ISSN 2178-5781
Ano XIII | 217 | Julho 2013
Produção sustentável Goiás é pioneiro na votação do Código Florestal brasileiro e produtores comemoram
Disenteria suína Doença atinge granja no sul do país e alerta produtores
Banco do Brasil Superintendente estadual fala sobre limites de crédito
PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da
A mão que planta é a mesma que preserva
Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Conselho editorial Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins Editores: Francila Calica (01996/GO) Reportagem: Catherine Moraes e Leydiane Alves Fotografia: Larissa Melo e Mendel Cortizo Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,
A sensibilidade das lideranças do setor produtivo, em buscar na ciência e na sociedade os caminhos para o desenvolvimento, norteou as discussões acerca do novo Código Florestal do Estado de Goiás. Mais uma vez, Goiás se coloca na vanguarda do desenvolvimento de nosso país e demonstra que a abertura ao diálogo conduz ao sucesso nas negociações e, consequentemente, leva à construção de um futuro onde a produção e a sustentabilidade andam de mãos dadas. O projeto do Código Florestal estadual foi amplamente discutido e estudado pelo Grupo de Trabalho, criado pelo Governo em 2009, e que contou com a participação de mais de 21 entidades. O resultado do foi a consolidação de uma proposta inovadora, mas ao mesmo tempo, sintonizada com as necessidades e anseios das partes envolvidas. De forma pioneira no país, Goiás apresenta um Código Florestal estadual que prima pelo equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico do Estado. Trata-se de um marco regulatório para a produção sustentável. E isso é fundamental, haja visto que a maior parcela das áreas que devem ser preservadas são privadas, ou seja, a mão que planta é a mesma que preserva. Parabéns a todos os entes públicos e privados que participaram deste debate e que demonstraram grande amadurecimento político. Com convicção podemos afirmar que Goiás caminha a passos largos para a construção de um futuro brilhante para nossa geração, bem como, aos nossos descendentes.
Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
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Alexandre Cerqueira
Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601
The Frame
PAINEL CENTRAL
Agenda Rural
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Fique Sabendo
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Delícias do Campo
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Treinamentos e cursos do Senar
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Campo Aberto
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Feiras de sucesso
Mendel Cortizo
Marcus Vinícius
Eventos tentam unir negócios, entretenimento e capacitação no interior do Estado
Congresso Internacional da Carne Cuidados com disenteria suína
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Evento realizado em Goiânia discute futuro do mercado mundial
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Sintomas incluem perda de peso e crescimento retardado. Casos ainda não foram registrados em Goiás, mas produtores devem ficar atentos
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Produção e compromisso com Meio Ambiente
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Goiás é pioneiro na adequação do Código Florestal brasileiro
Cama de frango na agricultura
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Pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) prevê o uso do adubo organomineral para aumento de produtividade
Cerca de 700 produtores rurais acompanharam as votações na Assembleia Legislativa, o presidente do Sindicato Rural de Corumbá de Goiás, José Carlos de Oliveira manifestou. Foto: Larissa Melo
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Pioneira na solda elétrica em Vicentinópolis
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Rosimeire se especializou por meio de curso do Senar e serve como exemplo para demais mulheres do município
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AGENDA RURAL
19 e 20 de Julho Campo Saúde Duplo Horário: 8h Locais: (Minaçu) / (Porangatu) Informações: Minaçu - Comunidade do Filó Porangatu - Parque Agropecuário
01/07
03/07
Encontro Técnico Proarte Programa Gestão da Produção Artesanal Horário: 9h Local: Mini auditório do Senar, Goiânia Informações: (62) 3545-2600
Abertura da 30ª Expoagro de Uruaçu Horário: 21h Local: Parque de exposições, Uruaçu Informações: (62) 3357-1987
04/07
16-19/07
Abertura oficial da Exposição Agropecuária de Mineiros Horário: 20h30 Local: Parque de exposições, Mineiros Informações: (64) 3661-1298
Treinamento do Cadastro Ambiental Horário: 8h Local: Mini auditório do Senar, Goiânia Informações: (62) 3096-2115
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Armazém
REGISTRO
CNA inaugura Espaço Agro na UE CNA
editora saraiva
FIQUE SABENDO
Estatuto da Terra A editora Saraiva lançou, no último mês, a nova edição do livro Estatuto da Terra. Composto pela lei nº. 4.504, de 30 de novembro de 1964 assim como os regulamentos, o livro tem como principais temas: aquisição de imóvel rural; desapropriação; Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); loteamento e parcelamento do solo; política agrícola e reforma agrária. Os destaques da edição se resumem à Política Nacional de Irrigação, Política Nacional para os Trabalhadores Rurais Empregados, Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, além de novas notas remissivas e índices.
O Presidente do Sistema Faeg Senar, José Mário Schreiner participou, no último dia 19 de junho, da inauguração do Espaço Agro Brasil na União Europeia. O evento foi realizado em Bruxelas e contou com a presença da senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu. De acordo com a Confederação, o objetivo é reforçar a política de defesa dos interesses comerciais do setor agropecuário brasileiro em mercados estratégicos.
Com as barreiras impostas pela União Europeia, que dificultam as exportações brasileiras, um dos objetivos é participar mais ativamente do debate sobre os entraves ao comércio bilateral, desenvolvendo ações conjuntas e paralelas às realizadas pelo governo brasileiro. Tudo isto poderá ser feito com vistas à construção de um possível acordo de livre comércio com o bloco, que já é um dos principais parceiros do comércio exterior agrícola brasileiro.
pesquisa
Macaúba e Biodiesel A macaúba (Acrocomia aculeata) encontrada por grande parte do território brasileiro pode se transformar em matéria-prima na produção de biodiesel, biocombustíveis de aviação, cosméticos e alimentos para consumo humano e animal. Isso depende, entretanto, de desenvolvimento tecnológico e inserção nas cadeias produtivas. Foi por esse motivo que a Embrapa iniciou em 2013 um novo projeto de pesquisa que busca soluções para problemas relacionados, principalmente, à colheita e à extração do óleo da polpa de macaúba.
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De acordo com a Embrapa Agroenergia, os frutos da macaúba são colhidos principalmente, principalmente, do chão, depois de se desprenderem dos cachos. É por isso que grande parte da colheita já chega às indústrias em deterioração. Assim, a equipe da Embrapa testa duas estratégias de colheita. A primeira é cortar o cacho inteiro, como se faz com o dendê; a segunda, instalar um coletor junto às palmeiras para captar os frutos que caem dos cachos.
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PROSA RURAL
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Edson Bündchen, é superintendente estadual do Banco do Brasil
Conscientização sobre linhas de crédito
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o mês em que os agentes financeiros começam a operacionalizar os recursos de um Plano Agrícola e Pecuário com volumes históricos,
produtores temem esbarrar na burocracia e não conseguir acessar os
benefícios amplamente divulgados pelo Governo Federal. À frente da regional goiana do Banco do Brasil - agente financeiro que operacionaliza a maior parcela do crédito agrícola e pecuário - Edson Bündchen se posiciona a respeito das principais queixas dos produtores e entraves enfrentados por eles.
