Odontologia de Grupo em Revista Nº 11

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ANO III Nº 11

ISSN 2175-2419

Odontologia de Grupo em revista

Out/nov/dez 2011

Nova Diretoria

Congressos

Ações de curto e médio prazo a favor das operadoras

A alta tecnologia é a chave para o sucesso na área da saúde

Mucosite oral

Semelhante à afta, mas muito mais dolorida

Endodontia

O tratamento de canal e suas implicações

O professor e psiquiatra Ronaldo Laranjeira faz uma radiografia sobre o consumo de drogas no Brasil e sobre as políticas públicas de combate a essa verdadeira epidemia que se agrava a cada dia



Odontologia de Grupo em Revista n 11 - Out/Nov/Dez - 2011 o

Índice Seções Mensagem.....................................3 Crônicas...................................................28 e 30 Espaço Livre......................................................29 Dados do Mercado e Cartas............................34

Odontologia e Saúde Transplantes - Doe vida............................................7 Prevenção - Nas alturas..........................................8 DPOC - Pulmões em perigo................................... 10 Mucosite oral - Efeito colateral...........................13 Coração - Bomba-relógio......................................14 Antroposofia - Prática além do físico................. 21 Ansiedade - Preocupação excessiva....................... 22 Ectoparasitas - O fim da picada............................ 24 Endodontia - Extraia o medo................................ 25 Desidratação - Elemento vital............................... 26 Tecnologia - O futuro já chegou.......................... 31

Organização e Negócios Congressos - Tecnologia na saúde..........................4 Eleição - Sob nova direção.......................................6 Bem-estar - Saúde na empresa................................9 Emprego - Vencendo preconceitos..........................12 Empresa - Novo tipo de negócio.............................16 Entrevista - Ronaldo Laranjeira...........................18 Empreendedorismo - Sucesso profissional............ 32 Eventos - Noite de festa........................................ 33

Mensagem

Novos projetos

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Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já elaboramos projetos: iniciados por uma motivação pessoal, profissional, acadêmica e, até mesmo, por uma necessidade de mudança que pudesse trazer efeitos positivos para uma comunidade ou um determinado grupo. Assim, os projetos idealizados com o decorrer do tempo acabam sendo esforços temporários que empreendemos para se chegar a um resultado que possa vir a ser duradouro. Os projetos são originados a partir de uma demanda. Se há algo que necessite ser feito, então formamos uma ideia e a colocamos em prática. E, para se chegar à concretização desta representação abstrata de algo que pode vir a ser real, é preciso seguir etapas que definirão resultados objetivos e competentes. Com uma nova diretoria, o Sinog se prepara para uma Geraldo Almeida Lima fase de projetos de curto e médio prazo. O levantamento de Presidente do Sinog informações acerca da dimensão do mercado odontológico e do alcance das operadoras de odontologia de grupo em seus respectivos nichos de mercado será o ponto de partida para que se possa entender os movimentos que se darão para a consolidação dos planos odontológicos. Com o estudo e a análise das necessidades dos associados, poderemos esboçar o que precisa ser realizado e melhorado, tendo em vista, e não por acaso, que muito foi feito para que a odontologia chegasse aonde se encontra dentro da assistência suplementar à saúde em nosso país. Uma nação de dimensões continentais impõe desafios de mesma grandeza. O plano de atuação para a nova gestão foi elaborado de forma que permita maior entrosamento dos diretores, associados e operadoras de odontologia de grupo ainda não filiadas. Institucionalmente estão previstos a continuidade e o aperfeiçoamento dos canais e ferramentas de comunicação, por meio dos boletins informativos e redes sociais; a captação de novos associados e a interiorização do sindicato. É imprescindível que tenhamos ações que contemplem os filiados, com a visita de diretores regionais, investigando pontos de conflito e de interesse para que as necessidades mais imediatas sejam equacionadas rapidamente ou que sejam direcionadas para a discussão em grupos técnicos próprios. No que tange a assistência aos associados, em assuntos específicos às áreas de regulação, jurídica, econômica, marketing e comunicação, a formação ou a contratação de assessorias que possam indicar propostas aos anseios do segmento será estrategicamente apresentada, pois inúmeras são as dificuldades que temos na rotina das operadoras e nas especificidades dos temas. Mas de nada adiantará todo esse esforço se não pensarmos na disseminação do conhecimento e na sustentabilidade da odontologia de grupo. Se os produtos e serviços forem pensados e não forem utilizados em prol do associado e de nossa modalidade assistencial, o projeto, como um todo, ficará comprometido. É de fundamental importância que os associados tenham acesso fácil e rápido às comunicações e informações emitidas pelo órgão regulador e por outras instâncias relacionadas à assistência odontológica, para dar segurança às empresas, diante da tomada de decisões, principalmente a grande parte delas que compõe o conjunto de pequenas e médias operadoras. A defesa de um marco regulatório específico para o segmento odontológico, em sintonia com as demais entidades e em sinergia com as diretorias do Sistema Abramge e Sinamge, faz parte de um escopo que já vinha sendo desenvolvido, mas que necessita ser enfatizado para que haja estímulo do crescimento do setor. Aliado a esta questão regulatória, é preciso também cuidar do equilíbrio da parte assistencial, promovendo a discussão de modelos de remuneração aos prestadores, uma das bases de sustentação do negócio. Enfim, assim como todo projeto depende de uma validação do conjunto dos envolvidos, o plano apresentado para o Sinog será discutido nos encontros que teremos mensalmente, com a finalidade de aperfeiçoá-lo e adaptá-lo à medida que houver a finalização de cada uma das fases planejadas.

