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caros leitores, A SiNUS 2013 lança, pela primeira vez, a Revista SiNUS, com registros dos participantes da 12ª Simulação das Nações Unidas para Secundaristas, que ocorreu entre os dias 27 e 31 de março de 2013 em Brasília, Distrito Federal. A SiNUS é um projeto de extensão do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília que, ao longo de 11 anos, procura oferecer para estudantes de Ensino Médio de todo o país a oportunidade de complementarem a educação padrão oferecida em sala de aula. Por meio de simulações de conferências internacionais multilaterais estes estudantes assumem o papel de diplomatas, juízes e repórteres ao discutirem os mais diversos temas da agenda internacional. Mais que um complemento, a SiNUS se torna a força motriz para a formação de jovens líderes, ativos e conscientes de seu papel na sociedade enquanto agentes de mudança. Práticas como a negociação, o estímulo à retórica e o trabalho em equipe – fortemente desenvolvidas durante as atividades da SiNUS – são, por sua vez, elementos indispensáveis na formação pessoal e profissional de seus estudantes, professores conselheiros e membros da organização. A Revista SiNUS se desenha diante do mais alto grau de compreensão e satisfação de nosso maior público alvo: estudantes de todo o Brasil. Ao longo de todo o evento, cada participantes deixou-se ser contagiado pela magia da SiNUS de maneiras particulares; entretanto, o sentimento de impacto tornou-se vivo em todos de forma uníssona. Por meio da confecção de artigos relacionados ao projeto em sentido amplo, os “delegados” tem, então, a oportunidade de se tornarem elementos ativos também no futuro do projeto ao mostrarem, sob novas lentes, a força adquirida pela SiNUS nestes 11 anos no que se refere à sua responsabilidade social, pedagógica, cultural e ambiental. Mais do que isso, os escritos aqui apresentados simbolizam o sucesso da 12ª edição da SiNUS sob a perspectiva de quem se encorajou a participar, viveu, respirou e cresceu com e por causa do projeto.
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Agradecemos a todos os apoiadores e patrocinadores da 12ª Simulação das Nações Unidas para Secundaristas que tiveram a» audácia e sagacidade em depositarem confiança no projeto. Agradecemos também a todos os 150 membros voluntários que construíram ao longo de quase um ano inteiro as bases para que o evento acontecesse. Agradecemos, por fim, a cada delegado e professor conselheiro presente. Aproveitem a revista e que os bons ventos soprem sempre rumo à dignidade humana• Com afeto,
Rodrigo de Sousa Araujo Secretário Geral da SiNUS 2013
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Uma experiência inesquecível Bruna Cardoso e Julyana Morais (Colégio Dínatos COC)
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dia 27 de março de 2013 poderia ter sido uma quartafeira qualquer, mas para os delegados da Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), foi um dia esperado durante meses de preparação. A SiNUS recebeu mais de 600 secundaristas no ginásio do colégio Mackenzie em Brasília, dentre eles, vários novatos, assim como nós. Enquanto os alunos de outros comitês recebiam suas credenciais, nós, como repórteres da Agência de Comunicação, já observávamos a tudo e a todos. Começou então, a nossa corrida rotina: deveríamos ser as primeiras a chegar e as últimas a ir embora. Não havia tempo para almoçar, muito menos descansar. Quando não estávamos cobrindo comitês ou fazendo matérias para a SiNUS TV, tínhamos que redigir o material para a próxima edição do telejornal. Percebemos, em apenas cinco dias de simulação, que trabalhar não é tão simples quanto parece; e por incrível que pareça, adorávamos isso.
É claro que a vida de jornalista também tinha seus privilégios: estávamos sempre bem informadas, éramos as primeiras a pegar a comida que chegava de graça, podíamos entrar na maioria dos lugares - ou, com muita discrição, em todos - e possuíamos mil e uma desculpas para conversar com as pessoas, até nas festas e coffee breaks. Participar da Agência de Comunicação foi uma experiência única. É difícil explicar, em palavras, o quão importante foi para nós. O frio da sala de informática, as músicas que os diretores ouviam na hora do almoço, as piadas, risadas... Cada momento ficará guardado para sempre em nossa memória. E, na SiNUS de 2014, construiremos mais uma página dessa história. Ou melhor, continuaremos cobrindo com afinco essa notícia. Porque, se você ainda não sabe, a AC é uma maravilha•
Cansaço, desafios, experiências e realizações Mariana Bittencourt (Colégio JK)
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empre quando devo falar sobre simulações e o meu prazer em simular, a primeira coisa que me vem à cabeça é a “vontade de mudar o mundo” que cada um tem ao se propor um desafio tão grande como uma simulação. Com tantas coisas ruins acontecendo ao nosso redor, ver centenas de adolescentes buscando fazer alguma diferença é algo mais que gratificante.
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Durante um almoço na SiNUS, uma garçonete do restaurante me perguntou por que havia ali tantos jovens e ainda vestidos de maneira tão formal. Respondi que era gente do Brasil todo, e que estávamos simulando comitês das Nações Unidas. Ela então me perguntou em um tom sarcástico: “E pra que vocês fazem isso? Ganham alguma coisa? O que isso muda pra gente?” Então respondi que ela não fazia ideia do quanto aqueles debates podiam transformar a visão de nós, adolescentes, a respeito do mundo.
A importância das simulações na minha vida vai muito além de viajar ou fazer o que gosta. Já na minha primeira simulação, com apenas 14 anos, descobri minha futura profissão: jornalismo. O tanto que se aprende em um modelo da ONU ultrapassa as barreiras da escola, as experiências que ganhei sendo jornalista por seis vezes me fazem me apaixonar ainda mais por esse empolgante oficio de escrever e reportar notícias. Pelo pouco que conheço, percebi que o jornalismo é uma das profissões mais importantes do mundo. O que seria de nós sem a comunicação? A mídia, as notícias, o entretenimento,
a fala, a escrita, os jornais, o mundo precisa disso! Faz parte da essência do ser humano buscar o contato, interagir e se comunicar com o outro. Certamente, a forma mais importante de comunicação que o mundo tem é através do jornalismo. Sem dúvidas, o comitê que mais simula a realidade é a Agência de Comunicação. Quem aceita o desafio de cobrir outro comitê, estudar sobre o tema, fazer e refazer as notícias, aceita também entrar de cara no mundo de uma redação de jornal. A correria e a satisfação de chegar ao fim da simulação e ter todos os nossos jornais em mãos, o fruto do nosso trabalho, é algo incomparável•
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Luíza Raad Representante da Somália na Conferência de Belgrado (1961) Dínatos COC
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uando um colega me pergunta “você gostou de participar da SiNUS?”eu respondo “Foi uma das melhores experiências da minha vida! Você tem de participar no ano que vem!” – E fica aquela nostalgia e aquela ansiedade para a próxima que virá. Quando meus pais me perguntam: “Valeu a pena participar?” eu imediatamente respondo: “Eu amei! Simular virou minha paixão!” A minha primeira simulação da ONU foi agora na SiNUS 2013. Já estou no segundo ano e bem sentida ao pensar que eu perdi a chance de participar do evento no ano passado, contudo fico feliz pelo tanto que esta agregou a minha vida política e social. Levo como memória os amigos que conheci e a ideia de que com respeito e principalmente vontade, é possível achar soluções que pareciam impossíveis de serem encontradas.
