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editorial
A Copa é nossa! Há alguns anos, desde que Natal foi escolhida entre as cidades-sede da Copa do Mundo da Fifa 2014, empresários aguardam o momento de ter boas chances de negócios geradas pelo mundial. No entanto, nem tudo são flores. Existia o temor de que seja decretado feriado nos dias dos jogos na capital do RN, o que geraria prejuízos a diversos setores. Além disso, precisamos ficar atentos ao que ditam as Normas de Proteção às Marcas, garantidas pela Lei Geral da Copa. Tudo para que o desejo tão sonhado não se volte contra a classe empresarial. Nesse sentido, é o momento para usar a criatividade, principalmente nós que fazemos o setor gráfico, e trabalhar junto às agências de publicidade e às demais áreas de comunicação para, unidos, mostrarmos belos trabalhos, que irão estampar e colorir as ruas este ano. Que tenhamos muitos serviços, desafios, e possamos expor em um momento singular como este a qualidade gráfica que conseguimos alcançar. A respeito do mundial, nesta edição falaremos mais adiante em uma matéria sobre oportunidades de negócios. E como 2014 é um ano que promete, a Revista Chroma traz também uma matéria sobre as eleições de outubro, com as novas regras determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sobre o assunto, adianto que este ano, assim como em 2012, o Singraf/Abigraf do RN irá reunir os empresários do setor gráfico para uma palestra com o Tribunal Regional Eleitoral (TER/RN). No momento, discutiremos as regras que devemos seguir ao imprimir material de campanhas. Teremos também uma entrevista exclusiva com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Amauri Alves, a história de sucesso da gráfica Supercópia (de Santa Cruz-RN), a importância da conservação dos papéis, além de dicas tecnológicas e muito mais. Boa leitura! Vinicius costa Costa Lima
Presidente SINGRAF/ABIGRAF-RN vinicius@metropolitanografica.com.br
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Economia
sumário
por Gustavo Farache página 9
Artigo
por Clóvis César Lange página 16
Para sempre papéis Conservar e restaurar papéis antigos é fundamental para a preservação histórica. 24
Acontece
por Júlio Lourenço página 17
Tecnologia página 19
Eleições 2014
A regra é clara
Boa ideia
página 10
página 26
expediente Revista do Sindicato das Indústrias Gráficas do Rio Grande do Norte (SINGRAF|RN) e da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF/RN) Publicação Bimestral do SINGRAF/RN e ABIGRAF/RN para o Estado do Rio Grande do Norte
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DIRETORIA EXECUTIVA 2011/2015 MEMBROS EFETIVOS: Presidente Carlos Vinicius Aragão Costa Lima Vice-Presidente Francisco Fernandes da Costa 1º Secretário Gisnalde Gentil Fernandes de Souza 2º Secretário Ossian Silva Fonseca Tesoureiro Edite Bezerra da Câmara 2º Tesoureiro Eudes da Costa Lima
Suplentes: Marco Antonio Bezerra de Oliveira Michel de Montaigne Azevedo Mendes João Maria de Almeida Rozivan Castro de Oliveira Cosme Batista de Souza Josemberg Ferreira Conselho Fiscal: Antonio Farias de Araújo João Batista Dantas Maia Antonia Tânia Correia da Costa Suplentes: Aldo Batista Soares Maria da Penha dos Santos Wallace Santos Pereira
DIRETORIA EXECUTIVA 2014/2016 MEMBROS EFETIVOS: Presidente Carlos Vinicius Aragão Costa Lima Vice-Presidente Francisco Fernandes da Costa Vice-Presidente Maurício Fernandes de Oliveira Diretor Administrativo Ossian Silva Fonseca Diretor Administrativo Adjunto Roberto Costa Lima Diretor Financeiro Wallace Santos Pereira Diretor Financeiro Adjunto Pedro Fausto de Oliveira
Suplentes de Diretoria Fábio Pereira Bezerra Abias Dantas Neto Marcio Hoffman Baraúna Carlos Antonio Vilar de Macedo Pedro Fernandes Pimenta Junior Avila Cunha Ribeiro Yara Carvalho Salustino Bezerra Conselho Fiscal João Gentil de Souza Neto Eudes da Costa Lima Antonio Farias de Araújo Suplentes Dyego da Silva Dias Darlan Maia de Figueiredo Rivaldo Dantas de Souza Júnior
Revista imprimindo as cores do rn
REPORTAGEM E REDAÇÃO Alice Lima DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT Terceirize Projetos Gráficos www.terceirize.com COMERCIAL Julio Lourenço (84) 9104 5163 (84) 3204 6317 IMPRESSÃO UNIGRÁFICA TIRAGEM 1.000 exemplares
Av. Sen. Salgado Filho, 2860 - Sala 14 - Lagoa Nova - Natal/RN - CEP: 59064-790 - Fone: (84) 3204 6317 - e-mail: singrafrn@singrafrn.com.br
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entrevista com Amauri Alves Presidente da CDL Natal e empresário criador da Toli
Aposta certeira O empresário que começou com a criação de abadás construiu a marca que tem 40 lojas espalhas pelo país Dono de uma das marcas femininas mais baladas do mundo da moda, o empresário potiguar e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, Amauri Alves da Fonseca Filho, colhe hoje os frutos de um trabalho de amadurecimento, fortalecimento e expansão da Toli. Quem poderia afirmar nos idos dos anos 90, que o que começou como uma empresa pequena para produzir camisetas promocionais, se tornaria franquia, com lojas no Norte e Nordeste do país? Quem não conhece a história do empresário pode até achar que foi fácil chagar até aqui, mas não é bem assim. Ele conta que iniciou com a empresa em 1992, de forma modesta. Começou fazendo camisetas para o Carnatal. A marca nem Toli era ainda. Aos pou-
cos, os pedidos foram aumentando para a micareta, escolas, eventos. Então surgiu a necessidade, um ano depois, de colocar uma marca. Eis que nasce a Toli, que teve a primeira loja na rua Potengi, em Petrópolis, na capital potiguar. A mudança das camisetas promocionais para o mundo da moda foi acontecendo naturalmente e gradativamente. Pouco a pouco a moda feminina foi fazendo parte da loja. A fabricação continuava sendo própria e vendida na loja. O negócio foi crescendo, novas lojas foram abertas no Shopping Cidade Jardim, depois no Hiper Bompreço e no Natal Shopping. Foi em 1997 que a marca rompeu os limites do Rio Grande do Norte e abriu sua primeira loja em Recife, já trabalhando exclusivamente como
moda feminina. O empresário conta que a franquia surgiu da necessidade de crescer. Como abrir novas lojas com investimento próprio não era possível na época, viu na franquia essa oportunidade e tem dado certo. Hoje são 40 lojas, todas franquias . Ao longo dos anos o crescimento foi acontecendo naturalmente. Sempre apostando em novidades, atento as tendências da moda. A história de sucesso da Toli é baseada no amadurecimento e expansão da marca. Dá abertura de novas lojas, fábrica própria, e franquias. A meta de acordo com o empresário é crescer ainda mais, é ocupar todo o território nacional e para isso está trabalhando e intensificando contatos empresárias.
