Diário de Classe - Ed. 192: JUN/2013

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Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba # 192 | junho 2013 | Gestão "Novos Rumos - A Alternativa de Luta¨ |

Vamos construir um Plano de Carreira que atenda às necessidades do magistério! Com o Grupo de Trabalho, a Prefeitura vai mexer na carreira dos profissionais da rede e esse é o momento de fazer debates nos locais de trabalho Págs 6 e 7

Hora-atividade

Vale-refeição

Educação Integral

Prefeitura diz que cumpre 33,33% de hora-atividade, mas realidade das escolas é bem diferente

Saiba mais sobre os avanços que tivemos nessa Pauta e veja como será feito o cálculo de quem irá receber Pág 3

Professores cobram melhores condições de trabalho e infraestrutura para as unidades

Pág 4

Pág 8


2

| Informativo do Sismmac | # 192 | junho 2013

editorial

prestacao de contas

Parte Permanente - Graduação Parte Permanente - Especialização

C

omeçamos o mês de junho com novos desafios para o magistério municipal de Curitiba. Nos manteremos organizados ao longo do ano para lutar por conquistas que assegurem, no desenvolvimento do nosso trabalho, a manutenção dos direitos já adquiridos e o avanço nas outras reivindicações. Do outro lado, temos uma nova administração à frente da Prefeitura que já está completando seis meses de atuação sem ter cumprido ainda sua promessa de fazer com que a educação seja prioridade em Curitiba. A maior parte de nossa Pauta de Reivindicações Prioritária ainda está em aberto para debates e discussões que serão feitas em Grupos de Trabalho ao longo do ano. Além disso, terminamos o mês de maio e a ampliação da hora-atividade para 33,33% ainda não foi efetivamente implementada. Em visitas às escolas e através de relatos de professores temos visto que ao invés de avançar estamos retrocedendo nesta pauta em muitas unidades. Não podemos aceitar essa situação e nem recuar nas ações que garantam esse direito para todos os professores da rede municipal de Curitiba. Também devemos intensificar nossa mobilização para não perdermos direitos por conta do cumprimento deste. Faça o registro no livro ponto sempre que for obrigado a abrir mão da hora-atividade por causa do descompromisso da Prefeitura. Iniciamos as reuniões dos dois Grupos de Trabalho referentes ao Plano de Carreira em maio desde ano. O primeiro vai tratar da revisão do Plano de Carreira atual, com prazo de término em dezembro de 2013, e o segundo vai rever os enquadramentos feitos em 2001. C prazo desse segundo GT termina em setembro deste ano. A efetiva participação e envolvimento da categoria são os elementos que nos farão avançar na luta pelo Plano de Carreira, através do debate sobre os pontos de pauta que tratam dessas reivindicações e da organização nos locais de trabalho. Devemos nos manter atentos para garantir um amplo debate frente às propostas que irão surgir no decorrer das reuniões com a Prefeitura. A defesa feita pelos professores que representam o magistério nesses Grupos de Trabalho terá maior força se a categoria se mostrar mobilizada e fizer pressão, demonstrando unida que não abrirá mão da garantia de seus direitos e de mudanças que proporcionem avanços no plano, e não retrocessos. Neste mês, acontece a segunda panfletagem para comunidade, com um gibi sobre o balanço das nossas negociações com a Prefeitura. Esse é o momento de nos unirmos e mobilizarmos nosso local de trabalho para denunciar para as mães e pais de nossos alunos a forma como a educação de Curitiba tem sido tratada por essa nova administração. Só assim poderemos garantir a compreensão e apoio da comunidade, diante das mobilizações, caso sejam necessárias novas ações mais duras ainda no decorrer desse ano. Todos juntos pela busca de um Plano de Carreira que valorize a formação e o tempo de serviço. Nenhum direito a menos!

Parte Permanente - Mestrado

Para não perder direitos, magistério tem que intensificar a luta pela revisão do Plano de Carreira e pela ampliação da hora-atividade

