Diário de Classe - Ed. 254: DEZ/2018

Page 1

construindo:

i n f o r m at i vo d o S i n d i c ato d o s S e r v i d o r e s d o M a g i s t é r i o M u n i c i pa l d e C u r i t i ba | # 254 | dezembro 2018 | Gestão “For tes com a Base - Só a Luta Muda a Vida”

A única certeza de 2019 é de que

haverá muita luta Para garantir direitos conquistados, a organização da resistência é mais do que necessária

Fotos: SISMMAC

É

inegável que o ano de 2018 foi muito difícil para os servidores municipais e também para o conjunto da classe trabalhadora. No âmbito municipal, o funcionalismo de Curitiba totalizou 31 meses sem reajuste salarial. Apesar dos salários terem sido descongelados em novembro deste ano, o percentual do reajuste de 3% – que deve ser pago em folha suplementar, segundo a administração – ficou muito aquém dos 9,48%, que representam a perda sofrida pelos trabalhadores ao longo de mais de dois anos.

Outra derrota imposta por Greca e seus comparsas foi a mudança definitiva da data-base dos servidores para 31 de outubro. E ainda tem a ameaça constante de redução salarial com a mudança do auxílio-transporte para créditos em cartão transporte, aprovada no pacotaço de 2017. Por isso, é preciso, desde já, termos em mente a necessidade de construir uma forte greve geral do serviço público para o ano que vem. Para além dos salários e dos planos de carreira, as contratações de professores e de servidores do quadro geral ficaram

muito abaixo do necessário. E, para economizar às custas dos servidores e também da qualidade do serviço público, o prefeito ainda quer aprovar contratação via Processo Seletivo Simplificado (PSS). Esse será nosso próximo enfrentamento! O projeto de lei já está na Câmara e exigirá uma forte mobilização no próximo período. Em poucos dias, o magistério estará em merecidas férias. Aproveite esse período para descansar e recarregar as energias, pois o ano de 2019 exigirá organização da nossa categoria e também da nossa classe.


2

# 254 | DEZ.2018

MOBILIZAÇÃO

Condições de vida e trabalho devem piorar no próximo período e resistência precisará aumentar A construção de uma greve geral precisa começar agora para enfrentarmos o capital e seu novo governo Ricardo Stuckert

É preciso fortalecer resistência contra os ataques, como ocorreu no ato nacional do dia 29 de setembro

N

o cenário nacional, a Reforma Trabalhista, a PEC do Teto e as terceirizações anunciam que vivemos tempos difíceis. A miséria e a piora das condições de trabalho e de vida do conjunto da classe trabalhadora são propostas concretas do novo

governo e precisaremos enfrenta-las com muita luta. A eleição de Jair Bolsonaro, de seus aliados no Congresso Nacional e o crescimento de uma onda conservadora até mesmo dentro da nossa classe servem de alerta para todos que

lutam pela construção de uma sociedade de igualdade social. O presidente eleito já anunciou que pretende mexer na previdência dos trabalhadores, inclusive dos servidores públicos. Apesar de também dizer que não irá mexer em direitos garantidos pela Constituição, não se engane: nenhuma alteração será para a melhora das condições de vida da nossa classe. A criação de uma carteira de trabalho verde e amarela, o anúncio do fim do Ministério do Trabalho e as constantes ameaças à estabilidade dos servidores públicos são fortes indícios, só não vê quem não quer. Tratam-se, sim, de graves ataques aos nossos direitos duramente conquistados. Mas, como já aconteceu em outros momentos da nossa história enquanto classe, só existe saída com luta, capacidade de organização e mobilização dos trabalhadores. A construção da greve geral precisa começar agora. O enfrentamento às políticas de retirada de direitos precisa virar tema das conversas nos locais de trabalho, estudo e moradia. E essa é uma tarefa de todos nós!

XII Congresso aponta greve geral como prioridade para o próximo período

A

pós dois dias de intensos debates, o XII Congresso do SISMMAC aprovou resoluções que buscam fortalecer o Sindicato para enfrentar a conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores e o aumento da criminalização aos movimentos sociais. Além de reforçar o trabalho de base, a prioridade é impulsionar a construção da greve geral para reverter os ataques já aprovados e barrar os que ainda virão, como é o caso da Reforma da Previdência.

Para fortalecer o processo de reorganização dos trabalhadores, a maioria dos delegados decidiu pela construção política da Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora. O magistério também aprovou, durante o Congresso e em assembleia geral no encerramento, a desfiliação do SISMMAC da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) por entender que a entidade se burocratizou e está afastada de suas bases.

Fotos: SISMMAC

Congresso que marca os 30 anos do SISMMAC foi realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro

Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças - Curitiba/PR, CEP. 80.220-070

| Gestão “Fortes com a Base - Só a Luta Muda a Vida” Equipe de Comunicação: Thaíse Mendonça (DRT 8696/PR), Dalane Santos (DRT 10051/PR) e Júlia Trindade | Diagramação e ilustração: Ctrl S Comunicação (www.ctrlscomunicacao.com.br)

Mantenha-se

informado!

Site: www.sismmac.org.br

Facebook: www.facebook.com/sismmac

Lista de transmissão Whats APP: 99737-2120

Telefone: 3225-6729


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.