Francila Calica | francila@faeg.com.br 8 | CAMPO
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Revista Campo: Os recursos divulgados no Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 começam a ser operacionalizados pelo Banco do Brasil. Qual será o prazo para que cheguem às mãos dos produtores que pleiteiam os recursos? Edson Bündchen : O Banco do Brasil desembolsará 6,5 bilhões em recursos aos produtores para safra 2013/2014. O valor orçado já se encontra a disposição dos agropecuaristas desde 01/07/13 em diversas linhas de crédito. Revista Campo: Qual solução o Banco do Brasil dará para agilizar os limites de crédito, queixa frequente entre os produtores? Edson Bündchen : O Banco realizou uma reestruturação no setor de análise de limite de crédito para, em conjunto com as agências, agilizar as demandas. Na maioria dos casos os limites são calculados dentro do novo fluxo, garantindo agilidade no atendimento às propostas de crédito em andamento. Em maio e junho, o Banco prorrogou automaticamente vários limites, a fim de conseguir tempo para a renovação dos cadastros e novo cálculo de limite de crédito. Revista Campo: Há alguma possibilidade de essas análises passarem a ser feitas regionalmente ou nas próprias agências para dar celeridade ao processo? Edson Bündchen : Os limites de crédito até 800 mil já são analisados pelas agências. Somente os limites acima desse valor e clientes com RBA – Receita Bruta Agropecuária Anual Prevista - superior a R$ 1 milhão serão analisados por outra alçada. Revista Campo: O Governo Federal divulgou a liberação de R$ 4,5 bilhões para o Programa ABC. Entretanto, na safra passada, houve dificuldades de acesso aos recursos por parte dos www.senargo.org.br
produtores. Quais os entraves ainda existentes? O que o Banco pode fazer para retirá-los? Edson Bündchen : O Programa ABC é uma linha de crédito para incentivar atividades que gerem redução de emissão de gases efeito estufa na agricultura. Por isso, seus recursos são disponibilizados para atividades que promovam a recuperação de áreas degradadas, reflorestamento comercial, sistemas orgânicos de produção, integração lavoura-pecuária-floresta, etc. Alguns problemas ocorrem por erros nos projetos e falta de documentação. Na Safra 2012/2013, o Banco realizou cerca de 70 palestras e treinamentos com aproximadamente 300 Assistentes Técnicos e produtores rurais com objetivo de capacitá-los quanto ao correto enquadramento no Programa ABC. Para a Safra 2013/2014, está programada a aplicação de outros cursos, com o intuito de qualificar os assistentes e produtores rurais para a correta elaboração de projeto técnico de crédito rural de Agricultura de Baixo Carbono. A conscientização dos Agropecuaristas quanto aos benefícios trazidos pela linha crédito é de grande importância. Para tanto, o Banco do Brasil está trabalhando para que nesse novo ano safra a linha de crédito seja ainda amplamente divulgada. Revista Campo: Linhas de crédito para investimento com juros baixos, como MCR e PSI, são sempre limitadas e as primeiras a acabar. Quanto de recurso está disponível para essas modalidades? Há possibilidade de suplementação? Edson Bündchen : 250 milhões de reais para tais linhas, utilizados totalmente pelos produtores. Na maioria dos casos, a necessidade do produtor rural pode ser atendida em diversas linhas de crédito. Quando o cliente precisa financiar máquinas/equipamentos, por
exemplo, ele poderá utilizar tanto o Investimento MCR 6.4 Controlado quanto o FCO ou Finame Rural PSI. Portanto, caso acabem os recursos de uma linha orientamos as agências e o próprio produtor a realizar a alteração da linha de crédito para readequação e liberação. Revista Campo: Recursos na ordem de R$ 25 bilhões para novos armazéns foram anunciados. Eles estarão disponíveis para os produtores pessoa física ou somente para pessoa jurídica? Com qual carência? E qual o nível de burocracia? Edson Bündchen : Os recursos estarão disponíveis tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica, com carência de até três anos. O tempo para análise e liberação da operação dependerá da disponibilidade de limite de crédito suficiente para amparar a operação e da qualidade do projeto apresentado, incluindo orçamento dos itens a financiar e documentação da garantia a ser vinculada. Revista Campo: A pecuária será contemplado com os recursos do Plano Agrícola e Pecuária 2013/2014? Em quais condições? Edson Bündchen : Os benefícios são para atividade pecuária também. O limite para liberação de recurso controlado com taxas menores passou de 800 mil para 1 milhão, podendo ser elevado de acordo com a atividade desenvolvida. Revista Campo: Quais os principais fatores que, normalmente, comprometem o acesso do produtor ao crédito? Edson Bündchen : Restrições de ordem legal e registro em sistema de proteção ao crédito, tais como SPC e SERASA. Contribui, também, o fato de termos cadastros e limites de créditos com dados insuficientes para amparar a real necessidade do produtor rural. Julho / 2013 CAMPO
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AÇÃO SINDICAL Goiatuba
Fazenda Nova
Centro de Equoterapia completa um ano Sindicato Rural de Goiatuba
Nova diretoria toma posse
Caiapônia
Sindicato Rural de Caiapônia
Palestras técnicas compõem Ação Itinerante
No último mês de junho, o Sindicato Rural de Caiapônia promoveu aos produtores e famílias rurais a 5ª Ação Itinerante da cidade. O evento, realizado na Fazenda Varão contou com palestras técnicas, ações do Sistema FAEG/ SENAR, além da apresentação de prestação de serviços do Sindicato. No total, 247 pessoas participaram do evento que foi considerado de sucesso.
Rubiataba
Vaqueiros participam de Treinamento de Rédeas Sindicato Rural de Rubiataba
O Centro de Equoterapia Renascer de Goiatuba comemora um ano de trabalho com resultados positivos. Atualmente, seis portadores de necessidades especiais são atendidos no local e o objetivo é dobrar a quantidade de atendimentos para o mês de agosto. A equipe (foto), conta com o coordenador do centro, Antonialy Ferreira; equitador Gelson Fernandes; educadora física Fabrícia Divina; psicóloga Lidiane Oliveira e o auxiliar de coordenação Luciano Salgado.
O Sindicato Rural de Fazenda Nova realizou, no último dia 17 de junho, a cerimônia de posse da nova diretoria. Dionísio Gomes Dias foi reeleito presidente e Thiago de Oliveira Hilário ficou com o cargo de vice-presidente. O gerente sindical da Faeg, Antelmo Teixeira Alves representou o Sistema Faeg/Senar no evento e fez uma apresentação sobre a organização sindical e as ações que podem ser realizadas em benefício do produtor e toda sociedade. O evento foi também marcado pela entrega de Certificados de participação em Treinamentos realizados na parceria com o Senar Goiás.
O Sindicato Rural de Rubiataba promoveu, no último dia 4 de junho, Treinamento em Rédeas para vaqueiros do município. O evento contou com a parceria do Senar Goiás e foi realizado no Tatersal de Leilões de Rubiataba.
Corumbá de goiás
Morre conselheiro de sindicato Faleceu, no último dia 16 de junho, o conselheiro fiscal do Sindicato Rural de Corumbá de Goiás, José Marcilio. Ele foi assassinado em sua propriedade rural, localizada no mesmo município. O corpo foi velado no Cemitério Memorial, em Goiânia. Com grande pesar, a diretoria do Sistema Faeg/Senar ofereceu solidariedade à família deste produtor rural que muito contribuiu ao setor rural.
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Anápolis
Festa junina arrecada verba para programa O Sindicato Rural de Anápolis realizou, no último dia 28 de junho, o primeiro Arraiá Beneficente da Equoterapia Renascer. O evento contou com a participação de aproximadamente 300 pessoas e tinha como objetivo arrecadar fundos para o programa. O lançamento da Equoterapia ocorreu em 23 de maio e ainda está em fase de montaria. A previsão é dar início às atividades na segunda quinzena de agosto e, inicialmente, pelo menos 15 pessoas devem ser beneficiadas. Para dar andamento ao trabalho, o Sindicato está aceitando doações de cavalos para serem usados na equoterapia ou vendidos para arrecadar renda.
Morre fundador de Sindicato Rural
Sede ganha nova fachada
Doverlândia
Sindicato Rural de Doverlândia
Leilão de gado de leite
O Sindicato Rural de Doverlândia realizou, nos dias 7, 8 e 9 de junho, a 1ª Feira do Leite com leilão de gados leiteiros. Com aproximadamente 1.500 pessoas, o evento reuniu produtores da região e contou ainda com um torneio leiteiro realizado paralelamente. Presidido por Bruno Heuser da Costa, o sindicato avaliou a feira como um sucesso. No total, 37 animais foram vendidos. www.senargo.org.br
O Sindicato Rural de Cabeceiras, presidido por Bruno Weis, aderiu à fachada padrão do Sistema Faeg/Senar.
Cristalina
Município promove curso de doces caseiros Sindicato Rural de Cristalina
João Delfino da Silva, associado e Diretor Fundador do Sindicato Rural de Arenópolis, morreu no último dia 16 de junho. João era produtor rural e empresário do ramo de laticínios. O corpo foi sepultado no dia 17, às 10 horas, no cemitério local de Arenópolis.
