Revista Construir Mais - Abril de 2016

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CUB FEVEREIRO

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REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO VI, Nº 67 ABRIL/2016

MATÉRIA ESPECIAL: o secretário de Governo e Integração Institucional de Aparecida de Goiânia, EULER DE MORAIS, explica a importância estratégica que a construção do contorno da BR-153 tem para o Município e para o Estado de Goiás. Pág. 16



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DITORIAL

O mundo exige mais EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O uso eficiente da energia passou a ser uma necessidade que vem sendo incorporada às boas práticas da Engenharia devido à fatores econômicos, alto custo e preços elevados, e à mudança climática, visando reduzir as pressões sobre o meio ambiente, pois quanto mais eficiente for o uso da energia, menor será a quantidade de carbono liberado na atmosfera; reduzindo-se a intensidade energética, menor é a pressão sobre o meio ambiente. Por aqui a eficiência energética ainda não foi priorizada de todo como política energética sustentável, mas é certo que o futuro próximo reforçará uma mudança de atitude sobre o consumo consciente da energia e sua conservação. Durante a Conferência das Partes (COP-21) da Convenção do Clima das Nações Unidas realizada em dezembro de 2015 em Paris, o governo brasileiro se comprometeu a aumentar a participação das energias renováveis, dentro da matriz energética do País. E a indústria da construção tem um importante papel na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, para limitar o aumento da temperatura global. Daí que nos últimos anos o setor vem intensificando seu trabalho de conscientização e qualificação das empresas para quebrar resistências e criar uma nova mentalidade. Uma cultura em que crescimento econômico seja vinculado à sustentabilidade, um conceito que envolve todo um planejamento do empreendimento dentro de uma visão de longo prazo. Pesquisas apontam que o emprego de soluções energéticas na edificação pode reduzir em até 85% os gastos financeiros com uso e manutenção durante a vida útil do prédio. Por sua relevância, a revista Construir Mais dedica a matéria de capa desta edição ao tema eficiência energética, ouvindo diversos especialistas no assunto, com destaque à geração distribuída, porquanto o uso da energia fotovoltaica já é uma realidade que vem crescendo no País e contribui para minimizar a demanda da energia convencional

proveniente dos recursos hídricos. Uma necessidade, tendo em vista que até 45% da energia elétrica média anual do País é utilizada por edificações (sejam habitacionais, comerciais ou de serviços), de acordo com levantamento divulgado pelo Ministério das Minas e Energia. A geração distribuída ou concentrada compreende sistemas conectados à rede ou sistemas autônomos para a produção e geração de energia elétrica, utilizando a luz e o calor solar. Nas Habitações de Interesse Social, por exemplo, já é uso corrente dentro do Programa Minha Casa Minha Vida da Caixa, como mostra a nossa matéria central. A Construir Mais também traz para o leitor matérias de grande interesse, como a radiografia do município de Aparecida de Goiânia, que necessita urgentemente ver o traçado da BR-153 modificado, visando melhorar a acessibilidade/ mobilidade e ampliar os negócios e a geração de emprego e renda, por meio da implantação de projetos de expansão dos polos atacadista e logístico/alfandegário. Boa leitura! CARLOS ALBERTO DE PAULA MOURA JÚNIOR Presidente do Sinduscon-GO

DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDUSCON-GO (2013/2016) PRESIDENTE: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 1º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - 2º Vice-Presidente: Guilherme Pinheiro de Lima - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho Diretor Administrativo Adjunto: Luís Alberto Pereira - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Financeiro e Patrimonial Adjunto: Ricardo Silva Reis - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor da Comissão de Economia e Estatística Adjunto: Maurício Figueiredo Menezes - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária Adjunto: Eduardo Bilemjian Neto - Diretor da Comissão de Habitação: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor da Comissão de Habitação Adjunto: Cláudio Jesus Barbosa de Sousa - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Renato de Sousa Correia - Diretor de Materiais e Tecnologias: Sarkis Nabi Curi - Diretor de Materiais e Tecnologias Adjunto: Pedro Henrique Borela - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: João Geraldo Souza Maia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas Adjunto: Humberto Vasconcellos França - Diretora de Qualidade e Produtividade: Patrícia Garrote Carvalho - Diretora de Qualidade e Produtividade Adjunta: Aloma Cristina Schmaltz Rocha - Diretor de Construção Pesada: Sérgio Murilo Leandro Costa - Diretor de Construção Pesada Adjunto: Jadir Matsui - Diretor de Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor da Construção Metálica Adjunto: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora de Assuntos Jurídicos Adjunta: Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Yuri Vaz de Paula - Diretor da Comissão de Saúde: Jorge Tadeu Abrão - Diretor da Comissão de Saúde Adjunto: Célio Eustáquio de Moura - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural: Gustavo Veras Pinto Cordeiro - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural Adjunto: Nelson Siqueira Neto - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico: Ricardo Daniel Lopes - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico Adjunto: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro - Diretor Social e de Comunicação Adjunto: Ulisses Alcoforado Maranhão Sá - CONSELHO CONSULTIVO: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan de Alvarenga Menezes, José Augusto Florenzano, José Carlos Gilberti - SUPLENTES: Bruno de Alvarenga Menezes, Marco Antônio de Castro Miranda, André Luiz Baptista Lins Rocha - CONSELHO FISCAL: Célio Eustáquio de Moura, Guilherme Pinheiro de Lima, Carlos Henrique Rosa Gilberti - SUPLENTES: Paulo Silas Ferreira, Ricardo de Sousa Correia, Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, Roberto Elias de Lima Fernandes - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Guilherme Pinheiro de Lima.

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S UMÁRIO 5

Artigo “Meios legais e meio ambiente” é o tema do artigo do presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Nelcivone Melo.

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Entrevista Menor impacto ambiental, maior qualidade

20 MATÉRIA DE CAPA Menor consumo de energia,

de vida para os usuários e melhor qualidade

qualidade do ambiente construído.

urbana são os resultados gerados pela adoção de princípios da sustentabilidade nos negócios. Confira a entrevista com o diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), Roberto de Souza.

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Espaço CBIC

alavancar o crescimento de Aparecida

“A subempreitada garante e amplia os postos

de Goiânia e do Estado de Goiás.

abordado nesta edição pelo presidente da

Registro de Eventos Acompanhe o registro dos eventos realizados pelo

(CBIC), José Carlos Martins.

Sinduscon-GO nos meses de fevereiro e março/2016.

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Artigo

Contribuição Confederativa Patronal 2016

“Mapeamento de incentivos econômicos para a

Confira as informações sobre o recolhimento da

construção sustentável” é o tema tratado pelo

Contribuição Confederativa Patronal 2016, que vence

doutor em Direito e consultor jurídico nas áreas

em 30 de abril de 2016.

Buzaglo Dantas.

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Indicadores Econômicos Confira o valor do Custo Unitário Básico (CUB) referente

Comunidade da Construção

ao mês de fevereiro/2016 e o resultado da pesquisa

A utilização de pavimento intertravado permeável

“Índice de Confiança do Empresário da Indústria da

como solução para controle de enchentes.

Construção” também do mês de fevereiro/2016.

REVISTA CONSTRUIR MAIS - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) Sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior | Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro | Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves (beatriz@ sinduscongoias.com.br), Joelma Pinheiro (joelma@sinduscongoias.com.br) e Valdevane Rosa (valdevane@sinduscongoias.com.br) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Silvio Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - Telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | Tiragem: 6.000 exemplares. Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Consciente das questões ambientais e sociais, o Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão dos seus materiais.

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Câmara Brasileira da Indústria da Construção

de Direito Ambiental e Urbanístico, Marcelo

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Matéria Especial Contorno da BR-153: obra vital para

de trabalho na construção civil” é o assunto

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Anuncie na revista

Para informações entre em contato com o Departamento Comercial do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5168, e-mail comercial@sinduscongoias.com.br.


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RT I G O

Meios legais e

MEIO AMBIENTE Logo em seu primeiro artigo, a Consolidação da Legislação Ambiental de Goiânia diz a que veio: regular direitos e obrigações para garantir proteção, conservação, defesa, controle, monitoramento, fiscalização, melhoria e recuperação do meio ambiente no município. Para tais fins, porém, nos ocupamos de meios que consideram os princípios da qualidade de vida, dignidade humana, equilíbrio ecológico e sustentabilidade. Durante um ano, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) coordenou o grupo de trabalho composto por órgãos do poder público municipal, universidades e sociedade civil organizada – todas entidades do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Commam), para formulação de uma lei convergente. Juntamos nossa expertise à de especialistas das áreas temáticas do escopo dessa lei. Eles ministraram seminários e workshops, ao longo do processo, acrescentando noções, preenchendo as distâncias de ponto de vista entre um membro e outro e costurando as experiências de cada um para, somadas, se chegar ao resultado final. A ideia de resultado final, é claro, sugere uma missão cumprida, um término, um ponto de chegada. Mas a verdade é que, só agora, com legislação ambiental própria, Goiânia começa a ganhar profundidade no diálogo das políticas públicas de meio ambiente entre todos os entes federados, devendo envolver a sociedade por inteiro, do modo como apregoa a Constituição Federal. Um dos aspectos mais importantes a ser considerado na Lei Ambiental Municipal está estabelecido no artigo 4º da Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente), que trata da necessidade de compatibilizar desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente. Desse entendimento, voltamo-nos para o ordenamento da cidade, estabelecido através do Plano Diretor, que abrange o planejamento, a política do solo, a urbanização e a ordenação das edificações. É o conjunto de medidas políticas, econômicas e sociais que visa ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, organizar os espaços habitáveis e proporcionar melhores condições de vida às pessoas no meio ambiente natural, artificial e cultural. Bom, então como fica a sustentabilidade urbana? Entendemos que ela inclui o desenvolvimento econômico local, a promoção da equidade e da justiça sociais, a questão urbana democrática e participativa, a moradia

“ UM DOS ASPECTOS

MAIS IMPORTANTES A SER CONSIDERADO NA LEI AMBIENTAL MUNICIPAL ESTÁ ESTABELECIDO NO ARTIGO 4º DA LEI 6.938/81 (POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE), QUE TRATA DA NECESSIDADE DE COMPATIBILIZAR DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE”

adequada para todos, questões estas ligadas ao ordenamento territorial e ambiental local. A Consolidação da Legislação Ambiental de Goiânia complementa o Plano Diretor e, devido ao processo de urbanização ter ocorrido de forma extremamente rápida e desigual, compreende-se a urgência de políticas específicas para enfrentar o problema, em especial sob o aspecto ambiental. NELCIVONE MELO é presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma)

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N T R E V I S TA

ROBERTO DE SOUZA

MENOR IMPACTO AMBIENTAL, maior qualidade de vida para os usuários e melhor qualidade urbana são os resultados gerados pela adoção de princípios da sustentabilidade nos negócios Engenheiro civil, mestre e doutor em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Roberto de Souza tem um vasto currículo: atuou como pesquisador e diretor de Divisão de Edificações do IPT-SP (1976/1989), ocupou a presidência do Cobracon/CB-2 – Comitê Brasileiro de Construção Civil da ABNT (1987/1993) e desde 1990 é diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), empresa de consultoria especializada em qualidade, sustentabilidade, tecnologia, inovação, gerenciamento de projetos e obras, negócios imobiliários e aplicativos Web para construção. Atualmente, coordena uma equipe multidisciplinar com mais de 160 colaboradores, tendo atendido cerca de 3.000 clientes da cadeia produtiva da construção em todo o Brasil. Ministrou mais de 100 palestras técnicas em seminários nacionais e internacionais e publicou inúmeros artigos e trabalhos técnicos. Coordenou tecnicamente mais de 30 eventos no setor da construção voltados a líderes empresariais e setoriais. Autor de nove livros nas áreas de qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação na construção, Roberto de Souza é o entrevistado da Construir Mais.

As edificações sustentáveis, também chamadas de greenbuildings, são aquelas projetadas, construídas e operadas ao longo de sua vida útil, considerando o atendimento a seis categorias de desempenho: (1) inserção urbana do empreendimento, mobilidade e proximidade de transporte público; (2) gestão do uso e economia de energia dentro dos princípios da eficiência energética; (3) gestão do uso e economia de água; (4) qualidade dos espaços e dos ambientes internos envolvendo conforto térmico, acústico e visual; (5) gestão de materiais e resíduos durante a obra e na fase de uso; (6) compromisso do empreendimento com a responsabilidade social.

CONSIDERANDO A SUA VASTA ATUAÇÃO À FRENTE DO CENTRO DE TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES, QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FRENTES DE TRABALHO DO CTE? O Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) é uma empresa de consultoria e gerenciamento focada na cadeia produtiva da construção, que há 25 anos atua no mercado brasileiro. Estamos estruturados em seis unidades de negócios focadas nas seguintes frentes de trabalho: Sustentabilidade, Qualidade e Processos, Inovação e Tecnologia, Gerenciamento de Projetos e Obras, Aplicativos Autodoc via Web e estruturação de Encontros e Redes de Relacionamento da Construção. O CTE tem como clientes as empresas do setor da construção, envolvendo todo o ciclo do negócio: fundos de investimentos, agentes financeiros, incorporadores, construtores, projetistas, fabricantes de materiais e equipamentos, empresas prestadoras de serviços, imobiliárias, administradores de condomínio e gestores de operação das edificações. Atuamos em 18 estados do Brasil, incluindo Goiás, e contamos com uma equipe multidisciplinar de 160 colaboradores.

COMO ESTÁ O MERCADO BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS? OS EMPRESÁRIOS ESTÃO MOTIVADOS? Temos hoje no Brasil dois modelos de certificação ambiental para empreendimentos. O primeiro é o modelo americano baseado nas normas LEED – Leadership in Energy & Environmental Design, modelo de certificação concedido pelo USGBC – U.S. Green Building Council, entidade americana sem fins lucrativos. O Brasil tem hoje 1.040 empreendimentos registrados para certificação Leed, sendo que 319 deles já estão certificados e em operação. Ressalta-se que há nove anos não tínhamos nenhum empreendimento certificado e que hoje o Brasil é o quinto país em número de empreendimentos registrados LEED, só perdendo dos Estados Unidos, Canadá, China e Emirados Árabes. O segundo modelo é o francês baseado nas normas do HQE – Haute Qualité Environnementale e adaptado ao Brasil com a designação de Processo AQUA, cuja certificação é concedida pela Fundação Vanzolini, entidade certificadora brasileira sem fins lucrativos. O Brasil tem hoje aproximadamente 150 empreendimentos em processo de certificação AQUA. Ou seja, podemos dizer que o Brasil tem hoje 1.200 empreendimentos em processo de certificação ou já certificados, considerando os dois modelos. Ressalta-se que parte significativa desses empreendimentos está na Região Sudeste do Brasil, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Quanto à motivação dos empresários, creio que a sustentabilidade ocupou um espaço forte na agenda das empresas da cadeia produtiva da construção. O que hoje desmotiva os empresários é a crise econômica e de mercado que estamos vivenciando.

PARA QUE UMA EDIFICAÇÃO SEJA CONSIDERADA UMA EDIFICAÇÃO VERDE (GREENBUILDING), QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ASPECTOS QUE ELA DEVE OBSERVAR?

QUE VANTAGENS AS EMPRESAS E A SOCIEDADE COMO UM TODO PODEM ALCANÇAR COM A IMPLANTAÇÃO DE CONSTRUÇÕES QUE PRIMAM PELA SUSTENTABILIDADE?

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ROBERTO DE SOUZA, DIRETOR DO CENTRO DE TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES (CTE)

As empresas que adotam os princípios da sustentabilidade em seus negócios têm como principal vantagem se apropriar de um sistema de gestão baseado no tripé da sustentabilidade econômica e financeira, ambiental e social, gerando resultados não só para os acionistas como para os demais stakeholders: colaboradores, fornecedores, governo, sociedade, comunidade e meio ambiente. Esta postura empresarial gera menor impacto ambiental, maior qualidade de vida para os usuários e melhor qualidade urbana, quando os conceitos e práticas da sustentabilidade são ampliados da edificação, para o bairro e para a cidade, dentro da visão de Desenvolvimento Urbano Sustentável. Nesta linha todos ganham, em especial as futuras gerações. SEGUINDO A TENDÊNCIA DA CIDADE DE SÃO PAULO, QUE SE DESTACA NO CENÁRIO MUNDIAL PELA QUANTIDADE DE CERTIFICAÇÕES LEED, COMO EXPANDIR ESSE CONCEITO PARA AS DEMAIS REGIÕES DO BRASIL? São Paulo se destaca no cenário mundial e brasileiro na quantidade de certificações LEED, porque concentra uma parte significativa do mercado imobiliário nacional, reunindo diferentes tipologias de empreendimentos sustentáveis: edifícios comerciais, hotéis, hospitais, centros administrativos, museus, centros de logística, escolas e grandes empreendimentos e bairros de uso misto. Creio que a expansão para outras regiões do Brasil já está acontecendo, à medida que os benefícios obtidos com a sustentabilidade vão sendo percebidos pelos empresários enquanto criação de diferenciais competitivos para o seu negócio e pelos usuários das edificações, em especial com a redução de custos com água e energia ao longo da vida útil. Além, é claro, do progressivo aumento da consciência ambiental e social que toda a sociedade vem experimentando.

