O Popular 1724

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Venha dançar com a gente - Estúdio de Dança Rafaella Angélica - (37) 9 9196-6670

Nova Serrana-MG, terça-feira, 10 de setembro de 2019 | Ano XIV | Nº 1724 | R$2,50

Filho que mandou matar os pais e assassinos são condenados e penas somadas superam ...

... 136 anos de prisão


NOVA SERRANA-MG | TERร A-FEIRA, 10 DESETEMBRO DE 2019 | ANO XIV | Nยบ 1724

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3 DESFILE CÍVICO - 7 DE SETEMBRO No último sábado (7), mais de 1 mil pessoas estiveram na Avenida Dom Cabral, no bairro Jardim do Lago, para assistir o Desfile Cívico de 7 de Setembro. Escolas, instituições, associações, grupos culturais, além das forças de segurança pública participaram

do desfile que comemorou os 197 anos da Independência do Brasil. O tema do desfile de 2019 foi: Por uma Nova Serrana Sustentável - Agenda 2030, e apresentou os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, traçados por lí-

deres mundiais na ONU em 2015. A Agenda 2030 foi criada para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade de forma solidária e sustentável.


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Filho e assassinos são condenados e penas somadas superam 136 anos de prisão Após cerca de 16 horas de julgamento, saiu a condenação e a justiça foi feita e Junio Dias dos Santos, Vinícius Carivaldo de Lacerda e Alex Junio Francisco, foram condenados pelo duplo homicídio de Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos. O crime chocou Nova Serrana e região no ano de 2015 quando, Junio, filho das vítimas encomendou a morte dos país, que foram executados com seis tiros cada um, em uma estrada vicinal na zona rural da cidade. SENTENÇA Junio Dias Santos: 54 anos, 4 meses e 11 dias Juntos os três autores dos homicídios foram condenados a 136 anos. 3 meses e 23 dias de prisão em regime fechado. Conforme foi sentenciado, Junio Dias Santos, o filho do casal, quem encomendou e planejou o crime, foi condenado a uma pena de 59 anos, 4 meses e 11 dias pelos dois homicídios, corrupção de menores e roubo. A condenação por corrupção foi justificada porque Junio, antes de encontrar quem aceitasse assassinar seus pais, induziu dois adolescentes a praticarem o crime hediondo, os quais recusaram a proposta somente ao descobrirem que as vítimas eram os pais do mandante. Por fim, Junio foi condenado também por dois roubos, já que os pertences de seus pais foram subtraídos, mediante grave ameaça, antes do assassinato, tudo conforme o plano por ele traçado. Vinícius Carivaldo de Lacerda (Periquito): 38 anos, 10 meses e 6 dias Conforme sentenciado Vinícius Carivaldo de Lacerda, um dos executores do crime, foi condenado a 38 anos, 10 meses e 6 dias de prisão em regime fechado. Vinícius foi o envolvido que esteve diretamente em contato com o filho das vítimas sendo ele contratado para executar o crime. Ainda conforme aponta os autos, no local a ordem de execução partiu dele, e ainda, solicitou que seu comparsa Marronzinho, desse mais seis tiros para confirmar que as vítimas estavam mortas. Cabe ressaltar que a polícia chegou aos suspeitos através de um celular que foi roubado das vítimas durante o homicídio, sendo o mesmo rastreado pelos investigadores e pelo MP, após o crime quando foi ligado com outro chip, e a partir dai a justiça começou a ser feita. Judiciária uma grande quantidade de detalhes sobre o crime. Foi dele inclusive um dos depoimentos que mais comoveu os populares e foi observado pela promotoria durante o julgaAlex Junio Francisco (Marronzinho): 38 anos, 1 mês e 6 dias mento. Alex Junio Francisco o Marronzinho, foi o acusado que recebeu a menor sentença, tendo Marronzinho informou a polícia que Ivanilda da Silva Dia dos Santos, de dentro do carro determinado 9 meses e 5 dias a menos de prisão em regime fechado que seu comparsa durante o “assalto”, rezava para que nada de mal lhes acontecesse, instantes depois ela e seu Vinícius. marido, pais do mandante, foram mortos com 12 tiros, sendo baleados por seis vezes, cada Conforme aponta a denuncia, Marronzinho teria sido o executor, e descreveu a Polícia vítima.