Arno Weis
Cabeceiras
Sindicato Rural de Arenópolis
Arenópolis
O Sindicato Rural de Cristalina promoveu, de 11 a 14 de junho, a 3ª edição do Treinamento Produção Caseira de Doces. Com 12 participantes, o evento foi realizado na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cristalina e contou com a presença de beneficiários e produtores. O curso foi ministrado pela instrutora Consuelo Marcarine e contou com apoio da mobilizadora Cláudia Campos. Julho / 2013 CAMPO
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Produção sustentável
Lei ambiental é atualizada Goiás é o primeiro estado a adequar sua legislação ambiental ao Código Florestal brasileiro Cleiber Di Ribeiro | cleiber@faeg.com.br Francila Calica | francila@faeg.com.br
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Assembleia Legislativa do Estado de Goiás aprovou o Projeto de Lei que prevê a adequação da legislação ambiental goiana ao Código florestal brasileiro. O Projeto passou, no último dia 3 de julho, pela segunda e última votação. Dos 38 parlamentares presentes houve apenas um voto desfavorável ao projeto. Com a aprovação, Goiás se torna o primeiro estado brasileiro a ajustar sua legislação ambiental ao Código Florestal nacional, aprovado ano passado. O texto original recebeu emendas que serão avaliadas pelo Executivo na Casa Civil, para onde segue o projeto. Entre os destaques, está a criação de um Fórum Permanente para discutir propostas de adequação da legislação ambiental estadual (ver composição do Fórum no quadro). O Fórum será coordenado pela Secretária Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), tendo como membros as Secretarias de Cida-
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des e da Agricultura, Pecuária e Irrigação, além da participação de membros das universidades goianas e outras entidades governamentais e civis. Regras claras Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, a aprovação foi uma vitória, pois era preciso alinhar o Código Florestal estadual, datado de 1996 e defasado, à lei brasileira aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. “Isso gerava insegurança jurídica aos produtores rurais, principalmente, aos pequenos proprietários. Eles estavam sujeitos a serem autuados e multados e, por isso, precisávamos da lei para restabelecer a segurança jurídica a esses produtores rurais do nosso Estado”, explica. Falando das duas modificações do texto, José Mário disse que a questão ambiental é dinâmica e que a criação
do Fórum Permanente é adequada, legítima e atende todas as partes. “Estamos aqui dando clareza e mostrando a sensibilidade de um setor produtivo que está na eminência de plantar uma nova safra e que precisa de segurança jurídica. O setor rural já discutiu oito anos de Código Florestal brasileiro, passou quatro anos discutindo o Código Florestal de Goiás. Estamos dispostos, vamos sentar com todos e queremos muito uma contribuição com a preservação e também com a produção”, ressaltou. Ele reforçou que Goiás é o Estado que possui o maior alicerce econômico e social baseado no setor rural e, por isso, a preocupação com uma legislação coerente com a importância da atividade. “Não podemos esquecer que o setor rural é o único da economia que vem dando certo no País e que gera riqueza à Balança Comercial do Brasil. E estaria em risco com a falta de uma legislação mais clara”, esclarece.
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Representantes do setor agropecuário ocupam plenário em defesa da aprovação do código
Deputados da situação e oposição votam pela aprovação O Projeto de Lei (PL 2013002205) recebeu 37 votos favoráveis entre os 38 parlamentares presentes na última sessão de votação da matéria. Um consenso costurado durante as negociações entre oposicionistas e defensores do Código permitiu que a matéria tivesse apreciação uníssona. Apesar de ser oposição ao governo e contrário ao tema, o deputado estadual Mauro Ruben (PT) votou a favor do projeto, após a inserção das Emendas
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que preveem a criação do Fórum Permanente de Meio Ambiente, estabelece as entidades que o compõe e a inclusão do dispositivo que determina que a compensação de Reserva Legal deverá ser feita no mesmo bioma, mas dentro do território goiano. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Fábio Souza (PSDB), explicou que os deputados da Casa Legislativa se esforçaram para chegar a um consenso daquilo que foi possí-
vel ser feito na lei. “Estamos dando um passo ao desenvolvimento sustentável no Estado. Teremos a agropecuária funcionando bem, com o Meio Ambiente preservado. Isso é o mais importante”, disse. O deputado José Vitti (DEM), que também votou favorável ao Código, defendeu que o texto deveria ter sido aprovado da forma com que chegou à Assembleia, mas que seguiria o entendimento da maioria com a modificação.
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Valcenôr Braz, líder da Frente Parlamentar do Agronegócio da Casa, afirmou que produtores são conscientes sobre preservação
Para ele, 80% dos produtores estariam irregulares caso a nova lei não fosse aprovada. Para o presidente da Comissão de Agricultura e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, deputado Francisco Jr. (PSD) a aprovação da matéria foi positiva uma vez que sem regras claras e sem saber qual legislação seguir (a estadual ou a nacional) o produtor rural goiano estava inviabilizado de dar continuidade à sua atividade com segurança jurídica. Ele parabenizou os colegas deputados pelo bom senso na condu-
ção e votação da matéria. Valcenôr Braz (PTB), líder da Frente Parlamentar do Agronegócio da Casa, reforçou que os produtores são conscientes da necessidade de preservação ambiental. “São os maiores interessados na preservação do Meio Ambiente, pois dele depende a continuidade da produção de alimentos”, enfatizou. O único a votar contra o projeto, deputado Major Araújo (PRB) se defendeu explicando que não acredita na eficácia de Grupos de Trabalho ou Fóruns de Discussão.
Entidades integrantes do recém-criado Fórum Permanente de Meio Ambiente Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro); Secretaria de Estado das Cidades; Universidade Federal de Goiás (UFG); Universidade Estadual de Goiás (UEG); Instituições privadas de ensino; Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa; Ministério Público Estadual; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO); Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-GO); Emater; Fórum Goiano de Reforma Agrária e Agricultura Familiar.
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Produtores defendem desmatamento zero Durante os dois primeiros dias de votação do Projeto de Lei na Assembleia Legislativa cerca de 700 produtores rurais acompanharam os trabalhos parlamentares na sessão Plenária. Segundo o produtor de grãos do município de Goiatuba, Paulo Henrique Garcia, os maiores interessados na preservação do meio ambiente são os próprios produtores. “Nós dependemos da terra para produzir. Se a conservamos, temos condições de produzir mais alimentos sem derrubar nenhuma árvore”, disse. Vindo de Bela Vista de Goiás com um grupo de 35 produtores da região, o presidente do Sindicato Rural do município, Wanderley de Siqueira, se dizia feliz por estar presente
Rogério de Oliveira, de Itumbiara: O Código Florestal de Goiás vai regularizar a atividade da produção de alimentos e tirar os produtores da ilegalidade
com outros amigos de profissão no primeiro dia de votação. “É uma lei que vai beneficiar a todos, não só os produtores”, disse. Ailton Vilela, presidente do Sindicato Rural de Caiapônia, era outro produtor que estava ciente da importância do momento de votação. “Es-
tamos aqui para sensibilizar nossos políticos para assunto tão importante que é a aprovação do Código. Ninguém é mais interessado em proteger o meio ambiente que o produtor rural que vive do campo”, explica o produtor que levou a esposa e filha para acompanharem a votação.
Garantias à produção O presidente do Sindicato Rural de Indiara, Henrique Marques, chegou à mobilização acompanhado de mais de 15 produtores do município. Ele acredita que a movimentação do setor rural é válida. “Essa movimentação precisava acontecer de alguma forma. É o grito do Brasil. Queremos a lei aprovada para continuar produzindo. Nós produtores
temos consciência da preservação ambiental. O Brasil precisa continuar produzindo, comercializando sua safra no mercado interno e externo para que a sociedade continue comprando alimentos baratos e o País gerando riquezas“, ressalta. Outro presidente de Sindicato Rural presente à Assembleia Legislativa era Rogério de Oliveira, de Itumbiara. Acompanhado de outros
25 produtores comentava da importância da nova lei estadual para a regularização da atividade, tão importante ao Estado e ao País. “A importância de estarmos aqui é dar notoriedade aos assuntos do homem do campo. O Código Florestal de Goiás vai regularizar a atividade da produção de alimentos e tirar os produtores da ilegalidade provocada por uma legislação defasada”, disse.
Objetivos Principais da Proposta • Recepcionar o Código Florestal Brasileiro; • Regulamentar os dispositivos criados pelo Código Florestal Brasileiro como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA); • Regulamentar o Artigo 129 da Constituição Estadual; • Atender as particularidades locais; • Trazer segurança jurídica. A Lei Estadual atual é de 1995. A Lei Federal atual é de 2012. Assim, o estado de Goiás vive um choque jurídico de Legislações que tratam do mesmo assunto, mas de forma diferente; • Regulamentar as atividades consolidadas em Goiás; • Não prever novos desmatamentos.
Mudanças previstas no Código Florestal de Goiás. Área de Preservação Reserva Legal (RL) Permanente (APP) Prevê e regulamenta a compensação das Reservas Legais consolidadas (desmatadas em data anterior a 22 de julho de 2008), desde que o produtor entre no Programa de Regularização Ambiental (PRA), criado pelo Governo Federal. Esse produtor poderá optar em regularizar a Reserva Legal de três formas: • Regenerar • Recompor: O produtor terá prazo de 20 anos. Deve recompor 10% da área a cada dois anos. Pode usar espécies de plantas exóticas em até 50% da área recomposta. • Compensar: O produtor poderá usar uma outra área que será preservada como Reserva Legal dentro da propriedade ou fora dela. Se for fora da propriedade, é preciso que seja no mesmo bioma e dentro dos limites das fronteiras do Estado de Goiás. A possibilidade de Compensar área de Reserva Legal, regulamenta, em nível estadual, o Artigo 129 da Constituição Estadual. Possibilita a realocação da Reserva Legal averbada em reserva extrapropriedade.
