Revista Construir Mais - Dezembro de 2015

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CUB OUTUBRO

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REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO VI, Nº 65 DEZEMBRO/2015

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, ANSELMO PEREIRA.

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DITORIAL

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL e aprimoramento empresarial em 2016 No encerramento de cada exercício é hora de traçar metas e planejar ações para o novo ano que bate à porta. Para o próximo ano a Diretoria do Sinduscon-GO está empenhada em ampliar os horizontes da qualificação técnica e da gestão empresarial, cumprindo assim com as diretrizes de sua Política da Qualidade em apoio ao desenvolvimento da indústria da construção em nosso Estado. Por entender que o crescimento acontece por meio do aprimoramento constante, o Sinduscon-GO desenvolveu seu planejamento estratégico para 2016 priorizando o aprendizado técnico e prático em suas ações institucionais. O ano de 2016 será limitado em relação a investimentos em qualificação e capacitação profissional, lembrando que o Sesi/Senai, parceiros de longa data no desenvolvimento de ações de aprendizagem nas áreas operacional e técnica da indústria da construção, tiveram seus recursos comprometidos pelo governo federal. Aprimorar conhecimentos é necessário para o aumento da produtividade profissional. Funciona como caminho para reduzir o ‘custo Brasil’, pois enquanto que aqui, para executar um determinado serviço é necessária a mão de obra de cinco trabalhadores brasileiros, nos Estados Unidos essa mesma tarefa necessita de apenas um trabalhador. Portanto, a qualificação é essencial, e o Sinduscon-GO está comprometido em ser protagonista nesta jornada de aperfeiçoamento no decorrer do exercício vindouro. Nesta direção, a equipe técnica da entidade desenvolve uma série de projetos para executar no próximo ano, compreendendo a ampliação da oferta de encontros técnicos, cursos, palestras e workshops às empresas associadas e profissionais interessados nos temas propostos e na troca de experiências. Com esse enfoque em nossa matéria de capa, a Comunidade da Construção – programa nacional criado

pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que em Goiânia é realizado pelo Sinduscon-GO – recebe destaque por ofertar cursos e oficinas que difundem as melhores práticas para o aperfeiçoamento dos processos construtivos à base de cimento, contando sempre com grande adesão de público em seus eventos, que além de compartilhar conhecimentos, promovem uma oportunidade de ampliação de contatos entre os participantes. A Construir Mais apurou que o Sinduscon-GO irá ampliar suas parcerias com instituições em diversas áreas como gestão, liderança, cursos de curta duração e cursos de pós-graduação, a exemplo de projeto a ser implementado com o Crea-GO visando a capacitação, desenvolvimento de habilidades e competências dos engenheiros recém-formados. Outros parceiros renomados se unem ao Sindicato com projetos que objetivam a excelência de resultados em formação e qualificação profissional. Em 2016 serão realizados cursos em módulos específicos para formação técnica em importantes áreas como segurança jurídica; normas técnicas; orçamento, negociação e contrato; gestão de carreira, oratória e marca pessoal. Na área de Meio Ambiente, entre outras ações, daremos sequência ao Plantão Técnico Sinduscon-GO – Direito Ambiental e Urbanístico, bem como a projetos em elaboração nas Assessorias Jurídica e de Saúde e Segurança do Trabalho da entidade. Nas páginas desta edição, nossa revista apresenta ainda artigos, entrevistas técnicas e temas de interesse nas áreas de sustentabilidade e inovação tecnológica. Vale conferir! Boa leitura. CARLOS ALBERTO DE PAULA MOURA JÚNIOR Presidente do Sinduscon-GO

DIRETORIA EXECUTIVA DO SINDUSCON-GO (2013/2016) PRESIDENTE: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 1º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - 2º Vice-Presidente: Guilherme Pinheiro de Lima - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho Diretor Administrativo Adjunto: Luís Alberto Pereira - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Financeiro e Patrimonial Adjunto: Ricardo Silva Reis - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor da Comissão de Economia e Estatística Adjunto: Maurício Figueiredo Menezes - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária Adjunto: Eduardo Bilemjian Neto - Diretor da Comissão de Habitação: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor da Comissão de Habitação Adjunto: Cláudio Jesus Barbosa de Sousa - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Renato de Sousa Correia - Diretor de Materiais e Tecnologias: Sarkis Nabi Curi - Diretor de Materiais e Tecnologias Adjunto: Pedro Henrique Borela - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: João Geraldo Souza Maia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas Adjunto: Humberto Vasconcellos França - Diretora de Qualidade e Produtividade: Patrícia Garrote Carvalho - Diretora de Qualidade e Produtividade Adjunta: Aloma Cristina Schmaltz Rocha - Diretor de Construção Pesada: Sérgio Murilo Leandro Costa - Diretor de Construção Pesada Adjunto: Jadir Matsui - Diretor de Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor da Construção Metálica Adjunto: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora de Assuntos Jurídicos Adjunta: Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Yuri Vaz de Paula - Diretor da Comissão de Saúde: Jorge Tadeu Abrão - Diretor da Comissão de Saúde Adjunto: Célio Eustáquio de Moura - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural: Gustavo Veras Pinto Cordeiro - Diretor da Comissão de Proteção ao Patrimônio Natural Adjunto: Nelson Siqueira Neto - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico: Ricardo Daniel Lopes - Diretor do Setor Elétrico e Telefônico Adjunto: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro - Diretor Social e de Comunicação Adjunto: Ulisses Alcoforado Maranhão Sá - CONSELHO CONSULTIVO: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan de Alvarenga Menezes, José Augusto Florenzano, José Carlos Gilberti - SUPLENTES: Bruno de Alvarenga Menezes, Marco Antônio de Castro Miranda, André Luiz Baptista Lins Rocha - CONSELHO FISCAL: Célio Eustáquio de Moura, Guilherme Pinheiro de Lima, Carlos Henrique Rosa Gilberti - SUPLENTES: Paulo Silas Ferreira, Ricardo de Sousa Correia, Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, Roberto Elias de Lima Fernandes - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - SUPLENTES: Eduardo Bilemjian Filho, Guilherme Pinheiro de Lima.

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S UMÁRIO

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Artigo “Prêmio CBIC: a certeza de que estamos no caminho certo” é o tema do artigo do diretor de produção da Toctao Engenharia, Bruno Alvarenga de Menezes.

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Entrevista “Para Anselmo Pereira, “o estrangulamento

18 MATÉRIA DE CAPA Qualificação constante é a chave para o crescimento profissional e empresarial.

da mobilidade em nossa cidade é o grande desafio para o futuro Plano Diretor”. Confira a entrevista com o presidente da Câmara Municipal de Goiânia.

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Espaço CBIC o assunto abordado nesta edição pelo

no Sinduscon-GO no mês de novembro/2015.

da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

Contribuição Sindical Patronal 2016

Comunidade da Construção

o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal

A era dos concretos duráveis. Concepção

(exercício 2016), cujo vencimento ocorrerá

estrutural e especificação do concreto com

em 31/01/2016.

Banco de Empregos

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Indicadores Econômicos Confira o valor do Custo Unitário Básico (CUB)

Acompanhe os perfis dos profissionais

referente ao mês de outubro e o resultado da pesquisa

cadastrados no Banco de Empregos

“Índice de Confiança do Empresário da Indústria da

do Sinduscon-GO.

Construção” também do mês de outubro.

REVISTA CONSTRUIR MAIS - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) Sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior | Diretor Social e de Comunicação: Paulo Henrique Rodrigues Ribeiro | Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | Reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves (beatriz@ sinduscongoias.com.br), Joelma Pinheiro (joelma@sinduscongoias.com.br) e Valdevane Rosa (valdevane@sinduscongoias.com.br) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Silvio Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - Telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | Tiragem: 6.000 exemplares. Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Consciente das questões ambientais e sociais, o Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão dos seus materiais.

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Leia nesta edição todas as informações sobre

base no desempenho.

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Registro de Eventos Acompanhe o registro dos eventos realizados

presidente da Câmara Brasileira da Indústria

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“Concessões & PPPs: diálogo aberto” é

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Anuncie na revista

Para informações entre em contato com o Departamento Comercial do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5168, e-mail comercial@sinduscongoias.com.br.


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RT I G O

PRÊMIO CBIC: a certeza de que estamos no caminho certo

A indústria da construção civil, em virtude do seu modo de produção e aspectos peculiares, é tida como uma significativa geradora de resíduos sólidos e líquidos quando comparada a outros processos industriais e considerando sua dimensão em relação ao consumo de recursos. Portanto, o desenvolvimento sustentável do setor passa necessariamente pela redução deste consumo e pelo gerenciamento eficaz dos resíduos. Segundo dados da ANAB (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica), cerca de 50% dos recursos extraídos da natureza são destinados ao setor e, no caso do Brasil, é responsável pelo consumo de 40% dos recursos naturais e da energia produzida, 16% da água e 55% de madeira não certificada, além de responder pela produção de 67% da massa total de resíduos sólidos urbanos. Mais do que executar brilhantes e desejáveis empreendimentos que se encaixem à demanda dos clientes, fica como desafio às empresas da construção civil desenvolver-se de forma consciente e menos agressiva ao meio ambiente, sobretudo aos recursos hídricos, criando soluções que tenham como premissa a sustentabilidade, que começa na concepção do projeto, permanecendo na sua execução e que perdure como herança nos locais de dada região, localidade ou empreendimento. Assim nasceu o Programa Conta-Gotas, desenvolvido pela Toctao Engenharia e que recentemente conquistou o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2015, na categoria “práticas eco responsáveis de preservação da biodiversidade e de educação ambiental”. Um projeto com o objetivo de implantar ações que reduzam o desperdício da água, tornando o seu uso consciente, seja na elaboração dos projetos dos empreendimentos, na execução das obras e do canteiro de obras, seja nas ações de educação ambiental desenvolvidas com os diversos públicos. Ações que tiveram início antes mesmo da edição da norma ISO 26000:2010 – Diretrizes da Responsabilidade Social, e que já continham seus conceitos como a análise do ciclo de vida, avaliação de impacto ambiental, abordagem por sistemas de produto-serviço, uso de tecnologias e práticas ambientalmente saudáveis, aprendizagem e conscientização, permeando todas as ações para redução do desperdício, reuso e tratamento para reuso. O Conta-Gotas contempla desde ações simples, como a reutilização de água da chuva e de bebedouros, a métodos de reuso através do tratamento do esgoto das obras e implantação nos empreendimentos de mecanismos geradores de economia, chegando ao árduo trabalho que é cons-

cientizar, por entender que a mudança de comportamento somente se faz eficiente quando o indivíduo a pratica por espontânea vontade, de forma contínua até que vire hábito. Temos aspirado o sentimento de vitória e conquista a cada pequeno passo, ou, a cada gota. A participação dos colaboradores nas campanhas para economia de água promovidas no canteiro de obras é expressiva e é notória a redução do desperdício, visto que entre os participantes da última campanha interna houve uma economia média de 10% entre as famílias dos funcionários. Nas obras, há o aproveitamento da água dos aparelhos de ar condicionado, da que é dispensada dos bebedouros e lavatórios e da água da chuva, para vários fins de limpeza ou para regar as plantas; tratamento por decantação da água utilizada na limpeza dos caminhões betoneira e no processo de limpeza das suas rodas e a reutilização desta para a limpeza das vias de acesso ou controle da poeira no canteiro de obras; instalação de aeradores e/ou redutores de vazão nas torneiras, além do controle e eliminação de possíveis vazamentos. Outros passos estão para ser concluídos e trarão ainda mais economia com água reaproveitada, como o início dos testes da Ecoágua, que realizará o tratamento do esgoto proveniente de obras. Este equipamento teve todos os seus parâmetros criados pela equipe de engenharia da Toctao e está sendo desenvolvida em parceria com o Senai Vila Canaã. Assim, outras ações, ideias e projetos inovadores se agregarão mostrando novos caminhos que podem ser percorridos rumo a um desenvolvimento cada vez mais sustentável e necessário. Continuaremos a perseguir o novo, a pensar simples e com o olhar no futuro e não apenas no agora. Lembremos do pensamento de Madre Teresa de Calcutá: “por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. Continuemos no caminho! BRUNO ALVARENGA DE MENEZES é engenheiro e diretor de produção da Toctao Engenharia

