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ISSN 2178-5781

Ano XIII | 219 | Setembro 2013

Reprodutores de alta linhagem Melhoramento genético do gado de corte garante eficiência na atividade

Nutrição animal na seca Suplementação correta é sinônimo de boa produção o ano todo

Administração Rural

No mês do administrador, histórias de quem conseguiu a emancipação do próprio negócio


Quem tem seu próprio negócio é um especialista. Mas para começar ou melhorar a sua empresa, até um especialista precisa de especialistas em pequenos negócios. Vai empreender? Vai ampliar? Vai inovar? Conte com o Sebrae. > Baixe o aplicativo do Sebrae na App Store ou na Play Store.

Educação Empreendedora

Como vai? Somos o Sebrae. Especialistas em pequenos negócios. Consultoria

Gestão

Inovação

Resultados


PALAVRA DO PRESIDENTE

CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da

Ensinando a pescar

Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Conselho editorial Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins Editores: Francila Calica (01996/GO) Reportagem: Catherine Moraes e Leydiane Alves Fotografia: Larissa Melo e Mendel Cortizo Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br

DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira,

N

o mês do Administrador comemoramos os inúmeros casos de famílias do campo que participaram de nossos treinamentos, cursos e programas na área de administração e gestão rural e, com isso, ganharam segurança e independência para gerir seus negócios. Conquistaram uma melhor qualidade de vida e se mantêm com a atividade que desempenham. Com frequência temos em nossos programas, cursos e treinamentos, sobretudo, pequenos produtores que aprendem os princípios da administração, se emancipam e questionam as estruturas do assistencialismo governamental. São pessoas que sobreviviam de alguns reais do Bolsa Família, como nossa personagem de capa, a pequena produtora Maria Aparecida, mas que agora sentem orgulho de ter capacidade e força de trabalho para gerar a renda do próprio sustento. Na história de vida de nossa personagem, o velho jargão “aprender a pescar ao invés de só ganhar o peixe” passa a ter muito sentido. É justamente nessa linha que trabalhamos. Prezamos por dar condições para que as famílias rurais se emancipem, mudem suas realidades por meio do próprio trabalho e contribuam para o desenvolvimento de nosso estado.

Walter Vieira de Rezende.

CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br

José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR

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Alexandre Cerqueira

Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601


Mendel Cortizo

Rafael Manzutti

PAINEL CENTRAL

Gestão de propriedades familiares

Doma Racional

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Maria Teresa Roscoe, Professora da Fundação Dom Cabral fala sobre evolução nos processos de sucessão familiar e desafios a serem enfrentados

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Mendel Cortizo

Uenes Peixoto aprendeu a ensinar sem uso da força e ganhou a confiança dos animais na base do carinho

Emancipação administrativa

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Pequenos produtores, como Maristela Vieira, aprendem a gerir seus próprios negócios e dão novos rumos à vida

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Agenda Rural

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Fique Sabendo

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Delícias do Campo

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Cursos e treinamentos do Senar

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Campo Aberto

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Gutiérisson Azidon

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Nutrição animal na seca Produtores enfrentam o desafio da estiagem e garantem bom alimento ao rebanho

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Goiás Leite Rodada de seminários leva a produtores de leite informações sobre gestão e sanidade

O pneu adequado

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Saiba mais sobre o desempenho de pneus agrícolas em diferentes terrenos e plantios

Melhoramento genético

26 Fredox Carvalho

Método dá celeridade aos processos de desmame, ganho de peso, abate e favorece a precocidade sexual

Maria Aparecida em sua plantação de pimentas, no municípo de Cocalzinho de Goiás. Foto produzida por Mendel Cortizo.

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Carlos Eduardo Vilela

AGENDA RURAL

21 de Setembro Dia de Campo Goiás Mais Leite Local: Formosa (GO) – Fazenda da Felicidade, Região do Bonito Informações: (62) 3545-2600

13 e 14 / 09

13 e 14 / 09

4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente

Campo Saúde

Local: Pousada Serras de Goyas, Setor Bueno, Goiânia

Locais: Britânia e Jussara

Informações: (62) 3201 - 5163

Informações: (62) 3096-2114

9 A 13 / 09

27 e 28 / 09

XXV Semana da Veterinária UFG

Campo Saúde

Local: Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG

Locais: Campos Belos e Monte Alegre

Informações: (62) 9642 -1158

Informações: (62) 3201-2114

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FIQUE SABENDO armazém

Registro

Larissa Melo

Mendel Cortizo

Faeg comemora empenho de deputados no setor rural

Agricultura tropical Dividido em dois volumes, o livro Agricultura Tropical fala do desenvolvimento brasileiro e faz uma avaliação sobre desafios futuros e possíveis soluções. Entre os questionamentos respondidos está o fato de o Brasil ter passado da condição de importador para a de grande exportador de alimentos. Os temas explorados são: produção e produtividade; utilização sustentável de recursos naturais; impacto das inovações e desafios á agricultura tropical.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner, almoçou, no último dia 27 de agosto, com deputados estaduais para agradecer o empenho dos parlamentares na apreciação dos projetos que dizem respeito ao setor rural. Realizado nas dependências da sede da Faeg, o almoço contou ainda com a presença do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Leonardo Vilela e o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Antônio Flávio Camilo de Lima. Na abertura do almoço, José

Mário agradeceu aos presentes em nome dos produtores goianos e ressaltou a recente aprovação do Código Florestal estadual. “Ando não só pelo Estado, mas pelo país dizendo que temos muito orgulho da nossa Frente Parlamentar do Agronegócio e dos nossos deputados. No ano passado tivemos uma decisão muito importante que foi a retirada da matéria sobre as taxas agropecuárias. Agora, tivemos o Código Florestal que debatemos por quatro anos. A sociedade ganha com isso”, completou.

Pesquisa

Uvas no combate a diabetes tipo 2

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Estudo publicado no British Medical Journal afirma que comer frutas como mirtilo, uvas e maçãs pode diminuir o risco de desenvolvimento do tipo 2 de diabetes. Enquanto outras frutas diminuem o risco em 2%, o mirtilo atua com 26%. A pesquisa avaliou também a relação entre o consumo de fruta e o de sucos naturais. A conclusão foi de que é mais saudável ingerir as frutas. Isso porque além de maior quantidade de açúcar, o suco leva quantidade maior de frutas do que se comeria em estado bruto.

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PROSA RURAL

Maria Teresa Roscoe Rafael Manzutti

é Professora da Fundação Dom Cabral

Sucessão familiar

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rofessora da Fundação Dom Cabral, Maria Teresa Roscoe é a entrevistada desta edição e fala sobre a gestão de

empresas familiares. Seus estudos se referem aos problemas em repassar os negócios aos filhos e a forma como isso deve ocorrer. Como pontos importantes ela cita a preservação do alinhamento com o mercado, do alinhamento estratégico e do alinhamento societário, fundamentais durante todo o processo.

Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br

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Revista Campo: No que a gestão de empresas familiares evoluiu nas últimas décadas? Maria Teresa: A gestão de empresas familiares evoluiu muito nas últimas décadas. Questões que no passado não eram tratadas e interferem no processo e nos resultados passaram a ser mais frequentemente cuidadas. Para se ter um exemplo de questões hoje encaminhadas de forma mais efetiva podemos citar: questões de relacionamento e conflitos, escolhas quanto ao encaminhamento dos jovens dentro e fora dos negócios, transmissão de patrimônio, capacitação dos sócios para atuarem na gestão, participações societárias, preparação de sucessores, desenvolvimento de relações de confiança com familiares e profissionais de mercado, clarificação de papéis e estruturação da gestão e da governança da família e das empresas. Revista Campo: Qual a primeira etapa que deve ser cumprida pelos empresários que desejam iniciar a sucessão familiar em seus negócios? Maria Teresa: A primeira etapa a ser cumprida por empresários que desejam iniciar a sucessão familiar em seus negócios é uma reflexão e um posicionamento genuíno sobre o propósito do processo e sua real disposição para implantá-lo. Esta etapa é fundamental para a eficácia do processo. Uma medida importante é cuidar, com antecedência, do desenvolvimento das pessoas envolvidas, evitando a polarização do processo apenas no sucedido e sucessor, pois a sucessão impacta todo o sistema – família, gestão e patrimônio. Revista Campo: Como o empresário pode reconhecer o momento certo de repassar a batuta dos negócios aos herdeiros? www.senargo.org.br

Maria Teresa: Muitas vezes a passagem do bastão está relacionada a um acontecimento inesperado como a falta de uma pessoa chave. Outras vezes está relacionada a uma mudança natural no estágio do ciclo de vida da geração. A nível dos indivíduos o que observamos no trabalho com famílias empresárias é a possibilidade de um amadurecimento natural, que começa aos poucos a trazer novas questões para o sujeito, fazendo com que ele passe a refletir e “flertar” com outro estilo de vida, com novas formas de realização, com alguns desafios e limitações quanto aos próximos estágios. A busca por apoio externo através de participação em programas voltados para o desenvolvimento de famílias empresárias, como os que a Fundação Dom Cabral oferece tem se mostrado um facilitador do processo. Revista Campo: Quais práticas de gestão são imprescindíveis para conferir uma atmosfera mais profissional à administração do negócio familiar? Maria Teresa: A adoção de um modelo de gestão adequado ao estágio em que a empresa se encontra e aos desafios da próxima fase é fundamental. O compartilhamento do projeto empresarial e o desdobramento do mesmo em desafios nas dimensões econômico/financeira, de mercado, de processos e de pessoas tem se mostrado uma prática capaz de gerar resultados diferenciados ao longo do tempo. Revista Campo: Como lidar com o desinteresse dos herdeiros em assumir os negócios da família? Maria Teresa: Nossa recomendação é que o observador, seja ele familiar ou profissional de mercado, não se assuste com a situação atual. Por vezes nos deparamos com jovens ansiosos por contribuir e por identificarem seu

lugar no contexto de atuação profissional. O que ao primeiro olhar pode parecer desinteresse pode na verdade estar escondendo dificuldades não ditas que devem ser identificadas e cuidadosamente tratadas. Por outro lado, quando bem acompanhados, os jovens têm em geral respondido muito bem aos processos de desenvolvimento, sendo capazes de superar expectativas apresentando resultados consistentes e diferenciados. Revista Campo: Os herdeiros devem ser influenciados em suas escolhas? Maria Teresa: Os herdeiros podem e devem ser influenciados pelos valores da família. Faz parte do papel de pai e mãe, como educadores, orientar, dar diretrizes, dizer o que pode e o que não pode. Este processo de educação influencia as escolhas dos jovens, mas esta influência é legitima e desejável. A influência que pode prejudicar o processo seria uma imposição e não a influência saudável que as crianças e jovens devem receber no seio da família. Revista Campo: Como fazer com que os familiares não atuantes na gestão não se sintam excluídos e não haja ruídos nas relações? Maria Teresa: Para que familiares não atuantes na gestão não se sintam excluídos existem práticas que devem ser adotadas com disciplina e regularidade. Um exemplo de boa prática adotada por famílias empresárias é a iniciativa de sistematicamente, pelo menos cada seis meses, promover uma reunião para apresentação dos resultados do período anterior e os planos para o próximo período. Algumas famílias tem por hábito incluírem nos encontros atividades de integração e desenvolvimento dos participantes com ótimos resultados. Setembro / 2013 CAMPO

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AÇÃO SINDICAL Inhumas Alexânia

Alunos do Agrinho visitam Goiânia Larissa Melo

Mendel Cortizo

Cavalgada marca abertura da ExpoInhumas

O Sindicato Rural e a prefeitura de Inhumas realizaram uma cavalgada para marcar a abertura da edição 2013 da ExpoInhumas. O presidente do Sistema Faeg/ Senar, José Mário Schreiner acompanhou o prefeito do município, Dioji Ikeda e o presidente do Sindicato, José Ruy Garcia durante a cavalgada pelas ruas da cidade.

Crianças com idade de 8 a 10 anos, integrantes do programa Agrinho visitaram, no último dia 27 de agosto, a sede do Sistema Faeg/Senar. Os alunos são da Escola Municipal Irenize Laurindo de Souza, localizada no município de Alexânia (GO). Eles aproveitaram a oportunidade para falar um pouco do projeto Atuação, desenvolvido por eles para o concurso Agrinho 2013, com o tema Responsabilidade Social e Meio Ambiente.

Itaberaí

Uma delegação japonesa da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) participou, no último mês, de uma visita técnica no município de Itaberaí. O objetivo principal foi identificar formas de trabalho que possam ser usadas como exemplo de desenvolvimento local em Moçambique, onde eles pretendem trabalhar nos próximos anos. Conheceram na teoria como funciona a avicultura de corte, visitaram uma Unidade Demonstrativa do Programa Balde Cheio e, por fim, um parreiral que foi transformado após um curso do Programa Empreendedor Rural (PER), do Senar Goiás em parceria com o Sebrae Goiás.

Rio Verde

Sindicato Rural realiza eleições Com 333 votos, a Chapa 1, foi eleita para assumir a diretoria do Sindicato Rural de Rio Verde pelo próximo triênio. O resultado reelege Walter Baylão Júnior à presidência da entidade. As eleições, realizadas dia 22 de agosto, registraram um número recorde de votantes. Dos 780 aptos a votar, compareceram às urnas 553. 10 | CAMPO

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Cuiabá

Delegação goiana participa da Bienal da Agricultura Faeg

Japoneses conhecem ações do Senar Goiás

Uma delegação formada por 38 produtores rurais goianos participou, no último mês de agosto, da Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, em Cuiabá. O Grupo teve como coordenador o Gerente Sindical Antelmo Teixeira Alves e o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner de Goiás foi representado pelo Vice-Presidente Institucional Bartolomeu Braz Pereira, que também foi moderador do Painel “Como enfrentar o apagão da mão de obra”. O Superintendente Executivo Claudinei Antônio Rigonatto fez o discurso de encerramento pela Faeg. www.sistemafaeg.com.br


Cristalina

Balde Cheio promove visitas técnicas

APAE recebe treinamento de doces Sindicato Rural de Cristalina

Mendel Cortizo

Morrinhos

O Sistema Faeg/Senar realizou, no último mês, duas visitas técnicas às Unidades Assistidas do Programa Balde Cheio, em Morrinhos. As visitas fizeram parte da programação da Tecnoleite Complem 2013 - a maior feira da cadeia leiteira de Goiás. O objetivo do encontro foi apresentar ao público os resultados da produção leiteira após o Balde Cheio e mostrar os benefícios do programa para a propriedade, tanto na gestão, como na produção do leite. A primeira visita foi no Sítio Bela Vista, propriedade do produtor rural João Batista. A segunda foi no Sítio Primavera, de Antônio Eduardo Sobrinho.

