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Ano VII • nº 73 • agosto • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Néctar com sabor

Amazônia


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Coca-Cola e governo do Estado lançam néctar de açaí com banana

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Empresas ganham reforço da ‘Tropa de Elite’

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Sistema FIEAM lança ‘Educação para o Mundo do Trabalho’

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Eficiência Energética começa pela indústria

Antonio Silva é homenageado com o Mérito Comercial

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Amazonenses trazem 16 medalhas dos Jogos Nacionais do SESI

Samaúma recebe vistorias para começar a navegar

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EJA e Educação Continuada oferecem turmas nas empresas

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Miguel Ângelo/CNI

Editorial

A

umentar em 50% a capacidade produtiva das hidrovias brasileiras nos próximos dez anos, utilizando embarcações fabricadas no Polo Naval do Amazonas. Essa é a principal proposta do governo federal por trás da oferta de até R$ 1,2 bilhão do BNDES para financiar a construção de embarcações e estaleiros nos próximos três anos na região Norte. Para nós do Amazonas, a notícia é ainda mais animadora, já que, metade desse crédito deve ser destinada ao Estado. Ao anunciar a proposta do governo, em reunião com empresários do setor, na sede da FIEAM, o gerente de Transporte e Logística do banco, Nelson Tucci, deixou claro que essa ampliação dos recursos para a região se deve ao potencial de navegação dos rios da Amazônia. Nos últimos dez anos, o volume de recursos do BNDES para financiamento do setor naval, na região,

ANTONIO CARLOS DA SILVA 1º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX 2º Vice-Presidente: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES Vice-Presidentes: NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO 1º Secretário: ENGELS LOMAS DE MEDEIROS 2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO 1º Tesoureiro: JONAS MARTINS NEVES 2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Presidente do Sistema FIEAM

em fase de levantamento técnico, a partir da regularização fundiária e do licenciamento ambiental. O banco tem capacidade para financiar até 80% do empreendimento, que inclui a construção, num prazo de três anos, de dois estaleiros de grande porte, seis de médio, e mais 60 de pequeno porte, gerando cerca de 20 mil empregos diretos. Sinal do bom relacionamento do BNDES com o Norte, a alta diretoria do banco anunciou que pretente estar mais presente na região para investir não só em grandes empreendimentos, mas também aqueles investimentos que atingem empresários menores.

Expediente

Diretoria Presidente:

Antonio Carlos da Silva

não chegou a R$ 500 milhões, embora o investimento total esteja acima dos R$ 20 bilhões graças a projetos de grande envergadura, como a Usina de Belo Monte e a Ferrovia Norte-Sul. Ao lado da Sudam e outras instituições envolvidas, o BNDES leva em conta o papel dos rios da Amazônia como importante rota para o escoamento de produtos via oceano Atlântico, o que vai acarretar na diminuição de custos com frete e de tempo de navegação. Para o governo seria uma forma de substituir parte das operações dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), hoje saturados, pelo uso das hidrovias do Madeira e Tapajós como corredores de exportação atualmente subutilizados. No encontro com empresários, o técnico do BNDES também deixou claro que o banco tem o maior interesse em participar efetivamente da construção do chamado Polo Naval do Amazonas, que se encontra

Diretores: FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Ano VII • nº 73 • agosto • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

CAPA Andrea Ribeiro

Néctar com sabor

Amazônia

FOTOGRAFIAS Comunicação FN73_1.indd 1

30/09/2013 10:11:02

Revista editada pelo Sistema FIEAM

Conselho Fiscal:

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES Delegados representantes junto ao Conselho da CNI Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

PUBLICIDADES Mary Martins, Andrea Ribeiro, Andressa Barros

REDAÇÃO Ademar Medeiros - MTE 289/AM Cássia Guterres Cristiane Jardim Evelyn Lima - MTE 151/AM Mário Freire - MTE 092/AM DIAGRAMAÇÃO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores. Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br Acesse: /sistemafieam @fieam /user/fieam

Tiragem desta edição: 2.300 exemplares Impressão: Grafisa

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Destaques

Nova Lei dos Portos vai beneficiar indústria A nova Lei dos Portos vai ajudar a eliminar os gargalos existentes hoje nos portos brasileiros, além de elevar o potencial de crescimento da economia, gerando emprego, renda e riqueza. Assim, o especialista em portos, João Emílio Freire Filho, apresentou a Lei 12.815/13, durante reunião do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Sancionada em junho deste ano pela presidente Dilma Rousseff, a Lei autoriza a construção de mais de 50 novos terminais de uso privado no Brasil, com aporte de R$ 11 bilhões em investimentos privados. A Lei estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Segundo João Emílio, entre os principais avanços garantidos pela Lei está o fim do conceito de carga própria, um dos principais fatores que levou à paralisia de investimentos no setor portuário. A permissão para que novos operadores de terminais possam transportar cargas de terceiros elimina a inusitada proibição, só existente no Brasil, de restrição à movimentação da carga de terceiros. Além disso, compatibiliza a legislação brasileira com a de outras potências comerciais.

Nova Lei autorizou a construção de mais de 50 novos terminais

Empresas ganham reforço da ‘Tropa de Elite’ “Ser missionário é uma das essências do ser humano, porém às vezes falta motivação. Para nós do Bope, missão dada é missão cumprida, seja no ramo profissional ou pessoal”, disse o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais, Paulo Storani, a uma ávida plateia de cerca de 800 pessoas que se inscreveram para assistir à palestra motivacional “Construindo uma Tropa de Elite”, no Clube do Trabalhador do Amazonas. Tropa de Elite, assim como o próprio Bope, remete ao filme brasileiro homônimo, de 2007, do diretor José Padilha, sobre as ações daquele batalhão ao enfrentar traficantes no Rio de Janeiro, e cujo sucesso

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fez render uma continuação em 2010. O que poucos sabiam é que por trás dos filmes está a vivência de Paulo Storani, que ficou conhecido no Bope real como ‘Caveira 69’. Daí a ser convidado pelo Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria (DAMPI), da FIEAM, foi só um passo. Storani vem se

apresentando em todo o Brasil com palestras motivacionais onde estimula a aplicação das regras do Bope nas empresas. “O compromisso de cumprir uma missão é assumido com uma equipe de alto desempenho que se diferencia ao dar o seu melhor, executando a missão com planejamento, foco, ação e resultado”, explicou Storani, destacando que os profissionais de alta performance são os que, na adversidade conseguem administrar a crise, planejam a solução do problema, delimitam metas, executam o serviço e obtêm resultados. Para alcançar resultados, diz Storani, o melhor plano é determinar o objetivo, planejar a missão, preparar a equipe, executar o plano, e avaliar os resultados, lembrando que essa mensuração identificará pontos positivos e corrigirá os negativos, gerando assim o aprendizado.


ViraVida tem mais uma turma no AM O Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) deu início em agosto a novo processo seletivo para formar a segunda turma do programa ViraVida no Estado. O programa, que oferece capacitação e inserção no mercado de trabalho a jovens e adolescentes em situação de exploração sexual, selecionou 52 de 200 candidatos inscritos. Lançado pelo Conselho Nacional do SESI, o ViraVida chegou ao Amazonas em juho do ano passado e oferece, além de capacitação profissional, educação básica, atendimento psicossocial, médico e odontológico a jovens entre 16 e 21 anos de idade, que foram ou são vítimas de exploração sexual. Junto com os alunos da primeira turma, o programa passa a atender 105 jovens no Amazonas. Depois de identificado o interesse dos candidatos no curso oferecido, a equipe do projeto conheceu as histórias de vida de cada um e verificou se o nível de conhecimento corresponde à escolaridade apresentada, além de conhecer a visão de mundo dos jovens. O início das aulas estava previsto para o fim de agosto. De acordo com a coordenadora A coordenadora Silvane Almeida técnica do programa no Amazonas, Silvane Almeida, durante o processo de formação e qualificação profissional, que dura um ano, em média, os alunos recebem uma bolsa no valor de R$ 500,00, dos quais 20% ficam retidos em uma poupança, resgatável ao final do processo. A meta do SESI Amazonas é trabalhar com 200 jovens até 2014. O projeto em todo Brasil firmou parceria com SENAI, SENAR, SESC, IEL, SENAC, SESCOOP, SEST-SENAT, SEBRAE e SESI (EJA e NIEC). Para denunciar situações dessa natureza, disque 100 (nacional) ou 0800921407 (local).

