Revista Construir Mais - Agosto de 2016

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CUB JUNHO

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REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO VI, Nº 69 AGOSTO/2016

ENTREVISTA COM O CONSULTOR EM GESTÃO PÚBLICA E SUSTENTABILIDADE E EX-PREFEITO DE MARINGÁ, SILVIO BARROS Pág. 6



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DITORIAL

O FUTURO de Goiânia está em nossas mãos

O projeto de elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Goiânia da 45ª posição para a 10ª em 2033 − ano em que a Capital completará 100 anos − é uma das diretrizes do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), fruto da iniciativa do Sinduscon-GO que trouxe para Goiânia o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, uma ação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que visa mobilizar a sociedade civil para ser protagonista na gestão das cidades, desenvolvendo soluções para a sustentabilidade urbana. Instalado em 2015, a principal função do Codese é planejar, formular e fazer executar as políticas de desenvolvimento econômico da cidade. Em pouco mais de um ano, conseguimos estruturá-lo em 11 Câmaras Técnicas com atuação nas áreas de Desenvolvimento Urbano, Goiânia Social, Negócios Agropecuários, Segurança, Logística e Distribuição, Melhoria da Gestão Pública, Polo Educacional, Polo Tecnológico, Saúde, Turismo de Negócios e Vestuário e Moda. Para tanto, contamos com o real envolvimento de representantes de inúmeras entidades parceiras, que se dedicaram com afinco na construção de diretrizes e macro projetos alinhados com a vocação econômica da cidade. Outra importante ação do Conselho foi a de estruturar o documento “Goiânia 2033 – O Centenário”, no qual constam estudos elaborados pelos mais renomados especialistas nas áreas econômica, urbanística, gestão pública e desenvolvimento humano. O trabalho foi entregue aos principais candidatos ao pleito de 2016 ao cargo de prefeito de Goiânia, como ferramenta essencial à construção de seus respectivos planos de governo. Pela primeira vez na história da Capital, a sociedade

civil se reúne em torno de uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, sem finalidade política, partidária ou religiosa, tendo como finalidade discutir soluções estratégicas em desenvolvimento econômico sustentável, que resulte em melhorar as condições de renda e de vida da população do município de Goiânia. Isso é fantástico, especialmente em razão dos tempos em que estamos vivendo, quando assistimos a Presidência da República de nosso País sofrer o processo de impeachment, tendo como um dos motivos a notória falta de rigor no planejamento de suas ações e o pouco diálogo com as principais entidades representativas da nossa sociedade. Por tudo isso, esta edição da Construir Mais dedica em sua matéria de capa nove páginas com reportagem especial sobre o Codese. Sugerimos ao leitor que leia atentamente todo o conteúdo da revista, que também traz em outras editorias rico conteúdo, como o ponto de vista do procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira, sobre a importância do Codese. Por fim e para não cometer a injustiça de esquecer de mencionar nomes de entidades e de pessoas que se dedicaram de corpo e alma para que o Codese se transformasse no organismo que nos enche de orgulho e esperança, registramos na pessoa do engenheiro Renato de Sousa Correia, presidente da Ademi-GO e do Codese, o nosso muito obrigado por promover esta verdadeira revolução voltada à integração de todos aqueles que são apaixonados por Goiânia e que jamais tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência como esta em nossa cidade. Boa leitura! CARLOS ALBERTO DE PAULA MOURA JÚNIOR Presidente do Sinduscon-GO

DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDUSCON-GO (2013/2016) PRESIDENTE: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 1º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - 2º Vice-Presidente: Guilherme Pinheiro de Lima - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho Diretor Administrativo Adjunto: Luís Alberto Pereira - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Financeiro e Patrimonial Adjunto: Ricardo Silva Reis - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor da Comissão de Economia e Estatística Adjunto: Maurício Figueiredo Menezes - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária Adjunto: Eduardo Bilemjian Neto - Diretor da Comissão de Habitação: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor da Comissão de Habitação Adjunto: Cláudio Jesus Barbosa de Sousa - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Renato de Sousa Correia - Diretor de Materiais e Tecnologias: Sarkis Nabi Curi - Diretor de Materiais e Tecnologias Adjunto: Pedro Henrique Borela - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: João Geraldo Souza Maia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas Adjunto: Humberto Vasconcellos França - Diretora de Qualidade e Produtividade: Patrícia Garrote Carvalho - Diretora de Qualidade e Produtividade Adjunta: Aloma Cristina Schmaltz Rocha - Diretor de Construção Pesada: Sérgio Murilo Leandro Costa - Diretor de Construção Pesada Adjunto: Jadir Matsui - Diretor de Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor da Construção Metálica Adjunto: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora de Assuntos Jurídicos Adjunta: Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Yuri Vaz de Paula - Diretor da Comissão de Saúde: Jorge Tadeu Abrão - Diretor da Comissão de Saúde Adjunto: Célio Eustáquio de Moura - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural: Gustavo Veras Pinto Cordeiro - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural Adjunto: Nelson Siqueira Neto - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro - Diretor Social e de Comunicação Adjunto: Ulisses Alcoforado Maranhão Sá - CONSELHO CONSULTIVO: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan de Alvarenga Menezes, José Augusto Florenzano, José Carlos Gilberti - SUPLENTES: Bruno de Alvarenga Menezes, Marco Antônio de Castro Miranda,André Luiz Baptista Lins Rocha - CONSELHO FISCAL: Célio Eustáquio de Moura, Guilherme Pinheiro de Lima, Carlos Henrique Rosa Gilberti - SUPLENTES: Paulo Silas Ferreira, Ricardo de Sousa Correia, Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro - REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, Roberto Elias de Lima Fernandes - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Guilherme Pinheiro de Lima.

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S UMÁRIO

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Espaço CBIC “Planejamento estratégico com a comunidade no comando” é o assunto

12 MATÉRIA DE CAPA

abordado nesta edição pelo presidente

Goiânia 100 anos Codese cumpre importante etapa de trabalho e finaliza o documento “Goiânia 2033: O Centenário”

da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

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Entrevista Envolver as cidades da Região Metropolitana e comprometer os candidatos a prefeito Codese. Confira a entrevista com Silvio

o recolhimento da Contribuição Assistencial

Barros, ex-prefeito de Maringá e consultor

Patronal 2016 (Taxa de Convenção).

RH & Você

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para o bem estar é o tema abordado pela consultora na área de Gestão de Pessoas e

Indicadores Econômicos Confira o valor do Custo Unitário Básico (CUB)

Sustentabilidade nas organizações: educando

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Contribuição Assistencial Patronal 2016 Dia 31 de agosto encerra-se o prazo para

em Gestão Pública e Sustentabilidade.

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e vereadores determinará o sucesso do

referente ao mês de junho/2016.

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Eu Recomendo

Carreira, Formação Humana, Comunicação

O procurador-geral de Justiça de Goiás,

e Criatividade, Carmen Silvia Neves Carvalho.

Lauro Machado Nogueira, sugere à população goianiense que conheça as ações do Codese – um

Registro de Eventos

exemplo de mobilização da sociedade civil organizada.

Acompanhe o registro dos principais eventos realizados pelo Sinduscon-GO.

REVISTA CONSTRUIR MAIS - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) Sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 30955155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior | Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro | Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Joelma Pinheiro (joelma@sinduscongoias.com. br) e Valdevane Rosa (valdevane@sinduscongoias.com.br) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Silvio Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - Telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | Tiragem: 6.000 exemplares. Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Consciente das questões ambientais e sociais, o Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão dos seus materiais.

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Para informações entre em contato com o Departamento Comercial do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5168, e-mail comercial@sinduscongoias.com.br.


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S PA Ç O C B I C

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO com a comunidade no comando O Brasil avança em um ciclo de maior mobilização da sociedade, dentro de um processo de conscientização e posicionamento em torno da agenda do país. O cidadão brasileiro, tradicionalmente apontado como cordial e pouco interessado na política e na economia, demonstra hoje estar atento ao que acontece no país, tem posição clara sobre os diversos temas, adere a campanhas e, principalmente, exerce com mais vigor a fiscalização do serviço público. Esse movimento é mais nítido nas cidades, onde a vida se desenrola na rotina diária e tanto os avanços quanto as mazelas ficam mais evidentes. A cidade é o palco primário da cidadania e, para que esse espaço responda às expectativas, seu desenvolvimento deve ser pensado e planejado pela ótica do cidadão. Essa é a premissa que gerou o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) criou em 2014 e vem disseminando Brasil afora, em correalização com o Sesi Nacional e parceria com seus associados nos Estados. Com esse projeto, trabalhamos para que as cidades brasileiras definam um novo modelo de gestão urbana que lhes confira identidade e vocação, em um processo que mantenha o cidadão como indutor e protagonista das mudanças. Esse projeto tem como característica mais importante a participação voluntária do cidadão que tenha interesse na gestão da sua cidade e disposição para participar do planejamento do futuro. Mais que planejar, o trabalho envolve formar alianças, aproximando a sociedade e o poder público. De 2014 para cá, “O Futuro da Minha Cidade” foi apresentado em diversas cidades como Joinville (SC), Cascavel (PR), São Gonçalo do Amarante (CE), Aparecida de Goiânia (GO), Goiânia (GO), Teresina (PI), Porto Velho (RO), Uberlândia (MG) e Volta Redonda (RJ). São experiências exitosas, que têm registrado avanços importantes na mobilização das comunidades e na formação dos seus Conselhos de Desenvolvimento Econômico. Em Goiás, por exemplo, foi grande o impacto da criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), que já identificou o conjunto de ações com que a população espera transformar a capital e sua região metropolitana numa cidade melhor em um horizonte de 17 anos. O trabalho inclui a definição de diretrizes e indicadores para os eixos de desenvolvimento escolhidos pelo Codese, ancorando projetos

“ O CIDADÃO BRASILEIRO,

TRADICIONALMENTE APONTADO COMO CORDIAL E POUCO INTERESSADO NA POLÍTICA E NA ECONOMIA, DEMONSTRA HOJE ESTAR ATENTO AO QUE ACONTECE NO PAÍS”

vinculados à diversas áreas técnicas. Além disso, estão sendo definidos mecanismos de controle social e fiscalização para garantir que o plano estratégico criado pela comunidade não se perca na burocracia do serviço público. Esse é um dos exemplos de como “O Futuro da Minha Cidade” pode fazer a diferença, agregando o cidadão em torno dos mais elevados interesses da comunidade e induzindo o poder público a prestar serviços de melhor qualidade. Esse é um movimento importante para a indústria da construção, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento pleno das cidades brasileiras e compartilhar com a população as ferramentas e soluções que favoreçam a construção de cidades mais amigáveis, seguras e vocacionadas para o crescimento. Neste semestre abriremos um novo ciclo de implantação desse projeto, visitando mais cidades e abrindo diálogo com os futuros candidatos a prefeito. O crescimento do Brasil será alavancado pelo crescimento das cidades e nós daremos a nossa contribuição. JOSÉ CARLOS MARTINS, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

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N T R E V I S TA

SILVIO BARROS

ENVOLVER AS CIDADES

da Região Metropolitana e comprometer os candidatos a prefeito e vereadores determinará o sucesso do Codese Engenheiro civil com especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental, Silvio Barros trabalhou 15 anos na Amazônia no desenvolvimento de destinos e produtos de turismo sustentável. Foi secretário de estado no Amazonas e no Paraná, além de ser secretário nacional em Brasília na área de Turismo. De 2005 a 2012 foi prefeito de Maringá e, posteriormente, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Paraná. Atua como consultor em Gestão Pública e na área de Sustentabilidade. Confira, a seguir, a entrevista exclusiva que ele concedeu para a revista Construir Mais. A SUA GESTÃO COMO PREFEITO EM MARINGÁ (PR), POR DOIS MANDATOS, É CONSIDERADA EXITOSA EM RAZÃO DO ENVOLVIMENTO QUE OCORREU ENTRE O PODER PÚBLICO E A SOCIEDADE ORGANIZADA NA BUSCA POR SOLUÇÕES COMPARTILHADAS NA GESTÃO MUNICIPAL. POR QUE ESTA EXPERIÊNCIA AINDA É TÃO PONTUAL NA GESTÃO DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS? Compartilhar poder ainda é um tabu a ser vencido pela maioria dos políticos, particularmente os gestores públicos. Empoderamento da sociedade é considerado algo perigoso no ambiente político. Creio que esse é o principal motivo de não se proliferarem mais parcerias como a de Maringá, mas o outro grande problema é a dificuldade da sociedade civil organizada superar suas diferenças internas, se unir e assumir o papel que lhe cabe no processo da democracia participativa. Para que isso

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aconteça é necessário um certo nível de maturidade social e política que ainda é rara na nossa cultura. QUE ASPECTOS O SENHOR APONTA COMO POSITIVOS E NEGATIVOS NESTA FORMA DE GERIR O MUNICÍPIO? Acho que tem muito mais positivos do que negativos. Saber para onde estamos indo e saber que este é o desejo expresso pela sociedade, estudado, identificado, diagnosticado pelas principais lideranças e assessorado por profissionais competentes deveria dar total segurança a qualquer gestor público. A margem de erro fica muito reduzida. Infelizmente é complicado para ambas as partes promover uma real e sincera descontaminação político-eleitoral do processo e sem isso os aspectos negativos podem se avolumar e até inviabilizar o relacionamento. COMO SE DEU A PARCERIA COM A CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC) NA ESTRUTURAÇÃO DO PROJETO “O FUTURO DA MINHA CIDADE”? A CBIC realizou uma reunião da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) em Maringá onde teve a oportunidade de conhecer de perto não apenas o modelo de parceria, mas principalmente ver os resultados na prática na cidade, daí nasceu o interesse de estudar melhor o assunto e propor um desafio para os Sinduscons no ano eleitoral que se aproximava. Foi assim que nasceu “O Futuro da Minha Cidade”.


SILVIO BARROS, EX-PREFEITO DE MARINGÁ, CONSULTOR EM GESTÃO PÚBLICA E NA ÁREA DE SUSTENTABILIDADE

Estou confiante que vai dar bons resultados, vai consolidar as conquistas do centenário da cidade e ainda vai servir de elemento demonstrativo para outras capitais brasileiras de que onde tem gente apaixonada pela sua cidade, a transformação é possível. DO SEU PONTO DE VISTA, O CODESE ESTÁ NO CAMINHO CERTO? Sim, está no caminho certo, mas como em qualquer voo, é preciso fazer sempre correções de rumo conforme vai encontrando nuvens, ventos ou tempestades pela frente. Não será fácil, mas uma boa briga sempre valoriza a vitória. DENTRO DA SUA CONSULTORIA AO CODESE, QUE ASPECTOS O SENHOR APONTA COMO MAIS URGENTES VISANDO APRIMORAR A GESTÃO DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA? Acho que o desafio de envolver as outras cidades da Região Metropolitana será dos mais complexos e precisa ser acionado logo. Conquistar a simpatia e o comprometimento dos candidatos a prefeito e vereadores é outra tarefa estratégica e determinante para o sucesso do Codese.

