Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba # 191 | maio 2013 | Gestão "Novos Rumos - A Alternativa de Luta¨ |
Por uma carreira que valorize a formação e o tempo de serviço!
Magistério luta para garantir que a Prefeitura respeite os espaços de decisão da categoria e garanta avanços na carreira Págs 6 e 7 Educação infantil
Séries finais
CONAE
Mudanças e ampliação das vagas devem ser acompanhadas de mais investimento em condições de trabalho e qualidade do ensino Pág 4
Mesmo depois de duas reuniões, Prefeitura não deu resposta sobre mudança na composição da jornada Pag 5
SISMMAC organiza conferência livre para discutir temas da CONAE com outros sindicatos da região Pag 8
| Informativo do Sismmac | # 191 | maio 2013
Parte Especial Parte Permanente - Graduação
N
o mês em que comemoramos o Dia Internacional da Classe Trabalhadora, o SISMMAC convoca todas as professoras e professores de Curitiba a participarem ativamente da luta por avanços e novas conquistas para nossa categoria. Iniciamos, no mês de abril, o debate sobre o Plano de Carreira nas escolas. Esse é um momento importante para estudar a carreira, entender quais são as mudanças que estão em jogo e por quais iremos nos mobilizar. O anúncio feito pela administração do caminho que pretende seguir para a reestruturação do Plano de Carreira reafirma a necessidade de nos organizarmos a partir dos locais de trabalho para exigir os avanços que tanto reivindicamos. Esse será um ano de muita luta e a melhor maneira de avançarmos em novas conquistas é nos colocando em movimento em cada local de trabalho. Um bom exemplo de que a organização por local de trabalho pode dar bons frutos é apresentado neste jornal pelas professoras e professores do CEI Érico Veríssimo, que com união e mobilização, junto à comunidade, obtiCaminho proposto veram uma imporpela Prefeitura para tante conquista: a contratação de sete GT do Plano de Carreira novos profissionais desrespeita representação do magistério para do magistério e reafirma a escola. necessidade de lutarmos E é com essa mesma garra e mobili- por avanços" zação que devemos nos manter firmes e atentos para cobrar as promessas da administração municipal. Ao contrário do que foi anunciado pela Prefeitura em um panfleto distribuído para os servidores, a maioria de nossas reivindicações ainda não foram atendidas. Um exemplo disso é que a jornada das escolas que atendem as séries finais do ensino fundamental permanece indefinida. Outra reivindicação que ainda está pendente é a ampliação da hora-atividade para 33,33% da jornada. Em mesa de negociação, a administração assumiu o compromisso de que essa implantação será feita até o final deste mês em todas as escolas da rede. Entretanto, as unidades de ensino têm enfrentado inúmeros problemas e tudo indica que o prazo não será cumprido mais uma vez. Além disso, há também a situação dos CMEIs que nem os 20% de hora-atividade estão conseguindo garantir. No último jornal, afirmamos que a Campanha de Lutas de 2013 não se encerraria com a data-base, mas que, ao contrário, continuaria ao longo do ano com mobilizações e pressão para garantir que os diversos Grupos de Trabalho formados para analisar nossas reivindicações avancem de fato na garantia de direitos. A Prefeitura, através de suas secretarias, tenta agora desmobilizar e fragmentar a luta, publicando notícias mentirosas sobre o saldo das negociações. Devemos ficar atentos e não permitir que nossa união e mobilização sejam abaladas por essas mentiras. A melhor forma de enfrentar os desafios que são colocados é nos mantermos unidos e lutarmos por nossos direitos!
Tabela de Vencimentos do Magistério Abril/2013 (com 6,77% de reajuste)
Parte Permanente - Especialização
Maio: Vamos cobrar, com pressão, novos avanços nas negociações
prestacao de contas
Parte Permanente - Mestrado
editorial
Parte Permanente - Doutorado
2
A
B
C
D
E
F
G
H
I
100
1.010,54
1.038,83
1.067,92
1.097,82
1.128,56
1.160,16
1.192,64
1.226,04
1.260,37
101
1.295,66
1.331,93
1.369,23
1.407,57
1.446,98
1.487,49
1.529,14
1.571,96
1.615,97
102
1.661,22
1.707,74
1.755,55
1.804,71
1.855,24
1.907,19
1.960,59
2.015,48
2.071,92
103
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1.531,71
1.574,60
1.618,69
1.664,01
1.710,60
1.758,50
1.807,74
1.858,36
105
104 1.910,39
1.963,88
2.018,87
2.075,40
2.133,51
2.193,25
2.254,66
2.317,79
2.382,69
106
2.449,40
2.517,98
2.588,49
2.660,97
2.735,47
2.812,07
2.890,80
2.971,75
3.054,96
107-PI
3.140,49
3.228,43
3.318,82
3.411,75
3.507,28
3.605,48
3.706,44
3.810,22
3.916,90
108-PI
4.026,58
4.139,32
4.255,22
4.374,37
4.496,85
4.622,76
4.752,20
4.885,26
5.022,05
107
1.336,42
1.373,84
1.412,31
1.451,85
1.492,50
1.534,29
1.577,25
1.621,42
1.666,82
108
1.713,49
1.761,46
1.810,78
1.861,49
1.913,61
1.967,19
2.022,27
2.078,89
2.137,10
109
2.196,94
2.258,46
2.321,69
2.386,70
2.453,53
2.522,23
2.592,85
2.665,45
2.740,08
110
2.816,80
2.895,67
2.976,75
3.060,10
3.145,79
3.233,87
3.324,42
3.417,50
3.513,19
111-PII
3.611,56
3.712,68
3.816,64
3.923,50
4.033,36
4.146,30
4.262,39
4.381,74
4.504,43
112-PII
4.630,55
4.760,21
4.893,49
5.030,51
5.171,36
5.316,16
5.465,02
5.618,04
5.775,34
111
1.536,88
1.579,91
1.624,15
1.669,63
1.716,38
1.764,43
1.813,84
1.864,63
1.916,83
112
1.970,51
2.025,68
2.082,40
2.140,71
2.200,65
2.262,26
2.325,61
2.390,73
2.457,67
113
2.526,48
2.597,22
2.669,94
2.744,70
2.821,55
2.900,56