Parte Permanente - Doutorado

Junho: Esquenta a luta pelo Plano de Carreira

Parte Especial

Tabela de Vencimentos do Magistério Abril/2013 (com 6,77% de reajuste) A

B

C

D

E

F

G

H

I

100

1.010,54

1.038,83

1.067,92

1.097,82

1.128,56

1.160,16

1.192,64

1.226,04

1.260,37

101

1.295,66

1.331,93

1.369,23

1.407,57

1.446,98

1.487,49

1.529,14

1.571,96

1.615,97

102

1.661,22

1.707,74

1.755,55

1.804,71

1.855,24

1.907,19

1.960,59

2.015,48

2.071,92

103

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

1.531,71

1.574,60

1.618,69

1.664,01

1.710,60

1.758,50

1.807,74

1.858,36

104 105

1.910,39

1.963,88

2.018,87

2.075,40

2.133,51

2.193,25

2.254,66

2.317,79

2.382,69

106

2.449,40

2.517,98

2.588,49

2.660,97

2.735,47

2.812,07

2.890,80

2.971,75

3.054,96

107-PI

3.140,49

3.228,43

3.318,82

3.411,75

3.507,28

3.605,48

3.706,44

3.810,22

3.916,90

108-PI

4.026,58

4.139,32

4.255,22

4.374,37

4.496,85

4.622,76

4.752,20

4.885,26

5.022,05

107

1.336,42

1.373,84

1.412,31

1.451,85

1.492,50

1.534,29

1.577,25

1.621,42

1.666,82

108

1.713,49

1.761,46

1.810,78

1.861,49

1.913,61

1.967,19

2.022,27

2.078,89

2.137,10

109

2.196,94

2.258,46

2.321,69

2.386,70

2.453,53

2.522,23

2.592,85

2.665,45

2.740,08

110

2.816,80

2.895,67

2.976,75

3.060,10

3.145,79

3.233,87

3.324,42

3.417,50

3.513,19

111-PII

3.611,56

3.712,68

3.816,64

3.923,50

4.033,36

4.146,30

4.262,39

4.381,74

4.504,43

112-PII

4.630,55

4.760,21

4.893,49

5.030,51

5.171,36

5.316,16

5.465,02

5.618,04

5.775,34

111

1.536,88

1.579,91

1.624,15

1.669,63

1.716,38

1.764,43

1.813,84

1.864,63

1.916,83

112

1.970,51

2.025,68

2.082,40

2.140,71

2.200,65

2.262,26

2.325,61

2.390,73

2.457,67

113

2.526,48

2.597,22

2.669,94

2.744,70

2.821,55

2.900,56

2.981,77

3.065,26

3.151,09

114

3.239,32

3.330,02

3.423,26

3.519,11

3.617,65

3.718,94

3.823,07

3.930,12

4.040,16

115-PIII

4.153,29

4.269,58

4.389,13

4.512,02

4.638,36

4.768,23

4.901,74

5.038,99

5.180,08

116-PIII

5.325,13

5.474,23

5.627,51

5.785,08

5.947,06

6.113,58

6.284,76

6.460,73

6.641,63

500

1.767,41

1.816,89

1.867,77

1.920,06

1.973,83

2.029,09

2.085,91

2.144,31

2.204,35

501

2.266,08

2.329,53

2.394,75

2.461,81

2.530,74

2.601,60

2.674,44

2.749,33

2.826,31

502

2.905,44

2.986,80

3.070,43

3.156,40

3.244,78

3.335,63

3.429,03

3.525,04

3.623,74

503

3.725,21

3.829,51

3.936,74

4.046,97

4.160,28

4.276,77

4.396,52

4.519,62

4.646,17

504

4.776,27

4.910,00

5.047,48

5.188,81

5.334,10

5.483,45

5.636,99

5.794,83

5.957,08

505

6.123,88

6.295,35

6.471,62

6.652,82

6.839,10

7.030,60

7.227,45

7.429,82

7.637,86

PRESTAÇÃO DE CONTAS Março/2013 SALDO DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2013 Saldo Bancário 84.489,63 Saldo Poupança 135.074,36 Fundo de Greve 53.539,42 Caixa Interno 5.290,32 SALDO TOTAL 278.393,73 DEMONSTRATIVO DE RECEITAS DE MARÇO: Mensalidades Associados 147.977,14 Fundo Processual 2.180,12 Outros 1.070,01 TOTAL RECEITA 151.227,27 DEMONSTRATIVO DE DESPESAS DE MARÇO: Informática Hospedagem/site 455,00 Internet/Onda 19,82 Manutenção dos computadores 400,00 Programa para envio de SMS 360,00 Aquisições Móveis e utensílios 3.000,00 Assessorias e Serviços Dieese 583,64 Honorários Advocatícios 4.122,40 Contabilidade 882,67 Fotocópias e autenticação 357,57 Locação copiadora 550,00 Motoboy/serviços de entega 23,00 Empresa de segurança 90,00 Assinaturas 48,77 Auxílios Diretoria/alimentação 815,40 Bolsa/Estagiárias 1.766,94 Diretoria/Transporte 826,80 Transporte/serviços internos 55,75 Transporte/assessoria 33,00 Transporte/estagiária 208,00 Correios 87,20 Energia Elétrica/COPEL 176,60 Encargos 16.056,35 Contribuição estatutária/CNTE 5.621,00 Sanepar 74,99 Eventos Reuniões específicas 525,63 Cursos internos de formação 1.020,07 Eventos CNTE 3.023,32 Conselho de representantes 387,46 Campanha de Lutas 2013 10.241,13 Trabalhadores Salários e auxílio transporte 22.718,76

Rescisão contratual 5.617,41 Exames periódicos 25,00 Exame admissional 25,00 Cursos de especialização 82,00 Assistência médica 3.792,92 Plano odontologico 325,45 Seguro de vida 167,20 Cesta de páscoa 245,31 Contribuição sindical 58,26 Jurídico Gastos processuais 3.261,17 Sede Material de consumo/limpeza 196,78 Material de escritório 394,08 Manutenção e reparos 1.100,00 Aluguel/IPTU 6.839,51 Comunicação Jornal/cartazes/folders 2.996,00 Publicaçao de editais 280,00 Telefone OI FIXO 406,30 GVT 219,87 TIM 1.932,28 Transporte Atividades sindicais 59,40 Veículos Combustível 650,00 Desgaste /combustível 261,30 Estacionamento 293,75 Estar 15,00 Manutenção 821,00 Seguro Gol 1.493,46 IPVA/TAXAS DETRAN 837,40 Tarifas Bancárias 67,90 Apoio a outros movimentos* Movimento Despertar - Itaperuçu 680,00 Sindicato dos Sapateiros de Franca 1.000,00 Resist. com a Base - Oposição Sintcom-PR 2.000,00 Chapa - SINDSERV Santos 660,00 Oposição - Bancários de Brasilia 2.000,00 TOTAL DESPESAS 113.335,02 SALDO ATUAL: CAIXA INTERNO SALDO BANCÁRIO SALDO POUPANÇA FUNDO DE GREVE

1.877,20 76.317,40 135.709,57 68.229,31 APLICAÇÃO (CDB) PARA COMPRA DA SEDE 35.083,30 SALDO TOTAL 317.216,78

* O apoio a outros movimentos faz parte da política aprovada no último Congresso do SISMMAC. A contribuição mensal de 6,2%, que antes era destinada à CUT, passou a ser utilizada como apoio financeiro para movimentos que atuam de acordo com os princípios da organização por local de trabalho, formação política, autonomia em relação a partidos políticos e independência frente a patrões e governos.

expediente Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças – Curitiba/PR, CEP. 80.220-070 Fone/Fax.: (41) 3225-6729 | Gestão “Novos Rumos - A Alternativa de Luta” (2011-2014) Direção liberada: Andressa Fochesatto, Gabriela Dallago, Gabriel Conte, João Antonio Rufato, Patrícia Giovana Rezende, Rafael Alencar Furtado, Siomara Kulicheski e Suzana Pivato Direção que permanece nas escolas: Anella Bueno, Carolina Cunha, Claudiane Pugsley, Cristiane Bianchini, Eliete França, Eumar André Köhler, Geny Maria Dallago, Graça dos Santos, Izabel de Oliveira, Milaine Alves Barszcz, Mylena Garcia Deutscher, Nanci Cordova Yasdeck, Natalia Gaudeda, Pedro de Alcântara Pereira Neto, Rodrigo de França, Rosana Pilch Carlesso, Silmara Carvalho e Wagner Argenton Equipe de Comunicação: Thaíse Mendonça (DRT 8696/PR) e Dalane Santos Projeto gráfico, ilustração e diagramação: Ctrl S Comunicação | Simon Taylor (www.ctrlscomunicacao.com.br)


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junho 2013 | # 192 | Informativo do Sismmac |

Realidade da Escola

Estrutura física da Escola Tanira Schimidt está comprometida Unidade escolar tem apenas cinco anos de existência, mas já sofre com infiltrações, mofo e salas alagadas

C

onstruída há pouco mais de cinco anos, a Escola Municipal Tanira Regina Schimitd já apresenta problemas em sua estrutura física. Na escola, rachaduras, infiltrações, goteiras e mofo são facilmente encontrados. É só a chuva aparecer, o que não é difícil de acontecer em Curitiba, que algumas salas alagam e a infiltração nas paredes fica ainda mais visível. Nesses dias chuvosos, é comum ver baldes espalhados pela unidade e uma das turmas tem a sala de aula reduzida pela metade, já que as poças d’água tomam conta de parte do espaço.