COMO O SENHOR AVALIA A INCLUSÃO DE ITENS DE SUSTENTABILIDADE NA EXECUÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS (ESCOLAS, HOSPITAIS, ETC.)? OS GOVERNOS NAS TRÊS ESFERAS (MUNICÍPIOS, ESTADOS E UNIÃO) ESTÃO ATENTOS PARA SEGUIR ESSA TENDÊNCIA DO SETOR PRIVADO? A adoção dos conceitos e práticas da sustentabilidade nas políticas públicas e nos projetos e obras públicas são de fundamental importância para o fortalecimento do movimento da sustentabilidade na construção brasileira. As três esferas de governo podem por um lado implementar políticas públicas que incentivem os empreendimentos sustentáveis, como a redução de impostos e outras ações que concedam benefícios aos empresários que adotem práticas em seus empreendimentos privados. De outro lado faz-se urgente a introdução de critérios de sustentabilidade nas licitações de projetos e obras públicas de escolas, hospitais, edifícios administrativos, empreendimentos do Minha Casa Minha Vida e também nas licitações de obras de infraestrutura. Os governos ganhariam respeitabilidade por esta postura, os usuários ganhariam em qualidade de vida e o País ganharia em redução de custos de construção e operação das edificações públicas. O cidadão seria o grande beneficiário. QUAIS PERSPECTIVAS O SENHOR VISLUMBRA PARA O MERCADO GOIANO EM RELAÇÃO ÀS CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS? O mercado goiano paulatinamente vem adotando práticas de sustentabilidade nos empreendimentos, projetos e na construção. A adoção da Norma de Desempenho pelas incorporadoras e construtoras já é um primeiro passo em direção à sustentabilidade. Em Goiânia, o CTE vem assessorando quatro empresas locais prestando consultoria tanto para a certificação LEED, quanto para a implementação do Compromisso com a Sustentabilidade do Empreendimento, onde o incorporador e o construtor selecionam um conjunto de conceitos de sustentabilidade que serão adotados no empreendimento, independentemente da certificação ambiental. Além disso, temos contado com a parceria da Ademi-GO e do Sinduscon-GO na difusão dos conceitos de sustentabilidade para a comunidade de empresas e profissionais da cadeia produtiva da construção, por meio de encontros e palestras, tanto em São Paulo como em Goiânia. QUAIS SÃO AS MAIORES DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS PARA ADOTAR OS CONCEITOS E PRÁTICAS DA SUSTENTABILIDADE? Creio que a maior dificuldade é a de mudança de paradigma do empresário em relação ao seu negócio, a partir do entendimento que “a sustentabilidade é um conceito que estimula o mercado a adotar formas inovadoras para lidar com as empresas, os empreendimentos, os projetos, os materiais, os equipamentos e as obras, trazendo resultados para os acionistas, colaboradores, meio ambiente, sociedade e gerações futuras”. A partir dessa mudança de paradigma a tarefa passa a ser a adoção dos conceitos, requisitos, critérios e práticas da sustentabilidade nos processos empresarias envolvendo as áreas de definição de produto, incorporação, marketing, vendas, projetos, suprimentos, execução de obras, relacionamento com o cliente e assistência técnica pós-entrega. Os conceitos e metodologias estão disponíveis, basta querer inovar e fazer acontecer. ABRIL 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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ONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A construção civil em direção à SUSTENTABILIDADE

Consolidado no Brasil desde 2007, o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é o principal selo da construção sustentável em todo o mundo. Por meio de seu sistema de classificação, ele indica que um empreendimento foi construído respeitando-se uma série de normas e medidas, sejam de caráter socioambiental, que levam em conta o usuário final, os trabalhadores da construção e o respeito à comunidade do entorno, sejam relacionadas mais especificamente a materiais e tecnologias empregadas durante as obras. E nessa perspectiva o Brasil, apesar dos desafios econômicos e políticos que enfrentamos, nos anos de 2014 e 2015 recebeu mais de 100 novos registros de edificações buscando a certificação LEED, mantendo o país na quarta colocação em um ranking de 157 países. Atualmente são 1.051 edificações registradas e 322 certificadas. Recentemente criamos a certificação Referencial GBC Brasil Casa® e já contamos com 27 projetos registrados em 8 diferentes Estados e 30 profissionais acreditados como consultores. Inclusive em Goiânia (GO), temos o empreendimento Terra Mundi, que faz parte do primeiro projeto piloto residencial vertical do Referencial GBC Brasil Casa®, contemplado em seu projeto e execução a gestão de resíduos, 8

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FELIPE FARIA

uso racional da água, eficiência energética, educação e doação de casas aos funcionários. Entre as diversas ações que justificam o crescimento da construção sustentável no país, vale destacar modelos de negócios pautados no planejamento de médio a longo prazo. Estes modelos, onde a visão sistêmica é princípio basilar, logo elimina a falsa barreira do “sustentável custa mais caro”. Na construção sustentável esta análise parte do levantamento do custo da edificação considerando um ciclo de vida razoável de 50 anos. Assim, temos que apenas 15% do custo durante o ciclo de vida correspondem à construção, sendo que 85% do custo estão relacionados à operação da edificação. Ainda há o falso entendimento que a construção sustentável onera em 30% o custo de construção, enquanto que a nossa experiência com 322 edificações certificadas no Brasil sugere um acréscimo entre 0% a 6%. E o que determina a variação deste acréscimo de custo de construção? É a capacidade e experiência das equipes envolvidas no projeto e construção, bem como o momento em que iniciam a discutir a maximização de ações e estratégias voltadas a angariar resultados considerando uma visão holística do projeto. Concomitantemente ao crescimento dos processos de certificações a setores diversos, no início desse ano, celebramos a construção de parcerias estratégicas com o Sinduscon-GO no que tange disseminação da informação e capacitação profissional. Os treinamentos capacitam os profissionais a trabalharem com as ferramentas de certificações LEED e Referencial GBC Brasil Casa®, agregando valor aos seus serviços e soluções oferecidas ao mercado da construção, sendo que o primeiro foi realizado nos últimos dias 01 e 02 de abril. Apesar dos desafios serem complexos, estamos seguros que, em parceria com o Sinduscon-GO, auxiliaremos na alavancagem da indústria da construção civil a cultura da sociedade em direção à sustentabilidade. FELIPE FARIA, diretor executivo do Green Building Council Brasil, advogado com especialização em Direito da Economia e da Empresa pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Responsável pela operação nacional do GBC Brasil, que compreende as áreas de Educação, Informação, Relação Governamental e promoção da certificação internacional LEED. Integra o LEED Steering Committee do USGBC – grupo de voluntários que trabalha na manutenção e desenvolvimento da certificação LEED como ferramenta de certificação líder no mundo – e o Conselho Consultivo do ICLEI Brasil, principal associação global de governos locais para a promoção de políticas públicas de desenvolvimento sustentável


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S PA Ç O C B I C

A SUBEMPREITADA garante e amplia os postos de trabalho na construção civil A indústria da construção está mobilizada em torno da tramitação do Projeto de Lei da Câmara dos Deputados (PLC 30/2015) que regulamenta a terceirização e trabalha para o seu aperfeiçoamento. Esse esforço de esclarecimento e convencimento dos parlamentares destina-se à manutenção de dispositivo que permita a subempreitada como ferramenta de gestão. A construção civil não terceiriza seus trabalhadores, mas a subcontratação é uma ação essencial para o nosso setor, pois garante eficiência na execução das obras. Será um retrocesso não vê-la aprovada no Senado. Na nossa avaliação, caso seja aperfeiçoado, esse projeto pode significar um avanço: estimulará a formalização da mão de obra em vários setores da economia, aumentará a arrecadação e favorecerá a produtividade das empresas. É nessa direção o esforço da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC): garantir que não haja um retrocesso nesse tema. Para isso, é importante que a proposta contemple peculiaridades dos diversos setores que geram emprego e renda, o que exige um conhecimento aprofundado das relações de trabalho no Brasil. A subempreitada é uma ferramenta prevista no Código Civil (artigos 618 e seguintes) e na própria CLT (Artigo 455), o que esvazia o debate sobre atividade meio ou atividade fim. Na construção civil, que tem características específicas, a subcontratação de empresas prestadoras de serviços é uma ferramenta insubstituível para a organização produtiva da atividade, que requer trabalhadores especializados em diversos segmentos e tem subcontratados nas mais variadas etapas da obra, como eletricistas, azulejistas e pintores, por exemplo. A lógica da subempreitada é valorizar a especialização do trabalhador e melhor aproveitar esse conhecimento e experiência acumulados na execução das obras. Com a subcontratação, ganha o setor produtivo como um todo. O construtor, quando contrata uma empresa especializada para atuar em uma determinada etapa da obra, gera ganho em qualidade e produtividade; aumenta a competitividade e diminui os custos. O trabalhador também ganha, pois é admitido por uma empresa especializada que prestará serviços para outras construtoras, garantindo assim o seu emprego e preservando sua qualificação. Esse é um aspecto fundamental da subempreitada: estimular a qualificação dos profissionais do setor nas suas diversas atividades, fortalecendo sua presença no mercado.

Por fim, e também muito importante, ganha o consumidor, que receberá serviços e produtos de maior qualidade. Há um outro fator a ser considerado nesse debate, especialmente no momento em que o Brasil atravessa tão grave crise econômica. A subempreitada tem como resultado, também, a redução do desemprego, contribuindo não apenas para a manutenção, como principalmente, para a criação de novos postos de trabalho. É preciso que o Legislativo bem compreenda como a construção funciona, para impedir prejuízo ao trabalhador. Algumas etapas das obras são realizadas por profissionais especializados, que não participam de todo processo. Um eletricista, por exemplo, entra apenas quando for necessária a sua intervenção. Antes e depois disso, esse trabalhador fica sem função, a não ser que possa ser aproveitado em outra obra da construtora. Se esse trabalhador for admitido em uma empresa especializada, que preste serviços a várias empresas, pode prestar serviços para outras construtoras, participar de reformas, entre outras atividades. Assim, seu emprego e direitos estão garantidos de forma perene. A CBIC tem liderado um amplo esforço de esclarecimento do Legislativo para evitar que a falta de informação distorça o debate e traga mais insegurança para o trabalhador. A construção civil trabalha estritamente dentro das normas da legislação trabalhista e espera ver garantido mais esse instrumento operacional. A manutenção da subempreitada interessa ao setor como um todo, mas principalmente, protege o trabalhador. JOSÉ CARLOS MARTINS, engenheiro, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

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S PA Ç O J U R Í D I C O

A HABILITAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA NA LEI 8.666/93, a recuperação judicial empresarial e o princípio constitucional da estrita legalidade A lei 8.666/93 que regulamenta o regime de contratação de bens e serviços pela Administração Pública Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal, estabelece a obrigatoriedade do edital licitatório garantir que as empresas participantes de um certame GUSTAVO RUSSIGNOLI apresentem provas de sua qualificação BUGALHO e de sua habilitação jurídica, técnica e econômico-financeira. Têm sido recorrente, situações nas quais a Administração Pública exige, além da certidão de falência e concordata, também a negativa de existência de recuperação judicial, cometendo desta maneira grave ilegalidade passível de socorro judicial. Isto porque o artigo 31, II da lei de licitações é específico ao estabelecer, como documento de habilitação econômico-financeira, a apresentação de certidão negativa de falência e ‘concordata’, nada se referindo quanto à eventual recuperação judicial. Ao deixar de prever a exigência de certidão negativa de recuperação judicial, ao passo em que houve a manutenção da exigência tão somente em relação à certidão negativa de falência e concordata, o legislador se imbuiu da diferença latente entre os institutos. Isto porque, com o advento da lei 11.101/2005, o artigo 47 da referida lei foi explícito e específico em estabelecer latente diferença teleológica entre os institutos da recuperação judicial e da concordata. Nota-se que a recuperação judicial busca de fato trazer maiores instrumentos a permitirem e facilitarem que a empresa tente se reerguer e continuar a cumprir os compromissos e estimular a economia. O hábito da Administração Pública de exigir também certidão negativa de recuperação judicial traz interpretação restritiva ao direito de participação da empresa no certame e, como tal, deveria vir expressamente previsto 10

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legalmente, sob pena de nulidade do edital e/ou certame. Isto fica mais arraigado ao se buscar a razão para a previsão em questão: garantir que as empresas participantes teriam condições de cumprir o compromisso assumido com a Administração Pública. Ocorre que, com tal objetivo, foram previstos, nos incisos do mesmo artigo 31, outros métodos de se apontar a liquidez da empresa concorrente e, em especial, garantir a regular execução do contrato pela empresa vencedora do certame. Aliás, neste sentido parece começarem a se posicionar alguns Tribunais e o próprio Superior Tribunal de Justiça, o que ficou evidente através de decisão publicada ao apagar das luzes do ano de 2014, buscando-se assim uma interpretação que favorece não só respeitar a obrigatoriedade de amplitude de licitantes prevista no artigo 3º da lei de licitações, mas, principalmente, em um momento político e econômico no qual se espera fortes turbulências empresariais, buscar-se efetivamente dar instrumentos para recuperação do empresariado e, consequentemente, do reestimulo à economia e à manutenção da empregabilidade. Assim, é imprescindível ao empresário ficar atento e, sentindo-se lesado em seu direito, bater à porta do Poder Judiciário para buscar a efetiva prestação jurisdicional e garantia às suas prerrogativas. GUSTAVO RUSSIGNOLI BUGALHO advogado sócio do Departamento de Direito Administrativo do escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia. Especialista em Direito Constitucional pelo CEU/SP. Professor de Direito Constitucional e Internacional em cursos preparatórios para OAB. Professor de Direito Público em pós-graduações. Autor de livros sobre Direito Administrativo e Eleitoral. Membro das Comissões Estaduais de Direito Administrativo e Direito Eleitoral da OAB Seccional de São Paulo. Membro das Comissões de Direito Eleitoral e Administração Pública e Licitações da OAB Subseccional de Ribeirão Preto/SP


11 DE ABRIL Dia da Organização Internacional do Trabalho

Você sabia que em 11 de abril comemora-se o Dia da Organização Internacional do Trabalho (OIT)? A OIT é a agência das Nações Unidas que tem por missão promover o Trabalho Decente. Tal conceito formalizado pela OIT em 1999 sintetiza a sua missão histórica de promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas, sendo considerado condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. O Brasil é pioneiro no estabelecimento de agendas subnacionais de Trabalho Decente. O caminho que levou à convocação deste processo de consulta nacional teve seu início em junho de 2003, quando o diretor-geral da OIT e o presidente do Brasil assinaram um Memorando de Entendimento que previa o estabelecimento de um programa especial de cooperação técnica para a promoção de uma Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD) no Brasil, em consulta com as organizações de empregadores e de trabalhadores. Entre 2003 e 2010, diversas instâncias consultivas e deliberativas sobre o tema foram constituídas, tendo sido possível construir consensos importantes no campo da

promoção do trabalho decente no país. Com o objetivo de contribuir à erradicação da pobreza e à redução das desigualdades sociais, a ANTD se estrutura em torno a três prioridades: (I) a geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidade e de tratamento; (II) a erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil, em especial, em suas piores formas; e (III) o fortalecimento dos atores tripartites e do diálogo social como instrumento de governabilidade democrática. Elaborada por um grupo de trabalho interministerial coordenado pelo MTE, com assistência técnica permanente da OIT, e submetida à consulta no âmbito da Comissão Tripartite de Relações Internacionais (CTRI), a ANTD estabelece resultados esperados e linhas de ação para cada uma das prioridades definidas. No Brasil, a OIT tem mantido representação desde a década de 1950 e seu escritório funciona no Setor de Embaixadas Norte. Mais informações podem ser obtidas no site http://www. oit.org.br/content/oit-no-brasil ou nos telefones (61) 2106-4600. (Fonte: http://www.oitbrasil.org.br/content/ apresenta%C3%A7%C3%A3o e http://www.oit.org.br/content/oit-no-brasil)