O Sindicato Rural de Cristalina realizou, nos dias 11 a 14 de junho, Treinamento em Produção Caseira de Doces. O Treinamento foi realizado na APAE de Cristalina e contou com a participação de mais de 20 pessoas. (Colaborou: Malva Lúcia Caixeta)

Itauçu

Porangatu

Cavalgada abre 42ª edição da Exponorte Uma cavalgada organizada pelo Sindicato Rural de Porangatu, realizada dia 23 de agosto, marcou a abertura oficial da 42ª Exponorte. Houve hasteamento das bandeiras com presença do presidente do Sindicato Rural de Porangatu, Carlos Garcia, do presidente do Sistema Faeg/ Senar, José Mário Schreiner, do prefeito municipal, Eronildo Valadares, do presidente da Câmara Municipal, Pedro Rodrigues e do comandante do Batalhão da Polícia Militar, Valdir Lira, representando o governador de Goiás, Marconi Perillo.

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Larissa Melo

Pronatec impulsionará piscicultura

O programa Pronatec do Senar Goiás vai ajudar a impulsionar a piscicultura no Estado. A formação de turmas para capacitar jovens a atuarem na aquicultura vai ser intensificada em regiões como a de Itauçu, que obteve do Ministério da Pesca e Aquicultura a liberação de R$ 15 milhões para a instalação de unidade de produção de farinha de peixe e fábrica de ração.

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MERCADO E PRODUTO

Perdas na safra de grãos nos EUA Pedro Arantes | pedro@faeg.com.br

Itamar Sandoval

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Pedro Arantes é economista e analista de mercado da Faeg

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ais uma safra de grãos, nos EUA é castigada pelo clima quente e seco. Já passa de 40 dias sem chuva no Meio Oeste americano - centro da produção de milho e soja do país -, e as perdas já contabilizadas nas lavouras devem chegar a 10%. Caso não chova nestes primeiros dias de setembro ou se a chuva não compensar a falta de umidade do solo, as consequências serão bem piores, embora não sejam tão catastróficas como na safra do ano passado. Na época, a colheita de milho ficou em torno de 273 milhões de toneladas e a de soja próxima de 82 milhões de toneladas; uma das piores da história da agricultura americana. O cenário para a safra dos Estados Unidos é de prós e contras. Ao seu favor está um plantio que atrasou entre 20 e 30 dias por excesso de chuva e que não ocorreu na velocidade dos anos anteriores. Por ter chovido até mais tarde, a umidade do solo está acima da registrada no mesmo período do ano passado. Outro ponto positivo é que as lavouras de soja apresentam estágios diferenciados desde a formação dos grãos até a fase do amadurecimento, isso faz com que, em caso de restrição hídrica, as plantas não sejam afetadas na

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mesma medida. O lado negativo é que esse atraso do plantio vem preocupando o produtor americano diante do risco de um clima frio, com possível ocorrência de geada a partir do dia 19 de setembro, conforme previsões climáticas. Isto pode afetar as lavouras semeadas mais tarde, justamente, as que apresentam melhor qualidade, sobretudo na soja. Diante de todas estas informações, que ainda podem sofrer variações e terem efeitos diferenciados na produção final da safra de grãos dos EUA, acreditamos que entre 7% e 10% desta safra já está comprometida. Isto ocasionará uma perda na safra de milho da ordem de 30 milhões de toneladas, que reduz a estimativa inicial de 359 milhões de toneladas para próximo de 330 milhões. A soja poderá perder em torno de seis milhões de toneladas, reduzindo a estimativa de colheita para em torno de 86 milhões de toneladas. Diante deste comportamento da safra grãos nos EUA, os preços internacionais já reagiram bastante nos últimos quinze dias, oferendo ótimas oportunidades de mercado ao produtor brasileiro para os fechamentos futuros de parte da safra. Esse fator pode até resultar num certo aumento de

produção, porém, não muito, pois embora ainda faltem 30 dias para o início do plantio no Brasil, a aquisição dos insumos já está praticamente realizada. A maior influência será sobre o nível tecnológico utilizado que poderá ser ampliado. Vale alertar ao produtor para que feche a venda de parte da sua produção e não espere que momentos melhores ocorram. Primeiro, porque a safra americana ainda poderá sofrer alguma mudança para mais ou para menos. E, segundo é que a safra do Brasil ainda está muito distante para previsões mais seguras. Podemos ter uma supersafra se as condições do clima forem muito favoráveis, o que poderá comprimir um pouco os preços, podemos ter problemas com logística que deve se agravar diante de uma grande safra ou ter perdas de plantio que podem favorecer a alta dos preços. Com as cotações acima de R$ 55 o saco de 60 quilos de soja os custos estão cobertos e há uma certa margem. A sugestão é que o produtor venda o produto de forma a cobrir custos e, principalmente, honrar com os compromissos financeiros que vencem em março e abril, quando a logística deverá estar muito mais complicada e os preços podem sofrer uma baixa. www.sistemafaeg.com.br

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Administração Rural

Mendel Cortizo

Donos do próprio destino Pequenos produtores aprendem os princípios da administração, se emancipam e questionam as estruturas do assistencialismo Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo Foi nas pimentas que Maria Aparecida e o marido se agarraram para conseguir manter a família no campo

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conseguir a comida para o dia seguinte”, diz. Reviravolta A guinada na vida da produtora ocorreu este ano. Ela afirma que conheceu uma produção de pimenta malagueta e decidiu plantar. Com mil mudas da espécie, ainda ensacadas, ou seja, sem mesmo passar para a terra, foi alertada sobre a oportunidade de participar do programa Negócio Certo Rural (NCR), desenvolvido pelo Sistema Faeg/Senar em parceria com o Sebrae Goiás. “Foi quando coloquei a ideia em prática e plantei as mudas”, diz. Com pouco conhecimento, foi adquirindo experiência ao longo do curso. Depois de aprender a colocar tudo na ponta do lápis, calcular os gastos, manejo da cultura, entre outras atribuições, surgiu uma nova empreendedora. Encorajada, em poucos meses, mais que dobrou a produção. Atualmente, são quase 2,5 mil mudas e Aparecida já batalha para plantar outras mil. Ela garante que não faltam compradores. Eles batem a porta e acirram a concorrência, o que a leva a negociar preços mais elevados. “Teve mês que já tirei R$ 800”, afirma. A mudança não foi só na renda, a estrutura familiar já é outra. Agora, marido e filhos também se dedicam à produção de pimenta malagueta.

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“E

u não pretendo mais precisar do Bolsa Família, eu perdi muito tempo. Na verdade isso aqui é só o começo”, diz a produtora de pimenta malagueta, Maria Aparecida Campos, de 45 anos. A fala carregada de felicidade e, sobretudo, orgulho, não é a única percepção que impressiona ao ouvi-la discorrer sobre o novo negócio familiar. A sensação é de que uma espécie de cortina foi arrancada da frente de seus olhos e um novo horizonte começa a se desenhar. Maria Aparecida é apenas um exemplo entre dezenas de produtores rurais que agarraram com unhas e dentes a oportunidade de realizar cursos, treinamento e programas gratuitos, oferecidos pelo Sistema Faeg/Senar, sobre o tema administração rural. A assentada conta que, por quase 12 anos, vivendo na Fazenda Santa Felicidade, em um assentamento próximo ao município de Cocalzinho de Goiás, a vida era matar um leão por dia. Ela atravessava o mês com apenas uma renda certa, R$ 102 oriunda do Programa Bolsa Família. Na parcela de um assentamento de cerca de 20 hectares, moram ela, o marido e três filhos, Rangel, 22, João Pablo, 21 e Jonathan, de 19 anos. Os quatro, quando conseguiam, faziam pequenos serviços na cidade próxima. “Mas era tudo muito difícil, era

Oportunidade aos que não a tem

Instrutor do Senar Goiás, Hélio Antônio ressalta o estímulo à quebra de tabus e à inovação promovido pelas ações da entidade