Diretoria (2011-2014) Geraldo Almeida Lima Presidente Carlos Roberto Squillaci Vice-presidente Reinaldo Camargo Scheibe 1o Secretário SINOG – SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS Sérgio Ulian 2o Secretário DE ODONTOLOGIA DE GRUPO Flávio Marcos Batista 1o Tesoureiro Endereço para correspondência: Av. Paulista, 171 – 11º andar – Cerqueira César Wagner Martins Silva 2o Tesoureiro 01311-000 – Fone: (11) 3289-7299 Fábio Massaharu Nogi Assuntos Profissionais Fax: (11) 3289-7175 Roberto Seme Cury Assuntos Institucionais Portal: www.sinog.com.br Wagner Barbosa de Castro Procurador E-mail: secretaria@sinog.com.br

Assessoria de Comunicação e Marketing Luís Fernando Russiano Ramos (Mtb 27.279/SP) - Jornalista responsável. Camila Pupo - Assistente de Comunicação Redatores, Repórteres e Colaboradores desta edição: Alessandro Polo, Camila Pupo, Cecy Sant’Anna, Egberto Santos, Eli Serenza, Elisandra Escudero, Flávio Tiné, Jeferson Mattos, Keli Vasconcelos, Lucita Briza, Neusa Pinheiro, Paulo Castelo Branco, Renata Bernardis, Silvana Orsini, Sueli Zola. Revisão: Lia Marcia Ando. Ilustrações internas: Paulo Renato Moriconi. Pesquisa e documentação: Camila Pupo, Egberto Santos, Gustavo Sierra Scaglia. Produção Gráfica: Morganti Publicidade. Impressão: Neoband. Tiragem desta edição: 5.800 exemplares

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Congressos

Itaci Batista e Mario Castello

Tecnologia na saúde

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ão há retrocessos. A tecnologia, especialmente a usada para troca de informações, a chamada TI (Tecnologia da Informação), ocupa um lugar definitivo na sociedade contemporânea. Na Saúde Suplementar, é uma excelente ferramenta não só para prover diagnósticos e procedimentos sofisticados como também para aprimorar a gestão de empresas que, em sua maior ia, at uam em mercado de alto risco. Estas são as principais considerações do 16o Cong resso Abramge e 7o Congresso Sinog, realizados em agosto, em São Paulo. Mais de 400 pessoas Arlindo de Almeida participaram dos eventos, que contaram com a presença de representantes de cerca de 280 empresas de todos os segmentos de saúde e também de tecnologia. O sucesso foi confirEthevaldo Siqueira mado até pelo número recorde de patrocinadores e expositores. Foram 21 expositores que apresentaram produtos e desenvolveram negócios. A abertura dos congressos foi feita pelo Joel Reche Duran presidente nacional da