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RT I G O

MAPEAMENTO DE INCENTIVOS econômicos para a construção sustentável Percebe-se, hoje em dia, em todo o planeta, uma clara demonstração da crescente conscientização ambiental refletida nos diversos movimentos voltados à quebra dos paradigmas exploratórios. No Brasil, por outro lado, muito embora a cultura da sustentabilidade esteja se desenvolvendo, encontramo-nos diante de uma legislação que ainda se fundamenta muito mais na repressão do que propriamente no estímulo a boas práticas. A Constituição Federal, contudo, prevê a possibilidade de intervenção na ordem econômica e financeira a fim de proteger diversos valores e direitos ali previstos, destacando-se a defesa do meio ambiente. Vejam-se, por exemplo, as crescentes legislações atinentes aos Pagamentos por Serviços Ambientais e as iniciativas de redução de impostos como prêmios a atitudes ambientalmente sustentáveis. Sendo um dos setores econômicos mais importantes para o desenvolvimento do país, bem como aquele com maior capacidade para alcançar a sustentabilidade ambiental, poderíamos acreditar que a gama de incentivos econômicos para a construção civil seria das mais abundantes; todavia, infelizmente, esse não é o cenário com o qual convivemos. Nesta conjectura, os trabalhos de levantamento e sistematização dos incentivos econômicos previstos em normas legais apresentam fundamental importância para o fortalecimento destes instrumentos, bem como para o desenvolvimento do próprio setor da construção. Note-se, por exemplo, o trabalho de Mapeamento de Incentivos Econômicos para a Construção Sustentável apresentado no último Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), ocorrido em outubro/2015 em Salvador, fomentado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Trata-se de um estudo que englobou a análise dos incentivos econômicos para a construção sustentável vigentes no país e das próprias tendências legislativas ambientais. Apresentou-se uma síntese da visão de diversos países sobre o assunto, bem como procedeu-se à análise da le12

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gislação já existente no nosso corpo legislativo nacional. Ressalte-se, que, não obstante a visível necessidade de novas normas que apresentem incentivos mais substanciais, o mapeamento elaborado identificou uma variedade de textos já existentes e que podem ser concretamente aplicadas ao setor. É o caso daquelas que tratam do IPTU Verde (ou Sustentável), editadas por diversos municípios brasileiros. Convém citar, igualmente, o diversificado leque de normas estaduais que oferecem incentivos que abrangem desde a implementação de telhados verdes até a correta destinação dos entulhos das obras. Sem dúvidas, estudos dessa magnitude, que auxiliam na precisa delimitação do panorama legislativo atual, que ainda não se encontra satisfatoriamente consolidado, por certo poderão auxiliar na identificação dos pontos mais frágeis da questão, o que permitirá, em consequência, subsidiar propostas e iniciativas que reflitam a realidade atual da indústria da construção. Note-se, porém, que as empresas e entidades setoriais devem adotar uma posição ativa, exigindo políticas públicas governamentais, não só baseadas em mecanismos protetivo-repressivos, mas principalmente em políticas de fomento a partir de benefícios que premiem aqueles dispostos a adequar seus empreendimentos aos novos modelos de sustentabilidade. Aplausos, neste quesito, para as entidades e para o próprio setor da indústria da construção, que vem cada vez mais demonstrando disponibilidade e apoio às construções sustentáveis. Resta agora que o Poder Público cumpra o seu papel, passando a incentivar o mercado privado, para que este adote mecanismos voltados à proteção ambiental em seus processos, buscando a efetivação das leis já existentes e a aprovação de novos projetos favoráveis aos incentivos à construção sustentável. MARCELO BUZAGLO DANTAS é advogado, doutor em Direito e consultor jurídico nas áreas de Direito Ambiental e Urbanístico


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OMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO

A utilização de pavimento intertravado permeável como solução para

CONTROLE DE ENCHENTES O desenvolvimento de centros urbanos sem planejamento e sem preocupação com o meio ambiente conduziu a elevados índices de impermeabilização do solo que, consequentemente, favoreceu a ocorrências de inundações com o aumento do coeficiente de escoamento e vazão da água pluvial. Em resposta a este problema, surgem medidas de controle compensatórias, como é o caso do pavimento permeável, com a finalidade de promover a infiltração e o armazenamento das águas da chuva. Sobre a infiltração, esta promove como benefícios a recarga das águas do subsolo, redução do escoamento superficial e melhoria da qualidade de água. Já o armazenamento tem por objetivo aumentar os tempos de concentração nas sub-bacias onde são implantadas e, consequentemente, reduzir os picos dos hidrogramas. (ASECE, 1986, apud PINTO, 2011). Diferentemente do pavimento poroso, que permite a penetração de água por entre seus poros, o pavimento permeável, possibilita a penetração de água entre as juntas ou por vazios no próprio pavimento (Figura 1). A água percola até atingir a camada inferior de subleito sendo classificado, nesse caso, como pavimento infiltrante; ou é direcionada para o sistema de drenagem superficial e, em sequência, para o sistema de drenagem urbana recebendo a denominação de pavimento armazenador. FIG. 1 - TIPOS DE PAVIMENTOS (MARCHIONI, 2011)

Siqueira, Silva e Guedes (2013) realizaram análise do coeficiente de permeabilidade do pavimento permeável, parâmetro que relaciona a quantidade de escoamento superficial e a quantidade de volume de precipitado recebida. Este apresenta valor maior para área com baixa infiltração e menor para áreas permeáveis. O estudo compreendeu a construção de pavimento intertravado permeável com cerca de 3,2 m² de área. Para a análise, foram consideradas como variáveis o material e espessuras do subleito, sub-base e base, conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1 - Trechos de substratos utilizados por Siqueira, Silva e Guedes (2013) Trecho

Camada de areia para base (cm)

Camada de Brita para sub-base (cm)

Manta Geotêxtil

Subleito

I II III

7 7 7

7 -

Sim Sim -

Compactado Compactado Natural

De acordo com os resultados apresentados por Siqueira, Silva e Guedes (2011) o trecho III apresentou maior volume de

escoamento por apresentar a menor camada de armazenamento. Já o resultado do trecho II mostrou um volume de escoamento maior que o esperado, provavelmente devido ao efeito de colmatação sobre a areia, já que a permeabilidade desse sistema de pavimentação está restrita às juntas do pavimento. O trecho I, com maior camada de armazenamento, apresentou maior infiltração e, consequentemente, menor volume de escoamento superficial. Conforme está apresentado na Tabela 2. Tabela 2 – Coeficiente de escoamento Trecho

Volume precipitado (l)

Volume escoado (l)

Coeficiente de escoamento

I II III

161,3 161,3 161,3

17,94 60,98 71,5

0,11 0,38 0,44

Em comparação com os coeficientes de escoamento apresentados por Wilken (1978), o coeficiente alcançado para o trecho I encontrou-se dentro do limite estabelecido para matas, parques e campos de esportes. Os trechos II e III apresentaram valores de coeficiente de escoamento dentro dos limites de edificações com muitas superfícies livres. Os resultados de Siqueira, Silva e Guedes (2013) convergem com a conclusão de Pinto (2011) que afirma que a capacidade de infiltração dos materiais que compõem cada estrutura, representa a influência, tanto do material de revestimento quanto dos componentes da base. Em complemento, Marchione (2011) alega que a capacidade de infiltração de um pavimento permeável no qual a passagem ocorra pelas juntas é determinada pela capacidade de infiltração do agregado utilizado no material de rejunte. Estima-se essa capacidade considerando a porcentagem de juntas no pavimento permeável e o coeficiente de permeabilidade do agregado, sendo recomendável adotar coeficiente de segurança de 80% devido à colmatação do rejuntamento ao longo da vida útil do pavimento, não sendo recomendável ao piso permeável utilização de areia como camada de assentamento e no material de rejunte. Portanto, para garantir a permeabilidade de um pavimento é preciso dimensionar o sistema nos quesitos mecânicos e hidráulicos. Referências: WILKEN, P. S. Engenharia de Drenagem Superficial, São Paulo: CETESB, 1978. / MARCHIONI, M.; SILVA, C. O.. Pavimento intertravado permeável – melhores práticas - ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland. São Paulo, 2011. / PINTO, L. L. C. A, O desempenho de pavimentos permeáveis como medida mitigadora da impermeabilização do solo urbano. Tese de Doutorado Escola Politécnica USP, São Paulo, SP, 2011. / GUEDES, C. S., SILVA, E. P.; SIQUEIRA, E. Q. Análise do Coeficiente de Escoamento do Pavimento Permeável do Tipo Paver, Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2013, Bento Gonçalves, RS. HELEN OLIVEIRA TENÓRIO, gestora de Planejamento e Inovação na Goiarte, LUIZ ÁLVARO DE OLIVEIRA JÚNIOR, professor doutor na PUC-GO e IZADORA FERREIRA NOGUEIRA, engenheira civil

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EGURANÇA DO TRABALHO

A construção civil e o e-social:

O FUTURO É AGORA A previdência social brasileira buscando modernizar os seus sistemas que afetam a vida laboral dos seus segurados, envolvendo pagamentos de trabalhadores afastados, aposentadorias especiais, seguro a acidentes e doenças ocupacionais, bem como o controle da contribuição referente a cada trabalhador cadastrado no sistema, criou nova ferramenta de controle. Voltando no tempo, a partir da década de 1990 a entidade passou a atualizar a sua normatização específica amparada na Lei 8.213/91 e expedir novas Instruções Normativas (INs). Por outro lado passou a acatar as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho (NRs), que também são atualizadas frequentemente. A entidade tem criado instrumentos e ferramentas para facilitar o trâmite de documentos, tem investido na informatização da comunicação com o meio empresarial. Também tem aumentado sua capacidade instalada para abrigar o crescente banco de dados contendo informações de milhões de trabalhadores cadastrados. Recentemente a administração do governo federal criou a ferramenta denominada e-social, em fase de implantação, que integrará a comunicação de dados de várias áreas como Receita Federal, Ministério do Trabalho e Previdência Social. Nesse sentido este texto propõe levar informações, sobre como as empresas deverão se organizar para a utilização com sucesso do novo sistema que já tem prazo previsto para iniciar.

O e-social e a indústria da construção

A importância da indústria da construção é evidente para toda a sociedade como criadora de espaços construídos para abrigar pessoas e todas as atividades humanas, também produz toda a infraestrutura necessária à qualidade vida das pessoas. Esse setor industrial movimenta grande quantidade de recursos e gera grande quantidade de empregos e renda a várias categorias profissionais ocupando mão de obra interna e externa, direta e indireta. Dados do MPAS indicam o quantitativo de empregados e o número anual de acidentes e doenças ocupacionais. A análise destes números mostra a importância de investimento na área de saúde e segurança do trabalho e principalmente de medidas de controles mais confiáveis e funcionais. Ao longo do tempo as informações enviadas mensalmente pelas empresas de todo o país ao sistema do INSS, passou por modificações. Há uma década foi implantada a obrigatoriedade de preenchimento e entrega do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) a cada trabalhador. Esse documento de forma resumida contém todos os dados relativos à descrição das atividades, dos locais de trabalho, a exposição dos trabalhadores aos agentes de riscos ambientais, as medidas de controle, incluindo o controle médico da saúde ocupacional. Este documento é fornecido pela empresa a todos os seus 14

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trabalhadores e entregue no momento do pedido de aposentadoria. A indústria da construção por suas características e peculiaridades apresenta maiores dificuldades em atender as exigências do sistema de controle atual da previdência social. Com o novo sistema e-social e a expansão do sistema eletrônico de controle e armazenamento de dados será obrigatória a inserção dos dados do PPP mensalmente por todas as empresas que tenham empregados no regime da CLT. E aí mais uma vez há uma preocupação por parte dos empregadores da construção civil devido ao tipo de contratação a rotatividade, a duração das atividades, dentre outras.

E-social e suas nuances

Vários fatores têm contribuído para o desencontro de informações entre as empresas empregadoras e a previdência social, provedora dos recursos para os benefícios aos segurados. Segundo FANTONI, 2015, os fatores que causam grande impacto nas contas da previdência estão relacionadas à falta de fiscalização dos órgãos competentes como a Receita Federal, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Instituo Nacional de Seguridade Social, em todas as suas instâncias. Espera-se resolver este grande passivo governamental a partir da implantação da plataforma do e-social, e partir desta será necessário maior critério e padronização por parte das empresas e profissionais na execução de procedimentos, no preenchimento de planilhas, e emissão de documentos e registros. No aspecto organizacional da segurança do trabalho o e-social será fundamental, pois antes mesmo do seu início de vigência, os empregadores, em geral, estão revisando seus processos e buscando a conformidade necessária em suas respectivas atividades. Neste contexto, a utilização desta ferramenta eletrônica exigirá profissionais preparados e conhecedores dos detalhes técnicos e normativos, que deverão manter um maior relacionamento entre os profissionais dos diversos departamentos da gestão de pessoas. Considerando a demanda concreta direcionamos o foco para a Saúde e Segurança do Trabalho dentro da plataforma do e-social e objetivando facilitar o melhor entendimento, apresentamos a seguir os principais tópicos das ações necessárias.

Eventos iniciais:

• Elaborar Tabela de Cargos, Funções e Comissões e a descrição detalhada da atividade da função fazendo a revisão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO); • Elaborar Tabela de Horários e Turnos de Trabalho com a Revisão das Jornadas de Trabalho e suas nuances; • Elaborar Tabela de Ambientes de Trabalho e Estabelecer os ambientes de trabalho de cada Cargo/Função e monitorá-los constantemente;


Eventos não periódicos:

• Estabelecer procedimentos na admissão do trabalhador como, os exames médicos admissionais antes da contratação em conformidade com o PCMSO e com orientações do médico do trabalho responsável pelo programa; • Manter o PCMAT/PPRA atualizado e vigente, os treinamentos obrigatórios conforme etapas da obra, a especificação e a disponibilização dos EPIs tecnicamente adequados ao uso e as condições dos ambientes de trabalho, bem como o monitoramento; • Monitorar a saúde dos trabalhadores com exames periódicos e outros, segundo condições, especificação e acompanhamento do médico do trabalho; • Executar o PCMAT elaborado por engenheiro de segurança do trabalho com caracterização e monitoramento dos ambientes; • Elaborar laudo de caracterização das condições ambientais do trabalho definindo os percentuais de insalubridades e condições para a aposentadoria especial; • Elaborar laudo técnico de periculosidade para algumas funções específicas que atual em condições legalmente consideradas perigosas, estabelecendo os percentuais.

Treinamentos obrigatórios:

• Analisar os treinamentos específicos segundo os cargos e funções exercidas conforme as exigências, contidas nas normas regulamentadoras (NRs) 10, 12, 33, 35, etc.

Esclarecimento

Importante esclarecer que na utilização do e-social no item “eventos iniciais” anteriormente expostos é uma fase de identificação do empregador com os dados básicos de sua estrutura física e administrativa. No item “eventos não periódicos” constarão os assuntos de natureza jurídico-trabalhistas que ocorrem sem data pré-fixada, em função dos acontecimentos na relação trabalhista da empresa com o trabalhador, tais como: contratação, afastamento, demissões, etc. No item “treinamentos obrigatórios” o e-social, na sua implantação requer algumas capacitações principalmente para a indicação dos trabalhadores autorizados. Contudo, houve uma flexibilização em relação a implantação da plataforma que não há necessidade de ser informada no primeiro momento. Haverá fiscalização em um segundo momento o que justifica a revisão dos treinamentos realizados e concedidos aos empregados. Todas as ocorrências deverão ser devidamente informadas na plataforma do e-social e que serão fiscalizadas em tempo real pelos órgãos direcionados, ou seja, Previdência Social, Receita Federal e Ministério do Trabalho.

Tarefas pela frente

FANTONI, 2015, ratificando as informações prestadas às construtoras, destaca 13 tarefas prévias visando minimizar os riscos de inconformidades legais relacionadas ao conteúdo geral do e-social, são elas: 1. Saneamento da base cadastral (CNIS); 2. Recadastramento dos colaboradores visando novas informações no ato de seu vínculo inicial ao e-social; 3. Elaboração/revisão das descrições das atividades desempenhadas pelos colaboradores da empresa; 4. Mapeamento das necessidades de treinamentos obrigatórios;

5. Revisões dos cargos e respectivos códigos da CBO; 6. Revisão das lotações/departamentos; 7. Mapeamento e/ou revisão dos processos e elaboração de acordos de serviços; 8. Revisão de todas as jornadas de trabalho; 9. Revisão dos contratos de trabalho; 10. Análise do sistema atual quanto à questão da temporalidade dos fatos; 11. Estudo da possível descentralização das atividades (admissão, horário, escalas, alteração contratual, alterações cadastrais, abono de faltas e autorização de horas extras, etc.); 12. Análise e ajustes necessários para adequação do período de apuração do ponto; 13. Classificação das verbas, indicando rubricas respectivas do e-social.

