ISSN 2178-5781
Ano XIII | 220 | Outubro 2013
Recursos para armazenagem Faeg firma parceria com Semarh para garantir recursos do Governo Federal
Missões internacionais Produtores visitam sistemas de produção nos Estados Unidos e Austrália
Expectativa de recorde Cenário é positivo e soja é atual aposta. Apesar disso, clima e Helicoverpa armigera preocupam produtores
PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
CONSELHO EDITORIAL Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins Editora: Francila Calica (01996/GO) Reportagem: Catherine Moraes e Leydiane Alves Fotografia: Larissa Melo e Mendel Cortizo Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR
É hora de plantar
O
fim do vazio sanitário e a chegada das chuvas são os sinais de que uma nova safra se inicia. As expectativas para a safra 2013/14 são boas, mas os desafios também são grandes. Clima, mercado, pragas, infraestrutura e logística terão influência significativa nos resultados da próxima safra. São fatores sobre os quais o produtor não tem gerência. Por isso, a atenção deve ser redobrada. Teremos em campo o desafio de manejar uma praga que nos assustou no último ciclo, a Helicoverpa armigera. Contra ela, informação aliada às ações rápidas de combate é a nossa melhor defesa. Provavelmente, teremos uma nova safra recorde e o fator mercado entrará em campo. Durante o período de cultivo o produtor deve ficar atento aos movimentos do mercado. Diante da possibilidade de uma safra cheia, é prudente não deixar a comercialização para os meses de colheita, quando há superoferta. E, por mais um ciclo, infelizmente, vamos nos deparar com as deficiências de logística e infraestrutura do Brasil. Os recursos destinados para armazenagem não estão chegando aos produtores, a tempo para atender a próxima safra. Dificuldades com licenças ambientais (resolvidas recentemente) e instabilidade no sistema energético travam as possibilidades de desenvolvimento na área. Portos e rodovias nacionais se encontram no mesmo estado da última safra. E, mais do que nunca, o produtor terá de ser competente na gestão dos fatores que consegue controlar.
Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho
Larissa Melo
Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br E-mail: faeg@faeg.com.br Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601 Site: www.senargo.org.br E-mail: senar@senargo.org.br
Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2208 - (62) 3096-2248 (62) 3096-2115.
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
Larissa Melo
Larissa Melo
PAINEL CENTRAL
Armazenagem comprometida
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Burocracia na emissão de licenças ambientais para construção de armazéns freia programa do Governo Federal
Eleições da Faeg
Prosa
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Economista chefe do Rabobank Brasil fala sobre a influência da economia no cenário mundial da agricultura e pecuária
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Fredox Carvalho
Chapa única é encabeçada por José Mário Schreiner
Desaȴos da Safra 2013/14
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Clima e Helicoverpa armigera preocupam produtores que decidiram investir pesado na produção de soja
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Lindaura Tavares
Larissa Melo
Agrinho 2013
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Com o tema responsabilidade social, crianças de todo o Estado executam projetos
Sangria de Seringueira
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Fique Sabendo
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Delícias do Campo
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Cursos e treinamentos do Senar
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Campo Aberto
38 Cleiber Di Ribeiro
Alto índice de exportação de borracha natural chama a atenção para atividade
Agenda Rural
Produtor Wilton Roberto Guimarães, de Niquelândia, vai investir na soja, porque diz faltar comprador para milho. Foto: Fredox Carvalho
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Missões Internacionais
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Técnicos e produtores visitam Austrália e Estados Unidos
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ShuƩer
AGENDA RURAL
G E A F s e õ ç i Ele 30 de Outubro Eleição da FAEG Hora: 8h – 16h Local: Sede da Faeg, Goiânia Informações: (62) 3096-2200 01/10
07 a 09/10
Seminário Inclusão Produtiva – Centro-Oeste Hora: 8h Local: Auditório da Faeg, Goiânia Informações: (62) 3096-2200
I Seminário de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável Hora: 19 horas Local: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba Informações: (64) 3495-8100
8 a 10/10 III Conferência Global sobre Trabalho Infantil Hora: 9 horas Local: Centro de Convenções do Hotel Brasília Royal Tulip Alvorada, Informações: (61) 2030-1609; (61) 2030-1645
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FIQUE SABENDO REGISTRO
ARMAZÉM
Código Florestal Goiandoou?
Fredox Carvalho
Reprodução
Senar Central e Sebrae podem nacionalizar Programa Proarte
O que mu
Código Florestal Descomplicado O Sistema Faeg/Senar confeccionou uma cartilha de orientação sobre a nova legislação ambiental de Goiás. Com o título “Novo Código Florestal Goiano – O que mudou?”, o material será distribuído aos produtores rurais e também pode ser encontrado no site: www. sistemafaeg.com.br. A cartilha possui a Lei n° 18.104, de 18 de julho de 2013, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado e perguntas e respostas com ilustrações que abordam as dúvidas mais comuns dos produtores quanto à nova lei.
Com o intuito de nacionalizar o Programa Proarte do Senar Goiás, representantes do Senar Central vieram à Goiânia, no dia 20 de setembro, para discutir sobre o projeto com o superintendente Marcelo Martins e a coordenadora do Proarte, Fátima Araújo. Na ocasião, além de conhecer os trabalhos de vários artesãos goianos, eles tiveram a oportunidade de bater um papo com mulheres integrantes de uma cooperativa em Bela Vista de Goiás, um dos 33 gru-
pos cadastrados pelo Sistema. Participaram da visita, Daniel Carrara, secretário executivo do Senar Central e Kátia Rocha, assessora da presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Maria Emília Jaber, Diretora Técnica do Sebrae Tocantins, também esteve presente e mostrou interesse em fechar parcerias no estado vizinho a fim de potencializar o programa e dar a ele mais características rentáveis.
PESQUISA A Embrapa está disponibilizando para os agricultores brasileiros, um ambiente na internet http://www.embrapa. br/alerta-helicoverpa que reúne informações para ajudar agricultores e técnicos a lidar com a Helicoverpa armigera, uma nova e importante praga que alcança as culturas da soja, algodão, milho, entre outros cultivos, tem causado preocupação e exigirá atenção permanente às táticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). Com o fim do período de vazio sanitário e início do
plantio, as informações sobre soja são as mais demandadas. Elas estão agrupadas em www.embrapa.br/helicoverpa-soja, organizando as informações existentes e orientando sobre o manejo de pragas. “No site é possível encontrar informações sobre a praga, seu manejo, a importância da tecnologia de aplicação, dicas sobre o monitoramento da Helicoverpa e de outras lagartas da soja, além de entrevistas”, explica Clara Beatriz Hoffmann Campo, pesquisadora da Embrapa Soja.
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Embrapa reúne orientações sobre Helicoverpa na internet
PROSA RURAL
ROBÉRIO COSTA
Larissa Melo
é economista chefe do Rabobank Brasil
Não somos caso perdido Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br
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obério Costa é economista chefe do Rabobank Brasil e esteve em Goiânia no último mês de setembro para participar do
Interconf. Na ocasião, ele concedeu entrevista à Revista Campo e falou sobre o mercado financeiro mundial assim como as interferências no Setor Agropecuário. Para ele, a desaceleração da economia chinesa não afeta produtos agropecuários e o Brasil ainda é atrativo aos investidores externos.