O instrutor do Senar Goiás, Hélio Antônio Silva Rodrigues, conta que o Programa NCR é voltado para produtores com baixa escolaridade, mas com oportunidade de modificar a vida de pequenos produtores. “As pequenas produções costumam ter grande margem de lucro”, diz. Ele explica que a tendência desses pequenos produtores é angariar recursos em instituições financeiras para dar o pontapé inicial a um pequeno negócio. Entretanto, diz, não possuem noções dos próprios bens e de custos de produção. Em geral, explica, o dinheiro que eles precisam está dentro da propriedade. “Se a mulher tem uma visão boa de um negócio, porque não vender uma vaca e custear a ideia? O melhor dinheiro está lá dentro e não no banco”, rebate. Setembro / 2013 CAMPO

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Produzindo o pão de cada dia

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Outro exemplo de que uma ideia rentável aliada à capacitação profissional e perseverança são as chaves para um bom negócio, vem de outro assentamento próximo ao município de Acreúna. Um grupo composto por 12 mulheres e um homem, decidiu abrir uma panificadora dentro do Assentamento Genipapo, localizado a 27 quilômetros de Acreúna. A iniciativa, a princípio, pode parecer estranha, já que, no local, moram apenas 27 famílias. Mas a história não parou por aí. Uma das proprietárias da Panificadora Doçuca, Maristela Vieira de Sousa, de 35 anos, conta que trabalhava no curral com o marido e na cidade durante a semana. Ela e outras assentadas copiaram o formato de outro assentamento, localizado em Goiatuba, onde um grupo de pessoas abriu uma panificadora. “Tem três anos que abrimos, mas a gente achava que não podíamos vender para fora”, diz. Esse foi o pulo do gato. Enquanto participavam do NCR, o instru-

Mendel Cortizo

Exemplo feminino Ele conta que as mulheres são fundamentais na administração rural. Conseguem perceber a potencialidade de pequenos negócios, ao contrário de muitos homens. “Eles querem já começar com 20 vacas leiteiras, elas não. São mais dedicadas, econômicas e conseguem começar por baixo”, diz. Não raro, quando a oportunidade é colocada em prática, é o negócio feminino que vira o alicerce do orçamento familiar. O exemplo de Aparecida, diz, ainda tem outro fator extremamente importante: a fixação dos filhos no campo. Ele diz que essa sucessão, independente do formato do negócio, seja pequeno, médio ou de grande proporções, precisa ser feito gradativamente. “Assim a sucessão é menos traumática”, ensina. Hélio diz que muitos pais temem que as ideias inovadoras dos filhos possam limar o negócio. Nesse caso, a dica é: assumir um papel de liderança, delegar funções aos filhos e, aos poucos, imprimir a inovação. Muito mais que ensinar produtores a gerir seus negócios, os treinamentos, cursos e programas do Senar Goiás para a área de administração rural estão imbuídos em ampliar a visão do produtor rural, ao ponto de exigir posicionamento político, participação na sociedade e mudanças de estruturas sociais. Observar o mundo de outra forma leva o produtor a refletir sobre aspectos que ocorrem do lado de fora da porteira. Problemas de escoamento, estradas e portos, esbarram na competitividade e desempenho da atividade. O maior benefício é a formação de lideranças no interior, como vereadores, líderes sindicais e prefeitos. “Muito de nossos programas fazem com que eles questionem o posicionamento das pessoas na sociedade”, diz.

tor Hélio Antônio explicou que havia possibilidade de expansão dos negócios. “Depois do curso, nós abrimos a cabeça. A gente ganhava dinheiro, mas não sabia os custos. Aumentamos a produção e vamos investir mais na panificadora”, diz. Venda garantida Maristela explica que fecharam contrato com a Conab e, atualmente, fornecem pão caseiro de mandioca, rosca de mandioca, pão de queijo e bolo para cinco escolas municipais, três estaduais, quatro creches, dois Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) e um abrigo de idosos. Só para se ter ideia, são produzidos, diariamente, cinco mil pães e dois mil bolos. A renda gira em torno de R$ 1,8 mil para cada um dos participantes. “Muitos acharam que estávamos doidos e diziam que íamos quebrar a cabeça. Hoje, muitos querem fazer parte do negócio, mas tudo tem um custo”, explica Maristela. A perspectiva agora é firmar um terceiro projeto com a Conab e o Plano Nacional de Ação a Inclusão (Pnai). Em um futuro não muito distante, o objetivo é investir em fornos e armários e assim aumentar a produção da panificadora. Tudo isso, devidamente analisado. “Colocamos tudo na ponta do lápis. Usamos planilhas no computador, antes era tudo feito no caderninho”, conta Maristela. A chacoalhada, como diz a microempresária, serviu para abrir os horizontes. “Estamos montando nosso próprio escritório”, diz.

Do curral à panificadora. Ao associar-se a outros pequenos produtores Maristela passou a levar “doçura” aos demais assentados do local onde vive

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Já no assentamento Água Bonita, localizado na divisa dos municípios de Rio Verde e Jataí, o casal, Antônio Coutinho e Neide Rita Silva, começou a produção de frango caipira melhorado. O casal adquiriu 100 pintinhos, cuja ideia inicial era vender a produção para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Pegamos orientação durante o curso, aprendemos a calcular os custos e conseguimos fechar o contrato com a Conab”, diz Neide. A melhor solução encontrada foi reunir um grupo de produtores de frango caipira para fechar o negócio. “Tem um mini abatedouro aqui próximo, então reunimos um pessoal e todos entregam frango para a Conab”, diz Antônio. Ele conta que não tinha ideia de como fazer os cálculos e não sabia quanto entrava e quan-

to saia de dinheiro na propriedade. Hoje, está na ponta da língua. “Ganhávamos por mês algo como R$ 1,5 mil e hoje são R$ 3 mil”, diz Antônio. Mas parte dessa renda vem de outra iniciativa simples aprendida no decorrer do curso. O casal vende até 40 frangos, todos os domingos, em uma feira instalada em Jataí. Os filhos, Ricardo Coutinho, de 18 anos e Rodrigo Coutinho, de 12, já ajudam nos afazeres. O instrutor do Senar Goiás, Hélio Antônio explica que a comercialização é um dos principais gargalos enfrentados por pequenos produtores. Depois que começam a enxergar a viabilidade do negócio, travam no próximo passo: a venda. “Eles começam a pensar por si só e enxergar problemas de logística, escoamento. Compra e venda também é uma arte”, explica.

Mendel Cortizo

Produtores superam dificuldades da gestão rural

Criando galinha caipira, Antônio e a família aprenderam a arte do comprar e vender


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Administração Rural

Pneu adequado para máquina agrícola Para escolher o material adequado é preciso avaliar para qual finalidade será utilizado Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br Especial para a Revista Campo Pneus são diferentes no quesito durabilidade, força e autolimpeza, por exemplo

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Larissa Melo

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ual a diferença entre um pneu convencional e um radial? O desenho é só estético ou influencia na durabilidade e funcionamento? Qual peso e velocidade que um pneu agrícola pode suportar? Estas e outras perguntas precisam ser respondidas e levadas em consideração na hora de comprar um pneu para sua máquina agrícola. Isto porque podem refletir no resultado da produção e a escolha acertada pode garantir durabilidade e economia no bolso. No pneu comum, os fios de aço que ficam por baixo da borracha se encontram na diagonal e no Radial, os fios são voltados para o centro do pneu. Instrutor de Treinamento da Loja do Borracheiro, Marcos Paulo Santos explica que não existe o melhor pneu, mas o que é adequado para devida finalidade. Ele explica que é preciso saber o terreno no qual o equipamento será utilizado assim como o peso e a velocidade que ele precisa suportar.