Concluindo

Em razão da riqueza de detalhes exigidos pelo e-social, as empresas, por intermédio de suas equipes multidisciplinares, deverão redobrar a atenção aos procedimentos obrigatórios existentes em nossas leis. Obviamente o auxílio de softwares se faz necessário para garantir a eficácia nos procedimentos. O e-social é uma realidade que não tem previsão de nova prorrogação de calendário, sendo que as empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões em 2014 passarão a utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-social), obrigatoriamente, a partir da competência setembro de 2016. A partir dessa data deverão ser prestadas as informações relativas aos trabalhadores, como cadastramento, vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento e etc. A resolução estabelece ainda que, a partir de janeiro de 2017, os demais empregadores, inclusive microempresas e empresas de pequeno porte, como o empreendedor individual com empregado, o empregador doméstico, o pequeno produtor rural. Também o contribuinte individual equiparado à empresa e o segurado especial que possua trabalhadores que lhes prestem serviços deverão enviar as informações sobre os seus empregados por meio do novo sistema. O desempenho da aplicação atual das adequações ao e-social encontra-se aquém da necessidade para sua gestão, sendo necessária consultoria às empresas do setor por empresas e profissionais capacitados para não gastar recursos com adequações que não atendam as demandas do e-social. Sendo estas necessárias de imediato, pois o cronograma de implantação é quase imediato envolvendo adequações de grande abrangência administrativa.

JOÃO GONÇALVES JUNIOR, engenheiro civil e de segurança do trabalho, consultor técnico do Sinduscon-GO

LUIZ EURÍPEDES FERREIRA ROSA, engenheiro civil e de segurança do trabalho, consultor e membro da diretoria da Associação Goiana dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Agest)

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AT É R I A E S P E C I A L - A PA R E C I DA D E G O I Â N I A

CONTORNO DA BR-153 É VITAL PARA ALAVANCAR A ECONOMIA DO ESTADO DE GOIÁS

VISTA DO POLO EMPRESARIAL

Para fazer uma radiografia de um dos municípios que tem apresentado avanço relevante no desenvolvimento econômico do Estado de Goiás, a revista Construir Mais entrevistou o secretário de Governo e Integração Institucional de Aparecida de Goiânia, Euler de Morais. Entre vários assuntos, ele destacou à reportagem a importância do município viabilizar a construção do contorno da BR-153 (uma obra de 42 Km), que alavancará o crescimento de vários polos, entre eles o atacadista/hortigranjeiro e o de logística/ alfandegário. Confira, a seguir, os motivos econômicos pelos quais a realização desta obra em curto prazo é essencial para Aparecida de Goiânia e para o Estado de Goiás.

que consigam a doação das áreas deste trajeto, facilitando para a concessionária o cumprimento do compromisso de começar as obras desse anel. Os motivos: a implantação do projeto do aeroporto executivo e de manutenção de aeronaves está pronta para ser iniciada, faltando apenas a licença ambiental, que deve ser resolvida rapidamente. Em Aparecida de Goiânia também será implantado o câmpus da Universidade Federal de Goiás, que já está fun-

Importância estratégica

O intuito é que o contorno da BR-153 comece próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal na saída para Anápolis, passe próximo ao Condomínio Aldeia do Vale e do Parque Ateneu, e alcance Aparecida de Goiânia, na divisa com o município de Hidrolândia. A Prefeitura de Aparecida de Goiânia está atuando junto à concessionária Concebra/Triunfo para 16

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EULER DE MORAIS, SECRETÁRIO DE GOVERNO E INTEGRAÇÃO INSTITUCIONAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA


cionando. Esse contorno é fundamental para a mobilidade/ acessibilidade. Quanto à transferência do complexo prisional, que é uma parceria do Município com o Estado, Aparecida de Goiânia já conseguiu definir a área mais apropriada para o complexo. Para fazer a mudança para a nova área (divisa do município com Hidrolândia e Bela Vista), a Prefeitura construirá uma extensão de 4,5 km para dar acesso ao contorno. Além disso, estão previstas a construção de vários condomínios, tanto imobiliários quanto empresariais. Na área do contorno está prevista a implantação de um polo atacadista, um polo hortigranjeiro (novo Ceasa) e um complexo logístico/alfandegário. Será um porto seco moderno, com operações de exportação e importação, fazendo a ligação operacional/logística. É um projeto ousado, cujo Masterplan já foi executado e até o final deste ano o projeto empresarial deve estar estruturado, com o plano de negócio, investidores, etc. VISTA AÉREA DA AVENIDA RIO VERDE

Novos projetos

Com o contorno, vislumbra-se implantar um polo atacadista, ajudando, inclusive a resolver parte do problema dos atacadistas que estão localizados na região de Campinas, em Goiânia. Uma pesquisa realizada junto a Associação dos Atacadistas de Goiás mostrou que 280 atacadistas entre médios, grandes e pequenos têm interesse em vir para o município, desde que encontre local com mobilidade urbana e condições que favoreçam o desenvolvimento de suas atividades. Constatou-se também que a Ceasa se encontra no seu limite de atendimento das necessidades da região. Aparecida tem áreas favoráveis para implantar um polo atacadista e do seu lado um polo hortigranjeiro e um Complexo Logístico Industrial Alfandegário (Clia), uma espécie de porto seco mais avançado, que cuidará da logística terrestre até a marítima. Com isso, o município planeja inserir efetivamente a cidade no contexto internacional, favorecendo a importação e exportação de produtos não só da cidade e da Região Metropolitana, mas também de outras regiões do Estado e da Região Centro-Oeste para que possam fazer sua

alfandegagem, gerando tributos e perspectivas de receitas para o município. O contorno da BR-153 é extremamente importante, já que está basicamente na área onde todos esses grandes projetos estão sendo planejados, inclusive o novo complexo prisional, uma PPP que será implantada em parceria com o Estado.

Implantação do contorno

O contorno viário deve estar em torno de 42 km e é de responsabilidade da Concebra/Triunfo, que tem o prazo de três anos para sua implantação. A concessionária está captando os recursos para a realização da obra, que deve girar em torno de R$ 3,8 bilhões, junto ao BNDES. Já houve com a ANTT a equalização das tarifas de pedágios cobrados para que a concessionária tenha parte dos recursos para executar a obra. O projeto do contorno já está pronto. O último item que resta é a definição da licença ambiental.

RADIOGRAFIA Aparecida de Goiânia foi fundada em 11 de maio de 1922 e a emancipação política ocorreu em 14 de novembro de 1963. Atualmente, conta com aproximadamente 550 mil habitantes. Possui cerca de 230 mil imóveis, divididos em 146 mil edificados e 81 mil lotes sem edificações, distribuídos em 290 quilômetros quadrados de área total. Possui atualmente 32.094 empresas registradas. Antes da atual gestão, a cidade contava apenas com 6.460 empresas ativas. Um crescimento de 496,81% no número de empresas que impactou no PIB do município, que foi de R$ 9 bilhões no ano de 2015 e para 2016 a perspectiva é de superar os R$ 10 bilhões. A cidade conta com 59 escolas municipais, sendo quatro de tempo integral. Possui 19 unidades de educação infantil (Cmei’s). Mais 33 Cmei’s estão em fase de implan-

tação. Na área da saúde, a atual gestão trabalha na construção de um Hospital Municipal com 220 leitos, sendo 30 de UTI’s; três unidades de atendimento de urgência e emergência: duas unidades de pronto atendimento nos Setores Brasicon e Buriti Sereno, e uma terceira está em construção no Parque Flamboyant; e dois Cais que são o Colina Azul e o Nova Era. Aparecida de Goiânia, por não possuir uma área geográfica grande que possibilite o setor primário, tanto na área agrícola quanto na pecuária, buscou sua base econômica na industrialização e logística, já que possui uma localização privilegiada, pois o município fica na Região Sul da Capital do Estado e possui ligação com a Região Sudeste do País, pela BR-153 e também tem ligação com a BR-060, por meio do anel viário. ABRIL 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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AT É R I A E S P E C I A L - A PA R E C I DA D E G O I Â N I A

De acordo com pesquisa realizada pela Urban Systems, publicada na Revista Exame em outubro de 2015, Aparecida de Goiânia foi classificada como a quinta melhor cidade em desenvolvimento econômico do País. O município goiano é o único do Centro-Oeste a estar entre os 10 melhores em desenvolvimento econômico. O estudo analisou cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Aparecida de Goiânia ficou atrás de Rio das Ostras (RJ), Altamira (PA), Parauapebas (PA) e Barueri (SP). Rio das Ostras tem destaque devido a cultura petrolífera da cidade. Altamira e Parauapebas se desenvolveram por conta da extração de minérios e Barueri abriga empresas responsáveis pelo mercado financeiro. Já Aparecida de Goiânia foi reconhecida por reunir diversidade industrial.

Polos

Aparecida de Goiânia sedia o maior parque industrial da Região Metropolitana de Goiânia. Atualmente abriga cinco polos industriais: Dimag, Daiag, Polo Empresarial Goiás, Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar e o Polo de Reciclagem. Ainda possui um condomínio horizontal de empresas, a Cidade Empresarial, localizado na Avenida Rio Verde, no limite com a Capital.

Cidade Universitária

Em 2012, começou a funcionar em Aparecida de Goiânia o Instituto Federal de Goiás (IFG), que oferece seis cursos no Parque Itatiaia, entre técnico e superior, sendo o primeiro curso de Engenharia Civil noturno do Estado. A Universidade Federal de Goiás (UFG) também já é uma realidade. A instituição funciona temporariamente no prédio

da Universidade Estadual de Goiás (UEG), no Setor Conde dos Arcos, até que as obras dos primeiros prédios do câmpus, em obras na Região da Mata, sejam concluídas. A cidade possui duas faculdades de Medicina, uma no câmpus UniRV e outra na Faculdade Alfredo Nasser. A UniEvangélica estuda a implantação de um câmpus na cidade, o que reforçará o polo universitário que conta com uma dezena de instituições de ensino superior.

Plano Diretor do Município

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia protocolou em dezembro/2015, na Câmara Municipal, projeto de lei que propõe o novo Plano Diretor para o próximo decênio, em substituição ao atual, criado em 2002. Sendo aprovado, o documento norteará o futuro da cidade, estabelecendo um novo ritmo de crescimento para Aparecida nas áreas de infraestrutura, mobilidade e de atração de novos investimentos. O Plano Diretor (2016/2026) contempla itens importantes, como o desenvolvimento sustentável e a mobilidade urbana, tendo como grande desafio continuar a correção do crescimento desordenado que Aparecida teve em décadas passadas. O resultado disso foi que a cidade cresceu desordenadamente, sem conexões e muitos vazios urbanos. As diferentes etapas que nortearam a criação do Plano Diretor de Aparecida de Goiânia, bem como o seu conteúdo, são divulgadas desde o início do processo em dois canais da internet: o site www.pdaparecida.com.br e o facebook, pelo perfil da Seplan. Os dois portais serviram inclusive para colher sugestões da população e continuam sendo alimentados com informações sobre o andamento do Plano Diretor.

PANORAMA DO POLO EMPRESARIAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA

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Gestão dos Resíduos Sólidos

Em agosto de 2015, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia recebeu o documento contendo os estudos para a implantação do projeto de Parceria Público-Privada (PPP) que ficará responsável pela prestação de serviços de Limpeza Urbana e também pela gestão do processo de destinação dos Resíduos Sólidos no município. Os estudos foram realizados pela Companhia Paulista de Desenvolvimento (CPD), responsável pela implantação de diversos projetos similares em várias cidades brasileiras. Se aprovado, o projeto deverá investir cerca de R$ 60 milhões nos próximos 25 anos e resolver o problema dos aterros e limpeza urbana de Aparecida. O intuito da Prefeitura é o de encontrar as melhores soluções para a destinação dos resíduos sólidos, atendendo o que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos e no Plano Municipal de Saneamento. O projeto de concessão apresenta como principais metas: reduzir o volume de resíduos secos aterrados; implantar usinas de tratamentos de resíduos; expandir a coleta seletiva; fomentar a educação ambiental; modernizar as ações pelas cooperativas de catadores com fornecimento de equipamentos; implantar a varrição mecanizada e de Ecopontos; coibir o descarte irregular nas vias públicas; ampliar e modernizar os serviços de limpeza de vias públicas; implantar uma central de tratamento de resíduos e de uma usina de massa de resíduos coletados e de uma unidade de resíduos de saúde. Para que o projeto seja de fato implantado é necessária a aprovação de uma lei específica, que autorize a contratação de concessões e parcerias público-privadas para serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, incluindo o conceito de Cidade Limpa. Desta forma ficariam regulamentados tanto os deveres do Poder Público quanto os direitos e deveres dos usuários.

Zona Aeroportuária de Aparecida

Aparecida de Goiânia já tem definido o perímetro da Área Especial Aeroportuária do município. A audiência foi uma das exigências da Agência Nacional de Aviação Civil

(Anac), quando concedeu ao município a autorização para a construção do Aeroporto Executivo de Aparecida. A obra é considerada essencial para o desenvolvimento econômico do município, pois ele abriga mais de 500 mil habitantes e um dos maiores e mais diversificados polos industriais do Centro-Oeste. Além de funcionar para fins executivos, o Aeroporto Executivo de Aparecida também poderá ter caráter comercial. Com isso, as aeronaves poderão transportar pequenas cargas. A ideia é que funcione como suporte do Aeroporto Santa Genoveva.

Asfalto e Eixos Estruturantes

Em 2008, o município contava apenas com metade das ruas dos 238 bairros pavimentadas. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura, em sete anos foram executados mais de seis milhões de metros quadrados de asfalto, por meio do programa Asfalto para Todos. 110 bairros foram beneficiados pelo programa. Além da pavimentação asfáltica de setores residenciais e industriais, a Prefeitura de Aparecida investiu recursos financeiros na construção de eixos viários e interligação de bairros. A previsão da atual administração é concluir nos próximos meses as obras de construção do Eixo Norte-Sul (ENS) 1 e do ENS 5. O ENS1 é uma via paralela à BR-153. São 13,5 km que interligará a região leste do município. O trecho entre a Avenida Bela Vista, no Jardim Bela Vista, no limite com Goiânia e o Setor Chácara São Pedro se encontra pronto, inclusive sendo utilizado pelos condutores de veículos automotores. O mesmo ocorre na outra ponta do Eixo Norte-Sul 1, no Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar. O eixo permitiu a ligação dos setores industriais da região leste da cidade – Dimag, Daiag e Parque Industrial. O trecho que será concluído será o que liga a região industrial ao Setor Chácara São Pedro. Com a liberação total da via, cerca de seis mil viagens por dia devem deixar de ser realizadas pelo perímetro urbano da BR-153. (Com informações da Prefeitura de Aparecida de Goiânia/Secretaria de Comunicação/Diretoria de Imprensa) ABRIL 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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MENOR CONSUMO DE ENERGIA,

QUALIDADE DO AMBIENTE CONSTRUÍDO Quando se fala em eficiência energética estamos falando de consumo, e não de produção de energia. Eficiência energética é garantir as condições de qualidade do edifício; é a condição que esse edifício tem em possibilitar a qualidade de seu espaço ambiental interior com o melhor/menor consumo de energia, ou seja, usando a energia da sua melhor forma, define o mestre em Energias Renováveis e doutor em Meio Ambiente e Energia pela Universidade Politécnica da Catalunha, arquiteto Leônidas Albano, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Goiás e conselheiro titular do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Na prática, prossegue ele, “a eficiência energética assegura as condições de habitabilidade, conforto do edifício, maximiza o uso de energia natural, minimizando o uso de energia artificial. Ou seja, tudo que é energia natural eu tenho que potencializar o uso: a luz natural, a ventilação natural, tanto o calor como o frio, a insolação, condições de umidade, todas através do próprio projeto do edifício, adequado ao lugar e pensado para diferentes situações climáticas ao longo do ano, implicando em intervenções, como mudar parede, mudar janela, mudar projeto. Por isso, é melhor observar essas condições durante a etapa de realização do projeto, para evitar futuras adaptações que encarecem a construção”. Mas como minimizar o uso da energia artificial? Além de buscar um bom projeto, é importante adotar o uso de equipamentos eficientes e promover a conscientização das pessoas que utilizarão o edifício. Além do arquiteto, os engenheiros eletricista, civil e mecânico intervêm na eficiência energética do edifício através dos sistemas construtivos, climatização e especificação de equipamentos, trabalhando juntos com os arquitetos nas soluções para aumentar a eficiência do proje20

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to. O arquiteto vai trabalhar nas soluções que maximizam o aproveitamento das energias naturais, que são gratuitas, ao passo que os engenheiros vão buscar soluções em sistemas que minimizem os gastos de energia elétrica. Com a maximização da energia natural há uma menor demanda de energia artificial, pois os problemas foram corrigidos, aproveitando-se a energia natural. Dentre os conceitos que contribuem para um edifício energeticamente eficiente estão: comportamento (em relação ao sol, diante da chuva, etc.), desempenho (que classifica, que avalia a edificação em uma escala de valores de ruim, bom, etc.), eficácia (os resultados) e eficiência (que é atingir o objetivo com a melhor solução possível, levando em consideração a qualidade). O engenheiro eletricista José Jorge Rocha Almeida Neto, diretor técnico da J2R Eficiência Energética, afirma que “o projeto integrado hoje é visto como uma peça importante para se alcançar níveis mais altos de eficiência energética no fragmentado mundo da construção civil. Isso significa arquitetos,

LEÔNIDAS ALBANO, ARQUITETO E PROFESSOR DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA PUC GOIÁS


JOSÉ JORGE ROCHA ALMEIDA NETO, ENGENHEIRO ELETRICISTA E DIRETOR TÉCNICO DA J2R EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

construtores, engenheiros e consultores trabalhando juntos da concepção do projeto inicial até a construção. Essa colaboração busca que as paredes de um prédio, seus sistemas de aquecimento e refrigeração, ventilação e iluminação estejam bem integrados, produzindo uma economia considerável”. Ele também acredita que um fator que pode ter impacto decisivo sobre a utilização de energia e sua eficiência é a mentalidade, as atitudes das pessoas que fazem uso dos edifícios, residências e dos espaços das cidades. “O que fará a diferença realmente é que sejam criadas condições para o florescimento da criatividade, pois esse recurso será crucial para superarmos os desafios e garantir a segurança e a sustentabilidade de energia para um mundo próspero, em desenvolvimento. E assim compartilharmos de uma maior ‘criatividade energética’, que envolve tanto o espírito humano quanto a tecnologia”.