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Revista Campo: O mercado financeiro mundial já absorveu os impactos do anúncio da saída do FED nas compras de títulos privados nos EUA ou poderá haver mais um reflexo no câmbio? Robério Costa: O Fed está comprando US$ 85 bilhões por mês em títulos públicos e privados, o que aumenta continuamente a liquidez do mercado. O objetivo é deixar os juros de mercado baixos e estimular a recuperação da economia e o aumento do emprego. No máximo em dezembro um cronograma de redução progressiva dessas compras deve ocorrer. Portanto, o movimento é previsto e gradual, o que não deve gerar reações abruptas do mercado. Mas, isso não quer dizer que o câmbio dos países emergentes não será afetado. Revista Campo: Foi constatado, no mercado financeiro mundial, que após o anúncio na alteração da política de compra de títulos pelo FED, 22 países já gastaram US$ 153 bi para garantir o valor de suas moedas. É uma situação que pode se agravar? Robério Costa: A situação hoje é bem melhor, se comparada à das décadas de 80/90, quando os países estavam mais vulneráveis às crises externas. Praticamente todos os países emergentes foram beneficiados seja por preços de commodities mais altos ou por abocanhar uma boa fatia da produção industrial do mundo. Esses países acumularam reservas internacionais abundantes, ao longo dos últimos 20 anos, que permitem hoje uma política de defesa de suas moedas mais efetiva. O mercado não é linear e o ajuste sempre vem acompanhado de alguma turbulência. Mas o câmbio desses países terá de se ajustar à nova realidade. www.senargo.org.br
Revista Campo: Você fez uma afirmação, em sua apresentação no “Interconf” que, diante da atual situação econômica do mundo as Commodities Agrícolas são as mais protegidas. Poderia explicar melhor? Robério Costa: Por que a demanda deverá ser garantida pela melhora do nível de renda média no mundo, que está ocorrendo sobretudo nos países emergentes. Conforme cresce a renda, aumenta a quantidade e, principalmente, a qualidade do alimento demandado. Dos grãos e leguminosas, principais alimentos de quem está na base da pirâmide social, passa-se à proteína animal, quando o consumidor ascende a um patamar mais alto da pirâmide. No nível mais elevado, vêm os alimentos industrializados que caracterizam o consumo no topo da pirâmide. A maior parte da população mundial está distante do topo da pirâmide e há muita demanda reprimida por esse tipo de produtos, principalmente na Ásia. Revista Campo: Desde a crise de 2008 o eixo comercial externo do Brasil vem deslocando para países em vias de desenvolvimento. As políticas protecionistas daqueles países perdem importância? Robério Costa: Não perde importância. Em vários mercados de economias desenvolvidas o Brasil poderia ter uma presença muito maior. Um exemplo disso é o de carnes, cujas barreiras protecionistas, tarifárias ou sanitárias, seguem mais uma lógica política que econômica. O que está em jogo é a defesa de produtores locais ineficientes. Exportar para outros mercados, que não os tradicionais países desenvolvidos, é uma estratégia de diversificação de risco e expansão de receita, uma vez que o consumo nes-
ses países cresce mais rápido. Mas isso não é excludente em relação à disputa de espaço nos mercados protegidos. A OMC está aí para isso, o Itamaraty pode ajudar na negociação de acordos comerciais. Em muitos casos a irracionalidade e a afronta às regras do mercado internacional são gritantes e têm de ser contestadas. Revista Campo: A desaceleração da economia Chinesa deve afetar produtos agropecuários? Robério Costa: Se a economia chinesa seguir crescendo em torno de 7%, a demanda adicional que injeta por commodities ainda é enorme. Estamos falando da segunda maior economia do mundo, com um PIB de mais de US$ 8 trilhões. Além disso, o país se move em direção ao consumo doméstico, versus à orientação para a exportação que vem predominando desde a emergência da China como potência. Dificilmente os produtos agropecuários serão prejudicados nesse cenário. O país ainda tem muito a se urbanizar e pelo menos dois Brasis a serem incorporados ao mercado consumidor a médio prazo. Revista Campo: O Brasil ainda é considerado um país atrativo pelos investidores externos? Robério Costa: Todo país tem suas mazelas. A China é uma ditadura. A Índia tem um sistema social de castas. O Brasil é uma democracia e tem mobilidade social, como mostra os 20 últimos anos. Temos inúmeros problemas, mas não somos um caso perdido, definitivamente. O Brasil tem flexibilidade para mudar e, não é por outro motivo, que os investimentos estrangeiros giram em torno de US$ 60 bilhões há três anos. Mas para manter e aumentar isso, a gente precisa se ajudar.
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AÇÃO SINDICAL INHUMAS E CORUMBÁ
RIO VERDE
Programa Equoterapia retorna às atividades
Francila Calica
Sindicato Rural de Rio Verde
Antelmo Teixeira
Novas fachadas
RIO VERDE Giulianna Conte
Posse de diretoria eleita
A nova diretoria do Sindicato Rural de Rio Verde tomou posse no último dia 30 de setembro em cerimônia realizada no Salão Verde do Parque de Exposições. O atual presidente Walter Baylão Júnior, que foi reeleito com 333 votos, assume a instituição por mais três anos. Além da classe produtora, o vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz também compareceu, representando o presidente José Mário Schreiner, acompanhado do superintendente Claudinei Rigonatto. 10 | CAMPO
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PROJETO AGRINHO
Projeto Horta Escolar Sindicato Rural de Rio Verde
Os Sindicatos Rurais de Corumbá de Goiás e Inhumas também adotaram a sugestão de fachada padrão do Sistema Faeg/Senar. Padronização de fachadas é uma meta do Programa do Empreendedor Sindical, como forma de criar uma identificação única para a rede de Sindicatos Rurais ligados ao Sistema. Já completaram 20 Sindicatos que tem a mesma configuração de fachada.
O Centro de Equoterapia Primeiro Sorriso do Sindicato Rural de Rio Verde iniciou o segundo semestre com capacidade máxima de praticantes. Quinze novos praticantes estão utilizando a equoterapia como forma de reabilitação. São ao todo 120 alunos, de dois a 80 anos de idade. O Centro de Equoterapia está trabalhando com escolinha de equitação e atendendo crianças com potencial de risco para o uso de drogas. Além disso, os profissionais estão tratando pacientes autistas, amputados, dependentes químicos e alunos com déficit de atenção. (Colaborou: Fabiana Sommer)
Há três anos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José do Prado, de Rio Verde, vem desenvolvendo uma horta escolar. Inicialmente, o projeto foi realizado como atividade referente ao Programa Agrinho do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural, mas, o resultado foi tão satisfatório, que o gestor da escola resolveu implementar outras ações e começou a incentivar os alunos a produzirem alimentos sem agrotóxicos para o próprio consumo escolar. (Colaborou: Fabiana Sommer)
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Dois mil cavaleiros desfilaram pelas ruas de Silvânia no dia 7 de setembro em comemoração à Independência do Brasil e marcando a 30ª edição da Exposição Agropecuária e 14ª Feira de Agronegócios do município. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner e o prefeito de Silvânia, José Faleiro encabeçaram a cavalgada.
CRISTALINA
O Sistema Faeg/Senar realizou, no mês de agosto, treinamento para capacitar os funcionários dos Sindicatos Rurais para o preenchimento do Imposto Territorial Rural (ITR). O treinamento, que faz parte do Programa do Empreendedor Sindical, foi ministrado pelo instrutor, Seres Baum, do Grupo Work, parceiro nesta ação desde 2006. Hoje, cerca de 80 Sindicatos Rurais estão aptos a prestarem este serviço ao produtor, o que corresponde a 70% dos Sindicatos filiados.
Treinamento em DAP
Sindicato Rural de Cristalina
Capacitação para produção de alimentos
Treinamento em ITR Antelmo Teixeira
Larissa Melo
Cavalgada comemora sete de setembro
CAPACITAÇÃO
Arquivo Faeg
SILVÂNIA
O Sindicato Rural de Cristalina em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) realizou, entre os dias 23 a 25 de julho, o Treinamento Produção Caseira de Alimentos/Leite realizado no Assentamento Manacá que contou com a participação de 14 alunos. O Sindicato Rural de Cristalina destacou o empenho e dedicação da Instrutora Fernanda Paula Parreira ao dividir seus conhecimentos com a turma. (Colaborou: Malva Lúcia Caixeta)
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Em uma parceria com o Senar Central, o Sistema Faeg/Senar realizou, no mês de agosto, no Augustu’s Hotel, em Goiânia, um treinamento para capacitar funcionários dos Sindicatos Rurais no preenchimento da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A meta é, com esse treinamento, passar para 70 o número de Sindicatos Rurais aptos a emitirem a DAP, atualmente, o Sistema conta com 56.
