Revista Construir Mais - Fevereiro de 2016

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CUB DEZEMBRO

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REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO VI, Nº 66 FEVEREIRO/2016

ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS (SEGPLAN),

THIAGO MELLO PEIXOTO DA SILVEIRA

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E

DITORIAL

ANO NOVO,

novos desafios

A Diretoria e os Colaboradores do Sinduscon-GO iniciam 2016 com otimismo realista. É da natureza humana ser otimista, pensar que tudo pode melhorar. Mas, temos que ser realistas – 2015 foi um ano extremamente difícil, nossa economia foi atingida duramente, as atividades no setor industrial, especialmente as relacionadas à indústria da construção, sofreram com decisões político-econômicas equivocadas, e também em razão dos reflexos da Operação Lava Jato – assunto que ainda está longe de ter um final feliz. Acompanhamos, com certa preocupação, o debate sobre as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelos governos nas esferas federal, estadual e municipal. Sabemos que a iniciativa é importante para equilibrar as contas públicas, controlar a inflação e criar as condições para a retomada do crescimento econômico, com geração de emprego e renda para todos. Mas entendemos que seu viés excessivamente tributário está criando sérios embaraços para o setor produtivo e, muito especialmente, para a indústria da construção. Somado a tudo isso, iniciamos 2016 enfrentando velhos problemas: obras públicas paradas; falta de priorização de investimentos em modais de transporte extremamente importantes, como a Ferrovia Norte-Sul; um direcionamento econômico preciso de aplicação de recursos na ampliação das redes de energia; investimentos no setor agrícola; para não falar no caos que a população brasileira continua enfrentando nas áreas de saúde, mobilidade e de segurança pública. Irmanados à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Sinduscon-GO lutará para manter a mobilização empresarial em torno de uma agenda cujo ponto inicial seja a retomada do investimento, contemplando temas de grande relevância e que exigem esforço para aperfeiçoamento, como a diminuição da carga tributária; a revisão de práticas trabalhistas em defesa da manutenção do emprego; e a identificação de novas modalidades e fontes de financiamento para o setor, especialmente do mercado imobiliário. Queremos enaltecer que depositamos extrema confian-

ça na força e na união dos empresários em torno da busca das melhores soluções para as questões políticas-econômicas que estão atravancando a retomada do crescimento do nosso País. Como dissemos no início deste Editorial, reafirmamos que se é da natureza humana ser otimista, é da natureza do empresário ser também empreendedor, indutor de mudanças, protagonista na busca da realização dos seus ideais. Tanto é assim, que na última reunião da Diretoria do Sinduscon-GO em 2015, realizada em 08 de dezembro, contamos com a apresentação das ações realizadas pelo Seconci-GO, Ademi-GO e Secovi-GO. Na ocasião, todos os presidentes manifestaram suas preocupações, mas também mostraram muita eficiência em suas tomadas de decisão, sempre pautadas no melhor atendimento aos anseios de seus públicos-alvo. Da mesma forma tem sido a nossa gestão no Sinduscon-GO. Diante da atual crise econômica que afeta o nosso País, assim como em nossas empresas, foi necessário tomar algumas medidas para reduzir as despesas do Sindicato, como diminuir a periodicidade da revista Construir Mais (que a partir desta edição circulará a cada dois meses), reduzir e adequar o quadro de pessoal. Diante deste cenário, reafirmamos o nosso compromisso em continuar trabalhando em prol do bem coletivo, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para aprimorar a gestão das empresas, auxiliando-as na retomada do crescimento. Cumpre-nos ainda desejar aos leitores da nossa revista neste primeiro Editorial de 2016, votos de muita saúde, paz e esperança. Boa leitura! CARLOS ALBERTO DE PAULA MOURA JÚNIOR Presidente do Sinduscon-GO

DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDUSCON-GO (2013/2016) PRESIDENTE: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 1º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - 2º Vice-Presidente: Guilherme Pinheiro de Lima - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho Diretor Administrativo Adjunto: Luís Alberto Pereira - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Financeiro e Patrimonial Adjunto: Ricardo Silva Reis - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor da Comissão de Economia e Estatística Adjunto: Maurício Figueiredo Menezes - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária Adjunto: Eduardo Bilemjian Neto - Diretor da Comissão de Habitação: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor da Comissão de Habitação Adjunto: Cláudio Jesus Barbosa de Sousa - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Renato de Sousa Correia - Diretor de Materiais e Tecnologias: Sarkis Nabi Curi - Diretor de Materiais e Tecnologias Adjunto: Pedro Henrique Borela - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: João Geraldo Souza Maia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas Adjunto: Humberto Vasconcellos França - Diretora de Qualidade e Produtividade: Patrícia Garrote Carvalho - Diretora de Qualidade e Produtividade Adjunta: Aloma Cristina Schmaltz Rocha - Diretor de Construção Pesada: Sérgio Murilo Leandro Costa - Diretor de Construção Pesada Adjunto: Jadir Matsui - Diretor de Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor da Construção Metálica Adjunto: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora de Assuntos Jurídicos Adjunta: Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Yuri Vaz de Paula - Diretor da Comissão de Saúde: Jorge Tadeu Abrão - Diretor da Comissão de Saúde Adjunto: Célio Eustáquio de Moura - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural: Gustavo Veras Pinto Cordeiro - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural Adjunto: Nelson Siqueira Neto - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico: Ricardo Daniel Lopes - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico Adjunto: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro - Diretor Social e de Comunicação Adjunto: Ulisses Alcoforado Maranhão Sá - CONSELHO CONSULTIVO: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan de Alvarenga Menezes, José Augusto Florenzano, José Carlos Gilberti - SUPLENTES: Bruno de Alvarenga Menezes, Marco Antônio de Castro Miranda, André Luiz Baptista Lins Rocha - CONSELHO FISCAL: Célio Eustáquio de Moura, Guilherme Pinheiro de Lima, Carlos Henrique Rosa Gilberti - SUPLENTES: Paulo Silas Ferreira, Ricardo de Sousa Correia, Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, Roberto Elias de Lima Fernandes - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Guilherme Pinheiro de Lima.

FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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S UMÁRIO

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Artigo “Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia” é o tema do artigo do presidente do Codese e da Ademi-GO, Renato de Sousa Correia.

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Entrevista Em 2016, governo estadual planeja investir R$ 3,3 bilhões em obras de infraestrutura,

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com destaque para o Rodovida e o Rodovida

Balanço 2015 & Perspectivas 2016

Urbano, segundo previsão da Secretaria

Indústria da construção fecha 2015 com forte retração e busca novo fôlego, avalia CBIC

de Gestão e Planejamento do Estado de Goiás (Segplan). Confira a entrevista com o secretário Thiago Mello Peixoto da Silveira.

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Espaço CBIC o assunto abordado nesta edição pelo

valorização dos imóveis.

da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

Artigo

Registro de Eventos Sinduscon-GO no mês de dezembro/2015.

artigo da secretária da Fazenda do Estado de Goiás, Ana Carla Abrão Costa.

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Indicadores Econômicos Confira o valor do Custo Unitário Básico (CUB) referente ao mês de dezembro/2015 e o resultado

Comunidade da Construção

da pesquisa “Índice de Confiança do Empresário

Estruturas com desempenho é o assunto

da Indústria da Construção” também do mês de

tratado pelo engenheiro civil Ricardo Veiga.

dezembro/2015.

REVISTA CONSTRUIR MAIS - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) Sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior | Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro | Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves (beatriz@ sinduscongoias.com.br), Joelma Pinheiro (joelma@sinduscongoias.com.br) e Valdevane Rosa (valdevane@sinduscongoias.com.br) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Silvio Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - Telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | Tiragem: 6.000 exemplares. Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Consciente das questões ambientais e sociais, o Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão dos seus materiais.

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Acompanhe o registro dos eventos realizados pelo “Perspectivas para 2016” é o tema do

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Inovar é Preciso Inovação e modernização de edifícios promove

presidente da Câmara Brasileira da Indústria

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“Brasil: é hora de refundar o modelo” é

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Anuncie na revista

Para informações entre em contato com o Departamento Comercial do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5168, e-mail comercial@sinduscongoias.com.br.


A

RT I G O

CODESE

Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia O Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em junho de 2015, por iniciativa das entidades representativas da Sociedade Civil Organizada, buscando elaborar um planejamento de médio e longo prazo para a cidade de Goiânia, com o objetivo de melhorar a renda e a qualidade de vida das pessoas que vivem em Goiânia. De forma mais concreta, este planejamento definirá diretrizes em 8 eixos de desenvolvimento econômico e 2 eixos especiais. Este planejamento estará pronto para ser implementado a partir de janeiro de 2017 até 2033, ano em que Goiânia completará 100 anos, buscando colocar a Capital entre as 10 melhores cidades para se viver, medidos pelo IDH. Em 2010, Goiânia ocupava a quadragésima quinta posição. Os 8 eixos de desenvolvimento econômico são estudados pelas Câmaras Técnicas abaixo relacionadas: 1. Logística e Distribuição; 2. Polo Educacional; 3. Polo Tecnológico; 4. Turismo de Negócios; 5. Polo de Saúde; 6. Agronegócio; 7. Desenvolvimento Urbano; 8. Vestuário e Moda. Os 2 eixos especiais são trabalhados em duas Câmaras Técnicas: 1. Desburocratização (melhoria da gestão pública); 2. Observatório Social. Os trabalhos das Câmaras estão em franco desenvolvimento desde a fundação do Codese, vale informar aqui que os interessados podem entrar em contato com a Secretaria Executiva pelo e-mail codese@ofuturodaminhacidade.com.br, e serão consolidados em 4 grandes diretrizes, as quais chamamos de macro projetos: 1. Macro projeto Econômico; 2. Macro projeto Urbanístico (Mobilidade, Sistema Viário, Meio Ambiente e Urbanismo); 3. Macro projeto de Melhoria da Gestão Pública (Desburocratização e Automação de Processos); 4. Macro projeto de Desenvolvimento Humano (Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer). O nosso cronograma de trabalho para 2016 prevê estabelecermos parcerias e consultorias para a materialização dos projetos acima e a realização de 12 reuniões com as

“ O CODESE É FRUTO DO AMADURECIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA GOIANIENSE, QUE SE MOBILIZA PARA PARTICIPAR ATIVA E DEMOCRATICAMENTE DO FUTURO DE NOSSA CIDADE” diversas Câmaras Técnicas de janeiro até abril de 2016. Em maio, as consultorias elaborarão os documentos consolidados dos macros projetos de forma que a partir do mês de junho serão apresentados aos candidatos a prefeito de Goiânia, vislumbrando a aplicação das diretrizes independentemente de qual candidato seja vitorioso no pleito eleitoral de 2016. Na verdade, o Codese é fruto do amadurecimento da Sociedade Civil Organizada goianiense, que se mobiliza para participar ativa e democraticamente do futuro de nossa cidade. Este não é um movimento pontual e isolado de um setor, mas sim um movimento plural, envolvendo entidades representativas do comércio, da indústria, dos hospitais, das escolas particulares, da tecnologia de informação, das confecções, do setor de transportes, do agronegócio dentre outros. Todos estão dispostos e motivados em manter de forma permanente este trabalho e a interação com os gestores públicos, sempre com o foco no planejamento de médio e longo prazo, tendo como objetivo a melhoria contínua da renda e da qualidade de vida, potencializando as vocações econômicas de nossa cidade. RENATO DE SOUSA CORREIA, presidente do Codese e da Ademi-GO

FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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E

N T R E V I S TA

THIAGO MELLO PEIXOTO DA SILVEIRA

EM 2016, GOVERNO ESTADUAL PLANEJA INVESTIR R$ 3,3 BILHÕES em obras de infraestrutura, com destaque para o Rodovida e o Rodovida Urbano, segundo previsão da Segplan Thiago Mello Peixoto da Silveira nasceu em Brasília. Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, assumiu a Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado de Goiás (Segplan) em janeiro de 2015. Como meta estabelecida pelo governador Marconi Perillo, Thiago Peixoto tem a missão de tornar a Segplan um órgão com perfil técnico e focado no planejamento estratégico do Estado como um todo, além de se pensar em uma maior inserção de Goiás no cenário nacional. Entre os desafios iniciais estavam a formulação de um modelo regional de desenvolvimento a partir da região Centro-Oeste, que foi concretizada com a criação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Brasil Central, e a definição de uma forte política voltada para a competitividade, que vem sendo implantada com o programa Goiás Mais Competitivo. Além disso, por se tratar de uma área meio e por promover o planejamento e a gestão do governo, a Segplan participa de maneira próxima e como parceira da elaboração de ações em todas as secretarias finalísticas. O entrevistado desta edição da Construir Mais já ocupou algumas funções político-partidárias, como a de deputado federal para o mandato 2011/2014 (PMDB e depois PSD), do qual se licenciou para se tornar secretário estadual de Educação (2011/2013). Foi reeleito deputado federal em 2014 (PSD) para o mandato 2015/2018, do qual se licenciou em janeiro de 2015 para se tornar secretário de Gestão e Planejamento de Goiás. Confira a seguir a entrevista. PARA 2016, QUAIS SÃO AS PRIORIDADES DE TRABALHO DA SECRETARIA DE ESTADO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO? Vamos dar continuidade ao trabalho envolvendo a Secretaria iniciado em 2015. Como destaques eu listo a instalação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, que é um instrumento de política regional que vai além das divisas goianas, a criação do programa Goiás Mais Competitivo, que tem foco na melhoria dos indicadores de competitividade do Estado, e a realização do Let’s GO (Líderes, Empreendedores e Talentos a Serviço de Goiás), evento de inovação, tecnologia e transparência. COMO FUNCIONA ESSE CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL? A origem do processo foi no final de 2014, quando tive uma conversa na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com o professor Roberto Mangabeira Unger. Comparti6

