INSS 2178-5781
Ano XIII | 200 | Fevereiro 2012 9912263550
Exportação Goiás desponta na preferência europeia por carne bovina
Há vagas Em período de safra, emprego no campo aumenta até 40%
Cunicultura Coelhos são boa alternativa para quem busca lucro rápido
A nova classe média rural
Eles não são atendidos por programas sociais e nem alcançam os lucros dos grandes produtores. Essa nova classe C representa mais de 60 milhões da produção bruta brasileira
PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
CONSELHO EDITORIAL
Perfil social do produtor
Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto; Eurípedes Bassamurfo da Costa Editores: Francila Calica (01996/GO) e Rhudy Crysthian (02080/GO) Reportagem: Rhudy Crysthian (02080/GO) e Leydiane Alves Fotografia: Jana Tomazelli Techio, Larissa Melo Revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO) Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Talento Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2200 revistacampo@faeg.com.br
DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel Caixeta Haun. Vice-Presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro. Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius, Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Margareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo Vicente. Delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu Cortez. Suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira, Walter Vieira de Rezende.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges, Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça.
O
setor rural amargava uma lacuna na classificação da renda líquida do produtor. Teoricamente, os produtores eram enquadrados como agricultores familiares ou produtores comerciais. Essa realidade, até então, deturpada, começa a ser revista devido a um levantamento longo e detalhado encomendado pela CNA à FGV com base no último senso agropecuário. Essa nova escala de participação na economia, produção, empregabilidade, custos e crescimento dividiu as classes econômicas da zona rural assim como são classificadas na zona urbana. Esse perfil será muito importante para traçarmos metas e estimularmos a adequação e a criação de novas políticas públicas que contribuirão para o desenvolvimento dessas classes, cada uma com sua devida necessidade. O estudo norteia um caminho de soluções adequadas para as necessidades dessas classes, bem como políticas focadas nos diferentes perfis sociais para podermos avançar a cada dia e melhorarmos a vida do produtor rural, em todas as camadas sociais.
Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. Suplentes: Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo: Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos Fernandes. Suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce Mônica Vilela Souza. Superintendente: Marcelo Martins
FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222
José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
Site: www.sistemafaeg.com.br
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Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2208 - (62) 3096-2248 (62) 3096-2115.
Alexandre Cerqueira
E-mail: faeg@faeg.com.br
Jana Tomazelli
Larissa Melo
PAINEL CENTRAL
08 Carne goiana: a queridinha da Europa
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Com 441 propriedades rurais cadastradas para exportar carnes para a União Europeia, Goiás se desponta como o Estado com maior número de unidades aptas a vender para Europa.
Prosa Rural
O especialista em análise de mercado e fundador a AgRural Commodities Agrícolas, Fernando Muraro, acredita que a previsão de mercado de commodities para 2012 seja tão boa quanto foi em 2011 para os produtores rurais. Para ele, a preocupação é com a safra de 2013.
Larissa Melo
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Safra negociada
Mais da metade dos produtores goianos travaram preços em contratos antecipados.
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Emprego no campo
Safra aumenta em até 40% os empregos na zona rural. Média de remuneração supera o valor do Salário Mínimo.
Agenda Rural
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Fique Sabendo
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Cartão Produtor
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Campo Responde
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Delícias do Campo
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Campo Aberto
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Riqueza que vem do mel
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Produtor turbinou os lucros da produção de mel e derivados com orientações repassadas em treinamento do Senar em Goiás.
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Larissa Melo
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Retrato da família rural
Pesquisa classifica os perfis econômicos da população no campo e revela uma classe média à margem das políticas públicas, que precisa trabalhar fora da propriedade para complementar a renda.
Coelho: lucro rápido e garantido
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Carne nobre, macia e saborosa se destaca em um mercado ainda pouco explorado.
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Goiás desponta na preferência europeia por carne bovina
Há vagas Em período de safra, emprego no campo aumenta até 40%
Cunicultura Coelhos são boa alternativa para quem busca lucro rápido
A nova classe média rural
ShuƩerstock
Exportação
A família de produtores de Vicentinópolis é o retrato da nova classe média rural. Foto produzida por Larissa Melo e tratada por Carlos Nascimento.
Eles não são atendidos por programas sociais e nem alcançam os lucros dos grandes produtores. Essa nova classe C representa mais de 60 milhões da produção bruta brasileira
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ShuƩerstock
AGENDA RURAL
Março 2012 19 de março 3º Goiás Leite Seminários regionais de Pecuária de Leite. Local: Sede do Sindicato Rural de Jussara (GO) Informações: (62) 3373-2246
14/03
21/03
23/03
Mesa redonda “Os 10 mais do PIB” Local: na sede da Faeg em Goiânia (GO) Informações: (62) 3096-2200
3° Goiás Leite Seminários Regionais de Pecuária de Leite Local: Lago Municipal Dirceu Vaz da Rosa, em Palminópolis (GO)
3° Goiás Leite Seminários Regionais de Pecuária de Leite Local: Sede da AABB, Rua 07 s/n Vila Progresso, em Itaberaí (GO) Informações: (62) 3375-2457
26/03
28/03
30/03
3° Goiás Leite Seminários Regionais de Pecuária de Leite Local: Tatersal Filó Garcia, no Parque de Exposições Nélio de Moraes Vilela, em Jataí (GO)
3° Goiás Leite Seminários Regionais de Pecuária de Leite Local: Loja Maçônica Vale das Orquídeas Piracanjuba (GO) Informações: (64) 9261-4486
3° Goiás Leite Seminários Regionais de Pecuária de Leite Local: Centro Pro Menor Irmão Sol, em Corumbaíba (GO)
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FIQUE SABENDO ARMAZÉM
REGISTRO
Jana Tomazelli
Divulgação
Reeducação de detentos
Alimentação de monogástricos
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Representantes do Sistema Faeg/Senar, da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) e outras entidades assinaram, no dia 13 de fevereiro, a participação do Sistema em um convênio que prevê a reutilização da Fazenda Esperança (FE), uma área agropastoril, localizada dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, com aproximadamente 50 alqueires, no processo de reeducação dos detentos.
Segundo o presidente da Agsep, Edemundo Dias, o trabalho vai diminuir o custo do preso com alimentação e aumentar a sua autoestima, além de reduzir a pena a ser cumprida. “Para cada três dias trabalhados, o detento terá um dia reduzido em sua pena.” Ele acrescenta que a ação também é válida para os empresários que poderão desenvolver algum tipo de empreendimento na FE, utilizando a mão de obra do reeducando.
PESQUISA
Novas variedades de trigo A Fundação Pró-Sementes divulgou, em janeiro, três novas cultivares de trigo desenvolvidas pela OR Melhoramento de Sementes.. As variedades dades denominadas Berilo, Ametista metista e Topázio, T já estão disponíveis produtores is para pro odutores de sementes interessad interessados dos em multiplicar os materiais ais para a próxima p safra. Com boa produtividade utividade e comportamento tamento quanto às principaiss doenças da cultura, as variedadess atendem ma nova classificação sificação industrial para o trigo, sendo endo este um fator muito o observado o
para a comercialização da produção. A partir de 2013 as variedades estarão disponíveis para a produção comercial. Para mais informações, informações basta entrar em contato com a Fundação Pró-Sementes pelo número: (54) 3314-8983.
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Luiz Humberto Humb mbert erto Luiz
A Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) lançou, recentemente, o livro Alimentação de Animais Monogástricos: mandioca e outros alimentos não convencionais. A obra apresenta aos pesquisadores, técnicos e produtores uma nova perspectiva nas possibilidades do uso da fonte de alimentos energéticos e proteicos destinados aos animais monogástricos. O livro reúne informações científicas e parâmetros técnicos disponibilizados em importantes periódicos científicos internacionais sobre o uso de outras fontes de alimento capazes de garantir uma diversificação estratégica no abastecimento para os sistemas produtores de carne, ovos, leite e outros alimentos de origem animal. A publicação custa R$ 50 e pode ser adquirida diretamente na sede da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), em Botucatu, ou pelo e-mail: publicacao@fepaf.org.br
PROSA RURAL
FERNANDO MURARO Fundador da AgRural e especialista em análise de mercado agrícola
Produtores de olho na safra 2013 Leydiane Alves | leidyane@faeg.com.br
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om a previsão de que o ano de 2012 seja tão bom quanto o de 2011 para os produtores rurais, o Engenheiro Agrônomo, Fernando Muraro, afirma que a preocupação, no momento, é com a safra de 2013. Ele explica que, caso a crise europeia se agrave, os produtores vão sentir um aumento no custo da produção. Especialista em análise de mercado, Muraro tem pós-graduação em economia agrícola na Universidade de Pádua, na Itália, e especialização em análise técnica e fundamental de mercado de commodities agrícolas, nos EUA. Em 1996, fundou a AgRural Commodities Agrícolas, empresa que presta assessoria de informação e comercialização para produtores de soja e milho das regiões Centro-Oeste e Sul e para empresas do setor de insumos e máquinas.
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Revista Campo: Como as questões macroeconômicas têm influenciado nos preços das commodities agrícolas? Fernando Muraro: Essa é a grande questão do ano, porque existe uma correlação inversa e fundamental entre commodities e dólar. No ano passado, os preços do milho atingiram os maiores patamares do ano, justamente quando o dólar registrava seu menor valor. No último trimestre, a moeda voltou a reagir e os preços das commodities cederam significativamente. Essa é a lição de 2011 para 2012. Agora, a expectativa é que se a crise da Europa se aprofundar, o dólar volte a se fortalecer. Caso isso ocorra, as commodities poderão sofrer grandes perdas.
Revista Campo: : Os fundamentos de oferta e demanda mundial no mercado de grãos deverão continuar favoráveis aos preços dos produtos agrícolas? Fernando Muraro: Sim, especialmente para o milho. Nós tivemos uma quebra em mais de 10 milhões de toneladas, esse ano, na safra do milho na América do Sul.
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Revista Campo: Como o senhor vê os efeitos da crise europeia na rentabilidade dos produtores rurais de Goiás? Fernando Muraro: A safra que foi plantada o ano passado e colhida em 2012 não é problema, pois ela já está pronta e grande parte comercializada. A preocupação é com a safra 2012/2013, porque se a crise europeia se agravar podemos ter uma mudança na estrutura de formação de preço. Isso significa que a valorização da moeda americana, impactando em menores preços em dólares das commodities, resultaria em custo de produção mais elevado.
O Brasil deve assumir na próxima década um papel de liderança não só na produção como nas exportações, especialmente, de soja e milho.
Revista Campo: A China continuará a apresentar crescimento constante na demanda por grãos? Fernando Muraro: Depois da macroeconomia, a questão fundamental é a China. Em 2011, depois de quase oito anos, o País diminuiu a sua importação, dando sinais que sua demanda não cresce em ritmos tão elevados.
Revista Campo: Qual será o papel do Brasil dentro do mercado de commodities agrícolas? Fernando Muraro: O Brasil deve assumir na próxima década um papel de liderança não só na produção como nas exportações, especialmente, de soja e milho. Revista Campo: Quais os principais entraves brasileiros na expansão de sua participação no comércio de commodities agrícolas? Fernando Muraro: O principal entrave continua sendo o logístico. O custo da tonelada transportada do estado de Goiás para os principais portos brasileiros não para de subir, revelando ineficiência da nossa infraestrutura. O Brasil não pode ser o celeiro do mundo sem cesto. Revista Campo: : O país já é um dos principais exportadores de soja do mundo. Na sua visão, o Brasil deverá se consolidar como um dos principais exportadores de milho também? Por que? Fernando Muraro: Sim, porque a tendência é que a China, que é a maior importadora de soja do mundo, passe a ser também grande importadora de milho mundialmente. Revista Campo: O que o produtor pode esperar da safra 2011/12? Fernando Muraro : Goiás deve esperar um ano tão bom quanto 2011. Mas temos que estar atentos, porque o ciclo de alta das commodities pode estar acabando.
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MERCADO E PRODUTO
Revolução no campo com MPE do agronegócio O meio r ural tem vivido um processo intenso de t ransfor mação nas últimas décadas, resultado de um esforço coletivo baseado em técnicas de inovação para o camp o. Prova disso, são os constantes e cada vez mais necessários investimentos em moder nização da gestão agr ícola, proveniente da t ransição do stat us de simples proprietários r urais para a denominação de micro ou p equena empresa r ural, baseada em est ratégias comp etitivas. Essa t ransição, no entanto, vem acompanhada de um histórico de mudanças que começam no comp ortamento do produtor r ural. Além de ap er feiçoar sua for ma de t rabalhar, ele necessita de uma nova frente de gerenciamento com p er fil de metas e resultados. Neste cenário, redução de custos, aumento da produtividade, melhoria nas vendas e identificação de novas op ort unidades de negócios passam a ser ferramentas de gestão comp etitiva e de fortalecimento desse setor agroindust rial – hoje representado inclusive p ela agricult ura familiar. Parte desse desenvolvimento tem sido conquistado segundo redes de coop eração. O associativismo aí representa, hoje, uma alter nativa sustentável para o micro e p equeno produtor se organizar, ao mesmo temp o em que agrega valor aos produtos primários, p or vezes preteridos na conta final do processo de b eneficiamento de um produto. Além disso, as entidades de classe têm www.senargo.org.br
buscado junto aos gover nos federal e estadual, em parceria com municípios, for mas de promover essa revolução agroindust rial, quer seja p or meio do desenvolvimento de inst r umentos de Política Agr ícola mais eficientes, p ela disp onibilização de linhas de crédito como Plano Safra e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricult ura Familiar (Pronaf) ou p or projetos de fortalecimento das cadeias produtivas. Dent ro desse panorama, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Goiás e a Federação da Agricult ura e Pecuária de Goiás (Faeg) desenvolvem o Programa Empreendedor Rural (PER-GO) que, com o ap oio do Sebrae Goiás, procuram estimular a comp etência p essoal dos empreendedores do agronegócio. Fundamentado em t rês fases, o PER-GO leva ao meio r ural a gestão do conhecimento em empreendedorismo, com a elab oração de um projeto de investimento de capital; a implantação do projeto e desenvolvimento de gr up os; e o capital social com a fidelização de lideranças no meio r ural. At ualmente, o projeto está em andamento, no entanto, esp era-se que a t ransfor mação aplicada diretamente ao produtor seja estendida como ferramenta t ransfor madora de ações sociais, p olíticas e econômicas, de modo a fundamentar ainda mais o desenvolvimento do agronegócio e a diminuição do êxodo r ural.
Marcus Vinicius
José Mário Schreiner | presidencia@faeg.com.br
José Mário Schreiner é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
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Arte: Carlos Nascimento
Casa nova com o cartão produtor A Coluna Cartão do Produtor deste mês vem com descontos em lojas e redes de materiais de construção para o produtor rural construir, ampliar ou reformar. Aproveite! DINIZ MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO End.: Rua Santo Antônio, Qd. 01, Lt. 08, Centro - Barro Alto (GO) Fone: (62) 3347-6362 / Cel.: (62) 9659-4455 Desconto: 5%
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DEPÓSITO SÃO LUÍS End.: Avenida Camilo Teixeira, esquina c/ Rio Verde nº22, Centro – Indiara (GO) Fone: (64) 3547-1154 Descontos: 5% à vista para material básico e 10% no material de acabamento
CASA DO PISO – MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO End.: Avenida Elisiario nº 4, Serranópolis (GO) Fone: (64) 366-1126 Desconto: 10%
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ORIZONA
Nova diretoria Cerca de 350 pessoas participaram da solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato Rural de Orizona para o próximo triênio. O evento foi realizado no dia 9 de dezembro de 2011. Na ocasião foi oferecido um jantar para funcionários, associados e familiares. Para a nova diretoria foram eleito Domingos Sávio de Oliveira, como presidente, Geovando Vieira Pereira, secretário e o tesoureiro Paulo César Dias de Almeida. Joaquim Sant’ana Pinto de Oliveira, Daniel Olimpio Álvares e Marcelo Fernandes Rexende compõem para o conselho fiscal. (Colaborou: Adriane Pereira Tiago)
TERRENO
Parque de Exposições Além da posse, o Sindicato Rural de Orizona tem mais motivos para comemorar. Foi aprovada pela Câmara Municipal da cidade a doação de um terreno pela prefeitura ao Sindicato. No local será construído o Parque de Exposições. (Colaborou: Adriane Pereira Tiago)
COMITIVA
Empreendedor Sindical é tema de visita O Sistema Faeg/Senar recebeu no dia 15 de fevereiro, a visita das colaboradoras Diana Torres Maia e Juliana Modergan Ferreira, do Sistema Famato/Senar. O objetivo do encontro foi conhecer o Programa Empreendedor Sindical, a aplicação do Indíce de Desenvolvimento Sindical (IDS), os treinamentos, orientações e visitas técnicas nos sindicatos. Junto com o gerente sindical da Faeg, Antelmo Teixeira Alves, a comitiva foi até o município de Orizona, conhecer onde o projeto está sendo implementado. Segundo Antelmo, a intenção do programa é dar suporte à modernização e melhoria da representatividade e atuar nas organizações sindicais rurais com sustentabilidade.
ANÁPOLIS
Leilão Cerca de 150 pessoas participaram, no dia 8 de fevereiro, da solenidade de posse da nova gestão administrativa do Sindicato Rural de Anápolis, realizada no Salão de eventos do Sindicato. O vice-presidente da Faeg, José Manoel Caixeta, o superintendente do Senar, Marcelo Martins e o secretário da Agricultura, Antônio Flávio Camilo de Lima, também marcaram presença. Na ocasião foi apresentado ao público um vídeo falando sobre as conquistas e realizações da entidade nos últimos três anos e o projeto de construção do novo Parque de Exposições. José Caixeta foi reeleito como presidente, o vice-presidente passa a ser Francisco de Assis Xavier Nunes, o secretário é José Augusto e o tesoureiro Emival Silveira Duarte. Divulgação/Sindicato Rural Anápolis
Divulgação/Sindicato Rural Orizona
AÇÃO SINDICAL
ERRAMOS Diferente do que foi publicado na edição de janeiro, número 199, da Revista Campo, a posse da nova diretoria do Sindicato Rural de Itapaci foi realizada no Hotel San Domingues e não no salão de eventos do Sindicato.
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Sindicato Rural/Cromínia
CROMÍNIA
Posse no Sindicato Iluminados à luz de vela e lampião, o Sindicato Rural de Cromínia realizou a cerimônia de posse da nova diretoria para a gestão do triênio 2012-2015. O evento foi realizado no salão de eventos das novas instalações da sede do Sindicato. A realização teve a presença de produtores, funcionários, pessoas da comunidade e da presidente do Sindicato de Guapó, Maria das Graças. Para a nova diretoria foram eleitos João Marciano Neto como presidente, Luiz Roberto Martins Ferreira vice-presidente, como secretária Maria de Almeida Silvério e o novo tesoureiro é João Antônio de Souza. O Sistema Faeg/Senar foi representado pelo gerente sindical, Antelmo Teixeira Alves. (Colaborou: Mábia Regina)
RIO VERDE
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do meio ambiente, o Sindicato Rural de Rio Verde, realiza no mês de março, dia 24, a Terceira Cavalgada Ecológica. O evento vai percorrer um total de 28 quilômetros. A expectativa é a participação de 200 pessoas. As inscrições são feitas na sede do Sindicato. Mais informações: (64) 36120252, falar com Fernanda.
PORANGATU
Nova diretoria toma posse O Sindicato Rural de Porangatu foi palco, no dia 20 de janeiro, da solenidade de posse da diretoria, conselho fiscal e delegados representantes eleitos para o triênio 2012/2014. O novo presidente é Carlos José Garcia, como secretário geral ficou Rodrigo Barros de Azevedo e Francisco Pereira Lima é o novo tesoureiro. No conselho fiscal entram Julio Sérgio de Melo Júnior, Carlos Moreira da Silva e Claudiney Luiz Ribeiro. Como delegados ficaram Carlos José Garcia e Antonio Anselmo de Freitas 14 | CAMPO
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FAEG JOVEM
Rio Verde sedia o primeiro encontro Faeg Jovem do ano O Sistema Faeg/Senar, em uma parceria com o Sindicato Rural de Rio Verde, a Associação dos Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás (AJE) e o Sebrae Goiás, realizou no último dia 28 de fevereiro, em Rio Verde, o primeiro encontro municipal do Programa Faeg Jovem de 2012. O evento contou com a participação de aproximadamente 40 pessoas entre jovens empresários, estudantes, produtores rurais, lideranças municipais entre outros. (Colaborou: Alexandro Alves) Alexandro Alves
Cavalgada em prol do meio ambiente
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Pessoa Física até 22 de maio
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COMERCIALIZACÃO
Carne goiana lidera preferência europeia Goiás esta à frente das exportações de carne bovina para União Europeia. O Estado tem mais de 440 propriedades habilitadas Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou no mês de fevereiro a lista das fazendas autorizadas a exportar gado bovino para abate e carne in natura para a União Europeia (UE). Goiás lidera o número de propriedades. Das 1.949 mil unidades, o Estado tem 441 propriedades cadastradas. Os principais municípios responsáveis pela exportação são Nova Crixás, representada por 41 unidades, São Miguel do Araguaia com 17, Corumbaíba e Mozarlândia com 15, e as cidades de Montes Claros de Goiás e Mundo Novo, ambas com 14.
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sil, pois o País reassume a sua autonomia sobre as fazendas exportadoras, podendo expandir o número de fazendas desde que estejam de acordo com as normas de rastreabilidade, vigentes no País.” Segundo Paulo Sérgio, a União Europeia é um mercado muito importante para o Brasil. Atualmente, o bloco é o terceiro maior comprador da carne brasileira, atrás da Rússia e do Irã, mas já chegou a ser o principal mercado de exportação de carne bovina do Brasil. “A UE é um mercado de grande potencial para o Brasil, não só pelos grandes volumes que compra, mas também por pagar um preço muito superior aos de outros mercados”, avalia o assessor. Só em 2011 foram exportadas para o bloco US$ 478 milhões de carne bovina in natura, com um total de 48 mil toneladas. No ano de 2010 foram US$ 345 milhões e 44 mil toneladas. Entre os dois anos, houve um aumento de 38% no valor e 9,2% na quantidade. Já na importação de carne industrializada, a UE lidera o ranking. No ano passado foram exportadas 53 mil toneladas do produto, somando um montante de US$ 307 milhões. Já em 2010 foram enviadas para o bloco econômico 70,7 mil toneladas. Goiás foi responsável, só em 2011, por 8 mil toneladas de carne exportada, com um valor de US$ 86 milhões.
Exigências De acordo com a coordenadora do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Silvânia Andrade Reis, quando Goiás recomeçou a exportar carne para a UE, o Estado tinha apenas duas fazendas autorizadas. “No fim de 2007, a UE embargou a exportação porque não estava satisfeita com o sistema de rastreabilidade. Então, foi feito em todo o País uma força tarefa, principalmente em Goiás, por meio do Mapa, onde foi realizada uma auditoria prévia de todas as fazendas do Estado.” Em pouco mais de três anos, de duas propriedades, Goiás passou a ter 400, chegando a 504, em agosto do ano passado. “Em 2011 foi o ápice de propriedades aptas a exportar carne bovina. Conseguimos passar Minas Gerais que, até então, era o Estado que mais exportava. E desde essa conquista, não perdemos mais a liderança na exportação”, explica Silvânia. Depois de Goiás, aparecem o Mato Grosso, com 431 fazendas, e Minas Gerais, com 428, entre oito Estados produtores de carne bovina que aparecem na listagem do Mapa. Silvânia conta que, para Goiás conseguir chegar ao primeiro lugar, a Agrodefesa tem trabalhado de forma diferenciada e intensiva. “Nós fiArte: Carlos Nascimento
A grande novidade é que, a partir desse ano, as autoridades brasileiras farão a gestão da lista dessas unidades habilitadas a exportar o alimento. O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Sérgio Mustefaga, explica que essa conquista só foi possível após muitas negociações, pois o Brasil era o único País do mundo que tinha que cumprir com as exigências da Decisão da Comissão nº 61/08. “Em 2008, a União Europeia passou a exigir que as propriedades habilitadas para exportações de carne bovina fossem auditadas pelas autoridades sanitárias brasileiras e fossem aprovadas pela autoridade europeia. Só podiam exportar as propriedades aprovadas pela UE e que constassem na Lista Traces, publicada no site da UE, conforme dispunha a decisão 61”, explica. Agora a lista de unidades aprovadas passa a ser divulgada no site do Ministério, que será atualizada a cada 15 dias. Os relatórios de auditoria também não precisarão mais ser transmitidos para análise da Comissão Europeia. Somente as propriedades que cumprem as exigências da Instrução Normativa nº 17, que regulamenta o sistema brasileiro de rastreamento, podem ingressar no cadastro. “Essa medida é muito importante para as exportações de carne bovina do Bra-
Fonte: Agrodefesa
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zemos um trabalho muito constante de atendimento. Preparamos nossos auditores de forma exaustiva e demos vazão ao trabalho. O que não aconteceu em outros Estados.” Ela explica que quando teve a determinação do Ministério, Goiás acatou todas as normas. “Foram criadas normas que todos os produtores devem atender. Nós fazemos uma checagem documental e outra do rebanho.”
Segundo Silvânia, a parte documental obedece rigorosamente à IN 17, onde anexos checados nessa auditoria devem estar inteiramente de acordo com a Instrução. A coordenadora do Sisbov explica que o trabalho leva tempo, por ser cheio de detalhes. “Nós precisamos saber o dia que cada animal entra na propriedade, a idade e de onde veio. Depois de ter as informações, é feita uma comparação
entre os dados do Sisbov e da Receita Sanitária da Agrodefesa”, conta. Ela acrescenta ainda que as informações da propriedade têm que estar de acordo com o que está registrado no Banco Nacional de Dados.
Produtor comemora agilidade nas exportações
Larissa Melo
O produtor rural César Leite de Sant’Anna, exporta carne para União Europeia desde o fim de 2007. Ele conta que quando deu início, a atividade era muito burocrática. Era necessário que os
César Leite vende carne para UE desde o fim de 2007 e afirma que o processo está mais rápido e ágil.
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protocolos fossem encaminhados ao Mapa, onde eles processavam a vistoria por meio de uma empresa certificadora, que decidiria se a propriedade poderia fazer parte da lista de exportadores. “Hoje estão mais ágeis. Basta contratar uma certificadora que vai realizar a solicitação à Agrodefesa.” César explica que o processo de visita da certificadora consiste ainda em orientar os produtores rurais no que é preciso para fazer parte da lista de exportação. “Nesta etapa a certificadora é fundamental, pois é ela que procede a aquisição dos brincos específicos já referenciados ao proprietário, fornece a ele as normas de colocação do objeto, realiza com o proprietário e funcionários treinamento e explicações sob normas essenciais solicitadas pelo Sisbov”, diz. O produtor tem duas fazendas credenciadas, uma na cidade de Hidrolândia e outra em Jaraguá. De acordo com ele, das duas propriedades, são exportadas três mil cabeças de gado por ano para União Europeia. César salienta que hoje não é correto referir o crescimento somente ao mercado euro-
peu, pois alguns países asiáticos já lideram as importações. Ele conta, ainda, que o rebanho brasileiro é mais de 180 milhões de cabeças. Desse total, são abatidas mais de 36 milhões e apenas 10% são confinadas. Já nos EUA ocorre o contrario, em 2011 o país ultrapassou o Brasil em volume exportado. “Foram 1.287 milhões exportados pelos EUA e 1.097 milhões pelo Brasil. Isso não ocorria desde 2004, apesar de termos algumas boas expectativas, a crise europeia poderá desencadear efeitos negativos em nossa área.” Ele acrescenta ainda que o desenvolvimento da pecuária passa por um período de alterações, reflexões e decisões. “O que o pecuarista tem que ter como alvo é a eficiência de sua propriedade. Pois, o custo da terra e as oscilações do preço dos insumos podem inviabilizar o negócio e acarretar sérios prejuízos.” Mas ele acredita que os pecuaristas brasileiros são os melhores do mundo. “Se tivéssemos metade dos subsídios franceses e americanos, certamente nosso povo comeria mais carne e com melhor qualidade por um menor valor”, defende.
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VENDA ANTECIPADA
Produtores antecipam comercialização Seminários orientaram produtores sobre o comportamento do mercado agrícola Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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1,1 mil participantes. O evento foi realizado em sete municípios de Goiás, e teve um público médio de 160 pessoas por cidade. Com o tema Perspectivas para a Comercialização Agrícola da SaAndré Saddi
s Seminários Regionais de Comercialização e Mercado Agrícola 2012, realizados nos meses de janeiro e fevereiro, desse ano, reuniram em todas as rodadas mais de
Para Dejneka: “se a crise europeia se firmar pode afetar as commodities brasileiras”
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fra 2011/2012, os consultores de mercado Pedro Dejneka e Fernando Muraro, debateram alguns assuntos ligados aos cenários econômicos, logística do país, especulação financeira e outras situações que impactam nos preços das commodities. Para Pedro Dejneka, 2012 será um ano de atenção. Ele explicou que a crise na Europa é preocupante, pois o Brasil não está resguardado de seus efeitos. “Os europeus são consumidores de produtos agrícolas brasileiros, se a crise se agravar ainda mais por lá, perderemos escala em consumo e isso afetará diretamente os preços de nossas commodities. O Brasil não está isolado”, alertou durante uma das palestras. Ainda sob o rescaldo da divulgação do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicava um merFevereiro/2012
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Comercialização fragmentada Já para o consultor, Fer nando Muraro, o ideal para o produtor é fragmentar a comercialização da safra em partes para ter menos chance de errar na hora de vender a produção. Para ele, é a oportunidade de os produtores fugirem da tradicional pressão da colheita, entre março e abril. “Não é indicado comercializar nesses meses, pois demonstram uma tendência de diminuição nessa época do ano”, destaca. Ainda de acordo com ele, a safra deste ano está bem antecipada quanto à tomada de decisão. “Em Goiás, cerca de 50% da safra de grãos já foi comercializada”, diz. Ele lembrou também que a estiagem em algumas regiões do país reforçada p elo fenômeno La Niña, já comprometeu o potencial produtivo de grãos de parte do Mato Grosso do Sul. O que colocará a produção goiana em maior destaque. Ele afirma que os negócios, visando a safra de soja do Brasil, indicam que a nova temporada poderá
apresentar um recorde de área plantada, com preços altos e produtores capitalizados p ela colheita passada. O analista ponderou que a previsão de aumento do plantio está relacionada às condições de mercado. Segundo ele, os Estados Unidos estão com estoques ap ertados e não podem contar com um aumento na safra. Uma safra menor vai estimular o plantio de soja na América do Sul. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, falou das caracter ísticas da produção goiana de grãos neste ano em todas as rodadas do seminário e destacou também a importância de uma maior participação de produtores r urais na política regional. José Mário falou das demandas políticas para o setor agr ícola em 2012. Cobrou ainda uma política agr ícola que garanta renda ao produtor r ural e sua família, ao invés da atual forma que se baseia somente no crédito
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cado de grãos baixista no país norte-americano, Dejneka garantiu que, para o Brasil, ainda não há tendência de queda. Porém, orientou que é preciso que o produtor fique atento às evoluções do mercado, que muda rapidamente ao gosto dos acontecimentos econômicos mundiais. “Tente travar o preço de seu produto. Se o mercado está bom, analise se seus custos já foram cobertos e qual seu desempenho financeiro para saber em qual margem de operação trabalhar. Mas trave preço antes que a grande oferta da colheita chegue ao mercado”, recomendou o consultor. Ele também chamou a atenção dos produtores para a importância da China no mercado mundial de commodities. Destacou que o país asiático já possui grandes investimentos em energia e agricultura no Brasil e que está atento ao desempenho agropecuário nacional. Terceirizar a comercialização da produção também foi fator defendido por Dejneka. “O produtor produz bem, mas isso não significa que vá comercializar devidamente sua produção. Ele precisa pedir ajuda e auxílio nesta parte. E terceirizar é um investimento no seu negocio”, explica o consultor. A afirmação deve-se ao fato de a área da comercialização demandar muita dedicação do produtor rural.
Fernando Muraro acredita que é melhor o produtor fragmentar a comercialização da safra 20 | CAMPO
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nador, deputado e senadores. Sabatinas semelhantes foram realizadas em 2010 antes da eleição estadual com propostas reunidas em um documento entregue aos candidatos ao gover no do Estado daquele ano. Isso reforçou o número de deputados federais e estaduais que hoje apoiam o setor r ural. “Precisamos repetir esse projeto com os produtores r urais e Sindicatos Rurais visando melhorar a vida da família r ural do interior do Estado e o desenvolvimento dos municípios goianos”, disse José Mário.
Durante o Seminário de Comercialização realizado em Cristalina, Entor no do Distrito Federal, foi assinado um contrato de prestação de serviços entre a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro) e uma empresa privada para a elaboração de estudos de viabilidade técnica e econômica para a implantação de 80 barragens nos mananciais e ribeirões localizados na região. (Colaboraram: Francila Calica, Rhudy Crysthian e Cleiber Di Ribeiro)
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Pauta 2012 José Mário falou ainda sobre a produção sucroalcooleira no Estado, do posicionamento da Faeg pela diversificação agrícola do produtor r ural e pela maior participação de produtores r urais na produção da cana- de-açúcar e não somente como arrendatário. Outra novidade foi o anúncio de realização do seminário O que esperamos do próximo prefeito? ainda no primeiro semestre deste ano. O projeto começou ainda em 2010, durante as eleições para presidente da república e gover-
PERFIL SOCIAL
A nova classe média rural Estudo revela uma nova classe social no campo, até então desconhecida e longe das políticas públicas para o setor Waléria Carlos | revistacampo@faeg.com.br Especial para a Revista Campo
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om o objetivo de entender melhor o perfil social dos produtores rurais brasileiros, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), encomendou à Fundação Getúlio Vargas (FGV) um estudo sobre os perfis das classes de renda rural no Brasil. O estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, utilizou os resultados do Censo Agropecuário de 2006, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para mensurar as informações e traçar o perfil das classes de renda agropecuária e assim contribuir para o desenvolvimento de novas políticas públicas para o setor. O estudo foi coordenado pelo professor Mauro de Rezende Lopes e contou com os pesquisadores Ignez Vidigal Lopes, Daniela de Paula Rocha e Rafael de Castro Bonfim. Os resultados desse trabalho foram apresentados em Brasília, no seminário de comemoração dos 60 anos da CNA e dos 20 anos do Serviço Nacional de
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Aprendizagem Rural (Senar). De acordo com Daniela Rocha, uma das pesquisadoras, o estudo foi motivado após os resultados da pesquisa, Quem produz o quê no campo, quando e onde?, apresentar lacunas na classificação da renda líquida do produtor nacional. “Chegamos a um número um pouco assustador de mais de um milhão de produtores que tinha até quatro módulos rurais.” De acordo com Daniela, teoricamente, eles poderiam ser enquadrados como agricultores familiares segundo as normas, mas foram excluídos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por empregar mais de três trabalhadores permanentes, ou ainda, tiveram renda acima do estipulado pela normativa. “São produtores pequenos, mas que não se enquadram, nem na agricultura familiar, nem na agricultura comercial. Ficamos muito preocupados com esse grupo”. A pesquisadora conta que ao final do estudo os resultados aparecem
moldando a realidade da agropecuária brasileira, até então deturpada. Foi possível traçar o perfil dos grupos de produtores existentes, estabelecer as escalas de participação na economia, produção, empregabilidade, custos e crescimento. “Tecnologia, políticas públicas e novas demandas têm impulsionado a diversificação do setor agropecuário. O fato é que agropecuária brasileira, assim como a classe urbana, é dividida em classes. No caso do campo classes A/B, C e D/E”, diz. Daniela ressalta que é importante frisar, que são essas informações que vão traçar metas e estimular a adequação e a criação de novas políticas públicas que contribuirão para o desenvolvimento dessas classes. “Sempre existiu o produtor familiar e comercial, mas há ainda o produtor que não se enquadra em nenhuma dessas categorias, mas tem características dos dois. Essa classe precisa ter assistência ou correm o risco de passa para o nível D/E.”
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300 mil propriedades
R$ 130 milhões de faturamento, cinco vezes a produção da classe C
Produz 80% dos grãos e 85% da fruticultura do País
É responsável por 83% da lavoura e 70% da pecuária
Líder em contratações
Arte: Carlos Nascimento
O RETRATO DAS CLASSES RURAIS NO BRASIL
Renda acima de R$ 4.083 mil mês
Classe A/B 15,4% s áreas rurais de até 21 hectares
60 milhões da produção bruta
40% produz leite, 17% bovinos e 13% grãos
mão de obra é famíliar, até dois empregados permanentes e cinco temporários
18% da classe C localiza-se na região Centro-Oeste
Renda de até R$ 4.083 mil mês
A pecuária representa 12% e a lavoura com 6%
Renda média de R$ 1.455 mil mês
Classe C 3,6 milhões de áreas rurais de até 6 hectares
52% da receita é oriunda de outras rendas como aposentadoria
30% da renda são provenientes da produção
fonte de crédito essencial são as empresas integradoras
Classe D/E 5,2 Milhões de estabelecimentos divididos em três classes: 78,80% 7,60% 13,60%
Valor Bruto da Produção (VBP) 78,80%
13,60% 7,60% Classe A/B Classe C Classe D/E
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O perfil das classes A pesquisadora afirma que a classe D/E representa 70,4% do total de estabelecimentos produtores, ou seja, dos quase 5,2 milhões de estabelecimentos, mais de 3,6 milhões são formados por áreas de até seis hectares. Essa classe representa apenas 7,6% do valor bruto da produção (VBP), sendo assim, duas vezes menos se comparado a classe C. “O que mantêm esses produtores no ambiente rural são os programas governamentais e as aposentadorias, que representam 52% da receita. Os outros 30% são provenientes da produção e o restante são salários por fora”, explica Daniela. Ela avalia que a classe D/E concentra-se na região nordeste. A principal atividade é a pecuária, que representa 12% e a lavoura com 6%, destacando-se o feijão e o fumo. Sua maior despesa é com medicamentos, e o trabalho tem por base o grupo familiar. A fonte de crédito essencial são as empresas integradoras. Daniela aponta que o mais surpreendente da pesquisa é que a geração de renda da metade dos estabelecimentos da classe D/E gerou média de faturamento anual de R$ 1.455,00 de valor bruto da produção. “O crescimento é extremamente baixo.” A classe A/B por sua vez só é minoria em número de propriedades, pouco mais de 300 mil, representando 5,8% do total de estabelecimentos. Mas com faturamento bruto de quase R$ 130 milhões, cinco vezes a produção da classe C. “Essa classe vive da sua produção, somente 6% são provenientes
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Surge uma nova classe No meio dessas duas classes há um grupo que este estudo mostrou. Segundo a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia, o que existia antes era o grupo de empresários e o familiar. Mas agora, sabe-se que existe aqueles que não são grandes produtores e também não são atendidos pelo Pronaf. “Foi justamente por essas questões que surgiu a necessidade de se estudar melhor esse grupo, utilizando os mesmo critérios adotados para definir a classe média urbana. Sendo assim, conclui-se que existe a classe media rural, ou classe C”, conta Daniela. No estudo, a classe média rural representa 15% dos estabelecimentos produtores. Com áreas de aproximadamente 21 hectares, representa mais de 60 milhões da produção bruta. Sendo que 73% desse valor é líquido. Dezoito por cento da classe C localiza-se na região Centro-Oeste. O leite é sua principal atividade, 40% do total da produção, 17% de bovinos e 13% de grãos. Por isso, sua maior despesa com insumos são as rações. A mão de obra é famíliar, com até dois empregados permanentes e cinco temporários. Jana Tomazelli
de outras rendas como aposentadoria, pensão, salários fora ou programas governamentais”, conta Daniela. A pesquisadora destaca que essa classe contribui com 83% da lavoura e 70% da pecuária produzida no país, em propriedades com o mínimo de 60 hectares. A classe é responsável também pela produção de 80% dos grãos e 85% da fruticultura. Os principais produtos são algodão, cana-de-açúcar, laranja, soja, trigo, arroz. Nas criações, aves, suínos, bovinos. “Em consequência, as principais despesas com insumos são com adubo e os agroquímicos. Como a tecnologia promove a mudança de classes, quanto maior a tecnologia maior a renda líquida das classes.” Daniela revela que a classe A/B também é líder em contratações, além da mão de obra familiar, possui uma média de oito empregados permanentes e emprega aproximadamente 13 trabalhadores temporários. Suas fontes de crédito são, principalmente, os comerciantes de matéria-prima.
A pesquisadora diz que a principal fonte de crédito das classes A/B e C são os comerciantes de matérias-primas. “Observa-se que a classe média rural é uma miscigenação das classes. Até mesmo porque fica entre elas marcando o momento de transição tanto para o crescimento como para o decrescimento.” O economista e analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, acredita que há um equilíbrio muito grande entre produção agrícola e pecuária na classe C rural. A diferença é de menos de 10% de um para o outro. Daniela disse que a reação foi unânime, o público em geral, representantes do governo, todos ficaram preocupados e surpresos com esse grupo que está esquecido na política. Segundo Arantes, a Faeg tem acompanhado as manifestações da presidente Dilma, que se mostrou bastante preocupada com a situação, principalmente com a produção de alimentos e declarou que o setor não pode ser esquecido. O estudo implica soluções adequadas para as classes A/B e C. Políticas focadas nas diferentes classes, com menor viés em produtos, como tem sido historicamente. Recomenda ainda que a classe D/E deve-se beneficiar das políticas destinadas aos grupos de pobreza extrema. Além de levantar dúvidas se a política agrícola adotada pode contribuir para o contingente mais pobre dessa classe. Recomenda-se que as empresas integradoras sejam canais para levar as políticas públicas para a classe C.
A produtora rural Silvia Cordeiro e o marido Antônio Carlos mudaram de atividade e galgaram da classe D/E para a classe C sem a ajuda de políticas públicas
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Jana Tomazelli Larissa Melo
A família classe C O produtor Sidneis da Silva, não tem funcionários. Ele, a esposa, Michelly Rabelo, e o filho, Marco Antônio Rabelo da Silva, tomam conta de toda a produção de leite, da propriedade de 11 alqueires, localizada no município de Vicentinópolis. “Além da área não ser muito grande, eu não vejo vantagem em ter uma pessoa a mais com um lucro tão baixo”, conta ele. A renda da família gira em torno de R$ 3 mil líquido. “Esse valor poderia ser maior, se o gasto com insumos não fosse tão grande”. Ele destaca que esse é o grande entrave na atividade, o preço da ração. “O valor do leite não aumenta de forma proporcional como a ração. Há três anos o litro do leite era de R$ 0,73 e o quilo da ração R$ 19. Hoje, o leite aumentou R$ 0,03 e a ração elevou R$ 11. É um valor absurdo, que compromete o desenvolvimento da atividade”, denuncia. Para Sidneis, o que facilita é o convênio existente com uma firma de cereal, onde o valor da ração sai R$ 9 mais barata. “Eu consigo comprar o alimento do gado hoje por R$ 22, com frete, o total sobe para R$ 25, o que para mim já é vantagem”. O produtor gasta em média R$ 3 mil com a manutenção do gado. “Nossa renda bruta é de R$ 6 mil” Para ele, o poder público apoia somente o grande produtor, o pequeno sempre sai lesado. “A empresa que eu revendo o leite é um exemplo disso. Nós que produzimos cerca de 300 litros diariamente, recebemos apenas R$ 0,79, enquanto o grande recebe um montante de R$ 0,90 por litro. O que facilitou para mim, foram os treina-
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Sidneis da Silva e sua família cuidam sozinhos de toda a produção de leite, de 11 alqueires em Vicentinópolis mentos do Senar, que me deram outra visão do negócio e me ajudaram a gastar menos na propriedade”, conta. Samuel Diniz é um desses pecuaristas, ofício passado de pai para filho, ele trabalha há cinco anos com a criação de gado leiteiro, também em Vicentinópolis. O produtor emprega um funcionário e consegue ter renda entre R$ 1,6 mil e R$ 1,8 mil mensais. Com planos de melhorar o rebanho, pretende começar, no próximo ano, um trabalho de inseminação, além de dar início à plantação de milho ou soja. O pecuarista revela que o grande entrave é o custo com a ração. “Falta recursos, não temos nenhuma ajuda do governo. O pequeno não tem jeito de crescer, fica parado”. A produtora rural Silvia Cordeiro, há cerca de um ano, sentiu-se obrigada a mudar a atividade no campo. Ela e o marido Antônio Carlos Luiz da Silva, trabalhavam com gado leiteiro, mas a atividade não estava dando o retorno necessário. Ela conta que sem auxílio do governo, passou a plantar hortaliças no
quintal de casa. “Aos poucos fomos percebendo que o retorno das folhagens estava vindo muito mais rápido do que com o leite.” A família que tirava R$ 600 por mês, passou a lucrar R$ 2 mil. “Foi um diferencial enorme na nossa vida. Abandonamos o gado leiteiro e passamos a trabalhar somente com as hortaliças”, diz. Mesmo com a renda praticamente triplicada, Silvia conta que não optou por ter funcionários na chácara. Ela e o marido são responsáveis pela plantação, colheita e venda das folhagens. “Já não temos auxílio. Se formos gastar com mão de obra, teríamos que tirar da nossa própria casa”, avalia. Já Elieser Rodrigues de Lima é criador de gado de leite na Ilha do Bananal, na divisa dos Estados de Goiás e Tocantins. A profissão é divida com a esposa. Sua renda mensal é de aproximadamente R$ 2,5 mil mensais. Sem nenhum incentivo do governo, o pecuarista tenta progredir, embora a ração do gado seja muito onerosa.
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EMPREGOS
Oportunidades no campo O período da safra aumenta em até 40% o número de empregos avulsos no meio rural Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
MAIORES MUNICÍPIOS GOIANOS EM NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS Goiânia
2.565 propriedades
Rio Verde
2.467 propriedades
Jataí
1.682 propriedades
Mineiros
1.237 propriedades
Itumbiara
1.104 propriedades
Quirinópolis
1.082 propriedades
Catalão
972 propriedades
Morrinhos
981 propriedades
Piracanjuba
928 propriedades
Cristalina
854 propriedades
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais de 2005 a 2008
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oportunidade de arrumar um emprego temporário no meio rural, principalmente na região sudoeste de Goiás, aumenta significativamente nessa época do ano. O período da safra da soja e da cana-de-açúcar, que vai de janeiro a abril, exige do mercado mão de obra extra, principalmente para os trabalhadores que sabem operar máquinas agrícolas. Nas duas principais cooperativas da região sudoeste, o número de pessoas contratadas aumenta cerca de 40%. De acordo com o presidente da Comissão da Técnica para área de cereais, fibras e oleaginosas da Faeg, Flávio Faedo, o aumento se dá, especialmente, por se tratar de um pólo agroindustrial. Segundo o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antônio Chavaglia, a empresa, que fica em Rio Verde, tem 1,8 mil funcionários contratados e o número é insuficiente para a demanda nesse início de ano. Antônio explica que cerca de 600 funcionários foram contratados. “No ano passado foram 500, esse ano o número já subiu. E esse aumento se dá pela necessidade de mão de obra tanto na zona rural como nas empresas de grãos. Pessoas até de outros estados vêm para a região à procura de trabalho”, revela. A Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia (Comiva), localizada em Mineiros, também tem a necessidade de aumentar sua mão de obra nessa época do ano. “Nós dominamos a modalidade de prestadores de serviços temporários”, explica a supervisora do departamento de recursos humanos da Comiva, Tatiane Morais. Segundo ela, as pessoas são selecionadas através do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, que realiza as contratações avulsas. De acordo com a supervisora, na empresa, ao todo existem 246 funcionários. De janeiro a abril esse número
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vai para 300, totalizando um aumento de mais de 20%. Para Tatiane, as contratações são necessárias para atender a demanda de serviços neste período de safra, pois o produtor associado conta com a Cooperativa para o recebimento e armazenamento de seus grãos com qualidade e agilidade. “Por isso, fazemos um trabalho planejado juntamente com os gestores de cada área para que tenhamos êxito nas contratações e com antecedência para atender os nossos clientes. Buscamos profissionais com qualificação e perfil para cada cargo solicitado. Acreditamos que assim, conseguimos atender nossos associados com mais qualidade, confiança e agilidade”, destaca. Contratações O jovem Reginaldo do Campo, 25, estava desempregado há três meses. Ele sentia a necessidade de um trabalho e decidiu distribuir currículos nas principais empresas de Rio Verde. Para a sorte de Reginaldo, uma dessas instituições estava contratando funcionários para trabalhos temporários. Ele fechou contrato com a empresa para prestar serviço de 45 dias como auxiliar de operador de máquina. “Dependendo da minha agilidade, esse contrato pode aumentar para mais 45 dias”, conta. Ele relata que os empregos oferecidos nessa época da safra estimulam os trabalhadores que muitas vezes não arrumam emprego pela falta de oportunidade. “Acredito que cabe ao funcionário dar o seu melhor para esse contrato se tornar permanente. A minha expectativa aqui é essa, me tornar funcionário efetivo da empresa”, revela. A auxiliar de escritório, Beatriz Rodrigues, 25, também faz parte das contratações avulsas. De acordo com ela, o contrato com a empresa é de três meses de trabalho, com a oportu-
nidade de se tornar permanente. “Minha vontade é de ficar na empresa, estou gostando muito da rotina. Mas em todo caso, se eu não for efetivada, pelo menos, vou ter mais experiência na área administrativa, que sem dúvidas é um diferencial enorme na hora de arrumar outro emprego”, conta ela. Dados Segundo um trabalho realizado pelo curso de Economia da Universidade Federal de Goiás (UFG), baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), entre os anos de 2005 e 2008, a região de planejamento com a maior quantidade de estabelecimentos é a do Sudoeste goiano, onde estão localizados os municípios de Rio Verde, Jataí e Mineiros. Essas cidades são as maiores em número de estabelecimentos agropecuários na atividade de agricultura, pecuária e de serviços relacionados. O estudo da UFG aponta também que a renda média goiana, em reais, era, em 2008, de R$1.106,26 e R$ 795,22 na agropecuária. Os dados revelam ainda que a maior parte dos empregados na atividade são homens. Em 2008, 85,79% dos empregados eram do sexo masculino e 14,21% mulheres. No mesmo ano, 0,53% dos funcionários possuía até 17 anos de idade; 14,73% possuíam de 18 a 24 anos; 16,81% de 25 a 29 anos; 32,33% de 30 a 39 anos; 22,10% de 40 a 49 anos; 12,88% de 50 a 64 anos e 0,62% com 65 anos ou mais.
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CUNICULTURA
Mais lucrativos que boi Mercado ainda pouco explorado abre uma janela de oportunidades de lucros rápidos Leydiane Alves | leydiane@faeg.com.br
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ica em proteína, com excelente valor biológico, sabor leve (semelhante à carne de frango), baixo teor de gordura e de colesterol são algumas das características da carne de coelho. Mesmo com tantas qualidades o alimento não faz parte do dia a dia dos brasileiros. Prova disso é o consumo por habitante. Enquanto o consumo de aves chega a cerca de 40 quilos por habitante ao ano, seguidas da carne suína, 15,5 quilos, a quantidade de carne de coelho consumida é de aproximadamente 100 gramas por habitante a cada ano. A criação de coelhos ou cunicultura, e mostra uma boa atividade
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para quem quer velocidade no retorno financeiro. Com apenas 30 matrizes e cinco reprodutores, é possível ter uma rentabilidade de 60%. A criação de coelhos pode ser um negócio lucrativo, tanto para a venda de animais de estimação quanto para a venda da carne. Uma coelha pode dar mais de 60 filhotes por ano. Cada coelho rende 1,5 quilos de carne, sendo assim, o criador pode obter cerca de 70 quilos de carne. A carne pode ser vendida com o preço de R$ 17 o quilo. Desta forma, uma coelha pode render cerca de R$ 1.200 por ano, mais rentável que a carne bovina.