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Abramge - Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo de ­ Almeida, que agradeceu a participação de todos e destacou que o tema central, Tecnologia na Saúde Suplementar – Instrumento para o Desenvolvimento Sustentável, poderia implicar, num primeiro olhar, um aumento de custo para as empresas. “No entanto, ao nos aprofundarmos no tema, perceberemos que a alta tecnologia pode ser aliada na gestão das operadoras de planos de saúde em várias áreas”, disse. A Conferência Magna sobre o Atual Estágio e as Perspectivas Tecnológicas do Brasil ficou a cargo do jornalista Ethevaldo Siqueira, articulista de O Estado de S.Paulo e comentarista da Rádio CBN. Depois de fazer um histórico sobre a evolução da tecnologia no país e no mundo, afirmou que a TI pode dar uma contribuição relevante ao setor, principalmente se considerarmos a precariedade da saúde pública no Brasil. E apontou perspectivas, segundo as quais a palavra-chave é convergência, integrando os vários canais de comunicação, como computador, telefone, celular e televisão. Joel Reche Duran, coordenador da Comissão de Marketing da Abramge, apresentou José Sant’Anna Bevilaqua, coordenador de Tecnologia e Diretor de Informática do IBGE, para fazer a palestra Nova Ferramenta do IBGE, destacando a importância desse instituto de estatísticas, criado em 1936 e que realizou o primeiro cen-

so no Brasil em 1872. Bevilaqua mostrou o passo a passo informatizado do trabalho feito no último censo, de 2010. Desde a captação dos dados, com 58 milhões de quesJosé Sant’Anna tionários aplicados por Bevilaqua 190 mil recenseadores, até sua tabulação e divulgação, foram usados equipamentos digitais. Ele ainda apresentou as ferramentas de pesquisa à base de dados, que serão disponibilizadas para consultas de inAlexandre Lourenço formações estruturadas por localidade, perfil de população etc., a partir de novembro deste ano. Em seguida, o primeiro talk show, sobre Qualidade como Fator de Sustentabilidade, foi coordenado por Alexandre Lourenço, presidente da Fabio Leite Gastal Abramge–SP e da Universidade Corporativa Abramge. Em sua opinião, não se consegue praticar a Medicina sem qualidade. Ele destacou a necessidade de os serviços serem de confiança, mas afirmou que Martha Sevedra a qualidade vai muito além deles. O painel apresentou três pontos de vista: das operadoras, dos prestadores e da acreditadora. Fabio Leite Gastal, super intendente médico-assistencial do Rubens Covello Hospital Mãe de Deus, falou sobre a Visão das Operadoras, informando que o principal papel do gestor de saúde é entender as inovações e preparar o setor para fazer frente a elas. Entre os desafios, está a operaAntônio Jorge ção em rede, que inclui Gualter Kropf


os métodos de gestão e de pessoas, além do sistema de informação. Gastal concluiu dizendo que esses três sistemas devem ser integrados. A Visão dos Prestadores ficou a cargo de Gonzalo Vecina Martha Sevedra, direNeto tora do Hospital Barra D’Or Brasil, que ressaltou a importância de realizar avaliações pelas acreditadoras nacionais e internacionais para criar uma base de qualidade. “É preciso trabalhar focado naquilo que a empresa tem de Alberto Ogata melhor, para melhorar a performance e gerar sustentabilidade”, alertou. Já Rubens Covello, presidente do IQG – Instituto Qualisa de Gestão, encerrou o talk show com a exposição sobre a Visão da Acreditadora. Segun-

do ele, qualidade em saúde se mede com estrutura, processos e resultados. E as instituições já entenderam que adquirir certificados de acreditação qualifica suas ações diante dos prestadores de serviços, uma vez que se trata de uma organização com melhor segurança ao paciente. O diretor da Amil Assistência Médica Internacional, Antônio Jorge Gualter Kropf, foi o coordenador da palestra Tecnologia na Saúde Suplementar – Instrumento para o Desenvolvimento Sustentável do Sistema, proferida por Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa e superintendente corporativo do Hospital Sírio-Libanês. Este comentou a importância do bom gerenciamento para crescer com sustentabilidade, segundo o qual a tecnologia deve ser uma aliada no desenvolvimento e o gasto com ela encarado sempre como investimento. No fim da apresentação, afirmou que a tecnologia precisa ser utilizada, também, como

forma de contenção de custos. No segundo dia dos cong ressos, Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, coordenou o talk show Ana Cláudia Gestão Assistencial. SeAssis Pinto gundo ele, o “grande nó da gestão” é a capacitação de profissionais para a execução de programas de promoção de saúde. Por sua vez, Ana Cláudia Assis Pinto falou sobre Gerenciamento de Doenças. Líder da prática de gestão estratégica John H. Harris III de saúde da Marsh Gestão de Benefícios, Ana Cláudia afirmou que a TI tem papel fundamental no gerenciamento de doenças e de riscos ligados à saúde de uma população, desde o diagnóstico até a medida de resultados. No entanto, com-

