conselho regional de odontologia | ano 2 | n. 8 | 2014
CRO-SC aumenta presença em todo o Estado Delegacias em Lages, Criciúma e Chapecó reforçam fiscalização • 03
Criciúma
Brasil Sorridente será entregue em Florianópolis • 05
Chapecó
Lages
Talento além do consultório Saiba o que da Dr.a Liliam Mansur • 11 fazem o CRO-SC, o SOESC e as Associações • 04
Consulte a prestação de contas do CRO-SC no site
www.crosc.org.br
CRO Mulher traz orientações alimentares de nutricionista • 07
editorial
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Carta ao leitor O Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CRO-SC) tem a obrigação legal de fiscalizar o exercício regular da profissão em todo o Estado. Para isso, nos últimos anos contratamos mais fiscais, criamos estruturas descentralizadas, com delegacias e representantes municipais que levam o CRO-SC para perto de cada cirurgião dentista em atividade, e buscamos estimular que todos os profissionais sigam os preceitos estabelecidos no Código de Ética da Odontologia e na Legislação Federal que regulamenta a atividade. Acreditamos, porém, que a atuação do CRO-SC pode e deve ir além. Devemos também trabalhar para valorizar a categoria e, dentro do possível, garantir benefícios aos profissionais registrados. A oferta recente de um seguro de vida aos profissionais da Odontologia foi uma decisão nesse sentido. Em 2014, a pontualidade no pagamento da anuidade garante aos registrados a cobertura, sem qualquer custo, por um seguro de vida ou invalidez causada por acidente. O benefício, viabilizado em todo o País por um acordo do CFO com o Bradesco, vai garantir mais tranquilidade aos profissionais. Em outra frente, trabalhamos para mostrar à sociedade a importância da categoria como agente fundamental na promoção da saúde bucal. Fazemos isso por canais próprios de comunicação, como campanhas de conscientização e a página do CRO no Facebook, que ganha mais seguidores a cada dia, e pelo apoio a eventos como o seminário que vai discutir o câncer bucal, tema de matéria nessa revista. Dessa forma, acreditamos estar fazendo nossa parte. Contamos com vocês para,juntos, construirmos uma Odontologia cada vez mais forte.
expediente
Prof. ÉLITO ARAÚJO, Presidente do CRO-SC
É uma publicação trimestral e gratuita do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina. Assessoria de Comunicação e Produção Editorial | All Press Comunicação Estratégica
IMPRESSÃO | Gráfica Impressul
JORNALISTA RESPONSÁVEL | Déborah Almada (MTB 5899 RS)
Comissão Revista do CRO-SC
textos | Andréa Fischer
Bráulio Pasternak Júnior
fotos | Divulgação e Foto Líder
Sérgio Bastos Abraham
planejamento gráfico | Ayrton Cruz
Murilo Rosa
Tiragem | 10.000 exemplares
Dalton J.B. Nercolini
Janete Cabral de Oliveira
Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina Rua Duarte Schutel, 351 | Centro | Florianópolis/SC | CEP: 88015-640 Fone: (48) 3222-4185 Fax: (48) 3222-2111 E-mail: crosc@crosc.org.br Site: www.crosc.org.br Facebook: www.facebook.com/crosc Twiter: @Odonto_crosc
composição do CRO-SC Diretoria Presidente: Profo Dr. Élito Araújo Secretário: Bráulio Pasternak Júnior Tesoureiro: Guido Ritter Bonmann Membros Efetivos Presidente Comissão Tomada de Contas: Dalton José Bittencourt Nercolini Presidente Comissão de Ética: Caren Regis Bueno de Oliveira São Thiago Membros Suplentes Ivan Renato Burigo Tânia Elizabeth Roese José Luiz do Couto Genaro Costa Keske Patrícia Santos Quaresma Membros de Comissões no CFO Comissão do Mercosul: Sérgio Bastos Abraham Comissão de Políticas Públicas de Saúde: João Carlos Caetano Comissão de Legislação: Tulio Del Conte Valcanaia Comissões Comissão de Tomada de Contas Presidente: Dalton José Bittencourt Nercolini Tania Elisabeth Roese Ivan Renato Burigo Comissão de Ética Presidente: Caren R.B.O. São Thiago José Luiz do Couto Patricia dos Santos Quaresma 1a Câmara de Instrução Ética – Região de Florianópolis Célio Manoel da Silva Rosana Legat Springmann Sidney Joffre Legat Leonardo Lauro Marques 2a Câmara de Instrução Ética – Região de Joinville Tania E. Roese Evandro Daniel Roggia Juliana Sato Rogério Leite Cesar Alberto Barg 3a Câmara de Instrução Ética — Região de Criciúma Ivan Renato Burigo Carmen Lygia Leal Cunha Luiz Gonzaga Mariano Sílvia Silvestre Negro 4a Câmara de Instrução Ética — Região de Lages Dalton J.B. Nercolini Roberto Fiorindo Ogliari Michael Dalmolin Ivo Schutz Geraldo Costa de Oliveira Alcides Vieira 5a Câmara de Instrução Ética — Região de Chapecó Genaro Costa Keske Rubens de Paula Maia Filho Daltro Boniati Bianca Fiorentin Moura Câmara Técnica de Radiologia Rodrigo Grotto Márcio Correia Adelar Virgilio Dalfovo Jr. Câmara Técnica de Especialidades Rodrigo O. Melim Passsoni Câmara Técnica de Odontogeriatria Fernando Demboski Pinter Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial José Nazareno Gil Frederico Duarte da Silva Marcelo Vargas Schutz Câmara Técnica de Patologia Bucal Liliane Janete Grando Elisabete Ulsenheimer Rojas Alessandra Duarte da Silva Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais Cláudio José Amante Sílvia Schaefer Tavares Andrea Gallon Câmara Técnica de Disfunção TemporoMandibular e Dor Orofacial Roberto Ramos Garanhani Evandro Oenning Mario Roberto Homem Rosan B. de Souza Abrantes Wladmir A. de Souza Dal Bó Comissão dos Auxiliares e Técnicos em Prótese Dentária Carlos Alberto Pereira Irom Lemos da Cunha Marcelo Scarton Jean Cley de Souza Bueno Comissão de Ensino Alessandra Araújo Lizette Feuser Luciana Amorim Thaise Medeiros Machado Comissão de Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal Maria Bernadete da Silva, São José Josiane Cristina Siqueira, São Sebastião Cristiane da S. Bonora, Xanxerê Soeli das Neves Tomio, São Miguel D´Oeste Juliana de Souza, Curitibanos Ileini Venilda Friedrich Ferreira Lopes, Blumenau Jaqueline Ehmke de Oliveira, Balneário Camboriú Gerusa Maria Pereira, Lages