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entrevista com Amauri Alves Presidente da CDL Natal e empresário criador da Toli
Qual a maior dificuldade de ser empresário no Brasil? Existem diversas dificuldades. Umas variam de acordo com o ramo de atividade, outras como as altas taxas de juros, a burocracia do nosso país, os juros altos, financiamentos com taxas elevadas, e leis trabalhistas são comuns a todos os empresários. Digo muito que o funcionamento da engrenagem para que o mundo dos negócios aconteça possui muitos detalhes que tornam o processo lento e difícil.
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O funcionamento da engrenagem para que o mundo dos negócios aconteça possui muitos detalhes que tornam o processo lento e difícil.”
Você começou como microempresa e hoje é franquia. O que é mais difícil? São empresas distintas. Quando se é pequeno, a pessoa ousa mais, pois sabe que se não der certo, as perdas não são tão graves. Quando o empresário cresce, os riscos acompanham esse crescimento. E ele precisa planejar mais as ações e decisões. Ser pequeno no nosso país é bom, porque tem muitos incentivos para o mico e pequeno empresário. Ser médio é que é
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mais complicado, pois tem menos incentivos, o poder de barganha com fornecedores não é tão bom quanto o do grande empresário que em função do volume consegue diminuir os custos . O médio empresário (como nós) fica no meio. Reinvestir, ampliar o negócio requer muito planejamento e jogo de cintura. Qualquer erro, mesmo que pequeno abala o negócio
Como foi trabalhar com franquia? Nós precisávamos expandir e não tínhamos capital para abrir novas lojas. O negócio da franquia nos permitiu crescer e expandir nossa marca. É o que falei de planejar, encontrar um meio de crescer. A franquia foi esse meio, e que tem dado muito certo. Esse seguimento tem crescido muito no pais porque dá mais segurança para quem está entrando, afinal o franqueado entra no mercado com uma estrutura pronta, de potencial competitivo no mercado, que ele sozinho não conseguiria.
É uma troca. Onde cresce o franqueador e o franqueado. Nós da franquia temos o know-how do negócio, damos o suporte comercial e de mídia, mas quem toca o dia a dia da loja é o franqueado. Trabalhamos com o capital do franqueado. O investimento é dele, em contra partida oferecemos uma loja pronta, com marca estabilizada no mercado, portanto o risco do negócio não dar certo é muito menor. A Toli começou como loja de rua, e hoje em dia está localizada mais em shoppings. É mais rentável ter uma loja em shopping? Ou essa mudança fez parte do crescimento da marca e mudança do perfil do consumidor final? O custo para manter uma loja em shopping é alto. No nosso negócio é mais interessante tem um franqueado em shopping, mais isso depende muito da realidade do comércio da região. No norte do país por exemplo, nós temos franqueados com lojas de rua, e o negócio vai muito bem. No site da Toli é divulgado que a marca utiliza matéria prima, design e estampas exclusivas, possibilitando o desenvolvimento de um trabalho consistente, dentro do conceito de “Fast Fashion”. Que conceito é esse? É o conceito de moda rápida. Como temos confecção própria conseguimos abastecer toda semana nossos franqueados com peças novas. Ao longo do ano temos dez etapas diferentes de coleções. O franqueado está sempre com novidade e isso agrada aos consumidores, a nossa entrega é muito rápida, sem atrasos. No mundo da moda e na era das redes sociais, as blogueiras de moda tornaram-se referência para as consumidoras finais. Como você analisa essa questão? Muito positivo! Com as redes sociais aconteceu um deslocamento da mídia de moda. Antes nosso maior investimento eram nas revistas, agora não. Diversificamos com as redes sociais que têm alcance imediato e muito pulverizado. Atingem mais consumidores e numa agilidade muito boa para nosso negócio. Recentemente no lançamento da coleção inverno a Toli trabalhou nacionalmente com o blog Garotas Estúpidas, de Camila Coutinho, e em Natal vocês têm parceria com o Blog da JuFlor, de Juliana Flor. Qual impacto dessa ação? Nacionalmente foi a primeira vez que fizemos e foi fantástico. A repercussão foi maravilhosa para nossa marca. Camila Coutinho é uma blogueira de credibilidade internacional e Juliana Flor conhece muito bem nosso mercado. Elas agregaram ainda mais valor