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N T R E V I S TA

ANSELMO PEREIRA

Para Anselmo Pereira, “o estrangulamento da mobilidade em nossa cidade é o grande desafio para o FUTURO PLANO DIRETOR” O presidente da Câmara Municipal de Goiânia (biênio 2015/2016), vereador Anselmo Pereira (PSDB) é formado em Direito, trabalhou na Secretaria de Ação Urbana da Prefeitura e foi candidato em 1983 pelo PDS, sendo eleito para a suplência. Assumiu a vaga por dois anos. Ainda no PDS se candidatou novamente, sendo um dos vereadores mais bem votados na época. Depois se filiou ao PMDB e foi eleito para o segundo e terceiro mandatos. Após a eleição de Marconi Perillo para o Governo do Estado, Anselmo deixou o PMDB e se filiou ao PSDB, sendo eleito vereador em 2000, 2004 e 2008, quinto, sexto e sétimo mandatos. Em 2012 foi reeleito para seu oitavo mandato, com 7.294 votos. Confira, a seguir, a entrevista que ele concedeu para a Construir Mais. À FRENTE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, QUAIS SÃO AS SUAS PRINCIPAIS METAS/DESAFIOS? Aproximar o processo legislativo das comunidades e dos segmentos organizados. Aparelhar a Câmara de mecanismos que possam identificar os anseios da sociedade goianiense e apresentar com agilidade a solução dos seus problemas. Caminhamos a passos largos nesta direção com o projeto da Câmara Itinerante, que levou as sessões Plenárias para os bairros de Goiânia, abrindo espaço para a população se manifestar sobre os problemas que enfrentam na sua região e na sua rua. COMO ESTÃO AS TRATATIVAS QUANTO À REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA? A responsabilidade de realizar uma revisão depois de dez anos do Plano Diretor de Goiânia é de todos nós: Poder Executivo, Poder Legislativo e principalmente as entidades representativas que atuam na transformação da cidade. Nenhum Plano Diretor pode ser discutido sem a participação da sociedade organizada. Por isso, vamos promover uma série de encontros e um cronograma de atividades para ouvir principalmente todo o setor produtivo que possui ligação com as atividades urbanísticas de Goiânia. DENTRO DA SUA LARGA EXPERIÊNCIA NA CÂMARA MUNICIPAL, QUE ASPECTOS DO PLANO DIRETOR O SENHOR ACREDITA QUE SERÃO MAIS DEBATIDOS DURANTE O PROCESSO DE REVISÃO? O estrangulamento da mobilidade em nossa cidade é o grande desafio para o futuro Plano Diretor. A questão 6

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da requalificação urbanística no contorno da área urbana consolidada. Alguns aspectos estão deficitários, como por exemplo, os polos de desenvolvimentos não-poluentes dentro da cidade de Goiânia. Cito o exemplo do polo atacadista, que até o presente momento não foi desafiado. Outro aspecto é, dentro do Plano Diretor, criar mecanismos para que o desenvolvimento da cidade possa ser melhor implantado sem promover a expulsão de quem tem atividade em nossa cidade para municípios vizinhos. Também é preciso aprimorar a prestação de serviços do Poder Executivo para aqueles que precisam de respostas rápidas e eficientes na legalização de uma série de atividades no nosso município, além de adotar um modelo que pense Goiânia com um mecanismo de transformação permanente, sempre ouvindo os anseios da comunidade. COMO O SENHOR PREVÊ RELACIONAR AS NOVAS DIRETRIZES DO PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA COM O DA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA, QUE JÁ ESTA SENDO GESTIONADO? Realizamos há poucos dias reunião com o Governo do Estado, Câmara Municipal e Prefeitura de Goiânia visando intensificar a discussão e implantação do Plano Diretor Metropolitano da cidade de Goiânia. Impossível pensar Goiânia como uma ilha sem a interferência da conurbação urbana em nossa cidade. Criar, em um aspecto de consórcio, o anel viário metropolitano. São ações como essa que precisam ser analisadas na discussão da interligação do Plano Diretor de Goiânia com a visão de uma cidade metrópole. ESPECIFICAMENTE NO QUESITO EXPANSÃO URBANA, QUE PROPOSTAS SERÃO APRESENTADAS PELA CÂMARA MUNICIPAL? Inevitavelmente Goiânia cresce e exige cada vez mais atenção do poder público. A movimentação urbanística nem sempre depende unicamente da vontade e do planejamento de nossa cidade. Porquanto, uma readequação da macrozona construída é necessária e urgente para que os vazios urbanos que estão sofrendo pressão para ocupação sejam regularizados imediatamente. Caso contrário, a cidade poderá sofrer um surto de invasões e perder importantes áreas públicas para a política habitacional de nossa cidade. SOBRE O CÓDIGO DE POSTURAS DE GOIÂNIA, QUE FOI ELABORADO HÁ 20 ANOS, COMO


samos ter oportunidade de readequar o espaço urbano de Goiânia com uma lei extremamente dinâmica e social. Priorizando, inclusive, a legalização dos condomínios horizontais e ao mesmo tempo estimular os parcelamentos de caráter social.

ANSELMO PEREIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA

ESTÃO OS TRABALHOS PARA A SUA ATUALIZAÇÃO? QUE PONTOS SOBRE ESTE TEMA MERECERÃO DESTAQUE? Na condição de prefeito em exercício de Goiânia, tive a oportunidade de, durante dez dias, acelerar de forma eficiente a preparação da atualização do Código de Posturas, bem como da formatação da Lei Ambiental de Goiânia. Ambas são vitais para criar regras definitivas para o município, evitando conflitos e reduzindo espaço para atos de corrupção. O Código de Posturas está totalmente desatualizado em quase 20 anos. Eu inclusive fui o relator dessa versão. Naquela época era uma grande inovação. Lembrando, para verificar como esse código está desatualizado, ninguém pensava em mídias exteriores como pensamos agora. A poluição visual era algo quase imperceptível. Sequer existia naquela época telefone celular. Então, a Câmara dará prioridade neste mandato a Leis que, ao nosso entender, encontram-se totalmente em desacordo com o desenvolvimento do nosso momento histórico. Acrescento ainda a necessidade de reforma do Código Tributário de Goiânia, totalmente desconexa com a realidade financeira e tributária do nosso município. E SOBRE O PROJETO DA NOVA LEI DO PARCELAMENTO DO SOLO DE GOIÂNIA, COMO OS TRABALHOS ESTÃO SENDO CONDUZIDOS? QUANDO ELA DEVERÁ SER PUBLICADA? O SENHOR PODE ANTECIPAR QUE MUDANÇAS ESTE PROJETO PROPÕE? Como prefeito em exercício tive a honra de encaminhar para a Câmara a nova Lei de Parcelamento do Solo, que substitui a de minha autoria, a lei revolucionária 7.222, que por sinal foi chamada de Lei Anselmo Pereira. O anteprojeto que tramita nesta Casa encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e já foram realizadas duas audiências públicas para que possamos, antes do final de 2015, aprová-la para que no ano de 2016 pos-

QUAL A SUA VISÃO EM RELAÇÃO AO PROJETO DO CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ENTREGUE À CÂMARA MUNICIPAL? EM QUANTO TEMPO DEVERÁ SER APROVADO? O nosso Código Ambiental encontra-se em preparação final, com ordem expressa proferida no meu período de prefeito em exercício para que ainda em novembro esteja na Câmara. Então vamos discutir definitivamente as relações ambientais em nossa cidade com os diversos setores produtivos. Na verdade, nós não queremos que seja chamado de Código Ambiental, mas sim de uma Lei Ambiental moderna, eficiente e com regras extremamente claras e definidas. Não podemos mais admitir que a Amma possa continuar legislando por resoluções, o que coloca em uma posição de grande fragilidade aqueles que querem atuar dentro do nosso município. SABENDO QUE OS PRAZOS PARA A CONFECÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PREVISTOS PELA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS JÁ FORAM ESGOTADOS E QUE AINDA NÃO FOI FINALIZADA A SUA ELABORAÇÃO, A CÂMARA MUNICIPAL PODERÁ DESENVOLVER ALGUMA AÇÃO PARA AGILIZAR A CONCLUSÃO DESTE PROJETO? EM QUANTO TEMPO O SENHOR PREVÊ QUE SERIA POSSÍVEL CONCLUIR O PLANO PARA QUE ESTE COMECE A VIGORAR? O Plano de Aproveitamento de Resíduos Sólidos e adequação dos mesmos à vida urbana de Goiânia é um dos fatores de maior importância para a qualificação urbanística da capital. O setor da construção civil é emergente em Goiânia e precisa contar com uma legislação adequada de reaproveitamento de resíduos sólidos. Isso vai reduzir muito a poluição de nossas áreas verdes e ribeirinhas dos córregos que ainda existem em nossa cidade. A falta desta legislação também inquieta o setor da construção civil no nosso município que, não tendo normas claras, fica à deriva das vontades individuais. A Lei de reaproveitamento dos resíduos sólidos é fundamental e precisa rapidamente estar conclusa e é uma das grandes metas da nossa administração na Câmara Municipal de Goiânia no biênio 2015/2016. Não podemos encerrar este mandato sem presentear Goiânia com leis desta categoria que muito vai trazer benefício para o meio ambiente, bem como tranquilidade para o setor produtivo, que não pode ser penalizado por falta do amparo legislativo em nossa cidade. DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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ONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

SUSTENTABILIDADE nos moldes do Referencial GBC Brasil Casa Dizer que queremos uma empresa, ou uma obra sustentável, é um grande desafio! Quando um empresário decide estabelecer a sustentabilidade como estratégia de negócio, não basta simplesmente acionar o departamento de comunicação, criar princípios e valores em seus sites, e não traduzir isso de forma coerente no dia a dia de sua organização. Antes, é preciso, conhecer a realidade atual, levantando quais os itens, dentro do sistema vigente, destoam do conceito de sustentabilidade pretendido. Depois disso, estabelecer metas plausíveis de mudanças no jeito de planejar, executar e controlar as ações. É necessário “banhar” as pessoas e processos com essa nova premissa e estimular a reflexão para novos hábitos de todos os envolvidos. Junto com isso, é preciso promover a estrutura necessária para que as pessoas e processos cumpram com o que for estabelecido como premissa, e alimentar, constante e periodicamente, o sistema para que aquilo que for incoerente com o resultado almejado não ponha a perder o esforço coletivo despendido. Por fim, mensurar qual foi o salto real, ajustando frequentemente até que se atinja tais resultados. Atingido este ponto, estipula-se novas metas, e assim sucessivamente, de forma que se perceba uma evolução real e tangível.

Nessa linha, em Goiânia tomamos como exemplo uma empresa de médio porte, a NewInc – incorporadora do Terra Mundi, um empreendimento que foi concebido dentro do conceito de sustentabilidade e está completando cinco anos, com sucesso de vendas e amplo reconhecimento não apenas regional. Trata-se do Terra Mundi Jardim América, com 380 apartamentos e mais de 60 itens de sustentabilidade, iniciados a partir da escolha da área em que o empreendimento seria materializado, até a pós entrega dos apartamentos, na orientação e criação de uma cultura mais consciente no jeito de viver e morar. Um dos ganhos advindos da coerência deste empreendimento foi ser o primeiro piloto em residencial vertical no Referencial GBC (Green Building Council) Brasil Casa. Dentre os destaques dos itens sustentáveis, os processos de gestão de 100% dos resíduos recicláveis e da água cinza produzida, a economia de energia gerada e processo educativo (orientando-se os moradores após a entrega dos apartamentos), fomentados não só no produto final, como também durante a execução/construção do empreendimento, desde a etapa de fundação, atingindo assim todos os requisitos e créditos do Referencial GBC Brasil Casa. Quando entramos nesse ciclo, passamos a entender que sustentabilidade jamais será um fim, mas sim, um meio, um caminho a ser percorrido diariamente, que requer esforço, mas acima de tudo coerência, ao ponto de, se uma falha é cometida, um erro, uma crise, um acidente, resta isso ser identificado, tratado e controlado, para que não se desvie do caminho traçado. E isso é certo: falhas, erros, crises hão de ocorrer. Basta saber como lidaremos com elas, e quais os princípios a serem seguidos ao identificá-las. Aí sim, a comunicação fortalecerá esses princípios que foram traduzidos à prática, e esse ciclo irá promover o reconhecimento e o retorno social, ambiental e econômico à organização que se propôs a trilhar este caminho. Portanto, o mais importante a ser mostrado é que tudo se tornou possível através da coerência entre a estratégia desenhada e as ações executadas. Quando a coerência é o fator chave do sucesso, a disposição é renovada a cada desafio, e as dificuldades se tornam menores do que o objetivo almejado. Essa é a mudança necessária para que se trilhe um caminho, cheio de aventuras e prosperidade rumo à sustentabilidade! CAMILA STORTI é administradora de empresas com pós-graduação em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, sócia na Abissal – Soluções Socioambientais

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S PA Ç O C B I C

Concessões & PPPs:

