2015 01 janeiro

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ISSN 2178-5781

Ano XIV | 235 | Janeiro 2015

Agrinho 2014 Alunos e professores são premiados e dão lição de cidadania

Balanço e perspectivas Faeg e Senar Goiás comemoram números de 2014 e já planejam 2015

Logística travada em projetos Agropecuaristas reclamam da falta de soluções para escoamento da produção



PALAVRA DO PRESIDENTE

A revista Campo é uma publicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

CONSELHO EDITORIAL Bartolomeu Braz Pereira, Claudinei Rigonatto e Eurípedes Bassamurfo da Costa. Editora: Denise N. Oliveira (331/TO) Reportagem: Catherine Moraes, Gilmara Roberto, Michelle Rabelo, Luiz Fernando Rodrigues (estagiário) e Laryssa Carvalho (estagiária) Fotografia: Capture Studios Revisão: Catherine Moraes Diagramação: Rowan Marketing Impressão: Gráfica Amazonas Tiragem: 15.000 Comercial: (62) 3096-2123 revistacampo@faeg.com.br

DIRETORIA FAEG Presidente: José Mário Schreiner. Vice-presidente: Leonardo Ribeiro. Vice-presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira, Wanderley Rodrigues de Siqueira. Vice-presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Palhares Ribeiro de Góis. Suplentes: Flávio Augusto Negrão de Moraes, Flávio Faedo, Vanderlan Moura, Ricardo Assis Peres, Adelcir Ferreira da Silva, José Vitor Caixeta Ramo, Wagner Marchesi. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Estrogildo Ferreira dos Anjos, Eduardo de Souza Iwasse, Hélio dos Remédios dos Santos, José Carlos de Oliveira. Suplentes: Joaquim Vilela de Moraes, Dermison Ferreira da Silva, Oswaldo Augusto Curado Fleury Filho, Joaquim Saeta Filho, Henrique Marques de Almeida. Delegados Representantes: Walter Vieira de Rezende, Alécio Maróstica. Suplentes: Antônio Roque da Silva Prates Filho, Vilmar Rodrigues da Rocha.

CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR Presidente: José Mário Schreiner Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça. Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Elson Freitas e Sandra Maria Pereira do Carmo. Suplentes: Rômulo Divino Gonzaga de Menezes, Marco Antônio do Nascimento Guerra e Sandra Alves Lemes. Conselho Consultivo: Arno Bruno Weis, Alcido Elenor Wander, Arquivaldo Bites Leão Leite, Juarez Patrício de Oliveira Júnior, José Manoel Caixeta Haun e Glauce Mônica Vilela Souza. Suplentes: Cacildo Alves da Silva, Michela Okada Chaves, Luzia Carolina de Souza, Robson Maia Geraldin, Antônio Sêneca do Nascimento e Marcelo Borges Amorim.

Por onde andam os problemas do transporte brasileiro Os problemas de logística no Brasil não circulam somente por caminhões e carretas país afora. Por onde passar um trilho ou uma balsa, podemos ver refletida a falta de investimento em alternativas de transporte mais baratas ao produtor e muito mais eficientes para a cadeia produtiva nacional. Mesmo depois de mais de oito meses da inauguração oficial de trecho da Ferrovia Norte-Sul, nem mesmo locomotivas que circulariam em caráter experimental passaram pelos trilhos. Estima-se que os prazos de funcionamento regular sejam prolongados por até dois anos. Além disso, apesar dos 42 mil quilômetros de rios navegáveis no país, apenas 8,5 quilômetros dessa extensão é utilizada efetivamente para o transporte de cargas. Falta estrutura para o desenvolvimento deste modal, que pode custar até 20 vezes menos que o transporte por rodovias. Rodovias essas onde perdemos uma safra a cada cinco anos. É escandaloso e real: o que é desperdiçado durante o transporte da produção brasileira em cinco anos corresponde a uma safra inteira. Mantendo essa realidade de ônus ao produtor e modificando os números, vemos ainda que, enquanto o produtor norte-americano recebe 92% do valor da safra comercializada na Bolsa de Chicago, o produtor brasileiro fica com 70% a 78% do que é pago pela sua produção. A Ferrovia Norte-Sul, que já se apresentou como grande alternativa para produtores de todo o país, hoje só aparece nos noticiários como cenários de tragédias ou de abandono. Para solucionar os problemas da obra tão fundamental, falta muito. Serviços que vão da conclusão de aterramentos, assentamento de trilhos, instalação da sinalização, construção de túneis e estações de transbordo, até a recuperação de trechos que já estão sucateados mesmo antes da obra ser concluída. Por ferrovia, o transporte custa até 40% menos aos produtores e, por hidrovias, a redução dos gastos chega a 60% se comparados aos custos por rodovias. Se lembrarmos que a redução de custos ao produtor pode refletir em diminuição dos preços dos alimentos para o consumidor final, é fácil concluir que os investimentos em modais alternativos são importantes para o fortalecimento do agronegócios e também para o desenvolvimento do povo brasileiro. Enquanto não nos empenharmos na consolidação de novas e melhores condições de logística, o “custo Brasil” continuará alto e o nossa gente continuará a pagar.

Superintendente: Eurípedes Bassamurfo Costa

FAEG - SENAR Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300 Goiânia - Goiás Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222 Site: www.sistemafaeg.com.br E-mail: faeg@faeg.com.br Fone: (62) 3412-2700 e Fax: (62) 3412-2702 Site: www.senargo.org.br E-mail: senar@senargo.org.br Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o e-mail: revistacampo@faeg.com.br. Para falar com a redação ligue: (62) 3096-2114 – (62) 3096-2226.

José Mário Schreiner Presidente do Sistema Faeg

Larissa Melo

CAMPO


Larissa Melo

PAINEL CENTRAL Caso de Sucesso

34 Fredox Carvalho

De Faina, história do produtor que tira do caju o sustento da família, vendendo a fruta às margens da rodovia

Prosa

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Presidente do Fundepec, José Magno Pato fala sobre reformulação pela qual entidade irá passar

Errata Na edição 234 dezembro de 2014 da Revista Campo a foto que aparece no canto superior esquerdo da página 16 não é do presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) Antônio Chavaglia como traz o texto da legenda.

Escoamento

22 Larissa Melo

Agropecuaristas reclamam da falta de investimentos para integração logística do País

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Balde Cheio

Fredox Carvalho

Larissa Melo

Encontro Goiás Mais Leite reúne profissionais e aborda a importância de vínculo entre produtor e técnicos

16

Agrinho

Depois de capacitar, multiplicar e avaliar centenas de trabalhos, Senar Goiás premia melhores trabalhos do Agrinho 2014

Agenda Rural

06

Fique Sabendo

07

Delícias do Campo

33

Treinamentos e cursos do Senar

36

Campo Aberto

38

Balanço e Perspectivas

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2015 promete safra recorde de grãos

ISSN 2178-5781

Setor produtivo comenta logística travada e cita ferrovia como possibilidade de escoamento Foto: Larissa Melo

Fredox Carvalho

Ano XIV | 235 | Janeiro 2015

Agrinho 2014 Alunos e professores são premiados e dão lição de cidadania

Balanço e perspectivas Faeg e Senar Goiás comemoram números de 2014 e já planejam 2015

Logística travada em projetos

Agrojovem

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Faeg e Senar Goiás reúnem mais de 200 futuros líderes durante encontro em Anápolis

Agropecuaristas reclamam da falta de soluções para escoamento da produção

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AGENDA RURAL

Seminários de Comercialização de Grãos 2015 Horário: 19h30 às 22h Informações: (62) 3096-2200

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26 de janeiro

27 de janeiro

Cidade: Montes Claros de Goiás

Cidade: Jataí

28 de janeiro

29 de janeiro

Cidade: Rio Verde

Cidade: Bom Jesus de Goiás

21 a 23 de janeiro

28 de janeiro a 1 de fevereiro

Showtec 2015 Local: Estação Experimentação da Fundação MS, Maracaju - MS Horário: 17h às 18h Informações: (67) 3454-2631

XXXI Feovelha Local: Rua Nico Oliveira, 578 cp 54 , Centro, Pinheiro Machado - RS Horário: 8h às 22h Informações: (53) 3248-1663

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FIQUE SABENDO ARMAZÉM

REGISTRO

Larissa Melo

Divulgação Esalq/USP

Faeg participa do Congresso Brasileiro de Tomate Industrial

Produção de Shiitake A cartilha sobre produção de Shiitake visa auxiliar os produtores rurais a cultivarem o cogumelo em toras de eucalipto e em substrato. A produção, que tem a autoria de Sérgio Florentino Pascholati, Carla Mariane Marassato, José Renato Stangarlin e Simone Cristiane Brand, foi lançada no evento “Introdução ao cultivo do Cogumelo Shiitake”, realizado pela Casa do Produtor Rural, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP. A publicação faz parte do Programa Aprender com Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), com apoio do Fundo de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, da Universidade de São Paulo (USP). A publicação é gratuita e pode ser obtida através do link: www.esalq.usp. br/cprural/publicacoes.php?pub_id=71.

Com o tema “Integração Agrícola e Industrial”, ocorreu entre os dias 26 e 28 de novembro a 7ª edição do Congresso Brasileiro de Tomate Industrial (CBTI). O evento fez parte da comemoração do centenário da agroindústria do tomate no Brasil e promoveu a discussão sobre as transformações da cadeia agroindustrial ao longo dos anos. O vice-presidente institucional da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz, esteve presente e destacou o lugar ocupado pelo estado no ranking de produção do tomate.

Bartolomeu também ressaltou a importância de fortalecer os laços entre quem produz e quem processa. “A Faeg vem intermediando esse contato com reuniões e discussões sobre os gargalos e as oportunidades do setor”. O vice-presidente também afirmou que é importante usar o evento para elencar as principais demandas do setor e depois repassá-las ao governo. Também participaram do evento os consultores técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, Jordana Sara e Cristiano Palavro.

PESQUISA Desde 2006, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com universidades e instituições, busca oportunidades para melhorar a qualidade da carne bovina brasileira, visando o consumo. Com isso, os pesquisadores procuraram oferecer aos pecuaristas um conjunto de marcadores moleculares que auxiliem na seleção de bovinos com características desejadas pelo consumidor. Através de análises, os pesquisadores procuram conhecer o potencial de um animal tentando identificar as posições do genoma que afetam a qualidade da carne. O objetivo é que seja possível disponibilizar um conwww.senargo.org.br

junto de marcadores moleculares e selecionar animais que serão utilizados na reprodução de descendente com as qualidades desejadas pelo pecuarista. A tecnologia, quando disponível, auxiliará na qualidade durante a produção da carne e fortalecerá a posição brasileira no mercado mundial.