Teto mofado e armários apodrecendo em escola da Regional Boa Vista

Os armários que guardam os materiais de professores e alunos estão apodrecendo com a umidade e não é raro encontrar cadernos embolorados. Outro grave problema é o cheiro forte de mofo nas salas. A mãe de um aluno com rinite alérgica comentou que o filho chega em casa reclamando do cheiro da sala e com a alergia agravada. Existem outros casos de alunos que receberam atestado médico com crises de bronquite, provavelmente, agravados pelo odor das salas de aula. Mães e pais reclamaram e o Conselho Escolar já debateu o assunto.

Fotos: arquivo SISM

MAC

O encaminhamento foi formalizar a reclamação junto ao 156, entretanto, a administração não deu nenhuma resposta até o momento. A Escola também já enviou ofícios para a Prefeitura, mas não houve retorno. Mais de 100 alunos são diretamente prejudicados por essas condições. Tanto a segurança e a saúde de alunos e professores, que podem escorregar e cair com o chão liso ou adoecer com o cheiro de mofo, quanto o ensino e aprendizagem sofrem com a estrutura física da escola. Prefeitura, está na hora de tomar uma providência! A qualidade da educação e a saúde de professores e alunos deve estar em primeiro lugar!

Vale-refeição: avanço e os novos problemas

P

ela primeira vez, uma parte dos profissionais do magistério terá o direito de receber o auxílio refeição. Esse avanço, fruto das negociações deste ano com a Prefeitura, entretanto, trouxe novos problemas que temos que combater. Agora, pela primeira vez, o magistério tem os mesmos problemas dos demais servidores que já recebiam o benefício. É preciso lutar para retirar o teto limitador afim de que todos que tenham dois padrões e RIT recebam. Também temos que exigir que o valor do auxílio refeição seja aumentado. Hoje, esse valor está perto de R$8,00/dia, o que soma cerca de R$160,00/mês.

O cálculo do teto salarial

Para o cálculo, deve-se somar o salário base, com os adicionais (quinquênio, por exemplo) e as gratificações (difícil provimento ou de educação especial).

Desse total, que é a remuneração, diminuem-se os valores descontados do IPMC, ICS e Imposto de Renda. Se o resultado for menor do que R$ 1.711 o servidor será contemplado. Segundo a SMRH, esse teto aumentará para cerca de R$1.900 em novembro deste ano quando termina a incorporação do PPQ para os demais servidores. Incorporação que já conquistamos com a greve do ano passado.

Sobre o auxílio ser para todos independente da jornada

Essa proposta não apareceu em nenhum momento da elaboração da Pauta de Reivindicações 2013. Entretanto, pode aparecer na construção da Pauta de Reivindicações 2014 e, se for aprovada, com certeza a direção do SISMMAC fará a defesa. Por isso, a participação de todos na construção de nossas reivindicações é importante. Participe e dê suas opiniões!

O que reivindicamos: Nossa Pauta de Reivindicação, que foi enviada a todas as escolas no ano passado e aprovada por unanimidade em assembleia, 12. Auxílio refeição: modificar a lei 13142/2009, suprimindo o art. 3 e modificando o art. 4, garantindo assim aos profissionais do magistério com dois padrões ou com Regime Integral de Trabalho, o direito a esse benefício, independentemente da faixa salarial.

O que conquistamos: O auxílio será pago para quem tem dois padrões ou RIT, o que não estava contemplado na proposta inicial da administração. A Prefeitura, entretanto, não retirou o teto limite. Assim, somente quem recebe, em um padrão, o valor de até R$1.711,00 receberá o auxílio nesse primeiro momento.


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| Informativo do Sismmac | # 192 | junho 2013

hora-atividade

Arquivo SISMMAC

Na reunião, administração afirmou que nomeará mais 100 professores e que os 33,33% de hora-atividade serão alcançados nas escolas até o final do primeiro semestre

Prazo para implantação dos 33,33% já está acabando e a paciência dos professores também Em reunião com o SISMMAC, Prefeitura afirma que a ampliação da hora-atividade segue conforme previsto, mas a realidade das escolas mostra o contrário

C

hegamos ao mês de junho e um dos primeiros compromissos assumidos pela nova administração com o magistério não foi cumprido. Todas as direções de escola receberam no dia 1º de fevereiro um cronograma de como a hora-atividade seria ampliada nas escolas. Essa informação foi repassada para as professoras e professores na semana pedagógica, conforme orientação da Secretaria Municipal de Educação. Segundo esse cronograma, até o mês de maio todas as escolas ampliariam a hora-atividade de todos os professores para 33%33, que é o mínimo exigido em lei federal. A proposta apresentada pela Prefeitura trazia também uma novidade: essa ampliação viria acompanhada de uma modificação na organização curricular, com a separação do conteúdo de Ciências do trabalho das professoras regentes, que passaria a ser desenvolvido pela professora que faz a corregência. A Prefeitura prometeu, mas não cumpriu a principal medida que seria necessária para essa ampliação: a contratação dos

professores necessários. De fevereiro para cá, a administração nomeou profissionais da Docência I e II SOMENTE para repor as exonerações, aposentadorias, falecimentos e as mudanças de área. Ou seja, não ampliou em nada o quadro que já se tinha calculado para os 20% de hora-atividade. Além disso, temos visto também retrocessos em algumas unidades. Várias escolas que no fim do ano passado ou início deste ano conseguiram implantar os 33% de hora-atividade, tiveram que retornar aos 29% por causa da falta de professores. Não bastasse o descumprimento do que foi divulgado pela própria Secretaria de Educação aos profissionais do magistério, a administração também ainda não assumiu o compromisso de garantir o direito aos 33,33% de hora-atividade para os demais profissionais que estão lotados em CMEIs, CMAEs, Salas de Recursos e Classes Especiais. Esse tempo para planejamento e estudo está garantido em Lei para todos os trabalhadores do magistério em trabalho com alunos e não abriremos mão de direitos conquistados à base de muita luta.