Promotoria descreve a busca pelos executores Após um longo julgamento realizado nesta quintafeira dia 05 e setembro, Junio Dias dos Santos, Vinícius Carivaldo de Lacerda e Alex Junio Francisco, foram condenados pelo duplo homicídio de Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos, e somadas as penas foram sentenciados a cerca de 136 anos prisão em regime fechado. O crime chocou Nova Serrana e região no ano de 2015 quando, Junio, filho das vítimas encomendou a morte dos pais, que foram executados com seis tiros cada um, em uma estrada vicinal na zona rural da cidade. A promotoria de justiça durante o julgamento trouxe detalhes, que foram colhidos durante as investigações e descreveu com riqueza ao júri e aos demais presentes a ordem dos acontecimentos que culminaram nos homicídios. MOTIVAÇÃO Pontuado pelo Dr. Alderico de Carvalho, Promotor de Justiça em Nova Serrana, a motivação do crime foi a ganância, o desejo de obter os bens de seus pais, e “após uma discussão por dinheiro, Junio decidiu matar seus genitores e seu único irmão, a fim de que, sozinho, pudesse herdar todo o patrimônio de seus genitores”. PLANEJAMENTO Após tomar a decisão de matar seus familiares iniciou então a busca pelos executores, sendo que Junio procurou diversas pessoas até chegar aos dois cri-

minosos contratados. “Deliberada a prática do crime, Junio iniciou uma incessante busca por pessoas dispostas a executar seus pais. Dentre as pessoas procuradas por Junio estavam dois adolescentes. Junio inicialmente ofereceu dinheiro aos adolescentes, o plano de Junio indicava que os adolescentes deveriam tomar os pertences das vítimas antes de matá-las, para que a polícia pensasse que se tratava de crime de natureza patrimonial”. Disse o promotor Ainda segundo Dr. Alderico “Junio também procurou outras pessoas para executar o delito, os quais, observando uma espécie de “ética criminosa”, dada a barbárie da proposta efetuada, recusaram o trabalho”. Contudo não satisfeito, Junio continuou a busca até que houvesse chegado aos criminosos contratados para cometer o atentado contra a vida dos próprios pais. “Após uma busca desenfreada por pessoas que anuíssem ao macabro plano, finalmente JUNIO logrou êxito em contratar Vinícius que, a um custo de R$15.000,00 (quinze mil reais), concordou com a oferta e intermediou a contratação de Alex, conhecido por “Marronzinho”, pessoa que ficou responsável por puxar o gatilho”. O promotor também apontou que os contratados “Vinícius e Alex, seguindo à risca o plano arquitetado por JUNIO, no dia 03 de junho de 2015, se dirigiram até as proximidades do sítio das vítimas. Lá chegando, pararam a motocicleta que conduziam à beira de uma estrada de terra, onde aguardaram a aproximação do veículo Toyota/Hillux, de propriedade das vítimas.

Condenado de ter mandado matar seus pais, Junio planejava a morte de seu irmão mais novo A promotoria de Justiça revelou durante o julgamento de Junio Dias dos Santos, Vinícius Carivaldo de Lacerda e Alex Junio Francisco, condenados pelo duplo homicídio de Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos, que outro crime já estaria sendo encomendado. Conforme revelado em depoimento pelos acusados, Junio, filho de Itamar e Ivanilda, após a morte de seus pais, já planejava que os mesmos executores cometessem mais um homicídio, desta vez, de seu irmão mais novo Igor Dias dos Santos. De acordo com as considerações do Promotor de Justiça, Dr. Alderico de Carvalho, o homicídio dos pais ocorreu por ganância e desejo de usufruir da herança dos pais. “Segundo se apurou a vítima Itamar possuía uma empresa do ramo calçadista, atividade que lhe propiciou constituir um patrimônio formado por carro e imóveis. Entretanto, o filho mais velho de Itamar, o condenado Junio Dias Santos, movido por ganância, não estava satisfeito com a quantia que seu pai lhe dispensava. Assim, em passado recente, após uma discussão por dinheiro, JUNIO decidiu matar seus genitores e seu único irmão, a fim de que, sozinho, pudesse herdar todo o patrimônio de seus genitores”. O promotor confirmou ainda que havia planos para que o irmão mais novo de Junio também fosse executado, porém o crime não chegou a ser concretizado. “Como se não bastasse, mesmo após a consumação dos homicídios, JUNIO ofereceu dinheiro aos executores materiais para que eles executassem, também, Igor Dias dos Santos, irmão mais novo de Junio, porém tal conduta não ultrapassou os limites dos meros atos preparatórios, sendo impunível”. Informou o promotor.