José Paulo Lacerda/CNI

Presidente da CNI, Robson Andrade, na entrega do prêmio de 2012

CNI abre inscrições para prêmio de jornalismo Estão abertas as inscrições para o Prêmio CNI de Jornalismo 2014. Nesta terceira edição, as inscrições devem ser feitas pela internet, no site do prêmio (http://www.portaldaindustria. com.br/cni/canal/premio-jornalismo-home/ Além de R$ 310 mil que serão distribuídos, os trabalhos vencedores das categorias especiais Educação e Inovação e do Grande Prêmio José Alencar de

Amazonas na 10ª edição da Navalshore O Amazonas teve importante participação na 10ª edição da Navalshore Marintech South America - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore e no ciclo de palestras do Navalshore Auditorium, no Rio de Janeiro, de 13 a 15 de agosto. O polo naval do Amazonas fatura R$ 800 milhões por ano, segundo dados da Seplan-AM.

Jornalismo receberão uma bolsa de estudos para o curso Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais. Poderão concorrer trabalhos jornalísticos veiculados em jornais, revistas, TVs, rádios, sites e blogs entre 1º de abril de 2013 e 25 de maio de 2014, Dia da Indústria. As inscrições vão até 30 de maio de 2014. A entrega dos prêmios está prevista para 29 de julho de 2014. Reprodução

Vista da feira que acompanhou a 10ª edição do evento no Rio

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Qualificação Números Mais de 5 mil haitianos entraram em Manaus desde 2010

Um total de 436 haitianos foram certificados pelo SENAI/AM entre 2011 e o 1º semestre de 2013

Em 10 anos, o PSAI certificou 2.725 alunos nos segmentos de eletroeletrônica, metalmecânica, alimento, confecção do vestuário, construção civil, entre outros

Mais informações: Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) - (92) 3182-9971 - Tatyanne Cardoso - tatyanne. santos@am.senai.br

Jodany recebe orientação sobre marcenaria do instrutor do SENAI, Ivanhoe Terço

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Ações inclusivas do SENAI beneficiam 436 haitianos

SENAI firmou convênio com a Pastoral do Migrante, da Paróquia São Geraldo, para oferecer qualificação para haitianos em Manaus

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) certificou, até o primeiro semestre deste ano, 436 haitianos residentes em Manaus, dentro do Programa SENAI de Ações Inclusivas, o PSAI. A instituição oferece, através do PSAI, oportunidade de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, além de promover o acesso à educação profissional para negros e índios, mulheres, imigrantes e idosos. Desde 2011, os refugiados do Haiti se transformaram no maior público do PSAI no Amazonas. Essa população chegou a Manaus após a tragédia de 2010, em Porto Príncipe, capital haitiana, que foi atingida por terremotos que destruíram metade de suas construções, deixando mais de 1,5 milhão de desabrigados.

A psicóloga Tatyanne Cardoso, da Gerência de Educação, Tecnologia e Inovação do SENAI/AM, lembra que para suprir a demanda por qualificação profissional dos haitianos, o SENAI Amazonas firmou convênio com a Paróquia São Geraldo, concedendo vagas nas programações trimestrais realizadas nas quatro escolas da instituição na capital. Segundo o coordenador da Pastoral do Migrante, padre Gelmino Costa, os refugiados necessitam de apoio para reconstruir suas vidas, destacando que isso é alcançado por meio da profissionalização e da estabilidade de emprego. Depois de escolher a construção civil como área de interesse e concluir dois cursos, o haitiano Theole Joseph, de 40, montou sua microempresa no segmento e hoje já recebe pedidos para realizar pequenas obras.


Mérito Comercial para Antonio Silva

“A

Antonio Silva recebe medalha e assina termo

ntonio Silva foi condecorado por seu trabalho à frente do Sistema FIEAM e pela importância que tem para a sociedade amazonense”. O destaque foi feito pelo governador Omar Aziz, ao parabenizar Silva na solenidade de outorga da Ordem do Mérito Comercial do Amazonas. O evento promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio) e Centro do Comércio do Amazonas, em 26 de julho, teve como finalidade homenagear personalidades e organizações nacionais e internacionais que se destacaram no segmento empresarial, cultural, científico, político, religioso, social e na defesa da livre empresa no Amazonas. Antonio Silva foi agraciado com o grau de Comendador, junto com o diretor-presidente da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Phelippe Daou, e o vereador Mário Frota. O anfitrião da noite e presidente do Sistema Fecomércio, José Roberto Tadros, falou sobre a amizade de longa

Antonio Silva (centro, ao lado do governador Omar Aziz), com outros homenageados pela Fecomércio com a Ordem do Mérito Comercial do Amazonas

data e destacou a forma tranquila e equilibrada com que Silva trabalha pelo desenvolvimento do Estado. O ex-senador Bernardo Cabral, agraciado com a medalha Gran Oficial, ressaltou o trabalho que Silva realiza pela manutenção da Casa Vhida e demais ações sociais realizadas no plano pessoal. “Isso também deve ser homenageado”, disse Bernardo Cabral. Ao receber a comenda, o presidente da FIEAM agradeceu e disse que comércio e indústria andam sempre juntos. “Para mim foi uma surpresa receber essa comenda. Estou muito orgulhoso pela amizade e também por saber que estamos contribuindo para o desenvolvimento do Amazonas, pois a indústria não existe sem o comércio e o comércio não vive sem a indústria”. Além de Silva e Bernardo Cabral, foram condecorados o comandante Militar da Amazônia, Eduardo Dias da Costa Villas Boas e o desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, Ari Jorge Moutinho da Costa, com a medalha Gran Oficial.

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Barco-escola

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, e o vice-presidente, Nelson Azevedo, acompanham testes dos motores do barco do SENAI, Samaúma II, na primeira volta pela baía do rio Negro

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O vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix (direita), ao lado de outros diretores da instituição, faz vistoria nas instalações e equipamentos do novo barco

Empresários e diretores d torias feitas pelo presid salas de aula já equipado


Samaúma II recebe vistorias para começar a navegar

da FIEAM acompanham uma das visdente Antonio Silva nos laboratórios e os no Barco-Escola Samaúma II

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O presidente e o vice-presidente da FIEAM, Antonio Silva e Athaydes Mariano Félix, acompanham visita ao Samaúma II do diretor geral do SENAI Nacional, Rafael Lucchesi (direita)

s meses de junho, julho e agosto foram de acabamento e vistorias para o Barco-Escola SENAI Samaúma II. Com previsão de entrar em atividade ainda neste segundo semestre, a embarcação, acorada à margem do rio Negro, no Estaleiro Alumínio Aplicado, na zona Sul de Manaus, recebeu visitas do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, acompanhado de diretores da instituição e do diretor geral do SENAI Nacional e diretor de Educação e Tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. Nas três vistorias realizadas, a comitiva da FIEAM conheceu as instalações tecnológicas e ecologicamente corretas que foram incorporadas à construção do barco, que possui 13,27 metros de altura e 10,58 metros de largura e 42,55 metros de comprimento. Para mover o barco-escola, que levará educação profissional para as cidades ribeirinhas do Amazonas e de municípios circunvizinhos da região Norte, foram instalados dois motores diesel de 380HP. Na terceira visita, em agosto, foram feitos dois testes de motor em rápida circulação do barco pela baía do rio Negro. A construção do Samaúma II, iniciada em março de 2011, conta com apoio do presidente da CNI, Robson Andrade. O barco foi idealizado para ser a primeira escola de alto desempenho do SENAI no Amazonas. O novo barco vai reforçar o trabalho desenvolvido nos últimos 34 anos pelo pioneiro Samaúma.•

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Investimento

Podemos apoiar todo o segmento, tando na instalação das empresas quanto na infraestrutura do Polo Naval NELSON TUCCI gerente/BNDES

BNDES anuncia R$ 1 bilhão para segmento naval Em encontro com a indústria naval, Banco oferece crédito para incentivar a construção de embarcações e estaleiros na região Norte

