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Ano VII • nº 74 • setembro • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Investimento em tecnologia


Editorial

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Desafio do Peso cria parceria entre SESI e TV Amazonas

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Aneel debate redução tarifária no Amazonas

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Santarém (PA) terá entreposto da Zona Franca de Manaus

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Conheça as organizações vencedoras do Prêmio Qualidade Amazonas (PQA)

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IEL faz lançamento nacional do Programa Inova Talentos no Amazonas

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Pesquisadores alemães têm visita às instalações do BarcoEscola SENAI Samaúma I e II


Miguel Ângelo/CNI

Editorial

S

ob o pretexto das comemorações do Ano do Brasil na Alemanha e vice-versa, o Amazonas teve, ao longo de 2013, várias oportunidades de estreitar laços com este importante e estratégico país europeu, representado no Polo Industrial de Manaus por 14 empresas, responsáveis por 4,3% dos investimentos estrangeiros no parque industrial amazonense. Um desses momentos aconteceu em setembro, com o Encontro de Negócios Alemanha - Amazonas, por iniciativa desta FIEAM, por meio do seu Centro Internacional de Negócios (CIN), da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Apex-Brasil. Durante dois dias, dez empresários do Estado de Baden-Württemberg, com interesses nos segmentos da indústria plástica, química

e metalúrgica, principalmente, tiveram encontros com empresários amazonenses com visão do mercado exterior ou apenas interessados em expandir seus negócios para além das fronteiras brasileiras, nos salões do Hotel Caesar Business Manaus. Por trás do encontro, o interesse local de intensificar as exportações para a Alemanha, com a perspectiva de gerar, a partir daí, US$ 1,5 milhão em negócios. É importante observar que o estado de Baden-Württemberg exportou para o Brasil, no ano passado, 1,9 milhão de euros em máquinas, veículos, autopeças e químicos. Por outro lado, o Brasil exportou para esse estado cerca de 1 milhão de euros em ração, papelão, máquinas e autopeças. Uma das empresas alemães representadas na visita a Manaus, a Kaco New Energy, é uma das maiores fabricantes mundiais do inversor fotovoltaico para energia solar e está

ANTONIO CARLOS DA SILVA 1º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX 2º Vice-Presidente: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES Vice-Presidentes: NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO 1º Secretário: ENGELS LOMAS DE MEDEIROS 2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO 1º Tesoureiro: JONAS MARTINS NEVES 2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Presidente do Sistema FIEAM

interessada em ampliar o seu mercado na América. Para nós foi uma satisfação apresentar, no mesmo período, a um grupo de autoridades da área científica de BadenWürttemberg, incluindo professor doutor Wolfram Ressel, reitor da Universidade de Stuttgart, capital daquele estado alemão, o Barco-Escola SENAI Samaúma II, o nosso “barco verde”, que, uma vez em funcionamento, será justamente um exemplo do uso de energia renovável, além de outros recursos igualmente sustentáveis, o que provocou admiração em nossos visitantes.

Expediente

Diretoria Presidente:

Antonio Carlos da Silva

Diretores: FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA Conselho Fiscal: Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES Delegados representantes junto ao Conselho da CNI Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

PUBLICIDADES Andréa Ribeiro / Alessandra Cordeiro FOTOGRAFIAS Comunicação CAPA Andréa Ribeiro sobre foto de J. Zamith

Revista editada pelo Sistema FIEAM DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM) Paulo Roberto Gomes Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Idelzuita Araújo - MTE 049/AM REDAÇÃO Ademar Medeiros - MTE 289/AM Evelyn Lima - MTE 151/AM Mário Freire - MTE 092/AM Cássia Guterres Cristiane Jardim DIAGRAMAÇÃO Herivaldo da Matta - MTE 111/AM

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) 3233-5594 www.fieam.org.br faleconosco@fieam.org.br Acesse: /sistemafieam @fieam /user/fieam

Tiragem desta edição: 2.300 exemplares Impressão: Grafisa

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Destaques

Aneel debate revisão da tarifa no AM

O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, em reunião de apresentação do projeto

Empresa ‘vende’ projeto da bola sustentável no Amazonas Considerada a primeira bola ecológica do Brasil, a Caramuri, uma bola sustentável confeccionada a partir do látex da seringueira, e que leva o nome de um fruto amazônico que nasce de quatro em quatro anos, foi apresentada pela empresa Ecológica Lâmina Vegetal do Brasil ao vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, na sede da instituição. A ideia é lançar uma linha de produtos esportivos Caramuri a partir de matériaprima regional. “O laminado vegetal é um produto que tem sua origem no couro

que é produzido originalmente de forma vegetal. Hoje nós conseguimos implementar uma escala de produção industrial”, afirma Jaime Marques Rodrigues, empresário responsável pela empresa localizada no interior de São Paulo. A Ecológica espera fechar parceria com o governo do Estado para adoção da bola para ser utilizada em campeonatos amadores e nas escolas públicas. Segundo Nelson Azevedo, o empreendimento tem sentido econômico e social, inclusive com a geração de emprego e renda no interior do Estado.

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, recebeu no dia 3 de outubro, visita de cortesia do presidente do Tribunal da 11ª Região, desembargador Davi Alves de Melo Júnior

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu audiência pública para debater a proposta de revisão tarifária da Amazonas Energia. Com a participação de 70 participantes da indústria e outros segmentos da sociedade, a reunião aconteceu em 12 de setembro, na Federação das Indústrias do Amazonas (FIEAM) e foi presidida pelo diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega. Com a nova revisão tarifária, a Aneel propôs redução de 0,37% na conta dos consumidores residenciais e de 4,46% para as indústrias. A proposta deve vigorar a partir de 1º de novembro. De acordo com a Aneel, a revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão e tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas efetivamente reconhecidas pela Agência. No Amazonas, a distribuidora atende a cerca de 740 mil unidades consumidoras de energia elétrica.

O diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, discutiu a proposta em audiência pública


O casal Norma e Antonio Silva, voluntário da Casa Vhida, recepcionou os convidados da feijoada em prol da instituição, no salão de festas do Clube do Trabalhador do Amazonas, em setembro

Feijoada completa para Casa Vhida O Clube do Trabalhador do Amazonas foi sede, no sábado (21), da 2ª edição da feijoada em prol da Casa Vhida. Para Kátia Sebben, uma das voluntárias, a instituição superou o desafio de comercializar mais de dois mil ingressos, e com isso arrecadar recursos suficientes para quitar dívidas pelos serviços de água, luz e telefone, e pagamentos de funcionários. A programação já faz parte do calendário da instituição, assim como Bazar, disse Kátia. A Casa Vhida atende cerca de 800 crianças na capital. Na ocasião, mais de 40 pessoas participaram da organização, assim como voluntários e amigos reunidos em prol da causa social. O presidente da FIEAM, Antonio Silva, um dos voluntários da instituição, presente com a mulher, Norma Silva, destacou a parceria do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), que cedeu o Salão do Clube do Traba-

lhador para o evento. “As crianças assistidas pela Casa Vhida são as beneficiárias dessa importante ação. Esse é um compromisso meu, da Indústria, e da sociedade como um todo”, disse Silva que mesmo se recuperando de uma cirurgia fez questão de prestigiar o evento como de costume. Outra importante ação em prol da Casa Vhida e Apae será a promoção do show “Uma noite na B r o a d wa y ” , com Daniel Boaventura, em 1º de novembro, no Diamond. Mais informações pelo telefone (92) 36561250.