ao nosso produto, pois são formadoras de opinião no mundo da moda. Qual o segredo do sucesso? Não tem segredo, é muito trabalho, planejamento, abraçar as oportunidades, estar atento às mudanças do mercado, estudo sobre meu produto, velocidade para tomar as decisões e planejamento. Hoje o senhor presidente a Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal. Como foi assumir o desafio de administrar uma das entidades mais respeitadas do comércio? O maior desafio é administrar o tempo entre minha empresa e a entidade. Ser presidente da CDL é um prazer, e me possibilitou a aproximação com empresários de outros ramos. Ampliou meu conhecimento sobre o mundo dos negócios. É que falei de conhecer o mercado. Qual a tarefa mais difícil digamos assim para o gestor da entidade? Administrar o tempo. A CDL Natal é formada por associados. Quem pode se associar? E quais as vantagens de ser sócio da entidade? Qualquer empresa pode se associar a CDL Natal, basta que tenha interesse. As vantagens? São muitas, mas a troca de experiências, o ampliar os horizontes no mundo empresária eu destacaria como de grande valia para que está no ramo de comércio e serviços. Estamos no ano da Copa do mundo, somos uma das cidades sedes. Sendo assim não tem como deixar de perguntar. Qual a expectativa do comércio? E como os empresários vem se preparando? Receosos, assim estão os empresários de uma forma geral. As restrições são muitas por parte da Fifa, as obras de mobilidade pelo menos por enquanto têm dificultado a vida dos empresários, principalmente para quem tem estabelecimento nas imediações das obras e a Arena das Dunas. Os empresários estão trabalhando, planejando as vendas, encontrando oportunidade e desenvolvendo produtos que possam vender mais durante a copa. Mas não existe euforia para grandes vendas. Acredito que setores como de bares, restaurantes e turismo tenham crescimento em vendas, mas o comércio em geral não terá essa explosão. O Brasil é um país de empreendedores. Qual o conselho que você dar para quem sonha em ter o próprio negócio? Que esteja atento ao mercado, que conheça o produto que vai trabalhar que estude e que trabalhe muito porque não é fácil (risos).
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economia
gustavo farache
gustavofarache@yahoo.com.br
Indústria gráfica Notícia negativa: O nível de confiança da indústria gráfica caiu. Apesar da presença de fatores tradicionalmente dinamizadores do mercado, como Copa e eleições, o empresário gráfico está menos confiante no primeiro trimestre deste ano do que se mostrava no final de 2013. Apurado pelo Departamento Econômico da ABIGRAF-SP, o Índice de Confiança do Empresário Gráfico reflete a percepção do setor sobre as condições atuais das empresas e as perspectivas para os próximos seis meses. De janeiro a março, a média ficou em 51,2 - abaixo dos 53,5 registrados no último trimestre do ano passado. A oscilação pode refletir um fenômeno de sazonalidade bastante frequente nos indicadores de confiança da indústria, segundo o qual o otimismo tende a ser maior no período final do ano
do que no seu início. Nas duas pontas da amostra, as micro e grandes empresas - respectivamente, com até 9 funcionários e acima de 250 funcionários - vislumbram melhoras. As primeiras pontuam a situação atual com um índice de 39,5, mas projetam 44,7 para o futuro próximo - pontuação negativa nos dois cenários. Entre as grandes, esses números ficam, respectivamente, em 60,4 e 61,8 - ambos reveladores de otimismo. As pequenas empresas (entre 10 e 49 funcionários) mostram insatisfação com a situação imediata (índice de 48,3) e apontam riscos de piora (46,6 de pontuação). As médias (entre 50 e 249 funcionários) mantêm-se confiantes nos dois cenários, com índices de 61 e 52, embora a diminuição da pontuação relativa às expectativas indique riscos de dificuldades à frente.
Indústria de embalagem
Lançamento
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), revelou que a indústria brasileira de embalagem teve receita de 51,8 bilhões de reais em 2013, superando os 46,7 bilhões de reais gerados em 2012. A produção física de embalagem cresceu 1,41% em relação a 2012. Os setores de vidro e de embalagens metálicas apresentaram aumento de produção de 9,31% e 7,57%, respectivamente. Houve queda nos segmentos de papelão ondulado e papel cartão (-1,03%), plástico (-2,03%) e madeira (-17,06%). A balança comercial do setor foi deficitária, com exportações de 492 milhões de dólares e importações de 914 milhões de dólares. Em 2013, as exportações caíram 1%, enquanto as importações cresceram 7% na comparação com o ano anterior.
Mercado de trabalho
A Kodak anunciou novos investimentos em sua planta fabril das chapas digitais Sonora. O objetivo é otimizar a produção para atender ao crescimento da demanda mundial pelo produto, composto por uma linha de chapas térmicas sem processo e uso de químicos. As chapas sem processo Kodak Sonora oferecem uma combinação de vantagens. Entre elas, a possibilidade de eliminar totalmente o uso de qualquer tipo de processo e químicos sem sacrificar a qualidade ou a produtividade. Atualmente, a Kodak Sonora possui mais de 450 usuários em todo o mundo, e, segundo a Kodak, há uma crescente demanda que gráficos analisam a possibilidade de adotar o produto.
