ISSN 2178-5781
Ano XIII | 214 | Abril 2013
Seguro no campo
Apólices deixam propriedades à prova de fogo, assalto e problemas climáticos
Cristalina Município se torna o maior PIB do agronegócio do País
Peixes Ainda com pouca produção, pescado tem espaço para crescer
PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Conselho editorial Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins Editores: Francila Calica (01996/GO) e Rhudy Crysthian (02080/GO) Reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO) e Leydiane Alves Fotografia: Jana Tomazelli Techio, Gutiérisson Azidon Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu
Safra segurada A necessidade de resguardar a propriedade rural com as várias modalidades de seguro agrícola visa dar um suporte único a investimentos, muitas vezes, considerados arriscados. Os benefícios com a contratação do seguro agrícola são diversos: liberdade para comercialização da safra, estabilidade na renda esperada, facilidade no acesso ao crédito, diminuição de riscos de inadimplência, manutenção do produtor no campo para a safra seguinte e aumento das possibilidades de investimentos em tecnologia. O seguro é muito importante para questões como uma eventual perda na lavoura, problemas com máquinas e equipamentos, entre outros fatores. Embora os riscos das lavouras de grãos, em Goiás, sejam considerados baixos, a cada safra, o seguro rural é uma alternativa eficaz para que produtores rurais não oscilem entre anos lucrativos e outros deficitários. Em 2012, foram liberados R$ 318 milhões em recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, um crescimento de 25,7% em relação a 2011. Foram emitidas mais de 63 mil apólices, alta de 9,4%, em comparação com o ano anterior. Mas esperamos que o governo aumente os recursos para o seguro rural. As contratações vêm apresentando alta nos últimos anos, mas ainda estão longe do ideal. Apenas 7% da área de agricultura do Brasil é segurada.
Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos
Alexandre Cerqueira
Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
E-mail: faeg@faeg.com.br Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601 Site: www.senargo.org.br E-mail: senar@senargo.org.br Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2208 - (62) 3096-2248 (62) 3096-2115.
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PAINEL CENTRAL
Recorde de negócios
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Palco de cobrança por respostas às demandas do setor agropecuário, Tecnoshow Comigo 2013 atrai produtores e autoridades.
Produtores se reúnem com governador
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Governo de Goiás e produtores rurais discutem criação de um projeto estruturante na Faeg.
Correção do solo
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Para o produtor, Rodolfo Chavaglia, de Rio Verde, o primeiro passo para começar a usar o calcário nas culturas é contratar um bom profissional para fazer a análise do solo.
Segurança para a produção
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O produtor de soja em Goiatuba, Luiz Walber, contratou seguro para maquinários e implementos agrícolas. Para ele, é tranquilidade para trabalhar.
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Gigantes do agronegócio
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Os irmãos, Audacir Minetto e Luiz Walmor Minetto são alguns dos inúmeros produtores que ajudaram a fazer de Cristalina o maior PIB agropecuário do País.
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Fique Sabendo
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Delícias do Campo
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Campo Aberto
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Treinamentos e cursos do Senar
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Agenda Rural
O produtor em Rio Verde, José Rubens, protege suas lavouras com seguro. Rede de transmissão de energia elétrica passa pela propriedade. Foto elaborada por Jana Tomazelli.
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Atividade ainda pouco explorada
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Maria Luíza Custódio, do frigorífico Kipeixe, considera baixa produção de peixes em Goiás. Com uma produção anual estimada de 18 mil toneladas de pescado, Estado pretende expandir atividade.
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AGENDA RURAL
10 de Maio Encontro Regional de Pecuária de Corte Hora: A partir das 19h Local: Sindicato Rural de Porangatu Informações: (62) 3362-4246
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13 a 17/05
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Palestra Código Florestal para técnicos da Semarh Hora: A partir das 14h Local: Senar, Goiânia Informações: (62) 3545-2600
Pronatec - Repasse Metodológico Hora: A partir das 8h Local: Senar, Goiânia Informações: (62) 3545-2600
Reunião da Câmara Setorial do Leite e Derivados Hora: A partir das 14h Local: Mapa, Brasília Informações: 0800 704 1995
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FIQUE SABENDO REGISTRO
Cadastro Ambiental obrigatório Jana Tomazelli
Divulgação
Armazém
Agricultura para jovens A área de educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) lançou o livro “Pequenas histórias de plantar e de colher”, da autora Ruth Bellingini. A obra traz conceitos e retrata a história da agricultura. O livro pode ser usado entre o 5º e 9º ano do Ensino Fundamental. Dentro dele há um encarte chamado de Guia do Professor para auxiliar os docentes. A distribuição é gratuita e tem sido feita pela própria Andef. A associação procura apoio do governo e entidades afins para ampliar o envio dos livros. “Queremos que os livros cheguem para todas as escolas, porém não temos acesso a todas elas. Se tivermos uma colaboração de prefeituras ou órgãos estaduais, poderemos alcançar mais alunos”, finaliza.
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) está valendo em Goiás. Os proprietários de terras já podem fazer sua inscrição pelo novo sistema. O CAR utiliza imagens de satélite atualizadas como referência para declaração das Reservas Legais, Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e das áreas de uso alternativo do solo. Os maiores benefícios são a redução do tempo de análise dos processos em até 90% e a aquisição de informações mais precisas e atuais captadas pelo satélite. Em Goiás, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) é responsável por
implantar o CAR. A princípio, o CAR vale para doze municípios-piloto. São eles: Jataí, Rio Verde, Mineiros, Alto Paraíso, Bela Vista de Goiás, Caldas Novas, Goianésia, Ipameri, Itumbiara, Minaçu, Trindade e Itapaci. A escolha dos municípios foi feita com base em suas características, que vão servir como termômetros para o funcionamento do Cadastro. A previsão é que o novo sistema passe a valer para todo o território estadual no início de junho, após a instituição oficial do SICAR previsto para 25 de maio deste ano. O CAR foi criado dentro do Novo Código. (Colaborou: Assessoria de Comunicação – Semarh)
pesquisa
Nova variedade de banana
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mais verde. A produção da banana platina ainda está na fase inicial em diferentes regiões do país. Por enquanto, mais de 120 mil mudas foram plantadas. Para que os bananicultores tenham acesso à nova variedade de banana prata, é preciso aumentar a produção de mudas. A nova fruta deve ganhar mercado no ano que vem.
Shutterstock
Já está no mercado a banana platina, uma variedade diferente da banana prata. A fruta é resultado de dez anos de pesquisas da Embrapa. Além de ser derivada da banana prata, uma das preferidas pelos brasileiros, a nova fruta promete trazer vantagens para o produtor, já que é mais resistente a uma série de doenças. Assim, a expectativa é que a banana platina seja mais barata para o consumidor, uma vez que reduz os custos de produção e deve ser consumida
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Gutiérisson Azidon
PROSA RURAL
Custo de produção dificulta crescimento Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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Marcos Fava, é engenheiro agrônomo e professor doutor da USP
O
professor doutor
Revista Campo: Para você, qual é o principal motivo do baixo crescimento do PIB brasileiro?
da Universidade
Marcos Fava: O PIB brasileiro está
de São Paulo
crescendo menos do que era espe-
(USP) e professor visitante da Universidade de Purdue, em Idiana (EUA), Marcos Fava Neves,
rado, principalmente, devido aos custos de produção das empresas no Brasil que cresceram muito. Sendo assim, perdendo capacidade competitiva de atração de novas empresas e com isso reduzindo número de
esteve em Goiânia no
produção e de empregos gerados no
mês de abril, ministrando
nosso país. Para o PIB crescer preci-
palestra sobre O desafio
samos olhar em como aliviar a carga tributária, melhorar as condições de
da competitividade e a
trabalho e transporte. Porque dessa
atuação das lideranças no
forma as empresas ficam mais com-
desenvolvimento local.
É necessário que o país melhore a qualidade da gestão pública para que os investidores internacionais olhem o Brasil como um porto absolutamente seguro.
petitivas, crescem e exportam mais e com isso conseguimos recuperar o PIB, que é um crescimento por meio
Recentemente, um grande empre-
da produtividade. Cabe ao governo
sário mundial disse que não investe
federal trabalhar para remoção de
nenhum recurso no Brasil por causa
razão pela qual o país
alguns dos obstáculos. Só é preciso
da complexidade que é o país. Então,
teve um PIB menor que
fazer isso de forma mais intensa para
o Brasil precisa passar por uma
que as empresas fora do agronegó-
simplificação, além de investir em
cio, que é o setor mais competitivo
educação, ciência e tecnologia e uma
Brasil. De acordo com ele,
do Brasil, possam também competir
série de outras áreas. Porém, o go-
o país terá uma grande
mundialmente.
verno não está atuando na simplifi-
O doutor falou sobre o crescimento do Brasil,
o esperado e que o Custo
gestão quando acabar com esse custo e deixar
cação do nosso país, na remoção de Revista Campo: Porque o Brasil cresce menos que os países em
liberar todo o potencial
desenvolvimento, principalmente,
de crescimento, que,
países do Brics (Brasil, Rússia, Índia,
hoje, está amarrado por estruturas duplicadas.
