INSS 2178-5781
Ano XIII # 197 | Novembro 2011 9912263550
À prova de assaltos Produtores rurais ensinam na prática técnicas para proteger a propriedade, o gado e os insumos contra furtos e roubos
Agrinho
Aftosa
Infraestrutura
Estudantes e professores apresentam trabalhos do concurso 2011
Estado a um passo de se tornar zona livre sem vacinação
Produtores cobram agilidade para resolver estradas esburacadas
PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Conselho editorial Bartolomeu Braz Pereira;
Segurança para produzir
Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa Editores: Francila Calica (01996/GO) e Rhudy Crysthian (02080/GO) Reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO e Karine Rodrigues (01585/GO) Fotografia: Jana Tomazelli Techio, Mendel Cortizo e Raphaela Boghi Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: Cya - Produção e Eventos Cynthia Vasconcelos | (62) 3941-8307
A
imigração da criminalidade para o campo colocou o produtor rural na trincheira de um problema que vem se tornando insustentável: o aumento da violência na zona rural. Assaltos, roubos, sequestros e até assassinatos refletem a falta de assistência, segurança e policiamento para este setor tão importante para a economia goiana.
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Diretores-Secretários: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Diretores-Tesoureiros: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues
O aumento da safra, tanto em área plantada quanto em culturas colhidas, impulsiona a comercialização de insumos, fungicidas, herbicidas, máquinas agrícolas e uma rede de produtos e serviços que dão suporte ao desenvolvimento do setor, isso chama a atenção da criminalidade.
da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho
A demora nas ações efetivas do poder público para resolver o problema levaram os produtores a trilhar um caminho independente com técnicas preventivas de segurança especializada. Criamos uma cartilha com dezenas de dicas para o produtor proteger seus insumos, suas máquinas, seu gado e a propriedade como um todo. Esses conselhos simples de serem seguidos se tornam a melhor ferramenta de prevenção à criminalidade no campo, pelo menos até que ações mais intensivas do poder público chegeam ao campo.
Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins
FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.faeg.com.br E-mail: faeg@faeg.com.br Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
Site: www.senargo.org.br
Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2208 - (62) 3096-2248 (62) 3096-2115.
Alexandre Cerqueira
E-mail: senar@senargo.org.br
Segurança no campo
Sindicato Rural/Montividiu
Jana Tomazelli
PAINEL CENTRAL
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Descubra técnicas simples e práticas de como proteger a propriedade contra furtos e roubos.
Agenda Rural
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Fique Sabendo
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Cartão Produtor
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Campo Responde
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Delícias do Campo
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Campo Aberto
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Novembro/2011
Estradas intransitáveis 28 Sindicatos Rurais e produtores realizam levantamento de estradas goianas sem condições de tráfego. Faeg cobra agilidade da Agetop que promete colocar vias em boas condições para o escoamento da safra.
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Mendel Cortizo
Jana Tomazelli
08
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Doma racional
Prosa Rural Craig Bell, da Nova Zelândia, responsável técnico da Fazenda Leitíssimo, na Bahia, veio para o Brasil adotar práticas agropecuárias mais rentáveis e se torna um exemplo de ganhos em produtividade.
Vacinação a um passo do fim
Jana Tomazelli
Francisco Alves de Sousa aprendeu no Senar a domar animais sem o uso de técnicas agressivas. Medidas otimizaram o tempo do domador e geraram um aumento em 70% da renda.
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Medida, reivindicada pela Faeg e acatada pelo Mapa, autoriza vacinação contra aftosa apenas em animais de até dois anos. Estado está mais próximo de se tornar zona livre sem vacinação.
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Willian José dos Santos, presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg explica como produtores podem se proteger contra crimes. Foto de Jana Tomazelli.
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39 Responsabilidade social À A prova de assaltos Produtores rurais ensinam na prática técnicas para proteger a propriedade, o gado e os insumos contra furtos e roubos
Agrinho
Aftosa
Infraestrutura
Estudantes e professores apresentam trabalhos do concurso 2011
Estado a um passo de se tornar zona livre sem vacinação
Produtores cobram agilidade para resolver estradas esburacadas
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Novembro/2011
Crianças e professores de todo o Estado preparam trabalhos que irão disputar a premiação do Agrinho 2011.
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Novembro/2011
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AGENDA RURAL
NOVEMBRO 21 e 22
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11ª Conferência Internacional Detagro
Prêmio Goiás Gestão Ambiental, no
sobre açúcar e etanol, no Grand Hyatt,
auditório da Faeg, em Goiânia. Informações: (62) 3219-1419
em São Paulo.
12
Informações: (11) 4133-3944
Inauguração da sede do Sindicato
9
Rural de Cromínia.
Reunião do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Goiás (Concelg), no auditório da Celg, Félix Afonso, em Goiânia.
23
Informações: (64) 3419-1135
Comemoração dos 60 anos da CNA, na Campo Saúde, em Edéia.
sede da entidade, em Brasília.
Informações: (64) 3492-1766
Informações: (61) 2109-1400
Informações: (62) 3243-222
23 a 25
14 a 21 9 a 11 VI SBOE - Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais, no Instituto Agronômico de
Missão Técnica de Pecuária de Leite
5º Congresso Brasileiro de Tomate
ao Uruguai.
Industrial - Feira de Produtos e
Informações: (62) 3096-2200
Negócios, no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia.
Campinas (SP). Informações: (19) 3243-0396 / 30140148
Informações: (62) 3241-3939
17 Reunião do CDE/FCO, na sede da Faeg, em Goiânia.
10 a 12
Audiências Públicas da Legislação
Informações: (62) 3096-2200
Ambiental de Goiás, em Iporá.
VIII SECIAG (Semana de Ciências eventos da Arquidiocese de Ipameri. Informações: (64) 3491-1556
11 Audiências Públicas da Legislação Ambiental de Goiás, em Itumbiara. Informações: (62) 3096-2200
Informações: (64) 3674-1318
18 Publicação dos Resultados do Concurso
Reunião do Fórum de Entidades, na
Agrinho 2011. Informações:
sede da Acieg, em Goiânia.
www.senargo.org.br/agrinho
Informações: (62) 6237-2600 Jana Tomazelli
Agrárias da UEG), no pavilhão de
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III Prêmio FAEG/SENAR de Jornalismo, auditório da Faeg, em Goiânia. Informações: 3096-2200
26 Campo Saúde, em Itapuranga. Informações: (62) 3355-1354
Aos interessados em participar dos eventos, recomendamos confirmar as informações com os organizadores.
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29 e 30 II Congresso Brasileiro de Pinhãomanso, em Brasília. Informações: (61) 3448-4846
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FIQUE SABENDO pesquisa
Três novos híbridos de tomate no mercado Os produtores brasileiros de tomate terão novas opções nos segmentos Cereja e Santa Cruz. Tratam-se dos híbridos BRS Iracema, BRS Kiara (foto) e BRS Nagai, que deverão chegar ao mercado no início de 2012. Os materiais são fruto de uma parceria entre a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e a Agrocinco, empresa que atua há 11 anos no mercado brasileiro de
sementes. O BRS Kiara é um híbrido do tipo Santa Cruz, longa-vida. Os frutos possuem firmeza média quando madura e excelente sequência de pencas, além de rápido crescimento inicial. O BRS Nagai é outro híbrido do tipo Santa Cruz, mas possui frutos um pouco mais alongados. Já o BRS Iracema é uma cultivar do tipo Cereja. Os frutos são firmes, apresentam boa durabilidade pós-colheita e excelente sequência de pencas.
Anuário da Pecuária Brasileira
Divulgação
Leandro Lobo/Embrapa Hortaliças
Jana Tomazelli
registro
Renovando informações fundamentais para o planejamento e de gestão dos negócios pecuários, chega ao mercado a mais nova edição do Anuário da Pecuária Brasileira (Anualpec). O Anualpec incluiu em seu conteúdo um capítulo inteiro sobre preços das carnes no varejo. As matérias focam as transformações fundamentais que ocorreram na pecuária brasileira e que prometem continuar a acontecer, se somam às ferramentas estatísticas e aos artigos técnicos voltados à subsidiar os leitores com ideias, dados e conhecimentos que lhes permitam aumentar a eficiência produtiva. O anuário pode ser adquirido pelo site: www. informaecon-fnp.com. O valor sugerido é R$ 420.
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Chineses de olho no agronegócio goiano Um grupo composto por autoridades da província chinesa de Hebei participou, em outubro, de uma reunião na sede da Faeg para conhecer o sistema de produção agropecuário goiano. A equipe foi recebida pelo presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner e demais autoridades do setor. José Mário disse que Goiás já assinou um protocolo de intenções com uma empresa de Hebei para venda de soja. Ele também ressaltou que o Estado possui grandes perspectivas de aumento na produção agropecuária.
Ressaltou ainda, que Goiás conta com tecnologia e conhecimento para produzir mais e melhor, mas que para isso, alguns gargalos devem ser enfrentados como infraestrutura, logística e um modelo de financiamento que ainda não atende totalmente o produtor. O analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, fez uma apresentação detalhada do que é a agropecuária em Goiás. Ele explicou sobre as condições climáticas do Estado, falou da representatividade goiana na agricultura brasileira e mostrou as estruturas de armazenagem. Novembro/2011
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PROSA RURAL
Craig Bell
O
neozelandês Craig Bell veio para o Brasil em 2002 para trabalhar em uma propriedade produtora de leite. Um ano depois, foi para o oeste da Bahia onde, até hoje, atua como responsável técnico da Fazenda Leitíssimo, que além de produzir leite, também é o nome da marca de produtos lácteos que comercializa. Entusiasta da produção a pasto, Craig diz que Goiás, assim como o Oeste da Bahia, reúne as condições ideais para a produção de leite com alta qualidade, quase que exclusivamente com capim. Na propriedade que administra, ele utiliza práticas e princípios de pastoreio adotadas na Nova Zelândia, onde o rebanho de três mil animais – mistura de gado jersey com holandês - é abrigado em 224 hectares, forrado com grama tifton. Craig Bell esteve em Goiânia, em outubro, para participar do Seminário Goiás Mais Leite e falou com exclusividade para a Revista Campo.