2.981,77
3.065,26
3.151,09
114
3.239,32
3.330,02
3.423,26
3.519,11
3.617,65
3.718,94
3.823,07
3.930,12
4.040,16
115-PIII
4.153,29
4.269,58
4.389,13
4.512,02
4.638,36
4.768,23
4.901,74
5.038,99
5.180,08
116-PIII
5.325,13
5.474,23
5.627,51
5.785,08
5.947,06
6.113,58
6.284,76
6.460,73
6.641,63
500
1.767,41
1.816,89
1.867,77
1.920,06
1.973,83
2.029,09
2.085,91
2.144,31
2.204,35
501
2.266,08
2.329,53
2.394,75
2.461,81
2.530,74
2.601,60
2.674,44
2.749,33
2.826,31
502
2.905,44
2.986,80
3.070,43
3.156,40
3.244,78
3.335,63
3.429,03
3.525,04
3.623,74
503
3.725,21
3.829,51
3.936,74
4.046,97
4.160,28
4.276,77
4.396,52
4.519,62
4.646,17
504
4.776,27
4.910,00
5.047,48
5.188,81
5.334,10
5.483,45
5.636,99
5.794,83
5.957,08
505
6.123,88
6.295,35
6.471,62
6.652,82
6.839,10
7.030,60
7.227,45
7.429,82
7.637,86
PRESTAÇÃO DE CONTAS Fevereiro/2013 SALDO DO MÊS DE JANEIRO DE 2013 Bancário 52.948,88 Saldo Poupança 134.442,15 Fundo de Greve 38.394,84 Caixa Interno 3.106,47 TOTAL 228.892,34 DEMONSTRATIVO DE RECEITAS DE FEVEREIRO: Mensalidades Associados 148.123,12 Fundo Processual 4.030,00 TOTAL RECEITA 152.153,12 DEMONSTRATIVO DE DESPESAS DE FEVEREIRO Informática Hospedagem/site 455,00 Internet/Onda 19,82 Manutenção dos computadores 85,80 Programa Banco de Dados 1.200,00 Aquisições Móveis e utensílios 115,92 Veículo 18.500,00 Assessorias e Serviços Dieese 583,64 Honorários Advocatícios 4.122,40 Contabilidade 882,67 Fotocópias e autenticações 10,46 Locação copiadora 550,00 Assinaturas 48,77 Auxílios Diretoria/alimentação 560,30 Bolsa/Estagiárias 1.342,44 Diretoria/Transporte 696,80 Transporte/serviços 31,20 Transporte/Estagiárias 174,20 Energia Elétrica/COPEL 266,89 Encargos 14.316,41 Contribuição estatutária/CNTE 5.628,65 Sanepar 73,50 Alimentação para eventos 663,00 Floricultura: Coroa de Flores 200,00 Eventos
Reuniões específicas 66,00 Coletivo dos aposentados 76,17 Cursos externos de formação 588,54 Trabalhadores Salários e auxílio transporte 23.197,83 Assistência médica 3.783,84 Plano odontológico 325,45 Seguro de vida 167,20 Jurídico Gastos processuais 1.728,51 Sede Material de consumo/limpeza 938,41 Material de escritório 107,90 Manutenção e reparos 557,80 Aluguel/IPTU 6.839,51 Empresa de Segurança 90,00 Telefone OI FIXO 484,12 TIM 1.734,90 Veículos Combustível 430,00 Desgaste /combustível 314,45 Estacionamento 183,50 Estar 30,00 Seguro Gol 1.059,95 IPVA/TAXAS DETRAN 1.928,15 Tarifas Bancárias 76,85 Apoio a outros movimentos* Sindicato dos Sapateiros de Franca 1.000,00 Resist. com a Base - Oposição Sintcom-PR 2.000,00 Outros Outubros Virão - ME UFPR 2.812,00 Sindicato dos Servidores de Santos-SP 2.340,00 TOTAL DESPESAS 103.388,95 SALDO ATUAL: CAIXA INTERNO SALDO BANCÁRIO SALDO POUPANÇA FUNDO DE GREVE SALDO TOTAL
5.290,32 84.489,63 135.074,36 53.539,42 278.393,73
* O apoio a outros movimentos faz parte da política aprovada no último Congresso do SISMMAC. A contribuição mensal de 6,2%, que antes era destinada à CUT, passou a ser utilizada como apoio financeiro para movimentos que atuam de acordo com os princípios da organização por local de trabalho, formação política, autonomia em relação a partidos políticos e independência frente a patrões e governos.
expediente Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças – Curitiba/PR, CEP. 80.220-070 Fone/Fax.: (41) 3225-6729 | Gestão “Novos Rumos - A Alternativa de Luta” (2011-2014) Direção liberada: Andressa Fochesatto, Gabriela Dallago, Gabriel Conte, João Antonio Rufato, Patrícia Giovana Rezende, Rafael Alencar Furtado, Siomara Kulicheski e Suzana Pivato Direção que permanece nas escolas: Anella Bueno, Carolina Cunha, Claudiane Pugsley, Cristiane Bianchini, Eliete França, Eumar André Köhler, Geny Maria Dallago, Graça dos Santos, Izabel de Oliveira, Milaine Alves Barszcz, Mylena Garcia Deutscher, Nanci Cordova Yasdeck, Natalia Gaudeda, Pedro de Alcântara Pereira Neto, Rodrigo de França, Rosana Pilch Carlesso, Silmara Carvalho e Wagner Argenton Equipe de Comunicação: Thaíse Mendonça (DRT 8696/PR) e Dalane Santos Projeto gráfico, ilustração e diagramação: Ctrl S Comunicação | Simon Taylor (www.ctrlscomunicacao.com.br)
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maio 2013 | # 191 | Informativo do Sismmac |
Realidade da Escola
Comunidade escolar do CEI Érico Veríssimo conquista contratação de profissionais Wagner Argenton
Em abril, magistério, pais e alunos receberam as sete professoras que faltavam na unidade
A
comunidade escolar da Escola Municipal CEI Érico Veríssimo se colocou em movimento para garantir melhores condições de trabalho. A contratação de sete novas professoras para a escola só foi possível após a mobilização de professores, mães, pais e alunos, que se organizaram para reivindicar mais profissionais e a reforma da unidade. Em uma assembleia que reuniu mais de 200 pessoas da comunidade escolar, os presentes decidiram realizar um protesto no NRE do Boqueirão devido à falta de professores e à situação precária de toda a estrutura física da escola. Mães e pais também cobraram uma posição da administração municipal por meio de ligações e e-mails para o Núcleo e para o gabinete do prefeito. Após a pressão exercida por professores e pais, a administração se viu forçada a aumentar o quadro de professores do CEI Érico Veríssimo. E, no dia 11 de abril, sete novas professoras foram recepcionadas pela comunidade escolar da unidade.