Gleice Kelen de Almeida Negrini, Joinville Juliana de Cássia Cavassini, Concórdia Patrícia Kirschner da Cruz, Caçador Santina Saldetti Salvaro Viero, Araranguá Anita Woltel Hansen, Pomerode Maria Bernadete da Silva, São José Josiane Cristina Siqueira, São Sebastião Comissão Social e Divulgação Carmen Rosa Saavedra Alessandra Araújo Wilson Batista Rosana Legat Springmann Simone Lunardi S. Leal Maria Cristina de M. Remor Comissão Defesa no SUS João Carlos Caetano Marynês Terezinha Reibnitz Ana Cláudia B. Silva Cimardi Comissão de Acadêmicos Eduardo Hilário Sá Eron Flores Tommy Luiz Rasmussen Comissão Científica Renata Gondo Machado Sheila Cristina Stolfo Jussara Karina Bernardon Comissão de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Bucal Karime Suely Pereira Marisa Salvador Dominguez Monique Cunha da Silva Wladmir Antônio de S. Dal Bó Maria Helena G. Lehnmann Aleto Silva Cintia Zonta Vanuce Torres de Oliveira Comissão de Odontologia Hospitalar Maury José da Luz Maciel Rodrigo Granato Rodrigo Grotto Jonathas Daniel Paggi Claus Comissão de Convênios e Credenciamentos Carla D´Agostini Derech Fernando Demboski Pinter Elton Germano Zomkowski Comissão CRO Mulher Carmen Rosa Saavedra Tania E. Roese Lilian Thiesen Pasternak Patricia dos Santos Quaresma Caren R. Bueno O. San Thiago Comissão de Análise de Projetos da Odontologia Walmor S. Dresch Neto Stroher Comissão de Biossegurança Daniele de Almeida Lima Comissão de Análise de Projetos da Odontologia Walmor S. Dresch Neto Stroher Renato Klotz Angelo Antônio Detoni Mariana Wechenfelder Camila Perondi Comissão Da Revista do CRO-SC Dalton J.B. Nercolini Braulio Pasternak Jr. Sérgio Bastos Abraham Murilo Rosa Janete Cabral de Oliveira Representações do CRO-SC Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis Adalton Vieira Regina Kátia P. Gonçalves Conselho Municipal de Saúde de São José Giovani Sant’Anna Garcia Conselho Municipal de Saúde de Criciúma Fernanda G.F. Sonego Sinara Gasola Silvia Silvestre Negro Conselho Municipal de Saúde de Mondaí Andressa Gass Carlos Alberto Post Raquel da Rocha Colegiado Graduação da UFSC Elmo Bittencourt Marianella Aguilar V. Fadel Comitê de Ética da Maternidade Carmela Dutra Marisa Salvador Bittencourt DELEGADOS REGIONAIS Araranguá: Edson Shigueo Kikuchi Balneário Camboriú: Francisco Sgarioni Blumenau: Roberto Luiz Evaristo Berndt Brusque: Charles Albani Dadam Caçador: Luiz Henrique Grando Padilha Canoinhas: Edegferson Erivaldo Meister Chapecó: Celso Nunes Moura Filho Criciúma: Carlos Henrique Burigo Rosso Concórdia: Ticiano Vieira Machado Curitibanos: Rodrigo da Costa Imbituba: Ademir Fantucci Jaraguá do Sul: José Ambrosio dos Santos Neto Joaçaba: Roberto Francisco Wesoloski Joinville: Evandro Daniel Roggia Lages: Alceu Luis da Silva Martins Júnior Mafra: Sergio Airto Lazzari Médio Vale: Michel Horvath de Lima Rio do Sul: Cintia Zonta São Bento do Sul: Alexandre Braulio Cordeiro São Miguel D´Oeste: Marcos Sabadin Tubarão: Ronaldo de Carvalho Cabral Filho Xanxerê: Gilberto Luiz Cherubin
Blumenau terá nova delegacia
notícias
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A próxima delegacia regional do CRO-SC deve ser instalada em Blumenau. Um estudo elaborado pelo setor de fiscalização demonstrou que a criação de uma sede física na região é viável tecnicamente e financeiramente. A cidade é a terceira mais populosa do Estado e possui um grande número de profissionais inscritos no Conselho. Com o objetivo de atender melhor aos inscritos, o CRO-SC dividiu o Estado em 22 áreas, que receberam delegacias da entidade. Em quatro delas — Joinville, Criciúma, Lages e Chapecó — há sedes físicas, com um fiscal, um veiculo e equipamento. Isto possibilita ampliar o trabalho de visitação aos cirurgiões dentistas, mantendo um vinculo entre os profissionais e a Gestão, ouvindo a classe e corrigindo rapidamente desvios de conduta. O supervisor administrativo do CRO-SC, Eduardo Laurindo Machado, afirma que as delegacias regionais são braços do Conselho, desempenhando as mesmas funções da sede. Além de fiscalizar a atuação na área da Odontologia, que é a atividade fim da entidade, também são responsáveis pelas inscrições no órgão de classe dos profissionais em atividade na região. “A estrutura básica de uma delegacia regional é uma sede, um fiscal, uma secretária e um veículo”, explica Eduardo. Cidade oferece cursos de Odontologia O delegado regional do CRO-SC em Blumenau, Roberto Luiz Evaristo Berndt, reforça a necessidade da implantação da delegacia física na cidade no fato dela ser polo de referência para vários municípios do Vale do Itajaí, principalmente em questões referentes à saúde. “Um contingente expressivo de habitantes procura tratamentos de saúde na cidade. Tanto na área médica quanto na odontológica migram profissionais de várias categorias para exercerem suas atividades profissionais aqui, atraídos pelo mercado de trabalho”, afirma.
Foto ERALDO SCHNAIDER
Interiorização facilita ações de fiscalização do Conselho
Reforçada a necessidade da implantação da delegacia em Blumenau no fato dela ser polo de referência para o Vale
Oportunidade para fazer o bem e se divertir O “Carreteiro Solidário 2014” ocorreu no dia 29 de março na sede balneária da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), em Florianópolis. O CRO Mulher decidiu dar continuidade ao projeto, oportunidade de confraternização entre os profissionais da Odontologia e de fazer o bem, depois do sucesso da primeira edição, em 2013. Os recursos arrecadados com a venda das camisetas, que dão direito a participar do evento, serão direcionados à Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC). Segundo a presidente do CRO Mulher, Carmen Saavedra, a proposta é repetir o evento todos os anos, integrando-o às ações da Comissão. “Queremos reunir a classe odontológica e a comunidade em geral em prol de ajudar instituições”, explica. Assim como no evento do ano passado, o dinheiro arrecadado foi entregue antes do almoço ao representante da entidade beneficiada. “Penso ser extremamente importante este tipo de trabalho em prol de uma causa tão nobre. Por isso chamamos toda a classe a participar”, afirma Car-
men. CRO Mulher O crescimento do número de cirurgiãs-dentistas mostrou a necessidade de um espaço para abordar assuntos do interesse desse público. “Temos uma comissão, mas sempre contamos com sugestões das mulheres inscritas no CRO-SC”, explica Carmen Saavedra, presidente do CRO Mulher. Entre as ações do grupo estão a publicação de matérias de saúde na revista trimestral do Conselho e o envio de e-mails abordando temas do universo feminino, como tripla jornada e reposição hormonal. Eventos também integram as ações do CRO Mulher.