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O

segmento naval da região Norte, sobretudo os micro, pequenos e médios empresários, devem receber nos próximos três anos, linhas de crédito somando pelo menos R$ 1 bilhão para construção de embarcações e estaleiros. A maior parte desses recursos - R$ 600 milhões - deve ser destinada ao Amazonas. A proposta foi apresentada no Encontro da Indústria Naval do Amazonas com o BNDES e Agentes Financeiros, no início de agosto, na sede da FIEAM, pelo gerente do Departamento Transporte e Logística do banco, Nelson Tucci, que disponibilizou as linhas de financiamentos disponíveis para a indústria da construção naval da região. A proposta é ofertar créditos visando incentivar a construção de embarcações, estaleiros, bem como ampliações e modernizações do já existente. Para atender o setor, estão envolvidos na iniciativa, além do BNDES, a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), governo do Estado e FIEAM. “Estamos projetando para os próximos três anos realizar o investimento na região Norte na ordem de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão em estaleiros e embarcações, sendo que boa parte deste valor é concentrado aqui. Acredito que cerca de R$ 600 milhões ficará no Amazonas”, disse Tucci. Ao revelar os investimentos previstos pelo BNDES, Nelson Tucci destacou que neste valor não está incluída a participação na implantação do Polo Naval, que se encontra em fase de levantamento técnico, a partir da regularização fundiária e do licenciamento ambiental. “Podemos apoiar todo o segmento, tanto na instalação das empresas no terreno quanto na infraestrutura necessária, sabendo que o BNDES tem capacidade de apoiar 80% deste investimento”, informou o gerente. Segundo Nelson Tucci, a alta diretoria do banco pretente estar mais presente na região Norte, com interesse em investir não só em grandes empreendimentos como hidrelétricas e ferrovias, mas também aqueles investimentos que

atingem empresas de menor porte. “Na região Norte, como um todo, temos investimentos acima de R$ 20 bilhões, como a Usina de Belo Monte, ampliação dos portos do Amazonas, ferrovia Norte-Sul, trechos de rodovias, entre outros, sendo que já investimos, nos últimos cinco anos, R$ 6 bilhões. Agora o banco percebe que há a necessidade de dar mais apoio e o BNDES será uma frequentadora mais assídua das cidades da região”, revela Tucci. Crescimento Para a sócia-proprietária dos Estaleiros Rio Negro (Erin) e Nortoll e da Metalúrgica Magalhães, Maria de Fátima Magalhães, o conhecimento do Polo Naval pelo BNDES mobilizou seus técnicos a se colocar à disposição para ajudar no crescimento do setor naval. Segundo Fátima, outro grande interesse na região é a crescente demanda logística de se utilizar os rios da Amazônia para o transporte de grãos. “Observamos que o BNDES está disposto a ajudar a desenvolver as hidrovias da Amazônia, a maior rede fluvial

do planeta, porém pouco aproveitada. Todo este apoio aquecerá o segmento que continua em crescimento e com demandas cada vez maiores para construção de embarcações e balsas”, disse Fátima. Já para o diretor-presidente do Estaleiro Eran, Adalberto Azevedo, o resultado do Encontro da Indústria Naval da Amazônia surgirá após a reavaliação dos técnicos do BNDES quanto à legislação para financiamento ao segmento naval no Estado e na região, sabendo que o Norte possui suas peculiaridades e dificuldades específicas quanto às condições de levantar recursos e de instalação apropriada ao desenvolvimento das atividades da construção naval. “O objetivo do BNDES é oferecer crédito aos micro e pequenos empresários, porém a questão da garantia de bens torna esse crédito inviável. Sugiro que a própria embarcação a ser construída seja a garantia deste financiamento, pois, se assim não for, os pequenos empresários continuarão construindo embarcações pelas beiras dos rios, com recursos próprios e sem qualidade”, disse Adalberto Azevedo.•

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, discursa na abertura do Encontro da Indústria Naval

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Profissional

Compromisso com a qualidade da educação

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Empresas, educadores e trabalhadores, sob o comando do Sistema FIEAM, montam agenda com o desafio de elevar a qualidade da educação

mpresários da indústria, edualém dos 5,6 milhões de industriários. cadores e técnicos do Sistema Depois das reuniões estaduais, com Federação das Indústrias do finalização prevista para outubro, a CNI Estado do Amazonas (FIEAM), lançará, em parceria com atores locais reunidos no workshop “Educação para e nacionais, o movimento da Educação o Mundo do Trabalho”, montaram uma para o Mundo do Trabalho. Nesse enagenda de propostas com o desafio de contro, a instituição anunciará prêmios a elevar a qualidade da educação profisserem entregues no próximo ano para as sional no curto prazo. instituições que se destacarem no desenNomeado embaixador do Programa volvimento das ações estabelecidas no no Amazonas, o viceprojeto. -presidente da FIEAM, O sociólogo e Ph.D. Nelson Azevedo, disse em educação e professor que a educação é um da Universidade Católica dos maiores entraves de Brasília, Cândido Alao desenvolvimento do berto Gomes, apresentou nosso país, o que acaba indicadores que revelam limitando a oferta de o atraso do país em relamão de obra qualificação à educação. Pesquisa da. da CNI, apresentada por Iniciativa da ConCândido, revela que 52% federação Nacional da dos empresários aponIndústria (CNI), a “Edutam como maior obstácação Para o Mundo do culo para a qualificação Trabalho”, visa criar dos trabalhadores as deuma agenda de trabaficiência originárias na lho com ações que geeducação básica; 69% das rem resultado no curto empresas consultadas prazo para melhorar a enfrentam dificuldades educação no país. O lancom a falta de trabalhaçamento do programa dores qualificados; 70% no Amazonas contou das que têm essas dificom a parceria entre culdades afirmam que instituições de ensino, O sociólogo Cândido Alberto Gomes atualizou os indicadores da educação no País o problema prejudica o conselhos de educação e aumento da competitiviindústrias. possuem ensino médio, jovens que estão dade. No ensino médio, O programa vai propor ações que de- cursando o ensino médio e jovens de 18 a menos de um terço dos estudantes alverão apresentar resultados de curto pra- 24 anos que interromperam seus estudos cançam nível de desempenho adequado zo em ciclos de 12 e 24 meses para a me- e estão fora do mercado de trabalho. em língua portuguesa. Em matemática, o lhoria no desempenho dos jovens e dos Segundo levantamento da CNI, os três indicador atinge apenas 11%. O especiatrabalhadores, especialmente em língua grupos somam 16,2 milhões de pessoas; lista lembrou, ainda, que o Brasil ocupa portuguesa, matemática e ciências. desse total, 8,4 milhões são jovens que es- 53ª posição, entre 65 países, nos resultaAs ações do programa irão contem- tão no ensino médio e outros 2,2 milhões dos obtidos no Programa Internacional plar trabalhadores da indústria que não estão fora da escola e desempregados, de Avaliação de Alunos (PISA).

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‘Educação é a mola mestra do desenvolvimento’ O vice-presidente da FIEAM e embaixador do Programa Educação para o Mundo do Trabalho, no Amazonas, Nelson Azevedo, disse que, entre as propostas apresentadas no workshop, uma das mais importantes é a necessidade de se investir na formação docente, tanto do ponto de vista técnico quanto metodológico, além da conscientização dos jovens e famílias quanto à importância da aprendizagem. As outras propostas são: aliar mídias eletrônicas com conteúdos curriculares, relacionar grades curriculares com o mundo do trabalho, diagnosticar o mercado local e firmar parcerias entre o Sistema FIEAM, empresas e instituições de ensino.

Segundo Azevedo, a educação é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de nosso país. “Há carência de mão de obra qualificada para atender as necessidades do mercado de trabalho, principalmente do ponto de vista de um desenvolvimento sustentável”, pontuou. O empresário acrescenta que não há dúvidas de que a educação é a mola mestra para o desenvolvimento de qualquer país, estado, região ou município. Sem capital humano devidamente qualificado, não será possível incorporarmos novas tecnologias ao processo produtivo de nossas fábricas, não haverá aumento de produção e de produtividade.