QUE RESULTADOS A ENTIDADE JÁ ALCANÇOU NACIONALMENTE COM ESTE PROJETO? ONDE ELE JÁ FOI INSTITUÍDO? Plantou sementes em vários lugares. Estas sementes de entender e acreditar que a sociedade organizada pode e deve se posicionar claramente como protagonista e não refém das mudanças que certamente irão acontecer no cenário urbano brasileiro, irão frutificar com maior ou menor velocidade dependendo do solo onde forem germinadas. Já estamos colhendo resultados em alguns lugares como Goiânia por exemplo. Independente de colher ou não resultados, a verdade é que se hoje tem gente desfrutando da sombra, é porque em algum lugar do passado, alguém resolveu plantar uma árvore. EM GOIÁS, ELE CULMINOU NA CRIAÇÃO DO CODESE – CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SUSTENTÁVEL E ESTRATÉGICO DE GOIÂNIA. QUAL É A SUA PERCEPÇÃO INICIAL SOBRE O CODESE?

ESTE ANO, OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS ELEGERÃO SEUS PREFEITOS E VEREADORES. DIANTE DA ATUAL CRISE ECONÔMICA QUE ESTAMOS PASSANDO NO PAÍS, QUE PRIORIDADES NA GESTÃO DOS MUNICÍPIOS O SENHOR SUGERIRIA AOS PREFEITOS ELEITOS, CONSIDERANDO QUE A MAIORIA DAS CIDADES PASSA POR DIFICULDADES ECONÔMICAS? Olhar para frente. Aproveitar a necessidade de ajustes em função da crise e tomar medidas importantes de impacto futuro que assegurem a governabilidade e a possibilidade de realizar os investimentos estratégicos para o desenvolvimento social e econômico de Goiânia. Por exemplo, aposentadoria complementar dos servidores municipais a serem concursados daqui para frente será fundamental caso ainda não tenha sido implementada. Isso vai estancar o rombo previdenciário que cada vez mais vai drenar a capacidade de investimento do orçamento municipal.

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S PA Ç O J U R Í D I C O

LEGISLAÇÃO

e o planejamento urbanístico de Goiânia A legislação pode contribuir com um bom planejamento de uma cidade ou região. Nos próximos anos, ao menos duas leis muito importantes para o futuro de Goiânia serão elaboradas. Refiro-me à revisão do Plano Diretor de Goiânia e ao Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia. O plano diretor é uma lei obrigatória para municípios com mais de 20 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, que traça as diretrizes da política de desenvolvimento e de expansão da cidade. É, portanto, instrumento legal de planejamento urbano. É o plano diretor que indica a região passível de parcelamento ou edificação, onde o direito de construir pode ser exercido acima do coeficiente mínimo; as áreas em que podem haver operações urbanas consorciadas; dentre outras coisas. A legislação federal determina que a lei do plano diretor seja revista, no mínimo, a cada dez anos. Assim, em 2017, Goiânia terá, obrigatoriamente, que revisar seu plano diretor. Será uma oportunidade de avaliar o que deu certo, o que foi ou não implantado, o que precisa ser alterado, etc. Em suma, um momento de colocar o tema “planejamento urbano da cidade” na mesa de debate. Outra oportunidade legislativa para o planejamento urbano decorre do Estatuto da Metrópole, lei federal que visa contribuir com o desenvolvimento sustentável de regiões metropolitanas, partindo da premissa de que, na maioria dos casos, o planejamento isolado de uma cidade é insuficiente. Pois, normalmente, esta está interligada com outras. O Estatuto da Metrópole determina que os estados devam aprovar, até 2018, lei estatual regulamentando um plano de desenvolvimento urbano integrado das regiões metropolitanas, sob pena de improbidade administrativa de seus governadores. Referido plano deverá conter diretrizes para as funções públicas de interesse comum e para a articulação dos municípios no parcelamento, uso e ocupação do solo urbano; o macrozoneamento da unidade territorial urbana; delimitação das áreas com restrições à urbanização; bem como o sistema de acompanhamento e controle de suas normas. 8

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“ EM 2017, GOIÂNIA TERÁ, OBRIGATORIAMENTE, QUE REVISAR SEU PLANO DIRETOR. SERÁ UMA OPORTUNIDADE DE AVALIAR O QUE DEU CERTO, O QUE FOI OU NÃO IMPLANTADO, O QUE PRECISA SER ALTERADO, ETC. EM SUMA, UM MOMENTO DE COLOCAR O TEMA ‘PLANEJAMENTO URBANO DA CIDADE’ NA MESA DE DEBATE”

Não basta a existência de boas leis para se efetivar um crescimento ordenado das cidades. As leis devem ser cumpridas e as cidades devem ser geridas de forma eficiente. No entanto, sem boas leis de planejamento, dificilmente teremos uma boa gestão. Trabalhemos nas duas oportunidades citadas, bem como cobremos uma administração planejada, eficaz e republicana. ARTHUR RIOS JÚNIOR é advogado imobiliário e da construção


RH

& VOCÊ

SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES: educando para o bem estar Sustentabilidade tem sido assunto recorrente em discussões teóricas e sociais, dentro e fora das organizações. Todavia, esta reflexão tem o desejo de inquietar a respeito das práticas possíveis de implantação em uma empresa com cultura sustentável. Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim “sustentare”, que significa sustentar, apoiar CARMEN SILVIA e conservar. Uma organização com sustentabilidade deve sustentar uma cultura de transparência, conscientização e bem estar, apoiar práticas de preservação, reciclagem e recriação de modelos e atitudes, além de conservar os recursos naturais, humanos e sociais desenvolvidos. O conceito de sustentabilidade está originalmente associado ao termo “desenvolvimento sustentável”, compreendido como aquele que se preocupa e mobiliza esforços para atender as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas necessidades. A cultura da sustentabilidade exige uma relação saudável com o ambiente em sua totalidade. Uma organização é sustentável quando valoriza seus colaboradores, quando apresenta, de modo claro, seus valores e propósitos e quando traz em seu DNA a concepção transformadora da conscientização em prol do ambiente, compreendendo-o como tudo e todos que nos circundam e participam de nossa existência: as pessoas, as regras, os comportamentos e atitudes. Assim, não há como construir nessa perspectiva uma estratégia de gestão eficaz sem desenvolver com os colaboradores a educação para o bem estar. “Numa sociedade sustentável, o progresso é medido pela qualidade de vida (saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente limpo, espírito comunitário e lazer criativo) ao invés de puro consumo material” (FERREIRA, 2005). Pensando nessa ótica, algumas dicas para uma organização sustentável com ênfase no bem estar envolvem: • Comunicação clara e transparente entre todos os subsistemas da organização; • Desenvolvimento de ações que valorizem o DNA da empresa, ou seja, sua cultura organizacional; • Validação dos colaboradores e comemoração de ações bem sucedidas; • Socialização entre os departamentos de práticas sustentáveis por meio de fóruns semanais ou quinzenais; • Utilização da intranet, dos murais e estratégias de endo-

marketing para construção e fortalecimento do ideário de sustentabilidade; • Práticas que promovam o bem estar dos clientes internos e externos; • Atividades que inovem o cotidiano organizacional como recitais, jograis e incentivos internos para construção de instrumentos que divulguem o ethos da sustentabilidade entre os clientes internos e externos; • Ações de preservação ambiental: uso de canecas ao invés de descartáveis; reciclagem de lixo, reaproveitamento de papel, uso consciente dos recursos tecnológicos, da energia e da água, desligar equipamentos da tomada quando sem uso, reaproveitamento de alimentos como cascas e sementes, etc; • Práticas sociais como adoção de uma casa de idosos, creche ou hospital com necessidades; • Uso da tecnologia para preservação dos recursos naturais: energia solar, coleta de água da chuva para utilização em serviços de limpeza, etc; • Treinamento e desenvolvimento para fortalecimento desta nova concepção e geração de novos modelos mentais e, consequentemente, de novas atitudes; • Ações que valorizem o bem estar físico, mental, emocional e social de todos os envolvidos na organização. Talvez a dica mais valiosa seja a de buscar a grandeza das organizações, compreendendo que um relacionamento saudável, baseado na confiança e na transparência é eixo fundamental para uma gestão sustentável. Valorize seus colaboradores, valorize as oportunidades de crescimento, dê oportunidade de trocas entre departamentos, trabalhe diariamente a construção de uma cultura sustentável e valide as ações positivas. Uma gestão de alta performance só será possível a partir do desenvolvimento e do empoderamento dos colaboradores em uma cultura sustentável. Não resolverá ter coleta seletiva de lixo quando os lixos emocionais e atitudinais continuarem reverberando entre os comportamentos institucionais. Para ser sustentável é preciso gerar bem estar, para mim e para o outro, em uma amplitude social e planetária. Mãos à obra, pois somos todos interligados! CARMEN SILVIA NEVES CARVALHO, mestranda em Educação, Linguagem e Tecnologias (UEG). Pós-graduada em Docência Universitária. Especialista em Educação a Distância. Coach. Membro de Equipe de Constelações Sistêmicas e Organizacionais. Trabalho com equipes, atendimento a públicos variados e formação humana. Consultora e palestrante na área de Gestão de Pessoas e Carreira, Formação Humana, Comunicação e Criatividade

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INDUSCON JOVEM

Novos líderes opinam sobre a

IMPORTÂNCIA DO CODESE Atuando desde outubro de 2014 com a missão de “promover um ambiente de relacionamento, desenvolvimento e integração dos jovens profissionais da construção, buscando melhorias tecnológicas e inovadoras, e a representatividade dos interesses da classe”, o Sinduscon Jovem – formado por novos líderes empresariais integrados ao Sinduscon-GO – está desenvolvendo ações relevantes nas áreas de Responsabilidade Social, Tecnologia e Urbanismo. Seus integrantes foram convidados a manifestar sobre o entendimento acerca da importância do Codese. Confira a seguir a opinião de alguns dos membros do Sinduscon Jovem. “O primeiro passo para se obter êxito na execução de um projeto é investir em um bom planejamento. Vejo no Codese a oportunidade de planejar da melhor forma e sob diversos olhares a cidade onde queremos viver daqui a alguns anos. E temos além da oportunidade de pensar agora tomando as melhores decisões, a certeza de que reconheceremos isso no futuro”. Maressa Almeida “Uma cidade não pode ser gerida somente por vontades individuais e/ou partidárias, conforme ocorre nos dias de hoje. A gestão pública da forma que está não proporcionará o desenvolvimento necessário para nossas cidades. O planejamento de ações a serem tomadas pelos gestores públicos deve ser discutido com a sociedade para trazer benefícios concretos para as cidades a longo prazo. O Codese trouxe o diálogo entre a sociedade e os futuros gestores públicos, e esta ferramenta organizacional proporcionará o desenvolvimento econômico e urbanístico adequado para nossa cidade”. Pedro Paulo Borela “O Estado de Goiás nos últimos anos vem se mostrando como um vetor de crescimento para o Brasil que sonhamos, com excelente localização e potencial produtivo. Goiânia, sua Capital, protagoniza esse potencial de desenvolvimento, e urgentemente precisa de se reorganizar para carregar essa responsabilidade de maneira eficiente. Vejo que o Codese, com o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, nasceu com este intuito, dar o rumo que Goiânia precisa para ter um bom desenvolvimento econômico, estratégico e sustentável a fim de que a Capital, mais ainda, possa protagonizar com excelência esta nova era do desenvolvimento. Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá, cidade exemplo de sucesso para o Codese, disse que para que um projeto como este dê certo, as pessoas envolvidas precisam ser apaixonadas pela cidade, o que confirma que nós estamos no caminho certo”. Diogo Lopes Maldi “O Codese une diversas entidades que, de forma apartidária, buscam soluções amplas e efetivas para o futuro que queremos para nossa cidade. Este movimento civil visa o desenvolvimento econômico planejado e sustentável e nossas 10

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lideranças políticas passam a contar com uma importante ferramenta para alcançar as metas tantas vezes mencionadas em suas campanhas eleitorais. É a participação social na gestão de Goiânia”. Marina Macedo de Moura “Existe uma grande incógnita sobre o futuro das cidades. O processo de urbanização crescente, desordenado e defeituoso ao atendimento direto à população, principalmente em áreas mais carentes, deixa muitas dúvidas sobre o desenvolvimento social voltado a qualidade de vida dos cidadãos, desta forma entendemos a substancial importância do Codese com a tarefa de encontrar soluções mediatas e imediatas para o mal-estar urbano, assim planificando e planejando ações a procura de uma melhor condição urbanística”. Carlos Mendez “O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) será um grande norteador para o desenvolvimento progressivo da cidade de Goiânia, sobretudo para conduzir a efetivação do potencial econômico e urbanístico, dialogando com as questões de infraestrutura, meio ambiente, educação, saúde, gestão pública, segurança e turismo. Desse modo proporcionará qualidade de vida aos seus habitantes e as futuras gerações”. Guilherme Mota “O Codese será a receita de mudanças que nossos governantes poderão seguir para proporcionar um futuro mais próspero para Goiânia. As mudanças serão construídas visando atender as futuras gerações que chegam para habitar a cidade. Porém, a velocidade em que essas mudanças são demandadas equivale à velocidade das transformações da era da informação em que vivemos. Por esse motivo, nós jovens empreendedores devemos estar preparados desde cedo para atender aquilo que nos será cobrado pela sociedade no futuro”. Romeu da S. Neiva Neto “Goiânia embarca em uma nova era com o Codese, onde a sociedade civil organizada norteará as políticas públicas. Assim, no futuro, teremos um passado que fez a diferença”. Mateus Japiassu “Ao longo do tempo, sempre foi comum vermos nossos representantes políticos tomando decisões que visavam o curto prazo e que, em muitos casos, o objetivo era uma busca pela reeleição ou a promoção de um ou outro candidato nas próximas disputas. Essa realidade não é benéfica para a população e faz com que os problemas complexos de uma grande cidade se perpetuem sem que sejam enfrentados. A situação atual do Município mostra a existência de problemas graves, como trânsito caótico, transporte público precário, falta de recursos para investimentos e manutenção de serviços públicos, além de administração pública inchada e burocrática. Atualmente com 82 anos, é notável que as longas dificuldades de Goiâ-


nia não podem ser solucionadas em apenas quatro anos, mas exigem um planejamento e uma execução eficientes de um projeto correto, em busca de superação a longo prazo. Neste sentido, o Codese é o passo inicial, que propõe a elaboração deste projeto, visando que os gestores que virão tenham algo que os guie e possam governar voltados para o futuro. Pautado na multidisciplinariedade, o projeto do Codese busca o desenvolvimento das áreas econômica, social, gestão pública e urbanística, de forma que Goiânia tenha grandes progressos a serem comemorados no seu centésimo aniversário. Havendo a devida continuidade, independente dos gestores ou dos partidos que venham a governar, o Codese poderá se tornar um exemplo a ser seguido por todo o Brasil como um modelo de diálogo bem sucedido entre a sociedade civil organizada e os governantes em prol de melhorias para a população”. Raphael Laperche “O Codese representa a soma de esforços de diversas entidades sociais e empresariais para garantir um desenvolvimento ordenado e sustentável da nossa Capital nos próximos anos”. Bruno Belém