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Pesquisa em defesa da Amazônia

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PROSA RURAL

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Agropecuária desenvolvida e produtor protegido Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br

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m tempos nos quais a preocupação com sanidade animal está em alta e que todo o cuidado com o rebanho é pouco, o presidente do Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária do Estado de Goiás (Fundepec), José Magno Pato, é o entrevistado da Revista Campo. A entidade, cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento da pecuária

Revista Campo: O Fundepec foi fundado para promover o desenvolvimento da pecuária goiana no que se refere às questões sanitárias, principalmente no combate da febre aftosa. Agora que o estado é zona livre da doença com vacinação, como fica esse objetivo? José Magno Pato: As doenças infectocontagiosas nos rebanhos devem ser combatidas constantemente. O fato de não ocorrer foco

goiana com embasamento em pesquisas e assegurar o produtor com indenizações, está prestes a passar por uma reformulação. Aqui Pato fala sobre o passado – contando um pouco do contexto agro, do presente – com a denominação de Goiás como estado é zona livre da aftosa com vacinação, e do futuro. Tudo com muita atenção a quem cria na terra do pequi.

de aftosa em Goiás não significa que podemos relaxar as ações. Temos que manter vigilância permanente. Em relação ao desenvolvimento, os produtores goianos sentem a necessidade de trabalharem em parceria com órgãos de defesa animal uma vez que os organismos de defesa dos países parceiros do Brasil, no que diz respeito ao comércio de produtos de origem animal, são rigorosos no controle de zoonoses.

Revista Campo: Qual foi a participação do Fundepec para que Goiás ganhasse esse status [de zona livre da aftosa com vacinação]? José Magno Pato: Após a criação do Fundepec em 1989, diversas entidades contribuíram financeiramente para implantação das ações em favor da qualidade sanitária dos rebanhos. Com isso, o produtor colaborou de forma voluntária e decisiva para a formação do Fundo Indeniza-

José Magno Pato é presidente do Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária do Estado de Goiás (Fundepec) www.senargo.org.br

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O fato de não ocorrer foco de aftosa em Goiás

Revista Campo: Qual o grau

José Magno Pato: O setor agrí-

de importância que entidades in-

cola, em nossa visão, poderá criar no

ternacionais - que deliberam sobre

estado de Goiás outros organismos

o acesso de nossos produtos aos

a exemplo do setor do algodão que

mercados - dão a existência de um

instituiu a Fialgo e o seguimento de

fundo indenizatório? José Magno Pato: Para que a Organização Mundial de Saúde Animal

produção da soja criou o Aprosoja órgãos que dão sustentação também a esses produtores no caso de prejuízos

não significa que

certifique uma região como área livre

podemos relaxar

é imprescindível a existência de um Fundo Indenizatório, pois se qualquer

Revista Campo: Quais as van-

as ações

surto apareça, o estado é obrigado a

tagens para quem contribui? E

sacrificar os animais doentes. Daí, a

quem ainda não contribui como

existência e a importância do Fundo

pode fazê-lo?

tório. Na década de 90, nós desenvol-

de doenças, além da ação de controle,

para indenizar os produtores.

vemos forte ação em todo o estado

e outros contra tempos.

José Magno Pato: As vantagens para quem contribui são a formação

para atingir todo o rebanho com va-

Revista Campo: Como fun-

cinação contra a febre aftosa, assim

do Fundo Indenizatório que garanta

ciona o redirecionamento da en-

adquirimos grande quantidade de

ao produtor, o pagamento de prejuí-

tidade para outras ações que já

vacinas geladeiras e em parceria com

produzem impacto negativo nas

zos causados por sacrifício de ani-

Sindicatos Rurais e outras entidades

exportações goianas, como a tu-

municipais, distribuímos vacinas em

berculose e a brucelose?

todas essas regiões. Vale ressaltar

José Magno Pato: Trabalhamos

também que os comitês formados

em 2014 contra a tuberculose e em

pelas comunidades locais compos-

2015 vamos atacar a brucelose e ou-

tos de técnicos, produtores, autori-

tras enfermidades.

mais doentes ä exemplo da tuberculose. É a garantia de Goiás participar do comércio internacional uma vez que o estado hoje é grande exportador de carnes suínas, bovinas e de aves. Se Goiás perder este status será um desastre para nossa economia.

dades e outros colaboradores, foram fundamentais nessas ações. O Fun-

Revista Campo: Há cerca de

Com relação a novos contribuintes

do chegou a premiar as pessoas que

um mês o senhor afirmou que a

voluntários, os interessados podem

atuaram de forma mais contundente

entidade já está revendo seu esta-

entrar em contato com o Fundepec

e eficiente no combate às doenças

tuto e que mudanças devem ocor-

pelo e-mail fundepec@fundepecgo.

dos rebanhos.

rer no próximo ano. Quais são es-

org.br, telefone (62) 3224-9116, ou na

sas mudanças?

sede, em Goiânia.

Revista Campo: Qual é a impor-

José Magno Pato:

Recente-

tância hoje do Fundepec no contex-

mente o Fundepec, através de um

to da pecuária em Goiás?

Workshop, sinalizou para outras

José Magno Pato: Continua fo-

ações no campo da sanidade animal

cado na defesa animal por meio de

uma vez que o primeiro objetivo da

parceria com a Agrodefesa, desti-

entidade (constituição do fundo in-

nando recursos para suas ações per-

denizatório) foi atingido. O novo es-

tinentes à defesa animal, inclusive

tatuto contemplará outras ações que

terminando o ano de 2014 com um

demandarão indenizações não pre-

trabalho de controle de tuberculose

vistas no estatuto atual.

nos rebanhos, com pagamento de indenização em relação ao sacrifício de

Revista Campo: Existe a possi-

animais positivos. Para 2015, já está

bilidade de ocorrer uma ampliação

em andamento um grande projeto de

da atuação do Fundepec, engloban-

controle da brucelose.

do também o setor agrícola?

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Para 2015, já está em andamento um grande projeto de controle da brucelose www.sistemafaeg.com.br


MERCADO E PRODUTO

Mercado suíno: expansão ou cautela?

A

suinocultura

é

mado aos índices normais

da carne aliado aos bons

reconhecida por fornecer a carne mais consumida no mundo, a suína, com números acima de 50 kg per capita em boa parte da Europa; já no Brasil o consumo interno aproxima - se dos 15 kg per capita, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A boa notícia é que estamos participando cada vez mais desta ta xa de consumo mundial, pois após barrar as importações de alimentos de países como Estados Unidos e União Europeia, a Rússia privilegiou alguns países no for necimento desta proteína alimentar; um deles é o Brasil. A situação se deu após o país r usso se envolver em conflito geopolítico com a Ucrânia e devido a essa exclusão, gerar, dentre outros benefícios e aberturas, a habilitação de mais de 90 estabelecimentos exportadores de carnes do Brasil. Todo este movimento so-

de exportação da carne suína gerou ao todo mais de 20% de aumento no volume exportado desta carne para a região r ussa em comparação ao mesmo período do ano passado, já no que tange ao valor produzido nestas vendas, o aumento chegou a mais de 70% devido ao ótimo preço atual (R$ 4,60 em Goiás - 17/12/2014). Estes números nos índices brasileiros também foram suplementados pelo surto de diarreia epidêmica que também afetou substancialmente um dos principais mercados fornecedores da carne suína, o norte americano, e mais uma vez, possibilitou maiores números de exportação para o produto brasileiro. Atrelado ao crescimento suinícola, os mercados de outras proteínas animais, como a bovina e avícola, também sofreram aumento. Esta situação se deu tanto pela abertura de mercado, quanto pela alta dos preços

dos preços dos insumos, principalmente os grãos, culminando em um quadro positivo, tanto para hoje quanto provavelmente para o ano de 2015. O questionamento dos produtores no momento é: aumentar número de matrizes ou reter lucros para possíveis crises (como a ocorrida em 2012)? O preço que chegou a se manter em uma média alta, acima dos R$ 4,00 por kilo, bateu R$ 5,4 4 por kilo na bolsa de São Paulo (11/11/2014), serve como um estímulo otimista para os granjeiros. Porém especialistas informam que não é tempo de aumentar substancialmente lotes, mas de fazer investimentos pontuais na propriedade além de cuidar do caixa da mesma, pois o mercado r usso não é constante e, uma vez desfeita a crise no leste europeu, a situação pode tomar r umos muito diferentes da atual, a priori tão promissora.

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Larissa Melo

Samantha Andrade | samantha.andrade@senar-go.com.br

Samantha Leandro de Sousa Andrade é médica veterinária e técnica-adjunta do Senar Goiás

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AÇÃO SINDICAL RIO VERDE

GOIANDIRA

Sindicato Rural de Goiandira

Samantha Leandro

PNDS

Melado, açúcar mascavo e rapadura

Em parceria com a prefeitura de Goiandira, o Sindicato Rural (SR) da cidade organizou o curso de Fabricação Caseira de Melado, Açúcar Mascavo e Rapadura, que integra a grade de treinamentos do Senar Goiás. Foram ministradas 32 horas de treinamento, sob orientação do instrutor Antônio César, e os alunos aprenderam sobre a obtenção e a recepção da matéria-prima, a manutenção do engenho, a moagem da cana e a preparação do caldo. Quem participou pôde acompanhar todo o processo de embalagem dos produtos, assim como a legislação que rege sua comercialização. (Colaborou com a nota: Prefeitura Municipal de Goiandira)

Mais uma ação do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) foi realizada com o objetivo de orientar produtores que ganham a vida criando suínos. Desta vez, entre os dias 13 e 15 de outubro, o município escolhido foi Rio Verde e os trabalhadores da granja São Tomé puderam – com a ajuda do instrutor e zootecnista Wolney Guimarães – tirar dúvidas e aprofundar conhecimentos. O treinamento, organizado pelo Sindicato Rural (SR) de Rio Verde, foi referente ao módulo Manutenção da Granja e composto por 20 horas/aula. (Colaborou com a nota: Samantha Leandro, médica veterinária e técnicaadjunta do Senar Goiás)

Samantha Leandro

Apicultura

Realizado entre os dias 9 e 11 de outubro, o treinamento de Apicultura Avançada cumpriu seu papel de ensinar aos participantes sobre o manejo de apiário e da confecção de produtos e subprodutos provenientes da atividade. O treinamento foi realizado na em Crixás e organizado pelo Sindicato Rural (SR) da cidade. O instrutor, veterinário Luciano Góes, já era conhecido da turma e prendeu a atenção dos alunos enquanto falava sobre a biologia e o comportamento da abelha, além da extração do mel e da produção apícola. Luciano já havia ministrado o módulo Apicultura Básica no município. (Colaborou com a nota: Samantha Leandro, médica veterinária e técnica-adjunta do Senar Goiás) 12 | CAMPO