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China e África do Sul)?
estruturas duplicadas que dificultam os negócios aqui. Os indicadores do Brasil são melhores que alguns dos outros países do Brics, mas o nosso crescimento é baixo. São países de dimensões diferentes. A Rússia e
Marcos Fava: É porque o Brasil
a África do Sul são bem menores
não vem sendo gerenciado com a
que o Brasil, e a China e Índia são
mesma qualidade dos outros países.
maiores. Todos estão crescendo mais Abril / 2013 CAMPO
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rápido que o Brasil, mas nosso país
produção subiu muito. Agora, é o mo-
de sair à frente, proporcionando a
tem indicadores de desenvolvimento
mento de refletir em cima do custo e
inclusão, renda per capita e desen-
historicamente superiores que esses
ver onde estão os problemas privados
volvimento.
países.
e públicos. Revista Campo: A questão da ele-
Revista Campo: Você acredita que
vação dos preços dos alimentos é o
o Custo Brasil tem colaborado para
principal assunto debatido mundial-
tais resultados? Marcos Fava: O Custo Brasil é o principal responsável por esses resultados abaixo do esperado. O custo de transporte, impostos, legislação tributária e trabalhista, chamado Custo Brasil, mais uma vez, deve vir naquela ideia de simplificação. Outro fator que contribui para que o país não consiga desenvolver
O Brasil não vem sendo gerenciado com a mesma qualidade dos outros países
é o custo pessoal, que faz com que
dos esses fatores compõem o custo
Marcos Fava: Essa é uma situação que beneficia o Brasil, porque o país é o grande produtor de alimentos. Aumentando a demanda e os preços mundiais, significa trazer mais renda ao País. Temos que torcer pelo crescimento populacional no mundo, pela distribuição de renda, urbaniaumento desses é favorável ao Brasil,
de obra está cada vez mais cara, são balhador e não a produtividade. To-
tema?
zação, entre outros fatores. Cada
o país perca a produtividade. A mão muitas regras que beneficiam o tra-
mente. Qual é sua visão frente este
que produz alimento de maneira Revista Campo: E Goiás. Como
muito competitiva e em excedente
você vê o Estado nesta conjuntura?
em relação ao que a população brasileira necessita. O Brasil e sua so-
de se operar no Brasil. Nós teremos
Marcos Fava: Goiás tem um papel
uma grande gestão quando acabar
muito relevante. É um estado tipi-
com esse custo e deixar liberar todo
camente agroindustrial com grande
o potencial de crescimento, que,
capacidade de expansão. Tenho estu-
hoje, está amarrado por estruturas
dado alguns municípios de Goiás, e
Revista Campo: Muito se fala da
duplicadas.
é impressionante como a chegada de
questão do Brasil ser um exporta-
usinas, a força das cooperativas, tudo
dor apenas de commodities, deixan-
isso tem dinamizado a economia.
do de exportar produtos industriais.
Revista Campo: Como o setor
ciedade serão colocados na primeira divisão mundial pelo agronegócio.
Você vê isso como um problema?
agropecuário pode colaborar para Revista Campo: Você acredita
Marcos Fava: Não é um problema.
que Goiás pode ser um dos princi-
Temos que ocupar todos os merca-
pais Estados brasileiros em pouco
dos que estão à disposição no Brasil.
tempo?
Se tem mercado comprador de
100 bilhões nesse ano. É o setor que
Marcos Fava: Já é. Goiás tem uma
commodities, vamos ganhar dinhei-
está salvando a economia brasilei-
vantagem muito grande, que é a pe-
ro com isso. Mas também não vamos
ra. Para colaborar mais, temos que
quena população. Para melhorar os
esquecer que tem mercado cres-
baixar o custo de produção, permitir
indicadores, comparado a São Paulo,
cendo para produtos processados,
boas margens aos produtores ru-
é mais fácil. Por exemplo, se vai me-
franquias de café e restaurantes. O
rais para que com isso eles possam
lhorar a renda per capita é mais fácil,
agro brasileiro deve olhar para todos
investir mais em tecnologia e ficarem
porque vai dividir para menos gente
esses mercados, ocupar as commo-
mais competitivos. O que preocupa a
a renda que foi gerada. Os estados
dities e buscar também os produtos
agricultura brasileira é que o custo de
do Centro-Oeste têm condições
diferenciados.
tirar o Brasil desta situação? Marcos Fava: Ele já vem colaborando. Nossa exportação pulou de U$ 20 bilhões em 2000, para mais de U$
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MERCADO E PRODUTO
Custo Brasil e os prejuízos ao agronegócio
O
Brasil dever produzir na safra 2012/13 mais de 74 milhões de toneladas de milho e superar 83 milhões de toneladas de soja. O país é, hoje, o maior produtor de soja do mundo e ocupa a segunda posição no ranking mundial dos maiores produtores de milho, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Mais que isso, ainda segundo o USDA, o Brasil deve se consolidar como o maior exportador de soja e o segundo maior exportador de milho do globo, exportando 36,75 e 19,5 milhões de toneladas, respectivamente. Todo este cenário reflete em uma balança comercial positiva. Apesar de tais dados serem otimistas e apresentarem um panorama de crescimento, eles escondem um sério problema de competitividade do mercado brasileiro, o elevado Custo Brasil. O nosso país é o que apresenta um dos maiores custos de exportações do mundo, quando somamos frete e despesas portuárias. Para exemplificar, podemos comparar o custo portuário em alguns dos mais importantes portos no mundo. Para se exportar uma tonelada de produtos no porto de Roterdã, na Holanda, o segundo maior do mundo, o custo portuário é de US$ 4,8; no porto de Valparaíso, no Chile, é de US$ 4,7. No nosso porto de Santos, o custo chega a US$ 15 a tonelada. Os altos custos não significam melhor prestação de serviços nos portos brasileiros. Em comparação aos diferentes portos no mundo, os nacionais são bem menos competitivos. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil está em 130º lugar na qualidade dos portos. Os desembaraços aduaneiros são um dos principais problemas de nossos portos. Enquanto em, praticamente, todos os portos do mundo, o funcionamento dos principais órgãos
anuentes é de 24 horas, nos portos brasileiros o período de trabalho não alcança 8 horas. De acordo com pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) a média de dias para o desembaraço aduaneiro em Santos é de 5,5 dias, enquanto a média mundial é de três dias. Na China este período é de 0,6 dias. Um dos principais reflexos de todos estes problemas é a redução da atratividade do Brasil no mercado mundial. Há algum tempo atrás, umas das principais trades chinesas, cancelaram uma compra de mais de dois milhões de toneladas de soja do Brasil, passando a compra da Argentina. De acordo com a empresa chinesa, deveria se entregue 12 navios entre janeiro e fevereiro, porém apenas duas embarcações chegaram até o momento. O principal prejudicado com esta situação caótica é o produtor brasileiro, que perde em rentabilidade. Para a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) os produtores terão pelo menos US$ 4 bilhões de prejuízos neste ano com a caótica logística para a exportação de soja e de milho. Isso porque, segundo a entidade, o custo para levar cada tonelada aos portos de Santos ou Paranaguá passou de US$ 81 para US$ 98 por tonelada, cerca de US$ 70 a mais do que pagam os concorrentes da Argentina e dos EUA. Na busca de aprimorar todo este cenário, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou o programa Zarpa Brasil. Este programa reuniu o setor produtivo empresarial em defesa da aprovação da Medida Provisória (MP) 595, que abre o sistema portuário ao capital privado. A aprovação desta medida deve ampliar a capacidade operacional dos portos e reduzir, significativamente, os custos nas exportações. Certamente, a aprovação desta medida deve tirar o país do apagão portuário que vive, trazendo maior competitividade à nossa economia.
Marcus Vinicius
José Mário Schreiner | josemario@faeg.com.br
José Mário Schreiner é presidente da Faeg, do Senar Goiás e vicepresidente de finanças da CNA.
AÇÃO SINDICAL
Sindicato faz prestação de contas
Relatório de atividades
O Sindicato Rural de Cabeceiras realizou Assembleia para prestação de contas do ano de 2012, no dia 23 de março, e aprovou reforma estatuária sugerida pela Faeg. O Presidente do Sindicato, Arno Weis relatou todas as principais ações de 2012, dentre elas a realização de vários treinamentos em parceria com o Senar Goiás. Arno também apresentou as atividades realizadas junto com a Polícia Militar, na Segurança Rural, em um Comitê que é coordenado pelo Sindicato. Arno aproveitou o momento para solicitar dos produtores colaboração para finalizar a obra de construção da nova Sede do Sindicato Rural.