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MERCADO E PRODUTO
Soja: A chegada da nova safra Cristiano Palavro | cristiano.palavro@faeg.com.br
Mendel CorƟzo
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Cristiano Palavro é Consultor Técnico do Senar Goiás
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om a chegada de outubro, Goiás se aproxima de mais uma safra de verão. Como vem se repetindo nos últimos anos, a cultura da soja deve bater novo recorde de área plantada no estado. Com os preços altos negociados nos últimos meses e com a confirmada seca na safra norte-americana, os produtores goianos devem expandir a área plantada com a cultura, com expectativa de ultrapassar os três milhões de hectares nesta safra que se aproxima. Nos últimos dois anos, os preços da soja têm ficado acima dos valores históricos comercializados. Isso porque houve diminuição da produção nos principais países produtores, principalmente, influenciada pelas secas nas duas últimas safras norte-americanas e a seca ocorrida na Região Sul do Brasil na safra 2011/12, que levou à redução dos estoques mundiais do grão. O que confirma o fato, é que nos últimos 24 meses os preços da saca de soja têm se mantido próximos ou acima dos R$ 50, cerca de 30% acima da média de preços comercializados até 2011. Essa alta incentivou o avanço da área plantada com soja no país. Depois de 2011 o Brasil passou de 25,1 milhões para 27,8 milhões de hectares na última safra, um aumento de 11% em dois anos. A expec-
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tativa é de o país chegar a 29,2 milhões de hectares na safra 2013/14. Não havendo nenhum fator climático limitante, deve-se alcançar um novo recorde de produção, consolidando o país como o maior produtor mundial do grão. Goiás acompanhou a situação nacional. Houve um incremento de 8% na sua área plantada nas últimas duas safras, passando de 2,65 milhões para 2,88 milhões de hectares, segundo os dados da Conab. Na safra 2013/14, a expectativa é que Goiás chegue a 3,01 milhões de hectares, com previsão de produção de mais de nove milhões de toneladas do grão, mantendo a posição de quarto maior estado brasileiro em produção de soja. Apesar de um cenário favorável no que diz respeito aos preços das commodities no mercado mundial, a renda do produtor não aumentou na mesma proporção. Estes preços elevados alavancaram também os preços dos insumos agrícolas, como as sementes, o adubo e os defensivos químicos, gerando um aumento no custo total de produção. Outro fator que contribui para este fato é que com a demanda por insumos aquecida, devido ao incremento na área plantada, houve uma redução na oferta, levando a uma pressão de alta nos
preços adotados no mercado. O que também vem impactando o custo de produção nas últimas safras é o agravamento dos problemas fitossanitários que acometem a cultura. Um dos problemas é a ferrugem asiática, que apesar de ser uma doença já conhecida dos produtores, a falta de novos princípios ativos, aliada à perda de eficiência de alguns fungicidas utilizados, atualmente, têm dificultado o controle desta doença. Entre as pragas, as grande vilãs no incremento dos custos de controle são as lagartas. Apesar dos esforços tanto por parte do governo como dos próprios produtores e associações, o receio neste ano é em relação à lagarta Helicoverpa armigera, praga que já causou sérios prejuízos financeiros no último ano e poderá ser um grave problema nesta safra. O vazio sanitário para a cultura da soja no estado de Goiás já terminou e se as chuvas realmente chegarem agora no início de outubro, o plantio da safra goiana terá início. Apesar dos elevados custos de produção e os graves entraves na logística brasileira, os produtores esperam a possibilidade de bons rendimentos neste ano e a safra inicia-se com expectativa de novo recorde de produção, tanto no Brasil como em Goiás. www.sistemafaeg.com.br
SAFRA 2013/14 Lagarta Helicoverpa pode ser o algoz do produtor na próxima safra
O que a safra nos reserva? Fim do vazio sanitário e chegada das chuvas anunciam o plantio do próximo ciclo. Como mercado, clima e pragas influenciarão a produção Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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om um cenário que aponta altos investimentos em tecnologia e bons preços no mercado, a expectativa de produção da safra de grãos este ano, especialmente de soja, é de bater novo recorde. No entanto, dois fatores que fogem da alçada do produtor rural podem desencadear uma perspectiva menos positiva: o clima e a presença da praga Helicoverpa armigera. A praga que vem tirando o sono de muitos produtores rurais possui características bastante peculiares e assustadoras: apetite voraz e indiscriminado, rápida disseminação e dificuldade no combate. A ocorrência de lagartas desse gênero na Região do Cerrado foi observada a partir da safra 2012/2013, o que acarretou em prejuízos econômicos, segundo dados da Embrapa. A praga ataca, principalmente, as culturas de soja, milho e algodão. Na prática, a helicoverpa ataca uma cultura e se desloca para outra. Isso ocorre em função da metodologia empregada por alguns agricultores da região, ao
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adicionar a implantação da ponte verde, ou seja, cultivo adicional de outras culturas associadas – como milheto, sorgo e feijão. A agilidade de deslocamento da praga demonstra seu alto grau de destruição. Segundo o coordenador geral de proteção de plantas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Carlos Franz, há registros de deslocamentos de até mil quilômetros. Um relatório do órgão revela a presença dela em lavouras que vão de Roraima ao Rio Grande do Sul. “Existe um alto grau de preocupação e, desde que foi identificada, o MAPA adotou uma série de medidas”, afirma. Ele explica que foi composto um grupo emergencial para controle e manejo da Embrapa. Segundo relatório, essas pragas têm sido controladas de forma errônea, por defensivos, na maioria das vezes, de forma recorrente e ineficaz, com pulverizações sem rigor técnico e sem o devido monitoramento. Defensivos usados com falta de racionalização provocam redução populacional dos inimigos naturais
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das pragas e desequilíbrio ecológico nos sistemas agrícolas. Por isso, o coordenador geral de proteção de plantas do MAPA explica que o produtor não deve fazer nenhuma aplicação de produtos de forma preventiva. O ideal é monitorar a área uma vez por semana, para assim, caso haja a presença da lagarta, conseguir combatê-la no primeiro e segundo estágios. “O produtor não deve fazer ação preventiva, tampouco tardia. Ela é passível de controle no primeiro e segundo estágio”, afirma. Carlos Franz salienta que o produtor deve ficar ainda mais atento no período de floração. Como a praga já é famosa, porém pouco conhecida, os produtores devem buscar assistência técnica apurada para combatê-la. Por sua vez, a Embrapa está divulgando posicionamento favorável para registro emergencial de 12 inseticidas para a Helicoverpa armigera no Brasil. Faltam informações Franz reconhece que, embora haja um trabalho efetivo de pesquisa no
intuito de controlar as pragas, ainda faltam informações para o homem do campo. Ele diz que estão sendo realizados fóruns e palestras para repassar os conhecimentos aos produtores rurais. “Deveria ser mais intenso, mas está sendo feito dentro de nossas possibilidades”, afirma. Clima O produtor rural deve ficar atento às precipitações de chuvas no mês de outubro para a tomada de decisão de plantio. Segundo informações do Sistema de Meteorologia e Hidrologia do Estado de Goiás (Simehgo/Sectec), alguns modelos de pesquisa apontam possível veranico para o período entre os dias 15 de outubro e 23 de outubro. O índice pluviométrico deste mês é de 110,5 milímetros, o segundo menor volume dentro do período chuvoso (outubro a abril). Para os próximos meses, a estação chuvosa será dentro das normalidades, entretanto, com possibilidade de eventuais excessos de precipitação em áreas isoladas do Centro-Oeste.
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O produtor José Roberto Novaes Provinciali conta que já teve contato com a praga nesta safra. Assustado com o poder de destruição da lagarta, diz que teve um prejuízo de cerca de 10% na região de Goiatuba, Acreúna e Porangatu. Ele explica que ainda não adquiriu nenhum produto para combater a praga, exatamente, para não comprar inseticidas que não venham surtir efeito. “Precisamos saber o que é eficaz”, alerta. No mais, trabalha para uma produtividade média acima de 50 sacas nos três mil hectares plantados pulverizados em diversas regiões do Estado como Goianésia, Acreúna, Porangatu, Vila Propícia e Goiatuba. “Tivemos um momento de queda, mas acreditamos na retomada do preço”, ressalta. José Roberto calcula que tenha comercializado 20% da produção no mercado futuro. O valor foi de R$ 55 a saca. Ele afirma que vai segurar parte da safra no intuito de conseguir preços por volta de R$
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Prejuízo de 10% da produção Provinciali aȴrma que vai segurar parte da safra no intuito de conseguir preços mais altos
60. “Deixei de vender quando estava nessa faixa, mas acredito que deve dar uma alavancada”, diz. A bronca de José Roberto e de outros produtores rurais fica por conta do aumento dos preços dos insumos. Ele diz que comprou os produtos em maio com oneração de 20% se comparado à safra passada. “Quem comprou mais tarde
pagou mais caro ainda”, diz. Esse momento de tomada de decisão, para ele, é fundamental para o resultado dos negócios. Mais consciente e atento às informações das regiões produtoras mundiais, o produtor consegue melhores preços. “Hoje 50% diz respeito à produção, a outra metade é saber comercializar”, resume.
