Dezembro 2016 nº 374
JORNAL DOS BANCÁRIOS Carimbado o
O BANCO DO BRASIL NÃO PRECISA DE
DEFESA DO BB NA CÂMARA LOCAL
REESTRUTURAÇÃO
No último dia 6 estive participando da ‘Tribuna Livre’ da Câmara Municipal de Uberaba, alertando à sociedade local sobre os prejuízos da reestruturação em curso no Banco do Brasil. A redução brutal dos postos de trabalho afeta a economia das cidades e joga mais lenha na crise do país. Como função social, o banco público do Brasil é imprescindível nos momentos de crise para oferecer créditos com juros mais baratos a todos os setores da economia. Teme-se que a reestruturação seja o primeiro passo para prejudicar essa função. Beneficiando-se assim os bancos privados, que participam diretamente do atual governo federal. Os vereadores foram sensíveis e devem atender solicitação do sindicato fazendo uma moção de repúdio ao banco.
Baltazar Luzia Presidente
Os números mostram! O Banco do Brasil é um banco forte e de excelente saúde financeira (veja ao lado). A reestruturação foi anunciada pela direção do banco com fechamento de centenas de agências, transformações de outras em PAB’s e a brutal redução com corte de funcionários - por meio de aposentadorias incentivadas, sem reocupação dos postos de trabalho, não se justificam. A reestruturação vai prejudicar os clientes e usuários. Haverá menos bancários para o atendimento e restrição de serviços. Os bancários serão prejudicados com o aumento na sobrecarga de trabalho. “A mudança prejudica a função social e pública do Banco do Brasil e indica tendência ideológica de pôr o banco no rumo ao serviço privado”, aponta Baltazar Luzia,
Caixa minuto desfigura papel Social da Caixa A Caixa econômica federal também é alvo de políticas que orientam o banco para o caminho dos bancos privados. Uma delas é a desqualificação da função “caixa” com a criação do caixa-minuto. A Contraf-CUT mostrou aos representantes do banco que o caixa na instituição pública tem mais particularidade do que o privado (FGTS, PIS, crédito imobiliários e outros). E que a mudança prejudica o atendimento e os empregados. O banco aceitou continuar o debate.
Agência Boa Vista irá virar PAB A agência recém-criada do BB no bairro Boa Vista em Uberaba irá virar posto de atendimento, com restrição dos atuais serviços prestados
e redução de funcionários. Outras agências da região foram atingidas com transformação em PABs e fechamentos.
CA Caixa: Sindicato apoia Chapa 1 Maria Rita Serrano e Orency Francisco têm compromisso de lutar em defesa dos direitos dos empregados e o fortalecimento do banco público; votação em todo o país começa em 12 de dezembro.
Jornal dos Bancários
Dezembro 2016
Aposentadoria integral só com 49 anos de contribuição De lh ! 2016: 10 MIL EMPREGOS A MENOS A demissão dos bancos segue a todo vapor. As 10 mil demissões de janeiro a outubro deste ano registrados pelo CAGED/MTE já superam os 12 meses de 2015. 76% das demissões ocorreram em 4 estados (SP, RJ, PR e MG).
DEMITINDO PARA LUCRAR MAIS 61% dos cortes foram com bancários entre 50 a 64 anos de idade e 34% tinha mais de dez anos de empresa. As contratações são de jovens com mais intimidade com a tecnologia, mas com salários mais baixos. Outra situação revelada pela pesquisa é a desigualdade: o salário das mulheres contratadas continua representando só 71% dos homens empregados no período.
SAEM AVANÇOS NO BRADESCO - A reunião de negociação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o banco terminou com avanços no início do mês: os valores de plano de saúde cobrados nos aposentados do HSBC voltarão a ser nos níveis anteriores; haverá opções para a previdência dos funcionários do HSBC, inclusive a migração sem prazo; O auxílio educação não será interrompido mais em dezembro. Também foi conquistado o crédito consignado (moldes do HSBC) com juros baixos para todos os funcionários.