A ANS e a sustentabilidade das pequenas e médias operadoras Já está na Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) o projeto para desburocratizar e diminuir o impacto econômico-financeiro das pequenas e médias operadoras de planos de saúde (PMOPS). A informação é de Leandro Reis Tavares, diretor de Normas e Habilitações das Operadoras da agência, e foi dada durante o “Roda Viva”, debate do 16 o Congresso Abramge e 7o Congresso Sinog, realizado em agosto último. Leandro foi sabatinado por Carlos Roberto Squillaci, então presidente do Sinog; Polyanna Carlos Silva, supervisora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste); Denise Eloi, presidente da Unidas; Márcio Serôa de Araújo Coriolano, presidente da FenaSaúde; e Arlindo de Almeida, presidente da Abramge. Leandro defendeu as PMOPS, quando afirmou que elas são de extrema importância para o mercado, “porque atuam regionalmente”. E disse que a ANS estuda medidas para desonerá-las burocrática e financeiramente. Além disso, informou que a ANS está terminando um estudo para estabelecer uma escala mínima viável para o funcionamento das OPS. Para Leandro, é preciso estabelecer um mercado competitivo. “Essa é uma das metas de uma boa regulação. Mas, ao mesmo tempo, dentro dessa competição temos que diminuir as barreiras de entrada para os bons competidores; e ter claro que, num mercado onde o risco é de 100%, é preciso ter uma escala mínima viável para saber até onde a agência pode flexibilizar”, disse. Perguntado sobre a possibilidade de flexibilização de taxas e ativos garantidores para que as empresas desenvolvam

alta tecnologia na área de atendimento aos beneficiários, o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras respondeu que isso é impossível. Porém, fez uma ressalva: “Dentro do contexto das PMOPS, a agência estuda deslocar parte dos mais de onze milhões de ativos garantidores para questões assistenciais das PMOPS”. Leandro Tavares negou também a possibilidade de, a curto prazo, criarem-se planos com coberturas customizadas. Para ele, não há como aplicar um tipo de rol diferente daquele em vigor. “Entendo que a integralidade da assistência de saúde deve ser garantida. Isso, junto com o estudo de escala mínima viável, vai qualificar o setor”, concluiu. Várias perguntas foram feitas pela plateia dos congressos, entre elas questionou-se a posição do órgão regulador sobre a judicialização na Saúde Suplementar. Leandro afirmou que a ANS tem ciência de que a judicialização existe e disse que o órgão tem participado de inúmeros convênios com órgãos de defesa do consumidor e Tribunais de Justiça com o intuito de qualificar as decisões tomadas e trazer mais clareza na regulação de acesso e nas obrigações assistenciais das OPS.

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Congressos pletou: “A TI continua sendo um ‘meio’, pois o resultado final esperado no gerenciamento em saúde depende muito de processos, disciplina, integração e colaboração entre os diversos atores”. Francisco Santa Em seguida, no tema Helena Gestão Preventiva como Fator de Sustentabilidade, o americano John H. Harris III, CEO de Qualidade de Vida e vice-presidente de Inovações da Healthways International, falou sobre como as empresas de pesquisa dos EUA estão abordando a gestão de promoção de saúde. Segundo ele, companhias americanas chegaram ao consenso de que a promoção de saúde deve incluir uma parcela de ação lúdica. Ele citou vários desses programas com a ajuda de redes sociais digitais, como

a inclusão de aplicativos no celular de usuários. Os participantes têm recompensas em bônus ou pontos que podem incentivá-los a participar dos programas. Para Harris, a TI é fundamental para as ações que pretendem mudar o comportamento e incentivar a saúde. O presidente da Abramge Rio Grande do Sul, Francisco Santa Helena, foi o coordenador do talk show Tecnologia para Pequenas e Médias Operadoras. Segundo ele, é preciso investir em TI na gestão de saúde para o crescimento sustentável das empresas. Neste painel, Luiz Antonio De Biase Nogueira, representante da Abramge no COPISS, abordou o tema TI na Gestão da Saúde. Ele destacou a necessidade das empresas, mesmo que pequenas e médias, definirem orçamentos para a área de TI, como traçar um plano de negócios e saber

quanto será necessário ser investido, e quais os riscos e resultados a serem alcançados. Já ao falar sobre Acesso para Pequenas e Médias Operadoras, Lincoln de Moura Assis Junior, diretor-presidente da Zilics, explicou ser impossível entregar serviços de qualidade usando métodos artesanais, ou seja, é preciso ter sistemas profissionalizados de informação em saúde. Mas ele admite: “A tecnologia certamente é cara, porém, sem o seu uso, a operadora torna-se insolvente no mercado”.