Reforma
Durante a campanha eleitoral, o discurso da atual administração era de que a educação seria a ‘menina dos olhos’ caso fosse eleita. Entretanto, não é isso que estamos vendo depois da posse da nova gestão. Em outubro de 2012, uma das salas da Escola Municipal CEI Érico Ve-
Assembleia reúne mais de 200 pessoas para reivindicar a contratação e novos professores
ríssimo pegou fogo devido a precária infraestrutura dos pavilhões. A administração municipal prometeu a reforma para o final de 2013. Porém, a escola precisa de reparos imediatos, faltam banheiros, torneiras, o chão do pátio está repleto de buracos e salas de aula alagam em dias de chuva. Sobram exemplos que explicam os adoecimentos e a saída de muitos profissionais da Escola. Sob essas condições, os alunos ficam mais agitados e indisciplinados e os professores, sobrecarregados e doentes. Mais uma vez o movimento da comunidade escolar se fortalece e
reflete a necessidade de mobilização frente às incoerências postas na educação municipal de Curitiba. Sabe-se que inúmeras escolas continuam com o quadro de professores incompleto, com alunos sendo prejudicados por um acúmulo de situações relacionadas a falta de investimento. O coletivo de pais e professores do CEI Érico Veríssimo vai continuar em luta. A Prefeitura prometeu uma reunião sobre a reforma para o final de abril e esse encontro não se concretizou. Os professores estão cansados de esperar, melhores condições de trabalho já!
Arquivo SISMMAC
Mobilização de professores vence bloqueio imposto pela direção da escola A direção do SISMMAC conseguiu visitar e conversar com as professoras da Escola Dom Manuel pela primeira vez, depois de um ano e nove meses de gestão
A
s professoras e professores da Escola Municipal Dom Manoel da Silveira D’Elboux se mobilizaram para terem direito de receber visitas da direção do SISMMAC. No dia 24 de abril, membros da direção do Sindicato conseguiram se reunir com os professores da unidade, no período da manhã e à tarde, e debater questões relacionadas a organização dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais não conseguiam conversar com os profissionais da Escola Municipal Dom
Manoel devido ao bloqueio criado pela direção da unidade para as atividades sindicais. Desde que a gestão Novos Rumos – A Alternativa de Luta assumiu a direção do SISMMAC, há um ano e nove meses, essa foi a primeira vez que o Sindicato conseguiu entrar na escola e conversar com os professores durante o horário do recreio. A conquista só foi possível com a organização dos trabalhadores da escola, que fizeram um abaixo-assinado, em conjunto com a direção do SISMMAC, reivindicando a
SISMMAC faz visita e conversa com professores da Escola Municipal Dom Manoel da Silveira D’Elboux durante recreio
abertura das portas da escola para a entidade representante dos professores da rede.
Visitas às unidades escolares
No X Congresso do SISMMAC, os delegados eleitos pelo magistério aprovaram a garantia de visitas bimestrais em todos os locais de trabalho dos profissionais do magistério. Entretanto, para que o direito de organização dos trabalhadores seja garantido, é necessário que o magistério se mantenha unido e mobilizado, organizando os seus locais de trabalho e denunciando práticas antissindicais. Juntos somos mais fortes!
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| Informativo do Sismmac | # 191 | maio 2013
Educacao Infantil
Novos e velhos desafios da educação infantil Discussão nacional sobre o papel da educação infantil reafirma necessidade de investimento na qualidade do ensino
N
o mês de abril, a Lei 12.796 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e estabeleceu que os pais, agora, são responsáveis por co-
locar as crianças na educação infantil a partir dos quatro anos de idade. Os municípios e os estados têm até 2016 para garantir a inclusão dessas crianças na escola
pública. Essa regulamentação oficializou a mudança feita em 2009, por meio da Emenda Constitucional 59, na Constituição. A Lei também dividiu a educação básica em três etapas: educação infantil, ensino fundamental e médio. Os profissionais da educação infantil sabem que a falta de espaço físico e de infraestrutura adequada nas escolas pode representar a principal barreira a ser enfrentada pelos municípios, que têm a responsabilidade de garantir o acesso à educação infantil e ao ensino fundamental. O ensino infantil faz parte da educação básica e deve contar com infraestrutura adequada (mobiliário, brinquedos e etc) e profissionais devidamente valorizados para que possa cumprir sua função pedagógica. Ela é a base da educação, o que poderá garantir o bom rendimento dos educandos depois, no ensino fundamental e médio. Por isso, a comunidade escolar precisa compreender o papel da educação infantil e debater o que é melhor para nossas crianças. O SISMMAC apoia as iniciativas de professoras de CMEIs de discutir com os pais e responsáveis o processo de aprendizagem de seus filhos nos CMEIs e escolas.
Melhores condições de trabalho na Educação Infantil: uma luta histórica Em 40 anos, oferta de vagas aumentou, mas as condições de trabalho dos profissionais da educação infantil não acompanhou a ampliação da demanda
A
s primeiras creches em Curitiba surgiram por volta de 1970 e tinham o caráter assistencial. Seu papel era servir como o lugar em que as mães deixavam as crianças para ir ao trabalho. Em 1985, foram realizados os primeiros concursos públicos e o nível de formação passou a ser um dos critérios usados. Hoje, são mais de 190 Centros Municipais de Educação Infantil em Curitiba. A maioria dos profissionais que trabalham em CMEIs são educadores, que dividem as salas de Maternal III e Pré com profissionais do magistério. Na prática, executam a mesma função, embora façam concursos diferentes e tenham remuneração e jornada de trabalho distintas.
Queremos conversar com você, professora de CMEI! Venha para a próxima reunião da educação infantil! Vamos discutir a educação básica e novas ações para exigir o cumprimento dos nossos direitos! 28 de maio, às 18h30, na sede do SISMMAC (Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças).
Educadores R$ 1347,69 para 40h Profissionais do Magistério R$ 1531,71 para 20h Desrespeito à hora-atividade Em 1985, os profissionais do magistério conquistaram 20% de hora-atividade. Os educadores conquistaram essa mesma garantia em 2006, mas até hoje o direito não é respeitado. Enquanto nas escolas falamos em alcançar os 33,33% de hora-atividade, os CMEIs não estão cumprindo nem mesmo os 20% que são assegurados na legislação municipal. Temos que nos organizar enquanto trabalhadores da educação para lutarmos pelos 33,33% de hora-atividade para todos – professores e educadores – já. No discurso, a Prefeitura fala da importância da educação básica e da formação integral das crianças, mas na hora de valorizar esses profissionais a prática é outra. Faltam professores, não há reposição das vagas abertas nos casos de aposentadoria e exoneração e, muito menos, das licenças e
afastamentos para tratamento de saúde. Essa situação sobrecarrega os profissionais que continuam trabalhando. Além disso, em muitas unidades, as turmas estão superlotadas e desrespeita-se até mesmo a metragem mínima das salas. É comum ver turmas de 32 educandos, em salas de 35 m², com dois ou três profissionais. Está na hora de cobrarmos, juntos, mudanças que garantam
melhores condições de trabalho e de aprendizagem na Educação Infantil! Nós, professores, sabemos que essa fase é muito importante para as crianças. Sabemos também que, com boas condições de trabalho, podemos garantir que elas não passem simplesmente por essa fase, mas que vivenciem e aprendam tudo o que for necessário para todas as outras fases que virão.