Instrutor Marcos Paulo afirma que terreno, peso e velocidade são importantes para escolha

“No Brasil o pneu convencional acaba sendo o melhor na maioria das vezes porque ele suporta maior impacto a buracos, por exemplo. Já o pneu radial deve ser usado em áreas mais planas porque aí se torna mais resistente. Com um buraco, muito peso e alta velocidade ele pode ser danificado de forma definitiva”, completa o instrutor. Entre as constantes preocupações dos produtores rurais está a

compactação do solo, causada pelo peso dos tratores e colheitadeiras. De forma inevitável, as máquinas deixam trilhas, mas a compactação é prejudicial porque reduz espaços vazios e dificulta o movimento do ar e da água no solo. Isto, por consequência diminui a produtividade das plantas. Nas plantações de cana-de-açúcar, por exemplo, as máquinas chegam a 20 toneladas e ampliam a problemática. Uma das técnicas que

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Aplicações agrícolas gerais: tratores, colhedoras e implementos. Desenho de barra curta/barra longa beneficiando auto-limpeza e tração. Estabilidade e dirigibilidade melhoradas com minimização da vibração.

DT824 600/65R28 Pneu radial agrícola produzido no Brasil com 25% de aumento na altura das barras (R1). Durabilidade maximizada e economia de combustível. Tração extra e maior área de contato que poupa trator e minimiza compactação.

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DT 924 710/70R42 Radial agrícola para uso em tratores e colhedoras com 25% de aumento na altura das barras (R1). Os desenhos das barras formam ângulos de 45º que proporcionam melhor auto-limpeza. Tração extra e maior área de contato poupam o trator e minimizam a compactação do solo.

Gutiérisson Azidon

Pneu radial agrícola para uso em tratores e colhedoras. O desenho, com centro aberto proporciona excelente tração e autolimpeza em qualquer tipo de solo. Feito para uso com cargas mais pesadas e possui maior área de contato que contribui para minimizar a compactação do solo.

Gutiérisson Azidon

APR 520/85R42

Loger Lug II 30.5L32 Equilíbrio entre tração e resistência dos serviços florestais. Construído com amortecedores de aço que preservam a carcaça dando maior proteção a furos e danos.

Gutiérisson Azidon

Gutiérisson Azidon

pode minimizar o problema é usar um pneu que garanta maior contato ao solo. Se o assunto for o desenho externo, não é apenas estética, acredite! Um desenho que deixe o centro aberto pode colaborar com a tração e autolimpeza. Amortecedores de aço podem evitar furos, por exemplo. O peso e a velocidade também são fatores importantes no momento de escolher o material adequado. Para ajudar, separamos alguns pneus com funções distintas. Confira a seguir:

Super 23.1-26 Aplicações em tratores, colhedoras e implementos de áreas alagadas (rizicultura). Maior agarre e alto torque em solos inconsistentes. Desenho exclusivo da Goodyear com “garra-sete”.

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Nutrição Animal A pastagem irrigada faz contraste com o pasto sem irrigação

Alimentação na seca Suplementação correta do gado garante boa produção o ano todo Gutiérisson Azidon

Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br

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limentar o gado de forma correta e saudável sem perder a produtividade. Essa é uma das maiores preocupações dos produtores rurais, principalmente entre os meses de maio a outubro, período de seca. É nessa época que o capim não cresce com a mesma qualidade que em condições climáticas mais adequadas e tem seu valor nutricional reduzido, prejudicando a quantidade e a qualidade da forragem das pastagens que servem de alimento para os animais. O resultado da má alimentação pode variar de perda de peso à queda na produção de leite e na taxa de fertilidade, além de maior predisposição à contrair doenças e correr risco de morte. O veterinário, Sáudio Vieira Peixoto, explica que por esses motivos, é necessária a suplementação do rebanho, pois os animais apresentam exigências superiores as que o capim pode oferecer. “Normalmente, o produtor espera que as vacas emagreçam, para depois iniciarem a suplementação

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das mesmas. Isso leva a vários problemas, como a diminuição na produção, falhas reprodutivas e degradação das pastagens. As plantas diminuem a velocidade de crescimento, diminuindo assim o suporte de animais.” De acordo com Sáudio, existem algumas opções de alimentação volumosa para o período seco, dentre elas cana-de-açúcar com a ureia, silagens, feno e irrigação de pastagem. “Hoje, boa parte dos produtores de leite confinam seus animais no período seco fornecendo volumoso no cochos. Sabemos que essa transição não deve ser efetuada de maneira brusca. Devemos começar a tratar dos animais assim que se encerra o período de chuvas e seguir tratando até que as pastagens se restabeleçam, nos meses de outubro e novembro.” Ele destaca que no período da seca o animal deve ingerir de 2% a 3% de volumoso e alimento concentrado que suplemente as exigências produtivas dos animais.

Ele acrescenta que para confinamentos de animais, é necessário preocupar com alguns aspectos. “Em primeiro lugar a água deve ser fornecida à vontade e em volume necessário (um animal adulto pode ingerir de 60 a 120 litros de água por dia). Em segundo, o alimento deve ser fornecido mais vezes ao dia.” Além disso, é necessário nos preocupar com o bem-estar animal. “Por isso, os cochos devem ser cobertos. Fora deles devemos proporcionar sombra para todos os animais, algo em torno de 4 a 5 m² de sombra por animal)”, explica. Sáudio salienta que na hora de alimentar o rebanho, não existe a melhor ou pior opção, e sim saber usar da melhor forma possível as mais variadas dietas para o período seco. “Toda dieta animal deve ser acompanhada por um médico veterinário ou zootecnista que irá balancear adequadamente a alimentação para o seu rebanho.”

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Confinar para produzir Orlando Resende, do município de Anicuns, acredita que alimentar o gado com a pastagem na época das chuvas e dar continuidade na produção dentro do confinamento é a melhor opção. Ele conta que há oito confina o gado na seca. “Essa foi a melhor opção, dessa maneira a qualidade da carne produzida não cai.”

Ele acrescenta que para ter certeza da quantidade exata de concentrado e volumoso a usar, tem um veterinário que faz esse acompanhamento. “Ter um bom profissional analisando a suplementação me traz confiança. Porque dessa maneira sei o quanto devo usar de cada alimento e não comprometo a produtividade.”

Em sua propriedade, Orlando conta que faz somente duas fases do processo de produção. “Aqui faço a recria e engorda. A fase na terminação é sempre no período seco com o confinamento. Para mim essa combinação de pasto e depois confinar o gado me garante uma produção com qualidade”, conta.

Alternativas nutritivas Está na dúvida de qual alimento escolher para o rebanho? Seguem algumas Entre as opções que podem contribuir para atender às necessidades dos rebanhos no período seco.

Cana-de-açúcar: Tem como qualidade estar no auge de sua produção no período seco quando mais se necessita alimentar as vacas, a cana exige pouca mecanização, quando adubada apresenta boa produtividade (80 a 120 toneladas/hectare). Porém, a cana apresenta alguns pontos negativos, tais como baixa concentração de proteínas e minerais, por isso faz-se necessário uma boa mineralização e a correção com ureia (ureia + sulfato de amônio).

Ensilagem:

Essa é a maneira pela qual é possível conservar, através da fermentação, uma forrageira colhida no período de chuva para que a mesma possa ser usada no período de seca. As silagens mais comumente usadas são de milho e sorgo, mas também podem ser silagens de cana, capim milheto, etc.

Leguminosas: São pouco utilizadas, pois são de difícil manejo e normalmente o seu consórcio com o capim é de pouca eficácia.