I

“Vejo a falta de planejamento a longo prazo como um dos maiores desafios do futuro dirigente de Goiânia. Não se resolve os problemas de um município em uma ou duas gestões. Infelizmente, vivemos uma política onde o que foi iniciado pelo gestor anterior é ignorado. O Codese vem para que deixemos de lado disputas políticas e passemos a pensar na evolução de nossa cidade, entregando à população uma função que nunca deveria ter se perdido, a de cobrar e fiscalizar os seus gestores para que resolvam problemas que se arrastam por anos que envolvem mobilidade urbana, infraestrutura, saúde pública entre muitos outros. Goiânia tem que estar preparada para se beneficiar da sua localização geográfica e atrair para si tudo o que tem potencial para desenvolver e só vai conseguir se todos nos envolvermos. O Sinduscon Jovem tem em seus membros pessoas que querem atuar na construção deste futuro para que quando chegue a hora de assumirmos a posição de nossos veteranos, encontremos um município com cenário favorável a novos negócios e investimentos, além de uma cidade com uma das melhores qualidades de vida do país”. Raphael A. Nasser Rocha

N OVA R É P R E C I S O

PLANEJAR é preciso As crises política e econômica vividas pelo Brasil criam um grave efeito colateral, que muitas vezes nos escapa à primeira análise: relegar sérios problemas do país, mesmo estruturais, a um plano inferior. É o caso da questão municipal. As cidades brasileiras carecem de uma visão estratégica sobre seu desenvolvimento que consiga demandas e expectativas dos mais diversos setores da sociedade. É comum vermos projetos poREGINA ESTEVES líticos sucederem uns aos outros e, como consequência, não ser formado um projeto de cidade. Para evitar que isso aconteça, é fundamental que esse debate extrapole a esfera política, atingindo iniciativa privada, organizações da sociedade civil, sindicatos, universidades e, consequentemente, engajando o cidadão. Felizmente, esse movimento já vem atingindo positivamente cidades brasileiras. Em maio, tive a oportunidade de estar em Goiânia, participando de debate sobre o futuro da capital goiana. O encontro, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), contou com a presença de vários atores com capacidade e vontade de colaborar – inclusive pré-candidatos a prefeito. No encontro, foi debatido o modelo de cidade que os goianienses desejam construir até 2033, quando a capital completa seu primeiro século. Um dos pontos de maior atenção é a elevação do Índice

de Desenvolvimento Humano (IDH). Atualmente, Goiânia ocupa a 45ª posição no país. Durante o debate, foi apresentado o Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável, programa de melhoria da gestão e dos serviços públicos presente em 12 cidades de seis estados do Brasil. O Juntos é liderado pela organização da sociedade civil Comunitas, que promove, por meio do programa, um modelo inovador de governança sustentável e compartilhado, unindo sociedade civil, iniciativa privada e setor público. Desde o final de 2015, o Juntos, que tem como foco de suas ações o equilíbrio fiscal, a inovação, o fortalecimento de lideranças públicas e o engajamento da sociedade, passou a dedicar-se também ao planejamento estratégico das cidades parceiras – além de estimular e incentivar que outras cidades adotem essa prática. O planejamento estratégico mostra como as ações adotadas hoje podem fazer chegar nos objetivos de amanhã. Ele serve, ainda, como uma base necessária para garantir perenidade e sustentabilidade às ações positivas. Com o engajamento da sociedade, ele não será meramente um conjunto de ideias e propostas reunidas no papel. Apesar de validado pelas autoridades, será construído e pertencente às pessoas. Inovação, participação, qualidade e planejamento são valores fundamentais para as nossas cidades e para a gestão pública. E esse é um debate que não pode mais ser adiado. REGINA ESTEVES, diretora-presidente da Comunitas

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GOIÂNIA 100 ANOS CODESE FINALIZA O DOCUMENTO “GOIÂNIA 2033: O CENTENÁRIO” Goiânia − Capital do Estado de Goiás − comemora, em 24 de outubro de 2033, 100 anos de fundação. Situando-se no Planalto Central, é um importante polo econômico da região, sendo considerado um centro estratégico para áreas como serviços, indústria, medicina, moda e agronegócio. A cidade possui o título de capital verde do Brasil em razão dos seus parques que figuram o cenário de construção de uma cidade sustentável. Mas, este mesmo cenário é dividido com a desigualdade social, a má distribuição de renda, o déficit de moradias e a falta de infraestrutura que suporte o crescimento econômico e social da metrópole. Com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento das cidades, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, baseado na experiência exitosa de gestão participativa ocorrida no município de Maringá (PR). Inicialmente a entidade pretendia escolher cinco cidades brasileiras, de porte semelhante ao de Maringá, com média de 400 mil habitantes, para implantar o projeto piloto. Porém, ao tomar conhecimento da importância da iniciativa, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, solicitou ao presidente da CBIC, José Carlos Martins, a participação de Goiânia no projeto, afirmando que a Capital estava madura o suficiente. Por meio desta ação o projeto foi implantado em Goiânia. Hoje, Carlos Alberto Moura comemora os resultados, pois a cidade foi 12

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a primeira entre várias do Brasil a apresentar o estudo completo para subsidiar o crescimento econômico local. Fruto do projeto “O Futuro da Minha Cidade”, foi criado em 2014 o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), tendo como missão “construir o desenvolvimento social sustentável, a partir do crescimento econômico de Goiânia, mediante a integração permanente da sociedade organizada para políticas de estado de médio e longo prazo”. No decorrer de 2015 e 2016 o Codese se consolidou, sendo reconhecido como uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, sem finalidade política partidária ou religiosa, tendo como finalidade discutir soluções estratégicas em desenvolvimento econômico sustentável, considerando a mobilidade, infraestrutura, saneamento e preservação do meio ambiente, dentre outros, de modo a melhorar as condições de renda e de vida para a população do município de Goiânia. O Codese elaborou projetos para o desenvolvimento da Capital, objetivando que em 2033 a cidade esteja entre as 10 melhores colocadas no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no País. Os projetos envolvem as áreas econômica, urbanística, gestão pública e desenvolvimento humano e estão consolidados no documento “Goiânia 2033: O Centenário”. O amplo estudo foi entregue aos candidatos a prefeito de Goiânia no pleito em curso a fim de que as diretrizes nele pautadas integrem o Plano de Governo


ADRIANO PITOLI, SÓCIO DIRETOR DA ÁREA DE ANÁLISE SETORIAL E INTELIGÊNCIA DE MERCADO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA

do prefeito eleito. O documento também foi entregue às entidades participantes do Conselho e encontra-se disponível para consulta no site www.codesegoiania.com.br. O Codese é composto por 11 Câmaras Técnicas, que contribuíram com o levantamento das prioridades elencadas no estudo. Veja as áreas de atuação das Câmaras Técnicas e seus respectivos gestores: Desenvolvimento Urbano (Ioav Blanche Secovi-GO); Goiânia Social (Lorena Silvério - Observatório Social); Negócios Agropecuários (Antônio Carlos Costa - Faeg); Segurança (Ivan Hermano - Tecnoseg); Logística e Distribuição (Paulo Afonso Lustosa - Setceg); Melhoria da Gestão Pública (Euclides Siqueira - Acieg); Polo Educacional (Flávio Roberto - Sepe-GO); Polo Tecnológico (Luciano Lacerda - Comtec); Saúde (Haikal Helou - Ahpaceg); Turismo de Negócios (Olavo de Castro - Goiânia Convention) e Vestuário e Moda (Edilson Borges - Sinroupas). Acompanhe a seguir comentários de especialistas sobre alguns dos projetos desenvolvidos.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O economista Adriano Pitoli, sócio diretor da Área de Análise Setorial e Inteligência de Mercado da Tendências Consultoria Integrada, foi o responsável pela execução do projeto de desenvolvimento econômico para Goiânia. Veja abaixo suas considerações sobre os principais desafios e oportunidades identificadas: “Um dos principais resultados identificados no estudo é que Goiânia está diante de uma oportunidade única de desenvolvimento econômico nos próximos 10 ou 18 anos e que pode possibilitar ao município um crescimento significativamente superior à média do País como um todo, caso o município promova esforços bem direcionados de políticas públicas. Vemos dois indutores principais que definem esse potencial de crescimento, ambos relacionados à localização geográfica privilegiada do município. O primeiro é a vocação natural de Goiânia para se consolidar como a grande capital do agronegócio do País, setor que deve continuar se destacando em termos de dinamismo econômico nos próximos anos. O segundo indutor de crescimento se refere ao boom de investimento em infraestrutura de transporte e logística que se avizinha no Centro-Oeste como um todo e em Goiás particularmente, que deve induzir uma sensível mudança na rota de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste na direção da Ferrovia Norte-Sul. Essas duas dinâmicas econômicas devem impulsionar o crescimento de Goiânia por duas razões. Primeiro pelo fato de impulsionar a atividade econômica em uma ampla área de influência de Goiânia, motivando um aumento da demanda por um amplo conjunto de serviços típicos de regiões metropolitanas, incluindo comércio, com destaque para o segmento de confecção e moda, serviços de saúde, educação,

cultura, gastronomia, entretenimento e uma série de outros. Há, porém, um impacto mais direto, na medida em que Goiânia tem todo o potencial de se tornar um rico polo de prestação de uma série de serviços de alto valor adicionado para a cadeia do agronegócio e do transporte e logística, incluindo atividades de pesquisa & desenvolvimento, TI, feiras e convenções, turismo de negócios, prestação de serviços às empresas, turismo rural e ecológico e uma série de outros serviços. O desenvolvimento efetivo dessas vocações, porém, exigirá um grande esforço de planejamento e desenvolvimento de políticas públicas, uma vez que as atividades econômicas listadas acima possuem fortes características de economias de rede, bem público e de externalidades positivas, que se fazem presentes quando um investimento privado gera retornos positivos que extravasam para outros setores econômicos e para a sociedade como um todo. Na ausência de amplos esforços de planejamento coordenados entre o setor público e o privado, porém, haverá um elevado risco de que essas grandes oportunidades de desenvolvimento econômico convertam-se em crescimento desordenado e agravamento dos problemas sociais do município. Nesses esforços, os maiores focos de atenção devem se concentrar em projetos de aumento da governança das políticas públicas, projetos de integração logística e urbanismo, além dos pilares principais da administração pública de saúde, educação, segurança e mobilidade urbana”.

GESTÃO PÚBLICA

“Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável” é o projeto proposto pelo Codese para melhoria da gestão pública na cidade. Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas, entidade idealizadora do projeto conduz a proposta de implantação em Goiânia. Veja a seguir informações sobre a importância desta iniciativa: “O Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável, programa de melhoria da gestão e dos serviços públicos presente em 12 cidades de seis estados do Brasil, é liderado pela organização da sociedade civil Comunitas, que promove, por meio do programa, um modelo inovador de governança sustentável e compartilhado, unindo sociedade civil, iniciativa privada e setor público. Desde o final de 2015, o Juntos, que tem como foco de suas ações o equilíbrio fiscal, a inovação, o fortalecimento de lideranças públicas e o engajamento da sociedade, passou a dedicar-se também ao planejamento estratégico das cidades parceiras – além de estimular e incentivar que outras cidades adotem essa prática. O planejamento estratégico mostra como as ações adotadas hoje podem fazer chegar nos objetivos de amanhã. Com o engajamento da sociedade, ele não será meramente um conjunto de ideias e propostas reunidas no papel. Apesar de validado pelas autoridades, será construído e pertencente às pessoas”.

REGINA ESTEVES, DIRETORA-PRESIDENTE DA COMUNITAS

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DESENVOLVIMENTO URBANO

Na área de desenvolvimento urbano, o Codese está elaborando projeto envolvendo mobilidade, transporte e logística e meio ambiente, contando com o apoio de diversos especialistas. O arquiteto e urbanista Luís Fernando Cruvinel Teixeira (Xibiu) conduziu a elaboração do projeto de desenvolvimento urbano. A seguir ele fala sobre o histórico da má gestão do espaço urbano e as ações necessárias para seu reordenamento: “Goiânia cresceu sem gestão de sua estrutura urbana. Em 1954, após a elaboração e implantação parcial do Plano Urbanístico de Goiânia elaborado por Atílio Correa Lima em 1933, iniciou um processo de parcelamento do solo cujos loteamentos não formaram uma malha urbana coesa e qualificada. Apesar dos Planos Diretores, a estrutura urbana resultante destes anos de má gestão do processo de ordenamento do solo urbano e rural foi inadequada para promover qualidade de vida para o goianiense. O resultado é percebido nos vários aspectos relativos às questões humanísticas, territoriais e ambientais. Goiânia é uma cidade muito desigual. As pessoas têm dificuldade em acessar os bens e serviços públicos e privados ofertados em função da dificuldade de se circular pelo tecido urbano. A má qualidade dos espaços públicos impacta negativamente no desenvolvimento da economia urbana e da integração sociocultural. As questões do meio ambiente relacionadas com os recursos naturais, energia, resíduos sólidos e poluição do ar estão se tornando críticas para a sociedade. Estamos percorrendo um caminho oposto ao da sustentabilidade proposto na Eco-92, no Rio de Janeiro. Os objetivos propostos pela Agenda 21 não foram alcançados. A sociedade civil, ao perceber as dificuldades que os governos municipais têm para enfrentar esses desafios, e seguindo os princípios do estatuto da cidade, o Codese pretende exercer a função de assessoria ao futuro governo municipal, propondo estratégias, diretrizes e propostas de ação para reconfiguração do ambiente territorial do município, em termos de desenvolvimento urbanístico, econômico, sociocultural e de governança. O reordenamento da estrutura urbana abrange as seguintes intervenções: • Adequar trechos da rede viária favorecendo a acessibilidade e circulação do pedestre priorizando a segurança física das pessoas. Além da circulação de veículos, é necessário investir na acessibilidade universal assim como requalificar o espaço público para o uso do pedestre. As intervenções têm a finalidade de tornar a cidade mais adequada para utilização das pessoas; • O Codese propõe enquanto prioridade implantar a rede estrutural de transporte coletivo definida pelo Plano Diretor de 2006. A vida das pessoas depende da qualidade, da frequência do transporte público e de suas conexões intrabairros abrangendo a metrópole. Cidade que não oferece um bom sistema de transporte público tem dificuldade de promover o desenvolvimento econômico e social, tornando-se menos competitiva; • Universalizar a coleta e o tratamento de lixo e resolver as questões relativas a drenagem urbana de forma sustentável, é um dos objetivos prioritários do plano de ação 14

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LUÍS FERNANDO CRUVINEL TEIXEIRA (XIBIU), ARQUITETO E URBANISTA

do Codese. Esta ação está diretamente relacionada ao macro objetivo de tornar Goiânia uma cidade saudável. Sabe-se que um real aplicado em saneamento básico resulta na economia de quatro reais no tratamento das doenças resultantes da falta de um saneamento básico que atinja todas as famílias. O Brasil gasta 174 dólares/pessoa para tratar a dengue, estima-se que já foram gastos 5 bilhões de reais apenas com o tratamento dessa doença. São questões que se bem resolvidas trarão benefícios no orçamento público; • Outra ponto é a logística urbana, ou seja, a forma e o modo de distribuição das mercadorias pela cidade. A logística urbana tornou-se uma questão essencial para a melhoria da mobilidade e acessibilidade urbana. Trata-se de projeto complexo que exigirá esforço da sociedade; • A cidade precisa ser eficiente no controle do aquecimento global. A arborização urbana, recuperação da vegetação dos fundos de vale, compactação do tecido urbano, transporte público eficiente e de qualidade, edifícios verdes são fatores que atuarão de forma sinérgica para minimizar o aquecimento global. Estrategicamente, o Codese propõe a reestruturação metropolitana para fortalecer o contexto social, promover a economia local, valorizar o patrimônio sócio ambiental, reconquistar a rua para o pedestre, incorporando a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade”.