Preços vão depender de safra americana Para o consultor da Safra & Mercados, Paulo Molinari, os preços comercializados vão depender do resultado final da safra norte americana. Ele explica que, a princípio, a de soja não é muito grande. A expectativa é de que os Estados Unidos colham cerca de 90 milhões de toneladas do grão. “Até outubro o foco é nos Estados Unidos”, diz. Diante dessa concretização, os produtores que comercializarem parte da safra no mercado futuro com valores que variam entre R$ 55 e R$ 60, podem garantir bons rendimentos. “Dependendo da região, é possível conseguir preços de R$ 55 a R$ 60 16 | CAMPO
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a saca. Esse preço garante uma boa margem para o produtor”, afirma. Com o abastecimento dos estoques de soja advindos do plantio da safra norte-americana, associado às colheitas das safras sul-americanas em 2014, Molinari acredita que possa haver achatamento no preço da commodity no próximo semestre. “Tudo vai depender do clima, se não houver nenhuma quebra de safra sul-americana, os preços poderão ser pressionados”, ressalta. Molinari acredita que haja uma redução de área plantada de milho no País de até 30%. Para ele, está dentro da normalidade já que o pre-
ço da saca do milho está aquém do esperado, em função do alto volume de estoque. Somente no Brasil, a estimativa é que até 15 milhões de toneladas do cereal estejam depositados em armazéns. Os produtores poderão sofrer, ainda, com falta de silos para guardar parte da soja colhida no próximo ano. Além disso, segundo Molinari, a safra de milho norte-americana tende a ser recorde. “A retração da safra de verão pode ser favorável para a safrinha. Mas, o importante é que estamos com grandes estoques que precisam ser esvaziados para liberar os armazéns”, salienta. www.sistemafaeg.com.br
“Milho não tem comprador”, afirma o produtor rural Wilton Roberto Guimarães. Mais um motivo, diz, para continuar investindo somente na soja em seus 1.160 hectares, no município de Niquelândia. Embora com boas perspectivas de produtividade, mostra-se incomodado com a volatilidade dos preços. “Os preços estão parecendo uma gangorra”, diz. Ele conta que vendeu 50% da produção com valores que variam entre R$ 52 e R$ 59, cujo objetivo é pagar os custos de produção. Ele calcula que, o custo é de 35 sacas/hectare. “Agora é um jogo de risco. Aguardo para fechar o restante mais para frente, me informando com o que está acontecendo no mercado externo”, diz. A busca por informações ocorre por meio de relatórios de empresas de consultorias. O ob-
Fredox Carvalho
“Milho não tem comprador”, afirma produtor
Wilton está incomodado com volatilidade dos preços e não investirá em milho
jetivo é não perder o tempo ideal para fechamento dos contratos. Wilton afirma que não teve contato com a praga Helicoverpa, mas anda preocupado. Está munindo de
informações para não jogar dinheiro fora. “As informações estão muito desencontradas e vou participar de palestras para fazer a aplicação de forma correta”, explica.
AGRINHO
Pequenos e poderosos Ultrapassando as fronteiras da escola, programa auxilia crianças a mudar as comunidades que as cercam
Larissa Melo
Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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despertar da consciência ambiental por meio da modificação de pensamentos e atitudes. Esse é o maior legado deixado, ao longo dos anos, pelo Agrinho, um programa de responsabilidade social do Sistema Faeg/Senar, em parceria com Sindicatos Rurais e os governos estadual e municipais. Trabalhando temas diferentes desde 2008, quando o programa foi iniciado, o Agrinho vêm cumprindo seu papel transformador. Este ano, 198 municípios participam com o tema “Saber e Atuar para Melhorar o Mundo - Responsabilidade Social e Meio Ambiente”. A festa de confraternização e premiação deste ano vai ocorrer no dia cinco de dezembro. Essa é uma forma de agradecer a dedicação e comprometimento daqueles que lutam por um mundo melhor. Envolvendo crianças e profissionais do ensino fundamental de escolas municipais e estaduais goianas, os ensinamentos saem das fronteiras das instituições escolares e atingem as comunidades que as cercam. Dessa forma é criada uma espécie de patrimônio permanente que, eventualmente, deve receber uma lufada de reforço didático para revigorar as ideias difundidas nos últimos anos. “Acredito que muitos ensinamentos ficam ao longo dos anos. A maioria dos professores trabalha por convicção”, resume a coordenadora do Programa Agrinho, Maria Luiza Bretas. O programa trabalha com uma proposta pedagógica com base na interdisciplinaridade e na pedagogia de pesquisa, sendo temas relacionados à ética, cidadania, saúde, alimentação, desenvolvimento sustentável e produção de alimentos. Todos com enfoque na preservação ambiental.
Livro escrito por professora e alunos de Britânia é entregue no Hospital Araújo Jorge 18 | CAMPO
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Uma série de ações complementares que abraçam o tema Responsabilidade Social e Meio Ambiente está sendo desenvolvida no município de Britânia por meio do Programa Sinal Verde. A coordenadora do projeto, a professora do nono ano do Colégio Estadual Alfredo Nasser, Maria Disterro dos Santos, 39, afirma que acompanha o Programa Agrinho há alguns anos e acredita no projeto. Próxima a colegas de trabalho e parentes de alunos que sofrem com diferentes tipos de câncer, a professora decidiu incutir nos alunos o espírito de solidariedade na tentativa de amparar ou minimizar os sofrimentos causados pela doença. Em uma das ações, apenas em um dia de gincana, os alunos da escola conseguiram recolher 25 mil itens eletrônicos que foram destinados à reciclagem para angariar recursos ao Hospital Araújo Jorge, localizado em Goiânia. O transporte para a capital foi realizado em três caminhões. A aluna Maria Eduarda Adolfo Alves, de 15 anos, lembra que, na ocasião, muitos pais de alunos participaram do projeto após o expediente de trabalho. “Muitos saíram de carro junto com os filhos para bater de porta em porta”, recorda.
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Mendel CorƟzo
Pequenos conselhos, grandes lições
Maria do Disterro e alunos do 9º ano participam de lançamento do livro na Nobel, livraria do Shopping Bougainville
Os alunos foram incentivados também a ajudar na revitalização de regiões próximas ao Rio Araguaia. De uma forma lúdica, soltaram mil balões biodegradáveis com gás hélio. Em cada um havia entre 10 e 15 sementes de plantas nativas da região. A ideia é conseguir reflorestar regiões mais distantes, fora do alcance das mãos dos alunos. Focando no tema solidariedade, a professora selecionou alunos do nono ano para serem monitores escolares de alunos do quarto ano da Escola Municipal Eugênio Gomes dos Santos, da Vila Esperança. Para fechar as ações. A professora, em coautoria com os alunos do
nono ano do Colégio Estadual Alfredo Nasser e do quarto ano da Escola Eugênio Gama dos Santos publicou o livro “Pequenos Conselhos Grandes Lições”. Com a visão infantil sobre o tema responsabilidade social, diz, o livro também pode ser lido por todas as faixas de idade. Cada exemplar está sendo vendido a R$ 9,90 e a renda também é revertida para o Hospital Araújo Jorge. Exemplares foram distribuídos no hospital e dois lançamentos foram realizados, um deles na livraria Nobel do Shopping Bougainville, em Goiânia. Em apenas uma hora 120 livros foram vendidos.