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maio 2013 | # 191 | Informativo do Sismmac |
60 AO 90 ANO
Professores de 6º a 9º ano seguem firmes na luta pela mudança na jornada Prefeitura ainda não deu nenhuma resposta concreta sobre o assunto, mesmo após duas reuniões do GT
A
organização da jornada de trabalho das professoras e professores que atuam nas escolas das séries finais ainda está indefinida. Mesmo após duas reuniões do Grupo de Trabalho instituído pela Secretaria Municipal de Educação, nenhuma resposta concreta foi dada sobre o assunto. A proposta da administração até o momento é regulamentar a jornada atual e firmar o compromisso de verificar a viabilidade da implantação da hora-aula. Vale lembrar que essa reivindicação do magistério não é de hoje. Faz tempo que esses profissionais lutam por uma jornada adequada à modalidade de ensino, assim como já funciona em outros municípios e estados.
Histórico
Em 2010, a jornada diária de trabalho nas escolas do 6º ao 9º ano foi ampliada para 5 horas, sem debate com a categoria. Essa mudança teve efeitos negativos na qualidade da educação ofertada nessas instituições, o que motivou a retomada da jornada diária de 4 horas e 30 minutos. Em agosto de 2011, as escolas foram comunicadas dessa mudança, num proces-
so semelhante ao anterior, sem discussão com os profissionais da rede e seus representantes. Entretanto, o magistério não aceitou esse desrespeito e se mobilizou. No dia 15 de setembro de 2011, professoras e professores das 11 escolas do 6º ao 9º ano paralisaram suas atividades para reivindicar: Hora-aula de 50 minutos, permanência concentrada e dia sem vínculo; Cumprimento da Lei do Piso, que estabelece hora-atividade de 1/3 da jornada de trabalho; Contratação de mais professores concursados. A mobilização conquistou o que temos atualmente: jornada semanal de 4 horas e 30 minutos diários, dia de compensação quinzenal, permanência concentrada, fim das substituições em outras disciplinas, garantia do vínculo em uma única escola e mais um professor corregente a cada sete turmas. Porém, no final do ano passado, as escolas receberam uma normativa da SME que, novamente de forma intransigente, tentava mexer com a jornada dos professores e acabar com o dia sem vínculo.
A hora-aula é ilegal? A administração afirma que a nossa reivindicação é ilegal, entretanto não apresentou nenhum documento que comprove a ilegalidade da composição da jornada em hora-aula ao invés da hora-relógio. A Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação emitiu o Parecer CNE/CEB nº18/2012, que trata da implantação da Lei do Piso, em outubro do ano passado. No que diz respeito à composição da jornada de trabalho, o parecer diz que “não há qualquer problema que determinado sistema componha jornadas de trabalho de professores com duração da hora-aula em 60, 50 ou 45 minutos, desde que as escolas e a própria rede estejam organizadas para prestar aos estudantes a totalidade da carga horária a qual eles fazem jus (...)”. O documento aponta que poderá haver jornada de trabalho de 40 horas semanais, com aulas de 60 minutos; de 50 minutos; ou até de 45 minutos de duração. O documento ressalta ainda que, de acordo com a legislação, a jornada de trabalho semanal deve ser composta pela proporcionalidade prevista na Lei do Piso, independente do tempo de duração de cada aula, definido pelos sistemas ou redes de ensino: no máximo 2/3 da jornada em interação com estudantes e no mínimo 1/3 da jornada para atividades extraclasse. Sendo assim, para uma jornada de 20 horas semanais, 13 horas devem ser de interação com os estudantes e 7 horas para atividades extraclasse, sendo que essas horas são tidas como unidades, de acordo com a duração definida pelo sistema ou rede de ensino. Em Curitiba, onde as escolas do 6º ao 9º ano se organizam com aulas de duração de 50 minutos e uma jornada semanal de 20 horas, teríamos que obedecer a essa proporcionalidade, não havendo nenhuma ilegalidade nisso, apenas vontade política de fazê-lo.
Continuidade da mobilização Todos os avanços que tivemos até agora foram fruto de mobilização por parte das professoras e professores que não aceitaram calados as imposições que afetam as condições de trabalho necessárias para oferecer uma educação de qualidade. Continuaremos unidos e mobilizados para avançarmos rumo a novas conquistas! Arquivo SISMMAC
Primeira reunião do GT avança pouco na discussão sobre a jornada de trabalho dos profissionais das escolas do 6º ao 9º ano
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| Informativo do Sismmac | # 191 | maio 2013
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maio 2013 | # 191 | Informativo do Sismmac |
Plano de Carreira
É hora de construir mudanças no nosso Plano de Carreira que valorizem a formação e o tempo de serviço! Chega de esperar! Magistério deve ficar atento aos prazos e participar ativamente da elaboração das mudanças no Plano de Carreira
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013 é ano de reivindicar e exigir melhorias para o Plano de Carreira do magistério municipal de Curitiba! Ao longo do ano, o SISMMAC vem travando uma série de debates sobre esse tema nas escolas e demais locais de trabalho com o objetivo de aprofundar a compreensão da categoria sobre as mudanças que estão em jogo. Nas mesas de negociação da Campanha de Lutas 2013, conquistamos dois compromissos da Prefeitura sobre o Plano de Carreira. Em primeiro lugar, a administração reconheceu que a implantação do atual Plano de Carreiras, no ano de 2001, trouxe perdas para muitos professores, pois desconsiderou o tempo de serviço que esses profissionais tinham acumulado na época. Essas distorções serão analisadas por um grupo de trabalho.
Graças a nossa pressão, a administração municipal também se comprometeu a elaborar alterações, junto com a categoria, que façam com o que o nosso Plano de Carreira valorize o tempo de serviço e incentive o aperfeiçoamento teórico e a formação profissional. Hoje, temos um Plano de Carreira longo, com crescimentos extremamente lentos. A pequena diferença salarial entre os níveis da tabela desestimula os professores a permanecerem na carreira e a buscarem qualificação. Todos esses problemas fazem com que seja impossível alcançar o topo da carreira. A situação chega ao absurdo de serem necessários mais de 90 anos de trabalho como profissional do magistério para atingir os níveis finais da tabela.
Calendário da luta pelo Plano de Carreira Os grupos de trabalho que irão elaborar as propostas de mudanças no Plano de Carreira e de correção das distorções cometidas em 2001 devem ter início na primeira quinzena do mês de maio.
AGOSTO DE 2013 | É o prazo final, acordado em mesa de negociação, para o encerramento do grupo de trabalho sobre as distorções na carreira. As alterações devem ser enviadas para a Câmara Municipal nesse mês para serem incluídas na Lei Orçamentária de 2014. final DE 2013 | É o prazo para que as alterações elaboradas no grupo de trabalho sobre o Plano de Carreira sejam enviadas para votação na Câmara Municipal.
