Revista Voz da Igreja - março de 2020

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Revista

VOZ DA IGREJA ANO XVII - EDIÇÃO 200 - MARÇO DE 2020 Impresso Especial

FRATERNIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO

36000135947 - DP/PR ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

CORREIOS

A Campanha da Fraternidade nos propõe um olhar mais atento à Vida neste tempo privilegiado de reflexão e conversão. Pág. 12

Missão e Amazônia Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia, o Papa traz seus sonhos sobre a Amazônia para inspirar no mundo inteiro “vida e vida em abundância” . Pág. 16


Agenda Mensal dos Bispos Março/2020

Ação Evangelizadora

Editorial Esta edição da Revista Voz da Igreja circula em um período em que vivenciamos o tempo litúrgico da Quaresma – neste ano de 26 de fevereiro a 9 de abril. Como pano de fundo para o período quaresmal nos é proposta a Campanha da Fraternidade. Neste ano, de modo especial, o tema é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema é “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), buscando conscientizar para a defesa da vida em todas as instâncias, desde o seu princípio até o seu fim natural, incluindo a toda a vida na natureza. Todos os batizados são chamados a transformar seu olhar em relação às vidas mais fragilizadas, superando a barreira da indiferença, sabendo que a mudança começa em nós: “Em tempo de Quaresma, é importante olhar para dentro e perceber nossa necessidade de conversão - essa que nunca é um processo terminado, mas uma busca permanente, assim como a fraternidade”, nos diz nosso arcebispo em seu artigo. A edição deste mês traz um aprofundamento sobre o tema da CF 2020, além de artigos que nos ampliam a reflexão acerca da defesa da vida daquelas pessoas que mais precisam de cuidados. É recente também o lançamento um dos documentos mais aguardados pela Igreja no mundo, a Exortação Apostólica PósSinodal “Querida Amazônia”, nos trazendo reflexões sob aspectos distintos: social, cultural, ecológico e eclesial. Na exortação, o Papa apresenta os sonhos para a Amazônia e vai convocando toda a comunidade eclesial missionária a concretizar estes sonhos no mundo, tendo como inspiração o território amazônico. A capa da revista destaca, portanto, estes dois temas como de fundamental relevância para o período que vivemos. É a primeira edição do ano, trazendo novidades e o planejamento de algumas de nossas comissões pastorais e já nos atualizando com uma série de notícias de nossa arquidiocese. Desejamos a todos uma boa leitura.

Dom José Antônio Peruzzo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba 02 • Gravação do Programa Leitura 13 • Aula do Studium Orante. TV Evangelizar • Visita ao Seminário São José 03 • Reunião Geral do Clero 14 • Aula no IDE • Gravação do Programa Conhecendo 15 a 20 • Retiro. Amazonas. a Palavra. TV Evangelizar 21 • Formação Rhema • Palestra para o Movimento de 04 • Assembleia Pastoral da Pessoa Idosa • Visita ao Seminário Rainha dos Irmãos Apóstolos 22 • Missa para Legião de Maria. Catedral 05 a 08 • Reunião Brasília 23 a 26 • Reunião Brasília 09 • Gravação do Programa Leitura 27 • Aula Studium Orante. TV Evangelizar • Reunião dos Formadores 10 • Reunião com padres recém 29 • Crisma Paróquia Imaculada chegados à Arquidiocese Conceição, Campo Magro • Gravação do Programa Conhecendo 30 • Gravação do Programa Leitura a Palavra. TV Evangelizar Orante. TV Evangelizar 11 • Expediente na Cúria 31 • Gravação do Programa Conhecendo a Palavra. TV Evangelizar 12 • Expediente na Cúria • Visita ao Seminário Propedêutico

Dom Amilton Manoel da Silva Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba 14 • JDJ 01 • Missa de Posse, Pe. Luciano Toller. Paróquia Jesus Mestre 15 • Encontro da PJ • Encontro dos Acólitos e Coroinhas, 02 a 05 • Retiro no Espírito Santo Setor Pinheirinho 06 e 07 • Assembleia, União da Vitória 08 • Retiro de Quaresma. Paróquia Santa 16 a 21 • Comissão. Brasília 23 a 26 • Retiro. Maranhão Rita de Cássia 27 • Reunião do Setor Rebouças 10 • Reunião com padres recém chegados à Arquidiocese • Reunião dos Formadores 28 • Missa Inaugural nova sede Irmãs • Posse Pe. Alceu Zambruschi. Paróquia São João Batista Franciscanas da Santíssima Trindade 29 • Retiro Arquidiocesano de Acólitos e 11 • Salesianos Coroinhas 12 • Reunião do Setor Pinheirinho 31 • Reunião do Setor Boqueirão • Espiritualidade Missionária 29 a 31 • Visita pastoral Paróquia Menino 13 • Reunião do Setor Capão Raso • Conselho de Ordens e Ministérios Deus

Dom Francisco Cota de Oliveira Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Fale Conosco ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco 80510-010 - Curitiba (PR) Bárbara Moraes: (41) 2105-6342 barbaramm@mitradecuritiba.org.br Patryck Madeira patryckam@mitradecuritiba.org.br

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de Comunicação CONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Chanceler: Pe. Jair Jacon | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Maurício Gomes dos Anjos | Jornalista responsável: Téo Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão Teológica: Comissões Pastorais | Colaboração voluntária: 13 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico e diagramação: Sintática Comunicação | Tiragem: 10 mil exemplares.

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03 • Reunião Geral do Clero • Reunião Comissão Família e Vida 04 • Expediente na Cúria • Neocatecumenato. Pinhais 05 • Reunião do Setor Pinhais 06 a 09 • Viagem 10 • Reunião com padres recém chegados à Arquidiocese 11 a 13 • Comissão. Brasília 14 • Posse Pe. Pedro Klidzio. Paróquia N. Sra. Da Anunciação, Colônia D. Pedro 15 • Missa e formação. Paróquia Santa Rita de Cássia, Tatuquara • Reunião Equipe de Nossa Senhora 16 • Missa no Encontro Regional de Ecônomos 17 • Missa no Carmelo

17 • Reunião na Cúria 18 • Expediente na Cúria • Missa Seminário São José 19 • Reunião APAC • Missa Paróquia São Pedro, Umbará 20 • Reunião do Setor Colombo • Via Sacra, Xaxim 21 e 22 • Comissão. Brasília 24 • Reunião com padres da Região Episcopal Norte 25 • Reunião Comissão de Movimentos Eclesiais 26 • Reunião do Setor Cajuru • Reunião das 13 Comissões 27 • Reunião dos Formadores 28 a 31 • Visita Pastoral, Paróquia São Pedro e São Paulo


Palavra do Arcebispo

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

Quaresma, conversão e fraternidade Em tempo de Quaresma, é importante olhar para dentro e perceber nossa necessidade de conversão - essa que nunca é um processo terminado, mas uma busca permanente, assim como a fraternidade. A fraternidade, em tempos de tanta violência, tem um significado bastante matizado. Quem crê - quem quer seguir Jesus Cristo - é chamado a lançar o olhar para o outro, vendo-o como um irmão.

Essas ações se contrapõem a atitudes de violência que estão se tornando quase espontâneas. Estão todos a se defender de todos, todos a suspeitar de todos. Não é possível viver num contexto assim. Aí está nossa responsabilidade: quem quer dar uma resposta a Deus precisa olhar para a situação na qual vive. Afinal, o próprio Deus decidiu se revelar numa história como a nossa, tão marcada por contradições.

A atmosfera que se respira atualmente é de muitos comportamentos defensivos e agressivos. As causas de tanta violência podem ser explicadas por muitos caminhos, mas que se conjugam. Onde houver graves contrastes sociais, haverá também graves contrastes de oportunidades: isso é uma questão sociológica.

Para nós, católicos, como começar a promover a paz, a vencer a violência? Melhor começar a partir de dentro de nós. Vamos aproveitar esta Quaresma, meu irmão, minha irmã, para perdoar a quem ainda não perdoamos. Se isso não acontecer, ainda que não tenhamos comportamentos violentos na exterioridade, na interioridade a violência nos fragmenta. Fará um bem imenso para quem é perdoado, mas é um bem muito maior para quem perdoa. Assim, será bem mais espontâneo irradiar e testemunhar atitudes pacificadoras. Uma boa Quaresma!

No entanto, há também a questão espiritual: se o meu irmão está com fome, é meu problema espiritual. Se o meu irmão não compreende o que significa fraternidade, quem compreende é chamado a testemunhar.

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Palavra de Dom Pedro

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO Arcebispo Emérito de Curitiba

JUBILEU DE OURO DA PARÓQUIA SANTA CECÍLIA, CAMPO LARGO, PARANÁ Foram inspirados os líderes católicos quando escolheram Santa Cecília para padroeira de sua paróquia. Quais são as razões para esta inspiração? Vou apresentá-las. A primeira razão: as verdades da fé A Igreja Católica ensina que o verdadeiro cristão é o verdadeiro mártir que vive profundamente as verdades da fé. Santa Cecília é a cristã mártir que as praticou essencialmente, a saber: crer no mistério da Santíssima Trindade, um só Deus em três pessoas iguais e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo; crer no Mistério da Encarnação: o Filho de Deus encarna-se no seio virgem de Nossa Senhora; crer nas três virtudes teologais, fé, esperança e caridade, observar fielmente os 10 mandamentos da Lei de Deus e viver os 7 Sacramentos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo. A segunda razão: Santa Cecília, com Santa Inês, padroeira das jovens na virgindade e da castidade para todos Santa Cecília é apresentada como padroeira das jovens na virgindade, mesmo que sejam noivas. O mandamento da castidade é imposto para todos: Papa, Cardeais, Arcebispos e Bispos, Sacerdotes, Diáconos e Seminaristas, Religiosos e Religiosas, solteiros, casados, viúvos e viúvas, até o fim da vida.