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Responsável técnico pela Fazenda Leitíssimo
“Sou fã de pasto” Karine Rodrigues | karine@faeg.com.br
Revista Campo: Quando o senhor se instalou definitivamente no Oeste da Bahia? Craig Bell: Me mudei em 2002, há nove anos. Provavelmente, vamos estabilizar a produção na nossa propriedade em 2016 ou 2017. Revista Campo: O que o trouxe ao Brasil e porque utilizar intensivamente o sistema de produção a pasto? Craig Bell: Na verdade, nosso sistema não é uma novidade. Já existiam sistemas de pasto no Sul, no Centro-oeste e Sudeste do Brasil. O que nos atraiu foi o clima e a oportunidade de fazer algo diferente aqui no País. Buscamos um clima não tão frio no inverno, que permite crescimento do pasto o ano inteiro e não tão quente no verão para não causar estresse térmico. Encontramos essas características de pasto no Sul e no Oeste da Bahia, com gramíneas tropicais e diferentes da azevinha inteira. Sob essas características, a área www.sistemafaeg.com.br
Mendel Cortizo
tem possibilidade de produzir pasto o ano inteiro. Revista Campo: As pastagens na sua propriedade são irrigadas? Craig Bell: As chuvas mantêm as pastagens por seis meses e a irrigação nos outros meses seguintes. Essa é uma medida utilizada para conseguirmos pasto bom o ano inteiro. A temperatura na região é basicamente igual à de Goiás. Ficamos um pouco mais ao norte e o que difere é a altitude, que é um pouco maior. No fim das contas, temperatura e chuvas são bem parecidas com o que acontece em Goiás. www.senargo.org.br
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Um bom planejamento do fluxo animal é que vai determinar a demanda e o fornecimento de alimentos para os animais”
Revista Campo: O sistema de gerenciamento da produção utilizado na Nova Zelândia é diferente do que é feito aqui no Brasil? Craig Bell: Os princípios de gerenciamento de propriedade são exatamente iguais, seja confinamento, semi-confinamento ou pasto. Um bom planejamento do fluxo animal é que vai determinar a demanda e o fornecimento de alimentos para os animais. Posteriormente, adotamos o regime de fertilizante que também deve ser aplicado. É o mesmo na Nova Zelândia, no Brasil, no Chile e na Argentina. O segredo é pensar no sistema mais adequado para cada região e depois aplicar Novembro/2011
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um bom planejamento. Encontrei um bom lugar para produção a pasto, mas provavelmente têm outros que vão funcionar melhor que o sistema de pasto. Revista Campo: Os resultados da aplicação desse sistema estão ocorrendo conforme o planejado? Craig Bell: Fizemos uma pesquisa há três anos só para mostrar o potencial de um pivô. Chegamos ao resultado de 50 mil litros/hectare ao ano. Essa pesquisa mostrou o potencial do sistema, nosso plano de desenvolvimento é de longo prazo, construindo e desenvolvendo o rebanho para mais uma década, para atingir o nível final do projeto. Foi até surpreendente para o potencial do sistema. Revista Campo: Qual a média de animais alocados por hectare na sua propriedade? Craig Bell: Cada pivô tem 56 hectares, onde colocamos 600 vacas. Temos pouco mais de dez vacas por hectare. Ao mesmo tempo, preservamos 75% da área da propriedade como reserva permanente. Podemos ter reserva ambiental e produzir com qualidade e sustentabilidade.
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A complexidade do sistema tributário é um custo adicional. Mas em termos absolutos de porcentagem de renda, não é”
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O segredo é pensar no sistema mais adequado para cada região e depois aplicar um bom planejamento. Encontrei um bom lugar para produção a pasto, mas provavelmente tem outros sistemas em outros lugares que vão funcionar melhor que o sistema de pasto”
Revista Campo: Goiás já foi o segundo maior produtor de leite do País, hoje está em quarto lugar na produção nacional. Qual a sua opinião sobre essa situação? Craig Bell: Hoje, o Brasil tem o maior preço pago ao produtor do mundo, é maior que na Europa e nos Estado Unidos. É 20% maior que o preço internacional, mesmo assim, a produção não está crescendo ao nível esperado. O problema não é preço, mas sim custo em função de produtividade, se analisamos indicadores de desempenho do sistema. Não entendo porque não é possível manter uma vaca em lactação por mais que 210 a 220 dias. É uma média baseada na pesquisa do Senar, feita em 2009. Revista Campo: Como resolver o problema? Craig Bell: Devemos pensar na conversão de nutrientes, energia e eficiência de mão de obra. Esse é o segredo para condução do negócio de leite. Se não enfocar em produzir 500 litros por dia, em vaca ficando prenha quando deve ficar e entrando
no rebanho em 24 meses no lugar de 34 meses, fica difícil fazer lucro na atividade. Acho que Goiás tem todas as condições para produzir leite com baixo custo. Vejo no Estado um clima exatamente igual ao do interior baiano. O segredo é baixar o custo de alimentação para as vacas e proporcionar um aumento produtivo de mão de obra para ganhar dinheiro. Revista Campo: O senhor é neozelandês, já trabalhou no México e agora está no Brasil. Com base na sua experiência, até que ponto a carga tributária brasileira influencia no custo para o produtor? Craig Bell: A complexidade do sistema tributário é um custo adicional. Mas em termos absolutos de porcentagem de renda, não é. O problema é que existem vários impostos e os produtores têm que gastar muito tempo gerenciando todos. É necessário fazer uma reforma tributária que simplifique a vida de todos. A carga tributária para o produtor brasileiro não é tão onerosa, na Nova Zelândia é pior.
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MERCADO E PRODUTO
Qual o futuro da pecuária de leite em Goiás? José Mário Schreiner | presidência@faeg.com.br
Alexandre Cerqueira
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José Mário Schreiner é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
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pecuária de leite em Goiás passa por um momento decisivo de definição de rumos. O Estado, que já foi o segundo maior produtor do país, foi o único entre os principais captadores de leite que teve queda na produção no primeiro semestre de 2011. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina cresceram, respectivamente, 1%, 3,3%, 5,5% e 15,5%, Goiás reduziu a produção em 1,4%. O cenário de desestímulo decorre de um conjunto de fatores que precisam ser combatidos para que a atividade retome a pujança de anos anteriores. De nada adianta todos os esforços realizados por instituições como a Faeg e o Senar, para a melhoria do gerenciamento e da qualidade do leite se não há uma política definida para o setor. É inadmissível que, em pleno período de entressafra, justamente no momento onde não há disponibilidade de pastagem e estão findando os estoques de silagem e de cana-de-açúcar, o preço ao produtor caia. O pecuarista de leite goiano não tem tranquilidade em investir na atividade, porque não sabe qual será o preço praticado no próximo mês. Vivencia-se, hoje,
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um exemplo claro desta situação com a eminente queda dos preços. A pergunta que fica no ar é: Como o produtor pode se motivar a investir em uma atividade que - mesmo em condições adversas – seca, aumento de custos e redução da produção – há depreciação dos preços?”. O problema se potencializa com o incremento das importações. Nos oito primeiros meses deste ano as importações cresceram 90,6%, passando de US$ 367,2 milhões em 2010 para US$ 192,6 milhões no mesmo período de 2011. Já a balança comercial apresentou saldo negativo de US$ 289,6 milhões, valor 210,8% maior que no mesmo período de 2010. É preciso empenho do Governo Federal para resolver o problema. Há a necessidade de estabelecer cotas às importações de leite em pó e queijos provenientes da Argentina, Uruguai e Chile. Recentemente, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Faeg enviaram missão à Argentina para firmar acordo de preços e cotas. Infelizmente, a negociação não avançou em virtude da proposta não atender aos interesses dos produtores de leite brasileiros. No entanto, caso não seja tomada uma medida unilateral por parte das autoridades nacionais, corre-se o risco
de internalizar volumes muito superiores a 3,3 mil toneladas de leite em pó por mês acordado no ano passado. Por ser um tema estratégico para os pecuaristas de leite, a Faeg não mede esforços para que sejam definidas cotas às importações de leite em pó e queijos provenientes do Mercosul. A Federação está atuando junto ao Executivo e Legislativo Federal para solucionar o problema. Paralelamente, negocia no estado a criação de um Conseleite (conselho paritário entre produtor, indústrias e cooperativas) com o objetivo de minimizar o problema de falta de transparência nas relações comerciais na cadeia produtiva. A proposta é que o conselho disponibilize mensalmente preço de referência e a previsão para o mês seguinte. Essas informações darão maior previsibilidade e permitirão ao produtor planejar, pelo menos no curto prazo, a sua produção. A Faeg zela pela qualidade de vida dos quase 60 mil pecuaristas de leite e das mais de 220 mil pessoas envolvidas. Trabalha diuturnamente para que a produção e a produtividade cresçam de forma sustentável com melhoria da rentabilidade das propriedades. www.sistemafaeg.com.br
Jana Tomazelli
INFORME PUBLICITÁRIO
Bartolomeu Braz Pereira (ao centro), rodeado por Eduardo Mendes e Adriana Guion da Brookfield, apresentam descontos para o produtor adquirir imóvel residencial
Faeg fecha parceria com uma das maiores construtoras do Brasil A Federação da Agricultura e Pecuária Goiás (Faeg) firmou parceira, no último dia 17 de outubro, com uma das maiores Incorporadoras do Brasil, a gigante Brookfield Incorporações. Presente há mais de 30 anos no mercado imobiliário, a empresa têm uma experiência de mais de 41 mil unidades entregues e mais de 13 milhões de metros quadrados construídos e em desenvolvimento. Para o diretor institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, a parceria veio em boa hora. “Sabemos que muitos agropecuaristas tem grande interesse em expandir seus investimentos, ou mesmo ter um imóvel na capital, e a credibilidade da Brookfield nos faz crer que teremos muito sucesso juntos”, afirma. Para uma grande maioria, o investimento em imóveis garante a segurança nos negócios, além, é claro, de ser uma maneira eficiente de valorizar o dinheiro investido em curto espaço de tempo. O que também chama a www.senargo.org.br
atenção são os planos de pagamento, com parcelas mensais à partir de R$ 149,99 nos imóveis na planta, e os conveniados da Faeg ainda ganham benefícios exclusivos. A intenção da parceria é propor aos agropecuaristas vantagens na compra do imóvel, com descontos e condições exclusivas, direcionadas somente à categoria. A Brookfield Incorporações têm, em Goiânia (GO), diversas opções de empreendimentos com 2, 3 e 4Q, com opção de planta na metragem, ótimas localizações e valorização garantida, tornando a aquisição excelente opção de moradia e investimento, além de salas comerciais e flats com localizações privilegiadas e conceito inovador. A parceria é exclusiva com os consultores Eduardo Mendes CF 15 125 e Adriana Guion CF 16 942, que atenderão à todos os interessados, dando ao agropecuaristas, todas as melhores opções no mercado Goiano.