Capineiras: Podem ser usadas, porém, atentando-se ao fato de que a melhor altura de corte está por volta de 1,5 metro, pois as capineiras com alturas superiores a esta são de baixo valor nutritivo para os animais. Podem ser utilizadas por dois a três cortes no período de chuvas e mais um corte no período de seca.

Diferimento de pastagens: É uma técnica muito utilizada para gado de corte, ou para atender categorias menos exigentes em gado de leite (novilhas). Nesta técnica deixamos o capim passar do ponto de corte normalmente utilizado em manejos de pastagens rotacionadas, utilizando dessas sobras no período seco. Apesar de que com esse manejo o capim apresenta menores teores de nutrientes (proteína e NDT) e menor digestibilidade, sendo incapaz de suprir o balanceamento de dietas para animais leiteiros. Fonte: Médico veterinário, Sáudio Vieira Peixoto.

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Pasto verdinho o ano todo Há três anos o produtor de leite, Antônio Eduardo Sobrinho, garante a alimentação do seu rebanho no período da seca. O método escolhido por ele foi a irrigação do pasto. Para ele, a distribuição de água de maneira artificial em pastagens é a garantia para se produzir como planejado, sem que a falta de chuvas altere os índices de produtividade e de rentabilidade previamente estabelecidos. Antônio, que faz parte do Programa Balde Cheio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), em Morrinos, conta que na época da seca usava a cana-de-açúcar e concentrado para alimentar o gado. “Isso não garantia a sobrevivência do rebanho. Durante os 10 anos que usei esse tipo de alimentação, sempre perdia uma ou duas cabeças no período seco.” O produtor explica que a mudança aumentou o lucro da família. “A pastagem aumentou a produção diária do leite e diminui o custo, o que no fim do mês gera uma receita positiva”, garante.

O produtor Antônio Eduardo e esposa, Maria Aparecida cuidam da alimentação do gado com pastagem irrigada


Fredox Carvalho

Pecuária de corte

Melhoramento genético possibilita eficiência do plantel e garante desempenho econômico

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Superioridade no rebanho Melhoramento genético do gado de corte é considerado ferramenta fundamental para a eficiência da atividade Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo

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iante da competitividade da pecuária de corte no País e no mercado externo, a busca por melhores resultados em um menor espaço de tempo é um caminho sem volta. E é aí que entra a importância do melhoramento genético que possibilita a eficiência do plantel. O método dá celeridade aos processos de desmame, ganho de peso, abate e favorece a precocidade sexual. Em decorrência disso, um dos principais resultados é um melhor desempenho econômico da propriedade. Segundo criadores e técnicos do setor, o plantel de Goiás é considerado de alto padrão, mas com grande espaço para crescimento. Para isso, é necessário difundir os benefícios da tecnologia. Segundo o técnico da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Izarico Camilo Neto, é possível ampliar mais a qualidade do gado local.

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Passo por passo Para Izarico, o primeiro passo é implantar um programa de melhoramento genético na propriedade. Embora existam alguns no mercado, ele aconselha a implantação do Programa de Melhoramento Genético (PMGR), considerado o maior banco de dados da raça zebuína. “Assim ele consegue identificar as matrizes com maior funcionalidade, melhorar o rebanho e facilitar o descarte”, diz. Entretanto, explica que para ter bons resultados dois fatores precisam andar juntos. Para ele, de nada adianta ter um bom plantel se a alimentação não for de boa qualidade ou vice-versa. A união desses dois quesitos faz com que os animais de melhor capacidade genética se sobressaiam. O manejo também precisa ser racional, diminuindo a quantidade de acidentes com animais. “Também precisa investir em funcionários e melhorar a qualidade de vida dos colaboradores”, afirma. Izarico afirma, ainda, que é fundamental o investimento em material genético de ponta. Ou seja, touros melhoradores, são reprodutores que vão garantir maior desempenho do plantel. Para facilitar o manejo, o ideal é que o pecuarista invista em um programa de estação de monta. As vacas que estiverem saudáveis entram para o programa. “Assim, elas poderão parir e gestar no mesmo período. Isso facilita todo o manejo”, ensina. 28 | CAMPO

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Produtores buscam no método os benefícios da precocidade Presidente da Associação Goiana dos Criadores de Zebu, Clarismino Luiz ressalta que nem todos os animais possuem todas as características positivas

Em comum, os dois criadores trabalham com ferramentas que diminuem as margens de erro. Uma delas é a Diferença Esperada da Progênie (DEP). A técnica é utilizada para comparar o mérito genético de animais de várias características e indica o valor genético de um animal que é transmitido a seus filhos. É importante salientar que um animal, não necessariamente, possui todas as características positivas. Portanto, é importante que a seleção seja feita de acordo com os objetivos e do que se pretende buscar com o melhoramento genético do rebanho. “Quem utiliza uma vez a técnica para conhecer seus atributos não

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Ele explica que, para isso, os criadores devem ficar atentos a aplicações de regras básicas. “Ele precisa atentar para a área comercial. Hoje em dia, se ele for um produtor que está visando venda de touros, tem que investir em genética”, resume. A mesma orientação aplica-se aos produtores que visam comercializar bezerros, já que a finalidade é que o animal ganhe carne e musculosidade em um menor espaço de tempo.

volta mais atrás. Meu pai matava um boi com seis anos de vida, hoje fazemos isso com 24 meses”, diz o pecuarista e presidente da Associação Goiana de Criadores de Zebu, Clarismino Luiz Pereira Júnior. Ele explica que ao integrar o programa, o pecuarista percebe as vantagens do desmame precoce, do ganho rápido de peso, dos intervalos curtos entre partos. Ele ressalta que o melhoramento genético impede que pecuaristas recorram às observações físicas do animal para escolha como futuro gerador dos próximos animais. “Tem animais que são bonitos, mas não foram feitos para serem touros”, avalia.

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A criadora de gado Nelore, Nelcy Palhares, está há 32 anos na atividade e sempre trabalhou na busca por aprimorar o melhoramento genético do gado Nelore. Ela conta que, no início, as únicas informações que tinha do gado era de resultado de pista. “Só sabíamos se o gado tinha sido campeão”, diz. Atualmente, a gama de informações é vasta. Existem catálogos, com todos os dados disponíveis do animal. E, com isso, os resultados são sentidos na prática. A busca pela precocidade pode ser comparada a uma engrenagem: matrizes que gestam mais precocemente geram novilhas com maior ganho de peso, resultando em abates mais rápidos. Tudo isso atrelado às características raciais. É preciso todo um cuidado nas seleções dos animais, já que serão os pais das próximas gerações. “Quando comecei, o touro mais pesado era de 800 quilos, hoje você vê com extrema facilidade touros com mais de uma tonelada em vários plantéis. O ganho de peso é surpreendente”, diz. Os machos, filhos de animais com essas características, são abatidos com apenas 20 meses de vida e as fêmeas são encaminhadas mais

Larissa Melo

Pecuaristas caminham em passos largos para a evolução

Marco Aurélio Fernandes possui 400 matrizes em suas propriedades rurais

cedo para a reprodução. Na Fazenda Brasília, localizada no município de Inaciolândia, Nelcy possui 1,2 mil matrizes para reprodução de touros. “Cerca de 90% do nosso gado é para fazer touros e fêmeas melhoradas”, diz. Os animais cujas características não são as esperadas, são destinados ao abate. Avanços Para o pecuarista, Marco Aurélio Fernandes, o melhoramento genético tem papel fundamental na evolução da pecuária brasileira. “A pecuária estava ficando para traz, se comparada com a agricultura e vi-

mos a necessidade de procurar novos caminhos”, avalia. Em suas propriedades localizadas em Anápolis e Palestina de Goiás, o pecuarista possui 400 matrizes, onde cada cabeça passou por um processo de identificação. Apontando as deficiências e virtudes de cada animal, é possível fazer os acasalamentos corretivos com alto grau de acerto. “Nossos animais são mensurados desde os três meses até 18 meses”, afirma. Dessa forma são descartados os animais inferiores e potencializada, ao máximo, a multiplicação dos superiores.