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lhamos a ideia de que era possível criar uma agenda regional de desenvolvimento a partir do Centro-Oeste, que é uma região que sempre cresce acima da média nacional. Mais tarde, Mangabeira se tornou ministro e incentivou a criação do chamado Movimento Brasil Central, que foi idealizado em Goiás com a participação e aval do governador Marconi Perillo. O primeiro Fórum de Governadores ocorreu em Goiânia em julho e, de lá para cá, o processo se cristalizou. O bloco regional foi consolidado e o governador Marconi foi eleito o primeiro presidente do Consórcio Brasil Central, que é formado por Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia e terá o papel de definir e executar políticas públicas de desenvolvimento em comum entre essas unidades da federação. A ideia é definirmos as ações prioritárias e cobrarmos recursos federais para a execução mas, mais do que isso, passamos a ter autonomia para realizar ações em comum sem depender da União. Por exemplo, poderemos buscar Parcerias Público-Privadas e concessões para desenvolver projetos na região. Em 2016 vamos começar a tirar do papel as primeiras ideias e definir os projetos executivos prioritários de cada estado. E O GOIÁS MAIS COMPETITIVO? Esse programa, lançado em novembro de 2014, é voltado para a melhoria de nossos indicadores. No ano passado, foi realizado um amplo estudo de várias áreas do governo, indicando onde estávamos desenvolvendo um bom papel e onde era preciso e possível avançar. Com base nesses dados, fizemos um diagnóstico geral e traçamos as metas que precisam ser cumpridas para fazer de Goiás um dos estados mais competitivos do Brasil até 2018. E isso não quer dizer apenas competitividade econômica, ainda que ela também seja importante. Competitividade, em nossa avaliação, é um conceito amplo que abrange também a área social. Um estado mais competitivo tem boas escolas, estradas e hospitais, por exemplo. Oferece melhores condições de vida à população. Até agora já foram pactuadas metas com a Controladoria Geral do Estado e com a Secretaria de Saúde. Em 2016 vamos ampliar às demais áreas componentes do programa como segurança, educação, obras, meio ambiente e outras. O interessante é que o governador Marconi Perillo vai poder acompanhar em tempo real o andamento do projeto por meio da Sala de Situação, montada ao lado de seu gabinete. Os painéis instalados na sala vão possibilitar o monitoramento diário por parte do governador, que já cobrou empenho de todos os secretários e presidentes de órgãos envolvidos no Goiás Mais Competitivo.


plantação efetiva das ações prioritárias em várias áreas. E isso vai significar melhores condições de vida para a população.

THIAGO MELLO PEIXOTO DA SILVEIRA, SECRETÁRIO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS (SEGPLAN)

E O LET’S GO? COMO FUNCIONA? A primeira etapa desse projeto foi voltada para a área tecnológica. Oferecemos desafios a jovens que participaram de uma maratona hacker (hackatona) e eles nos apresentaram soluções para facilitar o acesso aos dados disponíveis em nossos portais. As soluções vencedoras foram voltadas para empreendedorismo, transparência nas contas públicas e melhor acesso aos serviços públicos de saúde. Da mesma forma que tivemos bons resultados com essa primeira edição, a ideia, em 2016, é ampliar o Let’s GO para áreas além da inovação tecnológica. Queremos que a sociedade participe do governo, opinando e apontando caminhos, e nos ajude a construir um Estado cada vez melhor. RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA ECONÔMICA E DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO, CUJA EXTENSÃO TERRITORIAL É GRANDE, QUE FERRAMENTAS A SEGPLAN UTILIZA PARA FORMULAR O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES? A Secretaria detém uma série de instrumentos na definição das políticas de planejamento do Estado. A curto prazo, as principais ferramentas são o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Projeto de Lei Orçamentária Anual, por meio dos quais o governo estabelece os investimentos para o ano seguinte. O PLDO, que é alinhado conforme as demandas de cada uma das secretarias é enviado antes à Assembleia Legislativa e dá um parâmetro geral sobre as principais ações do governo para o ano seguinte. Já o PLOA é enviado no segundo semestre e dá detalhes sobre onde o governo irá aplicar os recursos do orçamento no ano seguinte. Já a médio prazo temos o Plano Plurianual, que estabelece as diretrizes dos principais programas, metas e ações do governo para os próximos quatro anos. O último a ser aprovado foi o 2016/2019, que passou pela casa legislativa no ano passado. A inovação que trouxemos esse ano foi o método de consulta online sobre as prioridades das dez regiões de planejamento do Estado. Criamos a ferramenta digital chamada de Fala Goiás, por meio do qual a população deu sua opinião sobre quais eram as demandas prioritárias para sua cidade e região. O projeto Agenda Goiás, do qual fomos parceiros junto ao Grupo Jaime Câmara, também serviu para nos subsidiar de informações sobre as expectativas da comunidade de cada região do Estado. Além disso, reafirmo que criamos um novo instrumento no ano passado, que eu considero fundamental. Trata-se do programa Goiás Mais Competitivo, do qual eu falei anteriormente. Ele é uma ferramenta de inteligência de dados que vai possibilitar a Goiás uma melhoria significativa dos indicadores após a im-

QUANTO AO PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO DO ESTADO PARA 2016, QUE RECURSOS SERÃO INVESTIDOS EM OBRAS DE INFRAESTRUTURA? QUE OBRAS ESTÃO PREVISTAS PARA SEREM REALIZADAS? A previsão de investimentos para este ano é da ordem de R$ 3,3 bilhões de um orçamento total de R$ 25,2 bilhões. A Segplan faz o planejamento e indica as ações gerais para aplicação, mas a definição da execução das obras é de cada uma das pastas e das áreas finalísticas, como as empresas públicas. Dentre os programas com destaque para obras este ano estão o Rodovida, que é executado pela Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas) e tem foco na conservação e manutenção das rodovias estaduais, com R$ 1,8 bilhão de previsão orçamentária, e o Rodovida Urbano, que tem o mesmo perfil, mas é voltado para as cidades, com R$ 273,3 milhões. NAS MODALIDADES DE PARCERIA PÚBLICOPRIVADA (PPP) E DE CONCESSÃO, O QUE O GOVERNO DO ESTADO PLANEJA REALIZAR? Existem vários projetos em estudo e em andamento em várias áreas do governo e no próprio Conselho Estadual de Desestatização, que é ligado à Segplan. Mas não há um cronograma definido ainda sobre o que será executado e quando. No momento oportuno, as ações serão divulgadas. O que encontra-se mais avançado nessa área é a implantação das Organizações Sociais (OS) na Educação, mas esse é um assunto que foge de nossas atribuições diretas e está sendo tocado pela Secretaria de Educação. E NAS ÁREAS DE CAPACITAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS E DE INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, AMBOS VISANDO À MELHORIA DOS ATENDIMENTOS PRESTADOS AOS CIDADÃOS, O QUE A SEGPLAN PREVÊ REALIZAR EM 2016? Na área de capacitação dos servidores, continuaremos as ações normalmente por meio da Escola de Governo Henrique Santillo, que realiza constantemente cursos voltados para o funcionalismo. Com relação à tecnologia da informação, iremos avançar bastante. Um dos grandes diferenciais será o funcionamento do chamado datacenter container, que instalamos ao longo do ano passado por meio do trabalho da Superintendência Central de Tecnologia da Informação (SCTI) da Segplan. Ele vai atuar em um modelo de redundância com o datacenter físico já existente e vai nos garantir uma abrangência maior. Nossa meta é ter condições de atender toda a demanda de tecnologia da informação do Governo de Goiás com essa medida. Esse ambiente de alta disponibilidade vai nos possibilitar também mais segurança e eficiência. O foco final é no cidadão, na prestação de serviços à população. Hoje temos uma grande plataforma digital de atendimento já instalada no governo e precisamos desse tipo de investimento em tecnologia para levar adiante nossos projetos de ampliação. O datacenter container de Goiás será o maior da América Latina e ocupará uma área total de 624 m². Ele nos dará condições de aprimorar os serviços que o Estado de Goiás já fornece para a sociedade como a Nota Fiscal Eletrônica, Nota Fiscal Goiana e serviços do Detran. Além de possibilitar novos serviços como a Nota Fiscal do Consumidor, serviços oferecidos no Vapt Vupt em formato digital, implantação de processo eletrônico (GED) e várias outras soluções. FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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ONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Sistema de Gestão Ambiental, um aliado na MELHORIA DO DESEMPENHO Diante de um cenário com diversos problemas ambientais de sérias proporções no Brasil, envolvendo situações como o recente acidente em Mariana (MG), ou a dificuldade em se chegar a um acordo no percentual de redução das emissões de gases na Conferência do Clima COP 21, pode-se afirmar que vivemos um momento determinante da gestão ambiental no País e no mundo: “precisamos de urgência, de agir de forma abrangente para garantir nossa sobrevivência e do planeta. Iniciativas individuais e boas práticas isoladas não são suficientes para interferir no curso das adversidades ambientais que já vimos experimentando”, alerta a engenheira civil Leulair César Santana Mendes, mestre em Gestão Econômica do Meio Ambiente pela UNB, auditora líder do ICQ Brasil. Para ela, a gestão ambiental precisa ser mais efetiva e menos “propagandista”, politicamente correta, apenas “vestida de verde”. Em sua visão, este momento de crise que estamos vivenciando será muito útil para a efetividade da gestão, inclusive a ambiental. “A escassez de recursos sempre nos impulsiona a encontrar soluções viáveis e permanentes. Acredito que vamos transpor as crises, e o país voltará a crescer. As organizações precisarão de maturidade em gestão, especialmente na estratégica. E aí entra a interface ambiental, aderente aos negócios. A versão 2015 da Norma ISO 14001 sinaliza tal postura”, evidencia a engenheira, acrescentando que a Norma ISO 14001 é um bom instrumento para se iniciar, mas é preciso ir além e entender a urgência do compromisso com a melhoria contínua. A finalidade principal do Sistema de Gestão Ambiental é conduzir a organização para a melhoria do seu desempenho ambiental. Ou seja, o SGA pode ser implementado em uma organização que causa impactos adversos ao meio ambiente (afinal todas causam, em proporções distintas), mas ao implantá-lo ela está se comprometendo a minimizá-los e até eliminá-los, pelo menos gradativamente. A ISO 14001 passou por atualização recente. A engenheira informa que as mudanças da versão 2004 para 2015 são muitas, e têm um impacto direto sobre o caráter estratégico do sistema de gestão ambiental na gestão das organizações, como a adoção da estrutura de Alto Nível (High level Structure) estabelecida para as normas de sistemas de gestão, o que facilita a interação dos sistemas; inclusão de requisitos para determinação do contexto da organização: questões internas e externas e as necessidades e expectativas das partes interessadas; inclusão do requisito relacionado à liderança e comprometimento, como: responsabilização de prestação de contas, política e objetivos ambientais compatíveis com a estratégia e contexto, integração dos requisitos do SGA com os processos de negócios (incluindo os objetivos ambientais); inclusão do requisito de determinação 8

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • FEVEREIRO 2016

CINTHIA MARTINS

LEULAIR CÉSAR

e documentação dos Riscos e Oportunidades relacionados aos seus aspectos ambientais; inclusão da “perspectiva de ciclo de vida” na determinação dos impactos ambientais associados aos aspectos das atividades, produtos e serviços; etc. Para Leulair Mendes, o principal benefício do SGA é contribuir efetivamente com a prevenção da poluição e redução dos impactos ambientais das suas atividades sobre o planeta, sendo este um grande legado para o desenvolvimento sustentável. Mas ainda são perceptíveis outros benefícios como: otimização e melhoria de processos, especialmente aqueles relativos aos impactos ambientais significativos; redução de perdas com utilização de equipamentos e tecnologias obsoletas; melhoria do desempenho ambiental, incluindo resultados financeiros; maior controle do cumprimento dos requisitos legais aplicáveis; melhoria do processo de comunicação com as partes interessadas, como a vizinhança, empregados, acionistas e órgãos governamentais; e fortalecimento da imagem da empresa pela responsabilidade ambiental.

Benefícios na prática

A Toctao Engenharia, empresa fundada em 1996, possui um Sistema de Gestão integrado certificado com base nas normas ISO 9001, e PBQP-H Nível A, de Gestão da Qualidade, ISO 14001 de Gestão Ambiental e OHSAS 18001 de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho. A implantação do sistema iniciou em 2010 e a primeira certificação ocorreu em 2012. Como a empresa passou pelo processo de recertificação em 2015 e o certificado tem validade até o ano de 2018 serão realizadas capacitações com a equipe envolvida na gestão, para adequar todo o Sistema de Gestão integrado, considerando a nova versão da ISO 14001, a ISO 9001 e a nova ISO 45000 de Saúde e Segurança no Trabalho. Assim será elaborado um plano de trabalho ao longo dos próximos dois anos para fazer a transição de modo a proporcionar uma real melhoria contínua ao sistema. Como benefícios da implantação do SGA, a tecnóloga em Saneamento Ambiental e mestre em Engenharia do Meio Ambiente, Cinthia Martins, coordenadora de Meio Ambiente da Toctao Engenharia, destaca que a empresa pode gerenciar corretamente os aspectos ambientais de suas atividades, reduzindo assim a poluição, assegurando que passivos ambientais não sejam gerados, além de promover uma mudança de comportamento, em relação às questões ambientais, com todos seus colaboradores e demais partes interessadas do negócio. Benefícios econômicos também podem ser observados, como a economia de recursos. Também pode-se considerar o ganho para a marca que se traduz na confiança de seus clientes e no reconhecimento da sociedade.


