ISSN 2178-5781
Ano XIII | 209 | Novembro 2012 9912263550
Banana Setor se destaca no Estado, mas ainda há espaço para crescer
Produção de leite Do pequeno ao grande produtor, capacitação é fundamental
Inovações no processamento e na mecanização do Tomate Industrial Muitas novidades, Temas de grande importância para o setor Nomes qualificados para debater
Conheça as formas de participação e garanta já o seu estande!
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PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Conselho editorial Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins Editores: Francila Calica (01996/GO) e Rhudy Crysthian (02080/GO) Reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO) e Leydiane Alves Fotografia: Jana Tomazelli Techio, Gutiérisson Azidon Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges,
Bom momento para o leite
U
ma parceria do Sistema Faeg/Senar com a Embrapa Gado de Leite resultou em um dos maiores eventos do País de assistência técnica para produtores de leite. O 11° Congresso Internacional do Leite, pela terceira vez em Goiás, reunirá produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes. Iremos oferecer informação, conhecimento e novidades em tecnologia e assistência técnica para o produtor continuar seu ritmo de crescimento. A produção de leite se mostra hoje uma das atividades mais democráticas desenvolvidas em Goiás. Presente em todos os 246 municípios goianos não podemos esquecer que a atividade tem suas especificidades típicas de uma atividade promissora e que precisa de suporte técnico qualificado para continuar sua trajetória positiva de crescimento. Ao todo, somos 60 mil produtores que empregam, direta e indiretamente, 220 mil pessoas. Como somos um grupo muito grande e espalhado por diversas bacias leiteiras pelo Estado, sabemos que cada região possui suas características específicas como pastagem, clima, escoamento de safra e organização dos produtores, que tornam a atividade única em cada localidade. Com o intuito de equalizar esses problemas e estimular a retomada de crescimento da atividade, o Sistema Faeg/Senar leva conhecimentos gerenciais e técnicos para dar suporte a esses produtores e trabalhadores.
Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos
Alexandre Cerqueira
Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
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Jana Tomazelli
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PAINEL CENTRAL
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Boa fase para produção de leite
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Prosa Rural
Há um ano de concluir seu segundo mandato, Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, completa 36 anos dedicados à pesquisa agropecuária. Ele afirma que para o produtor crescer de maneira sustentável e constante, acesso a tecnologia é fundamental.
Agenda Rural
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Fique Sabendo
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Delícias do Campo
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Campo Aberto
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Treinamentos e cursos do Senar
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Um dos maiores braços do agronegócio, setor lácteo se destaca como um grande gerador de empregos no Estado. Informação e qualificação profissional são as molas propulsoras. O pecuarista, Antônio da Silva acredita neste crescimento.
Bananicultura
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Na agricultura familiar, o produtor de Itaguaru, Calinélio José comemora a safra de inverno da fruta com bons índices de produtividade. Colheita promete ser recorde.
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Buracos com os dias contados
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Governo lança segunda etapa do Rodovida Reconstrução. São 59 trechos rodoviários de diversas regiões de Goiás, passando por 43 rodovias estaduais diferentes.
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Vacinação
Faeg doa vacinas antiaftosa durante segunda etapa da campanha que termina no final do mês. Meta é imunizar 10 milhões de cabeças de gado em Goiás.
O produtor de leite, Vicente de Paulo pretende buscar conhecimento e cursos do Senar Goiás para melhorar a produtividade de leite na propriedade. Foto produzida por Jana Tomazelli.
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Leite lucrativo
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O produtor rural de Itaberaí, Kremison Alcântara, decidiu investir na atividade leiteira e conseguiu aumentar a produtividade em 253%.
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Shuter
AGENDA RURAL
NOVEMBRO 21 a 23 11º Congresso Internacional do Leite Local: Atlanta Music Hall, Goiânia Informações: (62) 3096-2208 www.cnpgl.embrapa.br
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Seminário do Programa Agricultura de Precisão Local: Sede do Sindicato Rural de Rio Verde Informações: (64) 3612-0252 Horário: 8h
Lançamento do Centro de Equoterapia de Mineiros Local: Parque de exposições de Mineiros Informações: (64) 3661-1298 Horário: 16h
Programa Empreendedor Sindical – 2ª Etapa: Curso de liderança Local: Augustu’s Hotel, Goiânia Informações: (62) 3096-2246 Horário: 8h
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Seminário Regional de Legislação Trabalhista Local: Associação Comercial Industrial Quirinópolis (ACIQ) Informações: (64) 3651-1825 Horário: 8h
Seminário de Políticas Públicas para Empreendedores Familiares Rurais Local: Algustus Hotel, Goiânia Informações: (62) 3096-2246 Horário: 8h
4º Prêmio Faeg/Senar de Jornalismo Local: Sede da Faeg, Goiânia Informações: (62) 3096-2226 Horário: 19h
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FIQUE SABENDO
Fundamentos de Agronegócio 3. Edição Este livro expõe conceitos básicos e princípios gerais fundamentais ao entendimento do significado de agronegócios. Enfoca temas atuais e de interesse para o setor como logística, marketing e formas de organização da produção. Descreve os principais segmentos anteriores à produção agropecuária, as características dessa produção propriamente dita, tanto do ponto de vista da produção de bens como da prestação de serviços diversos. Outro aspecto relevante da obra é a revelação da competência do agronegócio no Brasil, tanto no mercado interno como na balança comercial brasileira, explicitando a necessidade de organização da produção e de agregação de valores aos produtos agropecuários. A obra pode ser encontrada em livrarias ou pela internet. Custa em média R$ 50.
pesquisa
Novas cultivares de mandioca Pesquisadores da Embrapa Cerrados chegaram a variedades de mandioca com características que agradam ao consumidor e geram mais renda para o produtor. A produtividade das mandiocas amareladas fica em média em 14 toneladas por hectare na região do Cerrado e há potencial para esse volume subir para 40 toneladas. Há cerca de quinze anos, a Embrapa introduziu no Distrito Federal algumas variedades de mandioca de cor mais amarelada, pioneira e japonesinha, que fizeram sucesso e hoje
representam 80% do mercado. No próximo ano, a empresa vai lançar mais três opções de mandioca de mesa, que também já estão sendo avaliadas na pesquisa participativa. Esta mandioca tem como característica cozinhar sempre, sendo a mais amarela de todas. Algumas orientações oferecidas pela pesquisa com o melhoramento participativo da mandioca estão acessíveis ao público em um livro, lançado pela Embrapa Cerrados e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).
Shuter
Divulgação
Armazém
REGISTRO
Melhoria da qualidade do leite A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), senadora Kátia Abreu, assinou, no último dia 24 de outubro, convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para a execução do Projeto Produção de Leite de Qualidade. A iniciativa vai www.senargo.org.br
promover a capacitação de produtores rurais das principais bacias leiteiras do país para atender os padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Estas ações irão ajudar a fortalecer a classe média rural, que é uma das nossas prioridades”, disse. Ao falar da parceria, a senadora destacou as condições do Brasil para
ampliar a produção e a produtividade. Lembrou que, graças às tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, o setor agropecuário ampliou sua produtividade e o preço dos alimentos ficou mais barato para a população. “Chegamos onde estamos sem logística, com baixa assistência técnica e alta carga tributária. Quem mais ganhou foi a sociedade.”, afirmou. Novembro / 2012 CAMPO
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PROSA RURAL
Mais tecnologia para os produtores Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo 8 | CAMPO
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DUARTE VILELA Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite
Há mais de duas décadas, a expansão caminha para o Oeste. Os produtores vão atrás de alimentos mais fartos para o rebanho e terras mais baratas Revista Campo: Quais as princi-
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ngenheiro agrônomo e doutor em Nutrição Animal pela Universidade
Federal de Viçosa (UFV), Duarte Vilela dirigiu, em 1976,
leiteira? Duarte Vilela: Temos algumas pesquisas em caráter estruturante e buscamos a fronteira do conhecimento. Com o trabalho do genoma, clonagem e transgenia, é possível acelerar o processo de melhoramen-
pela primeira vez, a Embrapa
to de bovinos, criando populações
Gado de Leite. Há um ano
resistentes a endo e ectoparasitas e
de completar seu segundo mandato, Duarte Vilela atinge 36 anos dedicados à pesquisa
à mastite. Esse sequenciamento vai fazer com que tenhamos um salto qualitativo muito grande. Avaliamos questões econômicas também, principalmente, a questão do estresse
agropecuária. Em entrevista à
térmico. Em curto espaço de tem-
Revista Campo, o doutor em
po, vamos identificar animais mais
nutrição animal diz que em um
tolerantes ao calor, propícios para climas como as das regiões de Goiás.
futuro próximo os produtores
A tecnologia nanoestruturada, por
terão acesso a tecnologias que
exemplo, poderá curar a mastite de
trarão vantagens econômicas e tranquilidade. Ele aposta também na confecção de uma
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pais pesquisas da Embrapa na área
uma vaca combatendo diretamente no úbere doente da vaca. A vantagem é enorme, já que o princípio ativo incide diretamente na teta do animal, assim ele não fica resistente
tabela nutricional voltada para
ao antibiótico. É um grande benefí-
as condições brasileiras.
cio, já que ele não perde todo o leite. Novembro / 2012 CAMPO
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Revista Campo: Como os produto-
de parceria, como as cooperativas,
res têm acesso às pesquisas?
