Ano VII • nº 72 • julho • 2013
Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
GÁS NATURAL
Energia mais limpa Energia de qualidade para a indústria para a indústria
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Athaydes Mariano Félix recebe homenagem do TRT-AM
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Setor de panificação nacional se reúne em convenção e feira
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Clínica de fisioterapia do SESI passa a oferecer Pilates e RPG
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Novamed inaugura polo de medicamentos no PIM
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Nova edição do Líder Norte reúne força jovem do empresariado local
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Formada por 23 músicos, a maioria voluntários, a Big Band do SESI completa 4 anos
Miguel Ângelo/CNI
Editorial
O
comportamento da produção e faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), no primeiro semestre, divulgado pela Suframa, nos leva a concluir que os principais setores que movimentam a nossa economia continuaram crescendo. Como destaque, o segmento Eletroeletrônico, fortemente influenciado pela produção e venda dos bens de informática, contabilizou faturamento de R$ 17,869 bilhões, o que representa crescimento de 18,21% em relação ao mesmo período de 2012. Chama atenção nos indicadores do período, a excepcional produção dos tablets que superou em seis meses, em 576%, toda a produção de 2012: 1,138 milhão de unidades. Outro produto que ajudou a aquecer os seis primeiros meses do ano, o microcomputador, registrou crescimento
acima dos 40% tanto no formato desktop (computador de mesa), quanto no portátil (notebooks). Também cresceu a produção de condicionadores de ar, TVs e relógios. Entre os segmentos do PIM, também obtivemos crescimento no setor Termoplástico, que faturou R$ 1,789 bilhão, um crescimento de 11,45% em relação ao primeiro semestre de 2012; Mecânico, que faturou R$ 1.689 bilhão e cresceu 51,98%; Químico, R$ 4.632 bilhões e crescimento de 14,27%; e o segmento de isqueiros, canetas e barbeadores descartáveis, que fechou o semestre com faturamento de R$ 802,372 milhões (8,42% de crescimento). Infelizmente, ainda não conseguimos a total recuperação da produção de motocicletas, que decresceu 15% no período. A queda tanto na produção quanto nas vendas do polo de duas rodas motivou ao longo do primeiro semestre uma série de reuniões para tratar das alterações nos
ANTONIO CARLOS DA SILVA 1º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX 2º Vice-Presidente: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES Vice-Presidentes: NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO 1º Secretário: ENGELS LOMAS DE MEDEIROS 2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO 1º Tesoureiro: JONAS MARTINS NEVES 2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA
Presidente do Sistema FIEAM
Processos Produtivos Básicos (PPBs), com a participação de todos os representantes dos sindicatos e associações envolvidos com o segmento. Esses indicadores positivos, que passam ainda pelo faturamento de R$ 37,2 bilhões, 11,45% acima do registrado no ano passado, nos dão esperança de uma retomada firme do crescimento da produção e das vendas do nosso Polo Industrial até o final do ano. Esperamos que o segundo semestre confirme e mantenha esse desempenho não apenas da nossa indústria mas de todos os setores da indústria nacional.
Expediente
Diretoria Presidente:
Antonio Carlos da Silva
Diretores: FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA Conselho Fiscal: Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES Delegados representantes junto ao Conselho da CNI Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO
Ano VII • nº 72 • julho • 2013
Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
PUBLICIDADES Mary Martins e Andrea Ribeiro CAPA Andrea Ribeiro FOTOGRAFIAS Comunicação
Energia limpa Energia demais qualidade a indústria parapara a indústria FN72.indd 1
26/08/2013 17:54:41
Revista editada pelo Sistema FIEAM DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM REDAÇÃO Ademar Medeiros - MTE 289/AM Evelyn Lima - MTE 151/AM Mário Freire - MTE 092/AM Cássia Guterres Cristiane Jardim Vanessa Damasceno DIAGRAMAÇÃO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM
O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores. Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br Acesse /sistemafieam @fieam /user/fieam
Tiragem desta edição: 2.300 exemplares Impressão: Grafisa
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Destaques
‘Padaria Gourmet’ muda perfil do segmento no país Graças ao novo modelo de “padaria gourmet”, em que padaria não vive só de pão, o segmento vem experimentando um crescimento significativo em todo o Brasil. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira, hoje, o setor é representado por 64 mil padarias com faturamento anual de R$ 70 bilhões e geração de 800 mil empregos diretos.
Pereira esteve em Manaus, no final de junho, para participar da 63ª convenção do segmento e da 1ª Feira Amazonense de Panificação. Mais de 300 empresários locais e de outros Estados prestigiaram o evento, onde foi eleito o novo presidente da Abip, José Batista, cuja posse estava definida para o mês de agosto. Apesar de não ter acompanhado o crescimento de 12% do Brasil, o Amazonas
Convenção e feira atraíram mais de 300 empresários do setor
cresceu 10% no ano, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Amazonas (Sindipam), Car-
los Azevedo. O Estado possui 1,3 mil panificadoras e gera 14 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.
Mais qualidade na área de confecção Estudantes e profissionais de confecção receberam informações sobre o uso adequado de máquinas de costura e acessórios em palestra das consultoras da Cavemac – Industrial e Comercial de Máquinas Importadora e Exportadora Ltda, Marta Sales e Marineide Vasconcelos. A promoção foi do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf-AM), em parceria com o SENAI Amazonas e Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Para o presidente do Sindconf, Engels Lomas de Medeiros, o intuito da palestra foi dar mais oportunidades para as empresas conhecerem os benefícios oferecidos pela Cavemac, para melhorar o desempenho e dar mais qualidades para a área de confecção. A estudante Zuleide Gama, aluna do SENAI no curso de modelista, oferecido pelo Programa Nacional de acesso ao En-
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a maior, pela variedade e quantidade de peças e acessórios: são mais de 180 mil peças. O gerente da Escola SENAI de Ações Móveis e Comunitárias (ESAMC), Teodório Filho, explicou que esse é um bom momento para o ramo da confecção, Alunos do SENAI têm aula prática sobre o uso das máquinas de costura e que a palestra sesino Técnico e Emprego (Pronatec), disse ria significativa. “Faz melhor quem tem que a palestra foi uma oportunidade de as melhores ferramentas, pois com bons complementar o que está aprendendo equipamentos a produção será em grande escala e com qualidade”, disse ele. nas aulas. Para mais informações sobre a CaveHá mais de 37 anos, a Cavemac comercializa peças e acessórios para máqui- mac, o contato pelos telefones (11) 2171nas de costura industrial, e, pela sua lo- 9222 ou (11) 3226-9222, email vendas@cagística e organização, é empresa modelo, vemac.com.br, ou acesse www.cavemac. reconhecida mundialmente, além de ser com.br.
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epois de certificar cerca de 500 alunos no município de Carauari, a 782 quilômetros de Manaus, o barco-escola Samaúma deu uma esticada, em julho, até o distrito de Nazaré, no rio Madeira, a 170 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia, onde deve oferecer certificação para mais 400 alunos. Nos últimos 34 anos, o SENAI Amazonas, em parceria com a Petrobras e prefeituras municipais, tem levado a educação profissional a cidades e comunidades não só do Amazonas, mas também do Pará, Acre, Rondônia e Roraima, com a certificação de 46 mil alunos em 57 municípios.
SENAI prepara terreno para o ISI Técnicos do SENAI Amazonas reuniram-se, em 9 de julho, com empresários do Polo Industrial de Manaus (PIM) para identificar a demanda do segmento na área de microeletrônica. De acordo com o coordenador de Inovação e Tecnologia do SENAI/AM, Marcelo Aguiar, no Workshop Industrial em Microeletrônica foram identificadas as necessidades por tecnologia, equipamentos, treinamentos e automação microeletrônica nos processos produtivos do PIM. A análise do material coletado contribuirá com a implantação do Instituto SENAI de Inovação (ISI). Com o do Amazonas, são 25 ISIs em construção em todo o país a partir de uma ação da Confederação Nacional da Indústria, coordenada pelo SENAI com objetivo de apoiar a competitividade da indústria brasileira. O projeto total do ISI em Microleletrônica do SENAI/AM terá um custo de
Gestores do SENAI durante o workshop
R$ 37 milhões, direcionados em obras, equipamentos, contratações e capacitações. Um prédio de 1.500 m² será erguido em área do Clube do Trabalhador, onde a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) pretende construir um complexo de estudo e pesquisa, abrangendo unidades de educação básica e profissional e o ISI.