MOBILIDADE

O engenheiro Antônio Alberto Basílio, foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto de desenvolvimento urbano na área de mobilidade. Em sua opinião, Goiânia tem uma localização extremamente favorável no território brasileiro e esta localização pode e deve ser um fator determinante para transformá-la em um grande polo de serviços de transporte e logística. Assim, várias medidas são importantes para que se alcance esse objetivo inserido no projeto de desenvolvimento para Goiânia 2033 elaborado pelo Codese. Dentre as medidas propostas destacam-se, entre outras, as seguintes: • Trabalhar para fortalecer a concessão ao setor privado das rodovias estaduais e federais que estiverem na área de influência econômica de Goiânia, da Ferrovia Norte-Sul e do Aeroporto Santa Genoveva; • Concluir o desvio da BR-153; • Concluir o anel viário da região metropolitana; • Elaborar e implantar o Plano Diretor de Logística e do Terminal Atacadista.


LOGÍSTICA E MEIO AMBIENTE

O geólogo Sílvio Costa Mattos, coordenador do Eixo Socioambiental do Plano Diretor de Goiânia de 2007, do GT e do Relatório Técnico e do PL de Drenagem Urbana (2013/2014) e de Uso e Ocupação do Solo Rural (2015/2016), também contribuiu com a elaboração do projeto de desenvolvimento urbano para Goiânia, tendo sido responsável pelas áreas de Logística e Meio Ambiente. Na visão do especialista, para se propor soluções para os problemas hoje, há que fazer uma leitura fática da realidade do passado, no mínimo vendo o que pode ter dado certo e o que deu errado nas políticas públicas, na legislação e sobretudo, na gestão, das questões voltadas para o meio ambiente. Ele apresenta uma prospecção para o futuro, sobretudo, para 2033, horizonte de alcance das propostas do Codese, quando Goiânia fará seu primeiro centenário, e cita os desafios que a sociedade civil goianiense e o poder público necessitarão superar para tornar a capital uma cidade onde o desenvolvimento seja humano, social e sustentável. Em uma análise retrospectiva, do passado recente (última década), com foco principal nas questões ambientais, ele pontua que quando foram feitos os estudos (Relatório Técnico de Subsídio ao Plano Diretor de 2007) no bojo da elaboração do Plano Diretor atualmente vigente (Lei Complementar 171 de 29 de maio de 2007), foram alinhados alguns problemas como: os alagamentos frequentes na malha urbana da cidade ocasionados pela impermeabilização excessiva e um sistema de drenagem urbana deficiente; os assoreamentos excessivos dos corpos d’águas naturais que drenam a cidade ocasionados pelos muitos processos erosivos instalados na malha urbana; os desmatamentos excessivos da cobertura vegetal original, tanto na zona urbana/expansão urbana, quanto na zona rural; poluição dos cursos d’águas, principalmente, os que drenam a malha urbana por tratamento de esgoto insuficiente; a proliferação de ocupações urbanas desordenadas e irregulares ocasionando o aumento de áreas de risco; a poluição atmosférica devido à grande quantidade de poluentes emitidos, principalmente, monóxido de carbono proveniente da grande frota de veículos; a formação de “ilhas de calor” nas regiões mais impermeabilizadas e densamente habitadas e a poluição visual ocasionada em algumas regiões da cidade pela excessiva propaganda por outdoors, faixas, etc. Segundo ele, passados dez anos, hoje, pode-se afirmar que aliado a questão da mobilidade, um dos maio-

SÍLVIO COSTA MATTOS, GEÓLOGO

res problemas da capital é a drenagem urbana. A malha urbana ampliou-se bastante, as áreas impermeabilizadas cresceram com o asfaltamento de muitos bairros periféricos e a rede de drenagem urbana, praticamente, entrou em colapso. Ele destaca a necessidade de que em relação ao Sistema de Drenagem no município de Goiânia se reverta a ótica sanitarista/higienista e se estabeleça o conceito de drenagem urbana sustentável e se comece a implantar estruturas sustentáveis como bacias de detenção/retenção, associadas aos novos parcelamentos como prevê a Lei de Drenagem Urbana (Lei Municipal nº 9.511 de 15 de dezembro de 2014) e nas regiões onde o sistema já estiver implantado sejam escolhidas pelo poder público municipal locais estratégicos onde se possa implantar essas bacias. Nesse ponto a elaboração do Plano Diretor de Drenagem de todo o município é um dos pontos fundamentais. A lei de Drenagem Urbana estipulou um prazo até 15 de dezembro de 2017 para a elaboração desse Plano. Ele também citou problemas em relação aos resíduos sólidos, ocupação desordenada do solo urbano e a consequente formação de espaços segregados desprovidos de infraestrutura, a supressão de mata nativa tanto na Macrozona Construída como nas Macrozonas rurais, a poluição atmosférica e a poluição visual. Tendo em vista este cenário, para ele, as propostas contidas no documento do Codese, mirando o Centenário da Cidade em 2033, propondo atitudes de sinergia e parcerias com o poder público municipal, poderão ser de fundamental importância para a superação de todos esses problemas, não só os ambientais ou socioambientais, abordados aqui, mas, também, de outros aspectos associados ao Desenvolvimento Econômico, Ordenamento Urbanístico e Físico Territorial, Desenvolvimento Social e Gestão Pública. Assim, no campo específico do meio ambiente, está sendo proposto envidar esforços conjugados no sentido de alcançar até 2033 várias metas entre as quais pode-se destacar: • Universalização da coleta e tratamento de esgoto; • Recuperação de 100% das erosões na Macrozona Construída; • Implantação do Programa Resíduo Zero; • Implantação de 80% do Sistema de Drenagem Urbana Sustentável no município; • Implantação de 100% do Parque Macambira Anicuns; • Implantação total da recuperação e requalificação dos Parques Flamboyant e Cascavel; • Elaboração do Projeto Executivo e implantação de 70% do Grande Parque Metropolitano Meia Ponte; • Elaboração do Projeto Executivo e implantação de 70% do Parque Linear do Ribeirão João Leite; • Implantação do Projeto Índice da Qualidade do Ar- IQAR; • A preservação das nascentes e APPs por meio de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA); • A criação do Fundo de Sustentabilidade para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA); • A fomentação do Turismo Ecológico Rural, inclusive, com incentivo de PSA; • O incentivo à produção orgânica de alimentos, com oferta de Pagamentos por Serviços Ambientais e implantação de Agrovilas; • A implantação e revitalização de uma densa arborização urbana. AGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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A OPINIÃO DE QUEM INTEGRA O CODESE O Codese conta com 21 entidades entre fundadoras e associadas, sendo: Acieg, Ademi-GO, ADU, Ahpaceg, CAU/GO, Crea-GO, Creci-GO, Cremego, CDL, Faeg, FCDL, Fecomércio, Fieg, OAB, Observatório Social, Sebrae-GO, Secovi Goiás, Sepego, Sicoob Engecred, Sinduscon-GO e Sinroupas. Leia a seguir os depoimentos de representantes de algumas dessas entidades: Presidente do Codese e da Ademi-GO, RENATO DE SOUSA CORREIA “Nós estamos vivenciando um sistema em que o povo vota, tanto no legislativo quanto no executivo, e a partir daquele momento transfere toda responsabilidade de solução dos problemas da sociedade a esses políticos eleitos e legitimamente constituídos dos poderes. Temos percebido com a retomada da democracia nestes últimos anos de exercício deste modelo, que o próprio sistema político e das carreiras ali constituídas não permite que este político tenha tempo, seja no executivo ou no legislativo, de pensar no desenvolvimento da cidade e dos estados, ou mesmo do País em longo prazo. Existe, então, um vácuo, uma lacuna estruturante para o sucesso da sociedade, das pessoas e que não está sendo exercida nesta modalidade de democracia que temos no Brasil, com eleições de dois em dois anos, com essa pulverização partidária. O Codese entende o contexto e assume a responsabilidade de preencher esta lacuna, através da união das entidades para que possamos ter uma visão completa de vários segmentos, não só empresarial, mas da sociedade civil organizada. Conseguir enxergar a cidade e seus potenciais vocacionais e fazer um planejamento de médio e longo prazo para que haja efetivamente crescimento da sociedade como um todo nas questões que são fundamentais para o ser humano: educação, saúde e renda. Por isso nosso projeto “Goiânia 2033 – O Centenário” prevê olhar para o IDH como uma régua pela qual precisamos medir o nosso desenvolvimento. Hoje nós somos a 45ª cidade e queremos ficar entre as 10 com melhor índice de IDH no Brasil. Com este objetivo desenvolvemos um documento que contém a visão econômica, a visão urbanística, de gestão e social. Ele foi apresentado no decorrer do mês de julho com visita a todos os pré-candidatos a prefeito de Goiânia e os recebemos para discussão, após avaliação do material. Nosso objetivo é compartilhar o resultado deste trabalho e almejamos que qualquer um que for eleito tenha compromisso com esse projeto, que vai melhorar a renda, a educação e a saúde da população. Aquele que assumir o poder deverá estar junto conosco acompanhando os resultados e as ações e realizar iniciativas no sentido de atingir os objetivos. Também desejamos que aqueles que não foram eleitos, mas que assumiram o compromisso, trabalhe dentro da liderança política que é para que possamos atingir as metas, fazendo o que chamamos de uma oposição responsável. Não é um projeto para o prefeito. Não vamos transferir a responsabilidade para ele, vamos compartilhar com ele este projeto, com seu entendimento e adesão, esperamos que coloque em prática. Esse projeto é o início do nosso trabalho, não o fim. Conseguimos elencar 12 pontos principais que chamamos de priori16

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dades estruturantes, propondo um caminho para melhoramos nosso IDH como planejado para seu centenário. O primeiro deles, e talvez o mais importante na questão estrutural é transformar a gestão pública municipal um modelo em eficiência e eficácia; na sequência temos mais 11 prioridades: tornar Goiânia referência nacional em educação infantil e fundamental I; desenvolver a economia da cidade com foco nos serviços de transporte e logística; estabelecer Goiânia como capital do agronegócio do País; aumentar a competitividade dos setores vocacionais da cidade; consolidar Goiânia como centro de referência em saúde; desenvolver e potencializar políticas de cidadania inclusivas; tornar Goiânia exemplo de excelência no turismo; investir estrategicamente em obras de mobilidade e no transporte coletivo; realizar intervenções urbanísticas com foco no cidadão; atuar proativamente em ações estratégicas focadas na sustentabilidade, inclusive na aprovação de legislações; e liderar e ser protagonista na solução das demandas da região metropolitana. Goiânia é a Capital do Estado e precisa de um gestor que possa liderar as conversas com os demais municípios e viabilizar soluções conjuntas para a região. Também é importante ter foco na segurança pública. Presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), CARLOS ALBERTO MOURA “O Codese nasceu de ‘O Futuro da Minha Cidade’, um projeto muito importante promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em várias cidades do Brasil, pelo qual nos empenhamos pessoalmente a fim de trazê-lo para Goiânia, que hoje é a cidade que está mais à frente no desenvolvimento do projeto. O Codese traz a sociedade como protagonista de seus anseios. Isso significa que temos que nos unir por uma Goiânia melhor, participando do desenvolvimento da cidade. É uma satisfação muito grande ver o envolvimento das pessoas e entidades. Apresentamos um projeto aos candidatos a prefeito de Goiânia, baseado em quatro eixos de desenvolvimento, de caráter técnico, isento de cunho político. É um projeto de Estado e não de Governo. Tenho a certeza de que esse projeto é uma iniciativa que realmente tem começo, meio e fim. Pois todas as propostas são baseadas em quase 60 indicadores, os quais vamos acompanhar e medir seus resultados. Isso significa que temos uma proposta, temos como acompanhar esta proposta e temos, com isso, condições de decidir pelo apoio ao prefeito que estiver pautado pelos anseios da sociedade”. Presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi-GO), IOAV BLANCHE “O Secovi Goiás aderiu ao Codese por acreditar que, por meio do empenho da sociedade civil organizada e unida, podemos construir um futuro melhor para Goiânia. O nosso sindicato representa os condomínios, as imobiliárias, os flats


e shopping centers. São todas organizações que vivem o dia a dia da cidade de formas distintas − são conhecimentos diversos que buscamos interagir para gerar soluções de médio e longo prazo. Acredito estarmos vivenciando uma transformação na sociedade. Acreditávamos que cabia somente aos governos buscar soluções e projetos para a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Participávamos como coadjuvantes em conselhos e audiências públicas, vendo nossa qualidade de vida piorar a cada ano. Resolvemos nos unir e buscar a proatividade, construir políticas de estado, que passam de governo para governo, que resultem na melhoria da qualidade de vida. Não só propor projetos, como também acompanhar a execução dos mesmos, medindo e acompanhando índices de eficiência dos gastos públicos”. Presidente da Federação das Indústrias no Estado de Goiás (Fieg), PEDRO ALVES DE OLIVEIRA “Eu tenho defendido, ao longo de nossa gestão na Fieg, que a sociedade brasileira precisa superar o estigma de agir de forma reativa e passar a ser proativa e propositiva, adotando uma profunda mudança de paradigma. O trabalho que o Codese vem desenvolvendo busca exatamente isso, ao promover diagnóstico, um verdadeiro raio X, das demandas da Grande Goiânia para oferecer aos candidatos a prefeito de nossa capital, um importante subsídio para uma futura gestão. Esse estudo mobilizou a sociedade organizada, reunindo pessoas altamente capacitadas para elencar problemas e possíveis soluções. O candidato que tiver sensibilidade e discernimento vai poder aproveitar esse trabalho como norteador de tudo isso. Trata-se de um grande passo. Nós queremos projetar Goiânia para 2033. O objetivo não se encerra apenas nesse estudo, pois pretendemos cobrar, continuamente, ao longo do mandato da futura gestão municipal. Com essa grande contribuição para a administração pública, queremos dar a Goiânia melhor qualidade de vida, resgatar a cidadania dos goianienses para participar junto com o governante da tomada de decisões.” Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), JOSÉ MÁRIO SCHREINER “Primeiramente, é importante registrar que apesar do pouco tempo de existência do Codese, o mesmo já desempenha papel fundamental para a população da Grande Goiânia, que é de trabalhar um planejamento de médio e longo prazo para a nossa cidade na busca da melhoria da qualidade de vida para todos. A Faeg tem orgulho e satisfação de fazer parte desse Conselho fundamental para a cidade de Goiânia e para todo o Estado de Goiás. Entendemos que não somente Goiânia, mas todos os municípios de Goiás deveriam ter um Codese, a fim de discutir os rumos da sua cidade. É um trabalho imprescindível, pois une os esforços dos agentes públicos com toda a sociedade organizada para construir um projeto sustentável para nossa cidade. Um trabalho que rompe as fronteiras somente do econômico, observando o desenvolvimento como um todo, levando em consideração todos os aspectos, ambiental, social, humano e econômico, almejando um só objetivo, uma Goiânia melhor para todos. A Faeg tem procurado contribuir com sugestões e projetos

