Nota PIM Fevereiro de 2016 (referente a dezembro 2015)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Dezembro de 2015

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia encerrou o ano de 2015 com queda de 7%, apos resultado negativo registrado 2014 (-3,1%). Apesar da piora, a Bahia manteve-se no 6º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas Mato Grosso e Espirito Santo apresentaram resultados positivos (4,7% e 1,4%, respectivamente). Os outros estados registraram resultados negativos: Amazonas (17,7%), Rio Grande do Sul (-11,8%), Rio de Janeiro (-11,2%), São Paulo (-11%), Minas Gerais (-10,1%), Ceará (-9,7%), Paraná (-9,6%), Santa Catarina (-7,9%), Pará (-3,6%), Pernambuco (-3,5%) e Goiás (-2,3%). Na Bahia, dois dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Veículos automotores (6,5%, maior produção de painéis para instrumentos de veículos automotores e de automóveis), Celulose e papel (2,1%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-54,9%, menor fabricação de computadores pessoais de mesa - PC desktops), Refino de petróleo e biocombustíveis (-13,3%, menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva), Metalurgia (-11,8%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono, ferrocromo e fio-máquina de aços ao carbono), Minerais não metálicos (-10,7%), Produtos químicos (-4,8%, menor fabricação de polietileno de alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC), amoníaco e princípios ativos para herbicidas), Bebidas (-4,2%), Alimentos (-2,2%), Borracha e plástico (-0,5%) e Couro e Calçados (-0,5%). Na comparação de dezembro de 2015 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 5,7%. Apenas três dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Celulose e papel (12,3%), Metalurgia (8%) e Bebidas (0,6%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-58,6%, menor produção de computadores pessoais de mesa, peças e acessórios para máquinas para processamento de dados e suas unidades 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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periféricas e computadores pessoais portáteis - laptops, notebook, handhelds, tablets e semelhantes), Veículos automotores (-23,5%, menor fabricação de automóveis), Couro e Calçados (-18,9%, menor produção de tênis de material sintético, calçados de couro femininos e couros e peles de bovinos curtidos ao cromo), Minerais não metálicos (-12,5%, redução na fabricação de ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, argamassas e massa de concreto preparada para construção), Produtos químicos (-7%, menor fabricação de amoníaco, etileno não-saturado, polietileno de alta densidade (PEAD), ureia, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e princípios ativos para herbicidas), Borracha e plástico (-6,9%, menor produção de pneus novos de borracha para ônibus, caminhões e automóveis e sacos, sacolas e bolsas de plástico), Refino de petróleo e biocombustíveis (-4,2%, queda na produção de óleos combustíveis e naftas para petroquímica ) e Alimentos (-2%). O setor industrial (brasileiro e baiano) teve um ano de muita dificuldade, refletindo, sobretudo, uma conjuntura doméstica de crise, o que acarretou numa retração econômica grave. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo do ano é reflexo de resultados negativos de quase todos os segmentos, mas com influência forte do refino de petróleo e biocombustíveis, metalurgia e minerais não metálicos. Por outro lado, destacamos os resultados positivos dos setores de Veículos automotores e Celulose (voltado à exportação). Quanto às perspectivas para 2016, há poucos elementos que indiquem uma recuperação da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial este ano (-4%), e de modesto crescimento só em 2017 (+1,5%), de acordo com informações do Banco Central (relatório Focus). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumulou alta de 10,67% em 2015, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano), em janeiro esse índice foi de 1,27%, acumulando em 12 meses 10,71%; (ii) constante elevação da taxa de juros, com a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE), em dezembro de 2015, a taxa de desemprego foi de 6,9%, contra 4,3% no mesmo mês do ano anterior, para o conjunto de seis regiões metropolitanas investigadas. No caso específico da Região Metropolitana de Salvador, a taxa foi de 11,9%, em dezembro de 2015, contra 8,1% em dezembro de 2014. Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados São Paulo

Dez 15 / Dez 14

Jan-Dez 15 / Jan-Dez 15 / JanJan-Dez 14 Dez 14

-12,4

-11,0

-11,0

-8,9

-10,1

-10,1

Rio de Janeiro

-15,8

-11,2

-11,2

Paraná

-16,1

-9,6

-9,6

Rio Grande do Sul

-11,4

-11,8

-11,8

Santa Catarina

-9,8

-7,9

-7,9

Bahia

-5,7

-7,0

-7,0

Amazonas

-31,7

-17,7

-17,7

Pará

-10,4

-3,6

-3,6

4,7

1,7

1,7

Goiás

-2,2

-2,3

-2,3

Pernambuco

-9,8

-3,5

-3,5

-13,4

-9,7

-9,7

18,7

4,7

4,7

-11,9

-9,9

-9,9

Minas Gerais

Espírito Santo

Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Dezembro 2015 (variação percentual) Dez 15 / Dez 14

Jan-Dez 15 / Jan-Dez 15 / JanJan-Dez 14 Dez 14

Indústria de Transformação

-5,7

-7,0

-7,0

Refino de petróleo e biocombustíveis

-4,2

-13,3

-13,3

Produtos químicos

-7,0

-4,8

-4,8

-23,5

6,5

6,5

Alimentos

-2,0

-2,2

-2,2

Celulose e papel

12,3

2,1

2,1

Borracha e plástico

-6,9

-0,5

-0,5

8,0

-11,8

-11,8

Couro e Calçados

-18,9

-0,5

-0,5

Minerais não metálicos

-12,5

-10,7

-10,7

Equipamentos de Informática

-58,6

-54,9

-54,9

0,6

-4,2

-4,2

-11,0

-6,5

-6,5

Veículos automotores

Metalurgia

Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Gráficos PIM-PF

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Bahia: PIM-PF de Dezembro 2015 (variação percentual) Bebidas

0,6

-4,2

-4,2 -54,9

Equipamentos de Informática

-54,9

-58,6

Minerais não metálicos Couro e Calçados

-12,5

-10,7

-10,7

-18,9

-0,5

-0,5

Metalurgia

8,0

-11,8 -11,8

Borracha e plástico

-6,9

Celulose e papel

12,3

Alimentos Veículos automotores Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis

-0,5

-0,5

-2,0

2,1

2,1 -2,2

-2,2

-23,5

6,5

6,5 -7,0

-4,8

-4,2 -13,3

-4,8

-13,3

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Dez 15 / Dez 14) Variação do acumulada no ano (Jan-Dez 15 / Jan-Dez 14) Variação em 12 meses (Jan 15 - Dez 15 / Dez 15 - Jan 15)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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