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Lindaura Tavares
Limpeza do Parque De olho em uma área desmatada, mal aproveitada e vizinha à Escola Municipal Gercina Teixeira, localizada no município de Piranhas, professores e alunos colocaram em prática o projeto debatido em sala de aula e decidiram pôr a mão na massa para mudar a realidade da comunidade. “Depois do processo de canalização do Córrego Olaria, que passa no fundo da escola, essa área ficou abandonada”, informa a professora do quinto ano e coordenadora do projeto, Lindaura Tavares de Lima. Ela conta que a ideia foi surgindo de forma gradual. Com a ajuda de cerca de 70 alunos, divididos em três turmas, o córrego foi limpo. Depois, foi construído um parque de pneus reciclados com pista de caminhada, mesas para jogos de tabuleiro, cantinho de leitura, além da arborização. Na prática, onde não há as mãos efetivas dos alunos, entrou o diálo-
Alunos da Escola Municipal Gercina Teixeira revitalizaram praça e criaram ônibus da leitura
go. “Fomos à prefeitura e conversamos sobre a possibilidade de mudar o local”, diz a professora. Sensibilizada pelo trabalho realizado dentro dos portões da escola, a comunidade foi convidada a um mutirão da limpeza. “Estamos focando a importância dessa conscientização na sala de aula, mas abrimos a visão para toda a comunidade”, diz a secretária
municipal de educação, Ledyanne Pereira dos Santos Torres. De acordo com o aluno, Mauro Antônio Araújo da Silva Neto, 11, a lição será levada para toda a vida. “Acho que por causa do envolvimento de toda a comunidade e por ser bom para todo mundo. Vamos aproveitar um local que estava esquecido. Está todo mundo gostando e se envolvendo”, argumenta.
Preocupados com a destinação correta dos lixos produzidos pelos moradores e também com a diminuição do volume de água do Ribeirão Pereira, principal fonte de abastecimento do município de Guapó, alunos do oitavo ano do Colégio Estadual Liodósia Terra Ramos, passaram por um processo de aprendizagem sobre os impactos ambientais. “Trabalhamos primeiro a escala global, depois estadual até chegarmos aos problemas ambientais municipais”, diz a professora e coordenadora do projeto, Crislaine Macedo de Brito Gomide. Ela explica que o curso d´água do ribeirão diminuiu visivelmente ao longo dos últimos anos. Foi confeccionada uma maquete explicativa, ilustrando a forma correta não só de revitalizar a mata ciliar, mas também do contro-
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Plantação de mudas
Alunos de Guapó realizaram plantio de mudas em Programa Agrinho
le das mudas. “Só plantar não é tudo, precisa cuidar do local e os alunos ficaram super empolgados”, diz. Foram plantadas cinco mil mudas de espécies nativas no local, com recursos da prefeitura e iniciativa privada. A coordenadora do Colégio, Maria Antônia de Oliveira conta ainda que a
escola está trabalhando no gerenciamento correto da coleta de lixo. Os alunos estão repassando os ensinamentos para a comunidade. Ela afirma que o maior legado deixado pelo Programa Agrinho é fazer com que os alunos coloquem em prática aquilo que é ensinado dentro da sala de aula.
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ELEIÇÕES
Chapa única Eleição da Faeg tem chapa encabeçada por José Mário. Votação será dia 30 de outubro Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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s 130 Sindicatos Rurais, que representam os produtores do estado de Goiás, vão eleger, no dia 30 de outubro, a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) para o próximo triênio. Nesse ano, foi formada apenas uma chapa que concorrerá às eleições da Faeg. Encabeçada pelo atual presidente da entidade, José Mário Schreiner, a chapa teve 30% de renovação. Para o presidente, os últimos anos foram de desafios, onde a diretoria buscou com harmonia, entusiasmo e credibilidade cumprir a missão da Faeg. “Nosso trabalho foi representar o produtor rural, zelando pelos seus interesses, juntamente com os Sindicatos Rurais, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e ambiental da sociedade.” José Mário destaca que tudo isso foi feito com um foco na visão da entidade. “O objetivo da Faeg é ser reconhecida pela excelência na representação e zelo dos produtores rurais. Buscamos manter os nossos valores com protagonismo, inovação, sustentabilidade, credibilidade, com correspondência à sociedade.” As eleições serão na sede da Faeg, das 8h às 16h. Todos os presidentes dos Sindicatos Rurais regulamentados podem votar, ou indicar um delegado para votar em seu lugar, contabilizando apenas um voto por Sindicato.
Para José Mário avalia últimos três anos foram de grandes desaȴos e realizações
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Conheça os componentes da chapa Presidente
Adalberto Ruchelli
José Mário Schreiner Nascimento: 08/02/1961 Natural de Porto União (SC) está em Goiás desde 1981. Produtor rural de cereais e algodão nos municípios de Mineiros, Portelândia e Perolândia, José Mário, que hoje também é vice-presidente de finanças da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tem uma longa história frente a entidades ligadas ao setor agropecuário em Goiás. Iniciou sua trajetória de representação do segmento ao integrar a diretoria do Sindicato Rural de Mineiros. Foi vice-presidente da Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia (COMIVA) e presidente da Associação dos Produtores de
Grãos de Mineiros (APGM). No período de 2003 a 2006, assumiu a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E, em 2007, chegou à presidência da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural (Agenciarural), atual Emater. Desde 2001, faz parte da diretoria executiva da Faeg e assumiu a presidência da entidade e do Senar Goiás em 2008.
1º Vice-Presidente Leonardo Ribeiro Nascimento: 23/09/1971 Natural de Ribeirão Preto (SP) está em Goiás desde 1995. Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Alto Paraíso. Graduado em Engenharia Agronômica, ele é agricultor e atua no sistema sindi-
cal desde 2008. Leonardo também é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Faeg e conselheiro fiscal na entidade. “A nossa chapa deseja atuar de forma que se mantenha o objetivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) que é apoiar o setor produtivo.”
Antônio Flávio Camilo de Lima Nascimento: 24/10/1964 Natural de Goiânia (GO) Antônio Flávio é formado em Engenharia Agronômica pela UFG. Trabalhou como assessor técnico da Faeg nos anos de 1991 a 1993. De 1993 a 2010 foi Superintendente do Senar Goiás e diretor financeiro da Faeg nos anos de 2001 a 2007. Foi presidente
do Fundepec-GO de 2009 a 2012. É secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro) desde 2011. “A Faeg é uma entidade consolidada e tem a responsabilidade de tomar decisões impactantes para toda a sociedade. Nela, temos a participação de agentes privados e públicos que trabalham para o desenvolvimento de Goiás.”
1º Vice-Presidente Institucional
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2º Vice-Presidente
Bartolomeu Braz Pereira Nascimento: 25/07/1965 Natural de Araguari (MG) e está em Goiás desde 1970. Atualmente, é vice-presidente institucional da Faeg. ´R graduado em Gestão Imobiliária pela Ulbra e produtor rural de grãos e cana-de-açúcar no município de Goiatuba onde foi presidente
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do Sindicato Rural. Hoje, é conselheiro administrativo do Senar Goiás e vice-presidente institucional da Faeg. “Acredito que a última diretoria trabalhou de forma incansável para o homem do campo. E queremos trabalhar mais. Vamos dar continuidade a essa bandeira que preza pelo produtor rural de forma íntegra e focada.”
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Wanderley Rodrigues de Siqueira Idade: 22/11/1954 Natural de Bela Vista de Goiás (GO) Atualmente, está no terceiro mandato da presidência do Sindicato Rural. Wanderley é formado em Ciências Contábeis, mas sempre atuou na área do agronegócio. Há mais de 10 anos ele faz parte da Faeg. “A Faeg tem um papel importante
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2º Vice-Presidente Institucional no estado, além de ser uma formadora de opinião, a Federação é uma gestora do agronegócio em Goiás. O estado depende do trabalho da Faeg e acredito que a entidade tem cumprido da forma esperada esse papel. Fico feliz em poder fazer parte dessa chapa e espero poder cooperar para melhorar ainda mais o trabalho da Federação.”
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1º Vice-Presidente Administrativo Eurípedes Bassamurfo da Costa Nascimento: 17/12/1958 Natural de Nova Veneza (GO) Eurípedes é atual 1º vice-presidente administrativo da Faeg e faz parte do Sindicato Rural de Itaberaí desde 1996. Produtor de leite há 17 anos em Itaberaí, é formado em administração de empresas e pós-graduado em gestão de agronegócio. Atua na
Faeg há 16 anos onde já foi membro do Conselho Fiscal. Faz parte da Comissão de Leite da entidade e do Conselho Fiscal do Fundepec-GO. “Fazer parte da Federação é um grande orgulho para mim como produtor no agronegócio goiano. Nosso trabalho está cada vez mais amplo. Essa vontade de fazer acontecer não vai parar. Queremos mostrar mais serviço.”
Nelcy Palhares Ribeiro de Góis Nascimento: 29/07/1955 Natural de Morro Agudo (SP) e está em Goiás desde 1974. “Considero muito dinâmica a diretoria que trabalhou nesses últimos três anos. Acredito que o trabalho vai continuar da mesma forma, principalmen-
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2ª Vice-Presidente Administrativa te por termos um presidente atuante como o José Mário. Não só a nova diretoria, mas todos os colaboradores da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) têm interesse, juntamente com o presidente, em produzir ferramentas para os Sindicatos Rurais atuar da melhor forma em suas bases.”