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LUZIÂNIA

Higiene e limpeza Dirceu Borges

CRIXÁS

O treinamento de Produtos de Higiene e Limpeza, do Senar Goiás, movimentou a cidade de Luziânia entre os dias 20 e 22 de outubro. O treinamento, realizado no P.A Buritis, foi organizado pelo Sindicato Rural (SR) do município e teve em sua grade a fabricação de água sanitária e alvejante, sabote glicerinado, aromatizantes de ambiente, sabão sólido, xampu, entre outros. O presidente do SR, Marcos Epaminondas Roriz de Moraes, e o supervisor regional, Dirceu Borges, compareceram no treinamento. (Colaborou com a nota: Dirceu Borges, zootecnista e supervisor regional do Senar Goiás) www.sistemafaeg.com.br


MORRINHOS

PIRANHAS

Equoterapia Rafael Almeida

Eletricidade

Moradores de Piranhas participaram, no mês de novembro, do curso de Eletricidade Básica Rural. O instrutor, Wander Pereira Martins, ministrou o treinamento com objetivo de tornar os alunos aptos a realizarem construções e reformas de redes elétricas - utilizando equipamentos, materiais e técnicas adequadas. O curso, oferecido pelo Senar Goiás, aborda a segurança e os cuidados no uso da energia elétrica, as fontes alternativas de energia e as noções básicas sobre eletricidade, entre outros pontos. (Colaborou com a nota: Rafael Almeida, mobilizador do SR de Piranhas)

O Sindicato Rural (SR) de Morrinhos levou para o Parque de Exposições Sylvio de Melo, o programa Equoterapia do Senar Goiás. A iniciativa está sendo aplicada como método terapêutico e educacional para auxiliar o desenvolvimento biopsicossocial de crianças com necessidades especiais do município. (Colaborou com a nota: Cláudia Mendes Pires Guerra, secretária de Equoterapia em Morrinhos)

INDIARA

Visita Em uma visita ao Sindicato Rural (SR) de Indiara, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, enfatizou a necessidade da união da classe produtora para o fortalecimento e a valorização do setor rural. Ele também agradeceu aos membros do SR pelo trabalho realizado ao logo dos anos junto ao pequeno e grande produtor rural. “O sentimento é de realização por ver como o nosso trabalho do dia a dia tem feito a diferença na roça e na vida das pessoas” disse.

ORIZONA Fredox Carvalho

Sob nova direção

Uma gestão compartilhada. Foi assim que o novo presidente do Sindicato Rural (SR) de Orizona definiu o próximo triênio. Geovando Vieira tomou posse juntamente com sua diretoria, e dirigirá a unidade até outubro de 2017. O evento, realizado no próprio SR, contou com a presença do presidente da Faeg, José Mário Schreiner, entre outras autoridades. “A Faeg e o Senar Goiás não seriam nada sem os Sindicatos Rurais. Hoje fico muito feliz de participar do inicio de uma nova etapa para a unidade de Orizona, que tem uma característica participativa muito forte”, afirmou. www.senargo.org.br

BELA VISTA DE GOIÁS

Nova diretoria Reeleito mais uma vez, Wanderley Rodrigues de Siqueira, continua gerindo o Sindicato Rural (SR) de Bela Vista de Goiás. Para prestigiá-lo, o vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz, foi a o município e participou do evento. (Colaborou com a nota: Auriluce da Cruz Magalhães, mobilizadora do Sindicato Rural de Bela Vista de Goiás)

OUVIDOR

Campo Saúde De atendimento oftalmológico a cadastro de CPF, passando por teste de glicemia e corte de cabelo. O município de Ouvidor recebeu o Campo Saúde, que movimentou a Escola Municipal Professora Ediene da Silva Dias. Com mais de 1.500 pessoas atendidas, o programa realizado pelo Senar Goiás, contou com o apoio da Faeg, do Sindicato Rural de Catalão, da prefeitura de Ouvidor e da Vale Fertilizantes SA. Janeiro / 2015 CAMPO

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PIRANHAS

CABECEIRAS Larissa Melo

Koiti Komura

Entrega de certificados

Posse

Com a presença do presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a nova diretoria do Sindicato Rural de Cabeceiras tomou posse. A equipe, que dirigirá a unidade até outubro de 2017, será comandada por Arno Bruno Weis. Ele foi reeleito e assumiu seu quarto mandato. Também assumiram novos cargos na diretoria Jacó Isidoro Rota, como 1º vice-presidente, Alcione Luiz Griggio, como 2º vice-presidente, Antônio Luiz Teixeira, como vice-presidente institucional, e Joaquim Cardoso, como vice-presidente financeiro.

Entre aplausos e sorrisos orgulhosos, alguns dos participantes de cursos de capacitação do Senar Goiás receberam seus certificados durante evento no município de Piranhas. A entrega aconteceu no salão do SR e segundo o presidente, Dermison Ferreira da Silva, é muito gratificante poder ajudar na capacitação de pessoas que sonham com um futuro melhor. O supervisor do Senar Goiás responsável pela região, Koiti Komura, também participou da entrega, assim como a presidente da Comissão de Produtoras Rurais, Solange Duarte Rodrigues.

Votação do SIM

Seminário de Contabilidade Rural

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, esteve em Cocalzinho de Goiás e no município, além de visitar o Sindicato Rural (SR), ele acompanhou a votação do projeto do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que controla a qualidade dos produtos de origem animal, monitorando e inspecionando a sanidade do rebanho, o local e a higiene da industrialização e certificando com selo de garantia todos estes produtos. 14 | CAMPO

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JATAÍ

Fredox Carvalho

COCALZINHO

Marcando o término do ciclo de eventos que teve como objetivo aperfeiçoar o conhecimento acerca da Atividade Rural – Pessoa Física e Pessoa Jurídica – de contabilistas goianos, a cidade de Jataí recebeu o 1º Seminário de Contabilidade Rural. A iniciativa, que é resultado de uma parceria entre o Senar Goiás e o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), já passou pelos municípios Itaberaí, Itumbiara e Rio Verde. O evento, que lotou a Associação Comercial e Industrial do município, reuniu contadores e representantes de escritórios de contabilidade que chegaram repletos de dúvidas sobre a teoria que baseia a profissão. www.sistemafaeg.com.br


GOIÁS MAIS LEITE

Metodologia Balde Cheio é tema de encontro Durante evento, profissionais passaram por treinamento de media training Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br

Já com o discurso alinhando à nova missão do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás de educar ao invés de formar, o superintendente da entidade, Eurípedes Bassamurfo da Costa deu as boas-vindas a cerca de 50 técnicos que assistem fazendas leiteiras em Goiás. Ele falou sobre um trabalho mais completo que não envolva apenas “pasto, gado e produtividade, mas que fortaleça os vínculos entre produtor e técnicos”. Os técnicos chegaram à Goiânia no dia 17 de novembro para participar do Encontro Goiás Mais Leite Metodologia Balde Cheio 2014. O grupo participou de palestras nas quais receberam orientações e atualizações sobre a metodologia. Bassamurfo fez questão www.senargo.org.br

de explicar o fato de o programa Goiás Mais Leite ser genuinamente goiano e utilizar a metodologia Balde Cheio, da Embrapa. A partir daí, os consultores do Senar Goiás capacitam os técnicos que disseminam o conhecimento por meio de visitas às propriedades. Durante o evento, Eurípedes falou sobre o Senar e o trabalho feito em conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O superintendente explicou que, por meio de um diagnóstico da cadeia produtiva do leite em Goiás, as duas casas resolveram criar um programa específico para área. Chefe do departamento técnico do Senar, Flávio Henrique Silva destacou que o Programa Balde Cheio, que atende cer-

ca de 800 produtores, está pronto para crescer ainda mais. “Nosso trabalho é baseado na adoção de técnicas que tem por objetivo melhorar a renda e a qualidade de vida do produtor. Começamos com o Balde Cheio em 2010 de forma muito responsável e hoje já estamos com maturidade para pensar além”, projetou. Para demonstrar a importância do contato com a imprensa, os técnicos participaram de um treinamento media training, ministrado pela gerente de Comunicação da entidade, Denise Oliveira. Ela aproveitou para disponibilizar informações para que os técnicos entendessem melhor o papel da comunicação, além de abrir espaço para que eles tirassem dúvidas sobre como se comportar durante entrevistas. Janeiro / 2015 CAMPO

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Fredox Carvalho

Técnicos atualizaram conhecimentos sobre a importância do programa


ESPORTE E LAZER

Mudar o mundo começando dentro de casa Programa Agrinho 2014 reúne mais de seis mil trabalhos e premia 106 professores e alunos

Larissa Melo

Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br

Presidente José Mário Schreiner se emociona ao falar do Agrinho durate premiação

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Janeiro / 2015

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Larissa Mello

M

ovimente-se!

Englobando

os temas: esporte, lazer, cidadania e meio ambiente, o

Agrinho 2014 reuniu mais de seis mil trabalhos aprovados e mostrou que a criançada está levando a sério a ideia de mudar a realidade local. Redações, desenhos e projetos macro de Experiência Pedagógica e Escola Agrinho emocionaram os mais de 21 professores que avaliaram os trabalhos. Com cada vez mais qualidade, escolher os vencedores não foi tarefa fácil. O carro zero km,

Alunos vencedores fotografam ao lado dos mascotes

um dos prêmios mais desejados, ficou com a professora Leila Delfina de Fa-

Silveira, da Escola Municipal de Educa-

não achava possível. Esse ano foram qua-

zenda Nova, participante pela primeira

ção Básica Serra Negra, de Piracanjuba.

se 30 mil professores e quase 1 milhão de

A premiação do Agrinho foi realiza-

alunos. Quando eu olho para as crianças

da no último dia 16 de dezembro, no

me preocupo com o amanhã, que preci-

Oliveira’s Place, em Goiânia e mesclou

sa oferecer para elas oportunidades. Mas

entusiasmo e orgulho de cada projeto

quando eu olho para o Agrinho me en-

vencedor. O evento contou com cerca

cho de certeza de que esse amanhã será

de mil pessoas e os premiados leva-

repleto de vitórias. É a nossa contribuição

ram para casa bicicletas, câmeras fo-

para a educação, que é a única forma de

tógraficas, filmadoras e x-box. “Vocês

modificar o futuro.”, pontuou.

são vencedores”, disse emocionado o

Superintendente do Senar Goiás, Eurí-

presidente da Federação da Agricultu-

pedes Bassamurfo também se emocionou

ra e Pecuária de Goiás e do Conselho

ao falar do programa e disse que, em 2015,

Administrativo do Senar Goiás, José

as expectativas são ainda maiores. “Nós

Mário Schreiner, ao dar boas vindas

estamos preparados para que em 2015

para o público.

tenhamos um evento ainda maior, quem

José Mário também falou sobre a evo-

sabe levar a iniciativa para outros estados.

lução da inciativa e do orgulho de poder

Tudo isso só acontece devido às parcerias

fazer parte do programa. “A cada ano o

que fazem dos nossos sonhos, realidade.