Alunos do Vira Vida participam de caminhada Caracterizados de super-heróis, 25 alunos do Projeto Vira-Vida, do SESI, participaram, em junho, da Caminhada do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A caminhada começou no Centro de Convivência Magdalena Arce Daou e se dirigiu à sede da Prefeitura Municipal de Manaus, no bairro Compensa, na zona Oeste. Para a pedagoga do projeto Vira-vida, Márcia Silva, a caminhada é de suma importância para conscientizar adolescentes e jovens sobre seus direitos e deveres diante da sociedade. “Quando você tem um caso de exploração de trabalho infantil, é porque os pais foram explorados, os irmãos mais velhos também e vira um ciclo, então quando se toma consciência, há novo posicionamento e o ciclo se rompe”.
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Energia
Gás natural é alternativa energética para o Amazonas Chegada de turbina e gerador acelera processo de construção da Usina Termelétrica Mauá 3, que tem previsão de estar em pleno funcionamento em 2015
A
Eletrobrás/Amazonas Energia acaba de concluir mais uma etapa do projeto de oferecer o gás natural como a melhor alternativa energética do Amazonas, sobretudo para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). No início de agosto, a concessionária recebeu a primeira das três turbinas e geradores que serão instalados na Usina Termelétrica (UTE) Mauá 3, obra localizada no bairro Mauazinho, na zona Sul. A turbina, pesando 200 toneladas, e o gerador, de 238 toneladas, vieram de Charlotte, Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde foram fabricados pela empresa Siemens. Os equipamentos de alta tecnologia são utilizados em países desenvolvidos como alternativa de energia derivada de petróleo e carvão mineral. A turbina e o gerador custaram R$ 180 milhões e têm capacidade para gerar 187,5 MW, consumindo em média 300 mil metros cúbicos (m³) de gás natural por dia.
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Segundo o diretor de Geração, Transmissão e Operação da Amazonas Energia, Tarcísio Rosa, o equipamento fará parte da maior usina termelétrica da região Norte que operará em ciclo simples, com duas turbinas produzindo energia a partir do gás natural, e em ciclo combinado, na utilização de gás e vapor, com previsão de seu pleno funcionamento em 2015. O custo total, entre equipamentos e constução da UTE está orçado em R$ 1,1 bilhão, com capacidade in stalada de 583 MW. Tarcísio declarou que o plano de trabalho da concessionária, desde 2008, é o mais representativo das distribuidoras de energia do país. A afirmação do diretor da Eletrobras Amazonas Energia é confirmada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo dados da entidade, no período de 2010 a 2012, a média de investimento das distribuidoras brasileiras foi de cerca de R$ 500 por consumidor, para um mercado de 70 milhões de consumidores cadastrados. A Eletro-
Gasoduto Coari-Manaus Trajeto do gasoduto, com seus 661 quilômetros, do início, em Urucu/Coari, até Manaus, passando por Codajás, Anori, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. FONTE:Petrobras
Estamos aproveitando o que temos em abundância, tornando a matéria-prima do gás em energia limpa. Com isso, podemos ter em curto prazo a vinda de indústrias químicas ao PIM JOSÉ MELO
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bras Amazonas Energia investiu R$ 2.490 por consumidor para um total de 700 mil consumidores registrados em sua base comercial. “Foram investidos R$ 13 bilhões em geração e distribuição de energia no Brasil para atender 70 milhões de brasileiro, enquanto a Amazonas Energia investiu R$ 800 milhões para suprir a demanda de 700 mil amazonenses, o investimento cinco vezes maior já realizado no país por consumidor”, comparou Tarcísio. Exploração Em 2011, a concessionária assinou um contrato com a Petrobras para o fornecimento de 6 milhões de m³ de gás natural durante 20 anos. A exploração deste gás é feita pela estatal no parque petrolífero de Urucu e é transportado até a capital pelo gasoduto Urucu-Coari-Manaus. De acordo com o diretor de Geração, Transmissão e Operação, com a ampliação da geração de energia elétrica a gás, as usinas térmicas a óleo devem ser desligadas. A proposta é que a conversão do óleo combustível e diesel para o gás esteja concluída até o final deste ano. Tarcísio ressalta que a nova matriz energética do Amazonas trará maior segurança no amplo fornecimento, distribuição e consumo pelos clientes, trazendo benefício também à concessionária ao reduzir o custo da produção desta energia. A redução de valores não impacta diretamente o consumidor local, pois a tarifa cobrada é rateada no Brasil, tornando este benefício pequeno devido o fracionamento desta distribuição. “Segurança é o principal benefício para a indústria e a sociedade no consumo da energia a gás natural. Esses novos investimentos visam assegurar energia elétrica sem interrupções caso ocorra incidência de fenômenos naturais, aos quais o Amazonas é vulnerável, bem como o aproveitamento das reservas de gás”.
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O vice-governador José Melo recebe informações do diretor da Eletrobrás, Tarcísio Rosa, sobre o novo equipamento, ao lado do diretor de Comunicação do Sistema FIEAM, Paulo Pereira
Caminho para a diversificação Na avaliação do vice-governador do Amazonas, José Melo, o gás natural é um dos caminhos certos para que o Polo Industrial de Manaus tenha uma diversificação de atividades. “Estamos aproveitando o que temos em abundância, tornando a matéria-prima do gás em energia limpa. Com isso, podemos ter em curto prazo a vinda de indústrias químicas ao PIM, utilizando o gás no agronegócio, e, em médio prazo, na implantação de indústrias de fertilizantes”, vislumbrou Melo. O Amazonas possui potencial relevante de gás natural, estando entre as três principais reservas brasileiras de maior oferta do produto, as quais incluem as bacias de Campos (RJ), Espírito Santo (RJ) e Santos (SP). Melo destacou que além de Urucu e Juruá, já existem estudos que comprovam a existência de bacias de gás nos municípios de Carauari, Tefé, Silves, Itapiranga e Rio Preto da Eva. O vice-governador lembrou que para maior aproveitamento dessas reservas é importante que iniciativas públicas e privadas apostem mais em estudos aprofundados não
somente no gás como matriz energética, mas também incluir essa mistura de hidrocarbonetos leves em estado gasoso como matéria-prima no processo produtivo do PIM. Países como Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá e Japão utilizam o gás em outros segmentos econômicos, como o agronegócio, sendo aproveitado para o controle de temperatura das estufas, aquecimento de água, higienização de ares de criação, chamuscagem de pele de animal, e combate a pragas e ervas daninhas nas plantações. Os segmentos químico, petroquímico, papel, celulose, metalúrgico, plástico, borracha e farmacêutico podem aproveitar o gás no fornecimento de calor, como redutor siderúrgico e na geração de força motriz, entre outras funcionalidades. “O gás é uma enorme bênção para nós e pode ser ainda mais caso seja aproveitado como subproduto para atrair novas indústrias ao PIM. Desta forma poderemos sonhar com um Amazonas maior e mais desenvolvido, criando mais emprego e renda para nossa população”, ponderou o vice-governador.