Como obter o desconto Adriana Guion (62) 8205-4358 adrianaguion.brookfield@gmail.com Eduardo Mendes (62) 8238–5480 eduardomendes.brookfield@gmail.com Novembro/2011
CAMPO | 13
MORRINHOS
Dia de Campo de leite Cerca de 300 produtores de leite do município de Morrinhos e região participaram do Dia de Campo realizado pelo Sindicato Rural da cidade, Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem) e Sistema Faeg/Senar, no dia 24 de setembro, no Sítio Primavera. Foram apresentadas as técnicas e a demonstração de um exemplo de sistema de pastejo rotacionado com capim mombaça irrigado.
FEDERAÇÕES
IDS em nível nacional Representantes do Sistema Faeg/Senar estiveram reunidos no início de outubro com representantes da CNA/Senar Central e Federações da Bahia, Minas Gerais e Paraíba para finalizar estudos para implantação do IDS em nível nacional. O indicador será adotado nos treinamentos do PER Sindical (Faeg), GQT (Faemg) e Sindicato Forte (Senar). O próximo passo será uma avaliação técnica da Fundação Dom Cabral que vai apresentar uma metodologia de calculo e ajustes no indicador.
Sindicato Rural/Cabeceiras
Sindicato Rural/Morrinhos
AÇÃO SINDICAL
RIO VERDE
Motivação aos produtores Divulgação
O professor e palestrante Steven Dubner esteve no último dia 26 de outubro no Sindicato Rural de Rio Verde para ministrar uma palestra motivacional para produtores e comunidade da região. Com o tema “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez” o palestrante prendeu a atenção dos presentes com técnicas de motivação.
Nova diretoria toma posse O Sindicato Rural de Cabeceiras promoveu no último dia 22 de outubro a posse da nova diretoria da instituição. A cerimônia foi no Parque de Exposição João Martins. Arno Bruno Weis segue como presidente, Jacó Izidora Rotta, como vice, Erni Carlos Schlemmer será o novo secretário e Joaquim Pereira Cardoso, o tesoureiro para o próximo triênio.
ITAPIRAPUÃ
Sindicato Rural/Itapirapuã
14 | CAMPO
CABECEIRAS
Diretoria nova Itapirapuã também está com diretoria nova à frente do Sindicato Rural. Os delegados, conselho fiscal e a diretoria eleita tomaram posse no último dia 29 de outubro. A solenidade foi na sede da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) no município. Deizi Rodrigues Noronha é o novo presidente para o próximo triênio.
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Sindicatao Rural / Britânia e Aruanã
BRITÂNIA E ARUANÃ
Apoio ao comércio local Com a iniciativa do Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, foi fundado na região o Sindicato do Comércio e Indústria de Britânia. A cerimônia foi realizada no final de setembro no Centro de Apoio e Recreio dos Idosos de Britânia. Cerca de 36 comerciantes e micro-empresários locais participaram da solenidade. (Colaborou: Milena Roberta)
Solidariedade
Ajuda para famílias carentes O Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, com o objetivo de promover um Natal mais digno às famílias carentes, irá promover no dia 4 de dezembro um leilão beneficente no Parque de Leilões e Eventos da cidade. No dia 10 será realizado um Brechó onde será vendido tudo que o Sindicato conseguir arrecadar por meio de doações como roupas usadas, sapatos, bolsas, eletrodomésticos antigos, cestas básicas, entre outros. Com o dinheiro arrecadado, o Sindicato irá comprar cestas básicas para promover o Natal Solidário. Quem se interessar em fazer doações deve entrar em contato com o Sindicato pelo telefone (62) 3383-1244. A entidade providenciará o recolhimento dos donativos. (Colaborou: Milena Roberta)
ALTO PARAÍSO
Produtores engajados Sindicato Rural/Doverlândia
Os produtores rurais de Alto Paraíso se reuniram na sede do Sindicato Rural, no último dia 8 de outubro, para tomarem conhecimento sobre o relatório das ações do Sindicato, sobre o APA Pouso Alto, o Programa Útero é Vida e demais temas de interesse dos produtores da região. O Sindicato acredita que a participação de cada produtor rural foi muito importante para o fortalecimento da classe, para buscarem juntos as soluções para uma melhor qualidade de vida não só no campo, mas para toda a sociedade deste município.
ITAJÁ
Eleição no Sindicato O Sindicato Rural de Itajá está com nova diretoria. Os nomes que estarão à frente da instituição foram escolhidos por meio de eleição no final de setembro. Odélio Moraes Borges foi eleito presidente. Junto com ele, Jânio Erasmo Vicente é o novo vice. O primeiro tesoureiro será Mário Jesus Federici. Eduardo Lopes Cançado e Cleto Chaves Filho serão segundo tesoureiro e primeiro secretário, respectivamente.
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DOVERLÂNDIA
Balde Cheio O responsável pelo Programa Balde Cheio em Goiás, Marcos Bragança, apresentou no último dia 20 de outubro detalhes sobre o programa no Sindicato Rural de Doverlândia. Cerca de 80 produtores participaram da apresentação. (Colaborou: Jakeline dos Reis Pereira Ávila)
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REGIONALIZAÇÃO
Senar explora novas fronteiras Sistema Faeg/Senar implanta regionalização de seus trabalhos Karine Rodrigues | karine@faeg.com
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Ana Paula Borges Região Vale do Araguaia Zootecnista
Região Vale do Araguaia
Mateus Alves Fraga Região Norte Médico Veterinário
Re Metro
Região Oeste
Região Sudoeste
Jana Tomazelli
Jana Tomazelli
Jana Tomazelli
Antônio Carlos de Souza Região Metropolitana Engenheiro Agrônomo
Regi
dois zootecnistas e dois veterinários, foram contratados para o cargo de Técnico em Planejamento, Operação e Supervisão de Ações. Eles ficarão responsáveis para coordenar, executar e direcionar as atividades do Sistema no interior do Estado. Dentre as responsabilidades, os técnico deverão acompanhar os cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social; buscar parcerias nos municípios; ser mobilizadores dos programas da Federação; auxiliar na melhoria das estruturas física, financeira e social dos Sindicatos Rurais. Entre as responsabilidades dos técnicos também estão a ampliação da base de representação sindical; aumento da interação com as demais entidades municipais e representação Jana Tomazelli
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Sistema Faeg/Senar iniciou o processo de regionalização da entidade. O ponto de partida foi a contratação, por meio de concurso, de oito técnicos que assumirão as regionais do Senar, nas oito macro regiões do Estado. A iniciativa de criar as regionais do Senar, em Goiás, foi do presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, espelhada em experiências das Federações de Minas Gerais e Paraná, para aproximar ainda mais o Sistema do produtor rural. Trata-se de uma nova etapa do trabalho da Faeg e do Senar. O processo de seleção dos técnicos começou com a publicação do edital em 16 de maio e foi encerrado em outubro. Finalizada a seleção, os técnicos aprovados: quatro agrônomos,
Rafael Diego Região Nordeste Engenheiro Agrônomo
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ião Norte Entorno do DF
Jana Tomazelli
Região Sul / Sudeste
Koiti Komura Região Oeste Médico Veterinário
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Renildo Marques Teixeira Região Sudoeste Engenheiro Agrônomo
Jana Tomazelli
egião opolitana
Jana Tomazelli
Capacitação A capacitação dos técnicos foi iniciada no dia 13 de outubro, na sede do Senar Goiás, em Goiânia. A abertura dos trabalhos foi do presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, que tratou de assuntos que vão desde o Código Florestal à necessidade de reformulação ampla da política agrícola brasileira, dos problemas de logística e da NR31, que segundo ele, deve ser olhada de forma diferente e revista. Durante a capacitação, os técnicos tiveram palestras sobre o funcionamento do Sistema Faeg/Senar e sobre os programas especiais desenvolvidos
por ambas instituições. Eles também foram apresentados aos instrutores do Senar, que estão diariamente no campo. O grupo fez visitas técnicas à Brasília, para conhecer o trabalho desenvolvido na CNA, e ao Paraná, com a finalidade de ver o funcionamento do sistema de regionalização adotado naquele Estado. Eles também farão visitas aos sindicatos rurais goianos para observar os treinamentos do Senar que estão em andamento. A capacitação será finalizada no dia 24 de novembro. Os novos técnicos do Senar já entraram em Campo e no último final de semana de outubro, quatro desses profissionais estiveram nas edições do Campo Saúde que ocorreram em Santo Antônio do Descoberto e Cocalzinho de Goiás, respectivamente nos dias 29 e 30 de outubro. Os aprovados também participarão de treinamentos com palestras nos representantes de órgãos estaduais e nacionais, como Agência Goiana de Desenvolvimento e Regulação (AGDR), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro), Agrodefesa, Universidade Federal de Goiás (UFG), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh); e da iniciativa privada.