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Com a SiNUS eu aprendi que as decisões devem ser feitas pensan-
do no que é melhor para mim (meu país e meu povo), respeitando os demais, suas particularidades e necessidades; pude ver como é essencial manter as decisões tomadas; também vi como é importante ter conhecimento tanto geral quanto específico; e como é bom procurar conhecer mais o mundo a minha volta, que não cruza com a minha rotina. Dar a um adolescente voz e direito de tentar com seus comuns chegar a uma solução em prol do bem maior é fazê-lo crescer enquanto indivíduo e ao mesmo tempo mostrar a ele sua relevância quanto a sua sociedade e o fazer percebê-la mais. O indivíduo tem a oportunidade de tentar, de entrar num personagem que lhe permite vivenciar o mundo real, mas ali ele se permite errar e então se sente livre. E que sensação maravilhosa é a realidade com liberdade... Agradeço sinceramente por poder ter vivido a SiNUS•
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Novos horizontes Clarice Zaidan Representante da Namíbia no Banco Mundial Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa
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oportunidade de ir à SiNUS surgiu por intermédio de um amigo e quando recebi a confirmação dos meus pais de que eu poderia ir, aquilo que eu mais esperei foi saber em qual comitê eu ficaria. A notícia de que eu seria a delegada da Namíbia no Banco Mundial (Programas de transferência social de renda e seu impacto na redução da pobreza) me pegou de surpresa. Esse era um tema que eu não tinha muito contato e os primeiros estudos me levaram a crer que nosso comitê representava inúmeros homens, mulheres e crianças que viam nos programas de transferência de renda uma forma de escapar do ciclo eterno da pobreza. A missão de representar milhões de cidadãos mundiais exigiu de cada delegado um exercício de solidariedade e cidadania, mesmo representando nações diferentes.
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Acredito que todos nós delegados e delegadas do Banco Mundial tivemos a oportunidade de encarar a pobreza e a miséria de um povo sob uma nova perspectiva. Entender que há programas que buscam sanar esse problema é, ao mesmo tempo, entender que mesmo no mundo contemporâneo ainda existem seres humanos que vivem com muito menos daquilo que se pode viver. Há, portanto uma necessidade urgente de aprender com os sucessos e fracassos dos programas de transferência de renda espalhados pelo mundo. E foi com o intuito de “trilhar caminhos para a dignidade humana” que guiamos nossas discussões e chegamos a um Communiqué que contemplou os problemas relacionados à pobreza. Participar dos trabalhos do BM foi muito mais do que apenas estar lá, foi ter a oportunidade de ver que ainda há esperança, ainda existem pessoas conscientes. Como alguém já disse, nós não fomos à SiNUS, nós vivemos a SiNUS•
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Proposta de resolução #� Mariana Couto Representante do Níger na Comissão de Construção da Paz Jardim Escola Crescimento
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oção para expor, em 20 linhas, a resolução final acerca da SiNUS. Caros senhores, venho aqui ressaltar que as batidas do malhete ainda soam em meus ouvidos, que o pedido de decoro fazse presente no meu subconsciente, que minhas mãos involuntariamente aplaudem de maneira diplomática. Na lista de oradores, a espera pela vez se faz constante. Entre debates moderados, espera-se um discurso ofensivo contra as nações - não tão - unidas. O esticar das pernas e o decoro utópico em um nãomoderado apresentam-se como tradição.
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A sensação de receber um país e escolher seu comitê é extasiante. Escolhi o meu por considerá-lo, já pelo nome – Comissão de Construção da Paz - capaz de abrigar a função fundamental da ONU. E ao viver a SiNUS pela segunda vez,concluo que esta
se distinga por não apenas incentivar relações bi e multilaterais, acordos, tratados, mas relações interpessoais entre os delegados, e estes com os próprios diretores, organização e demais trilhadores da dignidade humana. Nos mostra que o velho discurso de “mude a si mesmo e mude o mundo” é verídico. Ouço em uníssono EU QUERO A CCP, EU QUERO A CCP. Fito o crachá, fecho os olhos e levanto a placa. No meu imaginário ainda estou cercada de amigos bem vestidos, e há cinco pessoas enfileiradas de costas para o quadro, à espera do meu pronunciamento. Peço perdão pela falta de decoro, porém as lágrimas insistem em usar meu rosto como palco. Sei que não é permitido um pedido de moção dentro de outra, contudo proponho uma para extensão da SiNUS 2013 por tempo indeterminado•
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Como pode acontecer isso? Giúlia Castro Representante da Coreia do Norte na Comissão de Construção da Paz Dínatos COC
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uando decidi ir à primeira reunião da escola para conhecer e ao menos saber o que era a SINUS, não tinha a mínima noção do que iria fazer, de como iria fazer e muito menos para que fazer. Isso agora parece ser ridículo, porém nos dias anteriores causou transtornos e crises, que pareciam piorar a cada dia que se aproximava. O nervosismo, infelizmente, perdurou durante todo o feriado, contudo, diferente dos dias anteriores ele causou não só aflição, mas uma alegria indescritível! Alegria não só em estar participando, mas sim em estar vivendo a SiNUS, pois é isso que ocorre, você VIVE uma das melhores experiências da sua vida.