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Mesmo afetada pela crise econômica mundial, empresa mantém sua produção no patamar elevado de 6.300 motocicletas diárias

Moto Honda investe em alta tecnologia no PIM

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maior fabricante de motos do Brasil e também uma das maiores indústrias implantadas no Polo Industrial de Manaus, surpreendeu, em setembro, ao anunciar a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, onde espera concentrar a médio prazo todo o seu ciclo de produção, desenvolvendo tecnologia no próprio PIM. Desde 1976, a japonesa Moto Honda da Amazônia produz no coração da floresta amazônica motocicletas, quadriciclos e motores estacionários,

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Empresa investe na criação de um centro para desenvolver tecnologia de ponta, em Manaus, em parceria com a UEA

numa planta fabril que ocupa um espaço físico de 489.560 mil m² de área construída em um terreno de 727.983,211 mil m². Com aproximadamente 12 mil funcionários - distribuídos na pró-

pria Honda e as empresas integradas à multinacional, Honda Componentes da Amazônia LTDA (HCA) e Honda Tecnologia da Amazônia Indústria e Comércio LTDA (HTA) - a empresa produz cerca de 6.300 motocicletas por dia no PIM. A grandiosidade da filial japonesa representa o maior investimento da Companhia fora do Japão no segmento de duas rodas. Na Moto Honda da Amazônia são produzidos 32 modelos de motocicletas de 100 a 1.000 cilindradas. A perspectiva é de que até o final


Fotos: J.Zamith

O gerente de Relações Institucionais da Moto Honda da Amazônia, Mário Okubo

deste ano a fábrica entregará 1.390 milhão de motocicletas. Segundo dados da Suframa, a Moto Honda é uma das empresas que agrega maior verticalização em seu processo no PIM, com mais de 90% de componentes produzidos no país. A Companhia conta com uma rede de 30 fábricas componentistas que estabeleceram suas atividades industriais em Manaus atraídos pelo leque de benefícios fiscais oferecidos pelo modelo Zona Franca ou convidadas pela multinacional japonesa. Para aumentar ainda mais essa verticalização, a Moto Honda investiu R$ 20 milhões no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia (CDT), inaugurado em setembro. As atividades focadas na tecnologia industrial do segmento de duas rodas serão realizadas por 220 funcionários da própria empresa que tem a missão de desenvolver alta tecnologia para elevar a produtividade da Companhia, otimizar tempo, recursos e matéria-prima, novos modelos, gerar retorno financeiro e garantir a satisfação do cliente Honda. “Acreditamos no Brasil, na indústria amazonense, por isso a Moto Honda da Amazônia não quer ser apenas uma fábrica que produz motos no PIM, mas também criar novos modelos com alta tecnologia, aproveitando o que temos de melhor que é a mão de obra local, pessoas que fazem a fábrica crescer e ser uma indústria respeitada”, disse o gerente de Relações Institucionais da empresa, Mário Okubo.

Desenvolvimento e Tecnologia Com investimento de R$ 20 milhões, a Moto Honda construiu um ambiente voltado para criação de tecnologia de ponta e inovação. O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia (CDT) ocupa uma área de 4.200 m², instalado dentro do complexo da empresa, e foi idealizado para cumprir a função de tornar a multinacional japonesa cada vez mais competitiva e de nacionalizar todos os seus insumos e serviços. Neste ano, a empresa já investiu R$ 500 milhões em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. No CDT, engenheiros e técnicos da Moto Honda, bem como estudantes de engenharia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), vão realizar trabalho integrado com todas as áreas de criação tecnológica, design, produção (estamparia, usinagem, montagem) e teste da fábrica local. A empresa espera receber por meio do convênio com a UEA até 80 estudantes no decorrer dos próximos três anos. A equipe geradora de soluções tecnológica e inovação aos produtos Honda atua nesta nova infraestrutura que comporta campo de provas, laboratórios de emissão de poluentes, de controle de qualidade, simuladores de durabilidade, entre outros. A prioridade em desenvolvimento tecnológico seguirá a tendência do mercado de duas rodas que hoje possui clientes que demandam motocicletas com sistemas digitais, injeção eletrônica, sensores de segurança, pouca emissão de gás carbônico, potencial de velocidade, durabilidade e preço compatível aos recursos disponíveis.

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Produção deve ter queda de 7% em 2013 O polo de duas rodas foi um dos mais atingidos pelos efeitos da desaceleração da economia nos Estados Unidos e Europa a partir de 2009. Os números apontam a perda de faturamento nas mais de 10 fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus. O segmento, que em 2008 representavam 25,37% do faturamento do PIM, neste ano já responde por 17,73%. Mário Okubo prevê redução de 7% na produção para este ano em relação a 2012, o que deve representar em números 100 mil motos a menos a serem produzidas. Na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Eletrônico de Manaus (Simmmen) e primeiro vice-presidente da FIEAM, Athaydes Mariano Felix, os anos de 2011, 2012 e 2013 estão longe dos bons resultados de anos anteriores para as fabricantes de motocicletas. O maior problema, segundo ele, além da crise econômica no mercado global, é a falta de política de financiamento. Tal gargalo impede que a capacidade de produção do Polo de Duas Rodas seja efetivamente utilizada. “Tudo está ‘linkado’, os negócios, as bolsas de valores, as valorizações e desvalorizações das moedas. Isso afeta o consumidor que é limitado devido à alta inadimplência. Com a redução dos créditos bancários o poder de compra é diminuído, mesmo existindo o interesse na aquisição do bem, mas a concretização da venda não ocorre”, explica o presidente do Simmmen. De acordo com o consultor de gestão do PIM, Teruaki Yamagishi, os fabricantes de motocicletas imaginavam retomar um pequeno crescimento de aproximadamente 4% com relação a 2012, mas ao fim do primeiro semestre a demanda do mercado continuou retraída. “Neste ano, a cada 10 clientes que solicitam a aprovação de crédito para financiamento apenas dois são aprovados, enquanto nos anos anteriores a liberação bancária era de 60% a 80%”, expõe Yamagishi. Na visão do consultor de gestão do PIM, o caminho para superar a crise está na busca contínua por aumentar a competitividade dos produtos do PIM e isso a Moto Honda segue como exemplo para as demais fabricantes de motocicletas.

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A Moto Honda da Amazônia já é reconhecida por fabricar 90% de suas peças no Brasil

Centro educacional de trânsito Reconhecida também pelo esforço de reduzir os impactos da sua atividade no meio ambiente, a Moto Honda se prepara para assumir um novo compromisso com a região, o Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), previsto para ser inaugurado no dia 23 de outubro, um dia antes do aniversário de 344 anos de Manaus. O centro está localizado no bairro Aleixo, numa área de 402 mil m², onde cerca de 4 mil motociclistas serão capacitados gratuitamente.

O gerente Mário Okubo explica que a proposta do CETH é proporcionar maior segurança à sociedade manauara com o tráfego de motos na cidade, pois a filosofia Honda vai além da oferta de produtos de qualidade: preza também pela satisfação do cliente ao instruí-lo para usufruir com segurança potência e tecnologia das motocicletas Honda. “Investimos R$ 10 milhões neste Centro Educacional de Trânsito Honda para que frotistas, clientes industriais, e pilotos da prefeitura e do Estado possam ter uma educação voltada à pilotagem segura no trânsito da capital. Este espaço é um presente da Moto Honda da Amazônia a Manaus, cidade que nos permite retorno positivo de tudo que desenvolvemos em nossa fábrica”, ressaltou Mário Okubo.


Linha de produção da Moto Honda Amazônia: empresa recebeu Prêmio Época Empresa Verde por suas práticas não predadoras

Fundador ainda inspira funcionários Honda recebe Prêmio Época Há pouco mais de um ano a paulista- plano de saúde, e política de crescimento na Keithy Garcia, 27 (foto), faz parte da profissional. Empresa Verde equipe de funcionários da Moto Honda O cuidado com o entorno da fábrica da Amazônia. A administradora ressalta que a empresa valoriza os empregados ao oferecer, além de boas condições de trabalho, benefícios para o colaborador e seus dependentes, dentre eles treinamentos,

e com a sociedade como um todo é marcante para Keithy. A funcionária revela que a política institucional do fundador da empresa, o jovem sonhador Soichiro Honda, motiva os trabalhadores desde a fundação da primeira fábrica da companhia na década de 40 até hoje ao lembrar a importância de manter sempre o sonho e o espírito jovem no exercício de suas atividades dentro das fábricas Honda. “Tenho orgulho de ser uma funcionária Honda e de contribuir com a realização de sonhos dos nossos consumidores, participando da produção de motos para atender o mercado de todo o Brasil”, disse Keithy.

Por ações, como a redução do nível de emissão do CO2, e outras práticas ambientais aperfeiçoadas, a Moto Honda da Amazônia e a Honda Automóveis do Brasil receberam no dia 23 de setembro, o Prêmio Época Empresa Verde. A premiação veio após resultado da pesquisa realizada pela revista em parceria com a PricewaterhouseCoopers para identificar 20 empresas com as melhores práticas quanto a interferência industrial não predadora ao meio ambiente. Na edição de 2012, 120 organizações foram analisadas a partir de temas como eficiência energética, uso consciente da água, destinação correta de seus resíduos, transporte, incorporação de critérios ambientais no desenvolvimento de produtos.