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A terceira razão: padroeira dos Músicos A Igreja Católica declarou Santa Cecília padroeira dos Músicos. Por isso, aprova os corais para as maiores solenidades litúrgicas e casamentos. A Igreja recomenda vivamente a todos os participantes da missa que cantem os cânticos fáceis e populares.


Palavra do Sacerdote

PE. LUÍS FERNANDO COSTA, LC Assessor Eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba

Conheça as Comissões Pastorais de nossa Arquidiocese:

Setor Juventude

Na realidade arquidiocesana, o Setor Juventude é um espaço de comunhão e participação para unir e articular todos os segmentos juvenis num trabalho conjunto. A missão do Setor, nesse sentido, é favorecer a integração e o diálogo, além de propor algumas diretrizes comuns para a evangelização, considerando as necessidades de cada realidade e as especificidades de cada segmento juvenil. A comissão da Juventude tem por objetivo reunir e congregar as forças vivas que trabalham na evangelização da juventude presentes no território arquidiocesano, promover a unidade e a comunhão entre os diversos movimentos e pastorais que atuam junto à juventude na Arquidiocese, ser elo de comunhão entre o Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e os diversos movimentos e pastorais de juventude, articular os trabalhos de Evangelização da Juventude nas Paróquias e Setores Pastorais, promovendo a comunhão e a participação nas diversas instâncias organizativas de nossa Arquidiocese, entre outras atribuições. O Setor Juventude é o espaço que articula, convoca e propõe orientações para a Evangelização da Juventude, respeitando o protagonismo juvenil, a diversidade dos carismas, a organização e a espiritualidade para a unidade das forças ao redor de algumas metas e prioridades comuns à luz do documento 85 “Evangelização da Juventude”, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e Documento de Aparecida. Para uma boa ação evangelizadora com a juventude, é fundamental reconhecer que Deus também fala ao mundo e à Igreja através dos jovens. “A evangelização da Igreja precisa mostrar aos jovens a beleza e a sacralidade da sua juventude, o dinamismo que ela comporta, o compromisso que daqui emana, assim como a ameaça do pecado, da tentação do egoísmo, do ter e do poder” (doc. 85, 80). “O jovem é evangelizador privilegiado de outros jovens” (doc. 85, 62)

e, por isso, Jesus Cristo deve ser apresentado como aquele que “caminha com o jovem, como caminhava com os discípulos de Emaús, escutando, dialogando e orientando” (doc. 85, 54). Em questões práticas, o Pe. Luís Fernando, Assessor Eclesiástico do Setor Juventude procura acompanhar as atividades, se fazendo presente nelas e contribuindo com palestras, além de celebrar missas nos eventos propostos pelas expressões juvenis e também contribuir com aqueles que precisam de uma atenção individual. Fazem parte do Setor Juventude as experiências de evangelização juvenil existentes na Arquidiocese, dentre elas podemos citar: TLC (Treinamento de Liderança Cristã) e seus desdobramentos MiniTLC e TLCEscolar, Projeto de Juventude para Jesus (PJJ) da Comunidade Shalom, Ministério Jovem da RCC e diversos Grupos de Oração Jovem (GOJs) e grupos de jovens paroquiais, com carismas próprios, formados a partir dos anseios específicos das comunidades. Em uma mensagem final, o Setor Juventude se coloca à disposição da juventude, sempre buscando apoiar e incentivar os adolescentes e jovens, ressaltando aqui a importância da participação deles no trabalho de formação e evangelização. Arquidiocese de Curitiba | Março 2020

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Catequese

PE LUCIANO TOKARSKI Coordenador da Comissão da Animação Bíblico–catequética

Somos Peregrinos de Cristo Recomeçou a catequese. Tudo volta ao normal. Nossa agenda vai sendo preenchida com reuniões, formações, retiros, encontros e celebrações. Chegou o momento de pôr em prática aquilo que organizamos, planejamos e rezamos. Novamente os problemas pastorais vêm à tona. Sentimo-nos inseguros e às vezes sem respostas. Porém, o nosso coração transborda pela Alegria do Evangelho e o toque de Deus revela-se no coração dos catequizandos. Diante da retomada das atividades pastorais, proponho três placas ou indicativos para serem observadas nesse percurso catequético que realizaremos neste ano vigente. A meta é atingir a plenitude em Cristo. “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1). A alegria do anúncio deve permear o coração do agente da iniciação à vida cristã. Com Jesus, renasce sem cessar a alegria do serviço, a alegria ministerial, ou seja, a alegria do reinício das atividades pastorais na comunidade. Com Jesus, renasce o desejo de indicar aos interlocutores caminhos para o percurso na comunidade de fé. Sem alegria é impossível transmitir a fé. “Um evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral” (EG 10). O agente da iniciação à vida cristã é o rosto alegre do Cristo Ressuscitado. É aquele que comunica a alegria do encontro com o Cristo, portanto, comunique o Evangelho de Jesus com o sorriso no rosto. “Quem arrisca, o Senhor não desilude” (EG 3). Ao passar dos meses serão muitas atividades para serem cumpridas. As atividades pastorais sem mística podem nos cansam. Às vezes é preciso reduzir o “fazer pela Igreja” e intensificar o “ser a Igreja”. É preciso levar em conta que o excesso de eventos e reuniões não nos faz melhores evangelizadores. Não é preciso mutilar a integridade da mensagem do Evangelho. O recomeço das atividades pastorais catequéticas pede-nos mais paciência, planejamento, organização e mística. Isso não impede a ousadia pastoral. Quem arrisca encontra a alegria do Evangelho. Mais

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do que o temor de falhar, mova-nos o desejo de superar estruturas que nos dão uma falsa proteção. Queremos uma iniciação que arrisque com uma catequese mais catecumenal e missionária. Não se acomode com suas limitações humanas. Arrisque e encontrarás o perfume do Evangelho.

“Discernimento evangélico” (EG 50). É o olhar do agente da iniciação à vida cristã que se nutre da luz e da força do Espírito Santo. “Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez autodefensiva” (EG 45). O agente da iniciação não é um “controlador da graça”, é aquele que tem capacidade de estudar os sinais dos tempos e as necessidades do outro. Evite-se lições doutrinárias, moralistas e rigorosas nos processos de iniciação à vida cristã. Discernir à luz do Cristo é o movimento de quem está a caminho, que se põe a caminho, que faz o caminho. Uma pessoa batizada, discípula, aprendiz e seguidora. A pessoa que aprende com o Mestre Jesus. Discernir é ir além do espaço de encontro catequético. Discernir é o acompanhamento que possibilita que o Cristo seja tudo para o iniciado. Que o olhar de Cristo sobreponha ao olhar do frágil humano.


IAFFE – Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé iniciará as aulas dia 15 de março Ainda há vagas para: Escola de Agentes da Pastoral Familiar

Escola Arquidiocesana de Formação Missionária

Educação Sexual e Parental

Escola de Serviço Canônico Pastoral

Coloque em sua agenda:

Escola do Batismo

Escola do Catecumenato

Oficinas IVC

16 DE MAIO

06 DE JUNHO

28 DE JUNHO

Colóquios IVC

Colóquios IVC

Colóquios IVC

Região Norte

Região Sul

Região Centro-Oeste

29 DE AGOSTO

12 DE SETEMBRO

19 DE SETEMBRO

Escola de coordenadores de catequese

26 E 27 DE SETEMBRO

EXPEDIENTE COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: catequese@mitradecuritiba.org.br. (41) 2105-6318. Coordenação: Pe. Luciano Tokarski.

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Liturgia

Comissão Litúrgica convida para as atividades previstas para 2020 Este breve texto tem por objetivo apresentar a proposta de caminhada da Comissão Litúrgica na Arquidiocese no período de 2020. É importante ressaltar que todas as atividades estão em unidade com as orientações da Igreja, em especial a nossos bispos, tendo a Comissão o bispo referencial Dom Amilton. - Normas do Matrimônio: o curso trabalha as normas do Matrimônio para profissionais como cerimonialistas, fotógrafos, cinegrafistas, músicos e floristas. Tal encontro proporciona esclarecimentos, evita excessos e pondera o necessário respeito pelo Sacramento que está sendo celebrado. Ao final, é concedida uma habilitação para exercer tais funções nas paróquias da Arquidiocese. Os encontros acontecem periodicamente e são previamente divulgados nos canais de comunicação da Arquidiocese. - Coroinhas e Acólitos: a Escola Arquidiocesana de Formação de Lideranças de Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários promove ao longo de todo o ano formações que preparam tanto para as funções do serviço nas cerimônias, espiritualidade, bem como motivam o despertar da vocação, o senso de responsabilidade, presença e pertença dos jovens no Povo de Deus. Os encontros acontecem na Catedral Basílica. As cartas-convite já foram enviadas às Paróquias, os interessados devem procurar os responsáveis e o pároco de sua comunidade. - Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão: este grupo está presente em todas as nossas comunidades e exerce um vital serviço. Além de auxiliar nas celebrações, leva a Sagrada Comunhão aos enfermos, presta assistência nas Exéquias, conduz a celebração da Palavra quando da ausência do sacerdote e faz diversos serviços dentro das comunidades. Periodicamente, a formação para novos ministros é realizada nas comunidades e se-

tores pastorais. Neste ano em especial será utilizado, ad experimentum, o Itinerário para Iniciação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, que tem por objetivo proporcionar um processo catecumental de preparação dos candidatos, oportunizar vivências mais profundas de encontros pessoais com Jesus Cristo. - Animação e Canto Litúrgico: algumas opções de formação litúrgica ocorrem ao longo do ano. Uma primeira formação sobre os tempos de Quaresma e Páscoa e, ao final do ano, o encontro sobre Advento, Natal e Tempo Comum. Nas regiões episcopais há também a oportunidade de um encontro. As prioridades a serem abordadas tratam sobre a importância de liturgias mais orantes, que valorizem o silêncio, a Palavra e o respeito diante das normas litúrgicas. São trabalhados aspectos sobre oratória, técnica vocal e prática instrumental. Cada um destes trabalhos realizados na Comissão Litúrgica conta com padres, diáconos e leigos (as) que acompanham, organizam e orientam. Qualquer necessidade ou dúvida basta entrar em contato com o Centro Pastoral da Arquidiocese e você será encaminhado da melhor forma. Todos os encontros formativos, reuniões e demais momentos são previamente comunicados às paróquias e também divulgados nos canais de comunicação da Arquidiocese, para participar basta estar atento (a) nestes meios. Até o ano passado outra aba da Comissão Litúrgica era denominada de Artes Sacras e Bens Culturais. A partir deste ano este serviço está anexo ao Setor Administrativo em conjunto com profissionais especializados. Alertamos assim aos párocos que buscarem este serviço o façam diretamente no Centro Administrativo da Arquidiocese.