Falta clareza sobre os prazos e o processo de implantação Em negociação com o SISMMAC, o discurso da Prefeitura foi diferente do informado às escolas. Quando exigimos a apresentação do prazo para essa ampliação, a demora foi grande e a resposta foi diferente: fim do 1º semestre de 2013. Mas a maior surpresa veio depois. As chefias de núcleo apresentaram uma terceira informação para as diretoras e pedagogas em reunião nos seus núcleos: os 33,33% de hora-atividade não são nem para maio, nem para o fim do 1º semestre; não há previsão de que esse direito seja assegurado este ano. Na reunião do dia 29 de maio, remarcada depois que a administração adiou a reunião da semana anterior sobre o tema, a Prefeitura argumentou que o processo de ampliação da hora-atividade está acontecendo conforme o previsto, com alguns problemas pontuais, e afirmou que nomeará mais 100 professores para atender a demanda das escolas. A direção do SISMMAC está fazendo um novo diagnóstico para atualizar os dados do que avançou e do que não avançou em relação à hora-atividade em cada unidade. Com esses números, cobraremos que a administração atenda os casos onde o direito ainda não foi garantido e assegure os 33,33% de hora-atividade para os professores de CMEI, CMAEs, Salas de Recursos e Classes Especiais que ainda não tiveram esse direito reconhecido na prática. Vamos cobrar que o discurso apresentado pela Prefeitura no início da gestão se transforme em ações práticas que demonstrem a valorização dada à educação. É hora de cada escola fazer pressão, junto com os pais e comunidade, para exigir a contratação do número de professores que falta na escola para que o mínimo legal de hora-atividade seja cumprido. O movimento feito pela Escola Municipal CEI Érico Veríssimo é exemplo de que quando os professores estão unidos e articulados com a comunidade a pressão sobre a administração pode dar resultado.


junho 2013 | # 192 | Informativo do Sismmac |

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CONAE 2014

Professores debatem valorização profissional para a Conae 2014 Texto orientador da Conferência traz problemas como falta de prazos e ausência de punição para descumprimento das metas, além de não possuir propostas sobre condições de trabalho Dalane Santos/SISMMAC

Conferência Livre, realizada no SISMMAC, debateu propostas para a valorização dos trabalhadores em educação

A

segunda edição da Conferência Nacional da Educação (Conae) acontecerá entre os dias 17 e 21 de fevereiro de 2014, em Brasília. Até lá, acontecerão etapas preparatórias: conferências municipais, estaduais e conferências livres. Para orientar o debate nestes espaços, o Fórum Nacional da Educação e o Ministério da Educação (MEC) elaboraram um Documento Referência, composto por sete eixos. O Eixo IV trata da Valorização dos Profissionais da Educação e foi objeto de estudo da Conferência Livre Intermunicipal realizada no dia 18 de maio, no SISMMAC. Durante o evento, fizemos a leitura do documento e pudemos identificar dois grandes problemas. O primeiro se refere ao fato de que a maioria das proposições e estratégias não apresentam prazos para sua implantação. O segundo é sobre a falta de uma penalização àqueles que não cumprirem o que está colocado no documento. Os trabalhadores da educação convivem com esse mesmo pro-

blema na Lei do Piso, e sabem as dificuldades enfrentadas para fazer com que municípios e estados cumpram o piso salarial e a ampliação da hora-atividade. Outra questão identificada pela plenária do encontro é que o documento não apresenta propostas e estratégias sobre condições de trabalho, mesmo esse sendo um dos itens do Eixo. Por isso, a direção do SISMMAC defende que devemos levar para as conferências municipais e estadual nossas reivindicações historicamente construídas. A valorização profissional não se dá sem condições de trabalho: redução do número de alunos por turma; dimensionamento de pessoal levando em conta os diferentes níveis e modalidades de ensino; a ampliação gradativa da hora atividade para 40% e 50%.

A participação do magistério de Curitiba nas etapas preparatórias da Conae A CONAE 2010 não nos traz boas lembranças. Por um lado, o governo convocou os trabalhadores da educação, pais e alunos a “participarem” das conferências e, nesses espaços, aprovou-se um documento final no qual constavam boa parte das nossas reivindicações para uma educação gratuita e de qualidade para todos. Por outro, vimos todas essas propostas serem excluídas ou modificadas no texto do Plano Nacional da Educação, fazendo com que pensemos se vale à pena participar mesmo desses espaços. Hoje, entendemos que a participação se faz necessária para que possamos levar nossa concepção de educação e também as mudanças que se fazem necessárias e urgentes nessa área. Entretanto, não podemos colocar todas as nossas forças e esperanças nesses espaços, acreditando que é dali que sairão os avanços que tanto almejamos. A história nos mostra que todas as vitórias que já tivemos, seja enquanto processo pedagógico, seja enquanto valorização profissional ou financiamento para educação, foram através de muita luta. E essas mobilizações se deram tanto por parte dos trabalhadores envolvidos com educação quanto pela classe trabalhadora como um todo, que entende que a educação tem um papel importante para a transformação dessa sociedade desigual em que vivemos. Por isso, convidamos todas as/os professoras/ es a se apropriarem dessa discussão, debatendo nas escolas quais são as mudanças que queremos. Para contribuir no debate, disponibilizamos no site do SISMMAC (www. sismmac.org.br) o Relatório Final da nossa Conferência Livre Intermunicipal. A Conferência Municipal de Curitiba será nos dias 21 e 22 de junho e as professoras e professores da rede municipal terão 28 vagas. No Conselho de Representantes de junho, elegeremos os representantes do magistério municipal para essa Conferência.


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junho 2013 | # 192 | Informativo do Sismmac |

Plano de Carreira

GT para revisão dos enquadramentos

A Prefeitura vai mexer na sua carreira.

E você, vai fazer o quê? O Grupo de Trabalho sobre a Carreira já está em andamento e você, professora ou professor, precisa organizar a sua escola para fazer esse debate

A

o longo desse ano decidiremos o futuro da nossa carreira na Prefeitura. O futuro de todos nós. Desde quem está começando na rede até quem está para se aposentar. A administração municipal está organizada para fazer as mudanças que ela acha adequada para nossa carreira. Cabe a nós, nos organizarmos ainda mais e defendermos a carreira que queremos e merecemos. Durante as negociações da Campanha de Lutas, foram formados dois grupos de trabalho que vão debater a carreira. O primeiro que vai rever o Plano e acelerar os crescimentos e o segundo que vai rever as distorções ocorridas no enquadramento de 2001. O Sismmac garantiu

Como funcionará a discussão Após as discussões no GT do Plano de Carreira, a Prefeitura irá lançar enquetes no portal RH 24h para consultar a opinião de mais servidores sobre as propostas consensuais ou não formuladas pelo GT. Essas consultas não decidirão os encaminhamentos dados pelo Grupo, mas servirão de parâmetros para as discussões e também para a reformulação da tabela. Na reunião do dia 20 de maio, a direção do SISMMAC reivindicou que as propostas iniciais da administração municipal sejam encaminhadas com antecedência para o Sindicato, para que seja possível estudá-las e também nos posicionarmos com maior fundamentação nesse importante debate. Outra medida que será tomada para termos uma intervenção mais qualificada no GT será a realização de encontros preparatórios para as reuniões do Grupo. As reuniões serão principalmente para as professoras e professores da rede que compõem o GT, mas a atividade será aberta para todos que queiram contribuir nesse debate. Além disso, no dia 29 de junho faremos um Seminário para debater a nossa Carreira. O evento tem como objetivo ampliar e qualificar ainda mais esse debate na categoria. Na sede do SISMMAC das 9h às 13h. Durante todo esse processo, a direção do SISMMAC convocará assembleias para toda categoria debater os encaminhamentos que faremos no decorrer do ano. Até dezembro o GT deve fechar uma proposta de alteração para nosso Plano de Carreira. Essa proposta será encaminhada para Câmara de Vereadores para votação entre fevereiro ou março de 2014.

a participação do magistério nesses dois grupos de trabalho.

