Jornal500central

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MEMÓRIA

MEMÓRIA

maio

junho

CANUDOS

- 1893

- 1886

Omovimento operário brasileiro marcava a data com greves gerais, para lembrar a luta dos operários norteamericanos pela jornada de oito horas, em 1886, quando os líderes anarquistas foram enforcados em praça pública. O dia tornou-se marco da luta operária mundial. O governo Getúlio Vargas transformou em feriado, para esfriar as manifestações. GREVE DO ABC

- 1980

No dia 1 de maio de 1980 os metalúrgicos do ABC fizeram uma passeata em São Bernardo do Campo, que reuniu 100 mil pessoas. A manifestação protestava contra a prisão de alguns líderes, entre eles Lula. Desde 1978, as greves do ABC sacudiam o país e abalavam o governo militar. Nas ruas, a palavra de ordem era: Vai acabar, vai acabar, a Ditadura Militar!

6 JORNAL DO SINTUFRJ nº 500 - DEZEMBRO DE 1985 A DEZEMBRO DE 2001 - ANO XVII

o

GREVE DOS ESTUDANTES

- 1993

Com o lançamento do Plano Real, intensificou-se o arrocho sobre os trabalhadores. As universidades também sofreram com a política de privatização do governo Itamar. A comunidade universitária mobilizou-se. O movimento estudantil fez a maior greve de sua história, envolvendo 20 milhões de estudantes.

DÉCADAS DE HISTÓRIA Chegamos ao 500! Nossas lutas, lágrimas, sofrimentos e vitórias estão marcadas para sempre nessas muitas páginas da nossa história. A memória das greves, das noites maldormidas e das acaloradas discussões de nossas assembléias fazer parte de uma vida que construímos juntos. Lembra daquela greve? Aquela em que acordávamos tão cedo e nem mesmo tínhamos tempo de tomar café? E aquela panfletagem que foi um fracasso? Mas a vida é assim mesmo, cheia de altos e baixos... E se muitas vezes fomos vencidos, também vibramos com muitas vitórias: a campanha pelas diretas, Fora Collor, o PSS, as greves gerais que pararam tudo, as longas e inúmeras greves em que vencemos o governo... Nós já passamos por tanta coisa! Mas num sistema que se reproduz pelo acirramento das desigualdades é preciso seguir lutando. E o nosso jornal é parte dessa luta. Ele é uma ferramenta fundamental para a nossa organização cotidiana. E mais que isso, ele é uma arma poderosa

na luta contra a exploração. E se os nossos inimigos têm muitas armas, nossa resistência é incansável. As batalhas por que passamos já nos provaram que só lutando poderemos transformar nossa realidade e mudar o mundo. Nossa resistência às arbitrariedades do Vilhena, a garra com que lutamos, dia a dia na UFRJ, na defesa da universidade, a esperança com que nos lançamos a cada ato e campanha pelo fim desse governo, a solidariedade com que abraçamos a luta por reforma agrária e as reivindicações de outras categorias são parte desse sonho: mudar o mundo. Essas páginas são dedicadas a todos aqueles que sonharam conosco cada passo dessa história, e, também, àqueles que já se foram em outras batalhas. E que, por isso mesmo, nos alimentam com sua esperança. A nossa certeza está no futuro, onde não há lugar para a exploração, desigualdade, preconceito. Há um longo caminho pela frente, mas nós vamos conseguir! Jornal do SINTUFRJ edição 500: nós apenas começamos!

PASSEATA DOS 100 MIL

- 1968

No Rio de Janeiro, 100 mil estudantes saem às ruas para protestar contra o assassinato do estudante Edson Luiz. A passeata tornou-se um marco na luta contra a ditadura militar. NOSSO COMPANHEIROS

- 1968

No dia 26 é lançado o Pasquim, um dos jornais mais famosos do que se convencionou chamar de imprensa alternativa. A imprensa comercial, sob a pressão da censura e a chantagem dos subsídios governamentais, estava calada. Tornaram-se diários oficiais. Movimento, Opinião, Em Tempo, O Companheiro, Versus, Brasil Mulher, Coojornal, Tribuna de Imprensa são alguns jornais que, como o Jornal do SINTUFRJ, trabalham ou trabalharam contra a hegemonia conservadora.

7 JORNAL DO SINTUFRJ nº 500 - DEZEMBRO DE 1985 A DEZEMBRO DE 2001 - ANO XVII

PRIMEIRO DE MAIO

Antônio Conselheiro funda, na Bahia, a comunidade de Canudos. A terra era coletiva, não havia polícia, nem patrões, nem empregados. Em 4 anos, ela se tornou a segunda maior cidade da Bahia, com mais de 25 mil habitantes. O crescimento e o bom exemplo desagradou os latifundiários, a Igreja e o Império. Em 1897 a comunidade foi destruída pelo exército.


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