Sindicato Rural de Aporé
APORÉ
Sindicato Rural de Cabeceiras
CABECEIRAS
Sindicato Rural de Aporé realizou Assembleia de aprovação da prestação de contas e apresentou relatório de atividades para a sociedade local. O Presidente do Sindicato, Edil Yuiti Morissugui, relatou todas as principais ações de 2012, dentre elas a realização de 46 treinamentos em parceria com o Senar Goiás. Foram entregues certificados de participação nos treinamentos. Edil aproveitou o momento para falar das dificuldades na condução do Sindicato Rural, que ainda está com processo de Registro junto ao Ministério de Trabalho e Emprego.
DOVERLÂNDIA
Sindicato tem nova junta governativa O Sindicato Rural de Mara Rosa realizou, no dia 28 de abril, eleição de uma junta governativa. Na ocasião, Pedro Henrique Medeiros da Costa foi eleito, por aclamação, presidente, e tomou posse no dia 13 de abril. Com o novo cargo, Pedro Henrique, coordenará a comissão eleitoral que irá preparar o processo de eleição de uma nova diretoria. Segundo o ex-presidente do Sindicato, Romildo Resende, o prazo legal para que o Sindicato Rural de Mara Rosa realizasse uma nova eleição havia vencido. “Quando isso acontece existe a necessidade de se constituir uma junta governativa, para que haja o tempo hábil para que o processo eleitoral decorra no prazo.”
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Empreendedoras Rurais Sindicato Rural de Doverlândia
MARA ROSA
O Sindicato Rural de Doverlândia realizou, no dia 25 de fevereiro um treinamento do programa Com Licença Vou a Luta na região, no Assentamento P.A. Lebre, a cerca de 60 quilômetros da cidade. Ao todo, 14 alunas participaram do treinamento sobre liderança e empreendedorismo. (Colaborou: Hactos Carneiro)
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RIO VERDE
Melhor café expresso
Agricultura de precisão Jana Tomazelli
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CRISTALINA
BANCO DO BRASIL Divulgação
Agência em Cabeceiras
O presidente do Sindicato Rural de Cabeceiras, Arno Weis, participou, no último dia 03 de abril, de uma reunião entre a entidade, a prefeitura do município e o Banco do Brasil para tratar da instalação de uma agência do Banco em Cabeceiras. Segundo Arno, a reunião, Cabeceiras já necessita há muito tempo dessa agência e a instalação do Banco na cidade irá proporcionar um maior crescimento do município.
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O Senar Goiás realizou o primeiro treinamento de agricultura de precisão do Centro-Oeste, em Rio Verde, com uma parceria com o Sindicato Rural daquele município. O treinamento conta ainda com quatro módulos, em um total de 120 horas. A certificação dos alunos foi realizada no estande do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde durante a Tecnoshow Comigo 2013.
BRITÂNIA
Inseminação artificial Sindicato Rural de Britânia e Aruanã
O setor de Café da Fazenda Capão Grande, em Cristalina, recebeu, no último dia 18 de março, reconhecimento pelo café expresso de melhor qualidade da região Centro-Oeste, durante o 22º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Expresso, em São Paulo. O Prêmio regional foi uma novidade, com objetivo de proporcionar maior participação de produtores por toda a região onde se produz café de qualidade. (Colaborou: Malva Lúcia Caixeta)
Foi realizada, no dia 05 de março, a primeira formatura do curso de inseminação artificial do Pronatec, em Britânia. A formatura foi realizada no auditório do Colégio Estadual Alfredo Nasser, participaram da capacitação 22 alunos, cada um recebeu uma medalha de honra. O evento contou com a presença do presidente do Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, Wagner Marchesi, da Diretora do Colégio Estadual, Maria Divina, dos vereadores Gilmar Pimenta, Gildo Assunção e Francisco Dionísio de Araújo, esteve presente também o secretário municipal de transporte, Luiz Carlos de Lima.
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CRISTALINA Os irmãos Minetto comemoram os bons resultados da agricultura irrigada
A riqueza que vem do agro A cidade desbancou os concorrentes e se destaca como o município brasileiro com maior PIB na atividade agropecuária Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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H
á 30 anos, quando os irmãos, Audacir Augusto Minetto e Luiz Walmor Minetto, radicados no Sul do País, decidiram iniciar suas atividades em Cristalina, Entorno do Distrito Federal, talvez nem imaginassem que o município se tornaria, hoje, o maior Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do País. Com R$ 624,1 milhões, Cristalina desbancou os concorrentes e pode ser considerado o maior celeiro rural entre os municípios brasileiros. Os investimentos em tecnologia, assistência técnica e o destaque do município na área de irrigação, contribuíram para o município se tornar o mais rico na atividade agropecuária do País em 2010. Esses fatores impulsionaram a produção local e fizeram o município sair da 11ª colocação, em 2009, para o topo da lista no ano seguinte. A conclusão está no PIB dos Municípios Goianos em 2010, divulgado, recentemente, pela Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan) e elaborado em parceria como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Produtora de um leque de culturas como café, feijão, alho, soja, milho, sorgo, trigo, cebola, batata, entre outros, a região de Cristalina tem apostado em tecnologia para aumentar a produtividade da terra. A cidade também aproveitou a alta dos preços das commodities para crescer nos últimos anos. Mas o que atraiu os irmãos Minetto foram as condições topográficas locais, as chuvas consideradas adequadas para diversas culturas e, principalmente, o preço das terras. Fatores esses que pouco importam hoje dada a excelência tecnológica da região e o destaque do município na área de irrigação. Motivos que deixaram o preço das terras hoje em segundo plano, na avaliação dos produtores.
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Para Audacir Minetto, que produz feijão, cebola, trigo entre outros, o fato de Cristalina ser o maior PIB agrícola pode impulsionar a atração de novas indústrias de transformação para a região, o que daria ao produtor mais opção para comercializar seus produtos. Para o prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attié, o legado do município é deixar o desenvolvimento trazer fatores que impulsionam o crescimento da região. “Precisamos colocar Cristalina à altura das riquezas que produz. Temos que investir em educação, segurança, incentivos industriais e em um parque de exposições adequado para sustentarmos esse título de maior PIB do agronegócio do Brasil”, ressaltou. O prefeito se mostrou preocupado em manter esse título na cidade. “Não podemos deixar que seja uma onda passageira, mas também precisamos aproveitar para transformar essa riqueza do agronegócio em benefícios para a população como um todo. Somente assim poderemos desfrutar dos benefícios”, disse. Rio Verde A flutuação do câmbio iniciada em 2008 fez com que aquelas culturas ligadas ao mercado de commodities, como milho e soja, sofressem retração de investimentos e perdessem mercado. Rio Verde, um dos maiores produtores de desses grãos no País, sentiu na pele essa retração. Já Cristalina, produtora de uma variedade de 34 tipos de culturas, mais independente do mercado internacional, conseguiu se despontar nesse cenário tanto pela independência da flutuação cambial quanto pela variedade de culturas cultivadas na região. Um dos motivos que fizeram a cidade desbancar o município do Sudoeste goiano.
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Município se destaca em irrigação Luiz Carlos Attié – Prefeito de Cristalina: “Precisamos colocar Cristalina à altura das riquezas que produz. Temos que investir em educação, segurança, incentivos industriais e em um parque de exposições adequado para sustentarmos esse título de maio PIB do agronegócio do Brasil.”
Vitor Simões – Presidente da Irrigo: “Para suprir as necessidades da irrigação na região, seria necessário quase dobrar a quantidade de energia disponível, passando de 62 megawatt para 116. Com esse total, poderíamos gerar oito mil novos empregos e aumentar ainda mais o PIB do município”
Alécio Maróstica – Presidente do Sindicato Rural de Cristalina: “Ainda há 100 mil hectares que podem ser irrigados no município, mas é preciso mais investimento em tecnologia para desenvolver novas variedades próprias para irrigação.”
Daniel Sabino Vaz – Vereador Daniel do Sindicato: “O crescimento de Cristalina é notável, e isso se deve à irrigação, que é a melhor do país. Hoje, nós plantamos alho, batata, cenoura, cebola, milho doce, tomate irrigados, que, juntamente com a safra de sequeiros nos deu o título de maior PIB agrícola.”