Fredox Carvalho

Criadora de gado Nelore, Nelcy Palhares está há 32 anos na atividade e diz que é preciso cuidado na seleção de animais

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Goiás Leite Mendel Cortizo

Presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner discursa em auditório lotado no município de Silvânia

Sanidade e gestão em debate Seminários apresentam medidas simples de administração e aprimoramento da atividade leiteira Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br

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urante duas semanas, três mil produtores e técnicos se reuniram nos seminários regionais de pecuária leiteira do 4ª Goiás Leite, realizados entres os dias 5 e 16 de agosto. Ao todo, nove seminários foram promovidos em municípios localizados nas principais bacias leiteiras do Estado com o objetivo de levar informações técnicas e oportunidades de aprimoramento da atividade. José Mário Schreiner, presidente do Sistema Faeg/Senar reiterou que discutir a produção de leite, hoje, é de extrema importância para a situação

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que o Brasil vai se encontrar daqui a 30 anos. “Nós seremos os principais produtores de alimento no mundo. A expectativa é de que, até 2040, a população mundial passe de sete para nove milhões de pessoas. Assim sendo, nós precisamos estar conscientes do nosso papel de produtores de alimentos nessa cadeia”, afirma. Painéis Dois painéis dividiram o evento. O primeiro falou sobre a Sanidade Animal, com a palestra Controle da Brucelose e Tuberculose: Menos prejuízo ao produtor. O pesquisador da Embra-

pa Gado de Leite, Antônio Cândido Cerqueira, afirmou, na ocasião, que o rebanho infectado diminui a produção com valores entre 20% e 25%. O evento apresentou também o painel Gestão da Atividade de Leiteira, que tratou do Programa Balde Cheio como ferramenta de gestão do produtor. A responsável pelas palestras foi Rosângela Zoccal. Ela alertou sobre a importância da pastagem na atividade leiteira. “Para ser um bom produtor de leite é preciso ser um bom agricultor. O leite vem do pasto. O que a vaca come é o que ela vai prowww.sistemafaeg.com.br


Com apenas 18 anos, Lucas Gabriel Bonifácio Silveira, do município de Acreúna, já sabe o caminho que deseja seguir. “Quero trabalhar na propriedade do meu pai como produtor de leite e ter o meu próprio negócio.” Ele é um dos alunos do Pronatec do Senar que estiveram presentes no evento. Lucas conta que seu pai sempre foi produtor de leite, mas o alimento produzido na fazenda era apenas para consumo próprio. Participando do Programa e acompanhando as palestras do 4º Goiás Leite, o jovem decidiu o seu futuro. “Fui criado na fazenda e sempre gostei muito dessa vida. Quero dar continuidade ao trabalho do meu pai. Mas, a diferença é que quero produzir para fora”, fala. Durante o ano passado, Lucas participou do curso de Bovinocultor de Leite do Pronatec. Pensando em agregar mais conhecimentos para a futura profissão, nesse ano, ele fez o curso de Inseminação Artificial. “Acho

Lucas Gabriel, de 18 anos, quer trabalhar na propriedade do pai e ser produtor de leite

muito importante nos preparar para a atividade. Com esses dois cursos, já deu para ter uma boa noção do que me espera.” O próximo plano de Lucas é ingressar na faculdade. “Quero juntar um dinheiro e começar o meu curso de graduação. Não decidi qual, mas com certeza vai ser na área da pecuária. Talvez, pode ser até zootecnista”, diz

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Experiência O tema discutido no último painel soa familiar para o produtor de São João da Paraúna, Eber Gomes Brandão. Ele sabe bem a importância de uma boa gestão para o aumento da produção. Há exatos dois anos e um mês ele passou a fazer parte do Programa Balde Cheio e, hoje, comemora os resultados de um trabalho bem feito. Eber que fez questão de levar toda a família para o evento, conta que o negócio é tocado somente por ele, a esposa e os três filhos. “Não tenho funcionários, é um trabalho de pai para filho. Depois do Balde Cheio nossa atividade e melhorou muito. No início eu produzia uma média de 50 a 100 litros diários. Hoje, consigo produzir mais de 300 litros”, comemora o pecuarista.

Sucessão familiar garantida Mendel Cortizo

duzir”, ressaltou. O instrutor do Senar Goiás e técnico do programa Balde Cheio, Carlos Eduardo Freitas, encerrou os trabalhos do dia com a palestra: Programa Balde Cheio Como Ferramenta de Gestão do Produtor. Ele explicou o funcionamento do programa realizado pelo Sistema Faeg/Senar com visitas de produtores às unidades demonstrativas e visitas do técnico responsável às propriedades.

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Mendel Cortizo

DELÍCIAS DO CAMPO

Geleia de Pimenta INGREDIENTES 6 maçãs de preferência verdes 8 pimentas dedo de moça 1 Kg de açúcar ½ litro de água

Pectina é a substância usada para dar consistência às geleias.

Modo de fazer: Descascar as maçãs em água com sal e tirar as sementes. Picar as maçãs em pedaços pequenos. Partir a pimenta ao meio e tirar as sementes. Leve todos os ingredientes ao fogo, deixe ferver 30 minutos. Bata no liquidificador. Volte o líquido batido para a panela e dê o ponto de geleia.

Geleia de Morango

INGREDIENTES: 2 copos de morango picados e sem os cabos 1 copo de açúcar 1 copo de água 1 copo de pectina

Receita elaborada por tecnólogo em gastronomia e instrutor do Senar Goiás, Cristiano Ferreira da Silveira. www.senargo.org.br

Pectina Caseira Ingredientes: 5 maracujás descascados e sem sementes 3 copos de água Modo de fazer: colocar para cozinhar na panela de pressão por cinco minutos e depois bater no liquidificador. Guardar o líquido obtido em vidro esterilizado e rotulado na geladeira, por um período de cinco dias no máximo.

Modo de fazer: Fora do fogo, misture bem o morango picado, a água e o açúcar. Leve os ingredientes mexidos ao fogo baixo e espere a calda engrossar e cozinhar os morangos. Depois que o morango cozinhou coloque a pectina (veja receita abaixo) e misture bem até o ponto de geleia. Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200. Setembro / 2013 CAMPO

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Caso de Sucesso Uenes Peixoto aprendeu a Doma Racional de Equinos por meio de Curso do Senar

Mendel Cortizo

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Ensinando com carinho Trabalhador rural participa de curso de Doma Racional de Equinos e afirma que ganho para o trabalho foi inestimável Amanda Ariel | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo

Razão e respeito Para o Sindicato Rural de Britânia e Aruanã essa parceria com o Sistewww.senargo.org.br

ma Faeg/Senar foi muito importante, porque deu aos produtores e trabalhadores a oportunidade de atuar com capacitação adequada. Segundo o presidente do Sindicato, Wagner Marchesi, a demanda pelo treinamento tem aumentado cada vez mais, o que ele considera extremamente positivo. “Produtores e trabalhadores deixaram a doma com violência e passaram a entender o animal, tornando a prática uma forma de ganho para ambos”, diz.

De acordo com o instrutor do treinamento em Doma Racional do Senar Goiás Thiago Borges, a técnica ajuda o trabalhador a entender o animal. “A doma é como a base de uma casa, começa pelo alicerce, depois as paredes e por último o teto, que é quando o profissional aprende lidar com o animal. A partir do momento que você conhece o animal e conhece as técnicas fica tudo mais fácil. Animal e o ser humano se tornam mais próximos e deixam de sofrer”, explica.