Oferta de energia cresce 60% em 5 anos Nos últimos cinco anos, a Eletrobras Amazonas Energia aumentou a oferta de geração de energia na capital e interior, ampliou e modernizou as subestações e redes de distribuição elétrica para atender a demanda residencial, comercial e industrial do Estado. Só em geração, o Amazonas teve um crescimento de 60%, saindo de 1.236 MW para 1.993 MW de energia. Na capital, o crescimento foi de 1.000 MW para 1.600 MW. Segundo Tarcisio Rosa, a concessionária intensificou os investimentos em novas usinas e nas redes de distribuição para evitar o racionamento de energia elétrica. De 2009 a 2013, a Eletrobras Amazonas Energia trabalhou em 22 subestações de 69/13.8KV, saindo de 182 para 241 alimentadores de 13.8KV. Atualmente, conta com a construção de mais 73 alimentadores para atender a Região Metropolitana, o que representa um percentual de 70% de crescimento do quantitativo de equipamentos. Na conversão das unidades geradoras para utilização do gás natural, a concessionária alcançou neste ano, o total de 575 MW, com um consumo médio de 3,5 milhões de m³ de gás. Isso significa dizer que aproximadamente
50% da energia produzida em Manaus para uma carga média de 1000MW são gerados a partir de fonte de energia menos poluente. Gás no PIM A empresa responsável pela distribuição do gás natural de Urucu para a capital é a Companhia de Gás do Amazonas, a Cigás, que, atualmente, atende a oito indústrias do Polo Industrial de Manaus, além do Shopping Ponta Negra, recém-inaugurado. De acordo com o diretor-presidente da Cigás, Lino Chíxaro, cerca de R$ 100 milhões serão destinados às obras para que o gás chegue às indústrias. O investimento visa ampliar a distribuição do gás natural no PIM, promovendo acesso à energia limpa, bem como a possibilidade de outras utilizações desta matéria-prima na produção fabril. A Cigás disponibilizará 5 milhões de m³ por dia para o consumo. A ampla oferta da Companhia ao setor produtivo amazonense será em 2015 e espera-se a diminuição de custo de produção e aumento de competitividade da produção industrial local. •
Vantagens da energia limpa A troca do óleo combustível pelo gás natural na geração de energia elétrica traz um forte apelo ambiental que contribui com a ação da sociedade na preservação das riquezas naturais da Amazônia. Tarcísio Rosa ressalta que a mudança da matriz energética diminuirá o transtorno do tráfego de caminhões que transportam o óleo nas vias públicas, além da confiabilidade no transporte do gás feito por tubulações subterrâneas. Outras vantagens ambientais comparadas aos derivados de petróleo na geração de energia são: baixa presença de contaminantes, combustão mais limpa, menor emissão de CO2 por unidade de energia gerada, sabendo que cerca de 20 a 23% a menos do que o óleo combustível, não requer estocagem, eliminando os riscos do armazenamento de combustíveis, e maior segurança caso ocorra vazamento já que o gás é mais leve que o ar e se dissipa rapidamente pela atmosfera.
Projeto da UTE Mauá 3 (detalhe) e a fase atual da obra no bairro Mauazinho, na zona Leste
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Homenagem
Mariano Félix recebe medalha no grau de Cavaleiro Em solenidade no Teatro Amazonas, vicepresidente da FIEAM é agraciado pelo Tribunal Regional do Trabalho, junto com outras 70 personalidades amazonenses, com a Ordem do Mérito Judiciário
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O vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix recebe condecoração do TRT-AM, em cerimônia realizada no Teatro Amazonas
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1º vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix, foi um dos agraciados com a medalha da Ordem do Mérito Judiciário entregue pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região, em solenidade realizada no Teatro Amazonas, em 7 de junho. Félix é presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, e recebeu a medalha na categoria de Cavaleiro. De acordo com o presidente do TRT, desembargador David Alves de Mello Junior, Athaydes recebeu a homenagem “pela contribuição que tem dado à nossa sociedade e à Justiça do Trabalho de forma direta ou indireta, atuando no segmento metalúrgico”. Félix recebeu a homenagem das mãos da desembargadora Valdenira Tomé. “Athaydes é uma pessoa humana que cuida daqueles que precisam e, por isso, o escolhi para ser homenageado por mim com a Medalha Ordem do Mérito Judiciário”, disse a desembargadora. Para Athaydes Mariano Félix, foi uma honra receber a importante homenagem, mais ainda por tão bela solenidade realizada no Teatro Amazonas, um dos mais importantes templos dedicados à arte em todo o Brasil. “Recebo esta condecoração em nome do setor metalúrgico que gera 50 mil empregos neste Estado e é responsável por 40% do faturamento do PIM”, discursou Félix. Dentre os demais homenageados do TRT, estavam o ex-prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, o atual, Arthur Neto, o presidente do Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas, Amaury Carlos Blanco, dentre outros. A insígnia, instituída em 2004, agracia personalidades que tenham se destacado por suas atividades em prol da Justiça do Trabalho ou prestado relevantes serviços à cultura jurídica e à Justiça, em especial ao TRT. Em seis graus – Grão-Colar, Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro -, a lista de agraciados foi escolhida pelos desembargadores do pleno da corte trabalhista.•
O presidente do Grupo Bemol, Jaime Benchimol (esquerda), com o secretário adjunto da ONU, Thomaz Stelzer
Prêmio Samuel Benchimol é homenageado pela ONU O presidente do Grupo Bemol, Jaime Benchimol, recebeu, do secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Thomaz Stelzer, a placa Honoris Causa pelos dez anos do Prêmio Samuel Benchimol, iniciativa que incentiva o desenvolvimento sustentável na região amazônica. Ao agradecer a distinção na solenidade, realizada no início de junho, na sede da FIEAM, o empresário disse que o Amazonas precisa explorar sua vocação estratégica, para citar como verdadeiras vantagens comparativas as riquezas naturais e o potencial turístico da região. “O Amazonas arrecada U$$ 2 mil per capita, valor equivalente a arrecadação per capita do estado da Califórnia, um dos mais ricos do Estados Unidos”, disse o gestor, para argumentar que é necessário investir em atrativos turísticos sem abrir mão da Zona Franca. Benchimol questionou: onde estão os nossos museus, jardins botânicos, aquários, orquidários, jardins zoológi-
cos, tudo aquilo que aqueles que visitam a Amazônia esperam encontrar?”, ao citar a falta infraestrutura e projetos. “Temos todos os fatores combinados a nosso favor. Temos que tomar as rédeas do nosso futuro que está em nossas mãos”, alertou. O encontro na FIEAM deu-se em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Thomas Stelzer expôs algumas iniciativas que a ONU desenvolve para preservar a paz mundial, e uma delas é o trabalho da “Cooperação pelas Águas”, tema tratado no decorrer deste ano. Na solenidade, a FIEAM foi reconhecida com a placa Honoris Causa de Utilidade Pública. A placa foi entregue ao presidente em exercido da instituição, Athaydes Mariano Félix, que reafirmou o interesse de continuar firmando parcerias que envolvam medidas de preservação do meio ambiente, da permanência de um polo econômico sustentável, da valorização social e de benefícios para a população amazônida.
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Indústria
Novamed inaugura polo f Indústria multinacional tem projeto aprovado no CAS e no Codam para instalar fábrica de medicamentos no Polo Industrial de Manaus
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Novamed, empresa do grupo de origem brasileira EMS Pharma, teve aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), em julho, agora em definitivo, o projeto de implantação de sua unidade no Polo Industrial de Manaus (PIM). Líder do setor famacêutico no Brasil, a nova planta do grupo deve entrar em atividade em janeiro de 2014, o que vai inaugurar um polo para este segmento com os incentivos da Zona Franca de Manaus. Desde 2010, a EMS tem planos de se instalar no PIM. Em fevereiro de 2011, submeteu o primeiro projeto ao Codam, então com investimento de R$ 187 milhões e previsão de gerar 320 empregos diretos. Aprovado, o projeto acabou na geladeira até o final do ano passado quando foi concluído, em Brasília, o Processo Produtivo Básico (PPB) para medicamentos sólidos. Já aprovado pelo Conselho de Administração da Suframa (CAS) e pelo Codam, o novo projeto da EMS prevê a produção de 18 bilhões de comprimidos por ano, com um investimento de R$ 360 milhões e a geração de 350 empregos diretos e 150 indiretos. De acordo com a assessoria da Suframa, com a aprovação do PPB para a área farmacêutica criou-se um novo polo industrial na região o que propiciará maior atração de investimentos e geração de emprego e renda. A portaria interministerial nº 241 lista as etapas fabris que devem ser realizadas, cria um critério de pontuação
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para que as empresas possam gozar dos incentivos do modelo Zona Franca e traz um anexo com a lista dos 189 produtos liberados para a produção no PIM. Ainda de acordo com a Suframa, entre as dez etapas fabris que devem ser cumpridas estão a análise físicoquímica e microbiológica tanto dos insumos quanto do produto acabado e a impressão da bula e das embalagens primária e secundária. A lista de produtos liberados para fabricação no PIM vai do básico ácido acetilsalicílico e paracetamol ao citrato de sildenafida, usado contra disfunção erétil, e o antirreumático ibuprofeno. Em entrevista divulgada pela
assessoria da Suframa, o presidente do conselho da EMS, Carlos Sanchez, afirmou que a empresa detém 15% do mercado nacional. “Teremos aqui possivelmente a fábrica mais moderna do mundo. Viemos para Manaus para aumentar a competitividade nacional e internacional”, disse ele na ocasião. Primeiro laboratório brasileiro a produzir, no país, medicamentos genéricos, disponibilizando inclusive versões de importantes produtos que tiveram a patente quebrada, o Grupo EMS tem capacidade para produzir mais de 480 milhões de comprimidos/ ano em seus dois complexos industriais localizados em Hortolândia e São
farmacêutico no PIM Codam e CAS aprovam projetos Junto com o da Novamed, o Codam aprovou 101 projetos nas três reuniões do primeiro semestre, com investimentos fixos de mais de R$ 2 bilhões e previsão de gerar cerca de 5 mil empregos nos próximos três anos no Polo Industrial de Manaus. No Conselho de Administração da Suframa (CAS) foram aprovados, no primeiro semestre, 81 projetos com investimentos de mais de US$ 1 bilhão e a previsão de gerar 1.800 empregos. Entre os maiores investimentos aprovados pelo Codam despontam os projetos da Novamed, com R$ 360 milhões, o da Digibrás, com R$ 316,7 milhões, e o da Daikin do Amazonas, com R$ 252 milhões. Multinacional japonesa líder na produção de condicionadores de ar no Japão e na Europa, a Daikin chega para reforçar o polo de condicionadores de ar do PIM já integrado por outros gigantes como a LG, Samsung e Whirlpool.