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Indústria

Santarém terá entreposto da Zona Franca Proposta vem sendo estudada há alguns anos pelos governos do Pará e Amazonas, e deve ser aprovada neste ano

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logística no transporte dos produtos acabados do Polo Industrial de Manaus (PIM) terá um novo aliado a partir de 2014 quando começar o funcionamento do entreposto de Santarém, no oeste do Estado do Pará, a 597 quilômetros de Manaus. O protocolo da construção do centro de distribuição, equipado para armazenar, transportar e escoar os produtos industrializados “made in Zona Franca”, foi publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro. Em outubro, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) confirmaria a instalação do entreposto em Santarém e, após essa definição seria aberta a licitação pública para escolha da empresa responsável pela gestão do armazém. O coordenador do Sistema de Transporte e Logística da FIEAM, Augusto César Rocha, explicou que a vantagem para a indústria amazonense está na redução do tempo de entrega dos produtos da Zona Franca aos clientes. “Teremos redução de quatro dias, de um total de prazo a que nos submetemos de 20 dias. A função de um entreposto é similar à de uma embaixada na qual

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as fábricas do PIM encaminham suas cargas para o armazenamento em uma extensão de sua planta fabril, neste caso o entreposto de Santarém”, explica Augusto, enfatizando que a iniciativa é positiva, pois ajuda a mitigar o problema de falta de infraestrutura de transporte e logística do Amazonas. A proposta do entreposto naquela cidade paraense vem sendo estudada há alguns anos pelos governos do Pará e Amazonas, visando contribuir com a política para uma economia amazônica integrada e mais forte. O entreposto de Santarém realizará operações de armazenagem geral para os produtos do PIM destinados à comercialização no Brasil, bem como para exportação. Augusto Rocha alertou ainda para a importância no acompanhamento das aprovações e abertura da licitação referente ao gerenciamento do entreposto. Segundo o coordenador, o primeiro ponto observado é que a área de construção dos armazéns deve estar próxima à rodovia BR-163, que liga Santarém a Cuiabá, no Mato Grosso, e que a empresa habilitada para operar o entreposto tenha capacidade técnica e de investimento para administrar o processo logístico que a infraestrutura demanda. Atualmente, a Zona Franca de Manaus conta com três entrepostos localizados em Ipojuca, em Pernambuco, Resende, no Rio de Janeiro, e Uberlândia, em Minas Gerais. Nestes pontos de armazenamento de cargas do PIM, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é suspenso enquanto

Em reunião na Associação Comercial do Amazonas, foram

o produto estiver estocado. O tributo só passa a ser cobrado na efetiva comercialização dos produtos ao deixarem os armazéns para venda no varejo ou atacado. Essa nova opção logística é um importante mecanismo que trará benefícios para ambos Estados, fomentando indústria, serviços e comércio em Santarém que se torna mais uma porta de saída dos produtos do PIM.


Redução do custo logístico

m discutidas estratégias de defesa de interesses regionais

Santarém, PA Localizada no oeste do Pará, próxima à fronteira com o Amazonas, Santarém é uma cidade de grande fluxo de carretas que utilizam a BR 163 (Santarém-Cuiabá) para o transporte de soja do Centro-Oeste do país ao Amazonas. A média de fluxo de trânsito em Santarém é de 300 carretas por dia e este número deve triplicar com o término do asfaltamento da rodovia, que está em obras, com 60% do trecho já concluído. O completo asfaltamento tem prazo de entrega até o final de 2014.

Em reunião para discutir agen- tão e Tecnologia de Santarém, José da e estratégias de defesa de inte- Lima Pereira, destacou que as exresses comuns e uma política de portações ficarão mais baratas para parceria entre os Estados da re- o PIM. “Os portos de Paranaguá e gião Norte, realizada no dia 1º de Santos têm custo de US$ 147 por outubro, em Manaus, o presidente tonelada. Para Santarém, esse cusda Federação das Associações Co- to cai para US$ 59 por tonelada, merciais e Empresariais do porque se reduz o tempo Pará (Faciapa), Olavo Rode 39 para 22 dias. Uma gério das Neves, ressaltou grande oportunidade que que o entreposto permitirá o Amazonas tem para deaproveitamento do trans- (Com o entreposto) safogar a ZFM transporporte ocioso que chega as empresas terão tando não mais por Belém carregado de grãos, redu- redução no custo ou Rondônia”, reiterou. zindo o custo logístico da de transporte de O entreposto da Zona distribuição dos produtos aproximadamente Franca em Uberlândia da Zona Franca para as ou- 40%, sem contar o (MG) movimentou cerca tras regiões do Brasil. ganho na agilidade de R$ 1,5 bilhão em 2012, “Ao utilizar as carretas da entrega conforme o operador loque entregam soja para a cal, Luis Roberto Carrara região Norte e retornam Lelis. Em três anos de vazias ao Centro-Oeste, as OLAVO NEVES funcionamento do entreempresas terão redução posto, o número de emno custo de transporte de presas que estocam seus aproximadamente 40%, sem contar produtos no local praticamente o ganho na agilidade de entrega dobrou entre 2012 e 2013. Hoje, dos produtos da ZFM aos clientes Uberlândia recebe produtos de 26 de outros estados federativos”, empresas do PIM dos segmentos disse Olavo. eletroeletrônico, veículos e bens de O diretor do Instituto de Ges- consumo não duráveis.

Autoridades presentes na reunião da ACA, entre elas, o 2º vice da FIEAM, Américo Esteves

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Economia

A Zona Franca e seus tributos Seminário foi oportunidade de aproximar a realidade tributária do país e do Amazonas aos empresários do Polo Industrial local

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specialistas em direito tributário e no modelo de tributação utilizado no Amazonas estiveram reunidos no “II Seminário Zona Franca de Manaus: Tributos e seus Aspectos Atuais”. A programação, de iniciativa da FIEAM, em parceria com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), foi realizada no final de agosto no auditório do SENAI, no Distrito Industrial. Segundo o coordenador do seminário

O coodenador do seminário, Jean Cleuter Mendonça, defendeu o amplo entendimento da legislação da Zona Franca de Manaus

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e conselheiro do CARF, Jean Cleuter Mendonça, é importante o amplo entendimento da legislação da Zona Franca para que sejam aplicados de forma correta os recursos legais, sem que haja prejuízo às suas receitas de fábricas e contribuintes. Os participantes discutiram sobre as decisões de tribunais superiores e sobre o que vem ocorrendo em nível nacional no direito tributário e administrativo, oferecendo as novidades em algumas dessas decisões. “A segunda edição do Seminário atendeu aos objetivos da FIEAM no sentido de defender os interesses da indústria, aproximando a realidade tributária dos empresários do PIM”, explica Mendonça. A programação contou com palestras do superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, do advogado tri- O PIM é nossa butarista, Laércio sobrevivência, Pereira Mineiro, porém é necessário da procuradora da evoluir e ir além do Fazenda Nacional, que já produzimos, Omara Gusmão, e e aproveitar a os conselheiros do vocação natural do CARF, Júlio César Estado Ramos e Ângela Sartori. O evento THOMAZ teve ainda duas me- NOGUEIRA sas redondas sobre guerra fiscal, ICMS, PIS e Cofins. Thomaz Nogueira destacou o tripé que constitui a ZFM, lembrando os aspectos que impactam a economia, o social e o meio ambiente, bem como o desenvolvimento da região Norte. “O Polo Industrial de Manaus é nossa sobrevivência, porém é necessário evoluir e ir além do que já produzimos, mostrando que além de aproveitarmos

a vocação adquirida com essas indústrias que aqui estão instaladas, podemos aproveitar a vocação natural do Estado”, disse o superintendente da Suframa. Thomaz deu o exemplo do gás natural que ainda é pouco aproveitado, recurso que o Amazonas possui em abundância, porém é trabalhado apenas como uma nova matriz energética. A opção mais rentável desta matéria–prima, segundo ele, seria o aprimoramento da produção industrial, atração de novas indústrias e na fabricação de fertilizante. “Precisamos buscar competitividade dentro do coração do Amazonas sem que tenhamos essa dependência dos incentivos fiscais. Neste contexto, a indústria de petróleo e gás é a mais viável para o efetivo desenvolvimento”, apontou. Nogueira destacou que a Zona Franca de Manaus é um mecanismo de superação das desigualdades intrarregionais, pois os recursos nela gerados são empregados em todo o país, por intermédio do Governo Federal, daí a importância de brigar pelos direitos adquiridos deste modelo que de 2003 para 2011 deu um salto de faturamento de R$ 10,62 bilhões para R$ 41,1 bilhões, os quais geraram crescente arrecadação de tributos federais, de R$ 3,72 bilhões para R$ 12,35 bilhões. Ao final da palestra, Thomaz Nogueira recebeu uma placa de agradecimento pela participação no evento e aproveitou a oportunidade para sugerir que novos encontros do tipo ocorram para que se esclareça a importância, não apenas para a economia regional, mas principalmente para a nacional, de se defender a Zona Franca de Manaus e seus diferenciais, que permitem, por exemplo, a permanência de cerca de 600 empresas que geram, direta e indiretamente, mais de 600 mil postos de trabalho.•