Flávio Augusto Negrão de Moraes Idade: 03/04/1976 Natural de Goiânia (GO) Atualmente: Presidente do Sindicato Rural de Paraúna
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Flávio Faedo Idade: 19/07/1960 Natural de Tapejara (RS). Está em Goiás desde 1985. Atualmente: Presidente da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Faeg e Membro da Comissão de Agricultura do Sindicato Rural de Rio Verde.
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Jana Tomazelli
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Suplentes da Diretoria
Vanderlan Moura Data de nascimento: 07/10/1941 Natural de Buriti Alegre (GO) Procurador da Assembleia Legislativa de Goiás e associado do Sindicato Rural de Porangatu
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Jana Tomazelli Ricardo Assis Peres Nascimento: 10/11/1970 Natural de Jataí (GO) Atualmente: Presidente do Sindicato Rural de Jataí.
Adelcir Ferreira da Silva Nascimento: 24/12/1946 Natural de Goianira (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Goiás.
José Vitor Caixeta Ramo Data de nascimento: 12/04/1947 Natural de Souzânia, distrito de Anápolis (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Anápolis.
Eduardo de Souza Iwasse Nascimento: 08/08/1975 Natural de Piracanjuba (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba.
Hélio dos Remédios dos Santos Idade: 08/09/1970 Natural de Arraias (TO) veio para Goiás em 1981. Atualmente, trabalha na gestão de suas propriedades.
Estrogildo Ferreira dos Anjos Idade: 18/11/1961 Natural de Niquelândia (GO) Atualmente, é secretário de Ações e Obras da Secretaria Municipal de Niquelândia, delegado do Sindicato Rural de Niquelândia e segundo vice-presidente institucional da Faeg.
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Rômulo Pereira da Costa Nascimento: 11/11/1957 Natural de Caiapônia (GO) Atualmente, é advogado e membro do Conselho Fiscal da Faeg.
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Wagner Marchesi Nascimento: 27/09/1940 Natural de Ribeirão Preto (SP) veio para Goiás em 1960. Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Britânia e Aruanã.
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Jana Tomazelli
Jana Tomazelli
Conselho Fiscal – Titulares
José Carlos de Oliveira Idade: 07/08/1963 Natural de Corumbá de Goiás (GO). Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Corumbá de Goiás.
Joaquim Vilela de Moraes Idade: 24/03/1955 Natural de Bom Jardim de Goiás (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Bom Jardim de Goiás.
Dermison Ferreira da Silva Idade: 01/12/1968 Natural de Caiapônia (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Piranhas.
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Larrissa Melo
Conselho Fiscal – Suplentes
Oswaldo Augusto Curado Fleury Filho Nascimento: 22/11/1950 Natural de Anápolis (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Cocalzinho de Goiás.
Joaquim Saeta Filho Nascimento: 08/09/1955 Natural de Pires do Rio (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Pires do Rio.
Francila Calica
Sindicato Rural de Indiara
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Delegados Representantes junto à CNA
Henrique Marques de Almeida Nascimento: 10/04/1965 Natural de Palmeiras de Goiás (GO) Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Indiara.
1º Delegado Walter Vieira de Rezende Nascimento: 27/10/1948 Natural de Catalão (GO) Atualmente, é delegado do Sindicato Rural de Catalão junto à Faeg.
2º Delegado: Alécio Maróstica Nascimento: 14/07/1948 Natural de Mandaguari (PR). Veio para Goiás no ano de 1984. Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Cristalina.
Antônio Roque da Silva Prates Filho Nascimento: 18/01/1966 Natural de Palmeiras das Missões (RS) se mudou para o estado de Goiás em 1985. Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Céu.
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Delegados Representantes junto à CNA – Suplentes
Vilmar Rodrigues da Rocha Nascimento: 09/05/1961 Natural de Tupaciguara (MG) veio para Goiás no ano de 1962. Atualmente, é presidente do Sindicato Rural de Bom Jesus de Goiás.
INFRAESTRUTURA
Crise da armazenagem Morosidade na liberação de licenças ambientais compromete programa federal de financiamento de armazéns Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br
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edução no custo de frete, colheita administrada, melhor qualidade e aproveitamento de resíduos. Estes são apenas alguns dos benefícios que a armazenagem em propriedades rurais pode ocasionar. Por esse motivo, o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com recursos
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do BNDES. Em Goiás, entretanto, atraso na liberação de licenças ambientais causaram insatisfação nos produtores resultando em um acordo entre o Governo Federal, Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O intuito é garantir agilidade e fazer com que os produtores goianos não percam o benefício. Pedro Arantes, analista de merca-
do da Faeg explica que, em Goiás, a capacidade armazenadora instalada corresponde a 72% da safra que é armazenada anualmente. Quando se trata de armazenagem em fazenda a porcentagem cai para 8%. Para ele, isso significa perda de oportunidade de negócios. “Não estamos falando apenas de receita e tarifa paga ao armazém, mas de redução em custo de frete, redução de filas, uma colheita
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Licença aguardada a mais de um ano Jana Tomazelli
Larissa Melo
Silomar Cabral possui lista de produtores que esperam há mais de ano
Dalmo Sávio lamenta que processo seja tão complexo
administrada e melhor qualidade de produto”, explica. Além disso, o analista afirma que, com a armazenagem na propriedade rural, cerca de 3% dos resíduos acabam sendo aproveitados para o consumo animal. No geral, com armazenagem em empresas, a soja acaba tendo dois preços: o de balcão e o de mercado livre. No balcão o preço ao produtor sofre um deságio acima de 10%.
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Agrônomo e funcionário da Campotec Planejamento Agrícola de Jataí, Silomar Cabral afirma que possui uma lista imensa de produtores que já esperam há mais de um ano pela licença ambiental. “A burocracia é realmente um entrave para o financiamento de armazéns. O recurso fica parado, enquanto o produtor possui apenas um protocolo. É uma análise muito morosa e, infelizmente, sempre foi assim”, afirma. O engenheiro agrônomo Dalmo Sávio Martins, da Alfa Projetos Assessoria Rural de Silvânia lamenta que o processo seja tão complexo e acredita que a construção de armazenagens é uma forma de reduzir os gargalos de logística hoje existentes. “O processo de construção de armazenagens não é algo que cause tantas interferências de forma a passar por um trâmite tão burocrático”, acrescenta. “Acho que muitas vezes o problema é apenas falta de conhecimento sobre a atividade. Em um armaze-
namento, a emissão de poluentes é pequena e a lenha utilizada é de reflorestamento. Precisamos desta verba destinada a Goiás, porque sabemos que causará um grande impacto na economia do Estado. Infelizmente, tenho vários clientes que desistiram do processo ao saber do calvário a ser enfrentado”, finaliza. Acordo acertado Gabriela De Val Borges, superintendente de licenciamento ambiental da Semarh explica que o Banco do Brasil entrou em contato com a secretaria que, juntamente com a Faeg tentou fechar um acordo. A ideia é agilizar o processo por meio de uma licença simplificada. “Vamos nos empenhar e garantir um tratamento diferenciado para quem estiver solicitando financiamento por meio desta linha de crédito. Não podemos deixar que os produtores de Goiás percam a oportunidade”, acrescenta a superintendente.
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Conheça condições de financiamento: Itens financiáveis Forma de apoio Clientes Produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, cooperativas rurais de produção e cerealistas.
Investimentos individuais ou coletivos vinculados ao objetivo deste programa.
Participação máxima do BNDES Até 100% do valor do projeto. Admite-se a concessão de mais de um financiamento para o mesmo cliente por ano safra, quando a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do tomador do crédito.
Taxa de Juros
Direta, indireta não-automática, indireta automática e mista. As operações com valor até R$ 10 milhões serão sempre realizadas de forma indireta, por meio de instituições financeiras credenciadas ao BNDES.
3,5% a.a.