Bernardo do Campo, em São Paulo. A empresa prevê que essa capacidade produtiva deve aumentar em 60% com o início das operações das fábricas de Manaus, Brasília e Jaguariúna (SP). Com um workshop de apresentação da empresa previsto para o início deste segundo semestre na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, a Novamed começou, em julho, a visitar universidades e outras instituições de pesquisas locais em busca de potenciais parcerias, principalmente no que diz respeito ao recrutamento de recursos humanos e capacitação profissional.• (Com informações das assessorias da Suframa e Seplan/AM)
Destaque do segmento eletroeletrônico, a produção de condicionadores de ar foi contemplada, ainda, com a aprovação de projeto da Philco, no valor total de US$ 9,6 milhões, da Ventisol da Amazônia, de US$ 2,7 milhões, e da Hitachi, de US$ 14,8 milhões. Essa retomada dos investimentos no setor de condicionadores de ar, de acordo com a Suframa, reflete as medidas de manutenção das vantagens de quem produz na ZFM ante os similares importados. Entre as novidades, a Komeco, do segmento de condicionadores de ar, teve projeto aprovado no CAS para a primeira linha de produção do aquecedor de água a gás instantâneo, com investimento fixo de US$ 888 mil; e a Bellvin Indústria e Comércio de Vinhos, que vai produzir bebidas, como catuaba e sangria, no município do Rio Preto da Eva, a 79 quilômetros de Manaus – com investimento de R$ 2.7 milhões.
Conselheiros do Codam reunidos na sede da FIEAM, em julho, avaliam projetos para o PIM
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Indústria
Jovens empresários na era das ‘startups’
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ma boa equipe de trabalho vale mais que um investimento alto na hora de começar um negócio. Essa foi uma das dicas de ouro da 4ª edição regional do Líder Norte, promovido em 27 de junho, em Manaus, pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). Realizado pela primeira vez em Manaus, o evento reuniu, no Auditório Gilberto Mendes de Azevedo, do Sistema FIEAM, participantes de todo o Brasil interessados em discutir novos modelos
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de negócios, voltados principalmente para área de tecnologia e inovação. “O grande entrave é achar que precisamos de dinheiro para colocar uma ideia em prática. O conceito ‘startup’ (no sentido literal, iniciar, pôr em movimento) é justamente ter empresa com custos de manutenção muito baixos, mas com grande potencial de lucros”, ensinou Guga Goerenstein, CEO e cofundador do Poup (www.poup.com. br), site que tem como prática devolver ao comprador parte do valor pago em compras on line. Para o empresário Gabriel Benarrós, fundador da startup Ingresse (www.
ingresse.com.br), página que facilita a compra de ingressos on line para qualquer tipo de evento, se você tiver uma ideia ruim e uma boa equipe, o negócio tem muita chance de dar certo. “Já uma boa ideia com uma equipe ruim, não”, pontuou o jovem empreendedor. A sintonia com o sócio também foi apontada por Gabriel como diferencial. “Deve-se ter muita afinidade de pensamento e divergência nas ideias”, filosofou o palestrante. ”Você tem que achar uma pessoa que saiba o que você quer, mas que tenha ideias e conhecimentos complementares aos seus. Assim as chances de crescer e
solucionar problemas são bem maiores”, sugeriu Benarrós. Para Guga Goerenstein, achar pessoas dispostas a arriscar novo negócio sem a certeza se irão realmente dar certo é muito difícil. “Nós vivemos num constante garimpo para achar gente Ser boa e que queira empreendedor empreender. As é andar numa pessoas preferem montanha russa. e s t a b i l i d a d e ” , (...) Nos dias em disse. que você estiver Um dos erros lá em cima do empreendedor, aproveite e tome segundo Guga, é fôlego para a não querer falar descida sobre seu negócio. GUGA “Se você não quer GOERENSTEIN falar por medo de copiarem sua ideia, já nem vale a pena investir. Quanto mais você fala mais tem chance de adquirir ideias e conhecer pessoas para ajudar”, disse. Ao falar sobre as dificuldades, os dois empresários concordaram que a vontade de desistir é recorrente, mas o apoio da família e da equipe é fundamental. “Ser empreendedor é andar numa montanha russa. Quanto mais cedo você descobrir isso melhor. Tem dias que você está lá em cima e tem dias que você
A Conaje promoveu na sede da FIEAM a 4ª edição regional do Líder Norte
despenca. Nos dias em que você estiver lá em cima, aproveite e tome fôlego para a descida”, falou. O painel foi mediado pelo jornalista, profissional de marketing, consultor e empresário Marcelo Pimenta, que também mediou o painel “Como as entidades enxergam e apoiam as startups?”, com Luiz Guilherme Manzano (Endeavor), Leonardo Lacerda (Anjos do Brasil) e o coordenador da Carteira de Projetos de Startups pelo
Sebrae Nacional, Marcio Brito. A programação seguiu com palestra de Antônio Anastácio Cavalcante Neto, criador da página www.parceira.com, que explicou o que são e como funcionam as startups. Para encerrar, o jornalista Marcelo Pimenta falou sobre “Canvas e Designer Thinking – Modelando o negócio e gerindo problemas”. O evento contou com a presença do vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix, do prefeito Arthur Neto, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra Filho, o diretor-superintendente do Sebrae-AM, Nelson Rocha, presidente da Conaje, Rodrigo Paolilo, e a presidente do Conselho de Jovens Empreendedores do Amazonas (CJE/ACA), Ananda Carvalho. “É uma satisfação para o Sistema FIEAM receber pela 1ª vez em Manaus, o encontro regional do Líder Norte, que reuniu jovens empresários interessados em inovação, em criação e gestão de empresas”, disse Athaydes Mariano Félix.• Gabriel Benarrós (esquerda) e Guga Goerenstein debateram o novo momento para jovens empreendedores
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Logística
Novos eixos são promessa de mais integração na região Norte Projeto Micro-Eixos de Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá foi submetido a empresários da indústria e comércio, lideranças sindicais e gestores públicos em reuniões na sede da FIEAM
M
elhorias na Hidrovia do Madeira e na integração rodofluvial ManausBelém-Brasília estão entre os itens prioritários definidos no Projeto Micro-Eixos do Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá, apresentado como meio para elevar a competitividade da região. O novo modelo aprofunda e atualiza o Projeto Norte Competitivo, lançado em 2011 para desenvolver macro-eixos dos nove Estados da Amazônia Legal. À frente dos dois projetos, a empresa Macrologística promoveu entre junho e julho, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), discussões sobre os nove micro-eixos de integração priorizados (ver quadro), o que inclui melhorias na BR-364, que liga o Acre a São Paulo; a duplicação da Estrada de Ferro Carajás, nos Estados do Pará e Maranhão; expansão da ferrovia Ferronorte (MT); da Hidrovia Paraguai/Paraná, que envolve além do Brasil e Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina; Hidrovia do Juruena/Tapajós (PA/MT); Rodovia BR-163 via Miritituba (PA); e finalmente, integração Rodovia BR-
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242 com a Hidrovia do Tocantins. Responsável pela apresentação das propostas e de como se dará o estudo e mapeamento de portos, aeroportos e terminais públicos e privados, o diretor da Macrologística, Olivier Girard, disse que o Amazonas tem uma malha rodoviária que se encontra, em muitos casos, em estado precário, o que faz com que o estado dependa muito da navegação fluvial para a sua interconexão. “O Amazonas tem um modelo de desenvolvimento que vem protegendo a floresta com a consolidação de um grande pólo industrial, mas que vem sofrendo com a escassa infraestrutura logística do Estado”, destacou o consultor. Olivier explicou como se dará o levantamento das informações quanto ao transporte das seis cadeias produtivas de maior relevância da balança comercial do Amazonas. Os dados serão compilados para compor três diagnósticos: infraestrutura da logística do transporte de cargas, pólos produtivos e de potenciais e suas vias de escoamento, e projeto estratégico de microeixos aos três Estados em estudo. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, destacou a relevância da iniciativa
originada em 2009 pela Ação Empresarial Pró-Amazônia, formada por presidentes das federações da indústria dos Estados da região. Segundo Silva, o estudo piloto teve o propósito de integrar e alavancar a competitividade através de um planejamento estratégico do transporte e logística de cargas dos Estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Amazonas. Para o vice-presidente e coordenadorgeral das Coordenadorias Operacionais da FIEAM, Nelson Azevedo, ao contrário do primeiro, espera-se que o projeto atual contemple o Amazonas com opções que de fato beneficiem o carro chefe da economia do Estado e do Norte que é o Polo Industrial de Manaus (PIM). A indústria amazonense merece um estudo aprofundado que venha apresentar soluções para o escoamento de sua produção para o Brasil e o exterior”, disse Azevedo.