Agrinho se supera, melhora, ganha qua-

Hoje já planejamos, sonhamos, buscamos

lidade e me alegra de uma forma que eu

formas de ir ainda mais longe”, completou. Fredox Carvalho

vez. Já a motocicleta ficou com Fred

Coordenadora do Programa, Maria Luiza Bretas foi homenageada durante evento www.senargo.org.br

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Larissa Melo

Larissa Mello

Em busca de novos horizontes Para Maria Luiza, a emoção desta 7ª edição foi renovada com a participação em peso de tantas escolas. Depois de coordenar o Agrinho por três anos, Maria Luiza se afasta do Senar e foi homenageada pelos serviços prestados. “O melhor de tudo isso é a questão da mudança dos professores e dos alunos em relação às questões socioambientais. A gente sente que há um aprendizado no que diz respeito à responsabilidade social, um maior compromisso com o próximo e no fim nós é que aprenSuperintendente do Senar Goiás, Eurípedes Bassamurfo se alegra ao falar de programa

demos com os pequenos. Tudo isso é mudança. Mudança para melhor. O Agrinho vai ficar em mim pra sempre”, disse. A alegria da vitória

Josué venceu com redação e afirma que vai tentar de novo em 2015

Piracanjuba com uma motocicleta. Fred

muito bem ao saber que minha redação

se emocionou ao saber que seu projeto

tinha sido escolhida”, completou.

Na categoria Escola Agrinho, 49 projetos

– “Semeando Atitudes” – foi escolhido

passaram pelos olhos atentos do grupo jul-

“entre tanta coisa boa”. O projeto dele

gador. O trabalho vencedor veio da Escola

envolveu a reforma de uma quadra po-

Municipal Rural de Tempo Integral Ponte

liesportiva para a comunidade local.

Patrocínio e Apoio Em 2014, o Programa Agrinho contou com o patrocínio da Vale, Corumbá

de Pedra, em Paraúna. A autora do projeto,

Exemplo da satisfação de ter o nome na

Concessões, Dow AgroSciences, Sebrae,

professora Ângela Maria da Silva, ganhou

lista dos vencedores, Josué Tiago Dias, de

Banco do Brasil e Pirakids. No apoio estão

um notebook e a escola levou um data

Caldazinha, era só sorriso. Ele escreveu

Fundepec; Sindicatos Rurais; Governo de

show, um computador e uma impressora.

uma redação sobre como unir meio am-

Goiás; Secretaria de Educação do Estado

Em segundo lugar na categoria ex-

biente, esporte e lazer. “Ganhei uma câ-

de Goiás; Secretaria de Estado da Agri-

periência pedagógica, o professor Fred

mera fotográfica e estou muito feliz. Ano

cultura, Pecuária e Irrigação; Secretaria do

Evangelista, da Escola Municipal de Edu-

que vem vou ganhar de novo, se Deus qui-

Meio Ambiente e Recursos Hídricos e pre-

cação Básica Serra Negra voltou para

ser. Eu quero outra vez porque me senti

feituras municipais.

Professora recebe carro zero km comparecer a feira coberta para homenagear a filha da cidade. A homenagem também veio por parte do presidente da Faeg e do Conselho Administrativo do Senar Goiás, José Mário Schreiner, que foi até o município fazer a entrega oficial do veículo.

Fredox Carvalho

Leila Delfina era só sorriso na tarde do último dia 18 de dezembro. O motivo tem marca, cor e nenhum quilômetro rodado. Mas não foi só a professora que estava orgulhosa por causa do resultado. Toda a população de Fazenda Nova fez questão de

Professora recebeu carro em Fazenda Nova. Alunos receberam medalhas 18 | CAMPO

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Para Leila Delfina, a vitória só foi possível devido às parcerias firmadas e a união entre escola, Sindicato Rural e prefeitura. “Eu estava no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. Foi assim que tudo aconteceu e agora só me resta glorificar a Deus, agradecer e me preparar para o ano que vem”, comemorou. Além do carro, José Mário também fez a entrega do troféu Amigo Agrinho e de medalhas que enfeitaram o peito de todos que participaram da edição de 2014 do programa. Depois dos agradecimentos, o presidente da Faeg liderou uma carreata que percorreu as ruas de Fazenda Nova. www.sistemafaeg.com.br


Agrinho do Senar Goiás recebe prêmio do Crea Fredox Carvalho

Luiza Bretas, coordenadora e o chefe do Departamento Técnico do Senar Goiás, Flávio Henrique Silva participaram de premiação em Goiânia. O professor Osvaldo Guimarães, conselheiro titular do Senar Goiás representou o presidente do Conselho Administrativo do Senar Goiás, José Mário Schreiner, e o superintendente da entidade, Eurípedes Bassamurfo. O Crea entregou prêmios para trabalhos que contribuíram para o desenvolvimento do meio ambiente goiano. Para Maria Luiza Bretas é exatamente o que o Agrinho faz há sete anos. “O Agrinho cuida de alunos e professores. Trabalha com sustentabilidade, Flávio Henrique, Maria Luiza e Osvaldo Guimarães recebem Prêmio Crea de Sustentabilidade

com meio ambiente, com responsabilidade social, com cuidado”. Segundo o presidente do Crea-GO, Gerson de Almeida, o intuito da homenagem é colocar luz sobre aqueles que não cruzaram os braços diante da necessidade de cuidar do meio

Com o tema “Cuidar para melhorar. Ainda dá tempo”, o 13º

ambiente e de quem vive nele. “Por trás de todos os projetos

Prêmio Crea – Conselho Regional de Engenharia a Agronomia

vencedores e homenageados estão, antes de tudo, pessoas ca-

de Goiás - de Sustentabilidade concedeu Menção Honrosa ao

pazes de nos fazer acreditar – e praticar – a inovação na esfera

Programa Agrinho neste ano. Para receber a homenagem, Maria

ambiental”, afirmou na ocasião.

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Mendel Cortizo

EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Reuniões definiram meios para orientação de produtores, técnicos e médicos veterinários

Faeg discute meios de evitar Tripanossomíase Bovina Apesar de não ter caso registrado oficialmente em Goiás, entidade procura alternativas para informar produtores Luiz Fernando Rodrigues | luiz.lemes@faeg.com.br

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E

stratégias de educação sanitária

de consulta pelos técnicos que participa-

volvimento da Agropecuária do Estado

com objetivo de levar orientações

rão de seminário de atualização, no iní-

(Fundepec), do Conselho Regional de

sobre a tripanossomíase bovina

cio do ano”, explica a assessora técnica.

Medicina Veterinária do Goiás (CRMV),

foram discutidas durante reuniões das

Christiane também ressaltou que os

da Universidade Federal de Goiás (UFG)

Comissões de Pecuária de Corte e de

seminários previstos, terão dois forma-

e do Sindicato das Indústrias de Laticí-

Leite da Federação de Agricultura e Pe-

tos: um para a atualização de médicos

nios no Estado de Goiás (Sindileite).

cuária de Goiás (Faeg). Apesar de não

veterinários, com informações de cunho

ter nenhum caso registrado oficialmente

técnico, sobre como fazer exames, iden-

no estado, os encontros tiveram como

tificar a doença e quais medicamentos

A Tripanossomíase é uma doença

objetivo discutir adoções de estratégias

devem ser utilizados no atendimento. O

que ataca bovinos, bubalinos, ovinos

a serem implementadas através de ma-

outro, destinado a multiplicadores, pro-

e caprinos causada pelo protozoário

teriais educativos e de seminários re-

dutores rurais, técnicos de cooperativas,

do gênero Trypanossoma vivax, que

gionais em decorrência da doença que

funcionários de entidades, entre outros,

ataca a corrente sanguínea dos ani-

acomete alguns estados vizinhos.

destacando aspectos gerais como sinto-

mais. A transmissão da doença ocorre

mas, medidas preventivas e os prejuízos

por utilização de agulhas contamina-

resultantes da doença.

das durante a aplicação de medica-

Durante as reuniões, ficou definido que será adotado como medida para

A doença

Participaram da reunião representantes

mentos e de vacinas, de um animal

médicos veterinários a elaboração e di-

do Serviço Nacional de Aprendizagem

ao outro. Além disso, os animais tam-

vulgação de materiais educativos e a re-

Rural em Goiás (Senar) Goiás, da Secre-

bém podem ser contaminados através

alização de seminários para especialistas

taria de Estado de Agricultura, Pecuária

de moscas hematófagas (que se ali-

e multiplicadores do setor. Segundo a

e Irrigação (Seagro), da Agência Goiana

assessora técnica da Faeg para a área de

mentam de sangue).

de Defesa Agropecuária (Agrodefesa),

pecuária de corte, Christiane Rossi, “A

da Agência Goiana de Assistência Téc-

ideia é publicar folder contendo informa-

nica, Extensão Rural e Pesquisa Agro-

ções básicas sobre a doença, sintomas,

pecuária (Emater), da Empresa Brasileira

prevenção entre outras. Além deste, se-

de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da

rão elaboradas cartilhas pela UFG – Uni-

Superintendência Federal da Agricultura

versidade Federal de Goiás - para servir

em Goiás (SFA-GO), do Fundo Desen-

Larissa Melo

orientação dos produtores, técnicos e

Para Christiane, como a doença não é transmissível ao homem, a principal preocupação é do ponto de vista econômico. Aos animais causa perda de apetite, de peso, redução drástica da produção de leite, aborto, entre outros problemas. “Deve-se ter uma preocupação com procedimentos básicos de prevenção porque a doença, uma vez introduzida no rebanho, pode ser facilmente disseminada de um animal para o outro, através de agulhas não esterilizadas ou não descartáveis”, comenta. Outras formas de prevenção devem ser adotadas em caso de aquisição de animais, analisando a saúde dos mesmos e adotando a quarentena antes de introduzi-los ao rebanho. Além disso, é importante que os produtores eliminem as condições ideais