A agricultura irrigável faz com que o município plante e colha o ano inteiro. O que incrementa a renda do produtor e possibilita uma maior diversificação de culturas na mesma área. O superintende de Irrigação do Estado de Goiás e presidente do Sindicato Rural de Cristalina, Alécio Maróstica, destaca que a utilização de pivôs começou em 1986, para plantar feijão. Hoje, já são 635 pivôs irrigando plantações de alho, batata, cebola, cenoura, beterraba, trigo, café, milho e tomate industrial. “É o município com a maior área irrigada da América Latina, com 53 mil hectares.” Cristalina possui uma área de 616 mil hectares, desses, 350 mil hectares são agricultáveis. “Com 53 mil hectares de área irrigada produzimos o que seria equivalente ao que é produzido em 350 mil hectares de sequeiro”, calcula. Por conta da irrigação, a produtividade também alcança índices altos. O município produz até 82 sacos de soja por hectare irrigado, ante 42 sacos em área sequeira. De acordo com Alécio, ainda há 100 mil hectares que podem ser irrigados no município, mas é preciso mais investimento em tecnologia para desenvolver novas variedades próprias para irrigação. Segundo ele, 16 | CAMPO
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muitos órgãos e até mesmo produtores não entendem a importância da irrigação para o futuro da agricultura e questionam o uso da água. “Algumas pessoas veem a água como um produto ‘beatificado’ que deve ser usado apenas para beber, mas sendo bem utilizada temos colheita em diferentes culturas o ano todo”, argumenta. Ele afirma que nos últimos anos, os investimentos em novas tecnologias reduziram pela metade o uso da água na irrigação. Para o Presidente da Associação de Irrigantes de Goiás (Irrigo), Vitor Simão, dois problemas históricos dificultam o processo de produção Cristalina, a demanda reprimida na área de cargas para investimentos em irrigação e a qualidade da energia oferecida. “Para irrigar sua plantação, o produtor poderia ligar um pivô e desligá-lo em 21 horas. Hoje, para realizar esse processo, o produtor tem que ligar e desligar os motores de três a cinco vezes, o que aumenta o uso da energia e o custo da produção.” Vitor conta que os produtores estão há dois anos aguardando um reforço na subestação de Cristalina. “A carga hoje é de 62 megawatts, sendo que a demanda reprimida é de 54 megawatts.” Ele explica que para suprir
a necessidade da atividade na região, seria necessário quase dobrar a quantidade de energia disponível. “Com esse total, poderíamos gerar oito mil novos empregos e aumentar ainda mais o PIB do município.” Isso não acontece porque não ocorre um investimento da Celg de R$ 25 milhões. O produtor rural da região, Audacir Minetto, cultiva seis culturas no município de Cristalina. A maior parte de sua área é irrigada. Ele comenta que essa diversificação da atividade e a adoção de irrigação possibilitam diversificação de culturas e colheita praticamente o ano todo. “O que proporciona uma maior rotatividade das culturas gerando mais oportunidades de trabalho e dinheiro no caixa do produtor todo mês”, comemora. O crescimento econômico verificado em Cristalina modificou as bases produtivas e potencializou as oportunidades de desenvolvimento da região. O avanço da renda, do consumo e da geração de empregos ampliou o PIB e as possibilidades de negócios para os diversos setores da economia local, sobretudo para o agronegócio. É da terra que sai as maiores riquezas de Cristalina. www.sistemafaeg.com.br
Com o gado livre de
aftosa, Goiás abre as portas
para o crescimento.
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1ª etapa da vacinação:
De 1ºa 31 de maio.
Sua declaração pode ser feita online. É só ter a nota fiscal eletrônica da vacina em mãos e acessar:
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SECRETARIA DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E IRRIGAÇÃO
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Importante: A declaração presencial continua, para quem preferir. E mais: Goiânia conta agora com um balcão exclusivo para recebimento das declarações.
Jana Tomazelli
TECNOSHOW Estande do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde na Tecnoshow Comigo 2013
Produtores cobram infraestrutura Durante abertura da Feira produtores reclamaram de falta de investimento em logística e armazenamento. Francila Calica | francila@faeg.com.br
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situação da infraestrutura de armazéns, estradas, ferrovias e portos brasileiros foi a principal reclamação de produtores e líderes rurais durante a Tecnoshow Comigo no início de abril. O recente cancelamento da compra de carregamentos de soja brasileira por parte da China, por atrasos no embarque do produto, embasou as queixas. O Sistema Faeg/Senar marcou presença com um estande na feira em parceria com o Sindicato Rural de Rio Verde. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, explicou que além dos inúmeros problemas com os modais brasileiros, que prejudicam a competividade do país, o produtor acumula prejuízos com a insuficiente capacidade armazenadora do Brasil. O município de Rio Verde, por exemplo, produz a cada safra cerca de 2,3 milhões de toneladas de grãos,
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mas a capacidade armazenadora da região é de apenas 1,5 milhão de tonelada. “Dessa capacidade de armazenagem, apenas 8,5% são utilizados para grãos produzidos pelos próprios produtores. Percentual muito aquém da necessidade do setor”, explicou. Em tom de indignação, o presidente da Comigo, cooperativa realizadora da feira, Antônio Chavaglia, considerou como descaso dos governos Federal e Estadual a lentidão com que os problemas estruturais caminham rumo à solução. No mesmo embalo de críticas, o deputado estadual Ronaldo Caiado (DEM-GO) questionou os critérios de prioridade estabelecidos pelo governo federal na resolução de problemas em áreas estratégicas do país. Dúvida permanece Sem resposta claras às cobranças, o representante do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), secretário de política agrícola, Neri Gueller, reconheceu os graves gargalos em infraestrutura e logística que deixam o país à beira de um apagão. Insistiu em reiterar o compromisso do Ministério com o produtor brasileiro e sinalizou que muitas das soluções não são rápidas na medida do necessário e demandam investimentos. Por outro lado, saiu em defesa do trabalho desenvolvido pelo Ministério e citou o exemplo da elaboração do Plano Safra 2013/14, que está sendo feito conjuntamente com as entidades representantes dos produtores em todos os estados do país. Em Goiás, as reuniões com a Faeg foram no mês de março. Já o governador em exercício, José Eliton Figueiredo Junior, falou dos programas de reconstrução e recuperação das rodovias estaduais um www.sistemafaeg.com.br
dos principais alvos de queixas dos produtores, sobretudo, nesse momento de colheita de safra. A feira bateu recorde de público e negócios. Nos cinco dias do evento 82 mil pessoas passaram pelo Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde - foram 78 mil, em 2012. O volume de negócio alcançou R$ 900 milhões, 16% a mais que ano passado (R$ 780 milhões). “Os números são positivos, uma vez que a feira teve aumento de expositores. O volume de negócios representa a realidade da fei-
ra, que é referência no Centro-Oeste”, afirmou Antônio Chavaglia, presidente da Comigo. Agricultura de precisão Os alunos que concluíram e foram aprovados na primeira turma do treinamento de Agricultura de Precisão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) receberam seus certificados, no estande do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde, na Tecnoshow Comigo, na abertura da feira, dia 8 de abril.
O presidente da Faeg e Senar Goiás, José Mário Schreiner explicou que essa é a primeira turma do Centro-Oeste a se formar nesse novo treinamento. A agricultura de precisão é uma atividade em franca expansão nas regiões agrícolas do país, que demanda profissionais qualificados e remunera bem. Segundo o assessor técnico do Sindicato Rural de Rio Verde, Alexandre Câmara, a remuneração média de um operador de máquina qualificado na região chega a R$ 3,5 mil por mês.
Em um processo completamente manual e criativo, 12 jovens estudantes de ciências agrárias cortam, colam, costuram e decoram peças de couro curtido. O treinamento de selaria, oferecido pelo Senar Goiás, dentro do estande do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde, na Tecnoshow Comigo, se tornou uma das principais atrações para quem passou pelo local, durante a semana da Feira. O trabalho minucioso e artesanal é um resgate da tradição da selaria, do trançado e do curtimento do couro. Segundo o instrutor de selaria do Senar Goiás, Luiz Rodrigues de Morais, há muita procura por produtos da área. Ele conta que uma sela de boa qualidade chega a valer R$ 360 e diz que são inúmeros os casos de alunos que participaram do treinamento do Senar e, hoje, vivem da confecção e venda de selas. Para o estudante de medicina veterinária, Luiz Augusto Vilela, 21, o treinamento é mais uma forma de economia, uma vez que ele passará a confeccionar as selas da propriedade da família. O instrutor Luiz Rodrigues explica que para participar do treinamento o interessado deve ter mais de 18 anos e é recomendável que ele também passe pelos treinamentos de curtimento de couro e de trançado de couro. www.senargo.org.br
Jana Tomazelli
Senar Goiás faz demonstrações de cursos Alunos do treinamento de selaria do Senar Goiás aprendem na prática a trabalhar o couro
Plantas medicinais Um treinamento de Identificação e Processamento Caseiro de Plantas Medicinais também foi ministrado, durante a feira Tecnoshow 2013. Os 13 participantes receberam da instrutora Miranildes Garcia Teixeira informações sobre a importância e benefícios da fitoterapia. Utilização, dosagem e
toxidade. Há visita ao campo, identificação e secagem das plantas e a instrutora aborda também a preservação das plantas, exposição dos métodos de propagação, colheita, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e preparação de produtos fitoterápicos. Abril / 2013 CAMPO
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SEGURO RURAL
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Produção segurada O seguro agrícola traz tranquilidade para o produtor. Setor oferece um leque de opções para o homem do campo Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para Revista Campo
omo todo bom empresário, o produtor rural visa operar a dinâmica de seus negócios a fim de diminuir os riscos. A propriedade rural cada vez mais é tratada como uma empresa. Prova disso é que as tomadas de decisões são feitas com antecedência, como compra de insumos e travamento de preços. Já as oscilações e outras informações gerais sobre o mercado fazem parte da rotina do setor. Ao encontro dessas atribuições, a necessidade de se resguardar com as várias modalidades de seguro rural visa dar um suporte único a investimentos muitas vezes considerados arriscados, tanto para o pequeno quanto para o grande produtor rural. Embora de forma geral, os riscos das lavouras de grãos, em Goiás, sejam considerados baixos, o analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, ressalta que, a cada safra, isoladamente, alguns produtores sofram perdas que os levam a desajustes nas contas. “Ninguém contrata um seguro pensando que vai utilizá-lo, mas o seguro é uma ferramenta importante para não ter de correr riscos imprevisíveis”, diz.