O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, conduz reunião de apresentação do projeto “Micro Eixos”, com o diretor da Macrologística, Olivier Girard (direita) e o secretário da Seplan, Airton Claudino (centro)
BR-319 O diretor-executivo do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Ronaldo Mota, reagiu à não inclusão da BR-319 (Manaus-Porto Velho) no projeto Micro-Eixos do Transporte de Cargas dos Estados do Pará, Amazonas e Amapá. “Não desistimos da BR-
319 que não foi contemplada mais uma vez. Trata-se de uma via de grande importância para o PIM, bem como para fortalecer a economia complementar do Amazonas e Rondônia”, alertou. Segundo Olivier Girard, a BR-319 de fato não compôs o projeto Norte Competitivo e também não foi indicada para o estudo
atual por requerer um alto investimento. “A Macrologística segue as novas tendências da política brasileira na redução do custo logístico de transporte de cargas, no qual vem se adotando cada vez mais os modais hidroviários”, disse ele. Para o primeiro-secretário do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Amazonas (Setcam), Raimundo Augusto Neto, o impedimento colocado em xeque na discussão sobre a revitalização da BR 319 é descabido, pois, segundo ele, o gargalo representado pelo limite de peso de cargas na rodovia, acima de 15 toneladas, pode ser resolvido com inovação e tecnologia. Estão envolvidas com o projeto a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Pará (SIDC), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan) e Secretaria da Indústria Comércio e Mineração do Amapá (Seicom).•
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Arquivo Exército Brasileiro
Logística
Exército discute logística da Amazônia em simpósio Comando da 12ª Região Militar promove evento para tratar dos problemas da logística interagências da Amazônia Ocidental
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ratada como um dos principais Gilmar Freitas, a questão (logística) exige problemas que impactam no planejamento, discussões, debates e reflexão desempenho econômico do sobre os problemas e suas soluções. “Seja País, com aumento dos custos para defender o nosso país e as riquezas operacionais na distribuição da produção naturais, seja para alcançar mercados e riqueza gerada, a logística interagências da Amazônia Ocidental foi discutida pelo Exército Brasileiro, por intermédio do Comando da 12ª Região Militar, no auditório Gilberto Mendes de Azevedo do SESI Amazonas. O evento foi aberto pelo comandante da 12ª Região Militar, General-de-Divisão Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, que apresentou o simpósio como ideia para integrar esforços no intuito de conseguir algumas soluções, principalmente para o interior do Amazonas. “O Exército Brasileiro, com a sua estrutura já existente em alguns polos, como São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tefé e Barcelos, pode servir de base para o desenvolvimento e ser o multiplicador para que a gente possa interiorizar o desenvolvimento no nosso Amazonas”, disse Theophilo. O comandante da 12ª Região Militar, general Para o assessor econômico da FIEAM, Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
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nacionais ou internacionais com nossa produção, a infraestrutura e a logística de transportes são essenciais, principalmente na nossa região, cujas dificuldades de acesso nos desafiam continuamente, seja pelas condições precárias das vias, ou pelas condições climáticas e geográficas”. O simpósio contou com a participação do secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), Airton Claudino, que fez palestra sobre o modelo Zona Franca de Manaus, mostrando os principais motivos da existência do modelo no Estado do Amazonas. Claudino também abordou o Projeto Norte Competitivo, desenvolvido pelo Sistema Indústria e que tem, entre outros objetivos, o planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de cargas da Amazônia Legal. Com o evento, o Exército Brasileiro buscou incentivar a interação com outras instituições públicas e privadas, civis e militares, na busca de soluções logísticas na Amazônia Ocidental, compartilhando conhecimentos e experiências para identificar e conciliar interesses mútuos.•
Gestão
O presidente da Natura, Alessandro Carlucci, durante o evento
Armando Ennes, da Whirlpool, falou da missão da empresa
Lideranças sustentáveis O escritor e editor Ricardo Voltolini promove em Manaus, com apoio do SESI, o 4º Encontro Regional Plataforma Liderança Sustentável
“M
anaus está à frente das idéias sustentáveis, pois concilia o desenvolvimento econômico com o respeito à floresta e sua biodiversidade, resultado do modelo Zona Franca que incentiva a indústria a resguardar 98% de sua área verde”, declarou o presidente da Revista Ideia Sustentável e autor do livro “Conversas com Lideres Sustentáveis”, Ricardo Voltolini. Voltolini esteve em Manaus para promover o 4º Encontro Regional Plataforma Liderança Sustentável com o apoio do SESI Amazonas e outros parceiros. De acordo com Ricardo, a política do Estado do Amazonas está afinada com as melhores práticas de sustentabilidade do planeta. O autor apresentou 10 exemplos de líderes empresariais que compõem os capítulos do livro Conversas com Líderes Sustentáveis, destacando as iniciativas de transformação dessas empresas através de idéias sustentáveis. “O objetivo é inspirar líderes da Região para realizar mudanças que busquem a
sustentabilidade. Mostramos como esses empresários de referência agem, pensam e em que valores acreditam”, informou Voltolini. O presidente da Natura, Alessandro Carlucci, e o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool para a América Latina, Armando Ennes do Valle Jr, compartilharam experiências da gestão sobre o tripé de ações econômicas, ambientais e sustentáveis. De acordo com Carlucci, a Natura leva um nome marcante que apresenta de imediato o que é a empresa e seus valores. Ele disse que a maior ênfase dos negócios empresariais é utilizar de forma inovadora e sustentável o potencial da biodiversidade da Amazônia em seus produtos. “Estamos na região amazônica há mais de 30 anos e procuramos trabalhar com os ingredientes locais, da natureza, em parceria com o povo daqui, agregando em nossos produtos um pouco da sabedoria e da essência dessas comunidades regionais. Essa ação ganhou reforço desde o ano passado quando inauguramos um Centro
de Inovação em Manaus que veio para estimular e integrar a inovação no Estado do Amazonas e do Norte do Brasil”, explicou. Armando Ennes, por sua vez, revelou que a liderança da Whirlpool acompanha os processos de produção e fornecimento de matéria-prima e insumo, identificando se há algum problema que fuja à sua política de responsabilidade social e ambiental. A medida oportuniza a reeducação de empresários e líderes, tornando-os gestores que contribuem com a missão da Whirlpool no mercado, fortalecendo seu valor, fazendo a diferença e sendo sustentável. Como exemplo de sucesso de uma das iniciativas da Whirlpool, Armando apresentou o projeto Consulado da Mulher que já beneficiou mais de 30 mil mulheres de baixa renda, capacitando-as para exercer uma atividade profissional que lhe devolva a autoestima e que tenha retorno financeiro à renda familiar. O evento foi encerrado com workshop, onde os líderes apresentaram idéias que auxiliem empresas a repensar seus negócios de maneira lucrativa e inovadora.•
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Educação profissional
Gratuidade no SENAI chega a mais de 5.700 SENAI fecha o primeiro semestre do ano com resultado favorável ao cumprimento da meta da gratuidade instituída pelo governo
A