DIÁLOGO ABERTO A indústria da construção abriu diálogo com o Ministério da Fazenda e vai discutir premissas que garantam maior participação de empresas do setor nos projetos de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) planejadas pelo governo federal para 2016. Essa aproximação acontece em momento propício, quando o próprio governo federal dá sinais de ter compreendido o papel que a construção civil pode assumir no esforço para fazer deslanchar obras estruturantes para o país, especialmente na infraestrutura, e recolocar a economia brasileira na direção do crescimento. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) vem realizando um conjunto de ações para a qualificação das empresas e identificação de novas oportunidades de negócios, com vistas a criar as condições que farão da construção civil um player atuante e importante nos projetos de Concessões e PPPs. A consistência e profundidade do debate que temos realizado – traduzidas estudos e pelos eventos regionais – nos coloca em condições de discutir com o governo uma nova visão e modelagem para os projetos vindouros. Nosso setor deu um passo decisivo nessa direção nos primeiros dias de novembro, quando recebeu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para reunião em que foram discutidas as linhas gerais do novo marco regulatório que será encaminhado ao Congresso. Na ocasião, dirigentes e empresários puderam expor suas preocupações e experiências, antecipando aspectos que hoje impedem a participação de um maior número de empresas nas licitações. Não foi uma conversa vazia: Levy estava acompanhado de seu secretário-executivo adjunto, Fabrício Dantas, responsável pela formulação da nova legislação. O posicionamento apresentado por ambos, se efetivo, converge e responde às expectativas da construção: aumentar o mercado e ter mais empresas participando das licitações; e construir um ambiente de negócios mais simples e seguro no Brasil. O próximo passo será dar assento à indústria da construção nos fóruns do governo que conduzem a discussão, especialmente o grupo de especialistas formado no Ministério da Fazenda. Estamos prontos para esse debate, cuja agenda temos afinado nos encontros regionais. Esses eventos têm sido uma oportunidade relevante de a indústria da construção concentrar-se nessa agenda e não tem faltado interesse – recentemente, o Sinduscon-GO foi o anfitrião de mais uma rodada produtiva e consistente de discussão, em um encontro voltado para o Centro-Oeste. São muitos os temas e a contribuição

“ AINDA QUE VENHA

SE CONSOLIDANDO LENTAMENTE COMO INDUTOR DE INVESTIMENTOS, AS CONCESSÕES E PPPs VIERAM PARA FICAR E DESEMPENHARÃO PAPEL DECISIVO NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA – NINGUÉM MAIS DUVIDA DISSO”

que temos a oferecer à proposta em gestação no governo, especialmente no que diz respeito à busca por segurança jurídica, à modelagem dos projetos e acesso ao crédito – é grande a preocupação com a formação de funding e garantias que permitam às empresas do setor disputar as licitações em pé de igualdade com os demais players. Ainda que venha se consolidando lentamente como indutor de investimentos, as Concessões e PPPs vieram para ficar e desempenharão papel decisivo no processo de recuperação da economia brasileira – ninguém mais duvida disso. Hoje o Brasil já tem 83 contratos de concessão administrativa e concessão patrocinada firmados, sendo que 36 deles foram assinados a partir do ano de 2012. Para fazer parte desse processo, cabe a nós avançarmos na discussão dos eventuais gargalos e na identificação de práticas que melhorem a experiência com essas ferramentas. É desejável que a indústria da construção conheça cada vez mais as Concessões e PPPs, desenvolva modelos de negócios inovadores, revendo também seus métodos de gestão e organização empresarial. Esse é o caminho que levará a um melhor futuro para o Brasil e para todos nós.

JOSÉ CARLOS MARTINS é presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

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S PA Ç O J U R Í D I C O

PREJUÍZO na rescisão da venda

O acerto de contas na rescisão do contrato de comercialização de unidade imobiliária é tema que merece especial atenção dos incorporadores e loteadores, pois é crescente o número de contratos desfeitos e o Poder Judiciário vem julgando a matéria de forma contrária aos seus direitos. O aumento no número de rescisões de contratos de compra e venda de imóveis decorre de excessiva oferta, em determinadas praças, e da crise econômica nacional. Crise esta cujos efeitos negativos futuros ainda não podem ser previstos perfeitamente. Como se não bastasse, a maioria dos julgados do Poder Judiciário, em casos de rescisão de compromissos de compra e venda de imóveis por culpa do adquirente consumidor, autoriza a retenção por parte do empreendedor tão somente de um percentual sobre o valor pago. Nesse sentido, recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) editou a Súmula 543 com o seguinte teor: “Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador – integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento”. Analisando vários casos concretos julgados pelo STJ, verifica-se que ali se reconhece o direito do empreendedor de reter exclusivamente de 10 a 25% dos valores pagos. Isso para cobrir todo e qualquer custo arcado pela empresa com o contrato que está sendo rescindido. Tal entendimento decorre da aplicação do artigo 53 do Código de Defesa do Consumidor, que determina que o consumidor inadimplente não pode perder tudo que pagou. Ocorre que tal simplista forma de acerto de contas entre as partes não é justa e nem está em consonância com uma interpretação sistemática, obrigatória, do direito. A mesma chega a ser desarrazoada em muitos casos. É mais benéfica com aquele que menos cumpriu a obrigação assumida, pois quanto menor o adimplemento (pagamento ao vendedor) menor a penalidade. Aquele que muito ou quase tudo cumpriu, o de menor culpa, por outro lado, arca com uma penalidade maior. Além disso, estipular tão somente um percentual de retenção sobre o valor pago ignora a questão central do problema, ou seja, os prejuízos sofridos pela parte adimplente. Em inúmeros casos, a retenção autorizada pelo Judiciário não cobre sequer o custo de corretagem arcado pelo empreendedor. 10

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“ ESTIPULAR TÃO SOMENTE UM PERCENTUAL DE RETENÇÃO SOBRE O VALOR PAGO IGNORA A QUESTÃO CENTRAL DO PROBLEMA, OU SEJA, OS PREJUÍZOS SOFRIDOS PELA PARTE ADIMPLENTE. EM INÚMEROS CASOS, A RETENÇÃO AUTORIZADA PELO JUDICIÁRIO NÃO COBRE SEQUER O CUSTO DE CORRETAGEM ARCADO PELO EMPREENDEDOR”

São princípios gerais básicos do ordenamento jurídico: dar a cada um o que é seu e não causar dano a ninguém. A regra do Código de Defesa do Consumidor não pode ser interpretada isoladamente como uma autorização legal para se causar prejuízo a outrem. Deve ser aplicada em conjunto com a regra básica de que a parte adimplente não pode ser prejudicada pela inadimplência da outra. O consumidor causador da rescisão deve arcar, portanto, no mínimo, com os gastos que o contrato rescindido gerou ao empreendedor. É necessário que o Poder Judiciário assimile as razões deste na questão discutida, pois as mesmas são justas e, no atual cenário, cada dia mais relevantes. ARTHUR RIOS JÚNIOR é advogado imobiliário e da construção arthurjr@advrios.com.br


Justiça Entende É comum os empregadores e empregados se depararem com a divergência entre o laudo médico do órgão previdenciário e do médico do trabalho da empresa. Nesse sentido, vejam alguns julgados: Ementa: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE LABORAL. DIVERGÊNCIA DOS LAUDOS MÉDICOS. APARÊNCIA DO BOM DIREITO DESCARACTERIZADA. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA MÉDICA JUDICIAL. 1. In casu, mostrando-se incontroversa a divergência entre o (s) laudo (s)/atestado (s) médico (s) apresentados pela parte agravada e o laudo médico-pericial do INSS, que indeferiu a concessão da aposentadoria por invalidez, resta prejudicada a aparência do bom direito do recorrido 2. Realização de perícia médica judicial que se impõe, para fins de constatação da incapacidade laboral alegada pelo agravado, motivo pelo qual deve ser reformada a decisão combatida. 3. Agravo de instrumento provido. (TRF-5 - AG Agravo de Instrumento AG 22123720134059999 (TRF-5) Data de publicação: 12/09/2013). Ementa: PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PAGAMENTO DOS VALORES ATRASADOS. INCAPACIDADE LABORAL. DIVERGÊNCIA ENTRE OS LAUDOS MÉDICOS. - Hipótese em que a requerente postula o pagamento dos valores atrasados referentes a benefício de aposentadoria por invalidez, desde a data de seu cancelamento

até a sua reativação, por força de decisão judicial em Ação Civil Pública não transitada em julgado. - Ante a divergência dos laudos médicos anexados aos autos pelas partes acerca da incapacidade da autora, verifico que há necessidade de um laudo médico judicial, que além de ser equidistantes das partes, tem condições de fornecer um trabalho mais apurado, no sentido de que este venha corroborar com a documentação já acostada aos autos para melhor deslinde da demanda. - Sentença anulada de ofício para que seja produzida prova pericial. - Apelação e remessa oficial prejudicadas. TRF-5 - Apelação Cível AC 402636 CE 2001.81.00.008508-0 (TRF-5) Data de publicação: 14/02/2007).

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C

OMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO

A era dos CONCRETOS DURÁVEIS CONCEPÇÃO ESTRUTURAL E ESPECIFICAÇÃO DO CONCRETO COM BASE NO DESEMPENHO A durabilidade é um dos quatro “pilares” fundamentais em termos de requisitos para os sistemas estruturais em concreto. Espera-se de uma estrutura de concreto que ela apresente: 1) segurança e estabilidade, 2) rigidez e deformabilidade controlada, 3) durabilidade e 4) sustentabilidade. As obras em engenharia OSWALDO no Brasil têm um histórico de baixa CASCUDO durabilidade, com a incidência prematura e acentuada de manifestações patológicas, em alguns casos provocando acidentes estruturais. Quem “paga essa conta” é sempre o usuário final, proprietário do bem (o que é injusto). Esse quadro vem mudando desde a edição da última grande revisão da principal norma de concreto brasileira, a NBR 6118 (Projeto de Estruturas de Concreto), em 2003, que introduziu um capítulo exclusivo sobre durabilidade do concreto. Atualmente, com a edição da nova Norma de Desempenho das Edificações (NBR 15575: 2013), há uma prescrição tácita para que um tempo mínimo de vida útil seja aplicado a uma estrutura de concreto, a ser estabelecido em projeto (a chamada vida útil de projeto – VUP), que deverá ser igual a 50, 63 ou 75 anos, respectivamente para um nível de desempenho mínimo, intermediário ou superior. Em outras palavras, desde 2013 existe uma exigência normativa que torna compulsória dotar as estruturas de durabilidade, por fazer valer uma VUP mínima no projeto. Isto representa uma revolução na forma de conceber, projetar, formular o concreto, construir e usar a estrutura. É puro respeito ao usuário, é defesa do consumidor! O conceito de durabilidade evoluiu muito nos últimos anos. Passou de mera constatação daquilo que “vence” ao tempo, para algo que mantém seus aspectos funcionais e propriedades fundamentais ao longo do tempo. Deixou de ser um conceito qualitativo, algo que se conquista ao acaso ou por métodos empíricos, para algo palpável e mensurável, por meio da inserção do conceito de vida útil. A durabilidade pode ser inserida no projeto, por meio do conceito de vida útil de projeto, que sinaliza uma expectativa de durabilidade, a ser conquistada com a boa execução, com a definição correta e conforme dos materiais e componentes de construção, e com um adequado uso e operação, que contemple as ações de manutenção preventiva e, quando necessária, corretiva. A durabilidade, portanto, deixou de ter um significado abstrato, evoluindo para algo real, fruto de ações absolutamente sistêmicas. No campo das estruturas de concreto, a compreensão científica dos materiais e o aprofundamento nos mecanismos físico-químicos e eletroquímicos dos fenômenos patológicos

PONTE VASCO DA GAMA SOBRE O RIO TEJO, EM LISBOA/ PORTUGAL. UMA DAS PRIMEIRAS OBRAS NO MUNDO EM QUE A DURABILIDADE FOI CONSIDERADA COM BASE EM UMA ABORDAGEM DE DESEMPENHO (VU = 100 ANOS) e de degradação e envelhecimento estrutural, propiciaram um avanço extraordinário, que mudou a abordagem de durabilidade. Inicialmente calcada em avaliações sintomatológicas de fenômenos, caminha agora para uma abordagem baseada no desempenho. No Brasil, ainda é embrionária esta nova abordagem estrutural, em termos de concepção, projeto e especificação do concreto, tendo como base o desempenho e a durabilidade. Com a exigência da Norma de Desempenho, esse status deve paulatinamente ir mudando, pela incorporação na dosagem dos concretos dos chamados “indicadores de durabilidade”. Estes indicadores (ver quadro) são parâmetros de desempenho mensuráveis, com métodos de ensaio existentes e que avaliam propriedades do concreto intimamente relacionadas aos mecanismos de concreto que levam à degradação do concreto, a saber: absorção de água, índice de vazios, coeficientes de permeabilidade à água e ao gás, coeficiente de difusão de cloretos, coeficiente de carbonatação, resistividade elétrica, etc. Ao se especificar o concreto com base nesses indicadores e controlá-los durante a produção da estrutura, a garantia de durabilidade é muito maior. Uma abordagem ainda mais avançada que se descortina, e que representa o ápice da contemporaneidade, é aquela em que se utilizam os modelos preditivos de vida útil (determinísticos ou probabilísticos), como já se pratica na normalização europeia. Toda essa nova abordagem permite, com boa margem de segurança, conceber uma estrutura de concreto para “vencer” certa durabilidade. É a efetiva era dos concretos duráveis! PROF. DR. OSWALDO CASCUDO Universidade Federal de Goiás – Escola de Engenharia Civil e Ambiental

NÍVEIS E ABORDAGEM DE DESEMPENHO VOLTADOS À DURABILIDADE DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

Níveis 1 2 3 4 12

Abordagem Prescritiva Mista Desempenho Desempenho

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Parâmetros/Mecanismos de Controle rel. a/c, fck, cobrim., Ccim, Abert. fissuras DCl-, Kcarb., Kágua, Kgás, Ivazios, ρeletr, etc. Modelos preditivos de VU (determinísticos) Modelos preditivos de VU (probabilísticos)