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S PA Ç O C B I C

BRASIL: é hora de refundar o modelo

O Brasil passa por um momento de grande dificuldade, uma de suas maiores crises desde a redemocratização. Os períodos de turbulência passados já não servem de referência para o ciclo atual de deterioração do cenário econômico, que se aprofunda alavancado pela combinação de inflação com desemprego. Nesse emaranhado de indicadores negativos e horizonte nebuloso, a construção civil aproxima-se do seu limite e busca uma saída que evite o seu desmonte. Tradicional indutor da geração de empregos e renda, o setor fecha postos de trabalho e reduz o ritmo de suas obras e lançamentos em velocidade jamais registrada em sua história. É grande a expectativa por um ajuste no foco que permita ao país retomar o caminho do desenvolvimento. É preciso mudar já! Entre 2003 e 2013, nosso setor cresceu e contribuiu para o bem-estar de muitos brasileiros, sejam aqueles que conquistaram e mantiveram emprego e renda, sejam aqueles que alcançaram o sonho da casa própria. Saltamos de pouco mais de 1,3 milhão de postos de trabalho formais para mais de 3,5 milhões. O salário real do trabalhador cresceu mais de 40%. Hoje, a drástica inversão de expectativas, cujos vetores mais aparentes são a suspensão de investimentos e o atraso nos pagamentos das obras, nos deixará como saldo a redução de meio milhão de vagas em 2015: são mais de dois milhões de pessoas com sua subsistência ameaçada, seus planos adiados e sonhos mais distantes. Os empresários vêem no programa de concessões uma saída decisiva para a infraestrutura brasileira – temos defendido junto ao governo federal que haja mais segurança e as condições para que mais empresas possam entrar. Quanto mais concorrência, maior a transparência do programa que pode recuperar a economia brasileira. Nos preocupa o ajuste fiscal, que corta investimentos e propõe o aumento de impostos. É o momento de o Brasil enfrentar seus problemas estruturais, que independem do governante. Enquanto não forem atacados esses gargalos, tudo será remedinho. E está na hora da cirurgia. Para sermos justos e honestos, esses não são problemas de um ou outro governo, traduzem uma visão antiquada de país, enraizada e perene. A construção civil vai cobrar uma nova mentalidade para o gasto público. É preciso reequilibrar a relação entre Estado e sociedade e criar um novo contrato social entre

“ É O MOMENTO DE O BRASIL ENFRENTAR SEUS PROBLEMAS ESTRUTURAIS, QUE INDEPENDEM DO GOVERNANTE. ENQUANTO NÃO FOREM ATACADOS ESSES GARGALOS, TUDO SERÁ REMEDINHO. E ESTÁ NA HORA DA CIRURGIA” empresas e poder público, pautado por valores como a justiça, o mérito, a eficiência, a produtividade, a livre iniciativa, a responsabilidade. Há que reavaliar a qualidade do gasto público no país. Hoje, apenas 2,5% do orçamento federal vão para investimento em obras, o PAC. Os outros 97,5% são recursos de destino obrigatório. É neles que devemos focar o ajuste, qualificando melhor o gasto público. O país não aguenta mais! A construção civil vai mobilizar sua força para propor mudanças na legislação, de modo que nos momentos em que o orçamento ou sua execução forem deficitários, sejam vedados automaticamente os efeitos de legislações anteriores que gerem aumento de despesas. Para isso, vamos mostrar à população a importância desse passo. É nosso dever colocar esse debate na pauta das pessoas comuns, que são as mais prejudicadas pelos problemas do país. O Brasil precisa mudar e cabe a cada cidadão, ao empresário, ao empreendedor, fazerem a pressão que gera avanços. É nessa mudança que vamos colocar nossa energia e união.

JOSÉ CARLOS MARTINS, engenheiro, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

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S PA Ç O J U R Í D I C O

Alienação fiduciária de bem imóvel:

MAIORIDADE X MATURIDADE Criada há dezoito anos, a alienação fiduciária de bem imóvel é a garantia imobiliária mais utilizada no Brasil, atualmente, e muito contribuiu para o boom imobiliário de nosso passado recente. Mesmo assim, alguns temas sobre a mesma ainda se encontram sem definição no Poder Judiciário, gerando insegurança. O instituto comentado consiste na transferência da propriedade de um imóvel ao credor para fins de garantia da obrigação do devedor. Propriedade esta que é automaticamente extinta, quando há o pagamento total da dívida. Ao se instituir a alienação fiduciária, o devedor deixa de ser proprietário do imóvel, mas permanece com a posse do mesmo, podendo usufruir dele normalmente. Referida garantia pode ser contratada por qualquer pessoa física ou jurídica. O garantidor pode ser o próprio devedor ou terceira pessoa. Esta modalidade é mais utilizada em financiamentos imobiliários, onde o comprador/ devedor adquire o imóvel de forma financiada e, concomitantemente, transfere-o ao credor, mas também é cabível para a garantia de dívidas em geral. A alienação fiduciária de bem imóvel se constitui com o registro do contrato no Registro de Imóveis. Em caso de inadimplência, o oficial do Registro de Imóveis, mediante requerimento do credor, notifica o devedor para que pague a dívida, no prazo de quinze dias. Caso o devedor não o faça, o credor, pagando o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), torna-se o proprietário pleno do bem, com direito de ser reintegrado na posse do mesmo em sessenta dias. Na sequência, o credor deve levar o imóvel a leilão. O valor mínimo de venda deve corresponder à dívida, despesas de intimação e de leilão e encargos do imóvel. Havendo arrematação em valor superior ao mínimo, a diferença é devolvida ao devedor. Não havendo arrematação, o imóvel fica com o credor. Segundo a lei que regulamenta a alienação fiduciária, neste caso, nenhum valor deve ser devolvido ao devedor. Como se vê, a alienação fiduciária de bem imóvel é garantia extremamente eficiente. Possui, ainda, vantagens em relação à hipoteca, outra garantia imobiliária. Naquela, o imóvel sai do patrimônio do devedor e nesta, não. Logo, na alienação fiduciária é menor o risco de que outros credores do devedor busquem saldar seus créditos com referido imóvel. A execução da garantia fiduciária se dá, ainda, de 10

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“ A ALIENAÇÃO

FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL É GARANTIA EXTREMAMENTE EFICIENTE. POSSUI, AINDA, VANTAGENS EM RELAÇÃO À HIPOTECA, OUTRA GARANTIA IMOBILIÁRIA. NAQUELA, O IMÓVEL SAI DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR E NESTA, NÃO”

forma extrajudicial, sem a morosidade do Judiciário, o que não ocorre na hipoteca. Por outro lado, alguns temas da alienação fiduciária de imóvel ainda carecem de definição do Judiciário, gerando insegurança aos contratantes. As decisões do Judiciário oscilam, especialmente, em três assuntos. A necessidade ou não de intimação do devedor para o leilão, a possibilidade ou não deste pagar o débito até o leilão e, na relação de consumo, se o credor deve ou não restituir algum valor ao devedor, em caso de o imóvel não ser arrematado nos leilões. Todavia, o que os contratantes mais esperam não é a resposta positiva ou negativa sobre tais assuntos, mas sim uma resposta definitiva que lhes dê condição de previsibilidade de seus negócios. O instituto alcança, temporalmente, sua maioridade, pois completou dezoito anos. No entanto, ainda carece de maturidade plena. ARTHUR RIOS JÚNIOR é advogado imobiliário e da construção


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Foto: Denis Marlon

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RT I G O

PERSPECTIVAS

para 2016

Viramos o ano, mas ainda seguimos com vários dos problemas que estiveram em pauta ao longo de 2015. A crise econômica é um desses temas que continua a assombrar o país, principalmente por causa da falta de ação do governo federal para colocar o país nos trilhos do crescimento. No entanto, apesar de Goiás estar inserido neste mesmo contexto, o governo estadual assumiu uma postura de enfrentamento às dificuldades impostas por causa da retração da economia. Graças às medidas aqui adotadas, hoje é possível dizer que iniciamos o ano melhor do que iniciamos em 2015 e, certamente, a perspectiva é de um cenário – senão positivo – ao menos de maior tranquilidade. O Estado está mais enxuto e já é possível vislumbrar melhores oportunidades para o comércio e a indústria. Se para o setor empresarial o desafio é retomar o crescimento, para Goiás o desafio é manter a linha de equilíbrio das contas públicas, e implantar dispositivos que deem aos gestores instrumentos mais eficazes para resguardar de problemas futuros as finanças públicas estaduais. O governo tem feito sua parte. Os esforços ao longo de 2015 permitiram uma economia aos cofres estaduais na ordem de R$ 3 bilhões. Contudo, prosseguir com essa trajetória de enxugamento da máquina estatal – o que possibilitará maiores investimentos – requer empenho que deve ir além da vontade política e, dentre esses novos instrumentos, um ordenamento legal se destaca pois garantirá o fortalecimento de ideais de responsabilidade com o dinheiro pú-

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blico: a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual (LRF Goiás). A LRF Goiás se sustenta sobre três pilares: no equilíbrio fiscal de longo prazo, na transparência da gestão fiscal e nas particularidades das finanças públicas regionais. O objetivo primeiro é garantir recursos para investimentos em educação, saúde, segurança e tantas outras áreas, que beneficiarão os mais de 6 milhões de habitantes de Goiás. Mas a lei também prioriza a estruturação do Estado para que se torne mais forte, mais competitivo e esteja mais preparado, inclusive, para enfrentar eventuais mudanças no ciclo econômico. É só uma parte do que precisa ser feito. Goiás é um Estado privilegiado. Tem usufruído de uma gestão modernizante e voltada ao desenvolvimento econômico e social. Tem se beneficiado de uma bancada no Congresso que defende os interesses do Estado e aproveitado as condições favoráveis em setores produtivos importantes. Conseguiu diversificar sua matriz de produção e tem crescido acima da média nacional em toda a última década. E ainda conseguiu, ao longo do tempo, traduzir esses ganhos em geração de empregos e redução da desigualdade. Certamente, 2016 será um ano de desafios, tanto para o setor público quanto para o setor privado. Mas o enfrentamento com equilíbrio, empenho e justiça social será determinante para sairmos melhores e mais competitivos. Mãos à obra. ANA CARLA ABRÃO COSTA é secretária da Fazenda de Goiás e economista


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OMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO

Estruturas com

DESEMPENHO A construção de edificações residenciais passa por um grande avanço e qualificação nos últimos tempos no Brasil e, especialmente, em Goiás. Com o advento da Norma de Desempenho chegamos a um nível de exigências ampla e geral para todos envolvidos nesse segmento da economia nacional, apesar dos percalços econômicos dos últimos meses, devemos continuar nos preparando e avançando. As empresas de construção que já se qualificavam cotidianamente, agora têm parâmetros de aferição para validarem a qualidade técnica de seus procedimentos e de seus empreendimentos. A Comunidade da Construção de Goiânia, em atividade no Sinduscon-GO, tem debatido e difundido por meio de diversas ações, tais como, seminários, oficinas, workshops e palestras, o conhecimento e a aplicação desse novo jeito de planejar e programar os empreendimentos residenciais. As atividades realizadas pela Comunidade, ao longo dos anos em que atua sob a orientação da ABCP-CO, qualificaram e continuam qualificando as nossas construções e disseminando a utilização do cimento como um importantíssimo insumo para a indústria da construção. A Fieg/Câmara da Indústria da Construção está fazendo o seu trabalho de preparação e qualificação das indústrias goianas, diretamente ligadas à cadeia produtiva da construção civil, de forma que os materiais e os fornecedores estejam devidamente preparados para que atendam às novas recomendações de desempenho dos sistemas componentes do edifício. A qualificação dessas obras é totalmente dependente da qualidade da equipe de profissionais responsáveis por cada uma das disciplinas envolvidas na edificação, com maior exigência na integração e compatibilização de todos os projetos, devemos avançar bastante na área de bem projetar. O projeto executivo é imprescindível em todas as disciplinas e é uma mudança de paradigma; a integração dos profissionais de obra e de planejamento do empreendedor, juntamente com os responsáveis pelo desenvolvimento de cada projeto deverá ser uma constante, devendo estar articulados e sob a batuta de uma boa coordenação de projetos. Novas

RICARDO VEIGA

ferramentas auxiliam nesse trabalho de qualificação e integração dos projetos. A elaboração de projetos de estruturas de concreto armado, bem como os procedimentos construtivos dessa estrutura, estão sob a batuta de normas técnicas atualizadas e com exigências importantes para que todos os outros sistemas componentes da edificação estejam adequados às prescrições de desempenho. A participação que tive nos fóruns de discussão e preparação de algumas normas técnicas reforçaram em mim a importância desse conhecimento técnico e científico e sua aplicação nas nossas atividades de projetar e construir. As estruturas têm exigências importantes para seu desempenho, ou seja, além da segurança intrínseca ao seu conceito, ainda devem ter durabilidade ou vida útil adequada ao seu modelo de exigência apresentado pela Norma de Desempenho; as deformações que ocorrem em cada peça da estrutura devem ser controladas para cada tipo de ação atuante na edificação (cargas verticais, vento, empuxos, variação de temperatura, incêndio...) e, conformada para cada material de acabamento ou de vedação, essas deformações têm sua limitação imediata e diferida ao longo do tempo, isso requer do engenheiro de estruturas muita análise e verificações no desenvolvimento de um projeto estrutural, temos nos capacitado para isso. Outro aspecto importante se refere à qualidade e ao conteúdo da especificação dos materiais e procedimentos para construção da estrutura, tudo isso com a garantia da economia. O detalhamento final da estrutura é um instrumento importante para a construção da edificação, dever ser clara, racionalizada e completa; segundo pesquisas o projeto estrutural é responsável por até 40% das patologias surgidas nas edificações e o detalhamento é o item de maior contribuição para esse elevado índice. ENG. CIVIL RICARDO VEIGA, diretor da Errevê Engenharia Ltda., consultor e projetista de Estruturas de Concreto Armado, diretor regional da Abece (2011 a 2014) e conselheiro da Comunidade da Construção de Goiânia

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N OVA R É P R E C I S O

INOVAÇÃO e modernização de

edifícios promovem valorização dos imóveis tação de colaboradores adicionais na recepção. Dentre as vantagens do Retrofit realizado, Machado comenta, em primeiro lugar sobre a oportunidade de negócio, “nestas condições se consegue comprar um imóvel em boa localização por preço inferior e, ao mudar a destinação dele, se consegue trazê-lo para o valor atual de mercado”. A mudança também atraiu novos clientes e houve mais procura da mídia, contribuindo para a valorização da imagem da empresa. Alguns clientes já procuraram a imobiliária para prestação de serviço da mesma natureza, mas até o momento nenhuma negociação foi efetivada. “A inovação e adequação a novas tecnologias é muito importante a fim de facilitar as tarefas do dia a dia e promover a melhoria de desempenho”, finalizou o empresário da área imobiliária.