70% O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, disse em seu discurso que um dos maiores entraves ao desenvolvimento do país passa pela educação

das empresas que enfrentam dificuldades com a falta de trabalhadores qualificados afirmam que o problema prejudica a competitividade

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Instituto

Inovação em microeletrônica Em dois dias, workshop define perfil do Instituto SENAI de Inovação que, no Amazonas, vai se dedicar à pesquisa em microeletrônica

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demanda da indústria brasileira por pesquisa aplicada é o principal alvo do Instituto SENAI de Inovação, o ISI, atualmente, em fase de implantação na maioria dos Departamentos Regionais da instituição. No Para o sucesso Amazonas, o pro- deste ISI é preciso cesso para implan- boa estratégia tar o ISI em micro- e realizar a eletrônica, começou aproximação das em 15 de agosto academias com com um workshop as indústrias para reunindo especia- que ocorra a listas em gestão e inovação tecnologia da Alemanha (Instituto MARKUS WILL Fraunhofer), do SENAI Regional e Nacional, pesquisadores e docentes das Universidades do Amazonas e de Campinas (SP), e representantes

do Polo Industrial de Manaus (PIM). O consultor em gestão estratégica do Instituto Fraunhofer, Markus Will, disse que se avaliou no encontro o mercado industrial do PIM e demais parques industriais brasileiros quanto à demanda por pesquisa aplicada com foco em microeletrônica. Também é oportunidade para sondar viabilidades, dificuldades, pontos fortes e influências de fatores externos que possam interferir na implantação deste negócio que tem a proposta de elevar a competitividade da indústria. O ISI em Microeletrônica atuará em rede com todo o país, assim como os 24 Institutos que estão sendo criados em outros departamentos regionais do SENAI para atender as áreas de produção, materiais e componentes, engenharia de superfícies e fotônica, tecnologia da comunicação e de informações, tecnologias construtivas, energia e defesa. “Para o sucesso deste ISI é preciso boa

Produção em larga escala A tecnologia da microelôtronica é fundamental para produção de dispositivos eletrônicos, eletromédicos e sensores. O segmento permite a produção em larga escala, a um custo baixo, o que leva à introdução de um maior número de funções e, cada vez, mais avançadas. A participação do Instituto Fraunhofer na implantação do Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica se dará em dois

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aspectos: modelo de gestão e tecnologias avançadas. A perspectiva é desenvolver tecnologias em microeletrônica por meio de pesquisas e prestação de serviços às empresas do Polo Industrial de Manaus e do país, proporcionando retorno da capacidade de gerar seus produtos, tornando-os mais competitivos, e diminuindo a importação de tecnologias.

O consultor Markus Will (direita) durante workshop para estruturar o Instituto SENAI de Inovação

estratégia e realizar a aproximação das academias com as indústrias para que ocorra a inovação. O SENAI será elo das duas áreas que possuem boa representatividade no país, porém falta a integração que será realizada no ISI com o desenvolvimento de pesquisas e inovações tecnológicas”, explica Will.

ONDE JÁ TEM ISI


A microeletrônica é encontrada em quase todos os aparelhos eletrônicos e também em mecânicos. Segundo o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica, professor-doutor José Casarini, o ISI atuará de acordo com a demanda industrial a ser atendida. “Este workshop prevê o levantamento

estratégico de algumas áreas de negócios que foram sugeridas nos workshops anteriores que definiram as demandas das academias e das empresas, alinhando-as com a pesquisa de mercado”, disse Casarini. Em setembro, estava previsto o último workshop que definiria as necessidades de equipamentos e recursos humanos nas competências específicas para o ISI. Inicialmente, a prioridade é o mercado de sensores de empacotamento, montagem e calibre, que representam 60% do custo final de um produto acabado. O levantamento de demandas em microeletrônica no workshop subsidiará a construção do Plano de Negócios que será apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) em novembro. O BNDES deve financiar cerca de R$ 30 milhões. Para implantação do ISI, o SENAI seguirá o modelo do Instituto Fraunhofer, entidade privada da Alemanha que ajuda as empresas a desenvolver projetos de inovação, e contará também com a consultoria do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, que contribuirá na etapa de capacitação dos técnicos e pesquisadores.•

Ideias inovadoras na 5ª Feira de Projetos Trezentos alunos da Escola SENAI Antônio Simões, apresentaram 47 trabalhos na 5ª edição da Feira de Projetos do SENAI (Feipro). A unidade forma profissionais para a indústria eletroeletrônica. O aluno Leonardo Prazeres, do curso de operador de linha de montagem, contribuiu no desenvolvimento do dispositivo de comando de voz para motocicleta (detalhe, na foto abaixo). O projeto levou a equipe a se aprofundar na linguagem de programação, criando um microcontrolador antifurto, que é comandado via Bluetooth a partir de um celular. “Desenvolvemos o aplicativo na plataforma Android, um recurso gratuito que pode ser baixado no celular. Das várias funcionalidades criadas, o mais importante é a opção antifurto que trava a moto e aciona buzina e faróis da motocicleta. O programa também permite ligar e desligar a moto pelo celular sem as chaves, um recurso também muito importante para o motociclista que perde com facilidade as chaves”, explicou o aluno Leonardo (à esquerda). A responsável pelo programa de Aprendizagem da Moto Honda, a especialista de recursos humanos Fátima Marivalda, disse que o trabalho seria apresentado aos engenheiros da empresa como uma proposta inovadora que pode ser inserida ao processo de produção da Honda.•

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Lançamento do suco de açaí com banana, em Manaus, contou com a presença do presidente da FIEAM, Antonio Silva, do vice-presidente da Coca-Cola, Jack Correa, do empresário Lírio Parisotto com a modelo Luiza Brunet, e os representantes do Grupo Simões, Renato Simões e Aristarco Neto

Açaí + banana, a nova pedida da Coca-Cola Em parceria com o Governo do Estado, a Coca-Cola Brasil, por meio da marca Del Valle, lança o néctar misto de açaí e banana, a partir do uso sustentável do fruto genuinamente amazônico

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O presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, discursa durante o lançamento do produto

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epois do guaraná, a Coca-Cola adicionou um fruto ainda mais amazônico à sua cesta de produtos, o açaí, que entra como principal componente do Néctar Açaí com Banana. A novidade foi apresentada pelo presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, em evento concorrido, no Palácio Rio Negro, no Centro de Manaus. O novo produto Del Valle Reserva será comercializado em supermercados e pontos de revenda no Brasil em embalagens tetrapack de 1 litro e de 250 ml. “Com esse produto, vamos fazer

uma grande diferença na sociedade. Estamos usando o açaí de forma sustentável, em parceria com os moradores da floresta e com o governo do Estado do Amazonas. É um projeto inovador, de valor compartilhado, que vai melhorar a vida de milhares de pessoas, dando a esse segmento da população condições mais justas de trabalho, além de mais organização para as comunidades amazônicas”, disse Xiemar. Para chegar ao produto final, a Coca-Cola vem estudando a possibilidade de utilizar as frutas amazônicas desde 2002 quando a empresa

levou para a filial de Atlanta, Estados Unidos, 28 amostras de frutas locais para realizar pesquisa de viabilidade de produção. Das 28 amostras, apenas o açaí foi incorporado à marca de sucos da companhia. “Isso era um projeto antigo e incubado há alguns anos, pois estava em avaliação para que a companhia pudesse se identificar mais com a nossa floresta, utilizando nossos frutos. O resultado é néctar de açaí e banana e que na sua primeira degustação teve uma grande aceitação, demonstrando que vamos ter êxito com este produto, sendo mais um sucesso da Coca-Cola”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva. Neste ano, está previsto o fornecimento de 300 toneladas da polpa da fruta para fabricação do suco. De acordo com o diretor de Operações da América Latina da Coca-Cola, Jório Veiga Filho, a expectativa é que a demanda pelo açaí dobre essa quantidade por ser um fruto com inúmeras qualidades nutritivas e já conhecido pela população quanto aos benefícios que traz à saúde. “O açaí é incorporado à marca Del Valle Reserva que inicialmente fabricará em torno de 1 milhão de litros a partir das 300 toneladas da polpa, sendo comercializado nesta primeira fase no Amazonas, São Paulo e no Sul do País”, acrescentou Jório, revelando que a Coca-Cola prevê incrementar sua produção com outras frutas da região Norte a médio prazo. Zarazua revelou que a Companhia investirá R$2,6 bilhões no Brasil em 2013, destacando que a empresa conseguirá cumprir a promessa de concluir o ano com o maior investimento da história no país. “Estamos cumprindo com nossa visão de satisfazer o cliente, criando uma plataforma social que alinha o bem-estar da comunidade onde atuamos e preserva o meio ambiente, obtendo o ganha-ganha de todos os envolvidos”, declarou.