Vida Útil de Projeto < 50 anos 50 a 100 anos > 100 > 100


A

RT I G O

Uma obra com olhos no

FUTURO Pelo trecho da BR-153 próximo à Unip circulam 86.155 veículos por dia. É o trecho mais movimentado da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), mas a contagem realizada pela empresa Basitec Projetos e Construções em outros quatro pontos da RMG revela os altos índices de utilização da rodovia, mostrando a necessidade de encontrar uma solução para a saturação que se prenuncia. Foi feita também a contagem dos veículos que chegam à RMG através da BR-153, tanto no sentido Anápolis como Hidrolândia, e pelas rodovias estaduais GO-010 (Bonfinópolis), GO-403 (Senador Canedo) e GO-020 (Bela Vista). Aqui chegam 10.007 caminhões e carretas por dia, dos quais 58% destinam-se à Região Metropolitana. O restante, 4.155 veículos de carga encontrados no levantamento, destina-se a outras localidades e não necessitaria passar diariamente por este trecho urbano da BR-153 que se pretende substituir pelo anel viário. É um sonho antigo desviar o tráfego, principalmente o de cargas, evitando que ele entre na cidade, competindo com o tráfego local. Os idealizadores e as pessoas que lutaram durante anos para sua concretização nunca foram bem sucedidos, apesar dos seus esforços, ficando a obra restrita a um trecho de 17 quilômetros entre a BR-153, próximo à Mabel, até a saída para o sudoeste do Estado. Um pequeno trecho que já virou avenida, hoje dentro da cidade. A Triunfo-Concebra, concessionária do trecho da BR153, entre Brasília e a divisa com o estado de São Paulo, sentindo a necessidade de desviar o trânsito desta BR encampou a ideia e está em estágio avançado para transformar um trecho do anel viário em realidade. O projeto de desvio desta BR no trecho urbano dos municípios de Goiânia e Aparecida foi apresentado pelo engenheiro Antonio Alberto Basílio em reunião realizada na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) com seus Conselhos Temáticos de Infraestrutura (Coinfra) e de Desenvolvimento Urbano (Condur). O presidente da Triunfo-Concebra, empresa que detém a concessão da rodovia também estava na reunião. A obra deve ter início em 2016, prazo de dois anos para conclusão e custo previsto de R$ 400 milhões. Este novo traçado do trecho leste do anel viário tem 42,7 km, começa em um ponto da BR-153 ao

sul de Aparecida e vai até um pouco antes do posto da Polícia Rodoviária na saída para Anápolis. Um vídeo que simula um sobrevoo do traçado pode ser acessado através do link http://www.crea-go.org.br/site/arquivos/uploads/ Contorno-Goiania-HD.flv. Após a execução de várias obras de adequação, o trecho atual da BR-153 será transferido para os municípios e transformado em uma via urbana, o que já tem a anuência dos governos dos municípios envolvidos e do Estado. Este novo eixo urbano Norte-Sul vai se integrar às vias atuais eliminando os gargalos existentes modificando, por exemplo, os viadutos do Parque das Laranjeiras, do Jardim Novo Mundo e da Avenida Anhanguera. Entre as obras previstas estão também a construção da terceira faixa, o tratamento da erosão no Km 498, nas proximidades da Celg, um trevo exclusivo de acesso para o novo aeroporto, as pistas laterais e as pontes sobre o Ribeirão Santo Antônio, na baixada do Country, substituindo os bueiros existentes. De acordo com Basílio, o projeto do traçado leste do anel viário foi desenvolvido através de concepções modernas para garantir seu funcionamento com qualidade por pelo menos 40 anos. A faixa de domínio terá 80 metros de largura, permitindo uma futura ampliação para três faixas em cada sentido, com rampa máxima de 6%. Para as alterações previstas serão construídos 24 mil metros quadrados de obras de arte. Haverá somente retornos operacionais e os acessos serão apenas nos cruzamentos, construídos todos em desnível. Estas medidas são a garantia da fluidez no tráfego. A Licença de Instalação da obra já foi emitida. A concessionária está aguardando a aprovação do projeto do anel viário pela ANTT, que já aprovou o traçado e o cronograma para entrega em 2018. A intenção é dar andamento no curto prazo à obra do trevo do aeroporto para não ter que aguardar o final da temporada de chuvas. Pode parecer que eu esteja falando apenas da Triunfo-Concebra, a concessionária da rodovia, mas não. Estou falando da engenharia que, quando livre para procurar a solução técnica mais adequada, é capaz de apresentar propostas que beneficiam toda a sociedade. ANTONIO DE PADUA TEIXEIRA é engenheiro civil, assessor técnico do Crea-GO e membro do Condur

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I

N OVA R É P R E C I S O

Sistema de elevadores sem cabo promete

REVOLUCIONAR O MERCADO A ThyssenKrupp deu mais um passo para o desenvolvimento do Multi, primeiro sistema de elevadores sem cabos do mundo. O primeiro modelo do sistema já está em operação no Centro de Inovação da empresa localizado em Gijón, Espanha, conforme previsto no cronograma de seu lançamento, há um ano. O Multi foi concebido para transformar a maneira como as pessoas se movem hoje nos edifícios das grandes cidades, e assim representar um marco na indústria de elevadores: além de viagens na vertical, será possível se locomover no sentido horizontal, a partir da mesma tecnologia utilizada no metrô. A empresa prevê que no final de 2016 o sistema Multi já esteja em funcionamento na nova torre de testes que está sendo construída na Alemanha. A revolução do sistema consiste no uso da tecnologia de motores lineares ao invés de cabos, que permite o movimento horizontal e transforma o transporte convencional por elevadores em sistemas verticais semelhantes aos do metrô. Essa tecnologia aumenta a capacidade e a eficiência do transporte, ao mesmo tempo em que reduz a área ocupada pelo elevador e o consumo de energia nos edifícios. Com dois poços de 10 metros e quatro cabinas, utiliza a tecnologia de motor linear baseado no trem de levitação magnética Transrapid. Para Andreas Schierenbeck, CEO da ThyssenKrupp Elevadores AG, a equipe de pesquisa e desenvolvimento está no caminho certo para operacionalizar essa tecnologia de ponta. “Conforme prometemos há 12 meses, apresentamos o primeiro modelo do inovador sistema de elevadores Multi, nossa resposta para os desafios do futuro e necessidades atuais de mobilidade urbana. Com a evolução da construção de edifícios é também necessário adaptar os sistemas de elevadores para atender melhor as demandas dos edifícios e o grande volume de passageiros”, justifica o executivo. O Multi pode incorporar várias cabinas de elevador, autopropulsadas por um poço rodando em loop, movimento único circular e, assim, aumentar a capacidade de transporte do poço em até 50%, tornando possível reduzir pela metade o espaço do elevador em edifícios. Com o sistema também será possível, pela primeira vez, o deslocamento horizontal em um edifício. Sem o uso de cabos, o Multi roda em um sistema de travas multinível e transferência de energia indutiva do poço do elevador para a cabina. O sistema requer poços menores que os dos elevadores convencionais e, com isso, pode aumentar a área de uso de um prédio em até 25%. Isto é particularmente importante, considerando que a área de um elevador/escada rolante atual pode ocupar até 40% de espaço de um andar de um prédio, 14

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dependendo da altura. O aumento da eficiência também resulta em um menor número de escadas rolantes e poços de elevadores adicionais, resultando em um ganho de até 50% no espaço útil dos empreendimentos e, consequentemente, de rentabilidade para as construtoras. (Fonte: Rouxinol Comunicação) COM QUATRO CABINAS E DOIS POÇOS DE 10 METROS, MODELO EM ESCALA REDUZIDA ACABA DE ENTRAR EM OPERAÇÃO NO CENTRO DE INOVAÇÃO DE GIJÓN, NA ESPANHA. PRIMEIRO PROTÓTIPO, EM TAMANHO REAL, ESTÁ PREVISTO PARA TESTES EM FINAL DE 2016


S

EGURANÇA DO TRABALHO

CEREST - conheça sua atuação,

funcionamento e os tipos de atendimentos voltados à saúde do trabalhador

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) é um serviço especializado em saúde do trabalhador, criado pela Portaria Ministerial 1.679/2002, com função de prover retaguarda técnica especializada para o conjunto de ações e serviços da rede SUS. É também um centro articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador e polo irradiador de ações e experiências de vigilância em saúde, de caráter sanitário e base epidemiológica. Tem por função dar subsídio técnico nas ações de promoção, prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais. Suas ações compreendem a assistência aos agravos; a vigilância dos ambientes e condições de trabalho e da situação de saúde dos trabalhadores; a produção, coleta, sistematização, análise e divulgação das informações de saúde; a produção de conhecimento, atividades educativas e a formação de recursos humanos. A vigilância dos ambientes e condições de trabalho, vigilância epidemiológica de agravos e da vigilância ambiental, bem como a assistência prestada geram informação e identificam “casos ou suspeitas” de agravos relacionados ao trabalho que são atendidos e/ou encaminhados na rede SUS, para diagnóstico, nexo e, se necessário, para tratamento e reabilitação. Os casos de agravos, relacionados ao trabalho, devem ser obrigatoriamente notificados no Sistema de Informação de Agravos (Sinan). As atividades do Cerest estão articuladas com os demais serviços da rede do SUS e outros setores de governo que possuem interfaces com a Saúde do Trabalhador (Ministério do Trabalho, Ministério Público, Previdência Social e outros) a fim de garantir que os agravos à saúde relacionados ao trabalho possam ser atendidos em todos os níveis de atenção do SUS.

O Cerest Regional Goiânia está localizado na Avenida Contorno, nº 2.151, Setor Norte Ferroviário. São atendidos no Cerest todos os trabalhadores, independente do vínculo empregatício. A porta de entrada para o trabalhador é a atenção básica, nela compreendida a Estratégia Saúde da Família, Centros de Saúde, Ciams, Cais e outros, devendo ser encaminhados pelas Unidades de SUS via regulação. A abrangência do Cerest Regional Goiânia compreende 58 municípios goianos. Sua equipe multiprofissional é composta por assistentes sociais, enfermeiras, fiscais de saúde, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, médicos do trabalho, otorrinolaringologista, psicólogas, psiquiatra, técnico de enfermagem, técnico de segurança do trabalho e equipe de apoio. Os desafios do Cerest são: implantar as ações de saúde do trabalhador na atenção básica, urgência/emergência e rede hospitalar e incluir nos planos municipais de saúde e nos códigos sanitários as ações de saúde do trabalhador.

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I VA C O M S A Ú D E

BANCO DE EMPREGOS

DA CONSTRUÇÃO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa? Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho:

ENGENHEIRO CIVIL I. M. N.

Formação: Ipog – MBA em Gerenciamento de Projetos (2016). Experiência: Coordenador de serviços na área de remanejamento, obras civis, pesada e terraplanagem. Atuação na avaliação de todo o processo fundiário. Coordenação e execução de vários serviços, incluindo, supressão vegetal, limpeza e desintoxicação de áreas desapropriadas, serviços de obras civis em geral e centros de informações, etc.

ASSOCIAÇÃO AO SECONCI

É DIFERENCIAL NA ATRAÇÃO DE MÃO DE OBRA PARA EMPRESAS Quando falamos de mercado de trabalho sempre imaginamos o cenário em que profissionais procuram se qualificar e se atualizar para aumentarem seu grau de competitividade perante seus concorrentes. E de fato a procura de colocação ou recolocação no mercado acontece em número mais expressivo do que a situação inversa, que acontece quando a empresa precisa ir ao mercado em busca de mão de obra. Se o profissional se prepara, se especializa e se atualiza para se oferecer às empresas, o empregador também precisa se preocupar como que vai oferecer para atrair esse profissional. Salário justo, benefícios, possibilidade de crescimento e reconhecimento profissional são fatores que, se bem apresentados, compõem um pacote chamativo para o profissional que busca uma empresa para trabalhar. Uma preocupação comum dos profissionais são os benefícios que as empresas oferecem com relação a serviços de saúde, pois essa é uma questão essencial ao bem estar e qualidade de vida. Neste caso, as empresas associadas ao Seconci-GO saem na frente e são mais atrativas quando buscam um profissional no mercado. O Seconci-GO cada vez mais passa a ser um diferencial quando um profissional precisa fazer a escolha de qual empresa irá trabalhar. Nós temos testemunhos de profissionais que, na hora da entrevista de emprego, perguntam se “na empresa tem Seconci?”. Portanto, a associação das empresas da indústria da construção junto ao Seconci-GO, além de ser determinada pela Convenção Coletiva, passa a ser um diferencial a favor da empresa que busca por mão de obra qualificada. MAURO LOPES DE OLIVEIRA, gerente administrativo/ financeiro do Seconci GO

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J. L. S.

Formação: Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO (2012). Experiência: Realizar requisição e controle do recebimento de materiais e equipamentos das obras, levantamento quantitativo, emissão de notas fiscais e protocolos, colaborando com as necessidades e na sugestão de melhorias. Realização de medições, orçamentos técnicos, leitura de desenhos e projetos, controle de qualidade e elaboração de cronograma e relatórios técnicos, visando o acompanhamento dos trabalhos.