Senar, Emater, entre outros.
Duarte Vilela: Os produtores são beneficiados com as pesquisas de forma indireta. Os laboratórios vão trabalhar com os resultados e disponibilizar produtos novos nas lojas, para o produtor adquirir. Tudo isso ocorre também na parte genômica e de nanoestrutura, como também a transgenia. Por exemplo, pegar um animal reconhecido como excepcional, que tem as características ideais para a raça. Mas, às vezes, não dá mais para recolher o sêmen em função da idade, mas você poderá usar um animal transgênico. Que é uma terceira tecnologia a ser aplicada no animal. Outro exemplo, muitas pessoas têm intolerância à lactose, nesse caso, poderemos desenvolver animais com baixo teor ou mesmo sem lactose. Além disso, o complexo
Hoje temos um quadro de excelência de pesquisadores e analistas, somos capacitados para gerar pesquisas, mas não fomos treinados para isso
Revista Campo: Com a posse do novo presidente da Embrapa, o que muda? Duarte Vilela: Em termos de diretrizes de pesquisa, dos macroprogramas, não há mudanças. Temos UM plano diretor em cada unidade e a Embrapa, de forma geral, também tem o plano diretor. As diretrizes estão traçadas até 2023. Revemos, a cada quatro anos, as diretrizes para ver se algo será mudado. Mas as linhas continuam, então não vamos ter rupturas em relação ao que é preconizado até 2013. Revista Campo: Quais áreas com potencial de expansão e por quê? Duarte Vilela: Há mais de duas décadas, a expansão caminha para o
multiuso em bioeficiência e sus-
Oeste. Não somente a Região Oeste
tentabilidade está trabalhando em
do País, mas a região Oeste dos
uma tabela nutricional feita exclusi-
zebu, que é uma raça de origem india-
Estados. Os produtores vão atrás de
vamente para o país e as condições
na que se deu muito bem no Brasil.
alimentos fartos para o rebanho e terras mais baratas.
tropicais brasileiras. Isso dará uma tranquilidade e economia muito
Revista Campo: Como a Embra-
grande para o produtor.
pa trabalha para minimizar a falta
Revista Campo: Qual o legado que
de assistência técnica ao pequeno
o senhor deixa?
Revista Campo: Qual a análise do
pecuarista?
Duarte Vilela: Sinto que estou pre-
padrão genético do gado leiteiro
Duarte Vilela: Hoje, temos um
parando uma avenida asfaltada, todas
nacional?
quadro de excelência de pesquisado-
essas pesquisas que estamos traba-
Duarte Vilela: Eu poderia dizer que
res e analistas, somos capacitados
lhando vão gerar bons frutos para
a transgenia brasileira é 80% de gado
para gerar pesquisas, mas não fomos
o produtor amanhã. É uma avenida
cruzado, girolando, e 20% de gado
treinados para isso, para fornecer
com infraestrutura pronta. Deixo ela,
especializado, como o holandês.
assistência técnica em um universo
senão toda pavimentada, quase toda,
próximo a um milhão de produtores
de forma que o sucessor possa en-
Revista Campo: Qual a importân-
de leite no país. O que temos feito
contrar um trabalho já praticamente
cia do girolando?
com muita competência é treinar téc-
pronto. Saio muito tranquilo e deixo
Duarte Vilela: O animal pega as
nicos de forma geral. Estamos am-
para os próximos sucessores um tra-
principais características das raças eu-
pliando uma rede de multiplicadores
balho bem adiantados. Eles não terão
ropeias, que têm maior produtividade
até chegar ao produtor. Isso fazemos
de começar do zero o desenvolvimen-
individual, aliada à rusticidade do
muito bem, utilizando nossas redes
to da pecuária leiteira.
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MERCADO E PRODUTO
A recente alta no mercado de commodities agrícolas Leonardo Machado | leomachado@faeg.com.br
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No caso brasileiro ainda não é observada esta relação entre substituição de áreas antes cultivadas com alimentos para a produção de biocombustíveis, uma vez que nossa área de produção de grãos cresce ano após ano. No entanto, é fato que a produção de biocombustíveis na Europa e nos EUA tem causado impacto na redução da oferta de alimentos, uma vez que há um comprometimento significativo da oferta de grãos nestes locais. A questão do movimento especulativo no mercado de derivativos agrícolas apesar de não ser fator causador da alta nos preços físico, potencializa tal situação. De acordo com Burkhard em seu discurso no senado americano sobre o assunto, embora o impulso primário para a alta dos preços tenha sido os desequilíbrios entre oferta e demanda, a maior participação dos chamados investidores não-comerciais ou especulativos nos mercados futuros reforçou a tendência de alta. Por fim, não podemos deixar de considerar outros fatores que também contribuíram para o cenário atual: o baixo nível de estoques, resultado de mudanças de políticas públicas ou quebra da safra; a falta de infraestrutura em alguns países que onera o custo de produção de grande parte dos alimentos; o custo crescente de combustíveis e fertilizantes; a desvalorização do dólar; e as medidas protecionistas adotadas por diversos governos, após o inicio da alta dos preços. Desta forma, todos estes fatores juntos têm contribuído para a situação que nos encontramos hoje. Mais do que isso, são fatores que continua latente na conjuntura atual e com toda a certeza dificilmente, num curto prazo, permitirão que os preços das diferentes commodities agrícolas voltem aos patamares do início dos anos 2000. Sendo assim, é fundamental que os atores econômicos presentes no mercado de commodiLeonardo Machado ties busquem planejamento e ações é assessor técnico coordenadas para uma tomada de da Faeg para a área decisão eficiente, assegurando assim de cereais, fibras e rentabilidade para sua atividade. oleaginosas.
Marcus Vinícius
H
á algum tempo o assunto da alta recente das commodities agrícolas tem ganhado espaço no cenário mundial. Mais do que isso, esta conjuntura tem causado preocupação em diversos blocos econômicos e países em todo o globo, sendo o caso francês o mais conhecido e comentado. Neste sentido, é possível perceber que após 2007 houve uma quebra estrutural nos preços das commodities agrícolas em todo o mundo, onde as cotações destoaram do patrão histórico do ciclo de preço. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, sigla em inglês), alguns fatores de oferta e demanda, nos cenários de curto e longo prazo, vêm resultando em significativas mudanças nas condições dos mercados de commodities agrícolas, que resultaram em um acelerado aumento dos preços dos alimentos desde meados de 2007. De acordo com Ferreira Filho em seu trabalho sobre demanda mundial de alimentos, publicado em 2008, a alta nos preços dos alimentos tem como base a rápida elevação da demanda mundial, especialmente em países em desenvolvimento, fato que, em um contexto de baixos estoques de commodities alimentares, gera pressão altista dos preços dos alimentos. Soma-se a esta perspectiva outros eventos que contribuem para o cenário altista: pressão adicionada derivada da decisão dos países desenvolvidos de aumentar sua produção de biocombustíveis; forte especulação do mercado financeiro onde as commodities agrícolas são negociadas; e crescimento na demanda por alimentos e mudança da estrutura de consumo. Cada vez mais a necessidade pela busca de fontes de energia limpas e renováveis no globo tem aumentado a necessidade da produção de biocombustíveis. No entanto, em duas situações distintas as relações entre a produção de biocombustiveis e os preços das commodities agrícolas podem resultar em elevação no preço de alimentos: quando há utilização de produtos destinados a alimentação para a produção de biocombustíveis (caso americano do etanol de milho e caso do biodiesel de grãos na Europa); e quanto há substituição de área destinada a produção de alimentos para a produção de produtos de bioenergia (caso brasileiro).