Entidades que defendem a
Odontologia tem atribuições bem definidas Saiba o que fazem o CRO-SC, o SOESC e as Associações Qual a diferença entre Conselho, Associação e Sindicato? As principais atribuições de cada uma destas entidades nem sempre são conhecidas, o que pode gerar dúvidas no momento de buscar atendimento. Abaixo, informações que podem ajudá-lo a evitar equívocos e perda de tempo. Os Conselhos tem como carro chefe em sua atuação a fiscalização do exercício da profissão. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia são autarquias federais criadas pela Lei 4.324/64. Segundo a procuradora jurídica do CRO-SC, Kátia Regina dos Anjos, o governo delegou aos próprios cirurgiões-dentistas a função de fiscalização do trabalho dos profissionais da área. “Os CROs buscam o efetivo cumprimento do Código de Ética Odontológica, que é a base de conduta da profissão”, explica a procuradora. Entre os casos em que o CRO pode ser acionado estão os de publicidade enganosa, como uma denúncia que chegou recentemente à regional de Santa Catarina. Uma profissional da área anunciava em seu Facebook a aplicação de botox estético em consultório. “Ele
só é permitido para fins terapêuticos”, afirma a procuradora. Segundo Kátia, o Conselho também pode ser procurado por pacientes atendidos por profissionais com postura antiética nos procedimentos odontológicos. Outra função dos Conselhos Regionais de Odontologia é garantir o cumprimento da lei que exige o registro profissional, além do diploma, para qualquer cirurgião-dentista que pretenda exercer a profissão. As Associações, de acordo com o artigo 53 do Código Civil, constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. A procuradora jurídica do CRO-SC explica que as associações na área da Odontologia têm caráter eminentemente técnico, buscando oferecer a profissionais e estudantes atividades que agreguem valor a sua carreira, como congressos, cursos, palestras, entre outros eventos. A Associação Brasileira de Odontologia (ABO), por exemplo, define sua missão assim: “promover a Odontologia nacional e internacionalmente, valorizar o cirurgião-dentista no contexto técnico-científico e sociocultural e contribuir com a política de promoção de saúde bucal da população”. Já a Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas (ABCD) define como sua missão: representar os cirurgiões-dentistas dentro da região geográfica que lhe compete; congregar, incentivar e promover toda e qualquer atividade técnica científica, assistencial, mercadológica e social que
Nova sede do CRO-SC
vise o estudo e a solução dos problemas da saúde bucal, e trabalhar no sentido de congregar todos os Cirurgiões-Dentistas de sua jurisdição associativa. Aos Sindicatos cabe defender os direitos trabalhistas da classe. A busca por uma remuneração mais justa e por melhores condições de trabalho são algumas das tarefas que cabem a estas entidades. Fazer cumprir o piso salarial e mediar acordos anuais também estão entre suas atribuições. Uma das finalidades listadas pelo Sindicato dos Odontologistas no Estado de Santa Catarina (SOESC) é: “buscar melhorias nas condições de vida e trabalho de seus representados, procurando conhecer e atender suas necessidades, interesses e reivindicações imediatas e mediatas, econômicas, profissionais e sociais”.
Nova diretoria do Soesc A nova diretoria do Sindicato dos Odontologistas no Estado de Santa Catarina (SOESC) foi empossada no dia 6 de janeiro. O presidente, Dr. Maury Maciel, e sua equipe foram eleitos para a gestão 2014-2018. Entre os desafios listados estão manter uma remuneração digna e compatível à importância que o cirurgião-dentista exerce na saúde pública brasileira e lutar pela redução das taxas que incidem sobre a atividade, como o Imposto Sobre Serviços (ISS).
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representação
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diretoria Presidente: Maury José da Luz
Maciel
Vice-presidente: Rafael Sebold Tesoureiro: Aldo Speck Filho Conselheiros Titulares: Dílson
Corrêa Reis, Marynes Terezinha Reibnitz e Sandra Regina Osti
Conselheiros Suplentes:
Fabio Nicolazzi Volpato, Isabel Cristina Poletto de Matos, Marcelo Francklin Silva de Athayde, Murilo Rosa, Nestor M. de Souza Filho, Osvaldo Melo Filho e Sandra Espíndola Lunardelli
Santa Catarina vai sediar
evento nacional Experiências bem sucedidas no Estado serão apresentadas aos CROs Florianópolis está entre as cidades que vão receber assembleias conjuntas (plenárias nacionais) do Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2014. As reuniões, que aconteciam sempre em Brasília, este ano foram programadas também para São Paulo, Manaus, Salvador e a capital catarinense. A mudança faz parte das comemorações pelos 50 anos do Conselho Federal, criado em abril de 1964. A assembleia na capital catarinense está marcada para o dia 28 de agosto. No mesmo dia haverá a
entrega, na capital catarinense, do Prêmio Brasil Sorridente. O presidente do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CRO-SC), Élito Araújo, explica que os CROs de todo o País participam das assembleias conjuntas. Cada entidade apresenta assuntos pendentes nas suas agendas para discussão e votação. “Muitos temas, para serem aprovados em nível nacional, precisam passar pelas plenárias, pois o CFO não tem autonomia para decidir sozinho”, explica. Estes encontros também são uma oportunidade de esclarecer dúvidas e fazer o intercâmbio de experiências entre os projetos de cada conselho. Florianópolis também foi selecionada para sediar a reunião de diretoria com os CROs da região Sul, que será realizada no dia 29 de agosto, paralelamente à assembleia conjunta.
Estado apresentará projetos modelo no Brasil a disponibilização instantânea dos dados coletados durante as fiscalizações, o que é feito através de suporte digital. As visitas também são acompanhadas via satélite, possibilitando um controle mais efetivo da área já coberta.