Prêmio

Qualidade acima de tudo Organizações públicas e privadas se submetem aos rigores do Programa Qualidade Amazonas promovido pela FIEAM

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4º Centro de Telemática de Área (CTA), do Exército Brasileiro, foi agraciado com o troféu ouro em gestão pública, na categoria de 500 pontos, no Prêmio Qualidade Amazonas, no 20º ciclo de premiação do Programa Qualidade Amazonas (PQA 2013). A Caixa Econômica Federal, o Comando da 12ª Região Militar e a Recofarma Indústria do Amazonas conquistaram o troféu prata também na modalidade Gestão. Nove indústrias alcançaram pontuação ouro na modalidade Processo: Whirlpool Latin América, Yamaha Motor, Honda Componentes, Panasonic e Showa, todas da categoria Grande Indústria; e Petrobras – Refinaria Isaac Sabbá, Yamaha Componentes, HTA Indústria e Comércio, e Labell Press, na categoria Média Indústria. As organizações vencedoras foram anunciadas no dia 13 de setembro, após três dias de apresentações dos 30 cases de excelência em Gestão e Processo que estiveram na programação da 14ª Mostra de Gestão e Melhorias para Qualidade, realizada no auditório da Suframa. Coordenado pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e conduzido pelo Departamento de Apoio a Pequena e Média Indústria (DAMPI), o PQA, segundo sua gerente executiva, Salete Braga Amoedo, tem a finalidade de incentivar as organizações a empreenderem esforços em prol da qualidade, produtividade, visando o aumento da competitividade do Estado do Amazonas. “A premiação dos grandes vencedores tem como premissa reconhecer e dar visibilidade às organizações do Estado na busca pela cultura da excelência”, disse Amoedo. A premiação acontece em 31 de outubro, na festa “Qualishow”. Leia mais sobre a Mostra do PQA nas páginas 14 e 15.

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Editorial

Tenente-coronel Marcelo Nogueira, do 4º CTA

Atividades do Exército valem ouro O tenente-coronel Marcelo Nogueira, do 4º CTA, disse que o PQA é uma grande contribuição externa para a organização melhorar sua gestão, pois é um olhar civil das atividades principalmente no que se refere à contribuição da organização para a sociedade. Primeiro troféu ouro no PQA, o CTA teve sua primeira conquista em gestão pública em 2010, ano em que obteve pontuação para o bronze, seguido de dois troféus prata em 2011 e 2012. Na avaliação da coordenadora do PQA, Erlen Montefusco, o troféu de ouro para o CTA é um exemplo de foco e persistência no trabalho contínuo pela qualidade na gestão desta organização militar. “Desde 2010 o Centro vem aperfeiçoando suas estratégias, planos, resultados e sistema contínuo de avalição de todas as atividades desenvolvidas por sua equipe. O histórico de sua participação no PQA já é um exemplo de como essa liderança do Exército Brasileiro na Amazônia conduz suas responsabilidades e cumpre sua missão”, disse Erlen. O Exército ainda conquistou troféu prata na administração direta por meio do Comando da 12ª Região Militar.

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O coordenador de projetos da Whirpool Latin America, Flauber Ribeiro

O especialista quí

Whirlpool diminui os desperdícios A Whirlpool Latin America, uma das cinco empresas que conquistaram o “Troféu Ouro”, na modalidade Processo, categoria Grande Indústria, foi agraciada pelo trabalho “Desenvolvimento Sustentável”, que teve como objetivo reduzir a zero a emissão de resíduos sanitários da empresa e ainda diminuir o consumo de água. De acordo com o coordenador de projetos de

melhoria e manufatura da empresa, Flauber Ribeiro, o grande ganho foi a conscientização dos colaboradores. “Houve ainda a redução de 89% do consumo de copos descartáveis. Deixamos de desperdiçar seis milhões de litros de água, e 40 toneladas de resíduos, desde 2012”, disse. O projeto “Redução de GLP” trouxe

Vencedores d MODALIDADE GESTÃO

MODALIDADE PROCESSO

TROFÉU OURO 4º CENTRO DE TELEMÁTICA DE ÁREA – 4º CTA.

TROFÉU OURO GRANDE INDÚSTRIA •WHIRLPOOL LATIN AMERICA •YAMAHA MOTOR DA AMAZÔNIA LTDA •HONDA COMPONENTES DA AMAZÔNIA LTDA •PANASONIC DO BRASIL LIMITADA •SHOWA DO BRASIL

TROFÉU PRATA ADMINISTRAÇÃO DIRETA COMANDO DA 12ª REGIÃO MILITAR MÉDIA ORGANIZAÇÃO RECOFARMA INDÚSTRIA DO AMAZONAS LTDA MICRO E PEQUENA ORGANIZAÇÃO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL– GIFUG/MN TROFÉU DESTAQUE HOSPITAL MILITAR DE ÁREA DE MANAUS

MÉDIA INDÚSTRIA •PETROBRAS – REFINARIA ISAAC SABBÁ – REMAN •YAMAHA COMPONENTES DA AMAZÔNIA LTDA •HTA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA LABEL PRESS


Editorial

ímico Enildo Bezerra, da Yamanha, vencedora em Ouro

Equipe da Whirlpool que apresentou o Trabalho Desenvolvimento Sustentável, ouro no PQA

Yamaha economiza R$ 61 mil no GLP economia de R$ 61 mil anuais, com a redução das perdas de energia térmica, na Yamaha Motor da Amazônia. O especialista químico, Enildo Bezerra, disse que o gargalo era a maior despesa do setor de pintura, passando a somar mais de R$ 1 milhão em 2012. “Nosso trabalho teve como tópico

principal a substituição de uma bomba que trabalha de forma centrífuga para um bombeio por pressão positiva. Além do grande ganho ambiental e conscientização de nossos colaboradores, reduzimos ainda os números de produção em 20 minutos dos processos. A maior pontuação alcançada pelas

do PQA 2013 TROFÉU PRATA

MENÇÃO HONROSA

MÉDIA INDÚSTRIA SODÉCIA DA AMAZÔNIA LTDA

•12ª COMPANHIA DE GUARDAS PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO •12º BATALHÃO DE SUPRIMENTOS COMPANHIA DE COMANDO DA 12ª REGIÃO MILITAR •DEXYÍ AUTOMAÇÃO •TUTIPLAST INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA •MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA •TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS •MANAUS AMBIENTAL •AMAZONGREEN IND. E COM. DE COSMÉTICOS E PERFUMARIA DA AMAZÔNIA LTDA

MICRO E PEQUENA INDÚSTRIA CERÂMICA MONTEMAR OIRAM SABORES SERVIÇO/COMÉRCIO TAMBAQUI DE BANDA PALAZZOLO RESTAURANTE BRIOCHE CASA DE DELÍCIAS

Petrobras reduz índice de atrasos médias indústrias nessa edição da Mostra de Qualidade foi a da Refinaria Isaac Sabbá – Petrobras com o projeto “Implantação de Mecanismo de Integração e Monitoramento das Ferramentas de Apoio a Gestão”. O desafio, de acordo com o administrador da gerência de Planejamento e Controle da Reman, Alexandre Moreira, foi reduzir o índice de atrasos nos cinco sistemas de controle de atividades que dão apoio ao macroprocesso da estatal. Segundo Alexandre, foi instalado em cinco módulos, de 2009 a 2012, um painel de controle e gestão para diminuir o gargalo de linguagens de diferentes sistemas que dificultava o monitoramento de ações pendentes. “Focamos em nossa visão de futuro de promover a excelência na gestão, ancorada na integração de pessoas, processos e sistemas. E o resultado foi refletido no indicador de atendimento dos sistemas que passou de 74% para 99% com a implementação total do painel”, explicou Moreira, destacando que a melhoria de 25% alcançada não teve custos, pois a solução adotada foi a utilização dos recursos do Excell, da Microsoft.