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AÇÃO SINDICAL CRISTALINA
Sindicato Rural de Cristalina
Treinamento em Cozinha Rural
CABECEIRAS
Aferição livre de cobrança Graças a uma iniciativa inédita no Estado, do Sindicato Rural de Cabeceiras, presidido por Arno Bruno Weis, que mobilizou deputados federais, os produtores rurais que possuem balança de pesagem em suas propriedades não precisam mais pagar para o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) para aferição das mesmas, desde que sejam utilizadas somente para serviços internos de interesse do próprio produtor e não com fins comerciais de pesagem de bens e produtos.
IPAMERI O Senar Goiás, em parceria com o Sindicato Rural de Cristalina, realizou, entre os dias 25 a 28 de setembro, o treinamento Cozinha Rural, na Fazenda P.A. Barra Grande. Todas gostaram e elogiaram muito o treinamento, que proporcionou a elas novos conhecimentos. (Colaborou: Malva Lúcia Caixeta)
ANÁPOLIS
Sindicato Rural de Cristalina
Semana Acadêmica
O Sindicato Rural de Ipameri realizou no dia 1º de novembro a solenidade de posse da nova diretoria. Foi eleito como presidente José Paim, Lucas do Amaral como vice-presidente, Nivaldo Porto como secretário e para tesoureiro, Pedro Vaz Neto. O Presidente eleito, José Paim, já passou pela entidade no triênio 1994/1997, na época realizou trabalhos participativos que o conduziu junto a diretoria da Faeg/Senar nos conselhos administrativo e fiscal por quatro mandatos. (Colaborou: Ailton J. J. Oliveira)
CAIAPÔNIA
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Sindicato Rural de Caiapônia
Sindicato ativo
No último dia 26 de outubro foi realizada uma palestra pelo consultor do Sistema Faeg/Senar, Arthur Toledo, sobre o Empreendedorismo e o Agronegócio, na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis. O evento contou com a participação de alguns produtores, do Superintendente da Faeg, Claudinei Rigonatto, do Presidente do Sindicato Rural de Anápolis, José Caixeta, entre outros. Além disso, alguns estudantes tiveram a oportunidade de participar do treinamento de Administração de Propriedades Rurais, facilitado pelo instrutor do Senar Goiás, José Ricardo Caixeta Ramos. 12 | CAMPO
Posse da nova diretoria
O Sindicato Rural de Caiapônia está com uma agenda intensa de eventos. Em setembro realizou uma bateria de ações em benefício do produtor rural. No dia 17 de setembro foi lançada a pedra fundamental da nova sede do Sindicato (foto). Para encerrar o mês, o Sindicato promoveu o segundo encontro do programa Com Licença Vou à Luta. www.sistemafaeg.com.br
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Gutiérisson Azidon
INFRAESTRUTURA
Presidente da Faeg, José Mário Schreiner, durante lançamento da segunda etapa do Rodovida Reconstrução
F
oi assinada, no último dia 6, pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, e o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, ordens de serviço para a construção, reconstrução e manutenção de rodovias goianas. Denominado de Rodovida Reconstrução Grupo II, o programa prevê a reconstrução das estradas estaduais com novo revestimento asfáltico, além de obras complementares como sinalização horizontal (pinturas e faixas), e sinalização vertical como afixação de placas, a exemplo da execução da primeira etapa do programa.
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Conforme licitação, a Agetop, responsável pela execução do programa, reconstruirá 59 trechos rodoviários de diversas regiões de Goiás, passando por 43 rodovias estaduais diferentes. A extensão das áreas varia de 106,3 km (no trecho de Vianópolis GO-010), a 2,8 km (entrada de Riverlândia na GO527 e GO-164). (Conforme mapa). Na presença de secretários de governo, deputados estaduais e federais, senadores, empresários e prefeitos eleitos e reeleitos de 240 municípios, Marconi afirmou que até o final de 2013 serão mais de 4,2 mil quilômetros de rodovias reconstruídas em Goiás.
O governador lembrou que o Grupo I do Rodovida Reconstrução, iniciado em setembro do ano passado, já está em fase de conclusão, com a recuperação de 2.081 quilômetros de rodovias estaduais. “Inaugurando simbolicamente 2.081 quilômetros de rodovias reconstruídas, cumprindo a primeira etapa do programa Reconstrução. Assinamos ordem de serviço para a conservação permanente de 20 mil quilômetros de rodovias estaduais asfaltadas e não asfaltadas.” O governador anunciou a conclusão da licitação para o início das obras do Grupo II do programa Rodovida Re-
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Lançado segunda etapa do programa Rodovida Novo traçado completará 4,2 mil quilômetros até o final do próximo ano Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
construção. “Até o final de 2013, serão mais de 4,2 mil quilômetros de rodovias reconstruídas.” Marconi Perillo lançou ainda a construção de 1,7 mil quilômetros de novas rodovias graças à capacidade de contratar empréstimo de R$ 1,5 bilhão com o BNDES, dando como garantia o próprio Tesouro Estadual. “O que eu peço agora é agilidade total. Temos o prazo dado pelo BNDES de começar tudo até março e concluir até o final do próximo ano. Mãos às obras”, destacou o governador. O presidente da Agetop, Jayme Rincón, afirmou que o trabalho de
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ajuste fiscal realizado pela equipe do Governo de Goiás é que possibilitou que o Estado conseguisse o empréstimo do BNDES para a pavimentação e construção de 1,7 mil quilômetros de rodovias, atingindo 63 trechos de estradas. “Em 2012, ano do ajuste fiscal, colocamos a casa em ordem. Por isso, tivemos condições de conseguir esse empréstimo do BNDES. Estamos lançando o maior pacote de investimento na infraestrutura do Estado da história de Goiás e fazendo a mais profunda intervenção já realizada na malha rodoviária do Estado. Não corremos
mais o risco de ter um apagão logístico em Goiás.” Faeg A solenidade de assinatura da ordem de serviço para início desta obra ocorreu no Centro Cultural Oscar Niemeyer. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, representando o Fórum Empresarial de Goiás, participou da assinatura. Segundo ele, o trabalho realizado pela equipe do governador é considerado de alta qualidade. “Sem dúvidas podemos perceber a qualidade
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Trechos que serão contemplados:
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das obras. Hoje, nós vemos os resultados nas estradas estaduais do nosso Estado.” Ele acrescentou ainda, que presenciar o lançamento do Rodovida Reconstrução 2 é motivo de grande alegria para e Federação e o Fórum Empresarial. “Esse é um momento histórico para Goiás. O governador vai facilitar ainda mais o acesso aos municípios goianos por meio dessa grandiosa obra”, disse. Ao todo serão investidos cerca de R$ 539 milhões para o desenvolvimento do programa, que prevê reconstrução de 2.119 quilômetros de extensão. As obras serão custeadas pelo Fundo de Transportes, criado para a conservação e manutenção das rodovias estaduais. (Com informações do Goiás Agora)
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Programa Rodovida Reconstrução Grupo II Fonte: Agetop
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EXPOSIÇÃO
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A vaca Itauba foi a grande campeã do torneio com produção média de 50, 033 kg de leite
Dourada venceu na categoria melhor úbere
Luziânia sedia Expogir Município recebe evento que premia os maiores produtores de leite. Ranking conta pontos pela ABCGIL Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
O