Christiane ressalta que produtores devem se preocupar com procedimentos básicos de prevenção

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para a proliferação de moscas hematófagas, como fezes e materiais em decomposição, ou fazendo o controle químico, se necessário. Janeiro / 2015 CAMPO

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Larissa Melo

INFRAESTRUTURA

“É triste ver bilhões investidos, mas sem funcionamento”, afirma o produtor Weder Silva 22 | CAMPO

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Dificuldade para escoar produção enfraquece economia Segundo produtores, faltam investimentos para integração logística do país. Conclusão da Norte-Sul é ponto fundamental Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para Revista Campo

O

ito meses após a inaugura-

receba os primeiros vagões experi-

O presidente do Sindicato Rural

ção realizada pela presiden-

mentais somente no fim do segundo

de Uruaçú, Weder Silva Ribeiro,

te Dilma Roussef, do tre-

semestre, adiando ainda mais a início

observa de perto a falta de manu-

das operações efetivas.

tenção da ferrovia. Ele conta que só

cho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas (TO) a

No trecho que poderia já auxiliar o

observa movimentação de funcioná-

Anápolis, nenhum vagão ainda pas-

escoamento de soja e milho do Norte

rios na obra de implantação asfálti-

sou pelos trilhos. Para representantes

do País, são enumeradas uma série

ca próximo ao trevo do município,

classistas que observam as obras o

de deficiências que impedem o fun-

onde acredita que será construído

cenário é desolador. Por falta de ma-

cionamento dessa extensão. Faltam

um porto seco.

nutenção, trilhos estão sendo aterra-

sinalizações horizontais e verticais e

No mais, informa, as obras estão pa-

dos e algumas construções de estação

ainda nem não foi definida a empresa

radas e alguns pontos já precisam de

de transbordo caminham lentamente.

responsável por operar a linha, além

manutenção. Com a chegada da chuva,

Por outro lado, faltam investimentos

de empresas que vão fazer manuten-

trechos de trilhos estão sendo sucatea-

fundamentais para a integração lo-

ção e segurança. A Valec ainda pre-

dos. “Nós estamos com uma produção

gística do País como duplicação de

cisa resolver algumas pendências an-

média de soja de 63 sacas por hecta-

rodovias e ampliação da capacidade

tes de entregar o trecho. Entre elas,

re podíamos pagar um frete até 40%

de transporte de hidrovias.

adequações exigidas pelo Instituto

mais barato para escoar a produção. É

Brasileiro de Meio Ambiente e de

triste ver bilhões investidos, mas sem

Recursos Naturais (Ibama).

funcionamento”, afirma.

A previsão inicial, de acordo com informações da Valec, estatal que toca a obra, era para que este trecho

Com todas essas problemáticas,

Segundo o presidente do Sindica-

da ferrovia começasse a operar em

quem observa as obras de perto, afir-

to Rural de Porangatu, Carlos José

caráter experimental a partir deste

ma que alguns trechos já dão sinais

Garcia, alguns pontos da ferrovia já

mês e a operação efetiva iniciasse

de sucateamento por ação do tempo

estão passando por manutenção, já

no segundo semestre de 2015. Mas,

e falta de uso e manutenção. A re-

que alguns trilhos estão soltos. Ele

conforme apurado pela Revista Cam-

portagem levantou que alguns trilhos

explica que a empresa não plantou

po com profissionais do setor, a pre-

localizados próximos a Gurupi (TO)

grama para segurar os aterros. Com

visão mais otimista é que o trecho

foram furtados.

a chegada do período chuvoso, os

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trilhos estão sendo soterrados pelas

para carros e caminhões.

A ne-

Ele afirma que nos últimos três anos,

terras lavadas pelas chuvas. “É preci-

gligência impede que caminhões

as lavouras de soja e milho entraram

so fazer manutenção antes mesmo de

carregados

transpas-

forte na região. Com o aumento do vo-

começar a rodar”, lamenta.

sem os trilhos e sigam as rotas

lume de escoamento da produção, as

Outro ponto crítico está rela-

das vias vicinais. “Muita gente

rodovias que levam os grãos até Anápo-

cionado localização dos trilhos.

comprou fazenda por aqui imagi-

lis estão sendo mais exigidas. “O ideal

Ele informa que muitas linhas di-

nando que seria beneficiado com

é que a gente escoe a produção para o

vidiram fazendas, mas não foram

a chegada da ferrovia, mas está

Porto de Itaqui (MA) que é a metade

construídos túneis de passagem

com um grande problema.”, diz.

da distância para o Espírito Santo”, diz.

de

grãos

Modelo operacional ainda indefinido Segundo consultor técnico do Serviço Nacional de Aprendi-

As preocupações dos representantes de classes são

zagem Rural (Senar) Goiás, Pedro Arantes, além das preocu-

justificadas. Ampliando o problema para toda a Ferro-

pações operacionais e de manutenção, há ausência de infor-

via Norte-Sul, estudo recente da Confederação Nacional

mações oficiais sobre início de construção de transbordos de

da Indústria (CNI), baseado em apuração do Tribunal de

cargas da Ferrovia Norte-Sul nas Regiões Sudoeste e Norte do

Contas da União (TCU), aponta irregularidades sistêmi-

Estado. “Calculamos que isso atrasa o início da operação em,

cas ocorridas por falta de execução, sem justificativa pré-

no mínimo, dois anos”, diz.

via. Segundo estudo, alguns defeitos ameaçam integrida-

Para o diretor de logística da Caramuru, Antônio Ballan, os

de da via, como ausência de dispositivos de drenagem e

principais pontos críticos a serem superados são a indefinição

proteção dos taludes que geram assoreamento, erosões e

do modelo operacional, a insuficiência da malha ferroviária

passivos ambientais.

existente, sobretudo as linhas da América Latina Logística Ma-

O levantamento aponta também serviços com quali-

lha Paulista (ALL) e estabelecimento de uma política tarifária

dade deficiente que reduzem a vida útil e podem causar

entre as concessionárias. “Os operadores ferroviários indepen-

acidentes e até descarrilamentos. Por isso, para a efetiva-

dentes deverão ter dificuldades em operar nas linhas existen-

ção da operação do trecho ferroviário entre Palmas (TO)

tes, competindo com as atuais concessionárias”, explica.

e Estrela d´Oeste (SP), será necessário que todas as irre-

Larissa Melo

gularidades e defeitos sejm solucionados. Além disso, a falta de um terceiro trilho no trecho entre Turvelândia, Santa Helena e Rio Verde, todas localizadas no Sudoeste goiano, acarreta impossibilidade de tráfego de bitolas estreitas. Saindo da esfera estrutural, o documento aponta irregularidades contratuais e adoção de soluções de engenharia mais onerosas na execução de determinados serviços de obras e superfaPedro Arantes aposta no atraso do início da operação em, no mínimo, dois anos

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turamento.


Integração Para isso, a Norte-Sul precisa ser in-

tro-Oeste (Goiás e Mato Grosso), além

vez finalizada, a via induzirá um

terligada a outras quatro ferrovias para

do prolongamento da Ferrovia Norte-Sul

crescimento no volume de cargas

integrar a logística nacional. É neces-

entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA).

do interior do País para exportação,

sário concluir a Ferrovia Transnordesti-

Mas segundo profissionais e represen-

além da movimentação interna entre

na (acesso aos portos de Pecém (CE) e

tantes do setor agrícola, para que haja

regiões. Os principais são soja e deri-

de Suape (PE)), Ferrovia de Integração

uma sintonia afinada com toda a logística

vados, milho, cana-de-açúcar, etanol,

Oeste-Leste (interior da Bahia a Ilhéus);

nacional são necessários investimentos

açúcar, papel, celulose e minério.

construir a Ferrovia de Integração Cen-

em algumas rodovias, hidrovias e portos.

Larissa Melo

O estudo da CNI aponta que, uma

Uma safra perdida a cada cinco anos Esse possível atraso faz escorrer pelas mãos dos produtores

lências climáticas lá fora, como ocorreu nas últimas safras.

rurais a chance de diminuir a diferença de custo logístico com

Ele lembra que o transporte ferroviário é cerca de 40% mais

os maiores produtores de grãos mundiais, como Estados Uni-

barato que o rodoviário. Já o custo do modal hidroviário é até

dos e a vizinha Argentina.

60% inferior. Entretanto, na safra passada, mais de 80% das

Conforme Arantes, um estudo realizado pela Associação

2,7 milhões de toneladas de soja e 1,5 milhão de tonelada de

Nacional de Exportadores de Cereais (ANEC), aponta que,

milhos goianos exportados foram feitos por vias rodoviárias.

cada tonelada transportada do Centro-Oeste americano,

Ballan vai além. Para ele, as perspectivas do início das ope-

o produtor norte-americano recebe 92% do valor

rações são favoráveis não só para a diminuição do custo lo-

cotado na Bolsa de Chicago. Os produtores ar-

gístico Brasil, mas para imprimir desenvolvimento para várias

gentinos ganham o corresponde a 91% en-

Regiões e Estados. “Principalmente para os Estados de Goi-

quanto que o nacional entre 70% e 78%,

ás, Tocantins e para o Leste do Mato Grosso e Pará”, afirma.

uma variação de até 22%. “A cada

Ele informa que a criação do operador ferroviário inde-

cinco anos perdemos uma safra por

pendente deverá aumentar oferta e reduzir os fretes rodovi-

causa do custo logístico”, diz.

ários. Embora os benefícios sejam mais importantes para a

Na prática, os produto-

atividade de produção de commodities agrícolas e explo-

res rurais goianos e na-

ração mineral, a maior acessibilidade dessas regiões aos

cionais

conseguem

mercados deverá estimular o crescimento da produção in-

mitigar esse abis-

dustrial e das atividades de comércio e serviços em toda a

mo

somente

área de influência desse novo sistema de transportes. “Mas

quando há

todo esse desenvolvimento só será intensificado com a con-

turbu-

clusão da Norte-Sul pelo menos até Estrela d´Oeste”, diz. Janeiro / 2015 CAMPO

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“Logística é o grande gargalo do produtor”, afirma José Mário O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goi-

Para Ballan, as principais obras necessárias para aprimo-

ás (Faeg), José Mário Schreiner, diz que a logística é o grande

rar e melhorar a competitividade do modal são: derroca-

gargalo do produtor rural brasileiro. Mas lembra que, de forma

mento do canal à jusante da eclusa de Nova Anhanguera,

geral, as rodovias estaduais estão em bom estado de conser-

drenagem do canal de Barra Bonita/Anhembi, alargamento

vação, mas ressalta a necessidade de duplicação das rodovias

dos vãos das pontes e cumprimento da Lei de Usos Múlti-

BR-364 e BR- 452. “Não podemos nos esquecer dos portos, nos-

plos das Águas.

so desembaraço demora cerca de cinco dias, enquanto que em

De acordo com a Aministração da Hidrovia do Paraná

outros países demora somente um”, afirma. Para agilizar, diz que

(Ahrana) serão investidos R$ 25 bilhões para o modal ficar

precisa imprimir trabalho em sistema de 24 horas de agentes da

em total condição de navegabilidade até 2025. O Plano de

Polícia Federal.

Melhoramento será feito em três fases e o trecho goiano da

Além das duas rodovias citadas por Schreiner, Ballan aponta

hidrovia já receberá investimentos na primeira fase. Quando

outras quatro rodovias (BR-163;158-242;155), todas localizadas

finalizado, o volume de cargas transportados na hidrovia

nas Regiões Centro-Oeste e Norte do País que precisam con-

deve ser multiplicado em 10 vezes. Mendel Cortizo

clusão de pavimentação ou recuperação ou duplicação para se tornar mais competitivos. “Precisamos também licitar os portos, melhorar os acessos aos portos, principalmente de Santos e ainda tornar navegável, sem restrição, a hidrovia do Tocantins partindo de Marabá (PA)”, enumera. Com a falta de investimentos e estresse hídrico deste ano, a Hidrovia Tietê-Paraná-Paranaíba ficou inoperante logo no início de maio, resultando em prejuízos milionários. Em agosto, conforme apurado, das 4,5 milhões de toneladas de grãos, madeira e celulose estimadas para serem embarcadas neste ano no Porto de São Simão, apenas 400 mil transportadas por barcaças.

José Mário diz que a logística é o grande gargalo do produtor rural

Em buscas de respostas Em nota, a Valec informa que a parte pública - construção,

A Valec informa ainda que a manutenção da ferrovia é

preparação, testes, já foi realizada. Hoje há frentes de trabalho de

constante e rotineira, inclusive nos trechos da Região Nor-

manutenção nesse trecho (Palmas-Anápolis) ou pequenos ajustes

te de Goiás. Segundo a empresa, já foi solicitado junto à

solicitados no período de testes e inspeções pré-operação, inclusi-

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autoriza-

ve sinalização, mas a ferrovia está pronta para início do transporte.

ção para tráfego comercial do trecho Anápolis-Gurupi, mas

A iniciativa privada está finalizando as obras de seu terminal em

aguarda procedimentos da agência.

Anápolis, com previsão de conclusão para a segunda quinzena de

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de

dezembro. São necessários testes da operação de carregamento

Transporte (Dnit), foi publicado no Diário Oficial de chama-

e pelo menos uma viagem experimental com o trem tipo, o que

mento da ANTT para empresas interessadas em elaborar os

já vem ocorrendo. No mês de dezembro, haverá o transporte de

estudos de concessão da BR -364, mas quanto à BR-452 não

locomotivas de Anápolis/GO até São Luiz/MA.

existe projeto de duplicação.

A estatal, quando questionada sobre onde e quais estações de

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de

transbordos serão construídas em Goiás, além da do Porto Seco

Estado de Infraestrutura (Seinfra) e Secretária da Indústria

Centro-Oeste, não informou sobre essas obras. Em resumo, infor-

e Comércio (SIC) Goiás, mas nenhum departamento pos-

mou que a estrutura ferroviária do pátio ferroviário de Anápolis

sui levantamento de viabilidade econômica ou estrutural

está concluída.

da Norte-Sul.

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BALANÇO

Expectativa recorde para 2015 Faeg e Senar Goiás comemoram números de 2014 e já planejam 2015 com cautela Karina Ribeiro | revistacampo@faeg.com.br Especial para Revista Campo

A

tações do congresso, a precaução

O setor comemora alguns avanços

bata novo recorde na sa-

é a palav ra de ordem do setor. A

conquistados este ano, mas tam-

fra de grãos em 2015, com

afirmação foi feita durante coletiva

bém consolida a luta para dar pas-

18,7 milhões de toneladas, 2,7 % a

de imprensa realizada na sede da

sos importantes para a resolução de

mais que a anterior. Apesar do

Federação da Agricultura e Pecu-

problemas antigos que emperram

bom desempenho aguardado no

ária de Goiás (Faeg) no dia 22 de

melhores resultados e dificultam a

campo, é fora dele que estão os

dezembro. Na ocasião, o presiden-

igualdade competitiva com outros

maiores desafios e preocupações

te da entidade, José Mário Schrei-

países produtores.

dos produtores r urais. De olho nos

ner, apresentou aos jornalistas o

Embora a recuperação das rodo-

reflexos das medidas adotadas pela

balanço de 2014 as expectativas

vias federais goianas sejam um dos

nova equipe econômica e nas vo-

para 2015 no setor agropecuário.

pontos fortes a ser comemorada, a

Fredox Carvalho

expectativa é que Goiás

José Mário Schreiner apresentou aos jornalistas balanço de 2014 e expectativas para 2015 no setor agropecuário

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Nos preparamos para iniciar um ano que promete ser difícil e, para

A dose extra de preocupação está

focar na ampliação dos serviços de

vinculada a fatores negativos impac-

capacitação e formação profissio-

tantes que tendem ocorrer em 2015

nal, assistência técnica e de exten-

como pressão inflacionária, possibi-

são rural e pesquisa agropecuária

lidade de permanência de um baixo

(veja matéria abaixo).

Produto Interno Bruto (PIB) e elevações de taxa de juros. “Temos ainda

Balanço 2014

os aumentos dos preços da energia

“O ano de 2014 foi de muitos de-

elétrica, combustíveis e outros insu-

safios para o agronegócio. Apesar

mos”, ressalta Edson Novaes.

de crise em todos os outros setores

enfrentá-lo, a

De quebra, a safra recorde nos Es-

da economia e dos problemas em

tados Unidos aliada à uma recompo-

logística, infraestrutura e abasteci-

agropecuária não

sição dos estoques de grãos em todo

mento, conseguimos manter o cres-

o mundo. A China, uma dos maio-

cimento da produção. Mesmo com

res parceiros comerciais do País, por

os níveis de inflação acima da meta

poderá abrir mão

sua vez, deve apresentar uma tímida

e altas taxas de juros, o PIB do agro-

queda no crescimento. “Os preços

negócio brasileiro cresceu 3,8%, o

do fortalecimento

das commodities estão mais baixos

Valor Bruto da Produção Agropecu-

e a tendência é de que continuem as-

ária (VBP) do Estado cresceu 4,1%

sim em 2015”, afirma o gerente.

e, só em Goiás, o setor gerou 69 mil

de suas ações

Assim, o setor busca a ampliação

novos postos de emprego. Isso mos-

estratégicas,

dos recursos para a subvenção do

tra a força e capacidade do setor”,

Seguro Rural de uma forma que re-

lembra José Mário Schreiner.

políticas e de

almente atenda as necessidades dos

Edson Novaes salienta que o ano

produtores. Na esfera regional, os

de 2014 foi composto pela capa-

planejamento

produtores sofrem com as deficiên-

cidade que o produtor teve de su-

cias da qualidade e distribuição de

perar as adversidades. Um ano de

energia elétrica, dificultando, sobre-

baixo crescimento econômico, com

tudo, a ampliação da capacidade de

eventos que inter feriram no desem-

armazenagem de grãos.

penho de vários segmentos como

presidente da Faeg, José Mário Schreiner

Para conseguir atingir todo o po-

as eleições e Copa do Mundo, ele-

tencial produtivo, o setor pretende

vação dos estoques de grãos ocaFredox Carvalho

logística ainda é visto como um dos maiores entraves do setor agropecuário. Obras atrasadas e inconclusas aumentam o custo de produção gerando desequilíbrio nas contas com outros países como Estados Unidos e Argentina. “Precisamos diminuir os custos de produção. Temos que instituir as formas de concessão das ferrovias, melhorar os portos e também algumas rodovias que não foram contempladas pelo governo”, lembra o gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novaes. 28 | CAMPO

Janeiro / 2015

Para o presidente da Faeg, precaução é a palavra de ordem do setor www.sistemafaeg.com.br


a ampliação da redução

estadunidense, aumento do custo

do Imposto Sobre Cir-

da produção e desvalorização do

culação de Mercadorias

real. Até o clima jogou contra atra-

e Serviços (ICMS) para

sando o plantio dos grãos. “Mesmo

eucalipto,

com todas essas dificuldades con-

capim e feijão. “Foi uma

seguimos ter papel importante no

ação coordenada por re-

PIB e ainda geramos 69 mil empre-

presentantes de setores e

gos no campo”, afirma Edson. Este

instituições, inclusive da

resultado coloca Goiás em segundo

Faeg”, comemora.

semente

Larissa Melo

sionados pelo resultado da colheita

de

lugar no ranking divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia

Superação também

e Estatística (IBGE), ficando atrás

na capacitação

somente de Mato Grosso (MT).

“Para o Senar Goiás, o

As exportações do agronegócio

ano de 2014 foi de supe-

goiano (US$ 5,2 bilhões) correspon-

ração de metas e de am-

dem a 79,6% de tudo o que foi ven-

pliação de sua atuação. A

dido pelo Estado. Por outro lado,

partir de agora, além de

as importações do agronegócio (au-

trabalhar fortemente pela

mentos de fertilizantes e derivados

capacitação profissional

de tomate), somam apenas US$ 450

das famílias do campo, iniciaremos

milhões, ou seja, 11% do total. “Se

atividades na área de assistência

não fosse o agronegócio o saldo da

técnica. Essa atuação não era parte

balança comercial goiana seria defi-

da missão institucional do Senar,

citária em US$ 2,3 bilhões”, calcula

mas já desenvolvíamos trabalhos na

Edson Novaes.

busca de oferecer acompanhamen-

Flávio Henrique explica que o desafio para 2015 é intensificar o atendimento das cadeias produtivas

Mas ele lembra que a legislação

to ao produtor, como no programa

do Estado avançou promovendo

Goiás Mais Leite, metodologia Bal-

celeridade na liberação dos licen-

de Cheio, que já atende mais de 900

ciamentos ambientais e cadastro

produtores em todo o Estado. As-

ambiental rural. Outra conquista

sumimos mais esse trabalho pelo

foi a manutenção de benefícios e

produtor r ural porque sabemos que

o campo tem muitas demandas e que o sucesso da atividade r ural depende, não só de trabalhadores bem capacitados, mas de assistência continuada”, diz o superintendente do Senar Goiás, Eurípedes Bassamur fo da Costa. Segundo o chefe do departamento técnico do Senar, Flávio Henrique, o desafio para 2015 é intensificar o atendimento das cadeias produtivas acompanhando a evolução do profissional r ural. “Vamos

Larissa Melo

fazer de forma graduada, atendendo as comunidades a partir do básico e ir evoluindo, sempre focando na gestão”, explica. A ideia é também investir no Programa de Agricultura de Baixo Carbono, estruturando um viés de sustentabilidade econômica e ambiental.