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Editorial Palestra

Trabalho industrial sob influência da academia

U

m modelo francês de relacionamento e parceria entre academia e o mundo corporativo, focado na formação de alunos em nível de mestrado e doutorado, foi apresentado pela professora doutora Véronique Attias–Delattre, da Université Paris-Est Marne-la-Vallé, na palestra “A Gestão Internacional do Trabalho Industrial Contemporâneo”, apresentada em workshop realizado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). De acordo com a pesquisadora, a academia francesa avançou muito no que se refere à parceria corporativa. Véronique contou que no seu país as próprias em-

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Ufam e FIEAM promovem workshop para discutir o relacionamento das academias com o mundo corporativo

presas financiam os estudos em nível de mestrado e doutorado, compartilhando com o Estado a responsabilidade da formação dos alunos. “Eles são recrutados com a finalidade de servir e responder um problema ou de interesse científico sobre a empresa”, disse. A professora doutora Marilene Corrêa da Silva Freitas, da Ufam, uma das organizadoras do evento, revela que ainda

A reitora da UFAM, Márcia Perales, fala sobre os objetivos comuns em prol da Educação


Editorial

Primeiro workshop do gênero em Manaus foi bem recebido pelo público da cidade

Vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo

precisamos avançar muito. “A França é um exemplo, um modelo para todos nós. Essa inciativa é um passo inicial para a construção de um projeto temático entre universidade e o mundo corporativo. As empresas têm que saber como se pautar para as exigências da formação universitária”, disse. O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, lembrou que a indústria já contribui com a manutenção da Universidade do Estado do Amazonas, a UEA, e que no Sistema FIEAM, é consenso que as ações em favor da educação devem ser incentivadas e apoiadas pela Indústria, principalmente a educação voltada para o mundo do trabalho. Para a reitora da Ufam, Márcia Perales, a relação que as universidades francesas têm com as empresas é fortíssima. “Não podemos nos ater aos diferentes perfis de

organizações e pessoas que estão nessa discussão, pois independentemente disso existem objetivos específicos que se cruzam, e o caminho está em identificar onde eles estão e firmar parcerias”, disse. A reitora apresentou os resultados da pesquisa “Expressões Contemporâneas no Mundo do Trabalho”, realizada em 2000, sobre trabalhadores do chão de fábrica de oito empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Márcia discutiu sobre como as mudanças no mundo do trabalho impactam na vida dos trabalhadores. “A pesquisa, apesar de ser de 2000, ainda revela um cenário muito atual, onde os empregados do chão de fábrica sentem-se impotentes frente à crise vivida. Falam sobre insatisfação com remuneração e medo da perda do emprego. Avaliam-se como um dos mais prejudicados em momentos de crise”, disse. Nelson Azevedo afirmou que empresários, sociedade e poder público precisam se mobilizar para a construção de uma economia mais competitiva e justa. “E um dos principais insumos para a mudança está na educação, um campo em que há muito a ser feito, para melhorar”, pontuou Azevedo. A iniciativa do workshop foi do Grupo de Trabalho e Sociedade na Amazônia, da Ufam, por meio dos programas de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia (mestrado e doutorado) e Programa de Pós-Graduação em Sociologia, com a parceria da FIEAM e da Université Paris-Est Marne-la-Vallée, Université de Lyon e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam).•

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Competitividade

IEL Amazonas reúne parceiros em café da manhã para lançar Programa Inova Talentos

Amazonas sai na frente no Inova Talentos

O gerente de Promoção e Inovação do IEL Nacional, Rodr

O

Kátia anuncia que banco de dados do IEL seleciona talentos para atender o programa

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Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas) sai na frente para contribuir com a competitividade da indústria, ao lançar o programa Inova Talentos, na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM). O programa foi apresentado pelo gerente de Promoção e Inovação do IEL Nacional, Rodrigo Teixeira, aos parceiros da instituição e futuros colaboradores do trabalho que visa incentivar a cultura da inovação no Brasil. “O Amazonas foi escolhido para sediar o lançamento por concentrar grande número de indústrias, de micro a grande porte, extremamente competitivas. O Polo Industrial de Manaus possui representatividade relevante


Editorial Prazo até dezembro

rigo Teixeira, e a superintendente do IEL Amazonas, Kátia Meirielle, no lançamento

Lançado em primeira mão no Amazonas, o programa vai destinar R$ 29 milhões em bolsas para inovação empresarial

sobre as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, podendo ser mais competitivo com a participação de suas empresas no Inova Talentos”, avalia Rodrigo Teixeira. O Inova Talentos é uma iniciativa do IEL, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que vai aproximar empresas e

institutos de PD&I às ações conjuntas de inovação, promovendo trabalho focado na seleção e capacitação de talentos que façam a diferença na inovação empresarial. Desta forma, o programa prevê a ampliação do número de profissionais envolvidos com a inovação no setor empresarial, além de oportunizar acesso à vivência industrial e à dinâmica do mundo dos negócios. O acordo firmado com o CNPq para execução de 12 meses de programa foi de R$ 29 milhões, quantia que será totalmente investida em bolsas para estudantes no último ano de graduação ou graduados em até três anos, no valor que varia entre R$1.500 a R$ 3 mil por aluno.

A primeira chamada de Projetos de Inovação CNPq/IEL foi iniciada em 23 de setembro e seguirá até 19 de dezembro. As empresas e institutos de PD&I privados devem submeter seus projetos para avaliação e aprovação conforme o nível de qualidade de inovação. Os projetos serão avaliados no período de 13 a 24 de janeiro de 2014. O resultado deve sair em 28 de janeiro. “Nesta primeira chamada, devemos disponibilizar R$ 14 milhões em bolsas de estudos. O número de bolsas não foi estipulado, pois vai depender do perfil de graduação exigido pelas empresas”, ressaltou o gerente do IEL Nacional, informando que a segunda chamada ocorrerá no primeiro semestre de 2014. Para a organização aderir ao programa, é necessário que esteja constituída legalmente como empresa ou instituto de PD&I privado, tenha projeto de inovação, disponha de contrapartida de R$ 20 mil, submeta projeto à Chamada de Inovação CNPq/IEL e que, aprovada, indique um colaborador do próprio quadro para a tutoria do profissional selecionado. A superintendente do IEL/AM, Kátia Meirielle de Araújo, ressalta que o trabalho desenvolvido pela instituição será de recrutar talentos inovadores que possam atender a demanda das empresas no desenvolvimento dos projetos aprovados na Chamada do CNPq/IEL. “Há um mês a instituição vem organizando um banco de dados exclusivo para o Inova Talentos com alunos finalistas e mestres”, disse Kátia, que lembrou ainda que a cultura da inovação pode ser desenvolvida com os alunos por meio de treinamentos específicos de formação de talentos inovadores. Os currículos dos alunos interessados em participar do programa podem ser encaminhados para inovacao@iel-am.org.br. Mais detalhes sobre o programa podem ser obtidas no site www. inovatalentos.com.br •

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Tributos

Oscip é oportunidade para indústria local

O

Polo Industrial de Manaus (PIM) poderia ampliar ainda mais os seus lucros por meio da implantação da Oscip, a Organização da Sociedade Civil de Interesses Públicos, uma alternativa pouco aproveitada pela indústria amazonense para redução de custos operacionais. A informação foi passada pelo secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Airton Ângelo Claudino, na apresentação do programa Amazonas de Oportunidades, do governo do Estado, na reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM)), em 19 de setembro. Os lucros, segundo ele, viriam da renúncia fiscal prevista na Lei 9.790/99. “É importante ter conhecimento sobre o sistema tributário para que o setor econômico possa aproveitar as oportunidades que a Lei nos permite. Estamos procurando melhorar o ambiente de negócios com a redução de custos. E o conceito que estamos tentando aprimorar é da captação de recursos para o Amazonas dentro de uma agenda de construção coletiva, pública e privada”, enfatizou Claudino. Claudino deu início à abordagem do Artigo 13, da Lei 9.249/95, que trata da renúncia fiscal de até 2% do lucro operacional da pessoa jurídica destinados às entidades civis sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem, e de 1,5% para ensino e pesquisa. Ao apresentar aos empresários da indústria a Lei 9.790/99, que regulamenta a Oscip, a diretora de Implantação e Desenvolvimento de Projetos do Centro de

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Organização seria alternativa para redução dos custos operacionais para as empresas do Polo Industrial de Manaus Tecnologia da Construção e Resíduos da Amazônia, Vânia Maria Fernandes, disse que a legislação é pouco aproveitada pela indústria amazonense para obter a redução de custos operacionais. “Os incisos 1 e 2 dessa Lei nos dão a oportunidade de reduzir os custos operacionais da indústria empregando os 3,5% que iriam para o Governo Federal, em uma Oscip, o que reduziria custos

de treinamento, qualificação, educação, creche, entre outros serviços, aos funcionários e seus dependentes, além de fazer ações sociais magníficas”, explicou a diretora. Vânia é uma das consultoras da Equipe de Educação Fiscal do Amazonas que vem estudando há quatro anos o sistema tributário para melhorar o ambiente de negócios no Estado. Essa mobilização pela compreensão do assunto é uma iniciativa conduzida pelo Ministério Público, Seplan, Secretaria da Fazendo (Sefaz), Receita Federal e Secretaria Municipal de Finanças (Semef). A proposta de trabalho é debater com a sociedade sobre tributos e os meios que podem ser utilizados como instrumento legal para reduzir custos ao empresariado. De acordo com Vânia, no Brasil exis-


Airton Claudino, da Seplan, apresentou programa na reunião da FIEAM

tem 300 mil Oscip´s, porém mais de 70% delas estão na ilegalidade, pois estão apenas como fundações para arrecadar dinheiro e não passam do segundo ano de atuação porque não conseguem prestar conta do recuso público adquirido. A Oscip deve promover os seguintes fins: assistência social, cultura, defesa e preservação do patrimônio histórico e do meio ambiente, voluntariado, desenvolvimento social e econômico,

Vânia Fernandes fez palestra onde esclareceu sobre a Oscip

estudos e pesquisas, educação, saúde, segurança alimentar e nutricional gratuitas, experimentação de novos modelos, promoção de direitos estabelecidos, ética e desenvolvimento de tecnologias alternativas. Vânia lembra que a Oscip tem imunidade tributária no exercício de suas atividades e que o dinheiro transferido é empregado nas demandas de quem destina os 3,5% e à sociedade.