Saiba mais

PRÉDIO INVESTT: ANTES E DEPOIS DO RETROFIT

Marcelo de Figueiredo Machado, sócio-diretor da Investt Imóveis, inovou com o Retrofit da atual sede da empresa, transformando um prédio residencial em uma unidade comercial. O projeto, em sua opinião, foi muito vantajoso, pois trouxe valorização para o imóvel que era antigo e necessitava de modernização. Com edificação original de 1985, o prédio com as características antigas já passava por desvalorização. A Investt adquiriu o edifício de sete pavimentos e, após o Retrofit, instalou sua sede no último piso, passando a alugar os outros seis pavimentos, de 250 m² cada. Marcelo Machado considerou como muito proveitosa a aquisição e o investimento na obra, pois “a Avenida 136 é um local de grande valorização e muito bem situada em Goiânia, onde estão localizadas grandes marcas”. O imóvel, segundo o empresário não estava deteriorado, mas destoava do padrão de modernidade. A obra de Retrofit começou há quatro anos, com prazo de execução de um ano e meio. A fachada foi totalmente remodelada, bem como todo o layout da parte interna, além da troca de todo acabamento. O sistema de fornecimento de água e energia foi readequado para o uso comercial, pois como havia uma estrutura pré-existente, esta foi reaproveitada e somente redistribuída. Os elevadores foram modernizados. A sustentabilidade não ganhou destaque na concepção do projeto, mas no pavimento ocupado pela imobiliária houve a preocupação com a iluminação ecoeficiente, porém na área alugada cada empreendedor desenvolveu um projeto específico adequado às necessidades do uso. No sentido de automação, a parte de comunicação foi contemplada com a implantação de sistema que permite autorizar a entrada de visitantes diretamente do próprio piso, por meio de imagens projetadas no local, dispensando assim a contra14

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O arquiteto e urbanista Lorí Crízel, professor e coordenador dos cursos Master em Arquitetura e Lighting e Design de Interiores – Ambientação e Produção do Espaço do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (Ipog), explica que o conceito de Retrofit se traduz em uma renovação/atualização do edifício, preservando suas características originais que o conferem uma identidade desde a concepção, mantendo assim a integridade arquitetônica do mesmo e trazendo uma nova leitura a obra. O objetivo maior é otimizar a vida útil do imóvel, incorporando a ele novas tecnologias ao mesmo tempo que o evidencia e qualifica como elemento a ser preservado. Segundo o professor, normalmente, utiliza-se a técnica de Retrofit quando há a necessidade de atualizar ou transformar o uso da edificação, movimento este que trará a inserção de novos elementos, tais como elevadores, atualização dos sistemas de iluminação e ar-condicionado, melhoria da estética ou nova distribuição de espaços do imóvel, ou até mesmo o desejo de modernização da obra, porém mantendo o foco em sua essência histórica. Ele destacou que o fator custo neste processo estará intimamente relacionado ao tipo de resultado que se espera, bem como as condicionantes impostas pela própria edificação, como seria o caso de prédios tombados. Em resumo vários fatores devem ser levados em consideração antes da decisão final de execução desta técnica. “É necessária uma minuciosa análise baseada em necessidades, orçamento e as reais intenções e expectativas do proprietário. No entanto, quando se trata de construções históricas e de significativo valor arquitetônico, o Retrofit é a técnica mais adequada devido à preservação e valorização LORÍ CRÍZEL do imóvel”, acrescentou.


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EGURANÇA DO TRABALHO

MENOS CELULAR, mais segurança Hoje é raro encontrar alguém que não utilize o telefone celular. O dispositivo trouxe diversas opções para a comunicação e entretenimento, especialmente depois que passou a disponibilizar o acesso à internet. O aparelho traz diversos benefícios, mas quando o assunto é o setor da construção civil, pode ser um risco. Pensando nisso, o uso do celular dentro dos canteiros de obras do Distrito Federal passou a ser proibido desde setembro de 2014. A iniciativa foi lançada pelo Sinduscon-DF, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores (STICMB), com o objetivo de prevenir os acidentes causados por distrações. Neste primeiro ano de campanha, percebemos que empresários, engenheiros e os trabalhadores tornaram-se mais conscientes sobre os riscos. Houve uma mudança de cultura nos canteiros. Dentro de uma obra é preciso muita atenção. Um exemplo é o trabalho em altura, onde uma simples distração pode causar um acidente fatal. A restrição ao uso do celular trouxe, portanto, muito mais segurança para nossos trabalhadores. O foco desta proibição foi atacar uma das causas de acidentes. Vale ressaltar que a iniciativa não visa privar o empregado de se comunicar. Ele pode atender ou realizar ligações particulares de caráter emergencial durante o expediente, desde que interrompa a atividade que esteja desenvolvendo e se posicione na área delimitada pelo empregador para o uso. Em uma obra, aqui em Brasília, um local apelidado

de “Cantinho do celular” foi reservado para o uso do aparelho. Assim que implantamos a medida, outros Sinduscons e até mesmo entidades de segmentos diferenciados nos procuraram. A proibição do uso de aparelho celular nos canteiros de obras entrou em vigor em setembro de 2014 e o não cumprimento da orientação acarreta em advertência. Em caso de reincidência, os trabalhadores recebem as devidas punições, vigentes na Legislação Trabalhista. A penalização é a mesma dada ao trabalhador que não segue as orientações de uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A decisão compõe o termo aditivo da Convenção Coletiva de Trabalho de 2014, definido entre o Sinduscon-DF e o STICMB. O acordo proíbe o uso de telefone celular, smartphone, tablet e dispositivos similares durante o horário de trabalho nos canteiros. O uso somente é permitido no intervalo, para descanso intrajornada. Conscientize seus trabalhadores. Menos celular, mais segurança! IZÍDIO SANTOS é vice-presidente do Sinduscon-DF e diretor de Política e Relações Trabalhistas

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I VA C O M S A Ú D E

BANCO DE EMPREGOS

DA CONSTRUÇÃO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa? Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho:

ENGENHEIRO CIVIL C. E. F. M.

Formação: Universidade de Taubaté (1986). Experiência: Gerenciamento de extensão de redes de esgoto. Medições de serviços através de planilhas da Saneago. Acompanhamento de trâmite de processos junto à Saneago (recebimentos) de medições. Gerenciamento de galerias de águas pluviais.

L. H. M. O.

Formação: Faculdade Objetivo (2014). Experiência: Planejamento e controle das obras. Fiscalização e verificação de solicitações de empreiteiros, liberação de solicitações e contratos, viabilidades de custos de mão de obra e materiais, controle de estoque e remanejamento, controle de ociosidade, diários de obra (RDOs), controle de contratos, controle de produção, medições e lucro.

J. O. C.

ANO NOVO, NOVOS EXAMES

As empresas associadas ao Seconci passaram a contar com dois novos exames relativos à medicina ocupacional, a Espirometria e o Eletroencefalograma. A realização de mais esses dois exames no Seconci é uma grande conquista para o trabalhador das empresas associadas, pois tanto o funcionário quanto a empresa ganham tempo na emissão do ASO (Atestado de Saúde Ocupacional). Antes, os funcionários que precisavam fazer esses exames eram encaminhados para clínicas parceiras do Seconci. O Seconci trabalha sempre focado em cumprir sua missão, que é “atender o trabalhador, com qualidade e respeito, na saúde, na assistência social e conhecimento”, e para isso não mede esforços em se qualificar e se estruturar de maneira a aumentar cada vez mais o mix de serviços oferecidos aos seus associados. Deste modo, nos empenhamos em aumentar a capacidade de atendimento dos serviços que já oferecemos e buscamos também a implantação de novos serviços. Em um curto prazo, pretendemos anunciar aqui o início de outros exames, como o ultrassom, por exemplo, e também a ampliação da nossa estrutura para abrigarmos em nossa sede um centro de diagnósticos voltado para a área da cardiologia. Ou seja, o ano que se inicia trará ótimas notícias para os associados e os beneficiários do Seconci. Sempre atentos às demandas do setor, sabemos que a Espirometria e o Eletroencefalograma irão facilitar a vida dos trabalhadores e das empresas associadas. Por fim, ressaltamos a importância de ter ao nosso lado empresas preocupadas com a saúde e bem estar dos seus funcionários, e parceiros que compartilham conosco o mesmo anseio de oferecer qualidade de vida aos funcionários e às famílias da construção civil. 16

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Formação: Faculdade Objetivo (2013). Experiência: Gerência de fábrica de postes pré-moldados. Coordenação e supervisão de funcionários. Medição e recebimento de serviços executados. Levantamento de materiais e serviços. Experiência com o sistema UAU. Experiência em obras verticais.

T. F. R. R.

Formação: Universidade Federal de Goiás (2004). Experiência: Elaboração de projetos de obras civis e infraestrutura urbana (edificações e obras públicas em geral); elaboração de orçamentos com utilização da tabela Sinapi e composições de serviços e atividades correlatas.

ALMOXARIFE CENTRAL C. E. M. O.

Formação: Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás – Cefet (2015). Experiência: Responsável por todo maquinário da obra, manutenção dos equipamentos, aluguel de máquinas, controle e conferência de mercadorias entregues na obra, relatório semanal de tudo referente ao almoxarifado, controle de entrada e saída de materiais, ISO 9001.

F. C. S.

Formação: Ensino Médio completo. Experiência: Solicitação de materiais, armazenamento de materiais, entrada de notas fiscais, recebimento de materiais e controle de ponto e Sistema UAU.

L. R. N.

Formação: Ensino Médio completo. Experiência: Contratação e demissão de funcionários. Controle e fechamento de ponto eletrônico. Controle e pedido de café e refeições. Controle e pedido de vale transporte. Controle e fechamento de produção. Recebimento e controle de documentos de terceiros. Pedido de materiais (Sistema UAU). Acompanhamento e lançamento de notas fiscais (Sistema UAU). Conferência e recebimento de materiais. Organização e controle de entrada e saída de materiais e equipamentos do almoxarifado.

W. K. A.

Formação: Ensino Médio completo. Experiência: Recebimento e controle de documentos de terceiros. Pedido de materiais (Sistema UAU). Acompanhamento e lançamento de notas fiscais (Sistema UAU). Conferência e recebimento de materiais. Organização e controle de entrada e saída de materiais e equipamentos do almoxarifado.

OBSERVAÇÃO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Paula Jacomini).


RH

& VOCÊ

ASSUMA O CONTROLE do seu tempo e seja um profissional indispensável O brasileiro se acostumou, nos últimos anos, a uma situação ligeiramente confortável e ilusória no mercado de trabalho. Era comum ver, por exemplo, jovens profissionais pulando de empresa em empresa, sem preocupação com a carreira, na ilusão de que poderiam, a qualquer momento, se recolocar no mercado. Essa realidade (se é que um dia foi sustentável) não existe mais. Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o desemprego em julho, no país, pode ter chegado a 7% e o salário médio de admissão caiu 2% em junho. O resultado é o segundo pior em 11 anos. Em tempos de crise, que não é apenas midiática, mas está sendo sentida no dia a dia, a receita das empresas não é nenhum segredo: é preciso focar em produtividade, com profissionais que dão resultado e cortar o que é supérfluo, inclusive no que se refere a recursos humanos. Como então sobreviver a esse momento nebuloso no mercado, seja você um profissional de uma empresa ou liberal? Não há uma fórmula mágica, mas a manutenção do profissional no mercado também não é golpe de sorte. É preciso reunir as qualidades exigidas, ter um propósito e muita disciplina. Das qualidades indispensáveis para o sucesso e crescimento de qualquer organização, destaca-se a gestão do tempo. Estamos em um momento de virada. Não só virada do ano, mas virada da nossa vida. E a pergunta que fica nesse momento é o que eu vou fazer para que meu 2016 seja diferente? De que modo posso ser um profissional mais produtivo e garantir resultados formidáveis? Isso é uma questão, claro, de atitude, mas também é possível ser auxiliado por técnicas e por planejamento. É aconselhável, por exemplo, se fazer um “GPS semanal”. É um planejamento relativamente simples que vai te dar uma direção para as realizações de cada semana e garantir que o final do mês seja comemorado com conquistas, ao invés do desespero em busca das metas que não foram atingidas. Portanto, basta as pessoas colocarem quais são três metas que ela tem para uma semana e de que modo essas três metas semanais ajudarão a chegar nos objetivos estratégicos do ano. É importante, no entanto, entender que meta é pautada em resultados o que a faz bem diferente de tarefas ou atividades corriqueiras. John Wooden, técnico de basquete e escritor do livro “A pirâmide do Sucesso” disse certa vez: “jamais confunda atividade com realização”. Realização é fazer algo pelo qual você se concretize e se realize, que faça valer a pena cada dia e isso vai além de tarefas corriqueiras. Logo, após esse exercício de saber onde você quer chegar

ao final do ano e mês a mês estabelecer objetivos que te levarão lá, além de semana a semana estabelecer e mensurar o que se atingiu, você poderá comemorar as conquistas, afinal, comemorar energiza para conquistar um novo fôlego e ser resiliente durante a jornada. Lembrando que para construir uma meta é necessário lembrar da fórmula “Smart”, ou seja, específica, mensurável, atingível, relevante e temporal. Portanto, meta precisa ter prazo para realização e ser focada em resultados. Ela precisa ser mensurável (o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado), alcançável (para não gerar desânimo ou desistência), e relevante (que te motive a pagar o preço para realizar). Vale lembrar também que gestão do tempo não significa abraçar o mundo. É preciso fazer escolhas, renunciar a algumas coisas e abrir mão de outras. Primeiro é preciso focar no mais importante. Pode até parecer algo repetitivo, mas é preciso ter a disciplina de colocar o planejamento em prática e vai ser gritante o resultado. Por último, é importante ressaltar que o segredo para o grande é o pequeno. Às vezes a gente fica focando em grandes transformações e isso nos impede de agir. Especialistas em comportamento afirmam que 5% do que você decide mudar no pensamento ou na atitude, pode se transformar em 95% de resultado em sua vida. Sucesso, já é hora de começar.