Vitor Hugo Região Sul/Sudeste Engenheiro Agrônomo
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Região Nordeste
institucional do Sistema Faeg/Senar em suas respectivas regiões. Segundo o chefe do departamento técnico do Senar, Flávio Henrique da Silva, há vários modelos de trabalho regionalizado já utilizados por federações brasileiras. Porém, o modelo goiano terá adaptações e serão considerados o número de municípios, os parceiros, logística, deslocamento e as aptidões do município. O trabalho do grupo será itinerante, eles não terão base e nem escritório fixo. Mensalmente, os oito técnicos terão que vir até Goiânia para fazer o planejamento mensal das ações do Sistema Faeg/Senar, no interior.
Rafael Albernaz Entorno do DF Zootecnista
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Lailson Damasio/Seagro
Governador do Estado, Marconi Perillo, com o presidente do Sistema Faeg/ Senar, José Mário Schreiner durante o lançamento da segunda etapa do vacinação contra aftosa
Goiás há um passo de zona livre sem vacinação Nesta etapa, somente serão vacinados animais com até 24 meses de vida Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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tendendo às reinvindicações da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou os produtores goianos vacinarem somente bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade durante essa segunda etapa anual da Campanha Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. O lançamento da campanha foi no final de outubro na Fazenda Vargem das Flores, no município de Joviânia, Sul de Goiás. De acordo com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a decisão de vacinar animais com até 24 meses melhora a imagem e a comercialização da carne produzida em Goiás. Ele acredita que este é o primeiro passo para que o estado se torne, definitivamente, livre da febre aftosa sem vacinação. “Com a conquista, o Estado vai abrir mercados para países
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que agreguem maior valor ao nosso produto”, destaca. O governador Marconi Perillo ressaltou que Goiás avançou muito em relação às etapas de vacinação. “Em 2000 conseguimos uma grande vitória que foi transformar Goiás em zona livre de aftosa com vacinação, este ano, damos outro significativo passo que é essa conquista de vacinar somente animais até 24 meses”, complementou. Outro ponto positivo é a economia de R$ 13 milhões em aquisição de doses. O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Antônio Flávio Camilo de Lima, se mostrou bastante confiante em o Estado alcançar, até 2014, o status de zona livre de aftosa sem vacinação. “Com muito trabalho, acho que é possível conquistarmos esse título”, reforçou.
Vacinação única Após 16 anos enquadrado no status de zona livre de aftosa com duas vacinações anuais é a primeira vez que serão imunizados apenas animais de até 24 meses, em cumprimento à medida que preconiza vacinação única para o rebanho. Cerca de 10 milhões de bovinos no Estado têm até 24 meses. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de Minas Gerais também terão vacinação parcial em novembro. No Brasil, apenas Santa Catarina é considerado Estado livre de aftosa sem vacinação. Segundo o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, Goiás está livre da doença desde agosto de 1995. A multa para quem não vacinar o gado é de R$ 7 por cabeça. Esse valor dobra em caso de reincidência. Na campanha de maio deste ano, a vacinação atingiu os 99,34% do rebanho. www.sistemafaeg.com.br
Mendel Cortizo
José Mário (Faeg), Antônio Flávio Camilo de Lima (Seagro) e Antenor Nogueira (Agrodefesa), durante o anúncio da realização do Congresso Internacional da Carne em Goiânia
Goiânia sediará Congresso Internacional da Carne Na rota de grandes eventos internacionais, Goiás sediará em 2012 e 2013 os mais importantes encontros de pecuária de corte e leite Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br O mercado está cada vez mais aberto para a carne brasileira e a variedade e qualidade do produto nacional o torna apto a atender às variações exigidas. Dada a importância do agronegócio goiano para a projeção internacional do Brasil como o novo celeiro do Mundo, o estado se prepara para receber um grande volume de eventos de repercussão mundial. Goiás sediará o Congresso Internacional do Leite, em 2012, o Congresso Internacional da Carne em 2013 e fará parte do circuito nacional que receberá a 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), no próximo ano. O documento propondo a realização do Congresso foi entregue ao presidente da IMS/OPIC, Arturo Llavallol, durante a 31ª Feira Internacional de Produtos Alimentícios (Anuga 2011), www.senargo.org.br
no Centro de Exposições de Colônia, Alemanha, no último mês, onde também participaram o vice-presidente da Faeg, José Manoel Caixeta, o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira e o secretário da Agricultura de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima. O Congresso Internacional da Carne é um dos mais importantes eventos sobre a cadeia do setor em âmbito mundial. O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, elogiou a escolha de Goiânia e ressaltou a importância de Goiás na grande produção de gado de corte de qualidade. Para ele, o Congresso reunirá as referências do setor da carne do Mundo, na capital goiana. Para José Mário, eventos como o Congresso da Carne serão uma oportunidade de Goiás identificar o que o Mundo espera da produção de alimen-
tos, por meio de contatos com indústrias e produtores. “A carne produzida em Goiás já é reconhecida nacional e internacionalmente. É importante lembrar que os pecuaristas goianos já adotam excelentes práticas de manejo, o que contribui, substancialmente, para a qualidade do produto”, comenta. Ele dá o exemplo da Feircorte, um ambiente fechado onde se preconiza o melhoramento genético e a gestão da atividade agropecuária para elevar a eficiência em toda cadeia produtiva. Os visitantes também conhecerão o sistema de confinamento de terminação (90 dias antes do abate) usado no Estado. A expectativa é que o Congresso Mundial da Carne traga para Goiás representantes da cadeia produtiva em todo Mundo, abrindo várias oportunidades para produtores e indústrias. Novembro/2011
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Jana Tomazelli
SEGURANÇA RURAL
Campo à prova de crimes Produtores ensinam o caminho das pedras para se protegem contra crimes e driblar a violência na zona rural Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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om a nova safra a todo vapor, o volume de cargas de fungicidas, herbicidas e inseticidas que circulam pelas estradas e pelas propriedades rurais aumenta. Nesta época, muitos produtores aproveitam também para renovar a frota de tratores e colheitadeiras a medida que a colheita da safra se aproxima. Pelo alto valor agregado desses produtos, propriedades rurais e caminhoneiros se tornam alvos frequentes de ladrões.
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O aumento do transporte de animais pelas estradas também se torna uma opção a mais para bandidos. De acordo com o presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg, Wilian José dos Santos, problemas sociais aliados à intensificação do policiamento nas cidades, que vem coibindo de forma intensa a ação de marginais urbanos, causaram um efeito colateral ímpar para a zona rural. Os criminosos migraram para o campo
onde encontraram um perfil de vítima mais suscetível. “A bandidagem tem migrado para o campo porque está menos protegido, principalmente por causa do número reduzido de patrulhamento policial”, destaca Wilian. O isolamento das propriedades, a distância entre as propriedades rurais e as cidades e o pouco contingente de policiamento da patrulha rural são aditivos à essa nova onda de crimes na zona rural. A demora na solução dos www.sistemafaeg.com.br
casos e a dificuldade na recuperação das cargas e animais furtados, somados aos aumentos nos números de integrantes das quadrilhas que se especializam a cada ação, agravam ainda mais a problemática. O presidente da Comissão chama a atenção para o preparo das quadrilhas especializadas em crimes na zona rural. Segundo ele, os criminosos são tão organizados que costumam fazer um levantamento prévio das máquinas disponíveis na propriedade e, quando vão consumar o crime, já levam um caminhão que abrigue todo o material que pretendem roubar. “Além das máquinas agrícolas, geralmente, levam bombas, geradores, motores e eletrodomésticos”, disse.
Produtores Os produtores se vêem reféns dessa onda de crimes que tem chamado a atenção pelo uso extremo da violência e o preparo dos criminosos que se munem de armas de calibres pesados e informações detalhadas sobre as propriedades e produtores alvos das investidas. Preocupados com os prejuízos que esses crimes podem trazer e com a demora do Poder Público em oferecer ferramentas de proteção no campo, produtores goianos decidem trilhar um caminho independente e se armam com técnicas preventivas de segurança especializada. De acordo com o presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg, os meses mais incidentes de crimes nas propriedades rurais são entre fevereiro e março, época em que os produtores começam a se preparar para a safra que se inicia, mas o perigo é recorrente o ano todo, principalmente para os criadores de gado. “Por mais que o produtor seja cauteloso, ele fica refém desses criminosos. Os bandidos estão cada vez mais preparados e informados sobre o patrimônio e rotina dos propriedades rurais. Fica cada vez mais difícil nos prevenirmos”, reclama. Ele reclama ainda que a cada safra a criminalidade aumenta. “Temos uma www.senargo.org.br
tremenda falta de estrutura para segurança rural, o contingente é muito pequeno de policiais militares”, denuncia. Ele lembra que o governo estadual
anunciou no início do ano a criação de um batalhão independente de segurança rural. “A medida iria proporcionar uma inibição da criminalidade”.
