(IN)certezas e movimento docente
O trabalho docente na expansão da educação superior brasileira: entre o produtivismo acadêmico, a intensificação e a precarização do trabalho
André Rodrigues Guimarães
Professor da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP E-mail: andre@unifap.br
Emerson Duarte Monte
Professor da Universidade Federal do Pará - UEPA E-mail: emersonmonte21@yahoo.com.br
Laurimar de Matos Farias
Professor da Secreteria de Estado de Educação do Pará - SEDUC/PA E-mail: laurimatos72@yahoo.com.br
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar a (re)configuração do trabalho docente universitário diante do processo de expansão da educação superior brasileira pós-1996. Tal processo, que tem como característica central a proliferação de instituições e matrículas privadas, afeta também as instituições de educação superior pública, entre as quais as universidades, induzindo-as a adotarem modelos de gestão e organização do trabalho a partir dos princípios privados/mercantis, características dos ideais constitutivos neoliberais. Em tal contexto, o trabalho docente das universidades públicas passa por modificações típicas do regime de acumulação flexível. Para analisar essas metamorfoses consideramos, a partir da literatura pertinente, três categorias centrais em tal processo: o produtivismo acadêmico, a intensificação e a precarização do trabalho docente. Concluímos que tais categorias estão interligadas às exigências por maior produtividade docente e exigem maior envolvimento laboral desses trabalhadores.
Palavras-chave: Trabalho Docente. Produtivismo Acadêmico. Intensificação. Precarização.
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UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #52