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Ano XIII | 226 | Abril 2014
Cana-de-açúcar
Tecnoshow 2014
Cultura é responsável pelo 2º maior valor bruto de produção de Goiás
Stand do Sistema recebe caravanas de produtores com extensa programação
Rumo ao livre comércio Negociações entre Mercosul e União Europeia avançam, mas especialistas pontuam dificuldades
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Quem tem seu próprio negócio é um especialista. Mas para começar ou melhorar a sua empresa, até um especialista precisa de especialistas em pequenos negócios. Vai empreender? Vai ampliar? Vai inovar? Conte com o Sebrae. > Baixe o aplicativo do Sebrae na App Store ou na Play Store.
Educação Empreendedora
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Como vai? Somos o Sebrae. Especialistas em pequenos negócios. Consultoria
Gestão
Inovação
Resultados
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PALAVRA DO PRESIDENTE
CAMPO A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional
Do campo goiano para a mesa da Europa
de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR, com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. CONSELHO EDITORIAL Bartolomeu Braz Pereira, Claudinei Rigonatto e Eurípedes Bassamurfo. Editora: Catherine Moraes (0002885/GO) Reportagem: Catherine Moraes, Gilmara Roberto e Michelle Rabelo Fotografia: Larissa Melo e Fredox Carvalho Revisão: Catherine Moraes Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Amazonas Tiragem: 12.500 Comercial: (62) 3096-2123 revistacampo@faeg.com.br DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner Vice-presidentes: Leonardo Ribeiro, Antônio Flávio Camilo de Lima. Vice-presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Wanderley Rodrigues de Siqueira. Vice-presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro de Góis. Suplentes: Flávio Augusto Negrão de Moraes, Flávio Faedo, Vanderlan Moura, Ricardo Assis Peres, Adelcir Ferreira da Silva, José Vitor Caixeta Ramo, Wagner Marchesi. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Estrogildo Ferreira dos Anjos, Eduardo de Souza Iwasse, Hélio dos Remédios dos Santos, José Carlos de Oliveira. Suplentes: Joaquim Vilela de Moraes, Dermison Ferreira da Silva, Oswaldo Augusto Curado Fleury Filho, Joaquim Saeta Filho, Henrique Marques de Almeida. Delegados Representantes: Walter Vieira de Rezende, Alécio Maróstica. Suplentes: Antônio Roque da Silva Prates Filho, Vilmar Rodrigues da Rocha. CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
Durante o 7º Encontro Empresarial Brasil–União Europeia, realizado em Bruxelas no mês de fevereiro, verificamos que Mercosul e União Europeia caminham para estabelecer uma zona de livre comércio, que vai trazer benefícios diretos para Goiás. De janeiro a dezembro do ano passado, a União Europeia foi o destino de 23,5% das exportações totais goianas; um montante de mais de US$ 1,6 bilhão. Ampliar e manter essa aliança estratégica com o bloco europeu poderia aumentar em até 40% nossas exportações do agro para a Europa. O setor agropecuário espera esse acordo desde 1999, quando começaram as primeiras negociações entre os blocos econômicos. De lá para cá, o Brasil se tornou o parceiro comercial mais importante da União Europeia, entre os países emergentes, e a Europa passou a ser o segundo mercado de maior relevância para os produtos agropecuários brasileiros. Vale ressaltar que, além da abertura comercial, o acordo traz consigo oportunidades de investimentos, diálogo mais aberto sobre temas sanitários e fitossanitários, de serviços, de cooperação. E, o mais importante, interfere na economia dos países, principalmente no que diz respeito à renda da população, emprego e consumo, aumentando o acesso do consumidor a produtos mais baratos e diversificados. Para a Faeg, a missão agora é orientar e capacitar a agroindústria e os produtores rurais para os negócios internacionais. Esse é o esforço de setor agropecuário pela internacionalização dos produtos goianos e brasileiros. Nosso segmento é, hoje, responsável por mais de 40% das exportações do País, gerando superávit na ordem de US$ 80 bilhões. Com participação decisiva de Goiás, o agronegócio sustenta o saldo positivo total da balança comercial e tem grande importância macroeconômica para o Brasil. Larissa Melo
Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Elson Freitas e Sandra Maria Pereira do Carmo. Suplentes: Rômulo Divino Gonzaga de Menezes, Marco Antônio do Nascimento Guerra e Sandra Alves Lemes. Conselho Consultivo: Arno Bruno Weis, Alcido Elenor Wander, Arquivaldo Bites Leão Leite, Juarez Patrício de Oliveira Júnior, José Manoel Caixeta Haun e Glauce Mônica Vilela Souza. Suplentes: Cacildo Alves da Silva, Michela Okada Chaves, Luzia Carolina de Souza, Robson Maia Geraldin, Antônio Sêneca do Nascimento e Marcelo Borges Amorim. Superintendente: Eurípedes Bassamurfo Costa FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br E-mail: faeg@faeg.com.br Fone: (62) 3412-2700 e Fax: (62) 3412-2702 Site: www.senargo.org.br E-mail: senar@senargo.org.br Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2114 – (62) 3096-2115 – (62) 3096-2226.
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José Mário Schreiner Presidente do Sistema FAEG/SENAR
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Larissa Melo
Fredox Carvalho
PAINEL CENTRAL
Caso de Sucesso
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De Caiapônia para todo o Estado
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Gestão consciente, dentro e fora do pasto Médico Veterinário e analista do mercado do boi defende um criador atento às tendências e adepto ao planejamento
Larissa Melo
A história do produtor que abandonou a criação de gado leiteiro para investir na fruticultura e hoje colhe os frutos do sucesso
Prosa
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Historicamente relevante, cultura é responsável pela segunda maior produção de riquezas de Goiás, mesmo em momento de crise
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Fique Sabendo
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Delícias do Campo
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Treinamentos e cursos do Senar
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Campo Aberto
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Agenda Rural
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Listada entre as maiores do país, feira agropecuária reuniu mais de 100 mil visitantes
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Homenagem Negociações entre Mercosul e União Europeia avançam durante últimas reuniões. Cana-de-açúcar
Tecnoshow 2014
Cultura é responsável pelo 2º maior valor bruto de produção de Goiás
Stand do Sistema recebe caravanas de produtores com extensa programação
Rumo ao livre comércio
Produtores rurais e companheiros de trabalho falam sobre Rogério Viana, coordenador do Senar, que faleceu no dia 9 de abril
Arte: Rowan Marketing
Negociações entre Mercosul e União Europeia avançam, mas especialistas pontuam dificuldades
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AGENDA RURAL
Data: 7 a 11 de abril Local: Anel viário Paulo Campos, s/n, Km 07 Zona Rural de Rio Verde Informações: (64) 3611-1522
20/04 59ª Exposição Agropecuária de Anápolis Local: Parque de Exposições Agropecuárias de Anápolis Informações: (62) 3943-3883
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28/04 Os 10 mais do PIB de Goiás Hora: 9h Local: Auditório da Faeg - Rua 87, nº 662 - Setor Sul - Goiânia Informações: (62) 3096-2208
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FIQUE SABENDO ARMAZÉM
REGISTRO
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Divulgação
Bartolomeu Braz participa de balanço do Programa Goiás Cidadão Seguro
Empreender é a saída “Empreender é a Saída: inclusive para quem não tem o dinheiro da entrada” é o título e a máxima do livro de José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Em 117 páginas divididas em 50 capítulos, o empresário e também uma das personalidades mais influentes do agronegócio goiano, indica com exemplos de sua história de vida como a determinação e a força de vontade podem levar qualquer um a alcançar as metas mais altas. A obra é indicada não só para produtores rurais, como também para estudantes, jovens ou qualquer pessoa que deseja empreender. A distribuição é gratuita.
O Governo de Goiás apresentou um balanço dos resultados do Programa Goiás Cidadão Seguro em evento realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Entre os números de maior destaque apresentados pelo governador Marconi Perillo esteve o do índice de assassinato do Estado: o crime foi reduzido em 13,62% em março de 2014, se comparado ao mesmo período do ano passado. Bartolomeu Braz Pereira, 1º vice-presidente institucio-
nal da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), representou a entidade no evento. Bartolomeu Braz considerou que para que os bons índices também reflitam maior segurança no campo, governo e sociedade precisam colaborar para a construção de um espaço rural mais seguro. Isso envolve políticas públicas específicas para o campo e práticas de segurança do produtor rural.
PESQUISA
Néctar do ingá controla pragas do café Estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) indica que o néctar produzido pelo ingá pode proteger plantas de café do ataque de pragas. A pesquisa foi realizada no município de Araponga (MG), onde é realizado o plantio consorciado do grão com plantas que produzem néctar diretamente relacionado à polinização, como o ingá. O plantio consorciado começou a ser realizado na região em 1993 e tem por objetivo aumentar o con-
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trole natural das pragas e reduzir o volume de defensivos agrícolas aplicados. O objetivo do sistema é fornecer alimento e local de refúgio a predadores e parasitoides (inimigos naturais das pragas) por meio da manipulação de ambientes. O estudo foi desenvolvido por Maíra Queiroz Rezende, da Universidade Federal de Viçosa, que explica: “Os nectários extraflorais funcionam como um mecanismo indireto de defesa da planta. Os inimigos naturais são atraídos pelo néctar e
acabam protegendo a planta contra potenciais herbívoros e contra as principais pragas do café, como o bicho-mineiro e a broca-do-café”. O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) são parceiros no financiamento e realização da pesquisa.
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PROSA RURAL
A pecuária de corte sob a visão de quem vive do setor Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br
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m dos carros-chefe das exportações goianas, a carne bovina divide o pódio com outras carnes, complexos da soja e
dos minérios e é presença obrigatória na mesa dos goianos. A atividade de pecuária de corte ainda divide opiniões, quanto à comercialização do gado, o manejo do rebanho e o relacionamento do produtor com a indústria, e por isso, acaba precisando de especialistas que analisem o setor. O veterinário Rodrigo Albuquerque concedeu entrevista à Revista Campo e falou sobre temas como o aumento no preço da arroba, os modelos de gestão para a pecuária, a relação pecuarista/frigorífico, entre outros. Rodrigo faz parte da nova geração de analistas de mercado que estão construindo a pecuária do futuro e defende que entender as tendências e se planejar são peças-chave para aproveitar as oportunidades.
Revista Campo: Mesmo com as possibilidades de imprevistos e mudanças de cenário, quais as tendências mais prováveis no ano de 2014 para o mercado do boi? Rodrigo Albuquerque: A maior probabilidade aponta que 2014 deve se configurar como o ano da colheita para o pecuarista. Digo isto alicerçado pelo lado da demanda e da oferta. No tocante à primeira, independente de não termos tido nestes últimos anos as melhores taxas de crescimento desejadas pelos economistas, também estivemos longe de termos um baque em nossa economia. O primeiro trimestre de 2014 já cravou aumento de 20% frente a 2013. É fato que temos variações de preços para cima e para baixo, pontualmente, mas a tendência aponta para um aumento de renda e melhoria da condição econômica para todos os produtores ligados ao agronegócio em 2014, com exceção talvez para a cana.
RODRIGO ALBUQUERQUE é médico veterinário, analista de mercado e trabalha com recria e engorda de gado de corte
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Revista Campo: Nos últimos meses tivemos a oportunidade de acompanhar os maiores preços já registrados para a arroba do boi. Em sua opinião, o produtor aproveitou esta oportunidade? Qual o aprendizado a se extrair deste momento? Rodrigo Albuquerque: Algumas ponderações aqui são necessárias. Primeiro, devo ressaltar que quebramos realmente vários recordes nominais para a arroba do boi gordo recentemente. Mas o recorde de preços de nov/2010, deflacionado, ainda não foi atingido. É importante que se diga isto. É claro que houve e está havendo recuperação de preços para o produtor, mas ainda não atingimos o mesmo valor que tínhamos pela nossa arroba no final de 2010. Revista Campo: Falando mais de mercado, como o produtor deve agir para diminuir os riscos da produção e comercialização? Ou seja, como deve ser a gestão para uma pecuária mais produtiva e rentável e quais os ingredientes ou comportamentos que o produtor pode adotar para não ser pego de calças curtas? Rodrigo Albuquerque: A decisão de se vender ou não vender no curto prazo é muito difícil de ser tomada com assertividade plena. A única possibilidade de certeza para definir se estamos ou não num bom momento para a venda é o conhecimento do custo de produção e da margem desejada pelo pecuarista. Somente e tão somente estes dois fatores podem ser conhecidos pelo produtor. Mas, infelizmente, a esmagadora maioria não sabe calcular corretamente seus custos, tão pouco sabe que margem deseja para o seu negócio. Revista Campo: Sabendo da necessidade de evolução no relacionamen-
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Acho que o varejo adora esta guerra em que batalham os que ficam da porteira para dentro. A elaboração de uma agenda sinérgica entre produtor, frigorífico e varejo urge to produtor /indústria, quem poderia ser mais proativo neste quesito? Rodrigo Albuquerque: Sinceramente, ambos. Mas, como as indústrias (frigoríficos) são em menor número e mais bem preparados, via de regra, acho que o início do caminho mais fértil ficaria por conta da indústria, tendo como foco principal o aumento da transparência na comercialização. Ao nosso ver, um bom modelo é o uruguaio, com as cinco balanças na indústria... Mas, o fundamental não é se determinar neste primeiro momento se precisamos ter mais formalidade, garantia de recebimento, regularidade, etc. A pedra fundamental da evolução no relacionamento produtor/indústria para mim, passa por uma mudança de postura de ambas as partes. Revista Campo: Algumas pesquisas apontam que a maior margem de renda na comercialização dentro da
cadeia produtiva de pecuária de corte está com o varejo. Você acredita que podemos chegar a discutir formas para se ter ganhos mais uniformes? Rodrigo Albuquerque: Enquanto frigorífico e pecuarista ficam se digladiando a maior parte do tempo, o varejo vive um mundo muito dinâmico e particular. Trata de estreitar a todo custo o relacionamento com seu cliente, criando lojas diferenciadas, produtos sob demanda, produtos personalizados, campanhas de marketing e etc... Acho que o varejo adora esta guerra em que batalham os que ficam da porteira para dentro até o atacado. Enquanto isto, ele “ganha dinheiro”. Mas, a elaboração de uma agenda sinérgica entre produtor, frigorífico e varejo urge. Revista Campo: Você acha que o mercado consumidor tem realmente influenciado nas mudanças de comportamento do pecuarista ou o bolso teve maior peso? Rodrigo Albuquerque: Para mim, quem mais tem realmente influenciado as mudanças de comportamento do pecuarista é o seu próprio bolso. A figura do produtor rural é normalmente associada à riqueza, o que, ao nosso ver, é uma herança dos tempos que ficaram entre as décadas de 50 até meados da década de 80. Os custos de produção também caíram, mas num percentual bem inferior ao valor de venda. Porém, fatos positivos vieram desta redução de preços de venda. Agora, as saídas são duas: aumentar a produtividade e permanecer na atividade, ou sair dela. E para quem opta pelo primeiro caminho, saber utilizar melhor o insumo mais básico da produção em nosso País tropical e extensivo, o pasto, é imperativo. E para tanto, é inexorável a contratação de assistência técnica.
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MERCADO E PRODUTO
Alimentos e o controle da inflação
A
grande preocupação do Governo Federal com a política econômica, ultimamente, tem sido no esforço para manter a inflação dentro da meta, principalmente em função do aumento dos preços dos alimentos, provocado pela estiagem prolongada no final do ano passado e início deste ano. A preocupação do Governo é que essa alta, que embora atinja mais fortemente apenas os produtos in natura que têm um ciclo rápido de produção, possa se propagar a outros preços por meio da indexação das expectativas inflacionárias. Neste sentido, o Banco Central apertaria e prolongaria o ciclo de aperto monetário. O IPCA projetado para 2014 é de 6,39%, acima da meta do Governo de 6,11%. Diferentemente de outros setores da economia, o setor rural é susceptível a fatores e aspectos (variações climáticas) que os demais setores da economia não sofrem diretamente, mas podem ser impactados indiretamente. Principalmente àqueles setores que dependem do segmento rural, já que cerca de 30% da economia brasileira tem suas raízes focadas nas bases do setor agropecuário. No início do ano, devido à estiagem prolongada, os setores que foram mais afetados foram o de hortaliças e verduras e o de frutas, além dos impactos sofridos principalmente pela soja, em específico na região Centro-oeste.
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De janeiro à Fevereiro/2014, do total do aumento de 1,41% do setor de alimentos, segundo o IPCA/IBGE, o segmento de hortaliças e verduras aumentou 18,12% e o de frutas 6,34%. Outros setores como os de aves e ovos, leite e derivados, açúcares, cereais e oleaginosas tiveram queda de preços ou ficaram praticamente estáveis, contribuindo para que o setor não aumentasse mais ainda. Temos que considerar que essa é uma situação sazonal, tendo em vista que o aumento nesses segmentos específicos é transitória e não deverão se propagar para outros níveis de preços, como aluguéis, por exemplo, já que o mesmo no mês de fevereiro/2014 já fora bem superior (8,74%) ao aumento dos alimentos. Se formos levar em consideração que o setor de alimentos poderá contaminar a inflação de outros setores devido as expectativas inflacionárias, temos que considerar que outros setores como de habitação, que no acumulado em 2014 subiram 1,33%, despesas pessoais 2,42% e educação 6,57% também poderão se espalhar para outros setores, já que também tem peso significativo na renda dos brasileiros. É equivoco fazer uma análise de curto prazo e colocar os alimentos como o vilão da inflação por uma mera situação sazonal provocada pelo impacto de variações climáticas. Ao citar os alimentos temos que fazer uma
análise mais de longo prazo e verificar que, diferentemente da situação atual, esse setor foi o que mais contribuiu nos últimos 12 meses e nos últimos 20 anos para o controle inflacionário. Se observarmos o acumulado dos últimos 12 meses podemos verificar que segundo o IPCA/IBGE, o setor de alimentos e bebidas foi o 6º colocado no ranking de inflação, com índice acumulado de 6,32%. Acima dele tivemos como campeão de inflação no período o segmento da Educação, com 8,75%, despesas pessoais com 8,70%, habitação (aluguéis) com 7,54%, artigos de residência com 7,00% e saúde e cuidados pessoais com 6,79%. Analisando os últimos 20 anos, durante todo o período de vigência do plano real, podemos visualizar, que enquanto o índice geral do IPCA/IBGE subiu 350,59% no período, a inflação do setor de alimentos e bebidas subiu 330,76% abaixo do que a inflação média, ficando em 6º lugar no ranking da inflação no período. O item que mais subiu foi o de comunicação que teve uma inflação acumulada no período de 723,68%, tendo a habitação em segundo com 652,76%. Portanto, podemos verificar que o setor de Alimentos e Bebidas é um setor que, conjunturalmente, pode impactar em curto prazo na elevação dos índices de preços, mas é o segmento que mais contribuiu e contribui para o controle do processo inflacionário brasileiro.
Carlos Costa
Edson Alves | edson@faeg.com.br
Edson Alves Novaes é gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg
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AÇÃO SINDICAL CAIAPÔNIA
CABECEIRAS
Sindicato Rural de Cabeceiras
Sindicato Rural de Caiapônia
Sindicato entrega certificados
Palestra sobre código florestal
A consultora técnica do Senar Goiás para a Área de Meio Ambiente, Jordana Gabriel Sara ministrou, no último dia 8 de abril, palestra sobre Código Florestal de Goiás e Cadastramento Ambiental Rural. A palestra que se encaixa no Programa Campo em Ordem foi ministrada no Sindicato Rural de Cabeceiras e contou com a presença de membros da Diretoria do Sindicato Rural, técnicos e produtores rurais do município de região. (colaborou Adriana Silva)
No último dia 10 de março, o Sindicato Rural de Caipônia realizou a entrega de certificados dos cursos e treinamentos realizados no último mês referentes a Com Licença vou à luta, manejo de pastagem e operação/manutenção em ordenha mecânica. O evento contou com a participação do supervisor regional, diretores do sindicato, comissões e participantes de treinamentos que ficaram muito satisfeitos com seus certificados, reconhecimento e confraternização que receberam.
ITUMBIARA
PIRACANJUBA
Nova sede Sindicato Rural de Piracanjuba
Sindicato Rural de Itumbiara
A diretoria do Sindicato Rural de Itumbiara entregou no último mês fevereiro a nova sede da entidade que estava em reforma. Com a reforma, os sindicalizados ganham um local com modernas instalações incluindo a criação da sala do produtor, sala de emissão de notas fiscais e GTA, e ampliação da sala de atendimento, ficando o escritório totalmente reformado para melhor atender o produtor rural. 12 | CAMPO
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Intercâmbio de Iowa
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No último dia 23 de março o presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba Eduardo Iwasse e o vice-presidente Adriano Donegá recebeu alunos americanos Universidade de Hawkeye Community College do Estado de Iowa. Os estudantes fazem parte de um intercâmbio com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
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Sindicato Rural deIndiara
INDIARA
Máquinas agrícolas O Sindicato Rural de Indiara realizou, no dias 27 a 29 de março, o treinamento em NR 31.12 Prevenção de Acidentes com Maquinas Agrícolas. O treinamento foi realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás e foi considerado um sucesso.
LUZIÂNIA ARENÓPOLIS Sindicato Rural de Arenópolis
Técnicas de pintura
Sindicato Rural de Luziânia
Adestramento de cães
O Sindicato Rural de Arenópolis promoveu, na Região dos Maias, um curso em técnicas de pinturas.Com um público feminino, as participantes pintaram jarras, telhas e panos de prato.
O Sindicato Rural de Luziânia, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás realizou, nos últimos dias 9 a 12 de abril, o curso de adestramento de cães para pastoreio. A turma teve mais de 10 participantes e teve presença de cachorros das raças: Blue Heeler e Border Collie, com idade de seis meses a dois anos.
APORÉ
Nota de falecimento Com pesar, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) informa o falecimento de Corival Cândido da Silva, diretor secretário do Sindicato Rural de Aporé. Corival também era pesquisador aposentado da Embrapa. O corpo foi sepultado no início da tarde do último dia 16 de abril, em Jataí.
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NEGĂ“CIOS
Presidente da Faeg discursou durante abertura oficial do evento
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Agropecuária em pauta na Tecnoshow 2014 Federação, Senar Goiás e Sindicato Rural de Rio Verde mobilizam produtores em caravanas Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br
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om um público superior a 100 mil visitantes, a Tecnoshow Comigo 2014 registrou novos recordes não só de visitantes, mas também de expositores e de volume de negócios. Em cinco dias de feira, apenas o Stand Faeg/Senar/ Sindicato Rural teve mais de 5 mil visitantes que participaram de cursos, treinamentos, palestras e ainda do lançamento do livro do presidente da Federação, José Mário Schreiner, “Empreender é a saída”. Em cinco dias de feira (7 a 11 de abril), a movimentação foi superior a R$ 1,4 bilhão em negócios, número que é 56% maior que a edição anterior, que registrou R$ 900 milhões. A quantidade de expositores presentes no evento foi de 520 empresas e instituições de diversos segmentos. Dessa forma, a Tecnoshow Comigo se consagra como a maior do Centro-Oeste e fica entre as maiores do país. As pautas da feira não se restringiram, entretanto, à comercialização e palestras, mas foi palco de debates sobre as necessidades do setor a nível político. Comissões de grãos, cana-de-açúcar e silvicultura da Faeg também
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trsnferiram as reuniões para o Stand. Além disso, o local foi palco de cursos de selaria, GPS e plantas medicinais. Com o auditório repleto de autoridades, o discurso da abertura refletiu os anseios do setor em face aos problemas enfrentados pelos produtores do Estado e enalteceu o crescimento agropecuário. Entre as autoridades presentes estiveram o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner; o deputado federal Ronaldo Caiado; a senadora Lúcia Vânia; o governador Marconi Perillo; o ministro da Agricultura, Neri Geller e o presidente da Comigo, Antônio Chavaglia, entre outros. José Mário Schreiner relembrou, em seu discurso, dos produtos que o Brasil importava há 30 anos, como leite em pó, carne bovina, arroz e feijão. Em contrapartida, falou do momento atual, em que vivemos com exportação de aproximadamente 50% de tudo o que é produzido. “Há 30 anos a população usava 43% da renda apenas para comprar comida. Nosso setor estampa tecnologia e modernidade”, completou. Antônio Chavaglia defendeu o se-
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Mais de 2 mil exemplares distribuídos do livro “Empreender é a saída” Fredox Carvalho
tor e criticou a falta de logística e demora na liberação de novos defensivos agrícolas. “Empresas vendem defensivos que não são eficazes e muitas vezes esperamos anos pela liberação de um novo produto. Esta não pode ser uma realidade porque as pragas não esperam. O agronegócio é importante e traz muita renda ao país, mas ainda sofre de muitas carências”, pontuou. O presidente da Faeg ressaltou, entretanto, os problemas sofridos pelo setor em quesitos como energia elétrica e foi aplaudido quando disse que até mesmo uma lamparina é mais eficaz que a Celg. Para concluir, ele falou da importância da tecnologia no campo e do amparo técnico aos produtores como forma de crescimento da economia nacional. O deputado Ronaldo Caiado completou citando, como exemplo, o uso de remédios genéricos e a inexistência da prática quando o assunto é agropecuária. “Eu sou médico e receito medicamentos genéricos aos meus pacientes. Como é possível que não tenhamos genéricos quando o assunto é agricultura? E este não é nosso único problema: não temos energia, ferrovias não chegam, hidrovias estão paradas e uma inflação gritante nos assombra. Queremos segurança jurídica”, finalizou.