Eficiência energética e geração distribuída de energia: tudo a ver Antes da publicação da Resolução Aneel nº 482 de abril/2012 e atualizada em dezembro/2012, a geração distribuída de energia não existia no Brasil. O que existiam eram sistemas isolados e algumas experiências, realizadas principalmente em universidades. Agora, após três anos desta publicação, a geração distribuída começa a deslanchar. E poderia ter expandido mais rapidamente neste período, o que ainda não ocorreu, pondera o engenheiro eletricista Djair Dias Brito, diretor executivo da CEL Engenharia e consultor dos setores de Energia e Telecomunicações, defensor desta solução tecnológica para o consumidor. Isso porque a geração distribuída permite que cada consumidor gere a sua própria energia elétrica, por meio da instalação de um sistema solar fotovoltaico (no telhado de casa ou comércio, por exemplo) e o interligue à rede da distribuidora de energia, no caso a Celg em Goiás. Assim, durante o dia, enquanto existir sol, o consumidor estará gerando/consumindo sua energia e encaminhando a sobra para a rede da Celg. Durante a noite, o consumidor estará consumindo energia diretamente da Celg. No final do mês é feito o cálculo entre a energia gerada medida e a energia consumida da Celg, pagando-se a diferença. Sistemas com potência instalada de até 75 kWp são considerados microgeradores e entre 75 e 5.000 kWp são considerados minigeradores, explica o especialista. Esta geração é chamada de distribuída porque cada residência, comércio e indústria pode instalar individualmente seus sistemas de geração de energia em substituição aos sistemas tradicionais centralizados nas hidrelétricas. Djair Brito defende a geração de energia solar fotovoltaica como ótima alternativa para complementar a geração hidrelétrica, pois boa parte do Estado de Goiás apre-

senta ótimos níveis de irradiação solar. “O mapa solar brasileiro indica um nível de irradiação solar espetacular em nossa região. Para se ter uma ideia, os locais com pior índice de irradiação no Brasil apresentam níveis três vezes melhor que o melhor índice na Alemanha. Esta tecnologia já amadureceu tanto na Europa como na América do Norte e Ásia. Os maiores fabricantes estão na China e os preços já caíram suficientemente para que os sistemas fotovoltaicos sejam implantados no Brasil”. A expectativa favorável do especialista baseia-se na curva de Introdução de Novas Tecnologias no Mercado. “Podemos observar que por um certo período temos a formação de um Mercado Inicial, e depois vem o Mercado de Massa. Neste caso da energia solar fotovoltaica aqui em Goiás, estamos formando o Mercado Inicial que é composto de consumidores com perfil de inovadores, pioneirismo, voltados à ecologia e à sustentabilidade, de maior poder aquisitivo e/ou que estão construindo novas habitações e prédios comerciais/industriais. Acredito que a partir dos próximos três anos estaremos iniciando a formação do Mercado de Massa, dependendo da evolução da economia brasileira”. Djair Brito avalia que tanto o retorno financeiro, quanto a atualização da tecnologia tem evoluído ano a ano favoravelmente ao consumidor. E que quanto maiores forem os reajustes de tarifas de energia e menores forem os custos dos sistemas solares, maior será a demanda. Quanto maior for a demanda mais os custos cairão e, desta forma, o crescimento vai acontecendo, afirma ele, fazendo um paralelo com o ocorrido quando da introdução da telefonia celular no Brasil. A desvalorização cambial forte que está ocorrendo tem se tornado um fator negativo, uma vez que cerca de 70% do sistema (equipamentos/módulos) ainda é importado, elevando o custo do investimento. “Mesmo assim, considero um sistema fotovoltaico como um bom investimento. Considerando que tem a duração de 25 anos, um pay back de seis a sete anos, com uma TIR de 15%, dá uma boa rentabilidade para o consumidor-investidor. Como referência, podemos considerar que uma boa residência consome em média 640 kWh/mês. Para atendê-la podemos projetar um sistema de 5,0 kWp de potência a um custo de investimento da ordem de R$ 45 mil. São números relativos, pois cada projeto tem suas peculiaridades”. Brito diz que existe uma tendência de integração das unidades geradoras. Na matriz energética brasileira, o forte é a geração hidrelétrica de energia, em função da abundância de rios que o Brasil possui e do menor custo de geração. Entretanto, à medida que as tecnologias evoluem e questões ambientais começam a surgir, outras fontes alternativas de geração de energia passam a ser viáveis, como no caso da geração eólica e da solar fotovoltaica. Outras fontes energéticas

DJAIR DIAS BRITO, CONSULTOR DOS SETORES DE ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES

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como o óleo diesel, o carvão, a atômica, bagaço de cana, etc., também têm o seu espaço, mas cada uma destas tem suas restrições particulares. O somatório destes tipos de geração forma a integração da matriz energética brasileira, resumiu.

Dificuldades para expandir estão sendo superadas Em relação aos desafios que travam a expansão da geração distribuída, o consultor menciona algumas dificuldades: a burocracia, a demora e o controle excessivo, definidos nas normas da Aneel/Celg, eram um entrave ao rápido crescimento da geração distribuída no Estado. Segundo ele, após o primeiro passo, meses se passavam sem que ocorresse a ativação do sistema projetado. Muitos clientes desistiam e deixavam de implantar seus sistemas. A partir do dia 1º de março/2016, passou a vigorar a nova Resolução Normativa nº 687 (de 24/11/15) que alterou a de nº 482, citada anteriormente. Esta nova resolução da Aneel simplifica e agiliza as aprovações de projetos, e a Celg terá que atualizar suas normas para melhor atender aos consumidores. Melhor ainda, esta normativa liberou a instalação de usinas fotovoltaicas para condomínios, consórcios e cooperativas de pessoas físicas ou jurídicas para compartilhamento da energia gerada por uma única usina, que anteriormente era proibido. Sobre a cobrança do ICMS na conta de energia, o Confaz definiu que a cobrança é sobre a energia total: cobra-se do consumidor o

ICMS da energia que ele consome da Celg e também cobra-se o ICMS da energia que ele próprio gera. “Entendemos que isto é um absurdo, pois o consumidor paga imposto sobre a energia que ele próprio gera para o seu consumo, isto é, da energia que ele gera durante o dia, envia para a rede da Celg e depois consome com o retorno durante a noite, em regime de compensação. Tenho notícia de que os estados de São Paulo, Pernambuco e Goiás estão autorizados a cobrar o ICMS apenas da diferença entre a energia consumida e a energia gerada, o que é lógico. O governo federal já está cobrando o PIS e o Cofins somente sobre a diferença entre a energia consumida das distribuidoras e a energia gerada pelos próprios consumidores”. Mas o fator que mais tem pesado para segurar o rápido crescimento deste setor é a falta de financiamento ao consumidor, com prazos e taxas razoáveis, para que ele possa instalar seu sistema solar fotovoltaico no telhado de sua casa, gerar sua própria energia e indiretamente auxiliar o Brasil no suprimento de energia para todo o País. É necessária uma política de governo bem clara para a expansão do setor. Por exemplo, se fossem liberados financiamentos a baixas taxas de juros e de longo prazo, o governo ganharia pela necessidade de menor investimento em grandes hidrelétricas. Vislumbro no futuro todos os telhados de habitações sendo pontos de geração de energia. Seria o máximo da geração distribuída, que poderíamos chamar de “a revolução dos telhados”. A Goiás Fomento iniciou o recebimento de projetos fotovoltaicos para serem financiados via FCO.

CAIXA PROMOVE AÇÕES NO PROGRAMA MCMV E DESENVOLVE PROJETO PILOTO NA BAHIA O tema eficiência energética é tratado pela Caixa Econômica Federal tanto nos produtos destinados à produção de habitação como na implantação de unidades próprias, envolvendo a construção e reforma de agências e prédios administrativos. Com isso, foi possível obter a etiqueta Procel Edifica nível A em sete de seus prédios administrativos. Em 2014, foi inaugurada em Vazante (MG) a primeira agência da Caixa que gera mais energia do que consome utilizando sistemas fotovoltaicos, com valor do investimento de R$ 523 mil, pay back de oito anos e vida útil de 25 anos. Em 2017, 168 unidades da Caixa devem receber os sistemas, numa economia estimada de R$ 13 milhões por ano. De acordo com o gerente nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, Jean Rodrigues Benevides, desde o início do programa Minha Casa Minha Vida, em 2010, os Sistemas de Aquecimento Solar de água – SAS foram incluídos como itens opcionais para as moradias destinadas a famílias de baixa renda construídas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e contaram com um subsídio no valor de R$ 2.500,00 por unidade para apartamentos e de R$ 1.800,00 por unidade para casas. No MCMV 2 – faixa 1, o uso de Sistemas de Aquecimento Solar de água passou a ser obrigatório em todas as unidades unifamiliares (casas) de todas as regiões do País, no valor máximo de aquisição de R$ 2.000,00 por unidade. Assim, foi possível obter uma economia na conta de energia das famílias beneficiadas de até 30%, verificando-se que 80% dos moradores estavam satisfeitos com o uso do SAS. Pesquisa realizada em 2014 mostrou que 76% dos entrevistados percebem melhoria da quali22

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dade de vida, confirmando a importância do SAS como item de eficiência energética nos empreendimentos do programa MCMV, que desde o seu início já contratou mais de 224 mil moradias com os Sistemas de Aquecimento Solar. Conforme relata Jean Benevides, na produção da habitação a Caixa também incentiva o uso de lâmpadas eficientes e sensores de presença nas áreas comuns, a medição individualizada de gás e a adoção de práticas de sustentabilidade, que envolve a eficiência energética, a exemplo do Selo Casa Azul Caixa, que conta com mais de três mil unidades de Habitação de Interesse Social certificadas. A certificação prevê uma série de itens para a eficiência energética incluídos no projeto, como desempenho térmico (envoltória, aberturas, etc.), equipamentos voltados à redução do uso de energia (SAS, lâmpadas econômicas, etc.) e paisagismo.

JEAN RODRIGUES BENEVIDES, GERENTE NACIONAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA CAIXA


Além das ações de eficiência energética incluídas nas especificações do programa MCMV, o gerente comenta sobre a implantação de projeto piloto com recursos do Fundo Socioambiental – FSA Caixa, desenvolvido por meio de um Acordo de Cooperação Financeira (ACF) firmado com a empresa executora Brasil Solair. Trata-se do projeto Geração de Renda e Energia no Minha Casa Minha Vida, implantado nos Condomínios Praia do Rodeadouro e Morada do Salitre em Juazeiro (BA), com mil unidades habitacionais no total. Segundo Benevides, a escolha de empreendimento no município de Juazeiro para a implantação deste projeto – apresentado como case de sucesso no último Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) – deu-se devido aos altos índices de insolação do local somada à necessidade de testar uma alternativa voltada à sustentabilidade econômica em empreendimento do MCMV destinado a famílias com renda de até R$ 1.600,00. A Central Fotovoltaica Sol Morada do Salitre e Praia do Rodeadouro é a maior do Brasil instalada em telhados, registrada pela Aneel em novembro de 2013 com potência de 2,1 MW

e 9.144 módulos fotovoltaicos. Foram instalados também seis aerogeradores com potência total de 24 KW (sistema de compensação enquadrado na Res. 482/12 Aneel), sendo a energia produzida nos aerogeradores utilizada para abastecer os centros comunitários dos condomínios. De fevereiro de 2014 a outubro de 2015 o projeto gerou 5,147 GWh de energia, que foi vendida ao consumidor livre. A receita líquida no mesmo período foi de R$ 2,162 milhões, já distribuídos para os condomínios e proprietários na proporção de 30% para o fundo condominial, 10% para despesas de manutenção dos condomínios e 60% para os moradores. Neste período, os beneficiários receberam R$ 1.297,76 cada um, ou seja, em média R$ 70,00 por mês. “Alternativas de replicação do projeto estão em discussão”, adianta o gerente de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa. A ideia, segundo ele, é que esse projeto demonstrativo, após avaliação dos resultados, possa ser reaplicado em outros empreendimentos ou até como uma política pública voltada à geração de renda por meio da venda da energia gerada por fontes renováveis.

IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA ENERGIA BENEFICIA A TODOS Existe consenso entre especialistas de que a questão energética passou a ser fundamental para as organizações empresariais. A preocupação com a grande variação no preço e na oferta de energia motivou a criação da norma ABNT NBR ISO 50001:2011 – Sistemas de Gestão da Energia (SGE), que traz como pressuposto que a forma como se gerencia a energia pode trazer resultados muito melhores que a própria mudança tecnológica, conforme descreve trabalho da NBS Consulting Group. A Norma extrapolou o universo industrial, podendo ser aplicada em todas as empresas, independente do tamanho ou da atividade, e em diferentes condições geográficas, culturais e sociais, em benefício da própria corporação e para a sociedade. O objetivo maior da ISO 50001 é habilitar uma organização e permitir que estabeleça os sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho da energia, incluindo eficiência, uso, consumo e intensidade da energia. Por definição, o termo eficiência energética é “a razão ou outra relação quantitativa entre uma saída de desempenho, serviço, mercadorias ou energia e uma entrada de energia”, esperando-se que a implantação da Norma e gestão sistemática da energia leve a reduções em custos de energia, emissões de gases de efeito estufa (GEE) e outros impactos ambientais. Na prática, significa o uso mais eficiente das fontes de energia. Essa eficiência energética gera resultados financeiros? Telmo Travassos Azambuja, auditor do ICQ Brasil e sócio diretor da MCG - Management Consulting Group, responde: “o lucro (econômico) tem sido um dos principais mobilizadores, notadamente na Europa, para a implantação de um SGE. Porém, também há outros lucros vinculados, como por exemplo: associação da imagem da organização a esforços de sustentabilidade empresarial, colaboração com a redução de GEE e outras vantagens específicas a cada segmento de negócio. Com a implantação de um SGE podemos esperar a redução da demanda de pico (energia), a utilização de excedente de energia, a utilização de resíduos energéticos e melhorias das operações de sistemas, de processos e de equipamentos. Com

TELMO TRAVASSOS AZAMBUJA, AUDITOR DO ICQ BRASIL E SÓCIO DIRETOR DA MCG

metas energéticas definidas, será possível especificar requisitos de desempenho energético, detalhado e mensurável”. Com essas ações, prossegue Telmo Azambuja, evidentemente que as organizações poderão encontrar soluções para o aumento de seus lucros, tais como: inovações tecnológicas viáveis para o uso de energia, redução do consumo da energia utilizada, menor dependência de fatores externos impositivos e até mesmo a possibilidade de venda de eventual sobra de energia gerada pela organização (a disponibilidade de energia – excedente – como um novo “produto” à venda por organizações já ocorre no Brasil). “Na Europa, há incentivos fiscais para as empresas que implantam a NBR ISO 50001. Isso também poderia ser buscado no Brasil, no âmbito nacional ou, pelo menos, no estadual ou municipal”, propõe o auditor do ICQ Brasil. “Particularmente, creio que, por meio do Sinduscon-GO, a questão de incentivos fiscais e outros afins poderia ser levada às autoridades competentes para viabilização. Todos seriam beneficiados, principalmente pelas inovações tecnológicas implantadas, redução do uso de energia, redução dos custos, e melhoria do meio ambiente através da sustentabilidade (de origem) empresarial. Na construção civil, o PBQP-H SiAC, embora de forma limitada, já impõe indicadores de sustentabilidade dos canteiros de obra. A característica inovadora do setor de construção civil também se materializa na implantação da ABNT NBR 15575 (Desempenho em Edificações Habitacionais). Assim sendo, seria natural esperar que o setor de construção civil assuma a liderança dos esforços para a implantação da NBR ISO 50001:2011, especialmente pelas vantagens decorrentes, materiais, sociais e políticas”.