que buscam resultados não somente para o setor rural, mas para toda a sociedade goianiense. Apesar de serem direcionados ao setor rural de Goiânia, seus impactos trarão resultados positivos para toda sociedade. Ações e projetos que possam conciliar a produção agropecuária sustentável com o crescimento urbano, trazendo resultados para o aumento da competitividade, renda e qualidade de vida para todos.” Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), ALDAIR NOVATO SILVA “Vejo com muita relevância o trabalho do Codese, porque projetar a cidade que nós desejamos para nós e nossa família para os próximos 20 ou 30 anos deve ser uma atitude a ser implementada por toda a sociedade civil e deve ser acatada pelos candidatos a prefeito da cidade para que sejam realizadas modificações que visam o bem estar da população, para que esta possa gozar de saúde, educação, de mobilidade e tudo que uma grande metrópole necessita para nosso século. Vemos com grande entusiasmo este trabalho do Codese e esperamos que a classe política venha a encampar todas esta iniciativas para que tenhamos no futuro uma cidade melhor para todos nós, nossos filhos e nossos netos. O Cremego participa com a sugestão de ações que visem uma melhor assistência à saúde principalmente da população mais necessitada, aqueles que não têm acesso às medicinas de grupo ou à medicina suplementar, principalmente pelo SUS, para que seja financiado e garanta a dignidade dos moradores de Goiás”. Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Goiânia), GEOVAR PEREIRA “Acredito que a atuação do Codese é um dos melhores caminhos para se obter o desenvolvimento que almejamos para Goiânia. Por meio de projetos que estão em andamento e dos que ainda virão, poderemos propor mudanças e obter inúmeros progressos na organização de nosso município. A criação deu força às entidades que lutam por melhorias econômicas e na qualidade de vida da população. Essa união é primordial, pois, ao alcançar crescimento econômico, abrimos portas para negócios em nossa cidade e, consequentemente, geramos mais emprego e renda. Por isso tudo, a CDL Goiânia é parceira do Codese e confia que, juntos, vamos desenvolver um excelente trabalho, com benefícios para toda a população goianiense”. Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO), ARNALDO MASCARENHAS BRAGA “O trabalho do Codese deve ser promovido, pois é notável a atuação conjunta de tantas entidades, com o objetivo de propor melhorias para o planejamento e a gestão da nossa capital. Só não dará certo se as propostas se tornarem partidárias ou se interesses corporativos passarem a dominar o Codese. O próprio setor da construção civil, grande articulador do Codese, pode rever a atuação de segmentos que AGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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exploram as falhas do Plano Diretor até as últimas consequências ou que insistem no aumento do perímetro urbano, quando existem tantos vazios pela cidade. A participação do CAU nessas discussões é de suma importância, já que o Conselho representa profissionais que são primordiais para o planejamento urbano, e atua para que esse planejamento seja realizado de maneira técnica e abrangente. Inclusive, esperamos que o secretário de Planejamento da próxima administração seja um arquiteto e urbanista, de maneira a deter as características técnicas necessárias para o cargo. Os dois profissionais envolvidos na organização das propostas urbanísticas do documento encaminhado aos candidatos à prefeitura – Luiz Fernando Cruvinel Teixeira e Erika Kneib – seguramente conseguirão alinhavar as contribuições mais adequadas”. Presidente do Conselho de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), FRANCISCO ALMEIDA “O desenvolvimento econômico e sustentável dos municípios mediante a articulação da sociedade organizada com os poderes constituídos é condição sine qua non para a concretização e efetivação dos planos e projetos de Estado. Assim, é essencial o trabalho das entidades que compõem o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) no planejamento, formulação e execução de políticas de desenvolvimento econômico para Goiânia, visando ao melhor para a nossa cidade. Nestas demandas estratégicas, a participação dos profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), especificamente, se torna imprescindível, principalmente nas áreas de infraestrutura e meio ambiente. A implantação de tecnologias inovadoras nas áreas das engenharias, como a de mobilidade, transporte e trânsito, saneamento básico, resíduos sólidos, energias renováveis e outros poderão e certamente irão contribuir efetivamente na qualidade de vida da população goianiense, o que é o principal objetivo do Conselho”. Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-GO), OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES “Planejar hoje a cidade que queremos para os próximos anos é mais que importante, é fundamental para que possamos chegar no desenvolvimento almejado. O Codese permite realizar esse planejamento da forma mais completa possível por integrar diferentes áreas (econômica, social, urbana, educacional, entre outras) em prol de um projeto maior. No quesito Desenvolvimento Urbano, o Creci de Goiás representa os anseios e expectativas dos corretores de imóveis, os legítimos promotores do desenvolvimento das cidades. Desta forma, podemos contribuir trazendo a essa ação da sociedade civil organizada todo o conhecimento que os profissionais possuem da cidade, sendo capaz de apontar os pontos fortes, os gargalos e as propostas de melhorias para o município”. 18

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Presidente do Conselho de Administração do Sicoob Engecred-GO e vice-presidente da OCB-GO, LUIS ALBERTO PEREIRA “Temos plena consciência de que colocar Goiânia entre as dez melhores cidades listadas no ranking de IDH do País envolverá um grande esforço da sociedade civil organizada, do poder público e da comunidade como um todo. Somente essa união permitirá que a capital promova um salto significativo na qualidade de vida e na melhoria de renda de seus cidadãos. O cooperativismo pode colaborar muito com esse cenário de desenvolvimento que se delineia em Goiânia. O cooperativismo tem grande poder de desenvolvimento local e geração de emprego e renda, pois a força de trabalho e os recursos são provenientes da comunidade local e os resultados revertidos para essa mesma comunidade. O papel das cooperativas na melhoria do IDH das comunidades em que estão inseridas, objetivo final do Codese, é muito importante. Um total de 31,04% dos municípios do País conta com cooperativas e o IDH dos municípios brasileiros com sede de cooperativas salta de 0,666 para 0,701. No Centro-Oeste, a diferença é de 0,727 para 0,757, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central do Brasil”. Diretor geral da Faculdade Esup, LUIZ ANTÔNIO RIBEIRO DE SOUSA “Sem dúvida estamos não só pensando, como também planejando o futuro de nossa cidade, sociedade, residências e famílias e também trabalhando em direção a uma nova Goiânia, e por que não sociedade goiana. Nunca estivemos tão próximo para corrigir erros estruturais construídos de maneira inconsequente, ambiciosa e egoística, por algumas gerações, da qual não nego fazer participar, por isso mesmo quero junto com todos que se dizem goianos corrigir estes erros. Não é fácil tomar esta consciência, mas é necessário. Os trabalhos a serem feitos perpassam pela educação básica (responsabilidade do município), ensino médio, saúde e segurança, a tríade que é responsabilidade do Estado e se encontra falida na atual conjuntura. Devemos, enquanto cidadãos sermos vigilantes quanto às promessas, planejamentos e ações públicas, principalmente nos momentos de campanha. Como representantes de nós mesmos, sem interesses políticos deveremos, por meio do Codese, dividir toda gestão por segmento, estruturando um modelo de fiscalização e acompanhamento, utilizando da atual tecnologia, como internet, teleconferências, aplicativos, sempre com intuito de otimizar o tempo e reduzir os espaços. Temos que contar sempre com a imprensa e defensoria pública para informar e proteger a ética e a sociedade contra os malfeitores, desperdícios e má gestão. Devemos elaborar planos obtidos da sociedade através de pesquisa, até mesmo para confrontar com as promessas e desejos dos políticos. Vamos administrar nossa Cidade como um condomínio onde todos têm o direito de se manifestar em prol do desenvolvimento e bem estar coletivo”.


O CODESE SOB A ÓTICA DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS A PREFEITO DE GOIÂNIA Os seis principais candidatos que concorrem ao cargo de prefeito de Goiânia no pleito deste ano enviaram suas respostas à seguinte questão: “O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) elaborou projetos para o desenvolvimento da Capital, objetivando que em 2033 a cidade esteja entre as 10 melhores colocadas no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no País. Os projetos envolvem as áreas de Econômica, Urbanística, Gestão Pública e Desenvolvimento Humano, e serão entregues aos candidatos que concorrem à Prefeitura de Goiânia no pleito em curso. Na sua visão (como um dos pré-candidatos no pleito de 2016), qual a importância deste trabalho empreendido pela sociedade civil organizada para que a nossa Capital alcance o objetivo macro elencado pelo Codese? Caso seja eleito (a), como envolverá o Codese na Administração Municipal (uma vez que já é consenso que as metas estabelecidas somente serão alcançadas se todos estiverem unidos em prol de seu objetivo macro)?”. Confira a seguir as respostas dos candidatos Giuseppe Vecci, Luiz Bittencourt, Francisco Júnior, Adriana Accorsi, Vanderlan Cardoso e Delegado Waldir. “A iniciativa de ter uma entidade na sociedade civil organizada para discutir assuntos de interesse de Goiânia é muito positiva. E estamos vendo esse esforço e trabalho construtivo do Codese em elaborar um plano e propostas que possam melhorar o desenvolvimento econômico e social de Goiânia. GIUSEPPE A nossa cidade precisa disso, porque VECCI infelizmente temos uma gestão inapta aos interesses maiores da população. As propostas do Codese de planejamento, gestão, transparência e equilíbrio fiscal vão ao encontro do que já tenho apresentado para o goianiense em reuniões e encontros. Tenho dito que ninguém governa sozinho e defendido uma gestão compartilhada, que envolva a população, segmentos e associações e entidades na resolução dos problemas da cidade. Caso seja eleito, com certeza o Codese estará envolvido nesse planejamento e será o nosso parceiro para que juntos possamos contribuir para o crescimento de Goiânia”. “Os problemas administrativos que Goiânia hoje enfrenta derivam da pouca importância que os nossos últimos prefeitos deram ao planejamento de ações a curto, médio e longo prazo. Como o objetivo destas pessoas era transformar a prefeitura em plataforma política para as eleições seguintes, a cidade foi LUIZ administrada ao longo de anos sob a BITTENCOURT chancela do improviso. O próximo prefeito tem a obrigação de eliminar estes vícios e corrigir distorções, abdicando dos conchavos políticos de sempre e adotando conceitos modernos de gestão. A proposta do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese) deveria ser a proposta de qualquer administrador público responsável: elevar os índices de qualidade de vida da população que o elevou ao cargo. Os projetos alinhavados pelo Codese devem constar no plano de governo de qualquer candidato realmente interessado em colocar Goiânia entre as 10 melhores colocadas no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Mas, para colocá-los na ordem do dia, é preciso romper com o modelo político atual. Não cabe mais a conivência

com a corrupção, com o compadrio, com o populismo, com os marajás ou com a incompetência. Vivemos novos tempos e o Codese existe para iluminar este caminho”. “Uma administração pública só será realmente democrática se tiver diálogo com a população e com a sociedade organizada. No caso do projeto do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) trata-se de uma ação inovadora nesta Capital, mas madura uma vez que já acontece em ouFRANCISCO tros lugares e vem de uma experiência de JÚNIOR Maringá bem-sucedida ao reunir o setor produtivo de forma coordenada e estabelecer um planejamento pensando a cidade para os próximos 20 anos. Essa ação contribui na indicação de uma direção, contribui com dados e informações daquilo que o setor produtivo tem expectativa e servirá como orientação, de forma muito concreta, daquilo que cada pré-candidato tem como experiência. E esse diálogo permanente só aproximará a administração dessas entidades e de toda a sociedade, ampliando a possibilidade de que as decisões estejam muito mais próximas daquilo que se pode executar na perspectiva de alterar a atual realidade. Sempre defendi que uma gestão moderna se utiliza da governança como estrutura balizadora das suas decisões. E a governança nada mais é do que governar junto com a população e de forma especial com quem a representa. No meu caso a parceria com o setor produtivo e as entidades é uma experiência que já utilizei na época da presidência da Câmara Municipal de Goiânia, quando inclusive aproximei a gestão do legislativo do Movimento Brasil Competitivo (MBC) para, de uma forma técnica e até ousada, avançar e sair de uma gestão não planejada. Na minha visão de administração, o grande erro que os atuais governos cometem, e que ações como esta defendida pelo setor produtivo querem eliminar, é pensar a administração somente no tempo do seu governo. Não podemos pensar Goiânia − e toda a região metropolitana − para apenas quatro anos. É quase criminoso. E estamos sofrendo consequências graves desse tipo de gestão. É necessário que se tenha compromisso com a coisa pública e que ações de transparência e de diálogo transversal com a sociedade sejam indispensáveis para a construção do novo modelo de gestão que defendo”. AGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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“Acredito que cada segmento da população de Goiânia tem uma responsabilidade em relação ao desenvolvimento da Capital. Ao elaborar um projeto para tratar deste assunto, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável ADRIANA e Estratégico de Goiânia (Codese) traz ACCORSI uma contribuição fundamental, pois delimita os norteadores que nós goianienses teremos para trabalhar e alcançarmos o objetivo de estar entre as 10 melhores cidades no ranking de desenvolvimento humano (IDH) do país em 2033. Eleita prefeita de Goiânia, a minha prioridade é cuidar para que as pessoas tenham uma vida digna e isto significa que teremos que investir nas áreas estruturantes, como Segurança Pública, Educação, Saúde e Assistência Social. Vale ressaltar que devemos ter em mente que não se investe em Segurança Pública ou em qualquer outra área sem investir em políticas públicas de prevenção. Prevenção às drogas, na educação de tempo integral e na medicina preventiva, e ainda realizar um trabalho sistemático na limpeza, que envolve a coleta, o tratamento do lixo, o cuidado com o aterro sanitário e saneamento básico universal. Outro desafio é pensar alternativas limpas para a mobilidade urbana. Investir nestas áreas é basicamente cuidar da vida, cuidar das pessoas, cuidar para que elas possam viver com dignidade. Por outro lado, para cuidar das pessoas, é preciso que saibamos ouvi-las e mesmo com a consciência do que está por ser feito, possibilitar que elas participem e colaborem no processo de decisão: quais as ações são prioritárias e como devemos executá-las”. “O Codese demonstra, com essa iniciativa, que pode ser um grande parceiro na gestão e transformação que pretendemos realizar em Goiânia. Pela experiência que tenho na administração pública, sei o quanto é importante VANDERLAN a participação da sociedade civil orgaCARDOSO nizada no resgate de uma cidade que, assim como a nossa, está abandonada e sem atenção do poder público. Essa participação se torna ainda mais determinante quando emana de uma entidade conceituada e tecnicamente preparada, como é o Codese. Não tenho dúvidas de que essa aliança, entre o poder público municipal e o Codese, será um facilitador no projeto de desenvolvimento que estamos elaborando para Goiânia, visto que as propostas elencadas pelo Conselho coincidem com o que estamos pensando para nossa capital. Quando a sociedade participa, os projetos viram realidade e são encontradas as melhores soluções para os problemas da cidade. Vi isso acontecer quando fui prefeito de Senador Canedo. No início ninguém acreditava na transfor20

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mação que fizemos, mas quando a sociedade começou a participar, a mudança aconteceu e a cidade se transformou. O mesmo pode acontecer em Goiânia. Com planejamento a curto, médio e longo prazo e as parcerias entre União, estado, município e sociedade organizada, podemos atingir o desenvolvimento que pretendemos para Goiânia e que objetiva o Codese. Nosso desejo é que o Codese já esteja envolvido desde a elaboração do nosso plano de governo, ou seja, antes mesmo das eleições, para que possamos complementar nosso planejamento para Goiânia com os estudos e sugestões técnicas já elaboradas pelo Conselho. Posteriormente, o Codese poderá se alinhar à administração, para a implantação do nosso projeto de desenvolvimento, como um corpo técnico de consultores e colaboradores. Nosso principal projeto para Goiânia é o desenvolvimento econômico e social, pois entendemos que só assim a cidade terá recursos suficientes para fazer uma boa saúde, uma educação de qualidade, um transporte coletivo digno e uma segurança pública decente. Então o Conselho, com suas Câmaras Técnicas, tem tudo para colaborar de forma efetiva nessa transformação que iremos realizar em Goiânia. Já temos levantamentos e estudos sobre a capital e, com o Codese, podemos aperfeiçoar ainda mais nossos projetos. Sem dúvida vamos precisar de toda ajuda e colaboração para realizar as mudanças que Goiânia espera e precisa”. “O Codese e toda sociedade civil são indispensáveis na formulação de políticas públicas que visem à qualidade de vida e redução das desigualdades entre as pessoas que residem em nossa Capital e Região Metropolitana. DesaDELEGADO fio o Codese que formule essa parceria, WALDIR de forma macro, observando Goiânia como uma metrópole, uma região metropolitana, pois todas as ações devem ser realizadas de forma conjugada. Como exemplo negativo cito a experiência de Brasília, que é avaliada com IDH excelente, mas o entorno tem cidades com os piores índices de desenvolvimento humano, não podemos preparar apenas Goiânia para ser um oásis, nesse projeto é indispensável essa visão conjunta de desenvolvimento da metrópole. O Codese, universidades, comunidade científica, Ministério Público, Ordem dos Advogados, enfim toda sociedade civil, servidores municipais e cidadãos, atuarão como co-gestores e fiscais de uma eventual e próxima gestão nossa na Prefeitura de Goiânia, será uma gestão democrática, visando atingir as desigualdades sociais e desenvolvimento urbano em todas matizes, priorizando a qualidade de serviços, excelência e atendimento público ininterrupto (24 horas) e objetivando cuidar da qualidade de vida das pessoas, proteger a vida e fortalecer os eixos de atuação nas áreas de educação, saúde e segurança”.