Reféns do crime Em uma das maiores operações de desmantelamento de quadrilha que atua na zona rural neste ano, a Polícia Civil desarticulou um grupo que roubava maquinário e defensivos agrícolas em Goiânia e cidades do interior. A Operação Sal da Terra prendeu 23 pessoas, mas falta ainda cumprir 11 mandados de prisão. A Polícia estima que R$ 10 milhões em mercadorias foram recuperados. Foram encontrados com a quadrilha cinco pistolas calibre 380, duas espingardas, sendo uma calibre 12 e outra calibre 44 e R$ 10 mil em espécie, além de carteiras de identidade falsas, blocos de notas fiscais falsas e radiocomunicadores. A quadrilha usava os rádios para se comunicarem e sintonizar a frequência dos rádios das Polícias Civil, Militar e Federal. A Polícia estima que nove assaltos foram feitos em fazendas nas cidades de Rio Verde, Morrinhos, Acreúna, Itumbiara. Cada assalto contava com a participação de cer-
ca de onze homens. Em uma das ações, 50 funcionários chegaram a ser rendidos em uma propiedade. A polícia adverte que as ações eram violentas e que há a suspeita de que dois fuzis pertencentes à quadrilha estejam enterrados em fazendas. Acredita-se que a quadrilha foi a mesma que agiu na propiedade do produtor Romildo Luceno, na região Sul. Na época, os funcionários foram feitos reféns e os criminosos levaram automóveis e cerca de R$ 30 mil em insumos. Um funcionário da fazenda foi morto pelos bandidos. “A ação dos criminosos foi muito violenta. Eles sabiam exatamente o que estava estocado na propriedade, os funcionários ficaram muito assustados. Não precisava matar meu colaborador”, lamenta o produtor que, por motivos de segurança os nomes dos produtores nessa matéria serão alterados. Ele participou de uma das reuniões com a Secretaria de Segurança Pública realizada pela Faeg este ano.
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Produtores ensinam como proteger a propriedade Cansados de levar prejuízos com constantes assaltos e o aumento da violência no campo, produtores rurais desistem de esperar por iniciativas públicas e arregaçam as mangas para protegerem seus patrimônios e a integridade de seus funcionários. Para preservar a integridade e a identidade dos produtores, serão usados nomes fictícios das pessoas que servirão de personagem nesse texto e serão alteradas as regiões onde atuam. O produtor rural da região Sudoeste Samiro Marcos teve sua propriedade assaltada duas vezes. Sem mencionar os valores ou os bens que foram levados, ele chama a atenção para o conhecimento que os bandidos tinham do que havia na propriedade. Mas depois de passado o susto e recuperado o prejuízo, ele conta que adotou algumas táticas para defender seu patrimônio. Uma das principais mudanças, segundo ele, foi a intensificação das medidas de identificação para a entrada de visitantes e fornecedores na propriedade. “A entrada de pessoas desconhecidas é uma das principais
COMO PROTEGER O GADO • Reservar os pastos próximos de estradas e longe da sede para o gado mais fraco; • Destinar os pastos mais seguros para animais gordos e mansos; • Contratar vigilância noturna, se possível;
ferramentas utilizadas por bandidos. Eles se disfarçam para terem acesso a informações sobre a propriedade”, alerta. O presidente da Comissão de Segurança Rural da Faeg, Wilian José dos Santos conta que nunca teve sua propriedade invadida, mas ensina algumas dicas. Além de fiscalizar a entrada de estranhos no local ele indica a contratação de segurança especializada, pelo menos, à noite. Outra medida sugerida por ele é a utilização de trancas em porteiras de áreas mais afastadas da sede. A Faeg preparou uma cartilha sobre segurança no campo que distribui gratuitamente para os produtores rurais. No material consta algumas dicas simples, mas muitas vezes ignoradas pelos produtores para se protegerem contra algumas táticas simples são evitar ostentação de riquezas, orientar os funcionários a não oferecer informações a estranhos, evitar manter na fazenda, dinheiro, mobília ou equipamentos caros e evitar deixar a propriedade abandonada sem caseiro são algumas das orientações.
• Dificultar o acesso à propriedade colocando cadeado nas porteiras; • Pesquisar referências antes de contratar novos funcionários; • Suspeitar de pessoas que estejam rondando a propriedade.
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• Orientar os funcionários a não oferecer informações a estranhos; • Evitar manter na fazenda, dinheiro, mobília ou equipamentos caros; • Evitar comentar grandes vendas; • Evitar colocar placas com o nome do proprietário;
• Evitar manter na fazenda grandes quantidades de insumos; • O armazenamento na fazenda deve ser feito em depósitos que ofereçam o máximo de segurança possível aos produtos; • Não comentar na cidade as compras de insumos;
Fonte: Faeg/SSPJGO
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• O transporte desses produtos deve ser feito pela própria revendedora; • Caso o transporte seja feito pelo produtor, fazê-lo, se possível, com o apoio de viaturas policiais ou escolta particular.
Fonte: Faeg/SSPJGO
COMO PROTEGER VEÍCULOS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS • Utilizar garagens fechadas, evitando exposição de veículos; • Manter em galpões fechados as máquinas e equipamentos agrícolas; • Fazer seguro de veículos e máquinas; • Manter os veículos sempre em boas condições para evitar defeitos mecânicos nas viagens;
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• Instalar alarmes de emergência na propriedade; • Evitar carregar dinheiro para o pagamento de colaboradores; • Manter escondido na propriedade um celular para emergências.
COMO PROTEGER OS INSUMOS
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Fonte: Faeg/SSPJGO
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COMO PROTEGER A PROPRIEDADE
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• Se perceber que está sendo seguido por outro veículo, haja com naturalidade, pare na fazenda mais próxima em busca de socorro; • Caso seja vítima de um acidente de trânsito que lhe pareça proposital, não pare para verificar os danos. Fonte: Faeg/SSPJGO
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Faeg cobra segurança O secretário de segurança pública, João Furtado e comandantes das polícias civil, militar e corpo de bombeiros participaram este ano de diversas reuniões com produtores rurais, por intermédio da Faeg. Em alguns desses encontros, representantes do setor reclamaram da situação que se encontra a segurança das propriedades rurais que constantemente sofrem com roubos, invasões, assaltos e outros crimes contra a vida dos produtores e seus colaboradores. Em um desses encontros, realizado em junho deste ano, o presidente da Federação, José Mário Schreiner, sugeriu a criação de núcleos especializados em crimes rurais nas delegacias regionais do interior goiano para agilizar o processo de investigação dos casos de crimes na zona rural esses casos. “Precisamos ir afinando as
relações entre o setor produtivo rural e a segurança pública. Devemos tratar do assunto de maneira ampla para garantirmos mais proteção de nossas propriedades”, comenta. Atento às reivindicações do setor, o secretário comentou os recentes casos de violência no campo e divulgou algumas medidas. Furtado anunciou, naquela época, a intenção do governo estadual de realizar um concurso público para a contratação de policiais para trabalharem especificamente na patrulha agrícola. Ele disse também que estaria trabalhando em um projeto inédito no Brasil, a criação de uma patrulha de divisas. Essa patrulha iria fiscalizar as fronteiras dos quatro cantos de Goiás. “Os problemas de segurança se renovam a todo momento. Pre-
cisamos estar atendo às demandas para manter um trabalho mais efetivo”, diz. A Revista Campo entrou em contato com a equipe da assessoria de comunicação do secretário para saber em que estágio estão as medidas anunciadas por João Furtado, mas até o fechamento da edição não obtivemos resposta.
A conquista do Agrinho O concurso promovido pelo Sistema Faeg/Senar iniciou a fase de avaliação dos projetos. Enquanto isso, professoras e alunos do interior mostram suas conquistas Karine Rodrigues | karine@faeg.com.br
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o mês de outubro, foram encerradas as inscrições para a edição 2011 do Prêmio Agrinho e iniciada a seleção dos trabalhos enviados para a comissão julgadora. Segundo a coordenadora do Programa Agrinho em Goiás, Maria Adelaide Macarini dos Santos, esta edição do Projeto está marcada pela criatividade de alunos e professores que, durante todo o ano, desenvolveram atividades sobre o tema “Alimentação saudável e meio ambiente”. Ano passado, foram inscritos 1.309 trabalhos. Este ano, até o final do mês de
outubro, foram contabilizados 1.437 inscritos, mas Adelaide acredita que o número deve, no mínimo, dobrar, uma vez que em 2010, o número de alunos participantes foi de 250 mil alunos em 120 municípios goianos. Em 2011, são 400 mil alunos de 150 municípios. As 16 crianças da turma do Jardim II do Centro Municipal de Educação Infantil Professora Juliana Maria de Souza Lima Leonardo, em Itarumã, plantaram um pomar na área livre da escola. Além dessas atividades, os pequenos, que têm entre três e seis anos de idade, aprenderam a separar o lixo para a coleta seletiva, participaram da caminhada ecológica na cidade e ainda são responsáveis por cuidar de um pomar na escola e plantar em casa uma muda de
árvore frutífera que ganharam da escola. Todas essas ações foram pensadas e executadas pela professora Juliana Furtado dos Santos, que contou com a ajuda da coordenação e de outras professoras da escola. A professora explica que, além do trabalho interno na escola, ela conseguiu mobilizar a população do município, por meio de caminhada ecológica que ocorreu no último dia 26 de setembro. Parcerias com empresas para recolher e reciclar o lixo resultou na produção de uma sacola retornável para evitar o uso de sacolas plásticas. O projeto também contou com o apoio da prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação de Itarumã que auxiliaram na realização da caminhada ecológica. Cabeça e coração Direto da região Norte de Goiás, a professora Rosângela Peres da Escola Municipal Izaura Maria da Silva Oliveira de Minaçú, trabalha com os 24 alunos da segunda série o projeto “Saúde
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tiva Mista Agropecuária dos Produtores Rurais de Minaçu (Coopraçu), ela conseguiu ajuda para inserir novidades no cardápio como verduras e legumes. Além das mudanças no lanche, a escola montou uma horta suspensa na escola em quatro cochos, os alunos fizeram duas caminhadas na cidade
durante a Semana do Meio Ambiente, um piquenique no final do mês de abril e uma oficina de culinária. Arrecadaram também cestas básicas e distribuíram entre as famílias de alunos carentes da escola. Segundo a professora, o melhor foi criar a consciência de que a alimentação adequada é a base para uma vida saudável.