“Queremos

incentivar

as comunidades urbanas e semiurbanas a produzir alimentos para o próprio consumo. Além de ser uma Edson Novaes salienta a capacidade que o produtor teve de superar adversidades www.senargo.org.br

ação terapêutica, incute o valor do processo produtivo”, diz. A meta para 2015 é desenvolver 5 mil ações. Janeiro / 2015 CAMPO

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Fredox Carvalho

Fredox Carvalho

AGROJOVEM

José Mário Schreiner destacou a importância da agropecuária

Para Wanderson Portugal, o jovem precisa acreditar que é possível tomar suas próprias decisões

André Saddi

Fredox Carvalho

Formando jovens para liderança

Para Cybelle Bretas, é preciso perceber a importância de atuação dos jovens

Marcos Fava falou sobre os próximos 30 anos do agronegócio

Federação e Senar Goiás reúnem mais de 200 futuros líderes durante encontro em Anápolis Catherine Moraes | catherine.moraes@faeg.com.br Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br 30 | CAMPO

Janeiro / 2015

www.sistemafaeg.com.br


om o objetivo de incentivar a su-

C

Em sua fala, durante a abertura, José

podem fortalecer o produtor junto ao mer-

cessão familiar, identificando e

Mário Schreiner destacou também a im-

cado. “A vida solitária nos marca como

formando lideranças jovens do

portância da agropecuária. “Estamos

ser, mas a vida coletiva é que nos move.

setor agropecuário, o Serviço Nacional de

vendo um crescimento populacional con-

Precisamos do outro e podemos ser mais

Aprendizagem Rural (Senar) Goiás e Servi-

siderável e essas pessoas precisam de ali-

fortes juntos. Aqui vocês não vão receber

ço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas

mento. Nosso papel é oferecer esse alimen-

um manual, vamos pensar juntos em como

Empresas (Sebrae) Goiás, realizaram, no

to. Hoje somos 7,3 bilhões de pessoas e

construir um município melhor e, juntos,

último mês, o 1º Encontro de Empreen-

em 2048 seremos cerca de 9,3 bilhões. O

vamos tornar este sonho real”, completou.

dedores Jovens Rurais (Agrojovem) Goiás.

crescimento vai acontecer nos países de-

Para o diretor técnico do Sebrae Goiás,

Durante a abertura do evento José Mário

senvolvidos. Precisamos estar preparados”.

Wanderson Portugal, um evento como o

Schreiner, fez com que olhos e imaginação

O Painel I foi pautado pelas perspec-

Agrojovem é importante pois ajuda o jo-

dos cerca de 200 jovens presentes brilhas-

tivas e oportunidades do setor agrope-

vem a acreditar que é possível tomar suas

sem. “Quem sabe aqui não estejam futuros

cuário. Com palestra do professor Uni-

próprias decisões e “que essas decisões

presidentes de Sindicatos Rurais, vereadores,

versidade de São Paulo (USP), Marcos

podem sim fazer toda a diferença na gestão do negócio”. Ele fez questão

isso que nós queremos: sucesso

de destacar outro objetivo do

André Saddi

prefeitos, grandes empresários. É para cada um de vocês”, disse. A realização do evento contou

evento: apresentar aos jovens o lado prazeroso e recompensador

ainda com o apoio da Federa-

de se fazer agricultura. Eurípedes

ção da Agricultura e Pecuária de

Bassamurfo, superintendente do

Goiás (Faeg), da Associação de

Senar Goiás destacou a impor-

Jovens Empreendedores e Em-

tância da capacitação para o jo-

presários de Goiás (AJE) e da

vem rural. “O jovem precisa, de

Confederação Nacional de Jovens

nada mais nada menos, olhar para

Empreendedores (Conaje). Entre

frente”. Bassamurfo apresentou

os convidados: coordenador do

os cursos e treinamentos ofereci-

Agrojovem da Conaje, João Pedro

dos pela entidade e a missão de

Baiana; diretor técnico do Sebrae

educar quem mora o campo, mas

Goiás, Wanderson Portugal; pre-

ainda não gerencia os negócios.

sidente da AJE Goiás, Cybelle Atuação da Aje

Bretas; consultor do Senar/Sebare, Arthur Toledo e o professor Univer-

Fava – que falou sobre os próximos 30

Cybelle Bretas, presidente da Aje Goiás se

sidade de São Paulo (USP), Marcos Fava.

anos do agronegócio – os jovens pude-

emocionou ao contar o início do Programa

O local escolhido foi a Estância Park Ho-

ram ouvir sobre mercado, política, influ-

Minha Primeira Empresa que atua na ca-

tel, em Anápolis, onde jovens com as mais

ências internacionais e possibilidades de

pacitação, acesso ao crédito e acompanha-

variadas idades puderam conhecer de perto

novas portas para os produtos brasileiros.

mento de quem abre o primeiro empreendi-

os muitos motivos que devem fazer com que eles se interessem pela continuidade

mento. “Nós fizemos um projeto e antes das O jovem como protagonista

eleições convidamos todos os candidatos ao

dos negócios da família ou pela abertura

Para falar do Jovem como protagonista

governo para mostrar nossa ideia. Eles assi-

de novos empreendimentos – sejam eles de

do Brasil futuro, o consultor Arthur Toledo

naram o compromisso conosco e, assim que

pequeno, médio ou grande porte. Repre-

ministrou palestra e também se emocionou.

o Marconi foi eleito encaminhamos outro

sentando a Faeg e o Senar Goiás, partici-

Ele falou da importância das qualidades hu-

ofício. Em 2013 o projeto foi aprovado na

param ainda o vice-presidente institucional

manas no trabalho e em como a generosi-

Assembleia Legislativa e foram liberados R$

da Faeg, Bartolomeu Braz, o superinten-

dade pode ser um diferencial para qualquer

2,200 milhões para auxiliarmos quatro mil

dente do Senar Goiás, Eurípedes Bassa-

profissional. O consultor também ressaltou

empreendedores no primeiro ano de ges-

murfo e o diretor de Agronegócio da Aje e

a importância de trabalhar em coletivida-

tão”, completou. Para Cybelle é preciso per-

assessor técnico da Faeg, Alexandro Alves.

de e em como cooperativas, por exemplo,

ceber a importância de atuação dos jovens.

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Fredox Carvalho

Fredox Carvalho

Ana Flávia Figueiredo se interessa pela política econômica nacional e mundial Fredox Carvalho

João Antônio vai prestar vestibular para Medicina Veterinária

Quem foi e aprovou Graziele Zoboli, 22 anos A administradora Graziele Zoboli, 22 anos, chegou ao evento cheia de boas expectativas e ao final do primeiro dia disse ter sido surpreendida. Ela faz MBA em Agronegócio e fez a inscrição no evento em busca de mais informações sobre o fu-

Graziele Zoboli cuida da parte financeira da fazenda da família

turo da agricultura e da pecuária “em um João Antônio, 17 anos

país tão rural quanto o Brasil”. A jovem,

do, 20 anos, o evento foi uma inje-

que mora em Cristalina, contou que

ção de ânimo para os jovens que já

João Antônio, 17 anos, ainda cursa o

esperava que as palestras fossem um

vivem da agropecuária. Ela mora em

ensino médio, mas quem não sabe da

pouco cansativas, mas que José Mário

Cristalina e foi até Anápolis para sa-

pouca idade do rapaz pode apostar que

e Marcos Fava levaram para dentro do

ber mais sobre política econômica na-

ele já é um jovem empresário rural. Filho

auditório um dos temas que mais cha-

cional e mundial. “O agronegócio en-

de criadores de gado de corte e de leite,

ma sua atenção: como produzir mais

volve também uma parte de legislação

ele buscou no Agrojovem informações

para alimentar o mundo sem prejudi-

pela qual quase ninguém se interessa.

sobre o mercado e o comportamento do

car o meio ambiente. “A grandeza do

É preciso saber mais sobre a política

verdadeiro empreendedor. O jovem de

evento e a quantidade de participantes

que move o Brasil e o mundo”. Ana

Piracanjuba foi convidado para partici-

também me chamou atenção. Vou le-

Flávia, que é filha de produtor de

par do evento pelo presidente do Sindi-

var para minha terra muito do que ouvi

soja, milho, café e feijão, fez questão

cato Rural (SR) do município, Eduardo

aqui”, explicou a estudante que cuida da

de elogiar a organização do evento e

Iwasse, e conta que aceitou sem pesta-

parte financeira da fazenda da família –

a didática dos palestrantes. “Depois

nejar. “Vou prestar vestibular para Me-

produtora de soja, milho, feijão e trigo.

das palestras a gente sente vontade

dicina Veterinária e preciso estar bem

de levantar e agir, fazer mudanças,

informado sobre o mercado, importa-

inovar. Aqui a gente teve a certeza

ções e exportações, maneiras de au-

Para a estudante do 7º período do

de que o jovem é o verdadeiro pro-

mentar os lucros e de gerir, com compe-

curso de Direito, Ana Flávia Figueire-

tagonista das mudanças”, completou.

tência, uma propriedade rural”, explica.

