Eliane Prolik lança livro e mostra na SIM Galeria Da Exposição A artista utiliza de segmentos ou réguas de fórmica e alumínio em manifestação de construção dinâmica. Em “Defórmica”, cada cor é unida a outra de modo literal, em sucessão e constante apreensão de movimento sobre o plano da parede. Essas esculturas fogem de configurações fechadas e afirmam unidades formais abertas, tratando com a mesma intensidade geometria e luz. Para o crítico Ronaldo Brito, Defórmica vai direto ao ponto, o que, no caso, significa evoluir sempre em zigue-zague. Uma lógica divertida preside essas associações cromáticas que tratam de soltar essas réguas, liberá-las ao espaço físico, a difundir e irradiar luz até deixarem a sala leve, quase sem gravidade. Para ele ainda, Defórmica anuncia a feliz possibilidade de ordens instáveis e transitórias, por isso mesmo, atraentes, o que atualiza a flexibilização do real. A escolha de cores públicas e industriais (e não introspectivas como cabe a um pintor) está associada à fórmica e a sua função em diversos tipos de ambientes desde as décadas de 1950 e 1960, quando ela passa a ser mais comumente utilizada por todos. Essa película que reveste volumes ou móveis, é usada nas esculturas planares de Prolik, como delgada colada sobre si mesma, num recorte preciso de tempo e de espaço do presente. Em “Pra Que”, a artista se apropria de associações de palavras sobre o objeto comum de placas de veículos. Esses objetos não-convencionais à tradição da arte jogam com a multiplicidade de leitura e significados de suas palavras/placas. São sutis relevos brancos que relacionam o transito e a migração dos sentidos e o contexto urbano. “A instalação Pra Que é formada por 45 placas, mas como elas são criadas individualmente também funcionam uma a uma ou em conjuntos menores, em sua questão poética e objectual, são unidades que se articulam coletivamente”, explica a artista. Do Livro O livro Eliane Prolik possui 120 páginas, com textos de Ronaldo Brito, Joana Corona e Rodrigo Ferreira Marques sobre a produção da última década da artista. O crítico carioca Ronaldo Brito, antes de sua viagem para curadoria da mostra que comemora o ano do Brasil na Bélgica, em Bruxelas, participará do lançamento do livro de Eliane Prolik e de uma palestra sobre a produção da artista. Destaque Atualmente, Eliane está em destaque na mostra O Espaço Aberto, em Brasília e na mostra Diálogo – Brazilian Contemporary Art, na AVA Galleri, na Finlândia. A escolha da SIM Galeria para publicar seu livro não foi à toa. Paranaense como SIM, a artista reforça a relação entre o sucesso da arte do estado fora de seus limites. Ela ainda aponta a importância que a inauguração do espaço representa para a inserção definitiva de Curitiba, falando em pé de igualdade, com mercados de arte mais antigos e expressivos. Da Artista Eliane iniciou a carreira nos anos 1980, dedicando-se a diversas formas de expressão. Paranaense, a artista conta com extenso currículo de exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais: participou da 19ª e da 25ª Bienal Internacional de São Paulo e foi premiada no Panorama da Arte do MAM-SP. Possui obras em importantes coleções públicas. Serviço: Mostra Individual e lançamento de livro de Eliane Prolik Data: de 25/08 (abertura da mostra e lançamento do livro) a 30/09 (encerramento da mostra) Local: SIM Galeria (Al. Pres. Taunay, 130A, Batel) Horário: de terça a sexta, das 10 horas às 19 horas; sábado, das 10h às 18h.