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Não existe palavra para descrever a emoção que você sente ao se levantar e fazer um discurso, ao defender algo tão importante para um país, ao perceber que os conhecimentos ali adquiridos vão ficar não só por cinco dias, mas por toda a sua vida. A SiNUS
faz com que você veja situações de ângulos totalmente diferentes trazendo para o seu dia a dia questionamentos simples que podem fazer toda a diferença no seu futuro. Dentre esse turbilhão de sentimentos, você também sente gratidão principalmente pelas pessoas que te incentivaram diretamente, no entanto você se lembra das pessoas novas que conheceu, das pessoas que te conquistaram com belos discursos e sorrisos, e das pessoas que criaram tudo isso... Como é possível? Essa é a pergunta que não sai da minha cabeça: como é possível alguém viver, durante apenas um feriado, algo capaz de transformar a sua mente, o seu coração e tornar uma pessoa melhor? Eu peço, por favor, a alguém que me ajude a achar essa fórmula, pois esta com certeza para mim representou – e espero que continue representando – a fórmula da felicidade•
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Ana Carolina Jreige Representante da Alemanha no Conselho de Direitos Humanos Colégio Presbiteriano Mackenzie
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oram cinco dias muito intensos, com poucas horas de sono, muita correria, mas vividos com muito amor. Um trabalho árduo com a delegação para alcançar todos os objetivos desejados. O apoio dos chefes de delegação foi decisivo para a minha participação na SINUS. O esforço deles me contagiou e a confiança me incentivou a participar desse projeto maravilhoso, tendo hoje a certeza de que foi uma das melhores escolhas da minha vida. Um curto espaço de tempo que trouxe grandes mudanças em minha vida. Conheci pessoas que se tornaram verdadeiros amigos, o comitê foi como uma família
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bem unida que me trouxe mais segurança e confiança para minha primeira simulação. A mesa era simplesmente divina, foi um apoio essencial e todos os diretores me acolheram de uma maneira única, que fez crescer em mim um grande carinho. Tenho muito a agradecer por toda a dedicação de cada um deles. Ao final dessa experiência incrível não pude conter a emoção. As lágrimas que caiam de meus olhos expressavam toda a gratidão que tinha por cada um que se esforçou para que esse projeto pudesse acontecer. Alguma questão ou moção? Sim. Uma questão de dúvida. Onde apertar para recomeçar a SINUS 2013?•
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Mais do que ideias, mais do que pessoas, uma escolha de vida Victor Matheus Lima Representante da Bósnia e Herzegovina no Conselho de Direitos Humanos Colégio Militar de Manaus
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esde 2011 venho participando de projetos de formação acadêmica, iniciando no Soletrando, passando pelas olimpíadas escolares e atualmente no Parlamento Juvenil do MERCOSUL. Porém, de todas as que eu tive a oportunidade de participar, a que merece destaque é a Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SINUS).
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Jovens universitários capacitados e apaixonados pelo que fazem, debates acirrados sobre os comitês das ONU, delegados centrados nos assuntos e, claro, momentos de descontração, mergulhado em profissionalismo e amizade é o que a SINUS prometeu e cumpriu nessa 12ª edição. Além de reunir um ideal pioneiro, a SINUS reúne estudantes de todos os cantos do Brasil, desde o interior do Amazonas até grandes capitais sulistas, sendo um grande centro de cultura, ideias e, principal-
mente, sonhos. Sonhos que, por cinco dias, se tornam realidade, graças ao trabalho incansável de um time incrível de graduandos. Antes de ir para Brasília estava em dúvida sobre minha vontade de me tornar diplomata, porém, agora com esse aprofundamento no assunto, eu definitivamente marquei minha decisão sobre Relações Internacionais. E cada vez mais a UnB se torna um atrativo universitário, não somente pela qualidade de ensino, mas também pelas pessoas que a formam. Ocorrida no início de 2013, a SINUS talvez tenha sido um dos eventos mais épicos deste ano que começa e que será levado na cabeça das centenas de estudantes que tiveram o imenso prazer de participar. O tempo tem o dom de esquecer, mas a mente humana tem o dom de lembrar•
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Júlia Marssola Loures Excelentíssima Senhora Juíza LouresTulkens, na Câmara Alta da Corte Europeia de Direitos Humanos Colégio Cenecista Dr. José Ferreira
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tividades como leitura e debates despertam-me interesse desde pequena. Com o incentivo familiar e a descoberta da predileção pela área de ciências humanas, busquei aprimorar-me em tais tarefas, desenvolvendo notável afeição pelas mesmas. Quando entrei no Ensino Médio e conheci através da SINUS os modelos das Nações Unidas, um horizonte de possibilidades antes desconhecidas se abriu para mim, e eu me apaixonei irremediavelmente por ele. A oportunidade de discutir formalmente assuntos de relevância internacional é uma experiência indiscutivelmente enriquecedora, de tal forma envolvente que somos tomados por uma sensação de vazio quando a simulação termina. Temas como genocídio, conflitos internacionais, liberdade religiosa e sexual definiram debates de alto nível dos quais participei ao longo desses três anos de SINUS, pautados no respeito mútuo, disciplina, cordialidade,
que alteraram de forma irreparável a minha visão de mundo. Entre tantos benefícios, é louvável a proposta didática da simulação: fazer desses delegados, juízes e jornalistas um contingente de jovens conscientes da realidade, com aguçado senso crítico e dinamismo para mediar conflitos, representar interesses individuais e da coletividade, com oratória e redação desenvolvidas e adaptação à hierarquia. A ampliação do conhecimento de mundo é incontestável e aprende-se, ainda, a enxergar o ponto de vista alheio, tratando ponderadamente da questão a fim de encontrar, de modo justo e democrático – como deve ocorrer na sociedade pluralista em que vivemos – uma solução eficaz para os embates que nos são apresentados. Tais ensinamentos refletem direta e positivamente na vida cotidiana, possibilitando que os participantes se manifestem com maior segurança, eloquência e bom senso sempre que requisitados.
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É com uma sensação – já nostálgica – de dever cumprido que encerro minha participação na terceira SINUS, certa de ter me dedicado ao máximo e grata a todos que compartilharam comigo» momentos inesquecíveis de contribuição imensurável à minha formação pessoal e profissional. Hoje, é com segurança que escolho a carreira de direito, já com anseio pela atuação internacional, para que eu possa continuar os trabalhos que iniciei na simulação•
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Mariana Gouveia de Oliveira Delegada da República Federal da Alemanha na Comissão para a Prevenção do Crime e Justiça Criminal Colégio Presbiteriano Mackenzie
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SiNUS, projeto pelo qual me apaixonei desde que conheci, foi, em 2013, uma das melhores experiências da minha vida. Proporcionou-me conhecer pessoas incríveis do Brasil inteiro e cinco dias de emoções intensas. Ampliou minha visão crítica e abriu minha mente, permitindo-me perceber problemas existentes no mundo e debater possíveis soluções. Mostrou-me que é possível sim fazer algo que contribua positivamente para o mundo e impactar as pessoas em minha volta. Além de tudo, o conhecimento adquirido é algo sem medidas e que ninguém pode tirar de você. O ensino médio é aquela fase de pressão e de escolhas que mudam completamente sua vida, mas a SiNUS fez com que eu descobrisse meu sonho e me guiou para minha escolha profissional. São esses e outros fatores que me fazem ter a certeza de querer continuar nesse mundo de simulações e levar isso adiante como carreira.