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I VA C O M S A Ú D E

BANCO DE EMPREGOS

DA CONSTRUÇÃO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa? Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho:

ENGENHEIRO CIVIL F.P.D.C.

Formação: Universidade Federal de Uberlândia – UFU (2003). Experiência: Coordenação de custos, aprovação de contratos/compras. Gerenciamento de contratos com parceiros, respondendo pela obra/empresa, prestação de apoio técnico à equipe de engenheiros e clientes. Negociação prévia dos serviços no canteiro, montagem do mapa de compras para departamento de Suprimentos. Acompanhamento dos planos de ações dos engenheiros com o departamento da Qualidade.

F.X.M.

Formação: Universidade Federal de Goiás (2005). Experiência: Gerenciamento das atividades nas obras. Orientação e cobrança do andamento das obras, de acordo com os padrões técnicos, de segurança, qualidade, higiene, organização e preservação ambiental. Execução de levantamentos de quantitativos, requisições, programação e solicitação de entrega de materiais, ferramentas, equipamentos e serviços. Controle do cronograma físico/financeiro.

SECONCI-GO INAUGURA CENTRO DE

DIAGNÓSTICOS EM CARDIOLOGIA Com doações do Ministério Público do Trabalho e parceria com o Sesi-GO, o Seconci-GO inaugurou no último dia 24 de fevereiro o Centro de Diagnósticos em Cardiologia (CDC), ampliando a oferta de exames e serviços que a entidade oferece aos seus associados e enfatizando ainda mais o foco que a atual gestão tem em cumprir com a missão do Seconci-GO, que é “atender o trabalhador, com qualidade e respeito, na saúde, na assistência social e conhecimento”. A área de Cardiologia é de extrema importância para a saúde dos trabalhadores, que a partir de agora terão à disposição vários exames, como Holter, Mapa, Eletrocardiograma, Ultrassonografia e Teste Ergométrico (teste de esteira), além de profissional médico cardiologista para o acompanhamento dos exames e emissão dos laudos. Até então, para a realização desses exames, os usuários eram encaminhados para outras clínicas e depois retornavam ao Seconci-GO com os resultados, o que tornava o processo mais moroso e trabalhoso para o associado. No ano em que completa 25 anos, o Seconci-GO traz uma ótima notícia aos trabalhadores da construção, pois segue em ritmo de crescimento para aumentar cada vez mais a oferta de serviços aos seus associados. 24

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L.T.P.

Formação: Universidade Católica de Goiás (2006). Experiência: Medição de serviços realizados e laudo de medição. Fluxo financeiro da obra. Fechamento de tarefas de funcionários e medições de empreiteiros. Acompanhamento de serviços em geral. Planejamento, orçamento, cronograma de execução e entrega de serviços. Entregas de unidades. Contratação de serviços com empreiteiros.

R.A.B.

Formação: Universidade Federal de Ouro Preto/Escola de Minas – MG (2001). Experiência: Experiência em gerenciamento de obra, implantação e controle de Sistema de Gestão da Qualidade. Capacidade de gerir grandes equipes, ajustar cronogramas, orçamentos e qualidade de execuções dos serviços, compatibilizar projetos sugerindo junto ao corpo técnico e projetistas alterações importantes visando economia e facilidades construtivas.

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO C.A.L.S.

Formação: Fundação Educacional de Montes Claros/Escola Técnica – FEMC (2005). Experiência: Coordenar o setor de Segurança e Saúde. Elaboração do PCMAT e da Cipa, acompanhamento da elaboração do PCMSO, acompanhamento nas atividades de trabalho em altura, espaço confinado e implantação de medidas de segurança.

L.R.N.

Formação: Colégio Nacional Policursos – GO (2011). Experiência: Entrega de materiais de segurança, EPI’s, acompanhamentos do PCMSO, PCMAT e acidentes de trabalho. Exames admissionais, periódicos e demissionais. Controle de vacinas. Palestras, treinamentos e todas as funções do cargo.

I.S.S.S.

Formação: Colégio Nacional Policursos – GO (2005). Experiência: Identificação de riscos de acidentes pessoais, materiais e ambientais. Implementação de ações corretivas. Análise de acidentes e doenças de trabalho e recomendação de ações para prevenção. Planejamento e execução de programas de treinamento de segurança. Orientação de uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s).

R.B.C.

Formação: Colégio Vitória (2008). Experiência: Elaborar relatório semanal de segurança. Autorização para trabalho em altura. Preenchimentos de check list semanal. Implantação da Comissão Interna de Prevenção de Acidente (Cipa). Análise Preliminar de Risco (APR), Análise Investigação de Acidentes, treinamentos de segurança, palestras, acompanhamento e aplicação de diálogo. Programa de Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção Civil (PCMAT).

OBSERVAÇÃO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Paula Jacomini).


RH

& VOCÊ

COMO O RH PODE CONTRIBUIR com o profissional além dos muros da empresa? Um aspecto que todas as pessoas e áreas das empresas se preocupam é o legado que estão deixando. Os verdadeiros líderes e empresas perguntam-se: o que meus liderados pensam de mim? O que falarão de mim no futuro? O que aprenderam comigo? Como marquei positiva ou negativamente suas vidas? Da mesma forma, as empresas, representadas por seus departamentos de Recursos Humanos (RH), se preocupam com o que podem fazer para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e fazer com que estes alcancem suas metas. Afinal, a instituição vive de resultados, mas, também, de ensinar algo que os funcionários poderão levar para a vida, algo que poderá ajudá-los independentemente de pertencerem ao quadro da empresa ou não. Nesse sentido, cada dia mais as organizações estão preocupadas em deixar uma boa marca e um bom legado na memória de seus ex-colaboradores. Mas como fazer isso? Primeiramente, é importante lembrar que o RH precisa traduzir a cultura da empresa em suas práticas e projetos, bem como ser um agente de mudança, pois também é responsável por fazer com que todas as estratégias do negócio se cumpram, mas mantendo a segurança psicológica dos indivíduos, seus objetivos pessoais e sua individualidade respeitada em meio a esse dinâmico ambiente organizacional, e também ao mundo globalizado contemporâneo. As culturas das empresas estão imbuídas de seus valores, ou seja, daquilo que a companhia considera como características fundamentais para que ela se comporte no mercado e se mostre para seus clientes, bem como aquilo que considera essencial para quem trabalha nela e a representa no mundo. Assim, os ex-colaboradores levam o que aprenderam no dia a dia, não só os valores dos quadros e materiais de propaganda da organização, mas, principalmente, o que vivenciavam no cotidiano.

Oferecendo conhecimento

O aprendizado é, sem dúvida, um dos maiores legados que um RH pode deixar para seus ex-colaboradores. O que eles investiram em treinamentos, universidades corporativas, educação continuada, cursos de graduação e pós-graduação deixam uma marca positiva e perpétua na

CYNDIA LAURA BRESSAN

vida pessoal e profissional dos ex-funcionários. Os conhecimentos adquiridos possibilitam ao profissional muito mais que técnicas a serem utilizadas nas atividades do dia a dia, mas também um aprendizado mais amplo e, também, uma maturidade profissional para lidar com essa dinâmica do mundo do trabalho e com todas as necessidades de um ambiente corporativo cada vez mais competitivo. O que os ex-colaboradores aprendem sobre relacionamentos humanos na prática, especialmente sobre relacionamento de chefias com colaboradores, é um aprendizado para a vida e pode moldar o estilo de chefia que um dia o indivíduo desenvolverá. O RH precisa estimular esta relação em termos de desenvolvimento da assertividade dos dois lados, bem como de um feedback genuíno e frequente. A proximidade do gestor com o colaborador é um diferencial para apoiá-lo nos trabalhos e, também, para oferecer desafios conhecendo e reconhecendo cada indivíduo como único. A preocupação com seus próximos passos de carreira e, até mesmo, com suas questões pessoais e familiares, mostra-se muito bem-vinda no mundo mais sistêmico e holístico que se vislumbra a frente. Ações que criam vínculos saudáveis com os trabalhadores e deixam saudades de pertencer àquela empresa rendem elogios para clientes, boas avaliações em pesquisas e indicações de novos colaboradores, no mínimo. Às vezes, pequenas coisas que a empresa faz com poucos recursos ou se preocupa com o colaborador podem ser grande para ele e deixar uma marca positiva. Um presente de casamento, uma liberação em data especial ou mesmo um convite para voluntariado. Cada indivíduo tem um centro de ambição diferente que o move, os RHs e líderes que forem suficientemente sensíveis para descobrir e atuar nestes centros verão ótimos resultados financeiros e de reconhecimento de seus colaboradores e ex-colaboradores. Os RHs necessitam inovar e se recriar a todo momento com a seguinte ideia em mente: o que posso fazer hoje para deixar uma marca positiva em meu colaborado, mesmo que no futuro ele não esteja mais aqui? Experimente. CYNDIA LAURA BRESSAN, mestre em Psicologia pela UnB, coach de executivos e coordenadora do MBA Gestão de Pessoas por Competências, Indicadores e Coaching do Ipog

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CODESE REALIZA eventos de mobilização

e conquista, definitivamente, apoio empresarial

O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) reuniu na noite de 1º de fevereiro seus membros fundadores na sede do Sebrae-GO, em Goiânia, ocasião que contou com a presença do ex-prefeito de Maringá e atual secretário estadual do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná, Silvio Barros. Neste encontro, o foco foi sensibilizar os vereadores de Goiânia sobre a importância da união em prol de um objetivo comum: levantar as necessidades e as possíveis soluções para os problemas de Goiânia, preparando-a para que no seu centenário em 2033, suba da 45ª posição para a 10ª posição no ranking do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. “O diferencial do Codese é pensar e traçar estratégias a longo prazo, que não se dissolvam ao fim dos mandatos políticos”, enalteceu Silvio Barros.

O ex-prefeito de Maringá por dois mandatos foi convidado a participar deste processo em Goiânia em razão da experiência exitosa que obteve naquele município paranaense, quando na década de 90, viu-se afogado em uma crise econômica sem precedentes, provocada, sobretudo, pela falta de competitividade da economia local e regional frente à concorrência internacional. Foi quando lideranças empresariais do município reuniram a sociedade civil organizada a fim de se definir um novo modelo de desenvolvimento. O resultado desta união é que hoje, Maringá foi transformada, classificando-se como uma das melhores cidades para se viver no Brasil. O movimento foi iniciado com a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), que serviu de referência para a criação de projeto semelhante em Goiânia. O evento foi aberto pelo superintendente do Sebrae-GO, Igor Montenegro, que falou sobre a importância da sociedade civil goianiense estar unida em prol do Codese. Em seguida, o presidente do Codese e da Ademi-GO, Renato de Sousa Correia, apresentou vídeo institucional, que aborda o objetivo do Conselho, sua missão, visão e valores. Durante sua fala, ele enalteceu que esta iniciativa não pertence às entidades do mercado imobiliário, mas sim de todas as entidades do setor produtivo local, como as das áreas de saúde, educação, turismo de negócios, logística e distribuição, vestuário e moda, tecnologia e negócios agropecuários, vocações levantadas em estudo realizado para o Codese pela renomada empresa de consultoria Tendências (SP). Dos 35 vereadores que compõem a Câmara Municipal de Goiânia, apenas três puderam comparecer ao evento de sensibilização voltado ao Poder Legislativo da Capital: Denício Trindade (PMDB), Felizberto Tavares (PR) e Paulinho Graus (PDT).

Empresários unidos pelo planejamento de GOIÂNIA Em continuidade, no dia 02 de fevereiro, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) realizou reunião, na sede do Sebrae-GO, para apresentar a empresários e líderes de diversos segmentos da sociedade civil organizada a proposta de realizar um diagnóstico de vocações e desafios de Goiânia para que ela se torne uma das 10 melhores cidades no Brasil para se viver em 2033, quando completará 100 anos. Entre as várias entidades representadas de diversos segmentos, se fizeram presentes ao encontro o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves de Oliveira; da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos; membros do Fórum Goiano da Habitação: 26

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Ioav Blanche, presidente do Secovi-GO; Carlos Alberto Moura, presidente do Sinduscon-GO; e Renato de Sousa Correia, presidente da Ademi-GO e do Codese, entre outros. Participaram do concorrido evento mais de 180 pessoas, contando também com a participação de lideranças políticas, como o secretário de Planejamento Urbano e Habitação de Goiânia, Sebastião Ferreira Leite, e o deputado estadual Virmondes Cruvinel. Renato Correia detalhou a proposta do Codese, que incialmente visa apresentar aos candidatos a prefeito da Capital, ainda em julho deste ano, as sugestões do Conselho para o crescimento de Goiânia. Com este objetivo, a ideia do grupo é desenvolver quatro projetos sendo um econômico, que será elaborado pela Tendências Consultoria Integrada; outro refe-


rente à qualificação da gestão pública, que trará para Goiânia o modelo proposto pela organização Comunitas; um Masterplan Urbanístico, que contará com o trabalho de especialistas goianos, como o Grupo 4 Arquitetura e, por fim, o quarto projeto cujo foco será o Desenvolvimento Humano, que abordará os itens de educação, saúde, segurança, esporte e lazer, e cultura. Foram apresentadas três breves palestras para contextualização da proposta. Primeiro, o economista Adriano Pitoli, sócio diretor da Área de Análise Setorial e Inteligência de Mercado da Tendências Consultoria Integrada, abordou o cenário econômico brasileiro e goiano, as vocações econômicas de Goiás e as prioridades para a construção de um projeto de desenvolvimento econômico para Goiânia que seja eficaz. Em seguida, Regina Célia, representante da organização social Comunitas, abordou a metodologia do projeto “Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável”, que tem como foco aprimorar a gestão dos governos municipais a fim de fomentar o investimento social privado. O projeto já foi implantado em 12 cidades brasileiras; apresentando resultados exitosos nas áreas administrativa e econômica. O foco das operações da Comunitas está no estabelecimento de parcerias para produzir e multiplicar o conhecimento necessário para o avanço da participação das empresas, da sociedade e do poder público na resolução de entraves ao desenvolvimento do País, atuando em várias frentes. Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá e atual secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná, falou sobre o Codem instituído no município paranaense e os resultados obtidos que geraram uma transformação da realidade da Cidade e inspirou a criação do projeto “O Futuro da Minha Cidade” em várias cidades brasileiras e a instituição do Codese em Goiânia. Em sua palestra Silvio Barros manteve o foco na necessidade de alavancar a competitividade de Goiânia e sua Região Metropolitana. Segundo ele, para atrair e reter talentos e investidores “é preciso arrumar a casa”. Ou seja, uma cidade desordenada, sem infraestrutura, sem condições de suprir os direitos básicos da população, como saúde, educação e segurança, não atrai bons profissionais e empresas, na verdade, os

afasta. Barros abordou sobre os impactos das tendências globais na competitividade das cidades, atingindo diretamente as empresas, como por exemplo, as demandas mundiais por economia verde e criativa. Ele também ponderou que existe no Brasil um desequilíbrio na balança dos direitos e deveres dos cidadãos, que por não cumprirem, em alguns casos, seus deveres, impactam na inviabilidade do atendimento a seus direitos e dos demais, como a pessoa que não obedece orientações médicas e, ficando gravemente doente, impede que outra pessoa mais necessitada seja atendida. Em sua visão, o conceito de cidade competitiva requer como base um governo eficiente e um plano de desenvolvimento exequível e eficaz. No cenário atual ele citou como ações fundamentais: adequar capacidade financeira à nova realidade econômica e implementar agenda de reformas. A proposta do Codese figura como estratégia para preparar a base do desenvolvimento que se espera para 2033, mas, é indispensável o engajamento da sociedade civil organizada. Barros convidou a todos para a contribuição com o desenvolvimento dos projetos propostos, pois poderão evitar que os custos da omissão sejam maiores. Com apoio dos empresários, o Codese arrecadou R$ 500 mil em doações, do total da meta de R$ 1 milhão. Os convidados também colocaram seu ideal de cidade numa cápsula do tempo, que deverá ser aberta no aniversário de 100 anos de Goiânia.