Luiz Antonio De Biase Nogueira

Lincoln de Moura Assis Junior

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Eleição

Sob nova direção Sinog realiza processo eleitoral e empossa diretores para mandato até 2014

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Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo, após término do processo eleitoral que teve início no dia 1o de setembro de 2011, empossou sua nova diretoria, tendo Geraldo Almeida Lima como presidente no lugar de Carlos Roberto Squillaci. A votação, ocorrida em Assembleia realizada na sede social da entidade, elegeu 41 representantes das operadoras para o mandato com duração de três anos, que se encerrará em agosto de 2014. Geraldo Lima é graduado em Odontologia pela Fiube – Faculdade de

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Odontologia de Uberaba, com especialização em Prótese Dental pela Unesp – Universidade Estadual Paulista e Mestrado em Saúde Pública pela USP – Universidade de São Paulo. Sócio e Diretor Operacional da São Francisco Odontologia, ele está no Sinog desde a sua fundação, exercendo cargos na diretoria e tendo participado em diversos grupos e câmaras técnicas na ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. Durante sua apresentação à nova diretoria, pontuou as diretrizes de atuação que pretende implantar, agrupadas em quatro eixos: institucional, assessorias, disseminação do conhecimento e sustentabilidade da odontologia de grupo. Com isso, espera-se maior participação dos diretores e operadoras, a captação de novos associados e a interiorização do sindicato. Em seu programa, prevê uma avaliação das

Da esquerda para direita, diretores e associados: Reinaldo Camargo Scheibe, Walter Carmo Coriolano, Walmir Honorato, Fernanda Ceneviva, Sérgio Tadeu Almeida, Maria Adriana Araújo, Ana Paula Lucchesi Nucci, Geraldo Almeida Lima, Carlos Roberto Squillaci, Cláudio Ciorla Deniporti, Arlindo de Almeida, José de Arimathéa Barcellos, Claudia Durante, Sérgio Vieira e Wagner Barbosa de Castro.

demandas dos associados para que algumas das ferramentas já utilizadas pelo Sinog sejam aperfeiçoadas. Carlos Roberto Squillaci, à frente do Sinog nos últimos 12 anos, assume agora o cargo de vice-presidente. Já o antigo vice-presidente Reinaldo Camargo Scheibe passa a ser o primeiro-secretário. Os novos diretores do Sinog, que estiveram presentes na Assembleia, participaram de almoço de confraternização. A relação completa de todos os membros da diretoria para o triênio 2011/2014 está publicada na página 2. P


Tecnologia

O futuro já chegou Repleto de novidades, o mercado odontológico amplia o leque de possibilidades para pacientes e dentistas, mas formação ainda é fundamental Alessandro Polo

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tecnologia, em todas as áreas profissionais, avança a cada segundo, e nesta caminhada, da noite para o dia, aparecem métodos e equipamentos mais sofisticados, criados para auxiliar em diversos campos do conhecimento humano. Na odontologia não foi diferente. Ferramentas e práticas cada vez mais modernas contribuem no tratamento, manutenção e, por que não dizer, para a cura de diversos problemas relacionados à saúde bucal. A modernização na odontologia contribuiu também para que as pessoas tomassem conhecimento da importância de se ter uma saúde bucal perfeita. “Batalhamos para disseminar as informações básicas sobre a prevenção de doenças, como a cárie, e de como manter a saúde dos dentes”, explica o especialista em odontopediatria e ortodontia Ziró Yanagimori, que também atua como diretor da ABCD – Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas. Um dos principais responsáveis por essa revolução foi o avanço tecnológico, que trouxe aos profissionais maior agilidade no atendimento e, por sua vez, na qualidade dos serviços prestados. Para que chegassem a essa excelência, foi necessária a inserção de novas ferramentas no trabalho dos dentistas, e nessas novidades pode-se dar maior atenção à internet e aos sistemas computadorizados. Para se ter uma ideia dessas inovações, um exemplo é uma das práticas usadas em quase todos os processos odontológicos: a aplicação da anestesia. Hoje, este procedimento pode ser executado de forma que o anestésico seja aplicado de maneira constante, facilitando a absorção no