Gutiérisson Azidon
De máquinas a problemas climáticos, seguro agrícola blinda propriedades e oferece tranquilidade para produtor trabalhar
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O seguro rural é uma alternativa eficaz para que produtores não oscilem entre anos lucrativos e outros deficitários. Ele explica que o produtor rural ainda está reticente quanto à contratação de seguro agrícola, mas lembra que há duas safras alguns produtores perderam receitas em função do excesso de chuvas. Pedro ressalta que os produtores devem ficar atentos ao seguro de receita. “Por uma quebra de produtividade ou de preços ele pode ter prejuízos. O preço desse seguro pode compensar em relação ao valor do ágio que ele paga para travar os preços antecipadamente. Dessa forma, ele pode ter mais tranquilidade para vender o produto quando quiser, ou seja, quando os preços estiverem melhores”, calcula. O consultor de mercado diz ainda que o produtor tem poder de barganha nas mãos. Uma possibilidade para diminuir o valor do seguro é firmar contratos com fornecedores a fim de que eles assumam parte do custo do serviço. Seguro Receita Agrícola Essa modalidade de seguro visa
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cobrir a perda da receita do produtor rural, seja em decorrência de eventos climáticos ou devido à variação de preços da commodity. De forma geral, perdas de produtividade provocadas por granizo, seca, geada, vendaval, tromba d´agua, chuvas excessivas , inundação, alagamento, raio, incêndio e/ou variação de preços podem ser cobertas entre 50% e 70%. O cálculo é feito com base na diferença do valor da receita esperada (produtividade de referência multiplicada pelo preço da soja no plantio e pela unidade segurada) e a receita obtida (produtividade obtida multiplicada pelo preço da soja na colheita e pela unidade segurada). A indenização ocorre quando a receita obtida for menor que a receita esperada. Já o preço da saca para indenização é baseada na média de preço da commodity no mercado na época da colheita. O diretor comercial da Leauto Corretora, parceira da Faeg Seguros, Leopoldo Marques, lembra que pragas, doenças e plantio em solos do tipo 1, com menos de 15% de argila, estão excluídos da cobertura. “Primeiro
ano de plantio de pastagens e canavial também estão excluídos”, reitera. O custo médio do seguro gira em uma saca a uma saca e meia por hectare. Um dos maiores desafios para o diretor comercial é conseguir adesão de pequenos produtores rurais. “Eles correm um risco maior e estão se conscientizando da viabilização do negócio”, afirma. Vale lembrar que o limite mínimo de área para contratação de seguro agrícola é de 25 hectares. Vantagens Os benefícios com a contratação do seguro agrícola são diversos: liberdade para comercialização da safra, cobertura de produtividade e preço, isenção do IOF, benefício da subvenção federal de 50% (subsídio pago pelo governo sobre o valor do seguro), estabilidade na renda esperada, facilidade no acesso ao crédito, diminuição de riscos de inadimplência, manutenção do produtor no campo para a safra seguinte e aumento das possibilidades de investimentos em tecnologia.
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Cana salva de queimadas
O produtor José Rubens contratou seguro contra queimadas, ao fundo, uma rede de transmissão de energia elétrica passa pela propriedade
Essa modalidade de seguro já caiu nas graças do setor sucroalcooleiro. Segundo Leopoldo, 93% da área dos produtores fornecedores de cana-de-açúcar do Estado, atualmente, estão segurados. Com um período de seca, o risco de incêndio em canaviais goianos é grande. A apólice exclusiva para incêndio oferece cobertura todos os dias do ano e o valor está atrelado ao corte e à região. Quanto mais novo o corte, maior o custo e também a cobertura. O produtor fornecedor de Quirinópolis, região Sudoeste do Estado, José Rubens de Carvalho, adquiriu há quatro anos apólice de seguro contra incêndio para cobrir os 850 hectares da cultura. Ele informa que possui, atualmente, áreas que vão do primeiro corte ao sexto corte. “O maior risco que temos hoje é de fogo, e é muito grande. Ou criminoso, ou natural, raios, cabo de energia elétrica”, diz. Ele conta que é produtor fornecedor desde 2006. Exceto em um ano que um hectare de seu canavial pegou
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fogo e não alastrou para o restante graças ao trabalho de contenção, nunca teve qualquer tipo de dano causado por incêndio. “Contratei como forma de prevenção. O custo benefício é muito vantajoso”, diz. A seguradora só dá cobertura até o quinto corte. “O sexto e o sétimo ainda não está liberado”, ressalta Leopoldo. Ele lembra que a tranquilidade do produtor está vinculada à transferência do risco para a seguradora mesmo quando a usina está fechada. “O risco de ocorrer um incêndio é grande e não tem muito o que o produtor fazer”, salienta. José Rubens explica que a colheita com máquinas deixa uma espécie de colchão de palha no solo. Sendo assim, o risco do fogo alastrar é alto. “Quando a cana já foi colhida qualquer faísca pode queimar tudo. É muito difícil de conter”, diz. Custos Para se ter ideia, o custo varia de R$ 27 a R$ 10,80 por hectare, sendo o primeiro de implantação e o último de
quinto corte. Já a cobertura é, respectivamente, de R$ 1,2 mil por hectare a R$ 3 mil por hectare. Para tanto, são colhidas informações pessoais do proprietário, características da propriedade, além de um mapa de acesso à propriedade. São levantadas também informações sobre a variedade da cana-de-açúcar, data do próximo corte . “Quando ocorre algum sinistro, podemos, em média, fazer a vistoria em 10 dias”, diz Leopoldo. Há também o seguro de riscos nomeados para o canavial. O seguro garante a indenização em função de riscos climáticos, como granizo, seca, geada, vendaval, tromba d´agua, chuva excessiva, inundação, raio e incêndio em um período de cobertura de 365 dias. Em ambas as modalidades não se aplica cobertura securitária em eventos decorrentes de queda de preço da cultura, ataque de pragas e insetos, doenças e má formações em geral e demais eventos que não estejam relacionados nos riscos cobertos.
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Seguro para máquinas agrícolas também é outra modalidade já bastante difundida entre os produtores rurais. O serviço garante cobertura para riscos como proximidades de águas, despesas de salvamento, roubo qualificado, sendo máquinas rurais móveis ou estacionárias. “Temos regiões em que os casos de furtos são mais frequentes e o produtor está se precavendo segurando seu maquinário”, diz. O fator de vulnerabilidade é responsável pela flutuação de preços desse tipo de seguro, assim como marca, ano e nível de emprego de tecnologia do maquinário. “Por isso, é difícil calcular um preço médio”, ressalta Leopoldo. Mas ele lembra que o seguro é fundamental para a tranquilidade do produtor. Há colheitadeiras, diz, que atingem o custo de R$ 1,5 milhão. O seguro cobre implementos com até 25 anos de uso. O produtor de soja de Goiatuba, Luiz Walber Oliveira Costa conta que voltou a contratar, há dois anos, uma apólice de seguros de maquinários e implementos agrícolas. Ele explica que o contrato proporciona segurança e tranquilidade, porém, não deixa de tomar todas as medidas necessárias para evitar quaisquer tipos de transtornos com seus tratores e a colheitadeiras. A bomba d´água, diz, está sempre próxima ao maquinário e, além disso,
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Frota protegida
Luiz Walber blindou sua frota de tratores e implementos com devido seguro
os equipamentos são guardados todos os dias no barracão da fazenda. “O seguro é uma segurança que eu tenho, mas faço o que posso para não ter de utilizá-lo”, explica. Já o pecuarista, Jair dos Santos, cuja propriedade está localizada em Alto Horizonte, afirma que pensa também na segurança dos funcionários. “Essa é uma segurança que eu tenho, mas que também chega a eles. O custo-benefício é muito grande”, diz. Durante quase 30 anos, ele afirma que mantém apólices de seguro de seus bens. Como máxima, lembra de um ditado norte-americano. “Se seu negócio não consegue pagar um bom seguro, então seu negócio não é seguro”, ressalta.
Gado de elite, confinamento e gado de pasto Conforme Leopoldo, essa modalidade de seguro é considerada barata, porém, exige um controle preciso do pecuarista. Embora cubra contra raios, eletrocussão, ataque e mordedura, submersão, insolação e transporte. O preço do seguro de um animal de confinamento gira, em média, R$ 20 anuais. “Mas há exigências como controle de um veterinário, vacinação, entre outras”, diz. Leopoldo afirma que, além dessas espécies de seguro, o produtor rural pode contratar também serviços para diminuir riscos de perda em sua propriedade, patrimonial, vida e automóveis.