M. L. A.

Formação: Fundação Getúlio Vargas (FGV) – MBA em Gerência de Projetos (2014). Experiência: Gerente de projetos. Fiscal de processos produtivos. Controle de qualidade civil. Coordenação e checkin e out de pontos topográficos e locação. Estudos e elaboração de projetos: arquitetônico, hidráulico, elétrico e estrutural. Acompanhamento físico/financeiro do cronograma. Planejamento/execução/logística in loco.

M. M. V.

Formação: Instituto de Ensino Superior Planalto – Iesp (2009) Experiência: Acompanhamento de obras na parte na construção civil, liderança de equipes de produção, requisições, controle de recebimento de materiais e equipamentos da obra. Realizações de medições, acompanhamento de contrato e controle por centro de custo das obras, orçamentos técnicos, leitura de desenhos e projetos, controle de qualidade.

COMPRADOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL A. O. C.

Formação: Graduando em Administração de Empresas – PUC-GO (2016). Experiência: Cotações de preços, atendimento aos fornecedores e clientes internos, busca de novos fornecedores potenciais, alimentação de banco de dados e sistema de cotação, acompanhamento dos fluxos de caixa e obras em andamento, auditor auxiliar (ISO 9001).

C. G. D.

Formação: Administração de Empresas – Faculdade Padrão (2014). Experiência: Execução nos lançamentos das notas fiscais para pagamento. Emissão de notas fiscais de remessas de transporte e notas fiscais de serviços de fundações e geotécnica. Previsão de gastos, referente a compras realizadas na empresa.

J. S. C. R.

Formação: Graduanda em Direito. Experiência: Atuação no contato com fornecedores, negociando preços, descontos e condições de pagamento. Responsável pelo recebimento de requisições de materiais, locações e serviços, acompanhamento do fluxo de entrega dos materiais. Suporte administrativo, englobando emissão de pedidos, controles e cotação de materiais.

M. C. S.

Formação: Gestão Empresarial (2015). Experiência: Condução das negociações (parcerias e compras), gestão de contratos, processos de compra (produtivos, diretos e indiretos/MRO) e confecção das planilhas de custos. Análise técnica, equalização comercial de propostas, classificação fiscal/impostos e atividades de desenvolvimento, homologação e qualificação de fornecedores.

OBSERVAÇÃO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de Qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Paula Jacomini).


RH

& VOCÊ

ÉTICA E VALORES:

como se constrói um ser humano? Vivemos no tempo do “know how”: saber como se faz mil coisas, em geral, úteis para uma sobrevivência mais prazerosa e confortável. Mas não sabemos como construir seres humanos, nem temos consciência da necessidade disso; achamos que basta recebê-los no mundo, alimentá-los, abrigá-los, mimá-los e dar a eles treinamento em algumas perícias técnicas LUCIA HELENA que lhe permitirão aceitação e talvez GALVÃO até sucesso dentro do meio social. E lá vem, saindo da linha de produção, mais um ser humano “formado”: sabe manejar alguma máquina ou ferramenta talvez até muito bem, mas não sabe manejar suas emoções, seus pensamentos, não sabe conviver, lidar com perdas, confrontar o novo, encontrar o caminho para a própria realização e somar para que os demais também o encontrem. Quando este “ser racional” começa a usar de sua razão apenas para potencializar seus instintos e egoísmo, lá vêm todos os problemas do mundo... e então, o punimos, para que se enquadre. E assim se criam as normas, legislações e punições aos infratores, que, uma vez pagas, adquire-se crédito para novas dívidas; o que mais se poderia fazer além disso? E lá vêm também os debates, as mesas redondas de especialistas, as campanhas educativas, as reformas legais. Em geral, a sociedade reage, tentando sair deste “círculo” com mais proibições... E mais desejos de infringi-las. Mais uma vez, o que mais se poderia fazer além disso? Permitam-me apelar para uma antiga história, pois elas costumam ser de uma utilidade pedagógica inegável: Platão, antigo filósofo grego, entre muitos outros belos mitos, falava do Mito de Giges. Como homem nobre e íntegro, um dia achou nos campos um anel que o tornava invisível. Imediatamente, ao colocar o anel, toda a virtude de Giges se vai por água abaixo: torna-se ladrão, homicida e vicioso. Após certificar-se de que poucos resistiriam ao anel de Giges, Platão conclui: se, ao encontrar o anel e usá-lo, Giges permanecesse virtuoso, as pessoas, ao saberem disso, o elogiariam por medo de serem vítimas de seus possíveis desvios, mas, reservadamente, diriam a si mesmas: “que estúpido, o Giges! Quem me dera este anel aparecesse para mim...”. Ou seja, a ética seria uma espécie de “pacto social” para proteger mutuamente as pessoas da audácia infratora dos outros, mas é um “mal menor”; não é amada, é simplesmente tolerada. Sem amor, os homens são “adestrados” para segui-la através de estímulos ou punições. A vida inteira, este mesmo hábito: “coma a salada, senão não tem sobremesa”; “comporte-se, senão Papai Noel não traz presente”; “seja ético, senão é multado, recriminado, pre-

so...”. Quem ama a salada, o comportamento, a ética? Muito poucos. Quem obedece aos seus comandos, quando a última porta se fecha atrás de si? Menos gente ainda. Trata-se de uma máscara social de muito pouca cobertura. Mas é possível amar a ética e praticá-la porque nos realizamos ao fazê-lo? Já houve quem se sentisse feliz e pleno por deixar os ambientes por onde passa mais belos do que os encontrou, por deixar as pessoas com quem interage, na vida, mais realizadas e inclinadas ao bem porque convivem com ele, e por deixar o mundo um pouquinho melhor do que o encontrou? Em Nova Acrópole, costumamos ensinar Filosofia para crianças, adolescentes e adultos. Há uma prática, na filosofia para crianças, bem interessante: pede-se que um dos meninos sirva suco a todos, sabendo que a quantidade de suco, na jarra, faltará para um. A ideia é mostrar para eles que, se tiver que faltar para alguém, é uma honra que seja para ele, e que fraternidade e honra são mais gostosos do que suco. Sim, eles têm sabor, são “gostosos”: atendem a um outro tipo de sede, dentro de nós, que, se não atendermos, amarga-se a vida e resseca-se o coração. Somos felizes ao promover o bem, ao pensar menos apenas em nós mesmos. À nossa volta, funciona uma natureza milimetricamente coordenada em suas leis, e nos admira sua harmonia e beleza; os desvios são raros, são desastres... Há leis naturais, que harmonizam a natureza humana, e a ética é uma delas. Segui-la faz com que nossa vida se assemelhe a um por de sol; desafiá-la... Desastres. Pedagogia vem de paidós + agogos: conduzir crianças. Somos crianças quanto à depuração do nosso gosto para nos alinharmos com o humano que vive em nós. Para olharmos para trás e nos determos a admirar que belo foi o nosso rastro pela vida, no dia de hoje, e dormirmos o sono dos justos, em paz com céus e terra, felizes e plenos pelo que somos. Diz-se que nada (talvez nem a morte!) pode arrebatar de nós essa paz e plenitude por coincidirmos conosco mesmos e encontrarmos o nosso lugar na vida. Quando o fazemos por respeito a algo que reside em nós e que se alimenta de nobreza, quais leis temporais precisariam nos coagir ou adestrar? Conta-se que disseram, um dia, ao imperador-filósofo Marco Aurélio que ele deveria temer ser castigado após a morte e, por isso, era tão ético; mas e se não existisse nada depois da morte? Ao que ele respondeu: “se nada houver, aí mesmo é que devo ser ético, pois esta é a única oportunidade que tenho!”. Saborear os valores humanos e perceber que nada há nos preencha e realize como eles é aprender a extrair o melhor da vida humana, sem coações ou manipulações; quem quer experimentar? LUCIA HELENA GALVÃO, vice-diretora de Nova Acrópole Brasil www.acropole.org.br

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AT É R I A D E C A PA

QUALIFICAÇÃO CONSTANTE

É A CHAVE PARA O CRESCIMENTO PROFISSIONAL E EMPRESARIAL

“Só sei que nada sei”. Sócrates A qualificação traz possibilidades de ampliação da visão e da compreensão de elementos já conhecidos, mas às vezes limitados. “Na troca de experiências descobrimos formas diferentes de olhar as mesmas coisas, gerando também amadurecimento da compreensão técnica e qualitativa das informações”. A afirmação é do coordenador de Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, psicólogo Fabiano Santiago. Ele pondera que o contato com o outro (indivíduo) permite avaliar outras posturas que podem servir como modelo inspirativo. “Só sei que nada sei”. Com essa frase atribuída ao filósofo Sócrates, Santiago reflete sobre a questão afirmando que “o conhecimento é infinito”. Para ele, o estudo leva o homem a pensar o que parecia impensável. É um espaço que permite o saborear de coisas que não se encontram na superficialidade e sim na profundidade do objeto a ser conhecido. 18

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Assim, tendo como uma das diretrizes de sua Política da Qualidade o apoio ao desenvolvimento do setor, o Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) desenvolve ações institucionais visando este objetivo em diversas vertentes. Com uma gama de serviços voltados a seu público associado e filiado, a Diretoria da instituição buscou junto à sua equipe técnica desenvolver um projeto com foco na oferta de cursos, palestras, seminários, workshops, etc., para promover o desenvolvimento da gestão empresarial e a qualificação técnica dos profissionais ligados a empresas do segmento. A oferta de cursos e afins tem sido realizada com grande sucesso pela Comunidade da Construção, entidade nacional fundada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), com polos em diversas cidades brasileiras, que visa à integração dos agentes da cadeia produtiva com o intuito de monitorar e apri-


ENGENHEIRA CIVIL DANIELA CASTRO SILVA, COORDENADORA TÉCNICA OPERACIONAL DA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA

morar os processos construtivos à base de cimento e difundir o conhecimento através de melhores práticas. O polo goiano, sediado no Sinduscon-GO, foi criado em 2002 e desde então conta com total apoio do Sindicato em suas atividades, contando ainda com o apoio técnico da Universidade Federal de Goiás (UFG). O objetivo macro da organização é desenvolver os sistemas construtivos à base de cimento, amparando o desenvolvimento do setor, apoiando as empresas integrantes na discussão de assuntos diversos que impactam a atividade, sendo que alguns eventos também são abertos ao público em geral. Os temas trabalhados buscam refletir o cenário de demandas e expectativas levantadas junto às empresas participantes, adequando as abordagens dos temas às necessidades atuais. Assim, os assuntos são propostos pelos coordenadores do projeto Comunidade da Construção em Goiás, contando com componentes ligados à academia e ao mercado. Também existem Grupos de Trabalho (GTs) específicos com colaboradores especialistas que contribuem com a formatação do planejamento das ações, como é o caso da Oficina da Norma de Desempenho. Outro GT com forte atuação é o de Argamassa Projetada. Em seus encontros, que buscam reunir as pontas do processo produtivo, são ouvidas as necessidades do mercado e pensadas ações para desenvolvimento e propagação da tecnologia. Neste GT foram elencadas 12 ações que estão sendo colocadas em prática, impulsionando assim o emprego da técnica na Região Metropolitana de Goiânia. Ao longo de 13 anos de trabalho, o número de empresas participantes cresce a cada ciclo, fato que faz o movimento ganhar força em Goiânia. Em seu oitavo ciclo, desenvolvido durante o ano de 2015, o grupo contou com 33 empresas construtoras aderidas e mais 10 parceiras, dentre fornecedores de insumos e equipamentos, laboratórios, etc. Realizou 15 atividades para o público externo, totalizando quase 70 horas de qualificação, com cerca de 1.500 participantes no total. Um dos destaques da atuação da Comunidade da Construção no último ciclo foi a Oficina da Norma de Desempenho que teve seu início em 2014. Neste ano foram realizados quatro módulos com os temas: Esquadrias e Guarda-Corpos; Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações; Segurança Contra Incêndio, e Incorporação Imobiliária. Também foram desenvolvidas atividades relacionadas ao tema Paredes de Concreto, sendo um curso e uma palestra; além de três visitas técnicas chamadas de Café da Manhã em Obras nos canteiros das empresas TCI, Terral e Rodrigues da Cunha. Foi realizado ainda o Seminário da Habitação, o Seminário Goiano de Revestimentos e participação na Jornada da Cidadania promovida pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC). A coordenadora técnica operacional da Comunidade da Construção de Goiânia, engenheira civil Daniela Castro Silva, informou que os Cafés da Manhã em obra, funcionam muito

bem em Goiânia, destacando-se no Brasil. Segundo ela, a adesão é grande, com média de 70 participantes por realização. O objetivo é compartilhar boas práticas que a empresa anfitriã tem desenvolvido e as soluções encontradas, seus diferenciais. Para os visitantes, o aprendizado e o networking são ricos. Segundo a coordenadora, em 2016 serão mantidas as ações técnicas, sendo previstas atividades na área de concreto e a realização de mais uma edição do Encic – Encontro da Construção Industrializada do Centro-Oeste.