GT do Plano de Carreira

A administração quis ditar as regras do jogo, porém rejeitamos o processo de escolha formatado pela Prefeitura para composição do Grupo de Trabalho e elegemos em assembleia os representantes do magistério nessa discussão. O GT terá como objetivo discutir e propor reformulações para o nosso Plano de Carreira. Ele será composto por seis profissionais do magistério eleitos em assembleia da categoria, três professores da rede selecionados pela Prefeitura através do portal RH 24h e três representantes da administração. A primeira reunião do

Outro Grupo de Trabalho que está em andamento é o que irá revisar as distorções geradas pelos enquadramentos feitos em 2001. A primeira reunião deste GT aconteceu no dia 17 de maio e definiu um calendário para a discussão que deve se prolongar até setembro. Ficou marcada para o dia 17 de junho uma reunião para rever o reenquadramento dos profissionais da Docência II que realizaram o procedimento de mudança de área antes de 2001 e também a revisão da equiparação de Docência I e II para reajustar as distorções ocorridas nesse processo. Já para o dia 03 de julho a Prefeitura se comprometeu a apresentar uma proposta revisada da tabela, com os reequandramentos dos profissionais que se encontravam, em 2001, nos padrões 21 e 24 nos níveis ‘b’ em diante.

GT será no dia 12 de junho. Essa é uma reivindicação histórica do magistério, demos somente o primeiro passo e precisamos estar mobilizados para avançar nas conquistas em nosso Plano de Carreira!

Programação

Seminário para debat er o Plano de Carreira

Data: 29 de ju nho Horário: 9h Local: Sede d o SISMMAC – Rua Nunes Machado, 157 7 – Bairro Reb ouças Venha constru ir um Plano d e Carreira que atenda à s necessidade s do magistério ! Participe!

O que a direção do SISMMAC tem feito para organizar a categoria: No X Congresso do SISMMAC, que aconteceu em setembro de 2012, aprovamos junto com a categoria que o Plano de Carreira e as Condições de Trabalho seriam os pontos centrais para a Campanha de Lutas deste ano. Essa proposta foi concretizada por meio dos materiais da Campanha de Lutas 2013 e nas discussões com a categoria. No mês de março enviamos material específico sobre a carreira, para que os profissionais da rede pudessem fazer o debate em seus locais de trabalho. Muitas escolas nos chamaram e fizemos os debates fora do horário de trabalho com os professores interessados. Essas discussões servem para que as professoras e professores possam tirar dúvidas, conhecer as reivindicações construídas pela própria categoria e possam defendê-las coletivamente nas enquetes que a Prefeitura fará. A direção do SISMMAC tem visitado os locais de trabalho constantemente, estimulando que mais professores façam o debate sobre a carreira e nos chamem para participar. É importante que esses espaços aconteçam em todas as escolas até o final do primeiro semestre de 2013. Todos os Conselhos de Representantes de 2013 debateram o Plano de Carreira como forma de qualificar esse debate junto aos representantes das escolas. Dessa forma, esses professores poderiam trabalhar essa questão com seus colegas de trabalho.

O que você pode fazer pela sua carreira Lição de casa

Como professores, cobramos que nossos alunos entreguem a lição de casa em dia. Mas nós também temos tarefas a cumprir! Para que as nossas reivindicações sejam atendidas e para que tenhamos um Plano de Carreira mais condizente com as nossas necessidades, precisamos nos organizar nos nossos locais de trabalho e realizar debates sobre a carreira com o coletivo de professores da escola. Use o material específico sobre a carreira produzido pelo Sindicato, disponível no site, e organize sua escola para debater. Chame a direção do SISMMAC para participar dessa discussão; O SISMMAC vai produzir mais uma História em Quadrinhos. Organize e faça a panfletagem junto à comunidade como forma de esclarecer aos pais e alunos nossas reivindicações. Sem uma carreira e condições de trabalho dignas o que fica prejudicada é a qualidade da educação

pública que temos condições de construir e oferecer; Eleja o representante sindical de sua escola e garanta a participação dele nos Conselhos de Representantes. Assim, a informação chega mais rápido em seu local de trabalho e a escola pode encaminhar questionamentos para serem debatidos nesses espaços; Acompanhe através de nosso site e das redes sociais as atualizações dessa discussão e converse com seus colegas de

trabalho. Qualquer dúvida que surgir, entre em contato com a direção do Sindicato; Antes de se posicionar individualmente nas enquetes que a Prefeitura fará, debata na escola as questões apontadas e construa coletivamente o posicionamento frente a essas pesquisas; Participe dos espaços de debate promovidos pelo Sindicato sobre o tema. Convide e motive seus colegas a participarem também. Afinal, juntos somos mais fortes!

Somente com nossa organização e mobilização podemos avançar coletivamente em conquistas para nossa carreira. Não deixe esse momento passar em branco. Participe, converse com os colegas, organize seu local de trabalho e vamos juntos avançar rumo a novas conquistas!


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Educacao Integral

Escola não é depósito de criança! Professores da educação integral se organizam para cobrar melhores condições de trabalho e infraestrutura para as unidades

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erca de 20 mil crianças estudam em escolas de tempo integral em Curitiba, mas a maioria das unidades não possui estrutura ou o número de profissionais adequado para garantir a qualidade das atividades desenvolvidas. Para dar um fim a esse descaso e proporcionar uma educação de qualidade para essas crianças, professoras e professores que atuam na educação integral estão se organizando com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho e infraestrutura adequada. A primeira reunião aconteceu no dia 16 de maio e definiu que o magistério fará um levantamento dos problemas enfrentados nessas unidades para apresentar para a Prefeitura na próxima reunião do Grupo de Trabalho sobre a Educação Integral. As reuniões da Educação Integral realizadas no SISMMAC terão continuidade no mês de junho. Converse com seus colegas, levante os problemas enfrentados em seus locais de trabalho e venha debater conosco no dia 13 de junho, as 18h30, na sede do SISMMAC! Vamos, juntos, exigir condições para ofertar uma educação integral de qualidade para as crianças de Curitiba! Fotos: Arquivo SISMMAC