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Comunidades extrativistas são beneficiadas Para a entrega da matéria-prima em escala à Coca-Cola foi desenvolvida uma parceria entre a companhia e o governo do Amazonas envolvendo 50 comunidades, com a participação de 790 famílias, de forma direta e cerca de 1.200 de forma indireta. Através desta parceria público-privada foi criado o projeto Coletivo Floresta que tem como objetivo valorizar o trabalho das famílias que atuam na coleta da fruta. Para formalizar a iniciativa foi assinado um termo de cooperação que preza pelo relacionamento com as comunidades extratoras. O documento descreve dez princípios que preservam a cultura e o meio ambiente, visando o desenvolvimento sustentável deste segmento produtivo no interior do Amazonas. As atividades previstas neste projeto já estão em andamento em Manacapuru e Carauari, respectivamente, a 70 e 787 quilômetros de Manaus, cidades onde estão localizadas as agroindústrias credenciadas pela Coca-Cola Brasil. Nos municípios que irão participar do Coletivo Floresta ocorrerão treinamentos sobre cidadania, workshops, assistência técnica e a integração da cadeia de valor dos trabalhadores diretamente ligados ao plantio, coleta, transporte, pasteurização, esterilização e entrega da polpa do açaí à companhia. O prefeito de Manacapuru, Washington Regis, ressaltou que o lançamento do suco dá início a uma nova fase da produção extrativista do Estado, na qual o principal trabalho realizado nesta cadeia passa a ser devidamente valorizado. “O fomento do governo para a indústria atender à demanda da Coca-Cola vai elevar a qualidade de vida do caboclo, pois incentiva

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a produção agrícola, valorizando o trabalho das famílias que até então cuidavam praticamente de graça da nossa floresta”, disse o prefeito, lembrando que há oito anos a saca de 50kg do açaí era vendida a R$ 8 e que após as visitas e o acompanhamento da Coca-Cola sobre a qualidade do fruto e os serviços desenvolvidos nas comunidades fornecedoras, a saca pode ser vendida por até R$ 50. Além da Coca-Cola e do governo, 16 instituições empresariais e não-governamentais endossaram o termo de cooperação, entre elas a agência de implementação da cooperação alemã para o desenvolvimento, a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). Sem risco de escassez O trabalho nas comunidades extratoras do açaí vem sendo coordenado pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS). As sacas do fruto serão entregues às indústrias que farão o processo de industrialização da polpa de acordo com os critérios de qualidade da Coca-Cola. Ini-


cialmente, esse trabalho está sendo feito pelas empresas Infrutas, que já fez a entrega de 80 toneladas à companhia, Açaí-Tupã, que forneceu 50 toneladas, e Agroindústria de Manacapuru, que prevê a entrega de 97 toneladas da polpa do açaí nesta etapa. O vice-presidente de Assuntos Governamentais da The Coca-Cola Company, Jack Corrêa, descarta a possibilidade de haver desabastecimento ou escassez de açaí a ponto de comprometer a produção, e explicou que a companhia fez uma avaliação intensa para ter a certeza de que o suco possa ser fabricado em grande escala. Ele enfatizou que a demanda inicial era de 300 toneladas, mas que se fosse necessário até 2 mil toneladas para a ampliação desta fabricação, os produtores do Amazonas teriam condições de fornecer. “O açaí está consolidado para atender a companhia de forma sustentável. O governo do Amazonas deu um grande passo, tornando real essa parceria econômica e industrial com a Coca-Cola, contribuindo para que este fruto da floresta seja colocado nas gôndolas

dos supermercados e nos mais de 1 milhão de pontos de vendas dos produtos Coca-Cola no Brasil na forma do suco Del Valle”, enfatizou Jack. Segundo o vice-presidente da companhia, nos próximos cinco anos, a Coca-Cola prevê um investimento no país de R$ 14 bilhões, envolvendo novos produtos, Copa do Mundo A indústria amazonense (2014) e Jogos cresce com Olímpicos (2016, essa iniciativa no Rio de Janeida Coca-Cola, ro). fomentando “A indústria a produção amazonense extrativista cresce com essa no interior do iniciativa da CoEstado ca-Cola, fomentando a produção extrativista ANTONIO SILVA do interior do Estado, tornando realidade a parceria público-privada, fortalecendo cada vez mais as duas maiores marcas do planeta que possuem oito letras: Coca-Cola e Amazonas”, concluiu o presidente da FIEAM, Antonio Silva.•

Recofarma beneficia 11 mil famílias no Amazonas Há 23 anos a Recofarma Indústria do Amazonas, empresa do Grupo Coca-Cola, está instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), empregando cerca de 400 trabalhadores entre efetivos, terceirizados e prestadores de serviços. A empresa liderou pelo segundo ano consecutivo o ranking de exportação no Amazonas, sendo responsável por exportar US$ 200 milhões em concentrados de refrigerantes e bebidas prontas ao continente americano em 2012. Segundo Zarazúa, as atividades realizadas pela companhia no Estado envolvem 11 mil famílias entre funcionários, fornecedores de matérias primas e prestadores de serviços, dados que não incluem a mão-de-obra que abastece a Coca-Cola com o açaí. Cerca de 20% da produção da Recofarma é destinada à exportação e os demais 80% para o fornecimento do mercado nacional de bebidas. Sua exportação em 2012 aumentou cerca de 40% com relação a 2011.

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Consumo

Eficiência Energética começa pela indústria Eletrobrás/Procel dá início ao Programa Eficiência Energética, inicialmente com dez empresas do PIM, visando a redução do consumo de energia

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elo menos dez empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) serão convidadas para participar do Programa de Eficiência Energética, adotando uma série de procedimentos para se chegar à redução do consumo de energia. A proposta, apresentada em junho deste ano em reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), foi confirmada em agosto pelo engenheiro Fernando Pinto Dias Perrone, da Eletrobrás/Procel. A Eletrobrás, segundo Perrone, se responsabilizará pelos recursos que implicarão nos diagnósticos energéticos e nas medições do consumo de energia elétrica nos sistemas de ar comprimido de clientes industriais da Amazonas Energia. As empresas que irão aderir ao programa passarão pela triagem, seleção que levará em conta o potencial de consumidores com demanda contratada maior que 3MW, indústrias com maiores potenciais técnicos de eficiência energética, empresas com maiores capacidades de replicabilidade de ações

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no PIM, e envolvimento da alta direção da indústria na implementação de medidas de redução de consumo de energia. A implementação do programa envolve as etapas de análise nas plantas selecionadas e emissão de relatórios técnicos dos atuais sistemas de ar comprimido que estão sendo utilizados pela empresa contemplada pelo programa. Em outubro, está prevista a apresentação dos relatórios técnicos à Amazonas Energia e aos presidentes regionais das indústrias participantes, documento este em que constará na sua discrição as sugestões de implementações das medidas a serem

adotadas para a redução do consumo de energia elétrica. O engenheiro da Eletrobrás destacou que tais iniciativas vislumbram a redução de consumo de energia elétrica por intermédio do combate ao desperdício e pela correta utilização desse insumo pela indústria, bem como reduzir custos, aumentar a produtivi-


FRASES O Brasil tem pela primeira vez no plano de expansão de energia a meta de reduzir o equivalente a uma Usina de Itaipu de energia com ações de eficiência As etiquetas que indicam o gasto energético, já obrigatórias para eletrodométicos, serão aplicadas para os carros a partir de 2015

O engenheiro da Eletrobrás, Fernando Dias Perrone, do

Departamento de Projetos de Eficiência Energética

dade e a competitividade setorial por meio da difusão da cultura da eficiência energética no segmento industrial, além de auxiliar a Amazonas Energia no cumprimento das questões regulatórias, no que se refere à aplicação dos recursos destinados ao Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Queremos mostrar que a redução de custos em energia elétrica no segmento industrial é possível. Precisamos agora contar com o engajamento das empresas que estão no perfil do programa para que possamos iniciar as ações a serem realizadas em período de no máximo oito meses”, disse Perrone. O engenheiro explicou por que o sistema de ar comprimido foi o escolhido para medição e controle de gastos da indústria com energia. “Ganhos energéticos significativos, baixa intervenção nos processos, curtos períodos de medição e poucos equipamentos utilizados, entre outras vantagens, fizeram o diferencial na escolha deste sistema”, ponderou. Para o diretor da Valfilm Amazônia, Laércio Sponchiado, a proposta de economizar no processo produtivo interessa à empresa, com a perspectiva de reduzir custos elevados em energia. “É importantíssimo para nós aderirmos a um processo que diminua o custo de R$ 500 mil mensais, que temos no consumo de energia”, disse.

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Indústria

Asiáticos voltam os olhos para o PIM

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aponeses, chineses e até tailandeses voltam a demonstrar interesse no modelo Zona Franca de Manaus e, provavelmente, na ampliação de sua presença no polo industrial local. Foi dentro desse espírito que comitivas e missões de negócios desses três países foram recebidas por autoridades da indústria, no mês de julho, em Manaus. Pelo menos 15 empresas japonesas integraram a missão de negócios organizada pela Japan International Cooperation Agency (Jica), que visitou a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, em 24 de julho, liderada pela representante Yomiko Iwanaga. Sete dessas empresas japonesas atuam na área de meio ambiente e têm interesse em investir no Brasil. “A visita à FIEAM, além de fortalecer os laços entre Brasil e Japão, estuda viabilidades de novos negócios não apenas na área de meio ambiente, como também em informática, tecnologia e conhecimento”, disse a representante. O Polo Industrial de Manaus (PIM) conta com a presença de 50 empresas japonesas, com destaque para as que compõem o polo de duas rodas. O diretor da Toyo Machine Manufacturing Co Ltd, Toshinobu Ohashi, elogiou o modelo Zona Franca. “O Amazonas é exemplo para a economia do Brasil e também do Japão. Ficamos muito felizes em perceber que a comunidade japonesa se faz presente na Amazônia”, disse Ohashi. Um dos temas que gerou interesse na comitiva foi o projeto do SENAI

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Amazonas que se encontra em fase de implantação do Instituto SENAI de Inovação, que vai desenvolver atendimentos nas áreas de eletrônica e microeletrônica. Na ocasião, o assessor econômico da FIEAM, Gilmar Freitas, apresentou palestra sobre a importância do PIM na geração de emprego e renda para a população, desenvolvimento do Norte do Brasil e sustentabilidade da área verde do Amazonas, destacando projetos e oportunidades de investimento em turismo e novas tecnologias. Tailândia O embaixador da Tailândia no Brasil, Tharit Charungvat, mostrou interesse em amplar a presença tailandesa no Amazonas, e reivindicou mais espaço para instalação de novas fábricas no PIM. Charungvat citou pelo menos uma empresa, do setor de autopeças, interessada em produzir no Brasil - o local ainda não

foi definido - além da expansão da componentista Cal-Comp Electronics, já instalada no PIM, que emprega cerca de duas mil pessoas. De acordo com o vice-presidente da Cal-Comp Electronics, Mike Huang, uma das dificuldades enfrentadas até o momento é a falta de áreas para atender a demanda da empresa. “Buscamos por terrenos com aproximadamente 200 mil metros quadrados, e principalmente sem nenhum problema fiscal”, disse Huang. As duas comitivas foram recebidas pelo 1º vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Félix, e pelo vice-presidente Nelson Azevedo. “Estamos aqui com a Athaydes Mariano Félix e Nelson Azevedo com Yomiko Iwanaga e Toshinobu Ohashi


Comitivas e missões de negócios do Japão, Tailândia e China buscam, em visitas, informações sobre o Polo Industrial de Manaus finalidade de dar apoio a todos os investimentos na medida do possível”, disse Athaydes. A força chinesa Formada por 20 representantes governamentais de províncias da China, a comitiva chinesa visitou a Suframa, em 26 de julho, para receber mais informação sobre o modelo Zona Franca de

Nelson Azevedo e Athaydes Mariano Félix com o embaixador da Tailândia, Tharit Charungvat

Manaus (ZFM), além de prospectar investimentos na região. De acordo com o vice-diretor do Instituto de Administração Pública e Recursos Humanos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, Li Guo Qiang, líder da comitiva, o foco de interesse para investimentos é a biotecnologia. De acordo com a assessoria da Suframa, os empresários ouviram que um dos desafios atuais do PIM é justamen-

te utilizar a biodiversidade amazônica. Para isso, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) atua na integração da biodiversidade ao processo produtivo industrial. “O CBA é uma iniciativa do governo federal, mantido atualmente pela Suframa, e que trabalha com diversas pesquisas na área de cosméticos, fármacos, sais, entre outros produtos”, disse o superintendente da autarquia, Thomaz Nogueira.

CERTIFICADO DE ORIGEM

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Educação

Quando a sala de aula vai A Educação de Jovens e Adultos do SESI Amazonas atende a trabalhadores da construção civil nos canteiros de obras e nas unidades móveis

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Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) beneficiou, até o início do 2º semestre deste ano, 2.869 trabalhadores, a maior parte nos canteiros de obras de Manaus e em ônibus adaptados para funcionar como sala de aula. Ao contrário do aluno convencional dessa modalidade, no canteiro e nas unidades móveis o trabalhador tem a oportunidade de estudar no próprio local, logo após a jornada de trabalho. O SESI também oferece EJA em unidades fixas localizadas nos bairros São Jorge, Alvorada e São José. Em julho, o SESI inaugurou a 3ª turma de EJA, só este ano, na Construbase Engenharia Ltda, com 65 alunos matriculados nos ensinos Fundamental e Médio, o que totalizou 83 trabalhadores beneficiados nessa empresa. A aula inaugural da turma foi realizada no canteiro de obras localizado na Avenida Hilário Gurjão, bairro Jorge Teixeira, zona Leste. Até o início do primeiro semestre, estavam matriculados mais de 400 trabalhadores para cursar a EJA nos canteiros de obras de Manaus e de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros da capital. Outros 39 trabalhadores frequentavam as aulas nas unidades móveis do SESI. A Educação de Jovens e Adultos do SESI está presente nos canteiros de obras das empresas Capital Rossi, Techcasa, Mineração Taboca (Pitinga) e Andrade Gutierrez, e, em unidades móveis, nas empresas Cristal e Beconal. Para outubro está

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prevista uma nova turma de 40 alunos no Estaleiro Rio Negro. Nas unidades fixas, a EJA atende a 1.230 alunos, distribuidos entre o Centro Integrado do Trabalhador ‘Dolores Garcia’, no Alvorada, com 666 alunos nos três turnos; na Unidade de Educação Dr. Dioclécio de Miranda Corrêa, no São Jorge, com cerca de 204 alunos apenas no turno da noite; e na Unidade Dra. Emina Barbosa Mustafa, no São José, com cerca de 360 alunos também no turno da noite. De acordo com a gerente de Educação de Jovens e Adultos, Cassandra Augusta, para elevar a escolaridade do trabalhador, o SESI utiliza a metodologia SESIEDUCA, que obedece a três princípios básicos: flexibilidade, continuidade e viabilidade. Segundo a gerente, o aluno pode ingressar no curso a qualquer momento, já que a duração é variável. Pode ingressar na etapa de alfabetização e permanecer até a conclusão do ensino médio, passando por toda a fase de escolarização num processo gradativo conforme o tempo e necessidade do aluno. Cassandra Augusta destacou ainda o baixo custo do material utilizado, além do aproveitamento da escolaridade anterior. “A parceria com as construtoras é importante no processo de elevação da escolaridade e qualidade de vida do trabalhador. E, principalmente por assegurar ao mercardo um profissional mais qualificado, sendo este o nosso papel, transformar o SESI/EJA na escola para o mundo do trabalho”, disse a gerente. Na EJA, os cursos de alfabetização têm duração de seis meses, o ensino médio, 18 meses, enquanto o fundamental pode ser concluído também em 18 meses. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA CENTRO INTEGRADO DO TRABALHADOR ‘DOLORES GARCIA’ Rua Vivaldo Lima, s/nº, Alvorada serem.educacao@sesiam.org.br (92) 3238-5226 e 3634-7517