Qualificar para sobressair

A qualificação dos profissionais e da gestão empresarial é um diferencial competitivo de extrema importância na contemporaneidade, onde as mudanças ocorrem em passo acelerado. Por esse motivo, acreditando que o crescimento acontece por meio do aprimoramento constante, o Sinduscon-GO desenvolveu planejamento focado no aprendizado técnico e prático, e na troca de experiências. A partir de 2016 diversas ações inovadoras serão desenvolvidas, somando-se às atividades já realizadas na área de Desenvolvimento Humano, por meio de parcerias com instituições reconhecidas em diversas áreas como gestão, liderança, cursos técnicos de curta duração, palestras, pós-graduações, etc. Entre as parcerias será desenvolvido um projeto juntamente com o Crea-GO visando à capacitação e desenvolvimento de habilidades e competências dos engenheiros recém-formados e demais profissionais de áreas relacionadas à construção civil para ingresso no mercado de trabalho. O foco será promover o amadurecimento do conhecimento técnico aliado à postura profissional para atuação no mercado, propondo atividades que desenvolvam o perfil empreendedor, inovador e criativo nos jovens profissionais. Assim, pretende-se oportunizar aos egressos da academia acesso a informações relativas ao sistema profissional, às oportunidades na construção civil, os meios para realização de negócios e o desenvolvimento da imagem profissional. Durante o ano de 2016 serão realizados cursos em módulos específicos para formação técnica em importantes áreas abordando temas como: segurança jurídica; normas técnicas; orçamento, negociação e contrato; liderança, oratória, gestão de carreira e marca pessoal, etc. O Ipog é outro parceiro estratégico que já atua oferecendo cursos de curta duração, graduação e pós-graduação para o público-alvo do Sinduscon-GO como engenheiros, arquitetos, administradores; beneficiando também os colaboradores do Sindicato. O convênio com a instituição será renovado e mantido durante o ano de 2016. Parceria já existente com o Sesi/Senai na oferta de cursos de formação e capacitação nos níveis operacional e técnico também prosseguirá nos mesmos moldes no ano que se inicia.

PSICÓLOGO FABIANO SANTIAGO, COORDENADOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DO SINDUSCON-GO

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AT É R I A D E C A PA

As novidades na área de Desenvolvimento Humano ficarão por conta da parceria com o Instituto Deândhela e com o Engeduca. O Instituto Deândhela oferece ferramentas atuais e internacionais para agregar à formação dos profissionais, sempre com pensamento voltado ao resultado com excelência. Dentre os cursos oferecidos são trabalhados os seguintes temas: o poder da liderança inspiradora; gestão de tempo e ferramentas de produtividade; vendas e negociações avançadas; metodologia Havard; o jeito Disney de encantar, etc. Já o Engeduca é uma instituição que oferece cursos focados nas áreas de engenharia e arquitetura, com metodologia diferenciada do mercado, via capacitação online ao vivo para profissionais, estudantes, associações de classe, além de empresas com universidade corporativa. O diferencial, conforme explicou o coordenador de Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, Fabiano Santiago, é que o Engeduca não utiliza plataforma automática. Em seus treinamentos há professores disponíveis ao vivo, há interação instantânea via chat, de forma não presencial, mas real e efetiva.

Gestão e Meio Ambiente

O trabalho que já é desenvolvido pelo Sinduscon-GO, por meio de sua Comissão de Qualidade e Produtividade será mantido. O coordenador técnico, engenheiro civil Wellington Guimarães, informou que serão desenvolvidas atividades nas áreas de gestão, Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), Sistema de Gestão da Qualidade (ABNT NBR ISO 9001) e Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO 14001). As normas citadas passaram por atualização para versão 2015, portanto os aspectos das atualizações serão temas de diversos cursos, oferecendo para as empresas já certificadas a facilidade, com competência e qualidade para que elas promovam a atualização de seus sistemas, além de sensibilizar as empresas que ainda não possuem certificação para a importância destes sistemas de gestão. Assim como a oferta de capacitação, o Sinduscon-GO possui consultores conveniados para preparar as empresas para a conquista da certificação conforme os requisitos do PBQP-H, ISO 9001 e ISO 14001. Na área de Meio Ambiente no decorrer de 2016 serão oferecidos cursos sobre gestão de resíduos, licenciamentos, seminário sobre eficiência energética, etc. Além da qualificação, o Sinduscon-GO, por meio de parceria com o escritório de advocacia Hanum Corporate Legal Advisers, está oferecendo atendimento presencial gratuito, de cunho informativo, às empresas associadas e filiadas, na sede do Sindicato, todas as primeiras

ENGENHEIRO CIVIL WELLINGTON GUIMARÃES, COORDENADOR TÉCNICO

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ADVOGADA DANIELLE LIMIRO, CONSULTORA AMBIENTAL E URBANÍSTICA

e terceiras terças-feiras de cada mês. O projeto, chamado de “Plantão Técnico Sinduscon-GO – Direito Ambiental e Urbanístico”, iniciou-se em outubro de 2014. O atendimento é feito pela consultora ambiental e urbanística, advogada Danielle Limiro. Segundo a advogada, atualmente, 85% da população mundial vive nas cidades e esta alta densidade da população gera conflitos quanto à ocupação territorial, consumo de água, geração de energia, destinação final de resíduos sólidos urbanos e da construção civil, entre outros. Em sua opinião, o Sinduscon-GO, enquanto representante do setor que proporciona a expansão territorial, possui grande responsabilidade em auxiliar seus associados a realizarem projetos e os executarem dentro de um planejamento adequado e atendendo às legislações ambientais e urbanísticas. “Nossa parceria com o Sinduscon-GO visa dar suporte nessa temática, orientando os empreendedores nas questões legais e contribuindo para um crescimento urbano ordenado, compromisso esse que continuaremos buscando em 2016, com a perspectiva de também auxiliarmos o governo na elaboração de suas políticas ambientais e urbanísticas, a fim dessas serem coesas e proporcionarem o desenvolvimento da economia e o equilíbrio de nosso ambiente”, destacou Danielle Limiro Hanum. Na área de Segurança no Trabalho será dado destaque à discussão sobre as NRs, bem como o impacto das alterações na indústria da construção. Esse trabalho já é desenvolvido por meio do Comitê Permanente Regional (CPR) e em 2016 será dada continuidade com objetivo de fortalecer as ações e a atuação dos membros do grupo, de acordo com a diretora da Comissão de Segurança do Trabalho do Sinduscon-GO, Selma Regina Palmeira Nassar de Miranda. Também será dado prosseguimento ao trabalho técnico desenvolvido pelo grupo de engenheiros de

SELMA REGINA PALMEIRA NASSAR DE MIRANDA, DIRETORA DA COMISSÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO DO SINDUSCON-GO


segurança do trabalho com foco na indústria da construção e será desenvolvido um calendário de cursos/palestras e similares com foco nas maiores demandas de conhecimento, além da participação no Congresso Internacional de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, em Brasília, em 2016. De acordo com a coordenadora técnica da Comissão de Materiais e Tecnologia (Comat) do Sinduscon-GO, Luciana Abdallah, para 2016 estão previstas a realização das seguintes atividades: coordenação do Grupo de Trabalho do Cepac – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (UnB) para desenvolvimento do protótipo de habitação de interesse social; coordenação e desenvolvimento das ações do Planejamento Estratégico da Cadeia da

LUCIANA ABDALLAH, COORDENADORA TÉCNICA DA COMISSÃO DE MATERIAIS E TECNOLOGIA (COMAT)

Construção Civil – setor imobiliário; implantação da tecnologia BIM nas empresas associadas; desenvolvimento e coordenação das ações da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e a participação nas reuniões da Comat/CBIC, assim como em suas ações. Na área jurídica, o Sinduscon-GO realizará ao longo de 2016 quatro seminários, sendo dois em parceria com os escritórios de advocacia Brasil Salomão e Arthur Rios, ainda em fase de planejamento, informou a coordenadora do Departamento Jurídico do Sinduscon-GO, advogada Amanda Miotto. Já estão agendados dois seminários de grande importância para os empresários do segmento. Primeiro, em junho, com o tema “Estudo da Convenção Coletiva de Trabalho” e, posteriormente, em novembro, ADVOGADA AMANDA MIOTTO, COORDENADORA DO DEPARTAMENTO JURÍDICO DO SINDUSCON-GO

AVOGADO ARTHUR RIOS JÚNIOR

será realizada a terceira edição do “Panorama Econômico e Jurídico”, abordando as previsões para o ano seguinte. Para o sócio da Advocacia Arthur Rios, advogado Arthur Rios Júnior, a parceria com o Sinduscon-GO é honrosa para o escritório e positiva para o mercado imobiliário e da construção. “Nossos artigos na revista do Sindicato buscam abordar temas jurídicos relevantes e atuais da construção civil, sempre orientando um caminho a ser seguido pelo associado. As ações do nosso escritório e dos nossos profissionais, voltadas para a disseminação do conhecimento jurídico, são sempre comunicadas ao Sinduscon-GO, para que os associados delas tomem conhecimento e possam participar”, destacou. Ele também afirmou que a realização de cursos e seminários é uma das formas de disseminação do conhecimento. “Conhecimento e informação são diferenciais de mercado. O Brasil é um país de enorme insegurança jurídica. Logo, cursos e seminários jurídicos contribuem sim para o desenvolvimento das empresas construtoras, minimizando riscos e maximizando lucros”, ressaltou. O advogado Thiago Pena também enalteceu o trabalho conjunto: “a parceria entre nosso escritório, Brasil Salomão e Matthes Advocacia, e o Sinduscon-GO tem sido, ao nosso ver, bastante enriquecedora para os dois lados. Ao mesmo tempo em que temos a oportunidade de apresentar assuntos e teses relevantes e atuais para o setor, quer na área tributária, cível, trabalhista e ambiental, temos também a chance de conhecer mais de perto os anseios do empresariado da construção civil”. Ele afirmou não ter dúvidas de que em épocas de incertezas políticas e econômicas como a que estamos vivendo, a troca de experiências e a busca por soluções e novos conhecimentos, inclusive na área jurídica, é o melhor caminho para as empresas encontrarem alternativas para diminuir custos e evitar passivos jurídicos. ADVOGADO THIAGO PENA

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E G I S T RO D E E V E N TO S

INOVAÇÃO é tema

de evento no Sinduscon-GO O Fórum Goiano da Habitação (FGH), composto pelo Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO) e o Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi-GO) realizaram, no dia 17 de novembro, evento para apresentação do Painel Brik, produto produzido pela Inclay, que incorpora tecnologia inovadora com diversos benefícios para a indústria da construção. Durante o prestigiado evento que contou com a participação de mais de 60 pessoas, entre engenheiros, arquitetos, empresários, acadêmicos e demais interessados, o arquiteto e urbanista, diretor comercial da Inclay, Bruno Fleury Curado Dafico Bernardes, apresentou o produto abordando os conceitos de industrialização da construção civil, fim do desperdício e despadronização na obra, diminuição de mão de obra e aumento da velocidade de construção; etc. O Painel Brik é um painel de vedação, fibrocerâmico, leve, resistente, modular, com tamanho e acabamento sob demanda. Como diferencial, vários benefícios como: tamanho (até quatro metros), padronização de acabamentos, diminuição do prazo de execução de obra, sem desperdício ou resíduos, qualidade e beleza com acabamentos tradicionais como textura, grafiato e etc., além

de acabamentos exclusivos. O produto é ecologicamente correto por utilizar menos água e energia em sua fabricação e montagem; não gerar resíduos ou desperdícios na obra e também por utilizar borracha moída ou EPS (anti-chamas) como insumos, dependendo da indicação para cada tipo de obra. Entre as características ele também destacou a facilidade de instalação, adaptável a estruturas existentes usuais como metálicas ou concreto, apresentando resultados semelhantes aos insumos tradicionais; facilidade de corte; obra mais limpa, etc. O arquiteto demonstrou a forma de montagem, atendendo aos questionamentos dos participantes e convidando os interessados a visitarem a fábrica, localizada em Alexânia (GO) e também às obras em que o produto já foi instalado. Segundo Bernardes, o insumo está em processo de certificação pelo Sinat e a empresa está inaugurando show room para apresentação da inovação e treinamento de profissionais das empresas construtoras para executar a montagem nos canteiros. DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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E G I S T RO D E E V E N TO S

O PENSAMENTO BASEADO NO RISCO é tema de curso realizado pelo Sinduscon-GO O Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) realizou no dia 20 de outubro o curso “O pensamento baseado no risco e sua aplicação nas novas normas ISO 9001 e ISO 14001”, em sua sede. O conteúdo foi apresentado pela engenheira civil Leulair César de Santana Mendes, mestre em Gestão Econômica do Meio Ambiente pela UNB, auditora líder do ICQ Brasil há 15 anos. Dentre os temas abordados: os conceitos e fundamentos da gestão de riscos; noções sobre o processo de gerenciamento de riscos; benefícios do gerenciamento de riscos; contexto e alinhamento com o planejamento estratégico; identificação, análise, avaliação e os respectivos tratamentos de riscos, etc. O pensamento com base no risco (based-risk thinking) é uma inovação que a versão 2015 das normas ISO 9001 e ISO 14001 trouxe, explicitando um pensamento e uma prática até então implícita.