Principais problemas enfrentados na educação integral Estrutura física

Os espaços físicos das escolas e unidades são inadequados para atender as crianças em tempo integral. São estruturas antigas, que necessitam de reformas urgentes. Não há um espaço adequado para as refeições, para a higiene, para o descanso e para atividades e oficinas diversificadas. A acústica dos pisos e das UEIs é péssima, interferindo nas atividades e também na saúde do professor que trabalha ali. Nos pisos, as divisórias que separam uma sala da outra não isolam o som e o espaço em que as crianças ficam é pequeno. O acesso às salas é feito por escadas, sem qualquer segurança e sem acessibilidade para cadeirantes. Nas UEIs, o espaço de trabalho não é funcional e, apesar de as crianças estarem divididas por faixas etárias próximas, o espaço não tem divisórias, o que afeta qualquer trabalho pedagógico. Como fazer oficina de teatro ou dança, por exemplo, com uma turma de 20 em um espaço compartilhado por 50 crianças ao mesmo tempo?

Falta de profissionais

Um dos maiores problemas vividos hoje é a falta de profissionais para atender a demanda dessas escolas. Faltam professores e inspetores, e o número de profissionais indicado no dimensionamento precisa ser imediatamente revisto. A educação integral tem características diferenciadas do ensino regular que devem ser levadas em conta na hora do dimensionamento de pessoal. A hora do almoço é o principal problema, pois não existem profissionais para esse horário previstos no dimensionamento.

20 mil crianças estudam em tempo integral; O atendimento é feito nos Centros de Educação Integral (CEIs), Unidades de Educação Integral (UEIs) e em turmas integrais em escolas regulares; As crianças permanecem por 9 horas na escola. Em um período, elas têm o ensino regular e no outro desenvolvem práticas educativas diversas.

Número de alunos por turma

Em algumas unidades, faltam divisórias e os professores têm que compartilhar o mesmo espaço com turmas diferentes

Esse problema atinge a rede como um todo e vem sendo pauta recorrente do magistério de Curitiba. Além de diminuir o número de alunos nas turmas regulares, é urgente e necessário reduzir o número de alunos por professor nas práticas ofertadas no contraturno. Hoje a prioridade para a matrícula nas vagas de contraturno é para crianças em situação de vulnerabilidade social e para estudantes que necessitam de apoio pedagógico. São, portanto, crianças que precisam de um atendimento mais individualizado, o que é impossível numa turma com 30 estudantes.

Series finais

Para ficar de olho!

Prefeitura ainda não apresentou resposta sobre jornada das escolas de 6º a 9º ano

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assado mais de um mês desde a última reunião do Grupo de Trabalho sobre as escolas de 6º a 9º ano, a Prefeitura ainda não apresentou sua posição sobre a possibilidade de adotar a hora-aula de 50 minutos no cálculo da composição da jornada.

Na última reunião, realizada no dia 25 de abril, o magistério recusou a proposta de apenas regulamentar a jornada atual e exigiu que a Prefeitura apresentasse uma resposta oficial sobre a revindicação da categoria.

Frente às cobranças feitas pela direção do SISMMAC, a administração enviou um email aos participantes do GT informando que ainda está realizando os estudos e que, assim que finalizá-los, marcará uma nova reunião.


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Informe-se!

NEAB abre nova turma do curso de especialização em educação das relações étnico-raciais

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Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da Universidade Federal do Paraná está ofertando uma nova turma do Curso de Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais, com início previsto para o dia 13 de julho. O SISMMAC indicará 12 pro-

fessoras e professores interessados para participar da seleção do NEAB. Desse total, seis serão selecionados para participar do curso. As inscrições devem ser feitas através do site do SISMMAC até às 12h do dia 10 de junho. O curso é gratuito.

Informações sobre o curso: Carga Horária Total: 360 horas Período de realização: 13 de julho de 2013 a julho de 2014, com aulas. De agosto de 2014 a janeiro 2015, com produção e apresentação de monografia. Aulas: aos sábados, das 8h às 12h20 e das 13h30 às 17h40.

Último mês para a inscrição de artigos na Revista Chão da Escola

T

ermina no dia 26 de junho o prazo para o envio de artigos para a 11º edição da Revista Chão da Escola, que será lançada em outubro deste ano. A publicação, organizada anualmente pelo SISMMAC, tem o objetivo de divulgar o resultado de pesquisas e projetos desenvolvidos pelo magistério municipal. Os interessados podem enviar seus artigos para o email imprensa@sismmac.org.br, mas também deverão entregar uma cópia em CD, na sede do Sindicato. O artigo deverá ter, no máximo, seis mil palavras, incluindo, título, resumo e referências. Os textos recebidos serão encaminhados ao Conselho Editorial, que analisará o conteúdo e poderá apresentar sugestões de alteração ou recomendar que o artigo não seja publicado. Confira mais informações sobre a estrutura dos artigos no site no SISMMAC.

QUEM TE VIU, QUEM TE Ve

Dedicação que vai além da aposentadoria Mesmo depois da aposentadoria, Maria Ivone Perdigão continuou trabalhando como professora junto com as filhas

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epois de dedicar 26 anos de sua vida à rede municipal de educação de Curitiba, a professora Maria Ivone Perdigão se aposentou, mas não conseguiu se afastar das salas de aula e da paixão pelo magistério. Junto com as três filhas, ela abriu uma pré-escola, no Cajuru, região onde mora e onde trabalhou a maior parte da vida. “O amor é tão grande que não conseguimos ficar longe do carinho das crianças. É por isso que escolhi continuar no magistério, profissão em que me realizei bastante”, conta. Enquanto estava na rede, Maria Ivone passou pelas escolas Coronel Durival de Britto e Silva, Prefeito Omar Sabbag e pela Escola Municipal Prefeito Linneu Ferreira do Amaral, onde lecionou por 16 anos. A vivência nas escolas do Cajuru lhe permitiu acompanhar o desenvolvimento da região e ver vários de seus alunos crescerem. “Hoje, eu encontro

vários professores das escolas onde trabalhei e ex-alunos meus que agora são pais e que trazem suas crianças para estudar aqui”. Há 10 anos, a pré-escola Aquarela tem unido à família Perdigão em torno da paixão pelo magistério. Duas filhas de Maria Ivone são professoras e mantêm um padrão na pré-escola e outro padrão na rede municipal de São José dos Pinhais. A terceira filha ajuda a administrar as finanças. Os netos, um a um, também passam por lá como alunos. Com mais de 35 anos de profissão, Maria Ivone acompanhou as mudanças no cotidiano das escolas e o processo de desvalorização dos professores. “No início, não tínhamos suporte material e tudo o que levávamos para a sala de aula era novidade. Tínhamos o reconhecimento das crianças e dos pais, o que hoje não existe. Os professores não recebem mais o devido valor que merecem”, avalia. Apesar dos desafios, Maria Ivone ainda não pensa em deixar as salas de aula: “Educar me faz bem e eu pretendo continuar enquanto tiver forças!”, conta. Para quem está começando agora como professor, a aposentada recomenda “muita garra e muito amor” para seguir na profissão fazendo o melhor possível. “É preciso ter muita garra e muito amor para ensinar aquilo que você deseja para os seus alunos. De um jeito ou de outro, você volta a encontrar essas crianças depois, crescidas”.