O mercado de trabalho brasileiro melhorou em 2013, mas a intensidade da melhoria foi menor do que a observada em anos anteriores, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O movimento está ligado ao nível de produção. Indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, e indicadores setoriais mostraram sinais de recuperação ao longo do ano passado. Com isso, o nível de ocupação médio no mercado de trabalho cresceu 0,7% em relação a 2012, o que significou a geração de 159 mil novos postos de trabalho. De acordo com o Ipea, o número de empregados com Carteira de Trabalho assinada subiu 1,5% em 2013 ante 2012, o que equivale, em valores absolutos, a cerca de 184 mil novos contratos. Imprimindo as cores do RN - Chroma 9
Eleições 2014
A regra
é clara
TSE determina as normas para as Eleições 2014 As Eleições 2014 se aproximam, um período de grande importância para vários setores da economia. Em busca de levar mais isonomia e transparência ao processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou novas regras para os pleitos de outubro, além das já definidas em anos anteriores, as quais continuam válidas. As normas são simples, mas os candidatos e partidos precisam ficar atentos. As resoluções são uma forma de adequar o código eleitoral à realidade atual. Elas precisam ser apresentadas até sete meses antes da disputa eleitoral, ou seja, até o dia 5 de março. As normas disciplinam o que vai acontecer ao longo das eleições deste ano. As novidades divulgadas pelo Tribunal são relacionadas, sobretudo, à arrecadação, gastos e propaganda
Advogado especialista em Direito Eleitoral Leonardo Palitot
Ministro do TSE, Dias Toffoli foi o relator das resoluções
eleitoral. Das 11 resoluções previstas, dez já foram aprovadas pelo pleno. Falta apenas a do plano de mídia, que será feita a partir de 5 de julho, após o término dos registros oficiais de candidatos. “Após a definição das coligações, o juiz eleitoral define o tempo para cada coligação”, explicou o advogado especialista em Direito Eleitoral,
Leonardo Palitot. O ministro Dias Toffoli, vice-presidente do TSE, é o relator das resoluções. De acordo com o advogado, as normas anunciadas podem modificar os rumos das eleições. “Antes era permitido que a chapa mudasse o candidato até a véspera do dia da eleição, agora isso não é mais permitido”.
Registro de candidatos A resolução sobre registro de candidatos estabelece as seguintes inovações: fixa prazo mínimo de 20 dias antes do pleito para substituição de candidatos em caso de renúncia ou inelegibilidade e proíbe o candidato de associar seu nome na propaganda eleitoral a órgão da administração direta ou indireta da União, estados e municípios. Por exemplo, não á mais permitido usar o nome João da UFRN ou Maria do INSS. 10 Chroma - Imprimindo as cores do RN
Telemarketing Uma das principais novidades da resolução sobre a propaganda eleitoral foi a proibição da propaganda de candidatos por meio de telemarketing, uma ação bastante comum ao longo dos processos eleitorais.
Libras Outra novidade é a obrigatoriedade do uso da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) ou legenda nos debates e na propaganda eleitoral gratuita na televisão.
Arrecadação e gastos
Propaganda eleitoral
A maior inovação do texto que trata da arrecadação e gastos de campanha foi fixar que o candidato só pode financiar sua campanha com recursos próprios até o limite de 50% de seu patrimônio, com base na declaração do imposto de renda do ano anterior ao pleito. Nas eleições passadas não havia esse limite. Segundo a resolução aprovada, o candidato que não prestar contas à Justiça Eleitoral ficará impedido de obter a certidão de quitação eleitoral até o fim da legislatura. Enquanto ele não apresentar as contas, não poderá receber a quitação, que é uma das condições para se candidatar.
Fica proibida a justaposição de placas de propaganda eleitoral cuja dimensão exceda quatro metros quadrados, o que caracteriza propaganda irregular sujeitando-se o infrator às penalidades previstas na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97). Os candidatos e partidos devem ficar atentos à data de início da propaganda eleitoral (6 de julho). Quanto ao horário eleitoral gratuito as emissoras de rádio e de TV deverão reservar espaço em sua grade de programação no período de 19 de agosto a 2 de outubro.
Pesquisas eleitorais A realização de enquetes e sondagens relativas às eleições de 2014 estão proibidas a partir desta quinta-feira (01/01) janeiro, conforme a resolução sobre o registro e a divulgação de pesquisas eleitorais para as próximas eleições gerais. A partir de 1º de janeiro, as entidades e empresas que realizarem, para conhecimento público, pesquisa de opinião pública relativa às eleições 2014 ou seus candidatos devem registrá-la na Justiça Eleitoral, com antecedência de pelo menos cinco dias da sua divulgação.
Segurança Crimes eleitorais Durante as eleições presidenciais de 2014, a instauração de inquéritos para apurar a prática de crimes eleitorais só poderá ser feita mediante requisição do juiz eleitoral, nos casos de não flagrante.
A resolução número 23.395 disciplina os modelos de lacres para as urnas, etiquetas de segurança e envelopes com lacres de segurança para as próximas Eleições. As demais resoluções são sobre a cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, votação paralela e segurança dos dados dos sistemas eleitorais; representações, reclamações e pedidos de direito de resposta; e a que dispõe sobre os atos preparatórios para o pleito.
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Negócios
Oportunidades em verde e amarelo Copa do Mundo 2014 oferece novas oportunidades ao mercado potiguar Sediar a Copa do Mundo da Fifa traz para o Brasil mais que um evento futebolístico, mas inúmeras oportunidades de negócios em diversos setores. Para as gráficas, é um período que promete ser promissor, uma vez que o setor deve estar preparado para as os serviços diferenciados que o evento demanda. O importante legado da visita de milhares de turistas e o foco que as cidades-sedes terão é uma ótima oportunidade para quem quer ganhar visibilidade no mercado. Bandeiras, cartazes, folders, informativos e brindes criativos. O leque de peças criadas com foco no mundial é vasto. Dos mais simples aos mais sofisticados, as gráficas devem estar atentas às oportunidades. “Nos últimos anos, as nossas gráficas investiram muito em máquinas com alto padrão de qualidade e não há dúvidas de que temos condi-
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ções de atender muito bem a esse mercado que se desenha para o grandioso evento”, disse Vinícius Costa Lima, presidente do Singraf/RN. A tendência é que os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo no Brasil sejam os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação. Com essa visão de mercado, novas empresas focam os serviços em Natal. É o caso da Eco Flags, especializada na produção de bandeiras. “Oferecemos diversos tipos de bandeiras, como as Bag Flags, Shine Banner, bandeira de vestir e bandeira para o capô dos veículos, além da já conhecida bandeira pena, carro chefe da marca”, afirmou Gustavo Barros, empresário que comanda a empresa em Natal.