TATHIANE DEÂNDHELA, empresária, professora, palestrante e coach

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AT É R I A D E C A PA

CONSTRUÇÃO CIVIL

FECHA 2015 COM FORTE RETRAÇÃO E BUSCA NOVO FÔLEGO A construção civil fechou 2015 com forte retração e mobilizada na busca por alternativas que fomentem sua recuperação em 2016. A expectativa é que sejam criadas as condições para a retomada do investimento, com produtividade e competitividade, processo que deve ter como base a qualificação do gasto público; a combinação de redução da burocracia com a melhoria dos marcos regulatórios; e a ampliação do mercado para que mais empresas, e de diversos portes, possam atuar. Empresários do setor enxergam no programa de concessões e parcerias público-privadas, cuja modelagem está em discussão para projetos que podem deslanchar em 2016, vetor de estímulo ao desenvolvimento. E trabalham para desencadear novos empreendimentos nas faixas 2 e 3 do programa Minha Casa Minha Vida. “Tivemos um ano difícil, mas estamos olhando para frente”, disse José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em recente balanço das atividades da indústria da construção em 2015 divulgado pela entidade. “Nossas empresas estão se preparando para o momento seguinte, pós-crise, mas é preciso atacar os problemas do Brasil de frente e de forma eficaz para que esse período seja superado”. A retração do investimento empurrou para baixo os indicadores da construção civil, com impacto significativo sobre a empregabilidade do setor – em 2015, foram fechados 450 mil postos de trabalho formais, forçando um recuo aos patamares registrados em 2009, quando a construção civil empregou cerca de 2,6 milhões de trabalhadores. A redução de postos de trabalho foi ainda mais acentuada em Estados com maior dependência de recursos públicos para a execução de obras, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil. 18

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Isso foi reflexo da redução forçada no ritmo das obras em execução e da impossibilidade do início de novas obras. Outro ingrediente decisivo no desempenho negativo do setor foi a combinação do atraso continuado nos pagamentos de obras públicas, principalmente no segmento da infraestrutura, e dos cortes orçamentários que frearam a execução. Sendo a construção civil responsável por mais de 50% do fluxo de investimentos do País, resgatar a capacidade de executar projetos é essencial para recuperar um setor que caminha “pari passu” com a economia. O presidente da CBIC declarou que a construção civil mantém-se mobilizada em torno de uma agenda cujo ponto inicial seja a retomada do investimento, mas contempla temas de grande relevância e que exigem esforço para aperfeiçoamento: o aumento da carga tributária, nas suas diversas expressões; a revisão de práticas trabalhistas, em defesa da manutenção do emprego; e a identificação de novas modalidades e fontes de financiamento para o setor, especialmente o mercado imobiliário. Para o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, as atividades da indústria da construção foram fortemente impactadas em 2015, resultando em fechamento de vagas no mercado de trabalho, atraso na execução de obras públicas, distratos nos contratos de financiamento imobiliário, entre outros problemas. Mas, para 2016, Moura deposita muita confiança na força e na união dos empresários em torno da busca das melhores soluções para as questões políticas/econômicas que estão atravancando a retomada do crescimento do País. “Certamente, continuaremos prestando a nossa colaboração, pois somos indutores de mudanças, somos empreendedores, cidadãos comprometidos com os destinos do nosso País”, disse ele.


Ações realizadas pelo Sinduscon-GO em 2015 e projetos para 2016 Secretaria Financeira A Diretoria Financeira, Patrimonial e Administrativa do Sinduscon-GO, juntamente com a Secretaria Financeira e o Departamento de Cadastro com o apoio da Gerência Executiva, Assessoria Jurídica e Secretaria Administrativa, mostrou-se em 2015 mais uma vez atuante no processo de recuperação de crédito relativo à Contribuição Sindical Patronal obrigatória, sempre com foco na conscientização das empresas do segmento quanto a importância do recolhimento das contribuições patronais e negociação de débitos existentes. O Departamento de Cadastro deu sequência ao processo de gestão cadastral e manteve-se atuante na captação de novas empresas do setor da construção e na atualização cadastral do banco de dados, finalizando em 2015 um resultado de 12.204 empresas cadastradas. Para 2016 a meta é manter a eficiência no trabalho de gestão cadastral, visando manter o fortalecimento da entidade perante o setor da indústria da construção, em contrapartida estes recursos continuarão sendo revertidos para as empresas, na forma de benefícios e representatividade.

Desenvolvimento Humano Comprometida com os resultados atrelados a gestão de pessoas, a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano (CQP-DH) do Sinduscon-GO, por meio de sua assessoria, possibilitou, em 2015, a contratação e recolocação de aproximadamente 80 profissionais, de níveis técnicos, administrativos e de gestão, apesar da fragilidade econômica do País. Na parceria com o Instituto de Pós-Graduação e Graduação (Ipog), foi realizada a formação de 50 turmas de cursos de curta duração, voltados ao aprimoramento técnico e de gestão. O Senai-GO, parceiro da indústria da construção, possibilitou a iniciação, qualificação e aperfeiçoamento profissional de 2.969 pessoas para o setor, por meio dos cursos de Mestre de Obras, Pintor de Obras, Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão, Pedreiro de Alvenaria, Aplicador de Revestimento Cerâmico e Instalador Hidráulico Predial, Operador de Retroescavadeira, Operador de Escavadeira Hidráulica, Operador de Pá Carregadeira, Técnico de Edificações e Técnico em Segurança do Trabalho. A CQP-DH ainda realizou a décima quinta edição dos Jogos da Construção, promovendo a oportunidade de integração, por meio da prática esportiva, entre 14 empresas do segmento. Para 2016 a perspectiva é de melhoria desses resultados, garantindo no mínimo os números alcançados em 2015. As parcerias com o Ipog e o Senai-GO continuarão estreitas, visando o aprimoramento da mão de obra da indústria da construção, e novas parcerias com o Instituto Deândhela e o Crea-GO reforçarão esse objetivo. O Banco de Talentos do Sinduscon-GO continuará focado em captar e disponibilizar os melhores profissionais para o setor, contribuindo na recolocação dos mesmos e na melhoria dos resultados das empresas do setor.

Assessoria Jurídica O Departamento Jurídico do Sinduscon-GO no ano de 2015 prestou assessoria às empresas associadas ao Sindicato, respondendo as dúvidas jurídicas na mais diversas áreas do Direito. Em média, foram realizados 17 atendimentos por mês ao longo do ano. Igualmente às empresas associadas também foram feitos atendimentos internos às diversas Comissões do Sinduscon-GO, por meio de pareceres com fundamentação legal, confecção de contratos e análise de negócios que porventura tragam riscos de natureza jurídica à entidade. Também analisou diversas propostas de emenda à legislação com impactos diretos na indústria da construção e negociou as Convenções Coletivas de Trabalho do setor. Auxiliou a constituição e formalização do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), redigindo e registrando o Estatuto. Conduziu a revisão do Estatuto, com a finalidade de conferir a padronização do sistema confederativo trazendo maior transparência e segurança jurídica aos associados. O Departamento Jurídico também conduziu a realização de dois importantes eventos para o setor. Em outubro/2015 foi realizado o “III Seminário Regional Centro-Oeste sobre Infraestrutura, Concessões e PPPs (Parcerias Público-Privada)”, com o objetivo de buscar soluções estratégicas para viabilizar a retomada do crescimento da economia do País. E, em novembro/2015, realizou o “2º Panorama Econômico e Jurídico: Perspectivas para a Indústria da Construção em 2016”, visando levar aos empresários, diretores e lideranças empresariais do Estado de Goiás um breve panorama das principais áreas de risco nos cenários econômico e jurídico prospectados para o ano de 2016. Para este ano a equipe técnica em consonância com a Diretoria de Assuntos Jurídicos e a Subcomissão de Política de Relações Trabalhistas e Sindicais promoverão cursos jurídicos com foco na indústria da construção. Ainda estão previstas iniciativas como a realização de parcerias com escritórios de advocacia para continuar atendendo as empresas do setor em suas demandas.

Materiais e Tecnologia A Comissão de Materiais e Tecnologia (Comat) do Sinduscon-GO espera continuar proporcionado aos associados e filiados, em 2016, suas melhores ações, participando das reuniões da Comat/CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em Brasília, com o objetivo de discutir e buscar solução para os assuntos relativos a materiais, equipamentos e serviços, e para conhecimento e disseminação de técnicas e tecnologias construtivas. Fará parte do Grupo de Acompanhamento de Normas da Câmara, onde são analisadas e avaliadas as normas do CB-02 (Comitê de Construção Civil da ABNT). Na Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (CIC/Fieg), a Comat desenvolverá atividades de coordenação de ações e questões levantadas pelos Sindicatos que a compõem, os quais representam os elos da cadeia produtiva do setor. Dará continuidade a coordenação e desenvolvimento do Projeto do Protótipo do Cepac (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído), e que está sob a responsabilidade do Sinduscon-GO. Realizará o atendimento a fabricantes, fornecedores e profissionais da indústria da construção que buscam apresentar seus produtos e firmar parcerias em prol das empresas associadas/filiadas. FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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AT É R I A D E C A PA

Segurança do Trabalho Em 2016, a área de Segurança do Trabalho do Sinduscon-GO coordenará as reuniões mensais com engenheiros e técnicos para discussão e tomada de ações, visando a realização de palestras e cursos de aperfeiçoamento. Participará, ativamente, das reuniões da Comissão de Política e Relações Trabalhistas (CPRT/CBIC), em Brasília, para conhecimento e discussão dos assuntos pertinentes ao Comitê. Realizá as reuniões mensais do CPR Goiás, com a comissão tripartite onde serão discutidos assuntos referentes à NR 18. Está sendo elaborado um calendário que contemplará vários cursos para o setor, entre eles: NR 12, Fórum de Segurança em Instalação de Elevadores, as NR’s na indústria da construção, entre outros.

Comunidade da Construção de Goiânia Facilitadora e propagadora de boas práticas construtivas, a Comunidade da Construção de Goiânia teve início em agosto de 2002 e em dezembro de 2015 encerrou o seu 8º Ciclo de Atividades, sendo o primeiro polo em nível nacional a iniciar um 9º Ciclo, no início de 2016. Com a adesão de 42 empresas, entre construtoras, incorporadoras, empresas fornecedoras de equipamentos e insumos e um laboratório, o polo goiano realizou em 2015, cerca de 30 encontros (cursos, palestras, seminários, grupos de trabalho, cafés da manhã em obra, reuniões técnicas e de planejamento). Os números conquistados são representativos, no total foram 70 horas de capacitação técnica e mais de 100 horas destinadas ao planejamento das ações. Durante o ano a Comunidade conseguiu qualificar mais de 1.300 profissionais das áreas de engenharias e arquitetura. Dentre as atividades realizadas destacaram-se três visitas técnicas, ação também denominada “Café da Manhã em Obra”, e o curso “Execução de Edificações em Paredes de Concreto”. Na categoria seminários e palestras ocorreram o “Seminário da Habitação”, a “Jornada da Cidadania” (em parceria com a PUC Goiás), a palestra “Viabilidade do Sistema Paredes de Concreto para Habitações” e o “III Seminário Goiano de Revestimentos”. O grupo de trabalho Oficina da Norma de Desempenho estruturou quatro módulos, com os seguintes temas: Esquadrias e Guarda-Corpos; Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações; Segurança Contra Incêndio, e Incorporação Imobiliária. Outra ação de representatividade foi a criação do Grupo de Trabalho de Argamassa Projetada. Cumprindo sua missão de integrar a cadeia produtiva e incentivar a implantação de sistemas construtivos mais industrializados, o polo goiano promoveu nove reuniões que tiveram como objetivo discutir a projeção de argamassa industrializada sob uma visão sistêmica, avaliando os pontos positivos e identificando os gargalos em todas as pontas da cadeia produtiva. O grupo foi composto por representantes das empresas fabricantes de argamassa industrializada; fabricantes e revendedores de equipamentos de projeção; empreiteiros responsáveis pela mão de obra especializada; construtoras; Sebrae; Senai; UFG e outras entidades e parceiros. Para 2016, a Oficina da Norma de Desempenho e o Grupo de Trabalho em Argamassa Projetada continuarão no planejamento de atividades da Comunidade da Construção de Goiânia. Além dos GT’s estão previstas mais 13 ações que abordarão temas como lean construction, desempenho dos revestimentos, construção industrializada, NBR 12655:2015 (preparo, controle, recebimento e aceitação do concreto), entre outros. 20

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Qualidade e Produtividade O ano de 2015, e toda a situação de instabilidade econômica que se configurou nesse período, fez com que as empresas se voltassem para dentro, buscando alternativas para se manterem economicamente sustentáveis. Uma das necessidades que surgiu nesse momento, e que irá permear o ano de 2016, foi a de avaliar a produtividade, melhorar a gestão de processos e garantir a qualidade, pois só assim é possível conseguir o que todos almejam, a competitividade. Corroborando com essa necessidade de melhoria da gestão, em 2015 foi publicada a nova versão da NBR ISO 9001, trazendo novidades em relação à avaliação de riscos, gestão do conhecimento e liderança compartilhada, dentre outras. As empresas que forem buscar uma assessoria para fazer as adequações em relação à nova versão da norma, ou mesmo aquelas que forem implementá-la, poderão contar com o Sinduscon-GO, que mantem uma rede de consultores conveniados para atender as empresas associadas de forma diferenciada. O Sindicato tem feito também uma atuação institucional junto ao Ministério das Cidades, levando as demandas das construtoras em relação ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), principalmente em relação à compatibilização do Sistema de Avaliação da Conformidade de Serviços e Obras (SiAC) com os requisitos da NBR ISO 9001:2015, sob o risco desse descompasso inviabilizar a manutenção dos Sistemas de Gestão da Qualidade baseados concomitantemente nesses referenciais normativos. Em 2016 o Sinduscon-GO planeja realizar vários cursos sobre os novos conceitos da NBR ISO 9001:2015, como a segunda edição do curso “O pensamento baseado no risco”; “Liderança para a Qualidade”, dentre outros.