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5 Confira os detalhes bárbaros da execução do crime que chocou Nova Serrana Na quinta-feira, dia 05 de setembro, durante o julgamento de Junio Dias dos Santos, V inícius Carivaldo de Lacerda e Alex Junio Francisco, condenados pelo duplo homicídio de Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos, a promotoria de justiça trouxe aos presentes detalhes e informações sobre um dos crimes mais chocantes da história de Nova Serrana. Com detalhes cruciais que não deixaram aos presentes dúvidas sobre a autoria do crime, e todos eles embasados em provas a promotoria descreveu aos presentes com riqueza os fatos e cronologia dos homicídios consumados em 2015. ABORDAGEM Segundo apontou a acusação “Entre as 16h30 e 17h, quando Vinícius avistou que o veículo Toyota/Hillux conduzi-

do por Itamar se aproximava, momento em que o mesmo acenou com o braço para que a vítima parasse. De acordo com o promotor “Itamar parou sem desconfiar de nada, momento em que Vinícius relatou a Itamar que sua moto havia ficado sem combustível e perguntou à vítima se ela poderia levar seu colega, (o condenado no julgamento) Alex (marronzinho), até a cidade. Com a concordância de Itamar, Alex ingressou no banco traseiro do veículo”. Explicou o promotor. No entanto mal sabia que a ajuda prestada custaria a sua vida e de sua esposa, pois além de Itamar, a vítima Ivanilda também estava no veículo, no banco do carona. Pouco tempo após seguir seu caminho foi anunciado o assalto pelo condenado marronzinho. “Itamar, pouco tempo depois de seguir seu trajeto, percebeu que

Defesa discorda de sentença e afirma que entrará com recurso Na última quinta-feira, dia 05 e setembro, após 16 horas de julgamento em júri popular Junio Dias dos Santos, Vinícius Carivaldo de Lacerda e Alex Junio Francisco foram condenados pelo duplo homicídio de Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos. Conforme aponta a sentença, somadas as penas os três terão que cumprir mais de 136 anos de prisão em regime fechado, porém, a defesa dos condenados não concorda com decisão e já informou que irá recorrer sobre a condenação. Nossa reportagem entrou em contato com o Dr. Fernando Henrique Costa de Oliveira, advogado de Junio Dias dos Santos, condenado a mais de 54 anos de prisão. Segundo informou o jurista “a defesa não concorda com a condenação nos termos em que foi proferida pelo conselho de sentença e também não está de acordo com as penas fixadas e, por esses motivos, irá impetrar recurso”. Considerou. Já o advogado de e Alex Junio Francisco (marronzinho), Dr. Marcus Mangini, afirmou que concordou em partes com a sentença. “Concordamos em partes, claro que também entendemos ser um tanto quanto alta a dosimetria da pena e vamos requerer que o tribunal faça um novo levantamento e apure a essa questão, lembrando que ainda não tivemos acesso ao conteúdo integral desta sentença”, disse o advogado. Dr. Marcus em suas considerações ainda confirmou sim que irá apresentar um recurso e explicou a tese da defesa que será utilizada. “A defesa vai sim recorrer através do recurso competente de apelação, onde nas razões vai elucidar que não concorda com a condenação inerente ao crime de roubo, 157, qualificado com emprego de arma de fogo. Isso porque estão cabais no processo, de que o animus, a intenção de todo plano era a execução dos pais do Junio, em momento algum o objetivo foi subtrair, roubar os pertences, que houve sim subtração, mas foi tão somente para tentar enganar a investigação, e levar a investigação para outro norte que não fosse esse. A defesa em sumo vai basear sua tese de recurso nesse viés tendo em vista que o Alex é confesso inerente ao crime de homicídio”. Concluiu. Cabe ressalta ainda que nossa reportagem tentou contato com a defesa de Vinícius Carivaldo de Lacerda, contudo até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