Imagens ilustrativas
Fifa x outras marcas Embora as oportunidades sejam muitas, é preciso que os empresários fiquem atentos a uma série de restrições estabelecidas pela Fifa em relação ao uso de suas marcas patenteadas, como o mascote Fuleco, o troféu e o próprio nome Copa do Mundo 2014, entre várias outras. O assunto foi discutido em Natal no dia 19 de março, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), na presença de empresários e profissionais da imprensa. O Seminário de Proteção às Marcas contou com a participação de representantes da Fifa, entre eles o Coordenador Geral de Proteção às Marcas da entidade, o suíço Auke-Jan, que falou sobre o que pode e não pode ser feito. Os representantes detalharam com exemplos e dados, o que está estabelecido na Lei nº 12.663 – a Lei Geral da Copa –, publicada em 5 de junho de 2012, e será aplicado durante
os jogos em Natal. Entre as restrições estabelecidas na Lei Geral da Copa, o marketing de emboscada configura-se quando uma empresa não patrocinadora quer pegar “carona” no investimento alheio. Entre os exemplos citados, estão as embalagens de produtos alimentí-
cios que usam símbolos patenteados ou mesmo as cores do evento, associando a sua marca à Copa, o que é vetado. As tabelas dos jogos ou o boneco também não podem ser usados de maneira associada a produtos e marcas que não sejam os 22 patrocinadores do evento.
Símbolos e marcas patenteadas pela Fifa
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história de sucesso
Se vira
nos
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Os empresários Rosa e Walker Xavier
O casal Xavier comanda a Gráfica Supercópia, única empresa do setor em Santa Cruz
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Para falar de trabalho, Rosa Xavier responde às perguntas com o sorriso no rosto. A espontaneidade e alegria são vista até no momento de falar das dificuldades diárias, das quais não foge, apenas supera, de maneira persistente. Ela e o marido Walker Xavier comandam a Gráfica Supercópia, que fica em Santa Cruz (RN). Walker trabalha com gráfica há 25 anos e é responsável pelo setor de produção. Desde cedo ajudava o avô na tipografia e passou a experiência para a esposa que, como ela mesma define, “se vira nos 30”. Além de gerenciar o negócio da família, Rosa também tem uma loja de moda feminina e se divide entre muito trabalho e a família (o casal tem três filhos). A Supercópia começou como copiadora em 1999 e quatro anos depois conseguiu se firmar com a estrutura de gráfica – a única do município atualmente. A empresa também presta serviços às cidades vizinhas. A maioria dos trabalhos é a impressão de talões, informativos e panfletos, que são as demandas principais da região. Ao longo dos anos, os empresários sentiram as dificuldades do mercado, principalmente com a chegada da nota fiscal eletrônica, porém não se intimidaram. Muito
pelo contrário. Continuaram a trabalhar, sempre incansáveis, e procuram participar dos cursos de Sebrae e das ações do Singraf/ RN em busca de atualizações. “As dificuldades existem, mas todas podem ser superadas. Nosso objetivo é investir em máquinas o próximo ano e, assim poder fazer mais serviços e ainda com mais qualidade, para superar os últimos anos que não foi possível fazer investimentos”, explicou Rosa. Para dar conta do trabalho, oito profissionais trabalham na empresa. A máquina utilizada para as impressões é a Multilip 1850. “Para as gráficas do interior, o grande desafio é se manter com os serviços menores, o que é uma luta constante, mas nunca pensamos em mudar de ramo, só imaginamos o crescimento”, encerrou a empresária. Gráfica Supercópia Rua Eloy de Sousa, 133 Centro, Santa Cruz (RN). Telefone: 3291-2997
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Clóvis César Lange
Diretor Geral da Bremen | clovis@bremen.com.br
A importância da apuração dos custos No seu dia-a-dia quantas vezes você para e pensa nas seguintes perguntas: - Meu preço de venda é justo com o mercado? - Quanto estou realmente lucrando com este material? - Como posso me tornar mais competitivo em relação aos meus concorrentes? - Qual meta de vendas a empresa deve atingir este mês? Se você, empresário gráfico, faz pelo menos uma destas perguntas durante o dia, está na hora de você rever os seus custos. Nos dias de hoje a formação do preço certo de venda é essencial para mantermos uma concorrência leal e ficarmos dentro dos valores praticados no mercado de nossa região. Como saberei se estou vendendo com o preço correto? Primeiro de tudo é necessário se ater aos custos fixos da sua gráfica. São eles que vão ser os indicadores para formação do seu custo hora. Existem várias maneiras de rateio e amortização dos custos, mas para o ramo gráfico o mais utilizado é o RKW na qual a empresa é separada em centros administrativos, produtivos e auxiliares e todas as suas despesas fixas mensais devem ser alocadas nos seus respectivos centros. É muito importante ter todas essas despesas contabilizadas para serem repassadas ao seu orçamento de maneira justa. Assim como os valores de matéria-prima e serviços terceirizados que envolvam seu cálculo. É importante lembrar que para ter o preço de venda correto você deve ter sempre o seu preço de custo correto também. Pois a partir deste valor que podemos começar a ver realmente qual a rentabilidade de cada trabalho produzido pela sua gráfica. Essa rentabilidade é mensurada através da contribuição marginal do seu orçamento a qual é muito pouco utilizada pelos empresários do ramo. Mas a contribuição marginal é um indicador essencial para termos como calcular os resultados da empresa e saber realmente até onde podemos chegar com nosso preço de venda.