Meio Ambiente O Sinduscon-GO viu em 2015 a gestão de resíduos continuar sua trajetória a passos lentos. A morosidade em definir o arcabouço legal, o excesso de burocracia e a ausência de incentivos e de fiscalização, atravancaram a criação da estrutura necessária para que a reciclagem, a destinação e a logística reversa acontecessem, inviabilizando a gestão do resíduo da construção civil (RCC) como o setor deseja, a sociedade espera e a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que seja realizada. Mas, o setor não está inerte a essa situação. A assessoria técnica da entidade coordenou em 2015 os trabalhos relacionados a Meio Ambiente do grupo Encontros Construtivos, e pode observar o constante movimento das construtoras em busca de alternativas inovadoras para reduzir, reutilizar, reciclar e destinar de forma correta o resíduo. Os eventos do Sindicato tem apoiado esse movimento, divulgando tecnologias mais limpas, sistemas construtivos mais sustentáveis e os novos estudos que apontam soluções para o RCC. Nesse sentido, a entidade realizou em 2015 o 4º Ecos – Encontro sobre Construção e Sustentabilidade, participou da Semana Lixo Zero e apoiou vários outros eventos. A agenda de eventos para 2016 trará temas como Eficiência Energética, Materiais Sustentáveis, Certificações Ambientais, dentre outros. A recém-criada Diretoria de Conservação do Patrimônio Natural do Sinduscon-GO também tem atuado junto aos órgãos reguladores na elaboração das políticas públicas, tais como o Plano Estadual de Resíduos, Plano Municipal de Ges-


tão Integrada de Resíduos Sólidos, Plano Diretor de Drenagem, Consolidação das Leis Ambientais, dentre outras. Faz ainda o acompanhamento dos Projetos de Lei em andamento na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal com emissão de pareceres técnicos e articulação junto aos legisladores; e participa ativamente do grupo de trabalho sobre a Gestão de Resíduos Sólidos em Goiânia, fruto da parceria entre a Amma e a Seplanh. A questão do Licenciamento Ambiental também tem sido um gargalo para o setor produtivo devido à insegurança jurídica, a morosidade do sistema e o excesso de burocracia. No sentido de apoiar o setor, o Sinduscon-GO criou em 2015, em parceria com o escritório Hanum Corporate, o “Plantão Técnico em Direito Ambiental e Urbanístico”, que oferece atendimento gratuito aos empresários e técnicos das construtoras, com o objetivo de esclarecer dúvidas e dar orientações legais quanto aos aspectos ambientais e urbanísticos. O plantão acontece todas as primeiras e terceiras terças-feiras do mês, das 14h às 17h, na sede do Sinduscon-GO e o agendamento é feito pelo telefone (62) 3095-5189. Internamente, manteve o seu programa de responsabilidade socioambiental, o “Edificar um Mundo Melhor”. Esse programa possui metas arrojadas de consumo consciente, com redução do consumo de água e energia. Além das ações de educação ambiental entre os colaboradores e de coleta seletiva dos resíduos gerados. No aspecto social, a entidade instituiu a inscrição social em vários eventos e realizou inúmeras parcerias com o Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ), ambas as iniciativas que terão continuidade em 2016.

Comunicação Social Ao longo de 2015, a Diretoria Social e de Comunicação, juntamente com a Assessoria de Comunicação Social (ACS), coordenou a veiculação de 12 edições da revista “Construir Mais”, publicação técnica/institucional produzida pela entidade, que trouxe inúmeras entrevistas, artigos e matérias sobre as principais notícias da indústria da construção. “A Semana”, boletim eletrônico que circula às quartas-feiras, foi veiculada 48 vezes, sempre trazendo os acontecimentos da semana, a agenda de eventos e replicando as principais notícias de interesse do setor. A coluna quinzenal no jornal “O Popular” circulou 26 vezes, sempre às quintas-feiras, repercutindo temas de interesse da indústria da construção, especialmente sobre os eventos que a entidade realizou e a opinião da Diretoria quanto assuntos que afetaram diretamente a gestão das empresas. A Assessoria de Comunicação Social concentrou o envio de inúmeros e-mails marketing de divulgação de convites, parcerias, comunicados e demais assuntos de interesse do setor. O departamento também cuidou da criação do layout de todas as peças de comunicação da entidade enviadas para os públicos externo e interno. O portal “www.sinduscongoias.com.br” foi todo remodelado pela própria equipe da ACS, assim como foram atualizados/criados os hotsites dos Jogos da Construção, Ecos, Panorama Econômico e Jurídico e o da Oficina da Norma. Quanto aos atendimentos prestados aos meios de comunicação, em 2015 o Sinduscon-GO registrou 82 entrevistas concedidas pela Presidência, Diretoria e Assessoria Técnica. Outras atividades relevantes: redação de vários artigos de opinião da Presidência publicados nos principais jornais de Goiânia (em 2015 foram publicados 12 artigos); participação direta na organização dos eventos da entidade; clipagem diá-

ria de notícias; redação dos pronunciamentos da Presidência, e elaboração de apresentações institucionais. Para 2016, a ACS pretende dar prosseguimento às suas atividades, acrescentando a implementação e alimentação constante de notícias do Sinduscon-GO no facebook oficial da entidade, que já está em vigor, no endereço “facebook. com/sinduscongoias”, assim como fará o monitoramento diário dos comentários, críticas e sugestões a respeito dos assuntos divulgados.

Economia e Estatística Custo Unitário Básico (CUB) O Sinduscon-GO pesquisa e divulga mensalmente o Custo Unitário Básico (CUB) da construção, por meio da Comissão de Economia e Estatística (CEE). De acordo com análise do diretor da CEE, engenheiro Ibsen Rosa, o CUB Goiás em 2015 revelou uma considerável elevação do ritmo no aumento de preços, saindo do acumulado em 12 meses de 6,35% em dezembro/2014 para 8,93% em dezembro/2015. “O setor da construção viveu em 2015 uma adequação ao novo cenário, com índices de aumento inferior ao da inflação oficial, motivado pelo desaquecimento maior no segmento”, comentou o diretor. Em comparativo, o diretor da CEE, Ibsen Rosa, ressaltou que a inflação oficial medida pelo IPC-A foi de 13,82%. Veja a variação do CUB na tabela abaixo:

VARIAÇÃO DO CUB (ACUMULADO EM 12 MESES) Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Índice 1.326,06 1.333,77 1.335,56 1.336,97 1.336,97 1.339,72 1.400,32 1.406,35 1.415,48 1.417,78 1.430,21 1.444,44

% Mês 0,003 0,581 0,134 0,106 0,00 0,206 4,523 0,431 0,649 0,163 0,877 0,996

%12 Meses 5,756 6,370 6,368 6,463 6,216 5,908 6,454 6,554 6,955 6,993 7,857 8,931

Vale notar que o aumento médio foi de 8,931%, mas alguns materiais ultrapassaram esta média, como a Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada nº 20, com tratamento em fundo anticorrosivo em 25,00%, e o Concreto FCK=25 MPA abatimento 5=1cm, br. 1 e 2 pré-dosado em 14,27%. FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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Insegurança jurídica e baixa governabilidade são a tônica do

PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO 2016 O Sinduscon-GO realizou no último dia 24 de novembro, em sua sede, o “2º Panorama Econômico e Jurídico – Perspectivas para a Indústria da Construção 2016”, tendo como objetivos trazer para empresários, diretores e lideranças empresariais do Estado de Goiás um breve panorama das principais áreas de risco nos cenários econômico e jurídico e, também, apresentar propostas de como se preparar para 2016. Na abertura do evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves de Oliveira, destacou a importância da união entre as entidades a fim de se posicionarem conjuntamente contra os desacertos na economia brasileira, pois eles ocorrem, muitas vezes, porque o setor produtivo não se une para levantar os problemas e soluções para subsidiar as decisões do governo. “Os brasileiros que produzem devem ser proativos e não reativos diante das situações”, incentivou ele. O evento teve dois painéis com um total de quatro módulos expositivos, sendo que o primeiro módulo debateu o tema “Impactos Jurídicos na Construção em 2016”, com exposição dos advogados Arthur Rios Júnior, sócio do Arthur Rios Advogados Associados, e Thiago Pena, sócio do escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia. O debate contou com a 22

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participação do advogado Walmir Cunha, como mediador, e dos empresários Renato de Sousa Correia, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO); Alan de Alvarenga Menezes, conselheiro do Sinduscon-GO e diretor da Toctao Engenharia, e do advogado Klaus Marques, como debatedores (foto acima). O advogado Arthur Rios Júnior abordou diversos temas que impactarão juridicamente e, consequentemente, financeiramente as empresas do setor em 2016. Tendo como pano de fundo um cenário de insegurança jurídica, o advogado visou alertar os empresários para que sejam tomadas atitudes preventivas. Ele discorreu sobre a lei que determina o recolhimento do ISTI na assinatura do compromisso de compra e venda, em vigor desde 01/01/2015, que coloca o incorporador como responsável solidário; restituição de valores na rescisão de compra e venda, podendo ser retido pelo empreendedor de 10% a 25% do valor para cobrir os custos do contrato; pagamento de corretagem pelo comprador, e o entendimento dos tribunais que tem feito elevar de forma assustadora os processos contra empreendimentos para reaver em dobro o valor desembolsado; etc. O advogado Thiago Pena abordou com propriedade o es-


copo da Lei Anticorrupção (Lei 12.846, de 01/08/2013), que é voltada para coibir atos de corrupção em contratos com órgãos públicos, que penaliza o ente privado; pessoa física e jurídica respondem administrativamente e civilmente. Entre os aspectos mais relevantes ele destacou: responsabilidade objetiva, subsistindo em caso de sucessão; penalidades de 1% a 20% do faturamento da empresa e publicação da decisão condenatória em veículo de grande circulação; de fácil aplicação prática pelo poder público, que pode julgar as ocorrências por processo administrativo feito pelo próprio órgão atingido, etc. Ele versou também sobre os acordos de leniência e destacou a importância dada a programas de compliance nas organizações privadas, pois a lei apresenta benefícios para a empresa com programas de controle interno e que cooperam com a administração pública na apuração dos fatos. Na sequência, ocorreu o módulo “Micro Economia – Construção Civil 2016”, com exposição do sócio diretor da Área de Análise Setorial e Inteligência de Mercado da Tendências Consultoria Integrada, Adriano Pitoli. A mesa redonda foi mediada pelo empresário, sócio da RF Engenharia e diretor de Habitação do Sinduscon-GO, Roberto Elias de Lima Fernandes, e teve como debatedores, o superintendente executivo da Secretaria Estadual da Fazenda, Edson Ronaldo Nascimento; o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura; o presidente do Secovi-GO, Ioav Blanche, e o sócio fundador da Tendências Consultoria Integrada, Nathan Blanche (foto acima). Pitoli destacou o momento econômico difícil enfrentado pelo Brasil, que vive em cenário de incerteza. Para ele, esta é a pior crise que o Brasil enfrenta desde 1931, reflexo da crise mundial de 1929. Dados de pesquisa realizada pela Tendências Consultoria estipulam projeção do PIB de 2015 com queda de - 3,2%; massa de renda deve cair - 4,0%; consumo - 8,6% e a produção industrial fechará o ano com balanço negativo de - 8,0%. Na visão do economista, vários fatores contribuíram para compor o cenário atual, os ajustes econômicos realizados pelos governos, com corte de gastos e aumento de impostos; crise hídrica e de energia elétrica; e a Operação Lava Jato. Mas todas estas três características não prolongariam a crise por tanto tempo, esse fator de recessão prolongada ele conferiu ao ambiente político de baixíssima confiança. Afirmou que a chave para a retomada de crescimento é a retomada da governabilidade política. Para 2016 as expectativas são de novas contratações, porém em menor intensidade, aumento da ociosidade e leve retrocesso em relação ao PIB que pode encolher - 2,0% e melhorar pontualmente nos dois próximos anos, porém o cenário previsto pela Tendências aponta melhora significativa somente em 2019. Contudo, o Estado de Goiás deve continuar se mantendo fora da média, justamente por sua especialização econômica que é o agronegócio e, por sua posição geográfica estratégica. Pitoli acredita que se avizinha uma revolução logística em Goiás, por conta das concessões rodoviárias que irão gerar muitas oportunidades de negócios. O segundo painel debateu o tema “Empresário e Empresa: as crises, o direito e a volta por cima”, com apresentação dos advogados Renaldo Limiro da Silva, especialista em Recuperação de Empresas do Escritório Limiro Advogados As-

sociados, e Daniel Freire Carvalho, sócio do Escritório Freire e Carvalho Advogados Associados. A mesa redonda foi mediada pelo advogado Klaus Marques e teve como debatedores os empresários Célio Eustáquio de Moura, diretor adjunto de Saúde do Sinduscon-GO e presidente do Sindcel; João Geraldo Souza Maia, diretor de Concessão, Privatização e Obras Públicas do Sinduscon-GO, e Pedro Alves de Oliveira, presidente da Fieg (foto a seguir). O advogado Daniel Carvalho abriu sua explanação com uma visão atual sobre a tributação no Brasil que, segundo ele, caminha em sentido oposto aos demais países, pois está concentrada no consumo e não na renda, transferindo responsabilidades aos contribuintes. Além do peso excessivo e do aumento exponencial dos impostos, as empresas convivem com a insegurança jurídica e tornam-se reféns da interpretação de complexas leis na área tributária, gerando extensas discussões judiciais. Além disso, a falta de previsibilidade e de confiança prejudicam um planejamento tributário, cujo intuito é otimizar os negócios. Como exemplo, a sistemática da desoneração da folha de pagamento, que tanto estimulou a contratação na indústria da construção, mas que desde o último mês de novembro (Lei 13.161/2015) teve a base de cálculo modificada a maior. Sobre a entrada em vigor do e-Social a partir de 2016, Carvalho se ateve ao caráter fiscalizatório da Receita Federal, por caracterizar-se como forte mecanismo de controle das contribuições por meio do cruzamento das informações de pessoas físicas com jurídicas. Alertou aos empresários que o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é a única contribuição que pode ter a carga tributária diminuída, enquanto que em relação ao FGTS a multa adicional de 10% sobre demissões sem justa causa, criada pelo governo em 2001, tem sua destinação atual questionada, gerando movimento no Congresso para a sua derrubada. Já o advogado Renaldo Limiro da Silva iniciou sua participação no painel constatando o aumento dos pedidos de falência e de recuperação judicial, devido a problemas econômicos (retração dos negócios), financeiros (falta de liquidez) e patrimoniais (insuficiência de bens no ativo frente ao passivo). Mesmo com problemas, é possível superar a crise, FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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E G I S T RO D E E V E N TO S