EXPEDIENTE COMISSÃO LITÚRGICA: Coordenador: Pe. Mário Renato Barão Filho. Telefone: 2105-6309. E-mail: liturgia@mitradecuritiba.org.br

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Conselho de Leigos

RENATO MOREIRA ANGELO Coordenador da Rede de Músicos do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba

“O novo som do laicato

para toda a Arquidiocese”

Coral Arquidiocesano Luz dos Pinhais inicia suas atividades convidando a comunidade para fazer parte O Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba atua na busca perene pela materialização dos sonhos e aspirações do Concílio Vaticano II e da Exortação Apostólica Christifideles Laici, especialmente no que concerne a novas ações eclesiais, sociais, econômicas, políticas e culturais. A atribuição primordial do conselho consiste em promover a vocação e missão, formação e espiritualidade, organização e atuação do laicato na Igreja, sobretudo respondendo aos desafios de evangelização em todos os ângulos da vida humana, com a missão de transformar, por dentro, as estruturas sociais. A partir deste núcleo laical, a Rede de Músicos do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba emerge com a tarefa de promover, através da música e da caridade talentosa de suas equipes, mecanismos concretos que iluminem a sociedade a partir da identidade do evangelho. Em agosto de 2019, a Rede de Músicos deu um grande passo em seus trabalhos, com a bênção de nosso pastor Dom José Antônio Peruzzo, ao promover a constituição do Coral Arquidiocesano Luz dos Pinhais. Contando com o apoio da Mitra Arquidiocesana, o grupo nasceu da comunhão do Coral do Conselho de Leigos e do Coral das Comunidades. Neste ano, o Coral Arquidiocesano Luz

dos Pinhais almeja expandir sua missão e vocação: sob a batuta do Maestro José Luis Manrique, quer contribuir para o crescimento e a disseminação do canto coral (sacro, litúrgico e popular), não somente dentro do perímetro eclesial mas em todos os recantos onde seu som puder ecoar. É com grande entusiasmo que a Rede de Músicos do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba convida a todos os cantores e cantoras da nossa Arquidiocese para fazer parte deste grande projeto musical evangelizador. Participe! Contamos com você; cante conosco! Com início em 03 de março de 2020, os ensaios do coro ocorrem todas as terças-feiras, às 19h30, na Paróquia Imaculado Coração de Maria – Centro Pastoral (entrada pela Rua Nunes Machado, 973 – Rebouças). As inscrições podem ser feitas pelo site arquidiocesedecuritiba.org.br.

“Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira.” (Salmo 95,1)

EXPEDIENTE Comissão do Conselho de Leigos: Coordenador: Coordenador: Marlon Roza. Telefone: 2105-6376. E-mail: conselhodeleigoscwb@gmail.com

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Juventude

PE. LUÍS FERNANDO COSTA, LC Assessor Eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese de Curitiba

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (JMJ) – LISBOA 2022 Estamos nos preparando para vivenciar mais um evento mundial da Juventude, a JMJ de Lisboa, Portugal, em 2022. A JMJ é um evento que foi instituído pelo Papa São João Paulo II, em 1986, e que desde então reúne jovens católicos do mundo inteiro. Tem como finalidade celebrar a fé em Jesus Cristo e mostrar o rosto jovem da Igreja espalhada por todos os continentes. É sem dúvida a maior reunião de jovens católicos do mundo. Tem atravessado muitos lugares e reunido milhares de pessoas em torno do Santo Padre para fazer essa experiência de Jesus em suas vidas. Como começou a JMJ? A cronologia foi a seguinte: Em 1984 houve o Jubileu dos jovens em Roma, onde o Papa entregou a cruz aos jovens, começando assim uma mística de encontro. No ano seguinte, 1985, a ONU promoveu o Ano Internacional da Juventude, e o Papa aproveitou para convocar um Encontro Mundial dos Jovens em Roma, e nessa ocasião escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo todo, anunciando a 1ª Jornada Mundial da Juventude a ser realizada em 1986. Em 1987 o Santo Padre convocou os jovens para um outro encontro em Buenos Aires, Argentina, tornando a JMJ um encontro de peregrinação internacional para os jovens. Foi aí que ele afirmou aos jovens: “Vós sois a esperança da Igreja; vós sois a minha esperança”. Desde então a JMJ se consolidou como o evento primordial da Juventude católica, onde cada jovem vai ao encontro de Jesus e se torna protagonista da Evangelização de outros jovens, “são os jovens evangelizando jovens”. A ordem das JMJ foi a seguinte: 1989 em Santiago de Compostela, Espanha; 1991 em Czestochowa, Polônia; 1993 em Denver, Estados Unidos; 1995 em Manila, Filipinas (a mais grandiosa com mais de 4 milhões de participantes); 1997 em Paris, França; 2000 em Roma, Itália; 2002 em Toronto, Canadá; 2005 em Colônia, Alemanha; 2008 em Sidney, Austrália; 2011 em Madri, Espanha; 2013 no Rio de Janeiro, Brasil; 2016 em Cracóvia, Polônia; e em 2019 na Cidade do Panamá. Nossa Arquidiocese de Curitiba está se mobilizando desde já para podermos levar um número expressivo de jovens para a próxima JMJ que acontecerá em Lisboa, Portugal, em 2022 com o tema: “Maria levantou-se e par-

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tiu apressadamente”. Convidamos a todos para que possamos fazer essa experiência de Eclesialidade e Comunhão, e possamos trazer todas as vivências de lá para os grupos juvenis aqui de nossa Arquidiocese. Montamos um pacote especial para que você possa estar presente nesse evento e possa compartilhar a sua fé com outras pessoas. Maiores informações pode entrar em contato conosco no Setor Juventude: juventude@mitradecuritiba.org.br (com Rodrigo) ou pelo Whatsapp (41) 997337343 (com Francisco). Que Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, nossa Padroeira, cubra sua vida de bênçãos e ajude nossos jovens a encontrar em Jesus o Porto Seguro para as suas lutas e sonhos.


JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE (JDJ) 2020 ARQUIDIOCESE DE CURITIBA A Arquidiocese de Curitiba já está se preparando para os grandes eventos da Juventude nesse ano de 2020. O Papa, de forma cordial, lembra aos jovens: “A Igreja precisa de vocês”. Assim, para que possamos dar continuidade ao espírito missionário da JMJ, convocamos todos os jovens da nossa Igreja Particular para a Jornada Diocesana da Juventude que ocorrerá no dia 14 de março de 2020, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba. Mas o que são as Jornadas Diocesanas da Juventude

João Paulo II convocou para o Domingo de Ramos um

(JDJ)? Seriam as JMJ em âmbito diocesano, preparando

encontro com os jovens de Roma. Naquela ocasião,

o coração dos jovens através do anúncio de Jesus e

300 mil jovens se reuniram com o Santo Padre. Essa

motivando para o evento mundial que se realizará

foi a primeira Jornada Diocesana que inspirou as assim

em 2022 em Lisboa, Portugal. É um momento forte de

chamadas JDJs, e propagou-se nos anos seguintes por

convivência e espiritualidade juvenil entre os diversos

diversas Dioceses no mundo todo.

grupos de nossa Arquidiocese, que fortalece a mesma. A JDJ tem como objetivo “fazer a pessoa de Jesus o

Quando pode ser celebrada a JDJ? A data tradicional da

centro da fé e da vida de cada jovem para que Ele possa

celebração é o Domingo de Ramos, mas cada Diocese

ser seu ponto de referência constante e também a

é livre para escolher a data que melhor lhe convém.

inspiração para cada iniciativa e compromisso, para a

Nela, todos os jovens são convidados a participar e a

educação das novas gerações.” (Carta de João Paulo II

acolher Jesus e sua mensagem em suas vidas, e levar

sobre as JMJ).

essa experiência para seus grupos juvenis em suas paróquias e em toda a realidade eclesial onde vivem.

Quando surgiram as JDJs? Elas são uma atividade mundial e são a JMJ acontecendo nas diversas

Contamos com a presença de todos os jovens da nossa

Dioceses, portanto, sua história é a mesma da JMJ.

Arquidiocese de Curitiba na próxima JDJ do dia 14 de

Em 1985 foi proclamado pela ONU o Ano Internacional

março, onde faremos uma festa bonita pelo bem dos

da Juventude; aproveitando a ocasião, o Papa São

nossos jovens.