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PSICULTURA
Mercado rentável e pouco explorado Com bacias hidrográficas abundantes, a produção de pescado ainda é tímida no Estado. A falta de assistência técnica e políticas públicas emperram a atividade Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para Revista Campo
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Números não são oficiais, mas estima-se que são produzidos 18 mil toneladas de peixe por ano em Goiás
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e hoje eu tivesse o dobro da produção conseguiria vender tudo”. Esse é o diagnóstico do produtor de pescado e proprietário do frigorífico Kipeixe, Adejair Santos Ribeiro localizado no município de Quirinópolis, na Região Sudoeste. O mercado de pescado, considerado rentável, mas pouco explorado em um Estado cujas bacias hidrográficas são abundantes, tem explicações. A falta de infraestrutura, de políticas públicas voltadas para o setor, assistência técnica e, por fim, o encarecimento do quilo da ração são considerados fatores que emperram o desenvolvimento da atividade. Com mais de 20 anos de experiência na produção de pescado e há três anos como proprietário do frigorífico, Adejair consegue visualizar os dois lados da atividade. Ele explica que a tilápia é o carro-chefe da produção de pescado em Goiás, porém, existem em menor escala, produção de pintado, caranha e piauçu. Diante de todas as dificuldades assinaladas, Adejair ressalta que a elevação do preço do quilo da ração foi o que pegou o produtor no contrapé. Com o encarecimento do farelo de soja e do milho, principais matérias-primas do produto, o custo de prowww.sistemafaeg.com.br
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Adejair Ribeiro com sua esposa Maria Luíza Custódio do frigorífico Kipeixe reclamam da baixa produção de pescado em Goiás
dução deu um salto. Ele afirma que, em abril do ano passado, a alimentação correspondia a 58% do custo de produção. “Hoje chega a 70%”, diz. A alternativa encontrada pelo produtor, produzir a própria ração, está se tornando inviável. O sonho é retardado a cada tentativa frustrada de conseguir energia trifásica na propriedade. “Já tentei na Celg diversas vezes e, o pior, a energia trifásica está a nove quilômetros daqui. O problema é que a gente tem pouca força”, lamenta. Com a fabricação própria de ração, acredita que poderia diminuir o custo do produto em até 30%. Para se ter ideia, o custo de produção de um quilo de tilápia é de R$ 3, cujo produto é comercializado a R$ 3,80. Adejair produz, mensalmente, 40 toneladas da espécie. “Para as outras espécies o custo de produção é menor, porém, a produção também é de menor escala. Acaba ficando uma coisa por outra”, ressalta. Políticas públicas A produção aquícola em Goiás é uma realidade, pois além do grande www.senargo.org.br
potencial de desenvolvimento sustentável, devido à bacia hidrográfica favorável, a aquicultura também é um potencial econômico. Mas, para alavancar a produção, na visão do Ministério da Pesca e Aquicultura, a legislação para a criação de pescado em grandes e pequenos reservatórios deve ser simplificada. Os recursos estão disponíveis, por meio do Plano Safra, mas a burocracia das licenças ambientais acabam dificultando os financiamentos. “Porém, a perspectiva é de posicionar Goiás entre os maiores produtores do País, respeitando os limites do meio ambiente”, afirma o superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura em Goiás, Paulo Roberto Pereira. Considerada o calcanhar de Aquiles para os aquicultores do Estado de Goiás, a dificuldade e a demora da retirada da licença ambiental resulta em produção informal. Existem cadastrados na superintendência somente três produtores de pescado no Estado. Entretanto, estima-se que este universo atinja quase 1,5 mil propriedades. Outro dado extraoficial diz respeito
à quantidade de produção no Estado. Embora não haja nenhum levantamento oficial, a estimativa é de produção de 18 mil toneladas por ano, número considerado reduzido por profissionais do ramo. Nos bastidores estão ocorrendo reuniões internas entre representantes do governo estadual e do Ministério da Pesca com o intuito de acelerar essa documentação para fomentar a produção de pescado no Estado. Jovem Aquicultor Lançado há mais de três meses no município de Itauçu, o Projeto Jovem Empreendedor Aquicultor, criado em parceria com os governos municipal, estadual e federal ainda engatinha. A proposta é fomentar emprego e renda por meio de assistência técnica, linhas de crédito para investimentos destinados à implantação e produção e serviços aquícolas para os produtores rurais que prevê linhas de crédito. O objetivo é atrair 200 jovens e beneficiar 300 propriedades rurais de cerca de 20 municípios cravados nas Regiões do Vale do Araguaia, Meia-Ponte e do São Patrício.
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Segundo o gerente geral do Frigoind Frigorífico Goiás Industrial, localizado em Itauçu, Carlos Almeida, o mercado goiano está aquecido e falta produto para o consumo, especialmente de tilápia. Ele conta que possui estrutura para processar duas mil tilápias por dia, mas há baixa oferta. Ele calcula que 22 produtores da região fornecem, constantemente, pescado para o frigorífico de peixe. “Falta produto. Este é um número baixo considerando o universo de possibilidades que Goiás possui”, diz. Ele afirma municípios em regiões com bacias hidrográficas como a da Serra da Mesa, São Simão e Itumbiara, subaproveitam as condições ambientais. Entretanto, o presidente da comissão de aquicultura da Faeg, Luiz Humberto Ribeiro, lembra que são lentas as liberações de licenças ambientais necessárias para a explo-
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Mercado aquecido, mas falta produto
Carlos Almeida, acompanha de perto o trabalho de sua equipe. Ele reclama da falta de produto
ração da atividade. “Temos também entraves no transporte, regulamentação sanitária estadual, preço garantido no mercado e o uso das águas públicas para tanques de rede”, diz. Embora os números de produtores e da produção em Goiás não sejam precisos, Luiz Humberto argumenta que mais de 40 municípios participam das reuniões articuladas pela comissão de aquicultura da Faeg. O produtor rural de Gouve-
lândia, Luiz Gonzaga Vieira, alugou uma área para a implantação de 500 tanques no município. Ele destaca que a causa dos principais problemas da pouca produção na região está diretamente relacionada à logística deficitária para o transporte de pescado e falta de mão de obra qualificada. Em Gouvelândia existe cerca de mil tanques para pescados. Destes, quase a totalidade é destinada para a produção de tilápia.
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CALCÁRIO
Suplemento para as lavouras Com altos índices de acidez, território goiano exige investimento em correção do solo Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
De Rio Verde, o produtor, Rodolfo Chavaglia, defende a utilização do calcário para corrigir acidez do solo
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s solos do estado de Goiás são predominantemente ácidos, o que limita o rendimento da maioria das lavouras cultivadas. Essas terras possuem altos teores de elementos tóxicos às plantas, principalmente, alumínio e manganês, e baixos teores de nutrientes, especialmente fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Nesta condição, a utilização de calcário para corrigir a acidez do solo é fundamental para a produção agrícola. Segundo o engenheiro agrônomo, André Luis Zorzi, quanto menor for o pH do solo, ou seja, quanto maior a acidez, menor será o aproveitamento dos principais nutrientes das plantas, que são aplicados pelo produtor quando aduba a sua lavoura. Daí a necessidade de se realizar a calagem, ou correção do solo, para garantir uma produtividade e o lucro esperado. “Quando um produtor se dispõe a usar o calcário, ele aumenta a mineralização da matéria orgânica, aumenta a atividade microbiana e a liberação de nutrientes. Além de melhorar a eficiência dos fertilizantes e cooperar para a fixação biológica do nitrogênio no caso da soja”, explica. André destaca que a adubação só deve ser feita a partir da análise de solo. “Esse é o primeiro passo, depois continua com a calagem, que é finalizada com a aplicação do adubo adequado.” O engenheiro explica que o calcário deve ser espalhado o mais uniformemente possível, com adequada regulagem da distribuidora, que permita aplicação correta da dose necessária. “Outra informação é a incorporação do produto, que deve ser aplicado à maior profundi-
dade possível, de modo que permita o melhor contato do corretivo com as partículas do solo”, diz André. Ele lembra que no caso de culturas anuais, recomenda-se aplicar metade da dose antes da aração e a outra metade após a aração, antes da gradagem. “A frequência da aplicação vária conforme a extração das culturas, ao tipo de solo, a precipitação pluviométrica e o terreno deverá ser monitorado por meio de análise de solo.” O assessor técnico da CNA para a área de cereais, fibras e oleaginosas, Leonardo Machado, ressalta que o calcário deve ser aplicado, preferencialmente, até seis meses antes da semeadura ou plantio da cultura mais exigente, como as leguminosas, que são menos tolerantes à acidez, ou até três meses antes do plantio das demais culturas, para obter os efeitos benéficos da calagem no primeiro cultivo. “A calagem apresenta efeito residual prolongado, sendo efetiva por um período de três a quatro anos. A duração desse efeito depende, principalmente, da dose, tipo e manejo do solo, sistema de cultivo, culturas e condições climáticas.” André lembra que o gesso agrícola também vem sendo utilizado no cerrado como ferramenta de elevação de produtividade. “O gesso agrícola é um sal neutro, solúvel em água, que penetra no subsolo e reduz o efeito tóxico que o alumínio tem sobre as raízes, além de fornecer cálcio em profundidade, propiciando o maior crescimento radicular, e fornecer enxofre.” Mas ele ressalta que a gessagem não substitui a calagem e sim a complementa. “Podemos afirmar que a construção de uma fertilidade de solo
para atingir altas produtividades depende do equilíbrio entre calagem, gessagem e uma posterior adubação equilibrada, em recomendações de acordo com a pesquisa desenvolvida.” Análise Para o produtor, Rodolfo Chavaglia, do município de Rio Verde, o primeiro passo para começar a usar o calcário nas culturas é contratar um bom profissional para fazer a análise do solo. E para garantir uma boa resposta do estudo, o produtor aconselha que além da análise de solo, é preciso aplicar também as técnicas da agricultura de precisão na área plantada. Rodolfo explica que após o estudo o produtor tem a ideia do que é necessário fazer para a correção do solo. “O calcário entra para corrigir o alumínio tóxico no solo e oferecer à planta o cálcio e o magnésio, nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta”, salienta. De acordo com ele, em sua propriedade a análise é feita uma vez ao ano em determinadas culturas. Mas no caso da cana-de-açúcar, por exemplo, essa análise é feita a cada cinco anos ou na renovação do canavieiro. O produtor lembra que, em Goiás, o uso do calcário é feito há 40 anos, mas que, ultimamente, parte dos produtores tem deixado de usar o corretivo. “Em determinadas áreas, os produtores estão descuidando com o uso da calagem no plantio direto. É importante destacar que a falta do cálcio e magnésio, e a presença do alumínio tóxico, compromete drasticamente a produtividade.”