E mesmo com tamanha facilidade de lucros, a expansão do mercado é considerada fraca. A afirmativa é do presidente da Associação de Criadores de Brasília (ACB) e Entorno, o cunicultor, Teobaldo Tadeu Galvão. “Dados colhidos recentemente apontam para uma demanda reprimida no Centro-Oeste. São cerca de 40 toneladas por mês”, afirma. Galvão é cunicultor há seis anos, mas apenas há doze meses tem focado sua criação para o abate. Ele conta que em sua chácara, localizada em Novo Gama (GO), a 177 quilômetros de Goiânia, é produzida mensalmente uma média de 150 coelhos. “A nossa perspectiva é de
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De acordo com Galvão as fêmeas alcançam a maturidade seis meses e produz em até os três anos de idade. nos próximos três anos elevar esse número para 1.200.” Galvão explica que, o aumento da produção se dá pela facilidade de uma coelha gerar filhotes. De acordo com ele, as fêmeas alcançam a maturidade aos seis meses e produzem até os três anos de idade. “Elas podem ter até oito gestações em um único mês. Sendo que em cada prenhez pode gerar de 10 a 12 láparos”. O número do rebanho de Galvão equivale a 45 matrizes e cinco reprodutores, em um galpão de 50 metros quadrados. Ele afirma que atualmente trabalha apenas
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com a venda da carne, que são comercializadas para supermercados, restaurantes, casa de carnes e até para escolas estaduais. “Eu aproveito só a carne. Mas tem cunicultores que usam tudo, a pele, o pelo, as vísceras, o cérebro, o sangue, a urina e o esterco”, explica. Expansão O cunicultor Cláudio Duarte, está no ramo há quase 40 anos, ele faz parte da Coelho e Cia, uma associação criada para divulgar em todo o País as vantagens da cunicultura. Ele afirma que a entidade tem se
organizado com outras associações, cooperativas e federações, espalhadas por todo o território nacional. “Há cinco anos estamos tentando reunir todos os atores e levando as discussões para um local comum”, conta. De acordo com ele, nesses espaços, são reunidos cunicultores profissionais que atuam na área, bem como alunos, professores, pesquisadores, industriais, donos de abatedouros do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal. “Em 2011 realizamos
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o segundo Encontro Nacional de Cunicultores e aí vieram pessoas também do Nordeste, Pernambuco e Rio Grande do Norte.” Cláudio diz que em 2012, a expectativa é aumentar a participação em quantidade e representatividade, contando com cunicultores também do norte do país. Nos estudos apresentados pelos cunicultores no Encontro foi possível perceber em qual região a cunicultura se mantém mais forte. “O maior volume de venda é São Paulo, não porque consome, mas porque é o centro comercial do Brasil. O consumo fica bem dividido, o Sudeste e a região Sul são os maiores consumidores.” Ele explica que no Centro-oeste, o Distrito Federal é o mais avançado nesta atividade. “Goiás tem cunicultores espalhados por Formosa, Planaltina, Goiânia e recentemente descobriram um criador em Bela Vista de Goiás. Não são muitos, mas a expansão já é notada.” Recentemente, o cunicultor recebeu solicitações de pessoas de Goiânia e Silvânia interessados em iniciar uma criação. “Já me coloquei à disposição para ajudá-los e, inclusive, recebi em minha propriedade três pessoas de Goiás que vieram ver meu plantel e aprender como se cria coelhos para o abate”, revela. Cláudio conta que, atualmente, procura mostrar para a população que a cadeia produtiva do coelho tem que ser respeitada por todos. “Há quem produza a ração, quem fabrica as gaiolas e acessórios, outros produzem matrizes e reprodutores, outros engordam os animais, abatem e comercializam. É todo um processo que trabalha em prol da cunicultura”, acrescenta. O cunicultor conta que existem abatedouros por todo o Brasil, mas o maior deles está em Salto de Pirapora, interior paulista. “Claro que existem em outros estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espí-
Segundo Cláudio, o consumo da carne fica dividido entre as regióes Sul e Sudeste
rito Santo, Santa Catariana, Paraná e até na região do Nordeste.” Já no rebanho a região que se destaca é a Sul, com 55% em todo o País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em segundo está o Nordeste com 5%, seguido do Norte de Centro-Oeste, ambos com 1%. Para aumentar o consumo da carne no Brasil, Cláudio explica que é preciso incentivar a oferta. “Temos que organizar uma rede nacional de produção, coordenada conjuntamente com os abatedouros. Basta colocar uma receita de coelho em qualquer programa de culinária e no dia seguinte não teremos carne suficiente para atender a demanda.”
Mas ele reitera que o grande problema encontrado pelos profissionais não é a falta de consumidores, mas a quase inexistência de uma rede de produção. Nos últimos três anos, o estado que mais produziu a carne de coelho foi o Rio Grande do Sul, chegando a 46% da produção no Brasil. O Paraná foi o segundo maior produtor, com uma demanda de 19%. Já Santa Catarina ocupa a terceira colocação com 18%, seguido de São Paulo com 17%. Os demais estados nem aparecem no estudo. “Temos que incentivar essa produção. Até mesmo para as pessoas conhecerem mais sobre as vantagens de consumir a carne de coelho”, conclui Cláudio. www.sistemafaeg.com.br
VANTAGENS DA CUNICULTURA Elevada prolificidade e produtividade - Uma coelha poderá produzir cerca de 60 filhotes por ano. A partir de uma fêmea, poderão ser obtidos aproximadamente 70 kg . Alta qualidade nutricional - A carne do coelho apresenta cerca de 21% de proteína, 8% de gorduras e apenas 50 mg/100g de colesterol o que a destaca como excelente alimento, principalmente para idosos. Baixa necessidade de área útil - O coelho é um animal que exige pouco espaço. Em uma gaiola de 60 x 60 cm é possível alojar um animal em reprodução e quatro animais em crescimento. Trabalho leve - O trabalho da granja pode ser realizado por mulheres, idosos e crianças, se adaptando bem a sistemas de agricultura fami-
liar, onde a família é responsável por toda a mão de obra. Geração de esterco de alta qualidade - O esterco produzido na criação de coelhos é de altíssima qualidade para as plantas e considerado, por horticultores, como um excelente adubo orgânico. Possibilidade do aproveitamento de subprodutos do abate - Da carcaça do coelho, pode-se aproveitar praticamente tudo como o sangue, a pele, o cérebro, as vísceras, etc. Baixa necessidade de água - Diferentemente das atividades de suinocultura, avicultura e bovinocultura intensiva, não há grande consumosde água mesmo para higienização das instalações. Fonte: Associação Científica Brasileira de Cunicultura
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Nova Zelândia
Califórnia
Gigante de Bouscat
Desenvolvida nos Estados Unidos é das mais populares no Brazil e no mundo, sobretudo a variedade branca. Há também a vermelha e a preta. É de porte médio, precoce, com grande aptidão para a produção d ã de d carne e também t bé pele, podendo pesar até 5,5 quilos.
Raça americana para carne e pele surgiu de cruzamentos nos quais entraram a Nova Zelândia e a Chinchila. Chega a 4,5 quilos e tem pelagem branca, exceto no focinho, pés, orelhas e rabo, que são escuros
Desenvolvida na França, foi obtida a partir de cruzamentos de outras raças gigantes com a angorá, razão pela qual tem pelos mais compridos do que a maioria dos coelhos. Tem bom rendimento de carcaça e pesa até 7 quilos.
Fonte: Coelho & Cia ShuƩerstock
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RAÇAS BOAS DE CORTE
ShuƩerstock
CAMPO RESPONDE
Tenho interesse em plantar parreiras em Jaraguá, Norte goiano. Onde encontro mudas de variedades sem sementes? Também gostaria de receber prospectos da lavoura. Roberto Moraes
A cultura da uva tem se desenvolvido em Goiás e já temos atraído pesquisadores para o Estado. Você pode conseguir mais informações sobre a condução da lavoura, mudas e variedades, com a Vinícola Goiás, no município de Itaberaí; os pioneiros na cultura no Estado e parceiros de várias instituições. O e-mail: viticulturaitaberai@hotmail.com CONSULTOR: ALEXANDRO ALVES, assessor técnico da Faeg para a área de fruticultura.
Gostaria de saber quando vão ser abertas as inscrições para o PER 2012. Quando começa o curso, os horários, local e onde faço inscrição? Carlos Gabriel
O Programa Empreendedor Rural (PER-GO) é demandado através dos Sindicatos Rurais. Mais de 130 municípios goianos possuem Sindicatos. Caso seu município não tenha Sindicato, você deve entrar em contato com o coordenador de ações e projetos do Senar, em Goiás, Fernando Veiga, que lhe enviará uma ficha de inscrição do programa e lhe informará sobre a abertura de turma em seu município. Os contatos são: fernando@senar-go.com.br ou telefone celular: (62) 9968-1156. CONSULTOR: FERNANDO VEIGA, Coordenador de ações e projetos do Senar, em Goiás. Envie suas dúvidas para revistacampo@faeg.com.br. Não se esqueça de colocar nome completo, a região onde mora e a cultura que produz. Envie-nos também fotos do assunto que pretende obter resposta. 32 | CAMPO
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Ângelo Armando
DELÍCIAS DO CAMPO
DICA
O rec he a gos io pode s er to, m ser se as deve co e n ão molh ado.
Receita elaborada por Ângelo Armando de Paula, instrutor e educador de cozinha rural e de panificação rural do Senar, em Goiás.
RECHEIO 02 cebolas grandes picadas 06 dentes de alho picados 1/2 kg de carne moída sal e pimenta do reino a gosto PREPARO: Em uma panela aqueça o óleo e refogue o alho e a cebola. Acrescente a carne moída e o sal com a pimenta a gosto e deixe fritar. Reserve.
Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200. www.senargo.org.br
Pastel frito MASSA 01 kg de farinha de trigo 1/2 copo americano de óleo 05 colheres de sopa de pinga (qualquer uma) 01 ovo inteiro 02 colheres de sopa de sal Água até dar o ponto
PREPARO: Em uma vasilha ponha a farinha de trigo, o óleo, a pinga e o ovo. Faça uma farofa. Vá colocando a água e o sal aos poucos até a massa desgrudar das mãos. Deixe descansar por uma hora. Leve a massa ao cilindro, com farinha para não grudar e vá abrindo até ficar fininha. Em seguida, depois que o recheio estiver frio, coloque no centro da massa e feche. Corte com a ajuda de um cortador de pastéis. Frite os pasteis em uma panela funda e larga e com uma escumadeira. Vá virando os pasteis de um lado para o outro até dourar.