Prazo total
Garantias No financiamento de máquinas e equipamentos isolados, sobre os bens objetos do financiamento deverão ser constituídos a propriedade fiduciária ou o penhor, a serem mantidos até final liquidação do contrato. Os bens constitutivos da garantia deverão ser segurados em favor e no interesse da instituição financeira credenciada, até final liquidação das obrigações da mesma. No financiamento de projetos as garantias ficarão a critério da instituição financeira credenciada, observadas as normas pertinentes do Banco Central. Não será admitida como garantia a constituição de penhor de direitos creditórios decorrentes de aplicação financeira.
Até 15 anos, com carência de até 3 anos.
Vigência até 30.06.2014. Fonte: BNDES
INTERCÂMBIO Produtores goianos conversam com Mike Kelley sojicultor em Illinois (EUA)
Conhecimento e comparação Produtores goianos participam de missões técnicas internacionais Cleiber Di Ribeiro | cleiber@faeg.com.br
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onhecer o sistema de produção dos Estados Unidos (EUA) na área de grãos, da Austrália na área de cana-de-açúcar e traçar uma comparação com as lavouras desenvolvidas pelo produtor rural goiano foi o objetivo de duas Missões Técnicas internacionais com produtores rurais, empresários de Usinas e técnicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás). Nas missões técnicas, 15 municípios
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goianos foram representados durante 11 dias de viagem. EUA O grupo que viajou aos Estados Unidos começou seu roteiro pelo centro de pesquisa da empresa de biotecnologia, Monsanto, em Chesterfield Village (Missouri). Seguiu para o complexo de armazenagem e distribuição de grãos via modal férreo da empresa Cargill, na região de Champaign, onde metade da produção de milho é exportada. Após visitar a Universidade do Estado de Illinois, reconhecida in-
ternacionalmente pela sua área de economia, a missão visitou uma propriedade 330 acres (145 hectares), administradas por Jack Murray, 57, e seu filho Chris Murray, 32. Além de multiplicar as sementes para Pioneer, o produtor possui uma revenda que também presta assistência técnica aos clientes. Segundo o proprietário, para plantar um acre de soja o custo da semente fica em torno de US$ 70 por acre (R$ 160 por hectare), enquanto que para o milho o custo chega a US$ 110 por acre (R$ 250 por hectare). www.sistemafaeg.com.br
Cleiber Di Ribeiro
Austrália Um grupo de 16 pessoas formado por produtores de cana-de-açúcar, pesquisadores e executivos da indústria canavieira, participou da Missão Técnica de Cana-de-açúcar, na Austrália. A primeira visita foi à Associação de Produtores de Cana-de-açúcar do Estado de Queensland, maior região produtora do país. A associação representa 85% dos produtores da região, para um jantar de confraternização e troca de experiências na área da produção. Já nas instalações da refinaria de açúcar no município de Mackay (Mackay Sugar Limited), criada em 1994, os aspectos tecnológicos chamaram a atenção dos integrantes executivos das indústrias brasileiras. A eficiência da produção de açúcar australiana chega aos 95%, enquanto que em uma refinaria brasileira, o índice chega a 76%.
Feira e cooperativa Outro destino da missão foi a Farm Progress Show no município de Decatur, estado de Illinois e a cooperativa River Valley, em Peoria. Nesta última, são 2,6 mil associados, tanto agricultores como agropecuaristas, em 22 diferentes municípios nos estados de Illinois e Iowa. A cooperativa atua na comercialização de grãos, químicos e fertilizantes e no processamento de álcool, óleo de soja, ração animal e também presta assistência técnica e serviços agrícolas aos seus cooperados. www.senargo.org.br
O grupo ainda conheceu a Bolsa de Chicago, principal bolsa de comercialização de commodities agrícolas, desde 1848. A missão técnica encerrou sua programação com três visitas institucionais em Washington/DC. Os destinos foram o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o escritório da entidade representativa American Farm Bureau Federation (Farm Bureau), organização semelhante à CNA brasileira e a Embaixada do Brasil.
Infraestrutura Em seguida, o grupo conheceu as instalações da empresa OSL, no porto de Mackay, um dos principais do Estado de Queensland. De acordo com o vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, coordenador da missão, a logística de exportação de açúcar nos portos é muito bem estruturada, organizada e feita por empresas especializadas em parceria com as refinarias. Apesar de o setor produtivo australiano ser focado em produção de açúcar, o processo de produção da matéria-prima (cana-de-açúcar) é bem semelhante ao encontrado no Brasil. No quesito Outubro / 2013 CAMPO
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Integrantes da missão australiana no campo
Métodos de manejo Em se falando em rotação de cultura, a soja é a mais usada na Austrália, porém, sem muito valor à exportação, pois toda a planta é incorporada ao solo. Como os solos nas principais regiões produtoras variam muito em aspectos de textura e fertilidade, mas em geral são fracos, precisam de matéria orgâni-
ca e insumos. Os resíduos das usinas são largamente usados como torta de filtro, cinzas de caldeira e vinhaça. A missão também conheceu o distrito de Mossman e o Planalto Atherton, onde os integrantes puderam conhecer de perto áreas de produção em altitudes elevadas.
Alexandro Alves
transporte, trilhos com vagões se espalham pelos campos de produção em meio às lavouras a espera do carregamento da cana colhida e que será transportada até a usina. São mais de quatro mil quilômetros de malha ferroviária que cortam as principais regiões produtivas de cana no país. Na sequência o grupo visitou Sugar Research Austrália (SRA), um dos principais centros de pesquisas da cana-de-açúcar, onde os técnicos trabalham com pesquisas voltadas à produção, produtividade, biossegurança, genética, meio ambiente e pragas. Nele, o grupo teve a oportunidade de conhecer materiais prontos e em fase de pesquisas.
ShuƩer
DELÍCIAS DO CAMPO
Esfirra de Carne
tecnólogo em Receita elaborada por do Senar Goiás, gastronomia e instrutor eira. Cristiano Ferreira da Silv
INGREDIENTES: 250 ml de água 200 ml de óleo ou 200 gr de margarina (4 colheres de sopa cheia) 1 colher de sopa de açúcar 1 colher de sopa rasa de sal 20 g de fermento biológico seco 1 ovo separado clara e gema (a clara batida em neve na massa e a gema para pincelar) Farinha de trigo até o ponto de enrolar
1º PASSO: Em uma vasilha, coloque a água, o óleo ou a margarina, o açúcar, e a clara em neve mexa e vá colocando a farinha de trigo e o sal até o ponto de enrolar. 2º PASSO: Deixe a massa crescer (no mínimo) 40 minutos. RECHEIO DE CARNE MOÍDA 500 g de carne moída 500 g de tomate picado em cubos pequenos sem sementes 500 g de cebola picada em cubos pequenos Suco de 1 limão Sal e pimenta do reino a gosto Pimenta sírio (opcional)
Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200.