meta para este ano, de utilizar 62% da contribuição compulsória da indústria em cursos gratuitos, está perto de ser cumprida. Pelo menos é o que indica o número de matrículas nos cursos gratuitos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) no primeiro semestre: 5.725, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O esforço está alinhado ao Programa Educação para a Nova Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e atende ao Decreto nº 6.635, de novembro de 2008, da Presidência da República. Até o final do ano, o SENAI Amazonas deve atender a 12.601 alunos, jovens e adultos de Manaus e de outros municípios da região, em cursos profissionais gratuitos oferecidos nas quatro escolas da capital e nas agências instaladas nos municípios de Parintins (a 369 km de Manaus), Iranduba (25 km), Coari (237) e Itacoatiara (175), além dos municípios atendidos pelo barco-escola Samaúma. Em 2012, a proposta era o SENAI Amazonas empregar 59% da contribuição compulsória em gratuidade regimental, meta cumprida, com as 7.480 matrículas efetuadas nesse ano em cursos de aprendizagem, qualificação, habilitação
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técnica e aperfeiçoamento. Este número de atendimento representou um aporte de recursos superior a R$ 20 milhões, investimento que retornou à indústria em forma de recursos humanos capacitados e aptos a serem contratados. Os alunos certificados pelo SENAI em uma qualificação profissional passam no mínimo 160 horas em formação dentro da instituição. A Metodologia SENAI de Educação Profissional praticada no Amazonas visa preparar o aluno a exercer atividades industriais com padrões competitivos mais elevados e que possam contribuir para a modernização tecnológica e o desenvolvimento do Estado. Em 2012, o SENAI Amazonas lançou 20 cursos atualizados de acordo com as necessidades apontadas pelo Polo Industrial de Manaus (PIM), com destaque para as áreas de web design, programador de dispositivos móveis, reparador de redes, cabos e equipamentos eletrônicos, segurança no trabalho, inspeção da qualidade, entre outros. Segundo o diretor regional do SENAI, Aldemurpe Barros, a instituição deve promover educação profissional entre 2013 e 2014 para 55.490 jovens e adultos, contribuindo com o planejamento estratégico da CNI para transformar o cotidia-
No primeiro semestre, o SENAI Amazonas recebeu 5.725 matrículas nos cursos profissionais
no das empresas brasileira, tornando-as mais competitivas e inovadoras. “O SENAI Amazonas está formando profissionais com as competências esperadas pelas empresas que aqui estão instaladas, garantindo a atualização de
As vagas gratuitas recebem aporte de recursos que aumenta gradativamente a cada ano
Educação para a Nova Indústria e o Decreto 6.632
Aluno do SENAI no curso de hidráulica, uma das modalidades da área da construção civil
ementas e currículos, bem como ouvindo o público de interesse para que desta forma possamos garantir a perfeita sintonia entre o que estamos oferecendo e o que a indústria precisa para se tornar competitiva”, disse Aldemurpe. •
O programa Educação para a Nova Indústria foi uma ação para o desenvolvimento sustentável do Brasil em resposta às novas demandas do mercado globalizado. Lançado em 2007 pela CNI para ser desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo SENAI, com oferta de educação básica e educação profissional, o programa teve desdobramento a partir da definição do Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015, prospectando um incremento de cerca de 30% na formação básica e profissional de alta qualidade até 2010. Com o programa encerrado, suas metas tiveram continuidade com a homologação do Decreto nº 6.632, em novembro de 2008, que atualizou o Regimento do SENAI, em especial o Artigo 8, que estabelece um cronograma para as vagas gratuitas. Até 2014, dois terços da receita líquida da contribuição compulsória devem ser destinados à gratuidade em cursos e programas de educação profissional. “§3º - A alocação de recursos para as vagas gratuitas deverá evoluir, anualmente, a partir do patamar atualmente praticado, de acordo com as seguintes projeções médias nacionais: I - 2009 dedicar 50% da contribuição compulsória a gratuidade;
II - 2010 dedicar 53% da contribuição compulsória a gratuidade; III - 2011 dedicar 56% da contribuição compulsória a gratuidade; IV - 2012 dedicar 59% da contribuição compulsória a gratuidade; V - 2013 dedicar 62% da contribuição compulsória a gratuidade; VI - 2014 dedicar 66,66% da contribuição compulsória a gratuidade”. A gerente de Educação, Tecnologia e Inovação do SENAI Amazonas, Sílvia Barros, disse que o Sistema S trabalhou em 2009 para atender às novas exigências e a forma correta de se adequar à nova demanda. Como estratégia, o Departamento Nacional do SENAI elaborou em 2010 uma RAMPA para o alcance da meta planejada, priorizando investimentos no aumento da capacidade da instituição em qualificar profissionais para desenvolver a competitividade da indústria. “A meta para 2014 é atingirmos o número de 43.049 matrículas com um total de 6.590 mil aluno/hora. Com certeza a meta é bastante ousada, mas com a entrada da Educação a Distância, das ampliações da nossa infraestrutura e das novas unidades temos confiança de que conseguiremos atingir os resultados propostos”, aposta Sílvia.
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Comércio exterior
A Apex-Brasil convidou empresários de vários países para conhecer o potencial da região
Rodada de Negócios se para produtos amazôni FIEAM promove Rodada de Negócios para apresentar a potenciais compradores estrangeiros produtos regionais dos segmentos de bebidas, comidas e cosméticos
V
inte e três empresas da região tiveram oportunidade de oferecer uma “provinha” de seus produtos, como guaraná, castanha e açaí, licor de camu-camu, perfumes e cremes corporais, a possíveis compradores do Canadá, Guatemala, México e Portugal, reunidos em Manaus, no final de junho, na Rodada de Negócios da Amazônia - Amazon Business Experience 2013, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria, por meio da Rede CIN (Centros Internacionais de Negócios) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), sob a
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coordenação local da FIEAM. Com participação de 25 empresários do Amazonas, Pará, Acre e Rondônia, representantes dos segmentos de alimentos, bebidas e cosméticos, a rodada tem como estimativa a geração de US$ 1,5 milhão nos próximos 12 meses, de acordo com a avaliação do analista de Gestão e Negócios da Apex-Brasil, Carlos Frederico Martins. O gerente executivo do CIN Amazonas, Marcelo Lima, explicou que o projeto Amazon Business segue a linha do Projeto Formula Indy e Projeto Carnaval, realizados em São Paulo e Rio de Janeiro, iniciativas coordenadas
pela ApexBrasil, CNI, Federações das Indústrias e Rede CIN. “É importante que o micro e pequeno empresário valorize a tipicidade dos produtos exóticos da Amazônia e dê início à internacionalização de seus negócios. Pretendemos perenizar o projeto Amazon Business na agenda da Apex, CNI e Rede CIN, dando visibilidade aos nossos produtos no exterior”, declarou Marcelo Lima. Licores e castanhas Para o diretor industrial da Sohervas da Amazônia, José da Silva Cabral, o
O empresário José da Silva Cabral, da Sohervas (direita), apresentou seus licores regionais
erve de vitrine icos
Marcelo Lima e equipe do CIN/AM (à direita) com representantes da Apex Brasil
encontro com potenciais compradores internacionais é a chance que a empresa de licores de frutas tropicais esperava para iniciar contatos com clientes estrangeiros e começar a exportar sua produção, que atualmente atende apenas Manaus. A Sohervas produz licores a partir de frutas regionais, como açaí, cupuaçu, camucamu, jenipapo e cacau. “Até o final do ano pretendemos triplicar nossa produção, com a fabricação de 60 litros de licores diários para atender o mercado local, formado por restaurantes e fabricantes de bombons, e também a demanda do consumidor europeu, americano e demais compradores do mundo”, disse Cabral. Já para o gerente administrativo da R. Bertulino, Rivaldo Araújo, a aceitação da castanha do Brasil pelo grupo de compradores foi tão grande que a produção de 2013 da empresa será repensada para suprir as propostas de encaminhar amostras para avaliação de mercado aos potenciais clientes estrangeiros. “Vislumbramos um retorno mensal em 2014 de US$ 110 mil, o que irá impulsionar nossa produção de 70 mil latas de castanha para 140 mil latas por ano”, revelou Araújo, ao destacar que a rodada de negócios superou suas expectativas em firmar contatos com compradores e retomar as exportações realizadas durante o ano de 2007. Além de licores e castanhas, bebidas, alimentos e cosméticos também foram apresentados na rodada. O comprador Flávio Ferreira, da empresa BR4Trade, do Canadá, foi um dos mais interessados nas polpas de frutas para atender o mercado canadense de frutas tropicais, dentre elas o açaí. Segundo Ferreira, o negócio da BR4Trade é importar e distribuir alimentos e polpas de frutas congeladas, contribuindo com a divulgação dos produtos brasileiros no mercado internacional. “Os brasileiros ainda não perceberam o potencial dos nossos produtos e esse mercado internacional tende a crescer, por isso retorno ao Amazonas para participar desta rodada de negócio com objetivo de conhecer novos produtos, ouvir novas ideias e identificar oportunidades e ampliar os negócios da BR4Trade”.•