Este ano, pude aprender mais sobre terrorismo, seu nexo com o crime organizado e seu caráter transnacional, algo que preocupa a todos e requer cuidado ao ser definido e combatido. Foi possível perceber que terroristas não se resumem apenas a homens bombas que» gritam palavras de sua ideologia antes de cometer ataques, mas que muitos estão vestidos de terno e em altos cargos de governos. Aprendi que, entre outras formas, a luta antiterrorista pode ser feita de maneira mais humanitária através do combate às fontes de financiamento. Não poderia terminar esse artigo sem dizer o quão especial foi trabalhar nesse comitê e na resolução com todos os delegados e diretores. Vocês foram os melhores. Obrigada por tudo•
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Felipe Oliveira Representante do Marrocos no Fundo Monetário Internacional Colégio Militar de Porto Alegre
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im pela primeira vez na SiNUS, em 2013,com muitas expectativas e tenho certeza de que elas foram completamente atendidas. Foi muito empolgante ter passado esses curtos 5 dias debatendo sobre a crise econômica europeia, já que esse tema é, além de muito importante, recorrente em provas de vestibular. Gostei bastante do alto nível das discussões e do esforço geral por parte de meus colegas. Vale elogiar também a excelente estrutura do colégio que sediou a Sinus, além das festas, coffee breaks, noite de abertura e claro a tão esperada Noite das Nações.
Sinceramente, a mesa diretora do meu comitê era excelente, já que era feita de pessoas competentes, acessíveis, prestativas e dedicadas. Além de tudo isso, foi maravilhoso ter conhecido pessoas novas e aprofundado a amizade com outras que já conhecia. Também foi muito bom ter treinado habilidades importantes como oratória, escrita, argumentação e audição de maneira prazerosa. De fato, a Sinus é tão legal como falam, portanto eu a recomendo categoricamente. Tenho apenas um arrependimento: não ter participado antes•
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Raphaela Menezes Representante da Itália no Fundo Monetário Internacional Jardim Escola Crescimento
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emoção se fez presente nas mãos trêmulas, no coração acelerado, no nervosismo da estréia, antes, durante e depois da SiNUS 2013. Participar de algo tão grandioso me fez ter a certeza de que essa foi a primeira de muitas. Explorar um mundo totalmente novo, como o da economia, para mim foi desafiador. Tratar de um tema tão complexo só tornou tudo mais gratificante. Afinal, quando o seu comitê é sobre a crise econômica na zona do euro e você representa a Ministra da Economia e Finanças da Itália, é necessário um certo poder de negociação além daqueles já exigidos tradicionalmente.
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A SiNUS, diferentemente do ensino médio, não teoriza e nem restringe o conhecimento a simples matéria de uma prova ou a um conteúdo finalizado. Ela te incentiva a ser uma pessoa ativa, preocupada com os problemas econômicos, ambientais e sociais. Torna esse conhecimento em algo prático. Te faz achar resoluções para a crise econômica e até a consolidação da paz. E foi exatamente isso que fizemos durante quatro dias de simulação. Debatemos, negociamos, representamos, perdermos a cabeça, construímos novas amizades, crescemos, nos divertimos, claro tinham momentos em que manter o decoro e segurar a risada era uma tarefa árdua. Enfim, trilhamos caminhos para a dignidade humana•
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Marcela Emediato Mendes de Oliveira Delegada da China na OIT CEFET-MG
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eu nome é Marcela, tenho 17 anos, nascida em Belo Horizonte e estudante do CEFET-MG. Fui apresentada ao mundo das simulações ainda no meu primeiro ano de Ensino Médio e desde então só tenho acrescentado mais e mais modelos ao meu currículo. Nesta SiNUS 2013, participei da Organização Internacional do Trabalho, comitê que tratava sobre os desafios do estabelecimento de padrões de trabalho decente na economia informal: um tema extremamente difícil de lidar e de encontrar soluções tendo em conta um contexto onde os interesse de sindicatos, empresas e governos estão envolvidos.
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Além dessa variedade de opiniões, o fato de não ser estabelecido por nenhuma organização internacional quais direitos um trabalhador inserido na informalidade deve ter facilita ainda mais que empresas e governos tenham a opção de não enxergar a realidade degradante a que muitos de seus trabalhadores estão submetidos. Diante de tal complexidade, durante os debates surgiu a ideia de criar a “Declaração da Organização Internacional do Trabalho dos Direitos dos Trabalhadores Informais” a qual, se aplicada à realidade, estabeleceria direitosbásicos para esses trabalhadores.
A SiNUS 2013 começou para mim como apenas uma viagem que não estava indo muito bem e acabou como uma experiência que me trouxe um crescimento pessoal que eu não esperava ter graças à toda a organização tanto acadêmica quanto logística que mais uma vez se mostrou impecável•
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Ícaro Pinto Coelho Harry Delegado da China na OIT CEFET-MG
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eu nome é Ícaro, sou mineiro de Belo Horizonte, tenho 17 anos, estudo no CEFET-MG e na SiNUS 2013 representei o governo da China na Organização Internacional do Trabalho. Essa foi a minha primeira participação na SiNUS e foi uma experiência única que superou todas as minhas expectativas. O evento é muito bem organizado e podemos ver que todos envolvidos se esforçam ao máximo para fazer dele o melhor possível; e, realmente, a SiNUS 2013 foi inesquecível.
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Cada simulação de que eu participo deixa sua marca em mim, e participar da Organização Internacional do Trabalho não foi diferente. Além de conhecer pessoas incríveis, o aprendizado foi enorme. Em primeiro lugar, o tema da economia informal, abordado pelo comitê, é muito interessante e foi ótimo debatê-lo, principalmente da forma como ocorre na OIT: com representantes dos governos, empresas e sindicatos. Dividir a questão entre as três partes é uma ótima forma de chegar a resoluções mais justas, e justamente por isso, a OIT se mostra um órgão exemplar dentro das Nações Unidas.