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da boca para dentro e do coração para fora”. Ela explicou que o projeto foi uma forma de conscientizar os alunos para a importância da alimentação saudável e de como a comida pode ser uma excelente ferramenta para evitar doenças. Logo após o início da execução do projeto, a professora montou uma tabela de dados com as informações de peso e altura de cada aluno. Rosângela explicou que depois do início da pesquisa o foco mudou e o trabalho foi intensificado na melhoria do lanche. Muitos alunos estavam com problema de crescimento e o desperdício de comida era grande. Somente no período vespertino, o desperdício calculado chegava a 89 quilos de comida por mês. Com ajuda de outras professoras da escola e de uma nutricionista, Rosângela montou um cardápio de lanche e uma tabela nutricional e afixou no colégio. Em parceria com a Central de Associações de Produtores Rurais de Minaçu (Campeam) e a Coopera-
Alunos da Escola Municipal Izaura Mª da Silva Oliveira, de Minuaçu, mostram as cestas que foram entregues às famílias carentes de alunos da escola www.senargo.org.br
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Professora Rosane e seus alunos que desenvolveram projeto de produzir sacolas feitas com materiais reciclados
rães como professora, conseguiram doações de legumes, verduras e frutas para encher 20 caixas. Os itens foram selecionados divididos e distribuídos entre as famílias carentes do município. A iniciativa fez com que os alunos aprendessem a evitar o desperdício, a valorizar o que têm para comer em casa
e na escola, a comer alimentos mais saudáveis como frutas e verduras, além de melhorar a higiene pessoal. O projeto da professora Simone chamou a atenção dos coordenadores do programa do governo federal Bolsa Família que se agregou à iniciativa e, a partir deste mês, irá distribuir cestas de
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Perto de Goiânia, em Bela Vista de Goiás, as escolas da cidade se empenharam nos projetos para o Agrinho. No dia 21 de outubro, as escolas que participam do programa fizeram um grande encontro no salão paroquial da cidade para expor os projetos que foram inscritos no concurso. O tema “Alimentação Saudável e meio ambiente” foi respeitado, mas projetos paralelos relacionados à reciclagem, destinação de lixo hospitalar, destinação de lixo eletrônico, aproveitamento de plásticos para confecção de brinquedos, produção de material de limpeza como sabão em barra e líquido, e até telha para cobrir casa foi produzida com embalagens tetra pak. Na Escola Municipal Geraldo Clarimundo Prego, as professoras Simone Guimarães, Margareth Araújo e Rosane Magalhães estão empenhadas para desenvolver, segundo elas, o melhor trabalho do Agrinho de 2011. Fiéis ao tema “Alimentação Saudável”, cada uma desenvolveu um projeto, conforme a série e a idade dos alunos, mas uma coisa elas têm em comum, os trabalhos estão movimentando a cidade. Os alunos da segunda série entre seis e oito anos, com Simone Guima-
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Participação conjunta
Simone Guimarães e os alunos da segunda série da Escola Geraldo Prego durante exposição dos trabalhos do Agrinho em Bela Vista 26 | CAMPO
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frutas, verduras e legumes para as duas mil famílias cadastradas no programa em Bela Vista. Sem conter o entusiasmo, a professora diz que não esperava que os resultados do projeto tivesse um alcance tão grande. Para ela, mudar certas atitudes dos alunos já era suficiente, mas ter sua ideia incorporada ao Bolsa Família superou todas as expectativas. A professora Margareth Araújo, disse que a turma da terceira série é bastante interessada e tudo que foi proposto foi feito e levado à diante. O sucesso foi total e resultou em um caderno de receitas elaborado pelos próprios alunos, sozinhos ou com a ajuda de pais e avós. O resultado foi um festival de aproveitamento de ingredientes que seriam jogados fora para produção de receitas deliciosas como fanta caseira, produzida com casca de laranja, cenoura e limonada; o bolinho de talos fritos; o patê de talos de couve ou ainda a panqueca verde e a geleia de casca de banana e casca de goiaba. Cabeça e coração A professora Rosane Magalhães montou uma apresentação musical e fez um DVD dos estudantes. “Os 24 alunos do quarto ano já estão conscientes da necessidade de reduzir o consumo de sacolas plásticas, mas era preciso levar essa consciência para o restante da cidade, por isso recorremos aos supermercados, prefeitura e Sindicato Rural para arrecadarmos doações para produzir uma sacola retornável, ou seja, pode ser usada várias vezes”, disse. O sucesso foi tanto que vereadores de Bela Vista pretendem criar um projeto de lei que visa a redução do uso de sacolas de plástico no município. Também da Escola Geraldo Prego, a professor Valéria Bastos fez um trabalho para mostrar o período do uso de agrotóxicos nos alimentos, principalmente, os
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Telha reciclada As alunas Beatriz Ribeiro, Amanda Dionísio e Larissa Nascimento, usaram todo o desprendimento para mostrar as receitas produzidas por elas e por outros alunos da Escola Municipal Nicanor Gomes Pereira a partir de sobras de alimentos. Além das receitas muito bem apresentadas por elas durante o encontro no Salão Paroquial, mostraram outros resultados do projeto “Produzir e preservar um novo olhar”, que resultou para a escola a produção de uma horta orgânica, para nutrí-la, os alunos fizeram gincana do esterco. Direto da Escola Municipal Dona Menina, os alunos chegaram ao máximo de produzir telhas para cobrir casas de embalagens de produtos tetra park. Eles aprenderam a técnica ano passado, em uma oficina de reciclagem feita na escola. Os cerca de 380 alunos saíram às ruas recolhendo material reciclável para produzir vários itens, entre eles, brinquedos. Mas o orgulho dos coordenadores da
que serão consumidos in natura. Na Escola Emíli Blank, o projeto encampado por todo o colégio é “Preservar para não faltar”, dentro do tema, os alunos plantaram um pomar na escola e uma horta
escola, Adelmi Guimarães e Kátia de Sousa foi a participação dos alunos e mobilização da comunidade. “Os resultados do trabalho foram excelentes”, contam.
de onde são retirados os alimentos para fazer o lanche escolar que é servido quatro vezes ao dia, pois a escola é integral. Com garrafas pet, latas de alumínios os alunos também produziram brinquedos.
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Sindicato Rural/Chapadão do Céu
Trecho da GO 206 em Chapadão do Céu fica intrafegável em período chuvoso
Safra nova, estradas e problemas antigos Faeg cobra agilidade e rapidez na restauração das estradas que escoam a produção agrícola Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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raçar em conjunto metas emergenciais para recuperar as principais vias de escoamento da produção agrícolas goiana é o principal objetivo de um grupo misto de trabalho composto pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Formado no final de outubro, esse grupo se reunirá periodicamente a cada 15 dias para tratar da problemática. A Faeg entregou à Agetop um levantamento elaborado pelos Sindicatos Rurais com os principais trechos carentes de recuperação. A Federação calcula que o estado perde cerca de 600 mil toneladas de grãos por problemas de logística todo ano, ou seja, 10% da safra. As regiões que mais carecem de recuperação são a 28 | CAMPO
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Sul, Sudeste e Vale do Araguaia, coincidentemente, as maiores produtoras do Estado. “Sabemos da demora natural do processo, mas precisamos ganhar velocidade porque a safra não pode esperar”, completou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner. De acordo com ele, mais da metade da malha viária do Estado ainda não é pavimentada ou está em péssimas condições de tráfego. José Mário cita como exemplo a GO-206 em Chapadão do Céu que conta com um grande tráfego de caminhões no escoamento da safra. “Precisamos trabalhar juntos, setor privado e entidades públicas, para resolver o problema”, frisa. De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, as demandas são grandes, mas a entidade irá resol-
ver os pontos críticos levantados pelos produtores rurais. “Esse levantamento ajuda muito, mas só a Agetop tem a visão técnica dos trechos emergenciais”, emendou. Segundo ele, a Agência está trabalhando a todo vapor para deixar todas as rodovias goianas em boas condições de tráfego até o fim do atual governo estadual. Questionado sobre a demora para o início dos trabalhos, o presidente da Agetop culpa a burocracia. “O processo licitório é demorado e precisamos formular parcerias bem feitas para não acontecer imprevistos contratuais que impeçam as empresas contratadas de realizar determinados trabalhos de manutenção dos trechos licitados”, justifica. Para este ano, a Agetop pretende recuperar 2,081 quilômetros de rodovias. www.sistemafaeg.com.br
Agetop anuncia trechos priorizados No início do mês, a Agetop divulgou 30 trechos que serão priorizados nas ações de recuperação das rodovias goianas, bem como os serviços de manutenção que podem ser executados nas estradas no período chuvoso - os trechos foram selecionados com base no levantamento da Faeg (veja quadro). De acordo com o vice-presidente da Agetop, Adriano Rodrigues, a Agência pretende redobrar o trabalho para manter o tráfego normal nos principais corredores de escoamento da produção agropecuária. Ele garante que, 1.514,3 quilômetros de rodovias dos 2.081,4 quilômetros previstos para serem recuperados nesta primeira etapa do Programa Rodovida Reconstrução receberão obras nos próximos dias. Estes trechos ligam diretamente cerca de 50 sedes municipais. “A
previsão é que até o final do ano, grande parte dos trechos desta primeira etapa sejam concluídos”, disse. Os recursos utilizados em 2011 pelo Rodovida são de cerca de R$ 300 milhões. Para 2012 o Rodovida Reconstrução atuará em outros dois mil quilômetros de 41 rodovias, em um total de 55 trechos. Somadas as duas fases do programa, a Agetop reconstruirá em dois anos cerca de 42% da malha rodoviária estadual. O diretor institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, acredita que a Agetop terá dificuldade em dar continuidade aos trabalhos devido ao período chuvoso. “Este trabalho começou tarde. A safra já se iniciou e os problemas permanecem. Mas apesar do atraso, temos que transportar, a safra não pode esperar”, reclamou.