município de Luziânia, por meio do Sindicato Rural, recebeu, no mês de outubro, a 12ª Exposição Especializada do Gir Leiteiro de Brasília (Expogir). O presidente da entidade, Marcos Epaminondas, explica que o evento estava planejado para ser realizado no Distrito Federal, mas uma forte atuação do Sindicato permitiu que fosse transferido para Luziânia. A Expogir foi realizada entre os dias 8 e 20 de outubro, no Parque de Exposições Lucena Roriz, e teve a presença de 25 expositores e 203 animais em pista das cidades de Brasília, Luziânia, Alexânia, Bela Vista de Goiás, Cocalzinho, Água Fria, Unaí, Uberlândia e Paracatu. O torneio leiteiro realizado durante a exposição foi ranqueado pela Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) de Uberaba. “Contamos com a assessoria desta en-
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tidade prestada pelo juiz Alan Campidelli, pela fiscalização e pesagem do leite acompanhada por Fábio Cordeiro e pelo apoio de Marcelo Ricardo de Toledo da Associação de Criadores de Zebu do Planalto (ACZP)”, disse. O Melhor Expositor do torneio foi Leo Machado Ferreira, de Alexânia, com 815 pontos. Em segundo lugar ficou José Mário Miranda Abdo, também de Alexânia, com 579 pontos e em terceiro lugar Bruno de Souza Ferreira com 508 pontos. Leo Machado também recebeu o título de Melhor Criador, com 1178 pontos, seguido por José Mário Miranda Abdo com 944 pontos e em terceiro lugar Dilson Cordeiro de Menezes de Cocalzinho, com 466 pontos. O animal do criador Leo Machado foi o campeão na categoria vaca jovem e levou para a casa um cheque no valor de R$ 19,7 mil. Os pontos que o expositor ganhou são contabilizados
para a ABCGIL. Como campeã, teve ainda o animal que mais produziu leite. “Na categoria Maior Produtora ficou o animal de Maria do Carmo Oliveira. A vaca de Marcelo Ricardo Toledo ganhou como reservada.” A Expogir contou com a presença do senador, Rodrigo Rolemberg (PSB-DF); do deputado estadual, Valcenor Braz (PTB); do secretário de Agricultura do Distrito Federal, Lúcio Valadão. Além da presença da prefeita eleita de Valparaíso, Lucimar Nascimento (PT); do secretário de Agricultura de Luziânia, Jorge Meireles do Nascimento e o ex-prefeito de Luziânia, José Roriz Aguiar (PMDB) também estiveram presentes. A ACCP e a ACZP foram representadas por seus presidentes Luciano Conceição e José Maria dos Anjos, respectivamente. O BRB, patrocinador do evento, foi representado pelo gerente Carlos Alberto de Carvalho. Novembro / 2012 CAMPO
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Aftosa
Presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário, entrega ao governador, Marconi Perillo, doses da vacina que serão repassadas às comunidades carentes do Estado
Goiás livre de aftosa Produtores se preparam para segunda etapa de vacinação contra a doença Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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oiás livre da aftosa sem vacinação. Essa é a meta da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). E para continuar com o foco nessa conquista, a Agência dá início, nesse mês de novembro, à segunda etapa da Campanha de Vacinação Antiaftosa de Bovinos e Bubalinos. Essa etapa conta com uma novidade. O produtor terá a possibilidade de enviar a declaração de vacinação pela internet. Esse sistema é opcional e o criador também poderá entregar o comprovante impresso na Unidade Operacional Local (UOL) da Agência no município onde está localizada sua propriedade. A vacinação segue até o dia 30 de novembro. De acordo com a Agrodefesa, a meta é alcançar cerca de 10 milhões de cabeças vacinadas. “Nessa segunda etapa apenas o rebanho com faixa etária de até 24 meses será imuni-
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zado”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Enfermidades Vesiculares, Deise Lúcide Correia Neves. Preocupada com a imunização desse rebanho e com a intenção de que a vacina chegue a todas as regiões, a Faeg, doou 10 mil vacinas às comunidades carentes do Estado. “As doses vão chegar até as comunidades Calungas, nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás, além de ser doada para Emater, Universidade Federal de Goiás (UFG), Secretaria de Segurança Pública e em Trindade, na Associação Vila São Cotolengo”, diz Deise. Recorde No primeiro semestre deste ano, a Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa superou a expectativa. Do dia 1º a 31 de maio, foram vacinados 99,63% do rebanho goiano, a meta era
alcançar 98% dos bovinos e bubalinos. Denise destaca que isso mostra o bom entendimento dos produtores rurais. “Sem dúvidas se deve à conscientização dos produtores que estão entendendo a importância deles junto ao agronegócio e com a defesa sanitária”. Ela acrescenta que o bom resultado da vacinação em Goiás é fruto também de um trabalho intenso da Agrodefesa. De acordo com Deise, o Estado de Goiás é o quarto maior rebanho nacional de bovinos e bubalinos do Brasil, e terceiro maior exportador de carne e leite. Ela diz que é importante lembrar que desde 24 de maio de 2000 o Estado é considerado, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), zona livre de Febre Aftosa com prática de vacinação e a expectativa é que se torne zona livre de aftosa sem vacinação. “Não temos data estipulada, mas esperamos receber essa classificação.” www.sistemafaeg.com.br
A coordenadora do Programa Estadual de Enfermidades Vesiculares da Agrodefesa, Deise Lúcide Correia Neves, explica que, assim como na primeira etapa, o produtor rural deve apresentar à Agrodefesa a declaração de vacinação. “O documento tem que ser entregue cinco dias após a vacinação do rebanho”, diz. Quem não entregar a comprovação dentro do prazo pagará multa de R$ 60. Outra penalidade por não vacinação do rebanho é a multa de R$ 7 por animal não vacinado. Em caso de reincidência o valor é de R$ 14. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) orienta os produtores rurais para que respeitem os cuidados para a correta imunização dos bovídeos. Entre as recomendações, o Ministério aconselha adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; injetar na região da tábua do pescoço com agulhas
Marcial Leossi
Multa para quem não declarar
Durante todo o mês de novembro acontece segunda etapa da Campanha de Vacinação de Bovinos e Bubalinos Antiaftosa em Goiás
e seringas em bom estado e limpas. Curso O Sistema Faeg/Senar e a Agrodefesa realizaram no mês de outubro o Curso de Preenchimento Online da Declaração de Vacinação no Augustu’s Hotel. Com o objetivo de disponibilizar aos produtores rurais mais este
serviço visando facilitar a emissão do documento necessário no início das campanhas de vacinação anual contra febre aftosa, foram treinados 50 funcionários de Sindicatos Rurais filiados à Faeg. Com o treinamento o funcionário do sindicato estará capacitado a orientar o produtor para emitir sua própria declaração online.
Jana Tomazelli
ATIVIDADE LEITEIRA Com assistência técnica produção leiteira pode alavancar setor e levar Goiás novamente ao segundo maior produtor de lácteos
Setor dá sinais de crescimento Com assistência técnica, pecuaristas aumentam produção, incrementam pastagens e melhoram qualidade do produto Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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Goiás deve aumentar, este ano em 2%, segundo Edson. Atualmente, são produzidos, 3,4 bilhões de litros de leite por ano. Não coincidentemente, essa elevação ocorre após o início de um trabalho que envolve capacitação profissional, assistência técnica, aperfeiçoamento, técnicas de negociação, entre outras atividades desenvolvidas pelo Sistema Faeg/Senar, no Programa Balde Cheio.
Cerca de 30 mil pessoas já passaram pelo Programa, 12,2 mil somente este ano. A iniciativa começou após um diagnóstico preocupante da cadeia produtiva leiteira. O estudo de 2009, apontou que apenas 42% dos filhos de produtores rurais pretendiam se manter na atividade. Além disso, 83% dos pecuaristas não tinham assistência técnica e 50% tinham como fonte de informação televisão ou vizinhos.