Minha representação dentro do comitê foi bastante desafiadora, desde o início.» Não é fácil representar o governo de um país tão diferente da realidade brasileira, que possui ideais totalmente diferentes e um sistema trabalhista muito complexo. Mas foi muito bom ver um pouco mais da realidade do trabalhador e, acima de tudo, do ser humano em outros países, em especial na China. E é claro que nem tudo são flores, e quanto mais nos aprofundamos nesses assuntos, mais percebemos que existem coisas que precisam ser mudadas. Assim,
participar de uma simulação que abordava, em geral, o tema do trabalho decente, fez com que todos os delegados compreendessem a situação de cada trabalhador ao redor do mundo. Por isso, saímos de nosso comitê com uma resolução em mãos que se fosse aplicada beneficiaria milhões de trabalhadores. Mas, mais importante do que isso, saímos de nosso comitê com a certeza de que nós somos capazes, de uma maneira ou outra, de mudar o mundo•
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Procura-se cura para a DPS Clara Lamatta Representante dos Emirados Árabes Unidos na Organização Mundial da Saúde Colégio Santo Agostinho – Belo Horizonte
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cordamos na segunda-feira depois da páscoa querendo por terno e salto, desejando solucionar uma crise e chegar novamente a uma proposta de resolução. Ficamos doentes sem pestanejar.Diagnóstico: Depressão Pós-SiNUS (também conhecida como DPS). E a cura? Esperar até a próxima edição.
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O porquê da DPS? Simples: em cinco dias, representamos delegados, juízes, jornalistas, mulçumanos, hindus, católicos; todos defensores de um pensamento distinto que almejavam trilhar caminhos para a dignidade humana. Nada se iguala ao último suspiro antes de erguer a placa, aos batimentos rápidos na hora de se pronunciar, às discussões que nos faziam formular respostas rápidas, como uma ida a Nárnia ou o esclarecimento de que o tema é vida humana e não “vida de alface”.
Além disso, no fim de um dia inteiro de simulação, ainda tivemos muito ânimo para festejar, fosse no Rio, em New York, em cada nação que mostrou um pouco da sua história e cultura. Fomos dormir 1 hora da manhã para acordar às 6h já prontos para mais um dia cheio de discussões, crises, moções, questões, documentos de trabalho e propostas de solução... Enfim, trabalhamos e nos divertimos insanamente, sendo que tal lembrança só agrava a DPS. Na SiNUS, descobrimos nosso poder de mudança, fizemos amizades em todo o país, crescemos indescritivelmente. A Depressão Pós-SiNUS não é uma frescura à toa, é o nosso desejo de crescer mais e mais. Assim, antes que as memórias levem a DPS para um estado crítico, proponho uma cura mais eficaz: moção para a extensão eterna da SiNUS. Delegações a favor, ergam suas placas!•
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Bruna Corrêa Representante da Santa Sé na Organização Mundial da Saúde Colégio Militar de Porto Alegre
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difícil se despedir, mesmo um “até logo” pode ser emocionante. Quando nos despedimos de algo que trouxe diversas alegrias, momentos marcantes, conhecimento, diversas histórias que serão levadas para o resto das nossas vidas, percebemos como a nossa realidade pode ser melhor. Cada novo problema é uma nova motivação. Passar cinco dias com pessoas diferentes de diversos lugares é uma experiência única. Debater sobre temas realmente importantes é ainda mais raro. Poder conhecer pessoas semelhantes e manter a esperança no mundo é uma sensação maravilhosa.
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Agora que eu voltei para a minha cidade, para o meu bairro e para o meu colégio, todos os momentos eu penso em quão bom foi passar este tempo na SiNUS. Imagino o que faria se eu pudesse mudar o presente, então eu percebo que eu posso. Não é apenas como um diplomata que eu tenho o poder de mudança: consigo mudar o meu colégio, bairro, cidade ou até mesmo o futuro de outras pessoas. Tudo o que eu aprendi tem
teor prático, eu posso transformar o mundo, mas não sozinho. Não somos nada sozinhos. Eu preciso ter como companhia pessoas que também estão dispostas a mudar, que também veem os problemas e as soluções. Algumas destas pessoas estavam na SiNUS, algumas delas no meu comitê e observando -as eu tenho esperança de um futuro promissor.Eu acredito nelas e no que elas vão representar um dia. Simular não é apenas representar um Estado, é também aprender a conviver com as pessoas. Também é conversar, debater e resolver problemas com elas. Passar cinco dias na SiNUS foi uma experiência única na minha vida, uma das mais emocionantes e divertidas.A cada momento em que me lembro desses dias eu quero voltar, mas não posso. Neste momento pós SiNUS só me resta aproveitar as amizades construídas e aguardar ansioso pela próxima simulação•
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Muito Além das Cidades Sustentáveis Cecília Resende Santos Representante do Qatar no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa
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SiNUS terminou há apenas uma semana, mas a história que pretendo narrar começou há muito mais tempo, quando eu era uma criança de dez ou onze anos folheando revistas de decoração na casa do meu pai. Aos que perguntavam o que queria ser quando crescesse, respondia “acho que quero cursar arquitetura”. A verdade é que não sabia nada sobre o curso e aquela resposta, meio insegura, proferida do fundo do banco traseiro do carro dos avós ou tios, era o fruto da mais perfeita falta de reflexão – eu nunca pensava de fato o que queria do meu futuro. O futuro estava tão longe!
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Esse conforto não seria muito duradouro, no entanto. Quando entrei no Ensino Médio, a decisão da carreira começou a ser exigida com seriedade e eu, que gostava de todas as matérias da escola, passei a integrar o grupo dos indecisos. A área de Arquitetura, que outrora me atraíra, já não tinha o mesmo brilho – achava elitista o trabalho com design, e não me interessava por Urbanismo. O terceiro ano chegou e eu ainda estava desnorteada, sem saber se faria Direito, Arquitetura, Psicologia, Relações Internacionais... Tudo era possível, e nada me satisfazia. E foi então que veio a SiNUS.
Depois de uma ansiosa espera e dos processos de distribuição de representações de minha escola, ficou decidido que representaria o Estado do Qatar no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre cidades sustentáveis, comitê que me interessara pela relevância do país - pequeno, porém rico nas discussões e pelo tema de sustentabilidade, que sempre achei especialmente atraente. Estudando para a simulação, aprendi sobre energia e sua distribuição, sobre as vantagens e impactos de cada tipo de transporte, sobre ocupação dos solos. Compreendi a importância e a necessidade de se integrar desenvolvimento econômico, social e ambiental. Percebi como é complicado tratar dos padrões de uma cidade, em que todos os aspectos se misturam e se influenciam uns aos outros, que varia tanto de país para país, que é tão dinâmica. Aprendi também que o Qatar tem uma posição proeminente em desenvolvimento sustentável, especialmente na área de design e construção sustentáveis – ou seja, Arquitetura e Urbanismo.