tecido bucal, deixando o paciente mais seguro na intervenção clínica. Por falar em anestesia, outro processo que também contribui para o atendimento aos pacientes é a sedação com óxido nitroso. O seu uso leva o paciente a um grau mínimo de depressão do sistema nervoso central, o que faz com que ele se sinta mais relaxado. Diferentemente da anestesia geral, o óxido permite que o paciente fique consciente em todo o momento do tratamento, o que facilita a atuação do profissional. Qualquer avanço tecnológico muda, de alguma forma, a maneira como os procedimentos odontológicos são realizados, o que faz com que muitos profissionais tenham que se reciclar para não ficar para trás. “Muitos equipamentos e produtos apareceram no mercado e, principalmente, novos conceitos biológicos de tratamento de cárie, restauração e reabilitação dentária, tudo com materiais de última geração. Os dentistas têm que voltar aos bancos de estudo para se atualizarem e aplicarem no seu dia a dia do consultório”, explica Ziró. É ainda possível encontrar esses avanços em diversas áreas da odontologia, como a estética, que tem crescido muito nesses últimos dez anos. Entre algumas das evoluções estéticas mais usadas, estão o clareamento a laser, que acelera o processo e traz melhores resultados em um período mais curto, e os aparelhos ortodônticos de resina acrílica ou porcelana, que levam aos mesmos resultados dos aparelhos metálicos, sendo a única diferença a aparência mais discreta. Conclusão: a praticidade e a eficiência são resultados da modernização odontológica.

Em meio a tantas novidades, o que ainda faz com que o odontólogo seja um profissional qualificado é a formação, pois as ferramentas estão no mercado simplesmente para auxiliá-los na profissão. “A faculdade é o melhor caminho para disseminar esses novos conceitos e equipamentos que vão formar os profissionais”, alerta Ziró Yanagimori. Seria possível ficar horas listando as mais diversas tecnologias voltadas aos profissionais da odontologia. Isso devido às inúmeras ferramentas atualmente disponíveis no mercado, muitas, é claro, no intuito não somente de proporcionar o bem-estar do paciente, mas também de captar usuários visando, obv iamente, ao maior resultado em termos financeiros. É o caso de equipamentos como os óculos de relaxamento com DVD, que distraem o paciente enquanto o atendimento é executado pelo profissional dentista, assim como as cadeiras com massagem digital, que dão ao paciente nada mais do que conforto e comodidade. Com toda essa modernização na área odontológica, é possível também encontrar pacientes mais exigentes e bem informados e que não querem simplesmente passar pela cadeira do dentista sem saber o que está acontecendo. Abre-se um turbilhão de novas possibilidades na busca dos mais diversos casos clínicos. Por isso, é importante que o prof issional esteja ligado não somente às altas tecnologias, mas também na ética profissional e nos quesitos que fidelizam seus pacientes como: pontualidade, atenção e eficiência, pontos que são fundamentais em um atendimento. Pois o futuro da odontologia já chegou, e somente profissionais capazes de aliar as invenções tecnológicas às necessidades da população é que vão resistir a tantas novidades. P alessandropolo@uol.com.br

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Empreendedorismo

Sucesso profissional Pesquisa levanta informações relevantes sobre os treinamentos necessários para o dentista se tornar um gestor Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas

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dentista é por natureza um gestor. Tem que administrar um consultório ou clínica, comprar materiais e estocá-los, colocar preço em seus tratamentos, contratar pessoas para trabalhar com ele, realizar o marketing próprio da clínica e planejar seu crescimento e aposentadoria. Porém, ser empreendedor no setor da saúde sempre foi um verdadeiro desafio, mais ainda nos tempos atuais em que existem tantos dentistas, faculdades, clínicas e consultórios no mercado. Para que virem empreendedores, os profissionais da saúde e os dentistas precisam passar por uma reciclagem que envolva diversos temas de gestão e não apenas o marketing como muitas vezes se pensa de forma ingênua. Por essa razão, a Perfectu Odontologia promoveu uma pesquisa de âmbito nacional, com o objetivo de conhecer os temas de interesse da classe odontológica para se capacitar em administração e saber quais são realmente os profissionais do setor que sentem carência no seu dia a dia. Foram consultados 989 dentistas que trabalham em consultórios, clínicas, serviços de saúde pública e faculdades e responderam, de forma voluntária, aos questionários enviados por e-mail.