SINDUSCON-GO firma parceria com

Sticep para promover orientação nas obras

A Comissão de Segurança do Trabalho do Sinduscon-GO realizou reunião, conduzida pela diretora da área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda, no dia 03 de fevereiro, com representantes das empresas construtoras ligadas ao Sindicato para abordar ações que podem ser realizadas para promover a melhoria dos índices de SST nas obras. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sticep) já vem realizando visitas periódicas aos canteiros de obras das empresas construtoras em Goiás, com o intuito de verificar a conformidade das instalações em questões de segurança do trabalho e orientar sobre boas práticas na prevenção de acidentes. Tendo essa inciativa como bom exemplo, foi deliberado, durante a reunião, que representantes do Sinduscon-GO irão participar das referidas visitas, tendo em vista que o trabalho está sendo desenvolvido em prol do bem-estar dos colaboradores da indústria do setor. Assim, já no final deste mês de fevereiro membros da equipe técnica do Sinduscon-GO se unirão ao Sticep, pelo menos uma vez por semana, a fim de realizar verificação, com caráter orientativo, das condições das obras no que se diz respeito a segurança do trabalho. ABRIL 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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PLANEJAMENTO URBANO e infraestrutura são temas da reunião de Diretoria do Sinduscon-GO

O Sinduscon-GO realiza mensalmente, em sua sede, reunião com sua Diretoria para discutir temas de relevância que geram impactos na indústria da construção, quando recebem autoridades e especialistas nas áreas de interesse para promover o debate e apresentar as demandas do setor e levantar soluções conjuntas. Assim, no dia 16 de fevereiro, o Sindicato realizou a primeira reunião de Diretoria de 2016, tendo como destaque as perspectivas de crescimento, investimentos e desenvolvimento técnico para o setor da construção. O secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Sebastião Ferreira Leite (Juruna), foi um dos convidados. Ele abriu sua exposição apresentando uma minuta de convênio para análise jurídica do setor, que versa sobre cooperação técnica entre entidades representativas da indústria da construção, Seplanh, Amma e Comurg, para gestão de resíduos sólidos, tendo sido recebido com satisfação pelos presentes, pois este é um pleito de longa data. Leite destacou que o foco do seu trabalho vai ser no cumprimento da legislação por todos. Prometeu rever o preço da licença onerosa, mas alertou que irá dar início à cobrança dos débitos em atraso. Informou que o montante que a Prefeitura tem a receber referente a esta licença ultrapassa R$ 30 milhões e que pretende utilizar parte destes recursos para revitalização da Praça do Sol, e construção de praças nas Avenidas T-8 e T-9, comentando que está aberto a propostas de parcerias com a iniciativa privada para o desenvolvimento destes projetos e gestão destas áreas. Também destacou como metas de sua gestão frente à Seplanh: lançar lei para desenvolvimento do projeto do Jardim Botânico; facilitar e ampliar a regularização fundiária na cidade e, compartilhou um sonho: criar estacionamentos subterrâneos como, por exemplo, na Praça do Trabalhador. Já no dia 08 de março a Diretoria do Sinduscon-GO rece28

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beu o secretário estadual do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha. O secretário apresentou a situação atual e a previsão de investimentos em obras de infraestrutura no Estado. Abordou sobre o anel leste da BR-153, que faz parte da concessão já existente de responsabilidade da Concebra/Triunfo, no qual será executado trecho de 42 km, cruzando a GO-010, GO-403, GO-020, até Aparecida de Goiânia; relatando que o início das obras depende da liberação de financiamento do BNDES e também do licenciamento ambiental, que deve ser destravado rapidamente. O prazo para conclusão do trecho em contrato é até 2020, mas há possibilidade de antecipação para 2018. Detalhou sobre o novo acesso ao aeroporto Santa Genoveva; obras da BR-060 que estão em processo de andamento para concessão, com estimativa de publicação do edital entre março e abril, podendo ser incluídos trechos – dependendo do resultado de negociação com o Ministério dos Transportes – do contorno sudoeste (12 km) ligando a GO-070 à GO-060, anel em Aparecida de Goiânia (17 km), ligando a BR-060 à BR-153 e o prolongamento do anel do município (mais 08 km) da BR153 atual ao anel leste. Também falou sobre a situação das ferrovias, em especial a Norte-Sul, enfatizando que falta, da parte do governo federal, a definição do modelo de concessão ferroviária, para que o modal de transporte seja mais efetivo. Sobre saneamento, informou que já há verba de R$ 90 milhões para conclusão do sistema de água Mauro Borges, que deve ser concluído até o final deste ano. Será realizado edital para a construção de linha que levará água de Goiânia para Aparecida de Goiânia, equilibrando o sistema para as demais cidades do entorno da Capital. Finalizando, abordou ainda a questão energética, falando sobre a previsão de privatização da Celg e destacando a importância da inovação, para ele “energia solar é o futuro”. Anunciou a criação do programa Goiás Solar, para incentivos fiscais e financeiros ao desenvolvimento da produção de energia solar no Estado.


Parceria entre Estado, iniciativa privada e população é destaque na gestão dos

RESÍDUOS SÓLIDOS EM GOIÁS O Sinduscon-GO e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) realizaram, na sede do Sindicato, no dia 18 de fevereiro, palestra sobre “A Gestão dos Resíduos Sólidos em Goiás”, que contou com as presenças do secretário Vilmar Rocha, titular da Secima; deputado estadual Virmondes Cruvinel, presidente do Crea-GO, Francisco Almeida; presidente da Agehab, Luis Antônio Stival, entre outros líderes de entidades de classe e federações, além de diversos secretários municipais de áreas relacionadas ao tema, representando as cidades de Goiânia, Nerópolis, Hidrolândia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, entre outros. Na abertura do encontro, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, abordou a importância da gestão dos resíduos sólidos de forma eficaz e falou sobre o papel de cada um na preservação do planeta em que habitamos. Ele também destacou que o Sinduscon-GO exerce importante função na tentativa de colaborar com o poder público para resolver as questões inerentes à destinação adequada de seus resíduos. Informou que o Sindicato tem desenvolvido ações junto ao Estado para fomentar e desenvolver estratégias que culminem na destinação adequada dos resíduos, além de participação em reuniões setoriais e audiências públicas, apresentando as demandas do setor e buscando soluções exequíveis. A analista ambiental e gestora do contrato do Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Goiás (PERS-GO) na Secima, a engenheira ambiental e mestre Adjane Damasceno de Oliveira, abriu a discussão sobre o tema, abordando a relevância do

PERS, as dificuldades para sua construção e implantação, além da necessidade de mudanças de hábitos e cultura popular para que o Plano seja efetivo. Em seguida, o professor doutor da Universidade Federal de Goiás, presidente da Comissão Integrada de Resíduos Sólidos da Universidade, engenheiro civil Eraldo Henrique de Carvalho, apresentou os resultados da elaboração do PERS-GO, finalizado em dezembro de 2015. Ele discorreu, em síntese, sobre o diagnóstico, as diretrizes, as estratégias e metas específicas para a construção civil, além de apresentar um modelo de gestão proposto pela Secima aos Municípios, enfatizando também as competências e responsabilidades do gerador, do Estado e dos Municípios nesta gestão dos resíduos sólidos. Ao final houve debate com mediação da advogada e consultora ambiental e urbanística do Sinduscon-GO, Danielle Limiro Hanum (Hanum Corporate Legal Advisers).

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Empresários e profissionais do direito discutem mecanismos para minimizar os impactos dos

DISTRATOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O advogado Arthur Rios Júnior, com atuação especializada na área imobiliária e da construção realizou palestra no dia 23 de fevereiro, na sede do Sinduscon-GO, sobre “Os distratos na construção civil”. O evento, promovido pelo Fórum Goiano da Habitação (FGH), composto pelo Sinduscon-GO, Ademi-GO e o Secovi-GO, foi prestigiado por mais de 100 pessoas, com a presença de líderes classistas, diversos profissionais do direito atuantes na indústria da construção, empresários, gestores de relacionamento com clientes, etc. Em sua fala de abertura, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, afirmou que esse tema vem ganhando importância, vez que, em virtude do atual momento econômico do país, sem conseguir financiamento nos bancos, muitos compradores acabam pedindo o distrato do contrato de compra e venda da unidade. Informou que no ano de 2015 houve uma ocorrência média de distrato da ordem de 20% das unidades vendidas. Na visão do presidente do Sindicato, é necessário considerar que as despesas associadas à venda existiram e de-

vem ser arcadas por quem descumpre o contrato. Se o contrato é rompido sem ressarcimento, esse custo acaba onerando o empreendimento e os demais compradores, criando uma grave distorção. Assim, o Sinduscon-GO defende, juntamente com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mudanças para dar maior clareza ao fixado pela legislação em vigor e estabelecer maior equilíbrio no tratamento oferecido às partes. Durante a palestra, o advogado Arthur Rios contextualizou o momento que é caracterizado por baixa no crédito, aumento do desemprego e, consequentemente, aumento no número de rescisões contratuais. Apresentou decisões julgadas pelos tribunais, mostrando que elas ainda divergem e que, assim, acredita no amadurecimento do tema no judiciário. A problemática passa, entre várias questões, pela limitação imposta pela legislação às empresas de retenção de 10% a 25%, no máximo, sobre as parcelas pagas, para indenizar todas as despesas arcadas pelo empreendedor, e devolução em parcela única. Essa imposição obriga ao tratamento igualitário de todos os consumidores, penalizando os que cumpriram com maior parte do contrato. O palestrante apresentou alguns mecanismos jurídicos de enfrentamento do problema, como a necessidade de comprovar, com documentos fiscais, os custos derivados da negociação; a possibilidade de se instituir novas formas de contratação da intermediação; possibilidade de comercialização via compra e venda com alienação fiduciária; pontuando os benefícios e dificuldades destas propostas, além de destacar a importância da arbitragem no julgamento de processos, pois se pode contar com a especialidade dos árbitros que detém conhecimento sobre a relação de consumo. O evento foi encerrado com rico debate entre os participantes.

FÓRUM DISCUTE SEGURANÇA no processo de pré-instalação e montagem de elevadores A Thyssenkrupp realizou no dia 09 de março, em parceria com o Sinduscon-GO, o II Fórum de Segurança no Processo de Pré-Instalação e Montagem de Elevadores, na sede do Sindicato. O responsável pela palestra foi o engenheiro eletricista Carlos Alberto Antunes, gerente nacional de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional da empresa realizadora, com especialização nacional e internacional em normas de segurança relativas a transporte elevatório e sistemas integrados de gestão; com mais de 25 anos de experiência na área. Foram abordados assuntos como: riscos de acidentes no poço, caixa de corrida e casa de máquinas; principais riscos gerados pela obra durante o processo de montagem, e boas práticas aplicadas no Brasil e no Mundo. 30

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Oficina da Norma de Desempenho aborda sistemas de

VEDAÇÕES VERTICAIS EM ALVENARIA A Comunidade da Construção de Goiânia realizou, com promoção do Sinduscon-GO e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), o décimo módulo da Oficina da Norma de Desempenho sobre o tema “Sistemas de vedações verticais em alvenaria”, no dia 25 de fevereiro, na sede do Sindicato. A primeira apresentação – “Projeto, racionalização e desempenho dos sistemas de vedação em alvenaria” – foi realizada pela arquiteta Cláudia Prates Faria (CP Consultoria e Projetos). Ela enfatizou que o sistema que mais recebe impactos na edificação é a alvenaria que promove vedação e relatou que há uma tendência atual de se tirar as instalações hidrossanitárias do interior da alvenaria para evitar a quebra do sistema posteriormente. Contextualizando com os requisitos da Norma de Desempenho de Edificações (NBR 15575), a arquiteta afirmou que cada elemento componente do sistema alvenaria de vedação tem sua importância e não deve sofrer impactos não calculados no decorrer da obra e nem após sua conclusão, para que seu desempenho não seja prejudicado. Para eliminar problemas desta natureza, Faria enfatizou a importância da compatibilização de projetos nas obras. Abordou também necessidade de realização do projeto específico de vedações e, considerou indispensável que o engenheiro de obras se preocupe em avaliar e seguir os projetos, não realizando mudanças aleatórias no momento da construção. Posteriormente, as “Potencialidades e desempenho da alvenaria de vedação com blocos de concreto”, foram abordadas pelo mestre em Engenharia Civil, Cláudio Oliveira Silva. Ele discorreu sobre as características dos blocos de concreto vazados, segundo a NBR 6136, e a importância de

usar a modulação, por família; a racionalização e compatibilização para que o desempenho do sistema seja mantido. Detalhou aspectos inerentes ao sistema de vedações verticais em alvenaria, como segurança estrutural, segurança contra incêndio, estanqueidade, desempenho térmico e acústico, durabilidade e manutenibilidade e vida útil de projeto. Por último, houve a mesa redonda com o tema “Discussão dos sistemas de vedação em alvenaria sob a ótica do desempenho das edificações”, com a participação do Dr. Oswaldo Cascudo (UFG), como mediador; Dra. Helena Carasek (UFG), como debatedora, e os palestrantes Cláudia Prates e Cláudio Oliveira como participantes.

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COMITIVA goiana se

reúne com empresários espanhóis na Embaixada da Espanha O presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, participou de reunião-almoço em 03 de março, na Embaixada da Espanha, em Brasília. O encontro que contou com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo; da secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa; do presidente da Goiás Parcerias, Cyro Miranda; e de diversos empresários brasileiros e espanhóis, foi conduzido pelo embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara Hermoso. Na oportunidade, Marconi Perillo apresentou as potencialidades do Estado de Goiás e abordou as possibilidades em parcerias público-privadas, concessões e privatizações. O programa de desmobilização estatal, que prevê concessão de serviços básicos à iniciativa privada, também foi abordado, bem como a privatização da Celg. O governador falou sobre o momento de crise econômica que atinge o País, afirmando que Goiás também foi afetado, porém seu histórico e o trabalho que já tem sido realizado, com ajuste fiscal arrojado, o colocam em uma posição favorecida à manutenção do crescimento. Perillo afirmou acreditar na recuperação do País em médio prazo, confiando também

que todas as ações de combate à corrupção empreendidas nos últimos meses trarão resultados benéficos para o Brasil, que está eliminando o espaço para a prática de atos ilícitos e corrupção. Com esta visão, ele declarou que esse é momento ideal para a formação de parcerias e investimento externo nos projetos goianos, pois “aqueles que apostarem no Brasil agora terão muitos ganhos em um futuro não muito distante”. O presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, destacou que existem três eixos principais de desenvolvimento no Brasil: São Paulo/Campinas, Rio de Janeiro/Campo de Goytacazes e Goiânia/Brasília. Neste cenário enfatizou a pujança que o Estado de Goiás tem apresentado e suas características que o colocam na condição de contribuir com a retomada do crescimento do País. Os empresários espanhóis demonstraram interesses na formação de parcerias e evidenciaram que têm confiança no País, acreditando nos resultados a médio e longo prazo. Alegaram apenas que precisam de confiança/garantias e formulação de projetos viáveis.

OFICINA PROMOVE

capacitação para compra responsável No dia 26 de fevereiro, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sinduscon-GO realizaram a Oficina de Capacitação – Guia de Compra Responsável. O evento, direcionado aos dirigentes de construtoras, assim como aos responsáveis pelas respectivas áreas de compras e demais interessados no tema, ocorreu na sede do Sindicato, em Goiânia. A palestra foi ministrada pela prof.ª Dra. Raquel Naves Blumenschein, arquiteta/urbanista e consultora da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) nas Comissões de Meio Ambiente e Materiais e Tecnologia. A professora afirmou que o processo de compra responsável não tem volta, pois é “um dos vetores mais importantes da sustentabilidade”. Em sua explicação, ela elucidou que a compra faz parte de um sistema, por isso é necessária a aproximação e comunicação eficaz entre quem especifica e a pessoa que realiza a compra. Ela informou que todas as certificações ambientais consideram a compra responsável como critério a ser atendido. Blumenschein também destacou a necessidade de mudança de paradigmas e do desenvolvimento de programas de qualificação da cadeia de suprimentos. Neste contexto, apresentou 32

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o Guia de Compra Responsável, material produzido pela CBIC e lançado durante o 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) em setembro de 2015. Após a apresentação dos conceitos e discussão das ideias e desafios, foi proposto exercício prático entre os participantes a fim de diagnosticar em qual posição as empresas se encontram em relação ao tema, identificar quais os gargalos existentes no processo e, por fim, refletir de que forma as empresas podem influenciar na sustentabilidade do processo de compra responsável.