Voltamos, então, ao início desta história. O PNUMA – e o papel de Qatar - me fizeram pesquisar muito sobre urbanismo, planejamento e construções civis sustentáveis, e isso reavivou o velha ideia da Arquitetura. Não a vejo mais como limitada a um universo elitista ou excessivamente prática. Passei a me interessar muito por Urbanismo. Desvelei toda uma gama de possibilidades que antes não percebia nessa área de estudo, e agora posso dizer que estou decidida (pelo menos por enquanto) sobre meu curso. Por isso, digo: a SiNUS me fez aprender muito sobre o tema de meu comitê, mas revelou ainda mais sobre mim mesma•
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Minha experiência na SiNUS Juan Matheus de Matos Nascimento Representante da WWF no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Colégio CEMAB
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Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SiNUS), como um todo, foi sem sombra de dúvida a melhor experiência que eu já tive nos meus 17 anos de vida. Superando quaisquer outros eventos de cunho educativo ou não que eu já havia participado, a SiNUS se mostrou extremamente organizada, séria, bem idealizada e estruturada. De fato não é um evento voltado especificamente aos estudantes que almejam o curso de Relações Internacionais, mas um evento que contribui e adiciona ao crescimento acadêmico e pessoal de todos os participantes, mesmo aos que queiram outros cur-
sos, como eu quero cursar biologia. Digo isso por mim mesmo: Eu cresci e aprendi muito nos cinco dias da SiNUS, conheci pessoas extraordinárias e vi que os esforços de todos que participaram são recompensados com um resultado esplêndido! Sem contar que eu participei da SiNUS Social, logo convivi com o Projeto por mais tempo e ele me ensinou e me ajudou com mais coisas do que eventualmente seria para quem participou apenas do Evento em si. Indico a SiNUS aos amigos que ainda poderão fazê-la nos anos seguintes e convenço-os a levar o nome dela às suas escolas que não a conhecem ainda! Não consigo descrever com detalhes a eles o que é a SiNUS, mas é o suficiente para deixá-los com vontade de participar. Espero que eles participem nos anos seguintes e vivenciem essa experiência da qual infelizmente não poderei mais participar •
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Rayssa Dias Representante da China no 3º Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas para Assuntos Sociais, Culturais e Humanitários CEFET-MG
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scolhi o SoCHum pelo simples fato de que, dentre todos os comitês, tem um dos temas menos discutidos, seja na comunidade internacional, seja em outros modelos de simulação: a situação dos apátridas. Principalmente pelo fato de assumir a posição de um país tão importante quanto a China, senti certo tipo de pressão para que fosse efetiva no comitê. E quando achamos que estava preparada, pelo fato de termos noções políticas prévias e senso comum com relação ao mundo ao qual estamos inseridos, percebemos que existem coisas muito além de nossas capacidades de compreensão política. Nesse momento, aprende-se as lições mais valiosas da SiNUS: saber ceder, lidar, entender mesmo apesar da necessidade de manter-se firme. A
SiNUS 2013, foi um exercício de paciência e persistência, de acúmulo de conhecimento. Sua organização e preparação logística e acadêmica foram essenciais para o desenvolvimento de um comitê íntegro. A experiência que te faz crescer pessoalmente é aquela que é desafiadora e motivadora. É a que te faz questionar inclusive suas qualidades e aptidões. Então, você aposta em uma série de suposições esperando estar fazendo o seu papel da maneira correta. Tenta, na base da persistência, fazer com que no fim, sejam alcançadas as metas pessoais e coletivas. E mesmo apesar disso tudo, a SiNUS conseguiu ser muito mais do que eu esperava, pois o que mais se tem de valor, pelo menos pra mim, foi recebido: reconhecimento• 45
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Giuseppe Bonato Representante do Marrocos no 3º Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas para Assuntos Sociais, Culturais e Humanitários Colégio Militar de Porto Alegre
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xperiências. A SiNUS se resume, basicamente, a experiências. Novas, velhas, emocionantes, diferenciadas, mas, ainda sim, experiências. A experiência de simular pela primeira vez, sentir-se parte de algo maior, parte do mundo... Experiência de conhecer a capital do Brasil, de ver onde decisões importantes são tomadas, sentir a atmosfera de avanços no passado, presente, futuro... Experiência de conhecer novas pessoas, novos pensamentos, novas histórias... Experiência de trocar experiências.
A SiNUS se torna parte de nossa vida, divide nossas vidas em dois momentos: pré e pós-SiNUS. Tornamo-nos novos cidadãos, atentos aos problemas do mundo. Quaisquer novos acontecimentos nos fomentam a discutir, dar nossa opinião, ponderar sobre o assunto. A rede de amizades formadas na SiNUS tem uma extensão que não conhece fronteiras de cidades, estados. Mergulhamos em mundo só nosso, no qual os problemas do mundo têm solução. E quando emergimos, vemos que no mundo real também há, e assim queremos mostrar ao mundo. Queremos ser parte das coisas que acontecem, e, por consequência, nós somos•
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Bianca de Moura Pupo
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SiNUS é uma das melhores experiências que eu e todos aqueles que nela já estiveram terão para contar no futuro. Por apenas cinco dias de evento ficamos noites sem dormir, nos estressamos com detalhes desnecessários e ficamos mais ansiosos do que se estivéssemos na véspera de nossos vestibulares. Tive a honra de participar ao longo dos meus três anos de ensino médio desse evento incrível. Conheci ao decorrer dessas edições pessoas fantásticas que espero manter a amizade por toda a vida. Vivi desde choros nas escadas do Mackenzie até as mais verdadeiras gargalhadas nas gincanas. Defendi pontos de vista pelos quais não acreditava e aprendi que nas situações mais inóspitas você pode ser muito feliz.
Excelentíssima Senhora Juíza Pupo-Hall no Tribunal Pernal Internacional para a Antiga Iugoslávia Centro Educacional Leonardo da Vinci
Durante meus estudos para SiNUS aprendi mais sobre geopolítica do que em todas as minhas aulas dessa matéria na escola juntas. Talvez seja por tudo isso que ano após ano mais pessoas se apaixonam por esse evento e dele não querem mais deixar de participar. Sendo extremamente franca, essa é a melhor simulação do país e é muito melhor organizada do que muitas» simulações ao redor do mundo. Sentirei muitas saudades dessa que foi a minha primeira simulação e não tenham dúvidas de que eu direi a todos que me perguntarem que o melhor evento para se apaixonar pela modelândia é e sempre será a SiNUS• 49
Vinícius Gonzalez Nóbrega Excelentíssimo Senhor Juiz Nóbrega-Morrison do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia Centro Educacional Leonardo da Vinci
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escrever minha experiência na SINUS não é tarefa fácil. Esses cinco dias de simulação foram os mais divertidos, com momentos de tensão, alegria e tristeza por ter de ir embora e voltar à velha rotina. No começo, achei que iria ser difícil. Sempre enxerguei a SINUS como a simulação de mais alto nível de Brasília, e meus colegas de escola diziam que seria praticamente impossível se sair bem no evento, tamanho o nível intelectual de seus participantes. De fato,os debates têm muita qualidade acadêmica, mas, de maneira alguma, são intimidadores. Pelo contrário, a maioria dos participantes, staff e alunos é extremamente acolhedora.