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Este número poderia ser entendido como uma amostra de todos os dentistas do país. O questionário aplicado foi validado pelo conselho científico da Perfectu, integrado por renomados cientistas de várias entidades acadêmicas.

Perfil dos profissionais participantes

A maioria dos dentistas que respondeu ao questionário foram mulheres (56%). Também referente à distribuição do percentual dos níveis de graduação, 22% eram pós-gradua­ dos e 78% apenas com a graduação. Desses pós-graduados, 55% possuíam especialização, 11% mestrado e 5% doutorado. As faixas etárias predominantes são: maiores que 30 anos (24%) e com mais de 40 anos (17%). Quanto ao ano de formação declarado pelos participantes da pesquisa, 25% estavam formados a partir de 2005 e 23% graduados entre 2000 e 2004.

Principais resultados

Os participantes da pesquisa podiam escolher mais de um assunto que fosse de seu interesse. Os temas de maior escolha foram a visão empreendedora (como iniciar e manter um negócio de sucesso no setor da saúde, da Odontologia ou do empre-

endedorismo na área médica) com 84%, planejamento estratégico e marketing de clínicas e consultórios odontológicos com 70%, marketing de relacionamento (62%), venda porta a porta e o gerenciamento de franquias com 61% cada. Outros assuntos também mencionados, mas com um percentual de interesse menor, foram a gestão financeira de clínicas e consultórios odontológicos (54%), técnicas de negociação (43%), marketing pessoal e postura do profissional da saúde (37%), telemarketing para profissional da saúde e seus assistentes (25%), motivação e trabalho em equipe (19%) e elaboração de sites como ferramenta para divulgar os seus serviços (12%). Com esse levantamento, obtivemos um quadro muito mais apurado dos interesses e das formas de pensar dos dentistas e profissionais da saúde atual. Ao que tudo indica, hoje em dia existe uma preocupação maior com as maneiras de se montar, de forma realmente científ ica, suas equipes e de como se enxergar como empreendedores e não apenas como profissionais liberais. Esta pesquisa proporciona um norte sobre onde estão as verdadeiras preocupações e problemas enfrentados, na prática, pelo dentista-empreendedor, inclusive a necessidade de implementar cursos de aperfeiçoamento e da implantação de disciplinas nas faculdades que abordem esses assuntos. P Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas são diretores da Perfectu Odontologia.

© Yury Shirokov © Olga Donskaya © Dmitriy Shironosov | Dreamstime.com


Eventos

Noite de festa Comemoração marcou o aniversário da entidade que representa o segmento que mais cresce dentro da saúde suplementar no Brasil

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Reiterou que, se no ano de 2000 o setor ocupava apenas 9% do mercado de assistência suplementar à saúde, atualmente, está na marca de 25% e apontou que esse crescimento acelerado corrobora a importância da entidade para o segmento de planos odontológicos. Squillaci disse ainda que, após 15 anos na busca e obtenção de resultados essenciais para a Odontologia de Grupo, tem consigo a certeza de objetivo cumpr ido e que agora é o momento de firmar outras metas e é a hora de uma

Itaci Batista e Mario Castello

o dia 18 de agosto, o Sinog comemorou 15 anos de fundação com um jantar que contou com a presença de mais de 450 pessoas, entre associados, autoridades e representantes de diversas entidades e de empresas do segmento odontológico. O evento teve início com um coquetel, na área de exposição do 16 o Congresso Abramge e 7o Congresso Sinog, realizado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Na abertura da cer imônia, o então presidente do Sinog, Carlos Roberto Squillaci, fez um discurso em que lembrou a história do Sindicato desde 1996 e ressaltou como a Odontologia de Grupo cresceu e se consolidou, não apenas como um segmento econômico, mas também como um setor essencial em proporcionar o acesso à saúde bucal para a população.