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A recuperação das áreas de Preservação Permanente consolidadas (desmatadas em data anterior a 22 de julho de 2008) serão medidas de acordo com a Calha do Leito Regular do rio. Sendo a recomposição mínima de: • 5 metros de APP para propriedades com 1 Módulo Fiscal; • 8 metros de APP para propriedades com 2 a 3 Módulos Fiscais; • 15 metros de APP para propriedades com 3 a 4 Módulos Fiscais; • 20 metros para os demais casos acima de 4 Módulos Fiscais. Obs: Para as Áreas de Preservação Permanente não consolidadas (áreas que foram desmatadas em data posterior a 22 de julho de 2008) fica estabelecido como regra: • 30 metros de APP para curso d’água com menos de 10 metros de largura; • 50 metros de APP para o curso d’água de 10 a 50 metros de largura; • 100 metros para cursos d’água de 50 a 200 metros de largura; • 200 metros para cursos d’água de 200 a 600 metros de largura; • 500 metros para cursos d’água com largura superior a 600 metros de largura.
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MERCADO E PRODUTO
Um novo patamar do câmbio Mais uma vez o mercado financeiro mundial demonstra sua grande sensibilidade às notícias que ainda nem se concretizaram. Bastou que o Presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve - FED), Ben Bernanke admitisse em depoimento, no Congresso Americano, a possibilidade de apertar a oferta do dólar com a redução de suas compras de títulos, para que mudassem os fluxos do capital. Os recursos passaram dos mercados emergentes para voltarem aos países desenvolvidos, em função de uma expectativa de melhoria dos juros nestes países. Os volumes de aplicação de dólares, pelo FED, vinham sendo da ordem de US$ 85 bilhões por mês, o que levou àquela instituição a acumular em sua carteira um valor, destes títulos, da ordem de US$ 3,3 trilhões. Dinheiro que o setor privado vem apropriado e direcionando, não só para a economia interna dos EUA, mas, principalmente, para os mercados emergentes que apresentam melhores remunerações. O anúncio de Bernanke caiu no mercado financeiro como um tsunami. Mesmo sem ter dado detalhes de como e quando teria início a operação de “enxugamento” do mercado, os efeitos foram imediatos e assustadores. Isso ocorreu mesmo depois de ter informado que a medida seria lenta e gradual, provocando a valorização do dólar, da taxa de juros e www.senargo.org.br
invertendo o fluxo internacional do capital, que inicia uma forte corrente de retorno, principalmente, para os EUA. Caso a medida já estivesse sendo praticada, estes reflexos no mercado seriam normais, pois a redução da oferta do dólar, claramente, provoca sua valorização e alta nos juros. O que está assustando o mundo financeiro é como o mercado reagiu com tamanha velocidade diante de um fato ainda não consumado e sem uma data para acontecer. Entre 30 de abril e 14 de junho, com a valorização do dólar, a moeda brasileira (Real) desvalorizou 7% em 45 dias de R$ 2 por dólar, para R$ 2,14 -, situação que se agravou ainda mais nos últimos dez dias, com a percepção do mercado em relação à mobilização política-popular que se alastras por todo o país. A desvalorização chegou a mais 3,7% e o real atingiu a cotação de R$ 2,22 por dólar. O Brasil dispõe de uma reserva externa da ordem de US$ 370 bilhões, o que dá uma grande confiança ao mercado na sustentação de pressões externas do câmbio. Também foram adotadas outras medida como a isenção do IOF sobre operações futuras do câmbio, medida considerada pelo mercado sem grande efeito, dadas as atuais condições da economia brasileira que apresenta baixa capacidade de atração de capital externo. Este vendaval cambial chega
ao Brasil em um momento não muito confortável para a economia do país, pois a taxa de crescimento está muito baixa, a balança comercial fragilizada, tendendo para um saldo negativo e com grandes perdas de capital externo, já antes deste tsunami cambial. Para o agronegócio, a atual mudança do câmbio apresenta dois efeitos diferentes: impacto no custo de produção e nos preços dos produtos agrícolas. Em decorrência das importações de insumos, o custo de produção se eleva. Principalmente, no caso do potássio em que a dependência externa está em cerca de 90% do volume consumido no país. Já no que se refere aos preços agrícolas, que beneficiam o produtor, o impacto é bem mais direto do que no custo, dado que, com a globalização dos mercados, a maioria destes preços tem formação externa cotados em dólar e são repassados para o mercado interno através da conversão cambial. O somatório dos fatores que estão valorizando o dólar, indica que o país não apresenta pré-condições para sustentar um câmbio abaixo de R$ 2 por dólar, mesmo com as isenções de IOF, consideradas insuficientes para inverter o fluxo de capital externo. O cenário mais provável é de um novo patamar cambial, com uma ligeira acomodação em relação às cotações destes últimos dias, pouco acima de R$ 2 por dólar.
Itamar Sandoval
Pedro Arantes | pedro@faeg.com.br
Pedro Arantes é economista e analista de mercado da Faeg
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Suinocultura
P Cuidados podem prevenir Disenteria Doença foi registrada em granja no Sul do País e alerta produtores para precauções
orcos com dificuldade de ganho de peso, desidratados, com crescimento retardado além de disenteria com muco e sangramento. Estes sintomas podem indicar que o rebanho foi contaminado com Disenteria Suína, doença registrada no Brasil pela primeira vez em 1978. Até o ano passado, não havia, entretanto, casos de relevância clínica até que uma granja do Sul do País foi afetada e causou alerta aos produtores do Brasil. Goiás ainda não possui registros, mas com cuidados especiais, é possível prevenir. A doença é provocada pela bactéria Brachyspira hyodysenteriae e não apresenta riscos à saúde humana. Os suínos, entretanto, apresentam diarreia com presença de muco e sangramento; grande desidratação e ema-
Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br
Bebedouros não podem favorecer a contaminação fecal
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manifestações clínicas e o prejuízo decorrente. Os principais problemas são instalações inadequadas que causam desconforto aos animais: excesso de umidade, frio e superlotação. “Lâmina d’água e cochos tipo calha aumentam a disseminação da doenças entre os animais assim como falha na limpeza diária e entre lotes (manejo all in - all out e vazio sanitário); rações de baixa qualidade; cochos e bebedouros que favoreçam a contaminação fecal; mistura de animais de diferentes idades com lotes diferentes e programas inadequados de medicação preventiva, podem ser agravantes”, afirma o presidente. Diagnóstico Para receber o diagnóstico é preciso consultar um médico veterinário, para a realização do exame clínico e, se necessário, encaminhar material para diagnóstico laboratorial. “É preciso diferenciar os sintomas de outras enfermidades gastrointestinais como: úlceras gástricas, salmonelose, enteropatia proliferativa e colibacilose, por exemplo. O diagnóstico definitivo e diferencial é feito em laboratório, a partir da coleta de fezes e de fragmentos de intestino grosso de animais necropsiados. No labo-
ratório é preciso diferenciar de outras bactérias espiroquetais, como a Brachyspira pilosicoli”, acrescenta Iuri. Cuidados necessários Ainda não existe vacina para prevenção e, quando os animais são afetados, a única forma de tratamento é o uso de antimicrobianos nas rações. O tratamento muitas vezes é caro e, devido à resistência bacteriana, é pouco eficaz. Em alguns sistemas de produção a solução tem sido a despopulação parcial ou total da granja, o que gera um grande prejuízo e interrupção temporária da atividade. De acordo com o presidente da Comissão de Suinocultura, a melhor forma de se ver livre da Disenteria Suína é adotando medidas de biossegurança como exigir que os caminhões que transportam suínos acessem a granja somente depois de serem lavados e desinfectados em local fora da fazenda. Preferentemente, este veículo deve ficar vazio (depois de lavado e desinfectado), por no mínimo, 24 horas. Entre os cuidados básicos a serem tomados preventivamente estão ainda: manter controle de roedores e evitar a entrada de cães e outros animais domésticos na granja. Além disso, os produtores nunca Bebedouros não podem favorecer a contaminação fecal
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grecimento. Os rebanhos afetados sofrem queda no desempenho nas fases de creche, recria e terminação, com piora na conversão alimentar e aumento da mortalidade. Os animais que se recuperam apresentam crescimento retardado. Presidente da Comissão de Suinocultura da Faeg, Iuri Pinheiro Machado explica que ainda não há relatos em Goiás mas, devido ao grande trânsito de caminhões e entrada de animais (leitões e reprodutores) de fora do Estado, há sim o risco de as granjas goianas serem afetadas. Daí a atenção que os produtores devem dar às medidas de biossegurança. “No mundo esta doença está presente em praticamente todos os países produtores de suínos que incluem Europa e América do Norte”, completa. Quando a doença entra na granja, até mesmo as matrizes mais velhas apresentam os sintomas. Apesar disso, os mais afetados são os suínos nas fases de crescimento, desde a creche até a terminação. Além da presença do agente infeccioso, uma série de fatores pode contribuir para a gravidade das
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Excesso de umidade, frio e superlotação podem favorecer contágio Shutter
devem permitir a entrada de funcionários da granja na carroceria dos caminhões. Para completar, todo animal que entrar no caminhão não poderá, em hipótese alguma, retornar à granja. Deve-se também usar o livro de visitas com registro de nome, empresa, data de último contato com suínos e assinatura. “Visitantes que tiveram contato com outros suínos (granjas e abatedouros) no mesmo dia ou no dia anterior devem ser impedidos de entrar. Qualquer material ou equipamento que entre na granja deverá ser desinfetado ou passar pelo fumigador e os funcionários devem ser orientados e cobrados sobre as medidas
de biossegurança, não podendo, em hipótese alguma, possuir suínos em sua casa”, completa. Os produtores devem tomar cuidados com todas as pessoas que adentrarem à granja, fazendo-os passar pelos vestiários da barreira sanitária, tomando banho e trocando de roupa cada vez que passam da área suja para a área limpa. Atenção especial deve ser dada aos calçados. Os calçados usados fora da granja em hipótese alguma podem passar para a área limpa. Por fim, quando eles retornarem para a área suja, devem deixar as roupas usadas dentro da granja na área limpa, antes do chuveiro.