i até o trabalhador Educação Continuada e rápida Implantadas em abril de 2012, com o objetivo de qualificar trabalhadores de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), no próprio local de trabalho, as unidades móveis do Núcleo Integrado de Educação Continuada do SESI fecharam o primeiro semestre com cinco empresas atendidas e um total de 190 trabalhadores capacitados nos cursos de informática básica e avançada. As empresas atendidas foram Dafra, Keihin, Termotécnica, Fergel e TPV. As unidades móveis do SESI funcionam em dois micro-ônibus com capacidade para até 10 alunos por turma, em ambiente climatizado, dispondo de computadores e outras ferramentas para facilitar a aprendizagem. De acordo com a pedagoga do SESI, Joana Gonçalves, foram oferecidos, na Dafra, entre os meses de junho e julho, os cursos de informática básica e informática avançada, cada um com carga horária de 30h. Segundo ela, a implantação desse sistema de ensino reduz o número de evasões e evita custos para o trabalhador e para a empresa. “O trabalhador se sente mais motivado para participar dos cursos, porque não tem que se deslocar da empresa para escola e de lá para casa”, disse. Os cursos, segundo Joana, têm elevado a qualidade e a produtividade das empresas, sem contar que os serviços oferecidos estão dentro da gratuidade para atender os acordos celebrados com o governo federal. Entre as empresas beneficiadas pela Educação Continuada em unidades

móveis, a Keihin Tecnologia do Brasil realizou duas turmas de informática básica e mais duas de informática avançada. O Grupo TPV ofereceu quatro turmas de informática básica, a Termotécnica, outras duas, e a Fergel, mais duas turmas. No segundo semestre estão previstas novas turmas nas empresas Dafra, Yamaha e Springer. A analista de desenvolvimento da Dafra Motos, Ruyter Ferro, disse que o curso, sendo realizado dentro da empresa, proporciona muitos benefícios, como um melhor acompanhamento da frequência e rendimento, melhora a produtividade, além do crescimento do próprio trabalhador. De acordo com Ruyter, os cursos realizados estão dentro do plano de metas da empresa e são ministrados em conformidade com a realidade do trabalho executado pelos profissionais. A assistente de Recursos Humanos da Dafra, Andressa Janine, que fez o curso de informática avançada, disse que ficou satisfeita com o aprendizado, que era tudo que ela precisava. De acordo com Janine, o curso coloca o trabalhador dentro da realidade de suas atividades na empresa. “O Excel não é apenas planilhas, mas tem outras funções. Estou aplicando o que foi aprendido no dia a dia do trabalho que realizo”, disse a assistente. NÚCLEO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA (NIEC) Rua Vivaldo Lima, s/n – Alvorada educacao.continuada@sesiam.org.br (92) 3238-9706 fax (92) 3239-1101

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Saúde

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os 86 anos de idade, o aposentado Valdir Ferreira da Silva redescobriu o gosto de viver desde que passou a frequentar o Grupo da Terceira Idade, do SESI, e, principalmente, as sessões de musculação da academia do Clube do Trabalhador do Amazonas, na Alameda Cosme Ferreira, 7.399, no São José. Ex-seringueiro e ex-agente de combate às endemias, Valdir, desde 2008, passou a fazer parte dos 45,8% de adultos do sexo masculino, de Manaus, que praticam o volume recomendado de atividade física no tempo livre, conforme pesquisa nacional da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, o Vigitel Brasil 2011, do Ministério da Saúde. Entre as mulheres manauaras, esse percentual é de apenas 21%. O próprio aposentado reconhece que sua qualidade de vida melhorou muito a partir da atividade física, o que acabou se refletindo na elevação da sua autoestima. Ele diz que já não se sente um “idoso” e tem vigor para participar de várias atividades, como viajar para o interior do Estado e passear pela cidade com os filhos, netos e bisnetos. Valdir se sente um outro homem. Antes de passar a frequentar a academia do SESI, ele diz que não tinha disposição nem para sair de casa. Valdir da Silva lembra sem saudade do tempo em que atuou como seringueiro, quando tudo o que possuía era uma canoa, o remo e uma tarrafa, além do material para extrair o látex da seringueira. Passou 24 anos nessa profissão, trabalhando diariamente das 3h ao meio-dia. “A falta de conhecimento impedia de pensar em melhores condições de vida”, disse. Nascido na Comunidade Bom Futuro, no município de Eirunepé, a 1.245 quilômetros de Manaus, o seringueiro se viu sem perspectiva de crescimento e decidiu se mudar para a capital em busca de melhores condições de vida e de conhecimento. Conseguiu emprego no Estado, no Governo de Plínio Ramos Coelho (19551959), quando passou a integrar os pe-

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Energia e disposiçã recomeçar aos 80

Aposentado, integrante do Grupo da 3ª Idade do SESI, é um exem para melhorar a qualidade de vida e a autoestima dos idosos

O aposentado Valdir da Silva se exercita na academia do Clube do Trabalhador sob orientação de profissionais do SESI; no centro, Valdir e outros integrantes do Grupo da 3ª Idade

lotões de trabalhadores que combateram várias endemias, como a malária que proliferava em Manaus, em razão da grande enchente de 1953. Logo depois foi admitido na Companhia de Erradicação da Malária (CEM), como borrifador. Acabou aposentando-se ao completar 35 anos de serviço pela então Superintendência de Campanhas Públicas ((Sucam). Para o aposentado, a vida hoje é muito melhor do que na época da sua juventude. Ele aproveitou as oportunidades que teve para estudar e crescer profissionalmente, além de participar

de várias atividades de lazer. Hoje, Valdir mora no bairro Armando Mendes, no Conjunto Itacolomy, na zona Leste. É pai de dez filhos, sendo cinco homens e cinco mulheres. Exemplo dos benefícios proporcionados pela atividade física, Valdir Ferreira da Silva mostra muita energia e disposição. Ele frequenta a academia do SESI há cinco anos, onde faz, três vezes por semana, sessões de musculação, durante uma hora, sempre acompanhado por um profissional (leia matéria ao lado), e ainda pratica natação pelo menos duas vezes por semana.


ão para

mplo do papel da atividade física

Terceira Idade Integrante do Grupo da Terceira Idade, Valdir da Silva é um dos mais assíduos participantes das atividades desenvolvidas de segunda a sexta-feira: caminhada orientada, hidroginástica, natação e musculação. Como bônus, o grupo ainda oferece dança e teatro. Pelo menos uma vez por mês, o grupo participa da Oficina da Memória e faz um passeio cultural, com visitação a pontos turísticos e balneários da cidade. Para fazer parte do grupo, o único requisito é que o candidato tenha a partir de 60 anos de idade. No ato do cadastro, são solitados os exames ambulatoriais de

Antes de malhar, fale com o médico O cardiologista do SESI, Frederico Santos (foto), disse que é importante a prática da atividade física, mas alerta para a necessidade de realização de exames cardiológicos. Ele disse que antes de buscar as academias, caminhadas e natação, as pessoas precisam passar por uma avaliação cardiológica para que possam praticar atividades físicas com mais segurança. Segundo o cardiologista do SESI, a atividade física diminui a incidência de doenças e melhora a qualidade de vida. Frederico cita vários benefícios da malhação, como o aumento da força muscular para que a pessoa possa subir escadas, caminhar sem sentir dor, melhora a densidade óssea, evitando as fraturas, principalmente no fêmur, melhora dos reflexos e do raciocínio, além de manter o cérebro ativo. No caso do idoso, além desses benefícios, a atividade física contribui com a socialização entre as pessoas e mantém o idoso lúcido. Frederico disse que não cabe ao médico indicar os tipos de exercícios que devem ser feitos, mas sim ao profissional de educação física, que deve avaliar as pessoas e prescrever de acordo com os exames apresentados.

rotina, exame cardiológico e de esforço físico, seguido de encaminhamento para exame com médico e educador físico. Atualmente, o grupo conta com 90 participantes na maioria das atividades. Outras informações sobre o Grupo da Terceira Idade podem ser obtidas por e-mail: lazer.empresa@fieam.org. br ou pelo telefone (92) 3216-1039/1037. O serviço de cardiologia do SESI conta com dois profissionais que atendem trabalhadores e comunidade, de segunda a sexta-feira em horários alternados. Informações sobre o atendimento pelo telefone (92) 3186-6610.•

A falta de conhecimento impedia de pensar em melhores condições de vida VALDIR DA SILVA