O secretário da Seplan revelou que a equipe de Educação Fiscal deve, daí a 90 dias, fazer um mapeamento e estudo das indústrias do PIM voltados à renuncia e oportunidade no Estado, mas alerta quanto a imprescindível participação e interesse da classe para que possam entender este universo e juntos promover emprego, renda, melhores condições de vida, estudos e pesquisa. “Em 90 dias, vamos apresentar estas informações à Seplan para que possamos construir estratégias que venham suÉ importante ter conhecimento prir os gargalos sobre o sistema já identificados de tributário para que creche, tratameno setor econômico to e destinação possa aproveitar adequadas de reas oportunidades síduos industriais que a Lei nos e qualificação dos permite trabalhadores do PIM e seus dependentes”, disse VâAIRTON CLAUDINO nia Fernandes. Vânia ressaltou ainda que a equipe de estudo é formada por técnicos e articuladores dispostos a contribuir para que os 3,5 por cento que seriam tributados no imposto de renda da pessoa jurídica sejam utilizados aqui no Amazonas para aquecer a indústria e fomentar o desenvolvimento sócio-ambiental.•

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Parceria

Encontro de negócios Ale

C

om interesses nos segmentos da indústria plástica, química e metalúrgica, entre outros, um grupo de dez empresários alemães participou, em 26 e 27 de setembro, do Encontro de Negócios Alemanha-Amazonas, iniciativa da FIEAM, por meio do seu Centro Internacional de Negócios (CIN/AM). Em Manaus, o grupo se encontrou com autoridades da Suframa e governo do Estado, com direito a visita ao barco-escola SENAI Samaúma II, cujas obras estão em fase de acabamento. Organizada em parceria pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Apex-Brasil, a missão alemã no Amazonas “foi direcionada ao empresário amazonense com visão do mercado exterior”, de acordo com o gerente-executivo do CIN/AM, Marcelo Lima. Mais de 20 executivos do Amazonas participaram da rodada. “Nosso objetivo é intensificar a exportação para a Alemanha. A perspectiva é que o encontro gere US$ 1,5 milhão em negócios, mas o importante é promover o primeiro contato entre empresários alemães e

O empresário alemão Franz Ruder (direita) troca experiências com empresário brasileiro

amazonenses. Este é o primeiro passo para que os executivos do Estado conheçam o potencial do mercado europeu e abram uma linha de comunicação com os futuros clientes de produtos amazônicos”, explicou Marcelo Lima. Os empresários, todos do Estado alemão de Baden-Württemberg, representa-

vam sete empresas de áreas diversificadas, como indústria automotiva, tecnologia da informação e energia renovável. Para o diretor da Kaco New Energy, Eduardo Casilda, o Estado de origem do grupo possui localização estratégica para desenvolver com mais intensidade a energia solar, porém esse recurso de irradiação solar em

Alemães visitam Samaúma 2 Comitiva alemã composta pela subsecretária de Estado do Ministério de Ciências, Pesquisa e Arte Baden-Württemberg, doutora Simone Schwanitz, pelo reitor da Universidade de Stuttgart, professor doutor Wolfram Ressel, entre outras autoridades, visitaram, no dia 27 de setembro, o barco-escola SENAI Samaúma II, no Distrito Naval de Manaus. O barco deve entrar em atividade em 2014. O diretor regional do SENAI, Aldemurpe Barros, ao recepcionar a comitiva falou que a embarcação vai reforçar, a

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O diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, com os visitantes alemães

partir do ano que vem, o trabalho desenvolvido pelo pioneiro Samaúma, que ao longo de seus 34 anos atendeu 62

Aldemurpe Barros apre

municípios, profissionalizando mais de 43 mil pessoas na região. “Com o Samaúma 2, a instituição


emanha-Amazonas

O empresário Eduardo Cassilda (esquerda) apresentou sua Kaco New Energy durante evento

abundância é pouco aproveitado na geração de eletricidade. A empresa Kaco é uma das maiores fabricantes mundiais do inversor fotovoltaico para energia solar e tem interesse em fornecer seus produtos para empreendedores locais, visando ampliar o mercado na América. “A energia solar é mais barata e limpa e

esenta o novo barco-escola do SENAI aos alemães

prevê a certificação de 14 mil alunos nos próximos cinco anos”, disse Aldemurpe. Para a secretária Simone Schwanitz,

seu sistema é de fácil instalação. Pela grande área do Estado e as distantes comunidades seria viável a utilização desta energia que dará mais vida aos que não possuem eletricidade”, destacou Eduardo, revelando que o Amazonas é um Estado brasileiro que poderá receber uma fábrica, já que a empresa possui um amplo mercado nos o objetivo da visita foi conhecer especialmente o trabalho de energias renováveis realizado no Samaúma 2. “A ideia de levar educação e profissionalização a populações que moram em lugar de pouco acesso é muito inovadora, queremos iniciar algo semelhante para as regiões que não sejam metrópoles em nosso país, só que em nosso caso seria qualificação para idosos”, revelou Simone. Depois de assistir a apresentação sobre o projeto, a comitiva conheceu cada compartimento da embarcação, desde a sala de máquinas até a área de tratamento de efluentes e energia renovável do barco que terá 99% da água, utilizada e tratada retornável aos rios com qualidade.

países da América do Sul. Quatorze empresas alemães estão instaladas no PIM e elas representam cerca de 4,3% dos investimentos estrangeiros no parque industrial amazonense. A relação bilateral Alemanha e Amazonas possui pouca interação: o país ocupa a 14ª posição dentre os que mais importaram produtos amazonenses em 2010, e o 7º no ranking dos exportadores para o Amazonas. Segundo dados do Escritório Federal de Estatísticas Alemão (Destatis), em 2012, Baden-Württemberg exportou 1,9 milhão de euros para o Brasil em máquinas, veículos, autopeças e químicos. Já o Brasil exportou cerca de 1 milhão de euros em rações, papelão, máquinas e autopeças para aquele estado. De acordo com o diretor do Ministério de Finanças e Economia de Baden-Württemberg, Ewald Stirner, conhecer o Amazonas e os atrativos econômicos específicos da Zona Franca serão motivo de estudo e avaliação, pois a região é favorável às parcerias. “Desenvolvemos tecnologias que podem gerar grandes negócios entre as empresas alemãs e as do Amazonas. Observei muitas oportunidades de crescimento econômico para os dois lados”, avaliou Stirner, destacando que ainda este ano uma nova missão será realizada no Brasil. Os empresários alemães participaram, na sede da Suframa, de palestras sobre o Amazonas, regime fiscal, segmentos produtivos do Polo Industrial de Manaus (PIM), políticas e estratégias estaduais no fomento ao crescimento econômico. Participaram desta exposição o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, o secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Airton Claudino, e representantes da FIEAM. Os visitantes também estiveram na Moto Honda da Amazônia, e na fábrica da Mann+Hummel, que desenvolve suas atividades com um número pequeno de trabalhadores, 53 funcionários, mas eficiente para fornecer filtros de ar para as motocicletas Honda.•

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Educação Profissional

Gincana testa conhecimento em Escola do SENAI Pelo menos 200 alunos do EBEP (SESI e SENAI) e da Aprendizagem Industrial participaram da competição entre turmas

Gincana reuniu mais de 200 alunos da construção civil; acima, a aluna Andrielly Brasil, com Luciana Karol, da Construtora Capital

N

a 5ª edição da Gincana do Conhecimento, a coordenação da Escola SENAI Demóstenes Travessa reuniu mais de 200 alunos do programa de Educação Básica e Educação Profissional (EBEP) - ação articulada do SESI e SENAI, e da Aprendizagem Industrial na atividade extraclasse de perguntas e respostas sobre o conteúdo programático dos cursos de Instalador Hidráulico, Instalador Elétrico, Almoxarife de Obras e Auxiliar Administrativo na Construção Civil.