Assistência que gera renda Há 14 meses, o pecuarista de São João da Paraúna, Eber Dias dos Santos, participa do programa Balde Cheio, um dos programas especiais oferecidos pelo Senar Goiás. Eber é categórico ao afirmar que o programa mudou sua vida e foi fundamental para que não retornasse à sua antiga atividade de caminhoneiro. “Não dava dinheiro, por diversas vezes pensei em largar tudo e voltar a pegar o caminhão”, diz. Sem nenhuma assistência técnica, a pastagem de 25 hectares da propriedade eram insuficientes para o alimento das 40 vacas leiteiras. Neste caso, o pecuarista arrendava outros 40 hectares vizinhos e os resultados ainda não eram satisfatórios. “Quase que não dava”, diz. Hoje, com a capacitação e assistência técnica de profissionais do programa Balde Cheio,
ele adquiriu mais 10 animais, dobrou sua produtividade para 280 litros/dia e o melhor, tudo isso utilizando apenas seus 25 hectares. O sistema de rotação de pastagem, otimizou o espaço do pecuarista. Para tanto, houve melhoria significativa da qualidade do capim com a aplicação de insumos e instalação de sistema de irrigação. O produtor ainda aprendeu a produzir sua própria ração. “Hoje minha ração é bem mais barata porque coloco pouca proteína (12%) que é o caro. E vou baixar ainda mais o custo melhorando meu capim”, diz otimista. Bem articulado, Eber tem como objetivo aprender novas técnicas e atingir a produção de 700 litros de leite por dia. A maior dificuldade, diz, é gerenciar a propriedade em função da oscilação do preço do leite. Jana Tomazelli
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ma das atividades mais democráticas desenvolvidas em Goiás, a atividade leiteira está presente em todos os 246 municípios do Estado. Embora o número represente propagação, camufla complexidades típicas da pecuária que acompanham o produtor desde dentro da porteira até fora dela. No Estado, são 60 mil produtores que empregam, direta e indiretamente, 220 mil pessoas. Características de cada região, como pastagem, clima, escoamento de safra e organização dos produtores, tornam a atividade específica em cada localização. Com o intuito de equalizar esses problemas e estimular a retomada de crescimento da atividade, o Sistema Faeg/Senar leva conhecimentos gerenciais e técnicos para produtores e trabalhadores. Goiás é o quarto maior produtor leiteiro do país, mas já ocupou a segunda posição deste ranking. A instalação de parques industriais tecnificados, com capacidade para receber uma maior produção leiteira aliada a um bom clima e pastagens, favorecem o potencial de crescimento da atividade em Goiás. A falta do produto no mercado e aumento da demanda, em função do aumento do consumo de iogurte, requeijão e queijo, por exemplo, sinalizam perspectivas de bons preços. Segundo o gerente de estudos técnico e econômico da Faeg, Edson Alves Novaes, o cenário atual demonstra que houve uma estabilidade no preço do litro do leite neste primeiro semestre que, somado ao aumento de custo de produção, comprometeu a rentabilidade do produtor. “Mas com o atraso das chuvas os preços devem permanecer firmes, pelo menos, até o fim de novembro. Daí em diante, teremos que acompanhar o fator chuva que dará a tônica dos meses seguintes”, disse.
Eber Dias utiliza técnicas do Balde Cheio para melhorar a produtividade do rebanho
Balde Cheio O volume de leite produzido em www.senargo.org.br
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Os pequenos e médios produtores de leite, com pouco poder de barganha, costumam amargar oscilações de preços acentuadas e permanecem no escuro quando se trata do pagamento pelo produto. “Ficamos inseguros em investir ou não”, afirma o pecuarista Antônio da Silva Pinto. Antônio entrou na atividade em 1994 e chegou a produzir 2,5 mil litros de leite por dia. Aos poucos, o pecuarista e veterinário, optou por investir os recursos na aquisição de propriedades e só retornou ao gado leiteiro em janeiro deste ano, mas começou a produzir leite mês passado, atingindo 380 litros/dia. Antônio acredita na perspectiva e retomada do crescimento da produção de leite no Estado. Inclusive, diz, pretende aumentar, em 18 meses, a produção para 1,2 mil litros/dia, na propriedade de 93 hectares localizada em Caiapônia. Para tanto, enfoca
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Perspectiva de retomada de preços
Médios produtores como Antônio da Silva são mais frágeis às oscilações de mercado
na capacitação profissional. “Estamos implantando o sistema do Senar aqui na região”, diz. Segundo o superintendente do Senar Goiás, Marcelo Martins, essa é uma dificuldade comum entre os pecuaristas. Ele conta que o Senar proporciona um curso de gestão de pecuária leiteira. Neste módulo, o
pecuarista aprende a administração rural, manejo e avaliação de rentabilidade. “O pecuarista hoje está ávido por aprendizagem e o resultado da aplicação de conhecimento é fundamental para a fixação do homem no campo”, ressalta. Qualquer atividade, diz, é preciso de renda para permanência do trabalho.
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De olho nessa oportunidade é que o produtor rural, Vicente de Paulo, imagina aumentar a produção e renda familiar. Sem assistência técnica e pouco conhecimento da atividade, Vicente fará parte da turma de cursos de capacitação profissional do Senar. Ele produz 140 litros por dia, mas admite que poderia ser melhor. “Preciso de assistência técnica”, afirma. Ele pretende fazer o curso de bovinocultura pelo Senar, um dos mais procurados pelos produtores. Com ele, o pecuarista e sua esposa, irão aprender a conter os animais, aplicar medicamentos e controle sanitário. Esses conhecimentos são fundamentais para a melhoria da renda e manutenção do homem no campo. Preocupados com o auxílio e assistência técnica aos produtores rurais o Sistema Faeg/Senar, juntamente com a Embrapa Gado de Leite realizará em Goiânia, nos dias 21, 22 e 23 de novembro, no Atlanta Music Hall, o Congresso Internacional do Leite. Essa é a terceira vez que o Congresso será realizado na capital de Goiás, que sediou a primeira edição, em 2001. Desde sua criação, o Congresso Internacional do Leite percorreu os estados de Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Alagoas. A expectativa é que cerca de 2 mil pessoas, entre técnicos, pesquisadores, produtores e estudantes, se inscrevam nos dois eventos que compõem o Congresso.
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Produtores buscam auxílio
O micro produtor Vicente de Paulo pretende procurar capacitação, fundamental para a melhora da renda
Local: Atlanta Music Hall, Goiânia Data: 21 a 23 de Novembro Horário: Das 8h às 16h Informações: (62) 3096 2200 Inscrições: www.cnpgl.embrapa.br
FRUTICULTURA Jana Tomazelli
Goiás produz anualmente 183 mil toneladas de banana por ano
Bananal a perder de vista Com safra acima do esperado produtores ainda carecem de assistência técnica Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo 24 | CAMPO
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De lanterneiro a bananicultor O produtor Calinélio José de Andrade, é a prova da força da agricultura familiar e o poder de evolução que o trabalho no campo pode proporcionar. Há 12 anos, antes de por a mão na terra e arriscar na atividade www.senargo.org.br
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s produtores de banana de Goiás comemoraram uma boa produtividade na safra de inverno. Embora a produção caia nesta época do ano em comparação a meses mais quentes típicos do verão, as caixas de banana tem o preço elevado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado de Goiás produz, anualmente, 183 mil toneladas da fruta distribuídas em 14 mil hectares. A produção de banana é uma importante fonte de renda para a agricultura familiar. São cerca de dois mil produtores dedicados a pequenas áreas espalhadas por vários municípios goianos. A maior concentração deles está incrustada em São Luís dos Montes Belos, Anápolis, Itaguaru, Pirenópolis, Buriti Alegre e Jataí. A banana é a fruta de maior participação nas lavouras de Goiás – o que corresponde a 38% da área frutífera. Para o assessor técnico para a área da fruticultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Alexandro Alves, esse cenário poderia ser ainda melhor. Ele explica que faltam acesso à informação e assistência técnica especializada. “Isso não é uma particularidade da banana. Acontece, geralmente, com boa parte das fruticulturas”, diz. Alexandro explica que o pequeno produtor não possui orientação de profissionais e desconhece a forma apropriada de buscar tecnologia. Ele calcula que, em média, cada produtor trabalha com sete hectares da cultura. Como há produção e mercado o ano todo, o acesso à tecnologia poderia beneficiar, significativamente, o aumento da renda familiar de milhares de pessoas.