Debate sobre a carreira também foi relizado na regional CIC no dia 24 de abril
Magistério debate o Plano de Carreira nos locais de trabalho
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esde o final de março, o magistério tem se organizado para debater nas escolas e demais locais de trabalho as propostas de alteração no nosso Plano de Carreira. O SISMMAC elaborou um documento que está servindo como base para os debates realizados no horário do recreio e para as mini-conferências que envolvem as unidades de ensino próximas. Já foram realizadas mini-conferências na regional do Portão, envolvendo os professores da Escola Municipal Presidente Pedrosa e do CMEI Nice Braga, e na regional de Santa Felicidade, com os profissionais da Escola Municipal CEI Padre Francisco Meszner. Na regional do CIC foram feitas duas conferências: a primeira discussão foi realizada no dia 24 de abril, com os professores das escolas Maria do Carmo Martins, CEI Ulisses Falcão Vieira e CEI Heitor Alencar Furtado, e a segunda aconteceu, no dia 4 de maio, na Escola Municipal Pro Morar Barigui. A realização dessas mini-conferências tem o objetivo de unir nossa categoria em torno das reivindicações, fortalecendo assim nossa capacidade de lutar coletivamente e exigir avanços no nosso Plano de Carreira.
Reúna também o coletivo de professores em sua escola ou junto as demais escolas da região e faça esse debate sobre a carreira! Se precisar, entre em contato com o SISMMAC para que os membros da direção do Sindicato auxiliem na organização da mini-conferência. A abertura desse canal de negociação com a Prefeitura foi resultado da nossa pressão por mudanças e, por isso, devemos
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Prefeitura anunciou de forma unilateral, no final de abril, o caminho torto que pretende seguir no debate sobre a reformulação do nosso Plano de Carreira. Sem debater com o SISMMAC, a administração já começou a trocar “os pés pelas mãos” na principal discussão que teremos ao longo do ano. Confira os dois principais problemas da proposta da Prefeitura, contra os quais temos que nos contrapor:
1) Desrespeito às instâncias estabelecidas democraticamente para eleição de representantes da categoria nos debates e negociações com a Prefeitura. Na regional Portão, a discussão sobre a carreira reuniu professores da E.M Presidente Pedrosa e do CMEI Nice Braga
Sua participação neste processo é muito importante!
Debate da Carreira: Prefeitura estabelece caminho torto de forma unilateral
continuar organizados e mobilizados para exigir que as propostas elaboradas nesses grupos de trabalho atendam às reivindicações da categoria. Certeza de que nossas reivindicações serão atendidas, plenamente ou em partes, ainda não temos, mas sabemos que as conquistas obtidas nesses espaços dependem da mobilização e pressão do magistério nos locais de trabalho e nas ruas, se for necessário! Vamos, juntos, construir um Plano de Carreira que nos valorize!!
O direito constitucional à representação sindical e a autonomia dos trabalhadores definirem suas próprias instâncias de decisão foram descartadas pela administração municipal. Ela própria estabeleceu e anunciou os critérios para escolha de quem irá “representar” a categoria nesse debate. Ou seja, pela proposta da Prefeitura é o patrão que decide quem irá representar os trabalhadores nesse debate. Isso é um absurdo. A escolha dos representantes da categoria deve ser realizada nas instâncias de sua entidade representativa: o sindicato. Esses são os espaços conquistados pelos trabalhadores para fazerem suas discussões e tomarem suas decisões sem a ingerência dos patrões. Como alguém que não é eleito por sua categoria, nos espaços que o magistério reconhece como legítimos, pode representar o conjunto dos professores em um debate tão importante? Sem participar dos espaços de discussão coletivos de sua própria categoria, a tendência é que representem apenas suas posições individuais. O Sindicato representa toda a categoria e não somente os sindicalizados. As negociações e as conquistas são para todos e não somente para quem contribui com a entidade. Foi assim na vitória de barrar o PPQ e
incorporá-lo ao salário em 2012 e continua sendo nos pontos negociados neste ano. Portanto, ao anunciar que a própria Prefeitura escolherá – estabelecendo critérios próprios – servidores não sindicalizados para participar do Grupo de Trabalho e que os sindicalizados devem “pleitear” ou, de forma mais clara, disputar vagas com sua entidade representativa, a Prefeitura busca novamente nos dividir e desrespeita as instâncias próprias do magistério municipal!
2) Fragmentação do debate dos temas centrais do Plano de Carreira
Também de forma unilateral, a Prefeitura anunciou o caminho que pretende usar para a discussão no Grupo de Trabalho. Pela proposta da administração, o GT definiria primeiro a Tabela de Vencimentos para só depois debater os crescimentos e o processo de implementação. Esse caminho fragmentado não permite uma visão do conjunto de mudanças necessárias para garantir os avanços que o Magistério Municipal defende há tanto tempo para nossa carreira. É preciso que as discussões dos temas e as propostas de mudanças sejam feitas em conjunto e não separadas. Por exemplo, como iremos discutir mudanças na Tabela de Vencimentos sem discutir os crescimentos dessa possível nova tabela? A fragmentação do debate e proposições só serve para tentar barrar os avanços em nossa carreira. Outro absurdo.
Ações do magistério Ao constatar todos esses problemas no anúncio da Prefeitura temos que tomar medidas para reverter esses absurdos. 1) Assembleia no dia 9 de maio, às 18h30, na sede do Sindicato, para eleição dos representantes da categoria que irão participar desse GT; 2) Reorganização do caminho anunciado pela administração para o debate da Carreira na primeira reunião do Grupo de Trabalho. Não discutirmos de forma fragmentada nossa carreira! 3) Seguir com os debates nas escolas e mini-conferências para que, cada vez mais, toda a categoria defenda as reivindicações que realmente melhoram a nossa carreira nas demais formas de discussão que a Prefeitura realizar.