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O CRO-SC vai apresentar dois projetos inovadores que estão em implantação em Santa Catarina aos representantes da categoria de todo o País. A digitalização de todo o acervo do Conselho, além de facilitar e agilizar o acesso à documentação, irá diminuir o uso do papel e permitir o armazenamento de dados de forma mais segura. O supervisor administrativo do Conselho, Eduardo Laurindo Machado, afirma que o projeto foi iniciado com o planejamento e o treinamento da equipe. “Em 2013 começamos a adquirir os equipamentos. Todos os novos documentos já são armazenados de forma digital. O que vai demorar um pouco mais para finalizar é o chamado legado, o arquivo, que desde 1964 vinha sendo armazenado em papel”, esclarece. O projeto é inédito no Brasil entre os CROs e referência para as entidades. O modelo de fiscalização, em implantação no Estado de forma piloto, também estará na pauta de assuntos do Conselho. Para ampliar a área de cobertura, o CRO-SC dividiu o Estado em 22 delegacias regionais, cada uma com um representante. Em quatro cidades já foram implantadas delegacias, com sede física, dispondo cada uma de um fiscal, uma secretária e um carro para percorrer a região. Além de permitir uma fiscalização mais próxima, o projeto prevê
Agenda das Assembleias conjuntas w 31/01 — São Paulo/SP w 20/02 — Manaus/AM w 29/04 — Brasília/DF w 31/07 — Salvador/BA w 28/08 — Florianópolis/SC w 16/10 — São Paulo/SP
Agenda de Reuniões com os CROs por região w Região Norte — 21/02, em Manaus/ AM w Região Centro-Oeste — 30/04, em Brasília/DF w Região Nordeste — 1.o/08, em Salvador/BA w Região Sul — 29/08, em Florianópolis/SC w Região Sudeste — 17/10, em São Paulo/SP
Ensino em debate Os cursos de graduação de Odontologia enfrentam desafios semelhantes. Com o objetivo de integrar os gestores educacionais e promover o intercâmbio de informações, o Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CRO-SC) promoveu o “Seminário sobre o Ensino na Graduação de Odontologia”. Os coordenadores dos 11 cursos em atividade no Estado participaram de conversas com professores da área e profissionais do Sebrae. Paralelamente aconteceram mesas redondas com os professores de ética dos cursos e representantes do CRO-SC. O professor Leo Kriger discutiu com os coordenadores “as competências dos profissionais para trabalhar no SUS”. Segundo o presidente do CRO-SC, Élito Araújo, cerca de 90% dos cirurgiões-dentistas que se formam hoje no Brasil trabalham para a rede pública de saúde. “O objetivo é discutir o que é importante que os graduandos aprendam para estarem preparados para atuar no SUS”, enfatiza. A pedido dos coordenadores haverá novos eventos desse tipo nos próximos meses.
Prêmio Brasil Sorridente Municípios que implantaram políticas públicas de saúde bucal bem sucedidas podem concorrer ao Prêmio Brasil Sorridente 2014. Os projetos podem ser inscritos até o dia 27 de junho pelo site www.crosc. org.br (link Brasil Sorridente). No mesmo endereço estão as informações necessárias e os critérios para elaboração do projeto.
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especial
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Alerta contra o
Câncer Bucal Congresso vai debater doença que afeta centenas de catarinenses todos os anos Andréa Fischer Um câncer ainda pouco conhecido entre a população tem feito muitas vítimas no Brasil. Assintomático em sua fase inicial, o câncer de boca compromete a movimentação da língua e a deglutição e mata se não for tratado a tempo. Porém, se detectado na fase inicial, pode ser curado. O cirurgião-dentista tem um papel fundamental na prevenção e detecção precoce da doença, pois é o profissional da saúde que tem contato direto com esta parte do corpo humano e conhecimento para diagnosticá-la. Alessandra Camargo, professora do curso de Odontologia da UFSC, alerta que o Brasil, assim como a maioria dos países em desenvolvimento, apresenta uma alta prevalência da doença: cerca de 10% das neoplasias malignas. Segundo ela, esta realidade pode ser mudada com o auxílio dos cirurgiões-dentistas e de campanhas de prevenção. “O profissional mais apto a realizar o diagnóstico precoce é o cirurgião-dentista, em especial o estomatologista. A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças da boca e do complexo maxilofacial”, explica. Ela disse também que há uma série de alterações benignas e malignas de tecidos moles e ósseos que acometem a cavidade bucal e que podem ser diagnosticadas por um
especialista nessa área. A especialidade foi aprovada, regulamentada, registrada e reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia em 1992. Como disciplina, foi instituída nas faculdades de Odontologia há mais de 26 anos, com diferentes denominações: Diagnóstico bucal, Diagnóstico oral, Medicina bucal, Semiologia e Estomatologia. O diagnóstico do câncer de boca deve ser realizado com base no exame clínico — anamnese mais exame físico intra/extra oral — e no exame microscópico dos tecidos removidos da lesão por meio de uma biópsia incisional. “Como ocorre em outros pacientes oncológicos, o paciente com câncer da cavidade bucal requer uma avaliação e tratamento realizados por uma equipe multidisciplinar, onde o cirurgião-dentista especialista em Estomatologia deve estar incluído”, afirma Alessandra. Sintomas O câncer de boca inclui uma variedade de neoplasias malignas que ocorrem no interior desta cavidade — língua, assoalho e palato, por exemplo — e nos lábios (preferencialmente o inferior). Em fases iniciais, a doença pode ocorrer na forma de placas brancas ou manchas de coloração avermelhada. “Um alerta importante para pacientes e cirurgiões-dentistas consiste no fato de que, independente da forma clínica, essas lesões não tendem a cicatrizar em um período de até 15 dias, sendo persistentes na cavidade bucal, e assintomáticas”, enfatiza a professora. Com o passar do tempo, e sem o tratamento adequado, as lesões avançam e geralmente apresentam-se ulceradas, com margens elevadas e endurecidas. “A
dor em geral está ausente nesta etapa, e o crescimento do tumor pode acarretar dificuldade de movimentação da língua, de deglutição e mobilidade de dentes, desestabilização de próteses e assimetrias faciais”, explica Alessandra. A disseminação do tumor acontece por infiltração local nos tecidos circunjacentes ou por meio de metástase para os linfonodos regionais através dos vasos linfáticos. Causas Entre os fatores desencadeantes do câncer de boca estão o cigarro e as bebidas alcoólicas. “Os fatores causais bioquímicos relacionados ao desenvolvimento da doença ainda não foram totalmente esclarecidos. Pelo menos 80% dos casos estão associados a múltiplas anormalidades celulares que resultam da exposição crônica e excessiva a agentes carcinógenos encontrados no tabaco e no álcool”, afirma a professora. A exposição à radiação ultravioleta e a imunodeficiência — como a infecção pelo HIV e pacientes em fase pós-transplante — também podem ser associadas a 10% dos casos de câncer, assim como a infecção pelo vírus HPV (tipos de alto risco) pode ser relacionada a 30% dos casos diagnosticados na boca. Prevenção Parar de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas com frequência pode diminuir a chance de desenvolver a doença. Trabalhadores da zona rural, pescadores, surfistas e outros profissionais expostos constantemente ao Sol, devem fazer uso constante de protetores labiais e de chapéus ou bonés.