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Agora que tenho meu preço de custo correto, qual o preço de venda que devo praticar? Esse é o X da questão, pois infelizmente devido ao grande número de concorrentes temos que nos adequar ao preço de venda imposto pelo mercado da região que estamos atendendo. Ou seja, se você vende para fora do seu estado, por exemplo, ou até mesmo para outra cidade, talvez o preço de venda correto que você deva praticar seja diferente para atender as necessidades daquela localidade. Mantendo essa política de adequação de valores, a competitividade dos preços se torna muito mais justa entre as gráficas. Mas em cima disso tudo vem uma última pergunta, se vou praticar o preço de venda conforme o mercado como saberei se posso competir ou não? Nesse caso entra a análise da rentabilidade do seu material, ou seja, o quanto isto vai agregar para cobrir os custos fixos da empresa e novamente temos este indicador através da contribuição marginal. Se você tiver dificuldades em elaborar os seus custos de maneira correta, se precisar fazer uma análise do mercado de sua região, não hesite em contratar uma assessoria especializada para lhe orientar da melhor maneira possível. Muitas vezes você pode estar tendo um resultado não muito positivo dentro da sua gráfica, por não ter estes números computados de maneira correta, assim como pode estar perdendo oportunidades de aumentar suas vendas explorando muito melhor o mercado ao seu redor. A Bremen Sistemas conta com profissionais extremamente qualificados para melhor lhe atender e prestar estes serviços, além de fornecer uma solução de ERP completa para sua empresa, facilitando desde o momento do cálculo, até a gestão completa de estoque, faturamento, financeiro e produção da sua gráfica. Se tiver interesse em alguns de nossos serviços entre em contato através do telefone 47 3035-1022 ou mande um e-mail para comercial@bremen.com.br e solicite uma demonstração de nossos produtos.
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ACONTECE por Júlio lourenço juliolourenco@singrafrn.com.br
Expoprint 2014 Garante seu espaço!
Em parceria com Sebrae e Fiern, o Singraf/Abigraf do RN pretendem levar um grupo de empresários para participar da Feira ExpoPrint Latin America (Expoprint 2014), considerado o maior e principal evento da indústria gráfica da América Latina. A cada quatro anos, a feira expõe o que há de mais moderno na tecnologia para pré-impressão, impressão e acabamento. A feira acontece no período
Planejamento
de 16 a 22 de setembro de 2014 no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). De acordo com a coordenadora de grupo de eventos da Michelletour, Renata Santana, a copa vai gerar uma demanda atípica e os preços de passagens e hotéis tendem a estar elevados. Por isso, o ideal é antecipar as reservas. O Sindicato lançou um pacote especial com data limite ate 30 de abril. Os interessados devem ligar para o telefone 4009-0677.
O Sindicato participou do encontro realizado pelo Sebrae, dia 10 de fevereiro, com empresários da região Oeste potiguar, em Mossoró. Na oportunidade, estiveram presentes líderes sindicais, secretários de prefeituras da região e associações empresariais. O objetivo principal da reunião foi identificar indicadores que mostrem as necessidades e oportunidades para o desenvolvimento da região para os anos de 2014 e 2015.
Singraf/RN visita a Fundação Bancos Sociais, em Porto Alegre
O presidência do Singraf/RN foi convidada pela diretoria da Comissão de Responsabilidade Social (Cores) para conhecer os bancos sociais da Fiergs, em Porto Alegre (RS). A visita aconteceu entre os dias 31 e 2 de abril e contou também com a presença do gerente de Responsabilidade Social da Fiern, Marcelo Dantas. “A visita foi importante para le-
varmos ao nosso setor a importância de ações de preservação do meio-ambiente. Na Fiern, já temos o Projeto Recicla”, explicou Vinícius Costa Lima, presidente do Sindicato. O Recicla foi criado pela Cores, presidida por Roberto Serquiz, e tem o objetivo de despertar a consciência dos colaboradores do Sistema Fiern para o engajamento no
processo de preservação do meio ambiente. A implantação começou com a instalação de caixas seletivas nas entradas e corredores, além de lixeiras sinalizadas e coletores de pilhas e baterias. Na oportunidade, o grupo visitou a empresa Apara Guarise, a maior negociante de papel e papelão do estado do Rio Grande do Sul.
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Solidariedade
Lar de
todos
LAE foi fundado para abrigar senhoras viúvas, mas hoje ajuda idosos de todas as religiões O Lar do Ancião Evangélico (LAE) foi fundado no dia 14 de outubro de 1984. Duas senhoras da Igreja Presbiteriana construíram uma casa para acolher viúvas idosas. Com o passar do tempo, o lugar passou a abrigar idosos evangélicos e, em seguida, virou um lar para todas as religiões. Hoje, a instituição atende idosos em situação de risco social ou sem assistência familiar. No momento, convivem 38 residentes - 22 mulheres e 16 homens. Na época em que foi fundado não existiam normas de condutas para esse tipo de instituição, então o abrigo foi construído sem o padrão que é exigido hoje em dia, mas logo após a aprovação do Estatuto do Idoso em setembro de 2003, o lar teve que ser modificado de acordo com as exigências direcionadas a esses tipos de instituições. Além da diretoria, o abrigo tem a equipe de funcionários formada por cuidadoras, enfermeira-chefe, técnicos de enfermagem, nutricionista, assistente social, entre outros. O LAE sempre precisa de doações, principalmente de fraldas geriátricas, alimentos, material de limpeza e de higiene pessoal e curativos.