CRISE E CRÉDITO

são discutidos no Seminário Construbusiness O presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, participou como mediador dos debates do Seminário Construbusiness, promovido pela Amcham Brasil, no dia 27 de outubro, no Castro’s Park Hotel, em Goiânia. O tema do encontro foi “Crise e Crédito”, sendo abordado em dois painéis distintos. Primeiro ocorreu a apresentação de Fábio Valle, diretor executivo da V7 Brasil Gestão e Planejamento Imobiliário, que abordou as “Estratégias comerciais e o novo cliente no atual cenário de retração econômica”. Posteriormente, Marcelo Prata, fundador e CEO do Canal do Crédito, versou sobre “Alternativas de crédito para o segmento imobiliário”.

EQUIPE DA BAMBUÍ

vence os Jogos da Construção 2015 A edição 2015 dos Jogos da Construção, tradicional torneio de futebol soçaite, promovido anualmente pelo Sinduscon-GO, encerraram-se no dia 17 de outubro, sagrando a Bambuí como campeã, a Consciente como vice e a Sousa Andrade na terceira colocação. Além das equipes primeiras colocadas, foram premiados o Artilheiro Geral do Campeonato, Norberto de Oliveira, profissional da Construtora Sousa Andrade, que marcou o total de 08 gols; e o Goleiro Menos Vazado, Valdineri de Castro Nogueira, da Bambuí. Após a cerimônia de premiação nas dependências do Sesi Clube Antônio Ferreira Pacheco foi realizada confraternização entre os presentes. 24

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • DEZEMBRO 2015


SINDUSCON-GO E STICEP qualificam profissionais para manter as obras seguras No dia 04 de novembro o Sinduscon-GO promoveu, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sticep), o minicurso “Obra Segura”. O evento realizado no auditório do Sinduscon-GO, teve como inscrição social a doação de um brinquedo dirigido às crianças atendidas pelo Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ). O minicurso foi ministrado pelo engenheiro ambiental do Sticep e técnico de Segurança do Trabalho, Paulo Miguel Silva Pagotto. Durante a abertura do evento, o presidente do Sinduscon-GO, Carlos Alberto Moura, destacou a importância da segurança e prevenção de acidentes de trabalho nas obras, abordou também a valorização que os profissionais do segmento tem recebido nos últimos anos e enalteceu a parceria inovadora com o Sticep. Já o presidente do Sticep, Petronilho Alves de Moura, conscientizou os presentes de que “não devemos cumprir as normas somente pela obrigação legal, mas pelo respeito à nossa vida e a dos colegas que trabalham ao nosso lado”. Também destacou que a prevenção aos acidentes deve ser motivo de vigilância constante e conjunta entre todos os profissionais, além de alertar para a necessidade do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Para ele, em caso

de recusa ao uso, não deve haver tolerância por parte das empresas, pois as mesmas podem ser responsabilizadas até civilmente em casos de ocorrência de acidentes.

FERRAMENTAS

e oportunidades de negócios ganham destaque na reunião de Diretoria A reunião mensal de Diretoria do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), realizada em sua sede em 10 de novembro, teve como destaque temas que impactam na administração e nas estratégias empresariais. Dentre os destaques, a apresentação de oportunidades tributárias para recuperação e economia de tributos e encargos sobre a folha de pagamento, realizada pelo advogado Daniel Freire; as opções de crédito para a construção civil, apresentadas pelo diretor comercial da Agência de Crédito, Rafael Magalhães Vianna e, por último, a exposição do advogado Gustavo Branco, da NeoWay Business Solutions, que discorreu sobre inteligência de mercado para a construção civil, por meio de ferramenta digital de análise de dados, com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões e planejamento de investimentos nos diversos ramos de negócios. DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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E G I S T RO D E E V E N TO S

SEMINÁRIO DE ARGAMASSA

discute o Desempenho dos Revestimentos O Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) promoveram o “Seminário de Argamassa – III Seminário Goiano de Revestimentos” no dia 12 de novembro, sob a organização da Comunidade da Construção de Goiânia, tendo como temática o Desempenho dos Revestimentos. Os trabalhos foram iniciados com a palestra “Fechamento das ações do grupo de trabalho de argamassa projetada”, apresentada pela coordenadora técnica operacional da Comunidade da Construção de Goiânia, engenheira civil Daniela Castro. Ela relatou que durante os encontros do Grupo de Trabalho (GT) de Argamassa Projetada foram levantados como principais gargalos a logística do canteiro; indisponibilidade de energia estável e água limpa na obra para alimentação do equipamento; falta de mão de obra capacitada; experiências negativas com aplicadores vindos do exterior; falta de suporte técnico ao cliente; estudo real dos custos diretos e indiretos; falta de planejamento das construtoras, entre outros. Entre as soluções propostas pelo grupo: a elaboração de um manual com requisitos básicos para garantir o adequado fornecimento de água e energia elétrica; treinamento de mão de obra; O COORDENADOR TÉCNICO DA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA, PROF. DR. OSWALDO CASCUDO MEDIOU OS DEBATES. NA PRIMEIRA MESA, O PROF. DR. ÂNGELO JUST DA COSTA E SILVA (TECOMAT ENGENHARIA) E OS DEBATEDORES D’ÁWILLA BATISTA VIEIRA DE SOUZA (CMO CONSTRUTORA), GLEYSON CÉSAR MARTINS (PRECON INDUSTRIAL) E LORENZO DE MORAIS BUSTAMANTE (VOTORANTIM CIMENTOS)

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levantamento de custos diretos e indiretos (comparação com o sistema convencional); e a longo prazo implementar um selo de qualidade das empresas de projeção e um manual com as fases da produção. O GT continuará suas atividades em 2016. Em seguida, o prof. Dr. Ângelo Just da Costa e Silva, da Universidade Federal de Pernambuco, apresentou a palestra “Mecanização de sistemas de revestimento – implantação e indicadores”. Ele abriu sua exposição com a apresentação de um dos principais desafios “Como abastecer os operários com materiais reduzindo prazos, mão de obra, e assegurando a qualidade?”. Para ele a mecanização deve consistir em processos modernos adotados desde a concepção da obra com o objetivo de potencializar o uso dos recursos físicos envolvidos na execução dos revestimentos. Abordou as diferenças entre o processo atual não racionalizado e o sistema mecanizado, em suas principais vertentes: mistura, transporte e lançamento. Destacou também as características necessárias da argamassa para projeção mecânica. Para ele, o sistema mecanizado de execução de revestimentos de argamassa é, sem dúvida, a melhor solução em termos de processos, porém para se obter todos os seus benefícios de custo, qualidade, produtividade, economia de mão de obra, desempenho, cronograma, etc., alguns pontos, de grande importância, devem ser observados com atenção e adequados ao sistema: argamassa, equipamentos, logística do canteiro e equipe de aplicação. A mestre em Engenharia, Patrícia Eliza Floriano de Carvalho, detalhou o projeto de “Implantação em obra de argamassas com fibras de papel provenientes de sacarias de cimento e de cal”. O projeto que começou como sua pesquisa de conclusão da graduação na Universidade Federal de Goiás já está na terceira fase. Ele foi pensado com o objetivo exclusivo de dar uma destinação adequada às sacarias que eram corriqueiramente descartadas inapropriadamente, e teve seu objetivo ampliado a fim de avaliar os impactos do uso do agregado na argamassa. Ela apresentou os resultados que indicam melhoria de desempenho da argamassa com fibras provenientes da sacaria em alguns quesitos e informou que o projeto prossegue com o foco nos seguintes aspectos a serem melhorados: dispersão das fibras, acabamento, consumo de água e melhor forma de aplicação. Em sua explanação, a engenheira Helena Carasek destacou que a argamassa projetada gera melhores resultados de aderência do revestimento e reduz o coeficiente da variação devido à uniformidade da energia aplicada no processo. Um dos desafios práticos para o uso da projeção mecanizada da argamassa reside na própria logística dos canteiros, peculiar a cada obra. Ela mencionou que o revestimento de argamassa integra o sistema de


vedação, que resulta em conforto térmico, isolamento acústico e estanqueidade. Lembrou também que a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais (NBR 15575) está em vigor há dois anos e que do ponto de vista do usuário e fabricantes exige-se como requisitos a durabilidade (VUP – Vida Útil do Projeto), a manutenibilidade e o impacto ambiental do projeto. A palestrante avaliou que ainda “existem muitas dúvidas quanto à aplicação da Norma e pouco conhecimento entre os construtores, a academia e os fabricantes. Mas a Norma é boa, estou certa de que em 10 anos teremos edificações melhores”. O engenheiro Rafael Esteves abriu a sua apresentação informando que a Tecnisa tem em seu portfólio sete milhões de m² e 42 mil unidades construídas, com empreendimentos em seis estados brasileiros. Relatou que a empresa investe constantemente em pesquisa. Esse investimento garante um elevado padrão de qualidade aos produtos, assegura o atendimento às Normas Técnicas e proporciona uma economia de alguns milhões de reais. Segundo ele, a Tecnisa trabalha com homologação técnica de fornecedores/ produtos e gerenciamento de risco. Na apresentação de cases de implementação de sistemas de argamassa, destacou a argamassa industrializada em silos e o sistema de bombeamento de argamassa semiseca para executar contrapiso, este último com alto desempenho em produtividade: a produção diária aumentou de 88 m² para

SEGUNDA MESA DE DEBATE MEDIADA POR OSWALDO CASCUDO, COM A PARTICIPAÇÃO DA ENGENHEIRA CIVIL PATRÍCIA ELIZA FLORIANO DE CARVALHO (PESQUISADORA DA UFG), DA PROF. DRA. HELENA CARASEK (UFG), MARCELO CÂNDIDO DE PAULA (DUX SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS) E MARINA DE OLIVEIRA CAMPOS (CARLOS CAMPOS CONSULTORIA E CONSTRUÇÕES) 165 m², reduzindo-se de 20 dias para sete dias o tempo gasto com a aplicação. “Desempenho e sustentabilidade passam a ser diferenciais de venda”, disse o palestrante, concluindo que “a Norma de Desempenho alinha expectativa com a realidade do produto”.

WORKSHOP ANEXO II

da NR 35, segurança com viés de cunho social Representantes da Leal Equipamentos de Proteção promoveram o “Workshop Anexo II da NR 35” no dia 21 de outubro, no Sinduscon-GO, quando apresentaram a linha de equipamentos de proteção individual e coletivo para as atividades de risco em conformidade com a NR 35 – Trabalho em Altura. Palestraram o gerente da empresa, Washington Dias, e o técnico Alexandre Marcondes, pormenorizando a leitura do texto normativo da NR e as disposições que se aplicam às diversas situações, ressaltando a importância da inspeção inicial das instalações, de testes periódicos e da capacitação para assegurar a proteção e a segurança dos trabalhadores. Com quase 50 anos de mercado e distribuidora de marcas líderes mundiais em EPI’s e EPC’s, a fabricante paulista disponibiliza, conforme os expositores, um estoque de sete mil itens, além de equipe técnica qualificada para ministrar cursos de capacitação e treinamento in company para operadores e supervisores que atuem nas atividades com risco de queda (NR 35), acesso e resgate em local confinado (NR 33) e para riscos

elétricos (NR 10). O evento teve inscrição social, resultando na arrecadação de dezenas de brinquedos que serão doados pelo Sinduscon-GO às crianças assistidas pelo Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ). DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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AGENDA DE EVENTOS EVENTO

DATA HORÁRIO

DEZEMBRO

Encontro de Diretores e Gestores da Construção: Inovação, Produtividade & Tendências de Mercado

Cursos de Curta Duração do Ipog

03/12

08h às 18h

Facebook Marketing e Estratégia de Mídias Digitais

Início em 04/12

18h45 às 22h45 (sexta), 08h às 19h (sábado), 08h às 13h (domingo)

Google Adwords e Estratégias Digitais

Início em 07/12

Licitações e Gestão de Contratos

Início em 07/12

Ferramentas e Técnicas para Recrutamento e Seleção por Competência

Início em 14/12

LOCAL Milenium Centro de Convenções – São Paulo (SP)

Unidade 1 do Ipog

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES (11) 3816-5145 eventos@cte.com.br Site: http://www.eventoscte.com.br

(62) 3945-5050 cap@ipog.edu.br Site: http://www.ipog.edu.br/cap/

18h45 às 22h45

ENDEREÇOS: Milenium Centro de Convenções: Rua Dr. Bacelar, nº 1.043, Vila Clementino, São Paulo-SP. Unidade 1 do Ipog: Avenida T-1 esquina com Rua T-55, n° 2.390, Quadra 105, Lotes 01/22, Setor Bueno, Goiânia-GO.