pois há possibilidade da empresa recuperar-se legalmente (Lei 11.101/05), apesar das dificuldades e dos desgastes inevitáveis e inerentes ao processo, com o objetivo de manter-se a fonte produtora e os empregos. Um dos caminhos configura a solução de mercado (empréstimos, novos sócios) ou soluções estatais, com a recuperação judicial, extra judicial e falência, no caso de empresa irrecuperável. O deferimento do processo da recuperação judicial, destacou o palestrante, suspende o curso de todas as ações e execuções do devedor pelo prazo de 180 dias. É o começo da volta por cima, resumiu, enfatizando que o prazo concedido para o cumprimento do Plano de Recuperação Judicial é de dois anos. No último módulo foi discutida a “Macro Economia – Construção Civil 2016”, com exposição de Leonardo Barreto, cientista político, sócio proprietário da Mosaico Pesquisa e Opinião e consultor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); e do sócio fundador da Tendências Consultoria Integrada, Nathan Blanche. Roberto Elias de Lima Fernandes também mediou o último debate, tendo como debatedores Rodolfo Dafico Bernardes de Oliveira, diretor da FGR Urbanismo, e Paulo Afonso Ferreira, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ex-presidente da Fieg e do Sinduscon-GO (foto ao lado). “Estamos em uma encruzilhada político-econômica que gera uma situação de paralisia fiscal decisória. São várias crises acontecendo ao mesmo tempo, incluindo as crises dos próprios atores envolvidos no processo”, analisou o consultor da CBIC, Leonardo Barreto, segundo o qual o quadro atual é de insegurança, com forças políticas corroídas e sem haver grupos que se sobressaiam, impedindo uma coalização política que possibilite navegar-se em alguma direção. Cientista político, ateve-se à pesquisa de opinião feita por sua empresa com 198 parlamentares do Congresso Nacional nos dias 20 e 21 de outubro de 2015. Como 24

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resultado, ficou claro que o partido de sustentação do governo discorda da política econômica do próprio governo. Perguntados, por exemplo, se o ajuste fiscal é necessário para a recuperação do desenvolvimento do País, 56% dos deputados federais consultados nesta pesquisa responderam que sim, enquanto que apenas 21% dos parlamentares do PT concordaram. Sobre as medidas de estímulo ao consumo, 66% dos parlamentares em geral afirmaram que são necessárias, subindo para 92% o total de concordância entre os representantes do PT. Quanto à necessidade de reequilíbrio das contas públicas com as despesas do governo, o percentual de respostas afirmativas foi de 49% e 13%, respectivamente. Barreto concluiu: “temos um partido do governo que não dá sustentação ao governo para não arcar com os custos políticos, eleitorais e sociais do ajuste que a presidência está propondo. Esse distanciamento é o coração do impasse no cenário atual, pois sem sustentação não se aprova essa ou qualquer outra agenda, e permanecemos ao sabor do vento, sem rumo, como um barco à deriva”. Fechando o segundo módulo do último painel, Natan Blanche discorreu sobre a conjuntura social, econômica e política a partir de considerações sobre o cenário internacional, referindo-se à normalização da política monetária americana e ao ritmo de desaceleração econômica da China, questões que, no seu entender, irão definir alguns aspectos cruciais da economia mundial. “Investimento e liquidez estão sobrando e procurando abrigo, mas o investidor estrangeiro não tem confiança de investir no Brasil”, ressaltou, lembrando que a partir de 2014 a economia brasileira foi a que menos cresceu no mundo, registrando o único PIB negativo na América Latina. Com um panorama fiscal crítico, a contração persistente da economia com forte alta do endividamento tornam as perspectivas ainda muito adversas, ponderou Blanche. “O Estado brasileiro não cabe mais na sociedade brasileira”, disse ele. Com o esgotamento de um modelo de crescimento baseado no consumo e subsídios, é necessário que o País reestabeleça a credibilidade, a ética e a moral política, e no aspecto econômico, exercer a responsabilidade fiscal, impor limites aos gastos públicos, estabelecendo metas de inflação e câmbio flutuante.


NATAL SOLIDÁRIO

beneficia crianças vítimas de queimaduras Na tarde do último dia 1º de dezembro o Sinduscon-GO realizou, juntamente com o Sinduscon Jovem, a segunda edição do “Natal Solidário” para o Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ). O evento foi voltado às crianças atendidas pela organização, com entrega de 300 brinquedos arrecadados como inscri-

ção social dos eventos realizados pelo Sindicato durante o ano e também doados por voluntários. O “Natal Solidário” ocorreu no buffet infantil Trique Traque, no Setor Bueno, em Goiânia. O Sinduscon-GO iniciou a partir do ano 2012 o desenvolvimento do seu projeto de Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Diversas ações que já eram desenvolvidas pela entidade foram agregadas ao projeto macro, que tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento social e sustentável da comunidade. Além deste evento, o Sinduscon-GO já apoiou o NPQ na realização do “Natal Solidário”, no final de 2014; almoço com representantes do segmento empresarial convidados a ser voluntários e auxiliar nos trabalhos do NPQ; e apoio na realização da tradicional “Festa Junina sem Queimaduras”, nos dias 12 e 13 de junho de 2015, no estacionamento do Goiânia Shopping. Com o apoio da indústria da construção, em 2015, também ocorreu a arrecadação de materiais de limpeza para a manutenção do NPQ, assim como de hidratantes para uso dos pacientes, vítimas de queimaduras, ambos também por meio da inscrição social dos eventos da entidade. (Foto: Luciana Lombardi)

Presidente do Sinduscon-GO recebe

EMBAIXADOR DA ESPANHA No último dia 1º de dezembro de 2015 o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura; e o presidente da Euroamérica Incorporações, Juan Angel Zamora Pedreño, receberam o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Cámara Hermoso. A visita teve como objetivo o estabelecimento de parcerias entre empresários brasileiros e espanhóis a fim de participar do programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) que será aberto pelo Governo de Goiás em diversas áreas, como infraestrutura, logística, saneamento, energia, saúde, educação, segurança pública, etc. O encontro inicial ocorreu no estande do empreendimento Europark, no Bairro Lozandes, em Goiânia. O embaixador conheceu o projeto do Parque do Cerrado, resultado de um processo que contou com sugestões da sociedade, por meio da participação de mais de 100 pessoas em diversas oficinas, denominadas de “charrettes”, um método colaborativo que vem sendo desenvolvido com mais intensidade nos Estados Unidos, para projetar grandes espaços públicos. O projeto foi entregue à Prefeitura de Goiânia em abril de 2015. O parque é o maior da Capital, com 706 mil metros quadrados, e será construído em parceria com a Euroamérica, o Governo do Estado e a Prefeitura de Goiânia. Posteriormente, os empresários foram recebidos no Palácio das Esmeraldas pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, quando falaram sobre o desenvolvimento das parcerias, proposta que foi muito bem aceita pelo governador.

Perillo solicitou agendamento de reunião com grupo de empresários brasileiros na Embaixada da Espanha e também será agendada, provavelmente, para o primeiro trimestre de 2016 uma missão de empresários espanhóis para conhecer os projetos com possibilidade de realização de parceria no Brasil. O encontro de aproximação deverá ocorrer na sede da Federação das Indústrias no Estado de Goiás (Fieg). A visita do embaixador foi encerrada com jantar oferecido na residência do presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura. Entre os convidados, o governador Marconi Perillo; o presidente da Euroamérica Incorporações, Juan Angel Zamora Pedreño; o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira; o presidente da Ademi-GO, Renato de Sousa Correia, entre outros. FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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R

E G I S T RO D E E V E N TO S

POSSE DO SINDUSCON JOVEM marca última reunião de Diretoria em 2015

O Sinduscon-GO realizou no último dia 08 de dezembro a 27ª Reunião de Diretoria da atual gestão, promovendo happy hour para confraternizar o encerramento das atividades do ano, realizado no Espaço Cultural do Sindicato. O presidente da entidade anfitriã, Carlos Alberto Moura, abriu as exposições da noite com a apresentação do balanço das ações institucionais desempenhadas em 2015. Durante o ano foram realizadas diversas atividades com foco no desenvolvimento do segmento, como assessoria nas áreas Jurídica, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, etc., com a realização de 45 eventos de interesse do setor. Carlos Alberto Moura também abordou a atuação do Sindicato, em parceria com outras entidades componentes do Fórum Goiano da Habitação (FGH), junto à Prefeitura de Goiânia, Câmara Municipal, etc., e informou sobre as mudanças administrativas implementadas para adequação do orçamento anual ao cenário previsto para 2016. A reunião também contou com apresentação do balanço e perspectivas do Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci-GO), pelo presidente da entidade, Jorge Tadeu Abrão. Ele abordou as novidades que estão sendo implementadas na entidade, a fim de ampliar e melhorar ainda mais o atendimento aos usuários; com a informatização dos consultórios médicos e odontológicos; implantação dos serviços de fisioterapia e psicologia; além da ampliação da área de exames com a realização de espirometria, eletroencefalograma, ultrassonografia e implantação do Centro de Diagnóstico em Cardiologia (CDC). Renato de Sousa Correia, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), iniciou sua exposição apresentando o Conselho de Desenvolvimento Econômico,

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • FEVEREIRO 2016

Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), seus objetivos, visão e missão, bem como suas Câmaras Técnicas que buscam contribuir com o planejamento do desenvolvimento da cidade. Em seguida, apresentou balanço do mercado imobiliário de Goiânia em 2015, informando que foram lançadas até outubro 4.369 unidades, sendo deste total 3.732 apartamentos, 392 salas comerciais e 245 apto-hotel. Houve ligeira queda nos números em comparação com o ano anterior, sendo mais acentuada se comparada ao ano de 2013. A Venda Sobre Oferta (VSO) em 2015 foi de 5,23%, em 2014 foi 5,43% e em 2013, 7,44%. O estoque de unidades também apresentou redução. De janeiro/2014 a outubro/2015 (22 meses) redução de - 5,5%. Já de dezembro/2010 (13.195) a outubro/2015 (9.671) redução de - 26,7% do estoque. Mas Renato Correia permaneceu otimista, alegando que as dificuldades são passageiras. Em sua opinião, o Brasil é um celeiro em que se destaca o Estado de Goiás com a produção agrícola e a logística favorável; desta forma a demanda continuará existindo. O presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi-GO), Ioav Blanche, comentou sobre o mercado e a atuação dos empresários no cenário atual. Ele destacou que é preciso entender que o “mundo mudou, o Brasil mudou”. Em sua opinião, o País precisa restabelecer o equilíbrio político e a confiança para retomar o crescimento econômico. Houve ainda Assembleia Geral para tratar sobre a Contribuição Confederativa Patronal 2016, conduzida pelo diretor financeiro do Sinduscon-GO, José Rodrigues Peixoto Neto. Ao final, a posse da Diretoria do Sinduscon Jovem abrilhantou a noite. No total, 16 jovens ligados ao segmento foram empossados, tendo como presidente Raphael Andrade Nasser Rocha que, em seu discurso, agradeceu a oportunidade e reforçou que o grupo deseja ser protagonista na construção do futuro.


FEVEREIRO 2016 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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FEVEREIRO, MARÇO E ABRIL

AGENDA DE EVENTOS EVENTO

DATA HORÁRIO

Oficina de Capacitação - Guia de Compra Responsável

LOCAL

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES

25/02 (a confirmar)

15h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5189 fernanda@sinduscongoias.com.br

CBI Brasil & Latam 2016 (Congresso Brasileiro e Latino Americano de Cimento e Cal)

24 e 25/02

09h às 18h30 (24/02) 09h às 13h (25/02)

Hotel Tivoli – São Paulo (SP)

(12) 3424-8464 / mc@gmiforum.com Site: http://gmiforum.com/bemvindo-a-cbi-brazil-a-latam-2016

Oficina da Norma de Desempenho: Sistemas de Vedações - Alvenaria. Organização: Comunidade da Construção de Goiânia

25/02

13h30

Sinduscon-GO

(62) 3095-5178 comunidadedaconstrucao@sinduscongoias.com.br

II Fórum de Segurança em Pré-Instalação e Montagem de Elevadores

09/03

08h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5185 elis@sinduscongoias.com.br

3º BrasCon – Congresso Brasileiro Técnico-Comercial de Concretagem e Pré-Moldado

09 e 10/03

08h15 às 17h40 (09/03) 08h30 às 12h30 (10/03)

Hotel Radisson – São Paulo (SP)

(12) 3424-8464 / mc@gmiforum.com Site: http://www.gmiforum.com/bemvindo-ao-brascon-2016

5º Concretar – Curso sobre a NBR 12.655:2015 – Concreto de Cimento Portland: Preparo, Controle, Recebimento e Aceitação/Procedimento. Organização: Comunidade da Construção de Goiânia

10 e 17/03 (a confirmar)

13h30

Sinduscon-GO

(62) 3095-5178 comunidadedaconstrucao@sinduscongoias.com.br

Oficina Temática sobre a Importância do Projeto na Redução de Custos e Gestão de Riscos da Construção. Realização: CTE

07/04

08h30 às 16h

Milenium Centro de Convenções – São Paulo (SP)

(11) 3816-5145 eventos@cte.com.br Site: http://www.eventoscte.com.br/

Curso Lean Constrution Organização: Comunidade da Construção de Goiânia

07/04 (a confirmar)

13h30

Sinduscon-GO

(62) 3095-5178 comunidadedaconstrucao@sinduscongoias.com.br

Curso Como Se Tornar Um Leed GA (Green Associate)

08 a 09/04

08h às 18h

Sinduscon-GO

(62) 3095-5189 fernanda@sinduscongoias.com.br

ENDEREÇOS: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia (GO). Hotel Tivoli: Alameda Santos, nº 1.437, Cerqueira César, São Paulo (SP). Hotel Radisson: Rua Fidêncio Ramos, nº 420,Vila Olímpia, São Paulo (SP). Milenium Centro de Convenções: Rua Dr. Bacelar, nº 1.043,Vila Clementino, São Paulo (SP).