1º PASSO: Misture bem todos os ingredientes, coloque em uma peneira e deixe escorrer por duas horas. Reserve. 2º PASSO: Pegue porções da massa e abra círculo de 8 a 10 cm de diâmetro. Distribua uma colher de sopa de recheio sobre cada esfirra e aperte o recheio com o garfo. Feche a esfirra, espere dobrar de volume e coloque para assar em forno pré-aquecido a 150ºC por 15 a 20 minutos, ou até que estejam ligeiramente douradas nas bordas. www.senargo.org.br
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CASO DE SUCESSO
Investimento na sangria Brasil importa 230 mil toneladas de borracha natural por ano e seringueiras ganham espaço em clima favorável do Cerrado Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br Francila Calica | francila@faeg.com.br
Cada árvore do seringal produz média de 500 a 600 gramas por ano
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m um país que consome 360 mil toneladas de borracha natural por ano e precisa importar mais de 50% deste valor, a necessidade de produção aumenta e, por consequência, a sangria de seringueiras. Com um clima extremamente favorável, a demanda pela profissionalização da atividade no Cerrado goiano levou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) a oferecer o curso que, em apenas cinco meses já contou com mais de 10 turmas. Entre elas, os funcionários do produtor rural Anísio Mendes de Jesus, de Anápolis, que busca na atividade, fonte de renda futura. No total, 34 funcionários da propriedade de Anísio participaram de duas edições do Treinamento em Sangria de Seringueira do Senar Goiás e Sindicato Rural e começam a colocar
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o trabalho em prática. “Na minha fazenda tenho aproximadamente 130 mil seringueiras e, por enquanto, ainda não temos renda, mas conseguimos cobrir as despesas. É um investimento a longo prazo, mas acredito que em cinco anos terei o retorno esperado”, completa. Gerente da propriedade, o matemático e engenheiro civil Welington José da Silva explica que, no momento, apenas cinco funcionários trabalham no seringal. No total, 12.800 árvores produzem durante 10 meses do ano gerando um total de 500 a 600 gramas de látex. “A meta é que, em 2014, 28 mil seringueiras passem pela sangria. Nosso objetivo agora é fechar parceria com a Michelin para venda do látex”, completa. Welington explica que o maior de-
safio é garantir uma produção significativa já que o rendimento de cada árvore ainda é pequeno. Hoje, cada uma passa pela sangria apenas uma vez por semana. O desejo, entretanto, é retirar látex duas vezes a cada quatro dias. Outra preocupação é o controle de doenças como antracnose, cancro do painel e fungos. Curso Entre as informações oferecidas no treinamento estão o levantamento de circunferência, tipos de painéis de sangria, marcação de painel, sistemas de sangria e coleta de produção. Em média as árvores precisam ter entre cinco e sete anos para que possam ter o látex retirado e o processo é complexo. Isto porque, se feito de forma incorreta, a árvore pode morrer. Para www.sistemafaeg.com.br
Larissa Melo
começar a sangra, é necessário que a árvore possua 45 centímetros de diâmetro e a espessura da casca, geralmente com sete milímetros, só pode ter cortes até quatro milímetros. Engenheiro Florestal e instrutor de Sangria de Seringueiras do Senar, Jeovane de Souza explica que, apesar de ser uma planta nativa da Amazônia, a Seringueira sofre muito com fungos na terra natal. “As altas temperaturas e menor precipitação de Goiás torna o Estado excelente para a atividade. A perspectiva de mercado é ótima e a qualidade dos produtos em relação à borracha sintética, feita de petróleo, é muito superior. O Brasil consome, por ano, 360 mil toneladas de borracha natural e produz apenas 130 mil. Temos muito o que ganhar no quesito situação socioeconômica”, finaliza. www.senargo.org.br
Welington José da Silva gerencia propriedade localizada em Anápolis
Os interessados em treinamentos e cursos do Senar, em Goiás, no município de Anápolis devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone (62) 3311-5055.
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CURSOS E TREINAMENTOS A Integração Lavoura, Pecuária, e Floresta (iLPF) está inserida nas técnicas da Agricultura de Baixo Carbono (ABC)
EM SETEMBRO, O SENAR PROMOVEU
319 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 27 Na área de agricultura
143
10
8
Em atividade Na área de Na área de de apoio silvicultura agroindústria agrossilvipastoril
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6
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3
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Na área de aquicultura
Na área de pecuária
Na área de extrativismo
Em atividades relativas à prestação de serviços
www.sistemafaeg.com.br
Banco Mundial conhece trabalho do Senar Goiás Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
C
onsiderado um dos estados modelo na prática das capacitações técnicas, Goiás foi escolhido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Central), para receber visita técnica realizada pelo Banco Mundial, Ministério da Agricultura, Pecuária e Irrigação (MAPA) e Senar Central, em setembro. O Senar Central, em parceria com o MAPA, está desenvolvendo um projeto para o fomento da Agricultura de Baixo de Carbono – Programa ABC, e escolheu Goiás para fazer as alterações finais no documento. O objetivo da visita foi apresentar ao grupo o trabalho realizado
no estado voltado à Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Os técnicos do Banco Mundial conheceram a metodologia de capacitação do Senar Goiás, durante um treinamento sobre manejo de pastagens, na Fazenda Santa Maria, no município de Campo Limpo de Goiás. Já no município de Amaralina, o grupo visitou a propriedade agropecuária Topgen, que realiza a Integração-Lavoura-Pecuária, de propriedade do produtor Rodrigo Nascimento. Projeto ABC O Projeto ABC pretende incentivar e difundir a adoção de práti-
cas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O Senar será responsável pela capacitação nas tecnologias, formação profissional e pela assessoria em campo. O projeto prevê a realização de seminários e divulgação nos estados participantes, capacitação tecnológica de produtores e gerentes de propriedades e instrutores do Senar e, ainda, treinamento dos técnicos que atuarão na assessoria em campo. Ao todo, 900 propriedades serão atendidas nos projetos piloto a serem implementados em Minas Gerais, Goiás e Tocantins.
Para mais informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo SenarGoiás entre em contato pelo telefone (62) 3545-2600 ou pelo site www.senargo.org.br *Cursos promovidos entre 26/08 e 25/09 de agosto
75 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL* 29 Alimentação e nutrição
www.senargo.org.br
6 Organização comunitária
2 Saúde e alimentação
7 Prevenção de acidentes
30 Artesanato
1 Educação para consumo
4.595 PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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Ganhos do manejo racional de bovinos Alexandre Rui Barbosa | alexandrezootecnista@hotmail.com
Arquivo pessoal
M
Alexandre Rui Barbosa é zootecnista e instrutor do Senar Goiás em Manejo Racional de Bovinos
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esmo que envolva alguns custos iniciais , o Manejo Racional de Bovinos, pelo ponto de vista dos profissionais da pecuária de corte e pesquisadores, é economicamente interessante e viável. Isto porque, o bem-estar animal é uma realidade sem volta e o pecuarista precisa entender que a capacitação dos funcionários e a melhoria da infraestrutura buscam diminuir perdas ocasionadas por lesões na carcaça, por exemplo. Segundo o professor da Unesp, Mateus Paranhos, há uma perda de 12 milhões de quilos de carne/ano no Brasil, devido ao mau manejo dos animais da fazenda ao gancho do frigorífico. Grande parte destas lesões são ocasionadas dentro da propriedade pela falta de treinamentos da equipe. Todo este contexto gera perdas de carne no aspecto quantitativo e qualitativo. Serão modificados sabor, cor e maciez. Segundo Paranhos, em currais convencionais o esforço para evitar o estresse é maior por parte dos peões do que em currais racionais, planejados para executar os manejos do dia a dia. No segundo caso, existe respeito pelo comportamento animal. Isso faz com que o peão conheça, respeite e trabalhe com a chamada “zona de fuga”
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que os animais possuem. O treinamento dos funcionários implica diretamente no faturamento da empresa rural, porque transforma a visão no que se refere a questões como agressividade, calma e tudo que leve a um manejo respeitoso com o animal. Apesar disso, a responsabilidade da aplicação do manejo racional não é apenas do funcionário, mas também do proprietário, pois este tem com obrigação de conhecer e aplicar todas as técnicas em sua empresa rural. Pesquisadores afirmam que o cálculo é simples e objetivo: o médico veterinário e pesquisador da Beckhauser, Renato dos Santos, diz que a lesão faz o animal alimentar-se mal e emagrecer ou engordar menos do que a maioria. “O criador, então, se vê obrigado a reformar as instalações, e no fim acaba gastando mais do que se tivesse investido de modo correto, anteriormente. Mas é preciso que a mão de obra esteja treinada para utilizar a estrutura do curral com o mínimo de estresse possível para o animal”, pontua. Tenho percebido, em treinamentos de Manejo Racional de Bovinos de Corte que realizo pelo Senar Goiás, que a capacitação das pessoas faz a diferença. Entre as mudanças estão a diminuição de gritos e de uso do ferrão. Estas e outras fon-
tes de estresse podem levar a perdas na carcaça, diminuindo seu valor no frigorífico. Hoje, temos produtores negociando um preço melhor na sua carne! Medidas que levam a profissionalização para dentro da fazenda produzem resultado. O que pode ser visto como gasto, na verdade, é investimento que permitirá que o produtor tenha um ganho extra e, muitas vezes, esse ganho vem em um curto espaço de tempo, apenas com a adoção de medidas simples, mas eficazes, como o uso do tronco de contenção para vacinação. Ou o uso de uma bandeirola para manejar o gado, sem a necessidade de ferrão ou outros tipos de agressão, como defende Renato dos Santos Hoje, o produtor tem opções na aquisição de novas tecnologias no campo, como os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás. Eles chegam aos funcionários e proprietários por meio de instrutores altamente capacitados. E, como sempre diz nosso presidente, José Mário, a consequência é a melhoria econômica e social na vida do homem do campo. O bem-estar animal é sinônimo de bom manejo, por isso temos condições de cumprir qualquer exigência do mercado interno ou externo, que tenha base científica. www.sistemafaeg.com.br