O Diário de Classe possui a seção “Quem te viu, quem te vê”, que conta a cada mês, a trajetória e história de vida de uma professora aposentada. A seção é um espaço para que essas trabalhadoras compartilhem suas experiências com o conjunto do magistério. Siomara Kulicheski

Com mais de 35 anos dedicados ao magistério, Maria Ivone não pensa em deixar as salas de aula

Se você é professor aposentado da rede municipal de Curitiba e ainda não participa do Coletivo de Aposentados do Sindicato, organize-se para acompanhar as reuniões que acontecem na última quinta-feira do mês, às 14h, na sede do SISMMAC! Esse é um espaço importante, que ajuda a manter a categoria unida e mobilizada mesmo após a sala de aula.


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Giro pela educacao

Nova versão do PNE reduz meta de investimento em educação pública Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou proposta que inclui gastos com a iniciativa privada no cálculo dos 10% do PIB para a educação

N

o dia 28 de maio, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o parecer de José Pimentel (PT-CE) que inclui as verbas destinadas à iniciativa privada no cálculo dos 10% do PIB para a educação, o que modifica a proposta aprovada anteriormente na Câmara dos Deputados. A nova redação substitui a expressão “investimento federal em educação pública” por "investimento público em educação". Essa alteração passa a incluir na meta os projetos que repassam dinheiro a empresas privadas, como é o caso do ProUni. A proposta aprovada anteriormente na Câmara dos Deputados já possuía inúmeros pontos negativos, como a criação de metas genéricas, sem prazos e mecanismos de acompanhamento, e a inexistência de qualquer punição para os governantes que deixarem de investir em educação o percentual definido em Lei. Com essas novas alterações aprovadas na CAE, que ainda serão votadas por outras duas comissões e pelo plenário da casa, aumentam-se as brechas que possibilitam que o governo federal descumpra as metas ou maquie os dados de investimento em educação. O novo PNE deveria ter sido aprovado em 2010, quando terminou a vigência do PNE 2001-2010. Entretanto, o governo ignorou a maior parte das propostas aprovadas na Conferência Nacional de Educação (Conae) e utilizou várias manobras para adiar a aprovação do Projeto. Só depois de quase dois anos de tramitação, o PNE foi aprovado na Câmara dos Deputados e, agora, começa a ser debatido no Senado.

Royalties do petróleo para a educação

O relatório aprovado na CAE também estabelece que todos os recursos provenientes de contratos para exploração do petróleo, assinados a partir de dezembro de 2012, sejam destinados à educação. A medida foi comemorada por diversas entidades sindicais, que veem essa ação como um compromisso do governo com a ampliação do investimento em educação. Entretanto, diversos especialistas têm denunciado que é um erro definir os royalties do petróleo como principal fonte de captação para as verbas adicionais que serão necessárias. Isso porque os recursos advindos dos contratos celebrados a partir de dezembro de 2012 só estarão efetivamente disponíveis daqui a cerca de oito anos.

Na rede estadual de SP, greve termina com agressão contra professores

Adriano Vizoni/Folhapress

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greve dos professores estaduais de São Paulo, que se estendeu por 18 dias, terminou debaixo dos cassetetes da Polícia Militar. Durante a assembleia que decidiria sobre a continuidade da paralisação, a polícia agrediu um grupo de professores que estava descontente como a direção do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp). O momento da contagem dos votos gerou divergências entre a categoria. Para a direção da Apeosp, que é filiada à CUT, venceu a posição de suspender a paralisação e retornar ao trabalho. Entretanto, para parte dos professores presentes, venceu a posição de permanecer em greve até que as reivindicações fossem atendidas. A agressão da Polícia Militar contra os professores teve início quando o grupo de manifestantes tentou interditar as três faixas da Avenida Paulista para forçar a recontagem dos votos.

Gustavo Basso/CC

Após 22 dias de luta, professores municipais de São Paulo encerram greve

D

epois de 22 dias de luta, os professores municipais de São Paulo decidiram encerrar a greve. Apesar de não ter conquistado as principais reivindicações, a greve é considerada vitoriosa porque demonstrou a disposição de luta e a força da categoria contra os ataques do governo. Os professores paulistanos lutavam por melhores condições de trabalho e pela correção das perdas salariais acumuladas durante os últimos anos. A mobilização fez o prefeito Fernando Haddad (PT) recuar em alguns ataques, como a ameaça de corte do pagamento sem garantia de reposição. Também conquistou a retirada do artigo da Lei sobre o reajuste salarial – 10,19% para 2013 e 13,43% para 2014 – que impedia a mobilização da categoria nos próximos quatro anos.


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junho 2013 | # 192 | Informativo do Sismmac |

Alem dos muros da escola

Ruy Sposati

Índios resistem em Belo Monte Cerca de 170 indígenas ocupam o canteiro de obras e reivindicam a suspensão de obras e dos estudos de hidrelétricas na Amazônia

O

s índios da região de Altamira, no Pará, ocuparam pela segunda vez em menos de um mês o principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. A ocupação, feita por cerca de 170 indígenas, foi iniciada no dia 27 de maio. As diversas tribos ali representadas reivindicam a suspensão de obras e dos estudos de hidrelétricas na Amazônia, exigindo que uma consulta prévia – com poder de veto – seja realizada. Além disso, outra solicitação do movimento é a presença do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República. No início de maio, os índios haviam suspendido a ocupação em andamento porque a Justiça Federal garantiu que haveria negociação, o que não ocorreu. Os povos indígenas e comunidades tradicionais afetadas pela UHE Belo Monte nunca foram consultados, conforme prevê a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho,

Indígenas exigem coerência do governo e do judiciário

para que pudessem dizer se querem ou não o empreendimento. O Estado tem tratado o caso com ordens de reintegração de posse e também com força policial, que tem hostilizado os ocupantes com ameaças verbais e intimidação. Após a ocupação, os indígenas também sofreram o corte do fornecimento de água e energia elétrica nas instalações onde estão alojados, elementos que a Força Nacional tem utilizado para tentar

Metalúrgicos da Mabe de Campinas e Hortolândia

MP dos Portos Governo, empresariado e Central Única dos Trabalhadores juntos em benefício da iniciativa privada a iniciativa privada. Entretanto, a real situação dos estivadores não é essa. O governo Dilma tem alardeado que sem a intermediação do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), um órgão público, os custos operacionais serão reduzidos. Porém, nós, trabalhadores, sabemos quem irá sentir essa redução: os trabalhadores portuários que terão suas condições de trabalho precarizadas e salários diminuídos. Esse é apenas um dos problemas que ficam claros com a MP dos Portos. Para além disso, fica claro também ao lado de quem está a CUT. Com isso, a necessidade de nos reorganizarmos enquanto classe e darmos novos rumos ao movimento sindical brasileiro está cada vez mais evidente. Vamos juntos construir uma nova forma de lutar!