Lentidão O vice-presidente da Agetop explicou que já cobrou rapidez do andamento dos trabalhos. A Agência instituiu patrulhas móveis que irão fazer intervenções emergenciais nas rodovias em estado crítico neste período de chuvas - as patrulhas são compostas por patrolas, caminhões e veículos próprios. Para Bartolomeu, as patrulhas emergenciais são bem vindas, com ressalvas. “Não sabemos ainda se a quantidade de máquinas dessas patrulhas é a ideal. Temos muitos trechos que não entraram no Programa Rodovida, então, vamos continuar cobrando resultados rápidos e satisfatórios para escoar nossa produção, porque, com estradas ruins, não perdem somente os produtores rurais, mas toda a sociedade paga”.
Fonte: Agetop
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Auditório lotado durante o Goiás Mais Leite – 14º Seminário Goiano de Pecuária Leiteira, em Goiânia
Produtores preocupados com a qualidade do leite Pecuaristas e produtores de leite de todo o Estado se reuniram para discutir a cadeia leiteira goiana. Goiás sediará o próximo Congresso Internacional do Leite, em 2012 Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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arantir suporte técnico para o produtor de leite administrar a propriedade e promover a sustentabilidade do setor, bem como melhorar a qualidade do produto produzido no Estado. Essas são as principais demandas do produtor de leite goiano. Assistência técnica, cuidados na gestão e capacitação dos profissionais também são necessidades do setor. Esses temas foram assuntos tratados durante o Goiás Mais Leite – 14º Seminário Goiano de Pecuária Leiteira. O evento foi promovido pelo Sistema Faeg/Senar e Sindicatos Rurais, com a correalização da Embrapa Gado de Leite, no início de outubro, em Goiânia. Goiás é o quarto maior produtor de leite do País, o Estado representa, sozinho, 10% da produção nacional. São 55 mil propriedades de leite, com 2,3 milhões de vacas ordenhadas. São mais de 3,1 bilhões
de litros ao ano. Mesmo diante de um cenário farto de produção, o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, conta que 81% dos produtores de leite não têm assistência técnica. Ele explicou que o setor leiteiro em Goiás está crescendo abaixo da média nacional de preços. “O produtor precisa de confiança para acreditar que o resultado de seu trabalho e investimento irá trazer rentabilidade para garantir a sustentabilidade de sua atividade”, comentou. Durante o encontro, o presidente do Sistema Faeg/Senar anunciou que Goiânia será sede do próximo 11° Congresso Internacional do Leite, que será realizado em 2012. O objetivo do Congresso será discutir com os produtores e demais elos da cadeia produtiva do leite, a importância de se trabalhar a gestão e a qualidade do leite em prol do setor lácteo. As discussões www.sistemafaeg.com.br
promovidas durante o evento irão nortear ações e políticas específicas ao setor que serão desenvolvidas pelas organizações e entidades ligadas à atividade leiteira. Goiás Mais Leite O especialista Roberto Jank, diretor da Agrindus S.A., apresentou, durante o Seminário, maneiras de como conseguir melhor aproveitamento de áreas para aumentar a produção leiteira nas propriedades. Ele destacou ainda a diferença entre pequenos proprietários de terra para o volume de produção na área. “Em alguns países, os produtores conseguem produzir grandes quantidades de leite em pequenos territórios”, completou. Desde 2003, trabalhando para o desenvolvimento da Fazenda Leitíssimo na Bahia, Craig William Bell, apresentou aos produtores presentes, métodos adotados pela cadeia láctea em sua propriedade e destacou a qualidade do leite goiano e a gestão das
propriedades rurais do setor. Condições de trabalho O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, também foi um dos debatedores durante o Goiás Mais Leite. De acordo com ele, as discussões em torno das exigências sobre a qualidade do produto devem ser intensificadas para se chegar à conclusão de condições ideais de cobrança e responsabilização. “Se o produtor é obrigado a armazenar seu produto em condições adequadas e climatizadas, deve ter alguém responsabilizado em oferecer energia para tal. Se somos obrigados a entregar o produto a cada 48 horas, deve haver alguém competente para disponibilizar estradas adequadas para o transporte do produto”, alfinetou o poder público pelas quedas constantes de energia na zona rural e pelas condições das estradas rurais no Estado. Alvim fez ainda duras críticas à IN 51 e
às exigências por qualidade do leite. “Acho que quando nos propomos a produzir algo temos que fazer com qualidade, isso não é um favor e sim uma obrigação do produtor de leite, mas ele não pode ser responsabilizado sozinho por essa exigência”, reclama. O governador em exercício e presidente da Celg, José Éliton Figuerêdo Júnior garantiu que 6% dos problemas de queda de energia na zona rural em Goiás já foram resolvidos. Segundo ele, o governo do Estado está trabalhando para dar melhores garantias de infraestrutura para os produtores rurais goianos. As quedas constantes de energia em Goiás têm se tornado um entrave para os produtores de leite que usam ordenha mecanizada e também precisam armazenar o produto em tanques de resfriamento. “Essa melhoria ainda não é a ideal, mas estamos trabalhando para dar condições adequadas de trabalho para os produtores”, disse.
O Sistema Faeg/Senar, Governo de Goiás, Secretaria de Agricultura do Estado e Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) assinaram, durante o Goiás Mais Leite, um protocolo de intenções para a implantação do programa Balde Cheio no município de Formosa. De autoria da Embrapa Pecuária Sudeste, o Programa já alcançou duas mil propriedades rurais em 350 municípios de 10 Estados, já capacitou 50 técnicos e tem mais 500 em capacitação. O público-alvo do Programa são propriedades com no máximo 20 hectares, ou seja, pequenos produtores. O primeiro foco do Balde Cheio não são os animais, nem a propriedade, mas o produtor. O pesquisador e coordenador do programa Balde Cheio da Embrapa Pecuáwww.senargo.org.br
ria Sudeste, Artur Chinelato, foi um dos debatedores do evento. Chinelato falou da importância da extensão rural para a pecuária de leite e apresentou casos concretos de melhora na renda do pecuarista. O Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Alessandro de Sá Guimarães, foi o palestrante do painel “O que falta e o que o setor produtivo pode fazer pela qualidade do leite?”. Durante a explanação, Alessandro afirmou que só a capacitação do produtor rural ou do profissional que trabalha na atividade pode fazer o produto brasileiro alcançar índices de qualidade exigidos internacionalmente. “Com muito trabalho é possível alcançarmos níveis de qualidade internacional. Gerenciamento sem capacitação não adianta quase nada”, comparou.
Mendel Cortizo
Nova parceria para o Balde Cheio em Goiás
Para Alessandro de Sá, só a capacitação profissional pode fazer o produto brasileiro alcançar índices de qualidade exigidos internacionalmente. Novembro/2011
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CAMPO RESPONDE Onde posso consultar séries históricas referentes a preços de fertilizantes praticados tanto no Brasil quanto no exterior? Thiago Gramani
Essa série pode ser encontrada na Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em São Paulo. A entidade trabalha com dados de todas as misturadoras do Brasil. O site é: www.anda.org.br. Consultor: ALEXANDRO ALVES, assessor técnico da Faeg para a área de cana-de-açúcar e bioenergia.
Como proceder caso não receba o boleto para o pagamento da contribuição sindical rural? Jader Macedo de Alencar
Caso tenha passado mais de três meses do vencimento, o acerto referente aos exercícios em aberto poderão ser feitos na Faeg ou no Sindicato Rural mais próximo. O Aviso de Débito, se refere a débitos da Contribuição Sindical Rural. Para mais detalhes, o produtor deve informar o código que aparece no rodapé da carta (abaixo do nome) ou entrar em contato pelo telefone: 3096-2200 (setor de arrecadação da Faeg). Consultor: LEONARDO VINÍCIUS, chefe do setor de arrecadação da Faeg.
Rodrigo Nishida
A rigor, os tratores e máquinas agrícolas não estão proibidos de circular nas vias públicas, mas para isso precisam ter o registro e licenciamento do Detran, devendo receber numeração especial, estar em sintonia com as determinações que prevêem a circulação de máquinas e atender os requisitos e condições de segurança. Acidentes decorrentes de máquinas irregulares nas rodovias podem ocasionar sérios prejuízos patrimoniais aos proprietários.
Envie suas dúvidas para revistacampo@faeg.com.br. Não se esqueça de colocar nome completo, a região onde mora e a cultura que produz. Envie-nos também fotos do assunto que pretende obter resposta.