nova fase, com a eleição e posse da diretoria que fará a gestão 20112014, trazendo consigo ideias e projetos inovadores. Após o discurso, Carlos Roberto Squillaci fez a entrega do prêmio Mérito Sinog 2011 a Januário Napolitano, fundador da Aboe, Associação Brasileira de Odontologia de Equipe, e a Alexandre Lourenço, presidente da Abramge-SP, precursores e fomentadores da fundação do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo. Também na ocasião, Squillaci foi homenageado com o Mérito Sinog 2011, entregue pelo então vice-presidente da entidade, Reinaldo Scheibe. O presidente da Abramge, Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Arlindo de Almeida, deixou uma mensagem a Carlos Roberto Squillaci, exaltando o desempenho do amigo durante sua permanência na presidência do sindicato. Após o jantar e fazendo o encerramento da comemoração dos 15 anos do Sinog, o cantor Sidney Magal apresentou um show que levou muitos dos convidados à pista de dança para lembrar seus antigos sucessos e canções que fazem parte de seu repertório. P

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Dados do mercado

Norte avança na contratação de novos beneficiários

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edição de junho de 2011 do Caderno de Informação em Saúde Suplementar, com dados do mercado de assistência suplementar, apurados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, apresenta um crescimento do número de beneficiários de planos odontoló-

gicos no primeiro semestre deste ano de 8,27%, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o crescimento foi de apenas 3,66%. Somente na Odontologia de Grupo, nos seis primeiros meses do ano, foram adicionados quase um milhão de novos usuários, incluindo

Beneficiários por segmentação do plano Segmentação do Plano Odonto­lógico

Planos novos

Planos Antigos

(Posteriores à Lei 9656/98)

(Anteriores à Lei 9656/98)

15.260.467 97,35% Coletivos 12.731.640 81,22% Individuais 2.528.827 16,13%

414.876 2,65% Coletivos 196.646 1,25% Indivi­duais 70.772 0,45% Não Identificados 147.458 0,94%

Total 15.675.343

Cooperativa Médica 1,37%

Filantropia 0,59%

Autogestão 0,38%

Medicina de Grupo 10,46% Odontologia de Grupo 68,97%

Cooperativa Odontológica 16,14%

DISTRIBUIÇÃO, POR REGIÕES, DOS BENEFICIÁRIOS DE PLANOS ODONTOLÓGICOS 63,40% 63,40%

16,50% 16,50% 9,06% 9,06%

3,62% 3,62% Norte Norte

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Nordeste Nordeste

Sul Sul

7,42% 7,42% Sudeste Sudeste

* Este material está disponível somente para as operadoras associadas ao Sinog e aos jornalistas da imprensa especializada.

Correspondências

DISTRIBUIÇÃO, POR MODALIDADE, DOS BENEFICIÁRIOS DE PLANOS ODONTOLÓGICOS Seguradora Especializada em Saúde 2,10%

aqueles contratados pelas operadoras de medicina de grupo. Embora a Região Norte tenha o menor número de beneficiários de planos odontológicos, ela foi a que mais cresceu nesse período, com 11,36% de evolução, à frente da Região Sudeste, que teve crescimento de 9,32%. Caso necessite do estudo completo*, entre em contato com nossa assessoria de comunicação e marketing pelo e-mail marketing@sinog.com.br. P

Centro-oeste Centro-oeste

Agradecemos o envio da Odontologia de Grupo em Revista, edição julho/agosto/ setembro de 2011 – ano 3, no 10, que é de grande valia para nossos alunos, professores e demais associados de nossa entidade. Aproveitamos o ensejo, para externar votos de elevada estima e consideração. Atenciosamente, Dr. José Luiz Negrinho – Presidente da ACDBS – Associação dos Cirurgiões-Dentistas da Baixada Santista A Odontologia de Grupo em Revista agradece pelas cartas e e-mails enviados pela ABO – Associação Brasileira de Odontologia, regional de Goiás, FOUSP – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, Serviço de Documentação Odontológica e Serviço Técnico de Informação e UNINCOR– Universidade Vale do Rio Verde. Cartas e mensagens eletrônicas poderão ser endereçadas para: Odontologia de Grupo em Revista. Av. Paulista, 171 – 11o andar – Cerqueira César – 01311000 – São Paulo – SP - E-mail: revista@ sinog.com.br Aquisição de exemplares Para o rec ebimento g rat uito das edições da Odontologia de Grupo em Revista, é necessário o preenchimento do formulário de solicitação que está disponível no endereço www.sinog. com.br/revista. Operadoras de Odontologia de Grupo associadas ao Sinog poderão solicitar número adicional de exemplares para distribuição interna, mediante solicitação pelo e-mail ­r evista@sinog.com.br.


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