VINÍCIUS o seguia na motocicleta, fato que o motivou a questionar ALEX sobre a suposta falta de gasolina. Neste momento, Alex sacou a arma que portava, anunciou o roubo, pegou os celulares das vítimas e determinou que elas conduzissem o veículo até o Povoado de Areias, na estrada de terra que dá acesso a Leandro Ferreira, exatamente conforme previamente ajustado entre o mandante e os executores.” Apontou o promotor Dr. Alderico de Carvalho. Tentando evitar que algo de mais grave ocorresse a vítima tentou argumentar com o condenado, contudo, percebendo o mal que estava por vir, dona Ivanilda iniciou sua prece, seguindo sua fé. “Durante o trajeto, a vítima Ivanilda dizia a ALEX que eles eram trabalhadores, momento em que Alex determinou que ela se calasse. A vítima

Ivanilda, então, começou a desceu do veículo e disse a rezar”. VINÍCIUS que o crime estava consumado e que havia efeEXECUÇÃO tuado três disparos em cada Por parte do tempo, as víti- vítima. Neste momento mas acreditaram que se tra- Vinícius, não satisfeito com tava de um assalto, contudo a barbárie já cometida, após V inícius dar o sinal a recarregou a arma e disse execução aconteceu. “Em para Alex que ele tinha que dado ponto da estrada, “matar direito”. Com a arma Vinícius emparelhou a moto- recarregada, Alex voltou ao cicleta junto ao veículo e deu veículo e, mesmo tendo abo sinal para que Alex execu- soluta certeza que as vítimas tasse as vítimas. Com o veí- já se encontravam sem vida, culo já parado na estrada de efetuou mais três disparos terra, próximo à fazenda em cada uma”. Descreveu Dr. Tabocas, Alex efetuou o pri- Alderico. meiro disparo em Itamar. Por fim é importante ainda Ivanilda começou a suplicar considerar que conforme para que Alex não matasse o disse o promotor, “partiu de marido dela, instante em que Junio, filho do casal a ligaele também disparou contra ção informando que aquele Ivanilda, antes de descer do era o dia do crime. E ainda, veículo Alex efetuou mais 02 ansioso com para saber o disparos em cada uma das resultado do atentado Junio vítimas”. Narrou o promotor. ligou para vinícius por 22 Ainda segundo exposto no jul- vezes após o horário no qual gamento “após ter descarrega- o crime foi cometido”, afirdo a arma nas vítimas, Alex mou a promotoria.

Família entra com ação para exclusão de direito a herança Junio Dias dos Santos, condenado na última quinta-feira, dia 05 de setembro, a cumprir aproximadamente 54 anos de prisão em regime fechado, por ser o mandante do homicídios de seus pais, Itamar Lopes Santos e Ivanilda da Silva Dia dos Santos, pode vir a ter o direito a herança cancelado. Segundo informado pela promotoria de justiça, durante o julgamento os familiares das vítimas impetraram uma ação de exclusão e herdeiro por indignidade, após terem acesso ao inquérito criminal apresentado a justiça pela promotoria em Nova Serrana. Conforme apontou o promotor Dr. Alderico de Carvalho, a família não acreditava que

Junio seria o autor do crime, e sendo assim um dos tios da vítima, contratou o advogado Dr. Antônio Reinaldo Hortêncio, para que avaliasse o caso e promovesse a defesa. Porém após ter acesso ao processo o advogado deixou o caso, sendo então contratado pelos parentes para moverem ação que tira de Junio o direito a qualquer um dos bens de seus pais. A ação segue na justiça e caso seja concluída positivamente ao apelante, ou seja a família, Junio, além de ter cometido o crime contra seus próprios pais, não terá direito a quaisquer bens materiais deixados pelas vítimas.

Nossa senhora em nome de Jesus rogai por nós


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