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • DEZEMBRO 2015


Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção OUTUBRO DE 2015 EMPRESÁRIOS AINDA COM CONFIANÇA EM BAIXA

GOIÁS ICEI - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO

INDICADOR INDICADOR DE O ICEI de outubro não trouxe mudanças EMPRESÁRIO DA INDÚSTRIA DE CONDIÇÕES EXPECTATIVA DA CONSTRUÇÃO expressivas em relação à baixa confiança do empresário local. O índice apresentou uma peOUT / 2014 47,4 37,5 52,3 quena variação positiva quando da comparação NOV / 2014 45,5 36,0 50,3 com setembro, de 0,4 pontos, saindo de 38,4 DEZ / 2014 46,7 36,1 52,0 para 38,8 pontos. Destaca-se que este foi o primeiro resultado positivo após três meses conseJAN / 2015 48,6 34,5 55,5 cutivos de queda. As variações negativas do ICEI FEV / 2015 43,9 31,0 50,2 foram -0,3; -2,1 e -1,6 pontos, respectivamente MAR / 2015 39,1 28,8 44,0 em julho, agosto e setembro. ABR / 2015 43,7 32,7 49,5 A confiança do empresário industrial goiano vem caindo de forma gradativa no decorrer dos MAI / 2015 40,1 29,6 45,3 últimos meses apresentando pequenas oscilaJUN / 2015 42,4 31,3 47,9 ções positivas, sendo que essas não são suficienJUL / 2015 42,1 30,0 47,9 tes para reverter o comportamento negativo do AGO / 2015 40,0 28,0 45,9 ICEI. Hoje em relação a outubro do ano passado SET / 2015 38,4 27,4 43,7 há uma clara constatação de perda de confiança por parte do empresário. OUT / 2015 38,8 30,0 43,3 Naquela data o ICEI era de 47,4 pontos e hoje 38,8, portanto uma regressão de 8,6 pon- OBS: OS INDICADORES VARIAM NO INTERVALO DE 0 A 100. VALORES ACIMA DE 50 INDICAM EMPRESÁRIOS CONFIANTES - FONTE: FIEG tos. Em comparação com outubro/2014 a perda é maior, queda de 18,2 pontos. Pelo gráfico abaixo é fácil visualizar O avanço no indicador de condições fez com que este saísse o comportamento do ICEI nacional e regional com Goiás acomde 27,4 para 30 pontos. Resultado bem abaixo do mínimo necespanhando a performance de desconfiança nacional, restando o sário para se ter uma situação favorável, conforme metodologia consolo de que não no mesmo nível, pois encontra-se com o ICEI da pesquisa, que seria 50 pontos. Valores abaixo de 50 pontos na casa de 38,8 pontos enquanto o nacional registra 35,0 pontos. sinaliza situação de desconfiança. No mês, tem-se como fato positivo o crescimento do indicaO indicador de expectativas apresentou pequena retração dor de condições, que após três meses consecutivos de resulta(-0,4 pontos), sinalizando uma estabilidade para o momento dos negativos da ordem de -1,3; -2,0 e -0,6 pontos, respectivacom viés de expectativas desfavoráveis, visto os acontecimentos mente para julho, agosto e setembro, teve crescimento de 2,6 políticos no momento e seus desdobramentos futuros e a trajepontos em outubro. tória descendente do indicador nos últimos meses.

ICEI DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO BRASIL E GOIÁS

Nota Metodológica: o Índice de Confiança do Empresário Industrial elaborado pela FIEG tem como base os resultados da Sondagem Industrial, e varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. Para outras informações encaminhar e-mail para claudiohenrique@sistemafieg.org.br. FIEG – Rua 200, Qd. 67-C, Lt. 1/5, nº 1.121, Ed. Pedro Alves de Oliveira, Setor Leste Vila Nova, Goiânia/GO - CEP 74645-230 | claudiohenrique@sistemafieg.org.br | (62) 3501-0027 | www.sistemafieg.org.br

DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • DEZEMBRO 2015


CNPJ: 01.640.564/0001-51 Cód. Entidade: 001.190.14003-6

NOTIFICAÇÃO PRÉVIA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2016

1

2

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

A Contribuição Sindical está prevista na Constituição Federal e nos artigos 578 e 579 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), possui natureza tributária e é recolhida obrigatoriamente pelos empregadores no mês de janeiro de cada ano, conforme o Art. 578 da CLT.

TABELA PARA CÁLCULOS DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2016

A Contribuição Sindical Patronal devida será determinada pelo Capital Social em reais de sua empresa em conformidade com o Art. 580 inciso III da CLT, conforme enquadramento na tabela abaixo.

CAPITAL SOCIAL EM REAIS - R$

FAIXAS

VALOR DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A PAGAR EM REAIS (R$)

01 02

De De

0,01 14.070,18

a a

14.070,17 28.140,34

03

De

28.140,35

a

281.403,35

04

De

281.403,36

a

28.140.335,29

05

De

28.140.335,30

a

150.081.788,20

06

De

150.081.788,21

Em diante

Contribuição Sindical = 112,56 Contribuição Sindical = capital social 125,00 Contr. Sindical = capital social + 168,84 500,00 Contr. Sindical = capital social + 450,25 1.000,00 Contr. Sindical = capital social + 22.962,51 5.000,00 Contr. Sindical = 52.978,87

NOTAS: 1) As empresas ou entidades cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 14.070,17 são obrigadas ao recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 112,56, de acordo com o disposto no § 3º do Art. 580 da CLT; 2) As empresas ou entidades com capital social igual ou superior a R$ 150.081.788,21 recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$ 52.978,87, de acordo com o disposto no § 3º do Art. 580 da CLT.

3 4

LOCAL DE PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2016

A Contribuição Sindical Patronal 2016 poderá ser paga até o dia 31/01/2016, nas casas lotéricas (respeitando os limites de valores recebidos nesses agentes), nas agências da Caixa Econômica Federal ou em qualquer agência bancária pertencente à rede arrecadadora dos tributos federais, através da Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU).

RECOLHIMENTO EM ATRASO E PENALIDADES

As empresas que não efetuarem o recolhimento da Contribuição Sindical estão sujeitas a multa administrativa imposta pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, conforme Art. 598 da CLT bem como propositura de Ação Judicial perante a Justiça do Trabalho, nos moldes previstos na CLT. Para mais informações sobre a fórmula de cálculo ou qualquer outra dúvida sobre a Contribuição Sindical Patronal, favor entrar em contato com o Departamento de Cadastro do Sinduscon-GO, telefones (62) 3095-5164/3095-5182, e/ou e-mail suelen@sinduscongoias.com.br.

DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PADRÃO RESIDENCIAL

PROJETOS

ANO 2015

OUTUBRO

0,163%

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

1.130,48

R-1

1.382,96

R-1

1.642,25

PP-4

1.001,88

PP-4

1.296,20

R-8

1.312,03

R-16

1.417,78

R-8

950,85

R-8

1.124,20

PIS

744,08

R-16

1.082,04

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.286,47

CAL-8

1.357,92

CSL-8

1.129,45

CSL-8

1.223,42

CSL-16

1.501,73

CSL-16

1.623,71

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.167,99

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

621,06

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.417,78

0,163

6,921

6,993

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

572,67

788,15

6,48

50,48

1.417,78

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

7,80000

SERVENTE

h

5,36263

ENGENHEIRO

h

57,4600

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de OUTUBRO DE 2015. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDICADORES ECONÔMICOS ÍNDICES ECONÔMICOS

VARIAÇÃO

MÊS

ANO

12 MESES

INCC (FGV) / OUTUBRO

646,355

0,358

7,007

7,571

INPC (IBGE) / OUTUBRO

4.543,96

0,77

9,07

10,33

IGP-M (FGV) / OUTUBRO

604,832

1,891

8,351

10,090

INFORMAÇÕES: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: sebastiana@sinduscongoias.com.br (Comissão de Economia e Estatística)

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CUB

CUSTOS UNITÁRIOS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO NBR 12.721:2006 – CUB 2006

PROJETOS

ANO 2015

OUTUBRO

0,126%

PADRÃO RESIDENCIAL

PADRÃO BAIXO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

R-1

R-1

1.274,94

R-1

1.525,04

1.052,23

PP-4

936,15

PP-4

1.200,66

R-8

1.221,29

R-8

889,04

R-8

1.038,37

R-16

1.315,84

PIS

690,76

R-16

PADRÃO COMERCIAL*

PROJETOS

DESONERADO

PADRÃO NORMAL

PADRÃO ALTO

CAL-8

1.190,72

CAL-8

1.261,26

CSL-8

1.043,08

CSL-8

1.134,66

CSL-16

1.386,74

CSL-16

1.505,47

999,49

PROJETOS PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1Q)

1.064,81

PADRÃO GALPÃO INDUSTRIAL (G1)

573,02

*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A

VARIAÇÃO MÊS %

VARIAÇÃO ANO %

VARIAÇÃO 12 MESES %

1.315,84

0,126

6,635

6,712

MATERIAIS

MÃO DE OBRA

EQUIPAMENTO

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

TOTAL

572,67

686,21

6,48

50,48

1.315,84

MÃO DE OBRA* PEDREIRO DE MASSA

*Custo médio R$/hora

h

7,80000

SERVENTE

h

5,36263

ENGENHEIRO

h

57,4600

PROJETOS-PADRÃO QUE COMPÕEM A NORMA NBR 12.721:2006 Padrão Baixo:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Padrão Normal:

Residência Unifamiliar (RI)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Padrão Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Normal:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Alto:

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Residência Popular (RP1Q) Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de OUTUBRO DE 2015 - DESONERADO. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”

NOTA TÉCNICA – tabela do CUB/m² desonerado Os valores do Custo Unitário Básico (CUB/m²) presentes nesta tabela foram calculados e divulgados para atender ao disposto no artigo 7º da Lei 12.546/11, alterado pela Lei 12.844/13 que trata, entre outros, da desoneração da folha de pagamentos na construção civil. Eles somente podem ser utilizados pelas empresas do setor da construção civil cuja atividade principal (assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada) esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0. Salienta-se que eles não se aplicam às empresas do setor da construção civil cuja atividade principal esteja enquadrada no grupo 411 da CNAE 2.0 (incorporação de empreendimentos imobiliários). A metodologia de cálculo do CUB/m² desonerado é a mesma do CUB/m² e obedece ao disposto na Lei 4.591/64 e na ABNT NBR 12721:2006. A diferença diz respeito apenas ao percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. O cálculo do CUB/m² desonerado não considera a incidência dos 20% referentes à previdência social, assim como as suas reincidências. Qualquer dúvida sobre o cálculo deste CUB/m² deve ser consultada junto ao Sinduscon-GO, com Sebastiana Santos, telefone (62) 3095-5162 (sebastiana@sinduscongoias.com.br).

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E

U RECOMENDO

EMPREENDIMENTOS MIXED-USE, FUNCIONALIDADE A TODA PROVA

SILVIA CRISTINA E MÔNICA VIANNA

Os empreendimentos multiuso representam uma nova vertente no mercado imobiliário brasileiro, uma tendência que mais recentemente chegou ao Centro-Oeste e à nossa Capital, mixando qualidade de vida combinada com as facilidades do mundo pós-moderno. O conceito de uso misto já é empregado há décadas em países como Estados Unidos e Canadá, oferecendo condições de trabalhar e morar em um só endereço, com um mall de lojas e espaços múltiplos lastreados por uma estrutura de apoio de alimentação (praça gastronômica) e serviços, salas de reunião e mini auditórios, que podem ser utilizados por proprietários e locatários. O mixed-use veio para atender a demanda das grandes cidades, em que profissionais liberais, consultórios, clínicas e executivos de empresas podem desenvolver negócios em salas comerciais – espaços modulares adequados ao tama34

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • DEZEMBRO 2015

nho e necessidades da empresa, com opção de ocupação/ locação de lajes inteiras e com pisos elevados, facilitando a passagem de todos os tipos de cabeamentos. Elevadores de tecnologia avançada desempenham alta velocidade, possibilitando acesso rápido aos andares. Com sistema inteligente de acionamento, permitem uma economia significativa de energia. Além da facilidade para acomodação (pernoite) em unidades residenciais no mesmo local, os usuários contam com academias e restaurantes, sem que precisem se locomover de carro ou táxi. O condomínio é administrado por empresas especializadas, que treinam os funcionários, recepcionistas, vigias, entregadores etc. assegurando a profissionalização no atendimento aos clientes. Outro diferencial são os estacionamentos para atender o prédio, com total segurança para os usuários e em vários empreendimentos já podemos contar com heliponto, facilitando-se ainda mais o deslocamento dos empresários. Além disso, este modelo de empreendimento representa economia substancial para seus condôminos ao terem as despesas com administração e vigilância unificadas, reduzindo o custo final e gastos fixos. Para nós, engenheiros, construtores, empresários da construção, é, sem dúvida, uma grande oportunidade de investimento, de otimização de custos para nossas empresas, e de mostrarmos à sociedade que Goiânia é uma Capital antenada nas novas tendências mundiais, de engenharia contemporânea e construções arrojadas.

Vantagens do mixed-use Cria polos urbanos completos de moradia, trabalho, compras e lazer; Diminui a necessidade de deslocamentos no trânsito; Aumenta a segurança de quem frequenta esses complexos; Valoriza o investimento inicial.

Engenheira SILVIA CRISTINA SOARES FERREIRA e MÔNICA VIANNA, publicitária


DEZEMBRO 2015 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO

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