EXPEDIENTE SETOR JUVENTUDE CURITIBA: Assessor Eclesiástico: Pe. Luis Fernando Costa. Secretário: Rodrigo Rigoni. E-mail: juventude@mitradecuritiba.org.br / Telefone: 2105-6364

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Especial

SALETE BAGOLIN BEZ Coordenadora da Campanha da Fraternidade 2020 na Arquidiocese de Curitiba

A Campanha da Fraternidade 2020 Há quase 60 anos a Igreja do Brasil oferece ao povo a oportunidade de assumir, na Igreja e na sociedade, o compromisso do ser cristão, sal da terra e luz do mundo. Campanha da Fraternidade, Quaresma, Conversão, Compromisso. Tempo privilegiado para reflexão e mudança de vida. Neste ano, com o tema: "Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso", somos chamados a ter um olhar mais atento à VIDA, em todas as suas formas e estágios e a abrir-nos para diferentes projetos de valorização dela. A Fraternidade é a essência do Evangelho, e este nos impulsiona a colocar nossa fé na prática. A fé que não se faz solidariedade é uma fé morta, como diz São Tiago. Estamos assustados pela indiferença que toma conta das pessoas, torna-se urgente testemunhar e estimular a solidariedade. É preciso vencer a globalização da indiferença, como bem mencionou o papa Francisco na sua visita à Ilha de Lampedusa em 2013. O olhar da indiferença ameaça a vida. Santa Dulce dos Pobres nos ajuda a refletir sobre nosso ser cristão: “O importante é fazer a caridade, não falar de caridade. Compreender o trabalho em favor dos necessitados como missão escolhida por Deus”. Desta forma, vivemos um tempo especial para buscar a conversão pessoal e comunitária.

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Arquidiocese de Curitiba | Março 2020

Campanha da Fraternidade 2020

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

“Fraternidade e vida:

dom e compromisso”

5 DE ABRIL Coleta Nacional da Solidariedade Domingo de Ramos


VER, SENTIR COMPAIXÃO, CUIDAR são os pilares da CF 2020 A partir do lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), o Bom Samaritano nos ensina a como vencer a globalização da indiferença. Sua ação o tornou mais humano, se fez útil ao outro. Ver, sentir compaixão, cuidar são os pilares da Campanha da Fraternidade que nos levam a sair de nós mesmos em direção ao outro. Para isso podemos seguir um Programa Quaresmal: escuta da Palavra; atenção pelos outros; romper com a indiferença; se colocar a serviço. A conversão pastoral é fruto da conversão pessoal no seguimento de Jesus que diz: Vai e faze tu o mesmo. (Lc 10,37). Aí nos perguntamos: mas quem é meu próximo? Todo aquele de quem nos aproximamos ou se aproxima de nós. Não apenas alguém com quem possuímos vínculos, mas todo o que sofre diante de nós. Seja pela fome, doença, abandono, desprezo, isolamento, migração, discriminação, enfim, os que se encontram nas periferias existenciais mais profundas e sofridas.

Em nosso agir evangelizador temos diante de nós duas bacias com água: de um lado a bacia de Pilatos, símbolo da indiferença e da omissão; do outro lado, a bacia de Jesus no lava-pés, sinal do cuidado e compromisso para com o serviço que faz o Reino de Deus presente no mundo. Qual das duas bacias temos usado como missionários e missionárias? (TB 168). Necessitamos de mentes e corações como os de Jesus que contribuem para dar sentido à vida. Agir como agiu o Samaritano exige aprendizado. Não basta se aproximar de qualquer jeito. É preciso humildade, escuta atenta da Palavra de Deus e ouvir a palavra daqueles que já não conseguem dizer nada. “Se, por meio de obras corporais, tocamos a carne de Cristo nas irmãs e irmãos necessitados, as obras espirituais tocam nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, rezar. Essas obras devem caminhar juntas” (Papa Francisco, mensagem Quaresma 2015).

A Campanha da Fraternidade nos convida a estimular a solidariedade, o cuidado, a fraternidade Com este convite podemos oferecer vida em plenitude, para contribuir com a promoção humana e defender as políticas públicas. Essas ações se dão nos âmbitos pessoal, familiar, comunitário e social. “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota” (Madre Tereza de Calcutá). A Jornada Mundial dos Pobres nos conduz a ter um olhar caridoso e cuidadoso com as vítimas da injustiça, da ganância e da má distribuição das riquezas. O Fundo Diocesano de Solidariedade, resultado da Coleta Nacional da Solidariedade que ocorre no Do-

mingo de Ramos, é um gesto concreto e tem transformado vidas por todo o país. Em 2019, graças a essa coleta, nossa Arquidiocese pôde colaborar com 29 projetos sociais que ajudam a dar dignidade e defesa da vida, em vários segmentos. Acompanhe no site da Arquidiocese o lançamento do edital para inscrever projetos neste ano. Na certeza de que a Vida é Dom e Compromisso, seguimos os passos de Jesus, sem perder a alegria e a profecia do Evangelho. O Espírito Santo nos oriente e nos conduza.

Referências: CNBB. Texto-base da Campanha da Fraternidade de 2020. Brasília: Edições CNBB. 2020. 115 p.

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Especial

O Padre Danilo Vitor Pena, coordenador da Dimensão Social da Arquidiocese de Curitiba, realizou assessoria em eventos de capacitação de lideranças para a Campanha da Fraternidade 2020 em dioceses diversas do Brasil. O padre participou em 2019 do Seminário Nacional da Campanha, em Brasília, conduzido por Dom Joaquim Mol, Dom Ricardo Hoepers e Padre Patricky Samuel Batista, secretário executivo das Campanhas da CNBB. Na sequência, assessorou os seminários e formações em diversas dioceses do Brasil. Ele destacou a necessidade do cuidado com o próximo como pista pastoral de trabalho, ressaltando a necessidade de um trabalho pastoral com vivência de fé, maduro, que se torne presença, que leve as pessoas a experiências de proximidade. “Não podemos levar apenas uma sopa noturna para quem vive nas ruas e, no dia seguinte, fazer como quem não conhece seu rosto”, provocou o Padre Danilo.

Foto: Franklin Machado

Formações sobre a Campanha da Fraternidade 2020 contaram com assessoria de padre da Arquidiocese de Curitiba

Padre Danilo na formação do CNBB Sul 4.

Curitiba contou com seminário sobre o tema da CF 2020 O evento foi promovido pela Arquidiocese de Curitiba, com a proposta de possibilitar à comunidade um momento de formação e engajamento prévio à Campanha. Aproximadamente 400 pessoas estiveram presentes no auditório da TV Evangelizar. A abertura do encontro contou com comentários de Dom Francisco Cota, bispo auxiliar de Curitiba e referencial da Dimensão Social na Arquidiocese, que destacou a assertividade do tema da CF deste ano: “A proposta é provocar a transformação do olhar em relação às pessoas fragilizadas, do olhar de julgamento para o olhar de compaixão”. Dom Ricardo Hoepers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Família e Vida da CNBB foi o convidado para a palestra. No Seminário, o bispo apresentou a essência do texto-base da Campanha. Ele explicou sua proposta concreta, apontando que o tema dá o direcionamento para a defesa da vida, desde o nascimento até o seu fim natural, incluindo a ecologia integral, e o lema aponta com clareza que podemos direcionar nosso dom e compromisso para cuidar destas vidas. A Campanha da Fraternidade teve sua abertura oficial no dia 26 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, em todo o Brasil. Em Curitiba, a programação do dia contou com o atendimento coletivo à imprensa pela manhã e abertura oficial na Missa das Cinzas, às 12h na Catedral Basílica de Curitiba.

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Espaço FDS

Fundo Diocesano de Solidariedade – FDS Um dos gestos concretos da Campanha da Fraternidade Todos os anos, no Domingo de Ramos é realizada a Coleta da Solidariedade nas paróquias e comunidades de nossa Arquidiocese. O recurso desta coleta é, em parte, administrado pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), que financia projetos sociais que tenham relação com o tema da Campanha da Fraternidade e contribuam para combater a exclusão social. São projetos diversos, inscritos em um edital e selecionados por um comitê gestor do Fundo. “Apoiar estes projetos sociais é um gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que a etapa mais importante é a solidariedade das pessoas no Domingo de Ramos para apoiar as obras sociais”, comenta Dom Francisco Cota, bispo auxiliar e referencial da Dimensão Social na Arquidiocese de Curitiba. Etapas do Fundo Diocesano de Solidariedade: • 26 de fevereiro – Quarta-feira de Cinzas: Lançamento da CF 2020 em todo o Brasil. • 27 de fevereiro: Abertura do Edital do Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) na Arquidiocese de Curitiba – no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br • 5 de abril: Domingo de Ramos e coleta nacional da solidariedade • 26 de abril: Data final de inscrição e entrega de projetos

Cursinho pré-vestibular popular comemora aprovação de 6 jovens na UFPR e na UTFPR Nascido em 2018, o Cursinho Pré-Vestibular Ubuntu de Curitiba tem conquistado ótimos resultados. A iniciativa nasceu da Pastoral Afro-Brasileira da Arquidiocese de Curitiba, primeiramente em parceria com a Educafro, oferecendo estudos para o vestibular a jovens da Região Metropolitana e das periferias de Curitiba. Eram vários os desafios: falta de passagens, alimentação, problemas de saúde, entre outros. Mas mesmo com todos os desafios vários alunos e alunas permaneceram até o final, e já no primeiro ano oito jovens foram aprovados no vestibular da UFPR. O ano de 2019 também contou com excelente resultado. A parceria passou a ser com a FAE. A Pastoral Afro Brasileira de Curitiba coordenou o cursinho popular com uma equipe de 16 professores capacitados voluntários, todos com muito interesse em contribuir com essa proposta de transformação da vida dos jovens. As aulas foram aos sábados, ao longo do ano, aproveitando também a tecnologia para oferecer assistência pelos meios digitais sempre que possível aos alunos. As aulas ofereciam estudos sobre os conteúdos programáticos para o ENEM e Vestibulares UFPR e UTFPR. Um diferencial foram as aulas de cidadania, com temas ligados a políticas públicas, movimentos sociais, tecnologia da informação, defesa de direitos humanos, interligando com reflexões sobre o panorama atual para a juventude negra, além da cultura, fé e espiritualidade do povo negro, entre outros assuntos.