Divulgação/CaseIH
Planto em oito pequenas propriedades num raio de sete quilômetros, todos os acessos são por rodovias. Como fazer para transitar com as máquinas agrícolas já que a legislação nos obriga a contratar um caminhão prancha para transportá-las? Essa medida inviabiliza nosso trabalho.
Consultor: AUGUSTO CÉSAR DE ANDRADE, assessor jurídico da Faeg.
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Cristiano Ferreira
DELÍCIAS DO CAMPO
Divulgação
Receita elaborada por Cristiano Ferreira, instrutor de Cozinha Rural do Senar, em Goiás.
Pão de beterraba Ingredientes:
Modo de fazer:
1 kg de farinha (ou até dar o ponto) 1 copo de purê de beterraba cozida 2 colheres das de sopa cheia de margarina ½ copo de açúcar 1 copo de leite 1 copo de água 2 ovos 1 colher de sopa de sal
Dissolva o fermento no leite. Em uma tijela à parte, junte a margarina ao purê de beterraba ainda quente. Misture a farinha, o purê, o fermento dissolvido no leite, a água e os ovos. Mexa com cuidado, sem bater a massa evitando esfarelar. Deixe crescer. Sove a massa e enrole os pães no formato redondo. Coloque em uma assadeira, pincele-os com ovo batido e coloque para crescer até dobrar de tamanho. Pincele novamente com ovo e leve ao forno pré-aquecido em 200º até dourar.
Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200.
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CASO DE SUCESSO
Jana Tomazelli
Francisco Alves de Sousa conseguiu aumentar em 70% sua renda com o curso de doma de equídeos, do Senar
Como participar Os interessados em treinamentos e cursos do Senar Goiás no município de Porangatu devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone: (62) 3362-4246.
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Animal domado é dinheiro no bolso Domador de cavalos no município de Porangatu, Francisco Alves, quase dobrou sua renda com treinamento do Senar Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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avalos sempre foi a paixão do domador Francisco Alves de Sousa, 43 anos. Da doma, ele tira o sustento da família e paga o aluguel de uma pequena propriedade rural onde vive, no município de Porangatu, Norte do Estado. Muito cuidadoso e atencioso com os bichos, ele conta que monta em mais de dez cavalos todos os dias. A proximidade dele com os animais é tanta que basta um simples gesto do domador para o cavalo responder com destreza e rapidez. Nem sempre a relação entre o domador e o bicho foi amigável. Quando começou a trabalhar com cavalos, Francisco adotava a doma convencional, ou seja, aquela que utiliza chicotes e ferrões para adestrar os animais. “Com a doma convencional, eu gastava muito tempo e estressava os cavalos com a gritaria e o treinamento mais agressivo”, relata. Foi então que o domador ficou sabendo, por meio do Sindicato Rural de Porangatu, que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Goiás, iria disponibilizar cursos na área de equídeos na região. Mais que depressa, ele se inscreveu gratuitamente no treinamento de doma racional, em 2010. Ele ficou tão satisfeito
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com as técnicas aprendidas durante o treinamento, que logo passou a adotá-las na lida com os animais. De acordo com Francisco, os benefícios da doma racional vão além do trato mais amigável e sem agressão com os bichos, o tempo de trabalho gasto para adestrar cada cavalo é bem menor, o que turbinou a renda do domador e o transformou em uma verdadeira autoridade no assunto na região. “Com a doma racional, o animal fica mais dócil em menos tempo. O domador consegue se aproximar sem medo do bicho e o animal adquire mais confiança no Homem”, enumera. “Aqui no rancho, chega muito animal que ninguém consegue domar”, completa. Tempo é dinheiro Quando afirma que a utilização da doma racional melhorou a renda dele, o domador não está exagerando. Depois que passou a trabalhar com técnicas mais humanas de trabalho com os cavalos, Francisco calcula que conseguiu um saldo de mais de 70% na renda mensal da propriedade. “Meu trabalho ficou tão mais simplificado que sobra tempo para atender mais clientes”. Francisco doma cerca de oito animais por mês. Ele gasta uma média de três
meses para finalizar o trabalho e afirma que com a doma racional adquire resultados mais satisfatórios. Por cada doma, ele cobra um salário mínimo. Com a economia de tempo na doma de cada animal, ele aproveitou para oferecer um novo serviço e incrementar ainda mais a renda da propriedade. No Rancho WM, de nove alqueires, ele também oferece o serviço de hotel para cavalos. O aluguel de cada baia custa R$ 100 por mês. Além de hospedar os bichos, ele trata dos cavalos com o mesmo carinho e respeito que dedica aos animais que doma. Francisco fez outros treinamentos do Senar como rédeas e inseminação artificial. “Estou muito satisfeito. Por causa das técnicas aprendidas durante os treinamentos do Senar eu tenho uma renda bem melhor hoje. O Senar realmente mudou a minha vida e a forma como eu trabalho”, comemora.
O personagem da coluna Caso de Sucesso, edição de agosto n° 194, Ednaldo da Costa de Luziânia, também fez treinamentos para a área de bovinocultura oferecidos pela Corumbá Concessões. Novembro/2011
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CURSOS E TREINAMENTOS
Qualidad produçã
*Cristiano Ferreira da Silveira | cristianofsilveira@yahoo.com
EM OUTUBRO, O SENAR PROMOVEU
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CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
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Na área de agricultura
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Em atividaNa área de de de apoio silvicultura agrossilvipastoril
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Na área de Na área de agroindústria aquicultura
120 Na área de pecuária
50 Em atividades relativas à prestação de serviços www.sistemafaeg.com.br
Marcus Vinícius
de na ão
Rhudy Crysthian | rhudy@faeg.com.br
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om o objetivo de treinar e capacitar profissionais para trabalharem no desenvolvimento da classificação e padronização da banana no Estado, o Senar, em Goiás, oferece treinamento de fruticultura/banana. A banana é cultivada em todas as regiões quentes do País e produz durante quase todo o ano. O sucesso em comercialização da fruta perde apenas para a laranja, tamanha a aceitação do produto no mercado. O Brasil se destaca neste cenário, porque é o segundo maior produtor de banana e um dos maiores exportadores do Mundo. Visando atender um público em constante expansão, oferecendo profissionais qualificados para trabalharem com a cultura, o treinamento do Senar abrange diversas variedades de banana e repassa aos participantes conhecimentos da área de adubação de cobertura, plantio, mudas, manejo, colheita e pós-colheira, entre outros. O treinamento aborda, também o rendimento da fruta, bem como embalagem da banana, transporte e comercialização do produto. O treinamento é voltado a produtores e trabalhadores rurais, que tenham idade mínima de 18 anos.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br
*Cristiano Ferreira da Silveira é tecnólogo em gastronomia e instrutor de Cozinha Rural do Senar, em Goiás.
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CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL
5 Organização Comunitária
4 Saúde e Alimentação
5 Prevenção de acidentes
27 Artesanato
4687 PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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Fred Palladino
CAMPO ABERTO
Fator P: Tecnologia a favor da produtividade lucrativa e sustentável Lauriston Bertelli | premix@premix.com.br
Catarina Marrão
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Lauriston Bertelli, é diretor-técnico da Premix Nutrição e Resultados
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pecuária brasileira tem evoluído nos últimos anos a passos largos sustentada pelo importante avanço tecnológico em todas as áreas desse setor. Quando voltamos às atenções para a nutrição de ruminantes, percebemos que muito se evoluiu quanto aos conceitos no uso de tecnologias. Neste campo, temos hoje um grande desafio: o aumento de eficiência alimentar acompanhado do lucro e sustentabilidade. Os bovinos têm sido alvo da artilharia de ambientalistas desinformados que criticam a emissão de metano como se isto fosse o maior dos poluentes. Na verdade, os ruminantes são, talvez, a única espécie de animais que podemos produzir como alimento com a menor competitividade com a espécie humana, graças a esta máquina fantástica chamada de rúmen. O rúmen é uma câmara de fermentação capaz de transformar fibras (celulose
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e hemicelulose) em energia, como também realizar síntese de proteína; tudo isto por meio da diversificada flora ruminal (bactérias e protozoários). No processo da degradação das fibras são produzidos gases e um deles é o metano, que pode ser reduzido pela manipulação das dietas, com o uso de aditivos adicionados nas dietas ou em suplementos minerais que podem ser o grande veículo destas tecnologias. Existe no mercado, suplemento aditivo resultado de aproximadamente dez anos de desenvolvimento e pesquisas. Essa tecnologia, chamada de Fator P, é composta por probióticos, prebióticos e polímeros de ácidos graxos essenciais, associados com algas marinhas e surfactantes. Em experimentos com animais em pastejo, o Fator P aumentou a produção energética ruminal, degradação de FDN dos animais e um aumento na eficiência de ganho de peso que
variou entre 15% a 20%, o que representa 100 a 150 gramas de peso vivo a mais. O mesmo ocorre em animais confinados nas mais diversas dietas, pois promove melhor equilíbrio ruminal. O produto é orgânico e, quando avaliado, não interferiu negativamente na qualidade e maciez da carne. Pesquisas verificaram o desempenho do Fator P em diferentes grupos genéticos e em forragens em piores condições, assim como diferença no peso de traseiros. A produção de metano e os resultados mostram números reduzidos em 17% após 24 horas da ingestão de alimentos com Fator P. Ainda é possível mencionar a viabilidade econômica dessa tecnologia, já que como tecnologia de vanguarda, não se tem dúvidas. O ponto de equilíbrio para se pagar o aditivo no suplemento mineral para animais em crescimento e terminação é de 8 a 10 gramas de peso vivo diários, como referência o preço da arroba de R$ 90. www.sistemafaeg.com.br