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INFORME-SE Arquivo SISMMAC
Prefeitura mente em material distribuído para servidores Administração diz que cumpriu parcial ou integralmente 100% da Pauta de Reivindicações apresentada pelo SISMMAC Reprodução
Realidade da educação integral precisa ser debatida pelos profissionais que conhecem o seu dia a dia
SISMMAC realiza reunião específica para profissionais da Educação Integral Encontro terá como objetivo qualificar a participação do SISMMAC no GT instituído pela administração
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SISMMAC convida todos os professores para participar da reunião específica sobre a Educação Integral. O encontro acontece no dia 16 de maio, às 18h30, na sede do Sindicato. O debate irá levantar as reivindicações da categoria para essa modalidade de ensino. No dia 22 de abril, aconteceu a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre educação em tempo integral. O GT foi uma proposta da Secretaria Municipal de Educação durante a Campanha Salarial 2013 para que pudéssemos discutir o documento orientador que chegou às escolas e unidades de educação integral no ano passado. A partir do estudo desse documento, o Grupo deveria levantar os aspectos não atendidos e as falhas presentes no texto orientador. O GT conta com apenas um representante da categoria, membro do SISMMAC. A ampla maioria do Grupo é composta pela administração municipal. Entretanto, a direção do SISMMAC entende que as professoras e professores que atuam nos centros de educação integral são as pessoas mais qualificadas para apontar as dificuldades enfrentadas no dia a dia dessas unidades. Além disso, são esses professores que vão conseguir apontar os limites dessa proposta pedagógica, que não leva em conta as dificuldades de estrutura física e da falta de profissionais que as escolas e unidades de educação integral enfrentam hoje. Por isso, a presença dos profissionais que atuam na educação integral na reunião promovida pelo Sindicato é de extrema importância. Venha debater o documento orientador da SME e, a partir desse debate, levantar as reivindicações da categoria. Dessa forma, poderemos qualificar a nossa participação no GT e também teremos mais elementos para a nossa pauta de reivindicações específica.
programação
Data: 16 de maio de 2013 (quinta-feira) | Horário: 18h30 Local: SISMMAC – Rua Nunes Machado, 1577, bairro Rebouças
Matéria produzida pela Prefeitura maquia dados sobre negociação com sindicatos
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Prefeitura tem divulgado que cumpriu 100% da Pauta de Reivindicações do magistério. A informação foi publicada em um material produzido pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos e distribuído para os servidores do município. Entretanto, de acordo com os próprios números da administração municipal, 11% das reivindicações foram recusadas e quase metade delas foi ‘acordada parcialmente’. Isso significa que a Prefeitura se comprometeu apenas a discutir esses pontos ao longo do ano e não que eles foram atendidos parcialmente. A discussão sobre a carreira e sobre os enquadramentos ainda não foi iniciada, ou seja, não existe garantia de que as nossas reivindicações serão atendidas. Há apenas o compromisso de constituir um grupo de trabalho para debater o assunto. A administração municipal também não implantou os 33,33% de hora-atividade tão aguardados pelos profissionais da rede. É por isso que precisamos nos manter atentos e mobilizados, não podemos nos calar diante das mentiras que estão sendo contadas para a nossa categoria. Vamos permanecer firmes e organizados nos locais de trabalho e fazer pressão no decorrer do ano para que as nossas reivindicações sejam atendidas integralmente!
Conferência Livre Intermunicipal da Conae 2014
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o dia 18 de maio, o SISMMAC e sindicatos que representam o magistério nas cidades da Região Metropolitana realizam uma Conferência Livre Intermunicipal da Conae 2014. O evento acontece das 9h às 17h, na sede do SISMMAC. O encontro irá debater o Eixo VI da Conae que trata da Valorização dos profissionais da educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho. No período da manhã haverá uma mesa de abertura e um debate com os presentes. Durante a tarde, serão formados grupos de discussão acerca do documento da Conae. Os participantes deverão propor emendas que serão apreciadas pela plenária geral, e, posteriormente, serão apresentadas com o objetivo de aprofundar o debate nas etapas municipais e estadual .
programação
Data: 18 de maio (sábado) | Horário: 9h às 17h Local: Local: SISMMAC – Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças
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QUEM TE VIU, QUEM TE Ve O Diário de Classe possui a seção “Quem te viu, quem te vê”, que conta a cada mês, a trajetória e história de vida de uma professora aposentada. A seção é um espaço para que essas trabalhadoras compartilhem suas experiências com o conjunto do magistério.
Paixão em ser professora Com mais de 30 anos de carreira, Cleusa Sampaio desempenhou inúmeras funções pelas escolas que passou
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Arquivo pessoal
Cleusa dedicou mais de 30 anos à sala de aula e agora contribui com o segmento dos aposentados
professora participou da assembleia que reuniu mais de 600 professores para destituir a direção do SISMMAC que mantinha relações com a Prefeitura da época. A professora conta que a experiência foi inusitada. “Quando destituímos a diretoria, entramos no Sindicato e nos deparamos com questões básicas do cotidiano da entidade. Contas, recursos, até com a Kombi que o SISMMAC tinha na época nós tivemos que mexer”.
o longo dos mais de 30 anos de carreira, Cleusa Souza de Sampaio já ministrou aulas para todas as séries, tanto para a 1º a 4º séries quanto para as séries finais do ensino fundamental. De todos esses anos, foi na Escola Municipal Professor Francisco Hubert que Cleusa passou a maior parte da sua carreira. Foram 27 anos dentro da unidade, vivendo intensamente cada experiência. Além da Francisco Hubert, ela também lecionou nas escolas municipais Omar Sabbag e Nova Esperança. Formada em Ciências Tecnológicas e Ciências Biológicas e pós graduada em Pedagogia, a professora exerceu várias funções na E. M. Francisco Hubert e desempenhou um importante papel nas antigas salas de adaptação. “As turmas eram pequenas, mas o trabalho era intenso”, conta. No âmbito da luta do magistério, Cleusa sempre participou ativamente. Como representante de escola ou na hora de cruzar os braços e reivindicar os direitos, lá estava ela. Em 1993, a
Aposentadoria
Depois de aposentada, Cleusa passou a contribuir com esse segmento da categoria. A professora palestrou sobre a vida e a saúde após a aposentadoria no 1º Seminário de Aposentados e Pré Aposentados do SISMMAC. “Os espaços promovidos pelo Sindicato para os aposentados são muito importantes, ali nos relacionamos com pessoas que tiveram trajetórias parecidas com a nossa e que estão na mesma fase da vida”, opina.
Se você é professor aposentado da rede municipal de Curitiba e ainda não participa do Coletivo de Aposentados do Sindicato, organize-se para acompanhar as reuniões que acontecem na última quinta-feira do mês, às 14h, na sede do SISMMAC! Esse é um espaço importante, que ajuda a manter a categoria unida e mobilizada mesmo após a sala de aula.
Dia do Trabalhador
1º de maio, um Dia de Luta Resgatar a luta da classe trabalhadora e nos organizarmos para avançar rumo a novas conquistas
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em festas, nem sorteio de prêmios. As centrais sindicais fazem questão de descaracterizar o Dia do Trabalhador como um dia de luta e passaram a fazer grandes shows e presentear trabalhadores com brindes nessa data. Precisamos lembrar essas entidades, que há muito deixaram de lutar ao lado da classe trabalhadora, que o 1º de maio é uma data para refletirmos sobre a nossa luta e a dos demais trabalhadores do mundo que, cotidianamente, sofrem com as imposições do capital. O Dia do Trabalhador não é um dia
de festa, é uma data de luta, para relembrarmos as nossas vitórias e também as derrotas e reforçarmos a necessidade de nos organizarmos frente aos ataques de patrões e governos. É tempo de relembrar momentos importantes da luta do magistério, das greves, manifestações e da nossa organização nos locais de trabalho, e também da mobilização do conjunto da classe trabalhadora. Vamos organizar a nossa luta por melhores condições de trabalho e por outra sociedade, na qual não exista exploração do trabalho e nem a apropriação
privada dos meios de produção da vida.