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Ajude o LAE Endereço: Av. Poços de Caldas, Nº 3001, Conjunto Pirangi, Neópolis - Natal/RN. Telefones: (84) 3217-3905 / 3217-7590 / 8701-3698 E-mail: larevangelico.lae@bol.com.br Dados Bancários: Banco do Brasil Conta Corrente: 5458-5 | Agência: 0022-1
Novidades Tecnológicas
Solução para impressão
Tecnologia revolucionária na impressão flexo A Gidue anunciou o desenvolvimento do projeto “REVO, Digital Flexo Revolution”, tecnologia considerada a mais importante desde a introdução de chapas digitais em 1995. Ela é resultado de uma parceria entre as empresas Gidue, Esko, Du Pont, Flint, Apex, UPM Raflatac e Adare. A Gidue é representada no Brasil pela Gutenberg. A reunião dos principais players da indústria flexográfica objetiva digitalizar os processos da impressão flexo e torná-la mais competitiva dentro do mercado. A ideia é gerar ao menos dois novos padrões da indústria: UV Flexo em 80 linhas/cm e 7 cores separação. A Automação Digital Flexo chegará como uma nova geração de prensas. No início de junho, a Gidue pretende apresentar a nova tecnologia em sua sede em Florença. Fonte: Abrigaf
A EFI lançou recentemente o PrintMe Mobile 3.0, a versão mais recente de sua solução para impressão. A novidade conta com um conjunto de novos recursos desenvolvidos especificamente para instituições educacionais, incluindo suporte ao Chromebook e impressão móvel de fácil implantação em dispositivos compartilhados em sala de aula. Outro recurso oferecido na última versão do PrintMe Mobile permite que o usuário imprima documentos do seu e-mail pessoal por meio de um fluxo de trabalho dedicado a e-mails. Agora os administradores podem garantir a segurança da impressão de e-mails solicitando que os usuários autentiquem o uso de uma conta de e-mail pessoal por meio do Active Directory da empresa.
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Thomas Gaspary
Consultor de empresas e diretor da Printconsult Ltda. | www.printconsult.com.br
C
Qual o melhor modelo de gestão para sua gráfica? – Certamente você conhece um
onversando com empresários da velha guarda concluímos que antigamente a Gestão Empresarial era uma tarefa fácil. Antigamente os Planos Empresariais poderiam ser feitos por extrapolação da evolução do passado. A Globalização nos ensinou que agir localmente já não basta mais; é preciso ser global. A interconexão digital mostrou que correr já não basta mais; é preciso correr “na velocidade da internet”. A arquitetura organizacional tradicional mudou de vertical para funcional, de funcional para matricial e de matricial para horizontal. Nunca foram tão fundamentais a visão e a postura da Alta Gerência. Já não basta confiar em uma estrutura estanque em vez de um processo flexível. Não se pode acreditar demais em políticas, diretrizes e normas duradouras, dispensando revisões constantes. Quer ser Líder, não seja o dono da verdade, mas sim o inspirador de uma equipe criativa e envolvida. Estamos na era onde a Gestão Empresarial deve ser orientada para o “Crescimento e a Expansão com lucro, de forma sustentável”. Todo empresário, administrador, executivo ou gestor em algum momento já se perguntou qual seria o modelo mais adequado para o negócio que conduz independentemente ser uma gráfica, ou outro negócio qualquer. Há alguns anos venho acompanhando a evolução do nosso mercado e utilizando como guia orientador de minhas ações, na função de consultor de empresas, os fundamentos e critérios dos programas de excelência em gestão da qualidade e produtividade, e sem dúvida encontrei uma resposta que pode atender satisfatoriamente a esta indagação. Antes, no entanto, vem a pergunta do por que da ênfase na sustentabilidade? A atual crise econômico-financeira está condenando a crença exagerada na solução do mercado por parte das empresas e das pessoas. As modificações ora implantadas caracterizam apenas a “Era da Descontinuidade”, onde dados e fatos não mostram mais uma seqüência lógica, dificultando a leitura dos seus sinais para uma Gestão Empresarial confortável – é preciso lidar com a “zona de desconforto”.Em suma, podemos afirmar que a Gestão Empresarial vivencia nos dias de hoje uma evolução revolucionária. Já que não podemos prever o futuro, por que não se preparar no presente? Esse modelo prima por uma liderança comprometida com a excelência de seus produtos e serviços, que é o ponto chave do desenvolvimento de qualquer organização. Essa liderança deve ter uma competência estratégica, para direcionar eficazmente sua organização rumo ao sucesso, preocupada com a sustentabilidade e a sobrevivência da empresa ao longo do tempo, sempre atenta às necessidades das partes interessadas, com foco nos clientes, que a mantêm funcionando, e na sociedade onde está inserida. Esse modelo diferente do que muitos desejam não é descritivo. Não é uma receita de bolo, uma solução pronta de como fazer as coisas para atingir excelência na gestão empresarial, pelo contrário, mostra apenas o caminho, uma forma de fazer, deixando o como fazer inteiramente nas mãos e inteligência da liderança da gráfica. É impossível que a empresa gráfica nos dias