VI Congresso Sulbrasileiro de Câncer Bucal O “VI Congresso Sulbrasileiro de Câncer Bucal”, que será realizado dias 25 e 26 de abril no Centro de Eventos do SESC Cacupé, em Florianópolis, é um dos poucos eventos regularmente realizados no Brasil especificamente sobre o tema câncer de boca. Para Alessandra Camargo, professora do curso de Odontologia da UFSC e uma das organizadoras do congresso, ele representa um espaço de debate de temas relacionados à prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, manejo de sequelas de tratamento, reabilitação funcional e social, entre outros. “Eventos dessa natureza estimulam a integração multiprofissional entre profissionais das áreas de Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Serviço Social, Psicologia e outras afins, para o exercício da discussão sobre o tema. Também incentivam alunos de Graduação, Pós-graduação e residentes das equipes de saúde da família e da residência multiprofissional dos hospitais universitários a manterem-se atualizados sobre o assunto”, afirma. Para ela, o intercâmbio proporcionado pelo evento tem potencial para direcionar a padronização de condutas multiprofissionais no Estado, além de promover o aprimoramento dos processos de tratamento da doença. Assim a espectativa é contribuir com o crescimento técnico-científico de diversos profissionais da área da saúde e diminuir os gastos públicos envolvidos no tratamento das sequelas do câncer de boca. Esta será a segunda edição do congresso na cidade de Florianópolis. Estima-se um público de 400 participantes ouvintes e 100 participantes para apresentação de painéis científicos com temas pertinentes à área.
Evento em Florianópolis debateu câncer bucal em 2013
Alimentação e diabetes CRO Mulher traz orientações alimentares de nutricionista Maus hábitos alimentares vêm provocando uma epidemia de diabetes no Brasil. O tipo 2 da doença, que até há pouco manifestava-se em adultos e idosos, é cada vez mais comum em crianças e adolescentes, geralmente com excesso de peso. O consumo exagerado de alimentos industrializados — ricos em gorduras e açúcares e pobre em vitaminas, fibras e minerais — é o grande vilão da história. Mas o que fazer para reverter esta situação? A mudança começa através da adoção de hábitos alimentares mais saudáveis no cotidiano, pautando a escolha dos alimentos no valor nutricional e não se deixando seduzir pela praticidade dos alimentos prontos. Para quem tem filhos, o exemplo à mesa é fundamental para construir um estilo de vida mais saudável para toda a família. De todos os fatores de risco do diabetes, a alimentação inadequada é o mais preocupante atualmente. Segundo a nutricionista Jaqueline Minatti, em média 80% dos casos de diabetes tipo 2, que é desencadeado pelo processo inflamatório de resistência à insulina devido ao excesso de gordura corporal, advêm de hábitos alimentares e estilo de vida inadequados. A genética é fator de risco, mas pode ser driblada com hábitos alimentares saudáveis. Ela explica que pessoas sem histórico familiar de diabetes podem ter a doença se adotarem uma dieta inadequada, assim como as que têm chance de desenvolvê-la podem não manifestá-la, dependendo do estilo de vida escolhido. Jaqueline explica que a dieta rica em gorduras e açúcares propicia a produção de substâncias inflamatórias — citocinas, interleucinas —, que impedem a correta sinalização intracelular após a ação da insulina. “As células não conseguem expressar os receptores de membrana que coletam a glicose do sangue. Ou seja, o perfil inflamatório não permite o correto metabolismo da glicose nas células, fazendo com que ela permaneça no sangue”, explica. Este padrão alimentar também predispõe à obesidade, que por sua vez também leva à inflamação. “O baixo consumo
de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, como os que contêm ômega-3, também desequilibra estes mecanismos”, alerta. Os principais erros alimentares envolvidos com o desenvolvimento do diabetes são: o consumo de carboidratos refinados (produtos industrializados à base de farinhas refinadas, açúcar, bebidas adoçadas, como refrigerantes), alimentos ricos em gorduras saturadas e trans-saturadas (produtos industrializados, lanches e junk food). “Este padrão alimentar gera inflamação e depósito de gordura visceral, responsável pelo mau funcionamento do hormônio insulina”, enfatiza a nutricionista.
Reavaliando as compras Para se alimentar de forma mais saudável, a regra é simples: evitar ao máximo os produtos industrializados, refinados (doces ou salgados), com açúcares concentrados (como sucos de caixinha, refrigerantes) e lanches gordurosos. Baseie seu cardápio em produtos naturais, ricos em fibras e nutrientes. A alimentação fora de casa é sempre um desafio, mas é possível fazer escolhas melhores. “Opte por opções integrais, que contenham frutas menos doces ou vegetais, como sanduíche natural com pão integral, salada de fruta ou açaí com granola, por exemplo. O almoço e jantar não devem ser substituídos por lanches, pois necessitamos das fibras dos vegetais e de todos os outros nutrientes presentes no arroz integral, feijão, carnes magras”, aconselha Jaqueline.
Cuidados na primeira infância Estudos científicos apontam que o diabetes tipo 1 — aquele que geralmente se inicia na infância — tem relação com processos autoimunes, e que poderia ser desencadeada caso a criança seja exposta precocemente a determinados alimentos. A própria ausência do aleitamento materno exclusivo até os seis meses completos de vida poderia aumentar os riscos para o desenvolvimento da doença. Segundo Jaqueline, a introdução aos alimentos é individualizada, levando-se em consideração as características dos pais e da criança durante o aleitamento, mas as principais proteínas envolvidas com o desenvolvimento da autoimunidade são as do leite de vaca, o glúten e em alguns casos a proteína da soja e do ovo. “Fazendo o planejamento da introdução de alimentos, mês a mês, a criança terá menores chances de doenças autoimunes”, enfatiza a nutricionista.
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Incentivo à
especialização Um catarinense está pela primeira vez à frente da presidência do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Empossado no dia 1.o de janeiro deste ano, o Dr. José Nazareno Gil, que é mestre e doutor na área, tem importantes metas a alcançar e desafios a enfrentar nos dois anos de sua gestão.
Dr. José Nazareno Gil é mestre e doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial; felow em Cirurgia Ortognática na Northwestern University — Chicago — USA; autor de livros e de várias publicações científicas; coordenador do Programa de Residência em CTBMF do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); professor das Disciplinas de CTBMF do Curso de Graduação em Odontologia da UFSC; e professor de Pós-Graduação em Implantodontia (mestrado e doutorado) do Curso de Odontologia da UFSC.