Histórico
Há 127 anos, no dia 1º de maio de 1886, dezenas de milhares de trabalhadores foram às ruas pela redução da jornada de 12 horas para 8 horas diárias. Muitos foram mortos e várias lideranças sindicais presas. Três anos mais tarde, em 1889, a segunda Internacional Socialista propõe convocar anualmente uma manifestação – no dia 1º de maio – para lutar pela redução da jornada e por melhores condições de trabalho.
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Giro pela educacao
Greve Nacional Trabalhadores da educação de todo o país se mobilizam por melhores salários e condições de trabalho
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os dias 23, 24 e 25, trabalhadores da educação de diversos estados e cidades cruzaram os braços por melhores salários e condições de trabalho. A Greve Nacional, convocada pela Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), aconteceu durante a 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública também promovida pela Confederação. As datas foram marcadas por paralisações, atos, passeatas, palestras e debates em 22 estados e em vários municípios. No dia 24 de abril, trabalhadores da educação de diversos níveis participaram de um ato em Brasília. Entre as principais bandeiras das professoras e professores de todo o país está o cumprimento da Lei Nacional do Piso (11.738/2008). A Greve Nacional marcou uma luta que deve continuar nos locais de trabalho ao longo do ano. A mobilização dos trabalhadores da educação tem que ser permanente para que a desvalorização do professor imposta por vários governos seja revertida. Somente a organização dos profissionais da educação em seus locais de trabalho irá garantir melhorias na carreira, nos salários, nas infraestrutura das unidades escolares e nas condições de trabalho.
CSP-Conlutas
Educadoras de Rio Branco do Sul são registradas como babás
APEOESP
A alteração de cargo para educador infantil foi garantida em 2009, com a sanção da Lei nº852, entretanto, até hoje nada mudou
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m Rio Branco do Sul, município da Região Metropolitana de Curitiba, as educadoras ainda enfrentam um grave problema: o de serem registradas com o cargo de babá. Para tentar reverter essa situação, no dia 17 de abril, profissionais de todos os CMEIs de Rio Branco do Sul se reuniram com as secretarias municipais de Educação e Recursos Humanos e cobraram alteração do cargo e reajuste salarial. A professora Patricia de Morais, da direção do SISMMAC, acompanha o Movimento Despertar desde julho de 2012 e também participou da reunião das educadoras com a administração de Rio Branco do Sul. As profissionais do município relataram o descaso da Prefeitura e a desvalorização sofrida pela categoria, que há anos reivindica a alteração do cargo e reajuste salarial. Após pressão exercida pelas educadoras, ficou acordado que a Prefeitura
acelerará o processo de mudança no cargo. Já o reajuste salarial, que deve rumar para o Piso Nacional, ficou agendado para uma próxima reunião, que acontecerá no dia 20 de maio.
Histórico
Cerca de 28 profissionais, todas com magistério e a maioria com formação superior em Pedagogia, ainda têm o cargo de babá registrado em seus contracheques e recebem o salário mínimo nacional, equivalente a R$678,00, para uma jornada de 40 horas semanais. Além disso, elas também não recebem vale alimentação e vale transporte para a realização de suas atividades profissionais. Em 2009, o prefeito sancionou a Lei nº 852 que alterou o cargo de babá para educador infantil em seu Art.3º. Entretanto, até hoje a situação vivida pelas educadoras não mudou. Arquivo SISMMAC
Educadoras se reúnem com administração e reivindicam alteração de cargo
Professores estaduais de São Paulo deflagram greve por tempo indeterminado
Professores estaduais de São Paulo em greve Categoria quer reposição salarial, reajuste imediato e 33% de hora-atividade
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m São Paulo, os professores da rede estadual decretaram greve por tempo indeterminado. A assembleia geral, realizada no dia 19 de abril, contou com a presença de mais de 20 mil profissionais da educação. A categoria reivindica reajuste imediato de 13,5%, 36,74% de reposição salarial, 33% de hora-atividade, melhores condições de trabalho, realização de concursos públicos, fim da lei das faltas médicas. Outra importante reivindicação do magistério do Estado de São Paulo é o fim da precarização na contratação dos professores da ‘categoria O’, semelhante ao que acontece com os profissionais PSS na rede estadual do Paraná. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP) estima que 60% dos professores da cidade de São Paulo aderiram à greve e, em todo o estado, a adesão foi de 30%.
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Alem dos muros da escola
Sintcom-PR é retomado pra luta Trabalhadores dos Correios do Paraná mostram nas urnas a necessidade de mudança Arquivo
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o dia 19 de abril, os trabalhadores dos Correios do Paraná mostraram sua revolta com os rumos do movimento sindical e elegeram a chapa de oposição para a direção do seu sindicato. A chapa 3 – Resistência com a Base recebeu 1260 votos, o que corresponde a 44% dos votos válidos. A vitória expressiva da oposição, que recebeu 465 votos a mais do que a segunda colocada, demonstra o grau de descontentamento da categoria com o atrelamento do Sindicato junto a Empresa e a disposição dos trabalhadores de retomar a luta com independência frente aos patrões e governos. A crítica à cooptação política e financeira de parte da direção do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) foi o que motivou o surgimento do grupo de oposição que deu origem a chapa vitoriosa. No final de 2011, o então Secretário Geral da entidade abandonou o Sindicato às vésperas da Campanha Salarial para assumir um cargo na Empresa. Além da subordinação aos interesses da direção dos Correios, o grupo de oposição Resistência com a Base também denunciou ao longo do ano de 2012 uma série de irregularidades cometidas na administração do Sindicato. Nacionalmente, o movimento sindical dos trabalhadores dos Correios sofre com a política de cooptação do governo federal. Desde a eleição de Lula, em 2002, sindicalistas que antes estavam à frente dos sindicatos, passaram a mudar de lado e a ocupar cargos no
Sintcom-PR
Trabalhadores mostraram nas urnas a vontade de mudança
governo e na direção da Empresa. Com a vitória da Chapa 3, os trabalhadores dos Correios do Paraná dão um basta a essa política de submissão e retomam seu Sindicato para a luta por direitos e melhores condições de trabalho! O SISMMAC, seguindo a política de contribuir no processo de reorganização da classe traba-
lhadora, colaborou para que essa conquista fosse possível e reafirma sua disposição de construir a unidade de ação prática com todos os movimentos que se pautem pelos princípios da organização por local de trabalho, formação política, autonomia em relação a partidos políticos e independência frente a patrões e governos.