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Escolhi o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia – TPII porque tenho afinidade com o tema. Muito me interessam os crimes de guerra, e a possibilidade de participar do julgamento de uma das mais notórias figuras da Guerra da Bósnia me pareceu emocionante. Debrucei-me sobre o assunto, li fragmentos de sentenças do tribunal e o excelente guia de estudos, disponibilizado pelos Diretores. Na corte, o trabalho foi árduo: tínhamos de ser extremamente sucintos em nossos debates, pois havia um cronograma de testemunhos, que deveria ser seguido à risca. Ouvimos um total de 12 testemunhas, seis de acusação e seis de defesa. Todas re-
presentaram pessoas que falaram ao Tribunal na vida real. Gostaria de parabenizar os Diretores, pois, certamente, arranjar doze pessoas para participar de nossas sessões e prepará-las para testemunhar não foi fácil. No final, o réu Radovan Karadžić foi condenado à prisão perpétua por nove dos dez crimes dos quais era acusado, entre eles genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humani-
dade. Em seguida, aconteceram as bem-humoradas votações informais e um leilão, no qualforam vendidos uma peruca usada pelo réu, a placa do TPII, uma pasta com os autos do processo (por incríveis 30 reais!) e o martelo, que comprei por R$ 60. Saí certo de que a SINUS foi a melhor simulação de que participei, tanto no nível acadêmico quanto em infraestrutura. Aguardo ansiosamente pela SINUS 2014!•
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O que eu aprendi com o tema “Tráfico de Crianças no Sudeste Asiático” Maria Clara Mendes Gonçalves Representante do Laos na Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para Ásia e Pacífico Colégio Cognitvo
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e acordo com a UNICEF, 1,2 milhões de crianças são traficadas todos os anos, e submetidas aos tipos mais terríveis de trabalho forçado. Elas sofrem com traumas inimagináveis para qualquer ser humano que consegue levar sua vida com certa dignidade. O tema da Sinus 2013 foi Trilhando Caminhos para a Dignidade Humana. Quando eu penso que alguém possa sofrer tanto apenas por ter nascido no lugar errado, ou na família errada, eu me pergunto: onde está a dignidade humana? Onde está a dignidade de uma criança que é afastada de sua família (que às vezes é a própria responsável) para ser explorada, e para que se possa conseguir dinheiro às suas custas? Se a dignidade humana está baseada no “valor intrínseco e inalienável de cada ser humano”, eu me pergunto
onde está o valor de uma criança que não poderá ter uma infância feliz. Talvez seu único valor seja o econômico. Se a dignidade humana se baseia na “autonomia do indivíduo sobre suas decisões mais profundas”, onde está a dignidade de alguém que certamente não decide ser explorado e mal tratado, mas que mesmo assim o é? Onde está» a “proteção de valores compartilhados em sociedade” na vida de uma criança desprotegida e vulnerável? Eu, certamente, tive uma infância feliz, e acredito fortemente que todas as crianças deveriam ter o direito de tê-la. Todas elas deveriam poder brincar com seus amiguinhos, correr, fazer perguntas complicadas e ingênuas aos seus pais, brigar pelo banco do meio do carro, entre tantas outras coisas. No entanto, debatendo nas sessões de simulação, percebi como era difícil simplesmente sugerir uma solução mágica para acabar com todo o sofrimento dessas pobres crianças, e ainda penso muito em relação a isso. Mas acho que é por isso que o tema da simulação foi Trilhando Caminhos para a Dignidade Humana. Os caminhos começam aqui, quando pensamos, lemos e debatemos sobre o problema. Os caminhos começaram aqui•
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Matheus Jackson de A. Cardozo Representante das Filipinas na Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e Pacífico Sistema Elite de Ensino
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e a SINUS foi especial para mim? Sim.Sou do Rio de Janeiro e sempre quis conhecer Brasília. Ao decorrer dos dias do evento, aproveitava os tempos livres para conhecer a cidade. Deslumbrei-me com a beleza de seus edifícios e monumentos, muito bem estruturados e feitos. Na minha inscrição, escolhi participar da UNESCAP representando as Filipinas, por tratar um tópico que é relevante em todos os seus aspectos e que muita das vezes é esquecido pela sociedade. O UNESCAP foi um comitê muito especial em que pude conhecer
pessoas maravilhosas e fazer novos amigos. Tratando de um tema muito sério e que é preocupação em âmbito internacional, o nível da discussão foi muito alto e nossa resolução ficou maravilhosaEm relação a minha participação, só tenho que agradecer e felicitar a organização, a mesa, os delegados, a logística e todos aqueles que participaram do evento de alguma forma. A SINUS foi mais que uma simulação ou um evento. A minha experiência no SINUS 2013 foi incrível e a levarei por toda a minha vida. Obrigado!•
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UNESCO: experiência de vida e preparação para o futuro Teresa Helena Barros Sales Delegada da Líbia na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura Oficina de Estudo Aprendizar
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nsiedade é a palavra que define os meses que antecedem a SiNUS. Madrugadas de estudos, leitura de artigos científicos, guias, documentos de posição oficial, cartilha dos Diretos Humanos... E, assim, cria-se o termo “APS” – Ansiedade PréSiNUS. Todos sofrem com isso. Não sou mais uma simples inscrita em uma simulação. Sou delegada. Sou uma diplomata. Escolho o comitê e o país. UNESCO vira meu sobrenome. A defesa dos homossexuais se torna um lema de vida. Abraço a causa. Preparo-me para defender pontos de vistas diferentes dos meus, para superar os maiores obstáculos. As discussões no comitê são acaloradas. Os delegados possuem personalidade forte e posições extremamente bem definidas. A von-
tade de falar se torna maior que o medo de errar. Países islâmicos formam alianças e ocidentais insistem em querer burlar a religião. Os diretores propõem debates não moderados. Eles se irritam com o barulho. Querem mais foco. Os delegados se levantam e documentos de trabalho são criados. E rasgados. Decoro, senhores! UNESCO é exatamente o comitê certo para polêmicas e divergências. Você percebe isso quando lê “a cultura do espetáculo” no tema principal das discussões. É assim: os debates são um verdadeiro espetáculo onde os delegados são atores e os diretores filmam, filtram e moderam as encenações. Crises são iniciadas a partir de testemunhas reprimidas pela sociedade. Mais problemas. Todos confinados. Propostas fazem o nível do debate se elevar e, o estresse, também. Mídia, identidade sexual, gêneros e cultura são palavras que viram clichê nas discussões. O cansaço é nítido no rosto de todos, o olhar denuncia as horas sem dormir. Finalmente, chegamos a uma conclusão. Resoluções são colocadas para votação e aprovadas. Crise resolvida. No último dia, todos já chegaram ao seu limite. Mas,