Trabalhadores se mobilizam contra demissões em massa

O

s metalúrgicos da Mabe de Campinas e Hortolândia estão em greve e acampam em frente às portas das fábricas. A mobilização é contra as demissões em massa que estão sendo praticadas pela empresa que fechou a fábrica na cidade de Itu, demitindo aproximadamente 1.300 trabalhadores. Os trabalhadores estão firmes contra os ataques dos patrões e não vão admitir nenhum direito a menos!

Intersindical

A poucas horas de perder a validade, a MP dos Portos foi aprovada pelo Senado. E o que isso significa? Setores sociais estratégicos da economia brasileira passam para as mãos de empresas privadas. A Medida Provisória 595, a MP dos Portos, estabelece novas regras para as concessões, arrendamentos e autorizações de instalações portuárias, públicas ou privadas. O texto final da Medida ainda contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores, que, entre outros problemas, afirmou que os sindicatos consideram que a redação contempla os interesses dos trabalhadores. Para a Central, está garantido o direito dos portuários de trabalhar tanto nos portos públicos quanto nos privados que serão concedidos pelo governo para

desmobilizar e garantir a entrada de mais destacamentos policiais dentro do canteiro. A luta contra a instalação de Belo Monte é uma luta em defesa da cultura indígena e das comunidades inteiras que se criaram no entorno dos rios. Os mega projetos de geração de energia causam graves impactos ambientais e sociais e destroem o modo de vida dos povos e das comunidades tradicionais da região.


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cultura

caderno de poesia

Cultura

Sara Menina caseira Só inventa moda Não quer sair de casa Não quer ir pra escola. Duas vezes a mãe pôs ela Em escolinhas pertinho de casa Mas as reclamações sempre vinham: Sua filha é inteligente Mas não para quieta um minutinho Deixa a lição na carteira E corre brincar no parquinho. A mãe levava a menina pra casa Os parentes, tias, avós, e até as irmãs Riam da situação Diziam que a menina não tinha jeito não Por causa da mãe De coração muito mole. Tinha mesmo esse problema: Tenho que dar duro nesta menina Enquanto ainda é pequenina!

Festa Junina do SISMMAC

Junho é mês de xadrez, canjica e quentão. Para comemorar à maneira caipira, o SISMMAC realiza mais uma edição da Festa Junina. No dia 29 de junho, tire o chapéu e o vestido do guarda-roupa e venha dançar quadrilha e curtir música ao vivo com o magistério. O arraiá acontece na Sociedade Universal, das 16h às 0h. Vai ter pinhão e pipoca à vontade ao longo de todo o evento e das 20h30 às 22h os presentes também poderão saborear um buffet de comida típica. Apenas as bebidas deverão ser pagas à parte. Cada sindicalizado poderá adquirir dois convites com o custo de R$ 5,00 cada. Basta ligar para o Sindicato, no telefone 3225-6729, e colocar o nome na lista da Festa Junina. No dia, os demais convites serão vendidos por R$ 15,00 na entrada do evento.

Data: 29 de junho Horário: das 16h às 0h Local: Sociedade Universal Ingresso: R$ 5,00 para sindicalizado e mais um convidado com nome na lista. No dia, os ingressos custarão R$ 15,00.

Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba Cinema

O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba acontece entre os dias 6 e 14 de junho. O Festival, dedicado à exibição de videoarte e cinema experimental, conta com uma seleção ampla e de qualidade, com filmes independentes de todo o mundo que possuem um caráter inovador e comprometido. O evento reúne novos talentos, diretores veteranos, convidados e público em um ambiente propício para o debate e aparecimento de novas ideias. O objetivo dos idealizadores do projeto é promover reflexões sobre o cinema e também formar novos olhares. Para isso, curtas e longas metragens pouco convencionais nas salas de cinema receberão destaque no evento. Além da exibição de filmes, o Festival também fará debates, oficinas, seminários e outras atividades.

Pensando bem Essa menina tem razão Aprisionam a criança, trancam o portão O movimento, a liberdade, a imaginação.

Gisele Negrão

Programação:

Divulgação

Mas brincar é tão bom Até hoje não deixei essa mania não Por que na escola Deixam a brincadeira Pra por as crianças A copiarem besteiras?

E lá dentro desse lugar chamado escola Aprendem sei lá o que Pra usar sei lá onde Repetições e tolices São pequenos aprendizes Fadados a lerem Um mundo sem significados.

Douglas Rezende

Programação: Data: de 6 a 14 de junho Endereço: os filmes serão exibidos no Espaço Itaú de Cinema, na Cinemateca de Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer, no Sesc Paço da Liberdade, no Teatro Guairinha, no Memorial de Curitiba e na Casa Heitor – SESI PR Ingressos: sessão de longa metragem: R$ 5,00 (inteira) | R$ 2,50 (meia entrada) sessão de curta metragem (programa com 4-5 curtas): R$ 1,00 (valor único)

Professora da Escola Municipal Coronel Durival de Britto e Silva

Professor da rede publica livro sobre badminton Lançamento

Este espaço é destinado para a produção artística das professoras e professores da rede municipal de Curitiba. Envie seus poemas, contos e crônicas para o email imprensa@sismmac.org.br que eles serão publicados nesta seção.

Professor na Escola Municipal CEI Curitiba Ano 300 no Eny Caldeira, Paulo Bastianini, em conjunto com keiko V.O.Fonseca, lançou em maio a primeira referência teórica em português sobre o badmington. O badminton, jogo realizado com peteca e raquete, tem como objetivo fazer a peteca tocar na quadra adversária. A publicação já havia sido disponibilizada online em 2012, mas a partir de agora é possível ter acesso a versão impressa. Para adquirir uma cópia da publicação, entre em contato com o professor Paulo Bastianini pelo e-mail paulobastianini@gmail.com

Divulgação


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