CRISTINA S. DE OLIVEIRA Coordenadora da Pastoral Afro Brasileira da Arquidiocese de Curitiba.

Entre 2018 a 2019 foram atendidos 80 jovens. No início de 2020 veio a boa e tão esperada notícia de que 6 jovens passaram no vestibular da UFPR e UTFPR. As aulas em 2020 começam em 7 de março para 100 jovens, com 33 professores voluntários. Uma novidade será o cursinho Ubuntu também no Parolin, onde organizaremos um núcleo a partir de abril. É muito gratificante poder ver os resultados de um trabalho tão importante. As estatísticas evidenciam o quanto perdemos nossos jovens, em sua maioria negros e negras, periféricos e pobres. Só a educação pode trazer uma possibilidade de mudança para as comunidades empobrecidas. Se conseguirmos alcançar as populações que estão à margem da sociedade, um pouquinho que seja, já estamos no caminho! O Cursinho Ubuntu foi um dos projetos apoiado em 2019 pelo FDS

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PE. MARCONDES MARTINS BARBOSA

Dimensão Missionária

Missão e Amazônia!

QUERIDA AMAZÔNIA Com muita alegria e expectativas recebemos a

Com a sua sensibilidade e clareza vai apontando

Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre o Sínodo para

o objetivo da Exortação e o seu desejo para toda

a Amazônia do Santo Padre, o Papa Francisco, in-

a Igreja: “Aqui, não vou desenvolver todas as ques-

titulada “QUERIDA AMAZÔNIA”, compartilhando

tões amplamente tratadas no Documento conclu-

com toda a Igreja o que este Sínodo suscitou em

sivo; não pretendo substitui-lo nem repeti-lo. De-

seu coração, na escuta de tantos relatos e teste-

sejo apenas oferecer um breve quadro de reflexão

munhos daqueles que ali vivem, conhecem a rea-

que encarne na realidade amazônica uma síntese

lidade, lutam pela sobrevivência e preservação da

de algumas grandes preocupações já manifes-

“Casa Comum”, na defesa dos mais fragilizados e

tadas por mim em documentos anteriores, que

riquezas culturais, numa escuta atenta e humilde

ajude e oriente para uma recepção harmoniosa,

do que diz o Espírito Santo para o nosso tempo.

criativa e frutuosa de todo o caminho sinodal” (n. 2). Estimulando todas as pessoas de boa vontade a

Já no início da Exortação o Papa Francisco diz:

conhecer e ler também o Documento conclusivo:

“A Amazônia querida apresenta-se aos olhos do

"Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e para

mundo com todo o seu esplendor, o seu drama e o

uma Ecologia Integral".

seu mistério” (n. 1) e apresenta o sentido da Exor-

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tação Pós-Sinodal: “com esta Exortação, quero

Francisco apresenta os sonhos para a Amazônia

expressar as ressonâncias que provocou em mim

e convoca toda a Igreja, comunidade eclesial mis-

este percurso de diálogo e discernimento” (n. 2).

sionária, a concretizar estes sonhos no territó-

Arquidiocese de Curitiba | Março 2020


rio Amazônico e inspira outras regiões da terra a enfrentarem seus próprios desafios (n. 5). Aponta para a verdadeira missionariedade da Igreja e de todos os batizados dizendo: “Tudo o que a Igreja Foto: www.vaticannews.va

oferece deve encarnar-se de maneira original em cada lugar do mundo, para que a Esposa de Cristo adquira rostos multiformes que manifestem melhor a riqueza inesgotável da graça. Deve encarnar-se a pregação, deve encarnar-se a espiritualidade, devem encarnar-se as estruturas da Igreja” (n. 6). Aponta para a continuação de tornar a Igreja cada vez mais próxima e missionária.

ta do ser humano com a natureza, a vida diária é sempre cósmica. Libertar os outros das suas es-

A Exortação vai sendo construída a partir de qua-

cravidões implica certamente cuidar do seu meio

tro grandes sonhos que a Amazônia inspira no

ambiente e defendê-lo e ajudar o coração do ho-

coração do nosso Pontífice e de todos que estão

mem a abrir-se confiadamente àquele Deus que

envolvidos e comprometidos com o Evangelho. O

não só criou tudo o que existe, mas também Se

Papa Francisco abre o seu coração e convida toda

nos deu a Si mesmo em Jesus Cristo” (n. 41); um

a Igreja a sonhar: “Sonho com uma Amazônia que

sonho Eclesial: “A Igreja é chamada a continuar a

lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos na-

caminhar com os povos da Amazônia e o trabalho

tivos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ou-

missionário, se quiser desenvolver uma Igreja com

vida e sua dignidade promovida. Sonho com uma

rosto amazônico, precisa de crescer numa cultura

Amazônia que preserve a riqueza cultural que a

do encontro rumo a uma «harmonia pluriforme».

caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada

Mas, para tornar possível esta encarnação da Igre-

a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que

ja e do Evangelho, deve ressoar incessantemente

guarde zelosamente a sedutora beleza natural

o grande anúncio missionário” (n. 61). Assim, somos

que a adorna, a vida transbordante que enche os

impelidos a conhecer essa Exortação Pós-Sinodal

seus rios e as suas florestas. Sonho com comuni-

e o Documento conclusivo: "Amazônia: Novos Ca-

dades cristãs capazes de se devotar e encarnar de

minhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral"

tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos

para exercer melhor a missionariedade na qual

novos com traços amazônicos” (n. 7).

toda Igreja é chamada a ser mais missionária, sinodal, profética no mundo.

O grande desafio missionário para as nossas Igrejas Locais, olhando para a Amazônia, com desejo de sonhar juntos, nos tempos atuais, com coragem, alegria e profetismos, é se colocar a caminho da sinodalidade e contribuir para a concretização da Vida que passa por estes sonhos. Quais sonhos? Um sonho Social: “uma Amazônia que integre e promova todos os seus habitantes” (n. 8); um sonho Cultural: “a melhor obra educativa: cultivar sem desenraizar, fazer crescer sem enfraquecer

Quer implantar a IAM em sua paróquia? Participe conosco do EFAIAM l, de 27 à 29 de março!

a identidade, promover sem invadir” (n. 28); um

Faça sua inscrição:

sonho Ecológico: “Numa realidade cultural como

www.arquidiocesedecuritiba.org.br

a Amazônia, onde existe uma relação tão estrei-

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PE. MARCONDES MARTINS BARBOSA

Programa Igreja-Irmã

Continuação...

O Programa “Igrejas-Irmãs” no Brasil Continuando a apresentação e reflexão sobre o programa “Igrejas-Irmãs” no Brasil e Ad Gentes, queremos dar mais um passo conhecendo um pouco mais sobre o seu nascimento e implantação em nossas Igrejas particulares no dinamismo do Espírito Santo, protagonista da missão. A história “oficial” do programa Igrejas-Irmãs começa em 1972. Já existia uma iniciativa anterior que servia como paradigma. O terreno já estava sendo preparado desde os anos 60 diante de grandes transformações que atingiam toda a sociedade e a Igreja não poderia ficar indiferente, pois "as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo" (Gaudium et Spes n.1). Importante apresentar alguns elementos que desencadearam a reflexão, favorecendo e contribuindo para a criação solidária do programa “Igrejas-Irmãs”: 1. A partir dos anos 60, intensificou-se no Brasil uma forte corrente migratória do sul para o norte do país. Essas migrações levaram centenas de milhares de famílias nas assim chamadas “frentes pioneiras”, sobretudo da Amazônia legal; 2. As Igrejas das áreas atingidas por essa corrente migratória, já com todas as dificuldades e pobres de recursos humanos e com estruturas precárias, viram improvisamente multiplicados seus problemas com a explosão populacional das vilas e paróquias. 3. Os encontros de bispos e agentes de pastoral foram se multiplicando, a partir da Pastoral de Conjunto e do fortalecimento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, colocaram à frente responsáveis de dioceses que se esvaziavam com as migrações e responsáveis de prelazias que se viram sem condições de atender às necessidades dos migrantes; 4. Outro elemento é a constatação evidente da desigual distribuição de recursos humanos e materiais dentro da Igreja do Brasil; 5. O Concílio Vaticano II proclama claramente que o dever missionário é de todos os cristãos e de todas as comunidades cristãs (Ad Gentes nn. 35-41). Continuaremos o ver histórico no próximo número da nossa revista.

(Claretianos). Recebeu como Administrador Apostólico o Pe. Pedro Casaldáliga Pla CMF (1970 – 1971) e em seguida foi nomeado como o primeiro Bispo (1971 – 2005). O seu sucessor foi Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM (2005 – 2011), 2º. Bispo. Com a saída do Dom Leonardo para Brasília como secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Eugène Lambert A. Rixem assumiu como Administrador Apostólico de 2011-2012. Foi nomeado Dom Adriano Ciocca Vasino 2012 (o 3º. Bispo Prelado) até o atual momento.