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parece que nada é tão importante quanto sentar na cadeira e se denominar presente votante na abertura da sessão. Homossexuais precisam ter seus direitos assegurados, identidades sexuais continuam a ser construídas e a mídia representada. É revigorante olhar os diretores e sentir que eles esperam algo de nós. Eles, mais do que qualquer um, acreditam que soluções serão criadas e essa conferência será um sucesso. E foi. Penas de morte serão erradicadas nos países orientais, homossexuais terão direitos e cirurgias de mudança de sexo serão aceleradas em todo o mundo. Quantas decisões importantes para um comitê só. Toda simulação tem seus objetivos e, particularmente, acredito
que todos foram alcançados nessa edição da SiNUS. E, acredito também, que os diretores criaram expectativas a respeito da UNESCO em si. Tenho certeza que conseguimos superá-las ou, pelo menos, nos esforçamos muito para tal. Esse comitê foi, sem dúvidas, a melhor experiência da minha vida, uma oportunidade única. Delegados com uma personalidade incrível, diretores com uma inteligência invejável e assuntos de caráter máximo de importância que só acrescentaram conhecimento a todos. Se eu pudesse dizer apenas uma coisa, seria: parabéns delegados, obrigada diretores. Ainda, mantenham o decoro e até a próxima simulação!•
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Entre a alegria e a saudade Carolina Valadares Tantikitmanee Delegada da Malásia na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura Colégio Santo Agostinho – Belo Horizonte
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a primeira vez que fui à SINUS, me apresentaram algo chamado DPS. A depressão pós-SiNUS, à primeira vista, parece um exagero criado pelos organizadores do evento, alienando-nos a acreditar que aquele feriado representaria uma das melhores experiências de nossas vidas. Quão errada eu me descobri Eis aqui a minha definição: quando a última sessão acabou. “declaro aberta a SINUS 2013”; “iniciamos a primeira sessão O que eu senti na SINUS 2013 passa da Organização das Nações por documentos produzidos, Unidas para Educação, Ciência discursos encerrados, tempos e Cultura”; “alguma questão ou cedidos, moções requisitadas e moção? Visto que não a mesa questões postas. O que eu senti reconhece...”; “decoro, senhotem nome e significado no dicio- res delegados”; “moção para nário. “s.f. Forte impressão de debate moderado de nove » prazer causada pela posse de um minutos, com quarenta e cinco bem real ou imaginário: pular de segundos de discurso, visto que alegria. / Júbilo, contentamen- há muitas nações desejando se to, gáudio. / Tudo que alegra e pronunciar”; “questão de dúvicontenta: os filhos são a alegria da”; “a mesa reconhece o docudos pais. / Sucesso feliz. / Festa, mento de trabalho...”; “faço coro divertimento” é o significado de às palavras do delegado..”; “cedo “alegria” no dicionário Aurélio. meu tempo”; “estamos em crise”.
Por alguns dias esquecemos nossas idades, nossas religiões, crenças e ideologias. Por alguns dias assumimos o nosso lado formal, aderimos palavras notáveis e opiniões questionáveis. Adotamos políticas e fizemos discursos nunca pensados por nós. Defendemos o que criticávamos, criticamos o que defendíamos. Com unhas e dentes protegemos a nossa política, a nossa nação. Esquecemos a timidez e, por vezes, deixamos nossa polidez, nosso autocontrole, em casa. No caso dos diretores, por alguns dias encarnaram a força de Thor. E então, de repente, estou em casa.
tem tratamento. Minto, sim, há tratamento, mas este demora. O tratamento inicia-se após um ano de espera, acessando, todos os dias, o site da SINUS, procurando a próxima data do evento. Tratamento ineficiente. Ele dura cinco dias, mas os sintomas voltam quando este acaba. SINUS significa alegria, mas também significa saudade eterna•
Estou em casa, mas sinto falta do som do martelo batendo na mesa, sinto falta das vozes se sobrepondo nos debates não moderados, sinto falta da perda de foco. Sinto falta dos meus colegas delegados, sinto falta dos meus diretores. Sinto falta de falar e ser ouvida, aplaudida, mesmo que sem som. Sinto falta de ouvir, de discordar, de ceder e ver os outros cedendo. Sinto falta de criticar o delegado e no fim da sessão conversar com a pessoa por trás desse chefe de nação. 61 Então percebo que estou com DPS, a pior sensação que se pode sentir. DPS não tem remédio, não
Tomás Valim Angelo Delegado dos Estados Unidos no United Nations Security Council Colégio Militar de Brasília
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ssa foi a minha terceira e, infelizmente, última SiNUS como delegado. Representando os Estados Unidos da América no Conselho de Segurança das Nações Unidas debatendo uma questão tão delicada como a da Guerra Civil Síria me fez enxergar novas perspectivas que eu, até então, desconhecia. Acredito que não poderia ter tido experiência melhor nessa simulação para me despedir do mundo modeleiro secundarista. Integralmente imerso, durante cinco dias, nas discussões que permeavam não só a esfera social da população que reivindicava maior participação política e manutenção dos direitos humanos intrínsecos,
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mas também a enorme e variada gama de mecanismos que a comunidade internacional poderia utilizar para cessar a guerra, é com enorme confiança que afirmo que, hoje, sou uma pessoa mais completa por entender realmente a situação em que o povo sírio, e muitos outros, enfrentam para lutar pela sua dignidade. O choque de opiniões devido ao intercâmbio cultural que transcendia de cada representação respeitando suas respectivas políticas externas também foi um fator essencial para» alcançarmos uma situação muito próxima à realidade e que condiz com o cenário político que estamos vivenciando. Conseguir realmente entender o porquê das coisas em se tratando de problemáticas de âmbito global só foi possível graças a esse modelo das Nações Unidas, que tanto preza e sempre gozou de excelente nível acadêmico•
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