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FÓRUM DA HABITAÇÃO

discute segurança jurídica no setor produtivo

O Sinduscon-GO sediou no último dia 21 de junho reunião promovida pelo Fórum Goiano da Habitação (FGH). Participaram da encontro Carlos Alberto Moura (Sinduscon-GO), Renato de Sousa Correia (Ademi-GO) e Ioav Blanche (Secovi-GO), presidentes das entidades que compõem o Fórum; além dos advogados Diego Martins do Amaral, Arthur Rios Júnior, Istael Tavares, e diversos empresários do segmento. A reunião foi realizada para debater sobre a possível aprovação das Súmulas nº 28 e nº 41 propostas pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). O objetivo foi debater o tema com os empresários da área e especialistas no assunto a fim de definir ações preventivas do setor produtivo visando diminuir os impactos que a aprovação das súmulas possa causar não somente ao segmento produtivo, mas também à sociedade. As referidas súmulas integram o total de 42 sugestões de enunciados propostos pelo TJGO. A Súmula nº 28 prevê, resumidamente, a instituição de indenização por danos materiais e morais em caso de descumprimento do prazo de entrega de imóvel adquirido na planta ou em construção, ultrapassando a carência de até 180 dias após o prazo estabelecido incialmente. Já a sugestão de número 41 prevê estipular a retenção de no máximo 10% do valor pago como reparação de despesas e prejuízos no caso de rescisão de compra e venda de imóvel a prestações. Em sua fala, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, destacou que é necessária a união dos empresários do setor a fim de preservar a segurança jurídica nas relações comerciais, apontamento este que obteve concordância de todos os presentes. Na opinião de Renato Correia, a proteção ao consumidor também prevê a manutenção do emprego e a geração de renda, mas a instabilidade econômica impacta toda a sociedade e essas súmulas se configuram em um entrave para a competitividade. O pronunciamento de Ioav Blanche teve o mesmo teor. Ele criticou a insegurança jurídica no País que é recorrente há mui22

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tos anos e tem prejudicado os investimentos. Mas, em sua visão, caso estas súmulas sejam aprovadas os efeitos serão muito fortes, pois produzirão mais dificuldades para obtenção de financiamentos, incentivarão loteamentos clandestinos e aumentarão os preços dos terrenos legalizados. O advogado Diego do Amaral, presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás (OAB Goiás), informou que algumas ações já foram tomadas no sentido de provocar uma discussão mais aprofundada da questão, sendo que a OAB se dispôs a ouvir o segmento produtivo, estudar o assunto, e se posicionar em favor da segurança jurídica e amparo equilibrado a empresários e consumidores. A entidade apresentou requerimento para análise das súmulas e dentro de prazo estipulado em 30 dias a partir da data de requerimento irá apresentar relatório ao STJ. Após a apresentação do histórico e de pontos técnicos do processo feita pela advogada urbanista Istael Tavares, foram expostas sugestões de inciativas que serão desenvolvidas em conjunto pelas entidades organizadoras do Fórum, e as mesmas contaram com a validação dos empresários presentes. Em suma, as ações preventivas visam buscar o diálogo aberto e claro, com abertura para participação das entidades envolvidas e da sociedade. A vereadora por Goiânia, Cristina Lopes, esteve presente na reunião e demonstrou sua preocupação, pois “quando o instrumento de exceção é usado de forma não republicana é prejudicial para toda a sociedade”. Ela concordou que a insegurança jurídica prejudica a realização de investimentos. Contextualizando com o momento econômico-social que o País vive, a vereadora alertou que qualquer possibilidade de aumento do desemprego é assustadora. Em sua visão, os três poderes devem saber conduzir as demandas sociais com foco no crescimento do País. Finalizando sua participação, Cristina Lopes informou que solicitará ao TJGO abertura para participação da Câmara Municipal de Goiânia na discussão sobre o conteúdo das súmulas.


Diretoria do Sinduscon-GO se reúne no SECONCI-GO A reunião mensal de Diretoria do Sinduscon-GO foi realizada em 07 de junho, excepcionalmente, na sede do Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci-GO). Na ocasião, o anfitrião, presidente do Seconci-GO, Jorge Tadeu Abrão, apresentou a estrutura e os serviços oferecidos pela entidade gratuitamente aos trabalhadores da indústria da construção e seus dependentes, bem como o balanço das ações institucionais realizadas em sua gestão que ocorreu no período 2013-2016. Entre os serviços, ele citou ortopedia, oftalmologia, odontologia, psicologia, cardiologia, clínica médica, fisioterapia e o posto de coleta para exames laboratoriais. De janeiro a maio deste ano o Seconci-GO realizou 2.256 atendimentos em clínica geral, 1.465 em cardiologia, 1.629 em oftalmologia, 904 em ortopedia, 7.304 exames ocupacionais e 12.562 exames laboratoriais; exemplificando assim a relevância do trabalho da organização. Jorge Tadeu Abrão também informou sobre a eleição da Diretoria Executiva do Seconci-GO para o triênio 2016-2019, com votação ocorrida no dia 02 de junho, quando foi eleita a chapa única “Construindo com Responsabilidade Social 2016”. A chapa eleita conta com os seguintes membros em sua Diretoria: Célio Eustáquio de Moura (Presidente), Jorge Tadeu Abrão (Vice-Presidente), Yuri Vaz de Paula (Diretor Administrativo), Moacyr Soares Moreira (Diretor Financeiro), Patrícia Garrote Carvalho (Diretora de Comunicação), Humberto Vasconcellos França (Diretor de Segurança e Higiene do Trabalho) e Bruno Alvarenga de Menezes (Diretor de Saúde), além da indicação de membros para os Conselhos Fiscal e Consultivo. Jorge Abrão destacou a importância da renovação na gestão da entidade, mas também da continuidade das ações de melhoria nos serviços da instituição. Agradeceu o apoio do empresariado e de instituições que contribuem com a manutenção dos serviços do Seconci-GO e desejou excelente gestão a seu sucessor Célio Eustáquio, dizendo não ter dúvidas de que assim será, pois terá uma Diretoria extremamente capacitada a seu lado. Em seguida, a diretora do Sinduscon Jovem, Marina Moura, abordou a atuação na área social que tem sido desenvolvida com apoio do Sinduscon-GO. Ela apresentou um dos projetos sociais realizados pela instituição que visa ajudar à ONG Terra Fértil, entidade que apoia a inserção social e recuperação de crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social. A ONG possui 22 unidades de atendimento localizadas nas regiões de alta criminalidade em Goiânia. Mais de 4.500 adolescentes são assistidos nos quatro Centros de Artes da Terra Fértil. Diariamente, a ONG beneficia 1.720 crianças e adolescentes, apresentando índice de ressocialização de 60% dos adolescentes com dependências de drogas nos abrigos masculino e feminino. A entidade cuida de 15 creches em Goiânia e necessita realizar diversas adequações em suas instalações para atender aos requisitos estipulados pela Prefeitura. Assim, Marina Moura, solicitou aos empresários presentes doações de materiais de construção que sobram nas obras para que sejam realizadas as reformas e adequações nos ambientes. São necessários materiais como: revestimentos, telhas, cimento, argamassa AC1 e AC2, rejunte, tintas, esquadrias, forro, vidros, dentre outros. In-

teressados em contribuir podem entrar em contato com Fabiano Santiago (fabiano@sinduscongoias.com.br), no Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5169. Também houve entrega de prêmio de reconhecimento às empresas que apoiaram o Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ) na realização da “Festa Junina sem Queimaduras”, ocorrida nos dias 03 e 04 de junho, no estacionamento do Goiânia Shopping. Rosa Serafim, coordenadora do NPQ, entregou placa de reconhecimento para representantes das empresas que patrocinaram a festa, que contou com a participação de mais de 1.500 pessoas e gerou renda que será revertida ao tratamento de vítimas de queimaduras atendidas pelo Núcleo. A diretora geral da entidade, Maria Thereza Sartho Piccolo, também recebeu das mãos do presidente do Sinduscon-GO homenagem em reconhecimento ao trabalho desenvolvido de amparo aos sobreviventes a acidentes com queimaduras. O Sinduscon-GO também foi agraciado com uma placa em homenagem ao apoio que tem prestado ao NPQ. A reunião contou ainda com a presença do presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Luiz Antônio Stival Milhomen, acompanhado de comitiva que participava do 63º Fórum Nacional da Habitação, realizado paralelamente no Centro de Convenções de Goiânia. Ele destacou a importância da união para fomentar o desenvolvimento do País e reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Sinduscon-GO, neste sentido, parabenizando o presidente da entidade, Carlos Alberto Moura, pela parceria. Acompanharam Luiz Stival, a presidente da Associação Brasileira de Cohabs e presidente da Agehab do Mato Grosso do Sul, Maria do Carmo Avessani Lopes, além de representantes da Agência Paulista de Habitação, Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo, Cohab da Baixada Santista e do Sinduscon-SP. Também estiveram presentes na reunião, o presidente da Ibracem, Júlio César Mesquita, que abordou a parceria com o Sinduscon-GO para oferecer o “Programa de Monitoramento e Certificação de Regularidade Legal”, com plano especial e melhores condições para os associados ao Sindicato; e André Maciel, do Studio Brokers, que abordou sobre soluções para avaliação e intermediação de negócios para o setor da construção. AGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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OFICINA DISCUTIU IMPACTOS,

desafios e efeitos práticos da Norma de Desempenho das Edificações Habitacionais A Comunidade da Construção de Goiânia realizou juntamente com o Sinduscon-GO e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), com coordenação técnica da Universidade Federal de Goiás (UFG), o XI Módulo da Oficina da Norma de Desempenho, com o tema “Desempenho das Edificações, Sustentabilidade e Eficiência Energética”. O encontro aconteceu durante os dias 22 e 23 de junho, no Teatro João Alves de Queiroz, em Goiânia. A abertura solene do evento contou com as presenças do presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura; presidente do CAU-GO, Arnaldo Mascarenhas Braga; diretor do Crea-GO, Marco Antônio Ribeiro; diretor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (UFG), Frederico Martins Alves da Silva; coordenador regional da Comunidade da Construção de Goiânia, Waldir Belisário; e do coordenador técnico, professor Oswaldo Cascudo. O painel “Panorama da NBR 15.575 e sua contribuição para os avanços da etapa de projeto” abriu os trabalhos técnicos no primeiro dia de evento. O engenheiro civil e pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), doutor Cláudio Vicente Mitidieri Filho, abordou o “Panorama atual e os desafios futuros da Norma de Desempenho”. Ele iniciou sua apresentação discorrendo sobre a exigência de durabilidade e manutenibilidade estabelecidas pela Norma. Em sua visão, esses requisitos de desempenho mudam a forma de projetar, promovendo alterações também na relação de construtores com consumidores, fornecedores; e ainda na visão quanto ao quesito economia nas obras, que passa a estabelecer mais claramente a diferenciação entre obra barata e obra econômica. Mitidieri explicou que isso se deve ao fato de que o desempenho deve se manifestar ao longo do uso, pois somente ao avaliar os custos da edificação ao longo de sua Vida Útil de Projeto (VPU) poderemos confirmar se a obra é de fato econômica. Nesse contexto, o doutor destacou a importância de planejar como a manutenção será feita após a entrega da obra. A VUP mínima estipulada pela NBR 15.575 é de 50 anos para os sistemas estruturais. A avaliação da eficácia deste tempo de VUP é um desafio, conforme o expositor. Para ele, os métodos de avaliação devem ser aprimorados e os resultados de ensaios devem ser avaliados de forma não localizada, não isolada, deve se ter um pensamento global. Resumidamente, segundo ele, para que a durabilidade prevista se consolide, na prática, há a necessidade de executar serviços e utilizar insumos em conformidade com os requisitos projetados por profissionais habilitados. Ele reforçou ainda que as informações técnicas detalhadas sobre os produtos devem ser buscadas junto aos fabricantes/ fornecedores. Já a arquiteta e consultora do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), mestre Márcia Menezes dos Santos, explanou 24

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sobre os impactos da Norma de Desempenho no setor da construção. De acordo com a mestre, houve impacto nos projetos, nos fornecedores de insumos, no processo construtivo e haverá no uso e operação das edificações. Entre os benefícios já identificados nas empresas do segmento, estão: mais qualidade dos produtos e serviços; concorrência mais leal entre fornecedores; critérios claros em caso de reclamações; aprofundamento no conhecimento do comportamento dos edifícios e suas partes; aumento da segurança jurídica; etc. A durabilidade, na visão da palestrante é o requisito de mais difícil cumprimento, por requerer conhecimento do comportamento dos sistemas construtivos, dos materiais, dos componentes e elementos. Também se faz necessário conhecer as condições externas, de exposição, de clima, etc. Márcia dos Santos também abordou a elaboração do Manual do Proprietário, sugerindo que ele deve ser desenvolvido na fase de projeto. Como principais desafios da implantação e atendimento à NBR 15.575 ela apontou: a uniformização dos conceitos; educação, treinamento e capacitação; construção de um sistema de informações técnicas centralizadas; ampliar a rede de laboratórios; comprovação do desempenho; relacionamento e compromisso de toda a cadeia produtiva; reconhecimento do mercado consumidor e fomento à pesquisa. O segundo painel do XI Módulo da Oficina da Norma de Desempenho abordou o tema “Conforto Ambiental e Eficiência Energética”. A física e professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, doutora Stelamaris Rolla Bertoli, falou sobre “Desempenho Acústico”. Em sua palestra ela pontuou que o desempenho acústico de uma edificação possui três premissas básicas, sendo: isolamento externo, interno e de ruído de impacto. Apresentou como são feitos os cálculos dos ensaios em laboratório e em campo. Segundo a doutora, a análise acústica deve ser feita por profissionais capacitados e por laboratórios de ensaios qualificados. Destacou a importância da inserção do tema nos currículos de formação de engenheiros e arquitetos. Como “reflexões para o futuro” ela comentou sobre a necessidade de rever questões de critério e os níveis sonoros estipulados pela NBR 15.575, gerando mais clareza; atualização das normas internacionais sobre métodos de avaliação; uso de mapas de ruídos; e a extensão da Norma de Desempenho para outros tipos de edificações. Em seguida, o arquiteto e professor da PUC-GO, doutor Leônidas Albano da Silva Júnior, abordou “Desempenho Térmico”. Em suas palavras, “um bom desempenho não se consegue somente com a NBR 15.575, é preciso ir além e buscar outras normas de referência”. Ele citou como fundamental observar os critérios da NBR 15.220, entre outras. O doutor afirmou que as variáveis devem ser avaliadas na busca do desempenho térmico,