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Saúde
Pilates e RPG na Clíni P
acientes que precisam corrigir postura corporal e eliminar tensões musculares, dores decorrentes de patologias, como hérnia de disco, artrose, pós-fratura e reabilitação. São cada dia mais numerosos os que buscam os benefícios proporcionados pela fisioterapia, seja ortopédica ou neurológica. Na clínica de fisioterapia do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), a média é de 20 pacientes iniciando tratamento a cada mês. Incluída entre os serviços de saúde oferecidos para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) e seus dependentes, mas também da comunidade em geral, a Clínica de Fisioterapia do SESI Amazonas atende na especialidade ortopédica, neurológica, RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, nos três turnos (manhã, tarde e noite). O fisioterapeuta do SESI, Jonathan Melo, disse que a fisioterapia vem sendo recomendada e usada com grandes benefícios pelos que são encaminhados por médicos de várias especialidades para avaliar a melhor técnica ou tratamento a ser adotado. Segundo Melo, a fisioterapia tem como objetivo devolver os movimentos perdidos ou comprometidos, geralmente após patologias em que o paciente permaneceu longo período imobilizado, permitindo a sua plena recuperação. Problemas posturais
A RPG corrige problemas posturais por meio de técnicas específicas de alongamento do tecido muscular. De acordo com o fisioterapeuta, as técnicas adotadas na RPG trabalham todas as dores musculares e articulares, corrigindo os músculos responsáveis pela alteração postural, ganhando mais flexibilidade, além de impedir os movimentos que deformam o corpo e criam dores. “Diminui-
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A Fisioterapia do SESI funciona no 2º andar do SESI SAÚDE
ção das dores musculares e articulares, fortalecimento muscular, alongamento do corpo e correção postural são alguns benefícios proporcionados pela RPG”, disse Jonathan Melo. Já o Pilates, segundo o especialista do SESI, é uma técnica que se baseia no controle do movimento e da respiração, do início ao fim dos exercícios, sempre buscando a maior fluência dos movimentos. Para o fisioterapeuta, o Pilates pode ser trabalhado em pessoas a partir dos 12 anos e não tem limite de idade. A técnica do Pilates, conforme explica Jonathan Melo, tem semelhança com os programas oferecidos por academias de ginástica e musculação, mas sem o uso de pesos. “São usadas molas tensionadas
e o próprio peso corporal. Os exercícios duram em média 40 minutos com resultados imediatos”, explicou o fisioterapeuta. Ele disse ainda que o método pode ser usado para reabilitação de pacientes em estado pós-cirúrgico ou que apresentam dor aguda, hérnia de disco, sequelas neurológicas decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) e distrofias musculares. Sobre os benefícios da fisioterapia, o especialista disse que melhora a coordenação motora, ajuda no fortalecimento dos músculos, alivia as tensões musculares, além de trabalhar a respiração. De acordo com o setor de Medicina Assistencial/Fisioterapia do SESI Amazonas, o atendimento tem evoluído bem
ica SESI
nos três níveis (leve, moderada e completa) em 2013. De acordo com a análise comparativa, a qualidade técnica é percebida tanto nos retornos, cada vez mais frequentes, quando na evolução dos quadros clínicos apresentados (ver gráfico nesta página). Nos cinco primeiros me-
ses do ano, o número de atendimentos concluídos foi de 124. “Apesar da diminuição do número de atendimentos em março, em relação a fevereiro, os índices de evolução permaneceram estavéis no período”, explica a responsável pela análise, Aureci de Paula.•
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Saúde
Alimentação saudável nas linhas de produção
A
saúde do trabalhador da indústria brasileira vai mal. É o que aponta levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no início de julho pela gestora de Lazer Ativo do Departamento Nacional do SESI, Geórgia Antony. Ela foi uma das palestrantes no lançamento em Manaus do Programa Alimentação Saudável na Indústria. Dentre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), citadas por Antony, está a obesidade, doença que atinge mais de 20 milhões de brasileiros. De acordo com registro do MS, a obesidade acomete um em cada dois brasileiros. Em 2011, o problema representou para o Sistema Único de Saúde gastos de R$ 488 milhões, mais de 7 mil atendimentos ambulatoriais e 208 mil internações. Geórgia chamou atenção para a obesidade por ser uma doença visível para todos e que já se tornou preocupação também da Organização das Nações Unidas (ONU), que desde maio deste ano incluiu o tema em duas das nove metas de trabalho discutidas como prioridade, com adesão de 194 países-membros, que se comprometeram em deter o crescimento das DCNT´s. O documento da ONU, assinado inclusive pelo Brasil, propõe o desafio de reduzir em 25% até 2025 as mortes prematuras por doenças não transmissíveis, sendo elas responsáveis por mais de 60% das mortes no mundo, ou seja, 36 milhões do total de 57 milhões de óbitos. Segundo Geórgia, caso não sejam implantadas políticas públicas e programas voltados à saúde e reeducação alimentar, bem como um trabalho direcionado ao estímulo de exercício físico, o número
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SESI recebe empresas do Polo Industrial de Manaus para o lançamento do Programa Alimentação Saudável na Indústria, alertando para a alta incidência de doenças crônicas não transmissíveis entre os trabalhadores apresentado pela ONU pode quase dobrar até 2030. Contribuindo para atender as metas, o SESI apresenta um programa integrado de educação alimentar com duração média de seis meses para a indústria, visando informar e possibilitar que o trabalhador desenvolva a capacidade de selecionar alimentos para satisfazer suas necessidades nutricionais diariamente e
evitar o agravo de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. A nutricionista do SESI Amazonas, Creuza Varela, explicou no que consiste o Programa Alimentação Saudável na Indústria, estruturado com dois focos principais, abrangendo os indivíduos saudáveis e os indivíduos com risco. “Oferecemos ao trabalhador informações que possam elevar sua qualidade de vida e bem-estar. A empresa interessada terá um acompanhamento da equipe de multiprofissionais do SESI Amazonas que atuarão nas intervenções para mudança de comportamento de seus colaboradores, por meio de ações educativas pontuais e vivenciais, e ações direcionadas aos trabalhadores que possuem quadro de doenças crônicas”, disse Creuza. Para o chefe administrativo e financeiro da Sakura EXH do Brasil, Nilton Okayama, a iniciativa do SESI em promover serviços que complementam o trabalho realizado pela indústria é fundamental. A empresa acabara de receber o resultado do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida, feito pelo SESI, que identificou mais de dez funcionários com problemas graves de colesterol e triglicerídeos elevados. Com os resultados em mãos, Okayama pretende reformular o cardápio alimentar da empresa e eliminar excessos de sal e intensificar as opções de saladas e frutas. Segundo Okayama, a Sakura é uma indústria que se preocupa com a qualidade de vida de sua força de trabalho, concedendo além de benefícios regimentais, quatro refeições no decorrer da jornada de trabalho diária, sendo café da manhã, almoço e dois lanches. •
Cultura
Integrantes da Big Band do SESI, grupo que tem participação especial nos eventos promovidos pelo Sistema FIEAM