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A atividade foi realizada no final de agosto, no hall da escola, localizada no Distrito Industrial. A competição entre as turmas de jovens, com idade entre 18 e 22 anos, contribui no aprendizado das disciplinas básicas de formação da futura mão de obra da indústria produtiva da construção civil. “Através da competição, os alunos dedicam-se aos estudos, o que desperta o interesse ainda maior nas ocupações profissionais que estão prestes a exercer”, explicou a coordenadora da gincana, bibliotecária

Priscila Vasquez. Além dos conhecimentos adquiridos dentro das salas de aulas e laboratórios, os alunos contam com acervo bibliográfico da biblioteca, dispondo, para consulta e empréstimo, de livros e periódicos que apresentam as profissões exercidas pelos trabalhadores da construção civil e suas tendências. Para a aluna Andrielly Brasil, de 20 anos, participar da atividade possibilita ampliação de conhecimento profissional, principalmente relacionado à hidráulica, curso que realiza na instituição. “Todo o aprendizado adquirido dentro do SENAI emprego na prática. Faço estágio complementar à teoria e prática do meu curso na Construtora Capital, onde realizo as atividades de instaladora hidráulica na obra do condomínio Campos Sales. Em quatro meses no canteiro de


obra, vejo que escolhi o curso certo, agora pretendo concluir o curso paralelo que estou cursando no SENAI, de AutoCAD, e prestar vestibular para Arquitetura”, vislumbra a aluna Andrielly. Para a funcionária da Construtora Capital SA, Luciana Karol, o mercado de trabalho da construção civil é carente de profissionais qualificado e o SENAI realiza essa capacitação para atender a demanda crescente desta indústria. A Escola SENAI Demóstenes Travessa é a unidade direcionada à qualificação profissional de jovens e adultos nos vários segmentos da construção civil. A escola conta com programação de aproximadamente 20 cursos nas modalidades de qualificação, iniciação, aprendizagem e aperfeiçoamento profissional. Mais informações sobre os cursos, início das turmas, horário e investimentos na formação profissional pelos telefones 3614-6400/6401.•

A coordenadora Priscila Vasquez diz que a Gincana ajuda a aumentar o interesse dos alunos nas ocupações que vão exercer

SENAI estuda manual da Olimpíada 2014

A coordenadora regional da Olimpíada, Socorro Butel, e o coordenador nacional, Luis Leão

O regulamento e o manual da próxima edição da Olimpíada do Conhecimento foram objeto de estudo, no mês de setembro, reunindo gestores, técnicos e instrutores do SENAI Amazonas envolvidos com essa que é a maior competição de educação profissional das Américas. A edição de 2014 será sediada em Belo Horizonte (MG) e deverá reunir mais de 600 alunos divididos em mais de 50 ocupações profissionais. À frente dos estudos, o coordenador nacional da Olimpíada do Conhecimento, professor Luis Leão, do SENAI Nacional, disse que “a Olimpíada começa dentro da escola e nasce no contato do professor com o aluno. “Para alcançar nosso objetivo, o Departamento Nacional deve acompanhar de perto o que acontece nos Departamentos Regionais. E estamos presentes no Amazonas para verificar o que está sendo feito por aqui, de forma que o SENAI Nacional possa ajudar no desenvolvimento e no fortalecimen-

to do trabalho de preparação para a Olimpíada do Conhecimento”, ressaltou Leão. A vinda de Luis Leão ao SENAI Amazonas foi por iniciativa da coordenadora regional da Olimíada, Socorro Butel, com o objetivo de apresentar com clareza e promover a Para interação entre alcançar os envolvidos. nosso objetivo, De acor- o Departamento do com Leão, Nacional deve quem faz a acompanhar Olimpíada do de perto o que Conhecimento acontece nos são os 27 De- Departamentos partamentos Regionais. Regionais do SENAI. É um LUIZ LEÃO trabalho com foco na disseminação do conhecimento profissional realizado diariamente dentro da infraestrutura física da instituição pelos técnicos e instrutores que compõem o quadro de funcionários da Rede SENAI.

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Saúde

Semana da vida saudável no SESI

S

essões de massoterapia, verificação do Índice de Massa Corpórea (IMC), palestras sobre alimentação saudável e oficinas de reeducação postural foram algumas das atividades desenvolvidas pelo SESI na Semana de Promoção da Vida Saudável, na última semana de agosto, tanto no Clube do Trabalhador do Amazonas quanto em algumas empresas do Polo Industrial de Manaus. Com base em dados do Ministério da Saúde, de que 51% da população brasileira estão com sobrepeso e que 20% dos amazonenses são considerados obesos, o SESI reforçou o trabalho de conscientizar seus clientes e colaboradores sobre a importância de um estilo de vida saudável. De acordo com o coordenador de Lazer Ativo, do SESI, Ennio Louzeiro, a instituição disponibilizou massoterapeutas, nutricionistas e profissionais de educação física para o atendendimento do público. Dentro das empresas foram realizadas blitz postural por fisioterapeutas que passaram nos locais de trabalho corrigindo posturas inadequadas dos trabalhadores no desempenho das atividades. A nutricionista do SESI, Gilma Bispo, disse que é relevante a contribuição

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SESI promove programação especial para frequentadores do Clube do Trabalhador e empresas do PIM

Daniel Souza recebe orientações de fisioterapeuta do SESI sobre postura correta

dada pelo SESI para elevar a qualidade vida dos trabalhadores, dependentes e comunidade, por meio da educação nutricional e educação alimentar oferecidas pelo Programa Cozinha Brasil. De

acordo com a nutricionista, a alimentação balanceada é importante, mas também é preciso praticar atividades físicas, como caminhadas, além de consultas ao cardiologista. O usuário da academia de musculação do SESI, Daniel Souza, 21, disse que na família dele existe histórico de pessoas com diabetes e hipertensão, e que agora passou a se cuidar mais com a pratica de atividades físicas para evitar doenças, melhorar a autoestima, além de ter vontade de chegar a uma idade avançada, com qualidade de vida. Daniel disse ainda que a prática regular da atividade física vira rotina e passa a ser um hábito, tornando as pessoas mais felizes, mas que é preciso evitar gorduras, alimentando-se mais de verduras, legumes e frutas. Daniel disse que foi muito importante verificar o seu IMC e receber orientações nutricionais no evento. “Tenho 1m86, peso 80 quilos e pratico atividades físicas de segunda a sexta, duas horas por dia, mas fui orientado a melhorar a minha alimentação”, informou o aluno.


Saúde

O desafio do peso Programa nos moldes do Medida Certa, sela, em Manaus, parceria do SESI com a TV Amazonas

O

desafio foi lançado e logo aceito por três profissionais do SESI e outros três da Rede Amazônica de Televisão, que desde o início de setembro estão dedicando duas horas do seu dia, de segunda a sábado, à prática de atividades físicas no Clube do Trabalhador. Rebatizada em Manaus de “Desafio do Peso”, a parceria do SESI com a afiliada da Rede Globo local está sendo realizada nos mesmos moldes do “Medida Certa”, realizado pelo programa “Fantástico”, da Globo, e atualmente desenvolvido na maioria das capitais brasileiras. O pro-

grama terá a duração de três meses. O coordenador das atividades físicas do programa e professor de educação física do SESI, João Marinho, disse que os seis participantes passaram inicialmente por exames laboratoriais e cardiovasculares, e em seguida por uma avaliação física com a verificação de várias medidas, como peso, altura, quadril e abdome. Segundo Marinho, a meta é melhorar a qualidade de vida e a redução do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele disse que na academia de musculação do SESI, os participantes têm à disposição equipamentos necessários para as atividades