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Contribuição Confederativa Patronal 2016 Senhor Empresário, para que seu Sindicato seja representativo, é preciso que ele tenha força para implementar as políticas necessárias à defesa dos direitos e interesses da categoria representada e, somente com o apoio de seus filiados e associados, que são os maiores beneficiados com as ações da entidade, é possível alcançar todos os objetivos da categoria.

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CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

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VALOR DA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA PATRONAL 2016

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De acordo com o artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, é uma contribuição para custeio do sistema confederativo da representação sindical. O sistema confederativo, dentro da estrutura legal da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), compõe-se dos sindicatos de base, federação, como órgão de coordenação e representação estadual ou interestadual ou até mesmo nacional e as confederações como órgãos de cúpula. A Contribuição é paga pelo empregador, trabalhador autônomo, profissional liberal e trabalhador comum.

O valor é fixado mediante Assembleia Geral Extraordinária, conforme artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal. A Assembleia Geral Extraordinária onde foi tratada sobre o valor da Contribuição Confederativa Patronal do exercício de 2016, foi realizada dia 08 de dezembro de 2015, conforme edital publicado no jornal “Diário da Manhã”, veiculado no dia 24/11/2015. Na Assembleia foi aprovada a manutenção da Contribuição Confederativa Patronal para o ano de 2016, os mesmos valores praticados no ano de 2015, ou seja, a contribuição básica de 1/30 (um trinta avos) da folha de pagamento de janeiro de 2016 e R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), para a contribuição mínima. Foi aprovado também o vencimento da mencionada contribuição para 30 de abril de 2016 e a penalidade pelo atraso no seu recolhimento será de 2% (dois por cento) de multa, acrescido de 1% (um por cento) de juros de mora ao mês. Seu recolhimento será feito através de guia nominal à empresa, distribuídas no início do mês de abril de 2016.

COMO SÃO APLICADOS OS RECURSOS DA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA PATRONAL EXERCÍCIO 2016? A Confederação Nacional da Indústria administra o Sistema CNI, formado pelo Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, pelo Sesi – Serviço Social da Indústria e pelo IEL – Instituto Euvaldo Lodi. Estruturas estas, voltadas ao desenvolvimento profissional e social dos trabalhadores, serviços, estudos, pesquisas e análises que promovem o crescimento, a qualidade e a competitividade da indústria brasileira. A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) administra o sistema regional do Senai, Sesi e IEL, dando apoio às atividades acima mencionadas. O Sinduscon-GO oferece às empresas do setor possibilidade de desenvolvimento de ações que facilitam a gestão empresarial, estando estruturado por diretorias para a prestação de uma série de serviços (as ações do Sindicato estão catalogadas no Manual de Produtos/Serviços do Sinduscon-GO).

OBSERVAÇÃO: Para mais informações sobre a Contribuição Confederativa Patronal, está à disposição o Departamento de Cadastro do Sinduscon-GO, telefones (62) 3095-5164 / (62) 3095-5182, e/ou e-mail suelen@sinduscongoias.com.br.

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Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção FEVEREIRO DE 2016 REVERSÃO NA CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DA CONSTRUÇÃO

GOIÁS ICEI - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

INDICADOR DE CONDIÇÕES

INDICADOR DE EXPECTATIVA

De forma contrária ao registrado em janeiro, FEV / 2015 45,8 28,3 54,2 quando de uma excelente expansão de 8,7 ponMAR / 2015 42,6 28,5 49,3 tos, o ICEI regrediu de forma acentuada em fevereiro. Queda de 5,2 pontos. Com este resultado ABR / 2015 48,1 34,6 55,8 o ICEI caiu de 48,8 para 43,6, ficando também MAI / 2015 42,0 28,9 48,6 abaixo do resultado de fevereiro de 2015, que foi JUN / 2015 42,5 28,9 49,3 de 45,8 pontos. JUL / 2015 44,3 27,5 52,2 O ICEI da indústria da construção vem apreAGO / 2015 41,7 25,8 49,6 sentando um comportamento diverso desde junho/2014, quando caiu de 53,1 pontos para 49,9, SET / 2015 40,5 26,2 47,4 ficando, desde então, abaixo do corte da pesquisa OUT / 2015 42,6 32,0 48,0 que é de 50 pontos. Destacando que valores aciNOV / 2015 43,5 35,3 47,6 ma do corte entendem-se por situação favorável DEZ / 2015 40,1 28,7 46,8 e abaixo, desfavorável. Assim, desde aquele mês, os empresários do segmento vêm sinalizando uma JAN / 2016 48,8 33,9 56,2 conjuntura política e econômica desconfortável e FEV / 2016 43,6 32,8 48,8 desfavorável aos seus negócios. O indicador de condições, aquele que revela OBS: OS INDICADORES VARIAM NO INTERVALO DE 0 A 100. VALORES ACIMA DE 50 INDICAM EMPRESÁRIOS CONFIANTES - FONTE: FIEG a percepção do empresário da atual situação em relação aos últimos seis meses, foi o que apresennâmica em 2016, conforme percepção dos empresários goianos. tou ao longo de 2015 o pior comportamento, tendo alcançado Acompanhando a tendência do mês, o indicador de expectativas em agosto/2015 a menor marca da pesquisa (25,8 pontos). Desde também regrediu em relação a janeiro, deixando para trás um crescimento de 9,4 pontos, registrado em janeiro, quando agora em fevereientão, o indicador de condições pouco avançou. Neste início de ro, teve uma queda de 7,4 pontos. Assim o indicador de expectativa, ano houve expansão em janeiro, em comparação com dezembro, que havia avançado em janeiro e ficado acima do corte da pesquisa e agora em fevereiro, a primeira queda do ano. Retração de 1,1 (50 pontos), regrediu de 56,2 para 48,8 pontos. Sendo esse resultado pontos e o índice foi para 32,8 pontos. A bem da verdade, em inferior ao registado em fevereiro do ano passado, que foi de 54,2 que pese o registro de queda neste ano, o resultado está melhor pontos. Tal comportamento chama a atenção para a apreensão vivida do que o registrado em fevereiro de 2015, que foi de 28,3 pontos. pelo empresário da construção em relação aos próximos seis meses. O que de certa forma, sinaliza a possibilidade de uma melhor di-

ICEI DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO BRASIL E GOIÁS

Nota Metodológica: o Índice de Confiança do Empresário Industrial elaborado pela FIEG tem como base os resultados da Sondagem Industrial, e varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Para outras informações encaminhar e-mail para claudiohenrique@sistemafieg.org.br. FIEG – Rua 200, Qd. 67-C, Lt. 1/5, nº 1.121, Ed. Pedro Alves de Oliveira, Setor Leste Vila Nova, Goiânia/GO - CEP 74645-230 | claudiohenrique@sistemafieg.org.br | (62) 3501-0027 | www.sistemafieg.org.br

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PADRÃO RESIDENCIAL

PROJETOS

ANO 2016

FEVEREIRO

0,142%

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

1.174,98

R-1

1.435,66

R-1

1.700,58

PP-4

1.034,61

PP-4

1.340,58

R-8

1.355,83

R-16

1.461,37

R-8

980,78

R-8

1.161,30

PIS

775,67

R-16

1.118,16

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.325,59

CAL-8

1.398,56

CSL-8

1.165,28

CSL-8

1.261,31

CSL-16

1.549,57

CSL-16

1.674,14

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.213,37

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

641,39

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.461,37

0,142

1,172

9,567

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

559,69

845,59

5,61

50,48

1.461,37

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,6200

SERVENTE

h

5,3626

ENGENHEIRO

h

57,460

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de FEVEREIRO DE 2016. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDICADORES ECONÔMICOS ÍNDICES ECONÔMICOS

VARIAÇÃO

MÊS

ANO

12 MESES

INCC (FGV) / FEVEREIRO

655,263

0,538

0,931

7,166

INPC (IBGE) / FEVEREIRO

4.750,45

0,950

2,474

11,078

IGP-M (FGV) / FEVEREIRO

632,114

1,291

2,442

12,076

INFORMAÇÕES: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: sebastiana@sinduscongoias.com.br (Comissão de Economia e Estatística)

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PROJETOS

ANO 2016

FEVEREIRO

0,127%

PADRÃO RESIDENCIAL

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

R-1

1.319,83

R-1

1.574,90

1.090,16

PP-4

963,48

PP-4

1.238,11

R-8

1.258,45

R-8

913,88

R-8

1.069,31

R-16

1.352,00

PIS

717,86

R-16

1.029,74

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS

DESONERADO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.223,09

CAL-8

1.295,08

CSL-8

1.072,69

CSL-8

1.166,10

CSL-16

1.426,26

CSL-16

1.547,28

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.103,20

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

589,89

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.352,00

0,127

1,001

8,880

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

559,69

736,22

5,61

50,48

1.352,00

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,6200

SERVENTE

h

5,3626

ENGENHEIRO

h

57,460

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de FEVEREIRO DE 2016 - DESONERADO. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”

NOTA TÉCNICA – tabela do CUB/m² desonerado Os valores do Custo Unitário Básico (CUB/m²) presentes nesta tabela foram calculados e divulgados para atender ao disposto no artigo 7º da Lei 12.546/11, alterado pela Lei 12.844/13 que trata, entre outros, da desoneração da folha de pagamentos na construção civil. Eles somente podem ser utilizados pelas empresas do setor da construção civil cuja atividade principal (assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada) esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0. Salienta-se que eles não se aplicam às empresas do setor da construção civil cuja atividade principal esteja enquadrada no grupo 411 da CNAE 2.0 (incorporação de empreendimentos imobiliários). A metodologia de cálculo do CUB/m² desonerado é a mesma do CUB/m² e obedece ao disposto na Lei 4.591/64 e na ABNT NBR 12721:2006. A diferença diz respeito apenas ao percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. O cálculo do CUB/m² desonerado não considera a incidência dos 20% referentes à previdência social, assim como as suas reincidências. Qualquer dúvida sobre o cálculo deste CUB/m² deve ser consultada junto ao Sinduscon-GO, com Sebastiana Santos, telefone (62) 3095-5162 (sebastiana@sinduscongoias.com.br).

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AGENDA DE EVENTOS

ABRIL, MAIO E JUNHO

EVENTO

DATA HORÁRIO

LOCAL

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES

Introdução ao BIM

07, 08 e 09/04

09h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5181 luciana@sinduscongoias.com.br

Workshop E-Social

13/04

09h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5170 paula@sinduscongoias.com.br

Feicon Batimat – Salão Internacional da Construção

12 a 16/04

11h às 20h (12 a 15/04) 09h às 17h (16/04)

Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo/SP)

(11) 3060-4717 atendimento@reedalcantara.com.br http://www.feicon.com.br/Contato/Credenciamento-de-Visitantes/

ConstruBR 2016

14 e 15/04

09h às 18h (14/04) 08h as 18 (15/04)

Hotel Holiday Expo Center Anhembi (São Paulo/SP)

(11) 3334-5600 eventos@sindusconsp.com.br http://www.sindusconsp.com.br/acontece/construbr-2016/

Gestão de SST na Indústria da Construção Pesada

19/04

14h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5185 elis@sinduscongoias.com.br

Curso “Como Prevenir Problemas Ambientais?”

04/05

08h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5189 fernanda@sinduscongoias.com.br

NR-12 – Segurança em Máquinas e Equipamentos

10/05

09h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5185 elis@sinduscongoias.com.br

19 a 22/05

15h às 21h30 (19 a 21/05) 10h às 20h (22/05)

Parque Vila Germânica – Proeb (Fundação Promotora de Exposições de Blumenau/SC)

(47) 3336-3314 contato@viaapiaeventos.com.br info@viaapiaeventos.com.br www.viaapiaeventos.com.br/feirafabricon

01 a 04/06

10h às 20h (01 a 03/06) 10h às 18h (04/06)

Estação Atibaia

(11) 4411-3988 / (11) 4411-4421 contato@feconati.com.br http://www.feconati.com.br/

Fabricon 2016 – Feira Brasileira de Fabricantes da Construção Civil Fenahabit – Feira Nacional das Tecnologias da Habitação e Imobiliário Feconati – Feira da Construção Sustentável

Feira Congresso de Construção Sustentável

02 e 03/06

A partir das 13h

Como se tornar um Leed AP BD+C (Building Design + Construction)

03 e 04/06

08h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5189 fernanda@sinduscongoias.com.br

Curso Galpão com Ponte Rolante – Cálculo Completo

Início em 04/04

Aula ao vivo em 02/05 e 06/06 às 19h (horário de Brasília)

Cursos On Line

(11) 3522-7694 / contato@engeduca.com.br http://www.cursos.engeduca.com.br/ cursos/galpao-com-ponte-rolante

ENDEREÇOS: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO. Pavilhão de Exposições do Anhembi: Av. Olavo Fontoura, nº 1.209, Santana, São Paulo-SP. Hotel Holiday Inn Parque Anhembi: Rua Professor Milton Rodriguez, nº 100, Sala Jequitibá Branco, Anhembi, São Paulo-SP. Parque Vila Germânica (Proeb): Rua Alberto Stein, nº 199, Bairro da Velha, Blumenau-SC. Estação Atibaia: Av. Jerônimo de Camargo, nº 6.308, Caetetuba, Atibaia-SP.

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ABRIL 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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E

U RECOMENDO

A RESPONSABILIDADE SOCIAL DE UM

FRANCISCO ANTÔNIO SILVA DE ALMEIDA

LÍDER CLASSISTA

FRANCISCO ALMEIDA ENTRE OS FUNCIONÁRIOS ROGER E JOSIE, DURANTE A CAMPANHA DE 2016

Durante minha carreira profissional, sempre me dediquei às atividades classistas. Antes de assumir a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) pela terceira vez, fui conselheiro por dois mandatos; vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros; presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Goiás; e diretor geral da Mútua-GO. Exercendo esses cargos, compreendi a responsabilidade que temos, enquanto líderes, não só em relação àqueles que representamos, mas à comunidade em geral. Fazemos parte de uma elite pensante que deve, sempre que possível, participar efetivamente da vida em sociedade e ser exemplo, lutando pelo bem-estar social em todas as esferas que estiverem ao nosso alcance – o que é, acredite, bastante amplo. Foi pensando nisso que, à frente do Crea-GO,

me comprometi na realização de campanhas que objetivam um bem comum para a nossa sociedade, para além das atividades ligadas à Engenharia. Em 2 de fevereiro deste ano, o Crea-GO realizou a campanha “Doe sangue: renove a vida”, em parceria com o Hemocentro. Durante todo o dia, uma equipe especializada coletou 42 bolsas de sangue na unidade móvel do Hemocentro. Na ação anterior, chamada “Doação de sangue: esse ato vem do coração”, também realizada em parceria com o Hemocentro, em maio de 2015, 45 bolsas de sangue foram arrecadadas. Em vista do grande alcance das campanhas, que conseguiram atrair 60 possíveis doadores em 2015 e 85 neste ano – nem todos estavam aptos a doar –, o Hemocentro propôs ao Crea-GO nova parceria, desta vez em relação à doação de medula óssea. O Conselho desenvolverá, ainda neste ano, uma ação de conscientização de seus colaboradores e profissionais registrados de maneira a sensibilizá-los a se cadastrarem no Registro Nacional de Medula Óssea (Redome), que tanto precisa de voluntários. Ainda nesse sentido, desenvolvemos, com diversos parceiros, a campanha “Aliste-se! Engenharia declara guerra ao Aedes aegypti”, que visa conscientizar os nossos profissionais para que nos auxiliem no combate ao mosquito transmissor de tantas doenças preocupantes, como a dengue, chicungunya e a zika, que atingem nosso estado e todo o Brasil. Todos nós temos o compromisso, como seres humanos, de agir em favor do próximo. Como líderes classistas, temos meios de realizar essas ações. Então, eu recomendo a todos que se conscientizem e se comprometam a agir, como realizadores ou mesmo apoiadores, nas lutas diárias da nossa sociedade e pelo bem-estar do próximo, afinal, fazer o bem, de fato, faz muito bem. FRANCISCO ANTÔNIO SILVA DE ALMEIDA, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO)

Sinduscon-GO: NOVOS ASSOCIADOS

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CONSÓRCIO GARAVELO

CONSÓRCIO BRT APARECIDA DE GOIÂNIA

A empresa foi fundada em 02/06/2014 e tem como diretor Henrique Noronha Borges. O Consórcio Garavelo possui como atividade principal a realização de serviços de preparação de terreno. Sua sede está instalada na Avenida Contorno, n° 535, Quadra 101, Lote 05, Centro, em Goiânia (GO).

A empresa foi fundada em 05/10/2015 pelo diretor Henrique Noronha Borges. O Consórcio BRT Aparecida de Goiânia atua no ramo de obras de urbanização (ruas, praças e calçadas). Sua sede está instalada na Rua 23, nº 396, Jardim Goiás, em Goiânia (GO).

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