Uma ‘Big Band’ no ritmo do SESI Formada por 23 músicos de diferentes perfis, a maioria voluntários, a Big Band SESI foi criada há quatro anos para acompanhar o Festival SESI Música, tendo à frente o maestro Sérgio Bernardes
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M
ilitares da reserva, industriários, alunos de música. Vinte e três pessoas com perfis diferentes unidas pelo amor à música. Essa é a formação da Big Band regida pelo maestro do SESI, Sérgio Bernardes. Todos reservam as tardes de sábado para ensaiar, os músicos voluntariamente. Quando solicitados, dão um show nos eventos do Sistema FIEAM, sem ficar devendo a nenhuma grande big band. Carioca, há 12 anos vivendo em Manaus, Sérgio Bernardes é militar da reserva e, apesar de ter uma formação múltipla nas áreas de direito e contabilidade, fez carreira na música, chegando ao posto de capitão músico do Exército Brasileiro. “Antes de concluir minhas graduações passei por um colégio onde iniciei o estudo da música no Rio de Janeiro. Me formei ainda no curso técnico de torneiro mecânico na Fundação do Abrigo Cristo Redentor (RJ), mas quando ingressei nas Forças Armadas optei pela música e um dos motivos foi a garantia do crescimento profissional”, disse. Após muitas realizações, Bernardes pensou até em desistir da área pelas dificuldades que enfrentam os profissionais da música. Foi então que surgiu o convite para ser maestro do SESI em 2006, mas ele só conseguiu a vaga
Banda do SESI ensaia aos sábados na sala de música do Clube do Trabalhador
um ano mais tarde. “Durante a entrevista me perguntaram se eu tinha oito horas disponíveis e eu respondi tenho 8, 16, 32, 64, que são os valores da notação musical”, lembrou divertido. “Quem trabalha com música não pode interromper o processo criativo para continuar amanhã. Eu me sinto
muito feliz e desafiado por trabalhar com profissionais tão diversos, com aprendizados musicais tão diferentes, como os músicos da Big Band. Todos trabalham pela experiência e principalmente pelo amor. São voluntários, dependendo do evento recebem cachê, mas não salário. Nosso maior desafio é conciliar o tempo de todos”, diz.•
Lindon Johnson, um tempero a mais Nos últimos três anos, a Big Band tem contado com a participação especial do cantor Lindon Johnson, que dá um tempero a mais às apresentações do grupo. Nascido na Guiana Inglesa, ele mora no Brasil há 34 anos e há 30 em Manaus. Johnson iniciou sua carreira como trombonista, esteve no Exérci-
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to do seu país, mas foi como cantor e intérprete que se encontrou e se realizou. “A música me faz bem, me realiza, eu me sinto bem quando estou agradando. As participações na orquestra são para relaxar”, diz o cantor. Dono de um timbre peculiar que lembra o do cantor americano Louis Armstrong, Lindon Johnson sempre causa sensação ao interpretar “What a Wonderful World”, um dos clássicos do seu repertório.
Amor pela música faz toda a diferença A primeira formação da Big Band foi em 2009 para participar do SESI Música, festival da instituição voltado para o trabalhador da indústria. A banda era composta em sua maioria por militares, e um deles, o carioca Isvaldo Barbosa, que teve seu encontro com a música em coral da igreja hoje é considerado o leão da orquestra por ser a voz principal do naipe de trompetes. “Quando ele ataca é sentido por toda a orquestra”, disse o maestro. “A música sempre fez parte da minha vida”, conta Isvaldo. Ele fez conservatório de música e, mesmo depois de aposentado resolveu continuar aprendendo, tanto que atualmente estuda música na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). “Gosto tanto do que faço que não consegui me prender apenas aos ensaios dos sábados e hoje atuo também como estagiário do
SESI, junto com o maestro”, disse Isvaldo. A estudante de artes plásticas, Camila Nakano (23), é o único solista feminino da Big Band. Filha de pai japonês e mãe brasileira, Camila recebeu convite para participar do grupo. “Eu morei no Japão e lá desde cedo estudei música, fiz coral, flauta, escaleta, teoria musical. Aqui no Brasil fui coralista quatro anos na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e também fui vencedora do festival de calouros do SESC”, contou. Camila afirma que o fato de ser jovem, estudante e mulher, não muda em nada seu relacionamento com os colegas. “Quando entramos na orquestra perdemos a identidade. Aqui trocamos informações , eles me respeitam. Somos todos iguais”, revela. Fabio dos Santos (32) é outro
solista e faz parte do grupo de industriários da banda. De segunda a sexta, em horário comercial, ele é auxiliar admistrativo da Moto Honda da Amazônia, e nas horas vagas canta na noite e também na igreja. “Eu já ganhei o SESI Música duas vezes em quarto lugar. Daí, o maestro (Bernardes) me convidou para cantar a música “Amazonas Moreno”, e, desde então, não saí mais”, diz. O quarto solista da banda é o advogado Valdemir da Silva (24), que aderiu ao grupo há pouco mais de três meses. Inspirada nas big bands americanas ao estilo de Glenn Miller, a Big Band do SESI é formada por dois saxofones alto, dois saxofones tenores e um sax barítono, quatro trombones, quatro trompetes, uma guitarra, baixo, teclado, bateria, percussão quatro cantores e um maestro.
Sérgio Bernardes (direita) com músicos e cantores da Big Band, na sala de ensaios do grupo no Clube do Trabalhador
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Estudo
Manauaras sob medida
Estudo antropométrico colhe medidas de voluntários manauaras para compor tabela dos brasileiros a ser publicada pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do SENAI/RJ
A
s medidas dos manauaras vão ajudar a compor o padrão dos brasileiros. Em junho, técnicos do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI Rio de Janeiro - Cetiqt) realizaram em Manaus uma das últimas etapas do estudo antropométrico que vai oferecer à indústria medidas mais precisas quanto a roupas e sapatos produzidos no país. São 121 medidas apuradas por pessoas, das quais 100 são tomadas pelo Body Scanner, máquina que ‘escaneia’ o corpo humano em questão de minuto e repassa os dados para o computador. De acordo com o técnico do SENAI/ Cetiqt, Luiz Felipe Brito, a pesquisa, que percorre o Brasil desde 2011, deve finalizar com a avaliação corporal de 10 mil pessoas de todas as regiões, visando estruturar tabela de medidas que torne padrão os tamanhos e numerações de roupas e sapatos no país. “Os dados apurados serão compilados numa tabela de medidas de grande relevância para a indústria têxtil como referência dos tamanhos dos brasileiros. Com essa referência de Norte a Sul, os segmentos de confecção do vestuário e calçados passarão a produzir de forma regular as medidas de acordo com as descritas nessa tabela”, explica Brito. Para o instrutor de confecção do vestuário do SENAI/AM, Cidarta Melo, a participação da população amazonen-
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Técnico do SENAI/RJ opera o Body Scanner no corpo de Suelem Rocha
se nesta pesquisa é ainda mais importante devido à dificuldade na hora de comprar roupas no padrão do corpo dos homens e mulheres do Norte. “O mercado está cheio de roupas estreitas e compridas, seguindo o perfil da população sulista. Os manauaras possuem estatura menor e exuberância
nas dimensões das pernas e quadril”, ressaltou. Suelem Rocha passou pelas avaliações do Body Scanner e das medições manuais dos técnicos do SENAI/Cetiqt. Como aluna do curso de costureiro industrial do SENAI/AM, ela foi voluntária pensando na qualidade de seus serviços de sua próxima atividade profissional, no segmento de confecção. Para a aluna, a tabela de medidas que será publicada no próximo ano fará parte do seu material de trabalho como a máquina de costura, tesoura, tecidos e linhas. “Tenho certeza que a tabela de medidas será bem utilizada pelas costureiras da indústria e também pelas que fazem roupa em casa. Agora entrando na área de confecção vejo o quanto é importante a padronização das medidas dos brasileiros, em especial das nossas medidas que não podem ser esquecidas, pois quero comprar roupas que correspondam às minhas medidas”, disse Suelem.•
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