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programadas: esteira, bicicleta, abdominais, aparelhos para o fortalecimento dos braços, pernas, costas e peito, entre outros. Também são realizadas atividades, como circuito de areia, natação, hidroginástica e corrida. A nutricionista do SESI, Creusa Varela, disse que foi montada uma programação alimentar apoiada no resultado das avaliações feitas pelos integrantes do Desafio do Peso, que são orientados a fazer seis refeições por dia, sendo três principais: café da manhã, almoço e jantar. Nos intervalos entre uma refeição e outra, os participantes devem se alimentar de frutas e sucos e, para antes de dormir, a alimentação recomendada mingau de aveia. De acordo com a nutricionista, o café da manhã deve ser composto de frutas, laticínios e cereais, ressaltando que no almoço e jantar as refeições são balanceadas com verduras, legumes, e alimentos ricos em proteínas e carboidratos. Os participante são orientados a ingerir dois litros de água por dia para evitar a desidratação. O educador físico do SESI, Kelvis Félix, 34, um dos participantes do projeto, conseguiu, em apenas um mês, reduzir o seu peso em 9 quilos, além de ter dobrado o condicionamento físico. Kelvis disse que o programa está ajudando a ter uma melhor consciência alimentar com refeições balanceadas. Ele disse ainda que

realiza as atividades pela manhã e à tarde, intercalando corrida e musculação num dia e tênis de quadra e exercícios para fortalecimento dos braços, pernas e costas, no outro. Entre os jornalistas e radialistas da TV Amazonas, o mais experiente, Eduardo Monteiro de Pala, o Dudu, confessa que andava muito relaxado em relação à forma física, com sobrepeso (114 Kg) e que as consultas médica e exames clínicos estavam cada vez menos frequentes. A função de Ele disse que não apresentador é teve dúvidas em muito exigida (...) aceitar o convite uma vez que o para participar do comportamento programa, ressaldo profissional, tando a importância muitas vezes, é da atividade física e questionado de uma alimentae outras ção saudável para vezes aceito e uma boa qualidade disseminado de vida. “A função de apresentador é muito exigida e há DUDU MONTEIRO DE PAULA cobranças por parte da sociedade, uma vez que o comportamento do profissional, muitas vezes, é questionado e outras vezes aceito e disseminado, como no caso do Desafio do Peso, que está tendo a adesão de vários

Guilherme Fraga, João Marinho, Dudu Monteiro de Paula e Kelvis Félix no Desafio do Peso

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Nome: Guilherme Fraga Profissão: Jornalista Idade: 27 anos Peso inicial: 97,10kg Peso atual*: 95,40kg Abdome inicial: 114cm Abdome atual*: 97cm IMC inicial: 30,30 IMC atual: 29,77

Nome: Eduardo Monteiro de Paula Profissão: Radialista Idade: 63 anos Peso inicial: 111kg Peso atual: 107,90kg Abdome inicial: 129cm Abdome atual: 125cm IMC inicial: 40,28 IMC atual: 39,16

A profissional de educação física do SESI Amazonas, Patrícia Arcanjo na malhação


Nome: Jorge Grayson Profissão: Administrativo Idade: 36 anos Peso inicial: 87,70kg Peso atual: 84,70kg Abdome inicial: 103cm Abdome atual: 101cm IMC inicial: 29,64 IMC atual: 28,63

Nome: Clayton Pascarelli Profissão: Jornalista Idade: 26 anos Peso inicial: 97,70kg Peso atual: 94,30kg Abdome inicial: 107cm Abdome atual: 97cm IMC inicial: 31,54 IMC atual: 30,44

Nome: Patrícia Arcanjo Profissão: Educadora física Idade: 29 anos Peso inicial: 98,50kg Peso atual: 92,70kg Abdome inicial: 115cm Abdome atual: 108cm IMC inicial: 38,48 IMC atual: 36,21

Nome: Kelvis Félix Profissão: Educador físico Idade: 34 anos Peso inicial: 116kg Peso atual: 99,60kg Abdome inicial: 116cm Abdome atual: 105cm IMC inicial: 32,25 IMC atual: 29,74 *Valores atuais considerados no dia 25 de setembro quando foi feita a segunda medição

grupos”, disse ele. De acordo com Dudu, é preciso estar bem para poder desempenhar suas atividades e que tem recebido manifestações de apreço pela participação no programa. Segundo o âncora do Globo Esporte local, o Desafio do Peso criou uma motivação extra e que mesmo com o dia a dia cheio de compromisso tem praticado as atividades estabelecidas. “Quando não dá pela parte do dia, vou à noite”, disse Dudu. O jornalista Guilherme Fraga disse que antes do programa estava um pouco sedentário e que em menos de um mês conseguiu reduzir o peso dele em 4 quilos. O âncora do Bom Dia Amazônia disse também que por meio de suas atividades no vídeo mostrando uma boa forma física, pode passar ao telespectador a mensagem de que é possível emagrecer com hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas. Para Fraga, a ideia é incorporar os hábitos alimentares e a atividade física no dia a dia, virando rotina, um hábito para conseguir um ganho na qualidade de vida. Ele diz que é preciso determinação e disciplina para conciliar a jornada de trabalho e atividade física, principalmente quando não se é adepto de academias, como ele. Fraga diz preferir as atividades ao ar livre, como caminhadas, ou tênis de campo e circuito de areia, mas que é importante praticar alguma atividade física, qualquer uma.•

SESI oferece espaço esportivo e monitoramento A gerente de Lazer, Cultura e Esporte do SESI Amazonas, Nelsi Lunière, disse que, pela parceria, o SESI cede os espaços esportivos no Clube do Trabalhador para que as atividades sejam realizadas de forma integradas, além de fazer o monitoramento dos participantes, com avaliações físicas e nutricionais dos participantes, feitas por uma equipe de profissionais formada por educadores físicos e nutricionistas. Para Nelsi Lunière, a proposta do De-

safio do Peso está alinhada com os serviços oferecidos à indústria e aos industriários pelo SESI, além de contribuir para a disseminação da prática esportiva, promovendo a qualidade de vida. De acordo com a gerente, o projeto será encerrado no dia 16 de novembro, quando serão divulgados os resultados obtidos pelos participantes em Manaus e em outras cidades brasileiras, com a presença de apresentadores do Fantástico, da TV Globo, e do educador físico Márcio Atalla.

Dudu Monteiro de Paula recebe orientações do profissional do SESI, João Marinho

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Lazer

O poder da dança Integrantes do Grupo da 3ª Idade, do SESI/AM, enfrentam maratona de dança e mostram que a idade é o que menos importa para a atividade

G

licéria Lopes, Edna Gama, Anita Silva e Bernadete dos Santos provaram que, para dançar, o que menos importa é a idade. Todas acima dos 60 anos, elas estrearam em apresentação solo na 4ª Mostra de Dança do Centro de Convivência do Idoso, na Aparecida, na zona Sul de Manaus. As quatro integrantes do Grupo da 3ª Idade do SESI/AM são veteranas na mostra em performances coletivas. Glicéria, 69, está há seis anos no grupo e é uma das mais versáteis. Mesmo com título de campeã em solo, dançou em dupla com a companheira de grupo, Edna, 60. As duas, caracterizadas como o casal de cangaceiros Severino e Severina, levantaram o público com um forró animado. Glicéria, de homem, usou barba, cabelo e barriga postiços. Tanta criatividade e simpatia garantiram aplausos e risos durante a apresentação. “Eu não gosto de ficar na mesmice, toda vez gosto de mostrar algo diferente nas apresentações. Escutei esse forró em casa e dei a ideia para a nossa professora. Como os homens no grupo são poucos, acabou sobrando para mim, o personagem masculino também. A experiência foi muito gostosa, eu adoro dançar, me faz um bem danado”, disse. Edna, a “Severina”, disse que, além de parceiras de dança, as duas são grandes amigas.

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Anita Silva, 64, mostrou toda sua sensualidade no ritmo da salsa. “Eu escolhi um ritmo mais ‘caliente’ porque mexe mais, eu sou assim e adoro dançar. Estou toda arrepiada, com o coração a mil”, disse Anita após a apresentação. Considerada a “Poderosa” do grupo”, mesmo com um problema de falta de som, ela não deixou a peteca cair e continuou a dançar mesmo sem som. Quem também deu um show à parte foi Bernadete dos Santos, 61. Com simplicidade e simpatia, ela emocionou a todos com uma dança ao estilo cigano. “Hoje foi minha estreia no solo, eu nem ensaiei, pois já sabia a coreografia treinando em casa sozinha”, disse Bernardete. Segundo a professora de dança, do SESI, Sarah Mazulo, a Mostra do Centro de Convivência tem como objetivo valorizar a arte da dança, proporcionando a oportunidade para a troca de experiências entre os grupos de idosos e academias de Manaus, além de integrar e divulgar as manifestações da dança realizadas pelos projetos de inclusão social e cultural, bem como as academias de dança. No ano passado, o grupo da 3ª Idade do SESI foi campeão na modalidade solo. Neste ano, todos ganharam certificados de participação. O SESI ainda participou da mostra com a modalidade grupo, com uma coreografia no ritmo do tango.•

Anita Silva (acima) dançou até sem música; abaixo, o casal Severino e Severina, com um toque de forró no cangaço


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