Excesso de umidade, frio e superlotação podem favorecer contágio
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Desenvolvimento municipal Presidente da Faeg, José Mário, entrega ao Prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura, a placa de participação do PAPP
Planejar para crescer Projeto integra municípios que fazem parte de polo de excelência em produção rural Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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om o objetivo de identificar e promover o atendimento das necessidades dos produtores rurais, foram entregues os primeiros Planejamentos Estratégicos para o Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária a municípios goianos. Essa é a quarta etapa do programa Prefeito Aliado do Progresso (PAPP), desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parce-
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ria com os Sindicatos Rurais e prefeituras goianas. O primeiro município a receber o documento foi Goianésia. A entrega oficial foi realizada no mês de maio, no auditório da prefeitura. Desde que o programa foi lançado, em janeiro de 2013, 26 municípios já solicitaram a participação no projeto. Para Jalles Fontoura, prefeito de Goianésia, o programa é de extrema importância para um governante que
está em começo de mandato. Isto porque, por meio dos dados levantados pela Faeg, eles podem observar quais eram as questões que necessitavam ser melhorada.“Observamos que as necessidades coincidem com o plano estratégico criado pela prefeitura, onde o Programa Prefeito Aliado do Progresso contribui de forma intensa”, completa. O prefeito lembra que o PAPP abre www.sistemafaeg.com.br
econômica e orçamentária. “Tudo isso para promover o fortalecimento do setor agropecuário no município, criar formas de estimular o consumo da produção local, melhoria na capacidade de renda e na vida da sociedade local”, explica. O Secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Goianésia, João Pedro Braollos, destaca que o Programa deu ao município um norte a ser seguido. “Com o planejamento estratégico elaborado e o nosso plano de ação traçado, tivemos como alinhar nossas ações e direcionar o nosso foco principal, que é o produtor de baixa renda.”
Ele acredita que a ação é muito importante para Goianésia. “Dessa forma acabamos aplicando os nossos recursos, que não são muitos, para quem realmente necessita e o município acaba tendo retorno com isso”, diz. Braollos conta que o planejamento já começou a ser colocado em prática, por meio da identificação das necessidades dos produtores, como treinamento, capacitação e a elaboração dos projetos já direcionados à classe. “Nosso projeto de piscicultura é um grande exemplo. A partir da segunda quinzena de julho já começamos a escavar os tanques”, lembra.
Impulso ao desenvolvimento municipal
a oportunidade de melhorar o município de forma econômica e social. “O Programa nos mostrou que 69% dos nossos produtores rurais vivem na classe D/E. E queremos mudar essa realidade. Nosso objetivo é que esse número passe para as classes A/B e C. E, dessa forma, aumentar a renda da população e, consequentemente, do município”, avalia. Segundo o superintendente da Faeg e coordenador do Programa, Claudinei Rigonatto, o objetivo é dotar as Secretarias Municipais de Agricultura de condições para funcionamento eficiente, auxiliando na estruturação do planejamento de ações, de formulação de políticas agrícolas do município, de estrutura técnica, www.senargo.org.br
A proposta do programa é identificar e qualificar oportunidades de melhoria no ambiente de negócios dos produtores rurais. Desta forma, o programa visa capacitar as prefeituras para uma melhor gestão da Secretaria Municipal de Agricultura e auxiliar na formulação de políticas públicas, estruturação técnica, econômica e o planejamento de ações visando o progresso do município e melhoria na vida dos produtores e moradores. Todos os 30 programas desenvolvidos pelo Sistema Faeg/Senar para melhorar a produção agropecuária, melhorar a renda e a qualidade de vida do produtor e trabalhador rural poderão ser realizados nos municípios parceiros do Programa Prefeito Aliado do Progresso. O Programa é desenvolvido em cinco fases: Visita ao município, Diagnóstico, Planejamento Estratégico da Secretaria Municipal de Agricultura, Elaboração do Plano Estratégico Municipal do setor rural e Implantação e Acompanhamento das Ações (Consolidação dos Trabalhos e Avaliação dos Resultados). Além do município de Goianésia, Alexânia, Jussara e Minaçu participaram da quarta etapa e receberam seus Planejamentos Estratégicos.
Articulação política O Programa Prefeito Aliado do Progresso é a terceira etapa do projeto que reafirma a maior participação do setor produtivo rural no processo político. Ele visa acompanhar, monitorar e avaliar a aplicação das expectativas e dos compromissos assumidos pelos prefeitos com a população local de cada município participante do projeto O Que Esperamos do Próximo Prefeito, com base na Agenda de Desenvolvimento Municipal. Na segunda etapa do projeto, foram realizados debates com os candidatos que concorreram ao cargo de prefeitos nos eventos realizados pela Faeg e os Sindicatos Rurais em 130 municípios goianos, nos meses de agosto e setembro de 2012. As Agendas de Desenvolvimento Municipal foram elaboradas na primeira etapa do projeto realizado antes das eleições municipais, nos meses de abril e maio de 2012, em 123 municípios goianos. Foram elaboradas contendo todas as expectativas levantadas por produtores e membros da comunidade que participaram nos seminários locais e que contribuíram com consultas e tabulações de relatos em cada um dos municípios.
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Adubo orgânico
Cama de frango na agricultura Pesquisa desenvolvida em parceria com a UEG aponta para possível redução de custos e satisfação na produtividade Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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iminuir custos de produção e aumentar a produtividade. Essa equação é considerada a menina dos olhos de todo produtor rural, que está prestes a ganhar mais um aliado – o fertilizante organomineral farelado à base de cama de frango. Desenvolvido pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), o avicultor José Renner e a empresa Krion Agroscience, o novo produto ainda está em fase de teste mas vem destacando por essas, entre outras vantagens. Substrato utilizado para cobrir o
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piso de viveiros e galpões avícolas, a cama de frango é, geralmente, composta por fezes de animais, restos de ração como soja, milho e micronutrientes, entre outros elementos que podem variar de região para região. Dessa forma, a cama de frango já é aproveitada como adubo orgânico para beneficiar o solo em diferentes culturas e pastagens. Segundo a professora da UEG e pós-doutora em Ciência do Solo, Adriana Ribon, essa combinação é rica em fósforo, nitrogênio, potássio e enxofre. Entretanto, pode conter
quantidade elevada de sódio (que é prejudicial às plantas) e, ainda assim, a quantidade de fósforo presente na composição não costuma ser suficiente para suprir as necessidades da planta. É com o intuito de corrigir esses fatores que entra a importância do estudo. “Por isso, é importante trabalhar com o equilíbrio, para diminuir o custo de produção e aumentar a produtividade”, afirma. No produto, existe a presença de rocha fosfatada e a fabricação é feita na forma farelada. Em fase de teste e desenvolvimento há um ano com a www.sistemafaeg.com.br
Usada para cobrir piso de galpões avícolas, a cama de frango poderá ser aproveitada como adubo orgânico
produtividade”, ressalta. Esse projeto é parte de um trabalho de conclusão de curso e pesquisa científica dos universitários Wendell Douglas Machado e Milca Rodrigues, orientados pela professora Adriana Ribon. Os testes são realizados em diferentes propriedades rurais, cujos talhões foram subdivididos para que sejam feitas análises comportamentais da cultura. Vale lembrar que, para que seja feito todo o procedimento, é preciso, primordialmente, uma análise de solo do talhão. “Conseguimos fazer o aproveitamento da cama de frango de forma racional, utilizando exatamente a quantidade necessária para o solo daquela região”, diz Adriana. A mineralização beneficia o solo de forma mais rápida, com menor impacto. Outro fator benéfico apontado é a diminuição do volume do composto.