Conhecendo o território geográfico: Superfície: 123.962,8 Km2; População: aproximadamente 155.000 habitantes. Municípios: Alto Boa Vista; Bom Jesus do Araguaia; Canabrava do Norte; Confresa; Luciara; Novo Santo Antônio; Porto Alegre do Norte; Querência; Ribeirão Cascalheira; Santa Cruz do Xingu; Santa Terezinha; São Félix do Araguaia; São José do Xingu; Serra Nova Dourada; Vila Rica. Paróquias: 13: Nossa Senhora da Assunção; Nossa Senhora de Fátima; Nossa Senhora da Libertação; São Sebastião; São Pedro; São José Operário; Santa Cruz; Nossa Senhora Aparecida; São João Batista; Imaculada Conceição; Santa Terezinha; São Domingos Gusmão. Povos Indígenas acompanhados: Iñy (Karajá); A’uwè (Xavante); Apyãwa (Tapirapé); Krenak-Maxakali; Kanela.

Na edição passada o Pe. Fábio Endler partilhou um pouco da missão na nossa Igreja-Irmã, a Prelazia de São Felix do Araguaia, no Estado do Mato Grosso, desde o ano de 2007. Agora iremos conhecer um pouco dessa Igreja Particular, trazendo alguns dados importantes. A Prelazia de São Félix do Araguaia foi criada aos 13 de maio de 1969 pela Bula Quo Commodius do Papa Paulo VI. Foi confiada pela Santa Sé aos cuidados da Congregação do Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Coordenador: Padre Marcondes. Secretária: Elania Bueno - 2105-6376. E-mail: elaniacmb@mitradecuritiba.org.br

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Arquidiocese de Curitiba | Março 2020

Queremos viver e anunciar a Boa Nova do Evangelho com alegria, jeito humilde e paixão.


Dimensão Social

Conhecendo a Pastoral da Saúde O Papa João Paulo II, tendo como principal objetivo chamar a atenção da sociedade para as condições de tratamento às pessoas doentes, pede que a Pastoral do Enfermo passe a integrar-se a Pastoral da Saúde, sendo ambas unificadas, passando somente a ser Pastoral da Saúde. O Santo Padre entendeu que a Saúde vai além da nossa compreensão e percepção humana: “Saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social, ambiental e espiritual, e não apenas ausência de doença”.

Dimensão Solidária: Vivencia e presença Samaritana junto ao enfermo em seu leito de angustia e dor, nos domicílios, asilos, hospitais e demais instituições de saúde. Visa atender a pessoa integralmente nas dimensões física, psíquica, social e espiritual. Realiza celebrações litúrgicas criativas (missas, cultos e outros), que resgatem a dimensão celebrativa da vida numa perspectiva de fé e esperança, possibilitando aos doentes a recepção dos sacramentos quando desejarem e a reflexão da Palavra de Deus que ilumina este momento especial de suas vidas.

Seguindo os passos de Jesus Cristo, a Pastoral da Saúde descobre o seu lugar e importância na sociedade. A Pastoral da Saúde é, a partir de Jesus Cristo, uma ação evangelizadora de todo o povo de Deus, comprometida em DEFENDER, PROMOVER, PRESERVAR, CUIDAR E CELEBRAR A VIDA. “A Pastoral é o agir da Igreja no mundo”. Jesus é o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10,10).

Dimensão Comunitária: Desenvolve ações de caráter educativo na promoção da Saúde e Prevenção de Doenças para toda a comunidade em relação a enfermidades em comuns. É uma educação para a saúde, que valoriza a sabedoria e religiosidade popular, promovendo encontros educativos referentes a temas e assuntos sobre hábitos e vida saudáveis.

Em 9 de maio de 1986, a Pastoral da Saúde foi instituída oficialmente como uma das Pastorais Sociais da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo organismo de ação social e sociedade cívico-religiosa, organizada por tempo indeterminado e com sede itinerante (acompanha o coordenador nacional), sem fins lucrativos, legalmente constituídos por Estatuto e Regimento Internos próprios e que desenvolve o seu trabalho em três áreas de atuação: Solidária, Comunitária e Político-Institucional. A Pastoral da Saúde foi compreendida em Aparecida (2007) como sendo ‘‘a resposta às grandes interrogações da vida, como sofrimento e a morte, à luz da morte e ressurreição do Senhor’’. Empenha-se em evangelizar com renovado ardor missionário no mundo da saúde e contribuir para a construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida. É uma Pastoral que anuncia o Deus da Vida e que promove a justiça e a defesa dos direitos dos mais fracos, dos doentes; atende a todos, sem privilégios ou exclusões.

Dimensão Político-Institucional: Políticas Públicas da Saúde, visando conscientizar as pessoas sobre seus direitos e deveres no Sistema de Saúde. A Pastoral da Saúde, sendo a luz da opção preferencial pelos pobres e oprimidos, numa sociedade preocupada com o ter e o poder, na qual a saúde é vista como mercadoria e as pessoas adoecidas como um peso para o Estado, se torna voz sensibilizadora e denunciadora da exclusão e marginalização do doente. Participa ativamente nos Conselhos de Direitos da Saúde em todas as instâncias: Local, Distrital, Municipal, Estadual e Nacional para a construção de uma sociedade mais justa e solidária a serviço da vida. (Fonte: documentos Pastorais da Saúde Nacional e do Guia "Orientações para os Agentes da Pastoral da Saúde").

Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Saúde de Curitiba- Paraná: Ireonilda Machado De Conto (coordenadora) Maria Cristina Galacho de Souza ( vice-coordenadora) Padre Sadi Cordeiro (assessor eclesiástico) Irmã Mariazinha Seara- Instituto Franciscano SEARA (secretária) A Pastoral da Saúde é organizada de forma colegiada com uma equipe de 20 pessoas ( composta em conselheiros e assessores).

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO SOCIAL: Coordenador:Pe. Danilo Pena. Secretaria da Dimensão Social: Leandro Corsi da Silva. Telefone: 2105-6326 E-mail: dimensaosocial@mitradecuritiba.org.br Arquidiocese de Curitiba | Março 2020

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Família e Vida

MARA AVELINO - PSICÓLOGA Coordenadora do SOS Família

“Compromisso com a

” Vida

Em sintonia com a Campanha da Fraternidade, programas da Arquidiocese de Curitiba trabalham a sensibilização para o cuidado com a vida de irmãos com sofrimento emocional Estamos iniciando a quaresma e o calendário li-

irmão que sofre. Jesus não avaliava as causas do

túrgico nos convida a viver de forma mais intensa

sofrimento, mas com generosidade socorria o ne-

a renúncia, o perdão e a comunhão. Somos inse-

cessitado.

ridos no caminho da Salvação e convidados a um comprometimento maior com o reino e com os

O grande desafio dos cristãos diante de uma socie-

irmãos. Neste tempo, somos ainda motivados a

dade inquieta, individualista e insegura é ter a sen-

nos empenhar com novos propósitos, que nos aju-

sibilidade de perceber o outro. Não podemos nos

dam a crescer na fé.

acostumar a olhar para o irmão em situação de sofrimento extremo e naturalizar essa condição

Todo esse empenho que nos é proposto tem um

de vida, passando por ele de forma indiferente.

sentido. Ele nos faz sair de nossa zona de conforto e mergulhar em águas mais profundas. Assim

A sensibilidade é a base da misericórdia, ela é a for-

aprenderemos a lidar com todas as circunstâncias

ça do Espírito Santo, que age em nós e nos move

que a vida nos apresenta e a trilhar um caminho

para a ação. Sem ela vamos nos distanciando dos

de aperfeiçoamento na forma como nos relacio-

verdadeiros sentimentos que nos tornam uma só

namos com Deus e com os irmãos.

família em Cristo. Jesus nos convida a não endurecermos os nossos corações.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos incen-

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tiva a viver de forma concreta o amor, no servir e

Indo ao encontro deste chamado, na intenção de

no cuidar daqueles que se encontram em situação

atender uma demanda urgente em nossa socieda-

de fragilidade em todas as etapas da vida. Como

de, o Projeto SobreViver, iniciado no ano passado

Pastoral familiar estamos comprometidos com

em nossa Arquidiocese, que visa à prevenção do

este programa e temos consciência que todo tipo

suicídio, já colhe seus primeiros frutos graças ao

de sofrimento humano é de responsabilidade de

compromisso dos irmãos em não ignorar o sofri-

toda a comunidade social e eclesial.

mento e doar tempo àquele que sofre.

No dia a dia, nos deparamos com inúmeras situ-

Uma das propostas da Campanha da Fraternidade

ações de sofrimento e a nossa ação pastoral pas-

em defesa da vida é justamente a de nos ajudar,

sa por uma conversão na forma de acolhermos o

guiados pelo Espírito Santo, a desenvolver a sen-

Arquidiocese de Curitiba | Março 2020


sibilidade do amor. Deste modo estaremos aten-

suportando mais nenhuma sobrecarga emocio-

tos àqueles que, de alguma forma, indicam estar

nal. Por isso, o estresse é um grande risco para

vivendo situações de limite emocional e que não

esses casos.

encontram mais sentido na vida. Outro fator importante é que, muitas vezes, não Precisamos compreender que existem muitos mi-

existe a compreensão desses componentes e mui-

tos em relação a este estado emocional. E por que

tos familiares julgam esse estado de depressão,

é tão difícil encontrar respostas para esse alar-

principalmente nos jovens, como preguiça, irres-

mante problema? Principalmente porque as cau-

ponsabilidade. Mas, podemos encontrar esse es-

sas que levam uma pessoa a esse estado de tensão

tado depressivo também nas crianças.

extrema e desespero são inúmeras, de forma que a ideação suicida (pensamentos que levam ao suicí-

Para muitos ainda a depressão é falta de fé, “quem

dio) acaba se tornando um alívio.

tem Deus não se deixa levar pela depressão”. Realmente não é muito fácil entender o que é um

O problema está nas diferenças de impacto das

desânimo e o que é uma depressão. Precisamos

mesmas situações no emocional de cada um. Na

nos aprofundar nesse assunto para podermos en-

forma como cada pessoa vive e avalia uma situa-

tender o que está por trás de uma depressão ou de

ção. Precisamos pensar que existe um movimen-

uma ideação suicida.

to fisiológico hormonal de regulação das nossas emoções e por muitos motivos, até mesmo ge-

O programa SOS família, “cuidando dos cuida-

néticos, esta desregulação pode ocorrer, gerando

dores”, neste ano tem como objetivo preparar os

sintomas e reações físicas, momento em que a

agentes pastorais para esta realidade. É um es-

pessoa em estado de desespero perde a noção da

paço onde podemos nos instruir a fim de detec-

realidade.

tarmos os casos de risco ao suicídio e chegarmos antes.