O PRIMEIRO DEBATE FOI MEDIADO PELO PROFESSOR DOUTOR DA UFG, OSWALDO CASCUDO; E TEVE COMO DEBATEDORES O ARQUITETO DA NORDEN ARQUITETURA, PAULO RENATO; A ENGENHEIRA CIVIL E DIRETORA DA CENTRAL DE DESEMPENHO CONSULTORIA E TREINAMENTO,TATIANA JUCÁ; E DA ARQUITETA DA LINS GALVÃO E ARQUITETOS ASSOCIADOS, IARA GALVÃO

pois as características térmicas, arquitetônicas, os materiais, etc., influenciam no resultado. Ele apresentou dados de um estudo sobre o mapa de características térmicas do Brasil, passando pela caracterização de cada estação climática, com ênfase para a Região Metropolitana de Goiânia. No estudo, desenvolvido pelo doutor, constam as horas de mais conforto e de desconforto térmico sentidos pelos moradores de edificações na região, nos períodos de inverno e verão. Os participantes tiveram uma visão ampla da carta solar regional e observaram as influências da umidade do ar, da temperatura, da velocidade do vento, etc., que, em conjunto ao quesito pessoal/psicológico, geram sensação de conforto ou desconforto térmico. Para atenuar os momentos de maior desconforto, ele abordou estratégias pautadas na sustentabilidade, como o resfriamento evaporativo nos espaços abertos, proteção solar, ventilação, etc. Finalizando o painel e dando ênfase à vertente “Eficiência Energética”, ocorreu a exposição do engenheiro civil e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, doutor Roberto Lamberts. Ele abordou os problemas típicos da construção civil que impactam diretamente sobre a baixa da eficiência energética, como áreas sem sombras; fachadas escuras em climas quentes; falta de ventilação cruzada, etc. Para obter a eficiência energética em edifícios, segundo o doutor, é necessário mudar a forma de se projetar arquitetura, mas também é preciso mudar o comportamento em relação às construções, adotando o uso de sombra, ventilação natural, arquitetura clara, implantação de tecnologia nos sistemas de iluminação, integração da iluminação natural e artificial, etc. Lamberts também abordou sobre os sistemas de etiquetagem de eficiência energética, quando também comentou sobre sistema criado para etiquetar edificações no Brasil, mas que até o momento é opcional. Para ele, deve-se pensar em tornar a etiquetagem obrigatória, como em outros países. Reforçou ainda sobre a importância de se criar incentivos para promoção de projetos/programas que promovam a eficiência energética, como a instituição do IPTU verde, por exemplo; abordando também questões atuais e de futuro em relação ao aproveitamento da energia solar e da geração de energia pelos consumidores,

que ainda entrava na questão do financiamento. O evento prosseguiu no segundo dia com as apresentações do painel “Desempenho de Fachadas e Sustentabilidade”. A primeira palestra foi da engenheira civil e pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), doutora Luciana Alves de Oliveira, que abordou “O que é preciso fazer para atender a norma quanto ao desempenho de fachadas e paredes internas”. Em sua explanação, Oliveira afirmou que o impacto da Norma de Desempenho das Edificações no processo de produção do edifício influenciou nas fases de concepção, projeto, execução e uso. Assim, ela ressaltou a importância do Plano de Manutenção e da necessidade de que as informações relevantes para manutenibilidade sejam fornecidas pelo projetista, a fim de garantir a Vida Útil de Projeto (VUP). Especificamente sobre fachadas (sistema de vedação vertical), ela informou que a NBR 15.575 aborda o requisito de desempenho do conjunto (que engloba o vedo, a esquadria e o revestimento), pois esse sistema tem função estrutural; de segurança no uso e operação; segurança contra incêndio; habitabilidade, que inclui estanqueidade à água; desempenho acústico; térmico, durabilidade e manutenibilidade. Com este conceito ela elucidou alguns cuidados necessários, como projetar interação laje-parede, verga e contra-verga; resistência de guarda-corpos, etc.

A PROFESSORA DA UFG, DOUTORA LOYDE VIEIRA DE ABREU HARBICH, MEDIOU O SEGUNDO DEBATE, TENDO COMO CONVIDADOS A ARQUITETA E CONSULTORA DA SÍNTESE ACÚSTICA ARQUITETÔNICA, CÂNDIDA DE ALMEIDA MACIEL, E O ARQUITETO E CONSULTOR PAULO CABRAL NETO

Na sequência, a mestre Adriana Hansen, engenheira ambiental e coordenadora de Projetos Sustentáveis do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), abordou o tema “Avaliação de ciclo de vida: autoconhecimento para melhoria contínua”. O objetivo da avaliação é compilar informações medindo as entradas, saídas e os possíveis impactos ambientais potenciais causados pelo uso de um sistema produtivo ao longo do ciclo de vida útil de um produto. Ela detalhou as etapas de realização desta análise abordando sua importância e seus fundamentos. Segundo a coordenadora, na sociedade atual a “transparência é o novo verde”, isso ressalta a importância da análise da avaAGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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R

E G I S T RO D E E V E N TO S

liação de ciclo de vida, pois denota preocupação quanto às necessidades dos consumidores e permite avaliar se o desempenho estabelecido quanto à durabilidade e sustentabilidade estão sendo alcançados, e se não, identificar pontos fracos e propor melhorias no processo. Estudos de casos fecharam o ciclo de palestras do XI Módulo da Oficina da Norma de Desempenho. O engenheiro civil D’awilla Batista Vieira de Souza, gerente de Engenharia da CMO Construtora, apresentou o “Case Portal dos Mares – Goiânia (GO)”, o primeiro empreendimento goiano construído sob os requisitos da NBR 15.575. Ele apresentou os cálculos, métodos e sistemas utilizados pela empresa para atender aos critérios estabelecidos pela Norma. Apresentou resultado dos ensaios realizados e detalhou sobre novas experiências adquiridas quanto a processos novos que tiveram que ser incluídos ou readaptados. No quesito segurança contra incêndio, por exemplo, foram feitas várias adequações começando por alteração no Projeto Estrutural a fim de atender aos requisitos 8.4 (Dificultar a inflamação generalizada), 8.5 (Dificultar a propagação do incêndio) e 8.6 (Segurança estrutural em situação de incêndio), quando foi acrescentada selagem corta-fogo nas prumadas elétricas e hidráulicas e de tubulações de materiais poliméricos. Também foram feitas avaliações e adequações para atender aos quesitos de desempenho térmico, acústico, lumínico, uso e operação, etc. Neste último requisito foram feitas adequações nos Manuais do Síndico e Usuário e troca de metais e fechaduras devido ao conforto tátil e antropodinâmico. Uma questão bastante levantada pelos participantes durantes os debates, foi quanto aos custos adicionais promovidos por todos os estudos e adequações necessárias para atender à NBR 15.575. O engenheiro D’awilla de Souza explicou que com a inclusão de laudos, ensaios, projetos, aumento no tamanho do tanque, impermeabilização, compartimentação com selante corta-fogo, estrutura para atendimento ao critério de propagação incêndio, guarda-corpo no estacionamento de veículos, cobertura metálica das garagens, a obra obteve, até o momento, um acréscimo de 1,94% em seu custo total. A estimativa é de que até a finalização da construção, prevista para abril de 2017, esse número possa chegar a 3%. Em seguida, a mestre Ludmila Correia, arquiteta e professora do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Uniceub) e do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), fez exposição do case “Mapa de ruídos de uma parcela urbana em processo de adensamento: estudo de caso – Goiânia (GO)”. Com a apresentação do estudo, realizado no Setor Bueno, a palestra visou mostrar o mapa de ruídos de uma localidade como instrumento de planejamento urbano estratégico. Segundo Correia, a acústica urbana sofre influência de diversos aspectos como traçado das vias, densidade, forma de ocupação do solo, características topográficas, etc. Em sua visão, a avaliação de ruídos é o método adequado para antecipar problemas e soluções. Essa avaliação pode ser realizada por medição, cálculo ou simulação, podendo ser feita para cenários atuais e futuros, como foi o caso da pesquisa que apresentou três cenários: o passado, com dados de 2005; o atual, com a situação de 2015, e o futuro, com projeção do cenário para 2025. Dessa forma, pode-se antecipar situações e contribuir com o planejamento de edifícios com desempenho acústico mais adequado. O painel foi encerrado com a exposição do “Case do em26

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • AGOSTO 2016

O TERCEIRO DEBATE FOI MEDIADO PELA PROFESSORA DA UFG, DOUTORA HELENA CARASEK; TENDO COMO DEBATEDORA CONVIDADA, A DIRETORA DO LABORATÓRIO CARLOS CAMPOS, MARINA CAMPOS

preendimento Chronos Residencial – Novo Hamburgo (RS), apresentado pelo doutor Bernardo Fonseca Tutikian, engenheiro civil e coordenador do Instituto Tecnológico de Desempenho para Construção Civil – ITT Performance; e pelo proprietário da Athivabrasil Empreendimentos Imobiliários, Eduardo Frapiccini. Tutikian abordou os sistemas construtivos e os materiais utilizados para alcançar nível superior nos quesitos da Norma de Desempenho de Edificações no que tange a resistência mecânica, segurança contra incêndio, e durabilidade, etc. Ele cobrou atenção dos projetistas pois as situações devem ser previstas em projeto. Já o empresário Eduardo Frapiccini apresentou os estudos e ensaios realizados para atingir o objetivo de produzir um empreendimento alto padrão com desempenho superior, de acordo com os requisitos da NBR 15.575. Ele abordou as adequações realizadas quanto a funcionabilidade, acessibilidade, parte ambiental, instalações hidrossanitárias, etc. Um dos destaques que possibilitou a eficácia do processo, segundo ele, foi a compatibilização de projetos feita pela plataforma BIM. Por último, durante o debate, ele informou que todas as adequações representarão, ao final da obra, entre 3% e 5% de acréscimo nos custos, que neste caso, não foram repassados ao consumidor.

A ÚLTIMA MESA DE DEBATES FOI MEDIADA PELO COORDENADOR TÉCNICO DA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA, PROFESSOR DOUTOR OSWALDO CASCUDO (UFG); TENDO COMO DEBATEDOR O REPRESENTANTE DA ABCP/CENTROOESTE E COORDENADOR REGIONAL DA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, WALDIR BELISÁRIO


CONTORNO DA BR-153 deve ser retomado em 2017

Foi realizada em 13 de junho, na sede do Sinduscon-GO, reunião promovida pelo Fórum Goiano da Habitação (Sinduscon-GO, Secovi-GO e Ademi-GO) para tratar sobre o destravamento de obras rodoviárias na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Estiveram presentes empresários, representantes de entidades de classe e de órgãos de governo estadual e municipais de Goiânia e de Aparecida de Goiânia. O destaque da pauta foi a discussão sobre a retomada da obra do Contorno Viário da BR-153 (Anel Viário).

O diretor-presidente do Consórcio Triunfo/Concebra, Odenir José Sanches, falou sobre os entraves e perspectivas de retomada da obra. Entre as dificuldades, Sanches citou impasse financeiro, pois o BNDES aprovou somente recursos parciais para a obra, alegando redução de tráfego no perímetro nos últimos três anos; e também a necessidade de desapropriação de diversas áreas privadas que envolvem burocracia e demanda investimentos de grande monta. Mas, segundo o diretor-presidente, o Consórcio tem até março de 2020 para finalizar as obras do Contorno, prazo estabelecido em seu contrato com a Agência Nacional de Transporte Terrestre. Sanches acredita que será possível cumprir o prazo, sendo que as obras devem ser iniciadas em março de 2017, após o período chuvoso. Houve consenso entre os presentes para a formação de uma comissão que mobilizará forças e respaldará a concessionária em suas demandas junto à ANTT. Entre as ações, requerimento de liberação para execução de obra no trecho próximo ao Ribeirão Santo Antônio e união dos empresários a fim de viabilizar a doação das áreas de propriedade privada para agilizar a execução do Contorno. Na visão do presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, a reunião foi altamente produtiva, especialmente pela união que foi estabelecida entre os presentes em torno da solução dos assuntos tratados.

AGOSTO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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AGENDA DE EVENTOS EVENTO

DATA HORÁRIO

Galpão com Ponte Rolante

Início Imediato

Patologia das Estruturas de Concreto

Início em 01/08

Edifícios Industriais, Plataformas de Trabalho e Pipe Rack

Início em 01/08

Silos: Projeto e Construção, Fluxo e Ações

Início em 03/09

Estruturas de Concreto Armado: Projeto e Dimensionamento

Início em 10/10

AGOSTO E SETEMBRO DE 2016

Autocad 2D

02 a 04/09 e 23 a 25/09

Light Design Iluminação Residencial e Paisagismo

02 a 04/09

Gestão de Escritórios de Arquitetura, Design e Engenharia

23 a 25/09

FENASAN - 27ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

Cursos Online

Cursos Online

(11) 4116-8538 contato@engeduca.com.br Site: www.cursos.engeduca.com.br

18h às 23h (sexta), 08h às 19h (sábado), 08h às 13h (domingo)

Unidade 1 do Ipog

(62) 3945-5050 cap@ipog.edu.br Site: www.ipog.edu.br/cap

Expo Center Norte (São Paulo-SP)

(11) 3263-0484 / (11) 3284-6420 / (11) 3171 0249 paulo.oliveira@aesabesp.org.br Site: www.fenasan.com.br

12h às 20h 16 a 18/08

Encontro Técnico Aesabesp - 27º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

09h às 18h30

13 a 17/09

16h às 22h (13 a 16/09) 16h às 20h (17/06)

Centro de Convenções de Pernambuco (Olinda-PE)

(81) 3423-1300 ficons@assessor-pe.com.br Site: www.ficons.com.br/2016

14/09

14h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3941-0600 comercial@sete.eng.br (62) 3095-5158 adriana@sinduscongoias.com.br

Feira

24 a 26/08

13h às 20h (24/08) 10h às 20h (25 e 26/08)

Congresso

24 a 26/08

14h às 18h (24/08) 08h às 18h (25 e 26/08)

São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (São Paulo-SP)

(11) 4878-5990 contato@concreteshow.com.br Site: www.concreteshow.com.br

15/09

08h às 16h

Milenium Centro de Convenções (São Paulo-SP)

(11) 2614-7327 eventos@cte.com.br Site: www.eventoscte.com.br

07 a 09/09

10h às 20h Expo Minas (Belo Horizonte-MG)

07 a 09/09

10h às 22h (07/09) 08h às 22h (08/09) 08h às 21h (09/09)

(31) 3263-4349 minascon@fiemg.com.br Site: www.minascon.com.br

Centro de Convenções Frei Caneca (São Paulo-SP)

(11) 3816-6597 abcem@abcem.org.br Site: www.abcem.org.br/construmetal/index.php

Ficons 2016 - X Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção

Evento sobre Fundações

Concrete Show South America

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES

26 a 28/08

Orçamento de Obras e Custo da Construção Cursos de Curta Duração do Ipog

LOCAL

Oficina Temática Industrialização e Gestão da Produtividade na Construção Minascon - 13º Encontro Unificado da Cadeia Produtiva da Indústria da Construção

Feira

Eventos Técnicos

Construmetal 2016 - 7º Congresso Latinoamericano da Construção Metálica

20 a 22/09

08h às 20h

ENDEREÇOS: Unidade 1 do Ipog: Av. T-1 esquina com Rua T-55, n° 2.390, Qd. 105, Lt. 01/22, Setor Bueno, Goiânia-GO. Expo Center Norte: Rua José Bernardo Pinto, nº 333, São Paulo-SP. Centro de Convenções de Pernambuco: Av. Prof. Andrade Bezerra, s/nº, Salgadinho, Olinda-PE. Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO. São Paulo Expo Exhibition & Convention Center: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, São Paulo-SP. Milenium Centro de Convenções: Rua Dr. Bacelar, nº 1.043, Vila Clementino, São Paulo-SP. Expo Minas: Av. Amazonas, nº 6.030, Gameleira, Belo Horizonte-MG. Centro de Convenções Frei Caneca: Rua Frei Caneca, nº 569, Consolação, São Paulo-SP.

