximo as 18h, momento que o mesmo não estava na casa. Já quanto aos fatos de proteger a identidade das pessoas, “com certeza o que não for público não será divulgado, contudo, caso sejam encontrados indícios ou investigação em qualquer nome nos documentos apontados, com certeza será público, não temos que jamais expor a imagem de um paciente ou funcionário se não tiver índicos, essa preocupação a CPI já tem”. O vereador finalizou informando que a “CPI tem todo o cuidado, tem a preocupação de ponderar e fazer as coisas acontecerem dentro de uma responsabilidade, pois é um trabalho sério, e claro nos preocupamos em fazer tudo dentro da legalidade”. Finalizou Adair da Impacto.


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