cultura da soja, a pesquisa avaliou diferentes doses do organomineral em destaque, comparadas a três doses do fertilizante químico comum, sobre os parâmetros de produtividade da soja: altura da planta, altura de inserção da primeira vagem, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, peso de mil grãos e produtividade, além da análise de custo-benefício. “Vamos testar com a cultura do milho e pastagem, por exemplo. Mas é uma pesquisa que tem de continuar, tentando agregar fatores como custo de produção e www.senargo.org.br
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Adubação O aumento na eficiência no plantio é um dos grandes ganhos do experimento. Segundo o produtor e avicultor José Renner de Souza Rates, tradicionalmente, o potássio é aplicado antes do plantio. No entanto, essa metodologia modifica ao ser utilizado o composto organomineral. Ele afirma que, o resultado mais in-
Avicultor José Renner afirma que, com uso de adubo, teve redução de custos
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História O produtor e avicultor José Renner é considerado o incentivador do projeto. Com o intuito de diminuir os custos de produção de dentro da porteira, pesquisou, buscou informações em empresa de consultoria até ser orientado a procurar a universidade e uma empresa para desenvolver a pesquisa. “Na realidade, esse conceito de compostagem já existe, mas procurei uma empresa e a universidade. O produtor hoje, precisa trabalhar com o menor custo de produção de dentro da porteira, porque fora dela, há muitos gargalos”, ressalta. Além de diminuir os custos de produção no ciclo das culturas, ainda consegue ter rentabilidade com a cama de frango. Ele calcula que um galpão com 30 mil aves, anualmente, produza cerca de 180 toneladas de cama de frango. O substrato pode ser 26 | CAMPO
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Victor Talles, Milca de Souza, Wendell Machado, professora Adriana e Kathleen Lourenço são responsáveis por pesquisa
comercializado em torno de R$ 60 a R$ 80 a tonelada, dependendo da época do ano. “Como é um material que tem de ser vendido em um curto espaço de tempo, dependendo da época vendemos a um preço barato, aquele de mercado”, avalia. Porém, após o processamento do substrato, o produtor ganha elasticidade no prazo de venda. “Com o processo de compostagem vou ter tempo de processar, agre-
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teressante, foi observado ao utilizar o adubo químico na base e, depois, feito o lançamento do produto organomineral em composição de 50% para cada produto. “Dessa forma percebemos um arranque na cultura com o desenvolvimento radicular da planta e o composto ajuda a desenvolver o sistema produtivo”, afirma. Utilizando desse procedimento, são computados nas análises do trabalho de conclusão de curso, a diminuição dos custos de produção com o menor emprego de maquinário, óleo diesel e mão de obra. Além disso, o custo do adubo organomineral é mais barato que o químico comercial. José Renner conta que foi observado também que, com o emprego do novo produto, o desenvolvimento vegetativo é melhor em situações climáticas mais estressantes. “A planta teve maior resistência em períodos mais prolongados de seca. Além disso, aplicando um produto vivo, o produtor potencializa toda a microbiologia do solo”, afirma.
gar valor e depois revender”, ensina. Análise José Renner destaca que o composto pode ser feito sob medida para a cultura de milho, soja ou mesmo pastagem, desde que previamente, seja feita uma análise de solo. Esse procedimento aponta as condições físico-química do solo e expõe a fonte de matéria-prima necessária para a adubação. www.sistemafaeg.com.br
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Empreendimento
Feiras agropecuárias de sucesso União de negócios, entretenimento e informação pode garantir um evento bem sucedido Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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s palavras de ordem são: planejamento, organização e diversificação. Para que uma feira agropecuária que engloba, negócio, entretenimento e capacitação profissional seja bem sucedida, o trabalho nos bastidores começa com meses de antecedência. A contratação de mão de obra especializada é fundamental para o empreendimento, e a diversificação fica a cargo de tentar atrair, contemplar e agradar o maior número de participantes. Há três anos como presidente do Sindicato Rural de Jataí e há 12 anos
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como integrante da entidade, Ricardo Assis Perez, tem propriedade para dizer que desenvolver uma feira agropecuária não é uma tarefa fácil. Ele conta que o trabalho de captação de parceiros e apoio financeiro começa com cerca de cinco meses de antecedência. “Eles são fundamentais para o sucesso da feira. Tem muito gasto e também tem de saber pisar no freio para não extrapolar o orçamento”, diz. Nesse período também já são feitas as contratações de shows e rodeio. Já os primeiros detalhes de preparação da Exposição Agropecuária de
Rio Verde, a Expo Rio Verde, começa logo após a finalização de uma edição. O presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Walter Baylão Júnior, explica que alguns contratos já são fechados no fim do mês de agosto. “Especialmente aqueles de valores mais elevados”, diz. Essa é uma fórmula que garante mais segurança para os organizadores do evento. Contratos de shows, rodeios e estruturas metálicas ocorrem também já no mês de agosto. A festa está marcada entre os dias 12 e 22 de julho. Ele afirma que os custos dessas www.sistemafaeg.com.br
tos, são feitas cotações com empresas em busca de melhores preços. Parceria Para que tudo dê certo, uma premissa é mobilizar a participação de empresas públicas e privadas, além dos poderes públicos municipal e estadual. Ricardo acredita que para a feira ficar mais atraente para o público e produtores, não se pode abrir mão da diversificação. “Temos estandes que vende imóveis, implementos agrícolas, maquinário, piscicultura e também estandes da Saneago, por exemplo”, diz. A ideia é apresentar novidades para o produtor rural que está engajado em alguma atividade ou mesmo apontar alternativas de diversificação para outros. O local abre espaço para leilões de ovinos, gado de leite, gado de corte, ranqueamentos, agricultura familiar, piscicultura, entre outras atividades. Na 41º edição da Expaja foram instalados, no Parque de Exposição Agropecuário, 70 estandes voltados para negócios e outros 25 estandes de alimentação. Tudo isso em uma área
de 14,5 hectares. O Sindicato de Jataí criou uma espécie de concorrência saudável para fomentar os negócios. Segundo Ricardo, os três estandes mais bonitos e estruturados da festa, ganham desconto no aluguel do espaço para a próxima edição. “Eles investem em contratação de arquiteto e um estande desses pode custar até R$ 90 mil na instalação. Fica bonito, atrai o público e todo mundo ganha”, diz. Ele explica também que, de olho no grande fluxo de pessoas, algumas empresas apresentam novos produtos durante a feira, geralmente, com linhas de crédito com juros reduzidos. Estimativa revela que, nesta última edição, que ocorreu entre os dias 10 e 16 de junho, 70 mil pessoas circularam pelo local. O mesmo ocorre em Rio Verde. Os estandes buscam inovar, expor lançamentos de produtos com alto valor tecnológico e ainda, como chamariz, apostam em melhores formas de pagamento. Baylão Júnior calcula que, nos 10 dias de festas, cerca de 100 mil pessoas circulem pelo Parque de Exposição de Rio Verde. The Frame
Feiras agropecuárias buscam se especializar para conciliar diversão e empreendimento. Na foto, última edição da Expo Rio Verde
festas são, geralmente, proporcionais à estrutura da cidade, evento ou sindicato rural. Por isso, aconselha seguir à risca todo o planejamento financeiro para que não haja descontrole e as contas fiquem no vermelho. O quadro de funcionários do setor financeiro deve ficar atento e nortear os organizadores do evento apontando os recursos disponíveis para cada setor. “Uma dica é não exagerar. Cumpra aquilo que prometeu, mas resguarde o sindicato. Essa é uma festa para a população e não temos fins lucrativos”, ensina. Antes de fechar contrawww.senargo.org.br
Na Expaja 2013 a diversificação foi a chave do sucesso da feira
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Revista Agro&Negócios
Jornalista Heraldo Pereira participou da última edição da Expaja
Segmentação Ricardo lembra que uma fórmula consolidada e de sucesso é a de diferenciar as datas das palestras com os shows. Os primeiros dias são destinados às palestras gratuitas – um total de 11 na última edição. Já os últimos dias são focados para os shows musicais. “Como no interior todo mundo conhece todo mundo, tem de tomar
cuidado com o número de credenciais. Os shows tem custo e as pessoas precisam entender que existe a necessidade de cobrar a entrada”, ensina. Contratação Walter Baylão Júnior afirma que 15 pessoas trabalham nos bastidores da organização da Expo Rio Verde. Ele calcula que cerca de 1,5 mil pessoas vão trabalhar durante os 10 dias de festa. Foram contratados 30% a mais na mão de obra voltada para segurança. Já Ricardo calcula que são contratadas cerca de 800 pessoas de todas as áreas. A importância de mão de obra especializada é fundamental. O setor de segurança, por exemplo, é um dos mais visados. Além do apoio da segurança pública, são contratados profissionais terceirizados. Neste setor, qualquer deslize pode trincar a imagem da festa. “É uma festa feita para a família e é preciso que todos se sintam seguros”, destaca.