Fique sabendo: Os corretivos mais usados são de rochas calcárias moídas, compostas principalmente por misturas dos minerais calcita, dolomita e magnesita, os quais são constituídos por carbonatos de cálcio e de magnésio (calcário agrícola). Existe em alguns estados a disponibilidade de resíduos industriais de siderurgia, as escórias de alto forno, cuja base é silicato de cálcio e de magnésio.
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Aumento da produtividade
Os calcários podem ser classificados quanto à:
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Viana acrescenta que o calcário não deve ser considerado apenas uma opção, e sim um fator essencial para que se alcance resultados positivos no processo de renovação ou intensificação de pastagens. “Todas as áreas nas quais trabalhamos com lotações mais elevadas, ou seja, acima de três Unidades Animal (UA) por hectare, fazemos o monitoramento anual por meio de análises de solo para aplicação de calcário e posterior adubação com nitrogênio, fósforo e potássio”, conta. O pecuarista orienta que o produtor deve sempre trabalhar sob a orientação de um profissional competente, seja ele um agrônomo ou zootecnista, pois a variação de textura e fertilidade de diferentes solos é quase infinita. “Muitas vezes o profissional pode sugerir que as aplicações sejam em quantidade menor, mas em um período maior, ou vice versa. Onde uma quantidade elevada deverá ser aplicada em uma única vez. Isto tudo dependerá do planejamento com base nas características do solo e nos objetivos almejados”. Sandro José Henkes, do munícipio de Rio Verde, também defende a análise de solo como ferramenta ideal
Concentração de Óxido de Magnésio (MgO) Calcítico - menos de 5% Magnesiano - menos de 12? Dolomítico - acima de 12%
para uma boa correção. Para ele, as análises de solo são feitas por profissionais capacitados e respeitando a metodologia da Embrapa Cerrado. “A análise mostra quais as dosagens certas que serão utilizadas.” Segundo Sandro, a época da aplicação do calcário é após a colheita da safrinha, nos meses de julho e agosto. Mas ele acredita que o uso do calcário no período da seca não convém, por conta da ventania que faz com a melhor parte do insumo seja levada pelo vento. Para ele, o ideal seria utilizar o calcário após a colheita dos grãos e antes do plantio da safrinha. “Mas a dificuldade que enfrentaríamos é a alta umidade do solo, além da falta de mão de obra. O que resultaria em perda de tempo para o plantio da safrinha.” Jana Tomazelli
Quando se fala em correção de solo, é possível associar a ação somente à lavoura. Mas, ao longo dos anos, alguns produtores vêm mostrando que essa não é a única opção. Como no caso de Gustavo Viana, pecuarista da área de corte, do município de Indiara. Ele conta que a propriedade que atualmente administra, faz o uso do calcário desde a década de 1980. “O calcário é um componente essencial a qualquer projeto pecuário que vise o aumento da produtividade. De fato, a aplicação de calcário com base em análises de solo, antecede todos os processos para se elevar a fertilidade do solo”, diz. Ele defende que, ao longo dos anos, os produtores passaram a notar quedas na produtividade de suas pastagens, o que fica ainda mais evidente com o aumento de pragas, justamente devido ao enfraquecimento das pastagens. “Por meio da análise de solo, o produtor, com o auxílio de um profissional, identifica a queda de fertilidade, queda do pH e da saturação de bases. Para a renovação dessa área é necessária a reconstrução da fertilidade, que é feita com a correção do solo”, analisa.
O produtor de Rio Verde, Sandro Henkes, defende análise do solo para um melhor aproveitamento da correção do terreno
Poder Relativo de Neutralização Tota Entre 45,0% a 60,0% Entre 60,1% a 75,0% Entre 75,1% a 90,0% Superior a 90,0%
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Governador de Goiás recebe das mãos dos produtores rurais ofícios e reivindicações relacionadas a gargalos no setor
Parceria com governo Projeto estruturante começa a ser desenhando Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
C
riação de um projeto estruturante, com foco no seguro rural, assistência técnica e extensão rural, formação profissional e acesso a mercados e promoção de produtos agropecuários foram os tópicos de um acordo firmado entre o governo Estado e a Faeg, no último dia 12. A intenção da entidade é criar um fundo que possa gerir ações voltadas à agropecuária e sanar os gargalos do setor. “Apoiamos a criação desse projeto. Sem dúvidas a Faeg soube apresentar uma proposta ampla, que atende de forma correta às necessidades dos produtores. Queremos sim que essa parceria dê certo”, disse o governador do Estado Marconi Perillo. Ele acrescentou que esse fundo deve ser gerido aos moldes do Fundepec. O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, relatou quais os motivos que fizera com que a Federação observasse a necessidade da criação desse projeto estruturante. Para José Mário,
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o Estado está à beira de um apagão de mão de obra para o campo e é preciso ampliar e intensificar a formação de mão de obra qualificada. Estudo A Faeg apresentou um estudo em três temas, infraestrutura e logística; segurança e política agrícola. O presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Céu, Antônio Roque, apresentou os gargalos na área da infraestrutura. Segundo ele é necessário acelerar a execução do Programa Rodovida, planejar as próximas ações para solucionar os gargalos da logística com base no estudo da macrologística e criar um programa de recuperação e manutenção das estradas vicinais, com patrulhas para apoio às prefeituras, via consórcios intermunicipais, cogeridas pelos sindicatos rurais. Rogério de Oliveira, presidente do Sindicato Rural de Itumbiara, falou do segundo tópico. De acordo com Rogério, a sociedade vive com sentimento
de insegurança, devido à deficiência de estrutura, pessoal e equipamentos das polícias militar e civil. Pensando na melhoria da política agrícola, o presidente do Sindicato Rural de Leopoldo de Bulhões, Carlos Antônio Borges, destacou que é preciso, imediatamente, a aprovação do Código Florestal Estadual. Ele acrescenta viável a criação de um grupo permanente para discutir as questões fiscais, tributárias e ambientais que envolvem o setor, a isenção de ICMS e redução das taxas sobre produtos, insumos equipamentos agropecuários. “Achamos válido também a divulgação do potencial produtivo e marketing com apoio às exposições e festas agropecuárias e estimular e incentivar a interiorização da agroindustrialização aproveitando o potencial de cada região”, diz. Presidentes de 53 Sindicatos Rurais participaram da audiência, além dos prefeitos de municípios goianos. Abril / 2013 CAMPO
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Gutiérisson Azidon
INFRAESTRUTURA
Leila Delfina Machado
DELÍCIAS DO CAMPO
Empadas de peixe INGREDIENTES 500 gramas de filé de merluza ou outro peixe sem espinho; 04 tomates sem de pele e sementes; 02 batatas cortadas em cubos e pré-cozidas; 01 xícara de azeitonas fatiadas; 01 cebola média ralada; 02 dentes de alho amassados; 03 pimentas Bodes fatiadas bem miúdas; 01 colher (café) de pimenta do reino moída; 01 xícara (chá) de cheiro verde; 01 lata de ervilha (pequena); 02 colheres (sopa) de extrato de tomate; 03 colheres (sopa) de leite de coco (opcional); 02 colheres (sopa) de óleo. Modo de preparo Cozinhe as batatas em cubos junto com os filés de merluza, por oito minutos. Escorra o caldo e reserve. Separe as batatas e desfie os filés. Feito isso, coloque o óleo em uma panela e leve ao fogo, junte o alho, a cebola e refogue bem. Coloque o peixe e và acrescentado os demais ingredientes, Coloque o caldo, acerte o sal. Reserve o molho.