O sofrimento emocional pode ser intenso, mas quando a pessoa que sofre não encontra uma

A vida é um dom de Deus e deve ser cuidada.

explicação, o vazio se intensifica e a sensação de desespero aumenta. Existem muitas pessoas que escondem esse estado interno de sofrimento, ou por vergonha ou por medo. Há muitos casos de pessoas que se encontram nesse estado, mas não buscam um tratamento por medo de um estigma. Muitas vezes, estamos próximos de pessoas que não aparentam nenhum problema, apenas se dizem quietas ou introvertidas. O fato é que precisamos ter um olhar sensível e delicado diante do irmão, pois existem muitas pessoas que estão emocionalmente vulneráveis, com o corpo não

EXPEDIENTE COMISSÃO FAMÍLIA E VIDA: Coordenadores: Roberto Machado e Márcia Regina S. Machado. Contato: (41) 2105-6309 - familiaevida@mitradecuritiba.org.br

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ANA MARIA OLENIKI E WILLIAM MICHON

Dízimo

O DÍZIMO E A QUARESMA Quaresma é tempo de penitência e conversão e os

se o dízimo não for visto em uma dimensão de rela-

fiéis são convidados a expressarem de modo mais

cionamento e gratidão a Deus de quem tudo rece-

concreto os três elementos que ajudam a fortalecer

bemos, será um ato vazio e sem expressão. Por isso,

o espírito e buscar o perdão dos pecados: o jejum,

comuniquemos a Ele a nossa gratidão pela oração

a oração e a caridade (ou esmola), conforme nos

silenciosa do dízimo.

ensina a Igreja, como exercícios espirituais que devemos realizar para viver plenamente este tempo

A caridade (ou esmola) é o socorro que se presta ao

litúrgico.

irmão necessitado. Se o dízimo não contemplar a dimensão caritativa, visando a caridade fraterna que

O verdadeiro sentido do dízimo só pode ser alcança-

atende aos irmãos desprovidos de recursos na co-

do quando contempla estes elementos de dimensão

munidade, será um dízimo sem raízes na caridade.

sacrifical. Lembramos que sacrificar é tornar sagra-

Portanto, coloquemos parte de nossos bens ao dis-

do, ou seja, santificar algo é oferecer a Deus. A prá-

por do irmão sob a forma de dízimo. Partilhar o que

tica sistemática da contribuição do dízimo tem uma

se tem é um bom exemplo de caridade que, além de

dimensão sacrifical na medida em que nos educa

dinheiro pode ser manifestada também por meio de

para a superação do egoísmo e da mesquinhez, le-

uma palavra amiga, um sorriso, uma orientação.

vando-nos ao despojamento e à capacidade da par-

A Quaresma é um período rico de reflexões que de-

tilha generosa e fiel de nossos bens.

vem nos levar a uma consciência de nossos atos, para que não sejam meras repetições automáticas

O jejum, neste período, é um convite ao nosso for-

sobre as quais, com o passar do tempo acabamos

talecimento espiritual consumindo tão somente

por esquecer o verdadeiro sentido. Na Quaresma re-

aquilo que precisamos na dose certa e necessária.

fletimos sobre a nossa vida – quem somos e o que

Assim, quando contribuímos com o dízimo em nos-

fazemos, como nos relacionamos com Deus, com

sa Igreja, temos a certeza de que estamos contri-

o irmão, com a natureza e conosco mesmos. Pode-

buindo com o Reino na dose certa, dentro da me-

mos incluir o dízimo em nossa reflexão, para que se-

dida do nosso coração. “O verdadeiro jejum é fazer

jamos dizimistas conscientes sobre a nossa corres-

a vontade do Pai” – disse o Papa Emérito Bento XVI

ponsabilidade fraterna na comunidade, na família e

em sua mensagem para a Quaresma de 2009 – e

na sociedade.

nós refletimos que contribuir com o dízimo só tem valor autêntico quando o dizimista o entrega pro-

Que neste tempo oportuno da Quaresma, possa-

curando corresponder ao chamado a uma generosa

mos refletir reta e piedosamente sobre os mistérios

solidariedade cristã.

da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e mergulhemos cada vez mais no mistério do Amor

A oração é a forma de diálogo com Deus e de encon-

mais forte do que a morte, embora tantas vezes não

tro do humano com o sagrado, criatura e Criador,

seja amado. E, que, possamos na Páscoa renascer

que nos coloca na perspectiva de reconhecer a so-

com o Ressuscitado como seus imitadores, doando-

berania do Pai e de seu amor por nós. Deste modo,

-nos uns aos outros num amor sem medidas.

EXPEDIENTE COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão e Pastoral do Dízimo: Wanderley Zocolotti. Assessor Eclesiástico da Pastoral do Dízimo: Pe. Anderson Bonin. E-mail: dizimo@mitradecuritiba.org.br

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Artigo

Por Márcio Moreira*

O exemplo na Igreja, a Deus o que é de Deus A mensagem libertadora de Cristo, fonte de sustentação da Igreja, conduz a preocupações que transcendem divinamente nossa limitada capacidade de compreensão, seja em relação ao próprio corpo (estado físico), tempo e ou espaço. Todavia, deve inexistir dúvida para o cristão de que honrar a Deus é ser, também, um cidadão que cumpre suas obrigações públicas, desde que estas não contrariem o Direito Divino (Can. 22). Portanto cabe aos fiéis observar e respeitar a “face da moeda”, destinando ao poder público o que, por direito humano, lhe deve ser confiado. O Santo Padre, na exortação apostólica “Alegrai-vos e exultai”, enfatiza com objetividade que cabe ao cristão, através do exemplo de vida, caminhar para a santidade com todas as provações do mundo atual, e assim salienta: “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”. Esta retidão, testemunho do fiel, é composta por um mosaico de pequenos gestos. Por exemplo, um cristão que negocia o pagamento de uma prestação de serviços mais barata em detrimento da emissão do documento fiscal e, por consequência, sonega imposto não cumpre a vontade de Deus. O que se espera deste fiel é que ele diga “não, não sonegarei, pois isto me distancia do Pai”. Ou, ainda, aquele administrador (pároco, religioso ou leigo) que trata com desleixo o registro formal (contábil) dos bens da instituição que representa, não inventariando, deixando que estes sofram danos ou pereçam pela inobservância da lei civil válida, distancia-se das orientações da Igreja. Sabe-se que a presença viva de uma comunidade religiosa, paróquia, mitra, mesmo de uma fábrica de velas, livraria, hospital, escola ou de uma atividade meramente comercial, ocorre com ou sem sua formalização, ou seja, as operações de uma entidade existem independentemente de qualquer registro. São elas que dão vida à instituição e definirão a observância, ou não, da sua missão. No entanto, a transcrição das transações, passíveis de representação formal, tende a cooperar com o aprimoramento, aprendizado, perenidade das ações e, de forma destacada, com o cumprimento da legislação civilmente aplicável. Destaca-se, também, que dados e informações coesas contribuem para um discernimento amplificado de hipóteses, não eliminando (mas sim minimizando) o risco de decisões inconsistentes. Tem-se, no caso da contabilidade (ciência que registra tecnicamente os bens, direitos e obrigações)

a responsabilidade pela geração de informações confiáveis para a tomada de decisões. Os próprios gestores (e demais usuários da informação) somente confiarão no lançamento contábil se este advir de documentos oficiais e da observância dos preceitos formais (inclusive fiscais), ou seja, a contabilidade deve englobar tecnicamente todas as transações de uma entidade. Pensando de outra forma, são amadoras e contrárias aos ensinamentos evangélicos, por exemplo, a existência de recursos não oficiais (“caixa dois”), transações obscuras, ausência de registro de funcionários, remuneração de voluntários e presença de dinheiro sem origem comprovada, principalmente nas entidades que compõem a estrutura da igreja. Os cristãos e as instituições que estes representam têm, em seu exemplo de vida, a obrigação (e oportunidade) de experimentar e dar testemunho da espiritualidade cidadã. Aqueles que cumprem suas obrigações econômicas, sociais e políticas, estão sendo simplesmente fiéis aos ensinamentos de Cristo, além de preservar a Igreja e seus representantes de problemas diversos junto aos órgãos fiscalizadores. Um racionalismo vazio pautado na argumentação de que “os fins justificam os meios” nos remete a outros alertas descritos na exortação do Pontífice, que afirma: “uma coisa é o uso saudável e humilde da razão para refletir sobre o ensinamento teológico e moral do Evangelho, outra é pretender reduzir o ensinamento de Jesus a uma lógica fria e dura que procura dominar tudo” e, ainda, complementa: “a corrupção espiritual é pior que a queda dum pecador, porque se trata duma cegueira cômoda e autossuficiente, em que tudo acaba por parecer lícito”. Assim, fitando a caridade, devemos aproximar o humano do divino, a exemplo de Cristo, que mostrou o caminho para inúmeros santos, mártires e também para nós. Portanto, os filhos de Deus, enquanto gestores, devem lastrear suas ações nos princípios de uma justa administração, tais como: transparência, responsabilidade e cumprimento das leis (inclusive canônica e civil). No entanto, deve-se ter clareza das limitações humanas, como bem ensinou Santo Agostinho: “Deus convida-te a fazer o que podes e a pedir (a Ele) o que não podes”. Cabe ao cristão, neste maravilhoso mistério e gratidão pelo sopro da vida, honrar a Deus, com corpo e alma, por nos permitir fazer parte desta magnífica arquitetura. Pautados nos valores, princípios e ações derivados para os fiéis desta crença divina é que devemos evangelicamente cumprir com retidão a missão de destinar a Deus o que é de Deus.