Nasce um novo Sindicato Internacional
O parlamento da Grécia aprovou no dia 28 de abril um pacote econômico que prevê a demissão de 15 mil servidores públicos nos próximos dois anos. A medida foi aprovada em regime de urgência, com apenas dois dias de debate, sob protesto dos trabalhadores. A classe trabalhadora europeia tem enfrentado com mobilização os inúmeros ataques à manutenção dos empregos, ao nível salarial e às condições de vida desde a crise econômica de 2009. Os trabalhadores não podem pagar pela crise! Para recuperar o lucro dos empresários, os governos europeus injetaram dinheiro público nas empresas e transformam a dívida privada desses capitalistas em dívida pública. Agora tentam transferir essa conta para os trabalhadores através dos pacotes de “austeridade”.
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Fotos: Douglas Rezende
Grécia irá demitir 15 mil funcionários públicos
Trabalhadores no serviço público de Rio Branco do Sul e Itaperuçu fundam sindicato
Fundação do Sintraserv aconteceu no dia 18 de abril, em assembleia geral da categoria
udo começou com o Movimento Despertar, do magistério de Itaperuçu, em julho de 2012. O corte de parte da remuneração dos professores fez com que a categoria se organizasse para enfrentar o coronelismo e o descaso com a qualidade da educação. Ao longo do ano, o movimento cresceu e se tornou exemplo de luta a favor dos direitos e de melhores condições de trabalho, aproximando trabalhadores da educação de Rio Branco do Sul e de outras categorias do serviço público dos dois municípios. O resultado desse processo de organização e de luta por direitos foi a fundação do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos de Rio Branco do Sul e Itaperuçu (Sintraserv), no dia 18 de abril. O SISMMAC apoiou o movimento desde o início e esteve presente também neste momento histórico, acompanhando o processo e reafirmando sua solidariedade ativa de classe. Afinal, juntos somos mais fortes!
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cultura
caderno de poesia
Exposição A
magia de Escher no MON
O Museu Oscar Niemeyer recebe até o dia 11 de agosto a exposição “A magia de Escher”, que reúne 85 obras e instalações interativas do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher. Escher ficou conhecido mundialmente por produzir imagens com impressionantes efeitos de ilusão de ótica. Suas gravuras, desenhos e fac-símiles exploram as regras geométricas e da perspectiva, gerando dimensões visuais impossíveis. A mostra foi pensada para que o público possa interagir e vivenciar o conjunto de efeitos visuais que Escher utilizava em suas obras. A exposição também inclui a apresentação de animações de algumas das gravuras do artista.
Teatro
P
Programação: Data: De 11 de abril a 21 de julho Horários: Terça a sexta, das 10h às 20h (horário extendido); sábado e domingo, das 10h às 18h Endereço: Rua Marechal Hermes, 999 Preços: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). No primeiro domingo do mês a entrada é grátis
Amores Difíceis no Teatro Novelas Curitibanas Está em cartaz no Teatro Novelas Curitibanas a peça “Amores Difíceis”, da Súbita Cia. de Teatro. O espetáculo intercala momentos de humor e de drama para analisar a forma como sentimos e lidamos com o amor. Ao longo do processo criativo, os artistas usaram como inspiração cenas de amor de obras literárias, como o conto “A Aventura de um Esposo e de uma Esposa”, de Ítalo Calvino, a peça “A Gaivota”, de Anton Tchékhov e “Bodas de Sangue”, de Federico García Lorca.
Programação: Data: De quinta-feira a domingo, até o dia 19 de maio Horário: 20h | Endereço: Teatro Novelas Curitibanas (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1.222 – São Francisco) Preços: Entrada franca (precisa chegar com antecedência para retirar o ingresso)
Exposição
Lição de vida
A Divina Comédia de Dalí no Teatro da Caixa A Caixa Cultural apresenta até o dia 19 de maio a mostra “A Divina Comédia de Dalí”, com xilogravuras e aquarelas originais do pintor surrealista Salvador Dalí. São cerca de 100 imagens que ilustram, um a um, os cenários da famosa obra do poeta Dante Alighieri. As ilustrações foram criadas por Salvador Dali nos anos 50, a pedido do governo italiano, para as comemorações dos 700 anos do nascimento de Alighieri. Assim como a obra do poeta renascentista, a mostra também é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Programação: Data: De terça-feira a domingo, até o dia 19 de maio Horário: De terça-feira a sábado das 9h às 20h e domingo das 10h às 19h Endereço: Teatro Novelas Curitibanas (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1.222 - São Francisco) Endereço: Caixa Cultural (R. Conselheiro Laurindo, 280) | Preços: Entrada franca
rimavera. Uma flava manhã de terça-feira e alta alegria de céu. Nesta época do ano, costumo deixar o carro na garagem e caminhar até a escola, onde leciono há um ano. Nesta terça-feira, uma cena me chamou atenção. Parei para observar à distância, durante um tempo considerável, uma professora e seus alunos. Eles se sentavam sob uma frondosa árvore, cada um possuía algumas folhas de papel avulsas, e as apoiavam em um papelão. Em um dado momento, a professora solicitou que sentassem, de modo que formassem um semicírculo. Isso me oportunizou melhor visualização de suas fisionomias e do quadro real que acontecia à minha frente. Eram cinco alunos que compartilhavam a atenção desta educadora. O primeiro, da esquerda para a direita, mulato, cabelo pixaim, olhos castanhos e corpo robusto. O segundo, negro, olhos escuros e cílios compridos. Possuía um olhar triste. Ao seu lado, uma menina. Ela era de porte pequeno para sua idade, bem magrinha, morena clara. Parecia contente com sua roupa nova e boina azul. A garota interpelava a professora mostrando seus desenhos, que eram rústicos. O seguinte aluno, loiro, olhos azuis e mirrado. Estava sentado sobre uma pedra, fazendo ensaios de escrita. Sentavase ao seu lado uma garota. Cabelos loiros e lisos. Ela sorria para a professora com dentes alvos. Entre a professora e esta menina, sentava-se um garoto, olhar matreiro. A professora, de estatura pequena, um brilho de esperança no olhar. Consultei meu relógio, como para disfarçar o nó na garganta. Continuei meu percurso. Agora levava na bagagem questionamentos. Mas com uma certeza: tenho mais a aprender do que ensinar. Rita de Cássia Maluf Professora da rede municipal de Curitiba
Este espaço é destinado para a produção artística das professoras e professores da rede municipal de Curitiba. Envie seus poemas, contos e crônicas para o email imprensa@sismmac.org.br que eles serão publicados nesta seção.