O produtor Calinélio representa a força da agricultura familiar na produção de banana
que exerce, o produtor era lanterneiro. “Mas as coisas não estavam fáceis”, resume. Atraído por uma atividade vocacional do município de Itaguaru, Calinélio começou a plantar banana em uma pequena área, que foi aumentando, paulatinamente, até atingir uma
lavoura arrendada de 28 hectares. Nesse meio tempo, com recursos oriundos do bananal, o produtor conseguiu o impensável. Formou dois filhos na universidade e investe na formação do terceiro, prevista para próximo ano. Com orgulho, conta a trajetória de realizações. O resultado da dedicação Novembro / 2012 CAMPO
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ao campo resultou na formação de um professor de educação física, Paulo Henrique de Andrade e uma contabilista, Márcia Helena de Andrade. Já Thiago Henrique Andrade ajuda o pai na lavoura antes mesmo da formação. Estudante de engenharia agronomica, dá dicas de como tocar o bananal. “Não temos assistência
técnica aqui, mas também tem muito produtor que olha desconfiado para agrônomo achando que ele só quer vender defensivo”, ressalta. Na prática, não é o que vem provando a união da experiência de Calinélio e os estudos do filho. Há quatro anos, o produtor decidiu investir e aumentar a área arrendada para 28
hectares da variedade de banana-maçã. O solo agora é preparado, analisado, corrigido, adubado, feito cobertura e combate às pragas. Embora não declare o custo de produção, Calinélio reconhece que todo o preparo não sai barato, mas não mostra arrependimento. “Com manejo correto o retorno é agradável”, diz.
Em cada corte, a produtividade média anual da cultura da banana, entre picos altos e baixos decorrentes do clima, é de 60 caixas por hectare – considerada uma boa produtividade. Cada caixa contém entre 20 e 22 quilos da fruta e o preço, este ano, já variou entre R$ 12 a R$ 45. O produtor de Itaguaru, Adelson de Oliveira Veloso, de 49 anos, explica que nesta época do ano, com clima mais frio, são os meses de melhor preço de comercialização, em função da baixa produtividade nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. “Daí vendemos para esses Estados que estão sem o produto e o preço fica melhor”, afirma. O produtor planta 20 hectares da banana-maçã e outros 10 hectares da banana-marmelo. Ele conta que o mercado e o preço da banana-maçã são melhores que as demais variedades. Além disso, ela é mais tolerante a escassez de água e não exige sistema de irrigação. “Plantamos no sistema de sequeiro mesmo”, conta. A média de produtividade também é maior. Enquanto a maçã produz, em média, 60 caixas por hectare a banana-marmelo produz, na mesma área, 40 caixas. Com ciclo curto, de 30 dias, e mercado garantido, a cultura é uma boa opção para ter um contínuo giro de capital, diferente de outras com ciclos mais longos. Considerada uma cultura semiperene, o bananal precisa ser renovado a cada 12 safras dependendo da região, trato cultural e variedade da banana. Caso contrário, 26 | CAMPO
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Preços voláteis
O produtor Antônio Leonel a pouca incidência de pragas nas lavouras é mais um bom motivo para investir na cultura www.sistemafaeg.com.br
Doenças As duas doenças que mais comumente atacam os bananais são o Mal do Panamá e a Sigatoka. O produtor, Antônio Leonel Filho, afirma que a incidência de pragas e doenças nos bananais da região está sob controle. Ele explica que há pelo menos oitos anos, as mudas de bananeiras estão mais resistentes ao mal do panamá. “Ele vai matando as folhas, racha a bananeira e não tem remédio, nem combate que dê jeito”, diz. O produtor Adelson compartilha da mesma opinião de Leonel e conta que, para afastar as pragas da lavoura, são necessárias apenas duas aplicações de defensivos por ano. A sigatoka atinge somente as folhas da bananeira. Inicialmente, observam-se pontos descoloridos nas folhas mais novas e depois a pre-
Tem horas que a vida pede uma PAUSA.
sença de pontuações pretas. A doença diminui o número de palmas, do tamanho do cacho e dos frutos. Os danos podem causar redução de mais da metade da produção. Para Leonel, a pouca incidência de pragas nas lavouras é mais um bom motivo para investir na cultura. Há boas mudas no mercado. “Há vontade de investir, mas tem muita gente descapitalizado que não está tendo acesso ao crédito”, explica. A dica fica por conta da variedade escolhida. Leonel aponta a banana-maçã como uma escolha certeira em função da estabilidade do preço, maior consumo durante todo o ano. Para se ter ideia, são 192 hectares trabalhados com a banana-maçã e somente 24 hectares destinados a banana-marmelo. Todas em Itaguaru. “Hoje a marmelo também está boa, mas teve um tempo que muita gente não conseguia vender o que plantava”, conta.
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a bananeira perde vigor e tende a diminuir a produtividade.
A banana-maçã se tornou uma boa laternativa de produção devido sua estabilidade de preços
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Gutiérisson Azidon
CNACARD Presidente da Faeg (segurando o Cartão) durante a entrega do cartão aos primeiros produtores goianos a receberem o benefício
Produtor ganha novo Cartão
O Cartão Produtor se tornou CNACard e passa a dar acesso à nova Plataforma de Gestão Agropecuária Rhudy Crysthian | Rhudy@faeg.com.br
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Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançaram, no dia 30 de outubro, em Goiânia, o novo Cartão do Produtor, o CNACard. A novidade dará acesso à nova Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), sistema informatizado que vai unificar os dados sobre o trânsito do gado no País e integrar diversos mecanismos de controle, inclusive o sanitário. O cartão irá possibilitar a emissão da Guia de Transporte de Animais eletronicamente (eGTA), pagamento automatizado de tarifas, impostos, tributos, bem como outros bene-
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fícios, por meio dessa Plataforma. Segundo o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, o acesso eletrônico dessas informações irá possibilitar ao produtor mais agilidade e praticidade na hora de conseguir esses documentos. “Vamos aproveitar essa Plataforma para acelerar nossos trabalhos nas nossas propriedades. Hoje o produtor tem que percorrer uma verdadeira via crucis para retirar uma única GTA”, reclama. O CNACard é um serviço opcional, de livre adesão, que permite ao produtor rural economizar tempo e reduzir deslocamentos para a realização de consultas e emissão de documentos.
O coordenador técnico da PGA e coordenador executivo da comissão de sanidade da CNA, Décio Coutinho, exemplificou essa maratona que o produtor tem que percorrer para conseguir a documentação necessária para transportar seus animais. “O que víamos era muita dificuldade para o produtor obter um documento de circulação obrigatória. Não podíamos mais conviver com esse tipo de situação”, desabafa. Essa plataforma irá permitir também maior controle sobre a movimentação dos rebanhos, com uma base de dados únicos, entre outras ferramentas. A ideia é prever, antecipadamente, qual movimentação do www.sistemafaeg.com.br
Lançamento Durante o lançamento do cartão foi assinado um convênio entre o governo do Estado/Agrodefesa e a CNA/Faeg para a emissão das guias, houve também uma entrega simbólica de cartões e a simulação da emissão de GTAs eletrônicas e apresentação da PGA. Os produtores Augusto
Gonçalves Martins, de Rio Verde, Edson Ribeiro da Silva, representando o produtor de Cristalina, Luiz Carlos Figueiredo e Romão Flor de Turvânia, representando Sebastião Ribeiro Flor receberam o CNACard durante a cerimônia. O Cartão se destina a todos os produtores rurais do País, que precisam se cadastrar e pagar uma anuidade para começar a usufruir dessas e outras vantagens. Para solicitar o novo Cartão, o produtor deve entrar no site www. cnacard.com.br e fazer seu cadastro. Cada propriedade terá direito a um único Cartão. As taxas de anuidade ficam em R$ 100 para produtores com rebanho acima de 500 animais, R$ 50 para quem possui rebanho com até 500 cabeças e R$ 10 para os proprietários de rebanhos com até 100 animais. Para quem é recolhedor do Fundepec, a anuidade será gratuita. Tecnologia Segundo o Gerente de Tecnologia da Informação da Agrodefesa, Fabiano Ribeiro Bueno, responsável pela criação da interface de conexão do sistema da Agrodefesa, o trabalho desenvolvido por ele e sua equipe
Gutiérisson Azidon
gado, a origem e o destino desses animais. O que irá melhorar a qualidade e o acesso às informações do setor agropecuário. “Somente por meio desses controles vamos chegar ao selo de qualidade da carne que tanto almejamos”, disse o presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira. O sistema foi elaborado pela CNA a quatro mãos com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima, o acesso ao novo sistema por meio do CNACard é de grande importância para o avanço econômico e social do setor agropecuário. De acordo com ele, Goiás saiu na frente com o lançamento desse programa como um dos “mais modernos e avançados de controle de rebanho”.