Avaliação Semanas após a finalização de uma edição da festa, com as imagens ainda frescas na memória, Ricardo afirma que são realizadas reuniões com os integrantes da organização para que sejam levantados os pontos assertivos e os erros cometidos durante o evento. “Dessa forma procuramos alternativas para não repetir os erros nas próximas festas”, afirma. Walter Baylão Júnior afirma que os organizadores do evento de Rio Verde compartilham do mesmo procedimento. Entretanto, explica que muitas falhas podem ser corrigidas ao longo do próprio evento. Ele aconselha dividir as tarefas de forma mais igualitária, para não sobrecarregar nenhum membro da equipe organizadora. Essa medida diminui as chances de erros. “As pessoas precisam apoiar umas as outras. Se um companheiro está mais sobrecarregado, o outro deve dar uma mão”, explica.
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Bruna Vasconcelos
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congresso internacional da carne
Mercado mundial em debate Evento reúne, em Goiânia, representantes de 10 nacionalidades Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
“O
Brasil é o País que deverá atender á grande demanda mundial de alimentos e principalmente de carne.” A frase do presidente do Sistema Faeg/ Senar, José Mário Schreiner, abriu a cerimônia oficial do Congresso Internacional da Carne 2013, realizado no Teatro Rio Vermelho do Centro de Convenções de Goiânia entre os dias 25 e 27 de junho. O evento é uma realização da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), do Serviço
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Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás) e do International Meat Secretariat (IMS-OPIC). Durante os três dias de trabalho, o público acompanhou 19 palestras, dividas em seis painéis. José Mário falou do orgulho em receber pecuaristas vindos de 10 países diferentes para o congresso e agradeceu o IMS, os parceiros institucionais e os patrocinadores por acreditarem no Estado de Goiás e na Federação como realizadora do evento interna-
cional. “Da mesma forma com que cresce nossa importância como Estado produtor e como representante dos produtores rurais goianos, cresce nossa responsabilidade por fornecer uma maior quantidade de alimento e de qualidade”, disse. O primeiro painel a ser discutido foi a produção de carne: as visões dos setores. Para a senadora, Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que apresentou a visão do setor prowww.sistemafaeg.com.br
dutivo, o Brasil tem barreiras internacionais que priva os produtores 40% de exportação no mundo, isso porque o selo de gado livre de Aftosa com vacinação não tem validade científica. “Esse status nos priva de Japão e Estados Unidos, por exemplo. Queremos buscar mercado, mas também não queremos destruir produção local de nenhum país”, completou a presidente da CNA.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli fez uma exposição histórica sobre o gado no Brasil e sobre os principais frigoríficos. Ele discorreu ainda sobre a importância da Europa para a exportação brasileira, principalmente no quesito carne de primeira linha. Adriano Santos, diretor responsável pelo Comitê de Sustentabiliuda-
de ABRAS inicou a terceira palestra do primeiro painel, com enfoque no setor varejista. Segundo ele, diariamente, 25 milhões de consumidores compram em 84 mil lojas do Brasil. Completando a apresentação, Giampaolo Buso, diretor comercial da PariPassu afirmou que do ponto de vista do supermercado, o principal problema é a perda de alimentos, incluindo a carne.
Consumidores mais exigentes norteiam padrões de qualidade O tema central do segundo painel foi Gestão e organização da cadeia produtiva, que levou aos participantes três palestras. Boi a pasto, um bom negócio para a Austrália, foi a primeira a ser discutida. Peter Barnard, gerente geral de comércio e serviços de economia da MLA, da Austrália, destacou que, apesar das dificuldades enfrentadas na produção, a Austrália tem sido bem sucedida em seu mercado nacional. “As vendas nos mercados
externos se tornaram mais valiosas nos últimos 150 anos”, avalia. Ele destaca que, para os próximos 10 anos, o país espera que a produção a pasto seja melhor. “Os produtores estão otimistas em relação à visão geral da produção a pasto.” Ele destacou as tendências do mercado nos países desenvolvidos. O consultor internacional, Francisco Vila, debateu sobre O caminho do boi: A revolução na pecuária. Para ele, a produção da
pecuária está inserida na realidade e terá que mudar conforme as mega-tendências. Richard Brown, diretor da empresa de consultoria Gira, da Inglaterra, levantou questões de Como o homem está na produção de carne bovina? Para ele, a visão de análise de mercado do Reino Unido está otimista. “A cadeia produtiva e analistas tem boas perspectivas para o mercado da carne.”
Sanidade e qualidade da carne em discussão Sanidade e qualidade da carne foram os temas debatidos no terceiro painel do Congresso Internacional da Carne 2013. Hsin Chung Huang, secretario geral do International Meat Secretariast (IMS), faliu sobre Sustentabilidade, o que significa para o setor da pecuária? O palestrante explicou a missão da entidade formada por 90 membros e representada por mais de 30 países. Comentou da oportunidade que o IMS oferece para a troca de experiências entre os países produtores. Falou da sustentabilidade e
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como esse conceito deve ser aplicado de forma diferente em cada país. Luis Alfredo Fratti Silveira do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) foi o segundo palestrante do painel. Falou da qualidade da carne uruguaia e de todo o processo desta conquista por meio do esforço, longo prazo, sujeitos políticos e da história com mais de 400 anos passada de geração em geração nas famílias que produzem gado de corte. Hoje o país é o sétimo exportador mundial. O diretor do Conselho Nacio-
nal de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, apresentou de forma didática uma leitura da cadeia da carne brasileira. O mercado movimenta o equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) com valor de R$ 330 bilhões. A produção de 10,6 milhões toneladas é dividida em 78% para o Brasil e 21% para exportação. Saiba mais sobre todos os painéis e acesse as palestras do Congresso Internacional da Carne por meio do site do Sistema Faeg/Senar: www.sistemafaeg.com.br.
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Caso de Sucesso
Rosimeire Pereira foi a primeira soldadora da região
Determinação feminina Pioneira no curso de solda elétrica, em Vicentinópolis, funcionária de usina consegue promoção em emprego Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br
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uas horas diárias de sono durante uma semana e um desejo firme no peito: especializar-se em solda elétrica, subir de cargo na empresa em que trabalhava e garantir maior salário. Foi com essa determinação que Rosimeire Pereira da Silva, de 32 anos, se tornou a primeira mulher moradora do município
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de Vicentinópolis a exercer a função. Egressa do treinamento de Solda Elétrica promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) em parceria com o sindicato rural do município, ela afirma que agradece a Deus pela oportunidade e se orgulha de ser tomada como exemplo para os demais colegas de
trabalho. Rosimeire é natural de Santa Helena de Goiás, mas foi registrada como baiana. Isso porque todos os irmãos nasceram na Bahia e o pai aproveitou para registrá-los de uma vez só. Mãe de três filhos: Stefane (4), Augusto (7) e Michele (19), ela se mudou para Vicentinópolis há quatro anos em busca www.sistemafaeg.com.br
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ela estava doente, ou algo assim, até que me contaram que ela trabalhava à noite toda para poder realizar o curso durante o dia”, recorda. Edson Jorge afirma que, em Vicentinópolis, os cursos são oferecidos
em parecia com uma fazenda e com o sindicato rural. “É necessário cautela para não queimar os olhos, mas no geral é um trabalho tranquilo. A mulher é mais caprichosa em trabalhos como este”, finaliza.
Como participar?