*Sócio do Axis Instituto, Mestre em Administração e Finanças, Professor de Graduação (ISTA/MG) e de Pós-Graduação do (ISTA/MG e FAVI/PR).

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Congresso Internacional das Pastorais da Pessoa Idosa

Fotos: Dicastério dos Leigos, Família e Vida

Painel

Foi realizado de 29 a 31 de janeiro, em Roma, o I Congresso Internacional da Pastoral dos Idosos. Com o tema “A Riqueza dos Anos”, o encontro reuniu representantes das Conferências episcopais, congregações religiosas, associações e movimentos leigos de 60 países de todos os continentes, engajados nas Pastorais da Terceira Idade.

Entrevista à Rádio Vaticano Na ocasião do Congresso, Dom Peruzzo concedeu uma entrevista à Rádio Vaticano, para falar sobre a pastoral do idoso no Brasil e sua importância para a Igreja. “Os que visitam os idosos mostram a maravilha do sentido da vida que redescobrem ao encontrar os que são considerados sem sentido pela mentalidade consumista”, afirmou o bispo na entrevista, comentando também: “Quando falamos de Deus, o afeto é a introdução, não é possível evangelizar sem ternura”. No dia 31, Dom Peruzzo esteve junto com a delegação do Congresso em missa celebrada pelo Papa Francisco.

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Fotos: Dicastério dos Leigos, Família e Vida

A primeira mesa redonda do evento, “A Igreja ao lado dos idosos”, contou com a participação do Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, presidente da Pastoral da Pessoa Idosa no Brasil. “A pastoral da pessoa idosa responde inteiramente ao premente apelo do Papa Francisco – uma Igreja em saída. É de fato um terreno fértil para a evangelização”, afirmou Dom Peruzzo.


Jubileu de 50 anos da Paróquia São Carlos Borromeu reprodução facebook - Paróquia São Carlos Borromeu

No dia 9 e fevereiro de 2020, a Paróquia São Carlos Borromeu, no Jardim das Américas, comemorou o seu Jubileu de Ouro, completando 50 anos de sua fundação enquanto paróquia. Tudo começou na década de 50, com a construção da primeira capela, que ficava ao lado do Centro Politécnico da UFPR. Em 1967 foi transferida para o endereço atual, na R. Heitor de Andrade, 219, e em 1970 foi elevada à condição de paróquia. A comemoração contou com missa celebrada pelo arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo. Presente na celebração, o Padre Romão Sarnik foi o pároco por 40 anos e lembrou com carinho de muitas realizações da Paróquia: “construímos muitas novidades junto à comunidade, como a catequese familiar, a preparação dos batismos e cursos personalizado de noivos nas casas”. O pároco atual é o Padre Ângelo Carlesso. Os Correios lançaram um selo personalizado em homenagem aos 50 anos da Paróquia São Carlos Borromeu. O selo traz o esboço da primeira capela, de onde germinou, cresceu e prosperou a comunidade, que, em 50 anos, a transformou no templo atual.

10 anos sem Zilda Arns: Celebrações da Pastoral da Criança realizadas em Curitiba

Milhares de voluntários estiveram presentes, vindos de todo o Brasil, homenageando a médica que dedicou sua vida às pessoas mais frágeis. A missa de abertura do Tríduo foi presidida por Dom Anuar Battisti, Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, no dia 10 de janeiro. Encerrou no domingo, dia 12, com missa de presidida às 10h30 por Dom José Peruzzo, Arcebispo

reprodução: youtube TV Evangelizar

A Pastoral da Criança celebrou nos dias 10, 11 e 12 de janeiro, na sede do Museu da Vida, em Curitiba, um Tríduo pela Caminhada de 35 anos da Pastoral. O domingo, dia 12, marcou os 10 anos do falecimento da Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e grande exemplo de amor e dedicação às pessoas mais vulneráveis.

de Curitiba, e com animação musical do Pe. Reginaldo Manzotti, na Praça do Santuário Sagrado Coração de Jesus, em frente ao Cemitério do Água Verde.

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Painel

Encontrão dos MESCs 2019 lançou nova proposta formativa O tradicional “Encontrão” dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC) da Arquidiocese de Curitiba contou com uma novidade no ano de 2019. Foi apresentada aos participantes uma nova proposta de formação: o novo “Itinerário para Iniciação dos Novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC)”. O Padre Osmair José Prestes, assessor eclesiástico dos MESCs, explica o material:

O objetivo principal é aprimorar cada vez mais a formação dos novos ministros, através deste itinerário, para que tenham um verdadeiro encontro com Jesus Cristo, que transforme toda a sua vida. Aprendam não só funções e tarefas, mas o modo e estilo de ser cristão, experimentando o mistério de Deus em sua vida, transformando-os em ardorosos discípulos missionários do Reino, portadores da alegria e da salvação de Deus aos enfermos e aos idosos. O Encontro foi realizado em 7 de dezembro, na Paróquia São Pedro, no bairro Umbará, e além da apresentação do Itinerário, contou com fala do Pe. Marcondes Martins Barbosa sobre o tema do Mês Missionário Extraordinário, e com fala de Dom Francisco Cota, sobre o Sínodo da Amazônia, entre outras atividades do dia.

Nova paróquia na Arquidiocese de Curitiba No dia 31 de janeiro, foi celebrada a elevação da capela Sagrada Família – no bairro CIC – à condição de Paróquia. A Arquidiocese de Curitiba passou a ter 144 paróquias. A igreja da Sagrada Família existe desde 1943, sendo a igreja mais antiga da região. Nessa época, era vinculada à Paróquia de São Miguel (Tomaz Coelho – Araucária) e só em 1968 veio a pertencer à então recém-inaugurada Paróquia Nossa Senhora da Luz. A Paróquia Sagrada Família fica na região denominada Oswaldo Cruz II, na esquina de duas das principais vias da região: Av. Cid Campelo e Av. Pedro Gusso. A comunidade sempre esteve muito ativa, sendo que a

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região cresceu bastante nos últimos anos. A cerimônia de elevação da capela contou com a posse do primeiro pároco, Padre Valdecir Dávila.

reprodução facebook @mtjsonorização

A proposta é guiar uma formação com estilo catecumenal com tempos, etapas, ritos, entregas, celebrações, com oficinas práticas, um processo realizado em nível setorial e paroquial. Este material é resultado da escuta dos 15 setores da nossa Arquidiocese e dos coordenadores dos Ministros.


Foto: CNBB Sul 2

Bispos do Paraná realizam a Visita Ad Limina

Uma das atividades mais aguardadas dos últimos anos é a Visita Ad Limina Apostolorum, realizada durante os dias 17 a 27 de fevereiro de 2020. Trata-se da visita dos bispos do Paraná a Roma, na Itália, a fim de manifestar a comunhão com o Papa e revigorar a fé e a própria responsabilidade de sucessores dos Apóstolos. A visita é realizada a cada cinco anos, sendo que a última havia acontecido em 2010, devido à troca dos pontífices, em 2013, e tantos outros compromissos e situações da vida eclesial. Antes da viagem, a arcebispo de Londrina (PR) e presidente do Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz, já

comentava a animação: “Primeiro pelo encontro com o Papa. Depois, por voltar às raízes da fé, aos locais onde os apóstolos entregaram a vida por causa da fé, sendo martirizados. Foi nesses lugares que a fé floresceu nos primeiros tempos da Igreja e a partir dali que nós tivemos a possibilidade de receber a fé”. Estiveram na visita, junto com todos os bispos do Paraná, o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, e os bispos-auxiliares, Dom Amilton Manoel da Silva e Dom Francisco Cota. Mais informações poderão ser acessadas pelo site da Arquidiocese de Curitiba e da CNBB Regional Sul 2. *no fechamento desta edição da Revista ainda não havia ocorrido a visita.

Posses na Arquidiocese de Curitiba Neste início de ano, 12 paróquias da Arquidiocese de Curitiba receberam seus novos párocos com as posses canônicas. São eles: Pe. Valdecir Dávila, na Paróquia Sagrada Família, dia 31 de janeiro; Frei José Natal Palkowski, na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, dia 01 de fevereiro; Pe. Marcos Honório, na Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, em 9 de fevereiro; Pe. Antonio Zapchon, na Paróquia Santa Luzia, em 9 de fevereiro; Pe. Roberto Agostinho, na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, 09 de fevereiro; Pe. Jair Jacon, na Paróquioa Nossa Senhora Medianeira, 09 de fevereiro; Pe. José Ailton, na Paróquia São Pedro Apóstolo de Itaperuçu, 8 de fevereiro; Pe. Pe. Everton da Roza Lara, na Paróquia Anjo da Guarda, em 10 de fevereiro; Pe. Cleberson Evangelista, na Paróquia São Rafael, em 12 de fevereiro Pe. João Carlos Marcondes, na Paróquia São João Batista de Alm. Tamandaré, em 13 de fevereiro Pe. Jesus Messias, na Paróquia São Martinho de Lima, em 15 de fevereiro Pe. Luciano José Toller, na Paróquia Universitária Jesus Mestre, a acontecer em 1 de março.

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Campanha do Governo do Estado do Paraná/ Secretaria da Saúde. A Arquidiocese de Curitiba apoia a campanha. Informações: dengue.pr.gov.br


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