Décio Coltinho, da CNA, durante demonstração da emissão da eGTA
visou facilitar o trabalho do produtor. “Trabalhamos juntos com a CNA e tivemos o apoio do modelo básico do projeto inicial, para criar um projeto de qualidade e fácil acesso.” Ele acrescenta que o sistema desenvolvido prima pelo ganho do produtor rural e pela rapidez de conseguir realizar o trabalho necessário.
Documento foi inspirado no Cartão Produtor O CNACard foi inspirado no Cartão Produtor, uma iniciativa inédita idealizada pela Faeg que oferece, em sua estrutura inicial, descontos na rede de comércio associada, onde o produtor encontra também empresas e entidades de educação, saúde, produtos agropecuários, distribui-
dores de combustíveis, esporte, lazer e outros segmentos, benefícios estes que serão incorporados ao CNACard. O CNACard se destina a todos os produtores rurais do País, que precisam se cadastrar e pagar uma anuidade para começar a usufruir
dessas e outras vantagens. Durante o lançamento do cartão foi assinado um convênio entre o governo do Estado/Agrodefesa e a CNA/Faeg para a emissão das guias, houve também uma entrega simbólica de cartões e a simulação da emissão de GTAs eletrônicas e apresentação da PGA.
Como era
Agora
O antigo Cartão Produto oferecia uma série de benefícios em descontos na rede de comércio associada como empresas e entidades de educação, saúde, produtos agropecuários, distribuidores de combustíveis, esporte, lazer outros.
O CNACard facilitará a vida do produtor em uma série de fatores como acesso à nova PGA, emissão de GTA eletrônica, pagamento automatizado de tarifas, quitação de impostos e tributos.
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CAMPO RESPONDE O quintal da minha casa está cheio de carrapato. Como posso resolver o problema? Luiz Fernando dos Santos Posso colocar ovos na chocadeira enquanto ela já estiver sendo usada? Wagner Trindade Se a sua chocadeira tiver somente uma bandeja de incubação e uma bandeja de eclosão o ideal é que sejam colocados ovos somente a cada 21 dias, que é o período de formação total do pintinho, e dessa forma, todos os ovos serão da mesma idade, ficando fácil o controle e não ocorrendo perdas. Caso sua chocadeira tenha mais de uma bandeja de incubação basta dividir 21 dias pelo número de bandejas para você saber exatamente o intervalo de tempo que pode colocar os ovos para incubar e, assim, não tem problema colocar os ovos se a sua chocadeira já tiver em pleno funcionamento. CONSULTORA: WANESSA NEVES DE FARIA, Zootecnista e coordenadora da área de Pequenos Animais do Senar Goiás.
A infestação de carrapato causa anemia e doenças como a erlichia sp. Ela fica intensa no início das chuvas e causa um transtorno grande nos cães como coceira e infestação secundária de fungos e sarnas. O proprietário deverá combater estes parasitas tanto no cão como no ambiente. Existem vários produtos químicos para tratar os animais (Amitraz, Cipermetrina, Fipronil). Estes produtos podem ser utilizados também no ambiente, pulverizando cantos de muros e locais de infestação visto a olho nu. Também pode ser utilizado a chamada vassoura de fogo por meio de um lança chama. Esta técnica queima as larvas dos carrapatos que estão espalhadas pelos muros e cantos de muros. É importante fazer consulta ao médico veterinário para mais orientações. CONSULTOR: Marcelo Penha Silva, veteriná-
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rio e coordenador técnico do Senar Goiás.
Envie sua pergunta para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200. 30 | CAMPO
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Andréia Peixoto
DELÍCIAS DO CAMPO
Broa Mineira Temperada
Rende apro ximadam
8 porçõeente s
Ingredientes: 1 copo de fubá de canjica 1 copo de farinha de trigo 1 copo de polvilho 1 copo de óleo de soja 1 copo de água 1 copo de leite Sal e cheiro verde a gosto Ovos até dar o ponto
Receita elaborada por Andréia Peixoto, técnica em cozinha rural do Senar Goiás. Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200.
Modo de preparo: No recipiente que vai preparar a massa, coloque o polvilho e reserve Misture a farinha de trigo e o fubá de canjica, reserve Em uma panela coloque o óleo, a água e o leite, o sal e o cheiro verde e leve ao fogo. Quando levantar fervura acrescente a farinha de trigo e o fubá de canjica, misture bem até formar um “angu” deixe cozinhar até soltar do fundo da panela Despeje esse angu no polvilho e misture bem, deixe ficar morno. Quando a mistura estiver morna (não pode ser quente, pois cozinhará os ovos) vai acrescentando os ovos um a um até obter uma massa mole, mas que seja possível enrolar. (Deve amassar bem para retirar o cheiro dos ovos). Modele as broas e leve para assar em forno moderado. OBS: O copo usado é o americano (200 ml). 32 | CAMPO
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CASO DE SUCESSO O produtor de leite de Itaberaí, Kremison Alcântara, participa do Balde Cheio e mudou a história da propriedade
De pai para filho O produtor Kremison Alcântara decidiu investir na atividade leiteira e conseguiu aumentar a produtividade em 253% Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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nteressado em dar continuidade na atividade do pai, o produtor rural de Itaberaí, Kremison Sebastião Alcântara, de 29 anos, é exemplo de sucesso na sucessão familiar. Há pouco mais de um ano ele recebeu a visita técnica do Balde Cheio e hoje comemora o sucesso do Programa. Kremison, que é conhecido no município como Toledo, lembra que na época a pecuária leiteira na região estava muito defasada e a produção com um nível muito baixo. “Quando conheci um pouco mais do Programa me interessei.” Lançado em agosto de 2010 no seminário “Goiás Mais Leite”, do Sistema Faeg/Senar, este programa usa tecnologia do Projeto Balde Cheio desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste. O principal objetivo do Projeto Balde Cheio é promover o desenvolvimento da pecuária leiteira, utilizando como principal ferramenta a transferência de tecnologia para técnicos de campo dos serviços de extensão rural locais, de entidades públicas e privadas, que servirão como multiplicadores desse conhecimento. Toledo ressalta que outra medida do Balde Cheio é trabalhar grande quantidade de leite em um menor espaço. “Foi justamente isso que chamou minha atenção e, por isso, nós escolhemos participar do Programa.” Sucessão Familiar A atividade foi passada de pai para filho. Ele conta que nasceu e foi criado na propriedade rural. Aos 21 anos Kremison decidiu ir para a cidade e trabalhar no ramo da agropecuária. Segundo ele, foram seis anos longe da propriedade. Mas a vontade do pai em deixar a atividade leiteira fez com que Toledo repensasse sua vida. “Eu sempre falava para ele que era possível o rebanho produzir mais. Fiquei um ano insistindo com essa ideia. Foi quando decidi voltar para a propriedade a ajudá-lo com a produção.” Recuperação Kremison lembra que na época a pro-
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dução estava muito abaixo do esperado. “Sete meses depois da minha volta, nós recebemos a visita do Senar Goiás, com a sugestão do Balde Cheio.” Ele conta que a possibilidade de aumentar os litros de leite o deixou muito animado. Mas um problema de família fez com que Toledo seguisse sozinho com o Projeto. “Meus pais acabaram se separando e se mudaram para a cidade. Mesmo sozinho eu decidi levar a atividade em frente.” A atitude de Kremison foi decisiva para o aumento significativo da produção. Com quase um ano fazendo parte do Balde Cheio, a produção aumentou 253%. “Nós produzíamos uma média de 130 litros diários. Esse número passou para 240 litros e hoje já chega a 330 litros por dia.” Referência Kremison comemora o sucesso do Programa. “Com o meu rebanho, consigo tirar cerca de R$ 8 mil bruto por mês.” Ele garante que não deseja parar por aí. “Minha meta é conseguir chegar a 500 litros de leite por mês até o próximo ano.” E para conseguir mais essa conquista, o produtor já faz planos de se inscrever em cursos do Senar Goiás. “Em 2013, pretendo participar do treinamento de inseminação artificial. Tenho certeza que dessa maneira irei aumentar ainda mais a produção.” A propriedade de Toledo se tornou referência para outras pessoas. Por se tratar de uma unidade demonstrativa do Balde Cheio, recebe regularmente visitas de produtores de outros municípios, que se interessaram pelo Programa e desejam conhecer de perto uma iniciativa bem sucedida. “Desde o início do Projeto, nós já recebemos mais de 250 pessoas.” Kremison explica que os visitantes vão até a propriedade para conhecer o Balde Cheio e levar a iniciativa para as suas propriedades. “O interessante do Programa é justamente isso, as pessoas conhecem in loco o vaquejo, os piquetes, adubação. Elas podem se espelhar no Projeto e aumentar a produtividade leiteira.” Novembro / 2012 CAMPO
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CURSOS E TREINAMENTOS
Senar lança Programa de Equoterapia em Piracanjuba EM OUTUBRO, O SENAR PROMOVEU
264 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 34
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Na área de agricultura
Em atividade de apoio agrossilvipastoril
Na área de silvicultura
Na área de agroindústria
Na área de aquicultura
Na área de pecuária
Em atividades relativas à prestação de serviços
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www.sistemafaeg.com.br
Leydiane Alves leydiane@faeg.com.br
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Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar Goiás, e o Sindicato Rural de Piracanjuba, em parceria com a Prefeitura Municipal, Coapil, Sicoob e Ministério Público, lançaram, no dia 27 de setembro o Centro de Equoterapia de Piracanjuba. Os primeiros participantes do Programa são os alunos da Associação de Paes e Amigos de Exepcionais (Apae), mas o serviço é voltado para toda a população. O Centro de Equoterapia de Piracanjuba funciona das 7h às 12h, no Parque de Exposições da cidade. Os interessados em participar devem procurar o Sindicato Rural Representando o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, o superintendente do Senar Goiás, Marcelo Martins, fez a abertura oficial do lançamento do Programa. O superintendente ressaltou que o objetivo da equoterapia é melhorar as condições físicas e psicológicas daqueles que são atendidos pelo Programa. O presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba, Eduardo de Souza Iwasse, destacou que a criação do Centro de Equoterapia é extremamente importante para Piracanjuba. “A população aguardava a criação desse Centro.