CAIXA LUCRA 3,4 BI E DEMITE 2 MIL - Em nove meses, a Caixa alcançou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, uma redução expressiva de 47,2% na comparação com o mesmo período de 2015. Vale ressaltar, no entanto, que o resultado está vinculado a menor utilização em 2016 de créditos tributários. Apesar do registro de lucro e do acréscimo de 3,48 milhões em seu número de clientes, a Caixa reduziu 2.608 postos de trabalho em relação a setembro de 2015.
JORNAL DOS BANCÁRIOS EXPEDIENTE Publicação do Sindicato dos Bancários de Uberaba e região. Presidente: Baltazar Luzia Pinto. Secretário de Imprensa: Élcio Lopes Lucas. Edição: Anízio Bragança Júnior - MG 4731JP. Rua Governador Valadares, 450. Cep: 38.010-380. Telefax: (34) 33121993. 1000 exemplares. Notícias do “www.contrafcut.org.br” e “www.spbancarios.com.br. Fotos: Marco Túlio Bernardes E-mail: imprensa@bancariosdeuberaba.com.br e secretaria@ bancariosdeuberaba.com.br. Sítio: www.bancariosdeuberaba.com.br.
Reforma da previdência dá ‘facada’ em quem tem menos de 50 A reforma da Previdência do governo Temer (PMDB) enviada ao Congresso propõe que a aposentadoria no Brasil somente será permitida para quem completar 65 anos de idade (homens ou mulheres, da iniciativa privada ou pública). Todos que tenham 49 anos de idade ou menos até a data da promulgação irão entrar no novo sistema. Além disso, o tempo mínimo de contribuição passaria dos atuais 15 para 25 anos. Mas mesmo quem chegar aos 65 de idade e tiver 35 de contribuição só devem receber cerca de 75% do valor de direito de hoje. A aposentadoria integral (100%) somente chegaria para quem atin-
gir 49 anos de contribuição. Ou seja, o fator 85/95 será transformado em fator 114. Vão escapar da nova fórmula os homens que tiverem 50
ou mais de idade e as mulheres com 45 ou mais de idade. Estes vão ficar na regra atual com pedágio de 50% do tempo restante para aposentar.
TST: Hora extra do Bancário ficou 20% mais barata
Conquista: Bradesco reduz juros consignado dos funcionários Após reivindicação dos representantes dos trabalhadores em mesa de negociação, o Bradesco reduziu os juros cobrados dos bancários na modalidade crédito consignado. O banco que lucrou R$ 12,7 bilhões somente nos primeiros nove meses de 2016 diminuiu a taxa em apenas 0,38 ponto percentual, passando de 2,72% para 2,34%. O prazo de pagamento
varia entre dois e 60 meses. “Fizemos uma pesquisa para averiguar as taxas que os principais bancos cobram dos seus funcionários no crédito consignado e constatamos que o Bradesco pode reduzir a taxa, principalmente para prazos menores de contratação”, defende Sandra Regina, integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) ficou do lado dos bancos no julgamento sobre o divisor bancário mês passado. O ponto central da discussão era a possibilidade de incluir os sábados e feriados no cálculo do valor do repouso semanal remunerado. Havia oito mil processos suspensos só no tribunal superior. Se o sábado permanecesse incluído, a hora extra ficaria mais cara para os bancos. Pela conta, as 30 horas semanais seriam divididas por seis e então multiplicadas por 30, resultando em 150, número de horas pelo qual o salário do bancário seria dividido. Pela conta dos bancos, que exclui o sábado, o montante seria dividido por 180 e aplicado o chamado “divisor 180”.
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Santander: Bancários assinam aditivo à convenção O aditivo assinado com a Fenaban terá validade de dois anos, de 1º de setembro de 2016 a 31 de outubro de 2018. As principais conquistas foram: parcelamento do pagamen-
to do adiantamento de férias em três vezes; 9,13% de reajuste (acima do índice da Fenaban) no Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) que equivale a R$ 2.200 a ser
paga na 2ª parcela da PLR, como piso para todos bancários; manutenção das bolsas estudo de graduação e pós (2500 no total), com reajustes anuais pelo índice na Fenaban.