Ana Flávia Figueiredo, 20 anos

32 | CAMPO

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DELÍCIAS DO CAMPO

GELÉIA DE JABUTICABA INGREDIENTES:

PREPARO:

• Jabuticaba • Açúcar

Lave as jabuticabas em água corrente Esprema as frutas dentro de uma peneira taquara Coe o caldo obtido em pano fino Para cada dois copos de caldo, acrescentar um copo de açúcar Mexa bem e leve ao fogo até o ponto Guarde em vidros esterilizados

* Receita elaborada pela instrutora de processamento de doces do Senar Goiás, Eva Machado

Envie sua sugestão de receita para revistacampo@faeg.com.br ou ligue (62) 3096-2200

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CASO DE SUCESSO

Fredox Carvalho

Francisco Tomé planta caju e vende às margens da rodovia

Os pés de caju e o sucesso à beira da GO-164 Produtor vende fruta com ajuda da família Michelle Rabelo | michelle.rabelo@faeg.com.br 34 | CAMPO

Janeiro / 2015

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Fredox Carvalho

D

maracujá, a criação de frango ou peixe e até mesmo a apicultura. “Nada me desanima. Se der errado, a gente se capacita, aprende e começa outra vez”, pontua. Enquanto isso, fala da vontade de fazer algum curso para aprender a tirar do caju o que ele tem melhor. “Quero aprender a fazer doce, polpa e castanha. Quero melhorar de vida e viver bem sem precisar sair desse chão”. Ao lado da mulher, Joana Batista, e do filho, Márcio Fernandes, Francisco enxerga o futuro com esperança e representa muito bem um dos milhares de casos de sucesso espalhados pelo estado. Aproveitando e vivendo do que a natureza oferece “Não preparamos nada, não modificamos a terra, nem analisamos suas características. Quando zelada, a natureza dá por ela mesma”, explica ao ser perguntado sobre a preparação do solo para o plantio das mudas de caju. “Nessa terra de Deus, só passa fome quem quer. Falta um pouco de interesse do povo, que não procura os cursos e a ajuda que o Senar oferece, mas para quem tem vontade não falta oportunidade”, emenda. Para complementar a ren-

da, Francisco também cria bezerras e para isso conta com a ajuda da filha, Julyana Jorge. Ela procurou o Sindicato Rural (SR) e fez cursos de Bovinocultura de Corte e Inseminação Artificial. O resultado? Ela se apaixonou pelo ramo. Cursando o 3º ano do ensino médio, a menina é rápida quando a pergunta é sobre o futuro. “Vou prestar vestibular para zootecnia, fazer mais cursos no Senar Goiás e ajudar meu pai a tocar nossa terrinha”. Francisco é enfático ao falar sobre o amor pela terra e a vontade de envelhecer ali, seja vivendo do caju, do gado, de outra fruta ou até mesmo do mel. O desejo mesmo é ser produtor até quando o destino permitir e depois disso descansar vendo os filhos cuidarem de tudo o que ele construiu com tanto carinho.

Shutter

e nome Francisco Tomé, um chapéu simpático que o protege do sol e muitas histórias pra contar, o produtor tira do caju o sustento da família que mora no município de Faina e vai junta para a rodovia oferecer o colorido – uma mistura de amarelo, vermelho e verde – e o gosto doce da fruta para quem passa. Mas nem sempre foi fácil e aparentemente seguro viver do caju. Nos primeiros capítulos da história do produtor o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás teve participação fundamental. Foi por meio dos cursos e treinamentos que ele descobriu novas possibilidades, entre elas, a fruticultura. Como o personagem bíblico, São Tomé, Francisco – que não é Tomé por acaso – também precisa ver para crer. Assim, fez o curso de Fruticultura do Cerrado no Senar Goiás e usou seus nove alqueires de terra para cultivar as frutas. Elas são vendidas na rodovia que passa em frente à propriedade, para uma empresa de doce em Nerópolis e uma de polpa em Brasília. Na estrada, bacias pequenas representam a medida e todo gesto, chamamento ou tentativa de tornar o caju mais atrativo são válidos. No início eram 80 pés e hoje, ao todo, são 120 que rendem a Francisco cerca de 200 kg de caju por semana – quantidade relativa aos meses de agosto e setembro, quando os pés ficavam carregados. A quantidade de pés já foi maior, chegando a 416, mas por conta do que Francisco chama de “peste”, o número caiu. A produção também caiu pela metade. “Manchas foram aparecendo aos poucos nas frutas e hoje já comprometem a venda de muitas frutas”, conta, já explicando que a perda foi de cerca de 30%, mas que o prejuízo não desanima nem a ele, e muito menos à família. O produtor tem tudo anotado e aponta como opções, o plantio de

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CURSOS E TREINAMENTOS

Curso de Bovinocultura de Leite abre portas ao produtor rural Larissa Melo

Laryssa Carvalho | laryssa.carvalho@faeg.com.br

EM DEZEMBRO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU 281 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL*

32 Na área de agricultura

100

12

Em atividade Na área de de apoio silvicultura agrossilvipastoril

0 Na área de extrativismo

09

06

Em Na área de agroindústria aquicultura

92

30

Na área de pecuária

Em atividades relativas à prestação de serviços


Os que acreditam que o trabalho no campo não precisa de aperfeiçoamento, se enganam. Pensando sempre no potencial do produtor rural, seja ele pequeno ou grande, o Senar Goiás oferece cursos e treinamentos que capacitam o trabalhador do campo. Dentre os cursos oferecidos, o aperfeiçoamento em bovinocultura de leite é destaque no âmbito rural. Com o objetivo de orientar o produtor sobre o manejo correto da criação de bovinos, o curso possibilita ao participante aprovado, o certificado de conclusão que permite melhores oportunidades no mercado agropecuário. Durante o curso são debatidos temas como o mercado do leite, índices zootécnicos, alimentação, mineralização do gado de leite, saúde do gado, manuseio de equipamentos e a importância da preservação ambiental. Ao todo, são disponibilizadas 16 vagas por curso, com o número mí-

nimo de 10 inscritos e duração de um dia. Para o coordenador do curso, Marcos Henrique, o produtor rural possui um grande potencial e por isso necessita de aperfeiçoamento e capacitação “Muitas vezes não há compreensão sobre o que está fazendo. Por exemplo, ele sabe que é necessária a vacinação, mas não tem informação sobre determinada vacina’’, enfatiza. O coordenador destaca novidades presentes no curso “Hoje nós temos como novidade a orientação sanitária que é repassada aos participantes. Outro aspecto importante que também é tratado durante o curso é a incorporação de novas tecnologias”, informa Marcos Henrique. Para obter o certificado de conclusão, o participante inscrito deve apresentar presenças superiores a 80%, além da aprovação do instrutor do curso.

Para outras informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás entre em contato pelo telefone (62) 3412 2700 ou pelo site www.senargo.org.br

* Cursos promovidos entre os dias 26 novembro e 25 de dezembro

91 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*

33

04

03

12

39

0

Alimentação e nutrição

Organização comunitária

Saúde e alimentação

Prevenção de acidentes

Artesanato

Educação para consumo

3.553

PRODUTORES E TRABALHADORES RURAIS CAPACITADOS


CAMPO ABERTO

Você possui assistência técnica? Athos Bonifácio | boninoconsultoriaagropecuaria@gmail.com

O

agronegócio brasileiro movimenta cifras de bilhões de reais em exportação, gerando centenas de milhares de empregos em toda

Arquivo pessoal

sua cadeia produtiva, além de levar alimentos in na-

de Gabriela”, em que, “nasceram assim, cresceram assim e vão morrer assim”, negando-se a reconhecer a fragilidade de seu negócio e a necessidade de diminuição dos custos e aumento dos lucros.

tura e industrializados às mesas dos brasileiros e ao

Falta ainda uma assistência técnica contínua, em

resto do mundo. No contexto recente de crise econô-

que o consultor visite a propriedade com uma frequ-

mica, o agronegócio foi o setor relevante para mini-

ência maior, conhecendo a realidade dessa e levando

mizar os desequilíbrios das contas externas do Brasil.

informações que vão desde mudanças simples de há-

Perante as cobranças do concorrido mercado in-

bitos à implementação de recursos de maior tecnolo-

ternacional, atender à demanda, principalmente de

gia, o que não necessariamente está relacionado com

alimentos, não tem sido uma missão fácil ao agro-

grandes investimentos financeiros.

negócio nacional. Para isso, é crucial que todas as

Para sanar essa deficiência, entra em cena o profis-

esferas produtivas tenham competitividade, pautada

sional de ciências agrárias, seja ele engenheiro agrô-

na utilização de tecnologia para aumento de produti-

nomo, zootecnista ou médico veterinário. Este profis-

vidade e agregação de valores aos produtos.

sional atua como um “solucionador de problemas”:

No início da cadeia produtiva está o produtor ru-

faz um diagnóstico dos fatores agravantes à produção

ral, do pequeno ao grande, que trabalha com a res-

e propõe resolução destes fatores e implementação

ponsabilidade de produzir arroz, feijão, leite, frutas,

de práticas para melhoria da produtividade.

hortaliças e outros alimentos que irão abastecer des-

A ideia é criar um planejamento participativo, in-

de feiras populares a indústrias. Contrastando com

tegrando o conhecimento técnico ao saber tradicio-

esse mercado exigente está a realidade enfrentada no

nal do agricultor. Dessa forma, o consultor não é o

campo, que muitas vezes dificulta ainda mais atin-

detentor de todo saber, mas aquele que levará co-

gir a qualidade demandada pelo mercado. São elas:

nhecimento científico e inovação tecnológica que se

intempéries climáticas, pragas e doenças, trabalho

aliarão ao conhecimento do agricultor e à vontade de

pesado, preços insatisfatórios, pressões para preser-

ambas as partes em promover o desenvolvimento da

vação ambiental.

área trabalhada.

Pergunto principalmente ao pequeno e médio

O Senar Goiás e a Faeg trouxeram para Goiás atra-

produtor: diante de tantas dificuldades impostas

vés do Programa Goiás Mais Leite “A Metodologia

ao sucesso do trabalho no campo, o que você tem

Balde Cheio”. Realizada em parceria com prefeituras,

feito para minimizar os danos e potencializar sua

sindicatos rurais, cooperativas e outros parceiros le-

produção? Você já pensou em como seria diferen-

vam assistência técnica ao campo e traz resultados

te a realidade de sua propriedade caso dispusesse

significativos aos produtores de leite.

de assistência técnica? Ou você ainda tem o con-

O programa visa intensificar o uso das pastagens,

ceito de que assistência técnica é somente para

realizar controles econômicos e zootécnicos da pro-

grandes propriedades?

priedade, respeitar o meio ambiente e claro, melhorar

Existe um déficit gigantesco de assistência técnica em nosso país, atingindo principalmente os pequenos

a vida dos produtores e suas famílias, seja na questão financeira ou até mesmo num ganho de autoestima.

e médios produtores. Estes, em sua maioria, “tocam”

Você, produtor rural, seja de qualquer atividade

Athos Bonifácio

suas propriedades sem nenhum tipo de consultoria

produtiva: procure assistência técnica capacitada!

é engenheiro

especializada, utilizando apenas informações “práti-

Perca o medo de sua propriedade não ter potencial

agrônomo e consultor

cas” de vizinhos, parentes, ou até mesmo de alguns

para manter um consultor técnico. Na realidade, é

Cheio na região de

programas de televisão. Alguns, de forma pior, estão

ele quem o ajudará a potencializar sua propriedade e

Palmeiras de Goiás.

estagnados (“parados no tempo”) e seguem a “teoria

viabilizar formas de aumento dos lucros.

do Programa Balde

38 | CAMPO

Janeiro / 2015

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