Prova disso é a presença dos alunos da Apae hoje. Poder levar esse serviço gratuitamente à população nos deixa muito honrados.” Arthur Gonçalves, fisioterapeuta do Programa, conta que a equoterapia tem um resultado mais rápido do que a fisioterapia convencional. “Principalmente em praticantes que têm alguma dificuldade motora.” Ele explica que a reabilitação é feita através de exercícios com o cavalo. “O movimento de andar do animal passa todos os estímulos para a coluna do paciente, que sente como se estivesse caminhando.” A Equoterapia é desenvolvida ao ar livre, onde o indivíduo está inteiramente ligado e integrado à natureza, posicionando assim a execução de exercícios psicomotores, de recuperação e integração, completando as terapias tradicionais em clínicas e consultórios. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio; o que justifica o emprego do cavalo como agente promotor.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br
74 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL 36 Alimentação e nutrição
www.senargo.org.br
10 Organização Comunitária
1 Saúde e Alimentação
7 Prevenção de acidentes
1 Educação para consumo
19 Artesanato
3.771
PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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CAMPO ABERTO
Educação no rumo certo
Jana Tomazelli
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Maria Luiza Batista Bretas é coordenadora de ações e projetos do Senar Goiás, doutora em Letras pela UFG e Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, França.
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o Brasil, a educação do campo sempre andou na contramão. Explico: quando uma criança nasce no campo e convive com a família 24 horas por dia, seja dentro de casa ou na lida da terra, sua educação vai sendo moldada para a vida no campo. Mais tarde, quando se encontra na idade escolar e precisa aprender a ler, escrever e fazer contas, a ruptura para ela é duas vezes mais traumática, se compararmos com o que acontece com uma criança que mora na cidade. Professores, pais, escola, família e, principalmente, a criança, todos sofrem com essa ruptura. As pessoas que estão com ela diuturnamente saem de cena para entrada de figuras diferentes, estranhas ao seu convívio. Nosso país, por suas características agropecuárias e riquezas naturais, teve no momento de sua colonização uma ocupação essencialmente rural. O processo de urbanização que o Brasil conheceu nas primeiras décadas do século passado causou, de certa forma, um movimento equivocado na educação do campo, transferindo para as escolas urbanas as crianças e os jovens em idade escolar, provocando o abandono de centenas de suas escolas rurais. Equívoco que se perpetua até hoje, pois nos últimos cinco anos foram fechadas 13.691 mil escolas no campo, segundo dados do Censo escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) 2011. Esse acúmulo da população nos centros urbanos vem causando problemas sociais de toda ordem, como presenciamos no nosso dia-a-dia: violência, trânsito
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caótico, falta de escolas em determinadas áreas, falta de emprego, escassez de alimentos, consumo de drogas, entre outros. Por todos esses motivos o certo seria que o Brasil tivesse investido muito mais na educação do campo, melhorando suas escolas, pagando de forma diferenciada os professores que se interessassem em trabalhar nessas unidades escolares e mantendo no campo suas crianças, seus jovens, suas famílias. Mas parece que enfim o Brasil volta um olhar diferenciado para a educação do campo. O Programa de Apoio Técnico e Financeiro aos estados, municípios e Distrito Federal para implementação da política da educação do campo, conforme o Decreto nº 9.352 de 2010 institui o Pronacampo, um programa de ações voltadas para o fortalecimento e a melhoria da rede do ensino para os povos do campo. O Pronacampo prevê ações em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica e infraestrutura física e tecnológica. Dentro dessas ações encontra-se o Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), destinado aos jovens da comunidade campesina. O Pronatec do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), iniciou suas atividades no mês de setembro, atendendo, de imediato, 105 turmas com 15 alunos cada uma. Direcionado aos jovens matriculados no ensino médio da rede pública de ensino, o Pronatec do Senar, Goiás, irá atender 5.205 alunos, em 347 turmas espalhadas em mais de 180 municípios goianos, a maior oferta de vagas para a educação do
campo no Brasil. Trata-se de uma verdadeira revolução educacional no campo. Sem deixar de lado o estudo formal na escola regular, o Pronatec veio para oferecer qualificação profissional para os jovens oriundos do meio rural e também para aqueles que estão na cidade e vislumbram oportunidades de emprego e ganho real na agricultura e pecuária. São objetivos do programa: expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos para alunos e trabalhadores, ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do incremento da formação profissional, manter os jovens no campo, dando continuidade ao trabalho dos pais e contribuir para melhoria da qualidade do ensino médio. O grande e equivocado objetivo desse nível de ensino tem sido preparar os jovens para o ingresso no ensino superior, por meio do vestibular, resultado que é alcançado por uma parte bem pequena dos jovens. E os que não conseguem ou não querem uma vaga na faculdade? Esses ficam à margem do ensino e vão aumentando os números da evasão e do abandono escolar. Patinando, há anos, no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB), o ensino médio vem dando claras evidências de que é preciso sim repensar e revolucionar a educação que se oferece aos jovens brasileiros. Quem sabe o Pronatec não tenha chegado em boa hora? Quem sabe enfim não estamos colocando a educação do e no campo no rumo certo? É esperar pra ver e o Senar Goiás, com o lema do ensinar fazer fazendo, está se preparando para isso. www.sistemafaeg.com.br
www.fsc.org FSC® C014047 A marca da gestão florestal responsável
proteger está na nossa natureza. A opção por utilizar recursos renováveis é um compromisso da Tetra Pak com o meio ambiente e com as futuras gerações. Atualmente, todo o papel utilizado na fabricação das embalagens cartonadas no Brasil é certificado pelo FSC®, uma organização não governamental independente sem fins lucrativos, que promove o manejo responsável de florestas por todo o mundo. Além disso, a reciclagem das embalagens gera oportunidades de emprego para diversas pessoas, um benefício para a sociedade e para o meio ambiente. Esse é o círculo da proteção.
Tetra Pak, e PROTEGE O QUE É BOM são marcas registradas pertencentes ao Grupo Tetra Pak. www.tetrapak.com.br