de hoje, encontre uma única forma de gerenciar o seu negócio. A nossa gráfica sempre estará envolta por uma solução diferente dependendo da complexidade do problema seja utilizando técnicas das Boas Práticas, da gestão estratégica, da gestão pela qualidade total, da gestão por competências ou de outras tantas e diferentes formas de gerir uma empresa ou mesmo um departamento da gráfica.Podemos elencar alguns tópicos de modelos de gestão encontrados em nossas andanças. - O Aprendizado Organizacional, por exemplo, é a busca e alcance de um novo patamar de conhecimento para a empresa por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências de nosso dia-a-dia. - Existem os que conduzem com inovação – O fazem com a promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias que possam gerar um diferencial competitivo, seja ele técnico ou comercial, alavancando a atração de clientes para a gráfica. - Temos os que se utilizam da liderança e constância de propósitos onde a atuação do principal executivo é praticada de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da excelência, à promoção de relações de qualidade e à proteção dos interesses das partes interessadas. - O uso de processos e informações é outro modelo onde temos uma segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes. A tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados. - A gestão com ampla visão do futuro existindo por parte do gestor uma compreensão dos fatores que afetam a gráfica e o ambiente externo no curto e no longo prazo, visando a sua perenização. Nem sempre o gestor consegue fazer isso sozinho, necessitando de ajuda externa para o alcance de resultados consistentes, assegurando a rentabilidade da gráfica a longo prazo pelo aumento de valor de forma sustentada para todas as partes interessadas. - Estabelecimento de Relações com o Mercado, conhecendo e entendendo o cliente e o mercado, visando à criação de valor de forma sustentada para o cliente e, conseqüentemente, gerando maior competitividade no mercado. Deve também criar junto aos seus funcionários de todos os níveis, condições para que se realizem profissionalmente e humanamente, maximizando seu desempenho por meio de treinamento de cada departamento e do comprometimento, desenvolvimento de competências. Um Coach pode ser útil para ajudar o gestor nesta tarefa. Finalizando, os modelos da Gestão Empresarial continuam a evoluir de modo envolvente e a emergência de novas tecnologias digitais está acelerando esta evolução. Ao abordar o tema acima, com suas variáveis, espero ter contribuído para facilitar a escolha do “seu” Modelo de Gestão, entendido como ponto de partida para alavancar a sua carreira empreendedora, individual e corporativa. Imprimindo as cores do RN - Chroma 23
Ecologia e cultura
A profissional elencou algumas dicas de preservação e conservação que podem ser usadas no dia a dia
Para sempre papéis Conservar e restaurar papéis antigos é fundamental para a preservação histórica Em tempos de computadores modernos e evolução tecnológica, poucos lembram de a importância de preservar documentos impressos, tarefa tão essencial para a preservação da memória, história e arte. Sejam os documentos secretos de uma nação ou mesmo cartas de amor, papéis antigos têm o seu valor e merecem mais cuidados. O site Adoro Papel publicou uma matéria com dicas importantes para quem quer preservar o material dentro de casa. A Escola de Artes Gráficas Senai Theobaldo de Nigris tem um Núcleo de Conservação e Restauro Edson Motta, que oferece cursos na área de restauração. De acordo com a técnica de ensino Fernanda Mokdessi Auada, devem ser levados em consideração fatores
como o tipo de edifício no qual o acervo está localizado, se há muita poluição na vizinhança, a política de acesso aos documentos e a educação de funcionários que vão manusear o material. “A preservação engloba a conservação e o restauro dos papéis, e garante que um documento esteja nas condições ideais para a sua integridade”, explicou Fernanda. No caso da conservação, os profissionais diagnosticam algum problema com o papel e tomam uma atitude a respeito. São reparos simples, como retirar clips metálicos ou fazer uma higienização. Já os restauros exigem ações em laboratórios, pensadas para as necessidades daquela obra, com produtos químicos específicos.
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u Não deixar o papel em um ambiente de umidade relativa alta sem proteção – já que ele pode absorvê-la e expandir -, ou de muita secura – no qual ele irá liberar a umidade e retrair. u Mantenha a estante na qual os seus papéis estão armazenados longe da parede, do chão e do teto. Isso garante a boa ventilação e dificulta o acesso de insetos. u Fique atento a canos e instalações elétricas que possam causar problemas. Prefira estantes metálicas. Se a estante for de madeira, garanta que ela seja tratada contra insetos e umidade. u Limpe os seus papéis a seco, passando uma escova macia nos livros, papéis e obras com delicadeza. Varra o pó “para fora” e longe das demais obras. Limpe a estante com um pano seco ou aspire o pó. u Não una seus papéis com clips ou grampos que possam enferrujar e não deixe objetos no meio dos livros, já que eles podem passar a acidez para o papel e manchá-lo.
solidariedade
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bOA IDEIA
Gráfica em miniatura O estúdio holandês Letterproeftuin criou uma impressora em miniatura especializada em pequenos pôsteres e livros. Os criadores da novidade são Yorit Kluitman, Timon Van Der Hijden e Jaron Korvinus. O princípio é o mesmo de uma impressora mecânica. Posicionam-se as letras para “carimbar” o papel e fazer a técnica de relevo seco, que cria um efeito tridimensional na folha. O projeto também conta com uma máquina de silk.
Papelão vira arte tridimensional O artista plástico norte-americano Eric Standley cria obras surpreendentes a partir de cortes minúsculos feitos com laser no papelão. As técnicas usadas são das artes islâmicas e gregas na criação de projetos tridimensionais, compostos por inúmeras camadas de papel. Nos últimos anos, Eric realizou mais de 40 exposições 40 pelo mundo.
Impressora sustentável Origami é um nome da nova impressora criada pela Samsung. O aparelho é feito com papelão reciclado e um pedaço de plástico em seu interior, reduzindo os impactos trazidos pela produção do equipamento e tem a mesa durabilidade das convencionais, além de ser resistente ao fogo e à prova d´água. Totalmente dobrável, no lugar dos parafusos, possui encaixes embutidos na estrutura. A marca sul-coreana explicou que a impressora ainda é um protótipo, sem previsão de lançamento e nem comercialização. 26 Chroma - Imprimindo as cores do RN
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