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Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção JUNHO DE 2016 EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO MANTÉM-SE OTIMISTA

GOIÁS ICEI - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

INDICADOR DE CONDIÇÕES

INDICADOR DE EXPECTATIVA

Novo resultado positivo no ICEI da construção. JUN / 2015 42,5 28,9 49,3 É o quarto do ano e o segundo consecutivo. O JUL / 2015 44,3 27,5 52,2 ICEI saltou para 49,9 pontos. O melhor resultado AGO / 2015 41,7 25,8 49,6 desde junho de 2014. O comportamento do índice de confiança teve uma acentuada melhora em SET / 2015 40,5 26,2 47,4 maio quando de um crescimento de 6,4 pontos OUT / 2015 42,6 32,0 48,0 e entre os resultados negativos e positivos houve NOV / 2015 43,5 35,3 47,6 avanço em 2016. Uma expansão de 9,3 pontos. DEZ / 2015 40,1 28,7 46,8 A descredibilidade que existia deu lugar a “um voto de confiança” para com a mudança JAN / 2016 48,8 33,9 56,2 na gestão federal. Assim, renovaram-se as espeFEV / 2016 43,6 32,8 48,8 ranças e o mercado se apresentou positivamente MAR / 2016 44,3 32,0 50,5 ansioso. Restando agora acompanhar as mudanABR / 2016 42,3 32,5 47,1 ças políticas e medidas adotadas e seus efeitos na MAI / 2016 48,7 38,9 53,6 economia. Desta forma, tem-se posicionado os empresários da construção, que aos pouco vêm JUN / 2016 49,4 32,8 57,3 retomando as obras que estavam paradas. O indicador de expectativas, aquele que busca OBS: OS INDICADORES VARIAM NO INTERVALO DE 0 A 100. VALORES ACIMA DE 50 INDICAM EMPRESÁRIOS CONFIANTES - FONTE: FIEG medir a percepção do empresário participante da pesquisa em relação à situação econômica e de seus negócios para dicador mensura a percepção dos participantes do momento atual em relação aos últimos seis meses. Assim, o que se os próximos seis meses, avançou de forma positiva. Houve crescimento de 3,7 pontos em relação ao mês passado. Sendo esse resulpode inferir é que na atualidade pouco foram às mudanças tado o quarto positivo no ano e o segundo consecutivo. Assim, o na prática e de baixa percepção seus efeitos nos negócios do indicador de expectativas manteve-se acima dos 50 pontos por dois segmento da construção. Apesar disso, os empresários da indústria da construção estão meses consecutivos (53,6 e 57,3 pontos em maio e junho). Contrário ao comportamento do indicador de expectativas confiantes de que haverá melhora no atual cenário, tanto é que e com uma retração forte na comparação com maio, queda o indicador de expectativas se apresenta acima dos 50 pontos, de 6,1 pontos, está o indicador de condições atuais. Tal incorte da pesquisa entre uma situação favorável e desfavorável.

ICEI DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - BRASIL E GOIÁS

Nota Metodológica: o Índice de Confiança do Empresário Industrial elaborado pela FIEG tem como base os resultados da Sondagem Industrial, e varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Para outras informações encaminhar e-mail para claudiohenrique@sistemafieg.org.br. FIEG – Rua 200, Qd. 67-C, Lt. 1/5, nº 1.121, Ed. Pedro Alves de Oliveira, Setor Leste Vila Nova, Goiânia/GO - CEP 74645-230 | claudiohenrique@sistemafieg.org.br | (62) 3501-0027 | www.sistemafieg.org.br

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CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL 2016 Dia 31 de agosto encerra-se o prazo para o recolhimento da Contribuição Assistencial Patronal 2016 (Taxa de Convenção)

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2 3 30

O que é Contribuição Assistencial? É a contribuição ou taxa assistencial prevista em documento coletivo de trabalho e acordado em percentuais nas datas-bases entre os sindicatos das categorias profissionais (empregados) e econômicas (patronais), estando prevista no art. 513, alínea “e” da CLT.

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Finalidade da Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção) A Contribuição Assistencial Patronal tem por finalidade cobrir os gastos dos diversos serviços prestados pelo Sinduscon-GO, em especial as Negociações Coletivas de Trabalho, cujos resultados beneficiam todas as empresas integrantes do setor.

Quem contribui? • O empregador (para efeito da sua organização sindical); • O trabalhador autônomo (para efeito de sua estrutura sindical); • O profissional liberal; • O trabalhador comum.

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Qual o dispositivo legal que a instituiu? A Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção), aprovada pela Assembleia Geral do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás, realizada em 12 de abril de 2016, constante na Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018, por força do disposto no artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal, com o artigo 513, alínea “e” e artigo 613, inciso VII, da CLT, é devida por toda a categoria, em razão da participação do Sinduscon-GO nas Negociações Coletivas de Trabalho.

Base Territorial Sindical É a base territorial de um sindicato. É a esfera geográfica em que ele exercita sua representação com exclusividade de atuação. A base territorial, portanto, refere-se à região de sua jurisdição devidamente reconhecida. Cumpre esclarecer que a base territorial é definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior a área de um Município (artigo 8º, inciso II da CF).


6

Tabela para cálculo da Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção/2016) A Contribuição Assistencial Patronal 2016 (Taxa de Convenção) é determinada pelo Capital Social em reais de sua empresa, conforme enquadramento na tabela abaixo:

FAIXA

CAPITAL SOCIAL (R$) DE

01 02 03 04 05 06 07 08 09

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

ATÉ 0,01 50.000,00 200.000,00 600.000,00 2.500.000,00 3.500.000,00 4.500.000,00 5.500.000,00 10.000.000,00

Modo de calcular: Enquadre o Capital Social de sua empresa na faixa de “CAPITAL SOCIAL EM REAIS R$” correspondente (ver tabela) e assim terá o valor a ser pago.

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R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

49.999,99 199.999,99 599.999,99 2.499.999,99 3.499.999,99 4.499.999,99 5.499.999,99 9.999.999,99 ACIMA

Exemplo: uma empresa que tem o Capital Social de R$ 5.150.000,00:

Data de Recolhimento da Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção/2016) A data limite para o pagamento da Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção) é 31/08/2016. A referida contribuição deverá ser paga através de boleto de cobrança bancária da Caixa Econômica Federal.

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VALOR DA CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL PATRONAL (R$) R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

144,77 445,45 742,34 1.306,53 1.679,82 2.053,09 2.422,65 3.512,85 4.566,69

Pega-se o valor do Capital Social em reais enquadrando-o na tabela acima e assim se terá o valor da contribuição anual a pagar. No exemplo, o valor encaixa-se na faixa 07, logo, o valor a ser pago será de R$ 2.422,65 (dois mil quatrocentos e vinte e dois reais e sessenta e cinco centavos).

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Aplicação dos Recursos O Sinduscon-GO oferece às empresas do setor da construção possibilidade de desenvolvimento de ações que facilitam a gestão empresarial, estando estruturado por diretorias para a prestação de uma série de serviços e produtos.

OBSERVAÇÃO:

Local de Recolhimento Até o vencimento, o boleto bancário poderá ser pago em qualquer casa lotérica ou agência bancária; após 31/08/2016 pagável somente na Secretaria Financeira do Sinduscon-GO. O pagamento após o prazo acarretará os seguintes acréscimos: multa de 2% (dois por cento), juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e juros compensatórios de 1% (um por cento) ao mês.

Outros esclarecimentos sobre o pagamento da Contribuição Assistencial Patronal (Taxa de Convenção/2016) podem ser solicitados no Sinduscon-GO, pelos telefones (62) 3095-5155 / 3095-5164 ou 3095-5182 Fax: (62) 3095-5176. Informações também disponíveis no portal: www.sinduscongoias.com.br E-mail: suelen@sinduscongoias.com.br

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PADRÃO RESIDENCIAL

PROJETOS

ANO 2016

JUNHO

0,233%

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

1.201,18

R-1

1.460,81

R-1

1.727,55

PP-4

1.041,99

PP-4

1.350,02

R-8

1.367,32

R-16

1.469,14

R-8

986,44

R-8

1.168,17

PIS

779,58

R-16

1.124,87

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.329,56

CAL-8

1.404,30

CSL-8

1.169,47

CSL-8

1.267,49

CSL-16

1.554,00

CSL-16

1.681,48

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.229,45

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

650,11

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.469,14

0,233

1,710

9,660

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

567,46

845,59

5,61

50,48

1.469,14

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,6200

SERVENTE

h

5,3626

ENGENHEIRO

h

57,460

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de JUNHO DE 2016. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDICADORES ECONÔMICOS ÍNDICES ECONÔMICOS

VARIAÇÃO

MÊS

ANO

INCC (FGV) / JUNHO

676,420

1,930

4,190

INPC (IBGE) / JUNHO

4.871,74

0,47

5,09

IGP-M (FGV) / JUNHO

653,496

1,686

5,908

12 MESES

6,455 9,49 12,207

INFORMAÇÕES: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: sebastiana@sinduscongoias.com.br (Comissão de Economia e Estatística)

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PROJETOS

ANO 2016

JUNHO

0,252%

PADRÃO RESIDENCIAL

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

R-1

1.344,98

R-1

1.601,87

1.116,36

PP-4

970,86

PP-4

1.247,55

R-8

1.269,94

R-8

919,54

R-8

1.076,18

R-16

1.359,77

PIS

721,77

R-16

1.036,45

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS

DESONERADO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.227,06

CAL-8

1.300,82

CSL-8

1.076,88

CSL-8

1.172,28

CSL-16

1.430,69

CSL-16

1.554,62

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.119,28

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

598,61

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.359,77

0,252

1,581

8,985

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

567,46

736,22

5,61

50,48

1.359,77

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,6200

SERVENTE

h

5,3626

ENGENHEIRO

h

57,460

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de JUNHO DE 2016 - DESONERADO. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”

NOTA TÉCNICA – tabela do CUB/m² desonerado Os valores do Custo Unitário Básico (CUB/m²) presentes nesta tabela foram calculados e divulgados para atender ao disposto no artigo 7º da Lei 12.546/11, alterado pela Lei 12.844/13 que trata, entre outros, da desoneração da folha de pagamentos na construção civil. Eles somente podem ser utilizados pelas empresas do setor da construção civil cuja atividade principal (assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada) esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0. Salienta-se que eles não se aplicam às empresas do setor da construção civil cuja atividade principal esteja enquadrada no grupo 411 da CNAE 2.0 (incorporação de empreendimentos imobiliários). A metodologia de cálculo do CUB/m² desonerado é a mesma do CUB/m² e obedece ao disposto na Lei 4.591/64 e na ABNT NBR 12721:2006. A diferença diz respeito apenas ao percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. O cálculo do CUB/m² desonerado não considera a incidência dos 20% referentes à previdência social, assim como as suas reincidências. Qualquer dúvida sobre o cálculo deste CUB/m² deve ser consultada junto ao Sinduscon-GO, com Sebastiana Santos, telefone (62) 3095-5162 (sebastiana@sinduscongoias.com.br).

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E

U RECOMENDO

CODESE

EXEMPLO DE MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA

A democracia brasileira vem apresentando, em razão de seu amadurecimento, uma transformação muito positiva. As pessoas estão se dando conta de que os avanços sociais, a cidadania e o bem-estar coletivo podem decorrer do empoderamento da população. E nesse ponto é imprescindível que as instituições civis organizadas também participem na busca incessante por estes avanços, utilizando-se de todo o seu conjunto de conhecimentos e práticas. É por acreditar nesse poder que venho elogiar a iniciativa de criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), fruto da união

LAURO MACHADO NOGUEIRA

de várias entidades civis que representam os segmentos econômicos, sociais e culturais, que vêm se transformando numa voz ativa e influente da sociedade goianiense. Trata-se de um projeto moderno para ajudar a planejar nossa capital para o futuro e especialmente tem uma meta de comprometer o poder público com políticas que possibilitem a alcançar significativa melhora do IDH de Goiânia na comemoração de seu centenário no ano de 2033. Em junho, os membros do Codese estiveram no Ministério Público de Goiás (MP-GO) para mostrar as bases desse trabalho à equipe de promotores que assessora a Procuradoria-Geral de Justiça. Resolvi promover este encontro após conhecer a importância da proposta do Codese, levada até o MP pelo seu presidente, Renato Correia. Ali foram apresentados aos membros do MP-GO o objetivo e as estratégias de ação do Conselho para buscar melhorias nas diversas áreas de interesse da população. Os promotores de Justiça conheceram as atividades e ações dos diversos comitês de trabalho do Codese, que atualmente conta com a participação de duas dezenas de entidades associadas e que pretende se aliar à administração municipal para, a partir de estudos de setores considerados estratégicos, apontar soluções que possam alavancar áreas específicas da cidade. Essa é uma possível parceria que interessa ao Ministério Público, instituição que sempre esteve aberta para atuar junto às iniciativas da sociedade, além de ter como uma de suas metas justamente fomentar ações de melhoria das políticas públicas. E é por isto que sugiro à população goianiense que conheça as ações do Codese. LAURO MACHADO NOGUEIRA, procurador-geral de Justiça de Goiás

Sinduscon-GO: NOVOS ASSOCIADOS HA CONSTRUTORA EIRELI A HA Construtora Eireli foi fundada em 18/12/2013 pelo diretor Henrique Alves Ferreira e Souza. Atua na área de obras de alvenaria. Sua sede fica localizada na Rua Arapari, nº 84, Quadra 47, Lote 05, no Parque Amazônia, em Goiânia (GO).

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