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CASO DE SUCESSO
Lucro doce Criador de abelhas aumentou a renda em 30% após participar de treinamentos do Senar e, hoje, comercializa dois mil quilos de mel por ano
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dson Jorge da Silva, 46, é professor em Vicentinópolis, e há cinco anos trabalha com apicultura. Ele não esconde o amor pela atividade e gosta de contar como as abelhas mudaram sua vida. “Elas representam para mim melhora na saúde, aumento na qualidade de vida e preservação do meio ambiente. “A ideia de trabalhar com os insetos surgiu mais por necessidade do que por vontade”. O apicultor conta que existiam enxames que estavam comprometendo a saúde do gado leiteiro, na p r o p r ie d ade de seu sogro. “Não
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sabíamos o que fazer. Eu não queria queimar os insetos, porque sabia que atingiria de alguma forma o meio ambiente”. Ele decidiu então se dedicar à apicultura, mas a falta de conhecimento quase o matou. “Eu decidi mudar as abelhas de lugar e começar com a criação. Mas como não tinha experiência acabei sendo atacado pelo enxame que quase me matou.” Decidido a continuar com a apicultura e fazer a atividade dar certo, ele procurou ajuda no Sindicato Rural do município e solicitou um curso de apicultura, ministrado pelo Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), em Goiás. “Lembro que quando procurei
ajuda no Sindicato não tinha muitas pessoas na região que se interessavam pelo curso. Foi preciso que eu saísse pelas propriedades mais próximas, convidando as pessoas para fazer o treinamento”, conta. Depois de alguns meses, ele conseguiu reunir uma turma de dez apicultores, que fizeram o curso, gratuitamente, pelo Senar. Para Edson, a oportunidade de participar do aprendizado foi um divisor de águas na atividade. “O curso é tudo na vida de um produtor rural. Eu acredito que sem o devido conhecimento, a atividade não tem sucesso. E com certeza eu teria desistido da apicultura no primeiro ano”, revela. www.sistemafaeg.com.br
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O criador de abelhas em Vicentinópolis, Edson Jorge, conta que a atividade mudou sua vida e a renda da família
Terapia Para Jorge, o dinheiro nem foi o grande diferencial. Ele gosta de destacar que as abelhas mudaram sua saúde. Ele é adepto da apiterapia, a utilização de produtos derivados das abelhas para tratamento terapêutico. Nestes casos, são utilizados o mel, o pólen, a geleia real e as apitoxinas das picadas das abelhas. “Desde criança eu tenho uma deficiência no pé, onde
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eu sinto muita dor quando faço algum esforço. O tratamento com as apitoxinas praticamente me curou. Outro problema que eu enfrentava era uma inflamação no ombro, que também foi solucionada com a terapia.” A família de Edson também recebe as vantagens dos derivados da abelha. Ele conta que o sogro sempre teve problema de respiração, e após o uso do própolis, sua saúde melhorou. “Considero que a descoberta da atividade foi um acontecimento importante para minha vida.” Ele acrescenta ainda que as abelhas mudaram o visual da fazenda e região. “Com a polinização das flores, diversas plantas frutíferas nasceram por aqui”, revela. Ao todo, Edson ministra 25 caixas de enxames, com cerca de 50 mil abelhas em cada. O apicultor ressalta que além de aprender
corretamente a produzir o mel, ele soube também fazer a cera e o própolis. “O curso do Senar durou apenas quatro dias. Mas foi tempo suficiente para desenvolver corretamente a atividade. Eu sou inteiramente grato pela a oportunidade”, destaca. Edson ficou tão satisfeito com o trabalho do Sindicato Rural e do Senar que decidiu se tornar um mobilizador. “Acredito no trabalho do Senar e acho que é extremamente relevante levar a toda população a necessidade e importância dos cursos e treinamentos. Como para mim foi uma mudança extremamente positiva, penso que pode ser assim para outras pessoas também”, acrescenta. ShuƩerstock
O comprometimento de Edson foi um diferencial no crescimento. Ele destaca que se dedicou com à atividade, e pouco depois de dois meses após o curso já contabilizava lucro. Atualmente ele é o maior distribuidor de mel do município, abastecendo os principais comércios da região e residências. A atividade se tornou uma importante renda extra para família. “O meu lucro aumentou cerca de 30%, o que eu considero um grande avanço.” Ele vende dois mil quilos de mel anualmente.
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CURSOS E TREINAMENTOS
Produção de ovos para incubação
*Cristiano Ferreira da Silveira | cristianofsilveira@yahoo.com
EM JANEIRO, O SENAR PROMOVEU
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CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
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Na área de agricultura
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Em atividaNa área de de de apoio silvicultura agrossilvipastoril
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Na área de Na área de agroindústria aquicultura
32 Na área de pecuária
13 Em atividades relativas à prestação de serviços www.sistemafaeg.com.br
Gustavo Milanez
Rhudy Crysthian rhudy@faeg.com.br
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a produção de ovos para incubação, buscam-se práticas para concentrar a p ostura nos ninhos, o correto manejo da comp osteira, o recebimento de frangas para o início da produção, o manejo diário da produção dos ovos, manejo dos machos e da água são alguns dos tópicos oferecidos p elo curso de Produção de Ovos para a Incubação, do Senar, em Goiás. Tanto o manejo dos ninhos na pré-p ostura como a utilização de um número adequado de coletas diárias, contribuem na obtenção de ovos limp os e com menor grau de contaminação. Além disso, o p eso do ovo e a qualidade da casca são fatores imp ortantes na produção do ovo fértil. Para participar desse treinamento, o interessado deve ter idade mínima de 18 anos. O treinamento tem duração de 40 horas com 16 vagas em cada tur ma.
Para mais informações sobre os treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br
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CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL
2 Organização Comunitária
1 Saúde e Alimentação
5 Prevenção de acidentes
11 Artesanato
1791 PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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CAMPO ABERTO
Qualidade de vida para um trabalho eficiente no campo Maria de Fátima Araújo de Farias fatima@senargo.org.br
Mendel CorƟzo
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Maria de Fátima Araújo de Farias Coordenadora de ação social do Senar, em Goiás.
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humanidade vive numa era onde o bem-estar animal tem sido muito discutido e valorizado. E o bem -estar humano, como é discutido? A Escola Nacional de Saúde Pública afirma que as dores nas costas afetam três em cada dez brasileiros. Em 2010, o Ministério da Previdência divulgou que 77 mil trabalhadores foram afastados de seus empregos, no campo e na cidade, devido a problemas posturais. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema CNA/SENAR), criaram o Programa Trabalho Decente: Educação Postural no Campo, direcionado aos produtores e trabalhadores rurais. Ele segue normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e tem por objetivo capacitar os instrutores para a educação de produtores e trabalhadores rurais com informações básicas sobre a melhor postura corporal, durante a realização das atividades diárias no campo. Com esta iniciativa, o programa estimula os moradores da zuna rural a contribuírem mais
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com a atividade agropecuária, na medida em que fornece informações detalhadas sobre as posturas corporais corretas para o exercício das atividades que os produtores e trabalhadores desenvolvem cotidianamente. Fornecer informações sobre como desenvolver postura correta é um passo importante para evitar doenças ocupacionais e patologias da coluna que são campeãs em incidência no mundo trabalhista em todas as suas áreas de atuação. A prevenção de acidentes e lesões do trabalho – além da primazia à qualidade de vida às pessoas do campo – permeiam as ações do programa, desenvolvido como tema transversal em todos os cursos e treinamentos do Senar, em Goiás. A postura correta é aquela que permite liberdade e variação de movimento. Contrariamente, postura ruim é aquela que provoca um movimento ruim, com maior dispêndio de energia, esforço, dor, e, consequentemente, lesão. Informação para educar e reeducar. Fazendo da informação a base para educação, espera-se como resultado mais saúde e qualidade de vida na zona rural. Sendo a informação utilizada para
reeducar o movimento corporal, é necessário informar ao trabalhador a razão da adoção desses novos hábitos, pois ninguém se protege do que desconhece. Informação é uma ferramenta poderosa! Conscientizar é algo ativo e constante. Portanto, levar informação aos produtores e trabalhadores rurais quanto ao conforto, saúde e segurança na realização de suas atividades diárias no campo é imprescindível para a construção de novos hábitos. Entre esses novos hábitos podemos destacar a postura correta durante a realização das tarefas e alongamentos antes e após determinados trabalhos como capina, plantio, colheita manual, poda, utilização de máquinas agrícolas, pulverização costal manual, ordenha manual, trabalho com equinos, entre outros. Lançado em Goiás em janeiro deste ano, o programa trabalha reeducação postural como tema transversal em todos os eventos do Sistema FAEG/SENAR. Ele contribui para a gradativa melhoria da saúde e da qualidade da vida do homem e a mulher rural, meta do Programa Trabalho Decente: Educação Postural no Campo. www.sistemafaeg.com.br