Revista do CRO-SC: O que o cargo de presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial representa para Santa Catarina? Dr. José Nazareno Gil: Naturalmente que a função de presidente de uma associação tão importante como esta traz mais visibilidade para a cirurgia bucomaxilofacial do Estado, pois todas as ações e diretrizes da especialidade serão tomadas a partir daqui. Mas gostaria de salientar que Santa Catarina sempre teve uma boa representação nacional. Esta maior visibilidade não se dá apenas na esfera nacional. Nossa associação é observada de perto por associações internacionais como a Internation Association of Oral and Maxillofacial Surgery e pela Associação Latino-americana de Cirurgia Bucomaxilofacial. Revista do CRO-SC: Quais as atribuições do Colégio? Dr. Gil: A principal é o desenvolvimento da cirurgia bucomaxilofacial como um todo. Refiro-me ao aprimoramento técnico-científico de nossos membros, o que reflete em um atendimento mais eficiente e seguro dos pacientes. A entidade direciona nacional e internacionalmente a cirurgia bucomaxilofacial brasileira, dando suporte técnico e orientações aos Ministérios da Educação e da Saúde e a órgãos de classe como os CROs e CFO, bem como junto aos planos de saúde. Avaliamos constantemente o tipo de formação do cirurgião bucomaxilofacial para que a sociedade receba especialistas de qualidade. Também estamos envolvidos com a divulgação da especialidade, mostrando à sociedade o que fazemos e qual nossa área de atuação. Revista do CRO-SC: Qual a importância da entidade dentro do universo da Odontologia? Dr. Gil: Estamos preocupados com a formação técnico-científica do cirurgião bucomaxilofacial. O Colégio é importante na orientação de como devem ser os cursos de formação (residências, especializações, mestrado
e doutorado) na área. Também damos todo o suporte técnico-científico necessário para outras entidades da Odontologia. Revista do CRO-SC: Quais são suas principais metas à frente do cargo? Dr. Gil: 1. Levar as informações para o cirurgião bucomaxifacial brasileiro rapidamente e de forma prática, com o objetivo de manter o associado informado das decisões e ações do Colégio, possibilitando que o mesmo possa participar delas. 2. Manter os que já existem e criar novos métodos de educação continuada em cirurgia bucomaxilofacial e, dessa maneira, manter o associado atualizado técnico-cientificamente, possibilitando um melhor atendimento aos pacientes. 3. Manter um canal de diálogo com órgãos, como os ministérios da Saúde e Educação, planos de saúde, CROs e CFO, objetivando uma melhor formação e atuação do cirurgião. 4. Manter o plano de divulgação da especialidade para que a sociedade conheça o que fazemos e possa usufruir dos nossos serviços. Revista do CRO-SC: E quais os desafios que a especialidade enfrenta? Dr. Gil: O maior é uniformizar a formação do cirurgião bucomaxilofacial. O ideal é que todo o especialista tenha uma formação semelhante, onde todas as áreas de atuação possam ser praticadas pelo profissional em formação. Outro desafio é continuar divulgando a especialidade. Quanto mais informação a população tiver sobre o que fazemos, mais seremos procurados, criando uma demanda que no futuro irá obrigar que todos os hospitais e centros de saúde tem um cirurgião bucomaxilofacial contratado. Revista do CRO-SC: O que faz um cirurgião bucomaxilofacial? Dr. Gil: A cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial é uma especialidade da Odontologia que objetiva o diagnóstico e tratamento de doenças, traumatismos, lesões e anomalias, congênitas ou adquiridas, do aparelho mastigatório, anexos e estruturas crânio-faciais associadas. O cirurgião bucomaxilofacial realiza seus procedimentos tanto em consultórios, quando utiliza anestesia local, quanto em centros cirúrgicos de hospitais, quando as cirurgias são maiores e necessitam de anestesia geral.
Revista do CRO-SC: A maior parte das intervenções hoje é estética ou corretiva? Dr. Gil: As correções que realizamos são funcionais. Mas, como são na face, a alteração da estética está associada. O cirurgião precisa ter um senso e um conhecimento da estética facial para atingir seus objetivos. Hoje, os pacientes procuram o profissional da área mais preocupados com o resultado estético do que com o funcional. Nos consultórios, os procedimentos mais realizados são retirada dos dentes siso, colocação de implantes e enxertos ósseos. Nos hospitais são as cirurgias ortognáticas, tratamentos de fraturas de face, retirada de grandes tumores e grandes enxertias ósseas.
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Revista do CRO-SC: Algum fator da vida moderna, ou situação, tem sido responsável por um aumento da necessidade da busca desse profissional? Dr. Gil: Sim. O acidente de trânsito está relacionado à maioria das fraturas dos ossos da face, requisitando o pronto atendimento do cirurgião bucomaxilofacial nos hospitais. Devido a este fato, pretendemos realizar em Florianópolis uma campanha de conscientização para a redução do trauma de face, no momento das fiscalizações da lei seca.
O que faz um cirurgião bucomaxilofacial 1. Cirurgias bucais (retirada de
dentes siso, cistos, tumores etc.).
2. Reconstruções ósseas (enxertos ósseos e gengivais).
3. Colocação de implantes dentários. 4. Tratamento de patologias da
maxila e da mandíbula, como retirada de cistos, infecções, tumores etc. 5. Cirurgias das articulações temporo-mandibulares, sejam elas abertas, como a correção de anquilose e colocação de prótese para as perdas articulares, ou através de artroscópio. 6. Cirurgia ortognática para correção das deformidades dentofaciais (correção dos desvios da mandíbula, dos queixos proeminentes, dos sorrisos gengivais, das mordidas cruzadas a abertas, das deficiências de maxila, fissuras lábio-palatinas etc.). 7. Tratamento das fraturas dos ossos da face, fraturas estas comumente causadas por acidentes de trânsito, agressões etc.
No Hospital Infantil, 10
anos de serviço Dr. Levy Rau completa um década em sua especialidade no hospital O cirurgião bucomaxilofacial Dr. Levy Rau, formado no Hospital Universitário da UFSC, deu início às atividades da sua especialidade no Hospital Infantil Joana de Gusmão de Florianópolis em dezembro de 2003. Inicialmente, buscou regularizar e normatizar os atendimentos odontológicos eletivos e da emergência, durante muitos anos realizados por cirurgiões-dentistas bucomaxilofaciais abnegados que, ao serem chamados pela direção, iam resolvendo os casos odontológicos à medida que surgiam, mesmo sem haver uma contratação ou nomeação no Hospital. Hoje, a equipe, já focada no SUS e na criança, conta com odontopediatras recém-nomeados e contratados que a muito faziam falta num Hospital exclusivamente pediátrico. Além do início das atividades didático-pedagógicas de alunos de pós-graduação de várias especialidades vinculadas à bucomaxilofacial e Odontologia. Atualmente o serviço é a referência estadual em Odontologia pediátrica hospitalar da Secretaria do Estado. A interação com a medicina e com os Serviços hospitalares tem sido um ponto forte e marcante nestes dez anos de atividades. Os atendimentos já realizados a muito passaram dos milhares, sempre atuando em harmonia com os demais colegas da área da saúde. A equipe foi contemplada com o apoio importante do Instituto Ronald Mc’Donald, através da parceria com a AVOS (Associação de Voluntárias do HIJG) com o intuito de aprimorar o atendimento das crianças portadoras de
câncer. Essa parceria possibilitou a aquisição de equipamentos e instrumentais cirúrgicos, cadeiras odontológicas, lasers, aparelho de sedação de gás hilariante, equipamentos odontológicos portáteis para centro cirúrgico e até mesmo a contratação de uma Técnica de Saúde Bucal. Dentre as atividades do serviço estão: a realização do diagnóstico e tratamento das inúmeras alterações traumáticas de face e boca, deformidades neonatais, patologias e lesões malignas que exijam a presença do cirurgião-dentista. O Serviço oferece reuniões e simpósios sobre temas contemporâneos como a Distração Osteogênica. Tem se preocupado com o intercâmbio nacional e internacional de técnicas cirúrgicas que possam trazer benefício às crianças. Como meta principal para os próximos anos, está o aprimoramento da relação entre a classe odontológica e os médicos, possibilitando atendimento interdisciplinar e globalizado dos pacientes. “Completamos uma década de atividades com a certeza que atendemos ao longo destes anos cada criança com o pensamento que ela poderia ser nosso filho e que a criança não é um adulto pequeno”, conclui Dr. Levy Rau.