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MASSA DA EMPADA: INGREDIENTES 03 ovos; ½ xícara de óleo; 03 xícaras de leite; 02 xícaras de farinha de trigo; 04 colheres (sopa) de queijo ralado 01 colher (café) de sal; 01 colher (sopa rasa) de açúcar; 01 colher (sopa) de fermento em pó. Modo de preparo Bata todos os ingredientes no liquidificador, coloque uma colher da massa na forminha de empada, coloque o recheio e outra colher de massa, leve ao forno para assar. Receita elaborada pela educadora de Cozinha Rural do Senar Goiás, Leila Delfina Machado Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200.
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Larissa Mello
Caso de Sucesso Aos 49 anos, a produtora de doces de Para煤na, Itan铆dia Lemes, conseguiu montar o pr贸prio neg贸cio
Renda que vem do doce 34 | CAMPO
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Produtora conseguiu se tornar dona do próprio negócio e dobrar seus lucros Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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feirinha, eu consigo tirar R$ 100 por semana, sem falar do que eu consigo vendendo em casa diariamente.” Itanídia acrescenta que, sem dúvidas, trabalhar por conta própria é muito gratificante. “Eu trabalho menos do que quando era doméstica, não tenho patrão, tiro mais dinheiro e faço uma coisa que eu gosto”, destaca. Mas ela lembra que o começo não foi fácil. “No início eu não tinha nada, até as panelas eram emprestadas”, conta. Hoje, com o lucro obtido, a doceira investiu no negócio e além dos tachos de cobre, ela também tem um fogão industrial, presente da sua filha e sócia Gleicimar. Ela produz doces de frutas em geral, entre os mais pedidos estão o de mamão, abóbora, figo e abacaxi, e até doces diets entram na lista. A conquista da clientela foi tão grande, que, atualmente, os doces de Itanídia fazem sucesso até no exterior. “Tenho
clientes aqui de Paraúna que sempre levam os doces para a Espanha e Estados Unidos.” Ao todo, ela produz de oito a dez quilos de doces por semana. Com tamanha fama, a tia do doce conta que recebeu diversos convites de clientes de munícipios próximos a Paraúna que insistem que a doceira leve suas iguarias para suas terras. “As pessoas sempre me procuram para que eu revenda meu produto em outras cidades. O que me impede de dar esse grande passo, e a falta de um meio de transporte.” Empecilho que ela considera temporário. “Meus próximos planos é conseguir atender esses clientes de fora. Vamos trabalhar duro para conseguir mais essa conquista.” Ela acrescenta que é preciso traçar um objetivo e ir em busca dele. “Eu mostrei para muitas pessoas que temos que ter fé em nossas metas, dessa maneira, conseguimos realizar nossos sonhos”, diz. Larissa Mello
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asta dar uma volta nas ruas do munícipio de Paraúna e perguntar aos vizinhos e comerciantes, todos sabem quem é Itanídia Lemes Nogueira, ou, simplesmente ,conhecida como a famosa tia do doce. Todo esse reconhecimento é recente, há dois anos. Porém, muito gratificante para a produtora. Ela, que trabalhou a vida inteira como doméstica, conta que hoje é dona do próprio negócio. Para Itanídia conseguir tamanha fama foi preciso se especializar na produção artesanal de doces. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e o Sindicato Rural de Paraúna foram peças responsáveis pela conquista, mais, precisamente, o curso de produção caseira de alimentos, vegetais e doces, Itanídia, que tem 49 anos, sempre teve o sonho de ter o próprio negócio. Mas foi o apoio da filha, Gleicimar Lemes Carlos, de 29 anos, que fez com que a vontade se tornasse real. Ela lembra que fez o curso do Senar em 2009, mas somente dois anos depois, em 2011, começou a produzir os próprios doces. “Minha filha sempre falava para eu me arriscar e tentar levar o sonho adiante. Pensei muito e decidi que estava na hora de começar a dar os primeiros passos, ela foi fundamental nessa decisão.” No início, Itanídia percebeu que essa era a melhor escolha a ser feita. O negócio começou a fluir e ela, que vendia somente na porta de casa, passou a comercializar os produtos na principal feira do município. “Quando vi o lucro das vendas, mal podia acreditar que o negócio daria tão certo.” Trabalhando na casa do outros, Itanídia conta que ganhava por mês R$ 350. Com os doces ela ganha até mais de R$ 600. “Quando eu vendo pouco na
Doceira contabiliza os lucros após treinamento do Senar Goiás
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Shutter
CURSOS E TREINAMENTOS
Abacaxi em Goiás Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
EM MARÇO, O SENAR PROMOVEU
398 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 46
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Na área de agricultura
Em atividade de apoio agrossilvipastoril
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Na área de Na área de silvicultura agroindústria
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Na área de aquicultura
Na área de pecuária
Em atividades relativas à prestação de serviços
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S
egundo dados do IBGE, Goiás colheu no ano passado 102 milhões de frutos do abacaxi. No Estado, a maior região produtora está em Jaraguá, Centro goiano, que cultiva 1,8 mil hectar do fruto. A média de produtividade gira em torno de 25 mil frutos por hectare. O abacaxi pérola, o mais cultivado em Goiás, é também o mais vendido. A fruta maior é vendida de R$ 2 a R$ 2,50 a peça. Já o médio sai por R$ 1,60. Em Goiás, a colheita terminou em fevereiro, mas para quem tem pivôs de irrigação, a colheita dura o ano todo. A mão de obra é quase toda familiar. Para auxiliar essas famílias, o Senar Goiás oferece um treinamento de aperfeiçoamento para desenvolver a padronização e classificação do abacaxi. O treinamento oferece ainda medidas de preparo do solo, plantio de mudas, tratos culturais e comercialização. A carga horária é de 24 horas com turmas de 16 pessoas por grupo.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br. Procure também o Sindicato Rural de seu município
101 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL 36 Alimentação e nutrição
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5 Organização comunitária
2 Saúde e alimentação
12 Prevenção de acidentes
42 Artesanato
4 Educação para consumo
5.845
PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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CAMPO ABERTO
Oferta restrita recupera preços do leite ao produtor
Carlos Costa
Pedro Arantes | pedro@faeg.com.br
Edson Alves Novaes é economista e Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
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O preço do leite pode sofrer variações durante o ano devido a diversos fatores, tais como: políticas econômicas (câmbio, juros, crédito, política comercial), sazonalidade da produção leiteira, qualidade do leite, hábitos de consumo e demanda do consumidor, aspectos sanitários, balança comercial do produto e seus derivados, relação entre compradores e vendedores, concorrência entre as indústrias. A interferência de um ou outro fator, ou mesmo, a conjunção de vários desses aspectos pode afetar para cima ou para baixo os preços do leite. Neste momento, a oferta restrita, os preços internos de derivados no atacado e no varejo estáveis, importações os preços internacionais e o mercado consumidor em alta sinalizam recuperação de preços aos produtores goianos. Esse é o cenário atual da atividade leiteira em Goiás e em toda região Centro-Sudeste. Segundo análise do comportamento da produção de
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leite, tendo como base o levantamento realizado pela FAEG em 22 cooperativas de leite, em Goiás, no primeiro bimestre deste ano, a produção de leite recuou 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Se considerarmos que há uma tendência de aumento do consumo em função da elevação da renda, fica evidente que o mercado está ajustado entre oferta e demanda de leite. A restrição de oferta neste início de ano, não foi causada, especificamente, por questões climáticas, mas em função da queda de rentabilidade do produtor provocada por custos elevados e por preços que não acompanharam essa realidade no ano passado. Essa receita menor em 2012 fez com que os produtores reduzissem os investimentos na atividade, o que resulta agora em menor produção. Cenários internacionais também influenciam no mercado aqui no Brasil. A redução da produção nos principais países exportadores ocasionados
por fatores climáticos, fez com que os preços internacionais se elevassem. É o caso do leite em pó integral que alcançou a marca de US$ 5.200/tonelada em abril/2013, contra US$ 2.700/tonelada em outubro/2012. Toda essa conjugação de fatores está contribuindo para a recuperação dos preços aos produtores goianos. Hoje, o litro do leite varia de R$ 0,75 a mais de R$ 1,05 levando-se em consideração produtores individuais. Qual o cenário pra frente? Dada a situação atual, ainda há espaços para recuperação de preços ao produtor. No entanto, mesmo diante de cenário tão favorável é necessário que o produtor continue fazendo a sua parte. Para aproveitar o bom momento da atividade, com preços em recuperação e custos em queda, é preciso atenção ao gerenciamento do negócio, investir no aumento da eficiência e da produtividade, racionalizar custos de produção e ficar sempre atendo ao comportamento das variáveis de mercado. www.sistemafaeg.com.br