Mendel Cortizo

E

nsinar sem força e ganhar a confiança dos animais na base do carinho. Esse foi o desafio enfrentado pelo trabalhador rural Uenes Peixoto de Alcântara, 42, ao participar do treinamento em Doma Racional de Equinos promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) em parceria com o Sindicato Rural de Britânia e Aruanã. Trabalhando com a doma de cavalos e mulas desde a infância, ele não acreditava em uma outra forma de educação, mas agora garante que a Doma Racional traz grandes benefícios. “No começo eu achei que era besteira, bobagem fazer um curso de domar animais, achava até desnecessário. Acontece que muitos produtores do município de Britânia começaram a procurar o curso e eu me interessei. Antes, domar mulas e cavalos demorava de quatro a oito meses. Agora, com a doma racional, em uma semana o animal já começa a trabalhar. Eu não obrigo mais o animal a fazer alguma coisa, eu ensino ele fazer”, completa. Para Uenes, o trabalho está facilitado. Sem lesões e com uma tropa dócil, afirma que ganharam ele e o patrão. O trabalhador já participou de dois cursos do Senar Goiás e passou a acreditar que a qualificação é essencial. “Hoje eu utilizo 90% de tudo o que aprendi nos cursos e tem dado resultado. Eu sempre tento unir a técnica e a prática”, finaliza.

Os interessados em treinamentos e cursos do Senar, em Goiás, no município de Britânia devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone (62) 33831244 Setembro / 2013 CAMPO

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Larissa Melo

CURSOS E TREINAMENTOS

Terapia do cavalgar L

ançado em 2011, o Programa Equoterapia está presente em 21 cidades goianas e atende, em média, 300 pessoas com necessidades especiais. Promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar Goiás), em parceria com as prefeituras e sindicatos rurais dos municípios, o programa deve crescer, em breve. Neste mês de agosto, assessoras técnicas do Senar Central visitaram centros goianos para avaliar a possibilidade de nacionalizar programa. A terapia surgiu no Brasil na década de 1970 e é indicada para: amputação, portadores de síndrome de Down, dependência química, autismo paralisia cerebral, hiperatividade, postura, estresse, depressão e obesidade, entre outros diagnósticos. Gabriel Luz, de 2 anos e oito meses, é portador de paralisia infantil nível 1. Prematuro e com paralisia no nascimento, ele aprendeu, com o cavalo, a dar os primeiros passos e aos poucos recupera todos os movimentos. O aprendizado ocorre porque o cavalo simula, para o paciente, o movimento que a coluna faria caso ele estivesse caminhando. Para o cérebro é um estímulo e, além da reabilitação, o tratamento proporciona educação e socialização. Os resultados incluem ainda autoconfiança, estimulação tátil, orientação espacial e memória.

EM AGOSTO, O SENAR PROMOVEU

377 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 41 Na área de agricultura

149

14

Em atividade Na área de de apoio silvicultura agrossilvipastoril

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10

9

102

48

Na área de agroindústria

Na área de aquicultura

Na área de pecuária

Em atividades relativas à prestação de serviços

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Gabriel Luz, de 2 anos, nasceu com paralisia e, hoje, começa a andar após participar de equoterapia em Piracanjuba

Para mais informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone (62) 3545-2600 ou pelo site www.senargo.org.br *Cursos promovidos entre os dias 1º e 25 de agosto

82 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL 37 Alimentação e nutrição

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2 Organização comunitária

4 Saúde e alimentação

12 Prevenção de acidentes

23 Artesanato

4 Educação para consumo

5.211

PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS

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CAMPO ABERTO

Georreferenciamento: uma necessidade latente? Fábio Antônio Silva de Oliveira | fabio.aso@gmail.com Fabrício Borges Machado | fborgesmachado@gmail.com

Arquivo pessoal

“N

Fábio Antônio Silva de Oliveira é advogado e administrador de

Arquivo pessoal

empresas

Fabrício Borges Machado é advogado

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inguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. Assim está estabelecido no art. 3º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. No entanto, como ter conhecimento de todas as obrigações se somente em 2013, até o mês de julho, já foram aprovadas pela Câmara dos Deputados duas novas Emendas Constitucionais, duas Leis Complementares e 64 Leis Ordinárias? O mais incrível é que tal produção está somente em âmbito federal. Se trouxermos para o âmbito das leis estaduais e municipais, a totalização será um número ainda mais atormentador. A Lei nº 10.267, de 2001, mais conhecida como Lei do Georreferenciamento, é uma dessas que, mesmo com 12 anos de existência, ainda é desconhecida por grande parte dos proprietários rurais, causando transtorno aos que nessa obrigação legal esbarram. Ao modificar a Lei nº 6.015, de 1973 (Lei dos Registros Públicos) passou a determinar que o georreferenciamento do imóvel rural deve ser averbado em sua matrícula junto ao Cartório de Registro de Imóveis. Por meio do georreferenciamento, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) gerencia e promove o ordenamento da estrutura fundiária nacional, mantém atualizado um cadastro nacional de imóveis rurais, de proprietários e detentores

Setembro / 2013

de imóveis rurais e de arrendatários e parceiros. Para isso é preciso que o interessado contrate um profissional da área de agrimensura credenciado junto ao Incra e apresente documentação necessária para a certificação do imóvel. Sem ela, o imóvel rural não poderá ser vendido, partilhado, permutado, doado, desmembrado, remembrado, alienado fiduciariamente e nem poderá ser realizada a contratação de empréstimos agrícolas que permitam a execução da função social do imóvel rural. O que pode redundar, no caso de descumprimento da função social da propriedade, na desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, com o recebimento como pagamento de Títulos da Dívida Agrária resgatáveis do 2º ao 20º ano. A finalidade maior do georreferenciamento é acabar, definitivamente, com a sobreposição de imóveis, concedendo assim uma maior segurança jurídica ao sistema fundiário brasileiro. A despeito da boa intenção da norma jurídica, o Incra não está aparelhado para dar resposta à demanda nacional de georreferenciamento de todos os imóveis rurais. Motivo gerador de outros dois decretos-lei que alteraram o prazo final de obrigatoriedade do averbamento do georreferenciamento na escritura pública do imóvel rural. O Decreto-Lei nº 4.4 49, de

2002, fixa a data de 20 de novembro de 2003 como início de contagem para esses prazos, ou seja, a partir de novembro de 2013 todos os imóveis com área de 250 hectares ou maiores são obrigados a proceder com o georreferenciamento. É importante frisar que todos os processos administrativos de mesma natureza trazem como objeto a solicitação de certificação dos serviços de georreferenciamento, gerando uma sobrecarga de atividades para a Autarquia Fundiária. Isso compele o proprietário a precaver-se e a solicitar, o quanto antes, o georreferenciamento de seu imóvel sob pena de sofrer elevados prejuízos quando necessitar realizar quaisquer das operações já citadas. Se empreender no Brasil já é um desafio naturalmente oneroso, o indivíduo ser surpreendido com obrigações legais novas e antigas é uma situação ainda mais desconfortável. De acordo com a lei, os proprietários de imóveis rurais estão obrigados a georreferenciar imediatamente seus imóveis. É prudente e recomendável que tal operação seja realizada o quanto antes, até mesmo para evitar prejuízos, já que o Incra, não conseguindo expedir a certificação em prazos razoáveis, vem atendendo prioritariamente os pedidos emergenciais solicitados por meio de medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis. www.sistemafaeg.com.br



Š Syngenta, 2013.


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