entrevista
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registros cancelados
10 PERÍODO DE 01/11/2013 a 24/02/2014 Caducidade* Alex da Silva Piuco; SC-CD-13319 Allan Gustavo Pereira; SC-CD-12254 Ana Karina Wensiboski Ferreira; SC-CD-12302 Andrea Cristiane Ferrari; SC-CD-12215 Arielle de Mello; SC-CD-12440 Beathriz Cristina Pereira; SC-CD-12305 Camilla Savian; SC-CD-12374 Caroline Graça de Borba Souza; SC-CD-12384 Claudia de Borba Souza; SC-CD-12385 Daniele Carrara; SC-CD-12358 Diane Richter; SC-CD-12295 Eliane Teres; SC-CD-12299 Felipe Rosa Binder; SC-CD-12166 Fernanda Pereira Wiliczinski; SC-CD-12378 Flavio Roberto de Castro Mello; SC-CD-12256 Francieli Wilvert Reitz; SC-CD-12197 Henrique Barcelos Brandão; SC-CD-12253 Jonas Andrei Sperotto; SC-CD-12348 Júlio Antônio Marçal Silva; SC-CD-12357 Kamila Andressa de Britto Mendes; SC-CD-12366 Laila D’ávila Farias; SC-CD-12354 Larice Silva Barreto; SC-CD-12343 Maithy Moris Dias Martins; SC-CD-12631 Maria Theresa Cambuy Ferreira; SC-CD-12264 Mohamad Imad Zaghloul; SC-CD-12337 Monike Luiza Kirchner; SC-CD-12173 Morgana Rodrigues Pires; SC-CD-12246 Noemia Aparecida de Oliveira; SC-CD-12293 Oscar Gabriel Morais Jacobsen; SC-CD-12339 Pamela Andressa Gomes Tolentino Fernandes; SC-CD-12456 Rafael Larsen; SC-CD-12698 Richely Alves Furtado; SC-CD-12361 Simoni Pohlmann; SC-CD-12274 Stephane Drielle Gadotti Estevam; SC-CD-12359 Tailon Mello Marcolin; SC-CD-12296 Thiago Oszika Picolo; SC-CD-12632 Vinicius do Canto Kras Borges; SC-CD-12266 * Obs.: Os cancelados por caducidade podem estar com processo de inscrição principal em tramitação.
Motivos Diversos Alfredo Antônio de Santana; SC-TPD-1110 Ana Carolina Nogueira Bientinez Basile; SCCD-13036 Ariane Cristina Basso; SC-CD-12934
Encerramento Adriano João Poli; SC-TPD-1093 Agnes Roberta Schwingel; SC-CD-10354 Alaor Lopes da Silva; SC-CD-931 Ana Paula Rost; SC-CD-9334 Andre de Oliveira Peixoto; SC-CD-12448 Andressa Goldacker; SC-ASB-826 Arthur Carneiro Lima; SC-CD-9048 Audrei Pelisser; SC-CD-6173 Barbara Motta de Paula; SC-CD-9020 Betine Pinto Moehlecke Iser; SC-CD-12316 Bruna de Miranda Ern; SC-CD-12238 Camile Caldart Dezordi; SC-CD-8188 Cristina Aparecida Dominski de Lima; SCASB-1766 Daniel do Nascimento; SC-APD-277 Daniela Gonçalves Voigt; SC-ASB-755 Dirceu Vieira; SC-CD-9874 Dulce Maccarini Vieira; SC-ASB-278
Eddi Tonolli Correa; SC-ASB-150 Edson Makowiecky; SC-CD-1313 Edy Comerlatto; SC-ASB-1726 Elaine Suelen Quost Nery; SC-ASB-2035 Eleni Schneider Lerner; SC-ASB-938 Elizabeth Soares Navarro; SC-CD-3101 Evelyn Yanai Cattoni; SC-CD-6563 Fabiane Antonieta Bollico; SC-ASB-2626 Fernanda Beserra Nogueira; SC-ASB-2593 Flavia Helena Gomes; SC-TPD-824 Gabriela Alflen; SC-TSB-541 Glauco Fagundes Broering; SC-CD-6463 Grasielli Silveira Rosa; SC-ASB-2462 Halyni Cardoso Teixeira; SC-CD-9486 Helen Cristina dos Santos; SC-TPD-850 Ingrid Aparecida Xavier da Cruz; SC-ASB-2851 Isabel Cristina Lodi Bassanesi; SC-CD-6390 Isolete Alexandre Machado; SC-ASB-640 Ivan Carlos Martins; SC-CD-11045 Ivandra Soranso; SC-TSB-844 Izildinha Angela Aurélio; SC-ASB-432 Josemar Antônio Spironello; SC-CD-8819 Juliana Nicolau; SC-CD-8853 Karla da Silva Córdova; SC-TSB-987 Lenir Teresinha Ribeiro; SC-CD-1328 Lidiane Correa; SC-ASB-2428 Lilian Mara Takahashi; SC-CD-6045 Lourenço Varaschin Júnior; SC-APD-296 Luiz Jorge Vieira; SC-CD-1584 Lyedje Naya Gonzaga; SC-TSB-139 Manuela Riesemberg Schoening; SC-CD-10722 Maquelle Rosa Belli; SC-ASB-2013 Marci Mara da Silva Borges; SC-ASB-1144 Mariana Menezes Distefano Carmagnani; SCCD-11903 Marilisa Aparecida Bueno da Rocha; SC-TPD-453 Maritania Secco; SC-ASB-1850 Maura Guterres Procópio Nogueira; SC-CD-3752 Maxleo da Luz Maciel; SC-CD-1508 Mayara Regina de Oliveira de Jesus; SC-ASB-2838 Michelle Cristiane Zen; SC-CD-7868 Nadia Assein Arus; SC-CD-12674 Nadir do Espírito Santo; SC-ASB-2997 Nelson Dias; SC-TPD-45 Nilsa Nicoletti; SC-ASB-295 Nilton Deboni; SC-TPD-875 Noeli de Fátima Borges; SC-TSB-359 Odontomaster Clínica Odontológica Ltda.; SCEPAO-997 Patrícia Cristina dos Santos; SC-CD-7657 Patrícia Mendonça; SC-CD-11044 Paulo José Pasquali; SC-EPAO-532 Pedro Rogério Becker; SC-CD-1083 Roberto Oliveira Otero; SC-CD-10634 Roberto Prescinotti; SC-CD-10309 Robson Luiz Krochinski; SC-APD-115 Sabine Haeser; SC-CD-8798 Sandra Ines Mees de Farias; SC-ASB-2734 Sara Murad Suzuki; SC-CD-1415 Sarem Talita Herder; SC-ASB-2772 Sigueo Takayama; SC-CD-1788 Sonia Eger; SC-ASB-2998 Sonia Maria Framarim Carpes; SC-CD-1455 Tania Marlise Jantz Hoffmann; SC-ASB-708 Tatiane Faustino Lopes Lima; SC-TSB-651 Valmor Niada; SC-TPD-155 Valquiria Ponczko; SC-TSB-352 Vanessa Lavratti; SC-ASB-2383
Vera Regina Ribeiro Velho; SC-CD-1482 Waldir Jensen; SC-CD-1248
Falecimento Angela Carolina Malize; SC-ASB-1594 Leila Maria Zimmermann; SC-CD-5940
Número de Inscrição Inválido Juscelino Aparecido dos Santos; SC-APD-447
Suspensão Temporária Diogo Pedrollo Lise; SC-CD-10269