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Esporte

Siomara Sabóia, da Jabil, garantiu o ouro no arremesso de peso

Jackson Mendes faz graça na chegada dos 3.000m que renderam ouro

Amazonenses conquistam 16 medalhas nos Jogos Nacio

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om um saldo de 16 medalhas, sendo três de ouro, dez de prata e três de bronze, o Amazonas obteve no último fim de semana seu melhor resultado em nove participações nos Jogos Nacionais do SESI. A competição reuniu, de 15 a 18 de agosto, no Rio de Janeiro, cerca de 1,2 mil trabalhadores atletas de 250 empresas industriais brasileiras. As três medalhas de ouro vieram do atletismo: uma no arremesso de peso, com a atleta Siomara Sabóia, da Jabil do Brasil, com a marca de 21m26; outra nos 3.000m, com Jackson Mendes, da Steck da Amazônia, com o tempo de 8min59, e a terceira, na prova de 100m rasos, com José Gemison, da Amazon Aço, com o tempo de 10seg60. Dos três, Siomara Sabóia era a atleta mais experiente da delegação do Amazonas, com medalhas conquistadas em diferentes modalidades esportivas, entre industriários, em competições estaduais, nacionais e internacionais, como o ouro

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Foi um dos melhores resultados do Amazonas nos Jogos Nacionais, com destaque para as provas de atletismo nos Jogos Mundiais de Natação, em Lisboa, Portugal, em 2007, na prova de 50m borboleta. Outro destaque foi a conquista do atleta Jackson Mendes. Depois de ficar com a prata nas três últimas edições dos Jogos Nacionais, nos 3.000m rasos, Mendes festejou o ouro no Rio de Janeiro como um reconhecimento à sua dedicação, por mais de dez anos, no atletismo. O atleta também conseguiu se preparar melhor com o treino intensivo que fez durante um mês no Centro de Alto Rendimento de Atletismo, em Ceilândia, Distrito Federal. Sobre a

estratégia usada para vencer a prova, ele disse que começou num ritmo fraco e que a partir da quarta volta imprimiu mais velocidade e assumiu a liderança até a chegada. A revelação da delegação amazonense foi o atleta José Gemison de Souza, de 21 anos, em sua primeira participação nos Jogos Nacionais do SESI. Trabalhador da Amazon Aço, ele ficou satisfeito com o tempo de 10seg60 e disse que competir em provas diferentes exige muito treinamento e dedicação. Gemison também conquistou a medalha de bronze no salto em distância. Medalha de prata As medalhas de prata foram conquistadas no futsal feminino, com a equipe da Jabil, e no voleibol de quadra masculino, com o time da Yamaha. As outras oito medalhas vieram das modalidades individuais: Valéria Nascimento, da Moto Honda, no arremesso de peso, categoria até 30 anos, Deise Soares, da Jabil, na prova de


José Gemison, da Amazon Aço (direita) trouxe ouro e bronze

onais 400m rasos, Rosane Patrício, da Salcomp, no salto em distância, Rafael Almeida, da Manaus Ambiental, no tênis de campo, Levi Torres, da LG, no tênis de mesa, além das três medalhas conquistadas pela atleta Jocelma Viana, da Salcomp, nos 100m, 200m e no revezamento 4x100m. As medalhas de bronze foram conquistadas pelos atletas Gemison Souza, da Amazon Aço, no salto em distância, pela atleta Luciele Souza, da Salcomp, no salto em altura, e Ivanildo Belém, Moto Honda, no tênis de quadra. O Amazonas competiu em nove modalidades esportivas: futebol sete máster, futsal, vôlei de quadra, vôlei de areia, natação, atletismo, tênis de campo, tênis de mesa e xadrez. A delegação do Estado foi formada por 81 atletas de 20 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). As competições foram realizadas no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na capital carioca.

Jocelma Viana, da Salcomp, trouxe três de prata no atletismo

OURO JOSÉ GEMISON DE SOUZA (Amazon Aço) ......100m rasos ........................... ATLETISMO JACKSON MENDES (Steck da Amazônia)........3.000m rasos........................ ATLETISMO SIOMARA SABOIA (Jabil do Brasil)...................Arremesso peso................... ATLETISMO PRATA JABIL DO BRASIL............................................................................................. FUTSAL FEMININO YAMAHA MOTOR............................................................................................ VÔLEI DE QUADRA MASCULINO VALÉRIA NASCIMENTO (Moto Honda)............Arremesso de Peso.............. ATLETISMO DEISE SOARES (Jabil)........................................400m rasos........................... ATLETISMO ROSANE PATRÍCIO (Salcomp)..........................Salto em distância................ ATLETISMO RAFAEL ALMEIDA (Manaus Ambiental)......................................................... TÊNIS DE CAMPO LEVI TORRES (LG)............................................................................................ TÊNIS DE MESA JOCELMA VIANA (Salcomp) 100m, 200m e revez. 4x100............................ ATLETISMO BRONZE JOSÉ GEMISON DE SOUZA (Amazon Aço) -.....Salto em distância................ ATLETISMO LUCIELE SOUZA (Salcomp)...............................Salto em altura..................... ATLETISMO IVANILDO BELÉM (Moto Honda)................................................................... TÊNIS DE QUADRA

Duas veteranas no pódio dos Jogos Nacionais, Valéria Nascimento (esquerda) e Deise Soares

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Etapa estadual foi a mais concorrida A etapa estadual dos Jogos SESI 2013 definiu, até o final de agosto, os vencedores de mais da metade das 17 modalidades esportivas da competição. Atletismo, tênis de mesa, tênis de quadra, xadrez, natação, futebol sete máster, futebol sete principal, futsal, softbol, vôlei de quadra, jiu-jítsu e judô são as modalidades que já tiveram as disputas encerradas. As disputas no futebol de campo, queimada, dominó, vôlei de praia e sinuca numerada vão entrar pelo mês de setembro no Clube do Trabalhador do Amazonas Na piscina, só deu Moto Honda e Petrobras, no masculino e feminino, respectivamente. A modalidade reuniu 22 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e um total de 92 atletas em provas disputadas em duas etapas na piscina olímpica do Clube do Trabalhador do Amazonas. No futebol sete máster (disputado apenas no masculino), a Moto Honda conquistou ouro, enquanto no futebol sete principal, o ouro ficou com a TPV no feminino e com a Masa no masculino. No futsal feminino, a Salcomp surpreendeu e conquistou ouro pela primeira vez ao derrotar a TPV na final da modalidade, com a Technicolor ficando com o bronze. No masculino, deu Showa (ouro), J.Toledo (prata) e Copag (bronze). A Moto Honda conquistou a medalha de ouro no voleibol masculino ao vencer

a CCE Lenovo por 3 sets a 1, em partida No tênis de quadra, Rafael Souza, da disputada, no Ginásio Poliesportivo José Manaus Ambiental, conquistou o ouro na Nasser, no Clube do Trabalhador. A Ya- categoria 16+, enquanto Marcelo Frederimaha, campeã em 2012, ficou com a me- ck, da Moto Honda, ficou com o ouro na dalha de bronze. No feminino, na disputa 35+. No feminino, Nilce Vinente, da Salpelo ouro, a Salcomp derrotou a Philips, comp, conquistou o ouro na categoria 16+, enquanto a Siemens ficou com o bronze. e Manami Okubo, da Moto Honda, ficou Com a participação de 181 atletas, o jiu- em primeiro na 35+. -jítsu da etapa estadual dos Jogos SESI acabou consagrando a Samsung, vencedora tanto no masculino quanto no feminino. A medalha de prata no masculino ficou com a Moto Honda e a de bronze, com a Yamaha; no feminino, a prata ficou com a LG, e o bronze com a Kostal. A modalidade Judô reuniu 66 atletas e teve seus combates em apenas duas horas, em 25 de agosto. No final, o ouro ficou com a Moto Honda no masculino e no feminino. A medalha de prata no masculi- Atletas da Salcomp (ouro) e Philips (prata) no vôlei de quadra no ficou com a Hibrida, e a de prata com a Tecal. No feminino, a medalha de prata ficou com a Samsung. No softbol, a Honda Lock conquistou o bronze, a Yamaha ficou com a prata e a Keihin faturou o ouro.

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Esse é o número de modalidades que já foram concluídas na etapa estadual dos Jogos SESI. As outras cinco devem ser encerradas até o mês de outubro Pódio da natação feminino, com destaque para a Petrobras

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