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de emprego na Usina Caçu, local onde já trabalhava um irmão. Na época, ela atuava como auxiliar de eletricista na prefeitura de Tuverlândia. Inicialmente, Meire, como é chamada, foi empregada na moenda de cana e também realizava serviços mecânicos. Isso, até que um amigo lhe falou sobre a vaga no curso de solda. “Eu cheguei a pedir para ser dispensada no trabalho por uma semana para poder fazer o curso durante o dia. Na época meu chefe não permitiu e disse que eu poderia trabalhar à noite, entre 21 horas e 5 horas da manhã para poder cumprir minha carga de trabalho. Eu aceitei, trabalhava à noite toda e depois pegava uma carona até o trevo. De lá, caminhava até chegar à minha casa, tomava banho e seguia para a fazenda onde era realizado o curso. No nosso horário de almoço, eu aproveitava para dormir um pouco. Durante esta semana, se eu dormi 2 horas por dia, foi muito, mas não me arrependo e faria tudo de novo. O que vem fácil, vai fácil e eu agradeço a Deus por essa oportunidade”, se emociona. Depois do curso, a então soldadora conta que conseguiu um teste na usina para atuar na nova área para a qual havia sido capacitada. Foi assim que o salário deixou de ser um salário mínimo e subiu para R$ 1.600 ganhando gratificação de soldador júnior. A expectativa agora é que com a experiência, suba ainda mais ultrapassando R$ 2 mil. “Antes eu trabalhava na moenda de cana, com serviço mais pesado, mecânico até. Hoje minha vida mudou muito”, garante. Mobilizador do Senar no Sindicato Rural de Vicentinópolis, Edson Jorge da Silva conta que Rosimeire foi inspiração para outras mulheres e afirma que, depois dela, outras várias procuraram o curso. “Eu fiquei muito surpreso com Rosimeire, chegava para levar a alimentação dos beneficiários e ela estava dormindo em um colchonete. No início, achei que
Egressa do treinamento do Senar, ela soma vitórias após capacitação
João Bosco de Souza, instrutor do Senar na área de Solda Elétrica informa que, para participar dos cursos é necessário requerer pelo site www.senargo.org.br. “O curso é realizado de acordo com a demanda e pode ser feito em qualquer cidade do Estado, desde que a prefeitura ou o sindicato rural do município sejam parceiros do Senar”, explica. Entre os pré-requisitos previstos no site
estão: ter acima de 18 anos e ser alfabetizado. Ele acrescenta que o mercado em todo o Estado está muito aberto a profissionais. “Desde que o Ministério do Trabalho passou a exigir certificados para tal atividade, muitos profissionais que já trabalhavam na área se especializaram. O Senar criou este curso há quase 10 anos e a demanda é crescente”, finaliza.
Os interessados em treinamentos e cursos do Senar, em Goiás, no município de Vicentinópolis devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone (64) 3691-1593. Julho / 2013 CAMPO
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CURSOS E TREINAMENTOS
Lucro garantido Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
EM JUNHO, O SENAR PROMOVEU
343 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 43 Na área de agricultura
149
2
Em atividade Na área de de apoio silvicultura agrossilvipastoril
5
11
100
28
Na área de agroindústria
Na área de aquicultura
Na área de pecuária
Em atividades relativas à prestação de serviços
O produtor Getúlio Fernandes, de Uruaçu, está na atividade há cinco anos. Ele produz mensalmente 12 toneladas de tilápias
O
Brasil detém a maior reserva de água doce do mundo (cerca de 13,5% do total), além da extensa faixa costeira de 8 mil quilômetros que o coloca como um dos maiores potenciais produtores de pescados. A produção nacional de peixes, no entanto, é ainda muito tímida. Em 2010, dado mais recente, foi de cerca de 479,3 mil toneladas, representando uma alta de 15,3% sobre 2009. Goiás ocupa a sétima posição nacional, com uma produção de 18,7 mil toneladas de pescados, sendo a tilápia a espécie mais cultivada. Porém, a atividade se mostra uma ótima opção de lucro, para aqueles produtores que se especializam na área. De acordo com dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), o peixe tem a capacidade de conversão alimentar acima de todas as espécies exploradas comercialmente. O Treinamento em processamento de peixes e Treinamento em piscicultura são algumas das opções que o Senar Goiás oferece gratuitamente. Os cursos têm a carga horária de 24h. Alunos do ensino médio também têm a chance de se aperfeiçoar na área por meio do Pronatec do Senar Goiás que oferece o curso de piscicultor, com a duração de 160 horas.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br. Procure também o Sindicato Rural de seu município
71 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL 23 Alimentação e nutrição
5 Organização comunitária
3 Saúde e alimentação
10 Prevenção de acidentes
27 Artesanato
3 Educação para consumo
5.009
PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
CAMPO ABERTO
A importância do Vazio Sanitário Cristiano Palavro | cristiano.palavro@faeg.com.br
Mendel Cortizo
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Cristiano Palavro é engenheiro agrônomo e consultor técnico do Sistema Faeg/Senar para a área de cereais, fibras e oleaginosas
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os últimos anos, os produtores brasileiros têm convivido com o aparecimento de pragas e doenças com alto potencial de danos econômicos. Isso se deve principalmente ao fato da intensificação dos cultivos e o aumento da área plantada no país, com períodos cada vez menores de ausência de lavouras nas propriedades, principalmente nas regiões com o uso de irrigação. Frente a este problema são utilizados diferentes métodos visando mitigar os danos causados por estas moléstias e facilitar seu controle, tendo destaque entre eles o emprego do vazio sanitário, já instaurado para alguns cultivos. Por vazio sanitário entende-se a ausência total de plantas cultivadas ou voluntárias no campo. Durante o período de vazio sanitário, todas as plantas voluntárias ou “guaxas”, hospedeiras da praga alvo, devem ser destruídas, mediante ao uso produtos químicos ou métodos físicos, como o uso de grade, sendo delimitados prazos para esta destruição. Entre os benefícios do uso do vazio sanitário, destaca-se a diminuição de ocorrência da doença ou praga alvo, levando a um menor uso de defensivos químicos e redução nos custos de produção. Dentre os períodos de vazios sanitários já vigentes no país, temos destaque para o da soja, que ocorre entre os meses de junho a setembro, variando de acordo com a legislação de cada estado.
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Este período sem o cultivo de soja ocorre para evitar os problemas relacionados ao fungo da Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi). Este fungo é biotrófico, ou seja, necessita de plantas vivas de soja, ou outro hospedeiro, para sobreviver. Por este fato, o período de vazio sanitário diminui a ocorrência de inóculos da doença, por reduzir a quantidade de tecido vivo disponível para o fungo, minimizando ou retardando sua ocorrência. No estado de Goiás, o período de vazio sanitário da soja é regulamentado pela Instrução Normativa Nº003 de 2010, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, AGRODEFESA. Nesta normativa fica proibida a presença de plantas de soja durante o período de 01 de julho a 30 de setembro de cada ano, ficando autorizada a semeadura a partir de 01 de outubro. Em casos de cultivos para produção de sementes genéticas ou para a pesquisa científica, ficam autorizados os cultivos mediante a autorização prévia da AGRODEFESA. Apesar do vazio sanitário da soja ter como grande objetivo o controle da ferrugem asiática, este período de ausência de plantas hospedeiras pode ajudar na diminuição populacional de outras pragas, como a Mosca Branca (Bemisia tabaci) e a lagarta Helicoverpa armigera, mesmo apresentando outros hospedeiros principais. Em Goiás, além do vazio sanitário para a cultura da soja, temos
também um período de vazio para as culturas do tomate e do algodão. No caso do tomate, o vazio foi implementado mediante a Instrução Normativa Nº006 da AGRODEFESA, tendo iniciado em 2011. Nesta instrução ficam definidos os períodos para plantio do tomate, seja ele rasteiro ou tutorado, visando diminuir os impactos negativos da Mosca Branca (Bemisia tabaci) para a cultura, sendo este período variável dependendo da região do estado. Já no caso do algodão, a Instrução Normativa vigente é a Nº005, de 2010, e nela também fica definido o período de plantio para cada região do estado, visando o controle do Bicudo do Algodoeiro (Anthonomus grandis). Outro importante parâmetro definido nestas normativas é o tempo máximo para destruição dos restos culturais e eliminação de plantas voluntárias. Frente à necessidade de alimentar uma população mundial cada vez maior, é necessário o aumento das produtividades atuais e a intensificação dos cultivos. Por este fator, estamos diante a uma realidade de constantes mudanças no ambiente rural, com o aparecimento de novas pragas e doenças, as quais nos forçam ao uso de diferentes práticas de manejo visando seu controle. Por este motivo, o respeito às práticas estabelecidas nos vazios sanitários é de suma importância para garantirmos uma produção cada vez maior, sem elevados custos e com menor impacto ambiental. www.sistemafaeg.com.br
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