Transferência Adriana Fagundes da Silva; SC-CD-9980 Ana Luisa Pereira; SC-CD-11625 Ana Maria Barroso; SC-CD-7305 Andre Schwerz Enumo; SC-CD-12944 Andresa Cristina Bianqui; SC-CD-9663 Antônio Antunes Ferreira; SC-CD-6005 Camila Pereira Mari Llorens; SC-CD-11229 Carlos Felipe Paiva de Sá; SC-CD-12318 Caroline de Azevedo Silva; SC-CD-6293 Caroline Teixeira Oliveira; SC-CD-8965 Caroline Wondracek Sanguebsche; SC-CD-11775 Cassio dos Santos Neto; SC-CD-9261 Claudia Regina Moreno; SC-CD-12645 Claudio Marques; SC-CD-8759 Daniel Wobeto Spies; SC-CD-12692 Danilo Vallejo Rocha Ziroldo; SC-CD-11542 Diogo Eduardo Araújo Anselmo; SC-CD-12754 Ediane Bergamaschi; SC-CD-13281 Estela de Oliveira; SC-ASB-1137 Ezequiel Alves de Oliveira; SC-CD-5949 Filipe Nery da Rosa; SC-CD-10035 Gabriela Eduarda Capistrano; SC-CD-11365 Geovana Scariott Frare; SC-CD-11059 Jonata Carlos Ponchiroli; SC-CD-11130 Juliana Fernandes Neves; SC-CD-6583 Karine Vieira Zappelini; SC-CD-10530 Leandro Cassaro; SC-CD-12435 Lidiane Goldani; SC-CD-11065 Liliana Renata Aguiar Carvalho; SC-CD-8084 Luciana da Silva; SC-CD-10914 Luiz Omar Weiller; SC-CD-12404 Maite Barroso da Costa; SC-CD-7926 Marcelo Griebeler; SC-CD-11081 Marcelo Mangini da Silva; SC-CD-12438 Maria Alice Hubsch; SC-CD-9839 Maurício Vigânico Alves; SC-CD-10039 Nassara Maria Souza Lima; SC-CD-10705 Nilson dos Reis Alves; SC-CD-2737 Pricylla Hagemann; SC-CD-12907 Priscila Pereira Marini; SC-CD-12229 Rafael Tortora; SC-CD-12059 Ricardo Picolotto; SC-CD-12353 Suellen Evelyn Cascaes; SC-CD-12135 Tamiris Czervinski; SC-CD-13048 Tatiane Pereira Marcon; SC-CD-12596 Tayana Algeri Opolski; SC-CD-7468 Vanessa Andrade de Araújo; SC-ASB-1940 Waldimir Xavier Filho; SC-CD-11541
Transferência Provisória Alexandre Antônio Fornasari; SC-CD-10075 Bruno Levy Barbosa Teixeira; SC-CD-11524 Lúcia Alves; SC-CD-12502
personagem
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Talento além do consultório Autoditada, Dr.a Liliam Mansur, produz tampos de mesa, molduras e outras obras Liliam Mansur descobriu um talento que vai além do consultório odontológico e ao qual ela se dedica nas horas vagas: a caligrafia árabe. Desde criança é apaixonada pelos aromas, sabores e sons da cultura de seus avós paternos, que vieram do Líbano, mas foi há 15 anos que encantou-se com as formas e estilos da escrita árabe. As letras e formas geométricas aplicadas em diversos materiais, como metais, espelho, vidro e couro, resultam em móveis, peças decorativas e joias que encantam pela beleza. A imersão na cultura árabe aconteceu através de várias viagens ao Oriente, juntamente com um grupo de amigos. Foram diversos países visitados — Irã, Emirados Árabes, Uzbequistão, entre outros —, onde ela pode conhecer de perto o cotidiano dos moradores, mantendo um contato mais profundo com sua cultura e seus valores. “Desejo que o meu trabalho com a caligrafia possa mostrar um pouco do que presenciei no Oriente e transmitir o verdadeiro sentido da arte árabe-islâmica: o de produzir impactos, refletindo os atributos divinos no íntimo do ser humano. O poder, a sabedoria e a beleza dessa arte são incomparáveis e estão expressos a cada detalhe na arquitetura, pintura, escultura, joalheria e tapeçaria”, conta. Autodidata, Liliam vem aperfeiçoando seu trabalho através da contínua observação, pesquisa e estudo. Ela conta que busca por desenhos que a impactem, que podem ser utilizados da forma original ou recriados, resultando em composições próprias. Nesta etapa, a criatividade não tem limites, sempre orientada, é claro, pelo seu senso estético. No site www.ateliermansur.com. br é possível encontrar mais de 200 desenhos onde Liliam busca inspiração. Muitos outros estão em seu atelier, aguardando a digitalização. A artista também não fez curso de gravação, a técnica foi aprendida sozinha. Neste caso, as habilidades que
ela já possuía como cirurgiã-dentista — destreza, atenção aos detalhes, coordenação motora — foram facilmente direcionadas para outro trabalho manual. Aplicação da técnica A corrosão é uma antiga técnica usada no Oriente para gravar os caracteres da caligrafia árabe no metal (cobre, latão), espelho e vidro. Liliam explica que é feita com ácido e se assemelha ao jateamento. O resultado são tampos de mesa, biombos, painéis decorativos, molduras de espelhos, divisórias de ambientes e o que mais a imaginação permitir, imprimindo beleza aos mais diversos espaços. Segundo Liliam, a caligrafia árabe aplicada à joalheria busca na sutileza dos materiais escolhidos criar joias exclusivas, onde a harmonia de cada detalhe confere à peça elegância e delicado senso estético. A gravação é feita em ouro, prata, pedras naturais e cristais. No momento, a artista está experimentando a aplicação da técnica de gravação sobre o couro, em alto e baixo-relevo, e está bastante satisfeita com o resultado. O mosaico é outra forma de expressão artística trabalhada por Liliam. Utilizando materiais como pastilhas de vidro, cerâmica, pedras e metal, ela leva beleza a pisos, paredes, tampos de mesa, painéis e quadros. Mais informações:
www.ateliermansur.com.br
Obras da cirurgiãdentista Dr. Liliam Mansur