Presidente autografa livros durante a feira
Unindo a história da própria vida com empreendedorismo, o lançou, ainda o livro “Empreender é a saída”. Na ocasião, produtores, estudantes e visitantes do Stand Faeg/Senar/Sindicato Rural na Tecnoshow puderam ter seus exemplares autografados. A distribuição foi gratuita e durante e a semana, mais de 2 mil livros foram distribuídos. “Dizem que toda pessoa que passar pela vida deveria plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Como já tinha passado pelos dois primeiros pontos, achei
que fosse a hora de escrever um livro. O que busquei foi compartilhar algumas histórias da minha vida e mostrar que todo mundo tem momentos difíceis, mas, com sabedoria, a gente passa por eles de cabeça erguida”, completou. Produtora rural do município de Piranhas, Maria de Fátima Morais entrou na fila do autógrafo e fez questão de uma dedicatória. “Estou entusiasmada com a feira, com livro, com tudo. Esta é a primeira vez que venho aqui, mas a alegria é imensa”, finalizou.
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Caravanas de produtores visitam stand
José Mário recepciona caravanas do interior do Estado
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Uma oportunidade singular de produtores rurais do Estado conhecerem, de perto, o que há de mais novo quando o assunto é tecnologia no campo. Esta foi a definição dos integrantes das caravanas que visitaram o Stand Faeg / Senar / Sindicato Rural na Tecnoshow 2014. Oriundas de todo o Estado, caravanas levaram mais de 800 produtores para o Stand Faeg / Senar / Sindicato Rural. Para Emerson Barroso, presi-
dente do Sindicato Rural de Inaciolândia, a visita foi um marco para os produtores. Ele agradeceu pelo apoio do Sindicato de Rio Verde e da Federação, que proporcionou aos visitantes a oportunidade de aprender ainda mais. “Rio Verde é um município que cresceu por causa da agricultura e deve ser usado como exemplo para que cresçamos mais e mais. Fazemos parte desta casa e temos muito a conhecer nesta feira”, completou.
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Fredox Carvalho
Crianças do Agrinho participam de programação especial
Em meio a bolas, balões e palestras sobre escovação, caravanas de crianças integrantes do Programa Agrinho visitaram o Stand Faeg/ Senar/Sindicato Rural na Tecnoshow 2014. O momento foi de festa e, além da diversão, os pequenos ressaltaram a importância de sair das salas de aula para aprenderem, na prática, questões de saúde e meio ambiente. As turmas foram levadas para a feira com auxílio do Sindicato Rural de Rio Verde. Logo na chegada, os alunos foram recepcionados pelo presidente da Faeg, José Mário Schreiner após entoarem um grito de guerra: “José Mário, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”. O presidente do SR de Rio Verde, Walter Baylão Júnior e o técnico
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Alexandre Cãmara, também acompanharam a visita que passou por outros stands da feira como Sebrae, Banco do Brasil e Andef. Por fim, participaram de uma palestra com as odontólogas Yasodhara Mognon e Elizabeth Grabin. Professora da Escola Rural Cabeceira Alta, Karina Danielle afirma que esta é uma oportunidade de engajamento dos alunos. “Vir aqui é uma grande oportunidade e o Agrinho é muito importante para nós. Hoje nossa escola é transformadora, temos um jardim lindo feito com pneus reciclados e não para por aí. A transformação eles levam para casa”, completou. A pequena Ana Júlia Santana também afirmou ter aprendido coisas novas e disse que amou visitar os stands.
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Alunos são recepcionados pelo presidente José Mário
Ana Júlia Santana afirmou ter aprendido coisas novas
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CANA-DE-AÇÚCAR
Dotada de possibilidades múltiplas de beneficiamento, a cana já responde pelo segundo maior valor bruto de produção de Goiás, mesmo em crise internacional Gilmara Roberto | gilmara.roberto@faeg.com.br
Larissa Melo
Larissa Melo
Planta que F brotou do mel
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oi em Nova Guiné, a segunda maior ilha do mundo localizada no Oceano Pacífico, que se tem notícia do primeiro contato da humanidade com a planta que brotou do mel, conforme considerou anos mais tarde a cultura indiana. Alvo de disputas entre as civilizações na Antiguidade, matéria-prima de produto de status para a nobreza na Era Medieval e de estímulo ao comércio na Modernidade, a cana-de-açúcar chegou ao Brasil para tornar o país o líder mundial em produção do doce granulado e do combustível verde em diferentes momentos da história. De acordo com dados da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil é responsável por 25% da produção mundial da planta, que assumiu importância histórica graças às suas multifuncionalidades. Tendo como subprodutos principais o etanol e o açúcar, a cana ainda pode ser utilizada na alimentação animal e na produção de adubo, e ainda na fabricação de subprodutos como melado, cachaça e rapadura. A expansão da cultura avançou por Goiás na década de 1970, movida por incentivos do Programa Nacional do Álcool
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Mendel Cortizo
(PróÁlcool). Desenvolvido pelo Governo Federal, o plano buscava promover a substituição de combustíveis fósseis para biocombustíveis para automóveis, graças à crise sofrida pelo petróleo naquele momento. Foi então que teve início a implantação de usinas de cana-de-açúcar no Estado, segmento que em 2013 colheu 62,6 toneladas de matéria-prima e que consolidou Goiás como o 2º maior produção de etanol e o 5º maior em produção de açúcar do Brasil. Destaque A produção de cana assume, assim, o segundo lugar no valor bruto da produção do Estado, atrás apenas da soja. Porém, mesmo com o incremento de 17,6% na produção em relação a 2012 (de 52,7 milhões de toneladas para 62,6 milhões de toneladas), o setor vive uma crise nascida em 2008, do ventre da crise econômica mundial. “Atualmente, mais da metade dos investimentos na produção de cana do Brasil vem do exterior. Naquele momento, eles deixaram de injetar dinheiro no segmento por causa do clima de insegurança”, explicou Alexandro Al-
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Faeg estima que devem ser moídas 60 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 14/15
ves, consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Alves explicou ainda que, mesmo com um incremento de 7% na área colhida, está previsto um decréscimo de 2,5 % da produção por causa de problemas climáticos e outros fatores, como a falta de renovação de canaviais e mecanização. “A falta de chuva no início de 2014 deve prejudicar a as safras 2014/2015 e 2015/2016”, informou. A queda de
produtividade das próximas safras, segundo o consultor, justifica-se pela falta de precipitação nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que são fundamentais para, no período da entressafra, promover a rebrota da cana, colhida na metade do ano 2013 e no final do ciclo. Em 2013, a taxa de renovação de canaviais foi 17% menor do que em 2012. Isso significa que em 2014, haverá canaviais mais velhos que apresen-
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Desafios Para o coordenador de Ações e Projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Goiás Cláudio Ferreira, Goiás está na vanguarda da mecanização agrícola para cana-de-açúcar e tem muito potencial produtivo adormecido. “O crescimento do setor em Goiás foi baseado muito mais em tecnologia do que em capacitação profissional. Há altos investimentos em máquinas, mas que ainda são subutilizadas porque falta mão-de-obra qualificada no setor”, argumentou. O coordenador explicou que a tec-
nologia tem sido empregada tanto na colheita quanto no plantio da cana, além de no desenvolvimento de produtos como herbicidas e adubos. “O setor tecnológico está a todo vapor, mas faltam políticas de incentivo à revalorização do açúcar e do etanol no mercado internacional”, posicionou-se. Alexandro Alves considerou também que o fortalecimento da produção independente de cana pode auxiliar na reestruturação do setor. Esse produtor independente, que produz cana-de-açúcar individualmente e fornece para as usinas, é mais eficiente do que as grandes empresas porque colhe, em média, 10% a mais que parte agrícola das usinas. “Ele produz mais porque a gestão de seu negócio é mais simples, se comparada à de uma usina. Por isso, o desafio é ampliar a participação de produtores independentes na cadeia estadual”. Atualmente, esses produtores individuais são responsáveis por 13% da produção de cana-de-açúcar de Goiás.
Os 10 maiores produtores goianos de cana-de-açúcar
1º 2º
Quirinópolis Mineiros
6º 7º 8º
Caçu
4º
Itumbiara
9º
Gouvelândia
5º
Santa Helena
10º Chapadão do Céu
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Milhões de toneladas
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16,0
07/08
21,0
08/09
29,7
09/10
40,1
10/11
46,2
11/12
45,2
12/13
52,7
13/14
62,6
Edéia
Goiatuba
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Safra
Rio Verde
3º
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Histórico de produção
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tarão um produtividade menor. Desse modo, especialistas estão de acordo ao indicar que para a crise, é preciso a retomada de investimentos para a renovação dos canaviais. Por isso, a Faeg estima que devem ser moídas 60 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra de 2014/15 – 2 milhões a menos que em 2013/14 e 6 milhões a menos do que estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Caminhando rumo ao Livre Comércio Mercosul busca exportar para União Europeia e setor agropecuário será maior beneficiado Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para Revista Campo
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N
dia 24 de fevereiro, em Bruxelas, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, além de empresários de vários setores e da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu e do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner . “Nós estamos fazendo o que está ao nosso alcance, é extremamente necessário que seja firmado este acordo com a União Europeia”, alerta José Mário Schreiner. Caso esse acordo não saia, existe iminente possibilidade de perda de volume nas exportações de produtos agropecuários. Isso porque os Estados Unidos avançam para fechar negociação com a União Europeia, dificultando o canal com o Mercosul. “É algo que não podemos nem mensurar (a perda). Mas se for feito esse acordo, podemos aumentar em até 40% o volume de nossas exportações em Goiás”, diz. Em percentual é possível que haja uma inversão nos papéis – com os Estados Unidos incrementando de 11% para 23% seus volumes de exportação para a União Europeia e uma queda nas exportações nacionais de 23% para 11%. Nos bastidores, uma lista de produRoberto Stuckert Filho / PR
Acompanhado da presidente Dilma Rousseff e da senadora Kátia Abreu, presidente da Faeg, José Mário Schreiner em Bruxelas
a expectativa de alavancar ou mesmo manter o volume de exportações, entidades representativas do setor agropecuário apoiam a necessidade de acordo de livre comércio entre os países da União Europeia e Mercosul. A iniciativa prevê abertura de novas frentes de negociações comerciais, imprimir competitividade em setores da indústria nacional e dinamizar a política econômica do País. Entretanto, segundo especialistas, especialmente os efeitos colaterais, a curto prazo, destes dois últimos aspectos emperram o andar das negociações. Atualmente, os países europeus são os destinos de 23% de todos os produtos agropecuários exportados por Goiás, somando um montante de US$ 1,6 bilhão. Como carros-chefes seguem os complexos de soja e carne. O País é atualmente, entre os emergentes, o principal parceiro comercial da União-Europeia que, em contrapartida, é o segundo mercado de maior relevância para os produtos agropecuários nacionais. As negociações, que tiveram momentos mais otimistas entre os meses de fevereiro e março, deram, recentemente, uma esfriada. Inclusive, isso ocorreu mesmo após o 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, no
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tos está sendo confeccionada para configurar na zona de livre comércio. “Essa é uma lista fechada e não temos acesso a ela”, afirma o presidente da Faeg. Entretanto, é possível prever a presença dos complexos soja e carne, celulose e produtos cítricos. Temida pressão inflacionária Segundo o economista, Edilson Aguiais, o livre comércio entre os blocos vai demandar mais produtos básicos produzidos em Goiás. “Vamos exportar mais, mas temos uma legislação tributária meio burra, privilegia o que é exportado e castiga o que chega”, diz. Ele explica que, mesmo que o preço de um produto seja o mesmo no mercado interno quanto externo, o empresário sempre vai preferir comercializar para o mercado externo em função da ausência de tributação. “Isso pode gerar pressão inflacionária. Precisamos saber se conseguimos abastecer os dois mercados sem prejuízos”, diz. O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e professor do Instituto de Pós-Graduação (Ipog), Ivan Oliveira contextualiza
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ainda outra dificuldade. Ele afirma que os setores básicos e agrícolas são os que mais têm a perder caso não saia o acordo. Para ele, o problema não fica restrito às negociações em curso com os Estados Unidos, mas o que já foi concretamente fechado com o Canadá. “As negociações poderiam ampliar com o Mercosul cotas de mercado para diversos produtos, por exemplo, aumentar a quantidade de toneladas de carne bovinas, mas as cotas disponíveis já foram para o Canadá”, alerta o pesquisador. Para ele, isso deve diminuir a sede de alguns setores em apoiar o acordo de livre comércio entre os blocos sul americano e o europeu. Ivan se mostra cético do firmamento do acordo. Segundo ele, os setores privados apoiam o acordo ‘da boca para fora’, mas pretendem manter o protecionismo por mais tempo possível. Sem contar, diz, com a visão retrógrada da política econômica do governo em querer manter autonomia interna, comercial e tecnológica na tentativa de manter ou ampliar contratação de mão de obra. “Mas essa é uma visão de curto e médio prazo. Por exemplo, montadoras chinesas investiram no País após o aumento do IPI para os veículos importados. Mas quem garante que elas não fechem as fábricas e vão para outro lugar caso os
negócios por aqui não justifiquem seus investimentos?”, questiona. Em sua visão, o setor agrícola é o que mais têm a ganhar com a abertura comercial com entre os dois blocos. Mas lembra que setores historicamente protegidos pela política econômica do governo como automobilístico e químico devem dificultar as negociações.
O Brasil não pode repetir o grave erro do passado, quando não aceitou a proposta do expresidente Bill Clinton de aderir à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) Kátia Abreu, senadora e presidente da CNA.
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Resistência e protecionismo não podem impedir acordos De olho nesse gargalo, no início deste mês, em um discurso durante o Fórum Econômico Mundial, na Cidade do Panamá, a presidente da CNA, Kátia Abreu, alertou os demais representantes presentes. “O Brasil não pode repetir o grave erro do passado, quando não aceitou a proposta do ex-presidente Bill Clinton de aderir à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)”, diz. Ao longo do debate, ela citou empecilhos como a resistência da Argentina e o protecionismo por parte da indústria nacional para firmamento do acordo. Entretanto, diz que muitos obstáculos e resistências já foram superados. Na avaliação de José Mário, o País está muito atrasado nos acordos comerciais, bilaterais e mesmo com blocos. “Nós não vimos isso ocorrer nos últimos anos no País”, diz. Ele acredita que o maior problema seja os próprios países que compõem o Mercosul. “Temos os problemas de resistência da Argentina e ainda a recente entrada da Venezuela que atrasam nossas negociações”, afirma.
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Na opinião do pesquisador do Ipea e professor do Ipog, Ivan Oliveira, embora haja sinalizações tanto das bases produtivas quanto do governo de que não haja fechamento do acordo, ele avalia que o livre comércio entre os blocos iria proporcionar uma ‘interessante’ mudança nas políticas comerciais e econômicas do País. “A gente quebraria certa inércia de abertura de mercado do País. Esse acordo viria a ser uma espécie de catalizador de mudanças na área comercial do País”, diz. Ele acredita que os ganhos e as perdas tendem a reforçar as vantagens comparativas de cada região (Mercosul – bens agrícolas e União Europeia, químicos). Ivan afirma que a competição seria muito bem-vinda, já que em alguns setores do Brasil, a concentração de poucas indús t ria s gera pouca pressão com p et it iva.
Em decorrência disso, diz, os lucros no Brasil são exorbitantes. “Falamos muito de custo Brasil, mas deixamos para lá o quão é alto a lucratividade no País. Usar os acordos comerciais para aumentar a competitividade é de suma importância e o governo desconsidera isso”, afirma. Para ele, a política do governo prioriza a manutenção dos empregos, mas despreza o dinamismo da economia e a quebra dos superlucros.
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CNA abre escritórios no exterior “Hoje, a média de consumo de café na china é de três xícaras por pessoa ao ano. Se fizermos os chineses gostarem do café brasileiro e eles começarem a consumir 30 xícaras de café, haja café para exportamos para a China! Nossa ideia é criar uma marca de café e isso não é muito difícil. Os Estados Unidos possuem a marca ‘Starbucks’, mas não produzem café. A Alemanha exporta café e também não é produtora. Outra avaliação está sendo feita no caso da carne. Queremos estimular a abertura de churrascarias na China. Se eles gostarem de alcatra e picanha, haja carne para exportar. Em dois ou três anos devemos ter churrascarias brasileiras na China”, finaliza.
Fotos: Capture Studios
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) já abriu dois escritórios no exterior. O objetivo é acompanhar, mais de perto, o setor agrícola internacional e garantir representatividade ainda maior para o Brasil. Segundo José Mário, a iniciativa de instalação de escritórios comerciais da CNA para representar o setor agrícola nacional em Bruxelas (Bélgica) e Pequim (China) será positivo para o acompanhamento e melhor entendimento da legislação europeia, além da abertura do mercado chinês. “A China é de grande potencial. Há previsão de que 600 milhões de chineses migrem para a área urbana nos próximos meses”, diz. Ele completa ainda que o setor agropecuário brasileiro está estimulando dois produtos na China: o café e a carne bovina.
Produtos mais exportados pelo Brasil para EU 2007
2008
2009
US$
Toneladas
US$
Toneladas
US$
Toneladas
1º Soja em Grãos
2.746.753
9.726.693
3.907.169
8.909.874
3.464.602
8.664.450
2º Farelo de Soja
2.095.916
8.806.905
3.258.442
9.263.869
3.269.390
8.699.448
3º Café Verde
2.009.061
878.674
2.530.797
951.604
2.147.611
927.645
943.735
277.439
1.026.836
253.768
1.328.380
299.440
1.406.207
1.316.334
1.352.878
1.465.066
1.054.553
1.369.751
6º Demais Carnes e Miudezas
371.475
133.962
597.166
209.584
509.933
199.748
7º Carne de Frango Industrializada
334.613
123.803
435.424
132.270
407.529
139.048
8º Álcool Etílico
433.410
806.053
686.642
1.178.759
383.705
701.184
9º Carne de Frango In Natura
637.637
317.513
399.640
190.278
314.735
172.764
10º Carne Bovina Industrializada
298.726
100.145
414.662
94.144
299.201
77.540
1.087.136
195.240
270.579
26.218
297.059
44.793
12º Carne de Peru Industrializada
244.827
89.866
361.687
105.074
253.094
83.739
13º Açúcar em Bruto
103.496
359.844
153.291
533.521
142.781
425.366
14º Melões
127.109
202.481
151.129
210.280
119.959
181.105
4º Fumo não Manufaturado 5º Suco de Laranja
11º Carne Bovina In Natura
Fonte: AgroStat Brasil, a partir dos dados da Secex/MDIC
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Elaboração: SRI/Mapa www.sistemafaeg.com.br
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O produtor Cleuzir, com a esposa e o filho, na propriedade da família, que é uma das unidades demonstrativas do Balde Cheio
Renildo Marques
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Dia de Campo chega a Portelândia para apresentar ganhos de fazenda leiteira Produção diária de Cleuzir aumentou cerca de 300 litros Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br
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praticamente dobrou em nos últimos dois anos – passando de 336 para 655 litros/dia - e o número de animais aumentou apenas 35%, consequência da melhora no manejo alimentar com a intensificação de áreas de pastejo de gramíneas já existentes na fazenda. Quando o produtor decidiu ingressar no Balde Cheio, a propriedade passou por uma análise. Na ocasião foi feito um diagnóstico baseado no inventário patrimonial e nos índices zootécnicos. No dia 24 de maio, o consultor do programa, Carlos Eduardo Freitas, ficará encarregado de apresentar o antes e o depois da fazenda, além dos ganhos que vêm deixando o produtor cada dia mais satisfeito. Programação Compõem a programação do 5ª edição do Dia de Campo – Goiás Mais Leite, além da livre visitação á propriedade, palestras e a apresentação dos números da fazenda. Atualmente
o programa Balde Cheio, cujo objetivo é capacitar o produtor para melhorar a qualidade do leite e a gestão da propriedade, tem 49 grupos em andamento, sendo 500 produtores assistidos por técnicos. Para participar, o produtor deve procurar o Sindicato Rural do seu município. Arquivo Faeg
E
scolhida entre várias propriedades que participam do Programa Balde Cheio, a fazenda do produtor Cleuzir Miguel Rezende, no município de Portelândia, será palco do 5º Dia de Campo - Goiás Mais Leite. Desde 2012 ele vem adotando novas tecnologias em busca de melhorias dos índices de produtividade, e os resultados – o que inclui bolso cheio e expectativas mais que positivas - serão apresentados para outros produtores no próximo dia 24 de maio, a partir das 8 horas. Além dos produtores, curiosos para saber qual a receita do sucesso de Cleuzir, técnicos e instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás também estarão na unidade demonstrativa do programa para mostrar aos visitantes que planejamento, controle dos investimentos e assistência técnica são os pilares da rentabilidade alcançada pelo produtor. A produção de leite de Cleuzir
A produtividade de Cleuzir aumentou depois do Programa Balde Cheio Abril / 2014 CAMPO
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Antônio Pereira
Antônio Pereira
HOMENAGEM
Rogério nasceu em 17 de setembro de 1963 no município de Inhumas, em Goiás, e se formou médico veterinário pela Universidade Federal de Goiás em agosto de 1988. Iniciou seus trabalhos como instrutor do Senar Goiás no início da década de 1990, época da fundação da instituição. Em 2005 tornouse coordenador de Ações e Projetos da casa, quando passou a liderar e planejar cursos e programas na área de pecuária de leite. Esposo de Anália Viana e pai de Vitor e Gustavo Viana, Rogério ficou conhecido como Garotinho por assim chamar muitos dos colegas de trabalho. 28 | CAMPO
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Q
uem de nós imaginaria que Rogério Lopes Viana, o Garotinho, não estaria no Estádio Serra Dourada ou no sofá da sua casa assistindo à final do Campeonato Goiano 2014? Muito mais inacreditável do que ver o Goiás, seu time do coração, perder o título para o Atlético Goianiense aos 48 minutos do segundo tempo, foi termos perdido nosso companheiro no último dia 9 de abril. Nós, seus amigos e colegas da Faeg e do Senar Goiás, quando pensamos na sua morte, ainda parecemos estar lembrando de um sonho ruim, um episódio triste e doloroso que não pode ser real. Porque mesmo sem conseguirmos ver ou falar com ele, acreditar que se foi exige de nós uma compreensão sobre a eternidade que não estávamos preparados a submeter à sua vida. Inadmissível para os nossos corações. A parte da vida do Rogério da qual pudemos participar versa sobre dedicação e profissionalismo. Durante os quase 20 anos a que se dedicou ao Senar Goiás, levou capacitação profissio-
nal e orientação técnica para inumeráveis produtores rurais do Estado – seja como instrutor, seja como coordenador de Ações e Projetos. À frente da coordenação dos cursos da área de pecuária de leite e dos Programas Balde Cheio, Leite Legal e de Gestão da Pecuária Leiteira, Viana realizou trabalhos com uma diretriz: tornar a atividade do produtor de leite rentável e cada vez mais lucrativa. Em Itarumã, nas terras do Luiz José Machado, o produtor contou que a plantinha que Rogério fincou em 2012 hoje já é árvore frondosa, que faz sombra para muita gente. As mesmas 14 vacas que produziam até 80 litros de leite por dia antes da implantação do Programa Balde Cheio, hoje chegam a 460 litros diários. Luiz se lembra bem da primeira visita do coordenador à propriedade e da última vez em que se falaram. “O Rogério provou que, se derem condição e instrução para o produtor, a coisa deslancha”, observa. E ele ainda não dispensou a consultoria: “Se Deus quiser, ele vai estar olhando nosso trabalho lá de cima”. www.sistemafaeg.com.br
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Dos amigos que ficaram, pela herança que deixou
Gilmara Roberto | gilmara.roberto@faeg.com.br
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o mesmo número de vacas produtoras. Rogério acompanhou todas as visitas do consultor do programa, Carlos Eduardo Carvalho, à propriedade de Adélio Ribeiro. “Em todas as palestras, em tudo o que ele dizia, a gente percebia que ele tinha muita vontade que as coisas dessem certo para nós”, relata Adélio Ribeiro. O que fez com que os programas que ele coordenava, como o Balde Cheio, atingissem sempre os melhores resultados e mudassem a vida de tanta gente foi a dedicação que dispensava ao trabalho – considera o presidente da
Faeg e do Conselho Administrativo do Senar, José Mário Schreiner. “Rogério se dedicava sobremaneira ao trabalho. Perdemos uma grande pessoa, um homem honrado e muito ligado aos amigos”, lamenta. Para promover a capacitação do homem e da mulher do campo, Rogério contou com o trabalho de uma equipe com cerca de 50 profissionais, incluindo instrutores e técnicos dos programas. “O Rogério me fez enxergar melhor a cadeia do leite, até tecnicamente falando. Seu profissionalismo com certeza ficou enraizado nas pessoas por quem pas“A gente percebia que ele tinha muita vontade que as coisas dessem certo para nós”, conta Adélio Ribeiro. Ao lado, a esposa Mairza Rosa.
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Em Petrolina de Goiás, município em que Rogério deixou família, amigos e muita história, o coordenador deixou também uma Unidade Demonstrativa por inaugurar. “Ele queria realizar o Dia de Campo aqui no meio do ano”, conta Leandro Fernandes Braga, médico veterinário técnico do Balde Cheio na propriedade do senhor Adélio Ribeiro Rosa. Mesmo sem promover o evento de maior visibilidade do programa naquela fazenda, Rogério se dedicou a um trabalho que hoje já promoveu a mudança nos destinos da família. Marcos Paulo Ribeiro, filho de Adélio e dona Mairza Rosa, se formou em engenharia, mas preferiu continuar o trabalho do pai na fazenda. “O começo da carreira é complicado. Aqui eu ajudo o meu pai, faço o meu dinheiro e ganho mais do que muitos amigos recém-formados”, comenta. “Antes a gente trabalhava de um jeito desorganizado. Morriam muitas vacas e a renda era pouca”, conta Adélio que antes produzia 400 litros de leite por dia e, em menos de dois anos no programa, já dobrou a produção mantendo
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sou, além de sua amizade e companheirismo”, conta Carlos Eduardo Carvalho. João Batista Neto, instrutor do Senar Goiás, trabalhou com Rogério por cerca de dez anos, tempo durante o qual construíram, além do trabalho, uma relação de amizade. “Ele sempre se preocupava com a capacitação e a atualização profissional dos instrutores e com a rentabilidade do produtor. Rogério foi um profissional muito dedicado, um profissional ímpar, que amava o que fazia e
que eu definiria em uma palavra: entusiasmo”, nomeia o instrutor. Se para João Neto foi possível, em uma palavra, delinear o amigo e companheiro de trabalho, para muitos de nós ainda falta português para lidar com essa ausência ainda não assimilada – embora definitiva. Sua morte repentina toma as palavras de seus amigos mais próximos e de sua família, que prestam suas homenagens no próprio silêncio. Cada um com seus gestos, lágrimas e orações
Jana Tomazelli
Rogério Viana durante aula prática a alunos no Pronatec do Senar
transmite a ele e a seus familiares o que não pudemos lhe transmitir em vida: um elogio por sua atuação profissional, uma mensagem de agradecimento, uma prece por sua saúde, um abraço sincero – ou qualquer atitude que demonstre que para nós ele foi mais que um dos melhores médicos veterinários que já trabalharam nesta instituição: Rogério foi um amigo que fez nossos dias melhores. E, já que é preciso deixa-lo ir e descansar: “Obrigado e fique em paz, Garotinho”.
“Os sentimentos neste momento são de tristeza, saudade e dor da perda. Perdemos um ente querido, um companheiro de trabalho, marido, amigo e pai. Nos sentimos incapazes de encontrar palavras de consolo, mas expressamos nosso profundo pesar pela morte do querido Rogério Lopes Viana. Sabemos que não é fácil ser provado do convívio de alguém que é importante para nós. Não é fácil enterrar um companheiro, um amigo do peito. Não é fácil lidar com o luto, mas é necessário, nesta hora, rezarmos por ele, lembrar de coisas boas e, acima de tudo, fazer com que este momento sirva para que possamos levar a vida adiante e valorizar as pessoas que estão ao nosso lado, pois o que fica na eternidade são as emoções que causamos, as lembranças boas do que fomos. Rogério passou por nossas vidas e ficou gravado no mármore da história dessa instituição. Ao Garotinho nossa saudade e reconhecimento pelo muito que acrescentou.” Eurípedes Bassamurfo, superintendente do Senar Goiás. 30 | CAMPO
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DELÍCIAS DO CAMPO
Bolo Fácil de Fubá INGREDIENTES:
• Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200. • Receita elaborada pelo tecnólogo em gastronomia e instrutor do Senar, Cristiano Ferreira da Silveira.
1 e ½ copo de fubá ½ copo de amendoim torrado 1 copo de maisena ½ copo de farinha de trigo 1 copo de óleo 2 copos de leite 1 e ½ copo de açúcar 5 ovos 1 copo de queijo ½ copo de coco ralado 1 colher de sopa de fermento em pó MODO DE PREPARO:
1º PASSO: Coloque todos os ingredientes no liquidificador, exceto o fermento em pó e bata bem. 2º PASSO: Adicione o fermento em pó e bata levemente com uma colher. 3º PASSO: Coloque a massa em uma assadeira untada com óleo e enfarinhada com açúcar cristal e canela (opcional). 4º PASSO: Leve para assar em forno médio, pré-aquecido até dourar. DICA: Deixe esfriar e sirva com café.
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HIDROPONIA
Estufa da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia
Com os pés nas costas diante da seca Opções de lavouras diferenciadas podem trazer ganhos para produtores Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br
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m terra de períodos específicos para plantar e colher quem produz o ano inteiro é rei. O ditado popular não é bem assim, mas se encaixa perfeitamente na realidade de quem optou por uma maneira diferente de cultivar frutas, verduras e hortaliças. Para isso, o agricultor precisa de boa vontade, formação técnica e uma delicadeza incomum nas lavou-
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ras tradicionais. Opções de lavouras diferenciadas, há quem torça o nariz diante da hidroponia e do cultivo protegido, mas a grande vantagem das técnicas é que ambas não possuem sazonalidade, e por isso podem ser a solução para enfrentar a inflação dos alimentos, que tem deixado muitos produtores de cabelo em pé. Como o controle da
quantidade de água, luminosidade e umidade são feitos pelo próprio produtor, ele decide quando cultivar e é peça-chave para o desenvolvimento da planta. A hidroponia é uma técnica na qual as plantas são cultivadas fora do solo e recebem os nutrientes necessários para seu desenvolvimento direto da solução (água e nutrientes) que www.sistemafaeg.com.br
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culdade na contratação de crédito junto às instituições financeiras ainda é um entrave.
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circula constantemente com auxílio de um motor. Já na técnica do cultivo protegido as plantas ficam no chão ou em vasos, porém cobertas por uma estrutura telada, podendo ser regadas manualmente ou com a ajuda de um sistema de irrigação – localizada ou de aspersão. O cultivo protegido é um dos tópicos do curso, tipo Formação Profissional Rural (FPR), de Olericultura do Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar) Goiás e tem despertado interesse de produtores dos quatro cantos do estado. O treinamento é dividido nos modelos básico e orgânico, sendo que no ano de 2013 já foram ministrados 111 do primeiro tipo e 57 do segundo, ao longo de todo o território goiano. Para o técnico adjunto do Senar Goiás, Leonnardo Cruvinel, o produtor que optar por uma das técnicas precisa conhecer bem as necessidades fisiológicas da planta para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do cultivar. A orientação é ainda mais importante no caso da hidroponia, onde “a mistura de uma solução A com uma solução B pode resultar em uma C extremamente prejudicial à planta. É indispensável relacionar as reais necessidades com a forma de fornecimento das soluções”. Ele emenda dizendo que o produtor precisa ter conhecimentos básicos sobre o pH, a condutividade elétrica a temperatura e a luminosidade ideais. Leonnardo também destaca que para iniciar o cultivo utilizando as técnicas não é preciso um grande espaço de terra nem muito dinheiro já que durante o curso são apresentadas possibilidades de cultivo com materiais mais baratos e acessíveis. Mesmo assim, para o instrutor do Senar Goiás, Álvaro Pessoa, o custo – que caminha de mãos dadas com a difi-
Estufa da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia
Olericultura O curso de Olericultura tem 24 horas/aula e precisa de, no mínimo, dez participantes para sair do papel. Para integrar o grupo é necessário ser produtor ou trabalhador rural, ter idade mínima de 18 anos e ser alfabetizado. Durante o curso, o produtor aprende, entre outras coisas, a escolher o melhor local para o cultivo, preparar o solo, construir canteiros, adubar quimicamente e/ou organicamente. “Os participantes entendem que apesar do alto custo o lucro é significativo. A proteção contra pragas, doenças e variações do clima valorizam o alimento”, explica Álvaro. Para o instrutor, há demanda para um curso específico de cultivo protegido. Porém, ele defende aulas mais práticas e apresentação de alternativas mais baratas. Cadê a terra? Em um Estado em que a terra é sinônimo de trabalho e sustento, o sistema de cultivo das plantas sem contato com o solo – hidroponia - pode não parecer real ou atrativo, “mas não deixa de ser uma opção para quem está disposto a estudar muita química e matemática”, dispara Álvaro. As raízes, que ficam totalmente suspensas ou sobre substrato inerte, recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água, micro e macro nutrientes. Ao contrário da hidroponia, o cultivo protegido é feito no solo, mas também independe das condições climáticas, possibilitando ao produtor colocar no mercado produtos de qualidade na entressafra, quando os preços são mais vantajosos. Abril / 2014 CAMPO
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CASOS DE SUCESSO
A vida de sucesso entre o maracujá, a melancia e o abacaxi Produtor rural em um assentamento no sul de Goiás, João Messias deixou a produção de leite para viver da fruticultura Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br
A plantação de abacaxi iniciada com 15 mil pés, hoje possuiu 280 mil
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e conta, há demanda para mais frutas. Enfrentando muitas dificuldades devido às oscilações do mercado leiteiro, João decidiu apostar no cultivo do abacaxi, depois que ficou sabendo que a fruta era lucrativa e que a família também poderia trabalhar na lavoura. “O leite me dava no inverno, mas me tomava no verão”, conta emocionado. Foi então que o produtor participou do curso – tipo Formação Profissional Rural (FPR) – Fruticultura/Abacaxi ministrado pelo instrutor Lucimar Andrade. Durante o curso João aprendeu sobre o desenvolvimento, a classificação e padronização do abacaxi. Além das etapas de preparação do solo e das mudas e dos tratos culturais na lavoura. O produtor iniciou sua plantação com 15 mil pés de abacaxi e atualmente
possui 280 mil, sendo que cada um é vendido a R$2. João conta que o papel de Lucimar foi fundamental. “Ele indicou o caminho, me ensinou como fazer, me deu uma nova chance”. Foi do instrutor também a indicação para que o produtor apostasse no cultivo de melancia, que pode ser feito juntamente com o abacaxi. “Comecei com 700 pés e hoje já tenho 20 mil”, relata João. Para conseguir esse aumento e ser bem sucedido no cultivo da melancia o produtor fez o curso de Olericultura de Frutos/Melancia – tipo FPR - no Senar Goiás. O instrutor também foi Lucimar Andrade, que passou a fazer parte da vida de João. Com carga horária de 24 horas/aula, dividida em três dias, João conheceu as técnicas e atividades neLarissa Melo
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udar de ramo para ganhar mais. Com essa ideia o produtor rural João Messias de Araújo deixou as vacas leiteiras para se dedicar à fruticultura e hoje, quatro anos depois, comemora os bons resultados, podendo ser citado como uns dos muitos casos de sucesso do Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) em Goiás. João e a família – esposa e quatro filhos – vivem entre maracujás, melancias e abacaxis no Projeto de Assentamento Cachoeira Bonita, na cidade de Caiapônia, interior de Goiás. Os cultivares, que colorem os 32 hectares de João, não são apenas a fonte de renda da família, mas os xodós do produtor, que cuida de cada detalhe para que as frutas tenham boa qualidade. O resultado? João vende tudo o que planta
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cessárias ao cultivo da melancia e a maneira correta de fazer o manejo integrado de pragas e doenças (MIP). Por último, João fez o curso de Fruticultura/Maracujá – tipo FPR – no Senar Goiás. Desta vez, ele mesmo se interessou pelo cultivar, montou um grupo e foi até o SR de Caiapônia solicitar o curso, que também foi ministrado por Lucimar, o que justifica o apreço que João tem pelo instrutor. No assentamento moram outras 62 famílias que João diz aconselhar diariamente. “Eu falo para todos eles que o curso é o caminho mais seguro para o sucesso. É difícil porque nem todo mundo acredita e acaba se dedicando menos do que deveria”. Mesmo nos casos como o de João – que mora em um assentamento, local extremamente receptivo – Lucimar defende um trabalho continuado, já que nos momentos dos primeiros desafios o produtor estará sozinho.
Para o instrutor do Senar Goiás, Lucimar Andarde, o grande desfaio é transmitir a informação da forma mais fácil possível e apostar pesado na escolha da linguagem mais adequada e na prática que “é o momento em que o aluno visualiza a teoria”. Lucimar destaca também que o segredo é mostrar para o participante que ele é capaz. “É muito bom quando o trabalho frutifica. Fico orgulhoso de ver os participantes do curso com resultados positivos. É uma sementinha de esperança que a gente planta e quando ela germina é uma satisfação imensa”. O orgulho vem também de dentro de casa. A família de João Messias faz questão de ir para a plantação com o produtor, afinal, é de lá que sai todo o conforto que a família conquistou.
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Caso de sucesso, motivo de orgulho
O produtor João Messias iniciou sua jornada na fruticultura há quatro anos e hoje comemora
O instrutor Lucimar Andrade se diz orgulhoso do aluno que já fez três cursos no Senar Goiás
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CURSOS E TREINAMENTOS
EM MARÇO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU
460 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 48 Na área de agricultura
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Em atividade Na área de Na área de de apoio silvicultura agroindústria agrossilvipastoril
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Na área de aquicultura
Na área de pecuária
Na área de extrativismo
Em atividades relativas à prestação de serviços
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Granulado, em calda e em barra: os doces da cana Gilmara Roberto | gilmara.roberto@faeg.com.br
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alorizada por suas múltiplas possibilidades de aproveitamento, a cana-de-açúcar é um dos produtos alimentícios mais dinâmicos na economia e na cozinha. Para orientar a utilização da planta na produção de alimentos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Goiás oferece o Curso de Fabricação Caseira de Melado, Açúcar Mascavo e Rapadura. A capacitação é realizada em 32 horas em que o participante tem a
oportunidade de aprender técnicas que vão da utilização dos materiais empregados no beneficiamento da cana-de-açúcar, até a comercialização dos produtos. O curso prevê ainda o ensino de técnicas de moagem de cana, preparação do caldo, qualidade e produtividade da fabricação. Os produtos vem conquistado mercado e se tornado uma alternativa rentável de atividade para agricultura familiar. O açúcar mascavo, o melado e a rapadura são considerados inte-
grantes fixos da dieta de famílias de algumas regiões do Brasil. Além disso, o mercado exterior demanda uma quantidade cada vez maior de produtos orgânicos do segmento – o que tem exigido capacitação de mão-de-obra e técnicas de fabricação ainda mais profissionais. O Senar Goiás realiza o Curso de Fabricação Caseira de Melado, Açúcar Mascavo e Rapadura em parceria com o Sindicato Rural em todas as regiões do Estado.
Para outras informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás entre em contato pelo telefone (62) 3412-2700 ou pelo site www.senargo.org.br
*Cursos promovidos entre os dias 26 de fevereiro a 25 de março
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Alimentação e nutrição
Organização comunitária
Saúde e alimentação
Prevenção de acidentes
Artesanato
Educação para consumo
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PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS
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2014: O Ano da Capacitação Rural Eurípedes Bassamurfo da Costa | euripedes@senar-go.com.br
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Eurípedes Bassamurfo da Costa é superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás.
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ara o Senar Goiás, o ano começou superando os números de 2013: a meta é promover 5 mil cursos de promoção social e formação profissional e capacitar mais de 58 mil trabalhadores em 2014. Para fortalecer a atividade do produtor rural, somamos 500 treinamentos à meta do ano passado, que foi de 4,5 mil cursos, para fazer de 2014 o ano da capacitação rural. O franco desenvolvimento de atividades de produção e comercialização de grãos, carne e derivados da cana-de-açúcar no mercado interno e na exportação impulsionam o Brasil a produzir mais. E, para preparar os produtores goianos, serão realizados 3.330 treinamentos nas áreas de agricultura, pecuária e atividades de apoio agrossilvipastoril, em 2014. Os outros 1.670 cursos serão destinados à capacitação para as áreas de agroindústria, aquicultura, silvicultura, extrativismo e prestação de serviço. Os treinamentos irão disponibilizar ao mercado agro cerca de 49 mil trabalhadores tecnicamente preparados, capazes de gerar maiores índices de produtividade que, por fim, ainda elevam os números da empregabilidade e de renda da população do estado. O aumento da meta dos treinamentos do Senar Goiás não reflete apenas a pressão do mercado, mas também o fortalecimento da casa, que em 2013 foi reconhecida nacionalmente por alguns de seus projetos. Integrando o maior programa de profissionalização promovido pelo Governo Federal, qualificamos mais de 6 mil jovens por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em 2013. Foram realizadas qualificações de 24 especialidades como artesanato, bovinocultura de leite e de corte, equideocultura e operação de máquinas agrícolas, entre outros. Outro projeto educacional do Senar Goiás que se destacou em 2013 é o Programa Agrinho,
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que envolve professores e estudantes em atividades pedagógicos relacionados a temas como desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, ética e cidadania. No último ano, o Programa Agrinho recebeu um número de inscrições 800% maior que em 2012. Foram inscritos mais de 8 mil trabalhos de estudantes e professores que concorreram a prêmios que foram de notebooks a um carro zero quilômetros. Para tornar isto possível, o Senar capacitou 30 mil professores de 4 mil escolas estaduais e municipais de Goiás em 2013 e envolveu 650 mil alunos de 198 municípios durante o ano de 2013. Referente à responsabilidade e promoção social, a atividade do Senar Goiás que mais se destacou em 2013 foi o Programa de Equoterapia. Durante o segundo semestre, uma comitiva do Senar Central esteve em Goiás para avaliar a nacionalização do programa. O projeto, iniciado em 2011, atende portadores de necessidades especiais (PNE) em 21 cidades goianas. Cerca de 300 pessoas participaram das atividades que promovem o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. O programa foi incluído na cartilha do Senar Central em 2014 e deve ser expandido às regionais de todo o país ainda este ano. O Senar Goiás encerrou 2013 com a missão cumprida. Recebemos comitivas de diferentes partes do Brasil e do exterior que vieram aprender com nosso exemplo para promover um cenário do agronegócio ainda mais promissor. O trabalho para este ano é fazer de 2014 um ano de muitos números positivos relativos à formação profissional rural e promoção da qualidade de vida do campo. E, mais que isso, trabalharemos para que as mais de 590 mil pessoas que vivem no campo em Goiás cresçam com sua produção e se orgulhem de seus resultados. Para nós, do Senar Goiás, participar desta missão é motivo de orgulho. www.sistemafaeg.com.br
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