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Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção DEZEMBRO DE 2015 ÍNDICE DE CONFIANÇA ALCANÇA O PIOR RESULTADO DO ANO

GOIÁS ICEI - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

INDICADOR DE CONDIÇÕES

INDICADOR DE EXPECTATIVA

Os avanços registrados nos dois últimos DEZ / 2014 46,7 32,3 53,9 meses não se confirmaram em dezembro. Os JAN / 2015 50,8 29,3 61,5 empresários da construção estão ainda menos confiantes, pois o índice de dezembro foi o FEV / 2015 45,8 28,3 54,2 mais baixo do ano. Em dezembro houve uma MAR / 2015 42,6 28,5 49,3 retração de 3,4 pontos em relação a novembro, ABR / 2015 48,1 34,6 55,8 interrompendo uma sequência de dois resultaMAI / 2015 42,0 28,9 48,6 dos positivos (2,1 e 0,9). Assim, o ICEI que havia JUN / 2015 42,5 28,9 49,3 saltado de 40,5 para 43,5, volta agora para o mesmo nível de setembro, quando o registro do JUL / 2015 44,3 27,5 52,2 mês foi de 40,1 pontos. AGO / 2015 41,7 25,8 49,6 A confiança do empresário da construção SET / 2015 40,5 26,2 47,4 teve forte influência da deterioração das condiOUT / 2015 42,6 32,0 48,0 ções atuais em relação a meses anteriores. Não houve recuperação ao longo de 2015 de forma NOV / 2015 43,5 35,3 47,6 a contemplar a necessidade do setor. O indicaDEZ / 2015 40,1 28,7 46,8 dor de condições atuais teve a maior retração do ano, queda de 6,6 pontos. OBS: OS INDICADORES VARIAM NO INTERVALO DE 0 A 100. VALORES ACIMA DE 50 INDICAM EMPRESÁRIOS CONFIANTES - FONTE: FIEG O indicador de condições caiu acentuadamente de 35,3 pontos para 28,7 sinalizando para tos, de 32,3 para 28,7 pontos, apresentando predominância de uma situação totalmente adversa do que vinha se desenhando nos oscilações sem firmamento num viés crescente. dois últimos meses, ou seja, havia um processo de recuperação O índice de expectativas caiu novamente em dezembro. Foi uma em curso com dois resultados positivos e expressivos. Entende-se queda de baixa magnitude, porém consecutiva. Destaca-se que em que a situação política atual, aliada à inflação em alta e elevadas agosto e setembro houve queda acumulada de 4,8 pontos e nestes taxas de juros, repercutem, no caso do setor da construção, em cinco últimos meses, somente em outubro houve registro positivo e redução maciça de investimentos em infraestrutura e novos emeste baixo, ou seja, variação de 0,6 pontos. Portanto, o indicador de preendimentos imobiliários. O que se viu muito neste ano foi a expectativa, aquele que mensura o sentimento dos empresários do continuidade daquelas iniciativas já iniciadas em anos anteriores. setor para os próximos seis meses começou o ano em 61,5 pontos Comparado a dezembro de 2014 tem-se uma queda de 3,6 pone chega agora a marca de 46,8 pontos. Retração de 14,7 pontos.

ICEI DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO BRASIL E GOIÁS

Nota Metodológica: o Índice de Confiança do Empresário Industrial elaborado pela FIEG tem como base os resultados da Sondagem Industrial, e varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Para outras informações encaminhar e-mail para claudiohenrique@sistemafieg.org.br. FIEG – Rua 200, Qd. 67-C, Lt. 1/5, nº 1.121, Ed. Pedro Alves de Oliveira, Setor Leste Vila Nova, Goiânia/GO - CEP 74645-230 | claudiohenrique@sistemafieg.org.br | (62) 3501-0027 | www.sistemafieg.org.br

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • FEVEREIRO 2016


Contribuição Confederativa Patronal 2016

O prazo para o recolhimento encerra-se no dia 30 de abril de 2016

1

CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

2

VALOR DA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA PATRONAL 2016

3

De acordo com o artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, é uma contribuição para custeio do sistema confederativo da representação sindical. O sistema confederativo, dentro da estrutura legal da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), compõe-se dos sindicatos de base, federação, como órgão de coordenação e representação estadual ou interestadual ou até mesmo nacional e as confederações como órgãos de cúpula. A Contribuição é paga pelo empregador, trabalhador autônomo, profissional liberal e trabalhador comum.

O valor é fixado mediante Assembleia Geral Extraordinária, conforme artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal. A Assembleia Geral Extraordinária onde foi tratada sobre o valor da Contribuição Confederativa Patronal do exercício de 2016, foi realizada dia 08 de dezembro de 2015, conforme edital publicado no jornal “Diário da Manhã”, veiculado no dia 24/11/2015. Na Assembleia foi aprovada a manutenção da Contribuição Confederativa Patronal para o ano de 2016, os mesmos valores praticados no ano de 2015, ou seja, a contribuição básica de 1/30 (um trinta avos) da folha de pagamento de janeiro de 2016 e R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), para a contribuição mínima. Foi aprovado também o vencimento da mencionada contribuição para 30 de abril de 2016 e a penalidade pelo atraso no seu recolhimento será de 2% (dois por cento) de multa, acrescido de 1% (um por cento) de juros de mora ao mês. Seu recolhimento será feito através de guia nominal à empresa, onde serão distribuídas no início do mês de abril de 2016.

COMO SÃO APLICADOS OS RECURSOS DA CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA PATRONAL EXERCÍCIO 2016? A Confederação Nacional da Indústria administra o Sistema CNI, formado pelo Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, pelo Sesi – Serviço Social da Indústria e pelo IEL – Instituto Euvaldo Lodi. Estruturas estas voltadas ao desenvolvimento profissional e social dos trabalhadores, serviços, estudos, pesquisas e análises que promovem o crescimento, a qualidade e a competitividade da indústria brasileira. A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) administra o sistema regional do Senai, Sesi e IEL, dando apoio às atividades acima mencionadas. O Sinduscon-GO oferece às empresas do setor possibilidade de desenvolvimento de ações que facilitam a gestão empresarial, estando estruturado por diretorias para a prestação de uma série de serviços (as ações do Sindicato estão catalogadas no Manual de Produtos/Serviços do Sinduscon-GO).

OBSERVAÇÃO: Para mais informações sobre a Contribuição Confederativa Patronal entrar em contato com o Departamento de Cadastro do Sinduscon-GO, telefones (62) 3095-5164 / (62) 3095-5182, e/ou e-mail suelen@sinduscongoias.com.br.

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PADRÃO RESIDENCIAL

PROJETOS

ANO 2015

DEZEMBRO

0,996%

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

1.154,59

R-1

1.412,12

R-1

1.675,82

PP-4

1.020,37

PP-4

1.321,25

R-8

1.336,43

R-16

1.444,44

R-8

967,47

R-8

1.145,52

PIS

759,28

R-16

1.102,80

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.310,36

CAL-8

1.383,06

CSL-8

1.150,85

CSL-8

1.245,78

CSL-16

1.529,82

CSL-16

1.653,09

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.189,81

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

631,71

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.444,44

0,996

8,931

8,931

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

569,94

818,27

5,75

50,48

1.444,44

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,23000

SERVENTE

h

5,36263

ENGENHEIRO

h

57,4600

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de DEZEMBRO DE 2015. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDICADORES ECONÔMICOS ÍNDICES ECONÔMICOS

VARIAÇÃO

MÊS

ANO

12 MESES

INCC (FGV) / DEZEMBRO

649,216

0,104

7,481

INPC (IBGE) / DEZEMBRO

4.635,75

0,900

11,276

11,276

IGP-M (FGV) / DEZEMBRO

617,044

0,487

10,539

10,539

7,481

INFORMAÇÕES: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: sebastiana@sinduscongoias.com.br (Comissão de Economia e Estatística)

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PROJETOS

ANO 2015

DEZEMBRO

0,847%

PADRÃO RESIDENCIAL

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

R-1

1.300,00

R-1

1.554,17

1.072,89

PP-4

951,80

PP-4

1.222,08

R-8

1.242,20

R-8

903,00

R-8

1.056,45

R-16

1.338,60

PIS

703,61

R-16

1.017,16

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS

DESONERADO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.211,07

CAL-8

1.282,82

CSL-8

1.061,22

CSL-8

1.153,64

CSL-16

1.410,47

CSL-16

1.530,32

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.082,96

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

581,85

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.338,60

0,847

8,479

8,479

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

569,94

712,43

5,75

50,48

1.338,60

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

8,23000

SERVENTE

h

5,36263

ENGENHEIRO

h

57,4600

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de DEZEMBRO DE 2015 - DESONERADO. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”

NOTA TÉCNICA – tabela do CUB/m² desonerado Os valores do Custo Unitário Básico (CUB/m²) presentes nesta tabela foram calculados e divulgados para atender ao disposto no artigo 7º da Lei 12.546/11, alterado pela Lei 12.844/13 que trata, entre outros, da desoneração da folha de pagamentos na construção civil. Eles somente podem ser utilizados pelas empresas do setor da construção civil cuja atividade principal (assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada) esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0. Salienta-se que eles não se aplicam às empresas do setor da construção civil cuja atividade principal esteja enquadrada no grupo 411 da CNAE 2.0 (incorporação de empreendimentos imobiliários). A metodologia de cálculo do CUB/m² desonerado é a mesma do CUB/m² e obedece ao disposto na Lei 4.591/64 e na ABNT NBR 12721:2006. A diferença diz respeito apenas ao percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. O cálculo do CUB/m² desonerado não considera a incidência dos 20% referentes à previdência social, assim como as suas reincidências. Qualquer dúvida sobre o cálculo deste CUB/m² deve ser consultada junto ao Sinduscon-GO, com Sebastiana Santos, telefone (62) 3095-5162 (sebastiana@sinduscongoias.com.br).

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E

U RECOMENDO

CONSTRUIR SUSTENTABILIDADE: UMA QUESTÃO DE ESCOLHA Construir empreendimentos voltados para a moradia de milhares de famílias é muito mais que oferecer projetos inteligentes, excelente acabamento, segurança e qualidade de vida. Quando começamos uma obra, uma série de fatores fundamentais devem ser considerados para que os resultados esperados sejam alcançados gerando impacto mínimo na sociedade, e oferecendo benefícios que serão aproveitados a médio e longo prazo por todos. Quando iniciamos o projeto do Nexus Shopping & Business, desenvolvendo o primeiro mixed use de Goiânia, o desafio de criar soluções para o meio ambiente foi fundamental, e pensamos em cada detalhe para conferir ao produto o DNA sustentável que a Consciente carrega, associando-o à expertise internacional da parceira JFG Incorporações. Era preciso pensar à frente, desenvolver soluções para a região e para a população, era preciso inovar. Um dos primeiros desafios deste novo lançamento foi oferecer ao espaço escolhido para a obra mais área verde do que os 5% que o terreno possui atualmente. Após a implantação do empreendimento, o terreno terá um aumento de cerca de 960% de área verde, comparando com a situação original, atestado pelo CTE de São Paulo. Em termos de biodiversidade, o projeto terá um papel importante para promoção do habitat

ILÉZIO INÁCIO FERREIRA

da fauna da região. Este também foi um dos objetivos da implementação de um bosque particular no Botanic Consciente Life, promover o oferecimento de mais verde e contato com a natureza em uma região tão carente deste recurso. Outros diversos pontos foram analisados com cuidado para que o Nexus fosse criado com as mais diversas opções de sustentabilidade, como a minuciosa escolha por um vidro ecoeficiente para compor uma das torres ou o uso de madeira certificada na obra. A escolha de ar condicionado tipo CAG (Central de Água Gelada) e o uso de telhado verde para contribuir com o microclima da vizinhança, foram outras estratégias sustentáveis encontradas para o empreendimento. O complexo contará com outros diversos diferenciais, espalhados por todos os pavimentos, como sistema eletrônico e inteligente de tráfego dos elevadores e áreas para armazenamento de resíduos recicláveis no 2º subsolo. Bicicletário com vestiários no 1º pavimento será uma alternativa para uso de bicicletas, além da instalação de áreas verdes nas coberturas contribuindo para a redução de ilhas de calor. Vagas preferenciais para veículos de baixa emissão e baixo consumo, também compõem uma parte dos itens de sustentabilidade do empreendimento. Todos esses diferenciais foram reconhecidos com a inédita premiação no Top Imobiliário, categoria Empreendimento Sustentável, e farão parte dos itens avaliados para recebimento da renomada certificação Leed Core & Shell. Quando pensamos em construir com qualidade, principalmente com os desafios que o planeta sofre atualmente, precisamos inovar e encontrar soluções que agreguem não somente valor ao produto, mas gerem benefícios para a sociedade, deixando ao longo dos anos alternativas reais para um planeta melhor, e isso é, definitivamente, uma questão de escolha. ILÉZIO INÁCIO FERREIRA, diretor-presidente da Consciente Construtora e Incorporadora

Sinduscon-GO: NOVOS ASSOCIADOS MAIS ENGENHARIA, INCORPORAÇÃO E CONSULTORIA LTDA. A empresa foi fundada em 01/04/1997 pelos diretores Scheilla Milhomens Dall Molin e Marivaldo Alves de Resende Júnior. A Mais Engenharia, Incorporação e Consultoria Ltda. atua no ramo de construção de edifícios. Sua sede está instalada na Avenida Goiabeiras, nº 667, Quadra 25, Lote 05, no Setor Saleiro, em Inhumas (GO).

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IC

CONSTRUÇÕES LTDA.

A empresa foi fundada em 25/10/1999 pelo diretor Fabrício Gonçalves Cavalcante. A IC Construções Ltda. atua no ramo de construção de edifícios. Sua sede está instalada na Rua 261, nº 93, Quadra 46, Lote 23-7, Salas 01/02, no Setor Coimbra, em Goiânia (GO).


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